nódulos da tireoide - rodrigo mont'alverne
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Nódulos da Tireoide
Internato em Clínica MédicaAcd. Rodrigo Mont’Alverne
2016
Anatomia
Epidemiologia Extremamente comum
Estudo populacional – Framingham – 6,4% mulheres x 1,5% homens 4% a 7% das mulheres e 1% dos homens adultos
apresentam nódulo palpável¹
O câncer de tireóide ocorre em 5 a 15% dos nódulos da tireóide.
(1) Vander JB, Et al. The significance of nontoxic thyroid nodules. Final report of a 15-year study of the incidence of thyroid malignancy.
Epidemiologia Baixa probabilidade de malignidade Em Catania, Itália, 2327 pacientes com nódulos foram avaliados por PAAF,
391 foram selecionados para a cirurgia . Malignidade foi encontrada em 28% dos espécimes cirúrgicos, o que representou apenas 5% de todos os nódulos.
O risco de câncer é semelhante em pacientes com nódulos palpáveis ou incidentalmente detectados por métodos diagnósticos por imagem, os chamados incidentalomas, assim todos devem ser investigados²
Quarta neoplasia maligna mais frequente nas mulheres brasileiras³
(2) Rago T, et al. Role of conventional ultrasonography and color flow-doppler sonography in predicting malignancy in ‘cold’ thyroid nodules. Eur J Endocrinol 1998
(3) Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Síntese de resultados e comentários: câncer da glândula tireoide. Estimativa 2012
História Clínica Sexo
8M : 1H Malignidade 2-3 x Homem 8% x 4%
Idade Crianças e idosos
Tamanho Risco maior N ≥ 2cm
Sintomas Crescimento rápido Rouquidão persistente/mudança da voz Disfagia e dor
Outros fatores História familiar de neoplasia de tireoide Irradiação prévia em região cervical Níveis mais altos de TSH
Tabagismo - em especial associado a deficiência iodo
Miomas uterinos - 2x Níveis IGF-1
Redução risco ACO Estatinas Dieta não carencial iodo
Exame Físico Exame detalhado do pescoço
Tamanho Consistência Mobilidade Sensibilidade Adenopatia cervical
OBS! Ex: Nódulo solitário, de consistência endurecida, pouco móvel à deglutição, associado a linfoadenomegalia regional.
Exame Físico Adenoma hemorrágico/ calcificado x
carcinoma papilífero Palpação tireoide – baixa sensibilidade
Diagnóstico
Dosagem sérica do TSH Se ↓TSH -> Cintilografia da tireoide -> Hipercaptação
PAAF não indicada -> ↓ risco malignidade
Se ↑ TSH -> Tireoidite autoimune?( anti-TPO) Indicação PAAF?
USG Cervical Excelente método de detecção de nódulos Sensibilidade 95% - Superior a TC e RNM Avalia tamanho, composição e características Pode evidenciar linfonodos suspeitos e até revelar
compressão/ invasão de estruturas adjacentes. Auxílio a exames diagnósticos (PAAF) e terapêuticos ↑ Risco de malignidade: ↑ Hipoecogenicidade Microcalcificações Margens irregulares Vascularização central no doppler Diâmetro AP> Transverso
PAAF Melhor método disponível – lesão
Benigna x Maligna
Procedimento ambulatorial
Fácil, ↓ custo e ↓ risco de complicações
Experiência de quem realiza e do citopatologista
Cintilografia com Isótopos Iodo radioativo (131I ou123I) ou 99mTc pertecnetato.
Importante para se definir se o nódulo é hipercaptante.
A cintilografia tireoidiana esta indicada na suspeita de nódulo funcionante (TSH subnormal) (Recomendação A)
Quando a citologia é sugestiva de neoplasia folicular (Recomendação B).
TC e RNM Não permitem diferenciar lesões benignas e
malignas com o mesmo desempenho da USG.
Raramente indicadas na avaliação do nódulo tireoidiano.
Úteis na avaliação de bócios mergulhantes e da compressão ou invasão de estruturas adjacentes, como a traqueia.
USG cervical deverá ser realizada em todo paciente com nódulo tireoidiano (Recomendação A).
O TSH sérico deve ser solicitado na avaliação inicial do nódulo tireoidiano, principalmente para excluir a possibilidade de ser autônomo ou hipercaptante (Recomendação A).
TC, RM e PET são raramente necessários na avaliação da doença nodular tireoidiana (Recomendacao B).
Tratamento Cirurgia recomendada se citologia suspeita categoria V ou
VI de Bethesda (Recomendação A).
Se Citologia sugere neoplasia folicular (categoria IV) a cintilografia é útil. Se nódulo hipercaptante, a retirada não é necessária. Se nódulo hipocaptante ainda constitui uma indicação de cirurgia (Recomendacao B).
Se Lesão folicular/atipia(categoria III), repetir PAAF 3-6 meses e se persistir a cirurgia é indicada em paciente de alta suspeição/ nódulo ≥ 2cm. (Recomendação C).
Se amostra inadequada(categoria I), repetir PAAF, mas guiada por USG 3-6 meses se resultado persiste, cirurgia indicada em paciente de alta suspeição/ nódulo ≥ 2cm. (Recomendação C).
Extensão cirúrgica quando malignidade não definida?
Tireoidectomia total recomendada em : doença nodular bilateral associação com irradiação citologia suspeita citologia indeterminada e nodulo>4cm ou ≤4cm e
alta suspeição clínica/USG
Lobectomia suficiente na doença nodular unilateral nódulo ≤ 4 cm com citologia indeterminada e baixa
suspeita clinica/USG; citologia insatisfatória
Quando indicado, quais as opções de tratamento não cirúrgico para doença nodular benigna? L-T4, com redução do TSH - efeito supressor
sobre o crescimento do nódulo
Tratamento focal destrutivo com escleroterapia com etanol ou fotocoagulação a laser – quando nódulo solitário benigno
Radioiodo ou droga antitireoidiana – Se problema dominante for hiperfunção por nodulo autônomo em idosos.
Acompanhamento dos pacientesnão submetidos à cirurgia? Nódulos sem indicação de PAAF ou de cirurgia
( citologia benigna/ nod. pequeno e citol. Insatisfatória )
Segmento com USG recomendado para avaliação de crescimento.
Intervalo 6-24m
Obrigado!