nivelamento de portuguÊs- aula 03 -texto

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NIVELAMENTO DE PORTUGUSAluno (a): ______________________ Curso: ________________________ Prof.: Mnica B. Ventura de Menezes Data:_____/____/2011 NAC Ncleo de Apoio Acadmico Como Ler e Entender Bem um Texto O ato da leitura talvez o mais importante passo para conhecimento sistemtico do ser humano. por ele e nele que se pode avaliar a capacidade do indivduo em apreender suas descobertas, seu raciocnio, sua lgica interpretativa. Basicamente, deve - se alcanar a dois nveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informaes sobre o contedo abordado e prepara-se o prximo nvel de leitura. Durante a interpretao propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idia central de cada pargrafo. Este tipo de procedimento agua a memria visual, favorecendo o entendimento. No se pode desconsiderar que, embora a interpretao seja subjetiva, h limites. A preocupao deve ser a captao da essncia do texto, a fim de responder s interpretaes que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literrios, preciso conhecer a ligao daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestaes de arte da poca em que o autor viveu. Se no houver esta viso global dos momentos literrios e dos escritores, a interpretao pode ficar comprometida. Aqui no se podem dispensar as dicas que aparecem na referncia bibliogrfica da fonte e na identificao do autor. A ltima fase da interpretao concentra-se nas perguntas e opes de resposta. Aqui so fundamentais marcaes de palavras como no, exceto, errada, respectivamente entre outras, que fazem diferena na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretao, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto , o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder pergunta, mas no ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questes apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de anlise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente parea ser perda de tempo. A descontextualizao de palavras ou frases, certas vezes, so tambm um recurso para instaurar a dvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta ser mais consciente e segura Dicas para uma boa leitura: a) Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noo do assunto, a segunda para prestar ateno s partes importantes. Lembrar-se de que cada pargrafo desenvolve uma ideia. b) Durante a segunda leitura, sublinhe o que for mais significativo, a ideia principal de cada pargrafo. Tambm possvel fazer anotaes margem do texto. c) Ler atentamente o comando da questo, para saber realmente o que se pede. Muitas vezes interpreta-se erroneamente por no ter entendido o enunciado. Ateno quando pede a "alternativa falsa", "a nica alternativa que difere", " a alternativa que no est no texto" etc. d) Quando o enunciado indicar uma linha ou uma expresso extrada do texto, volte e releia o pargrafo inteiro atentamente. Se necessrio releia mais de um pargrafo para tirar a correta ideia do contexto indicado. e) Ler mais de uma vez cada alternativa a fim de eliminar os absurdos. Geralmente um tero das respostas o so. f) Se a questo pede a ideia principal ou tema do texto, normalmente deve situar-se na primeiro ou no ltimo pargrafo - introduo ou concluso. g)Se a questo busca a argumentao, deve localizar-se nos pargrafos intermedirios desenvolvimento

EXERCCIOS Leia o texto a seguir, retirado de um concurso pblico, depois responda as questes. O Homem e o Universo Somos criaturas espirituais num cosmo que s mostra indiferena Algo paradoxal ocorre quando nos deparamos com nossa pequenez perante a Natureza. Por um lado, vemo-nos como seres especiais, superiores, capazes de construir tantas coisas, de criar o belo, de transformar o mundo atravs da manipulao de matria-prima, da pedra bruta ao diamante, da terra inerte ao monumento cheio de significado, dos elementos qumicos a plsticos, avies, bolas e pontes. Somos artesos, meio como as formigas, que constroem seus formigueiros aos poucos, trazendo coisas daqui e dali, erigindo seus abrigos contra as intempries do mundo. Por outro lado, vemos nossas obras destrudas em segundos por cataclismas naturais, prdios que desabam, cidades submersas por rios e oceanos ou por cinzas e lava, nossas criaes arruinadas em segundos, feito os formigueiros que so achatados sob as sandlias de uma criana, causando pnico geral entre os insetos. O paradoxo se intensifica mais quando olhamos para o cu e vemos a escurido da noite ou o azul vago do dia, aparentemente estendendo-se ao infinito, uma casa sem paredes ou teto, sem uma fronteira demarcada. E se pensamos que cada estrela um sol, e que tantas delas tm sua corte de planetas, fica difcil evitar a questo da nossa existncia csmica, se estamos aqui por algum motivo, se existem outros seres como ns ou talvez muito diferentes mas que, por pensar, tambm se inquietam com essas questes, buscando significado num cosmo que s mostra indiferena. O que sabemos dos nossos vizinhos csmicos, os outros planetas do Sistema Solar, no inspira muito calor humano. Vemos mundos belssimos e hostis vida, borbulhantes ou frgidos, cobertos por pedras inertes ou por molculas que parecem traar uma trilha interrompida, que ia a algum lugar mas, no meio do caminho, esqueceu o seu destino. S aqui, na Terra, a trilha seguiu em frente, criou seres de formas diversas e exuberantes, compromissos entre as exigncias ambientais e a qumica delicada da vida. Se continuarmos nossa viagem para longe daqui, veremos nossa galxia, soberana, casa de 300 bilhes de estrelas, nmero no to diferente do total de neurnios no crebro humano. A pequenez ainda maior quando pensamos que a Terra, e mesmo o Sistema Solar inteiro, no passa de um ponto insignificante nessa espiral brilhante que se estende por 100 mil anos-luz. Porm, se o que vemos no Sistema Solar, a incrvel diversidade de seus planetas e luas, uma indicao, imagine que surpresas nos esperam em trilhes de outros mundos, cada um gro de areia numa praia. Ao olhar para o Universo, o homem nada. Ao olhar para o Universo, o homem tudo. Esse o paradoxo da nossa existncia, sermos criaturas espirituais num mundo que no se presta a questionamentos profundos, um mundo que segue, resoluto, o seu curso, que procuramos entender com nossa cincia e, de forma distinta, com nossa arte. Talvez esse paradoxo no tenha uma resoluo. Talvez seja melhor que no tenha. Pois dessa inquietao do ser que criamos significado, conhecimento e aprendemos a lidar com o mundo e com ns mesmos. Se respondemos a uma pergunta, devemos estar prontos a fazer outra. Se nos perdemos na vastido do cosmo, se sentimos o peso de sermos as nicas criaturas a questionar o porqu das coisas, devemos tambm celebrar a nossa existncia breve. Ao que parece, somos a conscincia csmica, somos como o Universo pensa sobre si mesmo.Marcelo Gleiser, Folha de So Paulo, 31 de janeiro de 2010.

1. O texto O Homem e o Universo tem como cerne um paradoxo. O paradoxo de que trata o texto se d entre (A) a reflexo do ser humano e a indiferena do Universo. (B) a breve existncia humana e a infinitude do Universo. (C) a conscincia csmica humana e o vasto Universo. (D) a pequenez do ser humano e o universo imensurvel. (E) a pergunta e a resposta que cada pergunta gera. 2. Anttese uma figura de linguagem com a qual se salienta uma oposio de ideias por meio de sentenas ou palavras. O fragmento que contm uma anttese : (A) Somos artesos, meio como as formigas, (5)

(B) vemos nossas obras destrudas em segundos por cataclismas naturais, (7) (C) se pensamos que cada estrela um sol, e que tantas delas tm sua corte de planetas, fica difcil evitar a questo da nossa existncia csmica, (13-14) (D) Ao olhar para o Universo, o homem nada. Ao olhar para o Universo, o homem tudo. (30) (E) somos como o Universo pensa sobre si mesmo.(39) 3. A conjuno e pode assumir diferentes funcionamentos e apresentar valores semnticos diferentes. O trecho em que e pode expressar ideia contrastiva : (A) ... e vemos a escurido da noite ... (11) (B) Vemos mundos belssimos e hostis... (18) (C) criou seres de formas diversas e exuberantes, (20-21) (D) e mesmo o Sistema Solar inteiro, (25) (E) que procuramos entender com nossa cincia e, de forma distinta, com nossa arte. (33-34) 4. O autor se utiliza de diversas analogias, ou seja, comparaes, no texto. Nos fragmentos a seguir, os termos em negrito em que NO ocorre analogia : (A) Somos artesos, meio como as formigas, que constroem seus formigueiros ... (5-6) (B) ... vemos nossas obras destrudas ... por cataclismas naturais, ... que so achatados sob as sandlias de uma criana ... (8-9) (C) ... estendendo-se ao infinito, uma casa sem paredes ou teto, ... (13) (D) E se pensarmos que cada estrela um sol, ... (15) (E) ... se o que vemos no Sistema Solar, ... de seus planetas e luas, uma indicao, ..., cada um gro de areia numa praia. (27-28-29) 5. Observe: Porm, se o que vemos no Sistema Solar, a incrvel diversidade de seus planetas e luas, uma indicao ... (27). A indicao a que se refere o texto (A) o nosso do Sistema Solar. (B) a possibilidade de nos surpreendermos com o que existe em outros mundos. (C) o fato de haver planetas e luas diversos entre si. (D) a certeza de que a Terra um ponto insignificante no Universo. (E) a ideia de que o universo se estende por 100 mil anos-luz. 6. O perodo escrito de acordo com a norma padro (A) O formigueiro, sobre cuja a destruio foi atribuda s crianas, era muito antigo. (B) O astrnomo de cuja teoria lhe falei vem ao Brasil no prximo semestre. (C) O planeta que moramos tem condies para abrigar vrias formas de vida. (D) A constelao cuja a estrela principal se chama Alpha Centauri fica no Hemisfrio Sul. (E) O planeta Marte, cujo vizinho prximo da Terra, no parece ter gua em sua superfcie. 7. Em se sentimos o peso de sermos as nicas criaturas a questionar o porqu das coisas, encontra-se acentuado o termo porqu. Em qual das seguintes frases o acento est empregado corretamente? (A) Ele no sabe por qu no pergunta. (B) O motivo de qu ele reclama absurdo. (C) Ele reclama no sei de qu. (D) Seguimos nos perguntando porqu no temos uma resposta definitiva. (E) So grandes as mudanas porqu o mundo vem passando. 8. Observe as afirmativas feitas a partir do quarto pargrafo. I - Para que haja vida, deve existir um equilbrio entre as condies do ambiente e as aes e transformaes dos elementos. II - Os outros planetas do Sistema Solar esto to afastados que no produzem calor para os seres humanos. III - Em algum planeta do Sistema Solar, existem elementos que poderiam se transformar em formas de vida. Est correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) I e II. (D) I e III. (E) II e III.

9. Considerando os fragmentos a seguir, de acordo com o texto O Homem e o Universo, quanto pontuao, tem-se que em (A) ou talvez muito diferentes (15), os travesses podem ser substitudos por parnteses, mas no por vrgulas. (B) buscando significado num cosmo que s mostra indiferena (16), pode-se usar vrgula antes de que. (C) Vemos mundos belssimos e hostis vida, borbulhantes ou frgidos, cobertos por pedras inertes ou molculas... (18), o sinal de dois pontos (:) pode ser colocado aps a palavra mundos. (D) veremos nossa galxia, soberana, casa de 300 bilhes de estrelas (23), podem ser retiradas as vrgulas sem alterar o sentido da sentena. (E) seja melhor que no tenha. Pois dessa inquietao do ser... (28), o ponto pode ser substitudo por uma vrgula. 10. Analisando as proposies a seguir, luz da norma culta da lngua portuguesa, aplicada a trechos retirados do texto, tem-se que (A) se fosse uma palavra feminina em lugar de plsticos (4) , deveria ser usado acento grave, por exemplo, dos elementos qumicos bolsas. (B) o plural de cidado tambm segue a regra para emprego do plural do termo arteso em Somos artesos (5). (C) o termo meio em meio como formigas (5) indica oralidade e tem o mesmo emprego que meio em meio ambiente. (D) se o nmero 300 (23) estivesse por extenso, seria trezentas para concordar com estrelas em 300 bilhes de estrelas (23) (E) o termo que em imagine que surpresas nos esperam em trilhes de outros mundos (27-28) pode ser substitudo por quantas sem prejuzo de sentido.GABARITO: 1-A; 2-D; 3-B; 4-D; 5-C; 6-B; 7-C; 8-D; 9-E; 10-B.

11. Agora escreva um pargrafo sobre: Eu e o cosmo uma vida em sintonia _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________