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Os morcegos (ordem Chiroptera, do grego: kheir = mão + pteron = asa) são os únicos mamíferos capazes de voar, tendo seus membros anteriores (mãos e braços) transformados em asas, que são diferentes das asas das aves e dos extintos pterossauros.
Classificação científica Reino: Animalia
Filo: ChordataClasse: MammaliaInfraclasse: PlacentaliaOrdem: Chiroptera
Em Portugal, existem 27 espécies, todas protegidas e muitas delas ameaçadas de extinção.
Os morcegos distribuem-se por todos os continentes menos na Antárctica.
Em Portugal são conhecidas 27 espécies de morcegos.
http://www.icn.pt/sipnat/Observacao_Especies/ObservacaoFrame.aspx?page=pesquisa.aspx
Os morcegos são espécies frágeis por terem uma capacidade de recuperação populacional muito reduzida.
Esta baixa capacidade é devida principalmente a uma maturidade sexual tardia e uma taxa de reprodução muito baixa (a maioria das espécies só tem uma cria uma vez por ano).
Adicionalmente, o carácter colonial da maioria das espécies, que se concentram num número reduzido de locais, aumenta a sua vulnerabilidade.
De entre os potenciais factores de ameaça, destacam-se os que afectam os seus habitats:
Perturbação de abrigos, em particular se são subterrâneos. Esta é muito grave nos períodos de maternidade e hibernação).
Destruição de abrigos.
Alteração dos habitats das áreas de alimentação.
Uso exagerado de pesticidas que não só diminui a diversidade e abundância de presas como pode contaminar os morcegos através da ingestão de insectos e água contaminados.
Durante o Outono macho atrai a fêmea, emitindo vocalizações sociais, ocorre as cópulas.
As fêmeas guardam o esperma no período de hibernação, e a fecundação ocorre na primavera.
A gestação dura cerca de 2 meses, nascimentos nos finais de março ou junho consoante a espécie.
Duram cerca de 3 vezes mais do que outros mamíferos não voadores com o mesmo tamanho.
Morcegos-de-água com 28 anos.
Alimentam-se de insectos.
Ideal para iniciar voo.
As unhas e pernas permitem ao morcego estar nesta posição sem gasto energético.
Como estão em locais elevados dificulta a vida aos predadores.
Durante os períodos mais frios, Dezembro a Fevereiro.
Portugal foi um dos primeiros países europeus a ter um plano de conservação dos morcegos cavernícolas, espécies particularmente ameaçadas, publicado em 1990.
Plano nacional de conservação dos morcegos cavernícolas (1992)
Desde então, diversas das medidas de conservação propostas neste trabalho, e não só, têm vindo a ser implementadas. Destas destacamos:
- A inclusão dos abrigos mais importantes de espécies cavernícolas na Lista Nacional de Sítios designada para a Rede Natura 2000;
- A realização de um programa de monitorização anual dos abrigos de maternidade e hibernação mais importantes;
- A vedação de cinco abrigos de importância nacional;
- A estabilização do tecto de um abrigo;
A construção de abrigos de substituição para compensar adestruição de abrigos colonizados ou para atrair morcegos quetenham de ser desalojados (três abrigos subterrâneose váriosnão-subterrâneos (dois edifícios e mais de 200 caixas-abrigo)
- O corte de vegetação em redor das entradas dos abrigos, deforma a permitir a passagem dos morcegos,
- O encerramento de minas abandonadas garantindo o seu usocontinuado pelos morcegos.
- Medidas de gestão do habitat de alimentação dosmorcegos, particularmente em meio agrícola eflorestal, associadas por exemplo às boas condições agrícolas eambientais e medidas agro-ambientais.
Algumas espécies de morcegos podem abrigar-se emedifícios, geralmente nos sótãos ou em caixas deestore; regra geral, não há problemas em coabitar commorcegos desde que se tenham alguns cuidados.