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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE PARÂMETROS BIOMÉTRICOS DA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR Discente: Lucas Pedreschi Tittoto – RA: 156395 Orientador: Prof. Dr. Lucas Rios do Amaral Coorientador: Murillo Grespan da Rocha (mestrando do PPG Engenharia Agrícola) Campinas, SP Agosto, 2016

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Page 1: ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE ......Figura 6. Indicação das parcelas alocadas na fazenda Boa Vista com fundo da condutividade elétrica de 0-50cm de profundidade (interpolada)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRÍCOLA

ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE

PARÂMETROS BIOMÉTRICOS DA CULTURA DA

CANA-DE-AÇÚCAR

Discente: Lucas Pedreschi Tittoto – RA: 156395

Orientador: Prof. Dr. Lucas Rios do Amaral

Coorientador: Murillo Grespan da Rocha (mestrando do PPG Engenharia Agrícola)

Campinas, SP

Agosto, 2016

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ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE PARÂMETROS

BIOMÉTRICOS DA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR

Resumo: Criada por uma demanda da agricultura por tornar a unidade de produção

agrícola mais eficiente e produtiva, a agricultura de precisão (AP) passou a envolver todo

tipo de estudo ou soluções que direta ou indiretamente tornavam possível o tratamento da

área produtiva com toda a sua variabilidade e fatores ocasionadores dela. Abrangendo

uma área específica da AP, este estudo, busca aprofundar as pesquisas em sensoriamento

proximal, por meio do uso de sensores de refletância, para detectar as potencialidades

deste como identificador de certos parâmetros da cultura da cana-de-açúcar e assim,

auxiliando a torná-lo uma ferramenta útil no dia-a-dia do produtor rural. Para tal, foi

acompanhado todo o período de crescimento da cana-de-açúcar em duas áreas comerciais

distintas, alocando parcelas de forma direcionada, compostas por três subparcelas, que

representaram um estágio de crescimento da cana cada, sendo eles 30, 40, 125 cm de

altura de colmo. Foram realizadas avaliações biométricas manuais e com um sensor de

dossel, tendo como objetivo final estabelecer possíveis relações entre os parâmetros da

planta e índices de vegetação (IVs). Este relatório apresenta as atividades de coleta dos

dados em todos os estágios de crescimento previstos e suas devidas análises e conclusões

finais.

Palavras chave: Agricultura de precisão, sensor de dossel, sensoriamento proximal.

1. INTRODUÇÃO

A agricultura de precisão (AP) é um sistema de gerenciamento agrícola baseado

na variação espacial de propriedades do solo e das plantas encontradas nas lavouras e visa

à otimização do lucro, sustentabilidade e proteção do ambiente (BRASIL, 2011). Trata-

se de um conjunto de tecnologias aplicadas para permitir um sistema de gerenciamento

que considere a variabilidade espacial da produção (BRASIL, 2011).

Atualmente, a investigação da variabilidade espacial dos cultivos é feita em sua

grande maioria a partir de amostragens, geralmente manuais e laboriosas, que acabam

impedindo o adequado retorno das práticas de agricultura de precisão (MOLIN et al.,

2015). Como alternativa, o sensoriamento remoto surge com grande potencial de

utilização, principalmente visando a adubação em taxa variável e em tempo real. Para

tanto, vem se estudando o uso de sensores óticos ativos terrestres, que se caracterizam

por utilizarem fonte de luz própria e serem aplicados na agricultura montados em veículos

(AMARAL, 2010). Segundo Moreira (2005), esses sensores são capazes de captar

espectros eletromagnéticos em faixas pré-determinadas por cada sensor, gerando dados

capazes de serem transformados em produtos passíveis de interpretação, quer seja na

forma de imagem, gráfico ou tabela.

Com a proposta de facilitar a interpretação dos dados gerados pelos sensores

óticos surgiram os índices de vegetação (IVs). O NDVI (Normalized Difference

Vegetation Index) proposto por Rouse et al. (1973), é hoje um dos índices mais estudados

tanto para a estimativa da nutrição por N (RAUN et al., 2002; SOLARI, 2006; EITEL et

al., 2008) como outras aplicações (SOLIE et al., 2002). Porém muitos estudos mostram

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sua sensibilidade a condições externas que inviabilizam a identificação precisa de certos

causadores de variabilidade nas lavouras. Como exemplo está o estudo de Jensen (2009),

o qual identificou três aspectos negativos no NDVI coletado por plataformas orbitais,

sendo eles a influência de radiância de trajetória atmosférica (não importante no caso de

sensores terrestres), saturação em relação a altos valores de índice de área foliar (IAF) e

a sensibilidade a mudanças do substrato do dossel, como o solo. Os sensores de dossel,

além do NDVI, oferecem a possibilidade de calcular uma gama de outros índices que

podem apresentar resposta à alguma variável da planta que seja de interesse para o gestor

agrícola. Exemplo desses índices que em alguma situação apresentaram rendimento

superior ao NDVI são: NDRE (BARNES et al., 2000), CI (GITELSON et al., 2005),

MTCI (SHIRATSUCHI et al., 2010), SAVI (HUETE, A.R., 1988) e CCCI (LONG et al.,

2009).

Além disso, segundo Amaral (2014), é necessário ter em mente que, apesar de

todos os avanços recentes nas pesquisas com sensores de dossel, esses equipamentos

foram desenvolvidos para atuarem nas culturas de milho nos Estados Unidos, e trigo, na

Europa. Portanto, culturas tropicais como a cana-de-açúcar precisam de muitos estudos

para apontar a efetividade dessa tecnologia.

Atualmente pesquisas vêm desenvolvendo técnicas para mensurar alguma

característica de planta ou de solo para inferir sobre aspectos específicos de intervenção,

na medida do possível, em tempo real (sensoriamento proximal), AMARAL 2014,

CIGANDA et al. 2012, PORTZ et al. 2011, SOLIE et al. 2002. Ao focar-se na avaliação

de plantas, assume-se que estas têm como expressar suas deficiências a partir de

indicadores, sendo que o indicador com mais potencial, devido à sua facilidade de

medição, é a refletância da luz incidente (BRASIL, 2011). Hoje os métodos manuais de

mensuração das características da planta são caros e/ou onerosos, muitas vezes não

adotadas pelos produtores e dessa forma, busca-se uma alternativa através do uso de

sensoriamento proximal para tornar esse levantamento rápido e efetivo.

Logo, o objetivo dessa pesquisa foi inferir se o sensoriamento proximal, por meio

do uso de sensores de dossel e o cálculo de diferentes índices de vegetação, pode permitir

a estimativa de propriedades do dossel da cultura da cana-de-açúcar, auxiliando na

identificação da variabilidade existente nos canaviais.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Local e solos

O experimento foi conduzido em duas fazendas pertencentes ao Grupo Ipiranga

Agroindustrial em sua unidade de Descalvado-SP. Fazenda Boa Vista, nos talhões 16 e

17 onde havia ambientes de produção C e E (Figura 1) e nos talhões 9 e 10 da fazenda

Santa Luzia com ambientes A, D e E (Figura 2).

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.

Figura 1. Imagem de satélite (Google Earth) dos talhões 16 e 17 da fazenda Boa Vista

com os ambientes C e E delimitados pela linha vermelha em diagonal.

Figura 2. Imagem de satélite (Google Earth) dos talhões 8, 9 e 10 da fazenda Santa Luzia

com os ambientes A, D e E delimitados pela linha vermelha em diagonal.

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A variabilidade dos solos foi importante para obter variabilidade no

desenvolvimento das plantas ao longo da área e, assim, auxiliar nas análises de correlação

entre as variáveis medidas.

2.2. Características do cultivo

Além da variabilidade do solo, as áreas foram escolhidas por serem de cana-soca

(segundo corte), uma vez que áreas de cana-planta poderiam apresentar muita

homogeneidade no vigor de plantas, o que não seria interessante para a presente pesquisa,

ou muitas falhas no plantio e heterogeneidade no estande, o que também poderia

prejudicar os resultados.

As variedades plantadas foram RB867515 (Fazenda Boa Vista) e RB855156

(Fazenda Santa Luzia), em áreas com colheita mecanizada.

2.3. Metodologia de coleta

Vinte pontos amostrais (ou parcelas “virtuais”) foram alocadas em cada uma das

áreas (Figura 5). O direcionamento dos locais onde foram alocadas essas parcelas foi

realizado por meio de análise de agrupamento (criação de vinte grupos) das variáveis de

NDVI medidas por imagem do satélite LANDSAT 8, tirada em 08/03/2016 (Figura 3),

data em que a cana estava quase a ser colhida anterior a pesquisa; variabilidade medida

por um sensor de condutividade elétrica aparente do solo (EM-38®, Geonics,

Mississauga, Ontario, Canadá) para as profundidades de 0-50cm e 50-100cm (Figura 4);

e pela demarcação dos ambientes de produções obtidos por dados da usina. Dessa forma,

foi-se contemplado grande parte da variabilidade existente nas áreas em relação ao

desenvolvimento da cultura e variação de solo para a correta alocação das parcelas,

visando à obtenção de dados com grande amplitude nos valores das variáveis biométricas

avaliadas (figuras 5 e 6).

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Figura 3. NDVI por imagem do satélite LANDSAT 8 dos talhões da fazenda Santa Luzia

Figura 4. NDVI por imagem do satélite LANDSAT 8 dos talhões da fazenda Boa Vista

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Figura 5. Indicação das parcelas alocadas na fazenda Santa Luzia com fundo da

condutividade elétrica de 0-50cm de profundidade (interpolada) para evidenciar a

variabilidade contemplada pelas parcelas.

Figura 6. Indicação das parcelas alocadas na fazenda Boa Vista com fundo da

condutividade elétrica de 0-50cm de profundidade (interpolada) para evidenciar a

variabilidade contemplada pelas parcelas.

Cada parcela “virtual” alocada em cada um dos grupos para cada área constou de

cinco fileiras de cana-de-açúcar com 9,0m, espaçadas 1,5 m. Dos 45 m lineares, apenas

12 foram utilizados para as avaliações, subdivididos em quatro partes de 3,0 m cada

(subparcelas – Figura 7).

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Figura 7. Croqui de uma parcela “virtual” de amostragem, indicando os locais onde

foram efetuadas as avaliações de planta conforme a época de amostragem (A, B, C e D).

Uma observação importante deve ser feita em relação à subparcela D, pois essa só

está na metodologia, por ter sido coletada para análise na dissertação de mestrado do

coorientador dessa pesquisa.

Cada subparcela representaria uma época de avaliação (plantas com altura média

de colmos de 30, 50 e 70 cm e época de colheita), porém a amostragem 50 cm alcançou

média de 40 cm, a de 70 cm foi postergada, sendo realizada apenas com 125 cm de média

e a amostragem da colheita não foi utilizada nesse trabalho, pois não foi usado sensor de

refletância nesse período. Para a análise da biomassa foi feita uma amostragem para cada

subparcela, uma vez que a mensuração desta requer amostragem destrutiva. Já a análise

das demais variáveis relacionadas ao desenvolvimento das plantas foram realizadas em

todas as subparcelas que ainda não haviam sido cortadas para a biomassa, sendo elas:

número de perfilhos contados manualmente na subparcela;

altura de plantas medida da base da planta até a lígula da folha +1, medidos

através de um bastão escalonado;

diâmetro de colmos medido na área basal do 3° nó, medido com um paquímetro;

índice de área foliar medido por um sensor de radiação fotossinteticamente ativa

(AccuPAR LP-80, DecagonDevices, Pullman, Washington, EUA);

teor relativo de clorofila nas folhas por meio de um clorofilômetro (ClorofiLog,

Falker Automação Agrícola, Porto Alegre/RS, Brasil);

biomassa total da parte aérea por meio da coleta de todo material presente na

subparcela, para então obter o valor total de massa e a relação entre os itens

pesados.

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As variáveis “altura das plantas”, “diâmetro dos colmos” e “teor de clorofila”

foram avaliadas em 10 perfilhos representativos em cada subparcela; no caso da variável

“teor de clorofila”, foi amostrado o limbo foliar da folha +3, numerada pelo sistema

estabelecido por Kuijper, citado por Rodrigues (1995), posicionando o equipamento

aproximadamente na metade da folha, entre a base e a extremidade. As parcelas foram

identificadas através do uso de bandeiras colocadas em suas extremidades A e D para que

as avaliações posteriores fossem repetidas nas mesmas áreas reais. O Índice de Área

Foliar foi medido em três pontos ao longo da subparcela, já que cada leitura abrange 86,5

cm, excluindo-se as bordaduras e gerando um valor médio.

Por último, as subparcelas foram avaliadas com o sensor de refletância do dossel

(CropCircle ACS-430, Holland Scientific Inc., Lincoln, Nebraska, EUA) com a

finalidade de relacionar as variáveis biométricas medidas aos índices de vegetação

calculados a partir das leituras de refletância desse equipamento (Tabela 1). Segundo

Amaral (2014), esse equipamento possui sua própria fonte de luz modulada com

frequência de emissão de 40.000 Hz, emitida a partir de um LED (lighting emitting diode).

A refletância do alvo é captada por três fotodetectores, sendo um na região do espectro

magnético centrada no vermelho (670 nm, visível), um na região de transição entre o

vermelho e infravermelho próximo, chamado de red edge (730 nm), e uma na região do

infravermelho próximo (IVP, 780 nm). O campo de visão do sensor é de 32 por 6 graus

e coleta dados cinematicamente em apenas uma fileira de plantas de cana-de-açúcar por

vez, sendo sua distância ideal em relação ao alvo (dossel da cultura) entre 0,8 e 1,2 m

(AMARAL, 2014).

Tabela 1. Índices de vegetação (IV) que foram utilizados, seguido por suas siglas,

equações e referências.

IV Sigla Equação Referência

Normalized

difference

vegetation index

NDVI (RNIR-RRed)/(RNIR+Rred) ROUSE et al.(1974)

Soil adjusted

vegetation index SAVI

(1+L)(RNIR-

Rred)/(RNIR+Rred+L) HUETE (1988)

Normalized

difference red

edge index

NDRE (RNIR-RRE)/(RNIR+RRE) BARNES et al.

(2000)

Chlorophyll

index CI (RNIR/RRE) - 1

GITELSON et al.

(2005)

Canopy

chlorophyll

content index

CCCI NDRE/NDVI LONG et al. (2009)

Meris terrestrial

chlorophyll index MTCI (RNIR-RRE)/(RRE-Rred)

SHIRATSUCHI et al.

(2010)

Em que: RNIR, valores de refletância obtidos pelo sensor em 780nm; RRE, refletância em

730 nm; RRed, refletância em 670 nm.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A terceira amostragem apresentou insensibilidade dos dados do sensor à variação

dos parâmetros biométricos da cana-de-açúcar (Tabela 2). Isto ocorre porque como o

sensor obtém informação apenas do topo do dossel, este topo passa a não ter mais relação

com o que acontece abaixo dele quando a cana apresenta porte alto. Apesar de nessa

avaliação haver fraca relação dos IVs com biomassa e número de perfilhos quando as

duas áreas são analisadas em conjunto, esta correlação é um artefato dos dados devido à

diferença da magnitude dos dados entre as áreas, uma vez que avaliando as correlações

individualmente para cada área (Tabela 2), nota-se resultados ruins.

Tabela 2. Correlação dos índices de vegetação com variáveis biométricas para terceira avaliação

da cana-de-açúcar nas duas áreas de pesquisa.

NS=não significativo; *=significativo a 5%; **=significativo a 1%.

Na primeira avaliação, os índices NDRE, NDVI, SAVI e CI apresentaram

relações semelhantes (Tabela 3). Estes índices apresentaram relação com número de

perfilhos, IAF e biomassa tanto nas áreas individualmente, quanto na análise em

conjunto. Diferentemente, existiram relações dos índices com altura de colmos quando

analisando as áreas individualmente, mas que deixou de existir quando as áreas foram

analisadas conjuntamente. Isso ocorre porque os dados de altura de colmo permanecem

praticamente constantes dentro de uma faixa de 20 a 40cm, enquanto os valores dos IVs

(Figura 8) se alteram em cada área. Isto ocorre devido ao diferente comportamento do

dossel das variedades estudadas em cada área e é comprovado quando normalizamos os

NDRE NDVI SAVI CI CCCI MTCI

Perfilhos 0,31NS 0,23NS 0,26NS 0,35NS 0,29NS 0,34NS

IAF 0,41NS 0,26NS 0,26NS 0,45* 0,38NS 0,44NS

Clorofila -0,12NS 0,03NS 0,04NS -0,11NS -0,15NS -0,13NS

Altura -0,11NS 0,14NS 0,09NS -0,04NS -0,16NS -0,02NS

Diâmetro 0,18NS 0,28NS 0,29NS 0,19NS 0,12NS 0,15NS

Biomassa 0,10NS 0,18NS 0,16NS 0,19NS 0,06NS 0,21NS

Perfilhos 0,35NS 0,45* 0,43NS 0,38NS 0,28NS 0,32NS

IAF -0,06NS -0,12NS -0,10NS -0,09NS -0,03NS -0,07NS

Clorofila -0,09NS -0,08NS -0,09NS -0,04NS -0,10NS -0,07NS

Altura 0,19NS 0,18NS 0,19NS 0,11NS 0,23NS 0,16NS

Diâmetro 0,28NS 0,32NS 0,33NS 0,32NS 0,25NS 0,31NS

Biomassa 0,38NS 0,37NS 0,39NS 0,35NS 0,38NS 0,36NS

Perfilhos 0,45** 0,47** 0,47** 0,46** 0,40* 0,42**

IAF 0,32* 0,26NS 0,26NS 0,27NS 0,33* 0,28NS

Clorofila 0,23NS 0,26NS 0,24NS 0,22NS 0,19NS 0,17NS

Altura 0,10NS 0,17NS 0,17NS 0,08NS 0,08NS 0,11NS

Diâmetro 0,11NS 0,16NS 0,17NS 0,15NS 0,08NS 0,14NS

Biomassa 0,32* 0,35* 0,35* 0,33* 0,29NS 0,34*

Boa Vista

Santa Luzia

Ambas

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valores obtidos pelo maior valor de cada área (Figura 9). Logo, a boa relação obtida

indica que as variações nos IVs dentro de uma mesma área são influenciadas pela altura

de colmos (por conta da consequente variação no dossel das plantas), mas que

comparações entre áreas distintas deve ser feita com cautela.

Tabela 3. Correlação dos índices de vegetação com variáveis biométricas para primeira

amostragem da cana-de-açúcar nas duas áreas de pesquisa.

NS=não significativo; *=significativo a 5%; **=significativo a 1%

Figura 8: Relação entre altura de colmo e NDRE da primeira amostragem.

NDRE NDVI SAVI CI CCCI MTCI

Perfilhos 0,57** 0,56* 0,56* 0,56** -0,28NS 0,19NS

IAF 0,68** 0,63** 0,63** 0,70** -0,08NS 0,51*

Clorofila -0,56** -0,50* -0,50* -0,57** 0,06NS -0,42NS

Altura 0,67** 0,64** 0,65** 0,68** -0,20NS 0,37NS

Diâmetro 0,57** 0,54* 0,54* 0,57** -0,16NS 0,34NS

Biomassa 0,78** 0,75** 0,76** 0,79** -0,27NS 0,38NS

Perfilhos 0,68** 0,67** 0,67** 0,68** -0,05NS 0,45*

IAF 0,65** 0,67** 0,67** 0,65** -0,17NS 0,34NS

Clorofila -0,04NS -0,11NS -0,11NS -0,05NS 0,26NS 0,15NS

Altura 0,67** 0,74** 0,74** 0,66** -0,39NS 0,18NS

Diâmetro -0,01NS 0,01NS 0,01NS -0,03NS -0,08NS -0,08NS

Biomassa 0,72** 0,79** 0,79** 0,72** -0,39NS 0,22NS

Perfilhos 0,77** 0,71** 0,71** 0,77** 0,17NS 0,67**

IAF 0,48** 0,51** 0,51** 0,48** -0,12NS 0,27NS

Clorofila 0,18NS 0,10NS 0,10NS 0,19NS 0,31NS 0,34*

Altura 0,20NS 0,29NS 0,29NS 0,19NS -0,37* -0,11NS

Diâmetro -0,17NS -0,09NS -0,09NS -0,19NS -0,33* -0,34*

Biomassa 0,72** 0,76** 0,76** 0,73** -0,20NS 0,38*

Boa Vista

Santa Luzia

Ambas

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Figura 9: Relação entre altura de colmo e NDRE da primeira amostragem com dados

normalizados.

Era esperado obter correlações semelhantes ou melhores de NDRE se

comparado com NDVI, conforme obtido por Amaral et al. (2015); porém houve

semelhança apenas na primeira amostragem, diferindo na segunda (Tabela 4), onde o

NDRE passou a não mais se relacionar com os dados biométricos. Isso parece ser função

da baixa amplitude dos valores de NDRE (Figuras 10 e 11) em comparação ao NDVI

(Figuras 12 e 13). Tal comportamento pode ter ocorrido porque o NDRE tende a ser

mais sensível à variação de clorofila presente nas folhas (HOLLAND & SCHEPERS,

2010), o qual pode não ter ocorrido nas situações de campo estudadas. Já o NDVI é mais

sensível à variação de quantidade de material vegetal, o que parece ser o que influenciou

a variação nos IVs. Assim, o NDVI se mostra mais confiável para ser usado em cana-

de-açúcar.

Tabela 4. Correlação dos índices de vegetação com variáveis biométricas para segunda

amostragem da cana-de-açúcar nas duas áreas de pesquisa.

NS=não significativo; *=significativo a 5%; **=significativo a 1%.

NDRE NDVI SAVI CI CCCI MTCI

Perfilhos 0,33NS 0,64** 0,64** 0,43NS -0,46* -0,06NS

IAF 0,38NS 0,74** 0,74** 0,40NS -0,56* -0,23NS

Clorofila 0,29NS -0,11NS -0,11NS 0,18NS 0,63** 0,40NS

Altura 0,54* 0,71** 0,71** 0,70** -0,26NS 0,25NS

Diâmetro 0,09NS 0,37NS 0,37NS 0,21NS -0,42NS -0,07NS

Biomassa 0,46* 0,73** 0,73** 0,59** -0,39NS 0,08NS

Perfilhos -0,06NS 0,21NS 0,21NS 0,07NS -0,06NS 0,00NS

IAF 0,04NS 0,76** 0,76** 0,21NS 0,04NS 0,05NS

Clorofila -0,01NS -0,03NS -0,03NS 0,08NS -0,01NS 0,07NS

Altura 0,06NS 0,58** 0,58** 0,20NS 0,06NS 0,08NS

Diâmetro 0,12NS 0,23NS 0,24NS 0,22NS 0,12NS 0,16NS

Biomassa 0,10NS 0,56* 0,55* 0,24NS 0,10NS 0,12NS

Perfilhos 0,00NS 0,46** 0,46** 0,21NS 0,00NS 0,06NS

IAF 0,11NS 0,81** 0,81** 0,36* 0,10NS 0,11NS

Clorofila 0,09NS 0,32* 0,32* 0,30NS 0,09NS 0,19NS

Altura 0,01NS 0,40** 0,40** 0,16NS 0,01NS 0,04NS

Diâmetro -0,05NS -0,25NS -0,25NS -0,16NS -0,05NS -0,07NS

Biomassa 0,13NS 0,68** 0,68** 0,37* 0,12NS 0,16NS

Boa Vista

Santa Luzia

Ambas

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Figura 10: Relação entre biomassa e NDRE da primeira amostragem.

Figura 11: Relação entre biomassa e NDRE da segunda amostragem.

Figura 12: Relação entre biomassa e NDVI da primeira amostragem.

Figura 13: Relação entre biomassa e NDVI da segunda amostragem.

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Como os IVs que utilizam a banda red edge se mostraram ruins para

correlacionar com os parâmetros biométricos, foi levantada a hipótese de que esta banda

possa ser o motivo do diferente desempenho entre NDVI e NDRE. Para verificar esta

hipótese, inferiu-se a correlação entre as bandas separadamente e os parâmetros

biométricos (Tabelas 5 e 6), onde é interessante verificar que não só o red edge, mas

como também IVP, não se obteve boas correlações com os parâmetros biométricos.

Tabela 5. Correlação das bandas obtidas

pelo sensor com as variáveis biométricas

para primeira amostragem da cana-de-

açúcar nas duas áreas de pesquisa.

NS=não significativo; *=significativo a

5%; **=significativo a 1%.

Tabela 6. Correlação das bandas de

espectro de luz com variáveis biométricas

para segunda amostragem da cana-de-

açúcar nas duas áreas de pesquisa.

NS=não significativo; *=significativo a

5%; **=significativo a 1%.

Para compreender melhor o motivo pelo qual a banda do vermelho se sobressaiu

perante às demais bandas, buscou-se uma análise conjunta das bandas de luz com

relação a biomassa, em dois gráficos de dispersão (Figura 14), um para o primeiro

período de amostragem e outro para o segundo. Com esta abordagem, observou-se o

red-edge apresente menor sensibilidade para a variação de biomassa devido à reduzida

inclinação da curva. A maior sensibilidade foi obtida para o vermelho, inclusive com

maiores correlações em relação às outras bandas. Este fato é diferente do observado por

Holland & Schepers (2010), o qual argumenta que em estágios mais avançados do

milho, o red-edge é mais sensível às variações no dossel devido ao menor efeito de

saturação do sinal. Esse fenômeno ocorre quando o valor de alguma propriedade

aumenta, mas não é acompanhado pela alteração no valor do índice de vegetação, pois

Red Edge IVP Vermelho

Perfilhos -0,57** 0,56** -0,56*

IAF -0,67** 0,70** -0,60**

Clorofila 0,56* -0,58** 0,48*

Altura -0,67** 0,68** -0,63**

Diâmetro -0,58** 0,57** -0,53*

Biomassa -0,78** 0,78** -0,74**

Perfilhos -0,68** 0,68** -0,66**

IAF -0,65** 0,65** -0,66**

Clorofila 0,04NS -0,05NS NS

Altura -0,68** 0,65** -0,75**

Diâmetro -0,01NS -0,03NS -NS

Biomassa -0,72** 0,72** -0,79**

Perfilhos -0,76** 0,77** -0,68**

IAF -0,48** 0,48** -0,50**

Clorofila -0,17NS 0,18NS -NS

Altura -0,21NS 0,19NS -NS

Diâmetro 0,16NS -0,19NS NS

Biomassa -0,72** 0,72** -0,76**

Boa Vista

Santa Luzia

Ambas

Red Edge IVP Vermelho

Perfilhos -0,42NS 0,32NS -0,67**

IAF -0,32NS 0,38NS -0,78**

Clorofila -0,02NS 0,30NS 0,20NS

Altura -0,67** 0,54* -0,70**

Diâmetro -0,30NS 0,08NS -0,41NS

Biomassa -0,56** 0,46* -0,74**

Perfilhos 0,00NS 0,44NS -0,14NS

IAF -0,18NS 0,47* -0,79**

Clorofila -0,03NS 0,36NS 0,13NS

Altura -0,21NS 0,28NS -0,62**

Diâmetro -0,20NS 0,30NS -0,20NS

Biomassa -0,21NS 0,40NS -0,56*

Perfilhos -0,15NS 0,47** -0,44**

IAF -0,30NS 0,58** -0,83**

Clorofila -0,21NS 0,57** -0,24NS

Altura -0,20NS 0,21NS -0,43**

Diâmetro 0,09NS -0,31NS 0,22NS

Biomassa -0,33* 0,52** -0,69**

Boa Vista

Santa Luzia

Ambas

Page 15: ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE ......Figura 6. Indicação das parcelas alocadas na fazenda Boa Vista com fundo da condutividade elétrica de 0-50cm de profundidade (interpolada)

14

já atingiu seu valor máximo ao mensurar apenas a porção superior do dossel (AMARAL

et al. 2015). Tal diferença pode ocorrer porque no caso do milho, as plantas são mais

suscetíveis a sofrerem deficiências que alterem o teor de clorofila nas folhas, associado

ao fato do maior índice de área foliar desta cultura, o que permite que o red-edge se

sobressaia. No caso da cana, não há toda esta variação no teor de clorofila, mas sim

variação de porte das plantas, o que é mais captado pelo vermelho; além disso, o sinal

do vermelho não satura devido ao menor índice de área foliar da cana na época de

avaliação (40 cm de altura de colmos em comparação ao milho em V12).

Figura 14: Relação entre as bandas espectrais e biomassa da cana para 1a (A) e 2a (B)

amostragens.

Continuando a análise dos índices, os CCCI e MTCI não apresentaram

correlação na maioria das situações (Tabelas 2, 3 e 4). Esse fato indica que índices

compostos pelas 3 bandas mensuradas pelo sensor e que foram desenvolvidos para

incrementar as relações com o teor de clorofila no dossel das plantas por meio de

imagens orbitais não apresentam efetividade para mensurar parâmetros biométricos do

dossel da cultura.

O índice SAVI (Soil adjusted vegetation index), destinado a minimizar o erro de

dados do NDVI causado pela exposição do solo, não mostrou melhora alguma para

nenhum período.

Concluindo a análise de performance dos índices, o NDVI mostrou ter maior

potencial de medição dos parâmetros biométricos da cana-de-açúcar. Portanto, buscou-

se uma última análise para aprofundar o que pode ser medido com eficácia ou não pelo

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15

NDVI calculado pelas medições de refletância do sensor ACS430. Com isso, foram

feitos gráficos da relação dele com Número de perfilhos, IAF, Altura de colmos e

Biomassa plotados todas as áreas e todas amostragens (Figura 15).

Figura 15: Relação entre biomassa (A), Altura (B), Perfilhos (C) e IAF (D) com NDVI

para todas as áreas e amostragens.

Page 17: ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE ......Figura 6. Indicação das parcelas alocadas na fazenda Boa Vista com fundo da condutividade elétrica de 0-50cm de profundidade (interpolada)

16

Nas Figuras 15A e 15B é perceptível a tendência de crescimento do valor de NDVI

conforme há o incremento da biomassa e da altura. Observa-se um espaço entre a segunda

e terceira amostragem devido à diferença no porte das plantas em cada coleta (média de

altura de 30 e 40 cm, respectivamente). Além disso, a partir de NDVI de 0,7 começa a

ocorrer saturação do sinal, ou seja, o valor de NDVI aumenta menos em comparação à

altura ou biomassa da planas. Mas, mesmo assim, é possível afirmar que o NDVI possui

sim capacidade de medir esses dois parâmetros.

O número de perfilhos (Figura 15C) não obteve bons resultados de correlação com

o NDVI. Porém, nota-se que os dados do sensor manifestam bem o comportamento da

cana de brotar muitos perfilhos em seu início de desenvolvimento e abortar grande parte

deles conforme ela vai chegando mais em seus estágios maiores de desenvolvimento.

Já para IAF (Figura 15D), é possível observar relação com o NDVI. Contudo,

devido à alta variabilidade dos dados de IAF, possivelmente por variações indesejadas

nas medidas de IAF (ROCHA et al., 2016), a relação foi baixa.

Para finalizar, com todos os argumentos dispostos nesta discussão tendo em

destaque a perda de certa forma gradativa das correlações em geral dos índices de

vegetação com os parâmetros biométricos da cana (Tabelas 3, 4 e 5), é importante

ressaltar que o melhor período para obtenção desses dados foi quando a cana apresentou

30 cm de altura de colmo média, gerando certa surpresa, pois divergiram dos resultados

indicados por Amaral et al. (2015) e Portz et al. (2012) entre 40 e 60 cm de altura de

colmo.

5. CONCLUSÃO

Conclui-se que o índice de vegetação com maior potencial para estimar

parâmetros biométricos é o NDVI. Ele obteve maiores correlações com biomassa e altura

de colmos.

Apesar deste resultado, o estudo mostra que é importante levar em consideração

o período de crescimento da cultura para que o sensor retorne resultados confiáveis a mão

do pesquisador e ou produtor, no caso da cana-de-açúcar, 30 cm de altura de colmo média.

6. REFERÊNCIAS

AMARAL, L.R. Sensor de refletância do dossel para direcionar a aplicação de nitrogênio

em taxas variáveis na cultura da cana-de

Page 18: ÍNDICES DE VEGETAÇÃO NA ESTIMATIVA DE ......Figura 6. Indicação das parcelas alocadas na fazenda Boa Vista com fundo da condutividade elétrica de 0-50cm de profundidade (interpolada)

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