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+ boletim informativo Santa Casa da Misericórdia de Aveiro N.º Agosto a Dezembro 2013 46

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boletim informativo

Santa Casa da Misericórdia de Aveiro

N.º

Agosto a

Dezembro

2013

46

1

Editorial A Santa Casa da Misericórdia de Aveiro

comemora quinhentos e quinze anos de

existência ao serviço dos pobres e

necessitados da comunidade aveirense. O

saber adaptar-se ao andar dos tempos, qual

moliceiro de vela erguida, permitiu chegar

ao início do século XXI com o mesmo

espírito empreendedor dos seus fundadores.

Foram muitas as vicissitudes ultrapassadas,

mas sempre presente, quer durante as

pestes, guerras, tempestades ou simples

ataques provocados por evoluções políticas.

A nossa história é riquíssima e felizmente

bem documentada, pese o facto de dois

acontecimentos que fizeram perder parte

dos arquivos: a transferência dos anexos da

igreja de S. Miguel (século XVII) e a

ocupação do hospital (1975) onde se

encontrava, na altura, parte do espólio

documental e museológico. Hoje tudo se

encontra digitalizado e acessível a consultas

através do nosso sítio, sendo nosso objetivo

encontrar uma morada digna e eficaz para

tão importante acervo, o qual, certamente,

ao fim de tanto tempo e tombo merece

repouso. Temos consciência que a História

de Aveiro não se constrói sem o nosso

acervo documental.

É intenção da Mesa Administrativa levar a

cabo, ao longo dos últimos meses do ano,

diversas ações tendentes a dar a conhecer a

SCMA (MIA) através do seu passado, do

seu presente e do que idealizamos como seu

futuro. Se o muito que foi feito nos orgulha

a nossa consciência mostra-nos o muito que

ainda há para fazer.

A vocação hospitalar não foi esquecida e

mesmo que certas demências ainda não se

encontrem sob a alçada do Ministério da

Saúde iremos acrescentar aos serviços que

já se encontram registados na ERS a futura

unidade “Irmãos Rangel” destinada a suprir

a falta de equipamentos vocacionados para

o acolhimento de pacientes destas

enfermidades.

Iniciamos a “entrega” da parte pertencente à

Reserva Ecológica Nacional da Quinta da

Moita, através de Protocolo de

Dinamização estabelecido com a

Associação Portuguesa de Educação

Ambiental, à comunidade aveirense,

deixando o desejo de que a dignificação de

tão nobre espaço seja uma homenagem a

todos quantos amaram aquele idílico lugar.

Consideramos uma enorme perda o

falecimento do Senhor Bispo D. António

Marcelino, grande amigo desta Santa Casa,

onde celebrou a sua última missa pública.

Durante o seu ministério foi um incansável

defensor das instituições particulares de

solidariedade social, com marcantes

intervenções em congressos, seminários,

sempre com disponibilidade a quem o

procurava e, sobretudo, com aquele saber

que nos deixava confiantes. Pessoalmente, a

nossa entrada nas IPSSs coincidiu com a

data da chegada do Senhor D. António

Marcelino a Aveiro, 1981, tendo sido

muitas as vezes que o procuramos para uma

palavra de orientação face aos muitos

problemas que um dirigente enfrenta e a sua

disponibilidade para análise nunca nos foi

negada. Ficamos todos mais pobres, as

instituições, a diocese e o país.

O Provedor

Dr. Lacerda Pais

2

Sede

Capela de Santo

ldefonso Durante o primeiro século da sua

existência, a Casa da Misericórdia, esteve

instalada na capela de Santo Ildefonso,

anexa à igreja de S. Miguel, que se tornou

assim na "primeira sala de despacho". Os

seus primeiros documentos foram

certamente elaborados e guardados nessa

capela, local onde se desenvolveram as suas

atividades, no âmbito das "obras de

misericórdia". Mas a capela de Santo

Ildefonso torna-se insuficiente para as

exigências desta Misericórdia. Em 1596, o

seu provedor Henrique Esteves Veiga,

inicia diligências para a construção da Casa

Nova da Misericórdia, (casa do despacho,

igreja, salas anexas e hospital), às quais

Filipe II responde, autorizando a utilização

de 4000 cruzados dos rendimentos da sisa

de Aveiro, na sua construção. É então

escolhido e confirmado o local para a

construção da nova casa, na "rua Direita

desta Vila do canto da rua das Laranjeiras

até às casas de Salvador Dias, por ser muito

bom sítio e ficar na principal rua".

Em 1609, sendo provedor Pedro Tavares,

celebraram-se já na Nova Sede, as

festividades da Semana Santa.

A 19 de Novembro de 1614, a Misericórdia

deixa ao Padre Sebastião de Matos a dita

capela, com a obrigação de por ela zelar e

aparementar, segundo consta de documento

pertencente ao Arquivo da Misericórdia de

Aveiro e que a seguir se transcreve.

“Em 17 de Novembro do anno de 1614 por

escriptura que fez Belchior Corrêa de

Vasconcellos tabeliam nesta villa, que se

acha no L.o das escripturas a fl. 18v.o

dezestiu a Meza desta Santa Casa do

dominio, e posse que tinha da Capela de

Santo Ildefonço contingua à Igreja de Sam

Miguel desta villa, que havia servido

d’Igreja desta Irmandade, até o mez de

Julho de seis centos secenta e nove (sic), e a

doarão ao Padre Sebastiam de Mattos desta

villa com o encargo de concertar, e

aparementar à sua custa, e de lhe vincular

varios bens de sua fazenda, de cujo vinculo

seria única, e legitima protectora esta Santa

Casa, e este contracto se confirmou pela

Maii do dito Padre, Antonia Fernades de

Mattos, em 19 de Novembro de 1614 por

escrptura que está no L.o dellas a fl. 35v.o.

Falesceu o dito Padre sem prefazer o dito

vinculo, e a dita Antonia Fernandes de

Mattos sua Maii, fez suplica à Meza

dizendo que ella o queria fazer, porem ser a

Casa administradora tão somente, era

encargo sem proveito, e offerecia em

saptisfação da doação que se lhe havia feito

para ajuda dos gaetos do Ospital, dois mil

reis cada anno, pagos por dia de Sam

Miguel em quanto fosse viva, e por sua

morte.”

Legenda

Doc. s/ título Retroage a 17 de Novembro de 1614

3

O Coro Litúrgico da

Igreja da Santa Casa da

Misericórdia de Aveiro

O Coro Litúrgico da Igreja da Santa Casa

da Misericórdia de Aveiro completou 19

anos de vida no passado dia 1 de novembro.

Foi fundado em 1994, no âmbito da AMA,

“Amigos da Misericórdia de Aveiro” (o

grupo de voluntários que continua a prestar

serviço de apoio no Lar de Idosos da

Moita), e o seu objetivo foi sempre cantar

na eucaristia que se celebra na Igreja da

Santa Casa, em Aveiro, às 11h30 de

domingos e dias santos.

Pode dizer-se que até hoje o Coro passou

por duas fases. A primeira terminou em

julho de 2002 e caracterizou-se por cânticos

menos adequados, de texto e música mais

livres, tipo canção de mensagem, com

menor relação com a liturgia e às vezes com

alguma intenção espetacular. João Silva foi

o seu diretor.

A seguir, e a convite daquele, veio João

Gamboa e o Coro procurou assumir-se

como “verdadeiro coro litúrgico”. Os

cânticos passaram a respeitar a

espiritualidade e especificidade próprias de

cada tempo litúrgico – o Advento, o Natal,

a Quaresma, a Páscoa; a sua escolha

procurou ter em consideração a Palavra da

Bíblia proclamada em cada domingo; e

começou a promover-se a participação da

Assembleia, sobretudo no salmo

responsorial, fazendo-se um ensaio

sistemático antes das celebrações, durante

quatro ou cinco minutos. Procurou-se assim

unir “os corações de todos na mesma

oração cantada” (Kerigma, 10 novembro

2002).

Este esforço continua. E não é fácil obter

resultados, porque a assembleia é flutuante

e varia bastante.

O restauro e inauguração do histórico órgão

de tubos, em 1 de novembro de 2003, foi

acontecimento importante na vida cultural

da igreja e da cidade, pois trouxe a

possibilidade de organizar concertos; e

ofereceu um suporte mais solene, mais

nobre e mais festivo ao canto litúrgico,

além da execução de pequenas peças a solo

durante e no final da missa.

Em setembro de 2004, reforçado com

alguns elementos do Coro de São Bernardo,

o Coro Litúrgico da Igreja da Santa Casa da

Misericórdia de Aveiro participou no

Encontro Nacional de Coros das

Misericórdias de Portugal, realizado no

Fundão.

De dezembro de 2007 a dezembro de 2008,

o Coro promoveu e organizou, com o apoio

da Santa Casa, o projeto “Música Litúrgica

de Padre Arménio e João Gamboa”, que

incluiu cinco ciclos: Advento-Natal, em 9

de dezembro de 2007; Quaresma-Páscoa,

em 9 de março de 2008; Padre Arménio,

em 6 de julho de 2008; Tempo Comum, em

26 de outubro de 2008; e Nossa Senhora,

em 8 de dezembro de 2008. Foi assim

possível “oferecer à assembleia (litúrgica)

habitual e a muitas outras pessoas que

acorreram à igreja, nessas datas, a beleza e

a espiritualidade do canto na liturgia e as

características próprias de cada tempo

litúrgico (…), a que o órgão de tubos deu

suporte e brilho” (Carta do Coro ao

Provedor, 16 dezembro 2008). O digno e

competente “intérprete dessa espiritualidade

e beleza” foi o Coro Litúrgico de Milheirós

de Poiares (Santa Maria da Feira).

O Coro da Misericórdia de Aveiro

associou-se ao Coro Litúrgico Misto de São

Bernardo e fez intercâmbio com o Coro da

Paróquia do Divino Salvador de Sabrosa,

Vila Real. Em 17 de outubro de 2010

visitou Sabrosa; em 6 de novembro de

2011, foi visitado por aquele na Igreja da

Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. Em

ambos os dias e celebrações, os dois

coros fizeram festa – a festa da fé, a festa

da ressurreição de Cristo. E conviveram,

partilhando alegrias, conversas e o almoço.

4

Também associado ao Coro de São

Bernardo, há muitos anos que canta nas

celebrações do Natal, Unção dos Enfermos

e Páscoa, em favor dos idosos do Lar da

Moita.

E em 15 de agosto de 2012, novamente os

dois coros deram as mãos e cantaram, em

Fátima, na “Oblação” (ou votos perpétuos)

que Conceição Rodrigues Fernandes, na

altura coralista dos dois coros, celebrou

como membro do Instituto Secular das

Cooperadoras da Família.

Voltemos a comparar as duas fases dos 19

anos de atividade do Coro Litúrgico da

Santa Casa da Misericórdia de Aveiro: se

em 1997 tinha cerca de 25 cantores, hoje

(2013) os coralistas são apenas dez, três

deles sobreviventes dos primeiros anos. São

seis senhoras e quatro homens e as idades

vão dos 42 aos 81 anos. A mais nova é

Susana Rebelo Ferreira, a mais velha

chama-se Maria Hermínia Martins.

Um órgão de tubos dura e toca anos e anos,

sendo apenas necessário restaurar aquilo

que nele envelhece; um coro litúrgico

também tem vida e canta os louvores de

Deus enquanto tiver vozes e alma para o

fazer. É o que continua a acontecer todos os

domingos e dias santos, na Igreja da Santa

Casa da Misericórdia de Aveiro.

João Gamboa

Novembro 2013

O Coro Litúrgico da SCMA

5

Casa da Cruz

O mês de Agosto Ao longo do mês de AGOSTO, tentamos

proporcionar uma diversidade de vivências

diárias, numa lógica de organização

semanal, que se repetiu durante o período

de interrupção do ano letivo. As crianças,

agrupadas por valência (creche e pré-

escolar) participaram em “dias temáticos”,

dinamizados pelas educadoras Sara Ferreira

e Carina Rodrigues. A dinâmica

implementada serviu, também, para reforçar

o convívio e os laços entre crianças que

vinham de salas diferentes. Para assinalar o

final de mais um ano em ambiente de

grande animação, aqui fica o testemunho

fotográfico.

Dia da Expressão Motora

Dia da Piscina

Dia do Conto e Expressão Plástica

Dia de Expressão Musical

Dia de Culinária

6

Novo Ano Letivo

Este ano letivo, o corpo docente da Casa da

Cruz optou por elaborar um projeto no

âmbito da multiculturalidade intitulado

“Unidos com o Mundo”. Os cinco

continentes serão trabalhados durante o ano,

concluindo-se a cada período a abordagem a

um dos continentes com uma Festa Temática,

em que participam todos os grupos (Creche e

Pré Escolar) envolvidos no Projeto.

O lançamento de “Unidos com o Mundo”

aconteceu no dia 30 de Setembro, com a

encenação da história: “Meninos de Todas as

Cores”. Esta atividade foi dinamizada pela

equipa pedagógica e contou com a

participação das salas dos 12/24 meses, 12/36

meses, 24/36 meses e as duas salas do pré

escolar. As crianças mantiveram-se muito

atentas e a boa disposição foi uma constante.

Encenação da história:

“Meninos de Todas as Cores”

Festival da Canção Para celebrar o Dia Internacional da Música,

mas também o 15º Aniversário da Casa da

Cruz, organizou-se um Festival da Canção.

Cada grupo de crianças representou uma

canção de um país do Continente Americano.

Desde os mais pequeninos que “descobriram

a América” aos mais crescidos que cantaram

“La Cucaracha” (México), “El elefante”

(Venezuela), “O pintainho amarelinho”

(Brasil) e “Happy birthay” (Estados Unidos

da América).

Este festival estava previsto no Plano Anual

de Atividades do pré-escolar e no Plano

Sócio Pedagógico de Creche cujo tema é

“Unidos com o Mundo”.

7

As diferentes atuações no âmbito do Festival da

Canção – Continente Americano

15º Aniversário da

Instituição No dia 18 de outubro, comemorámos o 15º

Aniversário da nossa “escolinha”. Para

festejar, convidámos a comunidade educativa

a participar num lanche partilhado. Depois de

cantar os parabéns, todos puderam conviver e

celebrar mais um aniversário do Centro de

Educação de Infância.

As colaboradoras celebram o 15º Aniversário da

Casa da Cruz

Boa disposição e alegria marcaram esta celebração

8

Halloween:

“Tricks or Treat”

No passado dia 31 de Outubro, as valências

de creche e jardim de infância dando

continuidade ao projeto “Unidos com a

América” festejaram o dia de Halloween.

No período da manhã as crianças das salas de

creche participaram num baile e as crianças

da valência de jardim realizaram uma sessão

de histórias.

À noite, e aqui sim, reportando à tradição

Americana, os Pais e respetivos filhotes que

aceitaram o convite da equipa docente do

Centro de Educação de Infância, foram pelas

ruas de Esgueira fazer o “Tricks or Treat”.

Vestidos a rigor, com muito boa disposição e

vontade de dizer “Doce ou travessura”,

educadoras, pais e crianças reuniram-se por

volta das 20h00 junto ao parque infantil e

alguns minutos depois demos inicio ao nosso

percurso. Foram vários os estabelecimentos

comerciais por nós visitados e em todos

fomos muito bem recebidos. Quanto à opção

“Tricks or Treat” é importante referir que a

escolha foi unanime: todos os visitados

optaram pelo “treat” – doces - que foram

acumulando e enchendo o nosso cesto. Em

sinal de agradecimento por nos terem

recebido foi entregue por uma das nossas

“bruxinhas”, a todos os visitados, um

fantasminha com a identificação da nossa

instituição.

Depois de toda a animação a gritar “Doce ou

travessura” e com as nossas crianças a

começarem a mostrar sinais de cansaço,

chegou outro grande momento: dividir as

guloseimas.

Foi um momento muito doce que encerrou

esta atividade de Halloween que muito

agradou a pequenos e graúdos.

Depois de todas as travessuras foi a vez de

partilhar as guloseimas

9

O Magusto

Mais uma vez a Casa da Cruz organizou o

seu tradicional Magusto.

Agradecemos a colaboração dos pais na

oferta das castanhas. Todos juntos

organizámos um momento muito divertido

onde não faltou a boa disposição e vontade de

comer as deliciosas castanhas.

Para os pais, foi oferecido ao final do dia um

cálice de jeropiga, castanhas, chouriça com

broa e azeitonas, que muito apreciaram!

Estes momentos de confraternização

continuam a ser muito importantes para o

convívio entre crianças, pais e colaboradoras.

10

Complexo Social

Passeio a S. Pedro de Sul

O passeio a S. Pedro de Sul foi planeado para o dia

todo e reuniu 55 utentes das diversas valências,

nomeadamente, Estrutura Residencial, Serviço de

Apoio Domiciliário e Centro de Dia.

A partida foi logo pela manhã e quando lá chegamos

dirigimo-nos à Estação de Artes e Sabores, localizada

na Antiga Estação da C.P. em São Pedro do Sul. A

Estação de Artes e Sabores é um espaço

multifuncional, sede da Associação de Artesãos

daquele município. Os utentes puderam ver ao vivo o

trabalho da tecelagem, os produtos de azulejaria,

raízes, cortiça e madeira.

Depois do almoço visitamos os Balneários Rainha D.

Amélia onde, na companhia da guia, os utentes ficaram

a conhecer um pouco melhor este ponto de atração

turística que são as termas.

A visita durou aproximadamente 1 hora, durante a qual

ficámos a conhecer a nascente; os espaços comuns do

Balneário D. Afonso Henriques; os espaços comuns do

Balneário Rainha D. Amélia; o Núcleo Museológico e,

finalmente, a Loja Terras (loja de produtos regionais e

de fabrico artesanal).

O regresso do passeio foi silencioso, pois os utentes,

embora satisfeitos por um dia diferente e bem passado,

encontravam-se cansados.

11

12

Um dia diferente, cheio de sol e muita luz, passado entre

paisagens verdejantes, riachos de água fria e cristalina

13

Concurso

“Espantalhos na Cidade”

No âmbito das comemorações do Dia dos Avós, que

decorreu no dia 26 de Julho, enquadrado no projeto do

Parque da Sustentabilidade, foram desenvolvidas

diversas atividades com o objetivo de promover o

convívio e a partilha de experiências e saberes. Nesse

sentido, e à semelhança de anos anteriores, a Divisão

de Assuntos Sociais - Serviço de Ação Social lançou o

desafio aos munícipes e utentes das diversas

instituições para a participação no Concurso

“Espantalhos na Cidade”.

Querendo participar os utentes colocaram a

imaginação e criatividade em marcha e construíram

um espantalho. Uns recortavam, outros preparavam

outros materiais necessários, de salientar que os

materiais utilizados eram todos reciclados. No final

resultou uma bonita “Flor da Moita” para o Concurso

“Espantalhos na Cidade”.

Os espantalhos ficaram expostos no Mercado Manuel

Firmino, e mais tarde foram expostos no Centro

Comercial Glicinas de Aveiro.

14

15

As várias e diferentes fases da elaboração da “flor da Moita”

16

A “Flor da Moita” concorreu ao Concurso

“Espantalhos na Cidade”

Aniversário dos 100 anos de

Cecília Oliveira No dia 7 de Agosto, a utente da Estrutura Residencial

D. Cecília Emília de Oliveira, celebrou o seu

centésimo aniversário.

Esta data, tão especial, não pôde deixar de ser

celebrada e partilhada com todos os presentes. A

utente mostrou-se muito emocionada pelo bolo, pelas

flores, mas sobretudo pela homenagem feita.

A D. Cecília Emília de Oliveira é de momento a nossa

utente mais “Nova”.

Visita à Biblioteca Municipal No dia 29 de Outubro, um grupo de utentes da

estrutura residencial e do centro de dia foram visitar a

Biblioteca Municipal de Aveiro, com o objetivo de

manter e fomentar o gosto pela leitura e consulta de

livros com os mais diversos temas.

A visita foi guiada pela Dr.ª Teresa, funcionária da

Biblioteca Municipal, que permitiu a digressão pela

biblioteca de uma forma organizada e interessante, promovendo memórias a estes visitantes tão especiais.

Foram muitos os temas dos livros requisitados,

dependendo do interesse literário de cada um,

nomeadamente futebol e respetivos clubes, trabalhos

manuais, contos populares, história de Portugal, entre

outros.

17

Visita à Biblioteca Municipal de Aveiro

Atividades realizadas no

âmbito da celebração do Dia

Mundial da Pessoa com

Demência de Alzheimer

O Dia Mundial da Pessoa com Demência de Alzheimer

celebra-se no dia 21 de Setembro.

Quando falamos em planear o dia de um doente de

Alzheimer é necessário ter em atenção as suas

capacidades e limitações e tentar sempre ajustá-lo ao

doente. O importante não é a finalidade da atividade

mas sim a realização da mesma. Nesse sentido,

realizaram-se um conjunto de atividades ocupacionais

e socioculturais, que vão de encontro ao perfil dos

nossos utentes, nomeadamente:

No dia 19 de Setembro, num momento de culinária

houve confeção de compota de abobora.

18

No dia 20 de Setembro, realizou-se na sala de espetáculos um momento de “Re”Lembro-me quem era, que consistiu

na visualização do confronto de fotos dos utentes quando mais novos com as fotos atuais.

Conceição Costa (20/86)

Cândida Romão (22/90)

19

Soledade Couceiro (30/88)

Graciete Guimarães (25/89)

20

No dia 21 de Setembro, realizou-se um “Atelier de Gesso” onde foram convidados os familiares a participar na

elaboração e decoração de várias peças de gesso

S. Martinho

No dia 11 de Novembro, para assinalar a data do São

Martinho os utentes, da parte da tarde, recordaram

provérbios e adivinhas, que aqui se reproduzem:

*Em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.

*Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.

*No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.

*No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se

vinho.

*No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.

*No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao

lume, assa castanhas e prova o teu vinho.

*No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu

vinho.

*No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu

vinho.

*Pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho.

*Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu

cebolinho.

*Pelo S. Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um

ano já não te faz dano.

*Se o Inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo S.

Martinho.

*Verão de S. Martinho são três dias e mais um

bocadinho.

Seguiu-se um lanche com sabor a castanhas que foram

distribuídas em cartuchos previamente feitos pelos

utentes.

De salientar que as mesas foram decoradas com rigor:

uma folha seca, velas e ouriços.

Projeto “SOU Arte”

O Projeto “SOU Arte” é um Projeto da Santa Casa

da Misericórdia de Aveiro, no âmbito da sua

intervenção com Pessoas com Demência, com o

especial contributo das Áreas da Psicologia e do

Património Histórico e Cultural da SCMA.

A par da intervenção medicamentosa, as

estratégicas de intervenção não farmacológicas têm

comprovados benefícios para o doente, resultando

num importante contributo complementar.

A intervenção terapêutica subjacente à estimulação

cognitiva, prática complementar às terapêuticas

farmacológicas, a arte-terapia resulta na

possibilidade de manifestação livre e criativa,

estimulando internamente a sensibilidade, a

curiosidade e o comportamento de procura ativa

revelado na iniciativa de observação e de

descoberta do espaço e obra criativas.

O 1º Ciclo do Projeto “SOU Arte” aconteceu

mediante o desenvolvimento de ações estruturadas,

beneficiando de múltiplos contextos de

estimulação, decorrentes de duas orientações de

intervenção: observar e criar. Subordinado à

temática “A Arte”, as seis sessões mensais

aconteceram nos meses de Abril, Maio, Junho,

Julho, Setembro e Outubro, na Sede da SCMA,

mais propriamente no Departamento do Património

Histórico e Cultural.

A apresentação pública do Projeto teve lugar no dia

19 de Novembro de 2013, na Sala de Despacho da

SCMA, com a participação da artista Eni de

Carvalho, cujas obras inspiraram este 1º Ciclo do

“SOU Arte”.

Todos os trabalhos realizados, bem como as obras

da artista trabalhadas em cada sessão, estiveram

expostos de 15 a 24 de Novembro, nas Galeria de

Exposições desta Santa Casa.

Casimira e Graciete

21

Margarida

Modesto e Ruth

Alberto, Bernardo e Modesto

Alberto e Casimira

Leonor Queiroz

22

XIII Mostra de Espantalhos

Com início no ano 2000, realizando-se este ano a XIII

Mostra de Espantalhos no Complexo da Moita com o

tema “Árvores, Flores e Frutos”.

Foram 8 as instituições que participaram e que

revelaram a criatividade e originalidade na elaboração

dos seus espantalhos. Materiais reciclados, tecidos,

redes, pedras, troncos, tudo ajudou para embelezar os

espantalhos que estiveram em exposição entre outubro

e novembro. Na entrega dos certificados de

participação, estiveram apenas 4 instituições, as

suficientes para proporcionar uma agradável tarde de

convívio. Ouviram-se quadras, poemas, músicas e um

conjunto de adivinhas, terminando o convívio com um

lanche partilhado.

Árvore de Natal

Com a proximidade da quadra natalícia começaram os

preparativos para a decoração da árvore de natal.

Como já é hábito, com a devida antecedência, os

utentes elaboram os adereços para a árvore de natal, a

qual será colocada no hall de entrada do Complexo

Social.

Este ano, o adorno escolhido foi uma flor dourada,

feita de material reciclado, sendo necessário apenas

rolos de papel higiénico (vazios) e capsulas de café.

A produção de flores em quantidade suficiente

envolveu os utentes, funcionárias e inclusive alguns

familiares, encontrando-se todos entusiasmados e

ansiosos por verem a árvore de natal decorada com os

seus trabalhos.

Este ano desafiamos os familiares dos utentes a virem

ajudar a fazer o presépio porque montar e ornamentar a

árvore de natal é tarefa dos utentes.

O adorno escolhido foi esta bela flor, uma das muitas feitas para

ornamentar a Árvore de Natal

Está tudo preparado para iniciar o presépio e enfeitar a Árvore de

Natal

Abertura dos ramos da Árvore de Natal

23

Colocação dos adornos na Árvore de Natal

Colocação do musgo

A presença e ajuda preciosa da geração mais nova

Pormenor do presépio

Árvore de Natal do ano 2013

24

Quinta Ecológica da Moita,

meses de intensa atividade

Depois de em julho se ter avançado com o protocolo

de parceria com a Associação Portuguesa de Educação

Ambiental (ASPEA) para a dinamização da Quinta

Ecológica da Moita, e de nos meses de Julho e Agosto

se ter começado a preparar a quinta e a mata para

começar a ter condições mínimas para se realizarem

actividades. Chegados ao mês de Setembro as

actividades na Quinta Ecológica da Moita (QEM)

inciaram-se com um forte dinamismo, elencando-se

assim mais de 17 atividades lúdicas e formativas

realizadas até ao passado dia 8 de dezembro.

Destas destacamos:

- 4 e 5 de setembro – Curso de Construção,

Manutenção e Recuperação de Charcos – orientado por

Jael Palhas (CIBIO)

- 11 de setembro – Palestra sobre WC Seco – orientado

por Luís Amaral

- 6 de outubro – Festa de Outono

- 26 e 27 de outubro – Oficina de Construção de WC

Seco – orientado por Mª José Valinhas

- 31 de outubro – Noite das Criaturas das Trevas

- 9 de novembro – Workshop Charcos com vida:

construção e manutenção de charcos – orientado por

Jael Palhas (CIBIO)

- 16 de novembro – Workshop Horta Biológica –

orientado por Henrique Bastos e Sónia Brázio

- 16 de novembro – Magusto na QEM

- 23 de novembro – Workshop de Fotografia de

Natureza – orientado por Bernardo Conde

- 23 e 24 de novembro – Workshop Construção de

Horta Mandala – orientado por Henrique Bastos

- 23 de novembro – Inauguração da Sala Tyto Alba e

Exposição Floresta Portuguesa: Um olhar mais atento

(de Lísia Lopes e Rosa Pinho – Herbário da

Universidade de Aveiro)

- 23 de novembro – Atividade Florestar Portugal

- 30 de novembro – Leitura do conto “Jaime e as

bolotas” por Helena Burbuleta para crianças

- 30 de novembro – Oficina Boneco Meia – orientado

por Cristina Guimarães.

- 7 e 8 de dezembro – Workshop Horta Mandala em

Agricultura Biológica Biodinâmica – orientado por

Henrique Bastos

- 8 de dezembro – Festa de Natal da QEM.

Os meses que se seguem serão de consolidação deste

projeto com cada vez mais atividades para um público

cada vez mais diversificado.