monografia glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

78
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA GLAYCON COUTINHO DA SILVA ANÁLISE CINEMÁTICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES GOIÂNIA 2011

Upload: mario-campos

Post on 23-Jun-2015

3.014 views

Category:

Sports


0 download

DESCRIPTION

Pode-se dizer que a iniciação esportiva se enquadra como uma fase do esporte. Na iniciação esportiva, o esporte deve ter um caráter prazeroso, onde os indíviduos vão conhecendo, automatizando e refinando os gestos específicos de cada modalidade. Dentro desse contexto, a natação surge como uma modalidade praticada desde a infância com ínumeros beneficios para seus praticantes. Assim, o presente trabalho, tem como objetivo analisar algumas variáveis do nado Crawl relacionadas com o desempenho técnico, tais como a velocidade média, frequência de braçadas, Índice de Coordenação e Comprimento de braçadas em crianças e adolescentes iniciantes na modalidade. Foram selecionados 20 voluntários do gênero feminino e masculino, todos praticantes da natação em projetos de iniciação esportiva com idades entre sete e quinze anos. O estudo buscou analisar as variáveis cinemáticas através de sistemas de filmagens do nado dos voluntários possibilitando análises qualitativas e quantitativas. Estes métodos são usados principalmente no esporte de alto rendimento, onde em sua maioria são usados equipamentos de alto custo, mais que para o presente trabalho, foram utilizados equipamentos alternativos, que possibilitaram análises semelhantes e com um custo/beneficio adequado para se trabalhar com a iniciação esportiva, como forma de proporcionar novos recursos nas correções e auxiliar professores que trabalham com a iniciação esportiva. Em relação aos resultados das variáveis cinemáticas, os voluntários apresentaram os seguintes resultados: velocidade média (VM) entre 0,61 m/s e 1,11 m/s; frequência de braçadas (FB) entre 21,22 ciclos/min e 75,52 ciclos/min; comprimento de braçadas (CB) entre 0,65 m e 2,13 m; índice de coordenação (IDC) entre – 26,442 % e 14,485 %. Diante dos resultados obtidos, o estudo se mostrou eficaz para as análises técnicas dos voluntários.

TRANSCRIPT

Page 1: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

GLAYCON COUTINHO DA SILVA

ANÁLISE CINEMÁTICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES

GOIÂNIA

2011

Page 2: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

GLAYCON COUTINHO DA SILVA

ANÁLISE CINEMÁTICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES.

Trabalho apresentado como requisito

parcial para obtenção do título de

Licenciado em Educação Física pela

Universidade Federal de Goiás, sob

orientação do Professor Dr. Mario

Hebling Campos.

GOIÂNIA

2011

Page 3: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FISICA

ANÁLISE CINEMÁTICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES

Monografia apresentada como requisito

parcial para obtenção do título de

Licenciado (a) em Educação Física pela

Universidade Federal de Goiás, sob

orientação do(a) Prof. Dr. Mário Hebling

Campos.

_________________________________ Aprovada ( ) Não Aprovada ( )

Professor (a). Orientador(a)

_________________________________ Aprovada ( ) Não Aprovada ( )

Professor (a). Aprofundamento

_________________________________ Aprovada ( ) Não Aprovada ( )

Prof/a ad hoc

Page 4: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a toda minha família e principalmente a minha avó

Tereza Izabel, que sempre estiveram ao meu lado me apoiando nos momentos de

dificuldade e me dando forças para que eu conseguisse conquistar tudo que

conquistei até hoje.À minha namorada, Vitória Carolina que sempre esteve do

meu lado. Dedico também aos meus amigos que estiveram ao meu lado durante

esses quatro anos.

E finalmente à Deus, que está presente em todos os momentos de nossas

vidas nos iluminando e proporcionando momentos extremamente felizes.

Page 5: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

AGRADECIMENTOS

A minha avó, Tereza Isabel, por sempre ter me apoiado e ficado ao meu

lado nos momentos em que precisei me dando suporte para que eu conseguisse

passar pelos momentos díficeis e por ser uma pessoa muito especial em minha

vida.

Aos meus pais e irmãos que sempre me ajudaram e estiveram comigo nos

momentos dificeis me apoiando. Aos meus primos e tios que são pessoas muito

importantes para mim.

Àtoda minha família, por ter me apoiado e dado suporte, e por serem

pessoas a quem devo tudo que conquistei até hoje.

À minha namorada, Vitória Carolina, uma pessoa que sempre esteve ao

meu lado me ajudando e compartilhando momentos muito importantes da minha

vida.

Aos meus amigos, e desse grupo fazem parte todos aqueles amigos de

faculdade que no ínicio eram meros colegas e com o passar do tempo, tornaram

grandes pessoas em minha vida, e principalmente ao meu amigo Fabrício com

quem estive durante o primeiro ano de faculdade e foi como um irmão para mim,

me ajudando nos momentos que precisei e sempre me incentivando a buscar o

melhor. Aos amigos Avilson, Frederico e Vítor, companheiros de trabalho que me

ajudaram na coleta de dados, e ao Fellipe, um grande amigo, companheiro de

trabalho, de faculdade e dupla em quase todos os trabalhos. Ao amigo Fernando

Almeida pela ajuda e empenho com este trabalho.

Aos professores da FEF, pela generosidade, atenção, carinho e dedicação,

os quais me proporcionaram uma gama de conhecimentos inestímaveis e que vou

levar pra sempre comigo.

Ao professor e meu orientador Mario Hebling, por sua enorme contribuição

na minha monografia com o grande conhecimento na área da Biomecânica,

assumindo esse compromisso de me ajudar na produção deste trabalho, e não

medindo esforços para que tudo pudesse dar certo.

Ao senhor Deus, por sempre iluminar o meu caminho, e proporcionar

bençãos em minha vida.

Page 6: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

RESUMO

Pode-se dizer que a iniciação esportiva se enquadra como uma fase do esporte. Na iniciação esportiva, o esporte deve ter um caráter prazeroso, onde os indíviduos vão conhecendo, automatizando e refinando os gestos específicos de cada modalidade. Dentro desse contexto, a natação surge como uma modalidade praticada desde a infância com ínumeros beneficios para seus praticantes. Assim, o presente trabalho, tem como objetivo analisar algumas variáveis do nado Crawl relacionadas com o desempenho técnico, tais como a velocidade média, frequência de braçadas, Índice de Coordenação e Comprimento de braçadas em crianças e adolescentes iniciantes na modalidade. Foram selecionados 20 voluntários do gênero feminino e masculino, todos praticantes da natação em projetos de iniciação esportiva com idades entre sete e quinze anos. O estudo buscou analisar as variáveis cinemáticas através de sistemas de filmagens do nado dos voluntários possibilitando análises qualitativas e quantitativas. Estes métodos são usados principalmente no esporte de alto rendimento, onde em sua maioria são usados equipamentos de alto custo, mais que para o presente trabalho, foram utilizados equipamentos alternativos, que possibilitaram análises semelhantes e com um custo/beneficio adequado para se trabalhar com a iniciação esportiva, como forma de proporcionar novos recursos nas correções e auxiliar professores que trabalham com a iniciação esportiva. Em relação aos resultados das variáveis cinemáticas, os voluntários apresentaram os seguintes resultados: velocidade média (VM) entre 0,61 m/s e 1,11 m/s; frequência de braçadas (FB) entre 21,22 ciclos/min e 75,52 ciclos/min; comprimento de braçadas (CB) entre 0,65 m e 2,13 m; índice de coordenação (IDC) entre – 26,442 % e 14,485 %. Diante dos resultados obtidos, o estudo se mostrou eficaz para as análises técnicas dos voluntários. Palavras-chave: Iniciação Esportiva; Esporte; Natação; Variáveis Cinemáticas.

Page 7: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Sistema de filmagem subaquática. ............................................ 36

Figura 2. Sistema de calibração. .............................................................. 37

Figura 3. Imagem da câmera subaquática. .............................................. 38

Figura 4. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma

indicando, para o voluntário V7, a duração percentual (ordenadas) de

cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e

recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM),

Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico

Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual

(abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas

(vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita

(inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação

do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC). ........

40

Figura 5. Diagramas de caixa da Velocidade média (VM) (gráfico

superior da esqueda); Frequência de Braçada (FB) (gráfico superior da

direita); Comprimento de braçada (CB) (gráfico inferior da esquerda);

Índice de coordenação (IDC) (gráfico inferior da direita) do grupo de

voluntários da pesquisa. ............................................................................

42

Figura 6. Diagramas de caixa da duração percentual (ordenadas) das

fases da braçada no ciclo (abscissas: entrada, puxada, empurre,

recuperação) para o grupo de voluntários da pesquisa. ...........................

43

Figura 7. Gráfico de setores indicando percentualmente, de que forma

os voluntários conheceram a natação: pais/responsáveis (azul-escuro),

familiares (vermelho), amigos (verde), outros (roxo) e mídias (azul-claro),

para o grupo de voluntários da pesquisa. ...................................................

45

Figura 8. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre quais

fatores que levaram os voluntários a prática da natação: lazer (azul-

escuro), condicionamento físico (vermelho), influência dos pais (verde),

melhoria na saúde (roxo) e outros fatores (azul-claro), para o grupo de

voluntários da pesquisa. .............................................................................

46

Page 8: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 9. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre os

objetivos que os voluntários almejam ao realizar a natação: manter uma

boa forma (azul-escuro), competir profissionalmente (vermelho), círculo

de amizades (verde) e outros (roxo), para o grupo de voluntários da

pesquisa. ...................................................................................................

47

Figura 10. Gráfico de setores indicando percentualmente para o grupo

de voluntários da pesquisa sobre os erros comuns que os voluntários

cometeram na execução da técnica: ultrapassagem do ponto correto

(azul-escuro), ´´espera braço`` (vermelho), cabeça erguida (verde),

pernada profunda (roxo) e não-chegada ao ponto correto (azul-claro). ....

48

Figura 11. Diagrama de colunas indicando a velocidade média

(ordenadas) do grupo de voluntários (abscissas) que teve no máximo um

erro durante a execução da técnica do nado crawl (grupo 1), e a

velocidade média do grupo que teve mais de um erro durante a

execução da técnica do nado crawl (grupo 2). ...........................................

51

Figura 12. Gráfico de setores indicando percentualmente o grupo de

voluntários que tiveram índices de coordenação por oposição (azul), o

grupo de voluntários que tiveram índices de coordenação por

deslizamento (vermelho) e o grupo de voluntários que tiveram índices de

coordenação por sobreposição (verde). ....................................................

52

Figura 13. Gráfico histograma indicando a relação do índice de

coordenação (abscissas) e a velocidade média (ordenadas) dos grupos

do índice de coordenação (oposição, deslizamento e sobreposição) dos

voluntários da pesquisa. .............................................................................

53

Figura 14. Resultado do teste de Kruskal-Wallis comparando os grupos

de voluntários que se enquadram no índice de coordenação por

deslizamento e do grupo de voluntários que se enquandram no índice de

coordenação sem deslizamento. ..............................................................

54

Figura 15. Diagramas de caixa da velocidade média de nado

(ordenadas) dos grupos de voluntários do índice de coordenação por

deslizamento e sem deslizamento (abscissas), comparando a velocidade

mediana de cada grupo. ...........................................................................

55

Figura 16. Gráfico histograma indicando a velocidade média (ordenadas)

Page 9: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

do grupo de voluntários que se enquadram no índice de coordenação por

deslizamento e do grupo de voluntários que se enquadram no índice de

coordenação sem deslizamento. ................................................................

56

Page 10: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 -Provas oficiais realizadas nos principais eventos de natação. ........ 19

Page 11: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização dos voluntários: Idade (anos), gênero (M-masculino, F-

feminino), tempo de prática (anos), nível técnico(grupo de treinamento na

instituição, 1-iniciante; 2-intermediário 1; 3-intermediário 2; 4-avançado), massa

corporal (kg) e estatura (cm) dos voluntários. ...................................................... 33

Tabela 2. Resultados individuais das variáveis cinemáticas: velocidade média

(VM), frequência de braçada (FB), comprimento de braçada (CB) e índice de

coordenação do grupo de voluntários da pesquisa. ............................................ 44

Tabela 3. Caracterização dos erros cometidos individualmente pelos voluntários

durante a execução do nado crawl: ultrapassagem do ponto correto, espera

braço, cabeça erguida, pernada profunda e não-chegada ao ponto correto. .... 50

Page 12: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................ 13

CAPÌTULO 1. A MODALIDADE NATAÇÃO 16

1.1. Histórico da natação ............................................................................. 16

1.2. Nado Crawl .......................................................................................... 20

1.2.1. Técnica do nado Crawl ..................................................................... 21

1.3. Natação para Crianças e Adolescentes .............................................. 24

CAPÍTULO 2. A BIOMECÂNICA DO ESPORTE NA NATAÇÃO 27

2.1. Histórico da Biomecânica ................................................................... 27

2.2. Biomecânica do Exercício e Esporte .................................................. 28

2.3. Velocidade Média, Comprimento de braçadas, Frequência de

Braçadas e Índice de Coordenação ..........................................................

30

CAPÍTULO 3. MATERIAIS E MÉTODOS 32

3.1. Caracterização dos voluntários .......................................................... 32

3.2. Erros comuns na execução da técnica. ............................................. 34

3.3. Instrumento de Coleta de Dados ....................................................... 35

3.4. Protocolo Experimental ..................................................................... 38

CAPÍTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 42

4.1. Resultados ........................................................................................ 42

4.2. Caracterização dos voluntários .......................................................... 44

4.3. Análise técnica qualitativa ................................................................. 47

4.4. Análise técnica quantitativa ............................................................... 51

CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................ 59

ANEXOS .................................................................................................. 62

Page 13: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

INTRODUÇÃO

O esporte é um fenômeno mundial e tem forte influência sobre a sociedade

atual. Esse fenômeno mobiliza diferentes classes sociais, gêneros, idades, etnias,

seja estes praticantes ou espectadores. E dentro do contexto do esporte, surge a

natação que existe a bastante tempo, e alguns defendem sua origem juntamente

com o aparecimento do homem. Segundo Saavedraet all (2003), a natação pode

ser definida como: “a habilidade que permite ao ser humano deslocar-se num

meio líquido, normalmente a água, graças ás forças propulsivas que gera com os

movimentos dos membros superiores, inferiores e do corpo, que lhe permite

vencer as resistências que se opõem ao avanço”. Desde sua origem, essa prática

assumiu diversas manifestações como: técnica de sobrevivencia em meio líquido,

treinamento de guerra, exercício físico, educação, esporte, entre outras.

Após os períodos iniciais em que a natação tinha essecaráter utilitário e de

sobrevivencia, surgiram as primeiras tentativas de pedagogização e

sistematização dessa prática para o ensino que persiste até nos dias atuais, e

pode-se dizer que foram os militares umdos grandes responsáveis por tal feito.

Desde a mais remota antiguidade até nossos dias, foi aos militares que o problema da natação se colocou de maneira crucial. Para quem não sabe nadar, qualquer que seja seu armamento, um rio ou extensão de água constituí um obstáculo as vezes intransponível[...]Não é de se estranhar que a decisão de ensinar sistematicamente natação aos soldados tenha repercutido na orientação da pedagogia da natação (CATTEAU E GAROFF, 1990, p. 21 e 22).

Com o passar do tempo, essa modalidade veio se configurando como um

esporte que evolui constantemente através do aperfeiçoamento dos nados, novas

metodologias de ensino, e estudos feitos dentro desse campo que estão

revolucionando a forma de ‘‘nadar’’. Dentro desse contexto, a Biomecânica, que

segundo Salvini (2005) pode ser definida como a ciência que estuda o corpo e o

movimento humano com base em leis e métodos da mecânica, abarca dentro da

natação com seus estudos para proporcionar novas formas de se analisar e ver

essa prática contribuindo para sua evolução e melhor rendimento por parte dos

Page 14: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

praticantes.De tal modo, que nos motivou a realizar essa pesquisa acerca desses

novos imprementos e novas técnicas que estão sendo utilizados na natação como

forma de análises que visam corrigir e melhorar a perfomance do praticante. O

estudo tem como objetivo, analisar algumas variáveis cinemáticas da natação em

crianças e adolescentes iniciantes nessa modalidade. As variáveis analisadas

são: velocidade média, frequência de braçadas, comprimento de braçadas e

índice de coordenação. Para isso, foi selecionado um local que trabalha com a

iniciação esportiva, nesse caso a instituição Agência Goiana de Esporte e Lazer

(AGEL).

A coleta de dados foi realizada no periodo entre 19 de setembro a 26 de

setembro do corrente ano em uma praça de esportes localizada na cidade de

Goiânia-GO no Setor dos Funcionarios onde a instituição Agência Goiana de

Esporte e Lazer (AGEL) desenvolve projetos de iniciação ao esporte com o intuito

de oferecer práticas esportivas gratuitas a população e especialmente aqueles

pertecentes a classe de baixa renda. A instituição foi informada por meio do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A), o qual procurou informar

aspectos da pesquisa como: direitos da instituição enquanto participante,

objetivos e justificativa da pesquisa e os procedimentos adotados para as

análises.

A instituição pertence ao governo do estado de Goiás e tem como objetivo

oferecer subsidios e programas para o esporte e lazer do estado, onde a mesma

procura desenvolver projetos em diversas praças de esportes da cidade de

Goiânia, e nessa praça em questão, há diversas modalidades que são

desenvolvidas e colocadas à disposição da população como: futebol,

basquetebol, voleibol, judô, natação, tênis de mesa entre outros esportes.

A praça de esportes conta com uma estrutura de 2 (duas) quadras

poliesportivas destinadas aos esportes de futsal, basquetebol e voleibol, um

ginásio de lutas com tatame e aparelhos de ginástica (barras paralelas, cavalo,

barra fixa e trave), sala para yoga e uma sala para o esporte de tênis de mesa.

A area para as atividades aquaticas é constituida de duas piscinas. Uma

piscina de 25 m de comprimento x 17 m de largura, e outra de 25 m de

comprimento x 12 m de largura, ambas destinadas a prática da natação adulto e

infantil e hidroginastica adulto.

Page 15: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

De acordo com a instituição AGEL, a mesma tem o papel de promover,

incentivar e apoiar o desenvolvimento do esporte e lazer na sociedade, e oferecer

programas que beneficiem atletas goianos de rendimento, projetos de iniciação

esportiva entre outros programas que a instituição oferece.

Assim, o trabalho foi estruturado em quatro capítulos, onde o primeiro

apresentou de forma geral aspectos relacionados com o surgimento e evolução

da natação,a técnica do nado Crawl que foi o nado escolhido para as análises, os

erros técnicos mais comuns durante sua execução, a importância da natação para

crianças e adolescentes e alguns conceitos relacionados a iniciação esportiva.

No segundo capítulo, foi feito uma breve apresentação sobre a história da

biomecânica e o seus campos de estudos, bem como de algumas terminologias,

concepções e abordagens dessa área dentro do esporte. E por fim, foi abordado

embora que sucintamente, algumas variáveis cinemáticas na natação como a

velocidade média, índice de coordenação, frequência de braçadas e comprimento

de braçadas.

No terceiro capítulo, foi esboçada a metodologia informando aspectos

como: instituição pesquisada, caracterização dos sujeitos da pesquisa e os

métodos utilizados para a coleta dos dados, bem como para o tratamento desses

dados obtidos.

O quarto capítulo tratou dos resultados e das discussões acerca do que foi

obtido, bem como do confrontamento de alguns resultados encontrados no campo

de pesquisa e resultados já existentes na literatura.

Após as discussões, partiu-se para as considerações finais que procurou

fazer um levantamento dos pontos principais do trabalho.

Page 16: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

CAPÍTULO 1 -O ESPORTE NATAÇÃO

1.1. Histórico da Natação

A natação conforme Bonacelli (2004), é difícil de verificar ao certo sua

origem. No século XIII a. C., japoneses e chineses praticavam exercícios físicos

aquáticos, como hidroterapia e massagem. Há milhares de anos, os humanos já

tinham certo fascínio por nadar.

Histórias registradas há muito tempo indicam que as pessoas que moravam ao longo do quente Mediterrâneo nadavam com uma considerável capacidade. (COLWIN, 2000, pag 05)

A natação existe a bastante tempo e alguns defendem sua origem

juntamente com o aparecimento do homem, uma vez que era necessário

sobreviver ao ambiente hostil no qual se viviam nossos antepassados. Catteau e

Garoff (1990) ressaltam que a natação surgiu para o homem como uma

necessidade de sobrevivência, e que as origens da natação se confundem com

as origens da humanidade. Inicialmente adotada como forma de sobrevivência, e

depois assumindo outras manifestações. Algumas pinturas rupestres datadas de

muitos anos já demonstram claramente seres humanos utilizando dessa prática,

que mais tarde receberia o nome de Natação.

Acrescentando então uma definição a Natação poderia ser segundo

Saavedraet all (2003) definida como: “a habilidade que permite ao ser humano

deslocar-se num meio líquido, normalmente a água, graças ás forças propulsivas

que gera com os movimentos dos membros superiores, inferiores e do corpo, que

lhe permitem vencer as resistências que se opõem ao avanço”.

Assim sendo, ao percorrermos o histórico da natação, iremos nos deparar

com a utilização da mesma em civilizações antigas tais como os Gregos e

Romanos. Nessas civilizações a utilização do nadar não se dá apenas por

sobrevivência, mais também assume agora uma parte da educação. “Os romanos

por volta de 300 a.C. tinham o hábito de nadar em rios e lagos, e foi na Roma que

Page 17: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

surgiram as primeiras piscinas dentro das termas” (CATTEAU e GAROFF, 1990).

Ainda nesse período a “natação assume parte da educação dos gregos”

(RODRÍGUEZ, 1997), já em Roma ela existe também como “forma de educação,

mais adota uma visão recreativa da água” (LEWIN, 1983), além de se configurar

num método de preparação física do povo. Segundo Corrêa e Massaud (2001),

após a queda do império romano, a natação praticamente desapareceu até a

idade média. Isso aconteceu devido ao povo acreditar que essa prática pudesse

disseminar epidemias.

Após esses períodos inicias, nos quais a natação assume esse caráter

utilitário e de sobrevivência, vemos as primeiras tentativas de pedagogização e

sistematização de ensino. Pode-se atribuir aos militares, grande parte do mérito

pelo desenvolvimento da natação e assim:

Desde a mais remota antiguidade até nossos dias, foi aos militares que o problema da natação se colocou de maneira crucial. Para quem não sabe nadar, qualquer que seja seu armamento, um rio ou extensão de água constituí um obstáculo as vezes intransponível[...]Não é de se estranhar que a decisão de ensinar sistematicamente natação aos soldados tenha repercutido na orientação da pedagogia da natação (CATTEAU E GAROFF, 1990, p. 21 e 22).

O século XIX para a natação é de extrema importância, nele acontece a

construção da primeira piscina coberta no ano de 1828 (REYES, 1998) e as

primeiras competições são organizadas em Londres no ano de 1837. Voltando ao

histórico da natação, vê-se que as primeiras competições realizadas no século

XIX baseavam-se no estilo de natação dos indígenas da Austrália e América

(Corrêa e Massaud, 2001). Com o surgimento das primeiras competições cria-se

a necessidade da regulamentação e da criação de regras. Nesse contexto surge

no ano de 1874 a primeira federação de clubes, nomeada “Association

Metropolitan Swimming Clube” que é responsável pelo primeiro regulamento de

natação (RODRÍGUEZ, 1997).

No Brasil, foram os índios os primeiros habitantes a praticar a natação por

volta do século XVI. Nesse contexto, a natação para eles se configurava como

uma forma de sobrevivência, onde os mesmos utilizavam-se de tal prática para

fugir dos animais ferozes. Já como esporte, a natação no Brasil só iria surgir por

Page 18: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

volta do século XIX, tendo como influencia o remo que era um esporte muito

difundido e praticado no Rio de Janeiro e São Paulo (Corrêa e Massaud, 2001).

O aparecimento e a regulamentação oficial da natação no Brasil se dá a

partir:

No Brasil, a natação foi introduzida oficialmente em 31 de julho de 1897, quando os clubes Botafogo, Icaraí e Flamengo fundaram, no Rio de Janeiro, a União de Regatas Fluminense, posteriormente chamada de Conselho Superior de Regatas e Federação Brasileira das Sociedades de Remo. Em 1914, o esporte passou a ser controlado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos – CBDA. Em 1935, as mulheres começaram a participar oficialmente das competições (ABRANTES, LUZ e BARRETO, 2006, p. 11).

Em 1898, acontece o primeiro campeonato de natação em solo brasileiro

sendo promovido pelo clube de natação e Regatas. A prova de aproximadamente

1500 metros aconteceu entre a Fortaleza Villegaignon até a praia de Santa Luzia.

Esse campeonato teve suas edições até o ano de 1912. A partir do ano de 1916,

a natação no Brasil passa a ser promovida pela CBD (Confederação Brasileira de

Desportos).

Segundo Corrêa e Massaud (2001), as primeiras piscinas para competição

no Brasil foram construídas em 1919 pelo Fluminense Futebol Clube, e em 1923

pela Associação Atlética São Paulo. Em 1920, o Brasil faz sua estreia em uma

olimpíada, e só depois de trinta anos da sua estreia que o país conseguiu levar

um nadador ao pódio (Corrêa e Massaud, 2001).

No Brasil, alguns nadadores se destacaram e fizeram seu nome nesse

esporte, como é o caso de Maria Lenk que em 1939 foi a recordista mundial nos

200 metros nado peito e 400 metros nado peito na Olimpíada de Helsinki em

1952. Na mesma edição, o brasileiro Tetsuro Okamoto ganhou a medalha de

bronze nos 1500 metros livre. Já em 1980, o revezamento 4 x 200 metros livres

formado pelos atletas Djan Madruga, Jorge Fernandes, Cyro Delgado e Marcus

Matiolli ganharam a medalha de bronze nas Olimpíadas de Moscou (Corrêa e

Massaud, 2001).

Em 1984 nos jogos de Los Angeles, o brasileiro Ricardo Prado conquistou

a medalha de prata nos 400 metros medley. Outro nadador que conquistou

grandes façanhas foi Gustavo Borges, o primeiro nadador brasileiro a conquistar

Page 19: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

três medalhas em olimpíadas e campeão mundial na Suécia em 1997 (Corrêa e

Massaud, 2001). Atualmente, o nadador Cesar Cielo é um dos atletas brasileiros

que vem despontando nessa modalidade somando grandes conquistas para o

Brasil.

Nos dias atuais, a natação é sistematizada em quatro estilos de nado: livre,

costas, borboleta e peito, sendo que cada estilo tem suas próprias regras

regulamentadas pelo órgão máximo desse esporte, a FINA (Federação

Internacional de Natação Amadora), organização que tem o poder de

regulamentara modalidade em todo o mundo (CORRÊA e MASSAUD, 2001),

sendo responsável por estabelecer as regras, organizar o calendário das

competições entre outras funções. De acordo com a FINA, as provas que fazem

parte do calendário oficial de natação são apresentadas no quadro 1.

COMPETIÇÃO Livre Costas Peito Borboleta Medley Revezamentos

Jogos Olímpicos 50 – 100 100 - 200 100 - 200 100 – 200 200 – 400 4 x 100 L^

piscina longa 200 – 400 4 x 100 M+

(50m) 800* - 1500`` 4 x 200 L^

Mundial em 50 – 100 50 - 100 50 – 100 50 – 100 100 – 200 4 x 100 L^

piscina curta 200 – 400 200 200 200 400 4 x 100 M+

(25m) 800* - 1500`` 4 x 200 L^

Mundial em 50 – 100 50 – 100 50 – 100 50 – 100 200 – 400 4 x 100 L^

piscina longa 200 – 400 200 200 2004 x 100 M+

(50m)800 – 1500 4 x 200 L^

L^ nado livre, M+ revezamento medley, * somente mulheres, `` somente homens.

Quadro 1 - Provas oficiais realizadas nos principais eventos de natação.

Por ser uma prática que tem suas particularidades como os demais

esportes, os treinadores em parceria com cientistas estudam cada vez mais essa

modalidade, procurando novos métodos mais eficazes na busca de melhores

resultados, investigando aspectos que interferem no rendimento dos atletas como

é o caso das forças que agem sob o corpo dos nadadores. Segundo

(MAGLISCHO, 1999, p. 299) ´´a água exerce um efeito retardador muito profundo

nos objetos que se deslocam por meio dela``. Na natação, o praticante:

Page 20: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

sofre ação de basicamente quatro forças: (1) peso ou atração vertical que o campo gravitacional da Terra exerce sobre os corpos que se encontram próximos à sua superfície direcionando-os para baixo, (2) empuxo, que é a força vertical para cima que atua sobre um corpo imerso em um fluído, que passa pelo seu centro de massa, e é igual ao peso do volume do líquido deslocado, (3) arrasto, que se opõe ao movimento de um corpo em deslocamento, e (4) propulsão, que impulsiona os nadadores à frente (BARBOSA, 2010, p. 29).

Hoje, a natação como esporte é encarada como algo que tenta buscar a

perfeição, onde os nadadores de alto nível em parceria com seus treinadores

buscam incansavelmente a quebra dos recordes estabelecidos por eles mesmos

ou demais nadadores. Para essa busca, eles contam com o avanço da tecnologia

e com a ajuda de outras áreas que entram nesse contexto para contribuir com

essas metas. Dentro dessas áreas, encontra-se a Biomecânica que será

identificada mais a frente no próximo capítulo.

1.2. Nado Crawl

Acredita-se que o nado crawl e em especifico sua braçada tem origem há

muito tempo atrás devido a traduções de textos gregos e romanos como relata

Colwin (2000) em que nadadores usam movimentos alternados com o braço

emerso. Ainda segundo COLWIN (2000), logo após essa passagem o nado crawl

acaba ficando ´´esquecido`` durante séculos, pelo fato de que durante a Idade

Média a natação desapareceu da Europa onde povos acreditavam em crenças

que afirmavam que ´´banhos ao ar livre ajudavam a disseminar epidemias que,

com tanta frequência, varriam o continente`` (COLWIN, 2000). Somente no ínicio

do século XX e segundo a cultura ocidental, essa braçada alternada e com os

braços emersos reaparece.

Estabelecendo um panorama da evolução do nado crawl, o mar onde as

pessoas nadavam habitualmente pode ter sido o grande apoio para a evolução

das braçadas do crawl. Isso se deve ao fato da água ser salgada onde existe uma

maior flutuabilidade que ajuda em uma maior estabilidade e acaba tornando ´´os

Page 21: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

movimentos do braço fora da água mais fáceis e menos cansativos para os

nadadores que possuíam uma técnica menos desenvolvida`` (COLWIN, 2000).

O nado Crawl:

visto através das competicoes esportivas, nasceu do aperfeiçoamento trazido ao que se chamou de ‘‘ double over arm stroke”, isto e, um nado que utiliza ações alternadas dos braços e das pernas; estas ultimas efetuam-se num plano obliquo em relação a superfície da água. O ‘‘double over arm stroke” ja era considerado um aperfeiçoamento do ‘‘trudgeon” que utilizava ações simultaneas das pernas. (CATTEAU e GAROFF, 1990, p. 123).

Segundo Catteau e Garoff (1990), o nado crawl é atualmente a única

modalidade de nado utilizada nas provas de nado livre, pois é a modalidade de

nado que apresenta o melhor rendimento. Maglischo (1999), afirma que o nado

Crawl evoluiu para ser o mais rápido dentre os quatro estilos de nado de

competição.

1.2.1. Técnica do nado Crawl

Quando se fala da técnica de um nado, são encontrados diversos

conceitos, termos e definições que vão variar de autor para autor. Nesse trabalho,

optou-se por utilizar as definições que Maglischo (1999) faz sobre a técnica do

nado Crawl. Segundo Maglischo (1999), a braçada do nado Crawl consiste de três

varreduras diagonais: uma para baixo, uma para dentro e uma para cima. As

outras fases da braçada são a entrada e o alongamento e a liberação e a

recuperação.

A primeira fase da braçada é a entrada e o apoio onde a entrada deve ser

realizada a frente da cabeça com o braço flexionado ligeraimente, a palma da

mão deve estar inclinada para fora. Na entrada da mão na água, os dedos devem

ser a primeira parte do braço a entrar na água. Ainda segundo Maglischo (1999),

o alongamento é a próxima fase da braçada a ser executada, onde o braçoapós

sua entrada na água deve estender-se para a frente abaixo da superfície com a

Page 22: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

palma da mão girando para baixo até que fique totalmente voltada para baixo. O

alongamento deve estar sincronizado de modo que ao final de toda a extensão do

braço, o outro braço esteja terminando sua fase propulsiva.

Ao final do alongamento, dar-se-áínicio a varredura para baixo como afirma

Maglischo (1999), onde a mãoirá se deslocar para baixo num trajeto curvilíneo

com o braço flexionado no cotovelo em aproximadamente 40 graus, a mão e o

braço devem estar para fora do ombro e voltados para trás contra a água dando

ínicio ao agarre, a palma da mão deve estar inclinada para fora e para trás.

Maglischo (1999) afirma que a fase de varredura para baixo não é considerada

como um movimento propulsivo, onde seu objetivo é fazer com que durante a

recuperação do braço oposto, a face do nadador não afunde enquanto o mesmo

estárespirando.

Após a varredura para baixo, inicia-se a varredura para dentro com um

movimento semicircular onde a mãoirá se deslocar para baixo, para dentro e para

cima até que esteja ao nível da linha alba (MAGLISCHO, 1999). O braçoirá se

curvar mais 40 a 60 graus no cotovelo e a palma da mãoirárotacionar lentamente

durante essa fase até que esteja inclinada para dentro e para cima ao término de

seu deslocamento como relata Maglischo (1999).

Em seguida teráínicio a varredura para cima que segundo Maglischo

(1999) trata-se da segunda fase de ação propulsiva da braçada do nado Crawl.

Ainda segundo Maglischo (1999), o movimento é um deslocamento da mão em

semicirculo desde um local situado por baixo do corpo do nadador e um

movimento para fora, para cima e para trás em direção a superfície da água. A

palma da mão deve girar rapidamente no ínicio do deslocamento e manter-se

inclinada para fora e para trás durante todo o movimento. A fase de varredura

para cima termina quando a mão aproxima-se da coxa.

Após as fases propulsivas da braçada, tem ínicio a fase de liberação e

recuperação que segundo Maglischo (1999), começa antes que a mão do

nadador deixe a água. Nessa fase, ‘‘o cotovelo deixa a água em primeiro lugar e o

nadador começa a flexionar seu braço para começar a movimenta-lo para a frente

enquanto sua mão ainda está submersa”(MAGLISCHO, 1999, p. 347). A palma da

mão deve estar girada para dentro para que a mão possa se deslocar até a

superfície da água por sua borda. Para Maglischo (1999), a recuperação tem a

Page 23: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

finalidade de colocar o braço em posição para uma nova braçada. Nessa fase, o

cotovelo flexiona-se durante toda a primeira metade da recuperação, enquanto o

braço é conduzido em torno e sobre a cabeça. O braço sera estendido para

realizar a entrada somente quando a mão passar acima da cabeça. Na primeira

metade da recuperação, a palma da mão deve estar voltada para dentro e girar

para fora quando o nadador buscar a água como forma de minimizar a

turbulencia.

Maglischo (1999) ressalta a importancia da sincronização dos braços para

um nado Crawl mais rápido, onde o braço que está a frente e no momento que o

mesmo entra na água, o braço oposto deve estar completando sua fase de

varredura para dentro. Outro aspecto importante ressaltado por Maglischo (1999),

trata-se de que o braço a frente não deve começar seu movimento para baixo até

que o braço oposto tenha realizado a varredura para cima.

Em relação a pernada do nado Crawl, Maglischo (1999) afirma que os

movimentos são principalmente para baixo e para cima tendo alguns

componentes de movimentos laterais. A pernada para baixo começa com a flexão

do quadril seguida da extensão do joelho, os dedos devem estar apontados para

cima e o pé voltado para dentro. Já a pernada para cima segundo Maglischo

(1999), a perna deve se movimentar para cima, para frente e lateralmente no

sentido oposto o qual o corpo do nadador está girando. A pernada para cima deve

ser efetuada com a perna reta e termina quando a perna flexiona-se no quadril.

Segundo Maglischo (1999), a pernada de adejamento não pode ser muito

superficial nem muito profunda devido a redução da força propulsiva na pernada

superficial e o aumento da força de arrasto na pernada muito profunda.

Quanto aposição do corpo do nadador durante o nado Crawl, ‘‘os

nadadores encontram menor resistência quando seus corpos estão numa posição

aerodinamica tanto horizontal quanto lateralmente” (MAGLISCHO, 1999, p. 361).

Um bom alinhamento horizontal consiste na posição natural da cabeça, as costas

completamente retas e a pernada estreita, o que contribuira para a redução da

força de arrasto.

Por último a respiração que segundo Maglischo (1999), os movimentos da

cabeça devem ser coordenados com o rolamento do corpo para evitar que os

nadadores não levantem a cabeça para fora para respirar. Maglischo (1999)

Page 24: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

afirma que a respiração deve obedecer a seguinte sequência: a face do nadador

gira na direção da superfície, enquanto o braço nesse lado faz a varredura para

cima ao final da parte submersa da sua braçada. A respiração é feita durante a

primeira metade da recuperação e a face retorna para água durante a segunda

metade.

1.3.Natação para Crianças e Adolescentes

Para Maglischo (1999),´´a natação por faixa etária continua a ser uma das

mais populares formas de participação para meninos e meninas por ser tanto

física quanto existencialmente recompensador.

Nos primeiros anos de vida se torna mais apropriado trabalhar o esporte

como iniciação esportiva, não provilegiando tanto o rendimento da criança.

Convém destacar a importância da iniciação esportiva como meio de formação global do ser humano, proporcionando o desenvolvimento psicomotor, o desenvolvimento de capacidades cognitivas, a manutenção da saúde e da prática de atividades físicas e esportivas como um habito contínuo. (GRECO et all, 2007, p. 73)

Machado e Presoto (1997) define a iniciação esportiva como uma prática

que implica em realizar gestos técnicos e sistemas táticos específicos da

modalidade individual ou coletiva, onde esses gestos técnicos darão ao aluno,

bases para execução da modalidade no futuro. Além dos aspectos técnicos,

Carravetta (1997) afirma que a iniciação esportiva pode oferecer com um

ambiente familiar adequado, valores, condutas de moral, processos de

socialização e regras, culminando por contribuir com o processo de formação

social e educacional da criança.

De acordo com Greco et all (2007), os indivíduos tem uma estrutura

temporal que abrange uma sequencia de fases que compõem os diferentes niveis

de rendimento esportivo, e que variam de acordo com a faixa etária e o acervo de

experiências dos indivíduos. Na faixa etária que compreende dos 6 aos 16 anos

Page 25: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

os indivíduos vao passar por três fases: fase universal, fase de orientação e fase

de direção. Na fase universal que compreende a faixa etária dos 6 aos 12 anos.

Segundo Greco et all (2007), essa fase dentro do processo de formação esportiva

é a fase mais rica e ampla.

Dos 6 aos 12 anos, procura-se desenvolver todas as capacidades motoras e coordenativas de uma forma geral, criando uma base ampla e variada de movimentacoes que ressaltam o aspecto lúdico. (GRECO, 2007, p. 67)

Segundo Greco et all (2007), a partir dos 12 anos, a criança inicia a fase de

orientação que abrange até os 14 anos. Nessa fase, a criança deve buscar o

aperfeiçoamento do movimento com a finalidade de melhorar sua resposta

motora. Para Greco et all (2007), um dos objetivos nessa fase é a

iniciaçãotécnica, procurando trabalhar o gesto do esporte em sua forma global e

ações motoras gerais que servem para a solução de tarefas esportivas.

A partir dos 14 anos, Greco et all (2007) afirma começar a fase de direção

que compreenderá o período de 14 aos 16 anos. Segundo Greco et all (2007),

nessa fase pode-se começar com o aperfeiçoamento e a especialização técnica

em uma modalidade.

Respeitando as possibilidades de cada fase citadas acima, a natação é

uma das modalidades mais propicias ao desenvolvimento da criança. De acordo

com Ramaldes (1997), a natação é a atividade física mais completa que existe,

pelo fato de trabalhar a harmonia, flexibilidade, potência, o ritmo e a coordenação

do praticante. Quando praticada regularmente, desenvolve mecanismos

fisiológicos, como a capacidade pulmonar, o sistema cardiovascular, e permite o

desenvolvimento da coordenação e equilíbrio.

Em crianças e adolescentes, essa prática se torna mais importante devido

suas inúmerascontribuições, como afirma Velasco (1994) que se refereà natação

como uma das atividades esportivas com maior contribuição para o crescimento e

desenvolvimento integral da criança, proporcionando prazer e bem estar dentro

de experiências boas e não frustrantes.

Ramaldes (1997) afirma que praticar esporte desde cedo é muito

importante para o desenvolvimento da criança, e faz referencia a natação como

uma das atividades físicas mais indicadas nessa fase, devido seus inúmeros

Page 26: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

benefícios que englobam aspectos físicos(fortalece a musculatura do corpo e

trabalha a flexibilidade das articulações), orgânicos (aumenta a resistência

cardiopulmonar e vascular), psicossociais (desenvolve a estabilidade emocional e

promove a socialização) e terapêuticos (auxilia no tratamento de doenças

respiratórias).

Damasceno (1997) afirma que em crianças de 7 a 12 anos, a

nataçãofavorece a aprendizagem e o aperfeiçoamento das habilidades no meio

aquático, como braçadas, pernadas, respiração, contribuindo para o

desenvolvimento de sua coordenação psicomotora, além da possibilidade da

alternancia de atividades dentro e fora da piscina, tendo como objetivo o

desenvolvimento e a consciência das técnicas dos nados.

Dentre as contribuições da natação para o desenvolvimento da criança e

do adolescente, Maglischo (1999) afirma que praticantes dessa modalidade têm

os ossos aumentados no diâmetro e na densidade, resultando em ossos com

maior resistencia. Outro fator refere-se a gordura corporal que em crianças

praticantes de natação, fica em torno de 1% a 2% abaixo quando comparadas

com crianças na população normal.

Page 27: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

CAPÍTULO 2 -A BIOMECÂNICA DO ESPORTE NA NATAÇÃO

2.1.Histórico da Biomecânica

Segundo McGinnis (2002), a Biomecânica éum campo multidisciplinar onde

é utilizado o conhecimento de diversas áreas como anatomia e fisiologia

humanas, engenharia e matématica. Mais qual seria o significado dessa palavra?

Qual seria o campo de estudo dessa área? Diversos autores trazem as respostas

dessas perguntas. E para melhor compreendermos o que éBiomecânica, foram

esboçadas algumas definições a essa palavra.

De acordo com McGINNIS (2002), ‘‘a Biomecânica é o estudo das forças e

seus efeitos nos sistemas vivos”. Ja para HALL (2009 p. 02), o termo

Biomecânica foi adotado no ínicio dos anos 1970 para descrever a ciência voltada

ao estudo dos sistemas biológicos sob uma perspectiva mecânica. Ainda segundo

Hall (2009), os biomecanicistas utilizam-se de instrumentos da mecânica, um

ramo da física que envolve a análise das ações das forças, para estudar os

aspectos anatomicos e funcionais dos organismos vivos. Seguindo nessa linha de

raciocinio sobre o significado da biomecânica:

A biomecânica pode ser definida como a ciência que estuda o corpo e o movimento humano com base em leis e métodos da mecânica. Como tal, deriva da Biofísica, área da Física que estuda os movimentos biológicos. (SALVINI, 2005, p 04)

Dessa forma, sabe-se que a biomecânica está relacionada com diversos

contextos sobre o estudo do movimento humano. Assim McGinnis (2002) afirma

que a biomecânica que tem como objeto de estudo, as forças e seus efeitos sobre

os seres humanos nos exercícios e nos esportes pode ser chamada de

biomecânica do exercício e dos esportes.

Para Barbanti et all (2002), o objetivo central da Biomecânica é o estudo do

movimento humano, onde suas análises terão como prisma, as leis da

física.Dentro desse contexto, e de acordo com Hall (2009), a Biomecânica traz

Page 28: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

algumas subdivisões. Entre elas, podemos citar a cinemática e a cinética.

Segundo Hall (2009), a cinemática

é a descrição do movimento, incluindo o padrao e velocidade das sequencias de movimento executadas pelos segmentos corporais, que em geral, revelam o grau de coordenação do individuo (HALL, 2009, p. 02).

Hall (2009) afirma que a cinemática compreende formas de análises tanto

quantitativas quanto qualitativas. McGinnis (2002) relata que a cinemática é o

ramo da mecânica que se ocupa com a descrição do movimento. De acordo com

Hall (2009), pesquisadores em biomecânica dispõe de uma ampla gama de

instrumentos para o estudo do movimento humano. Um desses instrumentos é a

filmagem,método que passou a ser usado a partir do século XIX para estudos do

movimento humano e animal.Já a cinética, segundo Hall (2009), preocupa-se em

estudar as forças associadas ao movimento. No presente trabalho, trataremos

principalmente dos aspectos cinemáticos da natação, que como diz Hall (2009),

irão revelar em geral o grau de coordenação do individuo.

2.2. Biomecânica do Exercício e Esporte

Segundo McGinnis (2002), o objetivo principal da Biomecânica do exercício

e esporte é a melhora do desempenho dos exercícios e dos esportes, e num

segundo momento, a prevenção de lesões e a reabilitação. Além de tratar de

aspectos como a técnica e forças atuantes no movimento, a biomecânica do

exercício e esporte trata de assuntos como: a melhora da perfomance por meio

de equipamentos que propiciem um melhor rendimento, diminuição de lesões,

melhora da técnica, melhora no treinamento, maior segurança para os

desportistas entre outros assuntos:

Outros interesses da biomecânia do esporte estão relacionados a diminuição das lesões[...]uma area da pesquisa biomecânica com implicações tanto para a segurança como para o desempenho e a criação de calçados esportivos. Hoje em dia, eles são projetados

Page 29: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

para prevenir a incidencia de cargas excessivas ao sistema musculoesqueletico e as lesões correlatas, bem como para melhorar o desempenho. (HALL, 2009,p. 11 e 12)

McGinnis (2002) afirma que a história da biomecânica do exercício e

esporte é parcialmente a história da Cinesiologia, pelo fato da palavra cinesiologia

ter sido usada no final do século XIX e obter popularidade no século XX,

enquando que a palavra biomecânica não era popular até os anos de 60. Para

McGinnis (2002), os estudos e pesquisas na área da biomecânica do exercício e

esporte aumentaram gradualmente durante os anos 70, 80 e 90.

Para Barbanti et all (2002), os procedimentos de medição em biomecânica

podem ser divididos nas seguintes categorias técnicas: procedimentos mecânicos

usados em observações de grandezas por observação direta e que não se

alteram muito rapidamente, procedimentos eletrônicos que são grandezas

mecânicas transformadas em elétricas, que faz com que facilite a medição de

grandezas que se alteram rapidamente com o tempo e procedimentos ópticos-

eletronicos que são processamento de imagens.

De acordo com McGinnis (2002), o futuro dessa área está diretamente

relacionado com o avanço da tecnologia, pelo fato de que com os avanços da

tecnologia, pode-se melhorar as técnicas de mensuração biomecânica e de

parâmetros antropométricos, além de melhores técnicas de simulação

computadorizada.

Em relação a natação, a biomecânica vem desenvolvendo diversos

métodos na busca pelo melhor rendimento do atleta através de correções

minuciosas dos aspectos referentes a técnica, força e etc. Dentre os estudos e

pesquisas que a Biomecânica proporciona para a natação, pode-se citar de

acordo com (MARINHO, 2008, p. 46 e 47) os testes de força que podem ser

aplicados através do nado atado ou nado amarrado, testes de velocidade média,

análises do comprimento de braçadas e frequência de braçadas. E ainda testes

do índice de coordenação, variação angular de membros durante o nado entre

outros estudos.

Para o presente trabalho, foram apresentadosbrevemente as variáveis

cinemáticas velocidade média, índice de coordenação, comprimento de braçadas

e frequência de braçadas.

Page 30: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

2.3. Velocidade Média, Comprimento de braçadas, Frequência de Braçadas e

Índice de Coordenação.

De acordo com Hall (2009), a velocidade média ou escalar é definida como

a distância percorrida pelo tempo que foi gasto para percorrê-la. Para Hall (2009),

na descrição de velocidade, devemos incluir uma indicação tanto do sentido como

da magnitude do movimento. As unidades de velocidade média ou escalar

segundo Hall (2009)são unidades de comprimento divididas por unidades de

tempo (m/s, km/h).

Segundo Hall (2009), nos esportes cujo objetivo é alcançar a velocidade

máxima, os biomecanicistas do esporte passaram a focar nas características

cinemáticas que parecem acompanhar os desempenhos mais rápidos nas

competições de corrida, esqui, natação entre outros. Especificamente:

Na natação como em toda modalidade cíclica, a velocidade é resultado do produto do comprimento e da freqüência de braçadas, assim, qualquer alteração em sua magnitude é decorrente de um aumento ou diminuição nestes dois parâmetros. (CRAIG e PENDERGAST, 1979 apud MARINHO, 2008, p. 95).

O comprimento de braçadas de acordo com Marinho (2008), é a distancia

percorrida por cada ciclo de braçada. Marinho (2008) afirma que o comprimento

de braçada tem uma pequena associação com a força propulsora, um dos fatores

determinantes para o resultado na natação. Ainda segundo Marinho (2008), os

nadadores mais habilidosos possuem um maior comprimento de braçada em

relação aos nadadores menos habilidosos.

Em relação a frequência de braçadas, segundo Hay e Guimarães (1983,

apud Franken, 2011), a frequência de braçadas é definida como o número de

ciclos de braçadas executadas por unidade de tempo. De acordo com Maglischo

(1999), a frequência de braçadas pode ser um método que possibilita detectar um

supertreinamento.

Pesquisa recente deduziu que uma mudança na frequência das braçadas pode ser um método muito preciso para detectar o supertreinamento, porque os atletas que se tornam menos

Page 31: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

eficientes têm de nadar numa determinada velocidade de prova com maior frequência de braçadas, para que possa compensar o menor comprimento da braçada. Essa velocidade de prova tem de ser razoavelmente rápida para proporcionar suficiente tensão a ponto de exigir compensação. (MAGLISCHO, 1999, p. 226 e 227)

Já o índice de coordenação para Apolinário (2011), é uma medida utilizada

para avaliar as ações propulsivas entre as braçadas do nado crawl. De acordo

com Chollet et all (2000, apud Apolinário, 2011), o índice de coordenação é

calculado através do tempo da diferença entre o inicio da ação propulsiva de uma

braçada e o fim da ação propulsiva de outra braçada. Chollet et all(2000, apud

Apolinário, 2011) tem proposto o índice de coordenação por considerar como um

indicativo do nível de habilidade dos nadadores e como uma medida de eficiência

propulsiva.Segundo Apolinário (2011), para calcular o índice de coordenação é

necessário o conhecimento de cada uma das fases das braçadas esquerda e

direita.

Para Apolinário (2011), as fases das braçadas são divididas em quatro:

entrada e pegada que consiste na entrada da mão na água até o ínicio do

movimento da mão para trás, puxada que consiste no ínicio do movimento da

mão para trás até a chegada do mão abaixo do plano vertical ao ombro,

empurrada que consiste no tempo entre a posição da mão abaixo do plano

vertical ao ombro até e a liberação da mão e a recuperação que consiste no

movimento do braço fora da água.

De acordo com Chollet et all (2000, apud Apolinário, 2011), o índice de

coordenação permite identificar possíveis assimetrias entre as braçadas esquerda

e direita. Apolinário (2011) afirma que o índice de coordenação pode ser expresso

em três formas diferentes de acordo com os resultados obtidos: 1 - coordenação

por oposição que consiste no índice de coordenação igual a zero. Na

coordenação por oposição, há continuidade na ação propulsiva dos dois braços,

ou seja, quando um braço termina sua ação propulsiva, o outro braço inicia sua

ação propulsiva. 2 – coordenação por deslizamento que consiste no índice de

coordenação negativo. Na coordenação por deslizamento, ocorre atraso entre as

fases propulsivas dos dois braços. 3 – coordenação por sobreposição que

consiste no índice de coordenação positivo. Na coordenação por sobreposição,

há ação propulsiva simultânea dos dois braços.

Page 32: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

CAPÍTULO 3 -MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Caracterização dos voluntários

Os sujeitos selecionados para a pesquisa foram alunos matriculados no

projeto de “Iniciação Esportiva” da natação da Agência Goiana de Esporte e Lazer

(AGEL). A escolha dos sujeitos foi feita para investigar quantitativamente

nadadores amadores, que não têm nível técnico de competição de alto

desempenho, com métodos de análises que são frequentemente usados no

esporte de alto rendimento como afirma (MCGINNIS, 2002, p. 294): ´´as análises

biomecânicas quantitativas abrangentes são geralmente limitadas a

desempenhos de atletas de elite``. Pelo fato dos sujeitos terem menos de 18

anos, o convite para participar da pesquisa foi feito inicialmente aos responsáveis.

Estes foram informados sobre os objetivos e justificativa da pesquisa, bem como

do protocolo experimental, todos os procedimentos adotados para as análises e

direitos dos sujeitos participantes da pesquisa, verbalmente e por meio de um

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do sujeito (Anexo B),

Na AGEL, os alunos são divididos em 4 níveis técnicos, sendo que o nível

1 é composto pelos alunos que não sabem nadar; o nível 2 é composto pelos

alunos que tem domínio nos nados crawl e costas, embora não dominam a

respiração lateral do nado crawl; o nível 3 é composto pelos alunos que dominam

o nado crawl e costas com um certo domínio na respiração lateral do nado crawl;

e por fim o nível 4 é composto pelos alunos que dominam os nados crawl e costas

e a respiração lateral do nado crawl, sendo este nível, responsável apenas para o

aperfeiçoamento dos alunos nos nados crawl e costas. Foi elaborado e aplicado

um questionário para saber o nível técnico, idade, gênero e tempo de prática e os

resultados foram apresentados na tabela 1.

Page 33: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Tabela 1. Caracterização dos voluntários: Idade (anos), gênero (M-masculino, F-feminino), tempo de prática (anos), nível técnico(grupo de treinamento na instituição, 1-iniciante; 2-intermediário 1; 3-intermediário 2; 4-avançado), massa corporal (kg) e estatura (cm) dos voluntários.

Voluntários Idade

(anos)

Gênero Tempo de

prática (anos)

Nível Massa

corporal

(kg)

Estatura

(cm)

V1 12 F 3 4 40 153

V2 12 F 3 4 41 163

V3 12 F 3 4 44,5 160

V4 8 M 1 2 34,5 131

V5 11 M 1 2 34,5 146

V6 15 M 2 4 48 162

V7 12 M 1 3 43 151

V8 14 F 2 4 49 155

V9 12 M 2 3 42 149

V10 14 M 1 4 45 155

V11 14 F 1 4 39 158

V12 8 F 1 2 33,4 141

V13 11 M 4 4 65,5 155

V14 12 F 7 4 48 146

V15 9 F 2 2 48 135

V16 14 M 2 4 109 182

V17 14 M 3 4 48 168

V18 10 M 2 2 38 142

V19 10 M 1 3 32,5 147

V20 13 M 1 2 48 150

Conforme apresentado na tabela 1, a amostra foi composta de 20 (vinte)

alunos que tiveram média de idade de 11,80 anos ± 2,09 anos.

Page 34: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

3.2. Erros Comuns na Execução da Técnica

Durante a execução da técnica do nado Crawl, Maglischo (1999) faz

referencia a alguns erros comuns que os nadadores geralmente cometem. Nas

fases de recuperação e entrada da braçada, os erros mais comuns são segundo

Maglischo (1999), uso de demasiado esforço, balanço do braço sobre a água,

com movimentos baixos e amplos, ultrapassagem do ponto correto e não

chegada até o ponto correto.

Em relação a recuperação dos braços sobre a água com movimentos

baixos e amplos, Maglischo (1999) afirma que isso faz com que os quadris são

puxados para fora do alinhamento na direção oposta, proporcionando movimentos

do corpo de um lado para o outro e fazendo com que o nadador empurre água

para a frente e aumente a força de arrasto.

Outro erro comum é quando o nadador ultrapassa o ponto correto

estendendo o braço demais antes que o mesmo entre na água, o que provoca

segundo Maglischo (1999) a entrada do braço na água praticamente ao mesmo

tempo e com isso, o braço acaba colidindo com uma grande coluna de água

criando muita turbulencia e provocando grandes ondas na água que favorecerão

a desaceleração da velocidade de progressao do nadador. Segundo Maglischo

(1999), a não chegada ao ponto correto é o erro oposto ao erro dito

anteriormente, mais que provoca também grande turbulencia na água e

desaceleração da velocidade de progressao do nadador.

Em relação aos erros de pernadas, Maglischo (1999) ressalta a pernada

demasiadamente elevada, pernada demasiadamente profunda, flexionamento

excessivo das pernas e pouca extensão dos tornozelos.

Outro erro comum observado por Maglischo (1999) é quanto a

sincronização que provoca erros como: começar cedo demais a varredura para

baixo e alongar o braço demasiadamente. Em relação ao segundo erro descrito

acima, Maglischo (1999) afirma que provoca o que chamam de braçada de

‘‘espera braço”. Esse termo é empregado pelo fato do nadador ter um dos braços

deslizando numa posição estendida a frente do corpo até que o outro braço tenha

feito a recuperação e entrado na água e esteja realizando a extensão para a

Page 35: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

frente até a mesma posição, ou seja, o braço que está entrando na água está

alcançando o braço que vai a frente.

Em relação aos erros de alinhamento do corpo durante o nado, Maglischo

(1999) destaca como principais: a tentativa de uma posição do corpo num plano

muito elevado e dar pernadas muito profundas, que nos dois casos faz com que o

corpo ocupe um grande espaço na água e aumente a resistencia desfavorecendo

o progresso do nadador para a frente.

Por fim, os erros mais frequentes de respiração são: virar cedo demais a

face, virar tarde demais a face, erguer a cabeça, retornar a cabeça a água com

demasiada lentidão e projetar a cabeça para trás, fora do alinhamento

(MAGLISCHO, 1999, p. 376).

3.3. Instrumentos de Coleta de Dados

A pesquisa caracterizou-se como uma análise quantitativa e qualitativa.

Para a coleta de dados, utilizamos como instrumento um questionário (Anexo C)

estruturado contendo 6 (seis) perguntas fechadas destinado aos

pais/responsáveis. Além do questionário, utilizamos um sistema de filmagens para

mensurar os parâmetros cinemáticos a partir da filmagem do nado dos

voluntários. Os materiais utilizados na metodologia foram:

• Uma filmadora subaquatica de 60 Hz, Kodak Zx5.

• Uma câmera digital de 30 Hz, Samsung TL 205.

• Um Notebook Semp Toshiba TSI IS-1414.

• Dois calibradores de 50 metros cada um, confeccionados com corda e

flutuadores (macarroes) cortados em tamanhos de 5 cm.

• Um tripéaluminum tripod W360.

• Um Trolley (carrinho).

• Fitas adesivas.

• Uma fita métrica Vonder 50 m.

• Balança Welmy R110.

Page 36: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

As filmadoras foram fixadas no trolley que se deslocava ao lado da piscina

em paralelo com o nadador empurrado por uma pessoa e possibilitando uma

tomada externa, a 170 cm acima da linha da água e outra tomada subaquatica, a

30 cm da superfície (figura 1).

Figura 1. Sistema de filmagem subaquática

Os calibradores foram colocados dentro da piscina na raia 3. Nos

calibradores, foram fixados flutuadores formando pontos dispostos a cada metro

como dito anteriormente (figura 2).

Page 37: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 2. Sistema de calibração.

Após a aquisição das imagens, as mesmas foram convertidas em arquivos

digitais e capturadas em um Notebook Semp Toshiba e analisadas por meio do

software Dinamic Posture(CAMPOS, 2010)que permite a reprodução quadro a

quadro das imagensonde foi possivel fazer as marcações de cada fase da

braçada (entrada e apoio, puxada, empurre e recuperação). Após fazer as

marcações e salva-las, os dados foram exportados para o MatLab versão 7.1,

onde desenvolvemos rotinas para calcular as variáveis citadas acima e obter os

resultados: Velocidade Média (VM10m), Frequência de Braçada (FB),

Comprimento de Braçada (CB10m) e Indice de Coordenação da Braçada do Nado

Crawl (IdC).

Page 38: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

3.4. Protocolo Experimental

O protocolo consistiu na realização de um alongamento seguido de um

aquecimento contabilizando um tempo total de 15 (quinze) minutos. Logo após, os

voluntários foram orientados a nadarem o mais rápido possível entre os

calibradores a fim de extrair as variáveis Velocidade Média (VM10m), Frequência

de Braçadas (FB), Comprimento de Braçadas (CB10m) e Índice de Coordenação

da braçada do nado Crawl (IdC).

Figura 3. Imagem da câmera subaquática.

Para calcular a VM10m, foi desprezado os 5 (cinco) metros iniciais de nado

para não haver influência da saída e os 10 (dez) metros finais de nado para haver

influência da chegada e pelo fato de que os voluntários não apresentaram um

condicionamento físico adequado para realizar um nado regular durante toda

extensão da piscina. Assim, quando os voluntários passavam sua cabeça pelo

calibrador (flutuador) que demarcava 5 (cinco) metros na piscina, era marcado um

ponto no vídeo (os pontos eram marcados sempre na cabeça do nadador como

forma de padronização) permitindo saber o quadro exato do vídeo em que a

cabeça ultrapassava o calibrador de 5 m, e no momento em que a cabeça do

Page 39: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

voluntário ultrapassava o calibrador que demarcava 15 (quinze) metros na

piscina, novamente era marcado um ponto no vídeo permitindo saber o quadro

exato em que o voluntário completava os 10 m. A partir disso, como ja sabiamos a

distancia percorrida (10 m), pegamos o tempo que o voluntário utilizou para

percorrer os 10 m e calculamos a VM10m através da equação a seguir:

VM10m (m/s) = 10 m / Tempo final – Tempo Inicial (segundos)

Para calcular o Indice de Coordenação, desprezamos os 5 metros iniciais

de nado dos voluntários. A primeira marcação sempre era feita na primeira

entrada do braço direito do voluntário na águaapós passar o calibrador da posição

de 5 metros. Assim por diante eram marcadas as fases de cada ciclo das

braçadas obedecendo aos padrões do indice de coordenação. As marcações

eram feitas no momento em que: 1. os braços entravam na água, 2. iniciavam o

movimento da mão para trás, 3. chegada da mão abaixo do plano vertical ao

ombro e, 4. liberação da mão (saída da mão da água). Foram marcadas as fases

de 4 (quatro) ciclos de braçadas. Após fazer as marcações das fases, foi possivel

saber os quadros exatos dos vídeos em que ocorreram cada fase das braçadas, e

assim saber o tempo que os voluntários gastaram para cumprir cada fase das

braçadas. Assim, pegamos o tempo necessário para os voluntários cumprirem

cada fase e calculamos os indices de coordenação através das equações a

seguir:

Ciclo = [( Ent + Pux + Emp + Recup) BE + (Ent + Pux + Emp + Recup) BD] / 2

IdCe = [(Tempo final de empurre BE – Tempo inicial da puxada BD) . 100]/Tempo

do Ciclo

IdCd = [(Tempo final de empurre BD – Tempo inicial da puxada BE) . 100]/Tempo

do Ciclo

IdC = (IdCe + IdCd) / 2(%)

A FB foi calculada da mesma forma da VM10m e do IdC, onde

desprezamos os 5 metros iniciais de nado e os 10 metros finais. A frequência de

Page 40: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

braçadas foi obtida através do tempo necessário para a realização de quatro

ciclos, onde pegamos esse tempo e lançamos na fórmula a seguir:

FB (ciclos/min) = (60 x 4) / Tempo (s) de quatro ciclos de braçadas

Enfim para calcular o CB10m, pegamos a razão entre a VM10m e a FB em

ciclos/s. Para esse calculo, consideramos que a frequência de braçada se

manteve constante durante os 10 metros em que consideramos para as análises.

Os resultados das variáveis cinemáticas descritas anteriormente foram

apresentados conforme a figura 4.

Figura 4. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o voluntário V7, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Para analisar a velocidade média, frequência de braçada, comprimento de

braçada e índice de coordenação do grupo de voluntários da pesquisa foram

construídos diagramas de caixa (boxplot) para cada uma dessas variáveis e

apresentados na figura 5 no capítulo 4 de resultados e discussão, página 42.

entrada 49.9 % puxada 13.4 % empurre 14.4 % recuperação 22.3 %0

10

20

30

40

50

Duraçã

o da fase

no ciclo (%) V7 || VM = 0.94 m/s || FB = 35.41 ciclos/min || CB = 1.59 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -26.7984% || IDC2 = -17.6353% || IDC = -22.2168%

Page 41: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Para caracterizar o grupo de voluntários em relação à duração percentual

das fases da braçada no ciclo, os mesmos foram apresentados em diagramas de

caixa (boxplot) com a duração percentual de todos os voluntários em cada fase e

apresentados na figura 6 no capítulo 4 de resultados e discussão, página 43.

Page 42: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

CAPÍTULO 4 -RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Resultados

Os resultados das variáveis cinemáticas do grupo de voluntários da

pesquisa podem ser observados individualmente na tabela 2 e nas figuras

presentes no anexo D e a seguir na figura 5 com os maiores e menores valores e

os valores medianos encontrados para cada variável cinemática analisada.

Figura 5. Diagramas de caixa da Velocidade média (VM) (gráfico superior da esqueda); Frequência de Braçada (FB) (gráfico superior da direita); Comprimento de braçada (CB) (gráfico inferior da esquerda); Índice de coordenação (IDC) (gráfico inferior da direita) do grupo de voluntários da pesquisa.

O grupo de voluntários que fizeram parte da pesquisa apresentou

velocidade média entre 0,61 m/s e 1,11 m/s, e a mediana da velocidade média foi

0,85 m/s. A frequência de braçadas ficou entre 21,22 ciclos/min e 75,52

0.6

0.8

1

1

velocidade (m/s)

20

40

60

1

FB (ciclos/min)

1

1.5

2

1

CB (m)

-20

-10

0

10

1

IDC (%)

Page 43: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

ciclos/min, e a mediana foi 34,46 ciclos/min. O comprimento de braçadas

apresentou resultados entre 0,65 m e 2,13 m, e sua mediana foi 1,535 m. O índice

de coordenação apresentou resultados entre – 26,442 % e 14,485 %, e sua

mediana foi 0,583 %.

Em relação aos resultados da duração percentual das fases da braçada

durante o ciclo, os mesmos são apresentados na figura 6 com os maiores valores,

menores valores e os valores medianos do grupo de voluntários da pesquisa e

individualmente no anexo D.

Figura 6. Diagramas de caixa da duração percentual (ordenadas) das fases da braçada no

ciclo (abscissas: entrada, puxada, empurre, recuperação) para o grupo de voluntários da pesquisa.

Em relação aos resultados individuais das variáveis cinemáticas do grupo

de voluntários da pesquisa, os mesmos são identificados na tabela 2.

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

entrada puxada empurre recuperação

duração da fase (%

)

Page 44: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Tabela 2. Resultados individuais das variáveis cinemáticas: velocidade média (VM), frequência de braçada (FB), comprimento de braçada (CB) e índice de coordenação do grupo de voluntários da pesquisa.

Voluntários Velocidade

média (m/s)

Frequência

de braçada

(ciclos/min)

Comprimento

de braçada

(m)

Índice de

coordenação

(%)

V1 0,96 55,1 1,04 - 1,267

V2 0,88 28,94 1,83 9,534

V3 0,74 24,99 1,78 10,249

V4 0,61 56,25 0,65 - 26,302

V5 0,75 21,22 2,13 - 15,791

V6 0,92 37,02 1,49 11,373

V7 0,94 35,41 1,59 - 22, 216

V8 0,82 45,38 1,09 14,485

V9 0,72 25,15 1,72 - 20,011

V10 1,02 75,52 0,81 12,604

V11 0,98 36,92 1,6 6,417

V12 0,72 22,43 1,93 - 26,442

V13 0,96 37,83 1,52 - 0,851

V14 1,04 42,31 1,48 1,596

V15 0,65 32,35 1,21 5,936

V16 1,01 33,51 1,81 4,157

V17 1,11 45,67 1,46 11,733

V18 0,77 29,43 1,57 - 0,430

V19 0,66 29,11 1,36 - 8,257

V20 0,68 26,41 1,55 - 22,201

4.2.Caracterização dos Voluntários

De acordo com o questionário aplicado aos pais/responsáveis, a figura

7identifica como a criança conheceu a natação.

Page 45: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 7. Gráfico de setores indicando percentualmente, de que forma os voluntários

conheceram a natação: pais/responsáveis (azul-escuro), familiares (vermelho), amigos (verde), outros (roxo) e mídias (azul-claro), para o grupo de voluntários da pesquisa.

Podemos constatar na figura acima que 80% dos voluntários da pesquisa

conheceram a natação por meio dos pais/responsáveis e de familiares, o que

pode ser verificado nas falas de Carravetta (1997), que coloca a família como o

principal agente na participação dos filhos na iniciação esportiva.

Os pais, além de encaminhar para os programas de iniciação esportiva, são os grandes responsáveis pela transmissão de valores morais e pelas normas de conduta. Os jovens atletas internalizam na família a motivação para a prática esportiva. (CARRAVETTA, 1997, p. 61)

Além dos pais e familiares, 15% dos voluntários conheceram a natação

por meio de amigos, e outros 5% dos voluntários conheceram a natação por meio

de outros fatores. Por fim, um fato que chamou a atenção foi quanto à influência

das mídias nos dias atuais, em que nenhum dos voluntários respondeu que

conheceram a natação por meio de mídias.

Quanto aos fatores que levaram os voluntários a prática da natação, tais

fatores são identificados na figura 8.

45 %

35 %

15 %

5 %0 %

Pais/responsáveis Familiares Amigos Outros Mídias

Page 46: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 8. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre quais fatores que levaram os

voluntários a prática da natação: lazer (azul-escuro), condicionamento físico (vermelho), influência dos pais (verde), melhoria na saúde (roxo) e outros fatores (azul-claro), para o grupo de voluntários da pesquisa.

Em relação aos fatores que levaram os voluntários a prática da natação,

50% dos voluntários colocaram o lazer como principal fator para a prática da

natação, 45% relatou que fazem natação buscando um melhor condicionamento

físico, 40% dos voluntários colocaram a influência dos pais e a melhoria na saúde

como fator que levou a tal prática, e por fim, 5% colocaram outros fatores.

Quanto aos objetivos que os sujeitos almejam com a prática da natação,

estes podem ser observados na figura 9.

50 %

45 %

40 %

40 %

5 %

Lazer Condicionamento Físico

Influência dos Pais Melhoria na Saúde

Outros

Page 47: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 9. Gráfico de setores indicando percentualmente, sobre os objetivos que os

voluntários almejamao realizar a natação: manter uma boa forma (azul-escuro), competir profissionalmente (vermelho), círculo de amizades (verde) e outros (roxo), para o grupo de voluntários da pesquisa.

Na figura anterior, podemos ver que 60% dos voluntários fazem natação

com o objetivo de manter uma boa forma, já 35% colocaram como objetivos

principais, a busca de amizades e competir profissionalmente no futuro. E por fim,

5% dos voluntários fazem natação buscando outros fatores como objetivos

principais.

4.3. Análise técnica qualitativa

Através das análises qualitativas dos vídeos, foram observados alguns

erros cometidos pelos voluntários, que segundo Maglischo (1999) são erros

comuns que acontecem na execução da técnica. Esses erros foram explicados no

capítulo 3 de materiais e métodos no tópico 3.2 (erros comuns na execução da

técnica) e foram constatados em alguns voluntários da pesquisa e mostrados

percentualmente na figura 10.

60 %

35 %

35 %

5 %

Manter uma Boa Forma Competir Profissionalmente

Círculo de Amizades Outros

Page 48: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 10. Gráfico de setores indicando percentualmente para o grupo de voluntários da

pesquisa sobre os erros comuns que os voluntários cometeram na execução da técnica: ultrapassagem do ponto correto (azul-escuro), ´´espera braço`` (vermelho), cabeça erguida (verde), pernada profunda (roxo) e não-chegada ao ponto correto (azul-claro).

Acima podemos ver na figura 7 que 45% dos voluntários cometeram o erro

que Maglischo (1999) define como a ´´ultrapassagem do ponto correto`` durante

as fases de recuperação e entrada do braço na água. Esse erro ocorre:

quando os nadadores extendem seu braço demasiadamente antes da sua entrada na água[...]colidindo com uma grande coluna de água e criando muita turbulência na superfície da água e na região situada imediatamente abaixo. (MAGLISCHO, 1999, p. 370)

Podemos observar também que 30% dos voluntários cometeram o erro

segundo Maglischo (1999) chamado de ´´Espera Braço``, que trata-se de um

braço estar numa posição estendida à frente do nadador ´´esperando`` o outro

braço executar suas fases propulsivas e não propulsivas, realizando a entrada e a

extensão à frente e alcançando esse braço que estava esperando, para que,

assim, o braço inicie seu ciclo.

Outro erro cometido por 30% dos voluntários da pesquisa é quanto à

cabeça erguida durante a respiração. Segundo Maglischo (1999), esse erro

45 %

30 %30 %

30 %

20 %

Ultrapassagem do ponto correto Espera Braço

Cabeça Erguida Pernada Profunda

Não-chegada ao ponto correto

Page 49: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

consiste no levantamento da cabeça para que o nadador possa respirar. Os

nadadores ´´tentam nadar sem rolar seus ombros e têm de erguer sua cabeça

para a frente, para que a boca fique fora d`água.`` (MAGLISCHO, 1999, p. 376 e

377)

Podemos perceber também que 30% dos voluntários cometeram o erro

definido por Maglischo (1999) como ´´pernada profunda``, que refere-se as

pernadas demasiadamente profundas, ou seja, quando o nadador executa

pernadas muito profundas, o que contribui para aumentar a área de superfície

frontal do nadador e com isso aumentar a força de arrasto.

Enfim, o erro definido por Maglischo (1999) como a ´´não-chegada ao

ponto correto`` foi cometido por 20% dos voluntários, que refere-se a entrada do

braço na água perto demais da cabeça do nadador.

Em decorrência disso, ele coloca sua mão profundamente na água quase que imediatamente, fazendo com que empurre a superfície volar (superior) de sua mão, que é larga, e a do antebraço para a frente contra a água. Isso criará turbulência e desacelerará sua velocidade de progressão. (MAGLISCHO, 1999, p. 371)

Ainda em relação aos erros comuns cometidos pelos voluntários durante a

execução da técnica do nado crawl,podem-se observar esses erros cometidos

individualmente por cada voluntário na tabela 3.

Page 50: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Tabela 3. Caracterização dos erros cometidos individualmente pelos voluntários durante a execução do nado crawl: ultrapassagem do ponto correto, espera braço, cabeça erguida, pernada profunda e não-chegada ao ponto correto.

Voluntários Ultrapassagem

do ponto

correto

Espera

Braço

Cabeça

Erguida

Pernada

Profunda

Não-

chegada

ao ponto

correto

V1 X

V2

V3 X

V4 X X

V5 X X X

V6 X

V7 X X

V8 X

V9 X X X

V10

V11

V12 X X X

V13 X

V14 X

V15 X X X

V16

V17 X

V18 X X X

V19 X

V20 X X X X

X – Erro cometido pelo voluntário.

Através da tabela acima, pode-se observar que alguns voluntários

cometeram dois ou mais erros na execução da técnica do nado crawl. Em relação

a esse fator, e para uma análise acerca das influências desses erros com a

velocidade média dos voluntários, a figura 11 identifica a velocidade média do

grupo de voluntários (grupo 1) que tiveram no máximo um erro na execução da

Page 51: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

técnica, e a velocidade média do grupo de voluntários (grupo 2) que tiveram mais

de um erro na execução da técnica com o objetivo de identificar possíveis

influências desses erros no desempenho do nado.

Figura 11. Diagrama de colunas indicando a velocidade média (ordenadas) do grupo de

voluntários (abscissas) que teve no máximo um erro durante a execução da técnica do nado crawl (grupo 1), e a velocidade média do grupo que teve mais de um erro durante a execução da técnica do nado crawl (grupo 2).

Nota-se que os erros descritos anteriormente afetaram diretamente a

velocidade média do nado dos voluntários, podendo ser considerado como um

dos fatores que influenciam na estabilidade do nado.

4.4. Análise técnica quantitativa

Através das análises quantitativas dos vídeos, o grupo de voluntários da

pesquisa apresentaram as três formas diferentes do índice de coordenação, que

segundo Apolinário (2011), é: coordenação por oposição que consiste no índice

de coordenação igual a zero; coordenação por deslizamento que consiste no

índice de coordenação com resultado negativo; e coordenação por sobreposição

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

Grupo 1 Grupo 2

1900ral

1900ral

VEL

OC

IDA

DE

MÉD

IA (

m/s

)

Page 52: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

que consiste no índice de coordenação com resultado positivo. Para este

trabalho, os índices de coordenação foram considerados de acordo com os

resultados a seguir:

• Coordenação por oposição: entre - 3,0% e 3,0%.

• Coordenação por deslizamento: abaixo de – 3,0%.

• Coordenação por sobreposição: acima de 3,0.

De acordo com essas considerações, a figura 12 identifica percentualmente

os grupos de voluntários da pesquisa que tiveram índices de coordenação por

oposição, índices de coordenação por deslizamento e índices de coordenação por

sobreposição.

Figura 12. Gráfico de setores indicando percentualmente o grupo de voluntários que

tiveram índices de coordenação por oposição (azul), o grupo de voluntários que tiveram índices de coordenação por deslizamento (vermelho) e o grupo de voluntários que tiveram índices de coordenação por sobreposição (verde).

Em relação aos resultados apresentados para o índice de coordenação, a

figura 13 identifica a velocidade média dos diferentes grupos do índice de

20 %

35 %

45 %

Oposição Deslizamento Sobreposição

Page 53: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

coordenação, como forma de estabelecer uma relação do índice de coordenação

e a velocidade média.

Figura 13. Gráfico histograma indicando a relação do índice de coordenação (abscissas) e a

velocidade média (ordenadas) dos grupos do índice de coordenação (oposição, deslizamento e sobreposição) dos voluntários da pesquisa.

Inicialmente, os voluntários foram divididos em três grupos de acordo com

os resultados mostrados anteriormente, porém os dados obtidos não permitiram

fazer as análises com base nessa divisão, pois a amostra do grupo que se

enquadrava no índice de coordenação por oposição foi pequena. Com isso,

optamos por dividir os voluntários em apenas dois grupos: um grupo composto

por voluntários que se enquadrou no índice de coordenação por deslizamento, e

outro grupo de voluntários que não se enquadrou no grupo anterior (sem

deslizamento). Dessa forma comparamos a velocidade média desses dois grupos.

Para comparar se a velocidade média do grupo deslizamento era diferente

da velocidade média do grupo sem deslizamento, optamos por utilizar o teste de

comparação não paramétrico Kruskal-Wallis. De acordo com (CALLEGARI-

JACQUES, 2003, p. 181), esse teste serve para se compararem duas ou mais

populações quanto à tendência central dos dados.

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

Oposição Deslizamento Sobreposição

1900ral

1900ral

1900ral

VEL

OC

IDA

DE

MÉD

IA (

m/s

)

Page 54: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 14. Resultado do teste de Kruskal-Wallis comparando os grupos de voluntários que

se enquadram no índice de coordenação por deslizamento e do grupo de voluntários que se enquandram no índice de coordenação sem deslizamento.

Com base no teste de Kruskal-Wallis, identificamos diferença significativa

entre esses dois grupos. Essa diferença pode ser notada na figura 15.

Page 55: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 15. Diagramas de caixa da velocidade média de nado (ordenadas) dos grupos de

voluntários do índice de coordenação por deslizamento e sem deslizamento (abscissas), comparando a velocidade mediana de cada grupo.

O grupo de voluntários do índice por deslizamento apresentou uma

velocidade mediana de 0,72 m/s, e o grupo do índice de coordenação sem

deslizamento apresentaram uma velocidade mediana de 0,96 m/s. A figura 16

identifica a velocidade média dos grupos de voluntários do índice de coordenação

por deslizamento e do grupo sem deslizamento.

Page 56: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura 16. Gráfico histograma indicando a velocidade média (ordenadas) do grupo de

voluntários que se enquadram no índice de coordenação por deslizamento e do grupo de voluntários que se enquadram no índice de coordenação sem deslizamento.

Os resultados encontrados mostraram que o grupo de voluntários (sem

deslizamento) que tem maior eficiência propulsiva nas braçadas e um maior nível

de habilidade apresentou velocidade média maior quando comparados com o

outro grupo, o que reafirma que essa variável segundo Chollet et all (2000, apud

Apolinário, 2011) pode ser utilizada como um indicativo do nível de habilidade dos

nadadores e como uma medida de eficiência propulsiva.

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

1900ral

Sem

Deslizamento

Deslizamento

1900ral

1900ral

VEL

OC

IDA

DE

MÉD

IA (

m/s

)

Page 57: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho utilizou uma metodologia para quantificar e qualificar as

variáveis cinemáticas da natação: velocidade média (VM), frequência de braçadas

(FB), comprimento de braçadas (CB) e índice de coordenação da braçada do

nado crawl (IDC).

O estudo foi realizado com sujeitos que possuem idade entre sete e quinze

anos e que participam do projeto de ´´iniciação ao esporte`` da instituição Agência

Goiana de Esporte e Lazer (AGEL). A iniciação esportiva é um processo no qual,

toda criança deve passar para colaborar com seu desenvolvimento infantil, e os

pais devem ser os responsáveis por estimular a criança nesse processo. Segundo

dados desta pesquisa, 80% dos voluntários conheceram a natação através de

pais e familiares, o que denota que são os pais os principais agentes

influenciadores na prática esportiva dos filhos.

Os pais, além de encaminhar para os programas de iniciação esportiva, são os grandes responsáveis pela transmissão de valores morais e pelas normas de conduta. Os jovens atletas internalizam na família a motivação para a prática esportiva. (CARRAVETTA, 1997, p. 61)

Foi realizada uma revisão da literatura acerca dos estudos sobre essas

variáveis cinemáticas na natação e a utilização dessas técnicas no meio da

iniciação esportiva.

Diante dos resultados encontrados, e respeitando as limitações do estudo e

dos materiais utilizados para a coleta de dados, percebe-se que os materiais

utilizados se mostraram eficientes para sua utilização em estudos e projetos que

buscam mensurar parâmetros cinemáticos da natação, principalmente em

projetos de iniciação esportiva, onde o objetivo principal é proporcionar a inclusão

de indivíduos no meio de práticas esportivas. Por ser uma tecnologia de baixo

custo, se torna fácil seu acesso para centros esportivos, academias e escolas,

onde servirão como um recurso a mais para professores no processo de ensino-

aprendizagem dos sujeitos.

Page 58: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Os dados qualitativos encontrados através das análises das filmagens

mostraram-se eficazes para identificar possíveis erros na execução da técnica.

Neste trabalho, foram encontrados cinco erros mais frequentes cometidos pelos

voluntários e definidos por Maglischo (1999) como: cabeça erguida, espera braço,

pernada profunda, ultrapassagem do ponto correto e não-chegada ao ponto

correto. Ao estabelecer uma relação da velocidade média com esses erros,

concluiu-se que tais erros afetam diretamente na velocidade média do nado.

Em relação aos dados quantitativos, o índice de coordenação da braçada

do nado crawl se mostrou uma variável cinemática muito importante para se

trabalhar com análises acerca da técnica do nado crawl. Através dessa variável,

foi possível identificar possíveis fatores que influem na velocidade média do nado,

como também, detectar possíveis assimetrias entre as braçadas esquerda e

direita dos voluntários. De acordo com (APOLINÁRIO, 2011, p. 01), ´´vários

estudos têm sido desenvolvidos com objetivo de investigar o índice de

coordenação da braçada do nado crawl em variáveis como: velocidade, nível de

habilidade``.

Por fim, para proporcionar a utilização dos sistemas usados neste trabalho

em projetos de iniciação esportiva, academias e escolas, é preciso enfocar na

elaboração de manuais que orientem na construção de carrinhos (trolley),

calibradores, e demais materiais, além de manuais explicando a forma de se

utilizar os softwares que foram usados no presente trabalho.

Page 59: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRANTES, G. M.; LUZ, L. M. R.; BARRETO, M. M.. Natação Paraolímpica: Manual de orientação para professores de educação física. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www.informacao.srv.br/cpb/pdf/natacao.pdf>. Acesso em: 15/11/2011. AGÊNCIA GOIANA DE ESPORTE E LAZER (AGEL). 2011. Disponível em http://www.agel.goias.gov.br/. Acesso em: 17/10/2011. APOLINÁRIO, R.M. Índice de coordenação da braçada do nado crawl. Buenos Aires-Ano 16, n. 156. Maio 2011. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd156/coordenacao-da-bracada-do-nado-crawl.htm. Acesso em: 07/11/2011. BARBANTI, J. V. et al.Esporte e atividade física: interação entre rendimento e força. São Paulo: Manole, 2002. BARBOSA, Augusto Carvalho. Respostas agudas de parâmetros biomecânicos à utilização de diferentes tamanhos de palmar no nado crawl. 2010. 162f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010. BONACELLI, M.C.L.M. A natação no deslizar aquático da corporeidade. 2004. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. CALLEGARI-JACQUES, S.M. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed, 2003. CAMPOS, Mário Hebling. Sistema de análise de movimento para avaliação da postura vertebral durante a corrida no teste de esforço máximo incremental. 2010. 178f. Tese (Doutorado em Educação Física)-Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010. CARRAVETTA, E. S. O esporte olímpico: um novo paradigma de suas relações sociais e pedagógicas. Porto Alegre, Ed. Universidade/UFRGS, 1997. CATTEAU, R.; GAROFF, G. O ensino da natação. São Paulo: Manole, 1990.

Page 60: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

CHOLLET, D.; CHALIES, S.; CHATARD, J. C. A new index of coordination for the crawl: description and usefulness.International Journal of Sports Medicine. In: APOLINÁRIO, R.M. Índice de coordenação da braçada do nado crawl. Ano 16, n. 156. Maio 2011. p. 1. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd156/coordenacao-da-bracada-do-nado-crawl.htm. Acesso em: 07/11/2011. COLWIN, S. L. Nadando para o século XXI. São Paulo: Manole, 2000. CORRÊA, C. R. F.; MASSAUD, M. G. Natação para adultos. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. CRAIG, A.B.; PENDERGAST, D.R. Relationship of stroke rate, distance per stroke, and velocity in competitive swimming. Medicine and Science in Sports and Exercise. In: MARINHO, Paulo Cezar. Sistema de Periodização em Blocos: Efeitos de um modelo de treinamento sobre o desempenho de nadadores velocistas de alto nível. 2008. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008. p. 95. DAMASCENO, L. G. Natação para bebês dos conceitos fundamentais à prática sistematizada. 2º edição. Rio de Janeiro: Sprint, 1997. ESCALANTE, Y.; RODRÍGUEZ, A. F.; SAAVEDRA, M. J. A Evolução da Natação. Espanha, 2003. Disponível em: <http://www.aquabarra.com.br/artigos/adaptacao/A_EVOLUCAO_DA_NATACAO.pdf>. Acesso em: 16/10/2011. FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE NATAÇÃO AMADORA (FINA). 2011. Disponível em http://www.fina.org/swimming/world_rankings/index.php. Acesso em: 19/10/2011. GRECO, J. P.; BENDA, N. R. Iniciação esportiva universal. (Organizadores). Belo Horizonte: UFMG, 2007. HALL, S. J. Biomecânica Básica. São Paulo: Manole, 2009. HAY, G.; GUIMARÃES, A.C.S. Quantitative Look at Swimming Biomechanics. Swimming Technique. In: FRANKEN, M. Concentração de triptofano e variáveis cinemáticas a diferentes percentuais da velocidade crítica do nado

Page 61: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

crawl. 2011. Tese (mestrado) – Escola de Educação Física. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. p. 25. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/33314. Acesso em: 03/11/2011. LEWIN, G. Natação. Madri: Augusto Pilha Teleña. 1983. MACHADO, Afonso Antonio; PRESOTO, Daniel. (1997) - Iniciação esportiva: seu redimensionamento psicológico In: Marcelo de Almeida Buriti (Org.). Psicologia do esporte. Campinas: Alínea. MAGLISCHO, W. Ernest. Nadando ainda mais rápido. São Paulo: Manole, 1999. MARINHO, Paulo Cezar. Sistema de Periodização em Blocos: Efeitos de um modelo de treinamento sobre o desempenho de nadadores velocistas de alto nível. 2008. Tese (Doutorado em Educação Física) – Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008. MCGINNIS, M. P. Biomecânica do esporte e exercício. Porto Alegre: Artmed, 2002. RAMALDES, A.M. 100 aulas: bebê a pré-escola. Rio de Janeiro: Sprint, 1997. REYES, R. Evolução da natação espanhola através dos campeonatos de natação de inverno e verão desde 1977 a 1996. Tese (Doutorado). Universidade das Palmas de Grande Canária. 1998. RODRÍGUEZ, L. História da natação e evolução dos estilos.Natação, Saltos e Waterpolo, n. 19, 38-49, 1997. SALVINI, T. F. Movimento articular: aspectos morfológicos e funcionais: volume 1, membro superior. São Paulo: Manole, 2005. VELASCO, C. G. Natação Segundo a Psicomotricidade. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

Page 62: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

ANEXOS

Page 63: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

ANEXO A –Termo de Consentimento Livre e Esclarecido da Instituição.

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), de uma pesquisa. Meu nome é Glaycon Coutinho da Silva, sou o pesquisador responsável, e estou sendo orientado pelo professor doutor Mario Hebling Campos. Minha área de atuação é Educação Física – Universidade Federal de Goiás. Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma alguma. Em caso de dúvida sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com o pesquisador responsável ou orientador da pesquisa supracitado nos telefones: 9912-2358 (pesquisador) – 8199-3557 (orientador) e 3291-3431 (pesquisador). Em casos de dúvidas sobre os seus direitos como participante nesta pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás, nos telefones: 3521-1075 ou 3521-1076.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

Título: Análise Biomecânica da natação de iniciantes.

Justificativa, objetivos e os procedimentos utilizados da pesquisa: Este projeto tem o objetivo de analisar parâmetros biomecânicos da natação e abrir novas perspectivas para caracterização do índice, comprimento e frequência de braçada, assim como da velocidade de nado em crianças iniciantes na modalidade de natação.

Serão realizadas avaliações de campo para serem confrontadas e comparadas com as informações de outros estudos encontrados na literatura. Todos os parâmetros biomecânicos serão mensurados a partir da filmagem do nado dos voluntários no local de aula dos mesmos. Enfatizamos que não haverá qualquer procedimento invasivo que possa causar danos físicos aos participantes. Com isto, este trabalho pretende proporcionar esclarecimentos aos sujeitos envolvidos (praticantes, estudiosos) com o campo da natação.

O acompanhamento e analises serão feitos pelos próprios pesquisadores. Os sujeitos participantes da pesquisa não terão gastos, pois todo o material envolvido será de responsabilidade dos pesquisadores. Ainda dentro deste aspecto financeiro, esclarecemos que não haverá qualquer pagamento ou gratificação pela sua participação.

Aos sujeitos participantes da pesquisa será garantido total sigilo assegurando assim a privacidade dos mesmos quanto aos dados confidenciais envolvidos. Também será

Page 64: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

garantido aos sujeitos a liberdade de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo.

Assinatura do pesquisador ______________________________________________

CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA OU INSTITUIÇÃO COMO SUJEITO DA PESQUISA

Eu,_________________________________________________________________________, RG / CPF______________________________, abaixo assinado, concordo em

participar do estudo da Análise Biomecânica da natação de iniciantes,como sujeito. Fui

devidamente informado e esclarecido pelos pesquisadores Glaycon Coutinho da Silva, e seu orientador, professor doutor Mario Hebling Campos sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção das aulas ministradas ao sujeito pesquisado.

Local e data:________________________________________________

Nome e Assinatura do sujeito:_____________________________________________

Prédio da Reitoria - Térreo - Campus II - CEP-74001-970 - Goiânia-GO - Fones: 0 XX62 3521-1076 - Fax:3521-1163

Homepage: www.prppg.ufg.br - E_mail: [email protected]

Page 65: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

ANEXO B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do sujeito

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário(a), de uma pesquisa. Meu nome é Glaycon Coutinho da Silva, sou o pesquisador responsável, e estou sendo orientado pelo professor doutor Mario Hebling Campos. Minha área de atuação é Educação Física – Universidade Federal de Goiás. Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de forma alguma. Em caso de dúvida sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com o pesquisador responsável ou orientador da pesquisa supracitado nos telefones: 9912-2358 (pesquisador) – 8199-3557 (orientador) e 3291-3431 (pesquisador). Em casos de dúvidas sobre os seus direitos como participante nesta pesquisa, você poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás, nos telefones: 3521-1075 ou 3521-1076.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A PESQUISA

Título: Análise Biomecânica da natação de iniciantes.

Justificativa, objetivos e os procedimentos utilizados da pesquisa: Este projeto tem o objetivo de analisar parâmetros biomecânicos da natação e abrir novas perspectivas para caracterização do índice, comprimento e frequência de braçada, assim como da velocidade de nado em crianças iniciantes na modalidade de natação.

Serão realizadas avaliações de campo para serem confrontadas e comparadas com as informações de outros estudos encontrados na literatura. Todos os parâmetros biomecânicos serão mensurados a partir da filmagem do nado dos voluntários no local de aula dos mesmos. Enfatizamos que não haverá qualquer procedimento invasivo que possa causar danos físicos aos participantes. Com isto, este trabalho pretende proporcionar esclarecimentos aos sujeitos envolvidos (praticantes, estudiosos) com o campo da natação.

O acompanhamento e analises serão feitos pelos próprios pesquisadores. Os sujeitos participantes da pesquisa não terão gastos, pois todo o material envolvido será de responsabilidade dos pesquisadores. Ainda dentro deste aspecto financeiro, esclarecemos que não haverá qualquer pagamento ou gratificação pela sua participação.

Aos sujeitos participantes da pesquisa será garantido total sigilo assegurando assim a privacidade dos mesmos quanto aos dados confidenciais envolvidos. Também será

Page 66: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

garantido aos sujeitos a liberdade de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo.

Assinatura do pesquisador ____________________________________________

CONSENTIMENTO DO REPRESENTANTE LEGAL DA PESSOA PARTICIPANTE COMO SUJEITO DA PESQUISA

Eu, ____________________________________________, RG/ CPF ______________________________, abaixo assinado, responsável por ________________________________________________, autorizo sua participação no

estudo Análise Biomecânica da natação de iniciantes, como sujeito. Fui devidamente

informado(a) e esclarecido(a) pelos pesquisadores Glaycon Coutinho da Silva, e seu orientador, professor doutor Mario Hebling Campos sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis benefícios decorrentes da sua participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção das aulas ministradas ao sujeito pesquisado.

Local e data

Nome e Assinatura do responsável: ____________________________________

Prédio da Reitoria - Térreo - Campus II - CEP-74001-970 - Goiânia-GO - Fones: 0 XX62 3521-1076 - Fax:3521-1163 Homepage: www.prppg.ufg.br - E_mail: [email protected]

Page 67: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

ANEXO C – Questionário aplicado aos pais/responsáveis.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ANÁLISE BIOMECÂNICA DA NATAÇÃO DE INICIANTES

Pesquisador: Glaycon Coutinho da Silva

Orientador: Prof. Dr. Mario Hebling Campos

Aluno _____

Data da aplicação: _________

Esta é uma pesquisa sobre a Análise Biomecânica da natação de iniciantes.

Pedimos sua colaboração respondendo esse questionário. Obrigado.

1 - Com que idade seu(s) filho(s) começou a praticar natação?

1° filho: ____ anos.

2° filho: ____ anos.

2 – Qual a idade de seu(s) filho(s) citado acima?

1° filho: ____ anos.

2° filho: ____ anos.

3 – Quantas vezes por semana a criança frequenta as aulas de natação?

( ) Uma.

( ) Duas.

( ) Três ou mais.

4 – Como a criança conheceu a natação?

( ) Pais/responsáveis. ( ) Familiares. ( ) Amigos. ( ) Mídias ( ) Outros

Qual: ______________________________________________________

5 – O que levou a criança a prática da natação? Obs.: pode optar por mais de

uma opção.

( ) Influência dos Pais ( ) Condicionamento Físico ( ) Melhoria na saúde

( ) Lazer ( ) Outros Qual:__________________________________

6 – O que a criança almeja com a prática da natação?

( ) Manter uma boa forma ( ) Competir profissionalmente ( ) Circulo de

amizades ( ) Outro. Qual: ____________________________________

Page 68: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

ANEXO D – Resultados das variáveis cinemáticas, velocidade média (VM),

frequência de braçadas (FB), comprimento de braçadas (CB) e índice de

coordenação (IDC), para cada voluntário da pesquisa.

Figura D1. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o voluntário V1, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 18.4 % puxada 27.2 % empurre 21.5 % recuperação 32.9 %0

10

20

30

40Duraçã

o da fase

no ciclo (%) V1 || VM = 0.96 m/s || FB = 55.1 ciclos/min || CB = 1.04 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -4.156% || IDC2 = 1.6216% || IDC = -1.2672%

Page 69: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D2. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V2, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D3. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V3, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 18.6 % puxada 28.6 % empurre 31 % recuperação 21.9 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V2 || VM = 0.88 m/s || FB = 28.94 ciclos/min || CB = 1.83 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 8.0157% || IDC2 = 11.0535% || IDC = 9.5346%

entrada 20.6 % puxada 23.8 % empurre 36.4 % recuperação 19.2 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V3 || VM = 0.74 m/s || FB = 24.99 ciclos/min || CB = 1.78 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 8.0815% || IDC2 = 12.4179% || IDC = 10.2497%

Page 70: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D4. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V4, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D5. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V5, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 58.5 % puxada 11.8 % empurre 11.8 % recuperação 17.8 %0

10

20

30

40

50

60

Duração da fase no ciclo (%) V4 || VM = 0.61 m/s || FB = 56.25 ciclos/min || CB = 0.65 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -29.4271% || IDC2 = -23.1771% || IDC = -26.3021%

entrada 46.4 % puxada 17.2 % empurre 17 % recuperação 19.4 %0

10

20

30

40

50

Duração da fase no ciclo (%) V5 || VM = 0.75 m/s || FB = 21.22 ciclos/min || CB = 2.13 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -17.9198% || IDC2 = -13.663% || IDC = -15.7914%

Page 71: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D6. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V6, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D7. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V7, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 10.3 % puxada 36.8 % empurre 24.6 % recuperação 28.3 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V6 || VM = 0.92 m/s || FB = 37.02 ciclos/min || CB = 1.49 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 9.7625% || IDC2 = 12.985% || IDC = 11.3737%

entrada 49.9 % puxada 13.4 % empurre 14.4 % recuperação 22.3 %0

10

20

30

40

50

Duração da fase no ciclo (%) V7 || VM = 0.94 m/s || FB = 35.41 ciclos/min || CB = 1.59 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -26.7984% || IDC2 = -17.6353% || IDC = -22.2168%

Page 72: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D8. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o

voluntário V8, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D9. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o

voluntário V9, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 10.1 % puxada 34.3 % empurre 30.2 % recuperação 25.4 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V8 || VM = 0.82 m/s || FB = 45.38 ciclos/min || CB = 1.09 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 11.6898% || IDC2 = 17.2811% || IDC = 14.4855%

entrada 53.4 % puxada 17.1 % empurre 12.9 % recuperação 16.6 %0

10

20

30

40

50

60

Duração da fase no ciclo (%) V9 || VM = 0.72 m/s || FB = 25.15 ciclos/min || CB = 1.72 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -13.2978% || IDC2 = -26.7247% || IDC = -20.0113%

Page 73: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D10. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V10, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D11. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V11, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 15 % puxada 39.7 % empurre 22.9 % recuperação 22.4 %0

10

20

30

40

Duraçã

o da fase

no ciclo (%) V10 || VM = 1.02 m/s || FB = 75.52 ciclos/min || CB = 0.81 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 7.6061% || IDC2 = 17.603% || IDC = 12.6045%

entrada 25.5 % puxada 36.7 % empurre 19.7 % recuperação 18.1 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V11 || VM = 0.98 m/s || FB = 36.92 ciclos/min || CB = 1.6 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 6.5401% || IDC2 = 6.2939% || IDC = 6.417%

Page 74: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D12. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histograma indicando, para o

voluntário V12, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D13. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V13, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 56.5 % puxada 10.6 % empurre 13 % recuperação 19.9 %0

10

20

30

40

50

60

Duração da fase no ciclo (%) V12 || VM = 0.72 m/s || FB = 22.43 ciclos/min || CB = 1.93 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -31.1093% || IDC2 = -21.7758% || IDC = -26.4425%

entrada 31 % puxada 29.9 % empurre 19.2 % recuperação 19.9 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V13 || VM = 0.96 m/s || FB = 37.83 ciclos/min || CB = 1.52 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -2.5928% || IDC2 = 0.89046% || IDC = -0.85119%

Page 75: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D14. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o

voluntário V14, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D15. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o

voluntário V15, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 16.3 % puxada 28.3 % empurre 23.3 % recuperação 32.1 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V14 || VM = 1.04 m/s || FB = 42.31 ciclos/min || CB = 1.48 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 2.6452% || IDC2 = 0.54813% || IDC = 1.5967%

entrada 16.3 % puxada 33.6 % empurre 22.3 % recuperação 27.8 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V15 || VM = 0.65 m/s || FB = 32.35 ciclos/min || CB = 1.21 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 5.8645% || IDC2 = 6.0089% || IDC = 5.9367%

Page 76: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D16. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V16, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D17. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V17, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 22.5 % puxada 29.5 % empurre 24.7 % recuperação 23.4 %0

10

20

30

Duração da fase no ciclo (%) V16 || VM = 1.01 m/s || FB = 33.51 ciclos/min || CB = 1.81 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 2.8093% || IDC2 = 5.5058% || IDC = 4.1576%

entrada 15.6 % puxada 36.7 % empurre 25 % recuperação 22.6 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V17 || VM = 1.11 m/s || FB = 45.67 ciclos/min || CB = 1.46 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 8.4708% || IDC2 = 14.9952% || IDC = 11.733%

Page 77: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D18. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V18, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

Figura D19. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V19, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 30.2 % puxada 22.4 % empurre 27.2 % recuperação 20.3 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V18 || VM = 0.77 m/s || FB = 29.43 ciclos/min || CB = 1.57 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = 1.0568% || IDC2 = -1.9181% || IDC = -0.43064%

entrada 36.6 % puxada 19.9 % empurre 21.9 % recuperação 21.6 %0

10

20

30

40

Duração da fase no ciclo (%) V19 || VM = 0.66 m/s || FB = 29.11 ciclos/min || CB = 1.36 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -1.1687% || IDC2 = -15.3465% || IDC = -8.2576%

Page 78: Monografia Glaycon análise cinemática da natação de iniciantes

Figura D20. No gráfico superior foi elaborado um gráfico histogramaindicando, para o voluntário V20, a duração percentual (ordenadas) de cada fase do ciclo da braçada (abscissas: entrada, puxada, empurre e recuperação). No título do gráfico foi indicada a velocidade média (VM), Frequência de braçada (FB) e comprimento de braçada (CB). No gráfico Inferior foi elaborado um diagrama para indicar a duração percentual (abscissas) das fases propulsiva (azul) e das fases não propulsivas (vermelho) das braçadas (ordenadas) esquerda (superior) e direita (inferior). No título do gráfico foram indicados os índices de coordenação do braço direito (IDC1), do braço esquerdo (IDC2) e o geral (IDC).

entrada 53.3 % puxada 15.3 % empurre 12.5 % recuperação 18.9 %0

10

20

30

40

50

60

Duraçã

o da fase

no ciclo (%) V20 || VM = 0.68 m/s || FB = 26.41 ciclos/min || CB = 1.55 m

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Direita

Esquerda

Ciclo da braçada (%)

IDC1 = -29.6082% || IDC2 = -14.794% || IDC = -22.2011%