n.º boletim informativo santa casa da misericórdia de aveiro · escolhido e confirmado o local...
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Editorial A Santa Casa da Misericórdia de Aveiro
comemora quinhentos e quinze anos de
existência ao serviço dos pobres e
necessitados da comunidade aveirense. O
saber adaptar-se ao andar dos tempos, qual
moliceiro de vela erguida, permitiu chegar
ao início do século XXI com o mesmo
espírito empreendedor dos seus fundadores.
Foram muitas as vicissitudes ultrapassadas,
mas sempre presente, quer durante as
pestes, guerras, tempestades ou simples
ataques provocados por evoluções políticas.
A nossa história é riquíssima e felizmente
bem documentada, pese o facto de dois
acontecimentos que fizeram perder parte
dos arquivos: a transferência dos anexos da
igreja de S. Miguel (século XVII) e a
ocupação do hospital (1975) onde se
encontrava, na altura, parte do espólio
documental e museológico. Hoje tudo se
encontra digitalizado e acessível a consultas
através do nosso sítio, sendo nosso objetivo
encontrar uma morada digna e eficaz para
tão importante acervo, o qual, certamente,
ao fim de tanto tempo e tombo merece
repouso. Temos consciência que a História
de Aveiro não se constrói sem o nosso
acervo documental.
É intenção da Mesa Administrativa levar a
cabo, ao longo dos últimos meses do ano,
diversas ações tendentes a dar a conhecer a
SCMA (MIA) através do seu passado, do
seu presente e do que idealizamos como seu
futuro. Se o muito que foi feito nos orgulha
a nossa consciência mostra-nos o muito que
ainda há para fazer.
A vocação hospitalar não foi esquecida e
mesmo que certas demências ainda não se
encontrem sob a alçada do Ministério da
Saúde iremos acrescentar aos serviços que
já se encontram registados na ERS a futura
unidade “Irmãos Rangel” destinada a suprir
a falta de equipamentos vocacionados para
o acolhimento de pacientes destas
enfermidades.
Iniciamos a “entrega” da parte pertencente à
Reserva Ecológica Nacional da Quinta da
Moita, através de Protocolo de
Dinamização estabelecido com a
Associação Portuguesa de Educação
Ambiental, à comunidade aveirense,
deixando o desejo de que a dignificação de
tão nobre espaço seja uma homenagem a
todos quantos amaram aquele idílico lugar.
Consideramos uma enorme perda o
falecimento do Senhor Bispo D. António
Marcelino, grande amigo desta Santa Casa,
onde celebrou a sua última missa pública.
Durante o seu ministério foi um incansável
defensor das instituições particulares de
solidariedade social, com marcantes
intervenções em congressos, seminários,
sempre com disponibilidade a quem o
procurava e, sobretudo, com aquele saber
que nos deixava confiantes. Pessoalmente, a
nossa entrada nas IPSSs coincidiu com a
data da chegada do Senhor D. António
Marcelino a Aveiro, 1981, tendo sido
muitas as vezes que o procuramos para uma
palavra de orientação face aos muitos
problemas que um dirigente enfrenta e a sua
disponibilidade para análise nunca nos foi
negada. Ficamos todos mais pobres, as
instituições, a diocese e o país.
O Provedor
Dr. Lacerda Pais
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Sede
Capela de Santo
ldefonso Durante o primeiro século da sua
existência, a Casa da Misericórdia, esteve
instalada na capela de Santo Ildefonso,
anexa à igreja de S. Miguel, que se tornou
assim na "primeira sala de despacho". Os
seus primeiros documentos foram
certamente elaborados e guardados nessa
capela, local onde se desenvolveram as suas
atividades, no âmbito das "obras de
misericórdia". Mas a capela de Santo
Ildefonso torna-se insuficiente para as
exigências desta Misericórdia. Em 1596, o
seu provedor Henrique Esteves Veiga,
inicia diligências para a construção da Casa
Nova da Misericórdia, (casa do despacho,
igreja, salas anexas e hospital), às quais
Filipe II responde, autorizando a utilização
de 4000 cruzados dos rendimentos da sisa
de Aveiro, na sua construção. É então
escolhido e confirmado o local para a
construção da nova casa, na "rua Direita
desta Vila do canto da rua das Laranjeiras
até às casas de Salvador Dias, por ser muito
bom sítio e ficar na principal rua".
Em 1609, sendo provedor Pedro Tavares,
celebraram-se já na Nova Sede, as
festividades da Semana Santa.
A 19 de Novembro de 1614, a Misericórdia
deixa ao Padre Sebastião de Matos a dita
capela, com a obrigação de por ela zelar e
aparementar, segundo consta de documento
pertencente ao Arquivo da Misericórdia de
Aveiro e que a seguir se transcreve.
“Em 17 de Novembro do anno de 1614 por
escriptura que fez Belchior Corrêa de
Vasconcellos tabeliam nesta villa, que se
acha no L.o das escripturas a fl. 18v.o
dezestiu a Meza desta Santa Casa do
dominio, e posse que tinha da Capela de
Santo Ildefonço contingua à Igreja de Sam
Miguel desta villa, que havia servido
d’Igreja desta Irmandade, até o mez de
Julho de seis centos secenta e nove (sic), e a
doarão ao Padre Sebastiam de Mattos desta
villa com o encargo de concertar, e
aparementar à sua custa, e de lhe vincular
varios bens de sua fazenda, de cujo vinculo
seria única, e legitima protectora esta Santa
Casa, e este contracto se confirmou pela
Maii do dito Padre, Antonia Fernades de
Mattos, em 19 de Novembro de 1614 por
escrptura que está no L.o dellas a fl. 35v.o.
Falesceu o dito Padre sem prefazer o dito
vinculo, e a dita Antonia Fernandes de
Mattos sua Maii, fez suplica à Meza
dizendo que ella o queria fazer, porem ser a
Casa administradora tão somente, era
encargo sem proveito, e offerecia em
saptisfação da doação que se lhe havia feito
para ajuda dos gaetos do Ospital, dois mil
reis cada anno, pagos por dia de Sam
Miguel em quanto fosse viva, e por sua
morte.”
Legenda
Doc. s/ título Retroage a 17 de Novembro de 1614
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O Coro Litúrgico da
Igreja da Santa Casa da
Misericórdia de Aveiro
O Coro Litúrgico da Igreja da Santa Casa
da Misericórdia de Aveiro completou 19
anos de vida no passado dia 1 de novembro.
Foi fundado em 1994, no âmbito da AMA,
“Amigos da Misericórdia de Aveiro” (o
grupo de voluntários que continua a prestar
serviço de apoio no Lar de Idosos da
Moita), e o seu objetivo foi sempre cantar
na eucaristia que se celebra na Igreja da
Santa Casa, em Aveiro, às 11h30 de
domingos e dias santos.
Pode dizer-se que até hoje o Coro passou
por duas fases. A primeira terminou em
julho de 2002 e caracterizou-se por cânticos
menos adequados, de texto e música mais
livres, tipo canção de mensagem, com
menor relação com a liturgia e às vezes com
alguma intenção espetacular. João Silva foi
o seu diretor.
A seguir, e a convite daquele, veio João
Gamboa e o Coro procurou assumir-se
como “verdadeiro coro litúrgico”. Os
cânticos passaram a respeitar a
espiritualidade e especificidade próprias de
cada tempo litúrgico – o Advento, o Natal,
a Quaresma, a Páscoa; a sua escolha
procurou ter em consideração a Palavra da
Bíblia proclamada em cada domingo; e
começou a promover-se a participação da
Assembleia, sobretudo no salmo
responsorial, fazendo-se um ensaio
sistemático antes das celebrações, durante
quatro ou cinco minutos. Procurou-se assim
unir “os corações de todos na mesma
oração cantada” (Kerigma, 10 novembro
2002).
Este esforço continua. E não é fácil obter
resultados, porque a assembleia é flutuante
e varia bastante.
O restauro e inauguração do histórico órgão
de tubos, em 1 de novembro de 2003, foi
acontecimento importante na vida cultural
da igreja e da cidade, pois trouxe a
possibilidade de organizar concertos; e
ofereceu um suporte mais solene, mais
nobre e mais festivo ao canto litúrgico,
além da execução de pequenas peças a solo
durante e no final da missa.
Em setembro de 2004, reforçado com
alguns elementos do Coro de São Bernardo,
o Coro Litúrgico da Igreja da Santa Casa da
Misericórdia de Aveiro participou no
Encontro Nacional de Coros das
Misericórdias de Portugal, realizado no
Fundão.
De dezembro de 2007 a dezembro de 2008,
o Coro promoveu e organizou, com o apoio
da Santa Casa, o projeto “Música Litúrgica
de Padre Arménio e João Gamboa”, que
incluiu cinco ciclos: Advento-Natal, em 9
de dezembro de 2007; Quaresma-Páscoa,
em 9 de março de 2008; Padre Arménio,
em 6 de julho de 2008; Tempo Comum, em
26 de outubro de 2008; e Nossa Senhora,
em 8 de dezembro de 2008. Foi assim
possível “oferecer à assembleia (litúrgica)
habitual e a muitas outras pessoas que
acorreram à igreja, nessas datas, a beleza e
a espiritualidade do canto na liturgia e as
características próprias de cada tempo
litúrgico (…), a que o órgão de tubos deu
suporte e brilho” (Carta do Coro ao
Provedor, 16 dezembro 2008). O digno e
competente “intérprete dessa espiritualidade
e beleza” foi o Coro Litúrgico de Milheirós
de Poiares (Santa Maria da Feira).
O Coro da Misericórdia de Aveiro
associou-se ao Coro Litúrgico Misto de São
Bernardo e fez intercâmbio com o Coro da
Paróquia do Divino Salvador de Sabrosa,
Vila Real. Em 17 de outubro de 2010
visitou Sabrosa; em 6 de novembro de
2011, foi visitado por aquele na Igreja da
Santa Casa da Misericórdia de Aveiro. Em
ambos os dias e celebrações, os dois
coros fizeram festa – a festa da fé, a festa
da ressurreição de Cristo. E conviveram,
partilhando alegrias, conversas e o almoço.
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Também associado ao Coro de São
Bernardo, há muitos anos que canta nas
celebrações do Natal, Unção dos Enfermos
e Páscoa, em favor dos idosos do Lar da
Moita.
E em 15 de agosto de 2012, novamente os
dois coros deram as mãos e cantaram, em
Fátima, na “Oblação” (ou votos perpétuos)
que Conceição Rodrigues Fernandes, na
altura coralista dos dois coros, celebrou
como membro do Instituto Secular das
Cooperadoras da Família.
Voltemos a comparar as duas fases dos 19
anos de atividade do Coro Litúrgico da
Santa Casa da Misericórdia de Aveiro: se
em 1997 tinha cerca de 25 cantores, hoje
(2013) os coralistas são apenas dez, três
deles sobreviventes dos primeiros anos. São
seis senhoras e quatro homens e as idades
vão dos 42 aos 81 anos. A mais nova é
Susana Rebelo Ferreira, a mais velha
chama-se Maria Hermínia Martins.
Um órgão de tubos dura e toca anos e anos,
sendo apenas necessário restaurar aquilo
que nele envelhece; um coro litúrgico
também tem vida e canta os louvores de
Deus enquanto tiver vozes e alma para o
fazer. É o que continua a acontecer todos os
domingos e dias santos, na Igreja da Santa
Casa da Misericórdia de Aveiro.
João Gamboa
Novembro 2013
O Coro Litúrgico da SCMA
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Casa da Cruz
O mês de Agosto Ao longo do mês de AGOSTO, tentamos
proporcionar uma diversidade de vivências
diárias, numa lógica de organização
semanal, que se repetiu durante o período
de interrupção do ano letivo. As crianças,
agrupadas por valência (creche e pré-
escolar) participaram em “dias temáticos”,
dinamizados pelas educadoras Sara Ferreira
e Carina Rodrigues. A dinâmica
implementada serviu, também, para reforçar
o convívio e os laços entre crianças que
vinham de salas diferentes. Para assinalar o
final de mais um ano em ambiente de
grande animação, aqui fica o testemunho
fotográfico.
Dia da Expressão Motora
Dia da Piscina
Dia do Conto e Expressão Plástica
Dia de Expressão Musical
Dia de Culinária
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Novo Ano Letivo
Este ano letivo, o corpo docente da Casa da
Cruz optou por elaborar um projeto no
âmbito da multiculturalidade intitulado
“Unidos com o Mundo”. Os cinco
continentes serão trabalhados durante o ano,
concluindo-se a cada período a abordagem a
um dos continentes com uma Festa Temática,
em que participam todos os grupos (Creche e
Pré Escolar) envolvidos no Projeto.
O lançamento de “Unidos com o Mundo”
aconteceu no dia 30 de Setembro, com a
encenação da história: “Meninos de Todas as
Cores”. Esta atividade foi dinamizada pela
equipa pedagógica e contou com a
participação das salas dos 12/24 meses, 12/36
meses, 24/36 meses e as duas salas do pré
escolar. As crianças mantiveram-se muito
atentas e a boa disposição foi uma constante.
Encenação da história:
“Meninos de Todas as Cores”
Festival da Canção Para celebrar o Dia Internacional da Música,
mas também o 15º Aniversário da Casa da
Cruz, organizou-se um Festival da Canção.
Cada grupo de crianças representou uma
canção de um país do Continente Americano.
Desde os mais pequeninos que “descobriram
a América” aos mais crescidos que cantaram
“La Cucaracha” (México), “El elefante”
(Venezuela), “O pintainho amarelinho”
(Brasil) e “Happy birthay” (Estados Unidos
da América).
Este festival estava previsto no Plano Anual
de Atividades do pré-escolar e no Plano
Sócio Pedagógico de Creche cujo tema é
“Unidos com o Mundo”.
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As diferentes atuações no âmbito do Festival da
Canção – Continente Americano
15º Aniversário da
Instituição No dia 18 de outubro, comemorámos o 15º
Aniversário da nossa “escolinha”. Para
festejar, convidámos a comunidade educativa
a participar num lanche partilhado. Depois de
cantar os parabéns, todos puderam conviver e
celebrar mais um aniversário do Centro de
Educação de Infância.
As colaboradoras celebram o 15º Aniversário da
Casa da Cruz
Boa disposição e alegria marcaram esta celebração
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Halloween:
“Tricks or Treat”
No passado dia 31 de Outubro, as valências
de creche e jardim de infância dando
continuidade ao projeto “Unidos com a
América” festejaram o dia de Halloween.
No período da manhã as crianças das salas de
creche participaram num baile e as crianças
da valência de jardim realizaram uma sessão
de histórias.
À noite, e aqui sim, reportando à tradição
Americana, os Pais e respetivos filhotes que
aceitaram o convite da equipa docente do
Centro de Educação de Infância, foram pelas
ruas de Esgueira fazer o “Tricks or Treat”.
Vestidos a rigor, com muito boa disposição e
vontade de dizer “Doce ou travessura”,
educadoras, pais e crianças reuniram-se por
volta das 20h00 junto ao parque infantil e
alguns minutos depois demos inicio ao nosso
percurso. Foram vários os estabelecimentos
comerciais por nós visitados e em todos
fomos muito bem recebidos. Quanto à opção
“Tricks or Treat” é importante referir que a
escolha foi unanime: todos os visitados
optaram pelo “treat” – doces - que foram
acumulando e enchendo o nosso cesto. Em
sinal de agradecimento por nos terem
recebido foi entregue por uma das nossas
“bruxinhas”, a todos os visitados, um
fantasminha com a identificação da nossa
instituição.
Depois de toda a animação a gritar “Doce ou
travessura” e com as nossas crianças a
começarem a mostrar sinais de cansaço,
chegou outro grande momento: dividir as
guloseimas.
Foi um momento muito doce que encerrou
esta atividade de Halloween que muito
agradou a pequenos e graúdos.
Depois de todas as travessuras foi a vez de
partilhar as guloseimas
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O Magusto
Mais uma vez a Casa da Cruz organizou o
seu tradicional Magusto.
Agradecemos a colaboração dos pais na
oferta das castanhas. Todos juntos
organizámos um momento muito divertido
onde não faltou a boa disposição e vontade de
comer as deliciosas castanhas.
Para os pais, foi oferecido ao final do dia um
cálice de jeropiga, castanhas, chouriça com
broa e azeitonas, que muito apreciaram!
Estes momentos de confraternização
continuam a ser muito importantes para o
convívio entre crianças, pais e colaboradoras.
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Complexo Social
Passeio a S. Pedro de Sul
O passeio a S. Pedro de Sul foi planeado para o dia
todo e reuniu 55 utentes das diversas valências,
nomeadamente, Estrutura Residencial, Serviço de
Apoio Domiciliário e Centro de Dia.
A partida foi logo pela manhã e quando lá chegamos
dirigimo-nos à Estação de Artes e Sabores, localizada
na Antiga Estação da C.P. em São Pedro do Sul. A
Estação de Artes e Sabores é um espaço
multifuncional, sede da Associação de Artesãos
daquele município. Os utentes puderam ver ao vivo o
trabalho da tecelagem, os produtos de azulejaria,
raízes, cortiça e madeira.
Depois do almoço visitamos os Balneários Rainha D.
Amélia onde, na companhia da guia, os utentes ficaram
a conhecer um pouco melhor este ponto de atração
turística que são as termas.
A visita durou aproximadamente 1 hora, durante a qual
ficámos a conhecer a nascente; os espaços comuns do
Balneário D. Afonso Henriques; os espaços comuns do
Balneário Rainha D. Amélia; o Núcleo Museológico e,
finalmente, a Loja Terras (loja de produtos regionais e
de fabrico artesanal).
O regresso do passeio foi silencioso, pois os utentes,
embora satisfeitos por um dia diferente e bem passado,
encontravam-se cansados.
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Um dia diferente, cheio de sol e muita luz, passado entre
paisagens verdejantes, riachos de água fria e cristalina
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Concurso
“Espantalhos na Cidade”
No âmbito das comemorações do Dia dos Avós, que
decorreu no dia 26 de Julho, enquadrado no projeto do
Parque da Sustentabilidade, foram desenvolvidas
diversas atividades com o objetivo de promover o
convívio e a partilha de experiências e saberes. Nesse
sentido, e à semelhança de anos anteriores, a Divisão
de Assuntos Sociais - Serviço de Ação Social lançou o
desafio aos munícipes e utentes das diversas
instituições para a participação no Concurso
“Espantalhos na Cidade”.
Querendo participar os utentes colocaram a
imaginação e criatividade em marcha e construíram
um espantalho. Uns recortavam, outros preparavam
outros materiais necessários, de salientar que os
materiais utilizados eram todos reciclados. No final
resultou uma bonita “Flor da Moita” para o Concurso
“Espantalhos na Cidade”.
Os espantalhos ficaram expostos no Mercado Manuel
Firmino, e mais tarde foram expostos no Centro
Comercial Glicinas de Aveiro.
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A “Flor da Moita” concorreu ao Concurso
“Espantalhos na Cidade”
Aniversário dos 100 anos de
Cecília Oliveira No dia 7 de Agosto, a utente da Estrutura Residencial
D. Cecília Emília de Oliveira, celebrou o seu
centésimo aniversário.
Esta data, tão especial, não pôde deixar de ser
celebrada e partilhada com todos os presentes. A
utente mostrou-se muito emocionada pelo bolo, pelas
flores, mas sobretudo pela homenagem feita.
A D. Cecília Emília de Oliveira é de momento a nossa
utente mais “Nova”.
Visita à Biblioteca Municipal No dia 29 de Outubro, um grupo de utentes da
estrutura residencial e do centro de dia foram visitar a
Biblioteca Municipal de Aveiro, com o objetivo de
manter e fomentar o gosto pela leitura e consulta de
livros com os mais diversos temas.
A visita foi guiada pela Dr.ª Teresa, funcionária da
Biblioteca Municipal, que permitiu a digressão pela
biblioteca de uma forma organizada e interessante, promovendo memórias a estes visitantes tão especiais.
Foram muitos os temas dos livros requisitados,
dependendo do interesse literário de cada um,
nomeadamente futebol e respetivos clubes, trabalhos
manuais, contos populares, história de Portugal, entre
outros.
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Visita à Biblioteca Municipal de Aveiro
Atividades realizadas no
âmbito da celebração do Dia
Mundial da Pessoa com
Demência de Alzheimer
O Dia Mundial da Pessoa com Demência de Alzheimer
celebra-se no dia 21 de Setembro.
Quando falamos em planear o dia de um doente de
Alzheimer é necessário ter em atenção as suas
capacidades e limitações e tentar sempre ajustá-lo ao
doente. O importante não é a finalidade da atividade
mas sim a realização da mesma. Nesse sentido,
realizaram-se um conjunto de atividades ocupacionais
e socioculturais, que vão de encontro ao perfil dos
nossos utentes, nomeadamente:
No dia 19 de Setembro, num momento de culinária
houve confeção de compota de abobora.
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No dia 20 de Setembro, realizou-se na sala de espetáculos um momento de “Re”Lembro-me quem era, que consistiu
na visualização do confronto de fotos dos utentes quando mais novos com as fotos atuais.
Conceição Costa (20/86)
Cândida Romão (22/90)
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No dia 21 de Setembro, realizou-se um “Atelier de Gesso” onde foram convidados os familiares a participar na
elaboração e decoração de várias peças de gesso
S. Martinho
No dia 11 de Novembro, para assinalar a data do São
Martinho os utentes, da parte da tarde, recordaram
provérbios e adivinhas, que aqui se reproduzem:
*Em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.
*Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.
*No dia de S. Martinho, fura o teu pipinho.
*No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se
vinho.
*No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
*No dia de S. Martinho, mata o teu porco, chega-te ao
lume, assa castanhas e prova o teu vinho.
*No dia de S. Martinho, mata o teu porco e bebe o teu
vinho.
*No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu
vinho.
*Pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho.
*Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu
cebolinho.
*Pelo S. Martinho prova o teu vinho; ao cabo de um
ano já não te faz dano.
*Se o Inverno não erra o caminho, tê-lo-ei pelo S.
Martinho.
*Verão de S. Martinho são três dias e mais um
bocadinho.
Seguiu-se um lanche com sabor a castanhas que foram
distribuídas em cartuchos previamente feitos pelos
utentes.
De salientar que as mesas foram decoradas com rigor:
uma folha seca, velas e ouriços.
Projeto “SOU Arte”
O Projeto “SOU Arte” é um Projeto da Santa Casa
da Misericórdia de Aveiro, no âmbito da sua
intervenção com Pessoas com Demência, com o
especial contributo das Áreas da Psicologia e do
Património Histórico e Cultural da SCMA.
A par da intervenção medicamentosa, as
estratégicas de intervenção não farmacológicas têm
comprovados benefícios para o doente, resultando
num importante contributo complementar.
A intervenção terapêutica subjacente à estimulação
cognitiva, prática complementar às terapêuticas
farmacológicas, a arte-terapia resulta na
possibilidade de manifestação livre e criativa,
estimulando internamente a sensibilidade, a
curiosidade e o comportamento de procura ativa
revelado na iniciativa de observação e de
descoberta do espaço e obra criativas.
O 1º Ciclo do Projeto “SOU Arte” aconteceu
mediante o desenvolvimento de ações estruturadas,
beneficiando de múltiplos contextos de
estimulação, decorrentes de duas orientações de
intervenção: observar e criar. Subordinado à
temática “A Arte”, as seis sessões mensais
aconteceram nos meses de Abril, Maio, Junho,
Julho, Setembro e Outubro, na Sede da SCMA,
mais propriamente no Departamento do Património
Histórico e Cultural.
A apresentação pública do Projeto teve lugar no dia
19 de Novembro de 2013, na Sala de Despacho da
SCMA, com a participação da artista Eni de
Carvalho, cujas obras inspiraram este 1º Ciclo do
“SOU Arte”.
Todos os trabalhos realizados, bem como as obras
da artista trabalhadas em cada sessão, estiveram
expostos de 15 a 24 de Novembro, nas Galeria de
Exposições desta Santa Casa.
Casimira e Graciete
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XIII Mostra de Espantalhos
Com início no ano 2000, realizando-se este ano a XIII
Mostra de Espantalhos no Complexo da Moita com o
tema “Árvores, Flores e Frutos”.
Foram 8 as instituições que participaram e que
revelaram a criatividade e originalidade na elaboração
dos seus espantalhos. Materiais reciclados, tecidos,
redes, pedras, troncos, tudo ajudou para embelezar os
espantalhos que estiveram em exposição entre outubro
e novembro. Na entrega dos certificados de
participação, estiveram apenas 4 instituições, as
suficientes para proporcionar uma agradável tarde de
convívio. Ouviram-se quadras, poemas, músicas e um
conjunto de adivinhas, terminando o convívio com um
lanche partilhado.
Árvore de Natal
Com a proximidade da quadra natalícia começaram os
preparativos para a decoração da árvore de natal.
Como já é hábito, com a devida antecedência, os
utentes elaboram os adereços para a árvore de natal, a
qual será colocada no hall de entrada do Complexo
Social.
Este ano, o adorno escolhido foi uma flor dourada,
feita de material reciclado, sendo necessário apenas
rolos de papel higiénico (vazios) e capsulas de café.
A produção de flores em quantidade suficiente
envolveu os utentes, funcionárias e inclusive alguns
familiares, encontrando-se todos entusiasmados e
ansiosos por verem a árvore de natal decorada com os
seus trabalhos.
Este ano desafiamos os familiares dos utentes a virem
ajudar a fazer o presépio porque montar e ornamentar a
árvore de natal é tarefa dos utentes.
O adorno escolhido foi esta bela flor, uma das muitas feitas para
ornamentar a Árvore de Natal
Está tudo preparado para iniciar o presépio e enfeitar a Árvore de
Natal
Abertura dos ramos da Árvore de Natal
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Colocação dos adornos na Árvore de Natal
Colocação do musgo
A presença e ajuda preciosa da geração mais nova
Pormenor do presépio
Árvore de Natal do ano 2013
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Quinta Ecológica da Moita,
meses de intensa atividade
Depois de em julho se ter avançado com o protocolo
de parceria com a Associação Portuguesa de Educação
Ambiental (ASPEA) para a dinamização da Quinta
Ecológica da Moita, e de nos meses de Julho e Agosto
se ter começado a preparar a quinta e a mata para
começar a ter condições mínimas para se realizarem
actividades. Chegados ao mês de Setembro as
actividades na Quinta Ecológica da Moita (QEM)
inciaram-se com um forte dinamismo, elencando-se
assim mais de 17 atividades lúdicas e formativas
realizadas até ao passado dia 8 de dezembro.
Destas destacamos:
- 4 e 5 de setembro – Curso de Construção,
Manutenção e Recuperação de Charcos – orientado por
Jael Palhas (CIBIO)
- 11 de setembro – Palestra sobre WC Seco – orientado
por Luís Amaral
- 6 de outubro – Festa de Outono
- 26 e 27 de outubro – Oficina de Construção de WC
Seco – orientado por Mª José Valinhas
- 31 de outubro – Noite das Criaturas das Trevas
- 9 de novembro – Workshop Charcos com vida:
construção e manutenção de charcos – orientado por
Jael Palhas (CIBIO)
- 16 de novembro – Workshop Horta Biológica –
orientado por Henrique Bastos e Sónia Brázio
- 16 de novembro – Magusto na QEM
- 23 de novembro – Workshop de Fotografia de
Natureza – orientado por Bernardo Conde
- 23 e 24 de novembro – Workshop Construção de
Horta Mandala – orientado por Henrique Bastos
- 23 de novembro – Inauguração da Sala Tyto Alba e
Exposição Floresta Portuguesa: Um olhar mais atento
(de Lísia Lopes e Rosa Pinho – Herbário da
Universidade de Aveiro)
- 23 de novembro – Atividade Florestar Portugal
- 30 de novembro – Leitura do conto “Jaime e as
bolotas” por Helena Burbuleta para crianças
- 30 de novembro – Oficina Boneco Meia – orientado
por Cristina Guimarães.
- 7 e 8 de dezembro – Workshop Horta Mandala em
Agricultura Biológica Biodinâmica – orientado por
Henrique Bastos
- 8 de dezembro – Festa de Natal da QEM.
Os meses que se seguem serão de consolidação deste
projeto com cada vez mais atividades para um público
cada vez mais diversificado.