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MONITORAMENTO E CONTROLE DO
BICUDO DA CANA-DE-AÇÚCAR,
Sphenophorus levis.
Eng.Agrº. Luiz Carlos de Almeida
Eng.Agrº. Luís Gustavo de Almeida
Especialista em Tecnologia Agroindustrial
www.entomolconsultoria.com Usina BURITI
Buritizal, 21 de Agosto de 2017
CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS:
Adaptação ao meio ambiente
Proliferação rápida
Elevada taxa de reprodução
Capacidade de dispersão
Provocam danos à planta
Praga = f (Alimento x Água x Abrigo)
Definição:
Considera-se como praga todo animal que causa prejuízos econômicos à atividade agrícola desenvolvida pelo homem.
Pragas Agrícolas
Danos ou Prejuízos (R$)
Dano
Dano
Econômico
Manejo Integrado de Pragas
“MIP”
X
NDE:
Densidade populacional da praga,
que causa prejuízos à cultura iguais ao
custo de adoção de medidas de controle. Monitorar
Priorizar o Controle Biológico de pragas
sempre que for possível.
Enfatizar o treinamento e a supervisão da
mão-de-obra.
Adotar sempre uma visão mais geral do
problema e da interferência dos métodos de
controle sobre outras pragas e
principalmente sobre o ambiente.
RECOMENDAÇÕES:
Definição:
Pragas de solo da cana-de-açúcar
Considera-se como praga de solo
todo animal (inseto) que provoca
danos ao sistema radicular das
plantas.
Rizomas
Toletes de Plantio
Raízes
Prejuízos
Pragas de solo da cana-de-açúcar
Redução da produtividade agrícola
Redução da longevidade dos canaviais
Redução da qualidade da matéria prima
Principais Pragas de Solo associadas
à cultura da cana-de-açúcar
Sphenophorus levis
Cupins
Migdolus spp.
Nematóides
Pão de galinha
Elaterídeos - larvas-arame
Naupactus spp.
Crisomelídeos
Percevejo castanho
Pérola da terra
Broca Gigante
Hyponeuma
Monitoramento,
Infestação e
Dispersão em
Cana-de-Açúcar:
Sphenophorus
• Total de 140 municípios nos
Estados de SP,MG,PR e MS
Ocorrência em 110
novos municípios
Classificação do Bicudo
Classe - Insecta
Ordem - Coleoptera
Família - Curculionidae
Gênero - Sphenophorus
Espécie – Sphenophorus levis
Diferenças das Larvas
Bicudos da cana-de-açúcar
S.levis M.hemipterus
S.levis
Formato do abdome W - 1º Segmento torácico
Ciclo reprodutivo : Metamorfose completa
Ovo
Pupa
Adulto Larva
ovos/fêmea
60 a 70
7 a 12dias
30 a 60 dias 7 a 15 dias
Ciclo Total
70 dias
Longevidade
200 a 220 dias
Sphenophorus levis
Bicudo da cana-de-açúcar
Sphenophorus levis
Ocorrência restrita aos Estados de SP, MG, PR e MS.
Atacam tecidos sadios
Provocam elevados prejuízos econômicos
Sphenophorus levis
Prejuízos econômicos
Adulto Larva Danos
Perdas agrícolas - 25 t de cana/corte
Redução da longevidade dos canaviais
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0
10
20
30
40
Fo
rmas b
ioló
gic
as (
%)
Mês
Adultos
Larvas
Pupas
Flutuação Populacional
Sphenophorus levis
Formas de Infestação de um canavial
Sphenophorus levis
Remanescentes
C.mínimo
Remanescentes
P.mecânico
Mudas
Hosp.
Alternativos Caminhamento
Vôo
ESTIMATIVAS DE EVOLUÇÃO POPULACIONAL DE Sphenophorus levis
1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração 5ª geração
Fêmea Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos
1 70 28
1.960 784
54.880
21.952
1.536.640
614.656
43.025.920
1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração 5ª geração
Fêmea Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos Fêmeas Ovos
1 70 3
210 9 630 25
1.750
70 4.900
Taxa de Crescimento: 80%
Taxa de Redução: 90%
5 Gerações ao ano
Controle:
Sphenophorus levis
Sanidade de viveiros
Cultural
Destruição de soqueiras
Eliminação de remanescentes
Controle de ervas daninhas
Biológico
Químico (reforma)
Iscas tóxicas
Sphenophorus levis
Controle com iscas tóxicas
Avaliação
das
iscas
Coleta e
Identificação
dos adultos
Controle biológico: Isolados de Fungos
Nematóides
Entomopatogênicos
Sphenophorus levis
Beauveria bassiana
e Nematóides do Instituto Biológico
Monitoramento e controle de
Sphenophorus em áreas de
soqueira
Avaliar os danos provocados
por Sphenophorus, o custo do
levantamento e o benefício
econômico, em função da
racionalização do uso de
defensivos agrícolas.
Metodologia de levantamento e
avaliação
Avaliar Imediatamente após a
colheita: áreas de 3º, 5º, 7º Cortes .
Definição dos talhões
Abertura de 5 touceiras em 0,5 m linear
por hectare, bem distribuídas no talhão
de acordo com o caminhamento
Avaliação de pão de galinha, Hyponeuma
Formas biológicas de S.levis e de danos
Registro das informações obtidas
Metodologia de levantamento e avaliação
Áreas de 3º, 5º Corte que apresentaram
%TA >1,0 e <2,9 deverão ser
avaliadas nos próximos cortes.
Definição dos talhões
Abertura de 5 touceiras em 0,5 m linear
por hectare, bem distribuídas no talhão
de acordo com o caminhamento
Avaliação de pão de galinha, Hyponeuma
Formas biológicas de S.levis e de danos
Registro das informações obtidas
Procedimentos do Monitoramento
Levantamentos direcionados para áreas de Soqueiras
Após a colheita no 3º, 5º ou 7º Cortes .
Equipes treinadas
Amostragem de cinco pontos por hectare:
- Ponto : uma touceira ( 0,50 m )
- Coleta das pragas presentes
- Pragas Pão de Galinha e Hyponeuma
- Avaliação de Tocos Atacados
Levantamentos Populacionais
Considerar no caminhamento :
24 metros correspondem a 30 passos
( passo ~ 80 cm )
No carreador considerar o número de sulcos
de acordo com o espaçamento do talhão:
Espaç. 1,50 m
22,5 m 15 sulcos
45,0 m 30 sulcos
24 m (30 passos)
Carreador
22,5 m (15 sulcos)
Esquema para Levantamentos de Tocos
Atacados por Sphenophorus levis
Metodologia de levantamento e
avaliação: Modelo da Ficha
Levantamento de Ataque de Sphenophorus e
Outras Pragas de Solo em Touceiras de Cana.
Usina: ________________Data: _____ /____ /____
Fazenda:______________ Talhão:______________
Variedade:____________ Corte:_______________
Área (ha):______________Nº de Pontos:_________
Nº do
Ponto PG Hy L P A TT TA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Obs: PG-Pão de galinha L : Larva
Hy-Hyponeuma P : Pupa
A : Adulto
TT: Total de Tocos
TA: Tocos Atacados
Outras Pragas Sphenophorus levis
Levantamento de Ataque de Sphenophorus e
Outras Pragas de Solo em Touceiras de Cana.
Usina: ________________Data: _____ /____ /____
Fazenda:______________ Talhão:______________
Variedade:____________ Corte:_______________
Área (ha):______________Nº de Pontos:_________
Nº do
Ponto PG Hy L P A TT TA
1
2
3
Outras Pragas Sphenophorus levis
.......
28
29
30
Obs: PG-Pão de galinha L : Larva
Hy-Hyponeuma P : Pupa
A : Adulto
TT: Total de Tocos
TA: Tocos Atacados
24m 45metros
48m 48m
22,5metros
48m
24m
48m 48m
48m
48m
48m 48m
24m
24m
48m
48m
48m
48m
48m
48m
48m
45metros
45metros
48m
48m
Touceira:
Toco Total e
Toco Atacado
Esquema para Levantamentos de Touceiras e
Rizomas Atacados por Sphenophorus levis
Avaliação de Tocos Atacados (T.A.) de
Sphenophorus levis
T.A. (%) = ( Tocos Atacados/ Tocos Totais totais ) x 100
Obs: 5 Touceiras amostradas por hectare
Dados analisados por computador :
Fazenda, Talhão, Categoria de Infestação
Categorias de Infestação de
S.levis: Rizomas ou Tocos
Cor Densidade Populacional
Azul < 2.500 Tocos Atacados (3%)
Verde > 2.500 a < 10.000 (3 a 12%)
Amarela > 10.000 a < 20.000 (12 a 24%)
Vermelha > 20.000 a < 30.000 (24 a 36%)
Preta > 30.000 (>36%)
Metodologia de Controle de Sphenophorus
Conceito Técnico - ENTOMOL
ÁREA DE TRATOS ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
COLHEITA X X X XX XX XX XXX XXX XXX
CORTE DE SOQUEIRA X X X XXX XXX XXX
DRENCH XX XX
- Não esperar muito tempo após a colheita para realizar o CORTE.
ÁREA DE REFORMA ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
COLHEITA * X X X X X ** ** **
E.M.S. X X X X X
*Evitar a colheita de áreas de reforma com SPH em maio, esperar o aumento da população de larva.
** Evitar a colheita de áreas de reforma de SPH nos meses de OUT, NOV, DEZ.
Se ocorrer a colheita, utilizar o controle de DRENCH antes da E.M.S..
Controle de S.levis nas Áreas com %T.A>3,0%
Centro de Tecnologia Canavieira
Controle Biológico
Corte de soqueira
Aplicação em Drench
Iscagem
P&D –Produtos Biológicos
Eliminador Mecânico de
Soqueira
Controle de viveiros
Fipronil no fundo do sulco
A Praga
Soqueira Monitoramento
Plantio
Levantamento
Manejo Integrado
Recomendações 1. Corte de soqueira de abril a junho, em canas cortadas no
início de safra;
2. Corte de soqueira de outubro a dezembro, em canas cortadas no final de safra;
3. Aplicação de produtos na base da brotação de soqueiras em outubro-novembro;
4. Utilizar sempre o E.M.S. para reforma dos canaviais infestados;
5. Plantio de mudas isentas da praga;
6. Aplicação de Beauveria bassiana;
7. Cuidado com o transporte de cana e de mudas;
8. Uso de iscas em áreas infestadas ou nos focos mapeados;
9. Explorar a resistência de variedades.
Resultados Esperados
1.Redução de áreas com infestações elevadas de Sphenophorus;
2.Redução dos danos;
3.Aumento da longevidade dos canaviais;
4.Conhecimento da distribuição das áreas mais infestadas;
5.Melhor direcionamento dos métodos de controle.
MUITO OBRIGADO
Eng.Agº. Luiz Carlos de Almeida
Especialista em Tecnologia Agroindustrial
Site: www.entomolconsultoria.com
Entomol Consultoria Manejo Sustentável de Pragas Ltda.