não há factos em si, exteriores ao indivíduo; o papel do investigador não é estabelecer nem...
TRANSCRIPT
Não há factos em si, exteriores ao indivíduo;
O papel do investigador não é estabelecer nem descobrir um conjunto de factos, mas sim observar atentamente os processos sociais patentes nas interacções directas entre os actores sociais;
A acção social contém abertamente o seu próprio sentido.
Os seres humanos distinguem-se dos animais, por serem capazes de comunicar através da linguagem simbólica;
Os indivíduos reagem a acontecimentos e a objectos, conferindo-lhes significado;
Quando dois sujeitos, numa situação semelhante, reagem de igual modo, o significado é compartilhado por ambos;
Não se pode estudar o comportamento sem estudar a interacção, pois os indivíduos não vivem isolados.
A mente, embora sendo o resultado da herança biológica, desenvolve-se no decurso da interacção social, da vida em sociedade, o. s., no decurso da vida, desenvolvem-se gestos simbólicos com significados, e os outros reagem em conformidade com o significado que fixaram.
ROLE-PLAYING : fase do jogo, da brincadeira, a criança interage com um círculo restrito, não é capaz de introduzir regras sociais elementares, as actividades lúdicas são feitas com ausência total de regras, que vão surgindo com o processo de socialização;
GAME: fase da interpretação (imitação) de papéis, introdução de alguma ordem e organização;
GENERALIZED OTHER: fase da consciência do outro, não se limita a imitar os outros: é capaz de valorizar e ler o comportamento dos outros, de acordo com significados simbólicos.
O mundo é um teatro e cada um de nós, individualmente ou em grupo, teatraliza ou é actor, consoante as circunstâncias em que se encontra;
Assim, como nas sociedades indígenas, há ritualizações que permitem distinguir indivíduos e grupos, também, nas sociedades contemporâneas, a origem regional, a pertença a uma classe social ou outras categorias marcam-se por ritualizações;
Entende a interacção como um processo fundamental de identificação e diferenciação dos indivíduos e grupos;
Os indivíduos e grupos, isoladamente, não existem: só existem e procuram uma posição de diferença pela afirmação, na medida em que, justamente, são valorizados por outros.
Corresponde a uma atitude vulgarizada nas ciências sociais, a partir dos anos 60;
Consiste em explicar o real, não apenas a partir dos seus elementos, mas sobretudo a partir da sua estrutura, na qual se vê uma realidade independente;
Procura aferir os significados mais profundos, subjacentes aos comportamentos de superfície;
O comportamento é representativo das estruturas subjacentes;
Nas ciências sociais, a estrutura é o sistema de relações, que está na base da unidade dos grupos humanos;
Como sistema, qualquer alteração, que se produza num dos seus elementos, implicará alterações em todos os outros;
Cada transformação na estrutura corresponderia a um modelo, o que pressupõe a possibilidade de prever o modo de reacção do modelo, quando se altera um dos seus elementos;
Propõe-se identificar a estrutura comum a diferentes formas sociais e culturais;
Uma estrutura não determina uma forma social específica; pelo contrário: pode gerar um vasto leque de expressões concretas.
O estruturalismo acabou por se combinar com o funcionalismo, nomeadamente ao salientar a importância da interdependência entre os elementos da estrutura.
O estruturalismo – que define a estrutura como uma construção do pensamento –, recrimina o funcionalismo, pelo "realismo“, que reconhece à função e pela ideia de que toda a sociedade é explicável a partir das funções;
O estruturalismo procura as semelhanças ou analogias entre sociedades; enquanto que o funcionalismo as diferenças.