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ANO I - Nº45 | www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 BRAZILIAN NEWSPAPER THE BRAZILIAN NEWSPAPER Dez brasileiros pre- sos em Suffolk County, em Boston, voltaram a fazer greve de fome em protesto contra a demora no processo de deportação. No dia 17 de Janeiro, 18 brasileiros do mesmo presídio já haviam feito uma greve de fome que durou cerca de 24 horas pelo mesmo motivo. Segundo relato da mulher de um deles, a Imigração america- na não cumpriu a promessa de deportá- los até o dia 5 de fevereiro. Alguns deles estão presos há mais de três meses. O Consulado brasileiro em Boston afirma estar fazendo o possí- vel para acelerar a volta para casa destes imigrantes. Imigração 27 Cidadãos de valor Iniciativas na região de Go- vernador Valadares valori- zam emigrantes. Associação de Parentes e Amigos come- ça a tomar forma e mobili- za moradores e lideranças de 30 municípios. Paralela- mente, governo municipal reestrutura programa para oferecer assistência e supor- te a quem decide retornar e investir em sua cidade natal. Objetivo é apoiar os novos empreendedores, para que apliquem suas economias em negócios seguros. Imigração 28 Acerte as contas com o leão Fazer Imposto de Renda é dever de todo cidadão, inclusive daqueles que vivem ilegalmente nos Esta- dos Unidos. Quem não tem Soci- al Security pode usar um ITIM number para fazer a declaração. O NATIONAL formulou um guia para ajudar o leitor a entender me- lhor como funciona o Imposto de Renda americano e como fazer a sua declaração sem dores de ca- beça. Dinheiro 35 Imigrantes ameaçados Um grupo de imigrantes brasileiros que negociou a vinda ilegal para os Esta- dos Unidos com coiotes de Governador Valadares pede ajuda ao governo fe- deral brasileiro para se li- vrar das ameaças que es- tão recebendo. Segundo eles, os agenciadores pro- metem “tomar conta” dos seus familiares, caso a divída não seja paga por completo. Imigração 29 O que importa é o brasileiro Saúde da Mulher Para as organizações sociais que atuam na Flórida, o que importa é ajudar o brasileiro. Enquanto a Brausa realiza ações para unir e fortalecer a comunidade, a Brazilian Mission desenvolve projetos para famílias que vivem em regiões carentes do Nordeste. Os re- sultados mostram que a solidariedade é uma das melhores caracte- rísticas do brasileiro. Especial 24 Envolvidas com o projeto de trabalhar e ganhar dinheiro, diversas imigrantes brasileiras deixam a saúde de lado. A tradicional visita de roti- na ao ginecologista muitas vezes não acontece nos Estados Unidos. Se- gundo especialista, essa atitude pode causar grandes prejuízos para a saúde da mulher. Prevenir é sempre o melhor remédio. Saúde 16 LIBERDADE FOME PELA

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Versão integral da edição n.º 45 do semanário brasileiro “National”, que se publica em New Jersey, EUA. Directores: Pablo Melo e Beatriz Leitzke. 09.02.2006. Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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ANO I - Nº45 | www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006

BRAZILIAN NEWSPAPER

T H E B R A Z I L I A N N E W S P A P E R

Dez brasileiros pre-sos em SuffolkCounty, em Boston,voltaram a fazergreve de fome emprotesto contra ademora no processode deportação. Nodia 17 de Janeiro, 18brasileiros do mesmopresídio já haviamfeito uma greve defome que durou cercade 24 horas pelomesmo motivo.Segundo relato damulher de um deles,a Imigração america-na não cumpriu apromessa de deportá-los até o dia 5 defevereiro. Algunsdeles estão presos hámais de três meses. OConsulado brasileiroem Boston afirmaestar fazendo o possí-vel para acelerar avolta para casa destesimigrantes.Imigração 27

Cidadãosde valorIniciativas na região de Go-vernador Valadares valori-zam emigrantes. Associaçãode Parentes e Amigos come-ça a tomar forma e mobili-za moradores e lideranças de30 municípios. Paralela-mente, governo municipalreestrutura programa paraoferecer assistência e supor-te a quem decide retornar einvestir em sua cidade natal.Objetivo é apoiar os novosempreendedores, para queapliquem suas economiasem negócios seguros.Imigração 28

Acerte as contas com o leãoFazer Imposto de Renda é dever detodo cidadão, inclusive daquelesque vivem ilegalmente nos Esta-dos Unidos. Quem não tem Soci-al Security pode usar um ITIMnumber para fazer a declaração. ONATIONAL formulou um guiapara ajudar o leitor a entender me-lhor como funciona o Imposto deRenda americano e como fazer asua declaração sem dores de ca-beça. Dinheiro 35

ImigrantesameaçadosUm grupo de imigrantesbrasileiros que negociou avinda ilegal para os Esta-dos Unidos com coiotes deGovernador Valadarespede ajuda ao governo fe-deral brasileiro para se li-vrar das ameaças que es-tão recebendo. Segundoeles, os agenciadores pro-metem “tomar conta” dosseus familiares, caso adivída não seja paga porcompleto. Imigração 29

O que importa é o brasileiro

Saúde da Mulher

Para as organizações sociais que atuam na Flórida, o que importa éajudar o brasileiro. Enquanto a Brausa realiza ações para unir efortalecer a comunidade, a Brazilian Mission desenvolve projetospara famílias que vivem em regiões carentes do Nordeste. Os re-sultados mostram que a solidariedade é uma das melhores caracte-rísticas do brasileiro. Especial 24

Envolvidas com o projeto de trabalhar e ganhar dinheiro, diversasimigrantes brasileiras deixam a saúde de lado. A tradicional visita de roti-na ao ginecologista muitas vezes não acontece nos Estados Unidos. Se-gundo especialista, essa atitude pode causar grandes prejuízos para asaúde da mulher. Prevenir é sempre o melhor remédio. Saúde 16

LIBERDADE

FOME PELA

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www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 |3OPINIÃO

BRAZILIAN NEWSPAPER

T H E B R A Z I L I A N N E W S P A P E R

DIRETORESPablo Melo

Beatriz Leitzke

EDITORESCarlos VianaKarine Porcel

JORNALISTASJuliana Melo

Jehozadak Pereira

DIAGRAMADORCarlos Renato Rodrigues

ARTEDanilo Lisboa

ILUSTRAÇÃOLaércio

EQUIPE COMERCIALFlorida

Artur Rodrigues

Nídia Saba

Mario Júnior

MassachusettsEdson Zanetti

Julio Bernardes

New JerseyAlessandra Poletti

Jaqueline Santos

PennsylvaniaRonaldo Clementino

GeorgiaPaulo Pinheiro

Juliana Pinheiro

FOTOSINTERNACIONAIS

Reuters

Associated Press

FOTOS NACIONAISAgência Estado e

Parceiros

SERVIÇO DE NOTÍCIASDO BRASIL

Com autorização daAgência Estado

National The BrazilianNewspaper is published

by BR MEDIA LLC720 Anderson Ave

Cliffside Park - 07010New Jersey

(973) 755-1555Toll Free

1-866-80-27272Florida

(305) 735-3943Massachusetts(508) 532-0693NY - CT - PA

e outros estados(973) 954-2340

SUGESTÕESE PAUTAS:

[email protected]

EDITORIALÍNDICE

CHARGEwww.chargedodia.com.br

Coretta King e a greve de fomeOs Estados Unidos reverenciaram Coretta

Kink, a viúva de Martin Luther King que mor-reu e foi enterrada no dia 7. O auditório daNew Birth Missionary de Atlanta, onde foicelebrado o culto fúnebre foi pequeno paratanta gente, inclusive o presidente George W.Bush e três ex-presidentes americanos. As ban-deiras a meio pau, mostram a verdadeira im-portância de Coretta King para a nação. Ra-ras vezes na história americana uma pessoafoi tão celebrada e honrada.

Ao continuar o legado do seu falecido es-poso, Coretta foi uma voz ouvida e respeita-da, e sempre fez questão de deixar isto muitoclaro para todos. Uma das suas filhas discur-sou que as minorias tem de se apoderar doque é seu. Será que ela falou para os trabalha-dores indocumentados do País ? Falou sim,pois é aqui que se vê uma das maiores injusti-ças dos nossos tempos.

Gente que trabalha arduamente e a quemé negado o direito elementar de se beneficiar,tal como Martin Luther King, lembrando queos negros tinham direitos e que estes direitostinham de ser respeitados. Por causa disto, aluta custou-lhe a vida.

King não se intimidava com cara feia oucom as pressões que vinham de todos os la-

dos, e foi por causa da sua luta que hoje te-mos liberdades. A sua luta foi a mesma deCoretta. Daí ser dado a ela um funeral que oseu marido não teve a oportunidade de ter.Com isto os Estados Unidos corrigem umainjustiça histórica e ao mesmo tempo reve-rência a memória de quem precisa de fato serreverenciada. Uma evidência da importânciade Martin Luther King é o feriado anual e aconstante exposição na mídia que o transfor-mou em mito e num fenômeno de populari-dade, mesmo tendo morrido há muitos anos.O reverendo King é daquelas pessoas que aausência torna importante.

Para ter o direito de ir embora, dez brasi-leiros – veja a reportagem Brasileiros voltama fazer greve de fome – da jornalista KarinePorcel, que estão presos em Boston no SulffolkCounty, fazem uma nova greve de fome. É asegunda vez em menos de um mês que osbrasileiros fazem esse tipo de protesto.

Estes brasileiros estão presos porque eramprocurados pela Imigração americana, e se-rão deportados. Só que cada caso é um casoe os processos duram em média 40 dias, ealguns deles estão presos há mais tempo. Umdeles, por exemplo, está preso desde setem-bro do ano passado, sem que se tenha umasolução imediata para o seu caso. Alguns de-les reclamam de maus-tratos, inclusive.

Ao fazer a greve de fome, pressionam asautoridades americanas a tomar uma posiçãourgente e imediata, pois como muitas outrascoisas aqui, algumas providências somente sãotomadas debaixo de pressão.

A verdade é que os brasileiros estão pre-sos porque deixaram de comparecer à cortede imigração e quando fazem isto são consi-derados foragidos da justiça, e um dia qual-quer serão apanhados e mandados embora.

Não se sabe ainda que efeitos e reflexosestes protestos dos presos brasileiros terão eo que de fato ocasionarão, mas ao expôr paraa mídia, a comunidade e para as autoridadesbrasileiras os seus dramas, eles mostram todaa sua insatisfação com a suas situações. Só otempo dirá se estão certos ou errados. Assimcomo mostrou Martin Luther King que esta-va certo na sua luta, que teve continuidadecom Coretta King. As honrarias concedidas aela comprovam isto.

04 ........ PONTO DE VISTA

09 ........ BRASIL

10 ........ ESTADOS UNIDOS

11 ........ MUNDO

12 ........ COZINHA SAUDÁVEL

16 ........ SAÚDE

17 ........ COTIDIANO

18 e 19 .. BASTIDORES

2O ........ AGENDA

24 ........ ESPECIAL

25 ........ COMUNIDADE

26 ........ AMÉRICA EM FOCO

27 a 29 .. IMIGRAÇÃO

33 e 34 .. ESPORTE

35 ........ DINHEIRO

36 ........ GUIA COMERCIAL

37 ........ GUIA DE IMÓVEIS

41 ........ CLASSIFICADOS

42 ........ TURMA DA MÔNICA

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4 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com PONTO DE VISTA

ContradiçõesPor Pablo Melo

Em 1995, o atual vice-presidente dosEstados Unidos, Dick Cheney, foi con-tratado para ser o chefe executivo da em-presa de construção e extração de petró-leo Halliburton. A decisão de contratarCheney foi a melhor decisão da históriada companhia.

Sob direção de Dick Cheney, aHalliburton quase dobrou o faturamentonos contratos com a administração fede-ral. Os empréstimos do governo tambémaumentaram de 100 milhões de dólares,para 1,5 bilhão de dólares e a empresapassou da 73ª, para a 18ª maior empresaem faturamento com contratos militares.

O que tudo isso tem a ver com os imi-grantes?

A KBR, uma empresa do grupoHalliburton, foi contratada para construirprisões para os imigrantes ilegais. Umcontrato que pode chegar a 385 milhõesde dólares e que é questionado pela sus-peita de que a KBR consegue contratosfederais “facilmente”.

Ironicamente, a KBR é acusada de usarsub-contratados para contratar imigrantes ile-gais no trabalho de reconstrução das áreasafetadas pelo furacão Katrina. Estariam elesconstruindo prisões para seus funcionários?

É curioso o fato de vermos contradi-ções entre as palavras e atos dos que sãocontra a imigração ilegal. Vemos

freqüentemente pessoas anti-imigrantessendo beneficiada pelos trabalhos dosindocumentados. Alguns têm parentesimigrantes, outros fingem que a pessoaque contrataram para fazer uma mudan-ça, que não fala inglês e cobra preço bai-xo, não é ilegal, ou simplesmente apro-veitam os preços baixos do Wall Mart.

Essa atitude hipócrita já foi longe demais.O tempo passa e o País se afasta de uma so-lução real. A população contrária aos ilegaisnão possui as informações corretas, os pró-prios imigrantes não têm voz de defesa e ospoucos que entendem a realidade, estão numnúmero tão reduzido, que muito trabalho teráque ser feito para algo ser conquistado.

A KBR terá bastante trabalho pelafrente, porque muitas prisões serão neces-sárias para os milhões de imigrantes eempregadores que irão para a cadeia seas leis propostas forem aprovadas.

Chega a ser estúpido pensar que osimigrantes vão tomar o primeiro avião devolta para casa ao transformarem-se emcriminosos por estarem trabalhando;quando muitos sequer deixam de dirigirpela impossibilidade de obter uma car-teira de motorista.

Os 385 milhões de dólares não serãosuficientes para construir cadeias paraprender os trabalhadores desse país. Ali-ás, quem irá construir as prisões, se osilegais estiverem presos?

E você, o que tem a dizer sobre isso?Qual é sua opinião e o que sugere queseja feito? Qual sua opinião e sugestão?Deixe sua opinião em nosso site(www.nationaltbn.com), ou envie paranosso e-mail ([email protected]).

*Eu sou Pablo Melo, brasileiro, e não suportodesigualdade. Que estas palavras um diapossam ser lidas por outros e que, no futuro,os milhões que hoje têmmedo, possam respirar oar da liberdade. Umaliberdade com letrasazuis e vermelhas, quepossa tremular em suasjanelas, causandoorgulho a todos.

As charges e o islamismoPor Jehozadak Pereira

O Oriente Médio está em chamaspor causa de uma dúzia de caricaturasque foram publicadas no Jyllands-Posten da Dinamarca, em setembrode 2005, e republicadas recentemen-te por jornais da Espanha, da Françae da Alemanha. As charges retratamo profeta Muhamed, ou Maomé. Foio suficiente para que os ânimos seexaltassem e os protestos se espalhas-sem por todo o mundo islâmico.

É considerado pecado qualquercaracterização do profeta Maomé,além de ser insultuoso e transforma-do imediatamente em vilipêndio, daías violentas manifestações que se vêe que estão longe de acabar.

Os produtos dinamarqueses estãosendo boicotados, além disto, bandei-ras e instalações diplomáticas são quei-madas diariamente. A Dinamarca ja-mais se meteu em confusão e o episó-dio das charges mostra o grande bura-co que existe entre a civilização oci-dental e os povos islâmicos, passandoinevitavelmente pela religião.

Somente deste modo é possívelentender o por quê de tamanha revol-ta e fúria. As charges são engraçadasdo ponto de vista moral, embora mexacom uma questão que é importante,

principalmente para o povo muçulma-no, que é a religião.

Hoje, grande parte dos atentados tempor trás o idealismo religioso envolvidoem profundo fanatismo que é propaga-do através da rede Al Qaeda.

A Al Qaeda não é nem um exemplode lucidez, coerência e ética de como seseguir uma religião. O cérebro por trásde tanta insanidade é o letal Osama BinLaden, antigo aliado dos Estados Uni-dos na guerra do Afeganistão que aju-dou a derrotar os russos e que depois ele-geu a América, o Ocidente e Israel comoseus inimigos preferenciais.

Oito em cada dez atentados nos últi-mos anos têm a assinatura de Bin Laden,e o objetivo preferencial dele e de seuscapangas é causar o maior número demortes possível.

O mais espetacular ato terrorista dahistória matou 2.749 pessoas em 11 desetembro de 2001. Depois deste atenta-do, o mundo, e principalmente os Esta-dos Unidos, não foram os mesmos, poisdescobriram que ninguém jamais esta-ria seguro em lugar algum.

O pano de fundo do radicalismo re-ligioso envolve a velha questão palesti-na-israelense, um permanente foco detensões no já conflagrado mundo árabe.

Voltando à questão das charges, a re-

ligião – principalmente a dos outros –sempre foi alvo de piadas e charges, asmais infâmes possíveis. Basta pesquisaras edições dos grandes veículos de co-municação impressos para ver as cente-nas de charges e piadas relacionadas aopapa João Paulo II. O papa foi retratadosem dó e piedade da sua precária situa-ção e frágil saúde. Por outro lado, pa-dres e pastores, rabinos e pais de santo,cristãos e católicos, judeus e espíritas,hindus e budistas, são as vítimas prefe-renciais dos caricaturistas, e nem porisso, qualquer um dos adeptos destasreligiões saem por aí colocando fogo embandeiras ou instalações diplomáticas.

Quantas vezes o próprio Deus é re-tratado de forma e modo cruel sem quese proteste por isto? Jamais cristãos ouadeptos de qualquer outra religião fize-ram cruzadas contra quem ridicularizaseus príncipios. Por mais sagrados quesejam, o que se vê na maioria das vezessão protestos tímidos seguidos de algu-ma carta ou e-mail desaforado às reda-ções, cancelando assinaturas de revistase jornais. Nada além disto.

No entanto, tudo o que se refere aoislamismo é diferente e cheio de precon-ceitos, principalmente pelos seguidoresda religião que mais cresce no mundo,apesar do radicalismo e do modo exa-

cerbado com que os preceitosislâmicos são praticados.

Logicamente, nem todo seguidordo islamismo é radical e fanático quese explode a qualquer hora. Clérigosmuçulmanos moderados afirmam queo islamismo é uma religião de paz enão de guerra, e deve ser mesmo.

Só que tudo o que se refere aoislamismo deve ser encarado demodo diferente do racional e aceitá-vel, inclusive atos de bom senso.

Só que o que tem aparecido aosolhos do mundo é o fanatismo de gru-pos como a Al Qaeda, e ao que pare-ce nenhuma das autoridades islâmicastêm feito qualquer esforço ou apelopara que se pare com a mortandade.Também ninguém jamais viu um pro-testo sequer quando radicais praticamatentados mortais contra pessoas ino-centes. Fica a sensação de que tudoisto podia ser evitado e que as chargesnão merecem tamanho alarde e revol-ta, e deveriam serencaradas comouma fugaz diver-são em jornais queno dia seguinte se-rão jogados nolixo. Nada mais doque isto.

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Astronauta levará fotos dafamília na viagem espacial

O astronauta brasileiro Marcos Pontesdurante teste da roupa espacial

Apenas4 membrosda CPI terãoacesso àscontas de Duda

O presidente da CPI dos Correi-os, senador Delcídio Amaral (PT-MS) informou que quatro integran-tes da comissão terão acesso aosdocumentos com a quebra do sigilobancário das contas no exterior dopublicitário Duda Mendonça. Sãoeles: o relator da CPI, deputadoOsmar Serraglio (PDMB-PS), e osrelatores adjuntos Eduardo Paes(PSDB-RJ) e Maurício Rands (PT-PE), além do próprio Delcídio.

Na semana passada, três parla-mentares da CPI foram aos EstadosUnidos pedir às autoridades daque-le país acesso à papelada. O gover-no americano exigiu, no entanto, queo acesso seja limitado a um númeropequeno de integrantes da CPI, a fimde evitar vazamentos.

Uma primeira informação de queapenas Delcídio e Serraglio poderi-am ter acesso aos documentos pro-vocou protestos entre os demais in-tegrantes da comissão.

Fotos da família, uma bandeira doBrasil e símbolos religiosos. Esses sãoalguns dos itens pessoais que o primeirobrasileiro escolhido para viajar ao espa-ço, o tenente-coronel Marcos César Pon-tes, deverá levar à Estação Espacial Inter-nacional (ISS, na sigla em inglês). Ementrevista coletiva concedida quarta-fei-ra na Cidade das Estrelas, próximo aMoscou, o astronauta disse que está tra-tando dos detalhes finais da viagem,marcada para 30 de março. “Até o dia 15vai estar definida minha lista [de itenspessoais]”.

Marcos Pontes, o norte-americanoJeffrey Williams e o russo PavelVinogradov – os outros dois astronautasintegrantes da tripulação – vão viajar abordo da nave russa Soyus 12 TMA-8.De acordo com a Agência Espacial Bra-sileira (AEB), a previsão é de que o bra-sileiro permaneça na estação espacial en-tre oito e dez dias. O russo e o norte-ame-ricano deverão ficar no espaço duranteseis meses.

Questionado por jornalistas sobre aprimeira coisa que gostaria de fazer aovoltar ao Brasil, Pontes afirmou que “seo Brasil fosse uma pessoa, a primeira coi-

sa seria dar um abraço bem forte”. E com-pletou: “O que realmente gostaria de dei-xar para cada pessoa no Brasil é que em-bora esteja como o único brasileiro a bor-

do, eu conto logicamente com o apoio,com aquele suporte, conto com o Bra-sil. Eu não quero estar sozinho, por issolevo a bandeira”.

Desenvolvimento daárea espacial brasileira

César Pontes destacou que a viagemà Estação Espacial Internacional será im-portante para o desenvolvimento da áreaespacial brasileira. “Sobre minha sensaçãoem relação ao primeiro vôo, realmente essaé uma coisa incrível, difícil de descrever,principalmente porque essa é uma missãomuito importante para o país, para o pro-grama espacial brasileiro e para a ciênciabrasileira. Logicamente, nós estamos le-vando experimentos a serem realizados noespaço, isso é uma coisa bastante signifi-cativa para o nosso país”, disse.

Segundo ele, os experimentos seleci-onados pela Agência Espacial Brasileira(AEB), ligada ao Ministério da Ciência eTecnologia (MCT), englobam diferentesáreas, mas têm foco principal nananotecnologia (pesquisa e manipulaçãode moléculas e átomos para a criação denovos materiais).

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10 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com ESTADOS UNIDOS

Patriot Act é prorrogadamais uma vez

Diplomata venezuelanacritica decisão dos EUAPor Agências Internacionais

A conselheira da Embaixadavenezuelana nos Estados Unidos, JennyFigueredo, expulsa do País na semanapassada, reafirmou que a decisão do go-verno americano foi arbitrária. Jenny defen-deu que a decisão das autoridadesvenezuelanas de ordenar a expulsão do nor-te-americano John Correa estava amparadanas atividades de espionagem realizadas pelofuncionário, que violam seu status.

A diplomata disse que nem ela, nem outrofuncionário venezuelano em Washington,podem ser acusados de uma atuação assim,porque essa missão diplomática não realizaatividades de espionagem. Ela denunciouainda que os diplomatas venezuelanos nosEstados Unidos recebem pressões do País,como a colocação, quando viajam, de umsímbolo (quatro letras S) no passe a bordo.Para ela, ainda que não exista explicaçãooficial, essa atitude se trata de um sinal paraidentificá-los como representantes de um“país altamente perigoso”.

Jenny, que no início da semana afirmouestar “orgulhosa” por ter sido expulsa pelogoverno Bush, disse que em oposição à hos-tilidade dessas autoridades, a Venezuela de-senvolve planos humanitários para a popu-

Mesmo após ser expulsa dos Estados Unidos, Jenny Figueredo afirmou que a Venezuelacontinuará com os planos humanitários para a população americana.

lação norte-americana. Ela destacou queo plano de entrega de combustível bara-to aos pobres estadunidenses continuaráe que se planeja incorporar cidadãos dosEUA à Missão Milagre, para dar atençãogratuita a pessoas doentes da vista.

Segundo ela, os 280 milhões de habi-tantes dos Estados Unidos, ao menos oitomilhões sofrem doenças da vista que po-dem ser corrigidas com uma intervençãocirúrgica a que estas pessoas não têm con-dições de pagar.

O presidente George W. Bush insiste quea Patriot Act é necessária por tratar-se,segundo ele, de um “instrumento decisivona luta contra o terrorismo”.

O Congresso americano aprovou por95 votos a favor e um contra a prorroga-ção por mais cinco semanas da Patriotact, lei que dá poderes ao governo fede-ral para reúnir e compartilhar informaçõesem investigações antiterroristas, interfirirem comunicações e revistar casas e em-presas sem nenhum aviso prévio ou or-dem judicial.

A aprovação aconteceu poucas horasantes do vencimento da primeira prorro-gação, que aconteceria na sexta-feira, 3. Alei, promulgada após os atentados de 11de setembro de 2001 nos Estados Unidos,deveriam expirar em 31 de dezembro, masantes desta data o Congresso prorrogou suavigência até o dia 3 de fevereiro.

“Precisamos da Patriot Act e estou dis-posto a seguir trabalhando para melhorá-la”, assinalou o presidente do Comitê Ju-dicial do Senado, o republicano ArlenSpecter, um dos defensores da medida.

O presidente dos Estados Unidos,George W. Bush, defende que o Congres-so autorize sua vigência permanente, masalguns senadores republicanos e demo-cratas criticam as prerrogativas especi-ais outorgadas à Polícia Federal, comorevistar documentos financeiros priva-dos.

O legislador republicano JamesSensenbrenner lamentou que tenha sidonecessário recorrer a uma nova prorro-gação, por causa do que classificou de

“medidas obstrucionistas” de um grupode senadores. O presidente Bush insisteque a lei é necessária por tratar-se, se-gundo ele, de um “instrumento decisivona luta contra o terrorismo”.

Fontes legislativas indicaram quecom a extensão da medida até 10 demarço, os negociadores de ambos ospartidos terão tempo para analisar algunspontos polêmicos da lei.

Incêndiosem igrejaspreocupamamericanos

Um comunicado divulgado pelosbombeiros do Alabama aponta que qua-tro igrejas de uma zona rural no ocidenteforam incendiadas no início da semana.Com esses novos ataques, já são nove onúmero de edifícios religiosos incendia-dos em menos de uma semana no Estado.

Os incidentes intrigam autoridadesfederais e estaduais, que estão investi-gando os casos com cautela, sem con-firmar se alguns deles foram crimes.

O governador do Alabama, BomRiley, declarou estar “escandalizado” comestes acontecimentos e ofereceu US$ 10mil de recompensa a quem fornecer infor-mações sobre os incêndios. O FBI disseque ainda não havia suspeitos, mas RaganIngram, porta-voz da Defesa Civil, afir-mou que uma caminhonete preta foi vistaperto das igrejas incendiadas semana pas-sada e estava sendo procurada.

Na semana passada, cinco igrejastinham sido incendiadas na mesmaregião, perto da fronteira com oMississipi. Uma destas igrejas era fre-qüentada essencialmente por negros eas outras quatro por brancos.

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Charges de Maomé: líderespedem fim da violência

Ministro doJapão não quermais imigrantes

As manifestações em resposta àscharges que associam Maomé ao terro-rismo islâmico – publicadas em jornaiseuropeus, já causaram a morte de pelomenos dez pessoas no Afeganistão. A vi-olência presente nos protestos preocupalíderes de diversos países.

O Conselho dos Ulemás do Afeganistão,principal organização islâmica do país,

Publicação de charges associando Maomé ao terrorismo gera protestos e violência.

conclamou a população a encerrar a ondade violência. Os confrontos entre manifes-tantes e policiais em Qalat, na provínciameridional de Zabul, deixaram diversaspessoas feridas e alguns mortos.

O Conselho do Afeganistão tambémcondenou as caricaturas de Maomé, con-sideradas ofensivas pela comunidadeislâmica. Seus membros afirmaram que

o Islã permite as manifestações, mas nãoque resultem em atos violentos.

No Paquistão foram registradas mani-festações, quando cerca de 3 mil pessoasincendiaram dois cinemas, queimaram doisveículos e enfrentaram a polícia em Lahore,segundo informaram fontes policiais.

Bush pede queapoio de governos

O presidente George W. Bush fezuma chamada aos governantes do mun-do todo para que coloquem fim à vio-lência gerada por causa das caricaturasde Maomé publicadas na Europa.

“Apelo aos Governos do mundopara que contenham a violência, se-jam respeitosos, (...) protejam as vi-das dos diplomatas inocentes que es-tão servindo a seus países no exteri-or”, disse o presidente americano.

O presidente deixou claro sua re-jeição a qualquer incidente violento“como via para expressar o descon-tentamento com o que possa ser pu-blicado pela imprensa livre”.

Por Agências Internacionais

O primeiro-ministro do Japão,Junichiro Koizumi, manifestou-se con-trário à idéia do País aceitar mais es-trangeiros. Ele alega que o aumento detrabalhadores imigrantes gera conflitosinevitáveis, e que o projeto de solucio-nar a escassez de mão-de-obra incenti-vando a imigração “deveria ser tratadocom cautela”.

Koizumi lembrou que os imigrantesestrangeiros podem incorrer em delitos pornão terem visto no Japão, e fugir da justi-ça ao ter dificuldades para encontrar tra-balho. “Se abrirmos a imigração estran-geira será bom para assegurar mão-de-obracom rapidez, mas faria mais dano quebenefício se o crime aumentar”, afirmou.

No Japão estão registrados 1,9 mi-lhão de estrangeiros. As cinco principaiscomunidades são as de coreanos, chi-neses, brasileiros, filipinos e peruanos,segundo números do Ministério da Jus-tiça referentes a 2004.

A imigração estrangeira é apontada pordiversos analistas locais como uma dassoluções para enfrentar o rápido envelhe-cimento da população e o baixo nível denatalidade.

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12 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com COLUNA

*Comentários, sugestões e dúvidas para a colunista Luciane Gilan através do e-mail: [email protected]

Comida para os miúdos

Criança Feliz Quem se nega a castigar seufilho não o ama; quem o amanão hesita em discipliná-lo.Provérbios 13:24

Certa vez, em uma reunião do jardimda minha filha onde havia cerca de 14pais, a professora pediu para que relatássemos nossas relações mais frustrantescom os nossos filhos, nas quais nos senti-mos desafiados como pessoa. Uma dasmães contou: Antes de ter o meu filho, mesentia uma pessoa equilibrada e integradana sociedade, uma profissional competen-te e controlada. Depois que me tormei mãe,me deparei com várias situações de desa-fios, falta de sabedoria e, às vezes, come-tendo as mesmas atitudes que meus paiscometiam as quais eu detestava.

Para ser sincera, senti-me bastantealiaviada ao ouvir o depoimento daquelamãe, pois ela expressou exatamente o sen-timento que me acompanhava (e ainda meacompanha).

Infelizmente, os filhos não nascem

com um manual amarradinho no cordãoumbilical e muitas vezes nossa tendênciaé agir como os nossos antepassados agi-ram conosco, negando completamente aevolução das coisas, o progresso, as dife-rentes circunstâncias e muito mais.

Sem querer desrespeitar os mais“antigos”, não creio que a maneira seve-ra de criar as crianças seja a solução maiseficaz nem tampouco criá-los sem limi-tes também seja a melhor. Afinal, não po-demos nos esquecer de um “detalhe”importantíssimo: estamos criando filhospara operar e funcionar neste mundo, pre-cisamos cultivar a auto estima das crian-ças, alimentar seu amor próprio, trabalharsua inteligência, ajudá-los a caminhar porsi próprios. Também não precisamos serzelosos demais a ponto de não permitir-mos a criança de correr, de se sujar, pen-sar por si própria e ter voz.

Sim ter voz! Muitas pessoas crêem queas crianças não sabem nada. Convém di-zer que a percepção da crianca e o graude suas observações são muito maioresque as nossas.

Hoje meus filhos estão com a idadede 10, 7 e 5 anos e, foi ao longo dos anos,que aprendi que somente o amorconstrói. Quando coloco as “minhas ne-cessidades de lado” e “faço tempo” parame entregar incodicionalmente aos meusfilhos é que vejo diferença em suas atitu-des.

“My way” (minha maneira) nem sem-pre é a melhor! Meu marido é totalmentecontra bater nos filhos. Porém, eu, quecresci no Brasil e passei por muitos pro-blemas quando criança, sempre penseique deveria bater nos filhos paradiscipliná-los. Todavia, as poucas vezesque quis bater nos meus filhos, me depa-rei com dois sentimentos: a dor de serbatida e a raiva que eu sentia dos meuspais, pois bater nos filhos nada mais é doque uma covardia, uma lição do maiorpara o menor.

Não sei se existe alguma relação como “pau correr” mas meu marido, que nun-ca apanhou, sempre teve uma grande autoestima e confiança em si mesmo. Eu sem-pre lutei para ter mais confiança e crer

que tudo posso. É verdade que a Bíblianos ensina a disciplinar nossos filhos, to-davia creio sinceramente que saber dizernão, impor limites às crianças é discipli-nar da maneira mais construtiva, sem pre-cisar bater.

Somente o amor constroi! Tire a TVdo seu filho, brinque com ele, leve-o paracaminhar, fazer trilhas, leia livros à noiteantes deles dormirem, não grite com elese procure adaptar cada situação aos seusfilhos. Nem sempre filhos estão dispos-tos a sentar e ouvir os adultos, nem sem-pre filhos devem ir a restaurantes ondecriança não é bem vinda, nem sempre oadulto está certo.

Saiba dizer não, mas este deve ser con-sistente, calmo e sereno. Não imponha frus-trações, medos e angústias aos seus filhos.Minha filha de 5 anos esquia melhor quemuitos adultos. Eu, particularmente, tenho“medo” de descer essas montanhas enor-mes cobertas de neve, mas esse “medo”não me bloqueou a ponto de não deixarminha filha esquiar na montanha!

Graça e paz!

As crianças são atraídaspelo visual das refeições.“Cores” são muitoimportantes!

Milho cozido - Coloque o milhoem água ferven-do por algunsminutos (máximo3 min).Um errocomun é deixar omilho cozinhardemais. Quantomais cozido,mais duro eleficará. Passemanteiga, colo-que sal e sirva. Amaioria dascrianças gostamuito de milho!

Cenouras - Cortecenouras em círculos erefogue-a com umpouquinho de cebola ealho bempicadinho (para nãoaparecer).

Arroz e feijão - Não adicione nenhum ingredien-te de carne no feijão. Deixe cozinhar bem, depoisde bem macio, adicione umas boas colheres deazeite de oliva e sal a gosto. Eu cozinho o feijãopreto com algumas folhas de louro.

Almôndegas - Faça algumasalmôndegas decarne moída 90%lean. Amasse acarne moída comcebola, alho, sal,oregano, tudobem cortadinhopara não aparecerna carne. Forme asalmôndegas embolinhas bem pequenas.Frite-a em uma panelinha, adicioneuns tomates cortados bem pequeninhos. Passe uma lata detomates sem pele no liquidificador e adicione um poucodeste suco nas almôndegas. Importante: é necessáriofritar bem as almôndegas antes de colocar o suco detomate, para que tenham uma coloração atraente.

Dicas =Sirva o prato dos seus filhos compouca comida, uma colher de cada coisa.A carne não pode ser o “centroda refeição”, mas sim os legumes. Nãoincentive o consumo de refrigerantes,portanto, sirva água nas refeições. Seja mais paciente com os seus filhos ecrianças em geral. Fale com um tom de voznormal (para que eles aprendam a falarcorretamente). De preferência, desça aonível dos olhos dos pequeninos, evite falarde cima para baixo. Quanto menos paciên-cia você tiver com seus filhos e quantomais você impor suas vontades, maisirritados e difíceis de lidar eles ficarão.Lembre-se que o amor só constrói! Amarnão significa dizer sim aos filhos todas àsvezes e nem sufocá-los ao ponto de nãodeixá-los cair algumas vezes.

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16 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com SAÚDE

Consulta de rotinaConsultas e examespreventivos sãoindispensáveis parapreservar a saúde. Procurarum ginecologista deconfiança é dever de todamulher que se cuida.

Por Juliana Melo

Visitar o ginecologista pelo menosuma vez por ano é regra básica na vida dequalquer mulher. Nos Estados Unidos,entretanto, muitas brasileiras se esquecemdesse compromisso e deixam a rotineiraconsulta para quando voltar ao Brasil.

O problema é que o retorno às vezesdemora anos para acontecer. Nesse meiotempo, automedicação, consultas a sitesde saúde e conselhos de amigas são re-cursos perigosos adotados por quem dei-xa a visita ao médico “para amanhã”.

A representante de vendas Alexandra,27, mora há três anos e meio em NewJersey e não passa perto de um consultó-rio médico há quase cinco anos. Um anoe meio antes de mudar-se para os Esta-dos Unidos, ela fez uma visita de rotina.Depois disso, nunca mais. Quando cons-tata qualquer problema, recorre aos con-selhos das colegas de quarto ou liga para

sua mãe, que mora em BeloHorizonte. “Elas sempre têmuma receita caseira ou uma su-gestão de medicamento. Infe-lizmente, não tenho plano desaúde e fica difícil pagar umaconsulta particular”, justifica.

A explicação dada pela jo-vem se repete entre outras imi-grantes, quando questionadassobre os cuidados com a saú-de. Nossa reportagem pergun-tou a sete brasileiras que vivemnos Estados Unidos há mais detrês anos, se elas vão ao médi-co pelo menos uma vez porano. Apenas duas visitam re-gularmente o ginecologista, en-contrado por indicação de ami-gas. Quatro – entre elas, Ale-xandra, não passam perto deum consultório há mais de trêsanos; e uma delas, que tem“greencard”, deixa para fazero check-up anual, quando vaiao Brasil visitar seus parentes.

Acompanhamentomédico

De acordo com o professortitular de Obstetrícia da Facul-dade de Ciências Médicas daUnicamp, João Luiz Pinto e

Silva, as consultas regulares ao médicosão extremamente importantes para asmulheres na chamada idade reprodutiva,que começa na primeira menstruação – porvolta dos 12/13 anos, e se estende até amenopausa, entre 45/50 anos.

Esse período é considerado especialpara as mulheres brasileiras, por ser o mais“longo e agitado”. “Nessa fase se passamos eventos mais im-portantes de sua vida:início dos ciclos mens-truais, vida sexual, neces-sidade de anticoncepção,gravidez, maturidade doeixo reprodutivo e termi-na com o início doclimatério. Marcantestransformações de vari-ada natureza, que mere-cem acompanhamentocontínuo, periódico e es-pecializado”, explica Dr.João Luiz.

Segundo ele, asmudanças que aconte-cem de forma muitorápidas e marcantesdevem ser observadasnão só pessoalmente,mas também por umprofissional de saúdehabilitado a reconhe-cer os eventuais problemas, corrigir seudesvios e prevenir o aparecimento de do-enças mais sérias.

“Exemplo disso, seria por exemplouma contaminação muito comum em nos-sos dias como o HPV ou papiloma vírusou ainda condiloma, que se transmite porvia sexual e está associada, a longo prazo,

com o câncer do colo do útero. O diag-nóstico precoce deste problema, que atin-ge principalmente mulheres jovens, permi-te um tratamento efetivo e até mesmo pre-ventivo com o uso de vacinas protetoras.Para seu diagnóstico apenas seria impor-tante um exame ginecológico e um examepreventivo de papanicolau, ou pap-test,como se diz nos EUA”, diz.

O conselho do médico é que as mulhe-res em idade reprodutiva visitem o con-sultório ginecológico uma vez por ano.Neste momento, além de receber as quei-xas e incômodos da mulher, o profissionalde saúde irá revisar a história menstrual dapaciente, queixas gerais e dos diversos sis-temas e aparelhos, detectar algum descon-forto ginecológico como corrimentos e sin-tomas relacionados a sua prática sexual,uso de contraceptivos, e identificar ante-cedentes de risco pessoais e familiares.

“Seria recomendável o exame clínicogeral e especial, determinar seu peso, aferirsua pressão arterial, realizar exame de ma-mas e ginecológico, com coleta dePapanicolau e observação do colo uterino eexame genital interno”, orienta. Se a mulhertiver mais de 40 anos, uma radiografia dasmamas anual pode evitar problemas futuros.

Pequenos problemas,grandes complicações

Não visitar o médico pode trazer mui-tas complicações para as mulheres. Dr. JoãoLuis cita como exemplo o HPV e os corri-mentos que podem ser tratados rapidamente– como candidíase (fungos), trichomoníase,vaginose bacteriana e outros, quase todos trans-mitidos sexualmente.

Esses pequenos probleminhas, se nãoforem tratados adequadamente, podem setornar crônicos e estender-se para órgãosprofundos e superiores, formando doen-

ças pélvicas que po-dem perturbar os ci-clos menstruais, pro-vocar dor durante amenstruação, descon-forto quando se temrelação sexual e prin-cipalmente provocaresterilidade, impedindoa gravidez futura e aconstituição de uma fa-mília. “Sempre que forencontrado um corri-mento vaginal, seu tra-tamento deverá ser re-alizado para evitar do-enças inflamatóriaspélvicas e comprome-timento eventual desua saúde física, sexu-al e de sua fertilidadefutura”, esclarece.

Dr. João completainformando que um

nódulo de mama, de caráter maligno,quando tratado bem em seu início, podeatingir 100% de cura. “Isso mostra a im-portância do exame médico, dos raios-Xou ultrassom de mamas, e também doaprendizado do auto-exame”, finaliza.

Prevenir, mais uma vez, é sempre omelhor remédio!

De acordo com o médico João Luiz Pintoe Silva, as consultas regulares aoginecologista são indispensáveis para asmulheres em idade reprodutiva.

Consultas simples podem diagnosticar problemas eevitar maiores complicações.

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www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | 17COTIDIANO

Valentine's dayPor Jehozadak Pereira

Quatro meses sepa-ram o dia 14 de feve-reiro – o Valentine'sday americano do dia12 de junho – o dia dosnamorados brasileiro.Os dois dias são datascomerciais em queapaixonados comprampresentes e mais pre-sentes para os seusamados, mesmo que apaixão não resista àprimavera ou o amornão chegue ao verão.

Brasileiros que es-tão nos Estados Uni-dos comemoram asduas datas ganhando edando presentes, tro-cando carícias, beijos ejuras de amor enquan-to dure. Cartões, flores,chocolates e jantares àluz de velas servem para realçar ainda maiso clima de romantismo entre casais, fazen-do com que as filas de espera nos restauran-tes sejam maiores a cada ano que passa.

Uma história de amorVitor conheceu Soraya na lanchonete

em que ela trabalhava, que era em frenteao prédio onde ele morava em Nova York.Os olhos dela eram lindos – verdes, comoele sempre sonhara. Os cabelos crespos,como deveria ser o cabelo de toda mulher,e o nariz arrebitado tornavam Soraya amulher dos sonhos de Vitor. Só havia um

problema, aliás, um sério problema. Sorayaignorava a existência de Vitor e estava decasamento marcado com Rick, filho de gre-gos, nascido nos Estados Unidos.

De tanto observar Soraya, Vitor con-cluiu que ela não era feliz com Rick, eum dia perguntou isto a ela. Com o rostovermelho de vergonha ela sequer se dig-nou a dar a ele uma resposta.

Vitor descobriu um dia que Rick ha-via terminado o noivado com Soraya, eresolveu declarar a ela a sua paixão mes-mo que não fosse correspondido. No dia14 de fevereiro de 1986 eles sairam jun-

tos a primeira vez e, em 14 de fevereirode 1988 – dois anos depois, se casaram.A cada Valentine's day, eles comemoramcomo se fosse o primeiro das suas vidas.

Vitor virou conselheiro matrimonial e

não se cansa de contar a sua história paraquem está iniciando ou querendo terminaras suas histórias de amor. Persistência com-bina com paixão, e paixão combina comcarinho, amor e atenção à pessoa amada.

Estar ou ficar?Nos dias atuais os jovens estão mais in-

teressados nas paixões fugazes e efêmeras,preferindo “ficar” do que estar. A práticadeixa horrorizados pais mais conservado-res e avós que não se cansam de dizer queno seu tempo era diferente; uma namoradaera para casar, e o ficar era uma possibilida-de tão remota quanto encontrar emdinossauro passeando pelo Central Park.

Estar tem sido a rotina dos últimos 53anos do casal Rodriguez - Stela e Jaime,que não imaginam a vida um sem o ou-tro. Jaime é caminhoneiro e viaja por todoo País a trabalho. Desde que a filha ca-çula se casou, há 10 anos, fizeram todasas viagens juntos, até que se aposentasse.Para não perder o costume e o gosto pelaestrada, vão passar o próximo dia 14 emalgum lugar do Colorado a bordo domoderno e confortavel trailer junto comalguns dos muitos amigos de longa data.

Para quem não quer ir tão longe, oescurinho do cinema ou o aconchego numrestaurante da moda é uma boa eprovidêncial pedida.

Valentine's dayO Valentine's Day foi introduzido

nos Estados Unidos em 1700. Os fa-mosos cartões impressos alusivos àdata surgiram a partir de 1840, por con-ta da artista Esther Howland. Iniciou-se aí o costume de trocar cartões quesubstituíram outros cartões feitos naEuropa artesanalmente, que traziammuitas vezes apelos sexuais explícitos.Já a história conta que a data é alusivaa Valentine que viveu no Império Ro-mano, que era governado porClaudius. Para fugir do exército e,consequentemente da guerra, os ho-mens preferiam se casar, e por causadisto Claudius, o imperador, baixouum decreto proibindo os casamentos.

Só que o sacerdote Valentine con-siderou que a lei era injusta e cruel econtinuou a casar secretamente quemo procurasse. Os casamentos eram fei-tos em lugares escondidos e sem ceri-mônias pomposas e sem nenhum con-vidado. Até que um dia Valentine foidescoberto, preso e condenado à mor-te. Enquanto não chegava a hora deleser executado, as pessoas o visitavam,

mandando bilhetes e entregando flores– daí a tradição de entregar um cartão eflores para a pessoa amada.

Na prisão, Valentine conheceu a fi-lha de um carcereiro, de quem se tor-nou amigo e passavam horas conver-sando, o que o ajudou a suportar a pri-são. Valentine foi executado no dia 14de fevereiro de 264 da Era Cristã, edeixou um bilhete que deveria ser en-tregue à moça. Nele estava escrito –Amor, de seu Valentine.

O amor superava a morte trágica einiciava um costume que iria perma-necer ao longo dos séculos como umsímbolo de que o amor resiste a tudo.Resiste até aos tiranos, como Claudius,que não podia, apesar dos seus decre-tos, impedir as pessoas de se amar, emais importante – de declarar isto.

Nos anos seguintes, o comércio seapoderou da data tirando um pouco dosimbolismo e da aura romântica dela.Mas, o que importa mesmo é que nes-te dia apaixonados e apaixonadas de-claram o seu amor uns aos outros. Istoé o que importa…

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18 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com BASTIDORES

Sandy naMarquês deSapucaí

A Caprichosos de Pilares pode até nãoter Luma de Oliveira à frente da bateria,mas já confirmou um nome de pesopara o desfile no Sambódromo do Riode Janeiro. Segundo o Jornal Extra, RJ,a cantora Sandy virá fantasiada de ín-dia como destaque do carro Antropo-fagia Cultural, que será o abre-alasda escola de samba carioca. A Ca-prichosos será a quarta escola a des-filar no domingo de Carnaval, como enredo “Na Folia Com o EspíritoSanto, o Espírito Santo Caprichou”.

De olhonum cassino

Assim como Brad Pitt, George Clooneye Britney Spears, o ator Leonardo DiCapriotambém tem interesse em abrir algum ne-gócio em Las Vegas. E, por conta disso, seassociou a um empresário do ramo hoteleiropara a construção do seu próprio hotel-cassi-no. Segundo o tablóide National Enquirer, oex-namorado de Gisele Bündchen pretendeusar toda a sua fortuna para viabilizar seu so-nho de ser proprietário de um cassino, e nãomedirá esforços para conseguir o que quer. Apublicação conta que Leonardo é tão determi-nado, que já estaria economizando cada centa-vo que ganha na meca do cinema e, por isso,não pretende nem trocar de carro este ano.

Cachê deGianecchini virapolêmica

Ao comentarem a campanha publicitáriaque Reynaldo Gianecchini está estreiandona televisão sobre o camarote A1, que serámontado no Sambódromo do Anhembi, emSão Paulo, dois jornais cariocas estimaramo cachê do galã em R$ 300 mil, incluindosua presença como anfitrião nos três dias dafolia paulistana (24 e 25 de fevereiro e 3 demarço). Os diretores do A1, Helô Leite eFelício Félix, da empresa Fast Line, não con-firmam as cifras. “Não comentamos valoresde contrato de nenhum dos artistas que esta-rão presentes no camarote A1 e muito menoso valor pago ao Gianecchini para ser o nossoanfitrião e gravar a campanha veiculada na te-levisão, revistas, jornais e outras peças publi-citárias”, garantiram Helô Leite e Felício Felix,através da assessoria de imprensa do A1.

A Escrava

Isaura naUnivision

Continua forte o boa-to de que a Univisión seráa emissora que transmi-tirá nos Estados Unidos anovela brasileira de sucesso“A Escrava Isaura”, da RedeRecord.

A telenovela produzidaentre 2004 e 2005 obteveum grande êxito de audiên-cia no Brasil, Venezuela,Chile e Portugal. Com estaexibição, A Escrava Isaurapoderá fazer um sucessoainda maior no mercadointernacional, normal-mente dominado pelasproduções da Globo.

Record lança Jornal 24 Horas

Sucessointernacional

Rodrigo Santoro pode voltara fazer brilhar os olhos das es-trangeiras com seu talento e be-leza nas telas de cinema do mun-do a fora. Segundo informaçõesdo Jornal Diário de S. Paulo, oator participou de um teste daadaptação para o cinema de OAmor nos Tempos do Cólera. Naúltima semana, Rodrigo deixouo Rio de Janeiro rumo a Londres,para entrar na disputa porum personagem do longa. O fil-me, que será protagonizado porJavier Bardem, contará com a di-reção de Mike Newell e será ro-dado no Brasil.

Estará Britney grávida de novo?

Para substituir o Edição de Notícias,a Record lançou o Jornal 24 Horas, na se-gunda-feira, dia 6. Com a apresentação deJanine Borba, a nova atração vai se dedicar aantecipar as notícias que serão manchete nodia seguinte, além de dar ênfase aos fatosmais importantes do noticiário do dia. Para

garantir um telejornal de qualidade ecredibilidade, a Record ainda contratou maisreporters e espalhou correspondentes pelosquatro cantos do mundo. O jornal exibiráainda reportagens exclusivas do Núcleo Es-pecial de Produção, chefiado por LuizMalavolta, recém-contratado pela emissora.

O casal Britney Spears e KevinFederline foram flagrado, entres beijos ecarinhos, saindo de uma restaurante emMalibu, na Califórnia, acabando com osrumores de que estariam se separando. Masas fotos acabaram despertando dúvidas nostablóides americanos: Britney estaria grá-

vida novamente? Ela estava com as mãosna barriga, e os jornais começaram a espa-lhar a notícia de uma suposta gravidez. Po-rém, outros veículos apostam que, nospróximos meses, Britney marcará umalipoaspiração para voltar a ter seu cor-po esguio.

PAULO FIGUEIREDO/ RECORD

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www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | 19BASTIDORES

Rolling Stones “censurados”

Sorte nosringues,azar nosnegócios

De acordo com o site OFuxico, o boxeador AcelinoPopó de Freitas perdeu R$400 mil em um negócio fura-do. Ele investiu essa quantiana empresa Avestruz Master,com a promessa de ter seu di-nheiro triplicado em poucos meses. No entanto, a Avestruz fechou as portas e eleperdeu todo o dinheiro investido. Popó e outros investidores vão criar uma associaçãopara defender coletivamente os interesses de quem adquiriu títulos de crédito da em-presa. A Justiça decretou a prisão preventiva de Jerson Maciel da Silva, sócio-presi-dente da Avestruz Master, a mando do Ministério Público Federal.

Glória Piresde volta àBelíssima

Glória Pires já está de voltaàs gravações de Belíssima. Apósenfrentar uma hepatite, que a ti-rou de cena por duas semanas,a atriz volta a aparecer na nove-la. No período de sua ausência,a personagem de Glória Pires,Júlia, ficou internada na clínicado Dr. Natanael (Emilio Pitta)por ter sofrido um esgotamentonervoso após a tentativa de re-

conhecimento do corpo carbonizado de sua avó, Bia Falcão (Fernanda Montenegro).Segundo o autor Silvio de Abreu, Glória não voltou com tudo às gravações, justamen-te porque ainda não está completamente recuperada. Enquanto isso, ela grava cenasna cama que não exigem muito esforço.

A ABC, que trasmitiu a final do cam-peonato de futebol norte-americano, aSuperbowl, disputada em Detroit,Michigan, “censurou” duas das três can-ções dos Rolling Stones, os animadoresdo intervalo do jogo. Desde o incidentecom Janet Jackson em 2004, quando oseio direito da cantora ficou descoberto,que a cadeia de televisão norte-america-na, possuidora dos direitos televisivos da

Superbowl, introduziu um atraso de cin-co segundos nas transmissões. Esse pe-queno atraso permitiu-lhe “editar” as le-tras sexualmente explícitas de dois dostemas cantados pelos Stones no intervaloda final entre os Pittsbur gh Steelers e osSeattle Seahawks. Alvo da censura forampartes das letras de “Start me up” e de“Rough Justice”, do mais recente álbumdos Rolling Stones.

Júlia manda Nikos parar de difamarAndré e deixa claro que confia nele.Ornela propõe a Mateus que ele seja seunamorado e pare de atender outras cli-entes. Ele concorda e afirma que a ama.Natanael dá alta a Júlia. André tenta ter-minar com Érica, mas ela o seduz. Doispoliciais pedem para conversar comNikos sobre a morte de Bia. Érica con-corda em terminar com André.

Vitória diz a Júlia que decidiu acei-tar o patrimônio que Pedro deixou paraela. Nikos explica aos policiais que es-tava na Grécia quando Bia morreu.Yvete diz a Cemil que Alberto a estáassediando e toca nele para mostrarcomo o seu chefe faz. Um amigo deMary tira fotos dos dois. Mônica eCemil passam a noite juntos pela pri-meira vez.

Júlia anuncia que André vai ser pre-sidente da empresa ao lado dela. André

Lopo pede ao Dr. Leandro que tireVítor do coma. O vilão avisa ao médicoque ele será bem recompensado. Pati de-cide disputar o controle das empresas comLopo. Daniel pensa em seqüestrar Lopopara obrigá-lo a entregar Nininha.

Diana conversa com Júlio no hos-pital. Lúcia começa a sentir enjôos.Hélio acha que Pati está grávida. Dr.Marco encontra Joana e diz que precisafalar com ela a sós.

Clarice presta depoimento sobre oatentado do táxi. Pati conta a Rafa queestá grávida. Lopo revela a Gerião queBeatriz assumiu o controle das empre-sas de Vitor. Dr. Marco confessa paraJoana que se sente atraído por ela.

Lopo liga para Telma e marca umencontro. Ela avisa a Diana sobre o en-contro e diz que pretende colocar escu-tas na casa de Lopo.

Lúcia revela a Marília que está grá-vida. Rafa vai se encontrar com Daniel.

Érica eAndrépassama noitejuntosnoquartode Júlia

fala para Júlia que acha que Vitória podeter matado Pedro, deixando-a pasma.Júlia comenta com Gigi que sente Andrédiferente. Ela pergunta a Gigi se ele estálhe escondendo alguma coisa.

André exige que Érica pare deprovocá-lo e segura no braço dela. Júliavê. Freddy sugere a Safira que eles rea-tem o casamento. Yvete finge chorar eabraça Cemil. Mary conta a Alberto queas fotos realmente denunciam um casoentre Cemil e Yvete.

Narciso é obrigado a tirar as fotossem roupa e morre de vergonha.Fladson convida Dagmar para jantar emsua casa. Érica e André passam a noitejuntos no quarto de Júlia. Gigi e Júliachegam à casa de Campos de Jordão.

Júlia recorda do acidente com seuspais. Ela afirma que foi Bia quem in-sistiu para que seus pais entrassem noavião. Gigi explica a Júlia que Bia co-locou a culpa nela, porque não queriaque ninguém soubesse que ela haviasido responsável pela morte da própriafilha. Ela fica horrorizada. Júlia flagraÉrica e André juntos em sua cama.

Ele avisa a Rafa que decidiu seqüestrarLopo.

Rafa decide ajudar Daniel. Lopoconta a Gerião que apanhou de Telma.Murilo descobre o paradeiro de Daniel.Lopo discute com Padilha. Eles se agri-dem e Lopo leva a pior.

Daniel planeja sequestrar Lopo

EDUARDO NUNES/RECORD

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20 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com AGENDA

� BoatesNoite Brasileirano Café Wha

Data: Segundas-feirasEndereço: 115 Mc DouglasStreet, New YorkInformações: (212) 868-9102Site: www.cafewha.com

Rio 100

Data: Sextas-feirasLocal: Globe Bar & GrillEndereço: 1879 Palmer Ave,Larchmont, New YorkEntrada: GrátisInformações: (914) 833-8600

S.O.B.’s - Sábado de Samba

Horário: 7pmEndereço: 204 Varick Street &West Houston, New YorkInformações (212) 243-4940Site: www.sobs.com

Brazilian Vibe – KiónDining & Lounge

O melhor da música brasileiracom show de mulatasData: sábadosLocal: KiónEndereço: 509 East 6th streetIngresso: damas até meia noite,grátis. Homens, $10Informações:(718) 932-7169Site: www.newyorkbrazil.com

Domingo de forró

Data: domingosHorário: 6pmLocal: SOB’SEndereço: 204 Varick Street /West Houston – New York City– NYInformações: (212) 243-4940Site: www.sobs.com

� CarnavalBrazilian Carnaval 2006

S.O.B’s convida para duasgrandes noites de carnaval. Nosábado, Rio Carnaval comManhattan Samba Group,Carlos Darci Band, SilvanaMarquina Dancers e DJChocolate. No domingo, BahiaCarnaval com Davi Band,capoerista Mario Pereira e DJFábio Soul. Concorra a umaviagem para o BrasilData: 18 e 19 de fevereiroHorário: a partir de 7pmLocal: S.O.B’sEndereço: 204 Varick Street /West Houston – New York City– NYIngresso: $10 com reserva parao jantar ($5, no domingo) / $25sem reserve para o jantar ($20,no domingo)Informações: (212) 243-4940Site: www.sobs.com

15º Grande Baile deCarnaval da Barbtour

Carnaval de blocos com a bandaImigrasambaData: 18 de FevereiroHorário: 9pm – 2amLocal: Shrutzan ParkEndereço: 32 street / KennedyBlvd – North Bergen – NJInformações: (201) 313-0996 /(201) 313-0886

II Carnaval Brasileiro em Tampa

Pelo segundo ano Tampa Bayterá um tradicional carnavalbrasileiro. Diversão garantida!!!Data: 18 de fevereiroHorário: 9Pm às 3AmLocal: Cuban ClubEndereço: Ybor CityInformações: 727-507-7494

Carnaval Brasileiro2006 em Fort Pierce

Com a participação de váriospaíses, os brasileiros terão aoportunidade de participar e matarum pouco da saudade do nossocarnaval.Data: 18 de fevereiroHorário: 3pm até 10pm.Local: Community Center -Histórico Downtown Fort PierceEndereço: 600 Indian River DriveInformações: 754-366-4146

Carnabisado 2006

Abertura oficial docarnaval de BostonData: 19 de fevereiroInformações: (617) 308-2004

Brazilian Carnaval

Vem aí pelo nono ano, OBrazilian Carnaval, com banda aovivo, show de samba com aEscola de Samba Unidos daFlórida, shows de dança doSwing Brasil, Nação Capoeira eDJ Fred.Data: 25 de fevereiroHorário: 10pmInformações: 305-949-4830

Carnaval Brasileiro de 2006 NY

Festa de carnaval com música aovivo e show de samba num doslugares mais famosos de Nova York.Data: 25 de fevereiroLocal: Bed New YorkEndereço: 530 West 27th Street – 6th

floorIngresso: U$40 (antecipado)Informações: (718) 932-7169Site p/contato:www.newyorkbrazil.com ouwww.bedny.com

Carnaval e Feijoada

Domingo de Carnaval. De 4:30 às7pm será servida uma deliciosafeijoada no restaurante. De7:30pm às 2 am baile de carnaval.Transmissão direta dos desfilesdas escolas de samba do BrasilData: 26 de fevereiroLocal: Kybom Restaurante e BarEndereço: 2031 E. Sample Road- Pompano Beach - FLConvite: camiseta $20 (usoobrigatório)Informações: 954-709-5223email p/contato:[email protected]

CarnaZueira 2006

Pelo 2º ano consecutivo a ZueiraProductions realiza o Carnazueira,festa de carnaval que foi sensaçãono ano de 2005 em Broward.Uma festa de ressaca ao estilobaiano, com abadás exclusivos,vindos diretamente do Brasil.Data: 5 de marçoHorario: 2pm Local: Joseph’s and JoeysRestaurantEndereço: 5900 NW 24 way -West Cypress Creek Road - FortLauderdale – FLInformações: 754-246-0641email p/contato:[email protected]

� Cinema“Favela Rising”

Noite de Jazz e apresentação dofilme “Favela Rising” para

angariar fundos para a construçãode uma escola em Salvador,Bahia.Data: 12 de fevereiroHorário: 4pm às 8pmLocal: Uris Auditorium at NYPresbyterian Hospital – CornellEndereço: 1300 York Ave – NewYork – NYIngresso: $25 (estudantes) e $50(adultos)Informações:www.brazilreads.com

� FestaEstação 40

Segundo encontro da comunidadede brasileiros com 40 anosData: 17 de FevereiroLocal: Portal Bar & GrillEndereço: 88 W Lincoln Ave –Mount Vernon – NYIngressos: $10Informações:www.estacao40.mus.br

� PalestrasPalestras gratuitassobre imigração

O INTER Learning Center e aBiblioteca Central de FortLauderdale (Broward CountyLibrary) estão promeovendo umasérie de palestras sobre imigraçãogratuitas. As três primeiraspalestras agendadas abordarão ostópicos: vistos com base ememprego e vistos com base emlaços familiaresData: 13 de fevereiroHorário: 7PmLocal: Northwest RegionalLibraryEndereço: 3151 University Drive- Coral Springs - FLInformações: (954) 725-2703

� ShowsGino e Geno

Primeiro Rodeio Brasileiro indoor com Gino e Geno. Montariaem touro mecânico.Data: 10 de fevereiro de 2005Horario: 10pm Local: Club CinemaEndereço: 3251 N. Federal Hwy.- Pompano Beach - Florida - USAIngressos $ 45,00Informações: (954) 421 8810email p/contato:www.feijaocomarrozrestaurante.com

Ricky Martin

Um show para curtir oValentine´s Day!!! Uma noitesuper romântica com RickyMartin em seu Tour 2006. $1dólar de cada ingresso será doadopara a Ricky Martin Foundation.Data: 14 de fevereiroHorário: 8PmLocal: James L. Knight Center.Endereço: 400 SE 2nd Ave.Preço: $54 à $91Informações: 305-358-5885

Bon JoviDurante as últimas duas décadas,BON JOVI vendeu mais de 100milhões de álbuns em todo omundo e, desde 1984, fez mais de2500 concertos em 50 países.Data: 16 de fevereiroHorário: 7:30 PmLocal: BankAtlantic Center,Endereço: 2555 Panther Pkwy,Sunrise, FL 33323Preço: US $49.50 - US $89.50Informações: (954) 835-8000

Rio Negro e SolimõesData: 17 de marçoHorário: 11:30pmLocal: Club LidoEndereço: Revere – MaInformações: (508) 624-5529

Grupo RevelaçãoData: 19 de marçoLocal: Club LidoEndereço: Revere – MaInformações: (617) 438-5907

Show do Grupo Tradição

Data: 17 de fevereiroHorário: 10:30pmLocal: Clube Portugues Vasco daGamaEndereço: 355 James Street –Bridgeport – CTIngresso: $40 (antecipado)Informações: (203) 667-1527- Data: 24 de fevereiro Horario: 10pm Local: Club CinemaEndereço: 3251 N. Federal Hwy- Pompano Beach - Florida – USAInformação: (954) 421 8810email p/contato:www.feijaocomarrozrestaurante.com

Reginaldo RossiO verdadeiro Rei do BregaData: 26 de marçoLocal: Club LidoEndereço: Revere – MaInformações: (781) 922-1361 /(781) 603-2910

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24 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com ESPECIAL

Cuidando dos brasileirosque estão aqui e lá

Brazilian Mission: ações para quem está no Brasil

Os objetivos são diferentes,mas os ideais, semelhantes.Brazilian Mission e BRAUSAenvolvem brasileiros quevivem na Flórida e gerambenefícios que ultrapassamas fronteiras.

Por Juliana Melo

As organizações sociais que atuam naFlórida mostram, na prática, o significa-do da palavra “parceria”. Duas das maisimportantes entidades, a Brausa (TheBrazilian Association of USA) e aBrazilian Mission, alicerçam suas açõesna união de esforços. A articulação com asociedade e com os empresários é produ-tiva: ambas conseguem beneficiar os bra-sileiros, estejam eles desse ou do outrolado do continente.

BRAUSA: lutando por umacomunidade mais forte

O presidente da Brausa, pastorLeidmar Lopes, tem uma meta: até o fi-nal do ano, pretende que a associação te-nha 10 mil associados. A soma não é umnúmero distante. A Flórida tem uma dasmaiores comunidades de brasileiros detodo País e para chegar a essa quantida-de, será preciso apenas envolver osconterrâneos, ressaltando a importância dese organizar para ganhar mais força.

Argumentos para garantir a adesão de

tantas pessoas não faltam. A Brausa de-sempenha um papel importante de articu-lação com diferentes esferas da sociedadecivil e governamental, com a finalidade degarantir informação, preservação de direi-tos e qualificação da comunidade.

A tradução de tantos objetivos está nodia-a-dia da organização, que oferece asses-soria jurídica para empresas e cidadãos co-muns, orientações em geral, treinamento aosempreendedores, apoio a eventos culturais, eoutras parcerias com profissionais voluntári-os, para facilitar o cotidiano dos imigrantes.

O presidente da Brausa, pastor Leidmar Lopes: adesãodos brasileiros é fundamental para que a comunidadeganhe mais respeito e tenha seus direitos preservados.

Para atender os brasilei-ros e consolidar suas inten-ções junto aos seus mem-bros, a Brausa apostou emplanejamento. Antes da fun-dação, os idealizadores reser-varam alguns meses de estu-do para diagnosticar as carên-cias da comunidade e comoa organização deveria atuarpara atendê-la. “Num perío-do de seis meses trabalhamosa idéia, definimos o alvo daassociação e somente depoisa criamos oficialmente”,relembra Leidmar Lopes.

Inaugurada em abril doano passado, a Brausa crioumodalidades associativaspara atrair pessoas comuns,que precisam de orientaçõesmais simples, até categori-as onde o associado paga

uma anuidade, mas tem recompensas,como descontos em estabelecimentos di-rigidos por outros brasileiros e participa-ção efetiva em ações que promovam acapacitação e crescimento profissional.

Assim como a maioria das entidades,a Brausa nasceu com o objetivo de unir acomunidade, respondendo às suas necessi-dades sociais, legais e políticas. Oferecer am-paro aos imigrantes que escolheram vivernos Estados Unidos é a base do trabalhodesenvolvido pelos diretores.

A organização desenvolve ações comer-ciais que estimulam a reunião entre os em-

presários, apoio e treinamentos específicos.Em março, segundo Lopes, será realizadoo 1º Fórum para Empresários, Comercian-tes e Executivos Brasileiros, na intenção deintegrar os empreendedores brasileiros eapresentar um painel de soluções que cola-borem para a prosperidade dos negócios.

Os ideais da Brausa são reafirmadosdiariamente. Seus diretores investem no re-lacionamento com autoridades para garan-tir os direitos dos brasileiros. “Os ameri-canos respeitam as sociedades organiza-das, por isso, temos que nos unir para for-talecer a associação e ganharmos respeitoe representação junto às autoridades”, de-fende o presidente da associação.

A Brausa tem a intenção de ajudar cadavez mais a comunidade brasileira, ampli-ando os serviços oferecidos. Para isso, con-ta com profissionais voluntários que seempenham em captar novos associados egerar mais benefícios. Fazer parte da as-sociação é muito simples. O site tem to-das as informações necessárias para quemquer participar ou apoiar o grupo.

MAIS INFORMAÇÕES

BRAUSA - BrazilianAssociation of USAhttp://www.brausa.org/

571 East Sample Road - PompanoBeach, FL 33064

Phone: (954) 784-5042Fax: (954) 785-0840

E-Mail: [email protected]

Um grupo de pessoasque vive no exterior resol-ve arregaçar as mangas elutar para minimizar as ca-rências de comunidades po-bres do interior do Brasil.Para isso, desenvolve açõespara envolver e captar recur-sos junto aos donos de ne-gócios e cidadãos de suces-so nos Estados Unidos. Asdoações beneficiam cente-nas de brasileiros necessita-dos. De forma resumida,esse é o funcionamento daBrazilian Mission, uma en-tidade que consegue tradu-zir em ações os conceitos deresponsabilidade social tãodefendidos atualmente.

A organização, presidida por KarenKanaan – irmã do piloto Tony Kanaan,conta com a parceria de nomes conheci-dos do empresariado e empresas conceitu-adas. O idealizador e co-fundador Carlos

Os recursos arrecadados entre empresários que atuam nosEstados Unidos transformam a realidade social de muitaspessoas. Projeto Irrigação é um dos meios de minimizar ascarências de algumas centenas de brasileiros.

Kleber Correia afirma que a BM “tem a in-tenção de ser um instrumento dentro da co-munidade brasileira; além de auxiliar as cri-anças carentes do Brasil, pode, de algumaforma, unir a grande comunidade de brasi-

leiros nos EUA, que vive espalhada e poucopreocupada com seus conterrâneos daqui ede lá”.

A Fundação atua como um canal de liga-ção entre as pessoas que moram no exterior,que teoricamente têm mais poder aquisitivo,com as pessoas carentes do Brasil. “Quandoa gente mora nos EUA, esquece um poucodas coisas que faltam no nosso país e o que épior, até de nossas raízes. No instante quevocê conhece a BM não tem como não abra-çar essa causa”, diz Karen Kanaan. A organi-zação tem projetos orçados em mais de US$500 mil para os próximos três anos e esperareforçar o caixa com doações de novas em-presas, além dos atuais colaboradores quereúne um grupo de empresários renomados.

A Brazilian Mission é uma organiza-ção não-governamental sem fins lucrati-vos formada por um grupo de brasileirosresidentes nos EUA. Sediada no sul daFlórida, a fundação desenvolve projetos dedesenvolvimento sustentavél em diversosmunicípios do Ceará.

“Tínhamos que começar por alguma área

e todos sabemos que o Nordeste é umadas mais carentes do nosso País. Escolhe-mos o Ceará e principalmente essas trêscidades, Orós, Cariús e Várzea Alegre, nãosó porque precisam de nós mas tambémporque conhecemos as pessoas com quemestamos trabalhando. Posteriormente, se ademanda permitir, a idéia da Fundação éfinanciar projetos em outras partes do Bra-sil”, explicam.

Há diversas formas de ajudar a BrazilianMission. Basta entrar em contato com aFundação e descobrir a melhor maneira deincentivar os projetos realizados.

MAIS INFORMAÇÕES:

Brazilian Mission1261 East Sample Road - Suite 600 -Pompano Beach, FL 33064

Tel. 786-317-4200

[email protected]

www.brazilianmission.org

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www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | 25COMUNIDADE

TV Globo expande suaprogramação nos EUADa redação

Em fevereiro,estréia na TV Glo-bo internacional Ci-dadão Global, umboletim diário comum minuto de dura-ção que será exibi-do no intervalo daprogramação daemissora nos Esta-dos Unidos. Comapresentação de Pa-trícia Poeta econsultoria de AndréVeras Guimarães, doministério das rela-ções Exteriores, o programa tem o objetivode levar informações úteis e prestar serviçoaos imigrantes brasileiros.

Segundo o diretor da TV Globo Inter-nacional em Nova York, Amauri Soares,Cidadão Global vai reforçar o diálogoda emissora com os telespectadores bra-sileiros que vivem no exterior. “Aos mol-des do que já fizemos com Planeta Bra-

sil, o novo programa identifica a deman-da por informações dos imigrantes brasi-leiros e tenta atendê-la da forma mais cla-ra e objetiva possível”, explica.

Com dois boletins semanais, cada umabordando um tema diferente, CidadãoGlobal explica ao imigrante brasileiro queo fato de ele residir em outro país não sig-nifica que seus direitos e deveres de cida-

dão brasileiro foram interrompidos oudeixaram de valer. Entre os temas abor-dados pelo programa estão a renovaçãodo passaporte, o pagamento de impostorenda, o serviço militar obrigatório, a re-tirada de certidão de nascimento e a trans-ferência do título de eleitor, que permiti-rá ao imigrante votar nas próximas elei-ções presidenciais.

“Há uma necessidade enorme de infor-mação, de orientação com relação aos di-reitos e deveres do cidadão brasileiro noexterior. Mesmo os mais básicos, como oda Certidão de Nascimento para o filho debrasileiros que nasce em outro país. Emparceria com os Consulados, podemos aju-dar muito nisso”, afirma Amauri Soares.

Cidadão Global será o segundo pro-grama produzido pela equipe da RedeGlobo Nova Iorque e exibido exclusiva-mente nos 46 países onde a TV GloboInternacional é transmitida. Planeta Bra-sil, com apresentação de Cesar AugustoGomes and Luciana De Michelli, é exi-bido há mais de um ano todos os domin-gos após o Fantástico.

Cidadão Global será apresentado por Patrícia Poeta

Amauri Soares, diretor da TV Globointernacional, quer suprir a necessidade deinformação do cidadão brasileiro no exterior.

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26 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com AMERICA EM FOCO

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A E

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OCO

O ladofashion deNova York

O cantor Wilson Simonal e o estilista Carlos Miele

Desfile deCarlos Miele naquarta-feira, 8.

Patrícia Poeta, apresentadora do Planeta Brasil, e Cristina Souza, produtora da TVGlobo internacional prestigiaram os estilistas brasileiros.

Estilista brasileiro Alexandre Herchcovitch

A sétima temporada de moda de Nova York trouxe para aspassarelas as coleções de outono-inverno de diversos estilistasrenomados, como Marc Jacobs, Calvin Klein, Oscar de La Rentae Ralph Lauren. Entre os brasileiros, Herchcovitch e Carlos Mielechamaram a atenção e conquistaram o público norte-america-no. Herchovitch mostrou a sua coleção no sábado, 3 e CarlosMiele desfilou a sua obra inspirada na praia de Copacabana ecom trilha sonora de Wilsinho Simonal, na quarta-feira, 8. Am-bos os desfiles foram no Bryant Park, em Nova York.

FOTOS: RICKY TERESI

DIVULGAÇÃO

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www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | 27IMIGRAÇÃO

Brasileiros voltama fazer greve de fomePor Karine Porcel

Cerca de dez brasileirosdetidos no presídio deSuffolk County, em Boston,recomeçaram na segunda-feira, 6, uma greve de fomeem protesto contra demorano processo de deportaçãoe maus tratos. Até o fecha-mento desta edição, na quar-ta-feira, 8, apenas dois de-les permaneciam sem co-mer. No dia 17 de Janeiro,dezoito detentos brasileirosfizeram uma greve de fomequa durou cerca de 24 horas,e foi encerrada depois queoficiais da US Immigrationand Customs Enforcement(ICE) prometeram aceleraros seus processos e deportá-los até o dia 5 de fevereiro.

De acordo com Roberta Monteiro,esposa de um dos dois detentos em gre-ve, a promessa não foi cumprida e seumarido, Fernando de Sá Lima Monteiro,20 anos, já está preso há cinco meses.Segundo ela, alguns brasileiros que parti-ciparam da primeira greve foram transfe-ridos do presídio para mostrar que algumserviço estava sendo feito. Ela contou ain-da que Fernando está desde segunda-fei-ra,6, numa sela isolada por ter se assumi-do responsável pelo protesto. “Os agen-tes perguntaram quem era o responsávelpela greve. Como ninguém disse nada ediante da ameaça de que todos seriampunidos, o meu marido assumiu a culpa efoi levado para uma solitária” – contaRoberta, em entrevista por telefone aoNATIONAL.

Desde que Fernando foi preso,Roberta fala com o marido por telefonequase diariamente. Na tarde de quarta-fei-ra, 8, ela foi informada por ele mesmo dapossibilidade de uma transferência. “Elecontinua na solitária, onde pode permane-cer por até dez dias se não voltar a comer.Nesta tarde (de quarta-feira), ele recebeuum comunicado de que será transferido,não sabemos quando e nem para onde. Masuma coisa eu garanto; meu marido só vol-ta a comer no Brasil” – afirma ela.

Em Janeiro, a greve de fome aderidapor dezoito brasileiros, inclusiveFernando, acabou por causa da promessade Molina, agente da ICE, de que resol-veria a situação até o dia 5 de fevereiro.No entanto, apenas dez foram deporta-dos e um ganhou liberdade por causa deum processo de legalização, e continuano país. Entre os dez que continuarampresos, sete recomeçaram a greve com oreforço de mais quatro novos presos.

De acordo com o relato de Fernandoà mulher Roberta, nos primeiros dias de-pois do fim da primeira greve o tratamentocarcerário havia melhorado. “Mas agora

a comida diminuiu novamente e não te-mos qualquer notícia de quando serãodeportados,” reclamou ela.

ConsuladoFernando Lima foi preso em setem-

bro do ano passado, quando retornava doBrazilian Day, em Nova York, paraMassachusetts, Estado em que reside. Comum casal de amigos e a esposa, Fernandofoi parado por um policial de trânsito porexcesso de velocidade. Ao apresentar acarteira de motorista brasileira como iden-tidade - por não ter nenhuma americana -Fernando foi informado pelos policias deque o documento estava suspenso há trêsmeses e, por isso, ele seria detido.

Chegando a delegacia, Fernando foiavisado de que teria que pagar uma fian-ça de U$ 40 e comparecer à corte numadata a ser marcada. Por razões que nemele, nem a esposa sabem explicar, ele estápreso até hoje. Desde então, Roberta estáem contato com o Consulado Brasileiroem Boston para tentar acelerar o proces-so de deportação de Fernando. Mas astentativas estão sendo em vão.

“Estou conversando com o consuladobrasileiro, em Boston, desde quandoFernando foi preso, mas eles não resolvemnada. O ICE informa que meu marido aindanão foi deportado porque o consulado aindanão liberou alguma documentação. O con-sulado me fala, no entanto, que da parte de-les está tudo liberado. Não sei mais em quemacreditar. Na sexta-feira, depois de vencidoo prazo dado pelo agente Molina, da ICE,para a deportação, eu tentei falar com oEduardo Galvão, que estava em contato co-migo anteriormente, mas ele está de férias.Também não consegui falar com substitutodele. Não tenho mais paciência para lidar comeles” – desabafa Roberta.

A nossa reportagem conversou portelefone com André Baker, cônsul-adjuntoem Boston, que explicou que o atraso na

deportação de Fernando é consequênciade uma pedido de asilo. “Em Janeiro,Fernando entrou com um pedido de asiloao governo americano, alegando sofrerperseguição política no Brasil. Isso atra-sou todo o processo. Normalmente, a jus-tiça espera um mês depois da desistênciapara encaminhar o processo para a Imi-gração para confirmar se a pessoa nãovoltará atrás” - explica André.

Em relação aos outros presos que par-ticiparam da greve, André afirmou quemuitos deles não estavam nem há 15 diaspresos. “Eu conversei pessoalmente comtodos os brasileiros que fizeram a grevenesta manhã (quarta-feira). Alguns delesestão presos a menos de duas semanas. Oprocesso de deportação demora em médiaum mês e meio e não depende somente doconsulado. A Imigração americana é quemlibera a saída dos presos. São eles que pa-gam pela viagem. Nós apenas emitimosum documento de viagem, uma espéciede autorização de retorno ao Brasil. Isso éa última etapa, e tentamos fazer sempre omais rápido possível” – afirma o Cônsul.

Segundo relato de André, os presos já

voltaram a comer porque entenderam que agreve seria inútil. “Conversei com eles sem apresença de autoridades americanas. Parecemestar bem e terem compreendido que preci-sam esperar um certo tempo” – concluiu.

Apoio da comunidadeO Centro do Imigrante Brasileiro, em

Massachusetts, tem tentado intervir emnome dos presos e familiares. “Na se-gunda-feira mesmo notifiquei o gover-no federal brasileiro, pedindo uma ação”,diz Cláudia Tamski, representante doCentro, que contatou os deputados fe-derais Nilson Mourão (AC) e João Mag-no (MG), ambos do PT, assim que sou-be do retorno à greve. No dia seguinte,terça-feira, Mourão - que é vice-presi-dente da Comissão de Relações Exteri-ores e Defesa Nacional - afirmou que fezum pedido formal ao embaixadorManoel Gomes Pereira, pedindo inter-venção imediata e agilização no proces-so de deportação. Pereira é diretor do De-partamento das Comunidades Brasilei-ras no Exterior, parte do Ministério dasRelações Exteriores.

Fernando de Sá Lima Monteiro: “Só voltoa comer depois que chegar no Brasil”.

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28 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com IMIGRAÇÃO

Região de Valadares semobiliza para apoiar emigrantesNo próximo dia 17,Associação dosParentes deEmigrantes seráoficialmenteconstituída. Emparalelo, governomunicipal desenvolveprojetos para darsuporte àqueles quemovimentam aeconomia local.

Por Juliana Melo, de São Paulo

Associação dos Amigos eParentes dos Emigrantes do Valedo Rio Doce. O nome é longo eo sonho é antigo. O projeto decriar uma organização que apóieos familiares de quem está noexterior está prestes a se tornarrealidade. No próximo dia 17,na Câmara de Vereadores deGovernador Valadares, a Associação seráoficialmente constituída.

O projeto, discutido há mais de seismeses na região, finalmente sairá do pa-pel. A Associação pretende aproximar osparentes dos emigrantes, dando-lhes su-porte para gerenciar as remessas, esclare-cimentos legais sobre emigração e infor-mações para que as pessoas que preten-dem sair do Brasil tomem sua decisãoconscientes dos riscos e dificuldades deviver num País estranho.

Segundo o vereador de Valadares PauloCosta – que está liderando a criação da en-tidade, a Associação terá caráter regional epretende unir os familiares de emigrantesde 30 municípios do Vale do Rio Doce.“Estamos nos articulando com liderançasdessas cidades para que aqueles que são li-gados aos emigrantes façam parte da Asso-ciação e tragam seus problemas, dúvidas enecessidades. Quanto maior o número depessoas, maior será nossa representatividadee força para lutar pelas reivindicações dequem vive ou tem parentes no exterior”, diz.

Nos últimos meses, líderes comunitá-rios reuniram-se com autoridades políti-cas de diversos municípios para envolvê-los com a questão.

Auxílio à distânciaA presidente da Câmara de Vereado-

res de Divino das Laranjeiras, Maria He-lena Bernardino dos Santos, está acom-panhando a criação da Associação. Elatêm familiares vivendo nos Estados Uni-dos e conhece de perto os desdobramen-tos da emigração.

Apesar do tema fazer parte da culturade quem vive na região, Maria Helenapreocupa-se com os jovens que se dei-xam seduzir por promessas de uma vidamelhor e ignoram as dificuldades. “A As-

Dr. Augusto Barbosa (vice-prefeito de Valadares), Jupiaci Ramalho (secretário executivo da Assoleste), professoraMarta Reis e vereador Paulinho Costa: ações de apoio ao emigrante começaram no ano passado.

Para a vereadora Maria Helena Bernardinodos Santos, a Associação dos Parentes deEmigrantes tem tudo para se tornar umareferência para quem está no Brasil etambém para quem vive no exterior.

Programa Emigrante Cidadão

sociação deverá atuar também nesse sen-tido, realizando encontros para mostrar aopotencial emigrante os riscos de entrar ile-galmente, ajudando-os a tomar uma deci-são com consciência”.

Maria Helena defende, ainda, que sejamcriadas parcerias com profissionais e organi-zações que atuam nos Estados Unidos paraajudar os emigrantes que deixaram a região.

“A Associação poderá se tornar umareferência, inclusive para quem está noexterior; com parcerias, será possível aju-dar as pessoas que estão passando por pro-blemas legais ou precisam regularizar suasituação nos Estados Unidos, por exem-plo. Trabalharemos para ser interlocutoresdos familiares e emigrantes com as auto-ridades do Brasil e do exterior”.

Cidadãosde valor

A região de Valadares constitui o mai-or pólo exportador de emigrantes do País.Para se ter uma idéia, somente as cida-des que compõem a Assoleste (Associa-ção dos Municípios da Microrregião doLeste de Minas) têm quase dez mil cida-dãos vivendo nos Estados Unidos.

O secretário executivo da Assoleste,Jupiaci Ramalho, informa que os novemunicípios representados (Cuparaque,Central de Minas, Goiabeira, Itabirinha,Mantena, Mendes Pimentel, NovaBelém, Nova Módica e São João doManteninha) tiveram sua realidade trans-formada pela emigração. “Só Mantenatem perto de quatro mil moradores vi-vendo no exterior; daí a importância deenvolvermos os prefeitos com a Associ-ação dos Parentes de Emigrantes e le-vantar a discussão para que as autorida-des desenvolvam ações exclusivas paraessas pessoas”, afirma.

De acordo com Ramalho, a Associa-ção deverá dar assistência aos familiaresque estão no Brasil, mas tem um papelimportante a desempenhar: criar condi-ções e dar suporte aos emigrantes queretornam ao Brasil.

Jupiaci Ramalho destaca a importân-cia econômica dos emigrantes. “Com aqueda do dólar, pudemos sentir umadesaceleração na economia da região.Essa é a maior prova de que os brasilei-ros que vivem no exterior são responsá-veis pela movimentação no mercado deimóveis, negócios e novos empreendi-mentos que geram emprego e renda paraos moradores dessas cidades. Por isso,temos que oferecer condições para queeles preservem os vínculos com a regiãoe planejem voltar para sua terra”, finaliza.

A Prefeitura de GovernadorValadares tem um setor para atender osemigrantes e seus familiares. SegundoDevani Domingues, uma das sociólo-gas do Programa Emigrante Cidadão(PEC), ligado à Secretaria de Desenvol-vimento, os parentes de emigrantes re-correm ao setor para obter informaçõessobre entes próximos que vivem no ex-terior, pedir ajuda em caso de doença ouapoio quando há falecimento.

A intenção, agora, é ampliar os ser-viços oferecidos. O PEC pretende de-senvolver projetos que ajudem os fami-liares e emigrantes na aplicação das re-messas que chegam à cidade. “Quere-mos criar uma cartilha, com orientaçõessobre a região, melhores investimentose atividades que poderão dar retorno aofuturo empreendedor”, explica. Com

isso, os riscos de aplicar as economias emnegócios errados serão menores.

Recentemente, uma pesquisa da soci-óloga Sueli Siqueira, da UFMG, apon-tou que a maioria dos emigrantes queretorna dos Estados Unidos e investe emempreendimentos na região de Valadaresperde tudo e planeja emigrar de novo. Oauxílio do governo será fundamental paraevitar que os valadarenses se exponhamaos riscos de uma nova travessia ilegal.“Nossa intenção é dar o máximo de in-formações a essas pessoas para que seusprojetos dêem certo e elas consigam sefixar no município e ter sucesso no Bra-sil”, afirma.

Segundo Devani, a “Associação dosAmigos e Parentes dos Emigrantes doVale do Rio Doce” é uma iniciativa im-portante. “A maior dificuldade que en-

contramos é mapear quem são osemigrantes, de onde eles são, quaissão suas necessidades, como pode-mos ajudar. Vamos apoiar a associa-ção, pois através dela estaremos maispróximos das histórias dessas famí-lias e teremos elementos para desen-volver ações que atendam as expec-tativas dessas pessoas”, esclarece.

O Programa Emigrante Cidadãomantém relacionamento estreito comos Consulados e associações que tra-balham com brasileiros no exterior.Nessa nova fase, quer se aproximarainda mais dos emigrantes e de seusfamiliares. Para isso, a Prefeitura pre-tende fortalecer o PEC, tornando-ouma referência para quem está noBrasil e também para quem vive nosEstados Unidos.

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Na mira dos coiotesBrasileirosameaçados por“agenciadores”pedem ajudaà CPMI daEmigração

Da redação

Fernando emigroupara os Estados Uni-dos em setembro doano passado com amesma esperança demilhares de brasilei-ros. Oferecer à famí-lia que ficou no Brasiluma vida mais digna.Para isso, assim comotantos outros, não me-diu esforços, nem asconsequências, parachegar à terra onde,acredita-se, os sonhossão possíveis. Nãoconseguindo o vistode entrada para os Es-tados Unidos, Fernandorecorreu a coiotes. Por indicação de conhe-cidos que haviam emigrado há algum tem-po, ele procurou uma “agência” de Gover-nador Valadares. Pagou R$12 mil em di-nheiro e assinou uma promissória no va-lor de R$26 mil, que deveria ser pagaem prestações “conforme fosse dando”.

Em setembro de 2005, Fernando en-trou nos Estados Unidos pelo México.Arrumou trabalho e, desde então, nun-ca mais teve sossego. Os coiotes, nãocumprindo o trato, passaram a cobrar adívida de R$ 26 mil. “Eles ligam paraum amigo, que foi o meu avalista (ou-tra exigência do contrato) e dizem queou pagamos ou eu serei denunciado àImigração e a minha família estará cor-rendo sérios riscos”, conta Fernando.

No grupo de Fernando, um outrobrasileiro embarcou no mesmo sonhoe acabou entrando no mesmo pesadelo.Pedro, foi buscar uma vida melhor paraa família, mas até agora tudo o que con-seguiu foi muita preocupação. A agên-

Parlamentares brasileiros e norte-americanos debatem a imigração ilegal. Brasileiros ameaçados por coitesdepositam suas esperanças nas investigações da CPMI.

cia de Valadares exigiu o pagamento deR$12 mil como entrada antes do em-barque para o México e o fez assinar,ao lado de dois avalistas, uma promis-sória de R$26 mil.

Assim como Fernando, desde outubro,Pedro recebe ligações diárias dos agenci-adores cobrando a dívida que deveria serpaga em prestações. A mulher de Pedro,um dos seus avalistas, também recebe li-gações com ameaças. “Vou trabalhar pen-sando nisso ( nas ameaças). O que eu jásofri não desejo a ninguém. Na vespérado Natal pensei até em fazer uma bestei-ra”, conta Pedro. Desde que chegou, eleainda não pagou nada dos R$ 26 mil queos coiotes dizem que ele deve. “A gentenão pode tirar da boca dos nossos filhospara dar para eles”, completa.

Por motivo diferente da grande mai-oria, Jorge assumiu a mesma divída queos companheiros de travessia. Traba-lhando para a imprensa no Brasil, eledenunciou um esquema de corrupção

envolvendo políticos na cidade ondemorava. Diante de seguidas ameaças,Jorge não viu outra saída a não ser osEstados Unidos. Não conseguindo o

visto, caiu na conversa da mesma “agên-cia” de Valadares. Resultado: assimcomo os demais, Jorge é ameaçado to-dos os dias por coiotes que exigem opagamento da promissória de R$26 milque deixou assinada no Brasil.

Assustados e trabalhando o quantopodem para pagar a dívida e livrar as suasfamílias das ameaças dos coiotes, os trêsvieram a público, em nome do grupo –17 a 25 pessoas – pedir ajuda ao governofederal brasileiro. “Pedimos que o gover-no intervenha por nós. Não aguentamosmais ganhar em dólares para abastecer ageladeira dos outros. Lá (no Brasil) fo-mos iludidos pelos próprios coiotes. Elesdizem que vamos ganhar muito dinheiro.Mas na verdade, o que ganhamos mal dápara viver aqui e sustentar as nossas fa-mílias no Brasil.” – reclama Jorge.

O grupo de imigrantes espera ser ouvi-do pela CPMI da Emigração, que, duranteos últimos meses, investigou os delitospenais e civis relacionados ao ingresso debrasileiros nos Estados Unidos. O relató-rio da CPMI, que está em fase de conclu-são, vai propor, entre outras questões, ainclusão no Código penal Brasileiro atipificação do crime praticado pelos agen-ciadores da mão de obra emigrante.

*Os nomes citados na reportagem foramtrocados para preservar a identidade dosentrevistados.

IMIGRAÇÃO

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www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | 33ESPORTE

Leão agride jornalistae vai parar na delegacia

Tevez tevemesmouma virose

O técnico EmersonLeão agrediu um jor-nalista na saída do gra-mado do Estádio Brin-co de Ouro, em Cam-pinas, no intervalo dojogo Palmeiras 1 x 1Guarani. Questionadopelo repórter JoséHenrique Semedo, daRádio Central deCampinas, o treinadornada respondeu e ain-da empurrou o jornalis-ta, que o ironizou no ar:“Esse é o Leão, sempremuito simpático”. Aoouvir o comentário,Leão deu um soco emSemedo. “Ele me deuum murro na cara!”, re-latou o repórter.

Na volta do vestiá-rio, mais confusão:Leão tentou forçar a passagem em meioa vários jornalistas. Derrubou umcinegrafista da ESPN Brasil e empurrouo repórter Leandro Quesada, da Rádio

senti um chute por baixo”, se defendeu otécnico, após o jogo. “Aí me defendi”, re-forçou. O técnico está, junto com a delega-ção palmeirense, foi parar no 5.º DistritoPolicial, pois o jornalista prestou queixa.

Palmeiras e Guaranificam no empate

Palmeiras e Guarani empataram por1 a 1, na quarta-feira, no Estádio Brincode Ouro, em Campinas. Com isso, ospalmeirenses chegam aos 16 pontos noCampeonato Paulista, enquanto a equipede Campinas soma 10.

Depois da derrota para o São Paulo,no clássico de domingo passado, o Pal-meiras voltou a tropeçar no campeonato,perdendo a chance de ficar na liderança.

O primeiro gol do jogo de quarta-feirafoi do Palmeiras, marcado pelo atacanteWashington, após bom passe de Edmundo,aos 2 minutos do segundo tempo. Mas oGuarani empatou aos 20, com Fabiano.

O destaque negativo foi a confusãoenvolvendo o técnico Leão, que foi acu-sado de agredir um jornalista no interva-lo da partida.

O técnico do Palmeiras Emerson Leão deu um soco emum jornalista no final da partida contra o Guarani

Bandeirantes. O auxiliar de Leão, PedroSantilli, ainda tentou contornar a situação,mas o barraco já estava armado.

“Empurrei educadamente o repórter e

Os médicos corintianos estão revoltadoscom os rumores de que poderiam ter escondi-do uma noite de bebedeira de Tevez. “Nóssomos pessoas íntegras e não colocariam anossa credibilidade em risco por causa de ne-nhum jogador de futebol. Se o Carlitos tivessebebido e passado mal por isso, seria proble-ma dele. Só que ele tem muito bem a noçãodo que representa para o Corinthians. O me-nino não bebe. O que irrita profundamente éessa maldade, essa leviandade de algumas pes-soas da imprensa que influenciam muitas ou-tras”, diz o médico Paulo de Faria.

Fábio Novi, que acompanhou todo oprocesso, não queria nem dar entrevista. Sóa muito custo aceitou falar. “Eu fico revol-tado com o que escuto. Parece que as pes-soas não têm a menor responsabilidade coma seriedade das notícias. Nunca eu ou o Pau-lo iríamos nos prestar a esconder bebedeirade qualquer jogador”, assegurava, tenso.

“O que aconteceu com Tevez foi a coi-sa mais normal do mundo. Ele teve mesmouma virose. No Hospital São Luís fizemoscerca de 43 tipos de exames enquanto este-ve internado. Investigamos até tifo, febreamarela, tudo. O quadro é mesmo de viro-se. Tanto que ele já está bem.”, diz Faria.

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34 | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | www.nationaltbn.com ESPORTES

Brasileirão 2006já tem tabela

O Campeão brasileiro de 2005, Corinthiansvai abrir o brasileirão contra o Grêmio,vencedor da série B

Japão conta com Zico para vencer o BrasilPor Fábio Amaro

Adversárioda seleção bra-sileira na pri-meira fase daCopa do Mun-do na Alema-nha, o Japãotem, como

principal estrela, um jogador, aliás, umex-jogador que trabalha fora de cam-po. É Arthur Antunes Coimbra, o Zico,ídolo do Flamengo e do Brasil, hoje téc-nico da seleção japonesa.

A diferença de ter um Zico do ou-

tro lado pode ser um grande desafio paraos nossos craques, na partida que aconte-ce pelo Grupo F, do tornei. Isso porqueZico, mesmo não contanto com jogado-res tão habilidosos em sua equipe, conhe-ce a seleção brasileira tão bem quanto,talvez, o técnico Carlos Alberto Parreira.

Afinal, o Galinho (apelido de Zico),além de ter participado das Copas de1978, 1982 e 1986, foi coordenador téc-nico, ao lado de Zagallo, na Copa de1998. Também, é considerado por diver-sos amantes do futebol, como o maiorjogador do mundo depois de Pelé eGarrincha, e o maior jogador da história

do Flamengo, time onde atuou durante amaior parte de sua carreira.

Zico conhece o Brasil e os seus joga-dores, e essa é a sua grande arma paramotivar a seleção japonesa, durante a pri-meira fase da Copa, na Alemanha. Atual-mente, em tempos de preparação para omundial, o Galinho montou umcronograma de seis amistosos, visandodeixar a equipe com capacidade de con-seguir a classificação.

Vencer o Brasil é uma das metas deZico. Não a principal, pois o que ele so-nha mesmo é em classificar a seleção ja-ponesa para a segunda fase. Pois o de-

sempenho do Japão em Copas do Mun-do sempre foi discreto: eliminado em1998, na primeira fase; e em 2002, jo-gando em casa, classificou-se para a se-gunda etapa, mas perdeu, em seguida,para o Senegal.

No time de Zico, o meia Nakamuraé a grande aposta. Aos 27 anos, ele faráa sua estréia em Copa do Mundo. Vivea melhor fase de sua carreira, e afirmanão ter medo de enfrentar o Brasil.Será?

Fábio Amaro é jornalista e escritor, autordo livro “Capas da Copa”

JogadorGrafitte pagaR$ 5,34 milhõespara deixar oSão Paulo

Finalmente, a batalha judicial en-tre o jogador Grafitte e o São PauloFutebol Clube terminou. EdinaldoBatista Libânio, conhecido comoGrafitte, desistirá da ação trabalhis-ta e concordou em desembolsar 2milhões de euros, cerca de R$ 5,34milhões, para o clube. Com isso, oSão Paulo Futebol Clube concordouem liberar o atleta.

Na audiência, que foi presididapelo juiz substituto Marcos NevesFava, da 89ª Vara do Trabalho de SãoPaulo, o clube se comprometeu “a nãorepresentar o clube francês Le MansUnion 72, por quaisquer motivos re-lativos à negociação do contrato de tra-balho e da transferência do reclaman-te para o Le Mans, perante a FIFA, ouqualquer outra instância esportiva na-cional ou internacional”.

Por decisão liminar concedidapelo juiz Marcos Fava, no último dia24, Grafitte teve seu contrato encer-rado com o clube paulista.

Por Michel Castellar

O confronto entre Corinthians, o cam-peão da Série A, e o Grêmio, vencedorda Série B, será a principal atração da pri-meira rodada do Campeonato Brasileiro,que começará no dia 15 de abril, de acor-do com a tabela divulgada na quarta-fei-ra pelo departamento técnico da Confede-ração Brasileira de Futebol (CBF), no siteda entidade (www.cbfnews.com.br).

Além da partida entre os atuais campe-ões, os torcedores paulistas ainda assistirãoa Palmeiras x Ponte Preta e São Paulo xFlamengo, no Morumbi. Os outros repre-sentantes paulistas na Série A – disputadapor 20 clubes no sistema de pontos corri-dos – são o Santos, que irá estrear fora decasa, contra o Goiás, e o São Caetano, anfi-trião do Cruzeiro.

Quanto aos clubes cariocas, Vasco eBotafogo farão suas primeiras partidas noRio, contra o Internacional e o Fortaleza,respectivamente. E o Fluminense irá aoParaná enfrentar o Atlético Paranaense.

O primeiro clássico entre os quatro gran-

des clubes de São Paulo ocorrerá na tercei-ra rodada, dia 30 de abril, quando Palmei-ras e Santos se enfrentarão no Estádio Pa-lestra Itália. Na rodada seguinte, dia 7 demaio, será a vez de Corinthians e São Pauloatuarem no Pacaembu.

Neste ano, além do cobiçado título decampeão brasileiro outra atração será o re-baixamento para a Segunda Divisão. Osclubes temem que várias equipes conside-radas grandes possam cair para a Série B,porque no final da disputa quatro times des-

cerão e outros quatro serão promovidos àPrimeira Divisão.

Além do rebaixamento de quatro equi-pes, outra novidade no Brasileirão de 2006são os critérios de classificação para as com-petições internacionais. Neste ano, o cam-peão da Série A terá o direito de disputarem 2007, além da Copa Libertadores, aCopa Sul-Americana.

A classificação para a Libertadores tam-bém foi alterada. Agora, os três primeiros doBrasileiro estão automaticamente garantidos.Já o quarto colocado precisará disputar a fasepreliminar. Mas, se um clube brasileiro ven-cer a Libertadores de 2006 e terminar entre astrês equipes do Nacional, a quarta posição as-segurará o time na competição sul-americana.A mesma regra será válida, caso o campeãoda Copa do Brasil também fique em primei-ro, segundo ou terceiro na série A.

Com essas alterações, as oito vagas naCopa Sul-Americana serão distribuídas des-ta maneira: um para o campeão brasileiro eas outras sete para os times que ficarem clas-sificados nas posições subseqüentes aos as-segurados na Libertadores.

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www.nationaltbn.com | NATIONAL THE BRAZILIAN NEWSPAPER | 9 DE FEVEREIRO DE 2006 | 35DINHEIRO

Declarar Imposto de Rendaé dever de todo cidadãoPor Karine Porcel

Início de ano é épocade fazer Imposto de Ren-da nos Estados Unidos. Oscontribuintes têm até o dia15 de abril para enviar àReceita Federal America-na (IRS) o formulário coma declaração do que ga-nhou e gastou no ano de2005. Os imigrantes queresidem no País, legal ouilegalmente, recebendo sa-lários há mais de seis me-ses, devem fazer Impostode Renda. Mesmo semum número de SocialSecurity, é possível decla-rar com um ITIM number,um correspondente doCPF brasileiro.

Com o auxílio de VítorBibart, diretor contábil daTax House, empresa que, entre outros servi-ços prepara o Imposto de Renda da comuni-dade brasileira da Flórida, o NATIONAL for-mulou um guia para ajudar os brasileiros aentender o Imposto de Renda americano.Nesta reportagem, os leitores vão saber o queé Imposto de Renda, como funciona, quemdeve declarar e a importância de fazê-lo anu-almente. Na próxima edição, vamos explicarcomo fazer o Imposto de Renda deste ano fis-cal, o que declarar e o que fazer para não pa-gar ou pagar menos no início do próximo ano.

O que é Imposto de RendaÉ a declaração anual do que você recebe desalário, trabalho como autônomo, gorjeta eda venda de propriedades. A maioria daspessoas paga o imposto de renda comdinheiro recolhido do contra-cheque. O valordo imposto a ser pago varia de acordo com oque se recebe. Quem ganha menos, pagamenos de Imposto de Renda.

Quem deve declararSão obrigados a declarar Imposto de Rendatodas as pessoas que auferiram ganhos quetotalizaram mais de U$ 600 durante operíodo fiscal e que residiram em territórioamericano por mais de 6 meses. Isto inclui osimigrantes indocumentados. Nos EstadosUnidos não existe a chamada declaração deisento, como no Brasil. Isso significa quetodas as pessoas que se enquadram acima dafaixa dos U$600 anuais e residiram aqui pormais de 6 meses devem declarar o Impostode Renda.

Quem normalmente receberestituição do governoPara receber do governo, apenas se enqua-dram as pessoas que:1- Tenham pago Imposto de Renda retido nafonte (descontados em seus contra-cheque)2- Tenham direito a algum beneficio dogoverno como por exemplo Earned IncomeTax – EIC, Child Tax Credit etc. É Importan-te salientar que terão direito a esses doisbenefícios somente os contribuintes erespectivos dependentes que possuam Social

Security válidos.Observadas estas regras, analiza-se oquanto de Imposto de Renda ainda restaa pagar. Caso exista saldo positivo, ocontribuinte receberá do governo aoinvés de ter que pagar imposto.

Quem normalmente pagaimposto ao governoTerão que pagar ao governo, os contri-buintes que – na situação descritaanteriormente – possuam saldo negativoentre os seus créditos a receber e osimpostos e contribuições devidos.Geralmente, os contribuintes queauferiram renda proveniente de trabalhoautônomo (self-employed) terão quepagar Imposto de Renda.

Por que deve-se fazer oImposto de RendaHá duas razões principais:1-Pagando imposto estamos contribuin-do para a aposentadoria, que inclui oMedicare e os benefícios do SocialSecurity. As contribuições para oMedicare pagam por serviços médicosoferecidos à maioria das pessoas comidade superior a 65 anos. O SeguroSocial oferece benefícios a determinadostrabalhadores aposentados, trabalhado-res inválidos e suas famílias.2-Ao contribuirmos com o GovernoFederal pagando impostos, nossasfamílias recebem benefícios como:escola gratuita, ruas limpas, segurançaetc.

Para que serveo Imposto de RendaO dinheiro recolhido com o Imposto deRenda paga os serviços que o governofederal oferece aos cidadãos. Entre essesserviços encontram-se os seguintes:1-Manter o país seguro e a salvo2-Curar e prevenir doenças, por meio depesquisas3-Oferecer educação gratuita para

crianças e adultos4-Construir e manter estradas erodovias5-Oferecer serviços médicos àclasse baixa e idosos6-Oferecer ajuda de emergência nocaso de desastres naturais, comofuracões, enchentes e terremotos

Quais as consequênciassofridas por quem nãofaz o imposto de renda1-Se você estiver em processo delegalização, o não pagamento deImposto de Renda pode acarretar nanegação do Green Card. É importantelembrar que uma reforma da imigraçãoestá sendo discutida no Congressoamericano. As leis que forem aprova-das, não importa quais sejam, irãosempre beneficiar àqueles que pagam oImposto de Renda corretamente2-Se você ficar anos seguidos sem

declarar, terá que pagar todos os anos nãodeclarados de uma única vez, além de umamulta e juros por estar declarando atrasado3-Se você não paga imposto, não terádireito a aposentadoria

Como obter ajudacom seus impostosÉ possível obter ajuda gratuita para adeclaração do imposto de renda junto aoCentro de Assistência do Contribuintedo IRS. Existem Centros de Assistênciaao Contribuinte em comunidades detodos os Estados Unidos. Para encon-trar um Centro de Assistência aoContribuinte no lugar onde vive, acesseo site http://www.irs.gov/localcontacts/index.html. Para obter ajuda portelefone, ligue para o IRS, no número1-800-829-1040.A Tax House auxilia os brasileiros daFlórida a fazerem a sua declaração. Aempresa pode ser contatada pelo [email protected] ou telefone 954-782-4000

PrazoA declaração sempre cobre a rendarecebida de janeiro a dezembro do anoanterior. O prazo para apresentação dadeclaração de 2005 é 15 de abril de2006. Não perca o prazo e não deixepara fazer seu imposto de renda naúltima hora.

Muitos brasileiros não declaram Imposto de Renda por acharemque não podem e não precisam. Mas não fazê-lo pode implicar emuma dor de cabeça maior ainda na hora da legalização.

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Apartamento cobertura Cem condomínio 3 qtos(suíte) - SANTO AGOSTINHO R$135.000,00.Ligue: 1-877-223-2990 CDJ46

Aptº 2 qtos 2 qtos(suíte) sala-copa ampla, ga-ragem - UNIVERSITÁRIO R$60.000,00. Ligue:1-877-223-2990 CDJ18

CASA

CASA V. BRETAS 2qts, sl, cp, cz, gr 4 car,luxo tem 250 mts de construçãoR$160.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDE62

CASA SÃO PEDRO 1st com hidro , 2qt, 2sl,cp, cz, gr2 carros, qtl, terraço, da fin. caixa econR$110.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDE63

CASA ILHA DOS ARAUJOS 1 suíte, 4qt, sl,cp, cz, pisc R$150.000,00 Ligue: 1-877-223-2990 CDE64

CASA ILHA DOS ARAUJOS 3 qtos, bh social,sl, cp, cz, gr + um qto com bh R$88.000,00Ligue: 1-877-223-2990 CDE65

CASA GRÃ DUQUESA Duas moradas, sl, 2qt,bh social R$120.000,00Ligue: 1-877-223-2990CDE66

BARRACÃO GRÃ DUQUESA Lote 10 por 30de fundo, casa velha 3qt, sl, cz, bh social, fin.Caixa EconR$80.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDE67

CASA B. LURDES Com 3 suites, sala, cp, cz,gr1 R$120.000,00. Ligue: 1-877-223-2990CDE68

CASA B. BETEL 1st, 2qt, sl, cp, cz, slcp, cz,garagem 3 carros R$90.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDE69

CASA V. IMPERIO 3qt, sl, cp, cz, bh social,grR$68.000,00. Ligue: 1-877-223-2990CDE70

CASA M. EUGENIA 2 ste, +1qto, sl, cp, cz,2gr, terraço R$80.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDE71

CASA V. VERDE 3 qt, bh, sl, cp,czR$100.000,00 Ligue: 1-877-223-2990CDE72

CASA M.VALE 3qt, bh, sl, cz, qtl, gr 1 carro.Financ. Caixa R$110.000,00Ligue: 1-877-223-2990 CDE73

CASA MORADA DO VALE 3 2 quartos, sl,mais dois barracões, escritórios R$85.000,00Ligue: 1-877-223-2990 CDE74

CASA MARIA EUGÊNIA 2 suites, +1 quarto, sl,cp, cz R$82.000,00. Ligue: 1-877-223-2990CDE119

Casa inacabada C/telhado - AÇUCAREIRA -SANTOS DUMONT R$85.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ39

03 casas de 2 qtos Lote 520m2 - AÇUCAREIRA- SANTOS DUMONT R$150.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ40

Casa 4 qtos 4 qtos(2 suítes) dem. Dep. Lote480m2 - CENTRO R$600.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ25

Casa rua D. Pedro II 5 qtos (suíte) - CENTROR$230.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ26

Casa de luxo C/3 suítes - CENTROR$750.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ27

Casa Lote 400m2 próx. Democrata - CENTROR$360.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ28

Casa 4 qtos (2 suítes) lote 776m2 c/aquecedorsolar. Aceita aptos na troca - ESPERANÇAR$220.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ32

Mansão c/ 4 qtos 4 qtos (2 suítes), piscina. Lotegrande - ESPLANADA R$800.000,00 Ligue: 1-877-223-2990 CDJ31

Casa 4 qtos 4 qtos(suíte), gar. 2 carros - GRÃDUQUESA R$250.000,00. Ligue: 1-877-223-2990 CDJ19

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