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MODULO II DIGITAL 2018 EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE GEOGRAFIA PROF. LÁZARO BEZERRA PARTE I 01. (UEG-adaptada) Os movimentos orogenéticos, resultantes da deriva continental e dinâmica de placas, são os responsáveis pela formação de grandes cadeias de montanhas no planeta, que surgem em virtude do enrugamento ou soerguimento de extensas porções da crosta terrestre. A cordilheira dos Andes resulta dessa dinâmica, e sua origem está relacionada ao choque entre as placas A) Do Pacífico e Norte-Americana B) De Nazca e Norte-Americana C) Do Pacífico e Sul-Americana D) De Nazca e Sul-Americana E) Africana e euroasiática 02. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Veja algumas manchetes dos principais jornais brasileiros nos últimos cinco anos. O Globo: Terremoto deixa o Japão sob ameaça de acidente nuclear. (março de 2011) Folha de São Paulo: Fumaça de vulcão para voos na Europa. (abril de 2010) Estadão: Tremor e tsunami castigam Japão e geram alerta nuclear. (Estadão) As grandes catástrofes naturais retratadas nas manchetes acima, são comuns em muitos países de todos os continentes, como o Chile, japão, Haiti, China, Islândia e muitos outros, fazendo milhares de vítimas fatais todos os anos. No Brasil não temos mais atividade vulcânica, nem terremotos de grande magnitude, devido o país A) Apresentar uma estrutura geológica muito antiga, que pouco sofre com as forças endógenas do planeta. B) Apresentar uma grande estabilidade tectônica, devido sua localização no centro de uma placa. C) Apresentar uma estrutura geológica recente, que impossibilita a ocorrência desses fenômenos. D) Apresentar predominância de terrenos cristalinos, que por ser muito antigos, são menos sujeitos a sismos. E) Apresentar um relevo tipicamente planáltico, desfavorecendo a ocorrência de abalos sísmicos. 03. (PROF. LÁZARO BEZERRA) As formas ou conjuntos de formas de relevo participam da composição das paisagens em diferentes escalas. Relevos de grandes dimensões, ao serem observados em um curto espaço de tempo, mostram aparência estática e imutável; entretanto, estão sendo permanentemente trabalhados por processos erosivos ou deposicionais, desencadeados pelas condições climáticas existentes. Esses processos, originados pelas forças exógenas, promovendo, ao longo de grandes períodos de tempo, a degradação (erosão) das áreas topograficamente elevadas e a agradação (deposição) nas áreas topograficamente baixas, conduzem a uma tendência de nivelamento da superfície terrestre. Isso só se completará caso não haja interferência

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MODULO II DIGITAL – 2018

EXERCÍCIOS PROPOSTOS DE GEOGRAFIA

PROF. LÁZARO BEZERRA

PARTE I

01. (UEG-adaptada) Os movimentos orogenéticos, resultantes da deriva continental e dinâmica de placas, são os responsáveis pela formação de grandes cadeias de montanhas no planeta, que surgem em virtude do enrugamento ou soerguimento de extensas porções da crosta terrestre. A cordilheira dos Andes resulta dessa dinâmica, e sua origem está relacionada ao choque entre as placas

A) Do Pacífico e Norte-Americana B) De Nazca e Norte-Americana C) Do Pacífico e Sul-Americana D) De Nazca e Sul-Americana E) Africana e euroasiática 02. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Veja algumas manchetes dos principais jornais

brasileiros nos últimos cinco anos. O Globo: Terremoto deixa o Japão sob ameaça de acidente nuclear. (março de 2011) Folha de São Paulo: Fumaça de vulcão para voos na Europa. (abril de 2010) Estadão: Tremor e tsunami castigam Japão e geram alerta nuclear. (Estadão) As grandes catástrofes naturais retratadas nas manchetes acima, são comuns em muitos países de todos os continentes, como o Chile, japão, Haiti, China, Islândia e muitos outros, fazendo milhares de vítimas fatais todos os anos. No Brasil não temos mais atividade vulcânica, nem terremotos de grande magnitude, devido o país A) Apresentar uma estrutura geológica muito antiga, que pouco sofre com as forças

endógenas do planeta. B) Apresentar uma grande estabilidade tectônica, devido sua localização no centro de

uma placa. C) Apresentar uma estrutura geológica recente, que impossibilita a ocorrência desses

fenômenos. D) Apresentar predominância de terrenos cristalinos, que por ser muito antigos, são

menos sujeitos a sismos. E) Apresentar um relevo tipicamente planáltico, desfavorecendo a ocorrência de abalos

sísmicos.

03. (PROF. LÁZARO BEZERRA) As formas ou conjuntos de formas de relevo participam

da composição das paisagens em diferentes escalas. Relevos de grandes dimensões, ao serem observados em um curto espaço de tempo, mostram aparência estática e imutável; entretanto, estão sendo permanentemente trabalhados por processos erosivos ou deposicionais, desencadeados pelas condições climáticas existentes. Esses processos, originados pelas forças exógenas, promovendo, ao longo de grandes períodos de tempo, a degradação (erosão) das áreas topograficamente elevadas e a agradação (deposição) nas áreas topograficamente baixas, conduzem a uma tendência de nivelamento da superfície terrestre. Isso só se completará caso não haja interferência

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das forças endógenas, que podem promover soerguimentos ou rebaixamentos terrestres. Há que se considerar, ainda, a ação conjunta das duas forças e as implicações altimétricas geradas por ocorrências de variações do nível do mar.

Adaptado de MARQUES, J.S. Ciência Geomorfológica. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Orgs.) Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand,1994,

p. 23-45.

O relevo é resultado da atuação das chamadas forças endógenas e exógenas. No caso brasileiro, o mais importante agente exógeno de erosão do relevo é:

A) As águas correntes B) O mar C) Os ventos D) Os rios E) O intemperismo 04. (ENEM) Os movimentos de massa constituem-se no deslocamento de material (solo e rocha) vertente abaixo pela influência da gravidade. As condições que favorecem os movimentos de massa dependem principalmente da estrutura geológica, da declividade da vertente, do regime de chuvas, da perda de vegetação e da atividade antrópica.

BIGARELLA, J. J. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianópolis: UFSC, 2003 (adaptado).

Em relação ao processo descrito, sua ocorrência é minimizada em locais onde há

A) Exposição do solo. B) Drenagem eficiente. C) Rocha matriz resistente. D) Agricultura mecanizada.

E) Média pluviométrica elevada. 05. (UFRGS-adaptada) Leia o segmento abaixo:

A floresta precisa ter valor em pé. Este era o mantra da geógrafa política Bertha Becker, que faleceu no último dia 13, sábado, aos 83 anos, deixando um legado de quase meio século de estudos sobre a Amazônia. Para Bertha, era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação; dar motivos para aqueles que enriquecem, ou simplesmente tiram seu sustento da mata, quererem preservá-la.

Adaptado de: <http://oglobo.globo.com/amanha/bertha-becker-deixa-legado-sobre-desenvolvimentoda-amazonia-em-pe-9140213#ixzz2fH7OcZhU>. Acesso em: 18 set. 2013.

Sobre o desenvolvimento econômico da Amazônia, considera-se que A) Os projetos de desenvolvimento para a Amazônia no âmbito governamental,

procuraram respeitar as populações mais vulneráveis na região, como os indígenas e ribeirinhos.

B) A inexistência de institutos de pesquisa na região comprometeu a exploração de seus recursos minerais e de biodiversidade.

C) As atividades econômicas desenvolveram-se sem impactos significativos ao ambiente, uma vez que a floresta Amazônica ainda é bastante extensa, cobrindo pouco menos que a metade do território brasileiro.

D) A integração da Amazônia à economia nacional baseou-se nas atividades agrícolas e minerais que promoveram o desenvolvimento sustentável da região.

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E) A Amazônia tem uma contribuição significativa nas atividades de extração e transformação mineral, porém essas atividades têm desterritorializado as populações tradicionais e degradado o ambiente.

06. (ENADE) Leia o esquema abaixo:

1 - Coleta de plantas nativas, animais silvestres, micro-organismos e fungos da floresta Amazônica. 2 - Saída da mercadoria do país, por portos e aeroportos, camuflada na bagagem de pessoas que se disfarçam de turistas, pesquisadores ou religiosos. 3 - Venda dos produtos para laboratórios ou colecionadores que patenteiam as substâncias provenientes das plantas e dos animais. 4 - Ausência de patente sobre esses recursos, o que deixa as comunidades indígenas e as populações tradicionais sem os benefícios dos royalties.

5 - Prejuízo para o Brasil!

Com base na análise das informações acima, uma campanha publicitária contra a prática do conjunto de ações apresentadas no esquema poderia utilizar a seguinte chamada: A) Indústria farmacêutica internacional, fora! B) Mais respeito às comunidades indígenas! C) Pagamento de royalties é suficiente!

D) Diga não à biopirataria, já! E) Biodiversidade, um mau negócio?

07. (ENEM-PPL) A urbanização afeta o funcionamento do ciclo hidrológico, pois interfere

no rearranjo dos armazenamentos e na trajetória das águas.

CHRISTOFOLETTI, A. Aplicabilidade do Conhecimento Geomorfológico nos Projetos de

Planejamento. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Org.). Geomorfologia: uma atualização de

bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

Os efeitos da urbanização sobre os corpos hídricos apresentados no texto resultam em

A) Circulação difusa da água pela superfície, provocada pelas edificações urbanas. B) redução da quantidade da água do rio, em virtude do aprofundamento do seu leito. C) Alteração do mecanismo de evaporação, dada a pouca profundidade do lençol freático. D) Redução da capacidade de infiltração da água no solo, em decorrência da sua impermeabilização. E) Assoreamento no curso superior dos rios, trecho de maior declividade, em função do transporte e deposição dos sedimentos.

08. (UFPEl-adaptada) O sistema de organização político-administrativa do Brasil, desde

o descobrimento até a atualidade, apresentou variações, evidenciadas, por exemplo,

nas capitanias hereditárias, no governo geral, na monarquia, no império e na república.

Um dos problemas verificados na divisão do território tem sido a multiplicação de

estados, motivada pela necessidade de acomodar interesses políticos das oligarquias

que continuam desequilibrando o sistema representativo, favorecendo os estados do

Norte e do Nordeste, tradicionais redutos políticos de elites agrárias.

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Com base nas informações anteriores e em seus conhecimentos sobre o assunto, é

correto afirmar que

A) Os limites da região geoeconômica Amazônia praticamente coincidem com os da

Região Norte do IBGE. Trata-se de uma região de grande população absoluta - apesar

da baixa densidade demográfica – que apresenta um crescimento na industrialização,

sobretudo no setor de mineração.

B) A região geoeconômica Nordeste é caracterizada por uma homogeneidade natural

marcada pela seca. É uma região que concentra um grande contingente populacional e

que se constitui em uma “região-problema”, em face das graves dificuldades sociais e

econômicas que apresenta.

C) A região geoeconômica Centro-Sul abrange as duas porções mais industrializadas

do país (Sudeste e Sul) e as áreas de economia mais dinâmica da região Centro-Oeste

(de acordo com o IBGE): sul de Tocantins, norte de Goiás e parte de Minas Gerais.

D) Parte do norte do estado de Minas Gerais – porção semi-árida, de economia pouco

dinâmica – integra o complexo regional do Nordeste. O restante desse estado integra o

complexo regional Centro-Sul, que também é composto por parte de Tocantins (Região

Norte) e parte de Mato Grosso, (Região Centro-Oeste).

E) A divisão geoeconômica em três regiões é bastante utilizada pelo governo brasileiro,

pois sob o ponto de vista político e estatístico, apresenta grandes vantagens para a

aplicação das políticas governamentais no país.

09. (ENEM) A interface clima/sociedade pode ser considerada em termos de

ajustamento à extensão e aos modos como as sociedades funcionam em uma relação

harmônica com seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis às variações

climáticas. A vulnerabilidade é a medida pela qual uma sociedade é suscetível de sofrer

por causas climáticas.

AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado).

Considerando o tipo de relação entre ser humano e condição climática apresentado no texto, uma sociedade torna-se mais vulnerável quando A) Concentra suas atividades no setor primário. B) Apresenta estoques elevados de alimentos. C) Possui um sistema de transportes articulado. D) Diversifica a matriz de geração de energia.

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E) Introduz tecnologias à produção agrícola. 10. Leia a seguir os versos da canção Saga da Amazônia, de autoria do paraibano Vital

Farias que expressam uma das facetas da ocupação do espaço rural amazônico e da questão agrária brasileira. Toda mata tem caipora para a mata vigiar veio caipora de fora para a mata definhar e trouxe dragão-de-ferro, prá comer muita madeira e trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar: se a floresta meu amigo, tivesse pé prá andar eu garanto, meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar e o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar? Mas o dragão continua a floresta devorar e quem habita essa mata, prá onde vai se mudar? corre índio, seringueiro, preguiça, tamanduá tartaruga: pé ligeiro, corre-corre tribo dos Kamaiura

No lugar que havia mata, hoje há perseguição grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão castanheiro, seringueiro já viraram até peão afora os que já morreram como ave-de-arribação Zé de Nana tá de prova, naquele lugar tem cova gente enterrada no chão.

Disponível em: <http://letras.terra.com.br/vital-farias/380162>.

Acesso em: 13 out. 2011.

Com base na leitura desses versos e na literatura sobre o assunto, considera-se que A) A violência decorrente dos conflitos por terra é uma característica marcante apenas da Amazônia. B) A ocupação do espaço agrário pelo agronegócio produz impactos sociais e ambientais negativos. C) A derrubada da mata, seguida do seu reflorestamento, resolveria os conflitos por terra na Amazônia. D) As ações públicas de ocupação do espaço rural foram planejadas de acordo com a população local. E) As sociedades indígenas foram privilegiadas com a chegada das multinacionais ao campo. 11. A economia moderna depende da disponibilidade de muita energia em diferentes

formas, para funcionar e crescer. No Brasil, o consumo total de energia pelas indústrias cresceu mais de quatro vezes no período entre 1970 e 2010. Enquanto os investimentos em energias limpas e renováveis, como solar e eólica, ainda são incipientes, ao se avaliar a possibilidade de instalação de usinas geradoras de energia elétrica, diversos fatores devem ser levados em consideração, tais como os impactos causados ao ambiente e às populações locais.

RICARDO, B.; CAMPANILI, M. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2010 (adaptado).

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Em uma situação hipotética, optou-se por construir uma usina hidrelétrica em região que abrange diversas quedas d’água em rios cercados por mata, alegando-se que causaria impacto ambiental muito menor que uma usina termelétrica. Entre os possíveis impactos da instalação de uma usina hidrelétrica nessa região inclui-se

A) A poluição da água por metais da usina. B) A destruição do habitat de animais terrestres.

C) O aumento expressivo na liberação de CO2 para a atmosfera. D) O consumo não renovável de toda água que passa pelas turbinas. E) O aprofundamento no leito do rio, com a menor deposição de resíduos no trecho de

rio anterior à represa.

12. (UERJ-adaptada) “Iriam para diante, alcançariam uma terra desconhecida. Fabiano

estava contente e acreditava nessa terra, porque não sabia como ela era nem onde era. (...) E andavam para o sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias. (...) retardaram-se, temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinhá Vitória e os dois meninos.” (1938)

(RAMOS, Graciliano. “Vidas secas.” Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.)

O trecho do romance de Graciliano Ramos retrata também os dilemas daqueles que decidem migrar do campo para a cidade grande. Neste processo, no qual as condições econômicas têm papel predominante, intervêm também elementos de natureza pessoal, muitas vezes conflitantes.

No texto, esse conflito aparece basicamente como uma divisão entre:

A) A cidade moderna e o sertão tradicional. B) A instrução dos jovens e o analfabetismo dos adultos. C) O sonho de uma vida melhor e o medo do desconhecido. D) A expectativa de ascensão social e o temor à decadência. E) O sonho da cidade grande e a expulsão compulsória do campo.

13. (UERJ-adaptada)

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Faroeste caboclo − Não tinha medo o tal João de Santo Cristo. Era o que todos diziam quando ele se perdeu. Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda (...) Ele queria sair para ver o mar E as coisas que ele via na televisão Juntou dinheiro para poder viajar De escolha própria, escolheu a solidão (...) E encontrou um boiadeiro com quem foi falar (...) Dizia ele: − Estou indo pra Brasília Neste país lugar melhor não há. (...) E João aceitou sua proposta E num ônibus entrou no Planalto Central Ele ficou bestificado com a cidade (...) E João não conseguiu o que queria quando veio pra Brasília, com o diabo ter Ele queria era falar pro presidente Pra ajudar toda essa gente Que só faz sofrer.

Renato Russo, “Que país é este?”, EMI, 1987.

O enredo do filme Faroeste caboclo, inspirado na letra da canção de Renato Russo, foi contado muitas vezes na literatura brasileira: o retirante que abandona o sertão em busca de melhores condições de vida. A existência de retirantes está associada fundamentalmente à seguinte característica da sociedade brasileira: A) Expansão acelerada da violência urbana B) Retração produtiva dos setores industriais C) Disparidade econômica entre as regiões nacionais D) Crescimento desordenado das áreas metropolitanas E) Grande crescimento populacional 14. A exploração de recursos naturais e a ocupação do território brasileiro têm uma

longa história de degradação de áreas naturais. É resultado, entre outros fatores, da

ausência de uma cultura de ocupação que respeitasse as características de seus

biomas.

Disponível em: http://www.comciencia.br. Acesso em: 19 abr. 2010 (fragmento).

Ao longo da história, a apropriação da natureza e de seus recursos pelas sociedades

humanas alterou os biomas do planeta. Em relação aos biomas brasileiros, em qual

deles esse tipo de processo se fez sentir de forma mais profunda e irreversível?

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A) Na Floresta Amazônica, especialmente a partir da década de 1980, devastada pela

construção de rodovias e expansão urbana.

B) No Cerrado, que abriga muitas espécies de árvores sob risco de extinção, atingido

pela mineração e agricultura.

C) No Pantanal, que abrange parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,

degradado pela mineração e pecuária.

D) Na Mata Atlântica, que hoje abriga 7% da área original, devastada pela exploração

da madeira e pelo crescimento urbano.

E) Na Mata dos Cocais, localizada no Nordeste do país, desmatada pelo assoreamento

e pelo cultivo da cana-de-açúcar.

15. (UFG-adaptada) Observe a figura a seguir:

O critério adotado, na divisão regional descrita no mapa, tem por referência

A) A base física territorial, onde se destacam as bacias hidrográficas. B) Os aspectos demográficos, considerando-se a distribuição da população brasileira. C) O setor secundário, mediante o número de estabelecimentos industriais. D) As características socioeconômicas, relativas à população e às atividades

produtivas. E) A atividade agropecuária, fortemente presente, nas respectivas regiões. 16. De todo o potencial hidrelétrico brasileiro (258 mil MW de potência), 30% já foram

aproveitados. O maior potencial disponível está na bacia Amazônica (100 mil MW), do

qual menos de 1% foi aproveitado. A exploração de boa parte do potencial da bacia tem

como fator restritivo

A) A grande variação do volume de águas nos leitos dos principais rios durante os meses de primavera-verão.

B) A presença de unidades de conservação e de terras indígenas em vários pontos da bacia hidrográfica.

C) A pouca profundidade dos leitos fluviais, o que impede a instalação de turbinas e demais equipamentos.

D) O relevo formado por baixos planaltos geologicamente instáveis que dificultam a construção de barragens.

E) O baixo desenvolvimento econômico e a fraca integração regional, que desestimulam grandes investimentos.

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17. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Ataques de tubarão em Recife. Entenda por que

surfistas e banhistas estão na mira desses peixes:

Você pode até não acompanhar o noticiário, mas com certeza ouviu falar que, recentemente, dois banhistas foram atacados por tubarões em praias de Recife. A notícia, infelizmente, não é novidade: em 12 anos, cerca de 50 ataques desse tipo ocorreram na capital de Pernambuco. A maioria foi feita pelo tubarão cabeça-chata, mas também há registros de ataques do tubarão-tigre. O que nos leva a perguntar: por que isso está acontecendo em Recife? O fato é que as espécies de tubarão que vivem perto da praia e que antes tinham comida à disposição agora não têm mais tanto alimento assim. Segundo os cientistas, isso aconteceu provavelmente por conta da construção do Porto de Suape. “Durante as obras, foi preciso destruir mangues e rios das redondezas”, explica Otto Bismarck Gadig, professor da Universidade Estadual Paulista e especialista em tubarões. “Isso afetou o ecossistema de tal jeito que esses animais ficaram sem muita comida disponível e, também, sem lugar para ter seus filhotes.”

(Trecho de reportagem da revista Ciência Hoje- www.cienciahoje.uol.com.br)

Acesso em 07.10.2014

Manguezais – um dos mais importantes ecossistemas do planeta

A notícia faz referência, dentre outras coisas, a importância dos manguezais no equilíbrio ecológico dos ambientes marinhos. Um dos mais importantes papéis dos mangues, dentre outros, está presente em: A) São locais de grande reprodução de espécies, como moluscos, crustáceos e peixes, daí, serem chamados de “berçários” dos mares.

B) São locais adequados para se construir obras como portos, haja vista, ser uma vegetação estuarina, de transição entre o continente e o mar.

C) É uma mata que apresenta uma grande diversidade de flora, apesar da pequena riqueza faunística.

D) É uma vegetação bastante explorada para atender o mercado madeireiro, visto apresentar tipos de madeiras de elevado valor comercial.

E) Sua importância como fonte de renda, de sobrevivência, para milhares de famílias brasileiras, é superior ao seu papel como “berçários” dos mares.

18. N(UFC) O Nordeste surgiu como unidade regional apenas a partir do pós-guerra,

entretanto, considerando-se este recorte do Brasil dentro de uma perspectiva histórica, pode-se afirmar a existência antiga de vários “nordestes” com características naturais e de uso e ocupação bem diferentes entre si.

Sobre estas áreas distintas do Nordeste brasileiro, é verdadeiro afirmar que

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A) O Polígono das Secas, área dominada pelos cerrados, ocorre em relevo de depressão e planaltos e constituiu-se no “Nordeste” produtor de alimentos para as cidades litorâneas.

B) O Meio Norte, área de transição entre os domínios semiárido e tropical, ocorre em relevo de planaltos cristalinos e constituiu-se no “Nordeste” produtor da cafeicultura.

C) O Agreste, domínio da caatinga, ocorre em relevo preponderante de planaltos sedimentares e constituiu-se no “Nordeste” algodoeiro-pecuarista.

D) A Zona da Mata, faixa úmida litorânea, ocorre em relevo de planícies e constituiu-se no “Nordeste” produtor do açúcar e do cacau.

E) O Sertão, região de semiárido, apresenta as melhores condições para o desenvolvimento da agricultura, atividade de destaque na região.

19. (UFRGS-adaptada) Leia o segmento abaixo:

A floresta precisa ter valor em pé. Este era o mantra da geógrafa política Bertha Becker, que faleceu no último dia 13, sábado, aos 83 anos, deixando um legado de quase meio século de estudos sobre a Amazônia. Para Bertha, era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação; dar motivos para aqueles que enriquecem, ou simplesmente tiram seu sustento da mata, quererem preservá-la.

Adaptado de: <http://oglobo.globo.com/amanha/bertha-becker-deixa-legado-sobre-desenvolvimentoda-amazonia-em-pe-9140213#ixzz2fH7OcZhU>. Acesso em: 18 set. 2013.

Sobre o desenvolvimento econômico da Amazônia, considera-se que A) Os projetos de desenvolvimento para a Amazônia no âmbito governamental,

procuraram respeitar as populações mais vulneráveis na região, como os indígenas e ribeirinhos.

B) A inexistência de institutos de pesquisa na região comprometeu a exploração de seus recursos minerais e de biodiversidade.

C) As atividades econômicas desenvolveram-se sem impactos significativos ao ambiente, uma vez que a floresta Amazônica ainda é bastante extensa, cobrindo pouco menos que a metade do território brasileiro.

D) A integração da Amazônia à economia nacional baseou-se nas atividades agrícolas e minerais que promoveram o desenvolvimento sustentável da região.

E) A Amazônia tem uma contribuição significativa nas atividades de extração e transformação mineral, porém essas atividades têm desterritorializado as populações tradicionais e degradado o ambiente.

20. (PROF. LÁZARO BEZERRA)

Divisão do Brasil em três complexos regionais

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http://www.brasilescola.com/brasil/complexo-regional-centrosul.htm&docid=o

Visando a uma melhor compreensão da organização do espaço brasileiro, vem

ganhando destaque em publicações acadêmicas e didáticas uma proposta de

regionalização baseada na existência de três complexos regionais ou regiões

geoeconômicas: Centro-Sul, Nordeste e Amazônia. Segundo o geógrafo Roberto

Lobato Corrêa, o Centro-Sul seria o coração econômico e político do país, o Nordeste a

“região das perdas” (econômica e demográfica) e a Amazônia, ainda em nossos dias,

uma vasta fronteira de ocupação.

Com relação ao Nordeste, infere-se que

A) É a Região de povoamento mais antigo do país, marcada por uma estrutura fundiária concentradora e apresentando uma homogeneidade de aspectos naturais e socioeconômicos. B) É a Região de grandes contrastes internos, com um espaço geográfico dotado de uma excelente infraestrutura (portos, aeroportos, rodovias), que tem permitido um bom crescimento econômico regional. C) O Sertão, região do semiárido nordestino, apresenta as melhores condições para o desenvolvimento da agricultura, atividade de destaque na região, principalmente, voltada para atender as demandas do mercado internacional. D) O Agreste, domínio da caatinga, apresenta um relevo preponderante de planaltos sedimentares e constituiu-se no “Nordeste” algodoeiro-pecuarista, com destaque para a Bahia e Ceará. E) A região foi a mais importante do Brasil nos três primeiros séculos da colonização, com destaque para o latifúndio monocultor da cana-de-açúcar. Hoje a apresenta uma economia baseada na diversidade das atividades produtivas.

21. O Clima subtropical úmido, no sul do país, é caracterizado por invernos

relativamente rigorosos, com a ocorrência esporádica de precipitação de neve em

determinadas áreas. A média térmica anual fica abaixo de 20º C. Apresenta a maior

amplitude térmica anual do país.

Assinale a alternativa que apresenta os fatores climáticos que mais influenciam nas

características desse clima.

A) Altitude, maritimidade e continentalidade.

B) Latitude, altitude e maritimidade.

C) Maritimidade, relevo e massas de ar.

D) Latitude, altitude e massa de ar.

E) massas de ar, correntes marítimas e vegetação

22. (UFPE-adaptada) “Com relação à Amazônia, é necessária uma política inovadora e corajosa, que implique uma ruptura, tanto com o desenvolvimento predatório das décadas de 1970-80 quanto uma superação da desorientação defensiva do Estado federal na década de 1990.” (Eduardo Viola).

Dentre as principais dimensões de uma política de preservação e desenvolvimento sustentável da região referida no texto é:

A) Incentivo às grandes mineradoras que atuam na Amazônia. B) O estimulo às migrações para a região. C) O combate ao garimpo predatório.

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D) O fortalecimento do grande capital privado na região. E) O estímulo à extração de madeira de lei, nas encostas e nos topos das

elevações.

23. ( FTD-Sistema de Ensino)

Em sua 72ª grande estiagem, Nordeste ainda luta por políticas de convivência com o

sertão e vê erros históricos falar em seca no Nordeste não é novidade para o sertanejo.

Em 512 anos de Brasil descoberto por portugueses, o semiárido nordestino chegou a

72ª grande estiagem, segundo relatos históricos da ASA (Articulação do Semiárido). O

sofrimento do nordestino não é novidade, como denuncia o trânsito intenso de

caminhões-pipa pelas estradas de terra da região. Mas, nos últimos anos, a discussão

sobre a redução dos impactos causados pelo fenômeno natural vem passando por uma

mudança de conceito.

Em vez de falar em políticas de combate à seca, a ideia agora é desenvolver projetos

de convivência com o clima do semiárido, o que é apontado como a solução para o

drama sertanejo. “O objetivo deste questionamento não é substituir palavras, mas

debater o conceito. É mostrar que o conceito de “combate à seca” carrega consigo a

ideia dependência sem fim dos povos, de políticas emergenciais e compensatórias,

que alimentam um ciclo de vícios e interesses entre o poder político e o poder

econômico”, diz, em artigo, coordenador- -geral do Centro Sabiá, Alexandre Henrique

Pires. Além do erro no conceito usado por décadas, muitos argumentos são usados por

especialistas para explicar o fracasso de políticas de enfrentamento à seca, que voltou

a castigar com força o sertão nordestino em 2012. A falta de obras, o uso político, os

“pacotes milagrosos” e a corrupção nos órgãos criados para atuar no combate aos

efeitos da seca são algumas das explicações.

Para o professor de sociologia da UFAL (Universidade Federal de Alagoas), Paulo Décio

de Arruda Mello, erros históricos e direcionamentos de investimentos fazem com que o

sertanejo ainda seja vítima das previsíveis secas. [...]

MADEIRO, Carlos. Em sua 72º grande estiagem, Nordeste ainda luta por políticas de

convivência com o sertão e vê erros históricos. Extraído do site: http://noticias.uol.com.

br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/05/24/em-sua-72-grande-estiagem-nordeste-ainda luta-por-

politicas-de-convivencia-com-o-sertao-e-ve-erros-historicos.htm.

Acesso em: 16 abr. 2013. [Adaptado]

O fragelo sofrido pelo sertanejo nordestino durante as secas geram profundos debates.

Sendo assim, a notícia acima nos mostra que

A) Para o professor Paulo Décio, apesar de as secas serem previsíveis, os erros de

direcionamento de investimentos colaboram para vitimar o sertanejo.

B) O que está em voga no momento é divulgar a ideia de combate à seca, eliminando a

antiga proposta de convivência com o clima semiárido.

C) O trânsito de caminhões-pipa no semiárido nordestino não prova que há seca, mas

sim um possível desequilíbrio ambiental, oriundo da emissão de gases.

D) A proposta atual é romper com o paradigma de convivência com o clima semiárido,

pois este gera um ciclo de vícios e interesses políticos.

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E) São poucos e limitados os argumentos utilizados pelos especialistas para legitimar o

sucesso no enfrentamento à seca.

24. Considerando os custos e a importância da preservação dos recursos hídricos, uma indústria decidiu purificar parte da água que consome para reutilizá-la no processo industrial. De uma perspectiva econômica e ambiental, a iniciativa é importante porque esse processo

A) Permite que toda água seja devolvida limpa aos mananciais. B) Diminui a quantidade de água adquirida e comprometida pelo uso industrial. C) Reduz o prejuízo ambiental, aumentando o consumo de água. D) Torna menor a evaporação da água e mantém o ciclo hidrológico inalterado. E) Recupera o rio onde são lançadas as águas utilizadas.

25. (PUC-adaptada) No Nordeste brasileiro existem áreas que podem ser consideradas

"ilhas de modernidade" agrícolas, que empregam técnicas e equipamentos sofisticados

e produzem gêneros agrícolas para a exportação, contrastando com a agricultura

sertaneja.

O enunciado refere-se à área:

A) Do Vale do Açu, onde se desenvolve a fruticultura irrigada, com destaque para a

produção de melão, banana e manga.

B) Da Zona da Mata, que produz grande quantidade de cana de açúcar e que usa

modernos equipamentos de colheita que dispensam o trabalho braçal.

C) Da mata de Cocais, no Maranhão, que produz cupuaçu (cuja polpa é exportada) com

o uso de moderno equipamento de colheita e secagem.

D) Do agreste, a única área produtora do coco verde, que é exportado para outras

regiões do Brasil e é de ampla utilização na culinária regional e nacional.

E) Do Meio-Norte, com destaque para exploração do babaçu, voltada para atender a

demanda interna, por óleos, alimentos e cosméticos.

26. Um geógrafo brasileiro tem convicção de que as charges constituem ricos

instrumentos de leitura do mundo. Rabiscou algumas charges, em seguida enviou-as via e-mail para um amigo geógrafo que mora no Canadá.

Após análise das charges, em particular dessa acima, levou os geógrafos a concluírem que: O desmatamento na Amazônia, apesar de ter diminuído nas últimas décadas, ainda, origina diversos prejuízos sócio ambientais na região, dos quais destaca-se

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A) Diminuição da fertilidade dos solos, comprometendo a potencialidade agrícola.

B) A ocorrência de chuvas intensas, promovendo grandes enchentes.

C) Aumento da poluição do ar, provocando chuvas ácidas, prejudicando a agricultura

regional.

D) A ocorrência de inversões térmicas, comuns na região amazônica.

E) Maior retenção de gás carbônico, agravando o efeito estufa.

27. (UFPR-adaptada) Para se compreender a divisão do território brasileiro em estados

e, consequentemente, a existência dos estados federados e a desigualdade de seu desenvolvimento, torna-se necessário compreender também o processo de transformação do espaço brasileiro em território, o processo de povoamento, as motivações que o provocaram e os percalços encontrados durante cinco séculos de povoamento.

(Fonte: ANDRADE, M. C. de. A Federação brasileira – uma análise geopolítica e geossocial. São Paulo: Contexto, 1999.)

Com base nesse texto, considera-se que A) Mesmo após cinco séculos de ocupação e povoamento, a divisão dos estados

brasileiros e sua configuração atual resultam da implantação das capitanias hereditárias.

B) As motivações para o povoamento do território estiveram ligadas à existência dos estados federados e à desigualdade de desenvolvimento existente entre eles.

C) Alguns estados brasileiros têm maior população e são considerados mais desenvolvidos pela forma como ocorreu sua divisão.

D) A divisão do território brasileiro e suas características podem ser compreendidas pela forma histórica como ocorreu a ocupação e o povoamento do espaço.

E) A criação dos estados atendeu e atende, a critérios, particularmente, políticos, sem interferências econômicas nesse processo.

28. (UFPE-adaptada) A água é uma condição básica para a vida no planeta Terra.

Mantém a biodiversidade e impulsiona os ciclos biogeoquímicos, por exemplo. Como tem, também, importância para a economia dos continentes, ela precisa ser melhor gerenciada. Sobre os problemas referentes aos recursos hídricos em escala global, considera-se que A) As águas fluviais que atravessam grandes centros urbanos, recebem uma menor

carga de efluentes e resíduos, visto que nas grandes cidades, a gestão dos recursos hídricos é eficiente.

B) O aumento da população e a urbanização provocam uma intensa pressão de usos múltiplos dos recursos hídricos e impactos na qualidade da água.

C) A infraestrutura de baixa qualidade ou incompleta não tem relação com a distribuição ineficiente da água tratada e perdas de boa parte dela.

D) É necessário ampliar, em escala global, a capacidade de informação eficiente para melhorar a educação relacionada à água e, ao mesmo tempo, combater as ações do poder público, o grande poluidor das águas em escala global.

E) O problema de escassez de água potável em algumas áreas do planeta está desvinculado das ações governamentais, pois as ações de grandes impactos negativos estão restritas ao campo da economia privada.

29. (FUVEST-adaptada) Leia o texto. A luz aumentou e espalhou-se na campina. Só aí principiou a viagem. Fabiano atentou na mulher e nos filhos, apanhou a espingarda e o saco dos mantimentos, ordenou a marcha com uma interjeição áspera.

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Afastaram-se rápidos, como se alguém os tangesse, e as alpercatas de Fabiano iam quase tocando os calcanhares dos meninos. A lembrança da cachorra baleia picava-o, intolerável. Não podia livrar-se dela. Os mandacarus e os alastrados vestiam a campina, espinho, só espinho. E Baleia aperreava-o. Precisava fugir daquela vegetação inimiga.

Graciliano Ramos. Vidas secas.

Qual bioma brasileiro o autor descreve?

A) Cerrado B) Pampa C) Caatinga D) Pantanal E) Amazônico

30. (ACAFE-adaptada) FENÔMENO EL NIÑO SE CONSOLIDA NO OCEANO PACÍFICO EQUATORIAL “O monitoramento das condições oceânicas nos últimos dias em agosto, indica a persistência de anomalias positivas de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) na

região do Pacífico Equatorial de até 4 C, o que indica o pleno estabelecimento do

fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS)”.

Fonte: http://enos.cptec.inpe.br/ (acessado em 24/08/2015)

O título e o parágrafo inicial do artigo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) abordam a consolidação do fenômeno El Niño. Sobre ele, pode-se considerar que A) El Niño representa um fenômeno oceânico-atmosférico que se caracteriza por um

esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, com reflexos em várias regiões do mundo, impactadas com longas estiagens.

B) Este é um fenômeno em que a interação atmosfera-oceano desaparece, proporcionando padrões normais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e dos ventos alísios entre a costa brasileira e o litoral africano.

C) El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento em escala mundial e afetando, assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

D) A consolidação do fenômeno El Niño e sua atuação até fins do verão 2015-2016 provocarão no Brasil alterações no comportamento pluviométrico com ausência de chuvas nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

E) É um fenômeno típico do Oceano Atlântico Sul, que afeta, especificamente, a América do Sul e Central, trazendo aumento dos índices pluviométricos anuais para essas áreas, prejudicando a agricultura local.

31. (PROF. LAZARO BEZERRA) A contaminação das águas fluviais está entre os mais

dramáticos problemas ambientais do país – e tem profundas consequências sociais.

Nas áreas marcadas pela urbanização, a poluição dos rios decorre, principalmente

A) Do uso do mercúrio nos rios pela atividade do garimpo, fato esse muito comum nos rios amazônicos.

B) Pelo uso intensivo de agrotóxicos nas plantações, cujos resíduos atingem os rios por escoamento superficial.

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C) Pelo despejo de esgotos residenciais sem tratamento e de efluentes industriais, práticas muito comuns nas grandes cidades brasileiras.

D) Da expansão desordenada das cidades, visto que os nossos cursos d’água servem, exclusivamente, para ser depósitos de grandes quantidades de resíduos.

E) Pela falta de consciência da população, que vê os rios como recursos naturais inesgotáveis.

32. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Trechos da música PLANETA ÁGUA

“Água que nasce na fonte serena do mundo

E que abre um profundo grotão

Água que faz inocente riacho e deságua

Na corrente do ribeirão

Águas escuras dos rios

Que levam a fertilidade ao sertão

Águas que banham aldeias

E matam a sede da população

Águas que caem das pedras

No véu das cascatas, ronco de trovão...”

(Guilherme Arantes)

Esse trecho da música mostra importância da água como recursos natural, desde a sua

utilização para a dessentação humana, como para inúmeros outros aspectos. Nessa

perspectiva, considera-se que

A) Por ser um recurso natural inesgotável, o acesso a água deve ser controlado pelos governos de cada Estado-nação. B) Mesmo a água sofrendo poluição e desperdício, a sociedade moderna com suas tecnologias conseguem garantir seu fornecimento. C) A água é um direito humano e todos devem ter acesso a ela para garantir saúde, desenvolvimento econômico e bem-estar social. D) A oferta desse bem natural e inesgotável, é feita de forma equitativa no planeta, apesar da má utilização pela sociedade. E) A disputa por acesso a água é geradora de inúmeros conflitos no mundo, mas seu fornecimento é garantido a todos. 33. (UFPR-adaptada) Os climogramas I, II, III e IV representam graficamente as

variações de temperatura média mensal (linhas) e as quantidades mensais de chuva de

determinadas localidades (colunas).

(Fonte: MOREIRA, I. O espaço geográfico. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Editora

Ática, 1999. p. 431.)

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A interpretação desses gráficos, nos leva a considerar que

A) O climograma I é representativo de uma região equatorial, porque as temperaturas permanecem altas o ano todo e as precipitações são constantes e elevadas. B) Os climogramas III e IV representam áreas semelhantes localizadas em hemisférios opostos. C) O climograma III é adequado à representação do clima de Brasília, conforme indica a baixa pluviosidade em quase todos os meses do ano. D) Os dados expressos no climograma IV permitem afirmar que as temperaturas elevadas são diretamente proporcionais à quantidade de precipitação. E) Os quatros climogramas, representam, respectivamente, no Brasil, os climas subtropical, equatorial úmido, tropical e semiárido. 34. (ACAFE-adaptada) Observe atentamente o mapa do Brasil.

A dinâmica regional brasileira impulsionada pelo Sudeste fez com que surgisse uma proposta de divisão do país em três complexos regionais, conforme explicita o mapa. Sobre essa divisão regional, considera-se que A) Nordeste, indicado pelo nº 2, abrange sub-regiões diferenciadas, como é o caso do

Sertão Nordestino e da Zona da Mata, com características econômicas semelhantes. B) O Centro-Sul, região de nº 3, considerado como o coração do Brasil, concentra a

maior parte da população nacional, da produção industrial e da agropecuária. C) A delimitação dos complexos regionais foi feita seguindo a proposta do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística que combinou as características econômicas, naturais e demográficas.

D) O Complexo da Amazônia, nº 1, com grande biodiversidade, corresponde a fronteira de expansão da economia brasileira e por isso fora do interesse do capital nacional e internacional.

E) Das três regiões geoeconômicas, o Centro-Sul apresenta um povoamento mais

recente, capitaneado pelo desenvolvimento da atividade minerador

35. As florestas tropicais estão entre os maiores, mais diversos e complexos biomas do

planeta. Novos estudos sugerem que elas sejam potentes reguladores do clima, ao provocarem um fluxo de umidade para o interior dos continentes, fazendo com que essas áreas de floresta não sofram variações extremas de temperatura e tenham umidade suficiente para promover a vida. Um fluxo puramente físico de umidade do oceano para o continente, em locais onde não há florestas, alcança poucas centenas de quilômetros. Verifica-se, porém, que as chuvas sobre florestas nativas não

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dependem da proximidade do oceano. Esta evidência aponta para a existência de uma poderosa “bomba biótica de umidade” em lugares como, por exemplo, a bacia amazônica. Devido à grande e densa área de folhas, as quais evaporadores otimizados, essa “bomba” consegue devolver rapidamente a água para o ar, mantendo ciclos de evaporação e condensação que fazem a umidade chegar a milhares de quilômetros no interior do continente. A. D. Nobre. Almanaque Brasil Socioambiental.

Instituto Socioambiental, 2008, p. 368-9 (adaptações).

As florestas crescem onde chove, ou chove onde crescem as florestas? De acordo com o texto, A) Onde chove, há floresta.

B) Onde a floresta cresce, chove.

C) Onde há oceano, há floresta.

D) Apesar da chuva, a floresta cresce.

E) E no interior do continente, só chove onde há floresta.

36. (Fac. Direito de Sorocaba SP)

Seca no Semiárido deixa açudes em situação crítica

Secretaria Nacional de Defesa Civil reconhece que 1 484 municípios nordestinos e do

norte de Minas Gerais estão em situação de emergência. A seca que afeta o semiárido

nordestino desde 2011 deixou metade dos 504 reservatórios monitorados pela Agência

Nacional de Águas (ANA) com menos de 30% da capacidade de armazenamento de

água. “Esta é a pior seca nos últimos 30 anos”, afirma o superintendente de Regulação

da ANA, Rodrigo Flecha Ferreira Alves.

(O Povo, 14.10.13)

Para garantir o abastecimento de água para as pessoas, a Agência Nacional de Águas

A) Restringe o uso da água para atividades produtivas, como a irrigação e a piscicultura. B) Proíbe a retirada de água dos açudes que estejam com menos de 50% da sua capacidade de armazenamento. C) Estabelece restrições de acesso da população às cisternas. D) Estipula um alto preço a ser cobrado pelo litro de água retirado do açude, combatendo o desperdício. E) Prioriza as casas com crianças e gestantes na distribuição da água dos carros-pipa. 37. Planejada ainda na Ditadura, a hidrelétrica de Belo Monte, que será a terceira maior do mundo, virou um retrato do dilema a respeito do futuro do Brasil. Para crescer, gerar empregos e reduzir a alarmante desigualdade social, o país precisará de energia em abundância. O que vozes respeitadas perguntam, porém, é se uma grande usina no meio da Amazônia é a melhor saída.

SIQUEIRA, A. Carta Capital. Ano XV, nº 593, 2010 (adaptado).

Os impactos decorrentes da construção da hidrelétrica de Belo Monte sobre os diversos atores que vivem na região onde se pretende construí-la estão relacionados com A) A promoção do desenvolvimento das atividades tradicionais possibilitada pela disponibilidade de energia.

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B) A ampliação das oportunidades de emprego, que absorve as populações que são prejudicadas por sua construção.

C) Os riscos de deterioração das atividades tradicionais, causados pelas transformações no território.

D) Os prejuízos econômicos, que serão superados pelos benefícios trazidos para a população local.

E) As transformações sociais, que são necessárias em qualquer processo de desenvolvimento. 38. ONU: desastres naturais atingem 7,5 milhões de pessoas no Brasil A ideia de um país abençoado por Deus e sem desastres naturais dificilmente resistiria às provas dos números apresentados na segunda-feira [24.01.2011] pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o relatório da ONU, entre 2000 e 2010, o Brasil foi atingido por 60 catástrofes naturais, que deixaram 1,2 mil mortos.

(http://ultimosegundo.ig.com.br. Adaptado.)

Quais os dois tipos de desastres naturais são frequentes no Brasil?

A) Os deslizamentos de terra e as grandes enchentes nas áreas urbanas. B) A ocorrência de tsunamis e de grandes terremotos. C) A ocorrência de atividades vulcânicas e de furacões. D) A ocorrência de tornados e de vulcões. E) As grandes enxurradas e a ocorrência de furacões.

39. (UFG-adaptada) Observe a figura a seguir:

O critério adotado, na divisão regional descrita no mapa, tem por referência

A) A base física territorial, onde se destacam as bacias hidrográficas. B) Os aspectos demográficos, considerando-se a distribuição da população brasileira. C) O setor secundário, mediante o número de estabelecimentos industriais. D) As características socioeconômicas, relativas à população e às atividades produtivas. E) A extensão territorial de cada região, critério dos mais relevantes.

40. A falta de água doce no Planeta será, possivelmente, um dos mais graves problemas

deste século. Prevê-se que, nos próximos vinte anos, a quantidade de água doce disponível para cada habitante será drasticamente reduzida.

Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da água, alterando

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A) A quantidade total, mas não a qualidade da água disponível no Planeta. B) A qualidade da água e sua quantidade disponível para o consumo das populações. C) A qualidade da água disponível, apenas no subsolo terrestre. D) Apenas a disponibilidade de água superficial existente nos rios e lagos. E) O regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível no Planeta.

41. (CFTMG-adaptada) A questão refere-se aos mapas abaixo:

Nesse contexto, a causa do desmatamento da Mata Atlântica, no seu conjunto, está relacionada diretamente à A) Desertificação. B) Urbanização. C) Arenização. D) Poluição. E) Metropolização.

42. (ENEM-PPL) Enchente no Rio está entre as mais fatais dos últimos 12 meses no

mundo:

As enchentes no Rio de Janeiro esta semana já causaram mais mortes do que qualquer

outro incidente semelhante em 2010 em qualquer parte do mundo. Nos últimos 12

meses, a inundação no Rio foi a quinta mais fatal do mundo.

Disponível em: http://www.bbcbrasil.com. Acesso em: 16 abr. 2010.

Além do grande volume de chuva, um fator de ordem socioespacial que provoca a

ocorrência de eventos como o citado no trecho da reportagem é

A) A coleta seletiva de resíduos urbanos. B) A reconstituição de áreas de várzea degradadas. C) A dragagem de rios, canais e lagoas assoreados. D) A impermeabilização dos solos das grandes cidades. E) O ordenamento urbano, com a construção de condomínios populares.

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43. (PUCCAMP-) José Lins do Rego foi autor de importantes obras literárias que têm como palco o Nordeste brasileiro. Um de seus mais importantes romances é Menino de Engenho do qual foi retirado o seguinte trecho:

Lá um dia, para as cordas das nascentes do Paraíba, via-se, quase rente do horizonte, um abrir longínquo e espaçado de relâmpago: era inverno na certa no alto sertão. As experiências confirmavam que com duas semanas de inverno o Paraíba apontaria na várzea com a sua primeira cabeça-d’água. O rio no verão ficava seco de se atravessar a pé enxuto. Apenas, aqui e ali, pelo seu leito, formavam-se grandes poços, que venciam a estiagem. Nestes pequenos açudes se pescava, lavavam-se os cavalos, tomava-se banho.

(Menino do Engenho. 77 Ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 2000, p. 54)

O fato de o leito do rio ficar praticamente seco no verão é típico da hidrografia de áreas do Sertão nordestino, que apresentam como uma de suas importantes características A) A reduzida pluviosidade, provocada por múltiplos fatores, entre eles a dinâmica

atmosférica que limita a ação de massas úmidas. B) O inverno semelhante ao encontrado no clima subtropical do sul do Brasil: redução

das temperaturas devido à presença da massa polar. C) O verão pouco chuvoso com elevadas temperaturas que se assemelham às

condições do verão da porção centro-sul do Brasil. D) A fraca pluviosidade provocada pelas condições de relevo pouco acidentado e com

baixas altitudes, que impedem a formação de chuvas orográficas. E) A reduzida atuação de massas de ar, como a tropical continental e a polar atlântica,

ambas portadoras de elevado grau de umidade. 44. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Uma forma alternativa de classificação regional é

aquela que não se atém aos limites estaduais e, por isso, é pouco prática, mas se ajusta melhor à nossa formação histórico-territorial. De acordo com essa classificação, o Brasil encontra-se dividido em três regiões geoeconômicas: Nordeste, Amazônia e Centro-sul.

Com relação ao assunto, considera-se que

A) Foi com o processo de integração nacional, realizado a partir da industrialização do país e sua concentração em São Paulo, que o Nordeste passou a ser visto como uma grande região, com traços em comum e individualizada no conjunto do Brasil.

B) A natureza ainda domina no complexo regional amazônico, sendo responsável pelos traços mais marcantes da paisagem. Mas com a intensa ocupação humana ocorrida nas últimas três décadas, esse complexo regional já é o mais urbanizado do país.

C) O Centro-Sul é a região que abriga cerca de dois terços dos habitantes do país e concentra a maior parte dos recursos nacionais. Daí, podemos afirmar que nesse espaço geográfico os contrastes intra-regionais são mínimos.

D) A Nordeste região de povoamento antigo, que no passado, foi comandada economicamente, pela monocultura da cana-de-açúcar e que na atualidade, tem sua economia baseada na indústria automobilística, com destaque para a Bahia.

E) A Amazônia, tem recebido nos últimos quarenta anos, vultuosos investimentos de capital privado, com destaque para a área mineradora, agropecuária e indústria extrativa madeireira, acompanhada de políticas conservacionistas bem-sucedidas.

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45. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Em seu livro a Invenção do Nordeste e outras artes,

Durval Munis de Albuquerque Júnior, professor da Universidade Federal do Rio Grande

Norte, mostra como, até meados da década de 1910, o Nordeste ainda não existia. Não

se pensava em “Nordeste”, nem muitos menos eram percebidos os “nordestinos”. O que

se tinha corrente era o costume de se intitular como “nortista” qualquer pessoa, tradição

ou hábito que vinha de lugares territorialmente acima do sul e sudeste,

O Nordeste emergiu aos poucos, no seio de discursos jornalísticos, artísticos,

científicos e literários, e na mídia em geral, sobretudo a partir da obra Os Sertões (1906)

de Euclides da Cunha e dos textos regionalistas da década de 1920, sob a assinatura

de autores como Gilberto Freyre.

A problemática levantada pelo professor Durval Muniz, estudioso das questões

nordestinas, veio reforçar uma situação de

A) Insatisfação da população da região com as autoridades locais, visto que o atraso

histórico do Nordeste, tem relação com a incompetência das mesmas.

B) Preconceito contra os nordestinos, criada na própria região por suas elites, com a

ideia de vender um Nordeste miserável e carente dos mais diversos recursos.

C) União do povo nordestino para tentar conviver com as secas e suas consequências,

tentando buscar soluções definitivas para o problema.

D) Miséria na região, pelo fato do atraso da criação do Nordeste, ter prejudicado a

captura de recursos financeiros federais, para a problemática da seca.

E) Vulnerabilidade do espaço regional nordestino, pois sem uma delimitação concreta

do que seja o Nordeste, a região ficou de fora das políticas oficiais.

46. (UFSJ-adaptada) Observe a imagem abaixo:

A área de risco representada pela imagem está associada A) À construção em encostas. B) À ocupação de planície de inundação. C) À grande quantidade de chuva ao longo do ano. D) Ao lixo acumulado no solo. E) As fortes chuvas na área representada. 47. (UNIFOR-adaptada) Região fitogeográfica do Brasil, caracterizada por cobertura

vegetal de árvores que possuem altitudes que podem variar entre 25 e 50 metros e troncos com 2 metros de espessura. Os fatores determinantes para o desenvolvimento dessas plantas são o clima e o relevo, uma vez que ocorrem principalmente em áreas

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de relevo mais elevado. Essa cobertura vegetal desenvolve-se em regiões nas quais predomina o clima subtropical, que apresenta invernos rigorosos e verões quentes, com índices pluviométricos relativamente elevados e bem distribuídos durante o ano. A região caracterizada é: A) Mata Atlântica. B) Caatinga. C) Floresta Amazônica. D) Cerrado. E) Mata de Araucária. 48. (PROF. LÁZARO BEZERRA) Em consequência de fatores variados, a diversidade

climática do território brasileiro é muito grande, apresentando contrastes climáticos

como mostrado nas imagens abaixo. Frio rigoroso na região Sul com ocorrência de neve

e geada e calor intenso no Nordeste brasileiro, com temperaturas chegando facilmente

aos 30º graus centrígrados. Dentre os fatores climáticos destacam-se, a vegetação, a

altitude, latitude, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Este

último fator é de suma importância porque atua diretamente tanto na temperatura quanto

na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais.

No caso da região Sul, além das massas de ar, que outros dois fatores são

importantes na situação mostrada acima?

A) Latitude e vegetação.

B) Relevo e correntes marítimas.

C) Altitude e maritimidade.

D) Latitude e altitude.

E) Continentalidade e maritimidade.

49. (UFPA) No mês de maio deste ano, desabaram sobre a sociedade brasileira cenas

de uma dupla violência: a violência contra a terra, com a aprovação do Código Florestal

na Câmara dos Deputados, e a violência contra a pessoa humana, com os assassinatos

dos líderes camponeses Maria do Espírito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da

Silva, que se opunham ao desmatamento na Amazônia.