modulaÇÃo do perfil lipÍdico de bovinos: implicaÇÕes na produÇÃo e aceitaÇÃo da carne...

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MODULAÇÃO DO PERFIL MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

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Page 1: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

MODULAÇÃO DO PERFIL MODULAÇÃO DO PERFIL

LIPÍDICO DE BOVINOS:LIPÍDICO DE BOVINOS:IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO EIMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E

ACEITAÇÃO DA CARNEACEITAÇÃO DA CARNE

Sergio Raposo de Medeiros

Page 2: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

CARNE BOVINA E ASCARNE BOVINA E ASRESTRIÇÕES AO SEU CONSUMORESTRIÇÕES AO SEU CONSUMO

• Carne Gordura Saturada e Colesterol• Gordura Saturada Colesterol Colesterol M-O-R-T-E !!!• 3 experimentos + 300 mil pessoas + 10

anos = US$ 100 milhões Contradizem recomendações correntes Insuficientes para que as recomendações fossem alteradas !!!

Page 3: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

ÁCIDOS GRAXOS DEVEM SER ÁCIDOS GRAXOS DEVEM SER AVALIADOS INDIVIDUALMENTEAVALIADOS INDIVIDUALMENTE

1) Nem todas as gorduras saturadas Colesterol

2) Ácidos graxos individuais Marcantes e Distintos

Efeitos Metabólicos.

Page 4: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Ácido Linoléico C 18:2Ácido Linoléico C 18:2

Grupo

Carboxílico

Grupo

Metílico

118

Page 5: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

ÁCIDOS GRAXOS DEVEM SER ÁCIDOS GRAXOS DEVEM SER AVALIADOS INDIVIDUALMENTEAVALIADOS INDIVIDUALMENTE

1) Nem todas as gorduras saturadas Colesterol

2) Ácidos graxos individuais Marcantes e Distintos Efeitos

Metabólicos.

3) Alguns ácidos graxos (presentes na carne):

– Benefícios à saúde

– Consumo atual abaixo do ideal

» Ácidos graxos -3

» Ácido linoléico conjugado (CLA)

Page 6: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

PODE-SE ACREDITAR:PODE-SE ACREDITAR:

• Recomendações para consumo kg de carne bovina / pessoa

• Em manipulação da composição em ácidos graxos da carne para:– Reduzir os menos interessantes– Aumentar aqueles benéficos à saúde

Page 7: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

PERFIL TÍPICO DE ÁCIDOS GRAXOSPERFIL TÍPICO DE ÁCIDOS GRAXOSDA CARNE BOVINA*DA CARNE BOVINA*

Nome Comum Comprimento dacadeia : Númerode insaturações

Tipo de ácidograxo

Teor (%)

Ácido Mirístico 14:0 Saturado 4

Ácido Palmítico 16:0 Saturado 27

ÁcidoPalmitoléico

16:1 Insaturado 4

Ácido Esteárico 18:0 Saturado 15

Ácido Oléico 18:1 Insaturado 41

Ácido Linoléico 18:2 Poliinsaturado 4

* Gordura intramuscular = Marmoreio

Page 8: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Perfil de SaturaçãoPerfil de Saturaçãoda gordura da carne da gordura da carne

(g/100 g gordura)(g/100 g gordura)

4645

9

Saturada

Monoinsaturada

Poliinsaturada

Page 9: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

BIOHIDROGENAÇÃOBIOHIDROGENAÇÃO

Bactérias ruminais colocam H na dupla

CH3- CH2-...- CH = CH - CH2- COOH

INSATURADO

CH3- CH2-...- CH2 - CH2 - CH2- COOH

SATURADO

RÚMEN

Page 10: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

ALTERAÇÕES EM ÁCIDOS GRAXOSALTERAÇÕES EM ÁCIDOS GRAXOSDA DIETA, DIGESTA E DO MARMOREIODA DIETA, DIGESTA E DO MARMOREIO

2.2

20.5

52.3 51.1

6.210.3

17.5

41.3

3.9

0

10

20

30

40

50

60

%

Dieta Digesta Marmoreio

Esteárico (18:0)

Oléico (18:1)

Linoléico (18:2)

Biohidrogenação

Dessaturase

Page 11: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Delta-9-dessaturaseDelta-9-dessaturase

• Enzima presente em vários tecidos• Maior atividade no tecido adiposo• Atividade apresenta grande

variação da entre animais• Regulada por ácidos graxos e

outras substâncias– 18:0 Estimula– 18:2, ciclopropenos... Inibem

Page 12: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

O que interessa mudar no O que interessa mudar no perfil lipídico da carne ?perfil lipídico da carne ?

• Reduzir saturados• Reduzir ácidos graxos trans 18:1• Aumentar oléico (18:1 c9)• Aumentar poliinsaturados

– Ômega -3– Ácido Linoléico Conjugado (CLA)

Page 13: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Ácidos Graxos Trans 18:1Ácidos Graxos Trans 18:1

• Produzidos pela biohidrogenação parcial 18:2 e 18:3 Maiores teores em ruminantes (ácido vaccênico)

• Gorduras hidrogenadas (Ex.: Margarinas...)

• Estariam relacionados com maior incidência de cardiopatias.

• Trabalhos: Valores elevados, resultados controversos

Page 14: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Ácidos Graxos Ômega-3Ácidos Graxos Ômega-3

• Grupo de ácidos graxos cuja última dupla ligação fica a 3 C do C metílico terminal

COOH - CH2 - CH2 -...-CH=CH-CH2 -CH3

• Aumento de ingestão risco de cardiopatias (Menos pró-trombótico e pró-inflamatório)

• Relação n-6/n-3 < 4

Carbono

Page 15: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

LinoléicoLinoléico e e LinolênicoLinolênico e as e as famílias famílias -6-6 e e -3-3

18:2 n-6

18:3 n-6

20:2 n-6

20:4 n-6

22:4 n-6

18:3 n-3

18:4 n-3

20:4 n-3

20:5 n-320:5 n-3

22:5 n-3

Delta-6-dessaturase

Delta-5-dessaturase

Elongase

Elongase

(CONT.)

(CONT.)

22:5 n-322:5 n-3

24:5 n-3

24:6 n-3

22:6 n-322:6 n-3

Elongase

Delta-6-dessaturase

Beta-oxidação

Page 16: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

ÁCIDO LINOLÉICO ÁCIDO LINOLÉICO CONJUGADOCONJUGADO

Isômeros...

Posição

Geométricos

... o Ác. Linoléico,

18:2 c9,c12

•CLA c9,t11

•CLA t10,c12

• CLA c9,t7...etc.

Page 17: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Grande interesse no CLAGrande interesse no CLA• Única gordura

inequivocamente anti-cancerígena (Doses 0,25 a 1%; in vitro e in vivo).

• Outros benefícios à saúde

•Potente modificador metabólico

–Altera composição: Leite,Tecidos –Inibe lipogênese

Page 18: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Isômeros de InteresseIsômeros de Interesse

C 18:2 cis-9, trans-11C 18:2 cis-9, trans-11

CLA mais comum (>80%)

Modula catabolismo auto-imune

C 18:2 trans-10, cis-12C 18:2 trans-10, cis-12

Repartidor de nutrientes

Ajudou a perda de peso de pacientes com sobrepeso ou obesos

Page 19: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Origem do CLAOrigem do CLA

Ácido linoléico C18:2 cis9, cis

12

CLA c9, t11

Biohidrogenação

Vaccênico 18:1 t11

Biohidrogenação

Vaccênico 18:1 t11

9-dessaturase

Glândula

Mamária

Tecido Adiposo

Rúmen

CLA c9, t11

CLA t10, c12

Baixo pH

Page 20: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Ácidos graxos e qualidade Ácidos graxos e qualidade sensorial da carnesensorial da carne

• % Oléico mais relacionado com qualidade sensorial

• Poliinsaturados propensão à rancificação vida de

prateleira: 18:3 = 2 x mais fácil que 18:3 = 2 x mais fácil que 18:218:2

ocorrência de “off flavor”– Vermelho menos intenso

Page 21: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

http://www-personal.umich.edu/~macdouga/MacDougaldLab.html

TRIGLICERÍDEOSTRIGLICERÍDEOS

> Saturados> Saturados

> Mono insaturados> Mono insaturados

NúcleoNúcleo

AdipócitoAdipócito

Membrana

Celular

Membrana

Celular

FOSFOLIPÍDEOS

> Poliinsaturados

Gota lipídicaGota lipídica

Page 22: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Adipócito em 2 temposAdipócito em 2 tempos

Membrana CelularNúcleo

Gota Lipídica

JOVEMJOVEM MADURO MADURO

< participação relativa< participação relativa

da M. Celularda M. Celular

MAIS POLIINSATURADOSMAIS POLIINSATURADOS11OO) MAIS SATURADOS) MAIS SATURADOS

22OO) MAIS MONOINSATURADOS) MAIS MONOINSATURADOS

Page 23: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Variação na Composição Variação na Composição AG:AG:

GENÉTICAGENÉTICA• Belgian Blue: Gordura = 18%

Poliinsaturados • Importante fazer comparação com

animais com mesma terminação• São reportadas diferenças:

Bos indicus X Bos taurus : + saturadasBritânicas X Wagyu : + monoinsaturadoSimenthal: > Vaccênico (18:1 t11) X Angus: >

EPA (20:5 -3) e -3 total

Page 24: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Variação na Composição Variação na Composição AG:AG:

NUTRIÇÃONUTRIÇÃO• PASTAGEM X CONCENTRADO

– Pastagem temperada Gordura Intramuscular com 16:0; 18:3, -3 e 18:1 e 18:2

– De acordo com composição das pastagens e concentrados

– Pastagem tropical: Muito menor teor de poliinsaturados e maior de saturados Gordura Intramuscular com ...???

– Provavelmente, mais saturada

Page 25: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Variação na Composição Variação na Composição AG:AG:

NUTRIÇÃONUTRIÇÃO• SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA

– Ótimos resultados de desempenho•Menor incremento calórico: Melhor Conversão Alimentar

– Gordura máxima: 6% MS (Extrato Etéreo)•Tipo de gordura: Vegetal pior que Animal

•Apresentação da gordura: Óleos X Parte das Plantas

•Teor de fibra da dieta

Page 26: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Variação na Composição Variação na Composição AG:AG:

NUTRIÇÃO - Supl. LipídicaNUTRIÇÃO - Supl. Lipídica• SEMENTES DE OLEOGINOSAS, ÓLEOS

– Caroço de Algodão: Protegida 18:2– Semente de Girassol: 18:1, 18:2 – Semente de Canola: 18:0, 18:3 (Subcut.)– Milho alto % óleo: 18:2, 20:4, Poliinsat.– Semente de Soja: 18:2, 18:3 (Subcut.)– Óleo Cártamo, protegido com caseína: 18:2– Óleo Soja: 18:2

Page 27: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Variação na Composição Variação na Composição AG:AG:

NUTRIÇÃONUTRIÇÃO• IONÓFOROS

– Afetam perfil de ácidos graxos– Efeito não muito grande– Aumenta ácidos graxo de cadeia ímpar e de

cadeia ramificada– Pode reduzir saturados, aumentar 18:1– Reduzem a biohidrogenação

• Menor % H• Alteração na população microrganismos ruminais

Page 28: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Variação na Composição Variação na Composição AG:AG:

AMBIENTEAMBIENTE• Há efeito de temperatura• Clima quente predispõe a maiores % de

saturados• Isto é observado em peixes, vegetais e

bovinos...– Diferença de + 9o C = Mais 18:0 e 16:1– Provavelmente relacionado aos diferentes

ponto de fusão, efeitos na solubilidade entre Ags saturados (maior) X insaturados (menor)

Page 29: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

BIOHIDROGENAÇÃOBIOHIDROGENAÇÃOModulaçãoModulação

• Excesso de insaturados Excede a capacidade dos microrganismos de biohidrogenar Aumenta insaturados no intestino

• Pode ser afetada também:– Redução de pH– Ionóforos– Alguns ácidos graxos, como o 18:2– Cobre

Page 30: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

BIOHIDROGENAÇÃOBIOHIDROGENAÇÃO“Driblando”“Driblando”

• PROTEÇÃO: – Natural: Das estruturas das plantas– Artificial:

•Saponificação de ácidos graxos Sais de Cálcio de ácidos graxos

•Reação com aminas primárias Amino-acil graxos

•Proteção com caseína, formaldeído...

Page 31: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Teores de Teores de -3 e relação n--3 e relação n-6/n-36/n-3

• Pastagens temperadas: favorece ambos.

• Soja, Canola: ricos em 18:3n-3, mas também em 18:2n-6 menor impacto.

• Linhaça: Exceção 56% 18:3n-3

– Aumento de todos n-3, exceto DHA (22:6)– Renovação + Lenta Fosfolipídeos: > Tempo

Page 32: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Teores de Teores de -3 e relação n--3 e relação n-6/n-36/n-3

• Óleo de Peixe e sua farinha: Aumenta EPA (20:5) e DHA (22:6) de maneira apreciável.

• DHA seria mais difícil pois:– Baixa atividade -4-dessaturase DPA DHA– Baixa atividade -6-dessaturase e -oxidação

DPA DHA– Inibição dessas enzimas por outros ácidos

graxos– Competição entre os AGs na incorporação– DHA seria produzido apenas onde necessário

(i.e. tecido nervoso)

Page 33: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Teores de CLATeores de CLA

• Teores médios na carne: 5 mg/g gordura• Há grande variação: de menos de 1 a

mais de 10 mg/g gordura• CLA c9,t11 acumula nos triglicerídeos

do tecido adiposo• Com forragens temperadas: Quanto +

volumoso na dieta, maior o % de CLA• Dados obtidos Brasil, parecem mostrar

que isso não ocorreria com forragens tropicais

Page 34: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Teores de CLATeores de CLA

• Óleo de soja + Cobre: CLA 50%, mas sem diferença do sem Cobre – 3,5 mg/g gord X 2,9 mg/g gord

• Óleo de Linhaça: De 3,2 para 8,0 mg/g gordura

• Dietas ricas em 18:2 e 18:3 aumentam CLA• Óleo de peixe: CLA, sem ter 18:1 t11 como

intermediário: 1) EPA e DHA interfiram na biohidrogenação; 2) EPA e DHA induzam a -9-dessaturase

Page 35: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

CLA: Grande variação CLA: Grande variação entre animaisentre animais

• A atividade da -9-dessaturase é a chave da resposta !

• A manipulação de sua atividade pode:– Reduzir teores de ácidos graxos trans– Aumentar grandemente teor de CLA

• Não foi observada diferença entre raças (poucos estudos)

Page 36: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Considerações Finais (1/4)Considerações Finais (1/4)

• Para aumentar insaturados:– Maior ingestão de insaturados– Redução na biohidrogenação– Aumento do aporte intestinal de

insaturados e sua absorção– Aumento da atividade das

dessaturases (particularmente -9-dessaturase)

Page 37: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Considerações Finais (2/4)Considerações Finais (2/4)

• Vantagens adicionais da suplementação com gordura:– Alta densidade energética– Menor incremento calórico = Maior

conversáo alimentar– Efeitos metabólicos dos ácidos graxos

• Redução no catabolismo auto-imune (c9,t11)

• Redução na lipogênese (t10,c12)

Page 38: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Considerações Finais (3/4)Considerações Finais (3/4)

• Apelo para aumentar consumo:– Ácidos graxos “nutracêuticos”: CLA,

Ômega-3– Percepção da carne como um produto

que traz benefícios à saúde– Desafio de conservação das

características organolépticas da carne

Page 39: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Considerações Finais (4/4)Considerações Finais (4/4)

• Modelos para produção de gordura com perfil “sob medida”’– Melhoramento animal e vegetal– Manipulaçao dos alimentos (proteção)– Manipulação da alimentação (uso de

alimentos em diferentes tempos)– Alterações metabólicas (indução da

atividade da -9-dessaturase)

Page 40: MODULAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO DE BOVINOS: IMPLICAÇÕES NA PRODUÇÃO E ACEITAÇÃO DA CARNE Sergio Raposo de Medeiros

Muito obrigado pela Muito obrigado pela atenção !atenção !

[email protected]/

~sergio.htm