mobilização, educação e cidadania brasil...
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exposição itinerante campanha água para vida, água para todos
relatório de atividades
mobilização, educação e cidadania brasil afora
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diretoria
conselho diretor
secretária geral
superintendentes
WWF-Brasil
Dr. Paulo Nogueira Neto · Presidente Emérito
Álvaro de Souza · Presidente
vice-presidentesCláudio Valladares Pádua · ConservaçãoJosé Pedro Sirotsky · Marketing e ComunicaçãoMarcos Falcão · Finanças e ControleMário Augusto Frering · Relações Internacionais
Bia AydarEduardo de Souza MartinsEduardo PlassEverardo de Almeida MacielFrancisco Antunes Maciel MüssnichHaakon LorentzenJosé Eli da Veiga Luís Paulo Saade Montenegro Paulo César Gonçalves EglerSergio Besserman Vianna
Denise Hamú
Carlos Alberto Scaramuzza · Programas TemáticosCláudio Maretti · Programas RegionaisMônica Rennó · Marketing e Relações CorporativasRegina Cavini · Organizacional
O WWF-Brasil é uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, reconhecida pelo governo como instituição de utilidade públi-ca. Criado em 1996 e sediado em Brasília, o WWF-Brasil atua em todo o país com a missão de contribuir para que a sociedade brasileira conserve a natureza, harmonizando a atividade humana com a conservação da biodiversidade e com o uso racional dos recursos naturais, para benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.
O WWF-Brasil também é membro da maior rede ambientalista mundial: a Rede WWF. Criada em 1961, a Rede WWF é formada por organizações similares e autônomas de 40 países, e conta com o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários. Ela atua nos cinco continentes, em mais de 100 países. O secretariado internacional da Rede WWF está sediado na Suíça.
exposição itinerante
campanha água para vida, água para todos
relatório de atividades
mobilização, educação e cidadania brasil afora
WWF-Brasil · novembro de 2007
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Chegamos ao fi nal do primeiro ano da Exposição Itinerante Água para a Vida, Água
para Todos com a sensação de dever cumprido: cerca de 60 mil crianças e ado-
lescentes das cinco regiões brasileiras tiveram a oportunidade de ter um primeiro
contato com a realidade da água no Brasil e com informações importantes sobre a
necessidade de conservação dos recursos hídricos.
A iniciativa foi parte da Campanha Água para a Vida, Água para Todos, conduzida
pelo WWF-Brasil com o objetivo principal de sensibilizar os brasileiros sobre o fato
de que a água é um suporte à vida e não uma mercadoria. Combate ao desperdício,
conservação dos mananciais e democratização do acesso à água foram os focos
da campanha, iniciada em 2003.
Em parceria com a Agência Nacional das Águas (ANA), com o HSBC e com o apoio
fundamental da Iveco – cujo caminhão conduziu a exposição Brasil afora – a mostra
visitou São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Campo
Grande, Brasília, Belém e Salvador.
Procuramos, nesses onze meses, formar e informar, por meio de brincadeiras, jogos,
exposições e muita palestra, os futuros tomadores de decisão. O trabalho, entretan-
to, não se encerrou com a passagem do nosso caminhão. Ao longo de cada mostra,
formamos professores, recreadores e monitores interessados em utilizar, em suas
respectivas escolas e comunidades, os Cadernos de Educação Ambiental, publica-
ção desenvolvidos em parceria com o Programa de Educação Ambiental do WWF-
Brasil. Através dessas pessoas e desse material didático, a Exposição Itinerante teve
inúmeros desdobramentos, multiplicando em muito seus resultados.
Esta revista registra um pouco da riquíssima experiência que foi a primeira viagem
da Exposição Itinerante Água para a Vida, Água para Todos. Procuramos descrever
cada parada do caminhão da Iveco, contar o que aconteceu nas nove cidades do
nosso roteiro, apresentar os profi ssionais envolvidos no projeto, o material didático
e outras ferramentas utilizadas e, com um carinho muito especial, falar do trabalho
de centenas de voluntários de todo o país, sem o qual não teríamos realizado esta
empreitada.
Para nós, do WWF-Brasil, trata-se apenas de um começo. Aprendemos muito, du-
rante este ano, com nossos erros e acertos e estamos prontos e revigorados para
iniciarmos uma nova caminhada, levando a jovens e crianças de todo o Brasil a
mensagem da conservação e do respeito pelo bem maior da vida: a água.
CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA
COM O PÉ NA ESTRADA
Denise Hamú | Secretária Geral | WWF-Brasil
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COM O FUTURO NA BOLÉIA
A carreta estaciona numa grande área pública, de fácil acesso, e se transforma em
galeria com sala de projeção. Em torno dela, uma grande tenda, num total de 200
m2, abriga representações lúdicas das bacias hidrográfi cas brasileiras e dos seres
reais e imaginários que as habitam. Coisas para admirar, brincar e aprender. Assim
é a Exposição Itinerante Água para a Vida, Água para Todos, que fi cou onze meses
na estrada, percorreu mais de 12 mil quilômetros e recebeu 60 mil visitantes em
São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande,
Brasília, Belém e Salvador .
Com projeto da cenógrafa Luciene Greco, a criadora do premiado “Castelo Ratim-
bum”, e jogos pedagógicos desenvolvidos pelo Instituto de Educação e Pesquisa
Ambiental 5 Elementos, a Exposição foi concebida para informar e formar os futuros
tomadores de decisão e é direcionada principalmente para o público infanto-juvenil
dos grandes centros urbanos, que tem pouca vivência com a natureza. Através de
vídeos, fotografi as, representações plásticas e jogos pedagógicos, sempre acom-
panhados de palestras e explicação de monitores, os visitantes conhecem nossos
principais rios, aprendem porque eles dependem das fl orestas, fi cam sabendo como
sofrem com a poluição e discutem soluções sustentáveis. Também são apresenta-
dos aos mitos das águas e à cultura que criou em torno dos rios, lagos e lagoas de
cada região visitada.
E isso é só o começo. O envolvimento dos estudantes que passaram pela exposi-
ção com a educação ambiental continua na sala de aula através dos Cadernos de
Educação Ambiental, um material didático produzido pelo WWF-Brasil destinado
a professores, monitores, recreacionistas, gestores sociais e líderes comunitários
dispostos a disseminar a mensagem da Campanha Água para a Vida, Água para
Todos. São dois volumes: o primeiro, com textos sobre a situação das águas no país,
novas tecnologias limpas, curiosidades e informações que auxiliam na construção
do conhecimento; o segundo com propostas de atividades práticas tanto nas es-
colas como nas comunidades.
Os professores, lideranças e gestores sociais que visitaram a Exposição Itinerante e
receberam os Cadernos de Educação Ambiental deram os passos seguintes: criaram
uma rede virtual de educação ambiental - onde relatam suas experiências e trocam
informação, fortalecendo e garantindo a continuidade do processo defl agrado pelo
WWF-Brasil - e aplicaram os conhecimentos adquiridos em projetos locais, como o
de recuperação do rio Lavapés que apresentamos na página 17.
A viagem, como se vê, está apenas começando. E você está convidado, a partir de
agora, a trilhar os caminhos que escolhemos para o futuro.
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A ESCOLHA DO ROTEIRO
Defi nir o primeiro roteiro da Exposição Itinerante Água para Vida, Água para
Todos não foi, como era de se esperar, tarefa fácil. Num Brasil tão grande,
de tantas necessidades e tanta fome de informação e de conhecimento,
precisávamos escolher apenas nove cidades, que era o limite da nossa ca-
pacidade para a primeira turnê anual. Além dos aproximadamente 25 dias
que a mostra permaneceu em cada localidade tínhamos que considerar o
tempo de montagem, desmontagem e deslocamento da Exposição.
Defi nimos alguns critérios:
O primeiro foi o de que turnê deveria
contemplar as cinco regiões do País.
Afi nal, o WWF-Brasil é a única instituição
que mantém um programa abrangência
nacional voltado para a conservação e
recuperação de mananciais e para a uni-
versalização da oferta de água.
O segundo critério adotado foi o de che-
gar às cidades brasileiras mais vulnerá-
veis aos problemas de abastecimento,
seja pela densidade populacional, seja
pelo baixo índice de IDH, seja pela exis-
tência de confl itos entre usuários.
Também decidimos privilegiar as cidades
onde já atuamos com projetos demons-
trativos, como Campo Grande e Brasília.
Finalmente levamos em consideração
questões logísticas, como distância e
condições das estradas.
Foi assim, nos ressentindo de deixar
muitas demandas para trás, mas segu-
ros de que a viagem continua, que che-
gamos ao desenho fi nal da nossa rota,
que você também percorre a partir de
agora.
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CAMINHOS DA EDUCAÇÃO
Por onde passou, a exposição itinerante “Água para a Vida, Água para Todos”
chamou a atenção não só da população, mas atraiu o interesse de instituições e
veículos de comunicação locais. Com suas atividades, recebeu um público total de
mais de 60 mil pessoas – uma incrível média de mais de 300 visitantes/dia.
BRASÍLIA
SALVADOR
RIO DE JANEIROSÃO PAULO
CAMPO GRANDE
Paran
á
Coru
mbá
Tietê
Paraguai
Urugu
ai
CURITIBA
PORTO ALEGRE
BELO HORIZONTE
BELÉM
Arag
uaia
Amazonas
São Francisco
Iriri
Tapa
jós
Madeira
Purus
Negro
Solimões
Juruá
Xingu
Toca
ntin
s
Mobilização, educação e cidadania Brasil afora:
Mais de 12 mil km percorridos
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O ponto de partida da Exposição Itinerante foi São Paulo. Mais
precisamente o Parque do Ibirapuera, o maior parque urbano
da maior cidade do país, por onde passam mais de 800 mil
pessoas por semana. A grandiosidade dos números aliada ao
nervosismo normal de qualquer estréia produziu o clima de
expectativa, lembrado hoje com orgulho pelos organizadores
do evento:
“Estávamos todos apreensivos, tensos e cansados com os
preparativos dos dias anteriores”, relata Michel Rodrigues, Co-
ordenador da Exposição. “O que poderia sair errado? Aquele
era o momento mais importante da campanha em 2006!”.
E nada deu errado. A inauguração foi um sucesso, com
grande repercussão na mídia, e cerca de 10.500 visitantes
passaram pelo local durante os 36 dias que a Exposição Iti-
nerante permaneceu no parque paulistano.
Além da equipe fi xa e dos monitores contratados em nível
local, a Exposição Itinerante contou, em São Paulo, com a par-
ticipação determinante de 63 voluntários. Foram distribuídos
270 Cadernos de Educação Ambiental para serem utilizados
especialmente dentro das escolas. Esses resultados foram
possíveis também graças a apoiadores locais do projeto,
como o Hospital Sírio-Libanês. Flávio Alvarez explica porque
a instituição resolveu participar do projeto:
“Quando fomos convidados a participar dessa atividade em
São Paulo, achamos interessante a proposta de iniciar nas
crianças essa consciência ambiental, que ainda é pequena na
nossa sociedade. E sabemos que as crianças são os maiores
multiplicadores deste tipo de idéia”.
A exposição do Ibirapuera contou ainda com o apoio da
Prefeitura de São Paulo, das secretarias municipais do Verde
e do Meio Ambiente e das secretarias de educação do Estado
e do Município.
A primeira parada do caminhão da Iveco prenunciou o que
seria a turnê: um grande movimento solidário pela vida.
Mauro Arce (Sec. Est. M. A. SP), Hélio Duarte (HSBC), Denise Hamu e Álvaro de Souza (WWF-Brasil), José Machado (ANA), Eduardo Jorge (Sec. Mun. M. A. SP), Jorge García (IVECO),
Luiz Alexandre (IVECO)
Os 10.927.985 habitantes da metrópole são abastecidos pelas represas Guarapiranga, Billings e Jaguari/Jacareí, do sistema
Cantareira além da bacia do Piracicaba, de onde a cidade já importa metade da água que consome. A coleta de esgoto
atende a 90% da população.
São Paulo · Parque do Ibirapuera
Sucesso da estréia prenunciou os bons resultados da turnê
Maracatu no Lançamento da Exposição Outdoor ambulante: vista lateral da carreta
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Dentre as nove cidades visitadas, Curitiba foi a única que teve
duas montagens da Exposição Itinerante. Antes de chegar ao
Parque Birigui, onde permaneceu por 29 dias e recebeu cerca
de 5.500 pessoas, o caminhão da Iveco e sua bela carga fi ze-
ram uma breve escala de quatro dias no Centro de Conven-
ções, onde se realizava a Oitava Reunião da Conferência das
Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, conhecida
como COP8.
A ministra do Meio Ambiente Marina Silva aceitou o convite
da secretária-geral do WWF-Brasil Denise Hamú e inaugurou
a exposição no dia 21 de março, antecipando as comemora-
ções do Dia Mundial do Meio Ambiente, que seria celebrado
no dia seguinte.
“O Brasil tem 13,7% da água doce do mundo e, por isto, é
muito importante a conscientização, sobretudo das crianças,
a respeito deste recurso natural que movimenta toda a nossa
economia”, afi rmou a ministra.
Depois da breve solenidade, Marina Silva assumiu a moni-
toria do primeiro grupo de crianças curitibanas que visitaram
a Exposição. Ela conversou sobre a importância dos rios e
lagos para o bem-estar social e a qualidade de vida e ajudou
a esclarecer algumas dúvidas dos pequenos visitantes. Ao fi -
nal deixou o seu recado no Espaço Arte das Águas, assinado
embaixo:
“Que a água da vida nos permita ter vida em abundância,
como falou aquele que se intitulou como Água Viva”. Marina
Silva, Ministra do Meio Ambiente.
Durante o tempo que permaneceu no COP8 a Exposição
recebeu 400 visitantes.
Na passagem por Curitiba a Exposição Itinerante treinou 49
voluntários do Centro de Voluntariado de Curitiba e do HSBC
e contou com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, do
Ibama e das secretarias municipais e estaduais de Meio Am-
biente e de Educação.
Com 1.313.094 habitantes, Curitiba já tem um défi cit de abastecimento de água estimado em 20%, problema que se agra-
va a cada dia com a poluição dos seus principais mananciais, os rios Iraí, Piraquara e Passaúna. O sistema de coleta de
esgotos atende 99,61% dos domicílios.
Curitiba · Centro de Convenções | Parque Barigüi
Michel Rodrigues, Ministra Marina Silva e Denise Hamú no Dia Mundial da Água em Curitiba
Exposição celebra o Dia Mundial da Água e recebe visita de Marina Silva
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locais que fi zeram intervenções na cidade utilizando a água como tema.
Com tanta gente envolvida é claro que a Exposição Itinerante ganhou
destaque na programação de eventos de Porto Alegre e alcançou grande
visibilidade na mídia local.
Porto Alegre · Usina do Gasômetro
Rio de Janeiro | Jardim Botânico
Instalada no maior cartão postal de Porto Alegre, a
Usina do Gasômetro, a mostra foi aberta pelo se-
cretário de Meio Ambiente Beto Moesch e atraiu
mais de cinco mil visitantes na capital gaúcha, onde
os parceiros locais fi zeram, de fato, a diferença.
Além de órgãos públicos – o Departamento de
Limpeza Urbana de Porto Alegre e as secretarias
municipais e estaduais de Meio Ambiente, Educa-
ção e Cultura – a participação de organizações so-
ciais e comunitárias também foi muito expressiva.
A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária
(ABES), os comitês de bacias hidrográfi cas dos
rios Sinos e Guaíba e ONGs locais como a Igré tra-
balharam efetivamente para a realização do even-
to. Também foi em Porto Alegre que as as Lojas
Renner, do Clube Corporativo do WWF-Brasil, se
integraram como parceiras do projeto e daí para
frente passaram a patrocinar a confecção de unifor-
mes para os monitores, brindes para os visitantes
e os panfl etos utilizados em todo o percurso da
exposição. Isso sem contar com os muitos artistas
Com população de 4,1 milhão de habitantes, é a maior região metropolitana do sul do país. Praticamente todos os domicílios
(99,5%) recebem água tratada e 92% possuem coleta de esgotos. Seu principal manancial é rio Guaíba.
Das 6.094.183 pessoas que residem na região metropolitana, 5% ainda não têm abastecimento de água e 55% estão fora
da rede de coleta de esgotos. Os principais mananciais são os rios Paraíba e Guandu.
A quarta parada da Exposição Itinerante foi no
histórico Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde
serviu de belo palco para as comemorações do Dia
Mundial do Meio Ambiente.
Parceiros como o próprio Jardim Botânico, as se-
cretarias de Educação e Meio Ambiente do Estado
e do Município e o Núcleo de Educação Ambiental
somaram esforços e permitiram ao WWF-Brasil re-
ceber 7.040 visitantes na mostra e realizar cursos
de capacitação para educadores continuarem o
trabalho de conscientização dentro das escolas,
utilizando os Cadernos de Educação Ambiental.
Mais de setenta pessoas trabalharam no evento
como voluntárias.
A participação dos cariocas foi tamanha que che-
gou a interferir ao próprio conteúdo da Exposição:
além de tudo o que já trazia dentro do caminhão, a
“Água para Vida, Água para Todos” foi enriquecida,
no Jardim Botânico, por ofi cinas ministradas por
artistas e educadores onde os visitantes puderam
Cidade Maravilhosa no Dia Mundial do Meio Ambiente
Parceiros locais mobilizam a comunidade e multiplicam resultados
se iniciar em cenografi a e construção coletiva de maquetes sobre o meio
ambiente e na arte de contar histórias adaptando os mitos colhidos nas
12 regiões hidrográfi cas do país. Tudo isso por conta de voluntários!
Exposição Itinerante na Usina do Gasômetro, às margens do Guaíba
Trabalho Voluntário no Rio de Janeiro - Dia Mundial do Meio Ambiente
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Com 2.051.141 habitantes, a rede de abastecimento de água atende a 99% da população e a de esgoto a 93%. Tem o maior
consumo de água per capita do País: 600 litros/dia, e se abastece principalmente dos rios Descoberto e São Bartolomeu.
Belo Horizonte | Parque das Mangabeiras
O Parque das Mangabeiras, encravado no coração de Belo Horizonte,
foi o local escolhido para abrigar a Exposição na sua passagem pelas
alterosas. As visitas à Exposição foram bem além das agendadas nas
escolas. Ao todo ela recebeu, durante os 27 dias em que permaneceu na
capital mineira, 7.800 visitantes, recepcionados não só pelos monitores
mas também por dezenas de voluntários treinados pelos coordenadores
do evento.
Desde a abertura a Exposição foi um evento marcante para a capital
mineira. Dois jovens talentos da cidade utilizaram a técnica do grafi te, tão
presente nos centros urbanos, para discutir o tema água em painéis que
passaram a integrar a Exposição, ganhando espaço dentro do caminhão
e visitando os outros estados que ele percorreu. O Coral da Copasa tam-
bém emocionou os participantes da solenidade de abertura.
Parceira tradicional do WWF-Brasil, com que realizou em 2005 a Mostra
de Boas Práticas de Saneamento, a Copasa – empresa pública respon-
sável pelo abastecimento de água e esgoto em BH – participou de mais
essa iniciativa junto com as secretarias municipais de Meio Ambiente e
Educação e o Projeto Manuelzão, da UFMG.
Os monitores e voluntários da edição mineira também ganharam um
presente especial: uma caminhada à Serra do Curral, importante marco
geográfi co da capital mineira.
Da população de 2.399.920 de habitantes 99,3% recebe água tratada e 93% é atendida pelo sistema de coleta de esgotos.
Seus principais mananciais são os rios Barreirão e das Velhas, o Córrego do Cercadinho e a represa Vargem das Flores.
Música, grafi te e caminhada para reverenciar a Água
Brasília | Jardim Zoológico
Na sua sexta escala a carreta do WWF-Brasil estacionou no Jardim Zoo-
lógico de Brasília e abriu sua boléia mágica com um objetivo adicional e
especial: comemorar os dez anos do WWF-Brasil como uma organização
não governamental nacional. A coincidência da data fez da abertura da
Exposição Itinerante um grande evento com a participação, entre outras
autoridades, da Secretária Geral Denise Hamú e dos coordenadores e
técnicos de todos os programas desenvolvidos pela entidade, de direto-
res da ANA e da Secretaria de Recursos Hídricos e de parceiros locais,
como a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Ca-
esb), do Jardim Zoológico de Brasília e do Consórcio Intermunicipal do
Alto Tocantins (Conagua).
Em sua parada na Capital Federal a Exposição Itinerante recebeu 7.758
visitantes e contou com grande participação. Até escolas de Alto Paraíso,
cidade goiana distante 200 quilômetros de Brasília, levaram alunos para
visitar a Exposição, que contou com o trabalho de 46 voluntários.
A parceria com a Secretaria de Educação também multiplicou subs-
tancialmente o alcance da Exposição Itinerante distribuindo os folhetos
sobre o evento em todas as escolas públicas de primeiro grau do Distrito
Federal e cidades do Entorno, que incluíram a água entre os temas de
discussão e estudo dos alunos.
Exposição comemora os dez anos do WWF-Brasil
Comemoração dos 10 anos WWF-Brasil - Elefante “Tromba D’água”
Arte em grafi te em Belo Horizonte
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Campo Grande | Parque das Nações Indígenas
Capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande recebeu a
Exposição Itinerante no Parque das Nações Indígenas. A mo-
bilização na cidade foi grande desde os preparativos e pre-
nunciou o grande interesse que o evento despertaria na po-
pulação, traduzido no signifi cativo número de 6.700 visitantes
agendados. Na edição de Campo Grande, a Exposição do
WWF-Brasil contou com o apoio de diversos agentes locais,
como as secretarias Municipal e Estadual do Meio Ambiente,
a Secretaria Estadual de Educação, a ONG Ecoa, o CIDEMA,
o Parque das Nações Indígenas e outros atores engajados no
movimento socioambientalista da cidade e região.
A receptividade da Exposição entre os visitantes foi tanta
que uma escola do município de Bela Vista reuniu um grupo de
20 alunos, em sua maioria da zona rural, e enfrentou mais de
400 quilômetros de estrada até Campo Grande para visitá-la.
Um concurso de redação e desenhos realizado entre cerca de
três mil alunos de primeiro grau de Campo Grande também
confi rmou a efi ciência da mostra: os 20 premiados haviam
visitado a carreta.
A população de 800.356 habitantes é abastecida com águas dos rios Guariroba, Lajeado e Desbarrancado e de captações
subterrâneas, especialmente o aqüífero Guarani. 98% da população recebe água tratada e 21% dos domicílios estão co-
nectados à rede de esgoto.
Para o sonho de saber não tem distância
Belém | Praça D. Pedro II
A parada seguinte da carreta do WWF-Brasil foi Belém do Pará,
uma experiência fascinante para os organizadores da Expo-
sição Itinerante já a partir do percurso de três mil quilômetros
desde Campo Grande. Em cinco dias de viagem, a trupe do
WWF-Brasil cruzou o país atenta aos detalhes e à mudança de
paisagem, que descortinava um Brasil bem diferente do que
fora visto até ali. O maior impacto foi a abundancia de água e
a relação dos amazônidas com ela.
Presente no cotidiano da população, a água, na Amazônia,
é também o habitat dos seus mitos e menção obrigatória em
praticamente todas as manifestações culturais, como as músi-
cas e danças folclóricas apresentadas na abertura do evento.
O WWF-Brasil contou com o apoio da Prefeitura, Sec. Munici-
pal de Educação e Meio Ambiente, AMA Belém, Faculdade do
Pará e especial contribuição do Projeto NoOlhar.
O destaque da Exposição Itinerante na sua edição paraense
também se relacionou com a natureza da região, cortada por
rios caudalosos que muitas vezes impõem o isolamento de
populações ribeirinhas. Foi de uma delas, a Ilha da Várzea,
que veio o grupo de visitantes que mais emocionou os orga-
nizadores do evento. Eram 80 crianças de uma comunidade
Da população de 1.186.926 habitantes, 1.100.000 recebem água tratada. O primeiro sistema de tratamento de esgotos
começou a ser implantado em 2001 e vai benefi ciar 495.000 habitantes. O principal manancial é o rio Guama.
Belém: os meninos do rio.
de pescadores e extratores de açaí, que percorreram 60 qui-
lômetros de barco para participar das atividades. Muitos deles
nunca tinham ido à Belém.
Na capital paraense a Exposição recebeu mais de 5200 visi-
tantes, sendo 4100 com visitas agendadas pelas escolas.
Outro destaque foi a visita de grupos de defi cientes auditi-
vos, portadores da Síndrome de Down e idosos, todos acom-
panhados por monitores e voluntários especializados para um
melhor recebimento dos visitantes.
Espaço receptivo da exposição
Carimbó: dança folclórica da região
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Salvador | Parque Pituaçu
Da abundância amazônica, a carreta da Exposição Itinerante
tomou o rumo da paisagem árida do sertão nordestino para
fazer sua última parada de 2006 em Salvador. Encerrava o ro-
teiro com o alerta para a necessidade, tão visível no Nordeste,
de preservar nossos mananciais e garantir água de qualidade
para o consumo de todas as pessoas e para todas as neces-
sidades de produção.
Desde a abertura, dia em que recebeu 400 alunos da rede
municipal de ensino, a mostra “Água para a Vida, Água para
Todos”, instalada no Parque Metropolitano do Pituaçu, mobi-
lizou a cidade. Em parceria com o governo municipal, espe-
cialmente com a Secretaria de Educação, a equipe do WWF-
Brasil recebeu 4.700 estudantes e capacitou 80 professores
para utilizarem os Cadernos de Educação Ambiental em sala
de aula.
Para o gerente da Exposição, Ramon Bicudo, o encerramen-
to da mostra em Salvador confi rmou a efi ciência e o sucesso
do projeto no cumprimento de seus objetivos de conscientizar
os futuros tomadores de decisão, mobilizar a sociedade como
um todo para o problema da escassez de água e mostrar o
que cada um pode fazer para enfrentá-lo.
“Cada um tem sua parte no processo. As pessoas sabem
da importância do tema e dos problemas, mas não sabem re-
solvê-los. Nosso intuito foi apontar caminhos e mostrar como
cada um pode fazer sua parte”, afi rma Bicudo.
Dos 3.562.683 habitantes, 98% recebem água tratada e 50% são servidos por esgotos, com previsão de chegar a 80% com
o projeto Bahia Azul, em curso. Os principais mananciais são os rios Joanes, Jacuípe, Pojuca, Pituaçú e Cachoeira.
No destino fi nal, um alerta para os risco da escassez
Alunos da rede de ensino de Salvador
Maquete de uma bacia hidrográfi ca preservada. Homem e meio-ambiente juntos e sem degradação
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CADERNOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
UM CHAMADO À CRIATIVIDADE E À AÇÃO
Os Cadernos de Educação Ambiental Água para Vida, Água para Todos
buscam não só informar, mas preparar indivíduos para arregaçar as mangas
em defesa dos recursos hídricos no Brasil.
A mensagem da Exposição Itinerante Água para Vida, Água para Todos
não se esgota na visitação dos estudantes. Ao contrário, a mostra é ape-
nas o início de um processo de sensibilização que se prolonga na for-
mação de reeditores* socioambientais. Visando este outro público alvo,
o WWF-Brasil concebeu e editou os Cadernos de Educação Ambiental,
uma poderosa ferramenta de campanha e educação aque acompanha a
exposição e estimula educadores, professores, monitores, recreacionis-
tas, gestores sociais e líderes comunitários a desenvolverem planos de
ação em suas localidades por meio das informações e idéias “plantadas”
em cada cidade visitada.
Distribuídos aos professores que acompanharam as turmas de visitantes
e apresentados detalhadamente nos cursos de formação oferecidos du-
rante as nove paradas da mostra, os Cadernos se caracterizam por uma
metodologia inovadora, que permite vários tipos de leitura adaptando-se
a diferentes faixas etárias e realidades sociais.
São dois volumes, o “Livro das Águas” e o “Guia de Atividades” que, por
complementares, devem necessariamente caminhar lado a lado. O pri-
meiro reúne textos sobre a situação das águas no país e tem por objetivo
estimular a pesquisa, a vontade de buscar mais conhecimentos sobre
o assunto e o anseio em participar no cuidado e gestão dos recursos
hídricos. Apresenta ainda curiosidades e informações que auxiliam na
construção do conhecimento.
O segundo caderno sugere uma série de ações e práticas que estimulam
a aplicação do conhecimento, além de despertar a criatividade ao lidar
com questões ambientais. As atividades propostas vão desde jogos lú-
dicos, exercícios e experiências simples até o passo a passo para inter-
venções em comunidades e sugestões de caminhos para a realização de
campanhas em defesa das águas.
Os reeditores que desejem usar os Cadernos são orientados para, depois
de escolher um dos temas abordados, cumprir as etapas de sensibiliza-
ção, pesquisa, criação e mobilização do grupo que está sendo trabalha-
do. O objetivo é envolver as pessoas no processo de aprendizagem e no
querer trabalhar para ver acontecer. Não só participar do projeto, mas
estar dentro dele. “Toda essa interação é muito efi caz na fi xação dos
conceitos que queremos passar sobre a questão dos recursos hídricos no
Brasil”, acredita Denise Hamú, Secretária Geral do WWF-Brasil.
Para Larissa Costa, coordenadora do Programa de
Educação Ambiental do WWF-Brasil à época em
que o projeto foi desenvolvido, os Cadernos apre-
sentam “uma proposta pedagógica inovadora e ex-
tremamente abrangente”, o que permite que eles
sejam utilizados em todas as regiões do país, que
se caracteriza por condições ambientais e realida-
des sócio-econômicas absolutamente distintas.
E, apesar da distribuição dos cadernos ser voltada
prioritariamente aos educadores e formadores de
opinião, qualquer um que se interesse e queira se
aventurar pelo tema tem acesso garantido ao ma-
terial. Todo conteúdo da publicação foi adaptado
para a internet e se encontra disponível no endere-
ço: http://cadernoaguas.wwf.org.br/inicio.php
“Esperamos que os cadernos realmente inspirem
pessoas de todas as partes a desenvolver proces-
sos educativos, elaborar e participar de campa-
nhas, criar grupos de ação pelo meio ambiente e
agir pela melhoria da qualidade ambiental e de vida
no seu próprio espaço”, explica Larissa.
* O reeditor socioambiental é aquele que é capaz de ab-
sorver a informação oferecida e readequá-la para seu pú-
blico alvo, a partir de seu conhecimento e experiência.
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17O Ribeirão Lavapés é um dos inúmeros cursos d’água que alimen-
tam o rio Tietê, em São Paulo, hoje não só de água, mas também
de esgoto doméstico, poluentes industriais e terra das margens
já desnudadas da mata ciliar. O Lavapés nasce no município de
Botucatu e metade dele corre dentro da área urbana onde, como
tantos outros, sofreu as pressões de um desenvolvimento desor-
ganizado e hoje absolutamente insustentável.
Foi sobre essa realidade que o biólogo Ramon Bicudo resolveu
interferir. E o que era, no princípio, uma iniciativa individual, to-
mou forma de um projeto com a chancela da Secretaria de Meio
Ambiente de Botucatu. A Expedição Lavapés, que já apresenta
os primeiros resultados, objetiva garantir a qualidade do rio por
meio de um processo participativo de revitalização, onde todos os
interesses sejam valorizados e ponderados, tanto na área urbana
como na área rural.
“O Ribeirão Lavapés é parte da cidade e carrega consigo a his-
tória do povo botucatuense. Revitalizá-lo signifi ca revitalizar o
próprio povo e dar à cidade maior qualidade de vida”, justifi ca
Bicudo.
A Expedição Lavapés já estava se desenhando e atraindo par-
ceiros no poder público, na iniciativa privada, nas concessioná-
rias responsáveis pelo saneamento básico da cidade, na rede
de ensino e pesquisa e nas organizações sociais quando Bicudo
se engajou na Exposição Itinerante Água para Vida, Água para
Todos e pode constatar, na prática, a sinergia que guardavam as
duas iniciativas. Muitas das experiências, dos conhecimentos e
do material didático que Ramon recolheu na turnê serviram como
luva para a realidade da sua Botucatu.
A TEORIA NA PRÁTICA
“Uma das atividades propostas nos Cader-
nos de Educação Ambiental visa exatamen-
te a organização de projetos de revitalização
de rios e estamos podendo aplicar muitas
das sugestões da publicação aqui na rea-
lidade do Lavapés. Também agregamos o
Jogo das Bacias Hidrográfi ca, que era uma
peças da exposição, ao nosso projeto edu-
cativo e estamos levando a atividade para
dentro das escolas. Isso sem contar todo
o conhecimento que eu adquiri e a capa-
citação que recebi, até de manusear uma
máquina fi lmadora, e que agora estou colo-
cando à disposição da minha comunidade,
da região em que eu atuo”, relata o ambien-
talista. E conclui:
“Todo esse trabalho está conectado. A Ex-
posição Itinerante e a própria Campanha
Água para Vida, Água para Todos, não são
uma invenção de gabinete para inglês ver. É
um trabalho de conscientização e formação
dos futuros tomadores de decisão e é tam-
bém um suporte para iniciativas regionais
que felizmente começam a se desenvolver
em vários cantos do País”.
18
VOLUNTÁRIOS DE UM MUNDO MELHOR
SEMPRE FAZEM A DIFERENÇA
Esses ideais formaram a mola propulsora para a participação
de mais de 230 voluntários ao longo de todo o trajeto da Ex-
posição Itinerante no país.
A partir da necessidade de informar a população brasileira
para a preservação do rico patrimônio do país, que possui
13,7% do total de reservas de água doce do planeta - um
orgulho para todos nós - , a Exposição contou com a impor-
tante ajuda de voluntários que, de forma prazerosa, doaram
seu tempo, seu trabalho e seu talento para a disseminação de
informações sobre a importância desses recursos.
Enriquecendo e complementando o trabalho dos monitores da
Exposição em cada cidade, as tarefas das equipes de volun-
tários locais, formadas por pessoas tão heterogêneas quanto
motivadoras, iam desde a distribuição de panfl etos e a divul-
gação do WWF-Brasil, conquistando novos associados para a
entidade, até trabalhos dentro da própria Exposição, realizan-
do jogos educativos e atividades pedagógicas voltadas para
o tema água. Tudo de maneira muito divertida.
Os voluntários são reeditores que, com vontade e comprome-
timento, ampliam de modo extraordinário o alcance de ações
e informações.
Simples sonho de transformação para um mundo melhor
ou real comprometimento com a conservação da vida no Planeta?
As duas coisas, provavelmente.
“Sem a participação e contribuição destes reeditores em cada
cidade, teria sido impossível atendermos aos mais de 60.000
visitantes que recebemos durante todo o projeto e associar-
mos os mais de 160 novos membros que conquistamos para
o WWF-Brasil em todo o País”, ressalta Laís Vasconcellos,
técnica do Programa de Águas que acompanhou o trabalho
das equipes locais.
O trabalho dos voluntários é uma prática valorizada por toda
a Rede WWF. No Brasil, ele começou com um projeto-pilo-
to, que avançou e amadureceu com a trajetória da Exposição
Itinerante. A ajuda dos Centros de Voluntariado das cidades
de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte foi
determinante neste processo. Os centros gentilmente colabo-
raram divulgando o projeto em suas cidades, participando de
palestras conjuntas com o WWF e cedendo suas salas para
a realização de reuniões para o treinamento e mobilização de
voluntários locais.
Para os voluntários os benefícios também são enormes: exer-
citaram a cidadania, sentiram-se atuantes e engajados, des-
cobriram novas potencialidades, venceram desafi os e ainda
aumentaram a rede de contatos dentro da organização e na
comunidade, conforme eles próprios avaliaram.
Grupo de voluntários após capacitação. Equipe de Belo Horizonte
19
HISTÓRIA DE UM GESTO VOLUNTÁRIO
Cada um dos 230 voluntários que acompanharam a empreitada do WWF-Brasil na primeira turnê
da Exposição Itinerante Água para Vida, Água para Todos tem uma história para contar. Escolhe-
mos a de Silvio Ricardo Carvalho, por meio de quem homenageamos a todos que emprestaram
tempo, força de trabalho, inteligência e criatividade para o sucesso de mais esse projeto.
Perguntado onde tudo começou, a memória de Silvio, hoje com 33 anos, lhe remete a uma cena
da infância: uma frondosa gameleira na fazenda da família, no município goiano de Quirinópolis,
e o orgulho de saber que foi seu pai quem a plantou. Com a intuição que brinda as crianças, o
pequeno Silvio fi xou duas informações que até hoje lhe orientam: a natureza é forte e poderosa
como aquela árvore magnífi ca se os homens forem generosos e cuidadosos com ela, como foi
seu pai.
O episódio emblemático forjou em Silvio Carvalho uma personalidade que surpreendeu até seu pai
quando, antes dos 20 anos ele voltou para Quirinópolis para assumir os cuidados das terras da
família. A primeira coisa que fez foi plantar um fl amboyant, hoje igualmente frondoso e admirado
por seus fi lhos. A segunda foi enfrentar de peito aberto as carvoarias que queimavam indiscrimi-
nadamente o cerrado e feriam de morte o ecossistema da região.
Muitas nascentes haviam desaparecido e nos mananciais que resistiam a água escasseara. Era
hora de agir, e ele começou pela recuperação das nascentes da sua própria fazenda. Passou a
recolher o lixo da propriedade e levar para os lixões, deixando de lado as velhas práticas de queima
ou de jogar tudo em voçorocas. O passo seguinte foi pedir espaço em rádios locais para incentivar
outros fazendeiros a fazerem o mesmo.
Seguindo sua trajetória fi liou-se ao WWF-Brasil, aprofundou seus conhecimentos sobre o cerrado
e recebeu apoio e material da entidade para difundir suas idéias conservacionistas em toda a re-
gião. E foi além! Chegou ao Congresso Nacional, onde teve a oportunidade de, numa conferência
sobre o meio ambiente, chamar a atenção das autoridades federais para os problemas da sua
pequena Quirinópolis.
Convidado pela equipe do WWF-Brasil Silvio aceitou, com prazer, se integrar à trupe da Exposição
Itinerante durante sua passagem por Belo Horizonte. “Até hoje recebo cartas de visitantes que
nem conheço, contando que a exposição mudou a vida deles. Isso me enche de satisfação, não
tem preço”, garante.
Silvio como tantos voluntários atraídos pelo projeto do WWF-Brasil, tem consciência do tamanho
da empreitada em que se meteu, mas também sabe os benefícios que ela traz para todos.
“Se quiser, a pessoa pode sair da mesmice e fazer algo, deixar uma história para as próximas
gerações”, ensina com a autoridade de um voluntário.
20
PARCERIAS EM DEFESA DA VIDA
Projeto inovador e ousado em forma, conteúdo, abrangência e alcance, a Exposição Itinerante
Água para Vida, Água para Todos só foi possível porque contou, desde a primeira hora, com
parceiros que apostaram na viabilidade da idéia e acreditaram na capacidade de mobilização
e realização da equipe do WWF-Brasil. É com muita satisfação e orgulho que apresentamos,
abaixo, os patrocinadores do evento. E aproveitamos para lembrar também a participação dos
órgãos públicos, instituições, empresas e organizações da sociedade civil que somaram esfor-
ços a cada parada mostra, contribuindo decisivamente para o sucesso desta empreitada.
Banco HSBCO programa “Investindo na Natureza”, do Banco HSBC, foi fi rmado em fevereiro de 2002 com
três ONGs mundiais de proteção ao meio ambiente: WWF, Earthwatch e Botanic Gardens. Foi
prevista a distribuição de US$ 50 milhões em cinco anos e o treinamento em conservação de
recursos naturais de dois mil funcionários do banco no mundo todo. Com o WWF, o foco está
no Programa Global de Água Doce que, no Brasil, insere o Programa Água para a Vida. Aliás, a
preocupação com o meio ambiente sempre esteve presente na história do Grupo HSBC.
Agência Nacional das Águas (ANA)Criada em julho de 2000 como entidade reguladora vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, a
Agência Nacional das Águas (ANA) tem como atribuição conceder licenças ou outorgas para o
uso da água nos rios de domínio da União. Também deve fi scalizar o uso dos recursos hídricos;
implantar e efetuar a cobrança por esta utilização em parceria com os Comitês e Agências de
Bacia; planejar e promover ações com vista aos efeitos de secas e inundações; e implantar e
gerir o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos.
IVECOUma das maiores fabricantes de veículos de transporte rodoviário do mundo, a IVECO tem
na proteção ambiental um de seus valores fundamentais. Investimentos no desenvolvimento
tecnológico permitem à empresa construir máquinas ambientalmente corretas: com efetiva
redução do consumo de combustível e da emissão de gases poluentes e diminuição dos níveis
de ruído. A IVECO, que cedeu o caminhão que transportou a exposição “Água para a Vida,
Água para Todos”, emprestou seu know-how para encurtar distâncias e facilitar o acesso de
toda a estrutura até as cidades visitadas.
Renner Orientada pela responsabilidade social e ambiental, como consta na sua declaração de prin-
cípios empresariais, as Lojas Renner não se limitaram a apoiar fi nanceiramente a Exposição
Itinerante, fornecendo os uniformes para os colaboradores, material impresso para divulgação
e brindes para os visitantes. A rede varejista adotou a campanha Água para a Vida, Água para
Todos e levou o seu conceito para suas próprias peças publicitárias e para dentro de suas 87
lojas, envolvendo funcionários e clientes de todas as regiões do país.
21
A ÁGUA GANHA ESPAÇO EM HORÁRIO NOBRE
Em todas as suas paradas, a Exposição Itinerante atraiu grande interesse da
comunidade e foi amplamente noticiada pela mídia, que também fez a sua parte
divulgando o evento e convidando o público a participar. A água virou assunto
do horário nobre. Veja trechos de algumas das matérias que foram veiculadas
pelas principais emissoras de TV do País.
“Com brincadeiras e gincanas, milhares de crianças em todo
o país aprendem a importância de se preservar a água: Assim,
em miniatura, fi ca mais fácil de se ver tudo. E eles vão conhe-
cendo as vantagens da cidade ideal: rios limpos, morros deso-
cupados. Depois é a vez do cerco às cidade proibida, aquele
lugar que não serve para viver...Esta é a primeira parada da
exposição itinerante que vai percorrer onze estados até o fi nal
do ano. (...) É um jeito gostoso de aprender a valorizar o nosso
meio ambiente que guarda a maior reserva de água do planeta.”
Maria Cristina Poli, Jornal Nacional, 11/02/2006
“Quando chegam aqui eles (os pequenos visitantes) até ten-
tam explicar o que é preciso fazer para ter água limpa. Pre-
servar, cuidar, conservar mais á água, a natureza. Não poluir
os rios... Aos poucos vão aprendendo mais. Conhecem os
problemas causados pela falta de planejamento e ação do ho-
mem. Também qual a cidade ideal para se viver com qualida-
de. No meio do caminho assistem a um desenho, participam
de jogos, aprendem brincando”.
Willian Corrêa, DF TV. Rede Globo, Brasília, 12/08/2006
“No zoológico de Brasília uma exposição ensina de forma
bem divertida como é importante cuidar desse nosso planeta
água. Para crianças e adolescentes fi ca fácil aprender a lição...
Jogos e vídeos interativos, perguntas e respostas sobre as
regiões hidrográfi cas... A brincadeira continua na sala da mi-
tologia. Mais surpresas. Aqui os sentidos são testados, visão,
audição tato. Um instrutor borrifa água que simula o cheiro das
fl orestas. Na Exposição do WWF as crianças aprendem que o
principal manancial de abastecimento do DF é o rio Descober-
to e que o índice de desperdício de água é grande.”
Simone Garcia, BandCidade. TV Band, Brasília, 17/08/2006
“Por ser itinerante a exposição passa. Mas a idéia é que o
conhecimento fi que e não só para os alunos. Todas as escolas
que visitam a exposição recebem os Cadernos de Educação
Ambiental. Isso vai favorecer que se amplie os conhecimentos
sobre as questões da água no país e se dê recursos aos profes-
sores para trabalharem a temática água dentro das escolas”.
Repórter Eco. TV Cultura, São Paulo, 17/03/2006
“Uma carreta e uma tenda de 160 m2. Nelas uma exposição
para sensibilizar jovens e crianças para a questão da água no
Brasil e no mundo.(...) Os jogos e as brincadeiras informam so-
bre os problemas e as soluções para os recursos hídricos.”
Ana Carla Mourão, Jornal Minas
Rede Minas, Belo Horizonte (data abertura BH)
“Uma exposição que percorre todo o Brasil foi aberta hoje na
capital. A mostra sobre a importância da água para a vida está
no Parque das Mangabeiras. Mais do que ver os visitantes po-
derão ter acesso a informações sobre a importância da água
e sua conservação”.
Eudes Jr, MG TV. Rede Globo, Belo Horizonte, (abertura BH)
“O Brasil possui a maior reserva de água doce do planeta, mas
com a intensa degradação do meio ambiente esse recurso
fi ca ameaçado provocando conseqüências graves como 40
milhões de brasileiros sem acesso a água de boa qualida-
de, problema responsável por mais de 70% das internações
hospitalares de crianças no país. Para tentar reverter essa si-
tuação a ONG WWF-Brasil lançou hoje em Belo Horizonte a
campanha Água para a Vida, Água para Todos . O objetivo é
informar e mobilizar adultos e criança sobre a preservação do
recurso natural.”
Fernanda Penna. TV PUC, Belo Horizonte
Samuel Barreto – Coordenador do Programa Água para Vida
22
UM CAMINHÃO DE RAZÕES
PARA SE JUNTAR A ESTA TRUPE
Veja o que dizem sobre a Exposição Itinerantes realizadores, apoiadores, monitores
e voluntários, algumas das pessoas que somaram esforços para realizar o projeto
Michel Rodrigues · WWF-Brasil
“O projeto começou em uma reunião informal e passou por di-
versas etapas até chegar à fase de execução – contratação de
fornecedores, cenografi a, a parte pedagógica, toda a estrutura
montada, capacitações para monitores e voluntários... Foi um
processo delicado, mas sua grande receptividade e repercus-
são sugerem que ele deve se estender até mesmo por mais
alguns anos, aperfeiçoando-se, modifi cando a abordagem e
adaptando-se a novas realidades que surjam.
Foi fundamental o envolvimento com os comitês de bacias,
órgãos públicos e entidades da sociedade civil. Eles nos auxi-
liaram e se benefi ciaram da Exposição ganhando visibilidade e
fortalecendo suas ações em defesa dos recursos hídricos.
Samuel Barreto · WWF-Brasil
“A Exposição despertou milhares de crianças por todo o País
para esse tema extremamente relevante para a sociedade bra-
sileira que é a água. Embora o Brasil esteja avançando muito
na questão das águas, tenha uma das leis mais modernas e
o primeiro Plano Nacional dos Recursos Hídricos da América
Latina, é muito importante criar um canal de comunicação e
de envolvimento com a sociedade. Nenhuma iniciativa institu-
cional tem resultado se a sociedade não participar. O grande
mérito da Exposição foi ajudar nessa mobilização.”
Luiz Alexandre · Iveco
“O projeto do WWF-Brasil é importantíssimo porque leva às
crianças de todo o Brasil uma conscientização sobre um dos
nossos bens mais importantes, que é a água. E a Iveco, como
uma empresa ambientalmente responsável – seja nas suas
práticas, seja na fabricação dos seus produtos – apóia total-
mente esse projeto.”
Hélio Duarte · HSBC
“O Banco HSBC é uma empresa global que atua em 77 pa-
íses e em todos eles procura agir de forma socialmente res-
ponsável. Na área de responsabilidade social, o banco pri-
vilegia ações na educação de crianças e jovens e também
na preservação do meio ambiente. Na área de preservação,
temos muito orgulho de ter uma parceria com o WWF-Brasil,
especialmente no Programa “Água para a Vida”. Como é um
projeto que alia educação e preservação ambiental, estamos
duplamente felizes em fazer parte dele.”
Álvaro de Souza · WWF-Brasil
Só agora estamos começando a nos conscientizar da dimen-
são do problema dos recursos hídricos no mundo. Com essa
exposição, que atingiu estudantes em nove estados, durante
onze meses, colocamos na cabeça das crianças – que se-
rão os futuros governantes – a importância de se agir com
relação à conservação, à não-poluição de mananciais e ao
desperdício. Temos que investir em programas que levem a
população a se conscientizar de que o nosso artigo mais va-
lioso é a água.”
Mônica Rennó · WWF-Brasil
“O retorno que essa iniciativa do Programa trouxe foi mara-
vilhoso. Primeiro porque levou a consciência do problema da
água para a população e para as empresas. Rodando pelo
Brasil, as marcas estampadas no caminhão e as que se asso-
ciavam a cada parada apareceram bastantes e de uma forma
muito positiva.
Sob o ponto de vista da visibilidade, também foi uma opor-
tunidade ímpar para o WWF-Brasil. Essa iniciativa do Progra-
ma “Água para a Vida” nos permitiu mostrar nossa cara, e
novos parceiros certamente surgirão. Além de associarem as
suas marcas à atenção ao meio ambiente e à educação – os
dois focos da Exposição - os parceiros também se benefi -
ciaram levando seus funcionários e familiares à Exposição e
aumentando, eles também, a consciência em relação ao uso
da água.”
23
“Revi meus conceitos e verifi quei que,
ao contrário do que a maioria das pes-
soas pensa, existem sim soluções prá-
ticas para a preservação do meio onde
vivemos. E é a partir das ações mais
simples é que se pode mudar a realida-
de do nosso planeta”
Renata Pacheco · Porto Alegre
“Foi possível mostrar que existem co-
munidades mais diretamente relaciona-
das com o rio do que nós e apontar a
importância da manutenção das águas
para cada um e para a coletividade.”
Ana Luiza Milhazes · Curitiba
“Enquanto os alunos de escola pública
falavam sobre como o rio estava perto
da sua casa, os da rede particular re-
latavam alguns casos que viram em al-
guma viagem. Para eles aqui não havia
problema”.
Angela Lucia da Silva · Curitiba
“Nesses meses que trabalhei na Expo-
sição vivenciei muitos momentos auda-
ciosos. Em um passo eu estava com a
responsabilidade de educadora ambien-
tal e com o desafi o de encarar o fronte
de uma missão que é também minha
essência.”
Constance Pinheiro · Curitiba
“Essa experiência certamente foi mais
uma das sementinhas que espalhei por aí.”
Fernanda Pasquale · Curitiba
“Não basta simplesmente democratizar
a informação ambiental. É preciso enga-
jar-se na luta por uma nova formação de
valores e de cultura da sociedade. Daí
a relevante interface com a educação
ambiental”
Léa Dolsira Faria da Silva · Curitiba
“Os conhecimentos que adquiri durante
esse período me embasaram para futu-
ras conscientizações e disseminações
da visão ecológica.”
Mayco Allysson S. Pedro · Curitiba
“Se todas as pessoas que tiveram a
oportunidade de passar pela Exposi-
ção, seja como visitantes ou monitores,
colocassem em prática pelo menos um
pouco do que aprenderam... com certe-
za nosso planeta agradeceria!”
Caroline Maria da Silva · Porto Alegre
“Após o término da exposição muitas
pessoas ainda nos abordavam quando
estávamos com a camiseta do WWF, o
que confi rma o impacto que este projeto
causou aqui em Porto Alegre”
Daniele da Conceição · Porto Alegre
“A Exposição Itinerante foi um sucesso
não só pela sua infra-estrutura e pelo
que ela apresentou mas principalmente
pela organização e pelas pessoas res-
ponsáveis por ela.”
Jaime Bastos Neto · Rio de Janeiro
“Foi muito boa a troca que tive com pes-
soas que visitaram a exposição. Lembro
de uma mulher que, no fi nal, pediu pra
eu repetir o nome do líquido que saía
do lixo. Foi contar pro marido a palavra
nova: chorume. (…) Essa exposição mu-
dou minha visão sobre meio ambiente
e me deu ainda mais vontade de fazer
Educação Ambiental.”
Paula Dodde · Rio de Janeiro
“Me comprometi a dar o máximo de mim
neste trabalho que é de levar educação
ambiental, cidadania e informações so-
bre os problemas locais e sobre a reali-
dade das águas no Brasil.”
Alexandre Augusto · Belo Horizonte
“É uma experiência que envolve tanto
quem a visita quanto quem trabalha.
Que motiva , que inspira , que envolve,
que sensibiliza, que anima os participan-
tes a continuar lutando por um mundo
melhor.”
Gustavo Camargos · Belo Horizonte
Monitores
“Agradeço a oportunidade de ter parti-
cipado dessa campanha. Houve a preo-
cupação de transmitir conceitos de ma-
neira responsável, o que demonstra o
conhecimento de quem pesquisa e não
de quem ouviu falar no assunto.”
Selma Scatolin · São Paulo
“É um prazer estar trabalhando ao lado
de tanta gente bonita e determinada!
Que passa muita esperança e vontade
de lutar por um mundo melhor.”
Gustavo Campos · Belo Horizonte
“A seriedade dos organizadores e o
treinamento realizado me motivaram a
trabalhar pela ONG. O que mais realiza
é o sorriso dos participantes, seu en-
volvimento e sua contribuição para um
mundo melhor.”
Vera Inácio · Belo Horizonte
Voluntários
“Parabenizo o HSBC pela participações
em ações como esta. Fico extremamen-
te orgulhoso de trabalhar em uma em-
presa que dá tanto valor à sua área de
responsabilidade social.”
Rodrigo G. Rodrigues · Belo Horizonte
“Nossa, que trabalho lindo esse! Nunca
pensei que fosse gostar tanto de fazer
algo como estou gostando dessa parte
de conscientização das pessoas.”
Raquel Dolabela · Belo Horizonte
“Valeu mesmo a dedicação e a atenção
em que tiveram conosco. Foi um trabalho
maravilhoso, envolvente e gratifi cante.”
Roberta Sciberras · Rio de Janeiro
“Adorei contribuir para essa causa tão
nobre.”
Juliane Borba · Belo Horizonte
“Obrigada pelo oportunidade e para-
béns pelo projeto. A Exposição recebeu
muitos elogios e o caminhão vai deixar
muita saudade em BH. Precisando estou
à disposição.”
Maria Scotti · Belo Horizonte
“Foi um grande prazer ser voluntária e
ter trabalhado com o WWF-Brasil em
um projeto tão importante. Agradeço e
espero ter contribuído.”
Sheila Renk · Rio de Janeiro
“Tive o privilégio de participar da pales-
tra realizada no Rio Voluntários e do lan-
çamento da Exposição na cidade. Para-
benizo pelo trabalho desenvolvido.”
Sérgio Melo · Rio de Janeiro
Sala sensorial: Mitologia das Águas
5
coordenador do programatécnico especializado em conservação de água doce
analista financeirocoordenador de campanha
analista de campanhaanalista de campanha
assessor de comunicaçãoassistente de programa
coordenador da exposição
coordenadora do voluntariadoconsultor administrador
consultoraprojeto cenográficoprojeto pedagógico
coordenador do programa de educaçãoex-coordenadora do programa de educação
técnica em educaçãoestagiária
redação e ediçãorevisão
organizaçãodesign
projeto gráficoilustrações
fotos
Programa Água para Vida
Samuel BarretoAngelo José Rodrigues LimaMarcelo ZandomênicoSérgio RibeiroMichel RodriguesLaís VasconcellosGadelha NetoCristiano Tomé
missãoHarmonizar o desenvolvimento social e econômico com a gestão e conservação dos ecossistemas aquáticos.
Exposição Itinerante
Michel RodriguesLaís VasconcellosRamon BicudoRosilene NunesLuciene GreccoInstituto 5 Elementos
Programa de Educação para Sociedades Sustentáveis
Irineu TamaioLarissa CostaMariana ValentePatrícia Dolabella
Relatório de Atividades
Marco Tulio Chaves e Lúcia LeãoWaldemar Gadelha NetoMichel RodriguesOvo Design | FamíliaRafael DietzschCássio CostaWWF-BrasilLuciola Zvarik / WWF-BrasilRamon Bicudo / WWF-BrasilLaís Vasconcellos / WWF-BrasilCésar Ramos / WWF-BrasilEduardo Rodrigues da Silva
WWF-BrasilSHIS EQ QL 06/08 Conjunto E71620 430 Brasília DFfone (61) 3364 7400 · fax (61) 3364 7474www.wwf.org.br
impresso nas oficinas da Athalaia Gráfica utilizando papel Reciclato da Suzano
apoio