mit revista 51
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Toda aventura e adrenalina da Mit Revista onde você quiser.TRANSCRIPT
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Kira salakA mulher-aventura
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4 [Mitrevista] setembro 2013
VITÓRIAS COM DNA 4x4
Kira Salak, nossa capa, é uma personagem 4x4 quase desconhecida no Brasil. Aos 41 anos, essa americana já atravessou sozinha o território intocado e inóspito de Papua Nova Guiné; foi a primeira a cruzar de caiaque os 970 quilômetros do rio Níger até Timbuktu, no Mali; e pedalou 1.500 quilômetros através do Alasca até o
oceano Ártico. Mas isso é pouco se comparado ao horror das guerras civis que ela presenciou na África – numa delas, escapou por pouco de um estupro coletivo. Todas essas aventuras, que ela transforma em livros e reportagens, você conhecerá em detalhes ao ler o perfil de Kira.
Não perca também a reportagem da página 70. Ali você será apresentado ao All New Outlander, lançamento da Mitsubishi que chega às concessionárias neste mês de setembro. Você verá que a quarta geração do modelo nascido em 2001 com o nome de Airtrek faz jus à saga desse crossover com mais de 800 mil unidades vendidas no mundo todo. Como o próprio nome diz, o All New Outlander ganhou desenho completamente novo, sofisticou-se por dentro, ficou ainda mais valente, mais esportivo, mais tecnológico.
O carro foi testado e fotografado no exclusivo autódromo da Mitsubishi em Mogi Guaçu (SP), o Velo Città – sede do Mitsubishi Drive Club e onde se realizam a Lancer Cup e o Lancer Evo Day, além dos cursos de pilotagem Lancer Experience, Mitsubishi Racing Experience e Mitsubishi Premium Racing School.
Além da cobertura de nossos três ralis – Mitsubishi MotorSports, Mitsubishi Outdoor e Mitsubishi Cup –, você acompanha neste número as nossas vitórias no Rally dos Sertões. Dos carros que completaram a prova, nada menos que 23 ostentavam a marca dos três diamantes na grade dianteira. E, dos 10 primeiros colocados na geral, seis veículos eram Mitsubishi. Entre eles estava o ASX Racing pilotado por Guiga Spinelli, tendo como navegador Youssef Haddad. Mais: vencemos quatro das cinco categorias (Protótipos T1, Pró-Brasil, Super Production e Production T2). Uma sequência de vitórias com DNA 4x4.
f e r n a n d o p a i v a
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editorial
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8 [Mitrevista] setembro 2013
sumário
70
foto de capa: Lana ekLund
div
uLg
açã
o
56A verdAdeirA LArA CroftEla é chamada de “a mulher mais corajosa do
mundo”. Conheça Kira Salak, a americana que
explora sozinha os pontos mais remotos e inós-
pitos do planeta – e volta para contar a história
64Um pArAfUso A mAisPeças de ferro, correntes, pregos, molas, porcas...
Eis a matéria-prima da arte de Leo Capote
70ALL New oUtLANderDesign totalmente novo, amplo espaço interno,
desempenho esportivo, tração 4x4 e uma
alta tecnologia embarcada. Conheça o mais
inovador carro da Mitsubishi
78homem de pALAvrAUma conversa exclusiva com Osamu Masuko,
presidente da Mitsubishi Motors no Japão
84vitóriAs Com dNA 4x4Mitsubishi vence quatro das cinco categorias
do Rally dos Sertões e coloca seis carros
entre os dez primeiros colocados
92eNChArCAdo de horizoNteNa restinga gaúcha, entre dunas, campos e
banhados, homens e mulheres andam a cavalo
e se deparam consigo mesmos
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8 [Mitrevista] setembro 2013
sumário
70
foto de capa: Lana ekLund
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uLg
açã
o
56A verdAdeirA LArA CroftEla é chamada de “a mulher mais corajosa do
mundo”. Conheça Kira Salak, a americana que
explora sozinha os pontos mais remotos e inós-
pitos do planeta – e volta para contar a história
64Um pArAfUso A mAisPeças de ferro, correntes, pregos, molas, porcas...
Eis a matéria-prima da arte de Leo Capote
70ALL New oUtLANderDesign totalmente novo, amplo espaço interno,
desempenho esportivo, tração 4x4 e uma
alta tecnologia embarcada. Conheça o mais
inovador carro da Mitsubishi
78homem de pALAvrAUma conversa exclusiva com Osamu Masuko,
presidente da Mitsubishi Motors no Japão
84vitóriAs Com dNA 4x4Mitsubishi vence quatro das cinco categorias
do Rally dos Sertões e coloca seis carros
entre os dez primeiros colocados
92eNChArCAdo de horizoNteNa restinga gaúcha, entre dunas, campos e
banhados, homens e mulheres andam a cavalo
e se deparam consigo mesmos
revMIT51_SUMARIO.indd 8 9/3/13 4:42 PMJob: 15330-008 -- Empresa: africa -- Arquivo: AFC-15530-008-MIT CAFE-RV MIT-208X275_pag001.pdfRegistro: 121055 -- Data: 20:15:47 17/05/2013
12 [Mitrevista] setembro 2013
PUBLICIDADE E COMERCIAL Diretor André [email protected] de Publicidade e Novos NegóciosMarco Taconi [email protected] Otero Lara Filho (Buga)[email protected] de NegóciosFernando Bonfá[email protected]
REPRESENTANTESGRP - Grupo de Representação PublicitáriaPR – Tel. (41) 3023-8238SC/RS – Tel. (41) 3026-7451
Media Opportunities Comunicação Ltda.DF – Tel. (61) 3447-4400MG – Tel. (31) 2551-1308RJ – Tel. (21) 3072-1034
NSA Mídia S/S Ltda.CE – Tel. (85) 3264-0406 CE – Tel. (85) 3264-0576
DEPARTAMENTO FINANCEIRO-ADMINISTRATIVOGerenteAndrea Barbulescuandreabarbulescu@customeditora.com.brAssistenteAlessandro [email protected] FinanceiraCarina [email protected]
CTP, impressão e acabamento IBEP Gráfica Tiragem 113.200 exemplares
Auditado por
Custom Editora Ltda.Av. Nove de Julho, 5.593 - 90 andar - Jd. Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200Novo tel. (11) 3708-9702E-mail: [email protected]
ATENDIMENTO AO [email protected] ou tel. (11) 3708-9702
MUDANÇA DE ENDEREÇO DO LEITORPara continuar recebendo sua MIT Revista regularmente, em caso de mudança informe o número do chassi do veículo e CPF, nome e o novo endereço completos do proprietário
REDAÇÃODiretor Editorial
Fernando [email protected]
Diretora de Redação Silvana Assumpção
[email protected] Henrique Skujis
[email protected]órter
Juliana [email protected]
EstagiárioRaphael Alves
ARTEDiretor
Editora Karen Yuen
Guilherme [email protected]
Prepress Roberto Quevedo
Projeto Gráfico Alessandro Meiguins e Mariana Henriques
PRODUÇÃO EXECUTIVA E PESQUISA DE IMAGENSRita Selke
COLABORARAM NESTE NÚMEROTexto
Alessandra Lariu, Luciana Lancellotti, Luís Patriani, Marion Frank, Milly Lacombe, Patricia Broggi, Renato Góes, Téo Massaro, Teté Martinho,
Walterson Sardenberg So, Xavier BartaburuFotografia
Adriano Carrapato, Cadu Rolim, Everton Ballardin, Flavio Varricchio, Gabriel Barbosa, Guilber Hidaka, Gustavo Arrais, Gustavo Epifanio, Henrique Skujis,
Izan Petterle, Kiko Ferrite, Lana Eklun, Marcelo de Breyne, MORANDI Bruno/hemis.fr/Glow Images, Remi Benali, Ricardo Leizer, Tom Papp, Victor Eleuterio
Ilustração Pedro Hamdan, Ken Tanaka
Infografia Paulo Nilson
ProduçãoAdriana Tanaka
Revisão Goretti Tenorio
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Publicação trimestral da Custom Editora Ltda.Sob licença da MMC Automotores do Brasil S.A.
CONSELHO EDITORIALPatrícia de Azevedo Poli, André Cheron e Fernando Paiva
MIT51_EXPEDIENTE.indd 12 9/2/13 10:46 PM
©2013 Garmin Ltda ou suas subsidiáriasA marca Bluetooth® e logotipo são propriedades da Bluetooth DIG, Inc. e qualquer uso da marca pela Garmin está sob licença.
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16 [Mitrevista] setembro 2013
Durantes duas décadas o gaúcho
Izan Petterle criou e treinou cavalos.
O ensaio da seção Brasil 4x4, feito pelo
fotógrafo durante uma cavalgada na restinga
gaúcha, foi, portanto, uma continuação de sua
jornada pessoal em domar a cultura relaciona-
da ao universo de cavaleiros e amazonas. “Ten-
to ser poético sem perder a noção documen-
tal”, conta Izan, um dos principais fotógrafos
do time da revista National Geographic Brasil.
Em um dia qualquer de sua vida,
Kiko Ferrite comprou uma passagem e se
mandou para o Sudeste Asiático disposto a
voltar com uma senhora reportagem debaixo
do braço. Desde aquele dia, não parou mais
de fotografar e hoje é referência quando
o assunto é retrato. Nesta edição, ficou
frente a frente com o designer Leo Capote.
“O estúdio dele é uma viagem à Idade Média,
com ferro, soldas, martelos, pregos...”
Marion Frank está ancorada em São
Paulo, mas sempre que pode coloca o pé
na estrada. E no estribo. A paulistana tem
um bom par de amores na vida, e andar a
cavalo é um deles. “Galopar no Elmo, lusitano
novinho em folha, foi um dos grandes
momentos da minha trajetória de amazona”,
disse, após voltar da cavalgada na restinga
gaúcha, em destaque nesta edição. “É o Rio
Grande do Sul selvagem e romântico.”
Teté Martinho é jornalista cultural com
predileção por arte, design e consumo.
Chefiou as redações das revistas Bravo e
Elle até fixar-se como editora independente
de revistas customizadas e catálogos de
exposições. Assina a coluna Crítica de Loja
na revista sãopaulo, da Folha de S.Paulo. É
dela o texto sobre Leo Capote para a seção
Perfil 4x4. “É fascinante o processo que o
transformou de observador em criador.”
Enquanto finaliza a biografia da deputada
federal Mara Gabrilli, a jornalista e escritora
Milly Lacombe resolveu se mandar para
uma temporada em Nova York, onde diz que
vai sentir falta dos sobrinhos e de torcer pelo
Corinthians no Pacaembu. Nesta edição, é
dela nosso texto de capa sobre a viajante Kira
Salak: “Conhecer as aventuras, os dramas e
as cicatrizes que ela não tenta esconder nos
humaniza e nos engrandece”, diz Milly.
Paulistano criado entre carros e motos,
Guilber Hidaka, idealizador do site
bufalostv, não nega fogo quando o assunto
é viajar ou fotografar máquinas de alto
gabarito. Por isso, ele ria à toa enquanto
clicava o All New Outlander, o mais inovador
carro da Mitsubishi, no autódromo Velo
Città, em Mogi Guaçu. “Passar uma manhã
conhecendo o novo Outlander foi um prazer
profissional e pessoal.”
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revMIT51_COLABORADORES.indd 16 9/2/13 10:36 PM
O autódromo é o Velo Città. Os carros são o Lan-cer Evo X e o Lancer Evo R. A coordenação é do multicampeão Ingo Hoffmann. Com esse cardápio de alto nível, a Mitsubishi oferece dois cursos que formam pilotos prontos para tirar carteira da Con-federação Brasileira de Automobilismo (CBA) e participar de competições oficiais. O primeiro é a Mitsubishi Racing Experience, com duração de um dia. O segundo, mais completo, a Mitsubishi Pre-mium Racing School, tem dois dias de duração. Nos dois, os alunos assistem a uma aula teórica com Ingo e realizam vários exercícios, como frenagem e tangência, além de voltas cronometradas e acom-panhadas via rádio. Tudo sob o olhar de pilotos pro-fissionais e com softwares instalados nos carros.
curso de pilotagem com quem
mais entende de velocidade!
Ingo Hoffmann, coordenador do Mitsubishi Drive Club
AutodromoVeloCitta
www.mitsubishiracingschool.com.br www.mitsubishmotors.com.br
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou (11) 5694-2914 e (11) 99110-0994
“Foi incrível. Além de ser personalizado para acompanhar o nível de cada aluno, você fica ‘one on one’ com os instrutores, todos de altíssimo nível.” Ara Vartanian, joalheiro
“A estrutura é de alto nível e a pista, espetacular. A parte teórica é suficiente e os exercícios são ótimos. O acompanhamento por radio foi excelente, com instruções bem exatas.”José Del Valle Salcedo Zambrano, empresário
palavra de quem fez
RACINGSCHOOL - Simples.indd 106 9/3/13 12:31 AM
18 [Mitrevista] setembro 2013
o chão sob nossos pés {por Téo Massaro}18
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não é segredo, todos sabemos – na vida, alguns galopes
são especiais. Disparar com um cavalo baixo, invocado,
que traz na crina a fúria dos exércitos de Gêngis Khan, faz
uma tarde na Mongólia se transformar em uma catarse.
na estepe verde sem fim, não há limite de velocidade. a galopada
só é interrompida quando brota, no nada, um ger – a tenda redonda
de lona branca, com uma chaminé no centro, uma porta e nenhuma
janela. no país encurralado entre os gigantes rússia e china, um
terço da população de 3 milhões de habitantes ainda tem um estilo
de vida nômade, montando e desmontando a estrutura de madeira e
feltro de lã conforme lhe dá na telha.
a porta do ger (lar, em mongol) é pintada à mão e considerada
obra de arte – logo, a pior gafe é fazer uso do toc, toc, toc para
anunciar sua chegada. Muitas vezes, no entanto, é difícil se
aproximar da tenda: cachorros ferozes, e também com sebo nas
canelas, avançam sobre os visitantes para proteger a família e o
rebanho. uma vez dentro do aconchego do ger, a grande experiência
é ouvir o tradicional canto gutural mongol, o khöömii (melhor ainda
se estiver acompanhado por um morin khurr, o violino típico do país,
que usa fios de rabo de cavalo para fazer o arco e as duas cordas).
há uma ocasião no ano em que o contato com essa cultura secular
acontece de maneira única, vibrante: o festival naadam, espécie de
olimpíada da Mongólia que acontece em julho. são disputadas com
unhas e dentes as três paixões nacionais: arco e flecha, luta livre e,
claro, corrida de cavalos, a principal atração. a distância das corridas
varia de 15 a 30 quilômetros. as chegadas são emocionantes e
o cavalo vencedor (não o jóquei) vira herói. Mas, atenção: nesse
período, o país fica lotado. é melhor programar a viagem com boa
antecedência. e, para chegar em grande estilo, nada como embarcar
no expresso transiberiano, o trem que parte da estação Yaroslavsky,
em Moscou, e, após três dias, contorna o sul do lago baikal e vira
à direita para cruzar a fronteira mongol. não é segredo, todos
sabemos: na vida, alguns trens são especiais.
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20 [Mitrevista] setembro 2013
a essência da vida no planeta {texto e foto Henrique Skujis}20
se, por um absurdo tenebroso, o comandante do Stella Australis
fosse discípulo de Wolf larsen [o impiedoso capitão retratado
por Jack london (1876-1916) em seu clássico romance de
aventura O Lobo do Mar] e ele proibisse a saída da cabine
durante os cincos dias de viagem, passageiro algum encararia isso como
tortura. a confortável cama é mirante privilegiado graças à imensa
janela pela qual paisagens exuberantes se sucedem. a navegação
pelas águas geladas da patagônia e da terra do Fogo começa em
punta arenas, sul do chile, passa pelo estreito de Magalhães, percorre o
caminho de charles darwin, chega ao perigoso cabo Horn e joga âncora
em Ushuaia, a cidade mais austral do planeta, já na argentina.
com 89 metros de comprimento, o Stella Australis em quase nada
lembra os nababescos navios de cruzeiro, nos quais o chique esbarra
no cafona e o luxo bate de frente com a ostentação. leva não mais de
200 passageiros. todos eles com o direito (e o dever) de sair da cabine,
saborear a boa gastronomia do restaurante, beber à vontade no (open)
bar, relaxar nos confortáveis sofás das salas de leitura, assistir às inte-
ressantes palestras, subir ao convés para sentir o vento da patagônia
e, evidentemente, desembarcar nas paradas no meio do nada. por
“nada” entenda-se um emaranhando de canais ladeados por morros
com a sinuosidade dos traços de niemeyer, picos nevados e glaciares.
Quando menos se espera (ou quando está britanicamente previsto
no programa), o navio desliga seus dois motores de 1.400 cavalos cada
um – e uma procissão de passageiros de coletes salva-vidas laranja se
desloca para a popa. todo dia, um ou dois passeios a bordo de botes in-
fláveis Zodiac levam os navegantes para atrações incríveis. no segundo
dia de navegação, por exemplo, o destino são as ilhotas tuckers, ponto
de encontro de incontáveis pinguins-de-magalhães. o auge é o passeio
de inflável seguido de uma leve caminhada até o glaciar pía. Reserve
horas para apreciar e fotografar essa imensa parede branca. escolha
entre um copo de chocolate quente ou uma dose de uísque com gelo
colhido diretamente do pía. sente-se e espere até o último raio de sol
para voltar ao gostoso balanço do Stella Australis e seguir viagem.
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22 [Mitrevista] setembro 2013
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aro mundo visto do alto {por Walterson Sardenberg Sº}22
Quando os moradores do rio de Janeiro gostam muito,
diminuem. copacabana virou copa; o Botafogo, Bota; o
flamengo, mengo; o bar Bracarense, Braca. tal fenômeno
se repetiu no batismo do trekking conhecido oficialmente
por travessia Petrópolis-teresópolis. mas pode chamá-
-lo de Petê-terê. nem de longe tem a popularidade do mengo. ou
é tão relaxante quanto o Braca. ainda assim, tornou-se o trekking
mais conhecido do país. Em especial, por causa das belezas vistas
dos mirantes naturais. “do alto, dá para divisar a baía de Guanabara
inteira”, diz o fotógrafo victor andrade, veterano em ecoturismo. a
trilha é feita entre as duas cidades que a corte do império, no século
19, criou para fugir da canícula carioca. Está instalada no Parque
nacional da serra dos Órgãos, diminuído na sigla Parnaso — o nome
da mítica montanha grega. as cadeias de montanhas lembram o
formato dos órgãos de tubos das igrejas. daí o nome do parque.
Embora sejam só 30 quilômetros, não é empreitada para inician-
tes. cumprir a trilha requer três dias e, para quem tem juízo, o auxílio
de um guia. o trajeto já começa com 7 quilômetros muito íngremes
até o morro do açu. a recompensa é a encantadora paisagem do
vale do Bonfim. lá em cima, há um camping, um abrigo com beliches
e banho quente. nada a ver com um cinco estrelas, mas, a essa al-
tura, faz lembrar. os 12 quilômetros do segundo dia exigem menos
esforço. Esqueça, porém, a tranquilidade de um platô. o caminho
tem altos e baixos e, em sua fração final, exige uma força extra:
elevar-se por cordas até aquele que é, ao pé da letra, o ponto alto da
caminhada — a pedra do sino, a 2.255 metros de altitude. deve-se
descer antes de escurecer para recolher-se à barraca ou a alguma
concorrida cama do abrigo Quatro. Por fim, são cerca de 11 quilôme-
tros para o último dia de jornada. agora o trajeto é uma descida até
suave. Pouco a pouco, as árvores se revelam maiores e a mata, mais
fechada. na chegada, a lembrança dos momentos de cansaço e da
benção da natureza, em uma caminhada de extremos, em meio aos
picos agulha do diabo e dedo de deus.
Entre o Dedo de Deus e a Agulha do Diaboassim é no mais conhEcido trEkkinG do País: a travEssia PEtrÓPolis-tErEsÓPolis, no rio dE JanEiro
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PALAvRA dE quEm fEz
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Ingo Hoffmanncoordenador do
Lancer Experience
O Lancer Experience é um curso de direção com exercícios de técnica de pilotagem e dicas importantes para situações do cotidiano. O participante aprende a acelerar, frear, fazer curva e realiza vários exercícios, testando e conhecendo toda a tecnologia do Lancer Evo X, um dos mais desejados esportivos do mundo, quatro vezes campeão do World Rally Championship (WRC), o mais importante campeonato de rali do mundo. Tudo é acompanhado por pilotos profissionais sob a supervisão do multicampeão Ingo Hoffmann. O curso dura um dia e acontece no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP). Para participar, informe-se pelo telefone (11) 5694-2914 ou pelo e-mail [email protected].
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sentir a potência do motor
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26 [Mitrevista] setembro 2013
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27[Mitrevista] setembro 2013
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28 [Mitrevista] setembro 2013
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34 [Mitrevista] setembro 2013
34 porta-luvasbeleza sempre ao alcance das mãos {por Patrícia Broggi}
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novidades de alta tecnologia do universo mitsubishi {por Juliana Amato | ilustração Pedro Hamdan}
do subsolo ao céuuma mina de ouro, um parque de energia eólica e até um jato comercial para 90 passageiros.
eis algumas novidades da marca dos três diamantes pelo mundo
MITSUBISHI HEAVY INDUSTRIES/MITSUBISHI AIRCRAFT CORPORATION
três diamantes no araté o fim deste ano, a mitsubishi leva novamente sua marca às alturas. entre outubro e dezembro, a mitsubishi heavy industries e a mitsubishi aircraft corporation realizam os testes finais com o jato regional mitsubishi (mrj). devido ao terremoto de março de 2011, o lançamento da aeronave precisou ser adiado. as primeiras entregas, no entanto, devem ocorrer em 2014: a lista de pedidos já soma 325 unidades. entre os principais clientes estão a japonesa all nipon airways e a skyWest airlines, dos estados unidos. o governo japonês também demonstrou interesse em comprar um mrj para servir ao primeiro-ministro shinzo abe em suas viagens – atualmente o japão conta com dois boeing 747, usados também por membros da família real. a expectativa é de que o mrj, que tem capacidade para levar até 90 passageiros, consuma 20% menos combustível do que aviões de tamanho semelhante. depois da fabricação da fuselagem em tobishima, a montagem das asas e o término da construção deverão ser feitos em uma fábrica da mitsubishi heavy industries, em Komaki minami. o projeto do mrj foi anunciado no início de 2008 e previa investimentos de us$ 1 bilhão. é o primeiro avião comercial construído no japão desde o Ys11, movido a hélice, cuja produção foi interrompida em 1973. a aeronave da marca dos três diamantes vai concorrer em um seleto segmento no qual voam jatos fabricados pela brasileira embraer e pela canadense bombardier. http://www.m-kagaku.co.jp/index_en
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Patrimônio que vale ouroela foi descoberta em 1601. Passou pelas eras meiji e edo. em 1896, foi comprada pela mitsubishi Joint Stock Company e tornou-se a maior mina de prata e ouro do Japão. Fechada desde 1989, a mina de Sado, na ilha homônima, pode agora se tornar Patrimônio mundial da unesco. Diversos edifícios, estruturas e máquinas do histórico lugar ganharam do governo japonês o status de patrimônio cultural. o equipamento de mineração e o maquinário usado para expandir a produção no início do período Showa (1925-1988), por exemplo, foram preservados e podem ser vistos pelo visitante. É possível ainda percorrer seus túneis e ver exposições sobre a história da mina. em seus 388 anos de funcionamento, dela foram extraídas 15 milhões de toneladas de minério bruto – que geraram 2,3 mil toneladas de prata e 78 de ouro.www.sado-kinzan.com/en/
MITSUBISHI MATERIALS INC.
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EnErgia Eólica na Holanda a partir de 2014, 150 mil residências holandesas serão abastecidas pela energia gerada por um parque eólico da Mitsubishi corporation (Mc) em parceria com a Eneco, a companhia estatal da Holanda. localizado ao longo da costa holandesa de noordwijk, o parque, batizado de luchterduinen, conta com 43 turbinas espalhadas por uma área de 25 quilômetros quadrados. as operações começam em 2015 e devem gerar cerca de 130 MW de eletricidade.
MITSUBISHI CORPORATION
Horta o ano intEiroa Mitsubishi chemical vendeu seu primeiro sistema que utiliza luzes de lEds em hortas. a novidade monitora todas as instalações necessárias para o cultivo: a claridade para o processo de fotossíntese, o ar-condicionado para manter a temperatura ideal e uma estação de tratamento com ciclos de filtragem que proporcionam a reutilização da água. o sistema permite que legumes frescos sejam colhidos o ano todo, mesmo durante o inverno em lugares com pouca luz solar e temperaturas abaixo de zero, caso da cidade russa de São Petersburgo, sede da Mir Upakovki, primeira cliente do produto.www.m-kagaku.co.jp/english/newsreleases/2012/20121127-1.html
MITSUBISHI CHEMICAL
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MITSUBISHI RAYON
Estilo tEchnotodos os anos, a Mitsubishi Rayon promove no Japão o concurso de Design soalon. o evento é aberto a estudantes da Universidade Bunka Gakuen 1, em tóquio. neste ano, os alunos tiveram o desafio de criar roupas formais, porém modernas, e no estilo japonês. os trabalhos deveriam contar com o tecido ecológico soalon, desenvolvido pela MtX. cerca de 300 alunos enviaram seus projetos. os três melhores tiveram seus desenhos apresentados em um telão, além de receberem prêmios de Melhor Projeto e da Formal style Association Award.
hi-tEch
NIKON
soliDARiEDADE contRA o câncER Em 2011, a sede da nikon americana aderiu ao Projeto F.l.A.s.h. (Families lending Advice, support and hope), organização de responsabilidade social corporativa. Um dos parceiros do projeto é o sunrise Day camp, instituição que convida crianças com câncer e seus irmãos para um acampamento de verão, sem nenhum custo. Além de apoiar a casa Ronald McDonald de long island, que fornece um programa para as famílias ficarem perto de seus filhos hospitalizados, a empresa do grupo Mitsubishi organiza eventos de caridade com a participação de seus funcionários.
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41[Mitrevista] setembro 2013
Alegria, alegriaquAtro gadgets que vão tornAr suA vidA muito mAis divertidA
41 painel
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Arte e
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44 [Mitrevista] setembro 2013
A históriA de objetos que nAscerAm pArA superAr obstáculos {por Xavier Baraburu}
44 clássicos 4x4
dura na quedaos relAtos que fizerAm dA mAglite umA dAs mAis
resistentes e desejAdAs lAnternAs já criAdAs
tem aquela que foi atropelada por um boeing 757 – e
sobreviveu. outra continuou funcionando mesmo depois
de esmagada por um vagão de 120 toneladas. e aquela
que passou dois anos e meio no fundo de um lago e,
quando encontrada, ainda emitia luz? há as que foram parar dentro
de máquinas de lavar, rios gelados e panelas de óleo fervente.
essas igualmente escaparam ilesas como outras tantas lanternas
maglite das histórias que o nova-iorquino tony maglica coleciona,
em forma de cartas, enviadas dos mais diversos cantos do mundo –
não raro embaladas por palavras que vão do assombro à gratidão.
são milhões os admiradores daquela que um jornalista do Wall
Street Journal classificou como “o cadillac das lanternas”. e
com razão. água, ferrugem, quedas, explosões – nada
parece afetar a couraça de alumínio anodizado que faz
da maglite uma das ferramentas mais resistentes
já criadas. somem-se o foco ajustável e outras
gentilezas, como a lâmpada sobressalente
na tampa traseira, e está claro por que
a maglite tornou-se um clássico do
design utilitário, com direito a vaga
no museu internacional do design,
em munique, Alemanha. há quem
diga que ela mudou o jeito de
fazer lanternas no mundo.
de fato, quando tony maglica
começou a fabricá-las, em 1979,
o que havia no mercado eram
aquelas carcaças de
plástico, rapidamente
Tony Maglica, o homem por trás da Maglite. À esquerda, modelo de
cinco pilhas, usado como cassetete pela polícia dos EUA. À direita, a
Maglite clássica, já com luzes de LED
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45[Mitrevista] setembro 2013
descartáveis, das quais saía um facho minguado que
exigia troca de pilha a todo instante. Maglica, na época
especialista em criar peças de precisão para as indústrias
militar e aeroespacial, resolveu trazer um pouco mais de luz
ao mundo valendo-se de todo seu conhecimento técnico.
O resultado foi de tal sofisticação que a Maglite logo virou
item de sobrevivência para os serviços de segurança pública
nos Estados Unidos, o que incluía o trabalho de bombeiros e
policiais. Estes gostaram particularmente dos modelos maiores,
de cinco pilhas grandes, também úteis como cassetetes.
Tony Maglica é aquele tipo de self-made man que os
americanos adoram exaltar. Começou do zero mesmo, sem nem
sequer falar inglês – embora nascido em Nova York, Maglica
passou a infância e a juventude na Croácia, terra da mãe. E
foi de lá que saiu, em 1950, fugido do pós-guerra e disposto
a reconquistar a América natal. Cinco anos depois, já tinha
uma oficina de usinagem na garagem de sua casa, em Los
Angeles, onde fazia pequenos reparos. Depois passou a criar
peças de precisão para armamentos e satélites – um deles
foi o Explorer I, primeiro satélite artificial lançado ao espaço
pelos Estados Unidos. Produzia também componentes para
lanternas, e foi quando se deu conta de que podia fazer melhor.
Toda a linha Maglite foi desenhada pessoalmente pelo
próprio Tony Maglica. Isso inclui a lanterna com sistema de
bateria recarregável, lançada em 1982, os modelos míni
(como a Solitaire, de 1988, para ser usada como chaveiro)
e as que utilizam LEDs (Light Emitting Diodes ou diodos
emissores de luz) – o maior salto de tecnologia da empresa
desde sua fundação. A partir de 2006, os modelos mais
populares ganharam seu equivalente em LED, que trouxe às
Maglite ainda mais intensidade no brilho e maior economia
de energia em relação às lâmpadas incandescentes.
Aos 83 anos, Maglica continua indo diariamente à fábrica,
sediada na zona metropolitana de Los Angeles. Perfeccionista
no limite da obsessão, gasta horas flanando entre as
máquinas – que ele mesmo desenhou –, para checar se está
tudo em ordem. Seu maior orgulho, porém, é o fato de a
Maglite ser uma empresa “all American” – sem peças
importadas, sem mão-de-obra barata contratada em
muquifos do Oriente. Há razões cívicas por trás disso
(Maglica é republicano convicto), mas também práticas:
o criador da Maglite acredita que jamais alcançará
o mínimo de qualidade terceirizando a produção.
Ideologias à parte, a gente agradece.
www.maglite.com
fOTOS DIvULgAçãO
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46 [Mitrevista] setembro 2013
Aos 41 anos, o chef francês YANN CORDERON alia a cozinha clássica a ingredientes e técnicas contemporâneos. Nascido em Fécamp (Normandia, França), desde pequeno demonstrou fascínio pela gastronomia e sua história. Aos 7 anos, mudou-se
com a família para Blois, região rica em tradições culinárias e de cozinha aristocrática. Ali começou seu curso de gastronomia, formando-se aos 17 anos. Alistou-se na infantaria francesa e serviu em diversos países da África como cozinheiro. De volta à França, trabalhou em vários restaurantes e hotéis. No Brasil desde 1994, passou por casas e redes hoteleiras no Rio de Janeiro e em São Paulo. Assinou menus de jantares e festas particulares, formando assim sua clientela fiel, antes de abrir, em 2009, o seu próprio restaurante, o L’Amitié, no Itaim Bibi, em São Paulo. www.lamitie.com.br
IngredIentes
1 baguete de ciabatta
2 ovos cozidos cortados em fatias
1 pé de alface
2 tomates fatiados
160 g de peito de peru seara
50 g de maionese
20 g de alcaparras
30 g de azeitonas pretas
30 ml de azeite de oliva extravirgem
sal e pimenta-do-reino a gosto
46 DeLícIAS 4x4COMIdA sABOrOsA e FÁCIL de PrePArAr {fotos Marcelo de Breyne}
SANDwiCh Du TéNéRé
Homenagem ao desertoO chef YAnn COrderOn, dO restAurAnte PAuLIstAnO L’AMItIé, dÁ A suA versãO dO CLÁssICO sAnduíCHe de Peru
MOdO de PrePArO
Colocar a maionese sobre a baguete
de ciabatta. dispor as folhas de alface,
as fatias de tomate e as de ovos cozidos.
temperar com sal, pimenta-do-reino e
azeite de oliva. Acrescentar as fatias
de peito de peru, as alcaparras e as
azeitonas pretas.
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50 [Mitrevista] setembro 2013
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(*) valores sujeitos a alteração.
bebidas para abastecer a alma {por Luciana Lancellotti}
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Japan on the rocksconheça alguns destilados produzidos na terra do sol nascente
(e ainda raros no brasil) que rivalizam com os famosos escoceses
1. TakeTsuru (17 anos)resultado de uma combinação de maltes japoneses, é fresco e frutado no nariz, com notas de baunilha, cacau e raspas de laranja no paladar. faturou, em 2012, o prêmio de melhor blended malt no World Whisky awards. o nome é uma home-nagem a masataka taketsuru, primeiro homem a produzir uísque no Japão. Clubdestilados (www.clubdestilados.com) € 87,12*
2. YoiChi (20 anos)foi o primeiro uísque produzido fora da escócia a ganhar o prêmio de melhor single malt do mundo (2008) pela
Whisky Magazine, considerada a bíblia do segmento. combina aromas de creme, caramelo, mel e frutas
vermelhas. no paladar, notas de frutas secas, turfa e um toque de maçãs e peras cozidas. o final é longo e adocicado. Vodka store (www.vodka-store.com) € 300,50*
3. hakushu (12 anos)este single malt é produzido na destilaria de hakushu, em uma floresta a uma das maiores altitudes do Japão. tem notas levemente defumadas, cascas de frutas cítricas, avelãs, ervas frescas e flores do campo. no paladar, desenvolvem-se frutas maduras, predominan-temente maçã e ameixa, sobre fundo de notas florais e de cevada. o final é doce e picante. Garrafeira nacional (www.garrafeiranacio-nal.com) € 71*
4. Yamazaki (12 anos)este single malt é produzido na destilaria mais antiga do Japão, a Yamazaki, fundada em 1923. com notas de chocolate amargo, mel e laranja no olfato, tem paladar oleoso e amanteigado, com toques de especiarias, manga e coco. o fim é complexo e longo. foi premiado com medalha de ouro em diversas competições internacionais. adega de sakê (www.adega-desake.com.br) r$ 310*
5. nikka CoffeY Grainse os blends são obtidos, em sua maioria, a partir do trigo, aqui o cereal dominante é o milho – assim como acontece com os bourbons. o resultado é um uísque intenso, redondo e aromático. notas de café e baunilha ao nariz, com paladar de óleo de limão e notas de especiarias. smC (www.whisky.com.pt ) € 32,00*
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(*) valores sujeitos a alteração.
bebidas para abastecer a alma {por Luciana Lancellotti}
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Japan on the rocksconheça alguns destilados produzidos na terra do sol nascente
(e ainda raros no brasil) que rivalizam com os famosos escoceses
1. TakeTsuru (17 anos)resultado de uma combinação de maltes japoneses, é fresco e frutado no nariz, com notas de baunilha, cacau e raspas de laranja no paladar. faturou, em 2012, o prêmio de melhor blended malt no World Whisky awards. o nome é uma home-nagem a masataka taketsuru, primeiro homem a produzir uísque no Japão. Clubdestilados (www.clubdestilados.com) € 87,12*
2. YoiChi (20 anos)foi o primeiro uísque produzido fora da escócia a ganhar o prêmio de melhor single malt do mundo (2008) pela
Whisky Magazine, considerada a bíblia do segmento. combina aromas de creme, caramelo, mel e frutas
vermelhas. no paladar, notas de frutas secas, turfa e um toque de maçãs e peras cozidas. o final é longo e adocicado. Vodka store (www.vodka-store.com) € 300,50*
3. hakushu (12 anos)este single malt é produzido na destilaria de hakushu, em uma floresta a uma das maiores altitudes do Japão. tem notas levemente defumadas, cascas de frutas cítricas, avelãs, ervas frescas e flores do campo. no paladar, desenvolvem-se frutas maduras, predominan-temente maçã e ameixa, sobre fundo de notas florais e de cevada. o final é doce e picante. Garrafeira nacional (www.garrafeiranacio-nal.com) € 71*
4. Yamazaki (12 anos)este single malt é produzido na destilaria mais antiga do Japão, a Yamazaki, fundada em 1923. com notas de chocolate amargo, mel e laranja no olfato, tem paladar oleoso e amanteigado, com toques de especiarias, manga e coco. o fim é complexo e longo. foi premiado com medalha de ouro em diversas competições internacionais. adega de sakê (www.adega-desake.com.br) r$ 310*
5. nikka CoffeY Grainse os blends são obtidos, em sua maioria, a partir do trigo, aqui o cereal dominante é o milho – assim como acontece com os bourbons. o resultado é um uísque intenso, redondo e aromático. notas de café e baunilha ao nariz, com paladar de óleo de limão e notas de especiarias. smC (www.whisky.com.pt ) € 32,00*
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54 [Mitrevista] setembro 2013
aventuras a bordo de um mitsubishi {depoimento de Carlos A. Pereira a Luís Patriani}
54 on the road
dominique spehler, minha mulher, é francesa, física e tem
59 anos. eu, Carlos a. Pereira, sou brasileiro, biólogo e
beiro os 65 aniversários. vivemos na ponte-aérea são
Paulo-estrasburgo. voar faz parte de nossa rotina de
viagens entre brasil e França. talvez seja essa a razão da nossa
paixão pela terra. de preferência, terra batida, esburacada e cheia
de lama. depois da minha viagem de dois meses a bordo de um
fusquinha 1972 para a argentina, aos 24 anos e ainda solteiro,
dominique e eu rodamos muito em carros 4x4 por diversos cantos
de difícil acesso. desde santa Cruz de la sierra, Potosí e sucre,
na bolívia; arequipa e Cusco, no Peru; antofagasta e deserto do
atacama, no Chile, até as montanhas da serra da mantiqueira e da
bocaina, em são Paulo.
dessa vez, a bordo do nosso mitsubishi Pajero tr4, a partir de
são Paulo, o roteiro foi se aventurar durante cinco semanas e 4.500
quilômetros por cidades históricas e parques nacionais de minas
Gerais e bahia, com desfecho no litoral do espírito santo e do rio
de Janeiro. o primeiro lugar que nos obrigou a parar foi o mostei-
ro das macaúbas, na região metropolitana de belo horizonte. a
preservada arquitetura colonial nos transportou à segunda metade
do século 18, época em que o edifício foi construído. É incrível
fazer um exercício de imaginação e pensar que no passado esse
lugar funcionava como um recolhimento e educandário de viúvas
e mulheres abandonadas pelos maridos. há o registro, inclusive, da
presença de filhas de Francisca da silva de oliveira, a Chica da silva.
diante do para-brisa, a bela estrada mG-010 se mostrava pés-
sima, mas era enfrentada de peito aberto pela segurança do Pajero
tr4. no caminho, cachoeiras, poços naturais, desfiladeiros e aves
de diversas espécies indicavam que estávamos no Parque nacional
da serra do Cipó, a apenas 100 quilômetros da capital mineira.
mais ao norte nos entregamos à autenticidade de quatro cidades
quase intactas: Conceição do mato dentro, serro, milho verde e
são Gonçalo do rio das Pedras. as quatro relíquias, ao contrário
da badalada e turística ouro Preto, ainda mantêm uma atmosfera
das pacatas vilas do século 18. em são Gonçalo ficamos ainda com
água na boca pelo diferente macarrão com couve feito pelo chef
inglês Peter, no restaurante da Pousada do Capão.
depois de conhecer a charmosa diamantina, deixamos para trás
o circuito das históricas cidades mineiras e entramos pela mG-367
no pobre, porém encantador, vale do rio Jequitinhonha. nossa
rota tentava seguir seu leito, cuja nascente brota no município de
serro, próximo ao Parque nacional das sempre-vivas, famoso pelas
pequenas flores que lhe dão nome. em araçuaí, reencontramos o
rio e, ao lado dele, dirigimos felizes até a cidade de Jequitinhonha.
sempre ouvi dizer que essa região era uma das mais carentes do
país, mas o que vi foi uma gente humilde, cheia de esperança de
Paixão pela terraQuando não estão voando entre o brasil e a França, dominiQue e Carlos
Gostam de Pisar Firme no Chão e Fazer viaGens off-road Pela amÉriCa do sul
O Pajero TR4 em meio à mata Atlântica, próximo ao Parque Nacional do Descobrimento, na Bahia Fo
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55[Mitrevista] setembro 2013
JaboticatubasConceiçãodo MatoDentro
São Gonçalodo Riodas Pedras
SP
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São Pedroda Aldeia
Reritiba
Diamantina
Pedra AzulJequitinhonha
LençóisP. N. ChapadaDiamantina
P. N. daSerra do Cipó
P. N. doPau-Brasil
P. N. doMonte
Pascoal
P. N.Sempre-Vivas
Rio dasContas
Linhares
Trancoso
Itacaré
Belmonte
Canavieiras
TurmalinaMinas Novas
Araçuaí
ItingaItaobin
SerroMilho Verde
Vitória daConquista
SãoPaulo
MG-010
MG-367
BA-148
BA-142
BR-116
BR-330
BR-101
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melhorar de vida,
principalmente por meio do arte-
sanato. A cerâmica produzida por quase metade de seus
moradores é, em grande parte, original e criativa. Uma arte rústica e
autêntica que faz essas pessoas sonharem e evoluírem.
Na saída do vale, entre Januária e Salinas, fomos conhecer os
tradicionais alambiques de cachaça artesanal. Não é preciso dizer que
o porta-malas do Pajero TR4 recebeu algumas garrafas das deliciosas
Santiago e Canarinha. Em Pedra Azul entramos na BR-116 e seguimos
até Vitória da Conquista, já na Bahia. O GPS mostrava que nosso desti-
no era a cidade de Rio de Contas, no sul da Chapada Diamantina.
A ansiedade era grande. Sabíamos que Rio de Contas é uma péro-
la histórica e também umas das portas menos conhecidas desse
emblemático parque nacional brasileiro. As estradas BA-148 e BA-162
conservam um vago vestígio de asfalto. São muito ruins, mas o Pajero
TR4 tirou a buraqueira de letra.
Rio de Contas, como esperávamos, é deslumbrante. Criada em 1745
em torno da busca de ouro, a cidade foi rica e próspera até entrar em
decadência com o fim do ciclo do metal. Parece ter parado no tempo em
que ainda era um povoado e se chamava Vila Nova de Nossa Senhora do
Livramento das Minas do Rio de Contas. Hoje, o que se vê são igrejas e
casarões em estilo colonial, preservados, assim como procissões como
as daquela época, a exemplo da festa do Divino Espírito Santo.
Em seguida, contornamos a Chapada Diamantina pela sua face
leste (BA-148 e BA-142). No caminho, além de irmos apreciando matas,
grutas e cachoeiras como a do Buracão, que fica num cânion estreito
e isolado, parávamos nas antigas vilas como Jussiape, Mucugê, Igatu e
Andaraí, todas saudosas do século 19, época da extração de diaman-
tes. O ponto final na chapada foi em Lençóis, no extremo norte, onde
nos esperava, além do Morro do Pai Inácio, com seu topo reto desenha-
do pela erosão, o inesquecível café da manhã da Estalagem do Alcino,
muito conhecido pelo bom papo e pela fartura do seu desjejum.
Saciados de paisagens naturais do interior, digitamos o nome da
cidade de Itacaré no GPS e fomos para o litoral baiano. O tempo estava
péssimo e descemos para o sul. Percorremos praias de difícil acesso
e conhecemos os parques Pau-Brasil, Monte Pascoal e Descobrimen-
to. Cruzávamos desde pequenos rios, em balsas improvisadas, até a
Se você costuma viajar com seu Mitsubishi, mande sua aventura para esta seção. Escreva e envie fotos para [email protected]
Parada para foto em trecho off-road em São Gonçalo (MG)
O inebriante visual da Chapada Diamantina, na Bahia
foz dos rios de Contas e
Jequitinhonha – este por nós re-
encontrado em Belmonte. Um dos melhores
momentos ali foi poder degustar, num banco de madeira
rústica entre os coqueirais, uma suculenta achova na brasa em com-
panhia de pescadores do lugar. No caminho de volta para casa, mais
paradas obrigatórias no Santuário Anchieta, em Reritiba, no Espírito
Santo (dizem que o padre Anchieta morreu ali), e, por fim, São Pedro da
Aldeia, já no Rio de Janeiro, onde dormimos na pousada Ponta da Peça,
à beira da lagoa de Araruama. Dali, seguimos de volta para São Paulo, já
pensando no roteiro da próxima viagem a bordo do nosso Pajero TR4.
pau
lo n
ilSo
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Eles saíram de São Paulo, cruzaram Minas Gerais, foram até a Chapada Diamantina e desceram pelo litoral do Espírito Santo e do Rio de Janeiro
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P o r m i l ly l a c o m b e F o t o s R e m i b e n a l i
Ela é chamada de “a mulher mais corajosa do mundo”. Conheça Kira Salak, a americana que explora sozinha os pontos mais remotos e inóspitos
do planeta – e volta para contar a história
A verdadeira Lara Croft
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56 [Mitrevista] setembro 2013
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Ela é chamada de “a mulher mais corajosa do mundo”. Conheça Kira Salak, a americana que explora sozinha os pontos mais remotos e inóspitos
do planeta – e volta para contar a história
A verdadeira Lara Croft
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CAPA
“Fui uma adolescente que vivia com a autoestima baixa e, quando aproveitei as férias na faculdade para viajar sozinha de mochila pela Europa, entendi que aquele tipo de viagem me ani-mava e me fazia sentir poderosa.” À época, Kira tinha 19 anos.
Agora, vamos à outra, a que revela a Lara Croft nela.
HoRRoR em moÇambiQUeKira tinha 20 anos e ainda cursava a Universidade do Ari-
zona quando conseguiu juntar algum dinheiro fazendo bico numa fábrica de croûtons (ela os embalava) e seguiu apenas com uma mochila para o oeste africano. “Foi a primeira vez na vida que me senti plena”, conta. Na África, intuiu que precisava ir a Moçambique enquanto o país vivia uma dilacerante guerra civil. “Eu só pensava que queria entrar ali e escrever sobre a guerra.” De carona em carona pelos países vizinhos, finalmente encontrou um motorista que a ajudou a conseguir o visto para entrar na ex-colônia portuguesa.
“Eu era uma lunática no meio de um lugar sem lei, uma americana loirinha de jeans e camiseta perdida numa terra de ninguém, cheia de soldados do governo e de rebeldes”, resume. Em Moçambique conheceu Jerry, jovem caminhoneiro local que topou dar a ela uma carona em direção à fronteira com o Zimbábue. Jerry explicou que o caminho deveria ser feito em comboio porque era cheio de minas e de rebeldes. Deixou claro que Kira correria risco de morrer e mostrou o caminhão criva-do de balas. “Eu ouvi tudo e, intelectualmente, entendi o que ele dizia, mas disse que iria mesmo assim.” O comboio foi per-correndo lentamente aquela terra árida e vazia – e Kira pôde
ira Salak tinha 20 anos quando decidiu sair com uma mochila, sozinha, pelo oeste africano. Até ali, havia sido uma adolescente melancólica, para quem a vida nada era além de um fardo. Ou, como costuma dizer, para quem a vida não fazia nenhum sen-tido. “Até ir para a África, não sabia o que estava fazendo neste mundo”, é o que ela repete em suas palestras. Desde então Kira já atravessou o território intocado e inóspito de Papua Nova Guiné em viagem solo; foi a primeira pessoa a cruzar de caiaque os 970 quilômetros do rio Níger até Timbuktu, no Mali; peda-lou 1.500 quilômetros através do Alasca até o oceano Ártico; e em 2007 completou o excruciante Snowman Trek, no Butão. Essa é uma prova cujo índice de pessoas que chega à linha final é menor do que o daquelas que conseguem alcançar o cume do Everest. Por tudo isso o New York Times a chamou de “a verda-deira Lara Croft”.
Quando aos 20 anos percebeu que somente uma vida de ex-plorações outdoor a faria existir, Kira encontrou um modo de se sustentar – e de sustentar suas viagens –, escrevendo para re-vistas e jornais europeus e americanos a fim de contar o que viu e viveu. Hoje, colaboradora da revista National Geographic, já foi premiada como jornalista por causa da cobertura que fez da guerra civil no Congo e lançou três livros (um de ficção, outro sobre a jornada solitária pelo Níger e o terceiro sobre a explo-ração do território de Papua Nova Guiné). Aos 41 anos, é tida como a mulher mais durona do mundo. Quando perguntam por que ela começou a viajar sozinha por locais tão inóspitos, porém, Kira apresenta duas versões como resposta: a mais curta e leve e a mais longa e pesada. Vamos à mais curta.
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Sempre de bloco e caneta na mão, Kira escreveu livros e reportagens premiadas, como sua cobertura sobre a guerra civil no Congo
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ver meninos de 12 anos carregando fuzis automáticos AK-47, uma imagem que a assustou mais do que qualquer outra. Tudo ia bem até que o caminhão de Jerry quebrou e foi abandonado pelo comboio. Aquela era a regra, ninguém esperava por nin-guém porque era muito perigoso. Kira lembra-se que conseguia ver as montanhas que faziam fronteira com o Zimbábue - e per-cebeu que estavam bem perto do destino final. Mesmo assim, foi ficando nervosa, parada no meio nada e com a luz do dia terminando. Jerry ainda remexia o motor na tentativa de fazer o carro pegar quando Kira ouviu passos – e viu alguns garotos ar-mados se aproximando. Eram “soldados” do governo que che-garam apontando as armas e anunciando que a levariam com eles. Diziam que encontrariam um lugar para ela pernoitar, mas Kira rapidamente entendeu que a levavam para um outro tipo de programa. Jerry não pôde fazer nada a não ser vê-la partir com os “soldados”.
liÇÕeS De SobReViVÊnciaQuando chegaram a uma espécie de galpão, onde havia ou-
tros meninos, os raptores a puseram num canto. Não fizeram questão de esconder que preparavam uma espécie de festival de estupros. Kira pensou: se morresse ali, ninguém jamais sabe-ria. Tentou não deixar escapar nenhuma reação que denotasse
CAPA
medo. Perguntou se poderia ir ao banheiro; precisava de tempo para pensar. Pela pequena janela, notou que a noite havia caído e que as luzes da fronteira não estavam tão longe. Num impulso, abriu a porta e saiu correndo. Cruzou o galpão até desaparecer pela noite em direção às luzes. No colégio era campeã de corri-das de longa distância, mas nunca imaginou que teria que usar o talento para salvar a própria vida. Podia escutar os moleques correndo atrás dela, o que só a fazia correr ainda mais.
Ao chegar à fronteira, viu o caminhão de Jerry, que tinha sido detido porque chegara à noite e teria de esperar pelo dia se-guinte para poder cruzar. Assim que a viu, Jerry saiu correndo. Jogou-a no caminhão e disse que não se mexesse até ver a luz do dia. Com o sol claro, Kira pôde entrar no Zimbábue e respirar aliviada. O dramático episódio deu a ela duas certezas. Primei-ro, que gostaria de escrever a respeito das coisas que aconteciam nesses lugares esquecidos do planeta. Segundo, e mais impor-tante, ela entendeu que gostaria de continuar a viver. “Naquele momento, eu quis sobreviver, queria estar viva”, conta. “E isso mudou tudo em mim.”
A partir daí, Kira sossegou apenas durante um ano, mais exatamente em 2005, quando seu único irmão morreu afoga-do. Morando na época no Missouri, onde fazia doutorado em literatura inglesa, ela se trancou em casa e escreveu a fim de
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ver meninos de 12 anos carregando fuzis automáticos AK-47, uma imagem que a assustou mais do que qualquer outra. Tudo ia bem até que o caminhão de Jerry quebrou e foi abandonado pelo comboio. Aquela era a regra, ninguém esperava por nin-guém porque era muito perigoso. Kira lembra-se que conseguia ver as montanhas que faziam fronteira com o Zimbábue - e per-cebeu que estavam bem perto do destino final. Mesmo assim, foi ficando nervosa, parada no meio nada e com a luz do dia terminando. Jerry ainda remexia o motor na tentativa de fazer o carro pegar quando Kira ouviu passos – e viu alguns garotos ar-mados se aproximando. Eram “soldados” do governo que che-garam apontando as armas e anunciando que a levariam com eles. Diziam que encontrariam um lugar para ela pernoitar, mas Kira rapidamente entendeu que a levavam para um outro tipo de programa. Jerry não pôde fazer nada a não ser vê-la partir com os “soldados”.
liÇÕeS De SobReViVÊnciaQuando chegaram a uma espécie de galpão, onde havia ou-
tros meninos, os raptores a puseram num canto. Não fizeram questão de esconder que preparavam uma espécie de festival de estupros. Kira pensou: se morresse ali, ninguém jamais sabe-ria. Tentou não deixar escapar nenhuma reação que denotasse
CAPA
medo. Perguntou se poderia ir ao banheiro; precisava de tempo para pensar. Pela pequena janela, notou que a noite havia caído e que as luzes da fronteira não estavam tão longe. Num impulso, abriu a porta e saiu correndo. Cruzou o galpão até desaparecer pela noite em direção às luzes. No colégio era campeã de corri-das de longa distância, mas nunca imaginou que teria que usar o talento para salvar a própria vida. Podia escutar os moleques correndo atrás dela, o que só a fazia correr ainda mais.
Ao chegar à fronteira, viu o caminhão de Jerry, que tinha sido detido porque chegara à noite e teria de esperar pelo dia se-guinte para poder cruzar. Assim que a viu, Jerry saiu correndo. Jogou-a no caminhão e disse que não se mexesse até ver a luz do dia. Com o sol claro, Kira pôde entrar no Zimbábue e respirar aliviada. O dramático episódio deu a ela duas certezas. Primei-ro, que gostaria de escrever a respeito das coisas que aconteciam nesses lugares esquecidos do planeta. Segundo, e mais impor-tante, ela entendeu que gostaria de continuar a viver. “Naquele momento, eu quis sobreviver, queria estar viva”, conta. “E isso mudou tudo em mim.”
A partir daí, Kira sossegou apenas durante um ano, mais exatamente em 2005, quando seu único irmão morreu afoga-do. Morando na época no Missouri, onde fazia doutorado em literatura inglesa, ela se trancou em casa e escreveu a fim de
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Em sua inédita viagem de caiaque
pelo rio Níger até a cidade de
Timbuktu, no Mali, Kira remou por
970 quilômetros. No caminho,
encontrou cidades improváveis,
brincou com crianças felizes,
enfrentou tempestades de areia,
visitou as pinturas da caverna
da circuncisão no país Dogon e
conheceu de perto os habitantes de
um dos pedaços mais fascinantes e
esquecidos do planeta
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aplacar a dor. Escreveu tanto que quando percebeu tinha em mãos um livro. Era uma obra de ficção, mas bastante baseada no que estava vivendo. O livro (The White Mary) conta a histó-ria de uma mulher que sai pelo mundo em busca de seu mentor, um famoso jornalista que havia simulado suicídio para viver anonimamente em Papua Nova Guiné, no Pacífico. “Não disse a ninguém o que estava fazendo trancada naquele apartamento durante um ano”, relembra. “Escrevia por dias e sentia que o
livro, mais do que escrito, estava sendo canalizado através do meu corpo. Escrevi para me conectar com aqueles que estavam sofren-do, para entender como as pesso-as reagiam quando alguma coisa horrorosa acontecia a elas.”
Kira, que nasceu num subúr-bio de Chicago e aos 14 anos foi mandada para uma escola in-terna pelos pais (ele, técnico em computador; ela, garçonete), tem poucas regras para desfrutar ple-namente a vida que escolheu. A primeira delas é a de se manter fisicamente forte para poder se defender se for preciso, lição que aprendeu ao ser raptada pelos soldados-mirins em Moçambi-
que. Para isso, ela treina kickbox e artes marciais há muitos anos. A segunda diz respeito a ignorar a dor. “Andar pelo meio do Saara sob temperaturas de 50 graus centígrados só é possí-vel se superarmos a dor”, ensina. A terceira é: aconteça o que acontecer, traga a história de volta. “Se eu não trouxer a histó-ria de volta, a aventura terá parecido frívola.”
Ela percebeu isso no Congo em 2003, no meio de outra guerra civil, quando conheceu uma senhora de 80 anos que ha-
CAPA
Kira se encantou com o vilarejo de Ireli, habitado pelo povo Dogon e patrimônio da humanidade. Abaixo, ela conversa com o imã de Koa, no Mali
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Design é tudo: da rústica mesa de pebolim no Mali ao banco assinado pelo paulistano Leo Capote
via acabado de ter perna e braço amputados. “Diante dela, senti vergonha”, conta. “Vergonha porque eu poderia sair dali, pegar um avião e voltar para casa, e ela estava presa naquele inferno.” Entendeu então que, se voltasse e contasse a história, não estaria sendo apenas uma voyeuse. “Estaria, sim, dando sentido a ela, à dor, ao que eu estava vendo.” Finalmente, Kira diz que busca prazer em suas aventuras. Conta que, indo para os lugares que vai, descobre partes de si mesma que não sabia existirem – uma forma de renascer. “O que me interessa é a viagem interior.”
Algo que também chama atenção em Kira é que ela, à di-ferença de diversos exploradores do sexo masculino, não tenta esconder cicatrizes. “Quanto mais aberto você for sobre suas fraquezas e fracassos, melhor conseguirá se relacionar com outros.” Ela também não se avexa de falar de seus medos. “Te-nho medo de me abrir, tenho medo de amar”, confessa. Certa vez, quando um repórter da National Geographic perguntou a ela sobre algum tipo de dependência, a resposta veio de bate--pronto: “Adoro comer no Kentucky Fried Chicken – tá boa essa dependência pra você?”
Kira mora hoje no interior de Montana, e dali parte para suas explorações solitárias. Uma delas a levou à Amazônia, onde participou do ritual alucinógeno do Santo Daime e viveu uma marcante experiência espiritual, narrada nas páginas do New York Times. Embora lute contra o rótulo de “mulher mais corajosa do mundo”, ela sabe que não sobreviveria sem se arris-car, explorar e ver a vida dos pontos mais remotos e inóspitos do planeta. E, evidentemente, voltar para contar.
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P o r t e t é m a r t i n h o F o t o s K i K o f e r r i t e
um parafuso a maispeças de ferro, correntes, pregos, molas, porcas... eis a matéria-prima da arte de leo capote
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Leo Capote está de casa nova. Trocou os 20 metros quadrados de sua primeira oficina, na garagem da mãe, por um espaço quatro vezes maior no mesmo bairro, Santa Cecília, centro de São Paulo. Na mudança, evoluiu. Como ele mesmo diz, saiu da “caverninha do dragão” para um lugar onde pode manter um extenso quadro de ferramentas, serrar e soldar até as
3 da manhã e acumular achados que ninguém mais quer: peças de ferro, correntes de moto, molas. Em um canto, sob sacos de lixo, fica o mais informal dos mostruários, com exemplos do que é capaz de fazer com eles: a mesa de pregos gigantes, formando um elegante padrão geométrico; o banco criado com oito martelos; e a poltrona em cujo corpo centenas de porcas de ferro, soldadas uma a uma, compõem uma espécie nunca vista de renda.
“O que mais me fascina nos objetos é a possibilidade de troca-rem de função”, confessa o designer de 31 anos. “E, quanto mais conhecido for o objeto, quanto mais clássico – um parafuso, uma bola de bilhar –, melhor é.” Produzidas em séries pequenas, como objetos de arte, suas peças não atestam só o gosto pela coisa, mas também talento. Foi o que o colocou entre as dez revelações do de-sign brasileiro selecionadas pela crítica Maria Helena Estrada para figurar na publicação & Fork, um balanço da nova safra de criado-res desse campo lançado pela prestigiosa editora inglesa Phaidon em 2007. Ou o que, muito antes, atraiu a atenção de Fernando e
Humberto Campana, que ofereceram o primeiro estágio em de-sign ao então estudante universitário.
Os irmãos Campana, que por capricho do destino são mestres na arte de dar uso surpreendente a objetos e materiais prosaicos, conheceram Leo na loja de ferragens Casa das Três Meninas, de propriedade do avô do rapaz. “Nessa época eles trabalhavam so-zinhos e viviam por lá, comprando coisas”, relembra Leo. “Os dois adoram a loja.” E não são os únicos, diga-se. Aberto em 1955 e fir-me até hoje, o pequeno espaço na rua Martim Francisco é o xodó de tudo quanto é arquiteto, designer e artista do bairro, que acham seu estilo retrô de layout e atendimento inspirador, além de charmoso. “Não é como uma loja normal, onde você pede um negócio e o cara vai lá atrás buscar”, Leo explica. “Tem 10 metros de parede forrados com mais de 1.500 vidros de maionese cheios de prego, parafuso, porca – as lojas de ferragem são uma bagunça, mas lá você vê cada coisa à sua volta.”
o terror dos serralheirosFoi graças à loja, também, que o imaginário de Leo se encheu
para sempre de pregos, parafusos, porcas e martelos. “Meu avô pa-gava as contas da casa, mas quis que meus irmãos e eu aprendês-semos a ser responsáveis”, conta. “Para mim, foi a melhor coisa.” Leo começou a trabalhar na loja aos 8 anos e ainda hoje se divide entre a oficina e o negócio familiar. Na infância, enquanto atendia fregueses, cobrava contas e atazanava o avô com ideias não requi-
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sitadas de melhoramentos, que tinha aos borbotões, começou a querer juntar uma coisa na outra para criar objetos novos. Era o estágio avançado de uma mania praticamente inata. “Desde que começou a andar, ele já se interessava mais pelas coisas da casa do que por brinquedos”, conta a mãe, Regina Matta. “Muito pequeno, já fazia barricadas com panelas na cozinha.”
Aos 12 anos, surpreendeu a família com o primeiro experimento que deu certo, uma luminária feita com um disco de freio e uma mola de carro. Depois, viriam porta-retratos de talheres e outras miudezas. “Vivia lixando madeira, matutando, fazendo alguma coisinha”, conta a mãe. Ado-lescente, descobriria a paixão por ferros-velhos – que até hoje exercem sobre ele o mesmo efeito de uma loja de grife sobre uma fashionista – e se tornaria famoso entre os serralheiros do bairro. “Os caras se arrepiavam quando me viam entrar com duas peças que eu queria que eles grudassem uma na outra”, lembra-se. “Não, filho, isso aqui não dá pra soldar naquilo. É outro metal!”
Um dos irmãos, seis anos mais velho e hoje arquiteto, foi quem colocou a cabeça de Leo na direção da faculdade de design indus-trial. O curso lhe daria entrada em áreas importantes, como ergo-
nomia. Mais: ensinou que
“design tem de partir de um proble-
ma”. Foi no estágio de dois anos com os irmãos Campa-
na, porém, que ele começou a ganhar asas. “Minha praia não é
escritório de design, desenhar no computador”, explica. “Minha coi-
sa é mão, mesmo.” Daí a importância do estágio. “Eles trabalham com criação
de protótipos, com ideias malucas, com junção de objetos, coisas, materiais”, enumera. “Você vê uma ideia nas-cer e, por mais doida que ela seja, crescer, até ser industrializada. Descobrir que isso existe me deu muita confiança para continuar.”
crista altaNos intervalos do trabalho com Fernando e Humberto Campa-
na – que tinham então apenas três funcionários –, Leo criou a pri-meira peça pela qual ficaria conhecido no meio paulistano do de-sign. A cadeira cuja estrutura é recoberta por colheres de sopa serviu
leo Capote em seu novo estúdio, no centro de São Paulo, e duas de
suas cadeiras: uma feita apenas com pregos, a outra, com porcas
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como seu cartão de visita no mundo dos vendedores que negociam peças assinadas. “Foi quando comecei a entender o que era vender”, conta. A cadeira vendeu pouco mais do que 15 unidades – mas divul-gou o nome do designer e a força de sua pegada. “É uma peça bem conceitual. É gelada, não é pra sentar e ver TV, embora seja ergonô-mica”, diz. “Ela oferece outro tipo de recompensa, mais emocional.”
Os irmãos Campana também o apresentaram a representantes e o aconselharam. “Eles sempre me disseram que, se eu quisesse ser diferente, ter uma fatia do mercado, teria de ser insistente, per-severante. E jamais baixar a crista”, conta. “O Leo é um jovem de-signer com grande potencial”, dizem Fernando e Humberto. “Cria peças bem peculiares, que transmitem a essência do seu ambiente e trazem sempre as técnicas artesanais. Isso é o que acrescenta uma forte expressividade no seu trabalho.”
Ao mesmo tempo que é sua grande marca, a vocação artesanal torna o processo de produção e comercialização um eterno desafio. “Uma época, criei porta-retratos com garfos dobrados”, relembra. E Leo passou a receber pedidos de 100, 150 peças. “Mas fazer cen-tenas de dobras iguais me deixava bravo – você vira um escravo da-quilo.” Nos anos de formação, enquanto estudava e estagiava, Leo contou com a renda de uma carreira extra: a de modelo interna-cional. “Ele sempre foi bonito, mas não pensava em trabalhar com isso”, conta a mãe – que, no caso, não é suspeita. “Até que um dia foi acompanhar o amigo num teste e aconteceu aquele caso clássico: ele pegou o trabalho, o amigo não.”
família de porquinhasForam quatro anos posando, com alguns períodos vivendo
fora, em Nova York e Milão. Tudo o que ganhava, porém, ele aplicava em ferramentas e máquinas para expandir sua capaci-dade de transformação de objetos. Há dez anos, Leo começou uma família e parou de desfilar. Hoje, divide com a mulher, o enteado de 13 anos e uma filha de 5 um apartamento no qual, à exceção dos eletrodomésticos e do sofá, tudo foi inventado por ele. A maçaneta da porta é um martelo. Um banco de moto guarnece a mesa. A luminária principal é um feixe de 60 lâmpa-das. E a mesa levanta e abaixa.
“É tudo diferente e acho legal que meus filhos já cresçam com essa visão”, diz. “Para eles, a inversão de utilidades já não é tão es-
tranha, é normal.” Milena, a pequena, é a prova: passa as tardes divertindo-se com o que acha na loja. “Ela pega porcas de cinco tamanhos diferentes e brinca de família”, ri o pai coruja.
Vivendo entre a nova oficina (de onde costuma sair altas horas, quando está atracado com alguma invenção trabalhosa), a loja e os adorados ferros-velhos (além da família e dos amigos, que gosta de ver ao vivo, e não por redes sociais), Leo Capote não tem pressa de encontrar o formato ideal de comercialização para seu trabalho. Vende suas séries em lojas e galerias de design, expôs em mostras no Brasil e em Dubai, e vai ampliando seu repertório – criações recentes incluem um engenhoso banco feito com pás. “O Brasil co-meça a entender essa coisa do design-arte”, acredita. “São objetos que servem para usar, mas também trazem uma beleza escultóri-ca.” E, enquanto espera, torpedeia: “A gente tem um design indus-trial caretaço, e o que não é careta, é cópia. Esse pensamento está mudando, espero.”
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RepRopoR é o novo “R”Reaproveitar está deixando de ser apenas um hábito doméstico salutar, porém carente de estilo. A ideia de estender a vida útil de objetos e
materiais pelo reaproveitamento ganha força e valor num âmbito que vai dos ateliês dos designers e da produção industrial em larga escala
ao dia a dia do consumidor comum. Negócios inteiros surgem do manejo de refugos, como a colorida linha da marca gaúcha de sapatos
Louloux, que cria modelos a partir de retalhos de metal e tecido da indústria calçadista. É um exemplo do chamado upcycle, ou seja, “reciclar
para melhorar”. Ao mesmo tempo, soluções decorativas criadas por consumidores com base na ideia de reaproveitamento ganham espaço em
revistas e blogs, como o www.ikeahackers.net, que reúne sugestões de novos usos para peças da gigante sueca Ikea. Ou a página “repurposed
design”, do site pinterest.com, que lista centenas de experiências assinadas por profissionais e amadores.
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03all newAo lado, uma mesa, na concepção de leo Capote. Nesta página, a roda 18’’ do novo Mitsubishi Outlander
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Design totalmente novo, amplo espaço interno, Desempenho esportivo, tração 4x4 e uma alta tecnologia embarcaDa. conheça o mais inovaDor carro Da mitsubishi
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Suceder um carro de conceito pioneiro, referência na história da indústria automobi-lística mundial e que soma mais de 960 mil unidades vendidas no mundo todo. Essa é a missão do All New Outlander, lançamento da Mitsubishi com chegada ao Brasil marcada para o mês de setembro. A terceira geração do modelo nascido em 2002 com o nome de Airtrek faz jus à saga do crossover da marca. Mudou para continuar na vanguarda. Ganhou desenho completamente novo, sofisticou-se por dentro, fi-cou ainda mais valente, aprimorou a vocação esportiva e ganhou tecnologia de últi-ma geração e inédita nesse segmento que soma o melhor de dois mundos: a robustez
e a força de um utilitário esportivo e o conforto e a praticidade de um sedã. “É mais um grande passo da marca entre os crossovers”, diz Robert Rittscher, presidente da Mitsubishi Motors do Brasil. “O All New Outlander alinha tecnologia, conforto e segurança, e fatalmente atenderá às expectativas dos clientes mais exigentes.”
Para conhecer de perto mais esse capítulo da história da Mitsubishi, fomos ao Velo Città, o autó-dromo da marca em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. Às 7 horas da manhã, recebi a “chave” de uma versão GT – por chave entenda-se Smart Keyless, espécie de sensor que permite que o veículo seja ligado com o toque no botão Start/Stop no painel. O motor 3.0 V6, com bloco, cabeçote e cárter de alu-mínio, ronca suave. Depois de ajustar o banco elétrico, regulei o ar-condicionado dual-zone, coloquei o câmbio automático na posição Drive e selecionei a tração Multi Select com Trimode II na função
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Auto, que distribui a força do motor conforme a necessidade de cada roda. O sistema permite ainda as funções Eco (que traciona preferencialmente as rodas dianteiras para economizar combustível) e Lock (4x4 em tempo integral).
Apesar de estar em um autódromo com os padrões da Federação Internacional de Automobilismo, não havia motivo para pressa. Acelerei lentamente e ganhei a reta de largada do circuito. O exclusivo sistema INVECS II analisa o modo de dirigir e torna as trocas de marcha mais suaves e adequadas – quando piso forte no acelerador, ele deixa a rotação subir mais antes das trocas. Chamo para a brin-cadeira os paddle shifters, item de série no All New Outlander. Também conhecidos como borboletas, ficam atrás do volante e, como num carro de corrida, permitem trocas manuais de marchas – o me-lhor de um câmbio automático com o melhor de um câmbio manual. O motor, com sistema variável de abertura das válvulas com comando eletrônico e torque de 31 kgf.m a 3.750 rpm, evidencia força e agilidade logo de cara. O veículo responde de bate-pronto ao toque no pedal do acelerador.
Nas curvas, a vocação da Mitsubishi fica evidente: o controle de estabilidade ativo (ASC, na sigla em inglês), o controle de tração ativo (ATC) e, claro, a tração 4x4 garantem a perfeita trajetória e pra-ticamente eliminam o risco de derrapagens. Na volta seguinte, auxiliado por um caminho de cones, coloco a frenagem à prova. O exercício é acelerar, pisar forte no freio e mudar de trajetória com um mo-vimento brusco no volante, simulando o desvio de um obstáculo. Piso. O carro obedece com destreza. Mérito do freio a disco nas quatro rodas (ventilados na dianteira) e de um gerenciamento eletrônico de
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all newfrenagem resumido nas siglas ABS, EBD e BAS. Respectivamente e resumidamente, elas evitam o travamento, controlam a estabilidade, regulam a força de atuação da frenagem.
Por falar em siglas, falemos de duas inéditas: ACC e FCM. A primeira refere-se ao controle de cruzeiro adaptativo. A segunda, à mitigação de colisões frontais. Quem nos explica é Reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento da Mitsubishi Motors do Brasil. “No controle de cruzeiro adaptativo, o motorista ajusta não apenas a velocidade desejada, mas também a distância em relação ao carro da frente.” Se essa distância for atingida, o sistema reduz a velocidade automa-ticamente para manter a distância determinada. E, caso a distância volte a aumentar, a velocidade volta a subir sem que o motorista precise reprogramá-la. Um avanço e tanto em relação aos pilotos automáticos convencionais. “Já o FCM”, diz Muratori, “utiliza um radar que detecta a aproximação de um veículo e, se preciso, aciona o freio”. Quando o risco é iminente, um alarme soa para chamar a atenção. A ação seguinte do cérebro do All New Outlander, caso o motorista não reaja, é frear levemente. Se mesmo assim o motorista não der sinal, o FCM para completamente o carro em meio metro – o sistema funciona em velocidades de até 30 km/h. Ainda ao volante, faço o teste do FCM.
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Um balão especialmente elaborado simula um veículo. Na primeira vez, dá uma leve angústia deixar uma máquina tomar as rédeas e agir por nós. Mas o All New Outlander faz o que tem que ser feito. E para a meio metro do balão. Por essas e por outras (como os nove airbags de série e o conceito Rise de deformação da carroceria), o novo Mitsubishi recebeu a pontuação máxima dos principais insti-tutos de segurança automotiva: EURONCAP, ANCAP, IIHS e JNCAP.
O novo carro passou por um minucioso processo de aperfeiçoamento nos laboratórios de enge-nharia e no túnel de vento da fábrica japonesa. Graças ao uso de aços mais leves e de alta resistência, sua estrutura ficou 100 quilos mais leve. Outra conquista de tirar o chapéu foi a redução de mais de 8% no coeficiente de penetração aerodinâmica (de 0,36 para 0,33). “Isso, aliado a outras melho-rias no motor e na transmissão, ajudou a reduzir o nível de ruído em até 5 decibéis e a diminuir o consumo de combustível em até 10%”, diz Kanenori Okamoto, diretor de produtos da Mitsubishi Motors do Japão. É hora de conhecer o novo sistema multimídia. A tela de 7 polegadas é sensível ao toque e a navegação é fácil e intuitiva, similar a de um tablet. Tem GPS com 5.499 municípios bra-sileiros mapeados, câmera de ré, USB com interface para smartphones e um sistema de informação
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dinâmica com acelerômetro, aceleração lateral, bússola, inclinação frontal e altitude. O All New Outlander traz ainda mimos importantes como aquecimento em dois níveis dos bancos dianteiros, câmeras de ré, sensores de estacionamento, de acendimento dos faróis e de chuva, que ativa o limpador do para-brisas.
Ao travar as portas, os retrovisores externos, que contam com desembaçador, são rebatidos automatica-mente, mas antes de devolver a Smart Keyless a curiosi-dade e o dever profissional pedem uma visita à terceira fileira de bancos. Com ela, a capacidade do All New Ou-tlander sobe para sete passageiros – sem ela, o espaço para bagagem vai a 798 litros. Um cuidado que mostra o refinamento do interior do carro são as possibilidades de a segunda fileira de banco deslizar horizontalmente por 250 milímetros (para aumentar o espaço para as pernas) e de a terceira fileira ser escondida sob o assoalho, que fica completamente plano. Outro detalhe: a tampa do porta-malas pode ser fechada manualmente ou eletronicamente com um toque no botão nela instalado. A abertura e fechamento também podem ser feitas pela Smart Keyless ou pelo botão no painel.
Finalmente (e infelizmente) entrego a chave. Fica a vontade de conhecer ainda mais a fundo o All New Outlander e a certeza de que, sim, se trata de um carro que vai não apenas suceder a altura seu antecessor, mas superar qualquer expectativa e fazer jus à saga iniciada de maneira pioneira em 2002. Afinal, o mundo sempre precisou de ideias visionárias. Intenções à frente de seu tempo. Soluções que tornam a vida mais fácil. O All New Outlander está aí para isso. Seus preços, válidos até 30 de setembro de 2013, vão de R$ 102.990 (versão 2.0) a R$ 139.990 (3.0 V6, top de linha).
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04 entrevista
O painel tem um sistema multimídia que oferece GPS com
5.499 municípios brasileiros mapeados e mostra informações
dinâmicas do carro. O farol de xenon tem alcance de quase
180 graus. Com a terceira fileira de bancos, o All New Outlander
leva sete passageiros. Sem ela, a capacidade de carga do porta-
malas, que pode ser fechado por meio de um botão na tampa, vai a
798 litros. Abaixo, à direita, Osamu Masuko, presidente da
Mitsubishi Motors do Japão, nosso entrevistado na próxima matéria
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Uma conversa exclUsiva com osamU masUko, presidente da mitsUbishi motors no Japão
homem de palavra
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entrevista
políticas e econômicas, da Waseda university?Eu não estudava muito [risos]. Eu me esforçava mais em
brincar do que em estudar. Tive muita sorte.É verdade que o presidente da mitsubishi motors é
uma celebridade no japão?A mídia escreve muito sobre mim. Bem ou mal. Então
muita gente me conhece.o senhor é reconhecido na rua?Sim, às vezes. Por isso, não tenho tanta liberdade. Se eu sair
com ela para namorar [aponta para uma assessora] pelas ruas, provavelmente alguém vai nos fotografar [risos].
o que o senhor gosta de fazer no tempo livre?Gosto muito de jogar golfe e de ir a um onsen. Aqui em
Tóquio, se você fizer uma perfuração no solo, vai encontrar água quente. Existem muitos lugares assim na cidade e nos arredores. É um programa ao qual posso ir e voltar no mesmo dia. Você precisa ir a um onsen!
já fui a um onsen na baía de Tóquio.Oedo-Onsen-Monogatari?sim, monogatari.Muito bom! Escolheu bem.
miT revista – É sabido que o senhor é muito dedicado ao trabalho, com muita energia...
osamu masuko – Não acho que eu seja uma pessoa com tanta energia assim. Nem acho que meu trabalho requeira tanta energia. Tenho muita curiosidade, me interesso muito pelo que faço, de modo que meu dia a dia não acaba sendo uma tarefa muito trabalhosa.
são 41 anos na mitsubishi. Como o senhor começou e como foi sua carreira aqui dentro?
Comecei na Mitsubishi Corporation e trabalhei lá por 32 anos antes de ir para a Mitsubishi Motors. Já são quase dez anos aqui. Não é esse o segredo do sucesso da minha carreira, mas, dentro de todo o trabalho que fiz, sempre tive muito bons superiores, tive muita sorte de ter bons subordinados e também bons parceiros comerciais, como Eduardo-san [Eduardo de Souza Ramos], do Brasil. Existem pessoas que conheci ao longo da minha carreira que não têm exatamente uma personalidade em sintonia com a minha. Mas, apesar disso, elas sempre têm algo de positivo. E eu sempre tento encontrar o que existe de positivo nessas pessoas e aprender com elas.
Como foi o período como estudante de Ciências
Número 1 da Mitsubishi Motors Corporation desde janeiro de 2005, Osamu Masuko, 64 anos,
recebeu a MIT Revista na sede da empresa em Tóquio. Ele falou sobre o futuro da indústria
automobilística, confirmou a previsão de vender 1,5 milhão de carros em 2016, garantiu que o
brasileiro vai se surpreender com o All New Outlander, lembrou-se do terremoto que abalou o
Japão em 2011 e revelou seu segredo para não perder o fôlego diante de tanto trabalho: “Curiosidade, boas relações
profissionais, muito golfe e um onsen [termas naturais] de vez em quando”.
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o senhor previu que em 2016 a mitsubishi motors venderia 1,5 milhão de carros. essa previsão continua?
Nossa previsão de vendas para 2013 é de 1.150.000 veículos. Há um novo projeto na China e novos lançamentos no Brasil. Então, acho que não se trata de uma cifra impossível para 2016. E, dentro desse 1,5 milhão de veículos, espero que pelo menos 100 mil sejam vendidos no Brasil. Acho que o mercado brasileiro suporta essa venda.
Como está a guerra global na indústria automobilística e como o senhor acredita que ela vai estar daqui a dez anos?
Até pouco tempo atrás, os mercados principais eram Estados Unidos, Europa e Japão. Com o desenvolvimento
dos mercados emergentes, como Brasil, Rússia e China, as companhias que sobreviverão a essa guerra são exatamente aquelas que conseguirem controlar esse mercado emergente. O modelo econômico industrial tem tido grandes alterações. Hoje em dia, o modelo reza que fabricar num país com economia emergente é uma regra. E, além de fabricar, fazer a exportação a partir dali será a nova regra.
os carros híbridos já são uma realidade no japão. Como o senhor vê esse mercado?
A preocupação com o meio ambiente é global. Os mercados emergentes e os desenvolvidos fatalmente chegarão a essa conclusão, de forma que o carro híbrido será uma necessidade num futuro muito próximo.
Como o terremoto de 2011 afetou a mitsubishi motors?No dia 11 de março de 2011, eu estava neste prédio. Aqui
o tremor foi bastante grande, mas não dava para imaginar como ele tinha sido forte nos locais mais próximos do sismo. Normalmente, depois do trabalho eu costumo demorar meia hora para chegar em casa. Naquele dia, demorei cinco horas. Chegando em casa, com as notícias, foi possível ver o tamanho do desastre. No nordeste do Japão, morreram milhares de
nas previsões de masUko, a mitsUbishi vai vender 1,5 milhão de veícUlos em 2016. desse total, ele calcUla qUe pelo menos 100 mil seJam vendidos no brasil
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pessoas. Dentre os funcionários da empresa e das revendedoras, perdemos onze pessoas. Fui ao local e vi de perto. Tomei um susto. Existem vários programas de voluntariado promovidos pela Mitsubishi para ajudar na recuperação dessas áreas. E a Mitsubishi Motors contrata por três anos 25 pessoas de cada área afetada.
qual a importância do all new outlander para a mitsubishi motors?
O primeiro Outlander foi lançado em 2005 e foi uma das alavancas para a recuperação da Mitsubishi Motors. Esse novo modelo é uma remodelação total, com muitas novas tecnologias. Tenho planos de ir ao Brasil e gostaria muito que os brasileiros pudessem conhecer este carro.
o que o brasileiro pode esperar ao volante do all new outlander?
A Mitsubishi Motors se orgulha de ter duas tecnologias bastante interessantes: a da tração 4x4 e a dos utilitários. São tecnologias ótimas para o Brasil, que tem um terreno acidentado. Por esses motivos, o carro é muito interessante para o país.
o senhor tem previsão de vendas desse carro?Serão 120 mil veículos anualmente no mundo; no Brasil, de
7 a 8 mil, depois de 2014.voltando a falar da carreira do senhor na mitsubishi. de
qual momento tem mais saudade nessas quatro décadas?Estive na Indonésia entre 1997 e 2002. Em 1998, presenciei
um levante popular. Esse foi o momento mais impressionante. Não o melhor, mas o mais impressionante.
Como o senhor resume sua relação com a mitsubishi?O Grupo Mitsubishi tem negócios em vários setores e não
existe nenhuma figura principal que tenha o controle desses vários setores. Os administradores de todas as empresas do grupo têm em mente não denegrir a imagem do diamante
entrevista
Com 1 ano de idade, em seu esciritório na Mitsubishi
indonésia e durante a entrevista para a MIT Revista
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o Mitsubishi asX em dois atos: no lançamento e na versão racing,
durante o rally dos sertões 2013
triplo que levamos na lapela. Não existe nenhum contrato entre as empresas do grupo, mas um espírito comum entre todas as pessoas que trabalham nelas. Esse espírito é o de não denegrir a imagem e de conquistar todos os objetivos planejados.
o senhor tem algum ídolo?Não tenho nenhum ídolo, mas gosto muito dos jovens
talentos. No golfe, tem o Hideki Matsuyama. No tênis, o Kei Nishikori. Gosto muito de ver os jovens em alta. Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, vocês podem esperar uma boa
performance dos jovens japoneses.quais seus planos para quando deixar a presidência?Na minha vida, existem muitas coisas que eu gostaria de
fazer, mas não tenho conseguido. Quero visitar vários locais enquanto tiver saúde para viajar.
o senhor poderia citar alguns?As ruínas de Angkor Wat, no Camboja, a África e o
Amazonas, no Brasil. São lugares quase impossíveis de se conhecer quando se é presidente de uma empresa como a Mitsubishi Motors.
o senhor será muito bem recebido quando for passear no brasil. Foi um prazer conversar com o senhor.
Vamos juntos ao Amazonas?será um prazer. já estive lá e tenho boas dicas para
o senhor.É divertido?sim. o senhor vai adorar, tenho certeza. Combinado.
masUko começoU na área comercial da mitsUbishi há 41 anos. qUando deixar a presidência, qUer viaJar para o camboJa, para áfrica e para a amazônia
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4x4Mitsubishi vence quatro das cinco categorias do rally dos sertões e coloca seis carros entre os dez priMeiros colocados
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o Mitsubishi aSX racing de Guiga Spinelli e Youssef Haddad
levanta voo no rally dos Sertões
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Dos 39 carros que completaram a 21ª edição do Rally dos Sertões, 23 tinham os três diamantes na grade dianteira. Entre os 10 primeiros colocados, seis veículos eram Mitsubishi. Das cinco categorias da prova, a marca venceu
quatro (Protótipos T1, Pró-Brasil, Super Production e Production T2). E, na classificação geral, o Mitsu-bishi ASX Racing, da equipe Mitsubishi Petrobras, sob o comando de Guilherme Spinelli e Youssef Ha-ddad, foi vice-campeão, atrás somente da dupla Ste-phane Peterhansel/Jean-Paul Cottret, considerada a melhor da história do rali cross-country mundial. Um desempenho digno da história da Mitsubishi Brasil em competições fora-de-estrada, confirmando o DNA da resis-tência e da durabilidade da marca.
O Rally dos Sertões é a maior competição multimarcas off--road realizada em um só país e segunda maior do mundo – atrás apenas do Rally Dakar. Nas 21 edições já realizadas, a Mitsubishi foi ao lugar mais alto do pódio dez vezes. A prova deste ano, realizada em julho, largou em Goiânia, passou por
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Natividade
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Foram 10 dias, dois estados, oito cidades e 4.115 quilômetros pelo interior do Brasil. Uma prova de muita resistência na qual
a L200 Triton e o Pajero TR4 dominaram as primeiras colocações
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A L200 Triton de Fontoura e Myauti, vencedores na Super Production. Abaixo, Guiga e Youssef no cockpit do ASX Racing. Na página ao lado, a L200 Triton SR de Franciosi e Capoani, campeões na Protótipos T1
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Pirenópolis, Uruaçu, Porangatu, Minaçu e Goianésia, para depois entrar no Tocantins e retornar para Goiânia. Foram 10 dias, dois estados, oito cidades e 4.115 quilômetros. Muito exigente física e psicologicamente para pilotos e navegadores, o rali também é um teste para a resistência dos veículos 4x4.
Spinelli e Haddad brigaram de igual para igual com os franceses. “O ASX Racing demonstrou durabilidade e resis-tência. Andamos rápido o rali inteiro”, exalta Spinelli, que participou pela 13ª vez do Sertões e é tetracampeão da compe-tição. “O segundo lugar, logo na estreia do ASX Racing, é um excelente resultado”, afirma. “Ainda mais com a vitória fican-do nas mãos do Peterhansel.” O francês é uma lenda viva do esporte, soma 11 títulos do Dakar e ganhou o troféu do Sertões pelo segundo ano consecutivo.
A equipe Mitsubishi Brasil, que levou seis L200 Triton para a competição, todas no sistema sit&drive (na página final), saiu de Goiânia encharcada de champanhe ao vencer nas três categorias que correu. Na Protótipos T1, para carros com grande liberdade de preparação, a vitória foi dos gaúchos João Franciosi e Rafael Capoani. A bordo de uma L200 Triton SR, eles conquistaram ainda a terceira colocação na classificação geral. “Ficamos atrás apenas do Peterhansel e do Guiga”, diz Franciosi. “É como se tivéssemos ganhado o rali.” Franciosi exalta o desempenho da L200 Triton. “Foi um rali pesado, com muitos trechos de areia e muito terreno cheio de quina viva”, conta. “Apesar de tanta pancada, a Triton foi excelente. Não tivemos problema.”
Foi também no comando de uma L200 Triton SR que os goianos Marcos Cassol e Luís Felipe Eckel venceram na
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A L200 Triton SR de Cassol e Eckel cruza o sertão e vence
na categoria Pró-Brasil
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É só acelerar e navegarSeguindo o formato de sucesso usado no rali cross-country de velocidade Mitsubishi Cup e na Lancer Cup, a Equipe Mitsubishi Brasil trabalha
com o sistema sit&drive também no Rally dos Sertões. Os veículos para a competição são locados e toda preparação, manutenção, apoio e
logística são feitos pela equipe de mecânicos e engenheiros da Mitsubishi. “A Equipe Mitsubishi Brasil tem carros com excelente performance
e durabilidade para os melhores ralis cross-country, além de toda estrutura para que a dupla só se preocupe em acelerar e navegar”, explica
Guilherme Spinelli, que além de piloto é diretor de competições da marca. Para saber mais, envie um e-mail para [email protected].
categoria Pró-Brasil, na qual competem veículos movidos a etanol. Na geral, ficaram em quarto. “A L200 foi espetacular, respondeu muito bem. Precisei descer apenas duas vezes do carro”, lembra-se Eckel. “A primeira, pra fechar uma porteira. E a segunda, pra ajudar um carro que havia capotado.”
Na categoria Super Production, para veículos com preparação limitada e que sejam regularmente vendidos no Brasil, a vitória foi dos paulistas Glauber Fontoura e Minae Miyauti, estreantes na competição. “A resistência da L200 foi impressionante. Eu não aliviei, andei pra valer, e ela foi fantástica”, conta Glauber. “Graças à suspensão superconfiável, foi nas partes complicadas do rali, nos trechos travados, com mais buracos e pedras, que eu andava melhor e tirava a diferença até dos carros de categorias com motor mais forte.”
Outro Mitsubishi que encimou o pódio de sua categoria
foi o Pajero TR4 ER dos irmãos Rodrigo e Ronald Leis, de Niterói (RJ). Eles venceram na categoria Production T2, a mais próxima dos carros originais. “Foi nosso primeiro Sertões e a gente estava com um pouco de receio do Jalapão”, conta Ronald, referindo-se à paisagem árida e ao terreno esburacado do estado do Tocantins. “Mas o único problema do Pajero TR4 foi tão pequeno que não atrapalhou em nada. Inclusive, foi no Jalapão que assumimos a liderança da prova”, conclui o navegador, que já planeja o Rally dos Sertões 2014. “Quem sabe na equipe oficial da Mitsubishi? Com uma L200 Triton e toda aquela estrutura, dá pra pensar em chegar ainda mais na frente, não dá?” Certamente, Ronald.
http://mundomitsubishi.com.br/blog/
www.mitsubishimotors.com.br
Das cinco categorias do Rally dos Sertões 2013, a Mitsubishi venceu quatro. 1. Protótipos T1: João Franciosi e Rafael Capoani (L200 Triton SR); 2. Super Production: Glauber Fontoura e Minae Myauti (L200 Triton); 3. Pró-Brasil: Marcos Cassol e Luís Felipe Eckel (L200 Triton SR); 4. Production T2: Rodrigo Leis e Ronald Leis (Pajero TR4 ER)
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Das águas de um rio no caminho do Rally dos Sertões para as águas da restingo gaúcha, nosso próximo destino
Os irmãos Rodrigo e Ronald Leis, de Niterói (RJ), levam o Pajerto TR4 à vitória na categoria Production T2
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Quem não lucrou com a descoberta do petróleo segue ganhando a vida lançando a rede no mar
O olhar anda tapado de alegria.A alegria que desliza, por
exemplo, com o vento, com aves de todos os tipos e ta-manhos, algumas particular-mente salientes – já prestou atenção no quero-quero? As orelhas da égua Eslováquia acompanham, nervosas, o gri-
to do pássaro, que mergulha no espaço atrás de alimento. Ele é farto na lagoa do Peixe, santuário das aves migratórias no lito-ral do Rio Grande do Sul.
Eslováquia, fêmea lusitana de 5 anos, se desloca em terre-no alagado, às vezes com a água batendo acima dos joelhos – e quem monta experimenta a atitude de cuidado. A cavalgada começou há pouco, mas os pés já se comportam como se fos-sem extensão dos cascos, as pernas totalmente amalgamadas à barriga do animal. Sim, tem-se em mãos muito mais do que as rédeas, a sensação de ser um só. E Eslováquia, bem, ela não gosta de água de jeito algum!
A travessia dura uns quarenta minutos, cerca de dez cavaleiros e amazonas que seguem, obedientes, o caminho apontado na água escura pelo ponteiro. Entre eles, gente que monta com escassa re-gularidade – o que torna o passeio deveras “excitante”. À noite, quando o contato com a família é recuperado pelo computador, todos se tornam cientes de uma população reprimida com vio-lência nas ruas, em São Paulo (era o início das manifestações que deixariam o país de pernas para o ar, em junho). A notícia atordoa, após o dia gasto a trote entre banhados e dunas, debaixo de sol.
Tudo continua à flor da pele: o cheiro forte de enxofre da matéria orgânica que veio à tona com a passada dos cavalos na lagoa; o rosa mais escuro do que claro das penas do flamingo, que coloriu aqui e ali o céu da manhã; os campos de azevém, de textura semelhante à da seda, emoldurando a paisagem, à tar-de; e a luz, essa luz bendita que exaltou o detalhe o dia inteiro. Os budistas tibetanos, pra lá de calejados na investigação do corpo e da mente, tratam com reverência esse estado de atenção plena – awareness, na tradução inglesa. Só assim o indivíduo, eles garantem, é capaz de enxergar o valor do momento, a co-nexão com a Terra.
– “Você sabe por que o gaúcho usa lenço?”– “Pra segurar o papo!”– “E sabe como gaúcho fala alemão?”– “Dói... tchê!”
A camaradagem já existe e quem tem mais desenvoltura toma a dianteira; o riso é fácil, mesmo se a piada for fraca. Cavalo tem esse predicado: atrai gente de mesma “espécie”, marinheiros de um só barco, por assim dizer, ainda que salte à vista o talento deste ou daquele na arte de navegar, perdão, montar – competi-ção não há, ao contrário. O que há, isso sim, é um respeito genu-íno pelo animal.
“Monto poucas vezes por ano, mas é sempre igual, momento de refletir sobre a minha vida...”, admite Lucio Salabert, funcio-nário da Petrobrás no Rio de Janeiro. Há terra plana por toda parte, imensidão por onde pastam bois, cabras e mais cavalos; são campos e campos que se limitam com outra lagoa, só que bem maior que a do Peixe. “Não importa se o bumbum está do-endo, o que importa é que consigo me desligar completamente quando subo em um cavalo, momento de paz...”, acrescenta a carioca Cely Machado Ano Bom, engenheira civil e amiga de Salabert. A cavalgada já dura horas, ninguém reclama.
na antiGa “eStraDa Do inferno” Ao contrário, o sacolejar sobre o animal parece estimular o
coração – que se abre, caloroso. “Minha mulher não quer saber de andar a cavalo ao meu lado, mas não faz mal... Este é o meu canto, o lugar de estar comigo mesmo”, admite Carlos Alberto Dreher, engenheiro mecânico, gaúcho de Gramado. Carlos, que serviu na cavalaria e tem domínio na arte equestre, é de tempe-ramento reflexivo e fala econômica – só depois de muitos qui-lômetros de passeio é que se conhece um pouco de sua história, quatro casamentos, quatro filhos, dois netos... Porém, à beira da lagoa dos Patos – eis o nome da lagoa que se agiganta ao re-dor, assim chamada por causa das aves e também dos índios da nação tupi-guarani que ali viveram, mas que a gauchada gosta mesmo de nomear de “Mar de Dentro” –, ele se deixa levar pela emoção: “É uma liberdade que não se tem em outra parte do mundo!”, diz, pouco antes de o sol morrer no horizonte. E dá o comando para a montaria partir em galope.
O Rio Grande do Sul é um território abençoado para quem anda a cavalo. Tem de tudo, de cânion a restinga, estreita faixa de areia que acompanha o litoral, formando aqui e ali lagunas. Diz-se que o estado é o segundo, no Brasil, em número de corpos de água, logo atrás do Pará. Os gaúchos estufam o peito ao anunciar que ali existe a maior praia do mundo, 600 quilômetros de areia entre o rio Mampituba e o arroio Chuí. Um requinte natural, esculpido ao longo de 200 mil anos de avanços e recuos do mar.
Em muitos trechos, a terra permanece encharcada, caso da faixa que se estende entre Mostardas e Tavares – núcleos da
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a cavalgada encontra as dunas que emolduram a lagoa dos Patos. abaixo, o peão Geferson de Paiva Jr.: “Prefiro os bichos. Eles não mentem”
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a tropa pisoteia a terra forrada de banhados sob a benção do sol poente na restinga gaúcha
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Desembarque no porto de santarém, a 38 quilômetros
de alter do Chão
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colonização açoriana no estado. As primeiras casas de colonos dos Açores, em Mostardas, datam de 1763. A vila é um brin-co, assim como a vizinha Tavares. Se for época junina, tem-se um brinde extra: ouvir o “terno”, grupo de músicos formado por violão, violino, pandeiro, gaita e acordeão celebrando com toadas, nas ruas, o santo de predileção da comunidade, como manda o ritual português.
Para chegar a Tavares, ponto de saída e chegada dessa ca-valgada, são percorridos cerca de 200 quilômetros a partir de Porto Alegre. De carro, o caminho (a Estrada do Inferno, antigo paraíso da turma do off-road pesado antes da chegada do asfal-to) é uma reta, mas dá a impressão de se andar em círculo – a paisagem se repete, se repete. Silos de arroz, campos de azevém, gado e... surpresa! Palmeiras da espécie jerivá e figueiras anti-quíssimas, lá no fundo. Passa uma placa e, com ela, o nome do vilarejo: Solidão. Ao volante, o idealizador do passeio a cavalo de três dias, Paulo Hafner. Sessenta anos, 1,95 metro de altura, as-cendência alemã. Chapéu escuro, bombacha, botas de cano alto.
CinCo VezeS maiS feliz“Sou o pioneiro do turismo equestre no país”, diz, orgulho-
síssimo. Foi no início da década de 90 que Paulo, ao lado de Ân-gela, sua mulher há mais de 30 anos e fiel parceira de andanças a cavalo, recuperou a propriedade da família em São Francisco de Paulo (em Campos de Cima da Serra, perto da capital) para mon-tar a base dos passeios com crioulos, a raça favorita. “É um cavalo que não dá show e anda em qualquer terreno... Um guerreiro”, apregoa. Em razão dos percursos às vezes distantes da sede, faz parcerias com criadores locais – caso do Haras Itapuã Sul, em Ta-vares, onde o amigo de juventude e médico fisiatra Ricardo Brum Marantes dá vida a uma tropa de lusitanos. “É um cavalo vistoso, capaz de enfrentar touro em recinto fechado”, exalta Ricardo.
Paulo já recebeu estrangeiros, atraídos sobretudo pelas mais de 180 espécies de pássaros que frequentam a região (wetland), elevada à categoria de reserva internacional de aves migratórias em 1993. Elas de fato se fazem notar em todos os momentos da cavalgada – entre outras, a gaivota-maria-velha, a garça-moura, o cisne-do-pescoço-preto, o joão-grande e uma espécie linda, de bico vermelho e nome impossível de ser gravado, Haematopus palliatus. Em vaivém pelos hemisférios norte e sul, o maçarico--de-papo-vermelho chega a voar 36 mil quilômetros! E onde é que o campeão recarrega as energias? Na lagoa do Peixe!
No horizonte, a ameaça de chuva se dissipa rapidamente e o sol volta a brilhar forte. Os cavalos são outros – já se está no últi-mo dia de viagem e os mais experientes em equitação têm agora o privilégio de montar garanhões do Itapuã Sul. Para satisfazer o ardor do fotógrafo, cavaleiros e amazonas capricham no galope, no raso da lagoa. Depois, o retorno para as cocheiras será a pas-so, salvo o coração, que permanece acelerado. É outro momen-to afeito a confidências. “Prefiro lidar com os bichos, eles não mentem...”, garante Geferson de Paiva Júnior, 19 anos, técnico em pecuária que monta desde os 2 anos. “Cavalo não pega você de costas, não apronta...”, confirma Ricardo, patrão de Geferson.
A pouca distância, Paulo Hafner faz Sabre, garanhão de 13 anos, empinar. O conjunto chama a atenção sob a moldura da lagoa dos Patos. Mas algo sai errado – e Paulo vai parar dentro d’água (gelada!). “O cavalo ganhou de repente muita altura, er-rei...”, reconheceria depois, encharcado até os cabelos, o sorriso de menino. Ex-aluno do curso (inacabado) de arquitetura, ex--publicitário e ex-gerente de comunicação de empresas de proa (Gerdau, entre outras), Paulo Hafner é hoje um homem realiza-do. “Ganho cinco vezes menos, mas sou cinco vezes mais feliz.”
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Bagual: garanhão, também
chamado de cuiudo
Baixeiro: manta
Chinoca: namorada (ou, ainda,
“prenda”)
Chincha: cinta de couro fino,
serve para segurar a sela
formigão: homem “galinha”
Garras: arreios
Guaiaca: cinto largo, com
inúmeros bolsos
matungo: cavalo velho
mangueira: curral
munheca: sujeito pão-duro
pago: rincão natal
pangaré: diz-se do cavalo com
pelagem castanha e desbotada
no focinho, na virilha e no sovaco
petiço: cavalo pequeno
pilcha: a vestimenta do
gaúcho (bombacha, camisa,
bota, chapéu, guaiaca e lenço)
pingo: o “meu” cavalo
Querência: terroir (sinônimo
de pago)
teatino: forasteiro
travessão: barrigueira
Vaqueano: peão
Brasil 4x4
para uSar Sem aBuSarGaúcho tem um jeito especial de se expressar, sobretudo em contato com os animais. Quer fazer bonito? Conheça, a seguir, o
vocabulário mais corriqueiro no dia a dia a cavalo e saiba de antemão o que dizer, evitando “a língua frouxa” – ou seja, falar demais.
O que o povo do sul definitivamente não suporta.
180 EsPéCiEs DE avEs FrEQuEnTam a rEGiãO Em um vaivém COnTinEnTal. Elas aTraEm viaJanTEs DO munDO inTEirO E COsTumam aCOmPanhar QuEm EsTá ali a CavalO
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Após mais um dia de cavalgada, um espetáculo musical em honra
do santo padroeiro diverte os viajantes em Tavares
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Qual a única marca no Brasil que oferece um clube para quem gosta de velocidade e
adrenalina, um autódromo de nível internacional, um campeonato monomarca e cursos de
pilotagem e técnicas de direção? Se você respondeu Mitsubishi, acertou na mosca. A marca
dos três diamantes realiza cinco eventos que trazem como protagonista o Lancer Evo, um
mito das pistas. São eles: Lancer Cup, Lancer Experience, Lancer Evo Day, Mitsubishi Racing
Experience e Mitsubishi Premium Racing School. Todos acontecem no Mitsubishi Drive
Club, complexo automobilístico da marca em Mogi Guaçu, interior paulista. O local abriga o
autódromo Velo Città e o Mitsubishi Racing Center, uma ampla área de convivência para pilotos
e convidados. O Velo Città foi construído dentro dos padrões da Federação Internacional de
Automobilismo (FIA) e é homologado pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).
Gostou? Então conheça mais sobre os eventos nas próximas páginas. E venha viver
momentos inesquecíveis.
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clubdiversão sobre
quatro rodas
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CuPCom PaddoCk Cheio e animado,
lanCer a quarta etaPa do CamPeonato teve
um duelo emoCionante deCidido
Por quatro déCimos de segundo
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Nos boxes, pilotos e mecânicos andam pra lá e pra cá em busca de concentração e dos últimos acertos nos carros. Quando
os motores começam a roncar, o público sobe para o paddock, de onde é possível ver quase todos os 3.440 metros de asfalto
do autódromo Velo Città. Vai começar a quarta etapa da Mitsubishi Lancer Cup. Os gentlemandrivers estão a postos. Na
primeira fila do grid de largada, os dois favoritos ao título: o catarinense-carioca Elias Jr. e o paulista Bruno Mesquita. Eles
travam um duelo particular. Mas Elias se impõe e vence de ponta a ponta. No pelotão intermediário, o destaque novamente
foi Michelle de Jesus, única mulher entre os pilotos, que largou em décimo e, após uma série de ultrapassagens, terminou na
sexta colocação pilotando seu Lancer EVO R. Entre a primeira e a segunda provas do dia, enquanto os carros do Lancer Evo
Day entravam na pista (veja matéria a seguir), pilotos e familiares puderam curtir o lounge e almoçar no Mitsubishi Drive
Club. Os mais apaixonados por automobilismo tinham ainda a opção de passear pelos boxes e ver de perto todos os detalhes
do Mitsubishi Lancer Evo R, preparado a partir do Lancer Evolution X, lenda viva do automobilismo mundial. Um papo
com os mecânicos ensina que se trata de um carro com 306 cavalos de potência e que, em relação ao Evo X, a suspensão foi
reforçada e o peso aliviado com a troca de aço pela fibra de vidro nas portas, capôs, porta-malas e para-lama.
É possível ainda ver a gaiola de proteção, os bancos tipo concha, o cinto de cinco pontos e o volante retrátil, equipamentos obri-CuP P o r j u l i a n a a m a t o , d e M o g i G u a ç u
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05 OUT 6a etapa
eTapa finalclassificaçãO da qUarTa eTapa
primeira prOva 1) Elias Jr. 2) Bruno Mesquita 3) Sergio Alves 4) Sylvio de Barros 5) Michelle de JesussegUnda prOva 1) Bruno Mesquita 2) Elias Jr. 3) Sergio Maggi 4) Sergio Alves 5) Fábio Viscardi
gatórios de segurança. “O carro é maravilhoso. Uma delícia de ace-lerar”, diz Sergio Maggi, oitavo colocado na primeira prova. “A Mit-subishi Lancer Cup é uma válvula de escape perfeita, me esqueço totalmente dos problemas”, explica o empresário. “Chega a segun-da-feira e estou renovado, depois de um fim de semana como este.”
Pelas regras, o grid de largada da segunda prova é invertido em relação à classificação da primeira. Assim, Maggi teve o privilégio de largar na pole-position. Segurou o primeiro lugar até a quarta volta, quando Bruno Mesquita, vindo da sétima colocação, sur-
giu no retrovisor e assumiu a ponta. Elias Jr., o oitavo no grid, largou mal, mas também foi subindo volta a volta até a vice-lide-rança. E novamente o duelo pela vitória ficou entre Bruno e Elias. Para delírio do público no paddock, os pilotos deram show. Elias Jr. ia pra cima, Bruno fechava a porta. Os dois entraram emparelhados na reta final, lado a lado, pé embaixo. Receberam a bandeirada tão próximos um do outro que, a olho nu, não foi possível ter certeza de quem havia levado a melhor. Foi preciso a ajuda da eletrônica para cravar o vencedor: Bruno Mesquita, apenas quatro décimos na frente. “Foi de arrepiar”, disse, enquanto era abraçado por familia-res. “Já entrou para a história da minha carreira.”
Na categoria Premium, para pilotos com mais de 45 anos, quem subiu ao lugar mais alto do pódio foi Carlos Faletti. “O Lancer Evo é um espetáculo. Um carro na mão. E, como todos têm a mesma pre-paração, tudo depende do talento do piloto”, disse Faletti.
Depois de oito provas, o jovem empresário Bruno lidera o cam-peonato com 162 pontos, na frente de Elias Jr., com 147. Na terceira colocação, vem Sylvio de Barros, com 111. O quarto é Sergio Alves e o quinto é Fabio Viscardi. Restam duas etapas para saber quem vai erguer a taça. O capítulo final da disputa está marcado para o dia 5 de outubro. Quem viver, verá.
senTe e acelereA locação do Lancer Evo R para participar da Mitsubishi Lancer Cup é no conceito sit&drive. Ou seja, esqueça as preocupações com
logística, mecânicos, manutenção do carro e peças de reposição. A Mitsubishi, por meio do seu departamento de competições, cuida de
tudo, inclusive do seguro do carro. Na Lancer Cup, basta pôr o capacete, vestir o macacão, colocar as luvas, ajustar o cinto de segurança e
acelerar. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 5694-2861.
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Na quarta etapa, disputas acirradas entre os competidores. Abaixo, o pódio da categoria Premium (acima de 45 anos)
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“não tem nada de incompatível entre a vida de empresário e a de piloto. a lancer cup é formatada para você só ter o trabalho de vir, sentar e pilotar. como a mitsubishi cuida de tudo, você não se preocupa com nada.”Luis Barcellos, empresário
MuDANçA DE ChIPNa Lancer Cup, empresários trocam o terno pelo macacão e se transformam em pilotos de uma das categorias mais prestigiadas do automobilismo nacional
“como meu trabalho envolve carro, minha paixão pelo automobilismo me faz muito bem. a lancer cup é o complemento ideal para minha vida de empresário. não sou piloto profissional, mas trabalho duro pra ir bem nas provas.”Sylvio de Barros, empresário
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“Trabalho de segunda a segunda. a lancer cup é minha melhor válvula de escape. depois de um fim de semana de adrenalina nas pistas, chego renovado para tocar meu restaurante na segunda-feira.”Bruno Mesquita, restaurateur
“na sexta-feira antes das provas, dou meio-expediente na empresa, onde o ritmo é sempre acelerado. ao chegar aqui no velo città, troco o chip. a lancer cup tem sido fundamental para minha tranquilidade profissional.”Sergio Maggi, empresário
“a lancer cup é a melhor forma para eu me esquecer do estresse do dia a dia. ela me tranquiliza até na hora de dirigir na cidade. depois que comecei a participar das competições, sou outra motorista.”Michelle de Jesus, profissional do mercado imobiliário
FOTOS: RICARDO LEIzER
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ProPrietários do lanCer evo Pisam
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Explicando em poucas palavras, o Lancer Evo Day con-siste na possibilidade de os proprietários de um Lancer Evo passarem horas acelerando e se divertindo com o próprio carro em um autódromo bacanérrimo com pa-
drão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Mas, quando se dá voz a esses proprietários de Lancer Evo, a explica-ção vai mais longe. Veja só o que diz William Brazão Fadul, um dos felizes participantes da quarta etapa do Lancer Evo Day: “É a realização de um sonho. Poderia passar o dia inteiro na pista”. Fadul conta ainda se sentir privilegiado com a oportunidade de testar toda a tecnologia e potência no limite de “um carro como o Lancer Evo” fora da rua. “Aqui no Velo Città é possível ter ideia da capacidade total do carro. Depois deste dia maravilhoso, posso dizer que minha relação com o Lancer Evo é de amor de verdade.”
Outro piloto-por-um-dia, Marcos Granalari Filho não he-sita em dizer que acelerar no Velo Città foi muito melhor do que acelerar no autódromo de Interlagos. “Sem falar que o car-ro é uma mãe”, diz, referindo-se à estabilidade do seu Lancer Evo nas curvas do autódromo construído pela Mitsubishi em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. “Ele perdoa os seus er-ros. E torna você um piloto melhor.” Haniy Aqqad, que par-ticipou do Lancer Evo Day ao lado pai, também não poupou elogios ao evento. “Tudo é muito bem organizado. Fica claro que a segurança é prioridade, dando muita tranquilidade para quem vai pra pista.” Cada participante do Lancer Evo Day leva um acompanhante para experimentar as emoções da pista e, se quiser, até três convidados para o evento. São três baterias de pista livre. Nos intervalos, acontece um delicioso almoço no Mitsubishi Drive Club. O evento reúne amigos e ainda oferece a oportunidade de assistir às provas da Mitsubishi Lancer Cup, realizadas no mesmo dia do Evo Day. Um programa de sábado sob medida para fazer com a família e com os amigos – e curtir de perto o mundo da velocidade.
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Antes da abertura da pista, um briefing explica como vão ser as três baterias do dia. Depois, é colocar o capacete e curtir o Velo Città
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Na noite de sexta-feira, as apertadas ruas de Penedo foram tomadas pela Nação 4x4. Centenas de carros com a marca dos três diamantes na grade dianteira chegaram de várias cidades do Brasil em busca da diversão e da aventura do
Mitsubishi MotorSports. Era a terceira vez que a charmosa cidade rece-bia o rali de regularidade. A paisagem montanhosa, o terreno com vários tipos de piso e o visual exuberante fazem desse pedaço do Rio de Janeiro destino certeiro para quem gosta de natureza. Quando chegou a manhã de sábado, os participantes rumaram para o campo do clube Finlândia, local da largada. A belíssima trilha seguiu para o sul, no sentido de Resen-de. Passou por fazendas de reflorestamento e seguiu até São José do Bar-reiro. Depois, por estradinhas apertadas, sinuosas e cortadas por riachos, a Nação 4x4 percorreu fazendas antigas de café, teve o visual da Serra da Bocaina pelo para-brisa e ficou lado a lado com o rio Paraíba do Sul.
No fim da prova, Cristovão de Souza, que veio de Lorena, ali perto, com o filho Rodolfo para participar pela primeira vez do Mitsubishi MotorSports, comemorou a 90ª colocação entre os 156 carros inscritos na Turismo Light. “Que dia maravilhoso para fazer um rali”, dizia ao lado do filho. Quem subiu no lugar mais alto do pódio nessa categoria foram os amigos Igor Carvalho e Fabricio Povh, que vieram a bordo de uma L200 Outdoor por 11 horas desde Castro, no Paraná. Foi a segun-da vez que Igor pilotou em um rali. E a primeira que Fabricio navegou na vida. “No começo foi um pouco difícil, mas logo peguei o jeito”, con-tou Fabricio, que foi convocado porque Igor brigou com a namorada nas vésperas. “Perdi a namorada, mas ganhei um baita navegador.”
Na categoria Turismo, a vitória ficou com os cariocas Jorge Salerno Jr. e Farley Miranda. “Foi uma véspera de dia dos pais perfeita”, come-morou Jorge. “Trouxe mãe, cunhado que mora nos Estados Unidos, irmã e minhas filhas.” No segundo lugar, apareceu, pela primeira vez no pódio, o casal Boukvar. Participantes assíduos, Itamar e Celia esta-vam incrédulos com o resultado. “Eu terminei a prova com a sensação de pódio, mas não esperávamos o segundo lugar.” Entre os mais expe-rientes, na categoria Graduados, a briga pelo campeonato esquentou. Os irmãos Marcos e Marcelo Bortoluz, de Caxias do Sul (RS), seguem na ponta, mas a diferença para os segundos colocados vem caindo. Paulo Roberto Goes e Gustavo Schmidt, de Joinville, venceram e estão a apenas sete pontos dos irmãos gaúchos, que buscam o bicampeonato.
momentos inesquecíveis em penedobelas trilhas na região da serra da bocaina, no interior do rio de Janeiro
classificação penedo
Graduados 1) paulo roberto de goes / gustavo schmidt (Joinville/SC) 2) marcos bortoluz / marcelo bortoluz (Caxias do Sul/RS) 3) rone branco / vanderlei marques (Curitiba/PR) 4) rodrigo peternelli / matheus mazzei leite (Juiz de Fora/MG) 5) danielle godoy dullens / Joel dullens (Catalão/GO) Turismo 1) Jorge salerno Jr. / Farley miranda (Rio de Janeiro/RJ) 2) itamar bukvar / celia bukvar (Tupã/SP) 3) ivan da silva azevedo / alessandro bonsucesso (Belo Horizonte/MG) 4) Fernando luís possetti / cristina possetti (Ribeirão Preto/SP) 5) Fernando tokita / Wagner uchima (São Paulo/SP) Turismo liGhT 1) igor carvalho / Fabricio povh (Castro/PR) 2) bremner gracindo / carlos eduardo sato (Santo André/SP) 3) alex antonio de souza / leonardo piccolotto magalhaes (Taubaté/SP) 4) adriano peralta de castro / paula peralta de castro (Rio de Janeiro/RJ) 5) tiago aguiari barbosa / victor ramalho (Osasco/SP)
na página ao lado, muita água e muita terra nos arredores de penedo. nesta página, a hora da largada e a alegria no pódio feminino
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A chuva começou mansa, mas virou temporal e fez da etapa de Joinville uma das mais divertidas e emocionantes nos 19 anos de história do Mitsubishi MotorSports. Os cata-rinenses vieram em peso. A bordo de uma L200 Triton,
Roni Almeida, de Balneário Camboriú, fez sua estreia no rali de regu-laridade da marca dos três diamantes. “A gente gosta de usar o carro na terra, agora viemos testar dentro de uma competição”, conta. “Mas acima de tudo, viemos pelo espírito de competição e em busca de di-versão.” O casal Bernardo e Karina Hallack, de Gaspar (SC), também fez a prova pela primeira vez. “É uma oportunidade de colocar o carro na terra. Já fizemos alguns passeios, mas nunca em um rali”, contou Bernardo, enquanto esperava a largada ao volante de sua L200 Triton.
Alguns competidores apaixonados enfrentaram horas de estrada, como as amigas Marcia Andrade e Helica Arruda, de Belo Horizonte (MG). Foi a quinta etapa da dupla. “Adrenalina, aventura e fuga do es-tresse. É por isso que gostamos de vir. Saímos totalmente da rotina”, explicou Helica. Já a paulista Patricia Bergamo veio para Joinville ao
deixa choverum temporal tornou a etapa de Joinville uma das divertidas da história do rali
classificação joinvile
Graduados 1) acyr rodrigues / renan medeiros (corupá/sc) 2) marcos bortoluz / marcelo bortoluz (caxias do sul/rs) 3) paulo roberto de goes / gustavo schmidt (Joinville/sc) 4) rone branco / vanderlei marques (curitiba/pr) 5) carlos henrique bevilaqua / Fabiano bonafé (são paulo/sp) Turismo 1) luiz renato lopes / debora carvalho (pouso alegre/mg) 2) Fernando luís possetti / cristina possetti (ribeirão preto/sp) 3) Fernando tokita / Wagner uchima (são paulo/sp) 4) marcelo borsatto / rodolfo santos (belo horizonte/mg) 5) sidnei rank / leandro José machado (são bento do sul/sc) Turismo liGhT 1) William Kamada / naira hirakawa (são paulo/sp) 2) bremner gracindo / carlos eduardo sato (santo andré/sp) 3) ivan annies / marlon rucki (são bento do sul/sc) 4) Jackson Jacobi / Wilson cristofolini (Jaraguá do sul/sc) 5) moises de souza / lygia veni (Joinville/sc)
volante de um Pajero TR4 comprado havia um mês. “Comprei o carro pensando em participar das provas. Ouvi que é muito divertido e vi conferir”, contou Patricia, que participou da Turismo Light, categoria de entrada do Mitsubishi MotorSports.
A categoria Graduados, para duplas experientes, teve disputas apertadas. Os irmãos Marcos e Marcelo Bortoluz, de Caxias do Sul (RS), conquistaram a segunda colocação. “Foi uma das etapas mais trabalhosas nos meus oitos anos de MotorSports”, disse Marcos. “A planilha teve muitos laços, entradas e precisou de muita concentração do navegador”, completou Marcelo. Quem garantiu o primeiro lugar foi a dupla Acyr Rodrigues e Renan Medeiros, de Corupá (SC), a bor-do de um Pajero Full. “É uma felicidade muito grande. Vencer uma prova técnica, com as melhores duplas do Brasil, e no nosso quintal”, disse Acyr. “O nosso entrosamento e o fato de já conhecermos a região nos ajudou muito”, concluiu Renan, o navegador.
Na categoria Turismo, Luiz Renato Lopes e Debora Car-valho, de Pouso Alegre (MG), em um Pajero Sport, conquis-taram o primeiro lugar e celebraram ao lado do filho de 20 anos, que os acompanha desde pequeno e que se preparava para uma viagem de um ano para o exterior. “A despe-dida não poderia ter sido melhor”, disse Debora. Na segunda colocação ficaram Fernando e Cristina Rossetti, de Ribeirão Preto (SP). “Assumimos a li-derança do campeonato”, disse Fernando. “Sou o braço da dupla. Ela é o cérebro.”
Na categoria de entrada, Turismo Light, muita comemoração no pódio. William Kamada e Naira Hirakawa, de São Paulo (SP), levaram pela primei-ra vez o troféu de primeiro lugar. “A gente corre há dois anos. Finalmente vencemos. Agora a cobrança aumenta e já vamos pensar na mudança de catego-ria”, comemorou Naira, molhada não apenas pela chuva, mas pelo champanhe do pódio.r
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uma l200 triton enfrenta a lama que tomou conta da trilha na etapa
catarinense. navegar foi preciso
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o mar paraibano faz o pano de fundo da etapa de João pessoa
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classificação joão pessoa
Graduados 1) Kwong Yiu Fai / matheus galvão (Natal/RN) 2) renato martins / luis Felipe eckel (Belo Horizonte/MG) 3) José rufino da silva neto / glauco Junior (Fortaleza/CE) 4) omar dantas / Wellington rezende Junior (Parnamirim/RN) 5) José valdener cruz Jr / amarino duarte (Fortaleza/CE) Turismo 1) renato mendonça / daniel mendonça (Belo Horizonte/MG) 2) Filipe albuquerque / isabel albuquerque (Fortaleza/CE) 3) onofre silva Farias / rodrigo aguiar pinheiro (Fortaleza/CE) 4) alexandre de oliveira sales / rodolfo costa de medeiros (Natal/RN) 5) marcos José dos santos / Kyssieh oliveira (Fortaleza/CE) Turismo liGhT 1) mateus albuquerque / tiago gomes (Garanhuns/PE) 2) charles rabelo / renan Felix (Fortaleza/CE) 3) marcio botelho / leandro vieira (Fortaleza/CE) 4) pedro barbosa / sirio da silva (Fortaleza/CE) 5) david batista / Fabio silveira (João Pessoa/PB)
Sol e lama foram os temperos da sétima etapa do Mitsubishi MotorSports Nordeste, em João Pessoa, na Paraíba. Cente-
nas de participantes de todo o Brasil se reuniram no grid de largada na praia de Cabo Branco numa manhã cheia de ani-mação. Apesar de ainda restarem duas etapas para o término da temporada, a disputa pelo título começou a ferver. O roteiro seguiu em direção das belas praias do sul do estado, passando entre o verde dos canaviais e a sombra dos bam-buzais. Retas longas, curvas fechadas, terreno arenoso e atoleiros cheios de barro contavam a história da chuva dos dias anteriores.
Barro que se transformou em desa-fio para os irmãos Otavio, 28 anos, Leonardo, 26, e Marina de Al-buquerque Melo, 24. Essa foi a terceira vez que a turma de Maceió, Alagoas, participou da etapa na capital paraibana, onde mora a ga-rota, estudante de medicina. “Já participamos outras vezes em Ma-ceió, adoramos este rali”, disse o piloto Otavio – engenheiro civil como o irmão. Sem deixar a diversão de lado, seriedade foi a palavra de ordem no Pajero TR4 da família.
Superfocados, o navegador Leonardo e a zequinha Marina pas-savam as coordenadas da planilha. Além de registrar na câmera as passagens pelos lamaçais, Marina controlava tudo que os irmãos faziam. “Qual é o tempo?”, perguntava. Otavio e Leonardo, igual-mente atentos, alinhavam o raciocínio e cálculos aos comandos da irmã, além de verificarem as aferições, médias de tempo e roteiro na planilha. “Tenho que me concentrar, cada segundo conta muito no final”, repetia Leonardo.
Quando a turma achou que a etapa chegara ao fim, mais um trecho repleto de curvas fechadas apareceu. Marina vibrou. “Va-
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o pódio é o de menos na etapa de João pessoa, as paisagens e a diversão falaram mais alto
mos, rumo ao pódio!” Por pouco. No final o clã Albuquerque Melo conquistou um merecido e honroso 7° lugar na categoria Turismo Light. E já conta os dias para a etapa seguinte, dia 5 de outubro, em Maceió. “É claro que estaremos lá”, prometeu Otavio.
Na Turismo Light, venceram os pernambucanos Mateus Albu-querque e Tiago Gomes, de Garanhuns. Foi a segunda vitória da dupla na temporada. “Nos ralis da Mitsubishi, a emoção fala mais alto”, disse o piloto. Enquanto isso, Kwong Yiu Fai e Matheus Gal-vão, de Natal (RN), ouviam com alegria a confirmação de sua vitó-ria na categoria Graduados. “A emoção é muito grande, as provas difíceis nos motivam mais”, comemorou o piloto. “Agora, todo o nervosismo ficou para trás”, disse o navegador. Na categoria Turis-mo, a dupla Renato e Daniel Mendonça, de Belo Horizonte (MG), conquistou o primeiro lugar. “Viemos de longe, percorremos mais de mil quilômetros, mas o esforço valeu a pena”, disse Daniel. “Ver todo mundo reunido, parte de uma mesma nação, é muito emocio-nante – e nós somos da Nação 4x4”, concluiu, emocionado, Renato.
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mar, praia, coqueiro e muita lama nos arredores da capital sergipana
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Se a ideia do Mitsubishi MotorSports é a diversão, nada melhor do que estar rodeado de amigos na hora da largada. Foi essa certeza que levou o piloto Bruno Moreira a convidar seus fiéis companheiros de trabalho e de pedalada para dividirem a
L200 Triton na primeira etapa do campeonato Nordeste, em Aracaju, Sergipe. Ao lado do navegador Anthony Nelson e dos zequinhas Sacha Ferreira e Juliana Barretto, ele largou da praia de Atalaia rumo ao litoral norte sergipano. “Agora vai ser rock and roll”, disse Bruno, contagiado pela adrenalina da categoria Turismo Light.
O clima, dentro e fora do carro, não podia ser melhor. Enquanto se di-rigiam para a região de Barra dos Coqueiros, na margem esquerda do rio Sergipe, os amigos descreviam a paisagem. “À direita, a ponte do Impera-dor, construída para a visita de Dom Pedro 2º”, contou Bruno. “À esquer-da, a praça de eventos dos Mercados, onde acontece o Forró Caju, uma das maiores festas juninas do Nordeste”, emendou Sacha. Nessas horas em que a beleza do lado de fora pode tirar o foco da competição, é hora de o navegador chamar a atenção de todos. “Vamos concentrar!”, disse Anthony. Sacha também acompanhava a planilha, mas no tablet. “É óti-mo ver tudo por aqui”, contou, empolgado com a novidade tecnológica.
Funcionária do Tribunal de Justiça e acostumada à pressão diá-ria, a baiana Juliana teve tempo para relaxar e se transformou na fo-tógrafa oficial da turma. Do banco de trás, cada paisagem virava um clique. “Brincam que sou a rainha do Instagram; mas como ficar sem fazer fotos desses lugares incríveis?”, comentou ao passar pelo terminal marítimo Inácio Barbosa, também conhecido por porto da Barra dos Coqueiros, uma construção impressionante a 2.400 metros da costa. O espetáculo de encher os olhos não parou por aí. Os amigos, que fazem parte de um grupo de ciclistas, se deliciaram ao atravessar atoleiros e tingir a L200 de lama. A cada atração, o quarteto programava futuras aventuras nos locais por onde passavam. “Podemos trazer o caiaque e curtir o dia na lagoa dos Mastros”, sugeriu Bruno, ao passar por um dos mais belos cartões-postais da região. Após 140 quilômetros de muita adrenalina, os amigos conseguiram um honroso 28º lugar. Foi o sufi-ciente para manter o clima de festa durante o almoço de premiação.
A vitória na categoria ficou com a dupla Mateus Albuquerque e Tia-go Gomes, de Garanhuns (PE). “Faz tempo que cobiçávamos o boné vermelho com o número 1”, comemorou Mateus, que participa dos
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um milhão de amigosclima de festa toma conta de aracaju na primeira etapa do mitsubishi motorsports nordeste
classificação aracaju
Graduados 1) paulo coelho / cristovam neto (Fortaleza/CE) 2) terencio albuquerque / bruno santos (Natal/RN) 3) antonio cesaroni / bruno lima (Lauro de Freitas/BA) 4) romulo sousa silva / vinicius sousa silva (Fortaleza/CE) 5) renato martins / luis Felipe eckel (Belo Horizonte/MG) Turismo 1) ivan azevedo / alessandro bonsucesso (Belo Horizonte/BH) 2) camilo martins / loraine lima (Conceição de Macabu/RJ) 3) renato mendonça / daniel mendonça (Belo Horizonte/MG) 4) ivano torres / cristiano dylan (Fortaleza/CE) 5) marcos José dos santos / Kyssieh oliveira (Fortaleza/CE) Turismo liGhT 1) mateus albuquerque / tiago gomes (Garanhuns/PE) 2) amintas machado / charles donald (Aracaju/SE) 3) thayro lins silva / thomaz lins silva (Maceió/AL) 4) Fabio galindo / diogo oliveira (Recife/PE) 5) david batista / Fabio silveira (João Pessoa/PB)
ralis há três anos. “A vitória é deliciosa, mas o mais gostoso é a diver-são que vivemos a cada etapa.” Na categoria Turismo, Ivan Azevedo e Alessandro Bonsucesso, de Belo Horizonte (MG), levantaram o troféu de campeão. “Viemos pra ganhar”, assumiu o piloto do Pajero Full. “Buscamos estar em sintonia e trabalhar unidos para tudo dar certo”, revelou Alessandro. Na Graduados, quem levou a melhor foram Pau-lo Coelho e Cristovam Neto, de Fortaleza (CE). “É uma emoção muito grande vencer ao lado do filho, disputando contra tanta gente boa; não tem preço”, disse emocionado o piloto do Pajero TR4. “Foi um fim de semana inesquecível.”
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“Prepara, que agora é hora do show das poderosas.” Com o famoso refrão da música de Anitta ecoan-do alto nos alto-falantes do Pajero TR4, elas larga-ram para a terceira etapa do Mitsubishi Outdoor
2013. Camila Caruso, engenheira de alimentos, 35 anos, no volante; Ana Helena Porto, engenheira civil, 34 anos, na navegação; e Fer-nanda Turri, advogada empresarial, 34 anos, no divertido posto de zequinha. Era um rali de estratégia, mas o trio parecia prestes a em-barcar para uma viagem entre amigas – o Mitsubishi Outdoor tem esse espírito. Na terceira etapa da temporada, a Nação 4x4 rumou para a belíssima serra da Bocaina, nos arredores de Penedo, no Rio de Janeiro. Entre centenas de participantes, lá estava o Pajero TR4 das três “poderosas”.
O clima de alegria era tão grande que o trio ainda tirava fotos ao lado do carro na hora da largada. Enquanto isso, no outro Pajero TR4 da equipe, Christian Zammit, Luciene Gamito, Martin Tuma e Will Mota lembravam: sempre é possível tentar um lugar ao sol no pódio. E
para isso era preciso pensar na estratégia. Os primeiros pontos foram conquistados em um PC de passagem. Fácil. “Mas pre-pa-ra, que vem emoção pela frente”, cantarolou Ana Helena. E veio. O desafio seguinte foi subir uma montanha íngreme, interminável, em busca de mais um carimbo. Com a disposição de quem havia recém-saído de um retiro espiritual de dez dias, Camila disparou. Deixou outras equipes para trás e somou mais de 300 pontos para as Vevetas – sim, esse é o nome da equipe (e o apelido do TR4), homenagem à baiana Ivete Sangalo.
As conversas a bordo iam de música a viagens, de futebol a ame-nidades. A terceira tarefa esportiva também ficou aos cuidados de Camila: sem medo da água fria, ela atravessou um rio a nado. Voltou encharcada. E revigorada. A estratégia estava funcionando. “Pre-pa--ra!”, ousava repetir o alto-falante. Agora era a vez de Ana e Luciene, navegadora do outro carro da equipe, se aprontarem para um trekking de 3 quilômetros em meio à floresta que forra a Bocaina. Meia hora de-pois, ambas voltaram felizes da vida: “Foi gostoso demais”, disse uma animada Ana, que, recentemente, trocou São Paulo pela Bahia.
festa na bocainaem um dia de céu azul, a etapa de Penedo teve mountain bike, trekking, travessia de rios e uma deliciosa tarefa gastronômica
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Pedalada pelas montanhas da serra da Bocaina e a Nação 4x4 reunida para o almoço que antecede a premiação
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Quando chegou a prova de mountain bike, Martin e Christian não titubearam. Pedalaram pela trilha com um sorriso de orelha a orelha. “Primeiro, veio uma descida deliciosa, atingimos uns 50 quilômetros por hora”, contou Chris. “Mas depois a subida não foi moleza”, ponderou Martin, estafado pela pedalada. As cinco horas regulamentares estavam se esgotando. Era preciso tomar o caminho de Silveiras, local do quartel-general da etapa, para a devolução do passaporte com os carimbos das tarefas feitas. Mas havia mais um desafio no trajeto. E, na dúvida entre somar mais duas centenas de pontos ou seguir em frente para não estourar o tempo, a busca por diversão falou mais alto. Lá foram elas, munidas de bússola, atrás de mais pontos. Encontraram o PC em uma ilhota no meio de um rio. Tiveram que se jogar na água. De novo.
A realização da tarefa, porém, demorou mais tempo que o esperado. Era preciso andar no limite da velocidade permitida pela planilha para chegar a tempo de entregar as respostas do Quizz, uma das tarefas mais valiosas. Tinham até as 17h23 e, para delírio das Vevetas, conseguiram. O atraso para finalizar a etapa foi, todavia, inevitável. Para cada minu-
to além das cinco horas, uma penalização de 10 pontos na soma geral. Ficou a dúvida se o desempenho os levaria ao pódio. Rumaram para Pe-nedo, sentaram-se para degustar o almoço e para acompanhar a diver-tida premiação. Não deu pódio. Os 1.951 pontos conquistados levaram a equipe ao 13º lugar na categoria Fun, para iniciantes.
A vitória ficou com a equipe Mit-Ira-da-Lama. “Foi tudo deli-cioso, mas jamais vou esquecer a prova cultural das formigas”, disse Marcel Biscaro, que não pensou duas vezes para comer uma farofa de içá, formiga típica da região. Na categoria Extreme, os todo-pode-rosos da equipe Tamboré fizeram uma prova tecnicamente perfeita. “A estratégia deu tão certo que conseguimos fazer todos os PCs das tarefas de aventura e culturais”, disse Julio Gabrioli. A equipe somou incríveis 4.881 pontos. Quanto às Vevetas, ficou a deliciosa lembrança de um perfeito fim de semana 4x4 e o gosto de quero mais.
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extreme 1) Papaléguas 2) speedy Gonzales 3) family 4x4 fun 1) river stones 2) barro seco 3) crazy bird
a equipe Vevetas traça a estratégia, um mitsubishi outlander 4x4 mostra robustez na trilha, travessia de rio em busca de mais um carimbo e a alegria incontida no pódio
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“Só mesmo o Mitsubishi Outdoor para juntar uma turma como essa”, sorriu o paranaense Ricardo Victorelli en-quanto a L200 Savana pilotada pelo paulista Sandro Lima
enfrentava bravamente o lamaçal que tomou conta da trilha da segun-da etapa do rali de estratégia em Joinville (SC). Sandro, engenheiro de uma empresa de participações e investimentos, estava impressiona-do com a junção de naturalidades e profissões na equipe Crazy Bird. “Tem engenheiro, geógrafo, cirurgião plástico, personal coach, comer-ciante, estudante...”, enumerou. “Todo mundo junto em busca de um objetivo.” O objetivo era traçar a melhor estratégia e realizar as tarefas mais divertidas e valiosas para somar o maior número de pontos.
Na L200, além de Ricardo e Sandro, companheiros de trabalho, es-tavam Elisângela Fávaro, mulher de Sandro, e Eugênia, irmã de Ricar-do. No outro carro da equipe, um Pajero TR4, os mineiros Célio José de Oliveira, sua mulher, Flávia, a filha Giulia e o amigo André Xavier, o estrategista do time. Navegador tarimbado, André é daqueles que conseguem pensar num plano, tarefa por tarefa, sem nem sequer precisar anotar. “Tá tudo aqui”, dizia, apontando para a cabeça. E que ninguém duvide dele: André participa do Mitsubishi Ou-tdoor desde a primeira edição, em 2004. Os integrantes dos dois carros se conheceram na etapa de São José dos Campos (SP) e decidiram unir forças para disputar a categoria Fun.
Logo no início, Ricardo precisou descer do car-
ro, colocar o capacete e pedalar por 5 quilômetros por uma trilha enlameada. “Apesar de ter sido difícil encontrar o caminho, foi divertidíssimo”, disse o engenheiro, feliz da vida e com as pernas cobertas de barro. Para melhorar, desabou uma tempestade. E claro que a prova seguinte – dar quatro voltas numa pista de skate – aconteceu debaixo do toró. Entre os oito integrantes, no entan-to, ninguém entendia nada de skate. Destemido, André deixou a planilha de lado e se jogou. Aos tombos e escorregões, conseguiu cumprir a missão. E, totalmente encharcado, faturou mais 311 pontos para os “pássaros loucos”.
Na cidade de Siderópolis, antiga Nova Belluno, foi preciso bater nas portas das casas em busca de pelo menos três famílias de descen-dentes de imigrantes italianos da região de Belluno (Vêneto). Uma vez identificada a família, os participantes precisavam fazer quatro perguntas sobre a origem desses imigrantes que desembarcaram no sul de Santa Catarina em 1877. A tarefa derradeira do dia foi de uma
criatividade ímpar. Com um cinto de rapel, em um galpão de armazenamento de bananas (produto comum na região), era preciso empilhar sete caixas e ir subindo uma a uma. Difícil de explicar e mais difícil ainda de executar. Após deixar cair as caixas por duas vezes, porém, Elisângela, ergueu os braços e
gritou bem alto quando conseguiu ficar de pé sobre a última delas. Um delírio para a plateia.
temporada de alegria e diversãoCom chuva e sol, a etapa de Joinville teve surfe, circo e entrevista com imigrantes
surfe na etapa de Joinville? sim. o mitsubishi outdoor levou os
participantes para o mar de Barra velha, a mais de 50 km de distância
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Não faltou vontade de ficar ali para sempre, curtindo a beleza dos bananais e dos arrozais, mas as cinco horas regulamentares estavam se esgotando. Era momento de voltar, estacionar os carros, curtir o almoço de confraternização e esperar pela premiação. Aquela deliciosa tarde iria resultar em pódio? “Tomara, mas se não der, não deu – o importante foi a diversão”, disse modestamente Célio, piloto do Pajero TR4. Modéstia à parte, deu pódio. A mistura de profissões e naturalidades da Crazy Bird somou 3.392 pontos e a levou ao terceiro lugar. “Vamos continuar que-rendo pódio, mas sem deixar a diversão de lado”, resumiu Elisângela.
A vitória na categoria Fun ficou com a equipe River Stones, que conseguiu muitos pontos com a prova de surfe, na qual era preciso ficar por oito segundos sobre uma prancha em uma onda da praia de Barra Velha. Também em Barra Velha, as equipes divertiram--se em um circo comandado por uma família de romenos. Entre corda bamba, cama elástica, trapézio, lira e maquiagem de palhaço, era preciso escolher duas atividades para somar os pontos. Na cate-goria Extreme, os paranaenses da Papaléguas venceram a etapa de Santa Catarina pela terceira vez seguida. “Aqui e no Rio de Janeiro, só nós ganhamos desde 2011”, disse Umberto Giotto. O piloto da equipe, Tersio Camargo, estava eufórico. “Foi uma etapa adrenada e divertida – e a chuva deixou tudo muito melhor. Um dia perfeito! No mais puro espírito 4x4 da Mitsubishi.
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Na primeira parte do circuito, trechos sinuosos com muita areia. Logo depois, uma série de quadras de cana com uma sequência de curvas de 90 graus. Para finalizar, retas de até 800 metros de extensão rumo à linha de chegada. Assim foi a pista
montada para a terceira etapa da Mitsubishi Cup, na cidade de Analândia (SP). Um circuito cheio de variáveis, com diferentes tipos de piso. Apesar disso tudo, logo na primeira das três provas do dia, aconteceu algo inédito nos 14 anos de história do rali de velocidade da Mitsubishi. As duplas Jocimar Ristow/Victor Ristow e Miguel Agosti-nho Zarpellon/João Guilherme Paiva, da categoria Pajero TR4 ER, fizeram o mesmíssimo tempo: 27 minutos, 40 segundos e 56 centésimos.
“É a primeira vez que isso acontece. Nosso regulamento nem previa isso”, disse Detlef Altwig, diretor técnico da Mitsubishi Cup. “Em um circuito de 31 quilômetros com milhares de variáveis, é um absurdo pensar que isso aconteceu.” Os comissários se reuniram e proclamaram as duas duplas vencedoras. “Quem andou viu como era o circuito, com muito facão, muita areia, muita curva... Foi um empate impressionante”, disse Zarpellon. Na segunda prova do dia, Zarpellon e Ristow novamente dis-putaram a liderança metro a metro, centésimo a centésimo. Dessa vez, Zarpellon levou a melhor por uma margem pequena, de 2,2 segundos. A etapa se decidiu na terceira prova, quando os até então imbatíveis Ris-
nunca antes na históriaempate inédito marcou a etapa de analândia
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tow (eles haviam ganhado as seis provas das duas etapas anteriores) foram obrigados a abandonar. Melhor para Zarpellon e Paiva, que se sagraram campeões da etapa e subiram para a terceira colocação do campeonato.
Na categoria TR4R, os vencedores foram o piloto Diogo de Mes-quita e o navegador Marcos Rogério Almeida. Eles também tra-varam disputas acirradas em Analândia. Em uma das três provas do dia, ganharam por 9 décimos de diferença de Luiz Antonio de Borba Neto e Vinícius Castro. “Na Mitsubishi Cup, se você pensa em administrar, não está pensando no campeonato. Cada volta tem sua importância”, disse Mesquita. “Acabou a nossa sina de lobo mau. Agora eu quero meu chapeuzinho vermelho”, afirmou o na-vegador, numa alusão aos bonés mais disputados do cross-country brasileiro. Outro que saiu coroado de Analândia foi o navegador Alison Sass Pedroso, de apenas 17 anos. Ao lado do piloto André Franco de Miranda, ele venceu a categoria TR4 ER Master. “Ti-nha trechos bem travados e outros bem rápidos. Na última prova o piso estava muito ruim, cheio de ‘costelinhas’. Estava bem difícil para cantar as direções.” Emocionado depois de levar um banho de champanhe no pódio, ele disse: “Foi minha primeira etapa com o André. A primeira vez em Analândia. E minha primeira vitória. Não poderia ser melhor”. As emoções também foram fortes na ca-
Concentração a bordo antes de levar o Pajero TR4 ER ao
limite no circuito de Analândia
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próximas etapas 21 set Jaguariúna (SP) 19 OUt Mogi Guaçu (SP) 20 OUt Mogi Guaçu (SP) 23 nOv Indaiatuba (SP)
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participe da mitsUbishi cUpOs veículos de competição da Mitsubishi Cup saem prontos da
linha de montagem da fábrica de Catalão (GO). Para comprar ou
alugar o seu, entre em contato com Rose Dervalli pelo telefone
(11) 5694-2861 ou pelo e-mail [email protected]
CUP
classificaçãO analândia
tritOn rs 1) Cristian Baumgart/Beco Andreotti (São Paulo/SP) 2) Marcelo Emerick Mendes / Deco Muniz ( Juiz de Fora/MG) 3) Marcos Baumgart/Kleber Cincea (São Paulo/SP) tritOn er master 1) Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio (Santana do Parnaíba/SP) 2) Paulo Rugna/Adriana Parra (São Paulo/SP) 3) Armando Bispo/Leopoldo Albuquerque Filho (Fortaleza/CE) tritOn er 1) Glauber Fontoura/Minae Miyuati (São Paulo/SP) 2) Ricardo Feltre/Joel Kravtchenko (Curitiba/PR) 3) Luiz Fernando Zarpellon/Andre Buchholz (Irati/PR) tr4 er master 1) André Franco de Miranda/Alison Sass Pedroso (Vinhedo/SP) 2) Rodrigo Meinberg/João Luis Stal (Santana de Parnaíba/SP)3) Sérgio Braz Gugelmin/Marcos Maia Panstein tr4 er 1) Miguel Agostinho Zarpellon/João Guilherme Paiva (Irati/PR) 2) Wagner Felippe Roncon/Joselito Vieira de Melo Junior (Ribeirão Pires/SP) 3) Frederico Macedo/Marcelo Haseyama (Piracaia/SP) tr4r 1) Diogo de Mesquita Cavalcante/Marcos Rogerio Almeida (Maranguape/CE) 2) Luiz Antonio de Borba Neto/Vinicios Castro (Maceió/AL) 3) Ricardo Maia Aguiar/Arthur Vitorino Di Pace ( João Pessoa/PB)
tegoria Triton ER. Quem via a navegadora Minae Miyuati e o pilo-to Glauber Fontoura descontraídos no lounge, entre as provas, não imaginava o clima tenso entre a dupla na primeira prova do dia. “As coisas não deram muito certo”, resumiu Fontoura. Mas, na segunda e na terceira provas, o vento soprou a favor. “Melhoramos muito o nosso entrosamento, fizemos correções e melhoramos o nosso tem-po”, disse a navegadora. O resultado foi o título da etapa.
Na categoria Triton ER Master, o piloto Lucas Moraes e o nave-gador Kaíque Bentivoglio foram ao lugar mais alto do pódio. “Foi muito bom ganhar minha primeira etapa na Mitsubishi Cup. Es-tava precisando. Bati na trave algumas vezes, mas desta vez foi. O melhor de tudo é que saio desta etapa líder na categoria”, afirmou o piloto. Na categoria Triton RS, os vencedores foram Cristian Bau-mgart e Beco Andreotti. A dupla se recuperou com a vitória e agora segue na cola dos líderes e estreantes na categoria, o piloto Marcelo Emerick Mendes e o navegador Deco Muniz. A disputa nas próxi-mas etapas promete.
Muita festa e banho de champanhe nos pódios das categorias L200 Triton RS e Pajero TR4 ER Master
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MIT ParcerIas
O recurso Ambilight é conhecido em todo o mundo como
uma das mais inovadoras tecnologias já criadas para um
aparelho de televisão. Lançado no mercado em 2004,
o Ambilight emite luzes pelas laterais da TV e projeta
cores na parede de acordo com a imagem que está sendo exibida na
tela. Há um sistema computadorizado que calcula o brilho, as cores
emitidas e a expansão dessas luzes, levando ao telespectador uma
experiência de visualização muito mais imersiva.
A publicitária Samira Ciardella é prova do impacto que esse
recurso provoca nas pessoas. Ela adquiriu uma TV com Ambilight
e diz que não consegue mais viver sem ele. “Desde que meu marido
e eu compramos a Philips, série 7000, minha experiência de ver TV
mudou completamente. O Ambilight dá a sensação de amplitude
da tela e não cansa os olhos, podemos assistir no escuro por horas.“
Como a publicitária observou, a tecnologia exclusiva da Philips
provoca a sensação de aumento da tela: o consumidor, diante
de uma TV de 42 polegadas, tem a impressão de estar vendo
um aparelho bem maior.
Essa expansão da imagem, somada ao jogo de cores computa-
dorizadas, cria o chamado “efeito cinema” dentro de casa, melhora
a experiência do 3D e ainda reduz a fadiga ocular. O jornalista
Alexandre Bezerra não conhecia o Ambilight até há pouco tempo.
Hoje ele diz achar “estranho“ assistir a televisão sem a tecnologia.“
É muito bom ver TV só com a iluminação do Ambilight“, afirma.
“Sinto que força menos a vista, é mais relaxante. Hoje só uso a TV
com a tecnologia ligada, não consigo me imaginar assistindo
a televisão sem esse recurso.“
Consumidor de televisores Philips desde a época do tubo,
o consultor de marketing esportivo Dênis Borges acompanha
a evolução da marca há 15 anos. “Antes era porque o som da Philips
era muito superior aos outros. De um tempo pra cá, o Ambilight
aproximou a experiência de assistir a TV à de ir ao cinema“, conta.
“As luzes refletidas na parede dão a sensação de uma tela ainda
maior, sem tirar o foco da imagem, o que funciona muito bem,
principalmente em filmes de ação.“
Numa época em que a maioria dos aparelhos de TV tem recursos
muito parecidos entre si, o Ambilight passa a ser um diferencial
valioso para o consumidor. Não por acaso, uma pesquisa da Philips
mostrou que 97% das pessoas que compraram o Ambilight avaliam
o produto como “bom, muito bom ou excelente”. Mais: nada menos
do que 95% desses consumidores estão inclinados a comprar
outro aparelho com o mesmo recurso, enquanto 81% têm certeza
absoluta de que comprariam uma TV com Ambilight.
HistóriaA tecnologia começou a ser desenvolvida a partir de uma nota
escrita em um post-it que dizia: “Luz para melhorar a TV“. Ela foi
criada durante uma sessão de brainstorming com pesquisadores das
áreas de iluminação e eletrônicos da Philips, em 2002. Os pesquisa-
dores queriam descobrir como usar luz para melhorar a experiência
audiovisual dos telespectadores.
A lâmpada literalmente se acendeu pouco depois desse insight :
em 2004 chegava ao mercado a primeira TV com Ambilight nas duas
extremidades laterais. O recurso foi aprimorado ao longo dos anos
e hoje já há TVs com Ambilight LED nos quatro lados. No Brasil, a
série 8000 possui a tecnologia em três lados - nas duas extremida-
des laterais e na parte superior.
A Philips colocou suas primeiras TVs no mercado em 1928 e
desde então sempre esteve à frente no segmento de televisores
oferecendo as mais variadas inovações. A empresa trouxe para o
Brasil as primeiras TVs com imagens coloridas, criou uma TV com
proporção de cinema (21:9), o controle remoto recarregável com
energia solar, inventou a tecnologia Ambilight, foi a primeira a trazer
o conceito de Smart TV para o país e, recentemente, desenvolveu
a primeira televisão voltada para design de interiores, a DesignLi-
ne (na foto ao lado). Nova e revolucionária, é transparente e sem
moldura, em forma de “folha de vidro”, que se encaixa de forma
elegante nos ambientes mais sofisticados. O aparelho pouco lembra
as televisões tradicionais, parecendo mais uma peça luxuosa de
decoração quando desligado. Rompe com o conceito convencional
de televisão que se conhece atualmente. A DesignLine chega ao
Brasil em outubro de 2013.
Ambilight: luzes e polegadas a mais na sua TVELE LEVA AO TELESPECTADOR uMA ExPERiêNCiA MAiS iMERSiVA E Dá A SENSAçãO DE AMPLiTuDE DA TELA
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Vinte meses depois de a Delta Air Lines e a GOL Linhas
Aéreas inteligentes anunciarem uma aliança estratégica
de longo prazo, ambas alavancaram seus pontos fortes
para gerar valor adicional, proporcionando uma experiência
agradável aos clientes. “Nossa parceria estratégica com a GOL
representa uma melhora significativa da rede da Delta, garantindo
acesso a 23 destinos no Brasil”, diz Ed Bastian, presidente da Delta
e membro do Conselho de Administração da GOL. “Oferecemos
uma rede entre o Brasil e os Estados unidos que não pode ser
superada por nenhuma outra companhia aérea americana.” Paulo S.
Kakinoff, presidente da GOL, afirma que a aliança gerou um aumento
significativo no tráfego de passageiros. “Hoje, 28% de todos os
clientes da Delta que viajam para o Brasil seguem para o seu destino
final voando GOL. isso representa um aumento de quase 100% no
tráfego em relação ao ano anterior”, calcula.
Desde julho a GOL está oferecendo voos da Delta em seu website
(www.voegol.com.br), nas lojas Voe GOL, no call center e por meio de
agências de viagem. A aliança beneficia também clientes corporativos,
permitindo que eles tenham um único contrato de serviço com as
duas companhias. Como parte dos esforços conjuntos de branding,
GOL e Delta registram marcos na aliançaCErCA DE 20 MESES DE COOPErAçãO GErArAM AuMENTO NO TráfEGO E BENEfíCiOS PArA OS CLiENTES
os passageiros que viajam com a GOL irão ver o logotipo da Delta e
a frase “em parceria com a Delta” próximo ao portão de embarque
das aeronaves. Todos os aviões da GOL carregarão a marca Delta.
Outro marco da aliança é o compartilhamento de locais entre as
companhias aéreas. Em abril, a Delta se mudou para o Terminal 2
Asa C do Aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. O
compartilhamento facilita a conectividade e o processo de despacho
da bagagem após liberação alfandegária.
A aliança colocou em ação um plano para aumentar os benefícios
desfrutados pelos clientes mais fiéis. Além da capacidade de acumular
milhas e resgatar passagens, os clientes da Delta agora desfrutam
de acesso gratuito às salas ViP da GOL nos aeroportos internacionais
de São Paulo (Guarulhos) e do rio de Janeiro (Galeão). De modo
semelhante, os Delta Sky Clubs em Atlanta, Nova York-JfK e Detroit
estão disponíveis aos membros Diamante do Smiles gratuitamente.
Os clientes Smiles Diamante da GOL agora têm acesso a check-in
preferencial e embarque nos voos da Delta por meio do Sky Priority.
Os clientes Medallion Diamond, Platinum e Gold da Delta têm acesso
aos mesmos benefícios. O Sky Priority da Delta é uma série de serviços
aeroportuários preferenciais voltados para clientes elite.
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Conel ConstrutoraSomos uma empresa com sólido conceito na engenharia nacional. Atuamos na construção
civil e temos no currículo a execução de obras residenciais, comerciais, industriais e de infraestrutura. Concebemos desde a prospecção de áreas, desenvolvimento e aprovação de
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Toda a linha Mitsubishi produzida no Brasil é equipada com
pneus Pirelli, mas que diferença isso faz para você, que usa o
seu 4x4 no dia a dia, em viagens e, eventualmente, nas com-
petições realizadas pela montadora? É fácil responder: isso
faz toda a diferença. Primeiro, porque a escolha da Mitsubishi, depois
de testes de homologação, equivale a um diploma de confiabilidade
e qualidade, e esse casamento de marcas consagradas resulta em
grandes vantagens para o proprietário do veículo, entre as quais poder
substituir pneus dentro do padrão original em qualquer concessionária
da marca.
Além disso, com sua linha Scorpion, a Pirelli oferece um leque de produ-
tos que atende a qualquer necessidade do proprietário de SuV ou picape,
classificados não apenas conforme as condições de uso, mas também
quanto a eficiência em cada tipo de terreno. São sete modelos, mas, antes
de falar das especificidades dos pneus Scorpion, vale registrar as carac-
terísticas do mais novo integrante dessa família, o Scorpion Verde. Trata-
-se de um pneu que nasceu ecologicamente correto e em sintonia com as
demandas de um planeta cada vez mais consciente das necessidades de
preservar ao máximo os recursos naturais e o meio ambiente.
ideal para aquelas condições de uso que envolvem boa parte dos
usuários de 4x4 – 80% do tempo no asfalto e 20% em off-road –, o
Scorpion Verde proporciona economia de combustível, menor emissão
de CO2 e excelente desempenho em solos secos e molhados. A Pirelli
orgulha-se de divulgar que entre suas principais homologações está a
do Pajero Tr4, um veículo que evidencia características únicas desse
pneu, como a menor resistência a rodagem e considerável redução de
peso, quando comparado a produtos semelhantes.
Quanto aos outros seis modelos da linha Scorpion, é muito útil saber
que as aplicações e características de cada um variam de acordo com as
exigências de cada tipo de usuário. O Scorpion Zero, por exemplo, des-
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MIT ParcerIas
taca-se para o uso no asfalto, sem
deixar de oferecer segurança em
condições off-road. Já o Scorpion
Asimmetrico apresenta caracterís-
ticas urbanas, como performance e
controle preciso em alta velocidade.
O Scorpion ATr, por sua vez, tem bai-
xo nível de ruído e desenho especí-
fico de autolimpeza. O MTr, perfeito
para condições extremas em off-road,
destaca-se pela grande resistência
a impactos laterais e por ser desen-
volvido especialmente para atender à
personalização de picapes. Com blocos
intercalados nos ombros e canais laterais,
o MuD oferece alto desempenho em situ-
ações de direção esportiva e de trabalho
em condições adversas de piso, como lama,
areia, cascalho e terra batida.
Conhecer a característica de cada Scorpion
ajuda a entender por que a Mitsubishi escolheu
a Pirelli como parceira e, principalmente, a com-
preender como os campeões da Mitsubishi Cup
conseguem realizar as manobras radicais que fazem
a cada prova. A combinação de carros de alto desempe-
nho com os pneus certos é a chave que garante seguran-
ça e proporciona alto rendimento no uso urbano, competição
ou lazer.
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a satisfação de ser e viver 4x4uMa celebracão dos quaTro anos da ParcerIa enTre o ITaú e a MITsubIshI
MIT ParcerIas
ualidade diferenciada e iniciativas que transformam a
vida das pessoas são características da parceria Itaú e
Mitsubishi. Fundamentamos essa aliança em atitudes
capazes de evolucionar a vida das pessoas, no com-
promisso de ofertarmos atendimento personalizado e
especial aos clientes da marca Mitsubishi, pelo patrocínio e pre-
sença nos ralis e, principalmente, por nosso empenho conjunto
na satisfação de ser e viver 4x4.
optar pelos nossos serviços é escolher a credibilidade e a
segurança de um banco especialista nos assuntos financiamento e
consórcio. assim como a Mitsubishi, o Itaú está usualmente presente
no entendimento das necessidades dos clientes, trabalhando para
superar as expectativas de satisfação. não foi à toa que nos últimos
quatro anos, período dessa saudável e emocionante parceria, o Itaú
participou da venda de dezenas de milhares de veículos Mitsubishi.
É nosso compromisso fazer o melhor pelas pessoas e empresas
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que nos escolheram para ser o parceiro de suas vidas financeiras.
nossa performance está voltada nessa direção. a satisfação, a
proximidade e a transparência no relacionamento com os clientes
são nossas prioridades, nos garantem simplicidade nas soluções
e qualidade na oferta. nossa constante busca pela excelência faz
com que os apaixonados pelos veículos Mitsubishi optem pelo Itaú.
dirigir um Mitsubishi e ser cliente Itaú significa ampliar hori-
zontes, explorar novos rumos e possibilidades. nossa expertise no
mercado automotivo é inspirada pelo estímulo à mudança evoluti-
va. acreditamos em uma sociedade sustentável, consumidora de
crédito consciente e de relacionamento saudável e duradouro com
suas finanças. ser protagonista da própria história, com a crucial
estabilidade do Itaú no mercado financeiro e a potência de um
Mitsubishi nas pistas, é a verdadeira satisfação de ser e viver 4x4.
*Luis Fernando staub, diretor-executivo Itaú unibanco
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MIT ParcerIas
A DuPont™, em parceria com a rT Blindados, apresenta um
novo canal de venda do sistema de blindagem automotiva da
marca: o Espaço Armura®. Especialmente criada para atender
os consumidores interessados em conhecer e adquirir a
tecnologia, a loja é a primeira da marca a comercializar veículos blindados
com DuPont™ Armura® para pronta-entrega, além de oferecer todo
suporte técnico necessário para os clientes que desejam blindar os seus
automóveis. “Trata-se de uma iniciativa inovadora para a companhia
e que objetiva criar um canal aberto com o consumidor, permitindo o
entendimento claro do conceito do produto e de questões relacionadas
com a durabilidade e a performance”, destaca Carlos Benatto, gerente
de DuPont™ Armura®. “isso deve ajudar todos os canais que atualmente
comercializam DuPont™ Armura®, ampliando a nossa participação no
mercado brasileiro de blindagens. Vale ressaltar que o sistema de
blindagem automotiva da DuPont™ oferece a proteção necessária
contra a violência observada nos grandes centros urbanos do país, sem
qualquer prejuízo no desempenho do veículo e de seus componentes.”
Hoje, o mercado brasileiro de blindagens civis é o maior do mundo.
Segundo levantamento conduzido pela Associação Brasileira de
Blindagem (Abrablin), 8.384 veículos foram blindados em 2012, um
crescimento de 2,7% na comparação com 2011, quando o país já havia
batido o recorde no número de carros que receberam a proteção balística.
São Paulo é a cidade que concentra o maior número de blindagens, com
72% de todas as instalações. “O número é um reflexo da preocupação
do brasileiro com a segurança no trânsito, especialmente a violência
que observamos nos cruzamentos. O resultado é uma maior demanda
desse mercado por tecnologias altamente eficazes para blindagem de
veículos”, ressalta Benatto.
Além da possibilidade de comprar um veículo blindado com a
tecnologia da DuPont™, a loja possui consultores capacitados para
identificar a necessidade do cliente e, acima de tudo, apresentar todos
os testes envolvidos no desenvolvimento de Armura®, como a análise
de resistência balística. Os clientes também são convidados a participar
do Armura® Experience, evento especial no qual são realizados testes
balísticos com o produto, demonstrando a performance das tecnologias
utilizadas na blindagem dos vidros e da lataria do veículo.
A loja está localizada na avenida ibirapuera, 2.678, no bairro de
Moema, em São Paulo.
www.armura.com.br
DuPont™ inaugura espaço Armura®LOJA VAi VENDEr VEíCuLOS BLiNDADOS E OfErECEr TODO SuPOrTE TÉCNiCO PArA QuEM DESEJA BLiNDAr SEu CArrO
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desde o seu lançamento, duPonttm armura® contribui para a democratização do mercado brasileiro de blindagens. em 2012, a empresa registrou um crescimento de 68% nas vendas do produto quando o desempenho é comparado ao ano anterior, resultado dos investimentos no lançamento de novos modelos e no desenvolvimento de novos canais de venda junto a blindadoras e
concessionárias. quando analisado o perfil do consumidor, os homens ainda lideram a decisão de compra, representando 76% das vendas de armura®. as mulheres, no entanto, encabeçam o percentual de usuárias – 51% segundo dados da companhia. “a compra é realizada pelos homens preocupados com a segurança de suas esposas e filhos. no entanto, esse cenário vem mudando nos últimos anos, e
a mulher já representa uma parcela importante”, destaca benatto. lançado em 2008, duPont™ armura® foi desenvolvido para atender a demanda do mercado brasileiro por sistemas de proteção balística mais acessíveis, principalmente contra a violência observada nos grandes centros urbanos do país. atualmente, o produto está disponível para 20 modelos de automóveis cujos preços variam
de r$ 21.950,00 a r$ 33.000,00. entre os diferenciais, destaque para: cerca de 90 quilos de peso adicional, não prejudicando o desempenho do veículo e dos componentes propostos pelo fabricante. Instalação simples e rápida. duPont™ armura® não provoca alterações significativas no consumo de combustível. Três anos de garantia com a qualidade e a credibilidade da marca duPont™.
PoPuLarização do mercado de bLindagens
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Ficar frente a frente com gorilas nas florestas de
ruanda. Participar da cerimônia das almas em luang
Prabang, no laos. acampar na imensidão branca do
Ártico em busca da aurora boreal. atravessar de 4x4 as
lagoas coloridas do altiplano boliviano. há poucas experiências
no mundo ausentes do cardápio da Terra Mundi. e, se houver
alguma, é só falar com danilo rondinelli, dono da agência criada
por ele em 2005. “nosso diferencial é fazer viagens totalmente
personalizadas mesmo para os lugares mais exóticos do mundo”,
diz o empresário aos 18 anos de idade resolveu que sua vida
era desbravar outros países e suas culturas.
“antes de fechar o roteiro, nossa equipe conversa com o
cliente para saber o estilo da viagem desejada e quais as expec-
tativas do viajante”, conta danilo. “em determinados casos, vou
pessoalmente à casa dele para mostrar mapas e detalhar o dia
a dia da viagem.” o gosto do empresário por destinos fora da
rota convencional vem desde suas primeiras viagens. “depois de
voltar do Pantanal, fui para o norte da África”, conta. “estávamos
no começo dos anos 90, e viajar por ali não era fácil.” danilo
conseguiu entrar na Tunísia e no Marrocos, mas foi barrado
na fronteira da líbia e da argélia. a jornada marcou o início do
sonho de criar uma empresa que vende viagens de experiência
de forma responsável.
hoje a Terra Mundi cobre quase todo o globo terrestre. Tem
na américa do sul seu principal destino – é especialista em Pa-
tagônia. a África também é especialidade da casa. “da África do
sul a uganda, do Zimbábue à Zâmbia, temos ideias incríveis para
o viajante.” se o desejo é ir mais longe e curtir o próximo verão
na Ásia ou na oceania, danilo tem duas cartas na manga: bali e
nova Zelândia, com direito a 4x4 e viagem de caiaque.
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