n°2 / outubro / 2015

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA empautaonline.com.br Edição 1 - Ano 1 - Outubro/2015 AVANÇO OU RETROCESSO? Impactos Ambientais e Trânsito Saturado ou Modernização e Investimentos. O que é melhor para a cidade? ENTREVISTA Cury abre o jogo e fala sobre problemas atuais do governo e seu dia a dia no Planalto COTIDIANO Zona Azul x Flanelinhas O que é justo pagar? EDUCAÇÃO Professores inovam e dão uma aula NOTA 10 Saiba tudo sobre as mudanças na Lei de Zoneamento e a possível vinda do WTC

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Outubro / 2015

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empautaonline.com.br

Edição 1 - Ano 1 - Outubro/2015

AVANÇO OURETROCESSO?Impactos Ambientais e Trânsito Saturado ou Modernização e Investimentos. O que é melhor para a cidade?

ENTREVISTACury abre o jogo e fala sobre problemas atuais do governo e seu dia a dia no Planalto

COTIDIANOZona Azul x FlanelinhasO que é justo pagar?

EDUCAÇÃOProfessores inovam e dão uma aula NOTA 10

Saiba tudo sobre as mudanças na Lei de Zoneamento e a possível vinda do WTC

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Sua conta de água está alta?Conheça o P.G.A. (Projeto de Gestão de Água) da TRC Sustentável.

Serviços realizados durante a implantação do P.G.A.

01 Localização de vazamentos eletronicamente.

02 Instalação de restritores de vazão, em todos pontos de água do imóvel (EC1)*.

03 Instalação de estabilizadores de pressão na rede do imóvel (EC2)**.

04 Aplicação T.E.A. (Técnicas para economia de água).

05 Monitoramento diário do consumo de água.

06 Sistema de alerta quando o consumo de água aumenta.

07 Relatório mensal com percentual de ganho e economia gerado.*EC1 - Dispositivo Controlador de Vazão / **EC2 - Dispositivo Controlador de Pressão

(12) 97403-6127 / 98192-5101 - E-mail: [email protected] José Augusto dos Santos, 108 - SL 612 - Ed. Olimpus Offi ces - Floradas de São José - SJCampos

Com o P.G.A. o cliente tem a certeza que estará otimizando ao máximo o seu consumo de água, de forma sustentável e ecologicamente correta.

O P.G.A consiste num software de gestão de consumo de água que monitora e gerencia a mesma, evitando desperdícios e surpresas desagradáveis, como vazamentos e o aumento do valor da conta.

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Sediada em São José dos Campos com óti ma logísti ca entre Rio de Janeiro e São Paulo, fornecemos serviços para todo Brasil, seja de Engenharia, fornecimento de

matérias de aplicação, eletromecânica, hidráulica e qualidade.

▪ Tubulações▪ Equipamentos▪ Estruturas metálicas▪ Caldeiraria▪ Serviços de soldas pontuais com certi fi cado de qualidade (Delivery)

Klayton Cesar de Brito – Engenheiro de Obras | Raimundo Barata – Coordenador Geral Cel: (12) 97402-4762 ID 45*16*18033 (whatsapp) | Cel (12) 97402-4763 ID 45*16*18038 [email protected] | [email protected] WWW.MIRV.IND.BR R: Praça 1º de maio, 253 – PQ. Novo Horizonte – SJC/SP

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1820

2426

3437

3840

42Su

rio

esporteRugby Social

PolíticaPolítica High Tech

educaçãoProfessores Nota 10

nossa regiãoSol, Praia, Política

Happy HourYes, we have comida gostosa

cotidianoPor Menos TrocadinhosApoio ao Consumidor

negóciosAdvogar e Empreender

saúdePoliomielite

culturaFestiVale 30 Anos

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9Outubro/2015 | empautaonline.com.br

colu

na

s 13. entre linhasPor Carine Paiva e Priscila Stumpf

15. no contextoPor George Zenha

17. seus direitosPor Cristiano Pinto Ferreira

29. A Alma do negócioPor Thiago Luz

49. beleza em focoPor Celso Ricardo e Dennis Silva

52. OrnouPor Éllder Anunciato

54. ClickPor Nando Jr.

30. CAPA - Avanço ou retrocesso?Alteração da Lei de Zoneamento pode trazer novos rumos à cidade

entrevista9. Eduardo Cury

eventos44. Oscar Fashion Days45. Lar e Decoração46. Aniversário APVE47. Pet Fair

especial50. Outubro Rosa

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Leit

or

editorial

Mirian Monteiro via Facebook“Meus parabéns pela revista, tem tudo pra dar certo devido a diversidade de assuntos.”

Leandro De Carvalho via Facebook“Equipe está no foco certo e continuarão fazendo a dife-rença no mercado de informações.O crescimento é certo quando temos força, garra e deter-minação e isso tudo eu, Leandro de Carvalho, participante e gestor do grupo # “pelo bem de São José”, enxergo nessa equipe.”

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O cheiro do papel em nossas mãos, a beleza na diagramação, o brilho nas folhas impressas. Um re-torno incrível através de mensagens, elogios, e claro, algumas críticas que também são extremamente bem vindas. Ficamos extasiados com a repercussão e acre-ditamos plenamente na mídia impressa, e em conteú-do local, afi nal não existe maneira melhor das pessoas se atualizarem sobre o que acontece em seu redor. Agradeço também a toda equipe que incrivelmente foi aos quatro cantos da cidade, colheu informações, an-gariou patrocínios e colaboraram na concretização de nosso novo veículo de comunicação. E rumo ao presente, hoje lançamos nos-sa segunda edição. Mais completa, informativa, abrangente e iniciando com nossos colunistas, todos profi ssionais extremamente gabaritados em seus ra-mos de atuação, e que dividirão um pouco de suas experiências com você lei-tor. Esperamos que todos apreciem e nos comprometemos a fazer sempre o melhor, mensalmente, através de muito trabalho e dedicação. Grande Abraço.

Vitor Bernardino

”Hoje vemos nossa cidade em uma evolução bem

superior comparada a outras no país. Sentimos o in-teresse de empresários, das indústrias e tudo isso gera um impacto. Não somos a cidadezinha do inte-rior pacata e monótona, somos a 22° em PIB e todo esse interesse do ponto de vista comercial gera seus contratempos. Já somos nomeados como região me-tropolitana, o trânsito em horário de pico já nos deixa um leve sentimento de capital. Grandes corporações colocam São José em seus projetos de expansão. Mas até onde tudo isso vale a pena? Será que devemos dei-xar de lado 1 bilhão em investimentos e milhares de empregos em épocas de crise? Sabemos que o progresso tem seu custo, mas é inegável que ele necessita de infraestrutura primária para o êxito. Nesta edição convidamos a uma refl exão sobre o que a população quer para São José, não apenas através de suas convicções pessoais, mas pensando na população como um todo e examinando todos os benefícios e malefícios que podemos ter. Boa leitura. Até a próxima.

Lucas Moura

► EXPEDIENTEDIRETORIA Vitor Bernardino Lucas Moura

JORNALISTA RESPONSÁVEL Ana Carolina Turci MTB: 61.440

PUBLICITÁRIA Christianne Giannelli DRT: 5534

► VENDAS PUBLICITÁRIAS▪ Ligue: (12) [email protected]: De segunda a sexta das 9h às 18h.

► REDAÇÃO▪ Ligue: (12) [email protected]: De segunda a sexta das 13h às 17h.

► FOTOGRAFIALucas Goulart (12) 98816-1005Marcelo Morenno (12) 98837-0704

CNPJ: 22.831.490/0001-00Rua Francisca Maria de Jesus, nº 347 Sala 712 - Ed. Atrium Offi ce Floradas de São José - S.J.Campos/SP

Distribuição GratuitaDirigida ao município de SJCamposTiragem: 5.000 Exemplares

► COLABORADORESCarine Paiva, Priscila Stumpf, George Zenha, Cristiano Pinto Ferreiro, Thiago Luz, Celso Ricardo, Dennis Silva, Éllder Anunciato, Fernando Weikamp

► EXEMPLARESPeça seu exemplar e receba em sua casa ou empresa via Correios. Envie seu nome completo e endereço com CEP para o e-mail:[email protected]

Os artigos, colunas, opiniões e anúncios aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus idealizadores, e não refl etem necessariamente a opinião da revista.É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer parte do conteúdo sem autorização.

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na garagem

facebook.com

empautaonline.com.br | Outubro/2015 7

Nova banda da cidade traz mui-to pop, rock, reggae e soul com

um repertório diversificado. O es-paço onde tudo isso surgiu? No Po-rão da casa de um dos integrantes. E foi nesse espaço underground que a ideia de criar a banda e o próprio nome surgiu. “Todos os integrantes, em algum momento da vida passa-ram por lá, e deixaram marcadas uma série de recordações em ensaios, pro-jetos e criações. Por isso resolvemos homenagear a banda com o nome de O PORÃO”, comenta Bruno Santos, vocalista e “dono” do famoso espaço onde as músicas e criações são reali-

zadas. Composta pelo trio de amigos, Bruna Ramos (percussão, violão e vo-cal), o próprio Bruno Santos (guitarris-ta/violonista principal/solo) e Jonatã Brasil (guitarrista/violonista principal/solo) eles fazem um pouquinho de tudo e têm como referências Queen, Nirvana e até artistas Pop como Avril Lavigne e Maroon 5. “Cada um pos-sui um timbre vocal específico e uma bagagem musical diferente, o que nos ajuda bastante na escolha do re-pertório, pois podemos escolher um abrangente range de estilos”. A ban-da completou seu 3º mês de vida e já vem mostrando sucesso em vídeos

que são postados semanalmente nas redes sociais. “A ideia têm sido mos-trar versões com a nossa identidade e também composições próprias atra-vés das redes sociais, produzidas de uma forma completamente indepen-dente”, explica Bruno.

O estilo das músicas do trio se en-caixam no Pop, Rock, Reggae e Soul, e os primeiros shows que serão em versão acústica, e quando necessário com banda, já estão marcados. “Va-mos começar agora no mês de no-vembro, com um repertório bem di-versificado”.

Facebook.com/noporaomusic

NO PORÃO

Bandas da Cidade

Jonatã Brasil, Bruna Ramos, Bruno Santos

PESQUISA PREVÊ QUEDA DE 0,3% NAS VENDAS DE DIAS DA CRIANÇA EM SÃO JOSÉ

Devido à crise econômica, os joseenses estão comprando cada vez menos. A redução do consumo é percebida principalmente em datas comemorativas. A expectativa de vendas para o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12 de outubro, é de queda de 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo pesquisa realizada pela Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos.Os comerciantes acreditam que os produtos mais procurados serão os brinquedos de personagens, jogos e vestuário, com valores abaixo de R$100,00. Além disso, cerca de 78% das lojas não contratarão funcionários temporários. Para atrair os consumidores, 70% dos entrevistados farão promoções e 63% investirão em propagandas.

@revistaempauta

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eduardo cury

Eduardo Cury é formado em engenharia industrial pela Univap. Foi entre 1997 e 2004 Secretário de Governo e de

Transportes durante o mandato de Emanuel Fernandes. Em 2004 foi eleito Prefeito de São José dos Cam-pos pela primeira vez e reeleito em 2008. Nas eleições de 2014, foi elei-to Deputado Federal por São Paulo com 185.638 votos.

Deputado, primeiramente agra-decemos sua entrevista. O Sr. foi eleito com mais de 185 mil votos, sabemos que a maior parte da nossa região, pela notoriedade de por oito anos ter sido prefeito da maior cidade do Vale. Vemos também sua presença constante em nossa cidade. Como tem sido a distribuição do tempo entre Brasí-lia e São José? Para mim é uma ex-periência nova, eu tive votos em 475 cidades e 99,9% dos votos foi devido ao trabalho de prefeito, sendo que a maioria veio do Vale do Paraíba, e é onde logicamente eu tenho uma obrigação maior de representar. As terças, quartas e quintas-feiras estou em Brasília que é quando as vota-ções ocorrem. As segundas e sex-tas fico em nossa base resolvendo problemas de demanda da região, o último caso foi relacionado a uma obra na Fundação Casa que esta para começar e nós estamos acele-rando esse processo. A novidade em Brasília é que o trabalho esta muito forte. Depois de quase vinte anos o comentário é de que nunca se traba-lhou tanto na Câmara, são votações até uma, duas horas da manhã. Pego o voo bem cedo e chego a Brasília para as reuniões e a tarde já come-çam as votações.

Sabemos dos projetos do Sr. de grande repercussão , entre elas a

REDAÇÃO

“O Lula foi

irresponsável, ele pegou a economia

ajeitadinha do Fernando Henrique,

quando teve a estabilização e não continuou com as

reformas necessárias. Ele só pegou a

parte boa da festa, que é distribuirdinheiro para os

outros, e não fez o dever de casa

O ex-prefeito da cidade e atual deputado federal Eduardo Cury abre o jogo e fala sobre problemas atuais do governo, projetos realizados em seu atual cargo, manifestações e o seu dia a dia no Planalto

LUCA

S M

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A

entrevista

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opção do trabalhador receber o FGTS em seu salário. Sobre nossa região, o Sr. tem algum que acha que cria mais impacto? A gente teve direito a R$ 8 mi-lhões de emenda parlamentar para nossa região, que é onde as pessoas nos de-positaram maior confiança, então eu me sinto devedor a elas. Destinei os proje-tos ao GACC, PIO XII, Parque Vicentina Aranha, as cidades de Jacareí, Taubaté, Lorena, Paraibuna, Monteiro Lobato, Ca-çapava entre outras. Agora as prefeituras vão apresentar os projetos. Também levo as prioridades da região para o governo estadual e federal, e nesse caso eu tenho atuado na questão das universidades: tenho a ideia de ampliar a Universida-de Federal que eu trouxe como prefeito com novo cursos e novas faculdades, se tornando a Universidade Federal do Vale do Paraíba com campus em diversas ci-dades da região, como é, por exemplo, a Unicamp e a UFSCAR. Esse em especial é um momento difícil para o governo que esta cortando custos e no momento não vai autorizar maiores expansões, mais a hora que for possível, vamos remar nessa direção. Já do governo estadual, uma coisa que eu tenho trabalhado é no trem regional, que seria excelente para nós e faria paradas em diversas cidades da região e pontos, sendo este muito mais adequado para o desenvolvimento regional do que o trem bala, além de ser bem mais barato. Exis-te ainda um terceiro ponto: eu sou um deputado que pertence a um partido de oposição, então eu tenho buscado apon-tar os erros do governo, votado contra quando acho que é necessário.

Em sua rede social o Sr. falou sobre as manifestações que estavam ocorrendo referente ao governo federal. Inclusive o Sr. participou da última que ocorreu em 16/08, quando parecia que já esta-ria perdendo força. O que o Sr. pensa sobre isso? O Sr. acha que é a opinião popular ou acaba ocorrendo manipu-lação? Existe um sentimento legítimo e natural de uma grande maioria da popu-lação que quer que esse governo termi-ne, e eu defendo isso desde o começo. Eu sempre achei esse governo ilegítimo, ganhou as eleições de uma forma ilegal, imoral e eu defendo isso por uma con-vicção minha e respeito quem pensa di-ferente. Essas manifestações são a coisa mais bonita que aconteceu no Brasil nos

últimos anos, por que é espontânea, não tem dinheiro do governo. Eu participei da última manifestação como cidadão e acho que os políticos não devem tirar o brilho das lideranças e preponderância dos movimentos, por que eles são os verdadeiros heróis, estão fazendo um trabalho fantástico.

O Sr. é a favor da abertura do proces-so de impeachment? Sim, sou a favor do impeachment, renúncia da Dilma ou de sua cassação desde que dentro da lei. É que eu estou convencido que se você cumprir a lei e continuar todos os pro-cessos, análise do Tribunal de Contas, eu tenho 100% de certeza que vai culminar nisso. Não estou dizendo que tem que terminar agora, eu quero que faça cum-prindo a Constituição.

O Sr. votou a favor da redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, nos casos de crimes hediondos. Real-mente apenas para crimes hediondos ou deveria ser estendido para outros crimes? Na vida todo mundo tem que ter mérito e punição. Então, você não pode ter uma parte da sociedade que esta sub punida que é o caso dos jovens entre 16 e 18 anos que estão no crime fa-zendo coisas graves e tem uma punição leve. Eu fiquei mais confortável em votar somente para crimes hediondos. Fui a favor da proposta original do Alckmin e do Serra que mexe somente com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), por que o ECA é mais fácil de aprovar. No fundo ela aumenta a pena pro menor - no ECA de três, ela passa para oito anos (projeto Alckmin) e 10 anos ( projeto Ser-ra), e não vai para a fundação Casa, ele vai para uma instituição separada que também não é um presídio. A pior coisa

é a sensação de impunidade. A punição numa sociedade democrática ela cumpre três objetivos: o primeiro é tentar recu-perar essa pessoa, o segundo é dar uma punição e a terceira que eu não vejo as pessoas debaterem é segregar, separar. Você não pode deixar uma pessoa que esta oferecendo risco a outras continuar na sociedade, é triste a situação dos pre-sídios no nosso país, mais você tem que prender aquele indivíduo por essas três situações.

Como é seu dia a dia no parlamento? Fiquei impressionado com o ritmo de trabalho, não tinha noção que era tão puxado. Eu que gosto de trabalhar es-tou adorando, mais os deputados que tem mais idade acham que o ritmo esta um pouco forte (risos). Como as coisas estão andando agora, as comissões pas-saram a ter uma importância gigantesca e os debates estão muito mais ricos. To-dos os temas nacionais são divididos em comissões e sou titular em duas: ciência e tecnologia, comunicações e informáti-ca e sou titular em relações exteriores e defesa além de suplemente da indústria e comércio. Também tem as comissões especiais para acelerar o processo, são simultâneas. Estou fazendo parte da co-missão especial sobre a PEC 172, que é do Pacto Federativo, que impede o Go-verno Federal de criar programas que tem custo para município e estado sem entrar com o dinheiro, pois prejudica o município na Lei de Responsabilidade Fiscal. Também estou na comissão es-pecial da Lei de Licitações. As comissões sempre ocorrem na parte da manhã e a partir do horário da tarde começam as votações no plenário.

O Sr. participou de 100% das votações, infelizmente uma situação rara no Congresso. Isso é fundamental para o exercício de um bom trabalho? Os li-deres às vezes não estão na votação, mais provavelmente estão reunidos discutindo como é que vai ser aquela votação, tanto é que o líder tem falta abonada. O traba-lho não é só estar no plenário votando, no meu caso que sou um peão do jogo e não um líder, apenas um soldado, eu acho que o mínimo é votar e não faltar. Tenho que dar uma satisfação para o ci-dadão que você estou trabalhando, se eu posso estar presente nas votações eu vou estar e o meu patrão assim espera.

“Tenho que dar uma satisfação para o cidadão que você

estou trabalhando, se eu posso estar presente

nas votações no congresso eu vou estar e o meu patrão assim

espera

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Vamos falar sobre o projeto do FGTS, em que o trabalhador teria a opção de receber o FGTS direto em seu salário. Há pessoas que acreditam que isso po-deria ser ruim para o trabalhador, pois faria com que o mesmo sentisse que este vencimento está incorporado em seu salário e nas situações que real-mente necessitasse não teria o FGTS. Não haveria perda do real sentido do FGTS que é garantir alguma remunera-ção em caso de desemprego? Eu penso que você não pode obrigar um cidadão a nada, apenas se isso for prejudicar o outro, se não, nem o estado e nem o go-verno tem o direito de interferir. O fundo de garantia é isso, se você quer pegar o seu dinheiro antecipadamente e poupar ou não é um direito seu, nosso projeto dá essa opção, isso sem prejudicar nin-guém, e os 40% que o empregador paga de multa permanece do mesmo jeito.

O Sr. também é a favor da impres-são de votos. Não seria um retroces-so diante que as Urnas Eletrônicas são usadas desde 1996, onde foram im-plantadas inicialmente em 50 municí-pios? O Sr. acha que realmente é possí-vel haver fraudes?

Não é um retrocesso, por que na ver-dade essa impressão seria complemen-tar. O cidadão continuaria votando nor-malmente e a única coisa que iria mudar é uma impressorinha que seria acoplada e iria imprimir o voto e “jogar” numa cai-xa. E por que isso? Todos os países de pri-meiro mundo tem um sistema de vota-ção no qual você pode checar os votos e o nosso não. Caso a urna esteja fraldada, haverá a checagem de votos. É só uma garantia, e não uma apuração de papel.

Ainda falando sobre política nacio-nal, existe um impasse entre qual será o candidato do seu partido nas próxi-mas eleições presidenciais - Geraldo Alckmin ou Aécio Neves. O Sr. não considera um erro do partido alternar entre candidatos? A escolha de candi-datura é democrática, tem haver com o governo, tem haver com o momento do adversário, com o momento político, o momento econômico... É um processo pelo qual em algum momento alguns de nossos líderes estavam com o nome em evidência.

Segundo o IBGE, com dados divulga-

dos em Agosto, a taxa de desemprego subiu para 7,5%, sendo o maior nível desde 2010. Na opinião do Sr. quais as medidas deveriam ser tomadas pelo governo federal para a manutenção destas vagas? O governo deveria renun-ciar (afobação). Para voltar a crescer, você precisa de credibilidade e isso o governo não tem mais, por que ele mente o tem-po todo. Ao mesmo tempo em que ele pede sacrifício para a gente, dá dinheiro para fazer passeata em Brasília, transferiu 50 milhões para a CUT nesses primeiros seis meses, dinheiro do BNDES para as empresas dos amigos, financia obras em outros países.

Segundo previsão de economistas coletada pelo Banco Central a expec-tativa é que em 2016 a taxa de infla-ção suba 0,6%, de 5,44% para 5,50%. Nossa taxa de Juros é uma das 10 mais altas do mundo, maior que 14%. Mais de 24% dos Brasileiros estão inadim-plentes. O Sr. acha que o governo fe-deral tem uma participação efetiva nestes dados negativos ou realmente ainda são reflexos da crise econômica mundial? Não tem nada haver com a cri-se econômica mundial de 2008, essa crise foi gerada pelo próprio governo. Estou-rou as contas e hoje ninguém acredita mais, fazendo com que não nos man-dem mais dinheiro, levando ao aumento exorbitante de juros. O governo apostou também no crescimento só do consumo e não com aumento de renda, aumentan-do o endividamento das pessoas. O Brasil precisa voltar a ser competitivo, nossos produtos precisam ser mais baratos para poder vender para fora e entrar dinheiro. Não tem crise mundial, a China esta cres-cendo 5%, a Índia aproximadamente 3%, a Europa toda 2% e o Brasil -2%, ou seja,

a crise é aqui. O Lula foi irresponsável, ele pegou a

economia ajeitadinha do Fernando Hen-rique, quando teve a estabilização e não continuou com as reformas necessárias , que era tirar os impostos da cadeia pro-dutiva e colocar só no final, pro nosso produto ficar barato, como em qualquer lugar do mundo, e tirar imposto do sa-lário. Ao invés de tirar a carga tributária o governo pegou dinheiro do BNDES, do FGTS e começou a escolher alguns setores para investir, jogando bilhões e bilhões em setores específicos. Resolve-ram criar a maior empresa de carne. Não sei qual a estratégia em ter uma empresa de carne com dinheiro público. O gover-no tem 37% da Friboi e não faltava carne para a gente. E também investiu só nas grandes automobilísticas, que tem o sin-dicato forte, dando subsídios. Como se o mundo fosse montadora e carne, e não é, os outros setores, as pequenas e mé-dias empresas no sufoco. O Lula pegou só a parte boa da festa, que é distribuir dinheiro para os outros, e não fez o dever de casa.

Em recente pesquisa do Instituto Análise de São Paulo, que saiu em uma revista de circulação nacional, O pre-feito Carlinhos Almeida tem índice de aprovação menor que 30% e apenas 16% de chances de reeleição. O Sr. par-ticipa das discussões com o seu partido sobre este tema e sobre as ações para as próximas eleições municipais? Eu como ex- prefeito penso que você tem que respeitar a figura de prefeito. Quem tem que fazer oposição, apontar erros e tudo mais é a assembleia local, que é câ-mara dos vereadores, e o partido e eles fazem isso muito bem. O PT não só aqui, esta numa situação muito ruim por causa da forma como eles trabalham e atuam.

O PSDB e seus partidos aliados, que fazem oposição ao governo, terão candi-dato e nós teremos essa discussão nesse semestre, provavelmente o Emanuel vai liderar este processo de discussão de es-colha do candidato.

Historicamente a população fica sa-bendo do candidato só em maio, nas vésperas da eleição. Como a cidade esta muito “machucada” e as pessoas na rua tem conversado muito comigo e com o Emanuel, resolvemos antecipar o proces-so para esse semestre. ■

“O Brasil precisa voltar a ser

competitivo, nossos produtos precisam ser

mais baratos para poder vender para fora e entrar dinheiro. Não

tem crise mundial... a crise é aqui

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entre linhas Por Carine Paiva e Priscila Stumpf

Estamos passando por um momento de crise no país, crise não somente econômica, mas também política e social.

Vivemos um momento histórico, em que bate-mos a taxa de câmbio mais alta já registrada. A disparada do dólar é uma consequência da crise

econômica de 2015. A política cambial adotada pelo go-verno, estava mantendo o dólar sob controle, por este es-tar recebendo injeções diárias chamadas de “contabilidade criativa”.

O resultado desta política, foi um dólar barato, que con-sequentemente incentivou a importação, retraindo a indús-tria nacional e gerando uma estagnação econômica. Esta manobra, trouxe consequências na balança comercial e pre-cisou ser corrigida. Não teve mais como tapar o sol com a peneira.

A restrição de crédito, é outro efeito da crise, pois afeta principalmente as empresas que dependem de crédito para manutenção de seu negócio.

Para os empreendedores, a melhor recomendação é que se preparem para tempos difíceis. Não se fala de desespero e desânimo, pois ao contrário do que muita gente imagina, momentos de crise podem ser épocas de grandes oportu-nidades de negócios. O Barão de Rothschild já dizia que o melhor momento para ganhar dinheiro é quando o sangue corre nas ruas.

Talvez seja o momento de retardar alguns investimentos, adiar decisões estratégicas que envolvam expansão de ne-gócios mais onerosas e esperar para que se tenha uma visão melhor do que está para vir por ai. É certo que o Brasil não vai parar, mas certamente observaremos uma redução do nível de atividade econômica maior ainda do que a que já estamos sentindo nos últimos meses.

Neste momento, como manter e atrair clientes? Como não ser deixado de lado ou até mesmo, não ser retirado do orçamento?

Quando a economia passa por uma recessão, devemos

focar em fortalecer a marca e fidelizar cliente, para isso, ao contrário que se pensa, o marketing não é opcional: é um investimento, essencial para que se obtenha receita jun-to a esses clientes cruciais, e a outros também.

A economia instável serve como período de análise, para que a empresa “limpe” tudo que possui baixo desempenho e/ou geram baixo rendimento. Estamos falando de sobrevi-vência! Sim, períodos de crise exterminam, e sobrevivem so-mente os mais fortes. O que não significa, que somente os grandes empresários conseguirão atravessar a tempestade, mas sim, todo e qualquer empresário que esteja preparado.

Revisar as estratégias de marketing é crucial, visto que a crise favorece o crescimento do pequeno, pois, nestas épo-cas, o consumidor opta na maioria das vezes por produtos e serviços com valores mais baixos, estes consumidores são popularmente denominados pé no freio. Marcas populares também conseguirão atrair o consumidor abalado-mas-pa-ciente, que até então optava por marcas mais sofisticadas — estratégia usada agressivamente pelo Wal-Mart na recessão de 2001 com sua política de “preço baixo, sempre”. Tam-bém há oportunidades para marcas populares na categoria de artigos adiáveis. Serviços de assistência técnica podem tentar atrair o grupo abalado-mas-paciente, que vai tentar prolongar a vida útil de uma geladeira para evitar o gasto.

Com a incerteza ou aumento da crise no mercado, a dica é retirar da grade produtos e serviços que estejam com pouca procura e que geram custo para empresa. Analisar seu portfólio e classificar os produtos e serviços é tarefa fundamental, pois a partir deste exercício, fica possível ana-lisar quais produtos e /ou serviços devem ser concentrados os recursos de marketing para manter e fidelizar os clientes.

As empresas que optam por aderir a miopia do marke-ting, ou seja, fechar esta torneira, terão a colheita das con-sequências, pois não terão a exposição necessária para sobrevivência e estarão fora do ambiente de análise e rea-dequação do consumidor.

Marketing é vida, é a possibilidade de perpetuação de uma marca. Investir em estratégias, é a forma para que as empresas sobrevivam não somente na situação econômica desfavorável, mas também, na competitividade de mercado.

Investir em marketing não é supérfluo, mas sim uma ne-cessidade de mercado, necessidade, pois como diz o ditado: Quem não é visto não é lembrado.

Carine Paiva é economista e mestre em planejamento urbano e regional, Priscila Stumpf é publicitária e

mestre em linguística aplicada, Rosa e Carvão Comunicação e Marketing

[email protected]

TEMPOS DE CRISE

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Informação que faz a diferença!

Peça seu exemplar:[email protected]

Distribuição mensal e gratuita em milhares de pontos da cidade

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no contexto Por George Zenha

Nesse primeiro artigo pensei em diversos as-suntos a tratar e levar a reflexões dos nossos leitores, mas como não começar minha par-ticipação na Revista EM PAUTA sem falar do momento em que a terra do pau Brasil está?

Pois bem me lembro das aulas de história tanto do ensino fundamental quanto no ensino médio, nas costumeiras visitas ao hoje fechado Museu do Ipiranga, das rodas com pessoas mais velhas e sempre ouvi e aprendi um Brasil diferente do que temos hoje, era um país retrógrado, que muito cobra e pouco faz, que inventava critérios, regras, leis, sanções, penas, dos tributos, da concentração de rique-zas, dos reis e dos amigos do rei.

No Brasil Império com a vinda de D. João e a “importação do Estado” o poder local foi estabelecido de forma centra-lizada, já que a sede do Império português a partir daquele momento era aqui. Para poder realizar as obras necessárias como para manter os luxos da corte e financiar a guerra em Portugal o fisco apertou o cerco. A figura do arrecadador ainda continuou sendo a do “cobrador”, herança que vinha desde o período colonial, mas a ação destes começou a ser mais fiscalizada pela corte, que ao mesmo tempo impõem mais impostos. E com D. João continuou a arrecadação sen-do uma mistura de interesse público e privado. Depois da vinda da corte para bancar a máquina burocrática, todo o aparato administrativo do Império havia imposto para tudo. Pagava-se para utilizar os rios, para transportar escravos, para vender aqueles que conheciam algum oficio, etc... um dos tributos mais importantes era a cobrança de 10% sobre a herança e rendimentos dos imóveis, criado em junho de 1808.

Do ponto de vista do Estado ser oligárquico e patrimo-nialista no Brasil Colônia, depois de D. João, passando pela proclamação da República e chegando aos dias de hoje pouco mudou, a não ser a maior voracidade do governo gerada pela melhoria das formas de fiscalização, arreca-dação e punição aos sonegadores, sendo que os impostos continuam extorsivos e o uso do erário de forma duvidosa continua sendo pessimamente aplicado e distribuído.

No Brasil 2015, presidencialista e em plena crise econômi-ca e política o Governo Federal que defende o ajuste fiscal que nada mais é que uma tentativa de consertar o “desajus-te fiscal” promovido pelos últimos anos, mas com todo esse

cenário o Palácio do Planal-to gastou em perfumaria dos cofres do contribuinte, segundo dados divulgados pela ONG Contas Abertas, a compra de um afiador de facas elétrico por R$ 9,3 mil e de 10 baldes térmicos de gelo para a cozinha do Palácio, no valor total de R$ 9,1 mil. Cada balde com capacidade para 2,5 litros saiu a R$ 914,5, entretanto discute-se hoje na cúpula ministerial a volta da CPMF (Con-tribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores) mais um imposto, que é declaradamente de-fendida pela presidente, na terra onde há uma das maiores cargas tributárias do mundo, com mais de 90 impostos e uma arrecadação medida pelo impostômetro já acima de R$ 1 trilhão. Afinal essa crise é para quem? O Ministério da Saúde teve um corte no orçamento de R$ 11,8 bilhões, Educação R$ 9,4 bilhões, Cidades 17,2 bilhões, têm também os cortes nos programas sociais, aumento na taxa de juros, além de redução do já minguado repasse da união para es-tados e municípios também ter diminuído, contudo até o momento não vimos o anuncio oficial do corte de nenhum dos 39 ministérios, dos cartões corporativos, dos milhares de cargos de indicação.

Enquanto isso o empresariado, o funcionário e o consu-midor estão dividindo a tapas uma fresta ao sol, numa in-tensa batalha de cabo de guerra onde o empresário culpa o cliente por não consumir, o funcionário culpa o empresário por demitir e o consumidor culpa por estar caro, é nessa si-tuação latente que o Brasil vive desde sua descoberta, hora com um pouco mais de folga, hora vivendo a estrita reali-dade de que nunca saímos de uma cultura governamental impositiva, onde o obrigatório imposto onera o sonho de cada um ao invés de propiciar oportunidades a todos.

Claro que nós não podemos perder a esperança, e muito menos nos entregar para tudo isso que pode ser passagei-ro, mas apertamos o cinto de novo, deixamos de contratar, cortamos na carne, mas vamos novamente fazer esse esfor-ço durante o ano todo só para curtir no feriado e segunda voltamos ao regime de pão e escassez de água? Ou vamos mudar essa história?

É fato que tivemos muitos avanços dos tempos antigos aos atuais em diversas áreas, contudo se pudéssemos en-xergar o “Brasil Governo” como uma pessoa através do es-pelho, iriamos ver aquele mesmo semblante do império, que apesar de trocar as capas e coroas, as carruagens e a nobreza, mantem as grifes, as colheres de prata, a troca de frota dos carros de luxo... Só poderemos trocar essa cultura do “Brasil Governo”, quando criarmos uma nova cultura, e só vamos criar uma nova cultura de governar quando dei-xarmos a arquibancada, silenciar o whatsapp e entrar de fato no jogo...

George Zenha é presidente da ACI Jovem, Associação Comercial e Industrial de S.J.Campos

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Brasil o espelho do passado

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PEQUENOS JOSEENSES

PARABENS !

12 De OuTuBrO

São José tem:► 137245 habitantes entre 0 e 14 anos ► 69828 meninos e 67417 meninas► 134335 moram na Zona Urbana e 2910 na Zona Rural

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Por Cristiano Pinto Ferreira

Começamos hoje, uma série de artigos no intuito de informar o cidadão de seus direitos e com-partilhar conhecimento. Iniciamos pelo Código de Defesa do Consumidor e os danos morais pela perda do tempo útil. A ocorrência sucessiva e acintosa de mau atendimento ao consumidor,

gerando a perda de tempo útil, tem levado a jurisprudência a dar seus primeiros passos para admitir a reparação civil pela perda do tempo útil. Com a massifi cação do consumo, massifi caram-se as respectivas demandas, fazendo com que milhares de consumidores passassem a lidar com uma série de infortúnios junto aos fornecedores para tentar solucio-nar os problemas decorrentes das relações travadas entre esses dois sujeitos. Quantas vezes, fi camos ao telefone per-dendo nosso tempo para sanar um problema gerado por uma operadora de TV por assinatura ou telefonia celular? Um verdadeiro jogo de ”empurra - empurra” entre os aten-dentes. É certo que as diversas questões que cercam nosso cotidiano demandam algum tempo para ser solucionadas, o que nos leva a afi rmar que é perfeitamente normal “per-der” ou “investir” nosso tempo para tratar destas questões, inclusive aquelas relacionadas ao consumo. Mas, quais são

os efeitos que sofremos quando a solução de simples de-mandas de consumo requer tempo considerável, extrav-asando os limites da razoabilidade? Como vem ocorrendo, é razoável exigir do consumidor que perca um tempo pre-cioso para solucionar questões dessa natureza, quando ao mesmo tempo há outros afazeres e problemas mais sérios a solucionar no decorrer do dia? Não é correto um consumi-dor perder este tempo. Não poderia este consumidor estar no convívio de sua família ou fazendo algo que te agrade ao invés de estar sanando um problema que não gerou? Este tempo tem um custo. O tempo hoje é um bem jurídico que somente o seu titular pode dispor e quem injustifi ca-damente se apropria deste bem causa lesão, dependendo

das circunstâncias gerando dano além do simples abor-recimento cotidiano, ou seja, dano moral. Quando a má prestação de um serviço extravasa as raias da razoabilidade, dando lugar à irritação, a frustração, ao sentimento de des-caso, ao sentimento de se sentir somente mais um número no rol de consumidores de uma empresa, é que ocorre a violação do direito à paz, à tranquilidade, à prestação ade-quada dos serviços contratados, enfi m, a uma série de dire-itos intimamente relacionados à dignidade humana. Hoje o consumidor percorre uma verdadeira via crucis para tentar ver respeitados os seus direitos. Entendemos que há tempo para tudo, tempo para nascer e tempo para morrer; tempo para chorar e tempo para rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz. Os transtornos do cotidiano que nos submetam a esse vilipêndio de tempo subtraído de vida sem o consentimento do consumidor, devem ser indeniza-dos. Como já diria Charles Darwin (“o homem que tem a coragem de desperdiçar uma hora de seu tempo não de-scobriu o valor da vida”) e Victor Hugo (“a vida já é curta, e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo”), ou seja, o tempo tem valor e este valor usurpado do consum-idor sem o seu prévio consentimento e desejo, causando dissabor por um serviço inefi caz, deve sempre ser indeniza-do por quem o causou. No âmbito legislativo, o tempo e o modo como o consumidor deve ser atendido é disciplinado pelo Decreto nº 6.523/08 (Lei do SAC), que regulamenta o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90). O aludi-do decreto dispõe, especifi camente, sobre: (l) seu âmbito de aplicação; (ll) acessibilidade do consumidor ao serviço; (lll) qualidade do atendimento; (lV) acompanhamento das de-mandas pelo consumidor; (V) procedimento para resolução das demandas; (Vl) pedido de cancelamento do serviço. O que a leitura desse diploma nos permite constatar é que a celeridade no atendimento ao consumidor é uma de suas tônicas. Infelizmente, verifi camos que várias empresas sim-plesmente ignoram esta lei, pois, se fosse devidamente ob-servada, certamente o Judiciário não estaria, nesse exato momento, analisando milhares de ações envolvendo danos morais pelo tempo útil perdido. Claro está o descaso com o consumidor. A ocorrência sucessiva e acintosa de mau atendimento ao consumidor, gerando a perda de tempo útil, tem levado a jurisprudência a dar seus primeiros passos para solucionar os dissabores experimentados por milhares de consumidores, passando a admitir a reparação civil pela perda do tempo livre.

Cristiano Pinto Ferreira é Advogado OAB/SP 168.129

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Danos morais pela perda do tempo útil

seus direitos

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esporte

RUGBY SOCIALProjeto realizado pelo São José Rugby disponibiliza escolinhas em bairros afastados e atividades extracampo trazendo apoio aos jovens da cidade

Conhecida como a capital na-cional do rugby, nossa cidade tem um time de peso: a equipe é simplesmente decacampeã

paulista e octacampeã brasileira. A categoria principal (adulto) do clube é uma das grandes referências do país no que diz respeito ao nível de jogo, con-quistando importantes títulos e sendo a equipe que mais cede jogadores ao selecionado nacional, e é uma das agre-

miações brasileiras que mais investe nos times de base. O que nem todo mundo sabe é que esse talentoso clube faz um trabalho muito bacana para a nossa comunidade. Desde 2003, Edis Abranches (atual dirigente do Jacareí Rugby) e Maurício Coelho (atual tre-inador do time adulto) tiveram a ideia de montar o projeto social Aprendendo e Jogando Rugby. “O projeto começou inicialmente no Dom Pedro e não tinha patrocínio. Eles chamavam as crianças que estavam nas ruas brincando ou

soltando pipa. Começou timidamente com um grupo de cinco a dez meninos e hoje temos noventa, nosso objetivo é chegar a cem crianças”, conta a co-ordenadora do projeto Rugby Social, Julia Vicente. O projeto cresceu e hoje possuem três polos de treinamento que trabalham com a criançada de sete a dezessete anos nos bairros Santa Inês, Vila Industrial e no próprio Cam-po dos Alemães que é a atual sede de treinamento. “Nosso objetivo é tirar as crianças da rua. Trabalhamos no con-

REDAÇÃO

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Treinamento no Polo Jd. Santa Inês: disciplina do rugby sendo levada para a vida real

Foto: Marcelo Morenno

traturno escolar, fazendo um trabalho duas vezes na semana, além disso, rea-lizamos atividades extracampo seja na área escolar, palestras de meio ambien-te, idas à museus, podendo assim con-tribuir de alguma forma para a forma-ção deles. O objetivo maior do projeto não é o rendimento em campo, mas trazer valores de vida importante para o jovem seguir o que ele aprendeu por aqui” explica.

Aluno há três anos no polo do Jd. Santa Inês, Francisco de Assis conta que o esporte ensinou muito a ele, “aprendi a ter disciplina e respeito ao próximo”, diz. O rugby possui valores intrínsecos ligados justamente ao companheirismo e a educação, “eles sabem que precisam um do outro, para conseguirem chegar a linha de fundo e fazer a pontuação que é o try. No rugby você não pode jogar a bola para frente, só para o lado

ou atrás e esse tipo de treinamento faz com que eles estejam muito bem sinto-nizados e saber conversar com o cole-ga de uma forma respeitosa”, comenta Julia Vicente.

E se não tiver espaço para eles joga-rem? Isso não é desculpa para eles fi ca-rem sem treino. “A turminha do teatrão (Polo Vila Industrial) fi cou sem campo por um tempo e então convidamos os alunos para treinar no polo do Jd. Santa Inês. Todos vieram de longe, seja a pé ou de bicicleta. Dava até dó, porque o treino era puxado e eles tinham que ir embora assim. Só que ai, percebemos que eles realmente levam isso a sério”, comenta o treinador do time, Flavio Go-mes Nunes.

Além desse projeto, o São José Ru-gby também conta com o Rugby Nas Escolas que capacita os professores das escolas municipais a levar o esporte aos seus alunos e o projeto Polis Rugby que tem a intenção de promover o esporte dentro das comunidades esportivas da cidade. ■

“O objetivo maior

do projeto não é o rendimento em campo, mas trazer valores de vida importante para o jovem seguir o que ele aprendeu por aqui

”Julia Vicente, Coordenadora do projeto.

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cotidiano

Por menos trocadinhosFlanelinhas atuam em vários pontos da cidade e motoristas reclamam por ter que pagar para estacionar em locais públicos

“É um desaforo com a gente, por que além de pagar zona azul eu tenho que pagar para uma pessoa proteger meu carro, sendo que

eu nem tenho a segurança que ele vá realmente olhar”, desabafa o engenhei-ro Carlos Eduardo Paiva. A preocupação do engenheiro é a mesma da maioria dos motoristas, que por muitas vezes são surpreendidos pelos conhecidos “flane-linhas”, pedindo uma moedinha (nem sempre), para que o veículo fique são e salvo, literalmente. Muitos motoristas acabam dando um trocadinho por medo de ter seu veículo danificado por eles.

Hoje a cidade conta com 3.452 vagas de estacionamento rotativo que vão de R$ 0,30 por 15 minutos a R$1,20 a hora. Segundo a prefeitura visam resolver o problema de áreas críticas em estaciona-mento nas vias da cidade, garantido que os espaços públicos possam ser mais aproveitados pela população.

Só que, por muitas vezes, o motorista pagando duplamente dependendo do horário e local – a zona azul e o flaneli-nha. “Eu pago por que realmente tenho medo que façam alguma gracinha no meu carro, sempre dizem que eles po-dem furar o pneu ou coisa pior”, comen-ta a psicóloga Juliana Abreu.

Olhador de carros há 17 anos na região do Jd. São Dimas, Alecsandro Moreira, já conhecido pelas redondezas, comenta que sempre foi contra os companheiros que fazem esse tipo de ação. “Nunca fiz e nunca vou fazer esse tipo de coisa, e outra, a pessoa não é obrigada a pagar nada, se ela quer ajudar é porque é de coração”, diz.

Nem todos agem assim e em alguns pontos da cidade, como na Avenida An-chieta é possível acompanhar a “mono-polização” da rua por grande parte dos flanelinhas que estipulam valores que va-riam de R$ 10,00 a R$ 15,00 reais. “Pode ser considerado um crime caso o flane-linha exija o pagamento ou ameace, ou

REDAÇÃO

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Por menos trocadinhosFlanelinhas atuam em vários pontos da cidade e motoristas reclamam por ter que pagar para estacionar em locais públicos

seja, crime de coação, além de ser consi-derado um crime de fraude quando eles falam para você não pagar a zona azul que eles avisam quando o marronzinho estiver chegando”. E se a pessoa for abor-dada por um flanelinha que utiliza um co-lete da segurança ou da associação dos guardadores de carros? “Eles também não fazem parte de uma profissão regu-lamentada, então não somos obrigados a pagar por esse serviço” explica o jurista e professor da faculdade de direito da UNI-VAP, Sergio Bacha.

Ainda segundo ele, poderiam ser reali-zadas algumas ações para melhorar esta situação, “A prefeitura poderia fazer algu-ma campanha educativa, aonde nós não aceitássemos a figura do flanelinha para substituir o pagamento do parquímetro, além da fiscalização ser mais intensifica-da” explica.

Segundo o capitão da policia militar Alain Kalczuk, caso a pessoa se sinta coa-gida ou ameaçada, deve acionar o poli-ciamento pelo fone de emergência 190. “A providência nesse caso é o compare-cimento da viatura no local e a condução das partes ao Distrito Policial.

Nós temos um trabalho também de orientação ao nosso efetivo, para que, ao suspeitar de um indivíduo em via pública, proceda a uma abordagem de verificação dos antecedentes criminais”. ■

Fotos: Marcelo Morenno

“É um desaforo com

a gente, por que além de pagar zona azul eu tenho que pagar para uma pessoa proteger meu carro, sendo que eu nem tenho a segurança que ele vai realmente olhar

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apoio ao consumidor

No dia 11 de setembro o Códi-go de Defesa do Consumidor (CDC) comemorou 25 anos de história. Trata-se da Lei Federal

8.078/1990. Com ele, empresas e presta-dores de serviço passaram a ser respon-sabilizados diante do que ofereciam ao mercado, já que cidadãos consumidores puderam recorrer à justiça para garantir seus direitos, um verdadeiro marco para nós! E desde então são inúmeras pessoas que passam pelas portas das 842 sedes do PROCON espalhadas de norte a sul do país para exigir seus direitos.

Aproveitando a data, entrevistamos a coordenadora do PROCON/SJC Apareci-da Santana Borges. Confira!

Quais são os direitos básicos do con-sumidor? O CDC define o consumidor como o elo “vulnerável” da relação con-sumidor –fornecedor - produto. Um fun-damento básico do consumidor é de que ele tem direito a proteção à vida, saúde e segurança contra os riscos provocados pelos produtos ou serviços. Um outro ponto é a divulgação e educação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, ele tem direito a livre escolha, ele precisa ter clareza de todos os pro-

dutos adquiridos. De maneira geral, o direito básico fundamental é o direito a informação.

Quais os setores que hoje possuem mais reclamação? Sem dúvida é o setor ligado a telefonia e ao setor financeiro.

O consumidor pode trocar um pro-duto só por não ter gostado da cor ou tamanho, mesmo se ele não apresen-tou defeito algum? Não. Só se o local que ele comprou o produto permitiu essa troca no ato da compra. É prática comum o comerciante estipular um prazo de 15, 30 dias para a troca para que ele possa fidelizar o cliente. Dentro desse prazo ele pode trocar sim, no entanto não é uma obrigação prevista no código. Agora, se o comércio permitiu que você trocasse, ele não pode impor dia e horário para essa troca.

Já produtos comprados pela internet, caso o consumidor não fique feliz com a compra, assim que receber, ele pode de-sistir sem nenhum custo em até sete dias.

É possível cancelar minha compra em razão de ter encontrado a mesma mercadoria por preço inferior? Não existe essa possibilidade. Estamos em uma livre atividade comercial, então os

produtos são produzidos normalmente em série e no mesmo dia. Nós aconse-lhamos que vocês procurem bastante o produto antes de comprar. Quem deter-mina o preço é o mercado.

O que significa garantia estendida? A garantia estendida é uma venda ca-sada, então você compra, por exemplo, uma geladeira e a garantia do fabrican-te de um ano pode se estender por dois anos caso você pague uma quantia x por mês, tornando essa prática abusiva. Uma coisa é o equipamento ter sua nota fiscal e garantia, outra coisa é a garantia es-tendida que é uma venda a parte, uma nota fiscal a parte. O consumidor deve tomar muito cuidado com isso porque nem sempre ela garante a totalidade do produto que esta comprando.

Se o produto apresentou defeito, em menos de uma semana de uso, o con-sumidor tem direito de trocar por ou-tro novo? Não. Na verdade isso é uma grande confusão por parte dos consumi-dores. O CDC dá a oportunidade primei-ramente ao fornecedor, fazendo com que esse produto passe numa assistência téc-nica. Lá, eles têm 30 dias para devolver esse produto em perfeito estado, caso isso não ocorra ai sim você tem o direito

REDAÇÃO

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cotidiano

Em virtude dos 25 anos do Código de Defesa do Consumidor a Coordenadora do PROCON/SJC Aparecida Santana Borges tira dúvidas de interesse geral da população

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de pedir o seu dinheiro de volta, outro produto ou desconto proporcional caso você realmente queira fi car com essa mercadoria. Com exceção de produto in-servível, o consumidor consegue a troca imediata.

De quem é a responsabilidade pelo dano causado ao consumidor, o co-merciante ou o fabricante? Dos dois. O consumidor deve chamar o comerciante quando não conseguir localizar o fabri-cante. Por exemplo, se não fi cou claro pelo produto quem é o fabricante você pode chamar o comerciante por que ele se responsabilizou pela venda, se não, respondem os dois.

Se o consumidor for assaltado den-tro do estabelecimento ou seu veículo for violado no estacionamento, o em-presário deve ressarci-lo? Mesmo que o estacionamento não seja pago é res-ponsabilidade do comerciante seja esse veiculo furtado, ou violado. O consumi-dor deve pedir a gravação ou fotos que

comprovem para que ele possa ser res-sarcido. Isso vale para todos os estabe-lecimentos comercias que o carro estiver como shoppings, hospitais, etc.

As lojas são obrigadas a aceitar car-tão de débito e crédito? Cigarros, car-tões de telefone e até mesmo balas podem ter forma de pagamento irres-trita? As lojas podem não aceitar tanto cheque como cartões de débito e crédi-to só que aconselhamos o comerciante a colocar um cartaz avisando sobre isso. Agora, se ele aceitar, ele não pode im-por limite, por exemplo, “só acima de R$10,00 aceitamos cartão de débito”. Isso pode ser denunciado ao PROCON e nós autuamos e a multa é alta. Eles também não podem dar desconto para quem “paga a vista” só em dinheiro. Cartão de débito, cheque, cartão de crédito a vis-ta e claro, o próprio dinheiro em espécie são formas de pagamento a vista.

Ao chegar a um supermercado e o preço de certo produto exposto ali é

um, e no caixa é outro, qual vale? Sem-pre o que for mais barato e favorável ao consumidor. A questão da precifi cação é bastante séria, nossa fi scalização tem andando pelos supermercados e nota-do muita divergência nos preços. Se isso ocorrer pedimos, por favor, que seja de-nunciado ao PROCON.

Há outros locais que podemos pro-curar caso o PROCON não consiga atender a necessidade daquele con-sumidor? Hoje há uma entidade nova chamada CDCOM – Centro de Defesa do Consumidor – são associações da so-ciedade civil que ajudam bastante. Além disso, o consumidor pode procurar o judiciário caso ele tenha lesões, o forne-cedor é obrigado a reparar aquilo, seja através de indenização, ou trocando o seu produto. Onde não se tem PROCON a população deve se organizar e pedir ao prefeito que seja instalado.

Ranking das empresas com o maior índice de reclamações no PROCON SJC em 20151º Claro/Net/Embratel (Grupo América Móvil)2º Grupo Vivo/Telefônica3º Sky Brasil Serviços Ltda4º Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP5º Grupo Itaú Unibanco6º TIM Celular S/A7º Grupo Bradesco8º Bandeirantes Energia S/A9º Grupo Caixa Econômica Federal10º Grupo OI

23.283 – é o numero de atendimentos realizados no Procon SJC até outubro de 2015

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política

Política High Tech Grupo de Whatsapp criado por moradores de São José aponta problemas da cidade, unindo políticos e leigos e viabilizando soluções mais rápidas

O famoso assobio emitido pelo aplicativo é toque constante nos celulares desse grupo de amigos da cidade. “Acabaram

de me avisar que estão tirando o asfalto da Avenida 1 do Morumbi, alguém sabe o motivo?”, questiona um dos adminis-tradores.

Os meninos são os responsáveis do “Pelo Bem de São José”, um grupo de Whatsapp que anda conseguindo fazer “barulho” levando informações que estão acontecendo na cidade em tempo real para o conhecimento de toda a popu-lação, inclusive de autoridades, fazendo com que cheguem mais rápido aos ouvi-

dos de vereadores, secretários da prefei-tura, assessores e até mesmo do Prefeito Carlinhos Almeida. “Qualquer pessoa que quiser pode participar do grupo e expor sua reclamação, só que pedimos um mí-nimo de ética por que nosso intuito não é denegrir partido algum e sim gerar novas propostas e projetos, analisar a difi culdade de cada munícipe e bairro e acompanhar sua evolução”, comenta um dos organizadores, Leandro de Carvalho.

“A princípio seriamos apenas nós e os munícipes, mas como eu possuía muitos contatos com autoridades devido aos três anos que trabalhei na assessoria de um vereador, os incluímos e eles foram participando dos nossos debates. O que queremos é ter esse feedback entre os

munícipes e os políticos” explica o outro organizador, Marcelo Ferreira que hoje é representante comercial.

Junto com mais dois amigos e sem se conformarem com os pro-blemas que estavam ocorrendo nos quatro cantos da cidade, por muitas vezes sem ne-nhuma solução, viram nesse meio uma oportunidade de ouvirem e serem ouvidos. “A gente sempre gostou de atuar em trabalhos voluntários, apontando problemas do bairro e buscando melhorias e então tivemos um lapso e surgiu a ideia do gru-

REDAÇÃO

Grupo de Whatsapp criado por moradores de São José aponta problemas da cidade,

munícipes e os políticos” explica o outro organizador, Marcelo Ferreira que hoje é

Junto com mais dois amigos e com os pro-

blemas que estavam ocorrendo nos quatro cantos da cidade, por muitas vezes sem ne-nhuma solução, viram nesse meio uma oportunidade de ouvirem e serem ouvidos. “A gente sempre gostou de atuar em trabalhos voluntários, apontando

Leandro de Carvalho e Marcelo Ferreira: dois dos fundadores do grupo do Whatsapp

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25empautaonline.com.br | Outubro/2015Foto: Lucas Moura

po”, explica Ferreira.E a resposta aqui vem rápido. “Estamos

tendo um feedback positivo tanto na so-lução de problemas quanto na descrição da situação. Algumas vezes um assunto é colocado em questão e acaba até saindo do grupo, e o próprio político e cidadão conversam separadamente para tentar resolver aquele problema, que por mui-

tas vezes é solucionado”.São comuns no grupo fl agras de lo-

cais depredados e que estão sem ma-nutenção, denúncias sobre buracos em ruas, dicas de ações que estão ocor-rendo na cidade e até mesmo elogios a serviços que foram bem executados e muitas reclamações sobre a nossa saúde pública, sendo esse o alvo nú-

mero um de queixas. “Na realidade não temos muito do que reclamar da nossa

cidade a não ser sobre a saúde mesmo e quando se levanta uma questão

bem especifi ca a gente acaba conseguindo as pessoas certas

para resolver o problema. Até o momento a Zona Sul tem

o maior número de ques-tionamentos”.

O grupo, que anda indo de vento em polpa pensa em uma alternativa para dar continuidade a esse projeto – já que o aplicativo só per-mite um numero máximo de cem pessoas por gru-po. “Pretendemos investir em redes sociais”. Já temos nossa página no Facebook e quere-mos utilizá-las ain-da mais, também

temos um projeto de ONG onde pre-

tendemos continuar esse trabalho de uma

forma mais concreta”, conclui Carvalho. ■

“O que queremos

é ter um feedback entre os munícipes eos políticos no nosso grupo de Whatsapp

”Marcelo Ferreira, Criador do Grupo “Pelo bem de são josé”

empautaonline.com.br | empautaonline.com.br | Foto: Lucas Moura

mero um de queixas. “Na realidade não temos muito do que reclamar da nossa

cidade a não ser sobre a saúde mesmo e quando se levanta uma questão

bem especifi ca a gente acaba conseguindo as pessoas certas

para resolver o problema. Até o momento a Zona Sul tem

o maior número de ques-tionamentos”.

O grupo, que anda indo de vento em polpa pensa em uma alternativa para dar continuidade a esse

temos um projeto de ONG onde pre-

tendemos continuar esse trabalho de uma

forma mais concreta”, conclui Carvalho.

Criador do Grupo “Pelo bem de são josé”

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Negócios

ADVOGAR eempreender

Presidente da Associação dos Advogados de São José dos Campos fala sobre o mercado de trabalho, atividades realizadas na associação e diz que o advogado não deve se limitar somente a sua profissão

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27empautaonline.com.br | Outubro/2015 Foto: Arquivo Pessoal

Dr. Luiz Fernando Faria de Souza é o Presidente mais jovem da AASJC. Chegou com a missão de trazer um novo conceito.

Bastante comunicativo, tratamos sobre diversos assuntos do cotidiano de sua profissão.

Como surgiu a ideia de ser advogado? Desde sempre tinha essa vontade, então me formei em direito em 1997 e passei na OAB em 1998. Comecei a trabalhar com um advogado da “velha guarda” que me ensinou muito. Ele administra-va suas próprias ações, o que é incrível. Aprendi muito com ele.

Hoje nos deparamos com um número excessivo de advogados. Como anda o mercado nessa área de um modo ge-ral? Posso dizer com razão e compro-vação que ainda há mercado para todo mundo. O advogado precisa achar um ramo que gosta, se especializar nessa área além de procurar ferramentas de gestão administrativa, gestão de pessoas e marketing. Há uma infinidade de áreas no direito que ele possa se especializar.

Sobre a OAB. A dificuldade que muitas pessoas têm para passar se deve a fa-culdade que não preparou esse aluno ou ao alto nível de exigência da pro-va? Nenhum dos dois. Acredito que as faculdades de direito preparam de forma suficiente o aluno. O nível de dificuldade das provas do exame de ordem da OAB devem ser elevados para um processo de filtragem normal. Não há concorrência de vaga, todos os que atingirem nota mí-

nima passam. Acredito que existam ou-tros fatores limitantes que impedem os candidatos a passar, como por exemplo, padrões limitantes de comportamento como nervosismo, ansiedade, inseguran-ça, etc. O bom advogado deve ser ousa-do, moderno, não pode ser tímido, por exemplo.

Quem vai se destacar no mercado de trabalho? Aquele que se formar bem e o que eu digo por formação não é apenas a formação acadêmica, ele tem que fazer uma pós graduação e estar constante-mente estudando e se atualizando.

O advogado pode fazer publicidade sobre si mesmo? Sim e não. Esta decla-rado pelo código de ética que o advoga-do pode fazer propaganda e colocar seu nome, telefone e dizer sua especialidade. Você pode fazer tudo dentro daquilo que não é proibido e o órgão que fiscaliza isso é a OAB por meio do seu Tribunal de Ética e Disciplina que pelo seus julgados vai definir omissões do código de ética. Apesar disso é necessário que o advoga-do saia de sua mesa e busque ferramen-tas para trabalhar na advogacia.

Isso não seria benéfico para a popu-lação, uma vez que grande parte não entende sobre o trabalho do advoga-do e o seu complicado vocabulário? Acho uma boa opção, mas entendo que tem que ter um “freio”. Hoje, o marke-ting produz coisas inacreditáveis como despertar interesse de uma pessoa em determinado produto ou serviço. Então como fazer isso dentro de uma advocacia ética? A gente lida com os bens e a vida das pessoas. Por isso nossa responsabili-

dade precisa ser redobrada. A advocacia esta muito mais dinâmica, e hoje o advo-gado já tem e deve buscar ferramentas de empreendedorismo como já mencio-nado. Ele tem que expor seu trabalho e também saber técnicas de marketing e de vendas.

A associação dos advogados comple-tou 42 anos. Como foi chegar a pre-sidência? Nossa presidência sempre foi composta por pessoas da “velha guarda” e decidiram chamar um presidente jovem para assumir. Fui o primeiro dessa “ala jo-vem” que está terminando o mandato e pretendo cumpri-lo atingindo os objeti-vos propostos e conseguindo trazer mais jovens para a associação.

Qual o benefício que a associação traz para os advogados? Continuamos de-senvolvendo as publicações do Diário Oficial e pretendemos implantar um sis-tema de informatização, controle de pro-cessos, publicações online, atualizações de débitos.Além de firmar parcerias com diversas empresas, entre elas o parque tecnológi-co, também temos seguro saúde, seguro odontológico e principalmente o seguro de responsabilidade civil.

Atualmente existem quantos associa-dos? Hoje temos aproximadamente dois mil e queremos crescer ainda mais.

Algum projeto sendo realizado no momento? Sim, estamos com o proje-to Prefeitura no Bairro, dando assistência judiciaria de consultoria em bairros ca-rentes da cidade. ■

“Posso dizer com

razão e comprovação que ainda há mercado (no direito) para todo

mundo

”“

O advogado tem que expor seu trabalho e também saber técnicas de marketing e de

vendas

“O advogado tem

que sair da mesa e buscar ferramentas para trabalhar na

advocacia

REDAÇÃO

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Com alguns anos de experiência no ramo da tecnologia, inclusive prestando ser-viços para grandes empresas do setor de telecomunicações, Rodrigo Prandina resolveu sair da zona de conforto. Sentiu uma carência em um setor até então desconhecido por ele, a constru-ção. “Via diversas empresas no ramo, mas nenhuma com o conceito que eu gostaria de implan-tar. As pessoas esperavam vários dias para uma pintura, uma troca de piso, ou simplesmente adaptações na hidráulica e elétrica. E nos tempos de hoje em que se leva uma vida muito corri-da achei que havia um nicho bem interessante no setor. A partir dai elaborei um bom projeto e um plano de negócios, e agora a ideia está saindo do papel”. Criando a One Day, empresa especializada em reformas rápida para clientes residenciais e comerciais, Rodrigo promete realizar reformas em apenas um dia por cômodo após a aprovação do orçamento, algo que ainda não foi visto na cidade.

“Inicialmente fazemos o orçamento elaborando um estudo das soluções mais rápidas e acessíveis e após a aprovação iniciamos a obra seguindo nosso conceito”

A INOVAÇÃO É O CAMINHO

Empresários enxergam além e se diferenciam em seus setores

Acesse nosso site: www.1oneday.com.br ou envie-nos um email: [email protected]

Criada em Ilhabela em junho de 2011 pela empresária Luciana Dora Costa a SOS Limpeza chega a São José com a proposta de trazer o mesmo diferencial que consolidou sua marca no litoral. “Percebi um nicho em Ilhabela quando fundei a empresa a 4 anos atrás. Come-cei com serviços customizados para empresas de pequeno porte até conseguir atingir empre-sas maiores além de condomínios e residências. Consegui um destaque no Litoral e agora senti que é o momento de expandir”. Com serviços abrangentes que vão desde limpeza pós-obra até a LINTEL (Limpeza Inteligente) que é voltada a escritórios e lojas de pequeno porte, com duração em média de 50 minutos, Luciana hoje também oferece jardinagem, paisagismo, copa, portaria e até vigilância.

“Tento deixar uma marca positiva na mente dos consumidores e criar mais atributos que me diferenciem neste mercado extremamente competitivo. É grati� cante quando vejo um brilho nos olhos de quem me contratou. Trago isso de Ilhabela e tenho certeza que em São José terei o mesmo destaque que consegui lá”

Envie-nos um email: [email protected]

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Por Thiago Luz

Pois é caro leitor, aí está uma pergunta no mínimo inusitada, mas, antes de continuar essa reflexão, preciso que você me conheça melhor. Me chamo Thiago Monteiro Luz, mas por uma questão pu-blicitária, prefiro somente o primeiro nome segui-do de Luz. Tenho 27 anos e sou redator e diretor

de criação em uma agência de publicidade. Trabalho com o que mais amo, a propaganda já me fez ganhar prêmios em nível nacional, estadual e regional.

Não me conhecia? Discordo. Você com absoluta certeza já escutou, assistiu, leu e se impactou com alguns dos mi-lhares de anúncios que já criei ou participei nesses quase 10 anos de carreira. Agora, todo mês eu e você estaremos juntos aqui nessas páginas colocando “EM PAUTA” os assun-tos de marketing, publicidade e propaganda que na minha modesta opinião, você precisa saber!

Você certamente já deve ter ouvido falar da lenda das mil e uma noites. Diz a lenda que há muito tempo na Pérsia

antiga, um rei chamado Shariar descobre que sua amada esposa estava o traindo com um servo, Shariar ficou enfure-cido e tratou de matar os dois, após esse terrível aconteci-mento ele tomou a decisão de que todos os dias se casaria com uma nova mulher e após a noite de núpcias um carras-co a mataria. Para ele essa era a melhor maneira de nunca mais ser traído, foi assim durante três longos anos.

O reino da Pérsia já não suportava mais tanto medo e crueldade até que um dia, a filha mais velha de um ministro, uma das mais belas do reino, planejou uma grande ideia, mas para executá-la foi preciso casar-se com o rei, seu nome era Sherazade, uma mulher dedicada a acabar com tal maldição.

Após a breve cerimônia o rei levou Sherazade aos seus aposentos para a noite de núpcias e posteriormente orde-nar a sua morte, de repente a irmã mais nova da rainha bate a porta e chorando pede para que sua irmã conte uma última história para que ela dormisse.

Naquele dia Sherazade colocou em prática o seu plano,

começou a contar uma his-tória para sua pequena irmã enquanto Shariar, furioso, tentava de tudo para que aquilo acabasse logo, mas, ele era sempre ignorado. Isso se repetiu durante algumas noites até que o rei sossegou e se dispôs a ouvir as histórias da rainha, imagine uma voz suave e hipnotizante que acalma e invade sua alma, era assim a voz de Sherazade. Dessa forma se passaram dias, semanas, meses e anos, exatamente mil e uma noites. Ao final da mi-lésima primeira noite, Shariar se deu conta de que se pas-sara muito tempo e que ele já tinha filhos com Sherazade e mais do que isso, se deu conta de que ele a amava muito. O plano da rainha era contar histórias para sobreviver. Fim.

Caro leitor, posso afirmar pra você que na publicidade não é diferente, as marcas que sobrevivem são as que sa-bem contar uma boa história para o seu consumidor. É por isso que você quase chora quando um marca de refrige-

rante faz um comercial de 30 segundos mostrando o casal branco que adota uma linda garotinha negra. É por isso também que você lembra até hoje da-quele comercial que há mais ou menos nove mil cento e vinte e cinco noites veiculou a história da mocinha que ga-nha o seu primeiro sutiã.

Já em nossa cidade vejo pouquíssi-mas empresas contando histórias para a grande massa, salvo um comercial, que bem ou mal produzido, sempre tem uma história que te envolve, mos-trando que o título de capitalização popular resolve todos os problemas do casal caipira.

Entenda que o consumidor está à sua disposição, ele quer te ouvir, quer

saber como você chegou até aí, como o seu produto ou serviço pode ser importante na vida dele, por esse motivo, se apresente bem. Seja num comercial de TV, num folheto ou numa conversa informal dentro do seu estabelecimento, faça diferente. Perceba que as melhores histórias prendem o público de tal forma que é possível a ele se envolver em sua imaginação, concluir a história em sua mente e ser per-sonagem dessa novela junto a sua marca.

As marcas, assim como Sherazade precisam contar his-tórias para sobreviver. Por um acaso a sua tem história pra contar ?

Thiago Luz é redator, publicitário e empresário, Árvore Propaganda.

[email protected]

A sua marca tem história pra contar?

A Alma do negócio

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capa

Avanço ou Retrocesso?Lei de autoria do governo Carlinhos Almeida pode trazer novos rumos à cidade. O tema é polêmico e anda dividindo opiniões entre moradores que visualizam o crescimento do município e outros que temem uma São José saturada

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“A minha pergunta para vocês é sim-ples... Que cidade vocês querem? Uma mini São Paulo, Guarulhos tal-vez? É isso que São José vai se tornar

se nós permitirmos que essas mudanças sejam realizadas... Dizer que o WTC vai promover progresso para a cidade é um conceito ultrapassado. Hoje a região do Aquarius esta com uma saturação gene-ralizada, sendo deficiente de áreas ver-des”, diz em tom de discurso o professor de história e membro do Fórum Perma-nente em Defesa da Vida, José Moraes, um dos muitos munícipes que veio por meio das audiências públicas realizadas pela prefeitura dar sua opinião sobre as Novas Leis de Zoneamento. “Estamos vi-vendo uma crise ambiental profunda que afeta a qualidade de vida das pessoas, aqui mesmo vem crescendo absurda-mente o caso de doenças respiratórias e cardiovasculares. Já convivemos com uma atmosfera saturada pelo ozônio troposférico que é procedente das emis-sões dos automóveis e das indústrias e nada disso esta sendo levado em consi-deração. Gostaria que um corpo técnico qualificado formado por climatologistas, geógrafos e sociólogos avaliasse o po-tencial da cidade e compartilhasse com a população as informações”, diz.

A Nova Lei de Zoneamento, projeto de autoria do Prefeito Carlinhos Almeida, prevê entre outras coisas, a verticalização em regiões como o Jd. Aquarius, São Di-mas, Vila Adyana e Jd. Satélite, pretende acabar com o limite de altura dos prédios do centro histórico e liberar restaurantes em horários estendidos e casas notur-nas na região, reclassificar o Pinheirinho como área predominantemente indus-trial, abrir as portas para os setores in-dustriais em bairros residenciais como Jardim Paulista e Monte Castelo, além de ampliar o perímetro urbano do distrito de São Francisco Xavier a fim de regula-rizar estabelecimentos, tudo isso com a intenção de promover o crescimento do município, hoje “engessado” por regras rígidas, segundo o atual governo. “Es-tamos há dois anos e meio trabalhando nessa lei, que por orientação do prefeito surgisse dessas audiências que estamos realizando com a população. Na ocasião, ouvimos mais de mil e quinhentas pes-soas, sendo que mais de 40% trouxeram a origem desse projeto. Queríamos uma lei que destravasse a cidade para receber novos empreendimentos, preservando as

áreas ambientais”, explica o secretario de planejamento urbano, Miguel Sampaio.

Se for concluída, a Nova Lei abre bre-cha à construção do megaempreendi-mento WTC (Word Trade Center), proje-to avaliado em R$ 1 bilhão de reais que vai contar com enorme complexo de escritórios, hotel, centro de convecções e shopping gerando cerca de 700 mil empregos diretos e indiretos no terreno de 588 mil metros quadrados as margens da Avenida Cassiano Ricardo, hoje uma zona classificada como controlada, onde é permitindo a construção de imóveis de até dois pavimentos com no máximo oito metros de altura. O “gigante” vem causando opiniões divergentes a quem mora na região do Aquarius e entornos, assombrando algumas pessoas. “Sou moradora do Aquarius há bastante tem-po e vi esse bairro crescer desordenada-mente. Um WTC aqui seria um caos, tan-to em relação ao trânsito que hoje já um problema real em nossa cidade, quanto no estrangulamento de edificações. Não quero uma cidade tão monopolizada desse jeito”, comenta a psicóloga Maria Odete Paiva, moradora do bairro há 15 anos. Já a analista de sistemas, Cristina Brandão aprova a ideia. “Acho ótimo a vinda do WTC para a cidade, isso deve gerar milhares de empregos e elevar nossa cidade a um nível notório”, diz.

Segundo o vereador Calasans Camar-go, São José não pode perder tempo, pois há outras cidades no páreo dispu-tando o megaempreendimento, “Campi-nas também esta de olho. São diversos empregos de alto nível na vocação de serviços. Falou-se muito em poluição, mais esse é um serviço focado no ae-roespacial, vamos fortalecer ainda mais a nossa indústria nesse setor que é tão im-portante para a cidade. Isso vai retomar o desenvolvimento para São José” explica.

E a questão do trânsito? Não se torna-ria caótico com a vinda do WTC ou com a verticalização dos edifícios? “Todo es-tudo é feito quando se implanta um em-preendimento. Se chegar ao ponto que isso cause transtorno exagerado na re-gião, com certeza a prefeitura não vai au-torizar e nem aprovar, mais é importante ver que naquela região há um projeto macro viário que passam três avenidas, nós estamos olhando tudo isso com mui-to carinho”, comenta Miguel Sampaio.

Questionando alguns pontos, o parla-mentar tucano Fernando Petiti considera a proposta inviável, uma vez que a nova lei só atende a especulação imobiliária,

REDAÇÃO

Foto: Lucas Goulart

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capa

segundo ele. “A Prefeitura tem estudos e projetos para ampliar a malha viária? O mais grave é que mesmo mudando o zoneamento, não há garantia que o WTC virá para São José dos Campos. É um absurdo. A Lei de Zoneamento dei-xada pelo governo de Eduardo Cury só permite a construção de imóvel de dois pavimentos e comércio de baixo impac-to. Por que não levar o WTC para a região do Parque Tecnológico? A Prefeitura não está pensando na qualidade de vida, no planejamento urbano e no crescimento sustentável” aponta.

Próximo dali, no Jd. Esplanada a lei de zoneamento manteve sua classificação atual em ZR (zona residencial), o que também anda causando divergências en-tre moradores que desejam que o bairro se mantenha assim e outros que pedem a regularização do local para Zona Mis-ta (residencial e comercial) “O Esplana-da não é mais o que era há trinta anos atrás, existem mais de 205 imóveis que não acompanham o zoneamento atual e nós pedimos a ampliação do zoneamen-to para comércios e serviços, por que nós entendemos que essa á solução para a revitalização do bairro”, explica o presi-dente da ARES , Associação para Revitali-zação do Jd. Esplanada, Weber Rios.

Já no centro histórico da cidade o projeto prevê acabar com os limites de altura dos prédios e diversificar as ativi-dades inclusive permitindo a instalação de casas noturnas e estimular o uso re-sidencial, hoje dominada pelo comércio de rua. “Nossa ideia é revitalizar o centro, queremos dar mais vida ao local e fazer com que não fique morto como é hoje”, comenta Sampaio.

Moradora da região há trinta anos, a arquiteta Sara Amaral aprova a lei. “Nos-so centro no período noturno é morto. É bem comum encontrar um grande nú-mero de prostituição e usuários de dro-gas, fazendo com que só saíssemos de carro. Acredito sim, que as atividades noturnas como restaurantes, teatros e também a verticalização trará mais vida e movimento, diminuindo assim a ocio-sidade nas ruas e aumentando as áreas a serem ampliadas para tais usos. Que a lei venha logo!” Dispara.

Quem também vem aguardando o “aval” do prefeito, são as construtoras da cidade que consideram a lei de zo-neamento do ex-prefeito Eduardo Cury pouco atrativa para o setor. “Essa é uma lei muito esperada e que estamos discu-tindo há mais de dois anos, com boas ex-

pectativas e trazendo simplificação, mais ao mesmo tempo traz a preocupação com alguns itens como a outorga onero-sa, que é um instrumento legal, mas one-ra muito o valor da construção, só que não temos margem para nenhum custo adicional devido ao momento da cons-trução”, explica o presidente da aconvap (Associação das construtoras do vale do paraíba), Francisco Roxo. Sobre a cons-trução do WTC, Roxo é categórico, “es-peramos que não haja nada diferenciado para esses empreendedores. As mesmas regras que são aplicadas aos empreen-dedores locais, devem ser aplicadas a eles”, pede.

Cinco audiências públicas discuti-

Jardim Aquarius

Hoje a região é considerada ZUC 1 (Zona Urbana Controla-da) onde é permitido o comér-cio de baixo impacto. Na nova lei passaria para ZM2 (Zona Mista 2), com densidade média e permite a construção de no-vos empreendimentos comer-cias e torres mais altas

São Dimas e Vila Adyana

A região teve a verticalização liberada obedecendo apenas à regra do Comando de Aeronáu-tica. Na Nove de julho abre a possibilidade de instalação de comércio de médio porte e de indústrias que não causem im-pacto ao meio ambiente

Jardim Paulista e Monte Castelo

Nesses pontos, houve uma abertura nos setores de in-dústrias, comércios e serviços. Além das casas residenciais, as indústrias serão liberadas desde que não ofereçam risco ao maio ambiente

Esplanada

A classificação atual de Zona Residencial foi mantida

Vila Ema

A lei em vigor que permite ape-nas uso residencial e comércio local foi mantida

Centro

No centro histórico da cidade o limite de altura dos prédios deve acabar. A prefeitura tam-bém prevê a verticalização e estimular as casas noturnas e restaurantes da região a fim de revitalizar o local

Pinheirinho

Hoje considerada estritamente industrial em alguns pontos e predominantemente industrial em outros, deve passar para predominantemente industrial

Andrômeda e Cidade Jardim

A verticalização no Bosque será proibida, enquanto no Jardim Satélite não haverá limites para os andares das edificações

São Francisco Xavier

O governo prevê ampliar o perí-metro urbano do município que hoje possui 250 estabelecimen-tos irregulares

O PROJETO PREVÊ MUDANÇAS EM DIVERSOS PONTOS DA CIDADE

Outubro/2015 | empautaonline.com.br 32 Fotos: Lucas Goulart

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tiram o futuro da cidadeMunícipes de toda região participaram

das audiências publicas que ocorreram de norte a sul da cidade entre os dias 23 a 28 de setembro. Com recorde de pú-blico, a audiência que ocorreu na região central mobilizou cerca de 200 pessoas na Casa do Idoso Centro. “Muitas ques-tões de conflito na cidade estão sendo pontuadas agora, se tornando uma lei mais visível. Hoje o cidadão joseense sabe certinho o que vai afetar ele com a nova lei. As mudanças estão sendo fei-tas com uma linguagem mais popular, isso nunca aconteceu em São José”, diz o Metalúrgico Gilson Machado da Costa.

Para o presidente da AEA (Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos), Carlos Eduardo Paiva de-ve-se discutir primeiramente o plano di-retor para depois implementar a nova lei. “Entendemos que se nesta lei tem arti-gos que estão sendo feitos e impliquem em alteração do plano diretor, refaçam o mesmo e passem a construir uma nova lei juntamente com o código de edifi-cações e algumas leis complementares necessárias. Consideramos o momento inoportuno para a nova lei”, diz.

Próximos passos Após as consultas públicas o prefeito

Carlinhos Almeida deve encaminhar a lei para a Câmara no começo de Outubro. “Por lá, é outro fórum de discussão que se inicia”, afirma Sampaio.

Até o fechamento desta edição a lei ainda estava sob consulta pública. ■

Foto: Lucas Goulart

Entenda a nova lei de zoneamento:As Zonas De Uso passariam de 37 divisões para 24

VerticalizaçãoNas áreas de proteção ambiental

ou que tenham passado por regu-lamentação a verticalização não será permitida

Nas zonas Residenciais e em al-gumas zonas mistas serão admiti-dos construções com até dois pa-vimentos

Nas demais áreas o limite de ver-ticalização será definido com base no comando aeronáutico que limi-ta a altura dos prédios em São José dos Campos

Audiência Pública: munícipes e autoridades expondo seus pontos de vista

Vista aérea da Avenida Cassiano Ricardo no Jardim Aquarius

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professores nota 10

A turma pode ser das grandes, mais eles sabem o nome de cada um... O assunto pode não ser lá muito fácil de entender,

mais eles sabem como ninguém manter o foco dos alunos em sua direção e se mesmo assim for preciso “vestir o perso-nagem” -literalmente- para que a matéria seja bem vinda. Eles vão fazer sem pensar duas vezes! A criatividade aqui não tem limites e mais do que professores, esses mestres não medem esforços na hora de fazer seus alunos entenderem a matéria, fazendo com que muitas vezes o apren-dizado vá além da sala de aula.

Que o diga a professora Maria Gore-

Esses professores são nota máxima quando o assunto é levar aprendizado aos seus alunos com muita criatividade e bom humor

REDAÇÃO

educação

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te Pinto Gonçalves, da sala de leitura da EMEF Mariana Teixeira Cornélio. Cra-que na arte dos poemas ela transforma alguns livros que os estudantes vão ler em versos, facilitando o entendimento. “É preciso apresentar o livro de forma diferenciada e criativa para que todos possam sentir vontade de ler, se apaixo-nar e querer levar pra casa para ser apre-sentado aos familiares”. A professora também vive se caracterizando de vários personagens muitas vezes confeccio-nados por ela e quando não, recorre ao CEFE (Centro de formação do Educador), como foi o caso do macacão de astro-nauta para apresentar aos estudantes a história do astronauta brasileiro Marcos Cesar Pontes, e das fantasias para drama-

tizar O Macaco e o Rabo subsidiando o trabalho dos professores em sala de aula. Dentre seus per-sonagens pode-se des-tacar Malala ( jovem pa-quistanesa ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 2014), Mosquito da Den-gue, Saci Pererê, Lixari-na, Dona Baratinha, Fada, Bruxa, Curupira e tantos outros. Além das fanta-sias leva também uma ba-gagem de conhecimentos para outras instituições de ensino. “Ser professor é levar adiante uma mis-são muito especial, tirar o outro do escuro abrindo a mente para novas possibi-

lidades e maneiras, pois o conhecimento liberta”. “É o fruto do nosso trabalho sen-do reconhecido e o conhecimento levado para muitos”.

E foi o que aconteceu na Escola Esta-dual Elmano Ferreira Veloso, a fantasia de Malala esta sendo usada pela aluna Lud-mila Camille do 7ª ano do Ensino Funda-mental. Sua impressionante semelhança com a jovem paquistanesa chamou a atenção do professor de história Acrilson Carvalho. “O professor me chamou e eu aceitei por que achei muito interessante a história dela”, diz. A apresentação que visa conceitos como a valorização da mu-lher, a identidade feminina e as diferen-ças culturais esta sendo mostrada para toda a escola, rendendo bons frutos de

aprendizado. “Esse projetos funcionam de forma interdisciplinar, todas as áreas se conversam para que o aluno tenha a contextualização em sala de aula e que depois ele aprenda com o lúdico. Isso é fruto de um trabalho intenso que já vem ocorrendo há tempos”, comenta o pro-fessor de fi losofi a e sociologia Alberto Luiz Barboza.

Ele, juntamente com os professores de história Acrilson Carvalho e a professora de Ed. Física Maria José Campos movi-mentam diversos projetos internos. “Se-manalmente conduzimos um projeto de dança e grades alternativas voltadas para o rugby, slackline e lutas justamente para que eles possam interagir no horário contrário às aulas. Eles participam ativa-mente e quando não têm, sentem falta”, comenta Maria José.

“Por diversas vezes, juntamos o ensi-no médio com os pequenos e o próprio aluno ensina essas crianças, apadrinhan-do-as e isso funciona muito bem. O estu-dante do ensino médio passa o conheci-mento que ele adquiriu para os menores, fazendo com que ele saía da posição de aluno e trabalhe o seu protagonismo”, explica o professor Alberto Luiz Barbo-za, que além desses projetos movimenta também o grêmio estudantil.

A diretora da escola, Rosemara Ambró-sio explica que o local se tornou um cen-tro na comunidade e que os alunos par-ticipam ativamente da escola até mesmo quando as aulas não estão acontecendo. “Isso aqui é tudo para eles, eles sentem como se fosse sua própria casa e nossa ideia é justamente essa. Nossos projetos

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A professora Goreti interpretando o astronauta brasileiro Marcos Pontes

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educação

Professor Jamal: Química sem complicação

despertam o talento dos alu-nos, assim como o talento dos professores”.

Do outro lado da cidade, quem esta se preparando para o tão temido vestibular tem a sorte de contar com a ajuda do professor Jamal Osman. Que-rido por dez entre dez alunos, ele dá um show a parte em suas aulas de química, fazendo com que uma complicada fórmula se torne algo simples com suas piadas e “sacadas” únicas. “Eu quero tirar esse medo que os alunos têm da química, quero que eles aceitem a matéria”. E quando o outro ano começa e ele revê o aluno? “Fico con-tente por que eles estão atrás do que querem e sei que não estão desistindo facilmente de seus sonhos.”

“As aulas dele são excelentes e muito didáticas, a lousa é perfeita, além dele ser muito acessível e saber o nome de todos os alunos, coisa difícil hoje em dia”, co-menta a aluna Katia Keiko.

Engenheiro mecânico por formação e há 18 anos como professor de cursinho, Jamal leva sua dose de bom humor e

piadas para a sala de aula, mas explica que a disciplina é fundamental na hora do aprendizado. “Eu sempre me importei muito com o aprendizado deles e apesar de fazer as brincadeiras eu sempre levei

isso muito a sério, tem que ficar claro que quem brinca sou eu e não eles”.

Segundo a orientadora educacional e pedagoga da EMEF Profª Mariana Teixei-ra Cornélio, Karine Burguetti, esses pro-jetos tem um fundamento básico para a formação dos alunos. “É essencial que o profissional se envolva com o que ele faz, os alunos esperam um professor que seja dedicado e que os motive levando eles a perceberem porque estudar é bom e van-tajoso.” ■

A equipe da escola Estadual Elmano Ferreira Veloso: unidos para levar aprendizado de forma divertida aos alunos

Ludmila Camille da E.E. Elmano Ferreira Veloso interpretando Malala, jovem paquistanesa ganhadora do Prêmio Nobel de 2014

Fotos: Ana Carolina Turci

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poliomielite

Com inicio no dia 15 de agos-to, a 36ª campanha da vaci-nação contra a paralisia in-fantil deveria ter terminado no dia 31 de agosto. Deveria. O prazo foi prorrogado até a

meta de 95% de adesão for atingida. “In-felizmente os pais não levam as crianças para tomar a vacina, por que a carteiri-nha esta em dia. A baixa adesão não esta só na cidade, está no Brasil”, comenta a coordenadora do programa de imuniza-ção da Secretaria da Saúde, Cristina Al-varenga.

Foram 34.425 doses aplicadas segundo levantamentos realizados pela prefeitura de São José dos Campos até o dia 15 de setembro. “O objetivo é manter cobertu-ras vacinais contra a poliomielite de for-ma homogênea em todos os municípios, promovendo a proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente e evitar formação de bolsões de não vacinados”, explica Alva-renga.

O grupo alvo é formado por crianças entre seis meses e menores de cinco anos de idade (quatro anos, onze meses e 29 dias) e a estimativa é que existam 39.437 crianças dessa faixa etária na cidade.

É de suma importância que essa cam-panha seja aderida e levada ao conhe-cimento de todos. “Atualmente, o Brasil está livre da doença, mas a vacinação é fundamental para manter o vírus fora do país”, comenta. Segundo o Ministério da Saúde, o último caso no país foi re-gistrado há 26 anos. Entre 2013 e 2014, nove países registraram casos da doença: Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e Etiópia.

E você sabe o que causa a poliomielite e por que é fundamental que seu fi lho seja vacinado contra essa doença?

O que é a poliomielite?A poliomielite é uma doença infecto-

contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Polio-

vírus. Esse vírus permanece na garganta por uma semana e nas fezes por períodos superiores a duas semanas, embora com maior frequência em crianças, também pode ocorrer em adultos.

90 a 95% das infecções são subclínicas (sem manifestação de sintomas);

1 a 2 % dos casos ocorre pela forma meníngea; 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas per-manentes, insufi ciência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.

Quais são suas causas?A doença se espalha por contato direto

pessoa a pessoa e também por contato com muco, catarro ou fezes infectadas. O poliovírus também pode ser transmitido por meio de água e alimentos contami-nados ou pelo contato direto com uma pessoa infectada. A doença é tão conta-giosa que pode ser pega no ar, principal-mente por pessoas que convivem com portadores do vírus. Quem tem polio-mielite pode transmitir a doença sema-nas após a infecção.

Quais são os sintomas? A maior parte das pessoas que foram

infectadas pelo poliovírus apresenta o tipo não-paralítico da doença. Muitas ve-zes a pessoa não manifesta nenhum sin-toma, e quando os sinais da doença aparecem, eles geralmente são muito similares aos sintomas da gripe e de outras doenças virais leves ou mo-deradas. Os sinais e sintomas, que costumam durar de um a dez dias, incluem: febre, garganta infl ama-da/dor de garganta, dor de cabeça, vômitos, fadiga, dor nas costas, dor ou

rigidez nos braços e nas pernas, fraqueza muscular ou sensibilidade, meningite.

Poliomielite paralíticaEm casos raros, a infecção pelo polioví-

rus leva à poliomielite paralítica, a forma mais grave da doença. No começo, os sintomas se confundem com os da po-liomielite não paralitica, porém dentro de uma semana os sintomas específi cos aparecem: perda dos refl exos, dores mus-culares graves ou fraqueza, membros sol-tos e fl ácidos, muitas vezes pior em um lado do corpo. ■

Cobertura vacinal não atinge a meta dentro do prazo estabelecido pela Campanha

REDAÇÃO

Fique atento! A vacinação ocorre em

todas as 41 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade e Unidades de

Saúde da Família (USF).

Horário normal de atendimento

de segunda a sexta-feiradas 8h às 17h.

Para receber a vacina, basta que os pais ou responsáveis apresentem a

carteira de vacinação das crianças.

mielite pode transmitir a doença sema-

A maior parte das pessoas que foram infectadas pelo poliovírus apresenta o tipo não-paralítico da doença. Muitas ve-zes a pessoa não manifesta nenhum sin-toma, e quando os sinais da doença

vômitos, fadiga, dor nas costas, dor ou

saúde

Foto: Divulgação/PMSJC

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nossa região

SOLPRAIAPOLÍTICAPré-candidato a Prefeitura de Caraguatatuba fala sobre sua trajetória política, opiniões e incentivo ao turismo

Com aproximadamente 110 mil residentes e recebendo mil-hares de turistas anualmente Caraguatatuba é um dos prin-

cipais destinos dos Joseenses em suas dezessete praias. E como qualquer mu-nicípio brasileiro está se preparando para as Eleições 2016. Conversamos com o ex-prefeito e pré-candidato a prefeitura José Pereira Aguilar , PMDB.

O senhor é mineiro, como chegou a Caraguatatuba? Na época, nos anos 60, eu tinha um primo bem distante que sempre o considerei, e ele morava aqui no Litoral Norte. Ele foi passear em mi-nha região e me convidou para ir morar lá. Na época Caraguatatuba estava em um período triste, pois tinha acontecido a catástrofe.

E a trajetória política como come-çou? Daqui eu fui morar em São Sebas-tião na praia das Cigarras. Lá conheci algumas pessoas envolvidas na políti-ca em nível nacional, o saudoso Franco Montoro, Ulysses Guimarães, o Quércia, alguns artistas de televisão como Blota Júnior. Comecei a namorar uma menina que hoje é minha esposa, a Rosângela, e o pai dela na época era vereador em São Sebastião, isso juntou o útil ao agradá-vel: minha amizade com estes políticos e com meu futuro sogro na época. Depois

de um certo tempo meu sogro faleceu e eu me lancei candidato a vereador em 1988 por Caraguatatuba, sendo o verea-dor mais votado da cidade na primeira candidatura. Cumpri o mandato de qua-tro anos chegando a ser presidente da Câmara. Na segunda candidatura fui o segundo mais votado e na terceira fui candidato a vice-prefeito, onde perma-neci por oito anos, até sair como prefei-to. Fui eleito em 2004 sendo também o mais votado da história da cidade.

O que o senhor pensa da gestão po-lítica atual? É claro que se a gente fizer alguma crítica vão entender que é por ser oposição. Tem muita coisa boa acon-tecendo na cidade, tem as falhas e algu-mas coisas que deixam a desejar, mas é normal. A população está cobrando, principalmente na área da saúde.

Em Julho deste ano o senhor rever-teu no Tribunal de Justiça um proces-so que o condenava por improbidade administrativa em função da rejeição das contas públicas de 2008, época que o senhor estava na prefeitura. Isso possibilitou uma nova candidatura. O que realmente aconteceu? Em uma formação com três desembargadores fui absolvido. Eu tinha uma pendência, onde minhas contas foram reprovadas pelo Tribunal de Contas e alguns vereadores acompanharam dizendo que o repasse da prefeitura para a Câmara estava maior.

Era um mero entendimento do Tribunal de Contas, tanto que esse entendimento no Brasil é apenas no Estado de São Pau-lo. Isso ocorreu em 2005, fui condenado mas quando chegou em nível de Tribunal de Justiça os desembargadores entende-ram que eu estava correto, por que não teve enriquecimento ilícito, nem prejuízo ao erário público e nem dolo.

O senhor já foi declarado pré-can-didato para 2016? Sim, estou apto para uma candidatura. Sou filiado ao PMDB onde sou presidente.

Já existem preparativos de fato? E quais os projetos? Claro, a gente co-meça a se preparar bem antes, são vá-rios projetos. Primeiramente é resolver o problema da saúde e logo em seguida não deixar a segurança, pois hoje Cara-guatatuba é reconhecida por uma crimi-nalidade muito grande para o tamanho da cidade. E mais emprego.

Sobre o turismo, algum projeto es-pecial? O turismo de um modo geral é importante, principalmente Caraguatatu-ba que está em ascensão. Muitos empre-sários acreditam na cidade. Não só aqui, mas os prefeitos de modo geral precisam fazer projetos voltados para a população fixa que é fundamental, mas não deixar de lado algo importante para recepcio-nar o turista. ■

REDAÇÃO

Foto: Lucas Moura

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39empautaonline.com.br | Outubro/2015 Fotos: Gianni D’Angelo/PMC

Avenida das Praias do Sul - Porto Novo

Pedra da Freira

Lagoa Azul - Praia do Capricórnio

CARAGUATATUBA

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CULTURA

30 ANOS DE FESTIVALE

O 1º Festivale produzido pela Federação Joseense de Teatro Amador (FEJOTA) e departamento de Cultura e Turismo realizado no antigo Cine Teatro São José

Trazendo teatro, oficinas e fóruns de discussão para a região há 3 décadas

Fruto de uma “inquietação” de um movimento teatral lá no ano de 1984 ligado a federação joseense de teatro amador (FEJOTA), o Fes-

tivale iniciou suas atividades com um grupo de jovens que viram ali a oportu-nidade de oferecer à cidade significati-vas produções em nível nacional. “Com muita dificuldade o festival foi criado e sobrevivendo em seus primeiros anos e a partir da 6ª edição se desenvolveu tendo

de fato um caráter nacional, onde a ci-dade recebeu muitas inscrições e ele foi se estabilizando”, conta o coordenador do evento Wangy Alves, que participa da produção desde 1994.

A história do festival acaba se confun-dindo com a própria criação da Funda-ção Cultural Cassiano Ricardo. “Esse mo-vimento acaba sendo o carro chefe na luta para a criação da fundação, que foi criada após dois anos, em 1986”, conta. Ainda nessa época o festival possuía um caráter competitivo, e a partir dos anos

2000 passou a ter como foco a excelência artística, sendo que todos os artistas po-dem participar independente de serem profissionais ou amadores, “nosso foco é o desempenho do artista, possibilitando o intercâmbio entre os produtores da ci-dade e o movimento teatral, contribuin-do também na formação de platéia e dos artistas da cidade, trazemos críticos e debatedores além de oficinas e fóruns de diferentes linguagens”, explica.

Ao longo desses anos atores impor-tantes e grupos de teatro do cenário na-

REDAÇÃO

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nacional passaram pelos palcos como Lume Teatro, Cia do Feijão, Grupo Galpão e artistas como Luís Melo, Cacá Carvalho, Paulo Autran e Paulo José.

Esse ano o tema exposto foi “O teatro e a cidade”, tendo como fundamento uma reflexão sobre essas três décadas de festival. “Quisemos reatar a questão da memória e do teatro joseense.” Com cinquenta espetáculos em doze dias de evento, movimentou a região com peças que contemplaram gêneros como drama,

comédia, infantis e intervenções perfor-máticas. Nesse ano poderiam participar dez grupos de São José dos Campos, pelo motivo de ressaltar a comemoração local, até cinco grupos da região metropoli-tana do Vale do Paraíba, até dez grupos da capital, grande São Paulo e interior do estado e até cinco grupos de outros estados brasileiros. “Fizemos essa distri-buição para fortalecer o caráter nacional que o festival tem, tivemos mais de cem inscrições neste ano e selecionamos 28 a

29 candidatos e grupos”, comenta Alves.O tema do próximo Festivale ainda não

foi decidido, porém um fórum que vai ocorrer em novembro deve debater esse assunto. “Vamos decidir qual será o for-mato do Festivale de 2016. O tema dos últimos teve a ver com alguns assuntos atuais ligados a nossa realidade, no ano passado por exemplo trabalhamos com a temática da reflexão por que era um mo-mento em que estávamos passando por cinquenta anos de ditadura militar”. ■

Espetáculo de abertura 2015: 1 Gaivota – É Impossível Viver Sem Teatro Duas décadas de Festivale: já consolidado em nível nacional

Fórum “O Teatro e a Cidade” - Mesa “Memória: como surge o Festivale nos anos 80”

Fotos: Divulgação/FCCR

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happy hour

YES, WE HAVE COMIDA GOSTOSaCom almoços deliciosos e burgers artesanais a Aiheva Hamburgueria leva qualidade num ambiente familiar e despretensioso

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REDAÇÃOREDAÇÃO

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O clima da lanchonete no Flo-radas de São José é tão des-contraído quanto o próprio nome dado ao estabeleci-

mento. “Estava conversando com dois amigos, Lucas Trup e o Romulo Lex, sobre rock and roll e heavy metal e um deles disse que achava que esse pessoal era tudo do aiheva, então essa palavra pegou na nossa turma e passamos a usar para tudo – Vamos sair? Hoje não, por que es-tou no aiheva... Vamos comer? Vamos, es-tou numa fome do aiheva... Então decidi montar algo com esse nome”, divertem-se os sócios da casa, Phelyppe Freitas e Fabricio Rocha.

Com a ideia inicial de trazer um almo-ço de qualidade ao pessoal do prédio comercial que funciona ao lado, ele se surpreendeu com a quantidade de pes-soas que vieram procurar seu espaço. “O restaurante esta estourando, tem dia de semana que chega a ter filas de espera, e aos sábados também servimos almoço”. E, após esse horário, a hamburgueria en-tra em ação, “todos os dias a partir das 15h30, exceto as segundas-feiras servi-mos nossos lanches e ficamos aberto até a meia-noite”, contam.

Para os suculentos hambúrgueres foi solicitada uma consultoria com o reno-mado chef Ricardo Felizardo “Ele nos passou as receitas dos blends (mistura de carnes nobres para o hambúrguer), e mais quatro molhos, sendo esse o nosso pulo do gato”.

Não deixe de experimentar os carros-chefes da casa: o “American Burg”, sucu-lento, leva queijo, presunto, bacon, ovo, tomate e alface, ou então vá de “Silambu-za” composto por um tenro filé de fran-go desfiado, calabresa, hambúrguer mais vinagrete caseiro. Caso você ainda sinta

fome, peça os sequinhos pastéis acompanhado de uma autêntica Li-monada Suíça.

A casa também conta com o sistema de marmitex que entrega saborosas quentinhas. Para quem faz a linha light, a Aiheva Fitness composta por arroz integral, frango grelhado, brócolis, batata doce e ovo cozido se torna uma ótima op-ção, sendo um sucesso de público, segundo Phelyppe. ■

Funcionamento: de segunda a sábado das 11h30 às 15h00 para almoço e a hamburgue-ria de terça a domingo das 15h30 até 00h00.Aceita cartões de débito e crédito, sodexo e alelo. Rua Francisa Maria de Jesus, n° 347.

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Aconteceu no Expo Vale Sul entre os dias 17 e 18 de setembro a 13ª edição

do Oscar Fashion Days – O único evento de desfiles de calçados do mundo segun-do os organizadores e a maior festa da moda do Vale do Paraíba. Com um públi-co estimado em aproximadamente oito mil pessoas recebeu diversos convida-dos e contou com desfiles de renomadas marcas de calçados. Alguns dos artistas que desfilaram foram os atores Chay Sue-de, Romulo Arantes Neto, José Loreto, Fiorella Mattheis, Carol Castro, Miro Mo-reira, Cris Vianna, a apresentadora Eliana, as modelos Caroline Bittencourt e Mari Weineck, além do cantor de funk, Mc Gui.

Oscar Fashion Days 2015

Fotos: Marcelo Morenno e Rodolfo Moreira

eventos

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Movimentando o setor de decoração, reforma e construção o evento anual

que ocorreu no Espaço Cassiano Ricardo entre os dias 19 a 27 de setembro contou com um público estimado em quinze mil pessoas e sessenta expositores em mais de 5000 m2 de área. “Nosso objetivo é mostrar o que tem de qualidade nesse setor e fomentar o mercado mostrando que também há produtos de qualidade no Vale”, comentou um dos organizado-res do evento, Alan Monteiro Botelho.

Lar e Decoração 2015

Fotos: Marcelo Morenno

eventos

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Aconteceu em 26/9/2015 com 1100 pessoas entre diretores, associados

e convidados ao som da Banda Gostoso Veneno a comemoração do 29° aniversá-rio da APVE.

Baile da APVE 29 anos

Fotos: Lucas Goulart

eventos

“Este baile é um encontro dos amigos da APVE. Trouxemos uma banda para as pes-soas dançarem e já estamos pensando no baile de 30 anos, fora a comemoração com uma série de eventos, entre eles um livro comemorativo, entre outras várias ações relacionadas à história da aviação“

Eretiano Martins, Presidente APVE

“O baile do ano passado já nos trouxe algo diferente e este ano quando publi-camos a repercussão foi muito grande. Vendemos 70% do baile no primeiro dia e todo o baile em 18 dias. Tivemos uma ex-pectativa muito grande e a banda trouxe um repertório muito bom. E já estamos trabalhando nos 30 anos da AVPE”

Luciano De Paula, Diretor Social da APVE

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Aconteceu entre 25 e 27 de Setembro no Expo Vale Sul a 3° Pet Fair, a maior

feira de produtos e serviços pets e veter-inários da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Cerca de 60 expositores dos segmentos: Pet Food (alimentos), Pet Vet (medicamentos veterinários) e Pet Care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza) estiveram pre-sentes fazendo lançamentos de produtos e serviços e, praticando um preço difer-enciado para o público consumidor.

A Pet Fair deixa claro o porquê o Brasil é o segundo colocado mundial no merca-do pet, perdendo apenas para os Estados Unidos com uma população aproximada de 106 milhões de animais de estimação movimentando cerca de R$ 16 bilhões de reais por ano.

Pet Fair 2015

Fotos: Marcelo Morenno

eventos

“A expectativa da feira é a melhor. Em edições anteriores já comprovamos que é um público grande e estamos trazendo um produto inédito que é o sorvete para cachorro. Muitas vezes o cão fica olhando e o dono não pode dar por que é proibi-do para o Pet. A Sorvecão inovou em 5 sabores específicos”

Uriel, Toca do Serrado

“Este é o primeiro ano que estamos na feira. Trabalhamos com uma linha de ra-ções premium e super premium e viemos para divulgar o nosso lançamento no segmento de cães e gatos. Esperamos poder divulgar a marca e nossos produ-tos, servindo de atrativo para quem já é cliente da marca”

André Campanha, Special Dog

“Somos uma empresa de manipulação veterinária com um conceito novo. Nós temos hoje uma farmácia com 8 labo-ratórios individualizados com o que há de mais moderno e com risco zero de contaminação. Não haverá um medica-mento com componentes fora do que foram prescritos e estamos inaugurando no fim deste mês uma filial em São José”

Daniel Fernandes, Vet Fórmula

“Para a gente é muito bom, já é o ter-ceiro ano que participamos e o retorno é interessante. É uma região que estamos buscando crescimento e que responde de maneira positiva. Este ano trouxemos a linha premium e super premium com amostras e mascotes para tirar fotos com o público”

Pedro Fogaça, Magnus

“Estamos participando da 3° Pet Fair. A feira é um sucesso e este ano estamos lançando o crematório. Nossa empresa atua há 20 anos com assistência funeral para humanos e agora estamos lançando para Pets. Cuidamos bem do animal no momento do óbito sendo uma forma do dono homenagear o amigo”

Leandro Barbancho, Campo Vale Pet Vale

“Este ano estamos trazendo um novo conceito em vacinas. Trazemos para o Brasil uma mudança, pois hoje em dia todos os animais recebem as mesmas va-cinas, e se cada animal é de um jeito, não podemos vacinar todos da mesma forma. Para cada estilo de vida do pet desenvol-vemos um programa de vacinação”

Tássia Rezende, MSD Saúde Animal

“Nós produzimos o Pelo Brilho que é uma linha completa de higiene e bem estar animal. A feira é uma ótima forma de di-vulgar o trabalho e nos tornar conhecidos no Vale do Paraíba onde estamos há 28 anos”

Erick, Equide

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Chega ao Vale do Paraíba a Vet Fórmula Farmácia de manipulação veterinária referência em São Paulo há 5 anos

- São 8 laboratórios equipados com o que há de mais moderno em manipulação

- Tratamento sob medida com menor desperdício de medicamentos

- Flexibilidade de dosagens definidas especificamente para seu animal

- Associações terapêuticas que reduzem a frequência de ingestão de medicamentos

- Palatabilizantes específicos para cada espécie

- Formulações fitoterápicas com resultados comprovados

- Atendimento diferenciado

Aqui na Vet Fórmula seu animal é tratado como únicoVet fórmula, a melhor maneira de cuidar de seu amigo!!

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Por Celso e Dennis

Nessa primeira coluna vamos falar de um as-sunto muito importante tanto para as mu-lheres quanto para os homens que gostam de manter seu corpo bronzeado o ano todo. Com o calor de volta vamos explicar os be-nefícios e diferenças de bronzeamento a jato,

cremes autobronzeadores e bronzeamento de cabines.Ficar no sol nem sempre é a melhor opção para atingir o

bronzeado desejado. Porém, bronzeamentos artificiais tam-bém podem gerar dúvidas. Procedimento, manchas, cor e tempo de duração estão entre as perguntas mais frequen-tes.

Bronzeamento a jato:O primeiro passo se faz uma esfoliação no corpo para se-

rem removidos resíduos de cremes e células mortas. Após a esfoliação a cliente deverá tomar um banho somente com água e não utilizar nenhum produto químico.

A aplicação do produto deve ser feita por uma pessoa habilitada para esse procedimento.

“A fórmula contém a substância dihidroxiacetona, que reage com os aminoácidos presentes na pele. O processo demora de 7 a 8 horas para se completar e fixar na pele”, explica a especialista Dircéia Silva, esteticista corporal.

Alguns produtos são mais concentrados e já oferecem um bronzeado intenso na primeira aplicação. Outros requerem mais de uma camada para que se obtenha a cor desejada.

O ideal é fazer um teste no braço antes da aplicação no corpo todo. Assim você poderá ver se o resultado será o esperado e também saber se você não terá reação alérgica ao produto utilizado.

A secagem demora em média 10 minutos e aplicação no corpo 30 minutos.

A duração é de 7 a 10 dias, dependendo dos cuidados tomados. A saída da cor acontece com a renovação celular. Por isso, para que o bronzeado dure por mais tempo, como eu disse acima, é importante fazer uma esfoliação no corpo inteiro antes da aplicação, removendo todas as células mor-tas. Depois de passar o produto, a recomendação é hidratar o corpo diariamente.

O produto é passado uniformemente, como se faz com o protetor solar, para que o resultado seja homogêneo. Porém, por ser incolor, a cliente não consegue ver, no mo-mento da aplicação, se todas as partes foram contempladas igualmente. Se sobrarem pontos brancos, é reaplicado o produto no local de acordo com o tempo de secagem. O ideal no dia do procedimento é não utilizar roupas claras e nem apertadas. Recomendamos usar uma roupa leve, para as mulheres vestidos mais soltos e para os homes bermudas e camiseta.

Procurar uma indicação de alguém ou até mesmo verifi-car a marca do produto é muito importante, pois hoje no mercado existe muitas empresas nesse segmento que utili-zam produtos de qualidade paralela e que pode ter um re-sultado não esperado como: manchas temporárias na pele com tons alaranjados e até mesmo manchas em roupas.

Cremes autobronzeado-res:

Já os cremes autobronzea-dores, aerossol ou pastas é ideal para uma ocasião ou um compromisso de última hora, pois o seu efeito é imediato e sai após o primeiro banho.

Mas tomem muito cuidado, há relatos e fatos comprova-dos que uma pessoa alérgica utilizou o produto e ficou com cicatrizes pelo corpo.

Por isso é muito importante antes de utilizar qualquer produto que você faça um teste em uma pequena área do corpo e espere por no mínimo 8h que é o tempo de ação de um produto químico.

Procurem por marcas conhecidas, muitas vezes um artista faz um comercial do produto e nem a própria personagem faz a utilização dele.

Bronzeamento na cabine:Agora leiam com muita atenção essas dicas que são mui-

to importante.Existem dois tipos de bronzeamentos em cabine.O primeiro é utilizado uma cabine com aplicação do

bronzeamento a jato e após a finalização dessa etapa a ca-bine emite um ar frio para a secagem do produto. Esse pro-cedimento é o mesmo do bronzeamento a jato tradicional, a diferença é apenas a cabine e o jato de ar.

O segundo é a cabine de bronzeamento com luz ultravio-leta, esse procedimento está proibido pela ANVISA, saibam os motivos:

Uma pesquisa realizada por cientistas norte-americanos revelou que as lâmpadas utilizadas nas cabines de bronzea-mento emitem grandes doses de raios ultravioleta, que po-dem aumentar os riscos de câncer de pele.

Em pesquisa na internet segundo os Diretor de serviço de dermatologia do Instituto Português de Oncologia, Dr. João Abel Amaro, a utilização destas lâmpadas é muito mais perigosa que a exposição à radiação solar. Explicou ainda que existem diversos estudos publicados sobre o assunto, mas as pesquisas realizadas até agora enfocavam apenas o melanoma, tipo mais perigoso de câncer de pele.

O novo estudo focalizou os tipos mais leves de doença, que são os carcinomas basocelular e espinocelular, ambos câncer de pele que aparecem em locais expostos ao sol.

Então não corram esse risco, procure por procedimentos e produtos autorizados pela ANVISA.

Viva a vida com saúde...... nós profissionais da área indica-mos sempre o que há de melhor pra você. Fique bela e belo com bronzeamento a jato e tenha um corpo saudável com bronzeado de verão. Use sempre filtro solar!

Espero que tenham gostados de nossas dicas.

Celso Ricardo e Dennis Silva são cabeleireiros, maquiadores e empresários, C&D Cia da Beleza

[email protected]

bronzeamento artificial

BELEZA EM FOCO

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especial mulheres em pauta

Campanha Outubro Rosa lembra a importância da prevenção ao câncer de mama

Campanha Outubro Rosa lem-bra a importância da pre-venção ao câncer de mama

A campanha de conscienti-zação contra o câncer de mama, co-nhecida como Outubro Rosa, é reali-zada por diversos entidades, no mês de outubro, e dirigida à sociedade, em especial às mulheres. Entre os temas do movimento, está a impor-tância da prevenção e do diagnósti-co precoce da doença.

O nome da campanha remete à cor do laço que simboliza, mun-dialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades: o rosa. Durante o período, monumen-tos por todo o país se iluminam com essa mesma cor.

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e, apesar de também atingir os homens, as mulheres, acima de 35 anos, são o principal alvo.

PrevençãoO Instituto Nacional de Câncer

José Alencar Gomes da Silva (Inca) orienta que todas as mulheres co-nheçam seu corpo e sempre que possível, seja no banho, no momen-to da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano, façam o au-toexame das mamas. Segundo o Inca, não há técnica específi ca para a autopalpação e deve se valorizar a descoberta casual de pequenas alte-rações mamárias durante o toque.

De acordo com o instituto, há ele-vado percentual de cura quando o câncer de mama é identifi cado em estágios iniciais, quando as lesões são menores de dois centímetros de diâmetro.

HistóricoO movimento conhecido como

Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para es-timular a participação da população no controle do câncer de mama. A data é celebrada anualmente com o objetivo de promover a conscien-tização sobre a doença e comparti-lhar informações sobre o câncer de mama.

Atividades em São José- Prédios públicos serão ilumina-

dos com a cor rosa para lembrar a data: Paço Municipal, Museu Muni-cipal (antiga Câmara), Secretaria da Saúde, UES (Unidade de Especialida-des de Saúde) e o Hospital Munici-pal.

- Uma Caminhada será realizada no dia 18 de outubro (domingo), a partir das 9h, com a concentração no Parque Vicentina Aranha.

- A Secretaria da Saúde determi-nou que, neste mês, a solicitação da mamografi a não fi que restrita ape-nas ao médico. As enfermeiras da unidade também poderão solicitar o exame.

- A Secretaria da Saúde tam-bém vai intensifi car a abordagem e orientação das mulheres sobre o câncer de mama nas 41 Unidades Básicas de Saúde e 3 USF (Unidades de Saúde da Família) da cidade, com a captação de mulheres para a reali-zação da mamografi a.

No ano passado, 48 mulheres morreram em decorrência da doen-ça, em São José dos Campos

Créditos: EBC Agência Brasil / Hospital Albert Einstein / PMSJC

especial mulheres em pauta

O câncer de mama é um tumor maligno que se desen-volve na mama como consequência de alterações ge-néticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o cres-cimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. O câncer da mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a

Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção de câncer de mama em homens e mulheres é de 1:100 - ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.

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dicas de look

Por Thayane e Thaynara Degasperi, Blog das Thays

Rosa Quartzo - Um tom de rosa bebê (inspirado na pedra de mesmo nome e cor), feminino e que deixa a produção suave e romântica. Isso porque de acordo com alguns estilistas e designers, como

Jeff erson de Assis, as cores e peças desta próxima estação devem proporcionar suavidade e sensibilidade.

Falando em tendências para a próxima estação, as cores claras estarão em alta e para ser mais es-pecífi ca, a Rosa Quartzo ou também conhecida como Rosa Pastel, foi a cor escolhida para a prima-vera/verão 2016 segundo a Pantone (Empresa parâmetro para tendências da moda).

O Rosa Quartzo foi visto em peças nos desfi les da New York Fashion Week, como Prada e Carolina Herrera. Em Milão, visto também em muitas pe-ças de alfaiataria da Empório Armani.

Nos looks podem ser usa-das com peças de cores em rosa mais escuros ou tam-bém com nude. As saias rodadas e de comprimen-to Midi também estão em alta na estação e podem ser usadas nesta cor para com-por uma produção mais ro-mântica. Até mesmo para as executivas, a cor se encaixa perfeitamente no trabalho. Portanto, é hora de usar e abusar da Quartzo Rosa que, além de ser super fresquinha para os dias quentes, nos deixam mais femininas e mos-tram maior sensibili-dade.

Fique na moda e apoie a campanha

claras estarão em alta e para ser mais es-pecífi ca, a Rosa Quartzo ou também conhecida como Rosa Pastel, foi a cor escolhida para a prima-vera/verão 2016 segundo a Pantone (Empresa parâmetro para tendências da moda).

O Rosa Quartzo foi visto em peças nos desfi les da New York Fashion Week, como Prada e Carolina Herrera. Em Milão, visto também em muitas pe-ças de alfaiataria da Empório

Nos looks podem ser usa-das com peças de cores em rosa mais escuros ou tam-bém com nude. As saias rodadas e de comprimen-to Midi também estão em alta na estação e podem ser usadas nesta cor para com-por uma produção mais ro-mântica. Até mesmo para as executivas, a cor se encaixa perfeitamente no trabalho. Portanto, é hora de usar e abusar da Quartzo Rosa que, além de ser super fresquinha para os dias quentes, nos deixam mais femininas e mos-tram maior sensibili-

Fotos: Divulgação

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ORNOU

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Éllder Anunciato é consultor de imagem, blogueiro e colunista social

[email protected]

Carla Fabricia não para. Depois do sucesso da 2ª edição da Feira das Mamães e Cia, a parceria com os sócios Rodrigo Sanchez e Carol Schimit continua, e juntos lançam a 3ª Edição, que acontecerá em maio de 2016, no Espaço Cassiano Ricardo.

▼Carol Schimit e Carla Fabricia

Empresários curtem palestra de arquiteto internacional.

▼Tomoko Miura e Maurício Guisard

Colégio Opção e Victoriana Alta Costura em evento que uniu consultoria de moda e tratamento vip para formandas. Arrasou!

▼ Janaina Dias e Gisele Freyman

O arquiteto internacional Guilherme Torres realizou palestra em evento organizado pelo Polo Vale Decor.

▼Guilherme Torres

A modelo Larissa Lassalvia curte show no Estância Nativa, solteira, arranca suspiros por onde passa.

▼Larissa Lassalvia Capuano

A Empresária Priscila Mohor em Bazar de Luxo.

▼Priscila Mohor

Mal chegou a São José dos Campos o alquimista Gustavo Silva vem fazendo a cabeça de muitos na região. Quem já se consultou com ele diz que os tratamentos são maravilhosos e realmente fazem efeito revelador e transformador. O belo tem em sua cartela de calientes empresários, políticos, celebridades e gente como a gente. Segundo o próprio, é feito um estudo do mapa astral como auxiliador nos tratamentos. A coluna deseja muito sucesso!

Gustavo Silva

Colaboradores: Nando JR. e Gilberto Freitas

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Alvaro Mirapalheta, Sonia e Oscar Constantino brindam nova loja conceito no Colinas Shopping.

Alvaro Mirapalheta, Sonia e Oscar Constantino

A modelo e bancária, Chris Cortez, e a produtora de moda Talyta Govale curtem inauguração de loja.

▼Chris Cortez e Talyta Govale

As belas blogueiras e consultora de ima-gem em evento na Oscar Calçados.

Thayane e Thay Degasperi e Maria Fernanda Bastos

Mãe e fi lha lançam o livro “Socorro, Meu Filho Não Estuda” em livraria de São José dos Campos.

▼ Tais Bento e Roberta Bento

22 arquitetos da região do Vale do Paraíba criaram ambientes inspirados no tema “primavera” para a 1ª Mostra Temporada das Flores, no Center Vale Shopping. Tudo sob os olhares do Polo Vale Decor.

▼Arquitetos posam para mostra

A Escola de música Tribus em coquetel de reposicionamento no mercado apresenta novos diretores. Presença de VIPs e show da banda La Madre e da dupla Talis e Welinton.

Rosangela Reis, Samuel Soares e Nando Oliveira

Empresária comemora boa fase com inauguração de mais uma loja Mmartan.

▼Patricia Xambre

Empresário comemora aniversário de 3 anos do Yex Boliche com amada.

Camila Sanchez e Caio Araújo Vila Nova

A cantora de micareta sertaneja Ediana Maskaro grava seu novo clipe da música “Tim Tim” no restaurante Tirel. A assessoria de imprensa da bela promete novidades.

Por Éllder Anunciato

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Outubro/2015 | empautaonline.com.br54

Click Por Nando Jr

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