modulo 8 teoria - para mesclagem

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1 Módulo 8: Currículo e Avaliação Tema 1 Currículo Parte I Currículo Você está chegando ao final desta primeira parte do curso sobre os aspectos pedagógicos da atuação do professor e as condições de seu trabalho na Secretaria. Neste módulo de Currículo e avaliação alguns conceitos já examinados nos módulos iniciais serão retomados, sobretudo os que se referem aos marcos regulatórios da Educação Básica LDB e Diretrizes Curriculares Nacionais e os sistemas de avaliação em larga escala. O módulo está dividido em duas partes: a primeira parte sobre Currículo e a segunda sobre Avaliação. Espera-se que ao final do módulo você seja capaz de: • Entender o processo de definição de currículo em países de grandes dimensões e diversidade como o brasil; • Conhecer o paradigma curricular instituído pela LDB que orienta todo o desenvolvimento curricular no Brasil; • Situar o currículo da SEE-SP no conjunto das normas nacionais da educação básica; • Conhecer a organização do currículo da SEE-SP e o lugar que ocupa na disciplina; • Familiarizar-se com os diferentes sistemas de avaliação em larga escala; • Conhecer o papel da avaliação da aprendizagem do currículo. Currículo: introdução No Módulo 1 você se familiarizou com as políticas educacionais da Secretaria e sabe que elas estão organizadas em torno de dois grandes eixos. É importante que você domine os conteúdos apresentados nessa parte do Módulo 1. Para retomá- los acesse a pasta Gestão do currículo, no Módulo 1. Currículo: marcos conceituais. Para avançar na compreensão do currículo e da avaliação é importante ter como base uma compreensão comum do que é um currículo. Por essa razão é importante que você atente para o conceito de currículo adotado neste curso. Retomando o que já foi visto no Módulo 1, o currículo será entendido como um conjunto de elementos que devem ter sinergia entre si: Eixo que foi analisado com maior detalhe no módulo 2 Eixo dos padrões curriculares (com três projetos estruturantes) Projeto ler e escrever Projeto São Paulo Faz escola Programa REDEFOR de especialização para professores e especialista Eixo gestão de carreira do magistério

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    Mdulo 8: Currculo e Avaliao

    Tema 1 Currculo

    Parte I Currculo

    Voc est chegando ao final desta primeira parte do curso sobre os aspectos pedaggicos da atuao do professor e as condies de seu trabalho na Secretaria. Neste mdulo de Currculo e avaliao alguns conceitos j examinados nos mdulos iniciais sero retomados, sobretudo os que se referem aos marcos regulatrios da Educao Bsica LDB e Diretrizes Curriculares Nacionais e os sistemas de avaliao em larga escala. O mdulo est dividido em duas partes: a primeira parte sobre Currculo e a segunda sobre Avaliao.

    Espera-se que ao final do mdulo voc seja capaz de: Entender o processo de definio de currculo em pases de grandes dimenses e diversidade como o brasil; Conhecer o paradigma curricular institudo pela LDB que orienta todo o desenvolvimento curricular no Brasil; Situar o currculo da SEE-SP no conjunto das normas nacionais da educao bsica; Conhecer a organizao do currculo da SEE-SP e o lugar que ocupa na disciplina; Familiarizar-se com os diferentes sistemas de avaliao em larga escala; Conhecer o papel da avaliao da aprendizagem do currculo.

    Currculo: introduo

    No Mdulo 1 voc se familiarizou com as polticas educacionais da Secretaria e sabe que elas esto organizadas em torno de dois grandes eixos.

    importante que voc domine os contedos apresentados nessa parte do Mdulo 1. Para retom-los acesse a pasta Gesto do currculo, no Mdulo 1.

    Currculo: marcos conceituais.

    Para avanar na compreenso do currculo e da avaliao importante ter como base uma compreenso comum do que um currculo. Por essa razo importante que voc atente para o conceito de currculo adotado neste curso.

    Retomando o que j foi visto no Mdulo 1, o currculo ser entendido como um conjunto de elementos que devem ter sinergia entre si:

    Eixo que foi analisado com maior detalhe no mdulo 2

    Eixo dos padres curriculares (com trs projetos estruturantes)

    Projeto ler e escrever

    Projeto So Paulo Faz escola

    Programa REDEFOR de especializao para professores e especialista

    Eixo gesto de

    carreira do

    magistrio

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    a. afirmao de valores educacionais e definio de objetivos de aprendizagem expressas em competncias e habilidades que os alunos devero aprender; b. adoo de uma concepo curricular que deve presidir a seleo, organizao e ordenamento dos contedos curriculares que sero mobilizados para ajudar a constituir as competncias e habilidades previstas nos objetivos de aprendizagem; c. afirmao sobre o significado de cada tipo de contedo curricular para objetivos de aprendizagem propostas e para a concepo de currculo adotada; d. atividades facilitadoras dessas aprendizagens que podem ser realizadas por professores e alunos, expressas em sequncias didticas, situaes de Aprendizagem, planos ou projetos de ensino; e. formas de avaliao da aprendizagem; f. procedimentos de reviso, recuperao e adequao curricular a partir dos dados da avaliao.

    Antes de traduzir essa concepo curricular em termos mais concretos, preciso entender o processo de definio curricular num pas como o Brasil.

    Currculo: definio curricular em pases continentais, diversos e desiguais

    O currculo no uma rea apenas tcnica ou pedaggica, mas tambm poltica porque seu ponto de partida o para que queremos educar, que mundo queremos que a Educao Bsica ajude a construir, que perfil social e poltico alm do profissional, deve ter o cidado que passou pela escolaridade bsica.

    No necessrio entrarmos a fundo nessa discusso porque ela est resolvida na LDB. l, no Congresso Nacional que votou a LDB e no executivo federal que a sancionou representando o estado nacional, que se estabeleceram os grandes valores norteadores da educao. portanto na LDB que se inicia o primeiro nvel de definio dos currculos brasileiros da Educao Bsica.

    Currculo: marcos regulatrios as disposies curriculares da LDB a) Valores que as norteiam: (I) Reiteram o compromisso da nao brasileira com a solidariedade e a liberdade; (II) vinculam a Educao Bsica ao trabalho e prtica social, dimenses da cidadania para a qual os conhecimentos contribuem como meios, no como fins em si mesmos: e (III) do grande destaque para o desenvolvimento da capacidade de aprender como finalidade de toda a Educao Bsica. b) Concepo de currculo:

    A LDB privilegia os resultados do processo educacional, expressos em competncias que os alunos devem constituir, mais do que o domnio de conhecimentos especficos. Em sua verso original, evita estabelecer disciplinas obrigatrias, enfatizando sempre as competncias e no os contedos. bem verdade que ao longo dos anos e em funo de presses de alguns setores da sociedade, a LDB sofreu vrias emendas por meio de novas leis que incorporaram ao texto original vrias disciplinas institudas chamadas de obrigatrias no texto da lei. Mudanas como essas so inevitveis numa sociedade democrtica na qual os grupos de interesse tm poder de negociao com o Congresso Nacional. Elas indicam que o currculo tambm uma disputa de mercado de trabalho. Mas o importante a reter que, tornar obrigatrio um contedo ou disciplina no muda obrigatoriamente o paradigma curricular adotado que privilegia as competncias e no os contedos em si. Dessa forma, se os contedos sejam eles ditos obrigatrios ou no forem trabalhados como meios constituio dessas competncias, o paradigma e os princpios de organizao curricular ficam mantidos. S no resulta num modelo elegante porque outras disciplinas como Fsica, Qumica ou Geografia, por exemplo, no recebem esse status de obrigatoriedade na lei. Mas no adultera necessariamente o paradigma.

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    Afirmar as competncias e no a aquisio de conhecimentos como objetivos de aprendizagem, conduz inevitavelmente a focalizar a educao na aprendizagem e no no ensino. por essa razo que para alguns estudiosos a LDB procedeu a uma espcie de revoluo copernicana na gesto pedaggica, deslocando o centro da ateno do ensino para a aprendizagem. Quando o ensino o foco da ao educativa as metas so expressas naquilo que o professor vai fazer. Leia o quadro a seguir para ver alguns exemplos.

    Por exemplo, levar a turma para um estudo do meio no qual alguns acidentes geogrficos podero ser observados; quando as metas so expressas em termos daquilo que o aluno dever ser capaz de fazer, a aprendizagem passa a ser o foco, por exemplo, diante de acidentes geogrficos reais ou representados por imagens, explicar as diferenas entre ilhas e istmos. No primeiro exemplo se o professor fez aquilo que estava previsto, a meta foi alcanada. Isso s ocorrer no segundo caso se, e apenas se, numa situao de determinada, o aluno for de fato capaz de fazer o que estava previsto que ele aprenderia. Em sntese: sem aprendizagem no h ensino. c) Indicaes metodolgicas:

    No cabe numa lei nacional especificaes metodolgicas que cheguem ao nvel da gesto da sala de aula. No entanto a LDB estabelece o tom metodolgico quando indica (I) que os alunos devero desenvolver sua capacidade de aprender, significando que o ensino deve buscar constituir habilidades cognitivas capazes de serem aplicadas em situaes diferentes daquelas em que se deu a aprendizagem; (II) que o aluno deve ser capaz de fazer a relao entre a teoria e a prtica, reforando a ideia de uma aprendizagem que se aplique na vida real e no somente no contexto da sala de aula; (III) que importante o aluno compreender o significado das cincias, das letras (linguagens) e das artes. Esses exemplos e outros que podem ser identificados no texto da lei apontam para uma abordagem metodolgica cognitivista e dinmica da aprendizagem. Trocado em midos isso quer dizer que as indicaes metodolgicas da LDB tm o percurso das teorias de aprendizagem e desenvolvimento que consideram fundamental intervir nas operaes internas - cognitivas, afetivas e sociais do sujeito que aprende e no somente de suas respostas ou manifestaes externas. d) Colaborao de definio curricular:

    Um ltimo e importante dispositivo curricular constante da LDB, a indicao de como o currculo deve ser definido no pas. A lei refora o papel do Conselho Nacional de Educao como o foro de elaborao de diretrizes curriculares nacionais, mas no de currculos tal como se conceituou para este mdulo. Esse aspecto no um detalhe porque posiciona o ncleo da questo curricular no Brasil. Como pas federativo, no qual estados e municpios so entes federados com autonomia prpria em matria de organizao pedaggica de suas redes de escolas pblicas, a lei no incumbe a esfera nacional de estabelecer currculos mas a direo da o nome diretrizes para a elaborao de currculos nos estados e municpios.

    Dadas a dimenso continental, a diversidade regional e a desigualdade social do pas, a LDB reconhece que um currculo nacional seria invivel tecnicamente e desaconselhvel pedagogicamente. Trata-se portanto de examinar o que e como se apresentam essas diretrizes que a lei manda estabelecer, as DCNs. Vale a pena comear com a definio que o dicionrio d de diretriz: Linha reguladora do traado de um caminho ou de uma estrada segundo o Novo Dicionrio Aurlio da Lngua Portuguesa. Diretrizes portanto so direes, mas no esgotam todos os elementos de um caminho. com esse sentido que as diretrizes orientam nacionalmente o currculo da Educao Bsica.

    Duas etapas de elaborao das DCNs podem ser identificadas nesses quase 15 anos de vigncia da LDB. A primeira delas transcorreu durante os anos 1990 e incio de 2000 e estabeleceu DCNs para cada nvel e modalidade da Educao Bsica: Educao Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Mdio, Educao Profissional, Educao de Jovens e Adultos, Educao de Pessoas com deficincia, Educao Indgena, Educao Rural, bem como as diretrizes curriculares para os cursos de Formao Inicial de Professores da Educao Bsica em Nvel Superior. A segunda etapa, que est em curso neste momento, se fez necessria em funo das diversas

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    emendas sofridas pela lei e outros desenvolvimentos nos marcos regulatrios e em funo da adoo de novas polticas educacionais. O destaque dessa fase a elaborao de Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para toda a Educao Bsica que resumiremos como DCN-G. As DCN-G, publicadas pelo CNE neste ano de 2010, no substituem as anteriores, mas estabelecem uma articulao mais orgnica entre as etapas e modalidades da Educao Bsica. Em seu texto afirmam, entre suas ideias fora que:

    as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educao Bsica devem presidir as demais diretrizes curriculares especificas para as etapas e modalidades, contemplando o conceito de Educao Bsica, princpios de organicidade, sequencialidade e articulao, relao entre as etapas e modalidades: articulao, integrao e transio;

    a dimenso articuladora da integrao das diretrizes curriculares compondo as trs etapas e as modalidades da Educao Bsica, fundamentadas na indissociabilidade dos conceitos referenciais de cuidar e educar;

    Currculo: marcos regulatrios as disposies curriculares da LDB

    Finalmente as DCN-G da Educao Bsica afirmam como uma de suas finalidades no substituir as diretrizes existentes em cada nvel ou modalidade mas:

    ... contribuir, sobretudo, para o processo de implementao pelos sistemas de ensino das Diretrizes Curriculares Nacionais especificas, para que se concretizem efetivamente nas escolas, minimizando o atual distanciamento existente entre as diretrizes e a sala de aula. Para a organizao das orientaes contidas neste texto, optou-se por enunci-las seguindo a disposio que ocupam na estrutura estabelecida na LDB, nas partes em que ficam previstos os princpios e fins da educao nacional; as orientaes curriculares; a formao e valorizao de profissionais da educao; direitos educao e deveres de educar: Estado e famlia, incluindo-se o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) Lei no 8.069/90 e a Declarao Universal dos Direitos Humanos. Essas referencias levaram em conta, igualmente, os dispositivos sobre a Educao Bsica constantes da Carta Magna que orienta a Nao brasileira, relatrios de pesquisas sobre educao e produes tericas versando sobre sociedade e educao. Estando ainda vigentes as DCNs dos anos 1990, na medida em que no fora substitudas pelas DCN-G, para efeito deste curso vamos examinar mais detidamente as diretrizes curriculares do Ensino Mdio. Essa deciso se justifica tendo em vista que este curso se destina a professores concursados por disciplina, que vo trabalhar nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Mdio. Essas duas etapas da Educao Bsica guardam grande afinidade pois em ambas os currculos se estruturaram historicamente por disciplinas. nelas que o paradigma curricular da LDB tem mais dificuldade de se concretizar efetivamente nas escolas, como afirma o trecho das DCNG acima destacado.

    Currculo: marcos regulatrios - as DCNs para o Ensino Mdio O aspecto mais importante a destacar nas DCN da Educao Bsica, sobre o ensino mdio, a organizao do currculo por reas e o maior detalhamento das competncias a serem constitudas em cada uma das reas. Para entrar em contato com esse assunto indispensvel ler a Resoluo do CNE no. 03/1998 , que instituiu as Diretrizes para o Ensino Mdio. Esse estudo analtico muito importante porque o currculo So Paulo Faz Escola, com o qual voc vai trabalhar durante todo o restante deste curso, foi elaborado tomando as DCN do Ensino Mdio como orientao e representa o esforo do estado de So Paulo para minimizar a distncia entre as diretrizes nacionais e a sala de aula das escolas pblicas estaduais. Em 2010 foi publicada a resoluo no. 4 que define Diretrizes Curriculares Gerais para a Educao Bsica que secciona os nveis de ensino e orienta por normas gerais.

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    PRINCPIOS PEDAGGICOS: so cinco princpios pedaggicos que a Resoluo 03/98 elabora: identidade, diversidade, autonomia, interdisciplinaridade e contextualizao. Para serem observados cada um desses princpios inclui um conjunto coerente de aes e iniciativas de organizao curricular e pedaggica para a escola. Saiba Mais:

    As DCN listam competncias que constituem objetivos de aprendizagem. Fica claro que as DCN no desvalorizam os contedos, mas pretendem que os contedos sirvam constituio de competncias. Por outro lado sem os contedos no possvel desenvolver as competncias. No entanto se o contedo ser organizado em disciplinas especficas ou em projetos interdisciplinares ou qualquer outra forma de organizao curricular, as DCNs deixam em aberto. um tema a ser resolvido pelos sistemas de ensino pblico estaduais ou municipais e pelos Projetos Pedaggicos das escolas.

    Currculo: marcos regulatrios - as DCNs para o Ensino Mdio J foram examinados os mbitos de definio curricular nacional no Brasil: o mbito do legislativo, com a LDB aprovada no Congresso e o mbito normativo, com as Diretrizes aprovadas pelo CNE. Ambas obrigatrias, essas normas so exatamente o que o termo significa: grandes direes. preciso repetir: no constituem um currculo completo porque o Brasil um pas grande e diverso e porque os estados e municpios tm responsabilidade de gesto dos sistemas de ensino e competncia legal para criar seus currculos desde que observem as normas nacionais. Vale a pena discutir um pouco mais esse ponto. Clique no cone ao lado e leia o texto. A partir deste ponto as esferas estaduais ou municipais entram em ao. Usando as DCNs como guia orientador, cabe a essas esferas de governo tomar as decises necessrias para elaborar um currculo propriamente dito, a ser adotado em suas redes de escolas, com todos os elementos indicados na tela 2. Elementos

    Entender o processo de definio do currculo em pases de grandes dimenses e diversidade como o Brasil;

    Dominar o paradigma curricular institudo pela LDB que orienta todo o desenvolvimento curricular no Brasil;

    Situar o currculo da SEE-SP no conjunto das normas nacionais a Educao Bsica; Entender a organizao do currculo da SEE-SP e o lugar que nele ocupa sua disciplina; Familiarizar-se com os diferentes sistemas de avaliao em larga escala, Analisar o papel da avaliao da aprendizagem no currculo.

    Vamos agora examinar mais em detalhe o currculo da Secretaria, So Paulo Faz Escola. Saiba Mais: No ponto pacfico, no caso dos pases federativos, estabelecer at onde normas nacionais como as DCNs devem ser ou menos completas. Pontos de vista diferentes disputam essa questo. De um lado todos reconhecem que um currculo nacional pleno seria difcil de ser implementado numa realidade to diversa como a brasileira. De outro tambm h razovel concordncia de que preciso garantir que todos os brasileiros, independentemente da localidade que habitam, constituam as competncias bsicas para o exerccio da autonomia pessoal e profissional. Talvez a questo seja mais de grau. Essa mesma discusso est ocorrendo EUA nesta primeira dcada do sculo 21. Pela primeira vez na histria norte americana foram elaborados e aceitos pela maioria dos estados, o que l est sendo chamado de padres curriculares (standards em ingls). O exame dos padres j publicados revela que so similares s nossas diretrizes curriculares, com duas diferenas importantes: l os padres so um pouco mais

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    especficos quanto aos contedos mas referem-se apenas Matemtica e Lngua Inglesa. No Brasil as DCNs cobrem todas as reas do currculo mas so um pouco menos indicativas dos contedos curriculares do que os padres curriculares norte-americanos.

    Currculo: uma das polticas educacionais do Estado de So Paulo

    Para as atividades a seguir voc dever ter em mos, a Proposta Curricular de sua disciplina e pelo menos um Caderno de Professor e o correspondente Caderno do Aluno. Organizao curricular. O So Paulo Faz Escola est organizado, num primeiro nvel, em reas e depois, em cada rea nas suas respectivas disciplinas. Ao ler a Proposta Curricular de sua disciplina voc saber as reas do currculo So Paulo Faz Escola: Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias; Matemtica; Cincias da Natureza e suas Tecnologias; Cincias Humanas e suas Tecnologias. Realize as atividades solicitadas a seguir. Clique e arraste para o espao abaixo os itens que considerar corretos. Quando acertar a indicao o quadro assumir a cor verde, se errar o quadro ter a cor vermelha, neste caso bastar efetuar nova tentativa.

    Cincias da natureza

    matemtica Linguagens, cdigos Cincias humanas

    Cincia matemtica Lngua portuguesa Histria

    Qumica Lngua inglesa Geografia

    Biologia Ed. fsica Filosofia

    fsica Artes Sociologia

    Lngua espanhola Psicologia

    Currculo: uma das polticas educacionais do estado de So Paulo Pegue o Currculo de uma disciplina de outra rea e compare com a sua. Atente para o fato de que, independentemente da disciplina, todos trazem a concepo das quatro reas, de modo que a apresentao e os textos sobre as reas so os mesmos em todas as publicaes. Por que razo voc acha que necessrio que um professor de Arte, por exemplo, tenha no documento curricular de sua disciplina a descrio de todas as reas, inclusive daquelas s quais sua disciplina no est includa? Detenha-se no Currculo da sua disciplina. Voc ver que existe um texto sobre a disciplina e depois a especificao de contedos a serem trabalhados de Ensino Fundamental ou de Ensino Mdio. Compare os contedos listados com aqueles que voc aprendeu no curso superior de licenciatura ou, se voc j tem experincia de magistrio, com aqueles que voc costuma trabalhar.

    Voc avalia que domina todos esses contedos? No que deveria aprofundar mais?

    Tome agora um Caderno de Professor de sua disciplina, de qualquer bimestre e faa o mesmo exerccio de auto avaliao:

    Entende as orientaes que constam do Caderno? Acha suficientes? Entende as expectativas de aprendizagem apresentadas em termos de competncia antes de cada

    Situao de Aprendizagem? Acha que esto adequadas?

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    O resultado dessa autoavaliao dever ser postado no frum para ser discutido durante a segunda parte deste curso. Usando o roteiro a seguir elabore uma Situao de Aprendizagem como se completasse o Caderno de Professor sobre um tema que voc julgue no estar contemplado ou que pode ser ainda aprofundado.

    Tempo previsto: Competncias e habilidades que se espera que os alunos aprendam: Estratgias: Recursos: Avaliao:

    Faa o mesmo exerccio montando atividades do aluno correspondentes Situao de Aprendizagem que voc elaborou. At aqui foram examinados os conceitos de currculo e outros a ele relacionados, bem como os marcos legais que regulam essa matria no caso brasileiro. Tambm foi introduzido o currculo So Paulo Faz Escola, da Secretaria de Educao de So Paulo, com o qual voc ter uma familiaridade cada vez maior na medida em que avance neste curso e, depois, no seu prprio trabalho como professor. H um elemento da rea curricular que ser objeto de exame mais detido daqui em diante, que a AVALIAO. Trata-se de um tema amplo e com graus considerveis de complexidade que no ser esgotada aqui que vai ser tratado agora na segunda parte deste mdulo.

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    Tema 2 Avaliao

    Parte II - Avaliao

    At aqui foram examinados os conceitos de currculo e outros a estes relacionados, bem como os marcos legais que regulam essa matria no caso brasileiro. Tambm foi introduzido o currculo So Paulo Faz Escola, da Secretaria de Educao de So Paulo, com o qual voc ter familiaridade cada vez maior, na medida em que avanar neste curso e, depois, no seu trabalho como professor. H um elemento da rea curricular que ser objeto de exame mais detido daqui em diante, que a Avaliao. Trata-se de um tema amplo e com grau considervel de complexidade, que no ser esgotado neste curso. Analisar a avaliao implica em reconhecer em primeiro lugar que ela s tem sentido se seus resultados produzirem efeitos. Avaliao sem consequncia desperdcio de credibilidade e de recursos financeiros. Portanto, para entender o papel da avaliao no currculo preciso saber que tipo de consequncias ela tem. Neste mdulo trataremos da avaliao da aprendizagem cujo resultado d consistncia e fundamentos para a tomada de deciso relativa melhoria da qualidade da educao escolar. Com esse objetivo, h dois tipos de avaliao que so complementares, mas no podem ser inteiramente reduzidos um ao outro. 1) o primeiro a avaliao da aprendizagem feita na escola pelo professor e pela equipe escolar que indispensvel para rever o projeto pedaggico e o plano de trabalho do professor para decidir a respeito de um aluno ou para selecionar o tipo de apoio pedaggico que este aluno necessita. Este tipo pode ser chamado de avaliao interna. 2) O outro a avaliao da aprendizagem feita em larga escala na qual os alunos no so individualmente identificados, aplicando instrumentos padronizados e calibrados de acordo com os requisitos tcnicos do teoria de medida em educao. Este segundo, que pode ser chamado de avaliao externa, produz evidncias que fundamental deciso para melhorar a qualidade das aprendizagens, mas interessa mais para a tomada de decises sobre polticas de financiamento, de capacitao, de organizao pedaggica; seus resultados no so totalmente adequados para orientar decises sobre casos individuais.

    Parte II - Avaliao

    A separao entre os dois tipos de avaliao, no entanto, no totalmente ntida, h proximidades entre eles que devem ser consideradas. A primeira delas a de que os resultados da avaliao interna escola tambm so indicadores dos acertos e erros das polticas educativas mais gerais. A segunda, que os resultados das avaliaes externas podem e devem ser um dos elementos a acrescentar entre os indicadores a serem levados em conta na avaliao de aprendizagem interna, feita no mbito da escola. Os resultados das avaliaes externas so importante subsidio para orientar oficinas e programas de formao continuada de professores e coordenadores pedaggicos, de modo a identificar problemas recorrentes do aprendizado e apontar estratgias e recursos que podem ser mobilizados para a superao das dificuldades encontradas. Neste mdulo ser dada maior ateno avaliao externa, feita em larga escala, que deve subsidiar as polticas pblicas com evidncias sobre o que d certo e o que no d, permitindo aos gestores tirarem lies importantes dos efeitos de suas decises. Nesse caso a avaliao no currculo tem de ser por ele determinada, isto , avaliam-se as aprendizagens expressas em competncias que so referncias do currculo. Em suma, na relao avaliao e currculo, o currculo vem antes estabelecendo as metas de aprendizagem para serem avaliadas no final de um perodo de implementao anual, bimestral, ou outro.

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    importante tambm observar que os sistemas de avaliao em larga escala produzem dados em quantidade e qualidade necessrias para, com eles, construir indicadores que permitem classificar escolas, municpios e estados quanto ao seu grau de desenvolvimento educativo. Sero examinados os diferentes sistemas de avaliao do Brasil e os sistemas internacionais dos quais o Brasil faz parte. Espera-se que com estes contedos voc conhea e identifique as caractersticas desses sistemas e como tm sido utilizados. Implantao dos Sistemas de Avaliao e Indicadores Educacionais Quando a Secretaria pensa na melhoria da qualidade, entende que essa s ganhar consistncia prtica se for considerada como melhoria das aprendizagens dos alunos. Nesse sentido, as polticas educacionais da Secretaria esto voltadas para superar os obstculos que se colocam no enfrentamento desse desafio. Para tanto, vrias questes precisam ser respondidas:

    Qual o grau de equidade observado nos resultados da aprendizagem? Como as desigualdades sociais, econmicas e culturais de uma dada sociedade incidem sobre as oportunidades de aprendizagem? Quais caractersticas escolares diminuem o impacto do nvel socioeconmico nos resultados da aprendizagem?

    Que fatores melhor explicam os resultados positivos ou negativos da educao? Quais os efeitos da repetncia? Ou do processo de alfabetizao nas sries iniciais? Ou de aspectos como carreira e formao dos professores? Em que medida o envolvimento dos pais nas atividades escolares dos filhos incide sobre os resultados?

    nesse contexto que a avaliao da qualidade da educao e a montagem de Sistemas de Avaliao e de Informaes Educacionais tornaram-se uma constante nos ltimos tempos. Os espaos tomados pelos resultados das avaliaes de desempenho nas diversas mdias, nos meios acadmicos e nas agendas e decises governamentais so cada vez mais amplos. Por essa razo importante entender melhor o que a avaliao de desempenho. A avaliao de desempenho, ou avaliao em larga escala, como tambm conhecida, tem como objetivo conhecer melhor a dinmica dos processos e resultados dos sistemas educacionais. Segundo Castro (2009), um sistema nacional de avaliao em larga escala pode prover informaes estratgicas para aprofundar o debate sobre a situao educacional de um pas e mostrar o qu os alunos esto aprendendo, ou o qu deveriam ter aprendido, em relao aos contedos e habilidades bsicas estabelecidos no currculo. Como j se mencionou, diferentemente das avaliaes internas realizadas nas escolas por professores, onde busca-se conhecer a evoluo e as dificuldades de cada aluno, as avaliaes em larga escala esto dirigidas a avaliar o sistema educativo. Normalmente, tratam-se de provas de carter nacional, subnacionais ou at mesmo locais. Ainda segundo Castro (2009), estas avaliaes de carter diagnstico servem tambm como avaliao das polticas educacionais em curso e, muitas vezes aportam informaes importantes para auxiliar o processo de formulao e monitoramento de polticas pblicas responsveis e transparentes. Alm disso, de acordo com autora, a institucionalizao da avaliao educacional um instrumento fundamental do processo de prestao de contas sociedade e de enriquecimento do debate pblico sobre os desafios da educao no pas.

    Avaliao: Sistemas Nacionais na Amrica Latina

    A realizao de avaliaes educacionais como forma de conhecer melhor a dinmica dos processos e resultados dos sistemas educacionais tem se tornado uma constante tambm em diversos pases; de diferentes culturas e distintas orientaes ideolgicas. Prova disso a existncia de Sistemas Nacionais de Avaliao da aprendizagem em 19 pases da Amrica Latina; alm de sua crescente participao nas avaliaes internacionais, como o PISA e o TIMMS, ao lado de pases da Unio Europeia, Amrica do Norte, sia e frica (Castro, 2009). Alguns dos Sistemas de Avaliao mais conhecidos na Amrica Latina so:

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    Ano de implantao

    Pas Sistema de Avaliao

    reas Avaliadas

    1988 Chile SIMCE Linguagem, Matemtica e Cincias

    1992 Guatemala SINMELA Leitura e Matemtica

    1993 El Salvador SINEA Leitura, Matemtica e Cincias

    1996 Bolvia SIMECAL Leitura e Matemtica

    1996 Cuba SECE Linguagem e Matemtica

    1996 Mxico SNEE Leitura, Matemtica e Cincias

    1996 Paraguai SNEPE Linguagem e Matemtica

    1996 Equador APRENDO Linguagem e Matemtica

    1997 Colmbia SABER Linguagem, Matemtica e Cincias

    PISA: Entre os Sistemas de Avaliao Internacionais existentes, o Programa Internacional de Avaliao de Alunos PISA, desenvolvido pela OCDE, o mais conhecido. Implantado em 2000, o PISA abrange, a cada trs anos, uma amostra de 200 a 300 mil estudantes na idade de 15 anos (aproximando-se, portanto, da concluso da escolarizao obrigatria), com a finalidade de avaliar habilidades e conhecimentos nos domnios da Linguagem, da Matemtica e das Cincias. Para maiores informaes sobre o PISA, acessar pgina do: INEP ou da OCDE TIMMS: O Trends in International Mathematics and Science Study TIMSS um projeto de avaliao internacional do aprendizado escolar em Matemtica e Cincias, existente desde 1995 e aplicado a cada quatro anos pela Associao Internacional para a Avaliao do Desempenho da Educao IEA. Para maiores informaes sobre o TIMSS, acessar pgina da Associao Internacional para a Avaliao do Desempenho da Educao IEA Saiba Mais: Para maiores informaes sobre os Sistemas de Avaliao em diferentes pases da Amrica Latina ver: FERRER, G. Sistemas de Evaluacin de Aprendizajes en America Latina: Balance y Desafios . Preal, abril de 2006. Quais so os principais objetivos dos Sistemas de Avaliao Educacionais? Leia as afirmaes abaixo e indique se so verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final clique em Conferir. Subsidiar a elaborao de diagnstico sobre a realidade educacional (V) Auxiliar os governantes nas decises e no direcionamento de recursos tcnicos, pedaggicos e financeiros. (V) Avaliar o aprendizado de cada aluno ao longo do ano letivo, possibilitando ao corpo docente conhecer os principais avanos e dificuldades em sala de aula (F) Assegurar a transparncia de informaes, disseminado resultados e prestando contas sociedade. (V) Avaliao e indicadores educacionais no Brasil A partir da dcada de 1990, a avaliao e a produo de indicadores educacionais assumem tambm um lugar de grande destaque na agenda das polticas pblicas de educao no Brasil, acompanhando uma tendncia que j vinha sendo seguida por diferentes pases desde 1970. Segundo Castro (2009) neste perodo, inmeras iniciativas deram forma a um robusto e eficiente sistema de avaliao em todos os nveis e modalidades de ensino, consolidando uma efetiva poltica de avaliao educacional.

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    O desenvolvimento dos sistemas de avaliao de desempenho e de indicadores educacionais permitiram aprofundar o diagnstico da educao brasileira, at ento obscurecido pela ausncia de estatsticas confiveis e atualizadas. Ignorava-se, o quanto e o qu os alunos aprendiam e desconhecia-se quais eram os fatores associados aprendizagem. No Mdulo II um tema relacionado a esses fatores foi mencionado, quando se afirmou que, entre os fatores associados aprendizagem que podem ser controlados pela escola, o professor o que tem maior impacto. Um dos textos do Saiba Mais de um estudo feito pela Consultora Mc Kinsey e mostra exatamente o quanto o fator professor determinante do desempenho de seus alunos. Saiba Mais: Os fatores associados aprendizagem podem ser divididos em variveis extrnsecas e intrnsecas ao processo educacional. As principais variveis extrnsecas so o nvel socioeconmico e cultural do aluno, nvel de desenvolvimento educativo e cultural da populao. J entre as principais variveis intrnsecas, destacam-se a organizao do processo educativo, processos do centro escolar (formao e estabilidade do corpo docente, nvel socioeconmico do professor e do diretor, liderana pedaggica, infra-estrutura e condies de funcionamento da escola, bom ambiente ou clima escolar, nmero de alunos por turma e envolvimento dos pais na escola) e processos de aula (avaliao contnua e controle do progresso dos alunos, uso do livro didtico e de leitura pelo professor, reforo positivo da aprendizagem, etc). Para maiores informaes sobre o tema, ver: 1. TIANA FERRER, A. Qu variables explican los mejores resultados en los estudios internacionales ? Extrado del Boletn de Novedades en el WWW de la OEI - Noviembre-diciembre de 2003. 2. SOARES, J.F. O efeito escola no desempenho cognitivo dos seus alunos. In: Dimenses da Avaliao Educacional. Alberto de Mello e Souza (org.), Petrpolis, RJ, Ed. Vozes, 2005. 3. Barros, R.; Mendona, R.; e Santos, D.; QUINTAES, G. (2001) Determinantes do Desempenho Educacional no Brasil, Rio de Janeiro, IPEA, (Texto para Discusso 834). 4. MC KINSEY & COMPANY. Como os Sistemas Escolares de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo.

    A poltica de avaliao no Brasil

    Considerada hoje uma das mais abrangentes e eficientes do mundo, a poltica de avaliao no Brasil engloba diferentes programas, tais como: Passe o mouse nos anos para ver seu contedo.

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    Nesse perodo entre meados dos anos 1990 at os dias atuais, o Brasil iniciou tambm sua participao em Avaliaes Educacionais Internacionais, como o Programa Internacional de Avaliao de Alunos PISA, sob a responsabilidade da OCDE Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico e a Avaliao da Oficina Regional da UNESCO para La Educacin em Amrica Latina y el Caribe OREALC Cada um dos programas de avaliao mencionados acima ser examinado a seguir. Saiba Mais: Castro, M.H.G. Sistemas de Avaliao da Educao no Brasil: avanos e desafios. In: Revista So Paulo em Perspectiva, So Paulo, v.23, n.1, pag. 5-18, jan/jun. 2009. Link do arquivo: http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v23n01/v23n01_01.pdf

    Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica - SAEB

    Alm de medir o desempenho escolar, o SAEB tambm levanta informaes sobre o perfil socioeconmico e cultural dos alunos, bem como sobre os seus hbitos de estudo. Outro conjunto importante de variveis produzido por meio da aplicao de questionrio a professores (sobre o perfil e prticas pedaggicas) e a diretores (sobre o perfil e prticas de gesto escolar). Completam ainda essa abrangente pesquisa dados sobre equipamentos disponveis e as caractersticas fsicas e de conservao das escolas. Estas informaes, que englobam as principais dimenses do processo de ensino e aprendizagem, permitem contextualizar o desempenho alcanado pelos alunos e identificar fatores a ele associados. O Brasil j tem uma srie histrica de resultados do SAEB com pelo menos uma dcada e meia. Ao longo desse perodo os dados produzidos vm sendo utilizados para investigaes sobre os fatores associados e outros aspectos que so importantes para tomar decises de polticas destinadas melhoria da qualidade das aprendizagens. Isso tem contribudo para a melhoria da gesto educacional nas trs esferas de governo unio, estados e municpios.

    Pode-se afirmar que hoje existem evidncias suficientes sobre o que deve ser priorizado nas decises de financiamento, formao de professores, materiais de ensino e outras. A adequada disseminao das evidncias encontradas, a sua compreenso por toda a sociedade e o compromisso dos gestores em usar os resultados das avaliaes para estabelecer intervenes pedaggicas que superem progressivamente as deficincias do processo de aprendizagem so importantes para a tomada de decises em todos os nveis do sistema: nos rgos centrais e regionais; na superviso do sistema e nas escolas. As informaes disponveis permitem estabelecer prioridades com relativa segurana de que os recursos e esforos estaro sendo canalizados para aquilo que mais relevante. Em suma, a formulao de polticas educacionais com base em evidncias depende sobretudo da vontade poltica dos gestores, educadores em geral e professores em particular em utilizar os resultados das avaliaes externas para sua maior efetividade. Entre os fatores associados ao desempenho dos alunos, os resultados do SAEB indicam, por exemplo, forte correlao entre repetncia, atraso escolar e baixo desempenho. Pesquisas indicam que as crianas que frequentam a pr-escola apresentam melhor desempenho em leitura e escrita ao final dos anos iniciais do ensino fundamental. Outra correlao importante o efeito escola. Em pases altamente desenvolvidos, a influncia da escola na aprendizagem situa-se em torno de 10 a 20%, sendo de 80% a 90% do desempenho dos alunos explicado por fatores socioeconmicos culturais e grau de escolaridade dos pais. No Brasil, o efeito-escola maior: de 30 a 40%. Como as famlias em geral possuem baixa escolaridade e no tem acesso a livros e outros bens culturais, o papel da escola no Brasil ganha um peso muito maior no aprendizado das crianas. A escola faz diferena. A boa escola aquela onde o aluno aprende.

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    Prova Brasil

    A Prova Brasil foi criada em 2005 a partir da necessidade de se tornar a avaliao j realizada pelo SAEB mais detalhada. Ela utiliza as mesmas Matrizes Curriculares j utilizadas no SAEB, desenvolvidas com base nos Parmetros Curriculares Nacionais - PCNs e na realidade das redes pblicas de ensino. Conforme mencionado anteriormente, o SAEB feito por amostragem e oferece resultados agregados das redes de ensino, no sendo possvel divulgar resultados por municpio ou por estabelecimento de ensino. J a Prova Brasil aplicada a todos os estudantes das sries avaliadas e apresenta mdias de proficincia por unidade escolar. A Prova Brasil avalia as habilidades em Lngua Portuguesa (foco em leitura) e Matemtica (foco na resoluo de problemas). So avaliados apenas alunos da 4 srie (5 ano) do Ensino Fundamental e 8 srie (9 ano) do Ensino Fundamental. A avaliao universal: todos os estudantes das sries avaliadas, de todas as escolas pblicas urbanas do Brasil com mais de 20 alunos na srie, devem fazer a prova. Por ser universal, a Prova Brasil expande o alcance dos resultados oferecidos pelo SAEB. Como resultado, fornece as mdias de desempenho para o Brasil, regies e unidades da Federao, para cada um dos municpios e escolas participantes. A Prova Brasil a base para clculo do IDEB, que ser examinado logo a seguir. Saiba Mais: Link para a pgina do INEP com informaes sobre a Prova Brasil: http://provabrasil.inep.gov.br/

    Provinha Brasil

    A Provinha Brasil uma avaliao diagnstica do nvel de alfabetizao das crianas matriculadas no segundo ano de escolarizao das escolas pblicas brasileiras.

    A avaliao anual e composta por duas etapas: no incio e ao trmino do ano letivo. A aplicao em perodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realizao de um diagnstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianas, em termos de habilidades de leitura dentro do perodo avaliado. As habilidades de leitura avaliadas por meio da Provinha Brasil esto organizadas na Matriz de Referncia para Avaliao da Alfabetizao e do Letramento Inicial. A Provinha Brasil oferecida aos municpios e estados para fazer um acompanhamento da alfabetizao dos alunos nos dois primeiros anos do ensino fundamental e tomar decises sobre o que precisa ser reforado, melhorado ou mantido.

    Matriz de Referncia para Avaliao da Alfabetizao e do Letramento Inicial : A Matriz de Referncia foca habilidades essenciais de alfabetizao e letramento que sero avaliadas pela Provinha Brasil. Trata-se de uma referncia para a construo do teste, sendo diferente de uma proposta curricular ou programa de ensino, que so mais amplos e complexos. Desta forma, direcionar as prticas de alfabetizao, para que os alunos obtenham bons desempenhos na Provinha, constitui um reducionismo pedaggico que deve ser evitado. A matriz da Provinha Brasil pode servir como referncia, mas de forma alguma deve substituir o currculo da escola em relao a alfabetizao.

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    Exame Nacional de Ensino Mdio ENEM e Exame Nacional para Certificao de Competncias de Jovens e Adultos - ENCCEJA

    ENEM: O objetivo fundamental do exame, que avalia as 5 competncias e as 21 habilidades que o estudante deve desenvolver ao final da educao bsica, e criar uma referncia para o indivduo que sirva para apoi-lo nas suas escolhas futuras. O exame, composto por uma redao e 63 questes interdisciplinares e contextualizadas, foi modificada em 2009 tornando-se exame de seleo de alunos para o ingresso no ensino superior. Entre 1998 e 2008, alm de avaliar o desempenho do aluno, o ENEM se estruturou como modalidade alternativa aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes ps-mdio e ao ensino superior. A partir de 2004, o ENEM tornou-se tambm o principal critrio para atribuio de benefcios do PROUNI, programa de financiamento de bolsas de estudo para alunos de baixa renda que ingressaram no ensino superior. ENCCEJA: Tem como objetivo principal avaliar competncias e habilidades bsicas de jovens e adultos que no tiveram oportunidade de acesso a escolaridade regular na idade apropriada. um exame que o resultado permite obter o certificado de escolarizao em nvel de ensino fundamental ou mdio. A participao no exame voluntria. As provas so elaboradas pelo INEP, por disciplina e rea de conhecimento, sendo constituda por questes de mltipla escolha e uma redao, construda a partir das matrizes de Competncia e Habilidades, especialmente desenvolvidas para estruturar o ENCCEJA.

    ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica IDEB

    Conforme vimos at agora, a avaliao da qualidade da educao e a montagem de Sistemas de Avaliao tornaram uma constante nos tempos atuais. Atravs de diversos exames, busca-se avaliar o qu os alunos esto aprendendo, ou o que deveriam ter aprendido, em relao aos contedos e habilidades bsicas estabelecidas no currculo.

    Entretanto, avaliar a qualidade do servio educacional pressupe que um sistema de ensino ideal no somente garanta que crianas e jovens que frequentam a escola desenvolvam habilidades e competncias requeridas para a etapa de escolarizao em que se encontram, mas que o faam no tempo adequado. Isso significa que, uma avaliao da qualidade educacional s possvel quando vigoram, simultaneamente, medidas sobre quanto e em quanto tempo os alunos devem aprender. No desejvel que o contedo considerado adequado para uma determinada srie s seja plenamente apreendido se os alunos cursarem diversas vezes esta mesma srie; tampouco desejvel que os alunos progridam de uma srie para a outra com defasagem de aprendizagem. neste cenrio, que em 2007, o INEP criou o ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica IDEB, indicador sinttico que permite definir metas e acompanhar a qualidade do ensino bsico no pas, fornecendo informaes sobre o desempenho de cada uma das escolas brasileiras de educao bsica. O IDEB rene num s indicador dois conceitos importantes para a qualidade da educao: fluxo escolar e desempenho dos alunos nas avaliaes. Seu clculo baseia-se nos dados de aprovao escolar, apurados no Censo Escolar, e nas mdias de desempenho obtidas nas avaliaes nacionais: o SAEB, para as unidades da Federao e o pas; e a Prova Brasil, para os municpios. A combinao entre fluxo e aprendizagem resulta em uma mdia que varia de 0 a 10. As metas so diferenciadas para cada Unidade da Federao, por municpio e por escola, para as duas fases do Ensino Fundamental (1 4 e 5 8 sries) e para o Ensino Mdio, apresentadas bienalmente de 2005 a 2021. O IDEB utilizado para que cada estado e municpio avalie seus avanos e dificuldades com a Educao Bsica. O MEC disponibiliza assessoria tcnica para apoiar municpios com IDEB insuficiente. Atualmente a publicao dos resultados do IDEB tem mobilizado os formadores de opinio lderes comprometidos com a educao e isso muito saudvel para o pas.

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    Como o IDEB calculado para cada escola ele um excelente indicador das foras e debilidades do Projeto Pedaggico da escola e do trabalho da equipe escolar. Leia as afirmaes abaixo e indique se so verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final clique em Conferir. O SAEB uma prova aplicada a todos os estudantes das sries avaliadas e apresenta mdia de proficincia desagregado por aluno ( F ) O SAEB uma prova aplicada a todos os estudantes das sries avaliadas e apresenta mdia de proficincia desagregado por unidade de escola ( F ) O SAEB feito por amostragem e oferece resultados agregados das redes de ensino, no sendo possvel divulgar resultados por municpio ou por estabelecimento de ensino ( V ) A prova Brasil uma prova feita por amostragem e apresenta mdia de proficincia desagregado por aluno ( F ) A prova Brasil uma prova feita por amostragem e oferece resultados agregados das redes de ensino, no sendo possvel divulgar resultados por municpio ou por estabelecimento de ensino ( F ) Sistema de Avaliao do Rendimento Escolar do Estado de So Paulo - SARESP

    O que ?

    O SARESP o sistema de avaliao da Educao Bsica do Estado de So Paulo. Foi criado em 1996 com a inteno de gerar uma cultura de avaliao que agilize aes de melhoria do ensino e incremente a capacitao contnua dos professores e demais profissionais envolvidos no sistema educacional. Em 2007, o SARESP foi completamente reformulado do ponto de vista conceitual e metodolgico. Passou a utilizar a mesma mtrica adotada pelo SAEB, a desenvolver uma escala de proficincia cujos resultados pudessem ser comparados temporalmente, como veremos mais adiante. importante destacar as mudanas do SARESP a partir de 2007. Antes no era possvel fazer comparaes. Sendo uma avaliao externa de larga escala, fornece informaes sobre o desempenho dos alunos da rede estadual em relao ao desenvolvimento de competncias e habilidades cognitivas necessrias sua insero e sua participao na vida social, cultural e econmica do pas. Com base em seus resultados, a SEE/SP pode estabelecer reas de atuao prioritrias para a atingir os objetivos traados pela poltica educacional em vigor.

    O que avalia?

    O SARESP o sistema de avaliao da Educao Bsica do Estado de So Paulo. Foi criado em 1996 com a inteno de gerar uma cultura de avaliao que agilize aes de melhoria do ensino e incremente a capacitao contnua dos professores e demais profissionais envolvidos no sistema educacional. Em 2007, o SARESP foi completamente reformulado do ponto de vista conceitual e metodolgico. Passou a utilizar a mesma mtrica adotada pelo SAEB, a desenvolver uma escala de proficincia cujos resultados pudessem ser comparados temporalmente, como veremos mais adiante. importante destacar as mudanas do SARESP a partir de 2007. Antes no era possvel fazer comparaes. Sendo uma avaliao externa de larga escala, fornece informaes sobre o desempenho dos alunos da rede estadual em relao ao desenvolvimento de competncias e habilidades cognitivas necessrias sua insero e sua participao na vida social, cultural e econmica do pas. Com base em seus resultados, a SEE/SP pode estabelecer reas de atuao prioritrias para a atingir os objetivos traados pela poltica educacional em vigor.

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    Para avaliar necessrio ter a referncia do que avaliar. E definir o que avaliar em cada uma das sries necessariamente passa pelo julgamento do que um aluno deveria ter aprendido em cada uma delas. Como vimos no incio deste mdulo, em 2008 foi implementado o Currculo do Estado de So Paulo. Uma vez implementado um currculo mnimo comum a todas as escolas, em que se definiu as bases dos conhecimentos e das competncias e habilidades a serem efetivamente desenvolvidas pelos alunos em cada srie e em cada rea curricular, foi possvel definir uma referncia para avaliao dos alunos. Tendo essa referncia podemos medir o quanto os alunos da rede estadual esto efetivamente aprendendo em relao ao que se espera que esses alunos aprendam na etapa de ensino em que se encontram. Dessa forma, sabendo o que o aluno deveria ter aprendido em cada srie para cada componente curricular, definimos o que avaliar. Formalmente, a definio do que avaliar se concretiza na Matriz de Referncia para avaliao do SARESP.

    SARESP Matrizes de referncia para a avaliao

    A construo dessa matriz teve incio com a proposta de um grupo de especialistas em avaliao. Esse grupo se baseou no currculo do Estado de So Paulo e em documentos que balizam as avaliaes nacionais e internacionais. A proposta inicial passou por diversas etapas de releituras e crticas por parte de especialistas da Coordenao de Estudos e Normas Pedaggicas (CENP) e dos Professores Coordenadores de Oficinas Pedaggicas de todas as Diretorias Regionais de Ensino. Desse trabalho conjunto, definiram-se as Matrizes de Referncia do SARESP para cada componente curricular avaliado.

    As Matrizes de Referncia do SARESP constituem um recorte do currculo e expressam as habilidades que podem ser aferidas em uma prova escrita. Dessa forma, os itens das provas do SARESP, construdos a partir dessas matrizes, no abrangem totalmente o currculo real trabalhado na escola. Nota-se, portanto, que as avaliaes do SARESP esto totalmente vinculadas ao currculo implementado, e, portanto, s competncias trabalhadas no Caderno do Professor e no Caderno do Aluno.

    SARESP Como as provas so construdas

    1) Provas escritas em forma de teste de mltipla escolha. Com exceo das questes abertas de matemtica aplicada a uma amostra dos alunos para anlise das diferentes estruturas do pensamento matemtico. 2) Os itens so construdos com base na matriz de referncia do SARESP. 3) Os itens so pr-testados antes de serem utilizados na prova: a SEE aplica o conjunto de itens produzidos para alunos reais em condies similares a dos alunos das sries avaliadas da rede estadual. Esse processo importante para excluir itens inadequados, cujas alternativas podem induzir o aluno ao erro. Ainda, o pr-teste dos itens ajuda na composio das provas com itens de baixa, mdia e alta dificuldade. 4) Para avaliar um nmero maior de competncias e habilidades sem cansar os alunos ou prejudicar os resultados, cada classe respondeu um conjunto diferente de itens ou em ordem diferentes conjuntos de questes resultam em 26 diferentes cadernos de provas para cada srie e disciplina avaliada.

    SARESP Escala de Proficincia

    Os resultados das provas so expressos em proficincias, numa escala que descreve o desempenho efetivo dos alunos na prova aplicada. Cada ponto na escala de proficincia reflete as competncias e habilidade que o aluno possui e que foram medidas pelas respostas na resoluo dos itens da prova.

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    O desempenho dos alunos da rede estadual medido na mesma mtrica do SAEB, cujo intervalo de 0 a 500. Para cada uma das disciplinas avaliadas existe uma escala nica com essa mesma extenso. Nessa escala medimos tanto o aprendizado de um aluno do 5 ano do Ensino Fundamental como o aprendizado de um aluno da 3 srie do Ensino Mdio. Com uma escala nica para todas as sries avaliadas podemos observar a evoluo do aprendizado dos alunos ao longo da Educao Bsica: um aluno do 9 ano do Ensino Fundamental deve ter proficincia maior que um aluno do 5 ano do Ensino Fundamental, considerando que ambos estejam com aprendizado adequado s respectivas sries. Isso ser melhor explicado a seguir.

    Devemos lembrar que a avaliao possui 26 cadernos de provas diferentes para avaliar um maior nmero de competncias e habilidades, pois, como qualquer avaliao de larga escala, as provas do SARESP so montadas para avaliar o sistema de ensino, e no o aluno propriamente dito. Dessa forma, o SARESP utiliza o resultado do conjunto de alunos da escola para avaliar o aprendizado na unidade escolar, por srie e componente curricular avaliados.

    Saiba Mais: Se voc quer saber mais sobre como e quais competncias e habilidades o SARESP avalia, acesse o documento das Matrizes de Referncia para Avaliao do SARESP em: http://saresp.fde.sp.gov.br/2009/pdf/Saresp2008_MatrizRefAvaliacao_DocBasico_Completo.pd

    SARESP Nveis de desempenho

    At aqui tudo bem. Vimos que as referncias para a avaliao esto pautadas no currculo, onde encontramos o que cada aluno deveria saber em cada srie e cada componente curricular, o que chamamos de expectativas de aprendizagem - competncias e habilidades esperadas. E o que fazemos depois? Tendo as expectativas de aprendizagem traduzidas em pontos da escala do SARESP, podemos definir a situao de cada aluno em relao ao esperado para cada srie a partir da proficincia obtida em cada disciplina avaliada. Para tanto, definimos os nveis de desempenho:

    Abaixo do bsico: Os alunos neste nvel demostram domnio insuficiente dos contedos, competncias e habilidades desejveis para a srie escolar em que se encontram. Bsico: Os alunos neste nvel demostram domnio mnimo dos contedos, competncias e habilidades, mas possuem as estruturas necessrias para interagir com a proposta curricular nas sries subsequentes. Adequados: Os alunos neste nvel demostram domnio pleno dos contedos, competncias e habilidades desejveis para as sries escolares em que se encontram. Avanado: Os alunos neste nvel demostram conhecimentos e domnio dos contedos, competncias e habilidades acima do requerido na srie escolar em que se encontram.

    SARESP Nveis de desempenho

    Como medimos todas as sries (com exceo do 3 ano do Ensino Fundamental) na mesma escala, o que definimos como aprendizado abaixo do esperado um intervalo de proficincia diferente para cada srie, como podemos observar abaixo, com a exibio dos quatro nveis de desempenho definidos para Lngua Portuguesa:

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    Para o 5 ano do Ensino Fundamental, considera-se com aprendizado adequado em Lngua Portuguesa aquele que obtm de 200 a 250 de proficincia na avaliao, e com aprendizado bsico aqueles com resultados menores que 200 e acima de 150. Para a mesma srie e disciplina, exibem domnio insuficiente dos contedos, competncias e habilidades (abaixo do bsico) aqueles com proficincias menores que 150; e superam o esperado aqueles com resultados maiores que 250 (avanado). Pense Rpido! Suponha, por exemplo, que um aluno tenha obtido 220 de proficincia na avaliao de Lngua Portuguesa. Qual o nvel de desempenho desse aluno? Reflita antes de avanar para a prxima tela. Depende! Observe que no ponto 220 da escala o aluno possui:

    1. i. nvel adequado de desempenho, se estiver no 5 ano do Ensino Fundamental; 2. ii. nvel bsico, se estiver no 7 ou no 9 ano do Ensino Fundamental; 3. iii. e, no pior das hipteses, nvel abaixo do bsico se estiver na 3 srie do Ensino Mdio.

    Nota-se, portanto, que um aluno do 3 ano do Ensino Mdio com proficincia igual a 220 na avaliao de Lngua Portuguesa possui habilidades e competncias esperadas de um aluno do 5 do Ensino Fundamental nessa mesma disciplina.

    Essa a vantagem de medir as sries avaliadas na mesma escala: ao termos a evoluo desejada do aprendizado ao longo da Educao Bsica, podemos comparar os resultados das sries para obter uma melhor compreenso da defasagem dos alunos avaliados. SARESP Boletins das escolas Da mesma forma como indicado para Lngua Portuguesa, todas as disciplinas avaliadas pelo SARESP possuem nveis de desempenho definidos como agrupamentos de pontos da escala de proficincia. Quanto mais se avana ao longo da Educao Bsica, maior a proficincia necessria para manter-se no nvel adequado. Caso queira saber mais sobre a relao entre os pontos na escala e as

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    habilidades relacionadas, acesse aqui (documentos com a descrio das habilidades nos pontos da escala de proficincia). importante que o professor e demais colegas se familiarizem com os resultados do SARESP e o que significam em termos de aprendizado dos alunos. Os resultados das provas so divulgados anualmente s escolas atravs de Boletins disponveis no site da Secretaria.Nesses boletins divulga-se o desempenho da escola por disciplina e srie avaliada. Esse desempenho medido pela proporo de alunos em cada um dos nveis de desempenho: quanto maior a proporo de alunos nos nveis adequado e avanado, melhor o resultado da escola na aprendizagem dos alunos. importante que o professor se familiarize com os resultados do SARESP e o que significam em termos de aprendizado dos alunos. Os resultados das provas so divulgados anualmente s escolas atravs de Boletins disponveis no site da Secretaria. Nesses boletins divulga-se o desempenho da escola por disciplina e srie avaliada. Esse desempenho medido pela proporo de alunos em cada um dos nveis de desempenho: quanto maior a proporo de alunos nos nveis adequado e avanado, melhor o resultado da escola na aprendizagem dos alunos. Avaliao Anual:

    Anos avaliados: 3, 5, 7 e 9 anos do Ensino Fundamental e 3 srie do Ensino Mdio; Componentes curriculares avaliados: Lngua Portuguesa e Matemtica (anualmente) e Cincias

    Humanas e Cincias da Natureza (anos alternados). Avaliao das escolas:

    Censitria entre as escolas: avalia todas as escolas estaduais que possuem as sries avaliadas; Avalia escolas municipais e particulares mediante convnio - as escolas privadas devem arcar com

    as despesas da avaliao. Levantamento dos fatores associados: Alm da avaliao propriamente dita, so aplicados questionrios aos diversos atores no processo educacional no intuito de coletar informaes para levantamento dos fatores associados aprendizagem dos alunos da rede estadual. Respondem aos questionrios:

    alunos e seus pais: fornecem informaes sobre aspectos da vida escolar, do nvel socioeconmico, do capital social e cultural da famlia;

    agentes educacionais diretores, professores-coordenadores e professores sries avaliadas: perfil socioeconmico e cultural, formao acadmica, aspectos pedaggicos, e percepo sobre o funcionamento e condies da escola.

    SARESP Reforma metodolgica

    Embora o SARESP exista desde 1996, at 2007 as matrizes de referncia do SARESP no guardavam correspondncia com a escala de proficincia adotada pelo SAEB, embora sempre tivessem sido pautadas pelos Parmetros Curriculares Nacionais. Dessa forma, era impossvel comparar os resultados do SARESP com outras avaliaes nacionais, pois as provas aplicadas eram metodologicamente diversas. Ainda, as prprias provas do SARESP no eram comparveis ao longo dos anos, no permitindo verificar como evolua a qualidade de ensino da rede estadual a partir dessa avaliao.

    Em 2007 houve reformulao do SARESP em diversos aspectos, incluindo o metodolgico, o que permitiu a comparao dos resultados da avaliao estadual queles das avaliaes nacionais, uma vez que passou a utilizar a mesma escala de proficincia adotada pelo SAEB/Prova Brasil. Mais importante, a partir de 2007 tornou-se possvel acompanhar a evoluo da qualidade de ensino ao longo dos anos atravs da avaliao estadual.

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    Essa reformulao tambm propiciou a comparao das proficincias entre as sries avaliadas, ou seja, tornou-se possvel a comparao do desempenho dos alunos ao longo da Educao Bsica. A reformulao do SARESP ao permitir o monitoramento da evoluo da qualidade do ensino da Educao Bsica ao longo dos anos, abriu espao para que se estabelecesse um compromisso objetivo com a qualidade do ensino no longo prazo.

    Esse compromisso se iniciou com o Programa de Qualidade da Escola (PQE). Clique no cone ao lado para saber mais sobre este Programa.

    Saiba Mais: A reformulao do SARESP ao permitir o monitoramento da evoluo da qualidade do ensino da Educao Bsica ao longo dos anos, abriu espao para que se estabelecesse um compromisso objetivo com a qualidade do ensino no longo prazo.

    O Programa de Qualidade da Escola (PQE), tem como objetivo promover a melhoria da qualidade e a equidade do sistema de ensino na rede estadual paulista, com nfase no direito que todos os alunos da rede pblica tm: o direito de aprender com qualidade. No mbito do programa foi criado o IDESP ndice de Desenvolvimento da Educao do Estado de So Paulo.

    Uma das aes mais importantes para promover a melhoria da qualidade refere-se ao currculo e neste ponto que fica claro o motivo de examinar currculo e avaliao num nico mdulo. A anlise pedaggica dos resultados do SARESP permite compreender as dificuldades de professores e alunos na implementao do currculo porque as provas do SARESP so construdas tomando como referncia o currculo. Como manda a boa lgica pedaggica, quando a avaliao pautada pelo currculo estabelece-se entre ambos um crculo virtuoso que permite pautar a avaliao no currculo e aperfeioar o currculo a partir dos resultados da avaliao. H uma frase do educador Creso Franco que expressa muito bem essa relao.

    Nesta era, avalia-se o que se valoriza; e valoriza-se o que avaliado positivamente. (Creso Franco, 2005).

    IDESP - ndice de Desenvolvimento da Educao do Estado de So Paulo

    Apresentado numa escala de 0 a 10, o IDESP um indicador sinttico que avalia a qualidade de cada escola estadual em cada nvel de ensino que oferece. Semelhante ao IDEB, do MEC, o IDESP conjuga os resultados das avaliaes do SARESP com os resultados de desempenho escolar ao final do ano letivo:

    Estes dois critrios se complementam na avaliao da qualidade da escola. Isto porque no desejvel para o sistema educacional que, para que os alunos aprendam, eles precisem repetir vrias vezes a mesma srie. Por outro lado, tambm no desejvel que os alunos sejam promovidos de uma srie para a outra com deficincias de aprendizado. Clique no cone ao lado para saber mais sobre o clculo do IDESP.

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    Saiba Mais:

    Dessa forma, quanto melhor o aprendizado dos alunos medido pelos resultados do SARESP maior a proporo de alunos nos nveis de maior desempenho maior o IDESP. O indicador de desempenho assume seu valor mnimo (zero) quando todos os alunos (100%) ento possurem aprendizado considerado abaixo do bsico, enquanto seu valor mximo (dez) ocorre no caso de todos os alunos (100%) possurem nvel avanado de aprendizado. O indicador de fluxo, medido pela taxa de aprovao do ciclo, funciona como um desconto no indicador de desempenho: quanto menor a taxa de aprovao maior a reprovao e/ou o abandono menor o IDESP.

    O IDESP calculado para cada etapa de escolarizao Ciclo I e II do Ensino Fundamental e Ensino Mdio. Para o clculo do IDESP, utilizam-se os resultados das disciplinas de Matemtica e Lngua Portuguesa das sries finais de cada etapa - 5 ano do Ensino Fundamental, 9 ano do Ensino Fundamental, e 3 srie do Ensino Mdio e a taxa de aprovao da respectiva etapa.

    As metas do IDESP

    O Programa de Qualidade da Escola no existiria sem os resultados do SARESP e sem o IDESP de cada escola. A grande inovao do PQE em 2008 foi propor metas de longo prazo para a melhoria de toda a rede estadual de ensino e, junto com elas, estabelecer metas anuais especficas para cada escola, com o objetivo de garantir que todas atinjam as metas de longo prazo.

    Os valores destas metas esto expostos abaixo, e para traar um panorama desse desafio, aproveitamos para expor os valores mdios do IDESP da rede estadual em 2009. Na sequencia, da esquerda para a direita, em cada seta: IDESP 2009, meta 2010 e meta 2030:

    Metas Anuais: As metas anuais servem como um guia da trajetria que as escolas devem seguir, fornecendo subsdios para a tomada de decises dos gestores e demais profissionais ligados ao sistema educacional da rede estadual paulista. Espera-se que a cada ano possam ser verificadas melhorias significativas na qualidade das escolas estaduais paulistas, que se reflitam principalmente em esforos pedaggicos capazes de elevar o desempenho dos estudantes, garantindo que uma proporo cada vez maior de alunos domine um slido conhecimento dos contedos e habilidades esperados para a etapa de escolarizao em que se encontram.

    Para que o Estado possa cumprir tais metas, foram atribudas metas anuais para cada escola, considerando sua distncia da meta de longo prazo. Cada escola possui metas anuais prprias estabelecidas de acordo com aquilo que possvel a escola atingir e do esforo que precisam realizar, uma vez que se considera o valor inicial do IDESP da escola. Por um lado, escolas com valores baixos do IDESP tm um caminho mais longo a percorrer em relao quelas escolas com valor do IDESP mais elevados. Por outro lado, pequenas iniciativas ou mudanas na rotina das escolas com baixo IDESP geram avanos muito maiores do que para escolas que j possuem valores de IDESP elevados. Desta forma, todas as escolas tm as mesmas condies de cumprir as metas que foram estabelecidas.

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    O IDESP de cada escola a base para clculo do bnus por resultados, um dos programas estruturantes da poltica relativa Gesto da Carreira do Magistrio. Clique no cone ao lado para saber mais sobre os resultados do IDESP. Professor, da mesma forma que entender os resultados do SARESP, entender o clculo do IDESP importante. O IDESP tem o papel de dialogar com a escola, fornecendo-lhe ao mesmo tempo um diagnstico que aponte suas fragilidades e potencialidades e um norte que permita sua melhoria constante. Pela metodologia utilizada no clculo do IDESP possvel que a escola acompanhe sua evoluo ano a ano. Voc pode entender como o IDESP calculado acessando a Nota tcnica 2009 . Saiba Mais: Os resultados do IDESP esto disponveis para acesso no site da SEE. Tambm so divulgados na forma de Boletim para cada escola, onde consta desde a distribuio dos alunos atravs dos nveis de desempenho para cada srie - informaes primrias para clculo dos indicadores de desempenho - como as metas para o prximo ano, calculadas com base no ltimo resultado apresentado pela escola. Voc pode acessar os boletins clicando aqui . Gesto da Carreira do Magistrio: Se desejar relembrar este contedo acesse o item Incentivo atravs de Bnus por Resultados do Mdulo 1.

    Finalizando

    Para encerrar o mdulo Currculo e Avaliao, relacione a avaliao com o resultado ou efeito. Associe e numere as afirmaes de acordo com os itens disponveis na parte superior da caixa de atividade. Ao final clique em Conferir. Lembrando os princpios que presidiram a construo do currculo: I. A escola como espao de cultura. II. As competncias como referncia. III. Prioridade da competncia leitora e escritora. IV. Articulao das competncias para aprender. V. Contextualizao no mundo do trabalho. Discuta as afirmaes: 1 - Se uma atividade considerada no curricular ou extra curricular no se justifica realiz-la na escola. 2 - A relao entre teoria e prtica no possvel nas cincias humanas e sociais. Ana Chiummo 29/9/2010 1:19 Ol cursistas, voc Ol cursistas, voc acredita que existam atividades no curriculares na escola? Cite exemplos de atividades no curriculares que j presenciou ou imagina que possam existir em escolas. Cite exemplos, tambm, de atividades, que podem ser realizadas fora do horrio e do ambiente escolar e que so consideradas curriculares.

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    1. Assinale a alternativa correta - SARESP:

    Todos os itens do SARESP guardam relao com o Currculo de So Paulo.

    Todos os alunos da mesma srie so avaliados pelos mesmos itens, e portanto, nas mesmas competncias e habilidades para cada disciplina.

    Os itens das avaliaes do SARESP abrangem todas as competncias inseridas na Proposta Curricular.

    A evoluo da qualidade do ensino da rede estadual pode ser acompanhada desde 1996, quando se iniciaram as avaliaes do SARESP.

    2. Sobre o IDESP e as metas de qualidade, assinale a alternativa correta:

    As metas anuais estabelecidas so as mesmas para cada escola: o esforo maior para as escolas com valores mais baixos do IDESP.

    Atingindo as metas de longo prazo, a rede estadual atingir o nvel de qualidade de ensino dos pases desenvolvidos.

    Todas as alternativas esto corretas.

    Cada escola possui um nico indicador de qualidade.

    3. Sobre Avaliao Externa, assinale a alternativa correta:

    Na relao avaliao currculo, a avaliao vem antes, estabelecendo os contedos que devero ser avaliados, ou seja, os contedos que os alunos devem receber em cada ciclo ou srie avaliada.

    A partir dos problemas identificados como recorrentes no aprendizado dos alunos, um importante subsdio para orientar a formao continuada dos profissionais da educao.

    Todas as alternativas esto corretas.

    Avaliao feita pelos professores e pela equipe escolar, indispensvel para rever o projeto pedaggico e o plano de trabalho do professor.

    4. Sobre Currculo, assinale a alternativa correta:

    O currculo uma rea essencialmente pedaggica, porque seu ponto de partida o para que queremos educar e que perfil deve ter o aluno que passou pela escolaridade bsica.

    O aspecto mais importante a destacar nas DCNs do ensino mdio e que no vale para o Ensino Fundamental a organizao do currculo por reas.

    A LDB norteada por valores como compromisso com a solidariedade e a liberdade, vnculo da Educao Bsica com trabalho e prtica social e desenvolvimento da capacidade de aprender.

    No cabe a uma lei nacional especificaes metodolgicas que cheguem ao nvel da gesto da sala de aula, razo pela qual, a LDB no faz nenhuma orientao nesse sentido.

    5. Sobre Idesp e Avaliao, assinale a alternativa correta:

    No podemos relacionar os resultados de avaliao interna e de avaliao externa, porque so dados exclusivos.

    O SAEB feito por amostragem e no oferece resultados por municpio ou por estabelecimento de ensino. A Prova Brasil aplicada ao universo de estudantes das sries avaliadas e apresenta mdias de proficincia por unidade escolar.

    O IDEB tem clculo baseado nos dados de aprovao escolar do Censo Escolar e nas mdias de desempenho obtidas no SAEB, numa combinao entre fluxo e aprendizagem que resulta em uma mdia que varia de 0 a 10, vlido para o pas, para as unidades da Federao e para os municpios.

    O SAEB - Sistema Nacional de Avaliao da Educao Bsica um tipo de avaliao feito no Universo de alunos da Educao Bsica, a cada dois anos e alm de medir o desempenho escolar, levanta vrios outros ndices, como o socioeconmico e cultural.

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