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Nota Doutrinária Nr __/2019 – ASTROS: APOIO LOGÍSTICO AO GRUPO DE MÍSSEIS E FOGUETES NAS OPERAÇÕES, de __ de _____ de 2019. Fl 1

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO

NOTA DOUTRINÁRIA Nº __/2019 – C Dout Ex, de __ de ________ de 2019.

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ...................................................................................................................... 3

2. REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 3

3. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 4

3.2 CONSTITUIÇÃO ........................................................................................................... 8

3.3 ENTENDIMENTO LOGÍSTICO QUANTO A CAPACIDADE DE MANUTENÇÃO

ORGÂNICA DOS GMF ..................................................................................................... 11

4. CENTRO DE LOGÍSTICA DE MÍSSEIS E FOGUETES – NOVA PROPOSTA –

OPERATIVA/OPERACIONAL .......................................................................................... 12

4.1 ORGANIZAÇÃO .......................................................................................................... 12

4.2 NÍVEIS DE APOIO DO BATALHÃO DE MANUTENÇÃO, SUPRIMENTO,

TRANSPORTE E SALVAMENTO DE MÍSSEIS E FOGUETES ....................................... 13

5. MÓDULOS LOGÍSTICOS DO BATALHÃO DE MANUTENÇÃO, SUPRIMENTO,

TRANSPORTE E SALVAMENTO DE MÍSSEIS E FOGUETES ....................................... 14

5.1 FORMAS DE EMPREGO ............................................................................................ 14

5.2 ORGANIZAÇÃO .......................................................................................................... 16

6. APARATO LOGÍSTICO EXISTENTE ........................................................................... 20

6.1 CENTRO DE LOGÍSTICA DE MÍSSEIS E FOGUETES – TEMPO DE PAZ NA ZI ..... 20

6.2 BATALHÃO DE MANUTENÇÃO, SUPRIMENTO, TRANSPORTE E SALVAMENTO

DE MÍSSEIS E FOGUETES – TEMPO DE GUERRA NO TO .......................................... 25

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 28


Intencionalmente em branco


1. OBJETIVO

- Apresentar considerações doutrinárias a respeito do Apoio Logístico para atender as necessidades dos Grupos de Mísseis e Foguetes (GMF) nas operações, com vistas a orientar o planejamento em exercícios de combate, os temas de estudo das escolas militares, bem como preparar um manual experimental sobre o assunto.

- Proporcionar uma referência para obtenção de subsídios que contribuam para o desenvolvimento doutrinário, técnico-operativo da Logística realizada pelo Escalão apoiador dos GMF nas operações, por meio da aplicação dos conceitos apresentados nesta Nota.

2. REFERÊNCIAS a. Diretriz do Comandante do Exército 2017-2018.

b. Concepção de Transformação do Exército.

c. Concepção Estratégica do Exército.

d. Bases para a Transformação da Doutrina Militar Terrestre, Ed. 2013.

e. Manual de Abreviaturas, Siglas, Símbolos e Convenções Cartográficas das Forças

Armadas - MD33-M-02, Portaria Normativa Nr 513/MD, de 26 de março de 2008.

f. Manual de Doutrina de Operações Conjuntas – MD-30-M-01, Portaria Normativa Nr

3810/MD, de 08 de dezembro de 2011.

g. Apoio de Fogo em Operações Conjuntas – MD 33-M-11, Portaria Normativa Nr 862/MD,

de 4 de abril de 2013.

h. Manual de Fundamentos EB 20-MF-10.101 – O Exército Brasileiro.

i. Manual de Fundamentos EB 20-MF-10.102 – Doutrina Militar Terrestre.

j. Manual de Campanha EB 70-MC-10.223 – Operações.

l. Manual de Campanha EB 20-MC-10.202 – Força Terrestre Componente.

m. Manual Experimental Artilharia de Campanha de longo Alcance – 1ª Edição, 2017.

n. Sistema de Doutrina Militar Terrestre (SIDOMT) EB10-IG-01.005 – 5ª Edição, 2017.

o. Decreto nº 8298, de 15 de agosto de 2014 – Desativa a 6ª Divisão de Exército e altera a

denominação da Artilharia Divisionária da 6ª Divisão de Exército.

p. Nota Doutrinária Nº 01/2018 – C Dout Ex, de 23 de Maio de 2018 - COMANDO DE

ARTILHARIA DO EXÉRCITO.

q. Logística Militar Terrestre – EB70-MC-10.238.

r. Catálogo de Capacidades do Exército – EB20-C-07.001.

s. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Instrução de Artilharia de

Mísseis e Foguetes em 2016, para conclusão do Curso de Planejamento de Emprego de

Sistemas de Mísseis e Foguetes para oficiais do QEMA – As funções logísticas Suprimento

e Manutenção do Grupo de Mísseis e Foguetes na Zona de Interior e na Zona de Combate.

t. MANUAL DE ENSINO - GERENCIAMENTO DA MANUTENÇÃO - EB60-ME-22.401.

u. Especificação Técnica da Viatura Socorro AV-REC ASTROS MK6.

v. Nota Doutrinária s/n 2019 – O Grupo de Mísseis e Foguetes nas Operações.


3. INTRODUÇÃO 3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 3.1.1 O Apoio Logístico proveniente do Escalão Apoiador ao Grupo de Mísseis e Foguetes ainda não é bem delineado dentro da estrutura operacional da Artilharia de Mísseis e

Foguetes do Exército Brasileiro (EB). 3.1.2 Por conseguinte, vale registrar os princípios da Logística, os quais devem sempre ser considerados e determinantes para a escolha da linha de ação tática.

Fig 3-1 - Princípios da Logística.

Fonte: Logística Militar Terrestre – EB70-MC-10.238.

3.1.3 A configuração da cadeia logística baseia-se na: flexibilidade (estruturas com mínima rigidez preestabelecida); adaptabilidade; modularidade (a partir de uma estrutura básica

mínima, receber módulos que lhe ampliem seu poder de combate ou lhe agreguem capacidades); elasticidade e sustentabilidade (FAMES). 3.1.4 Com a constante evolução tecnológica dos aparatos envolvidos no campo de batalha,

cada vez mais se exigem capacidades necessárias para que a Força Terrestre possa atuar nas Operações no Amplo Espectro. O desafio implícito se configura em conceber uma

logística que seja capaz de moldar-se à multiplicidade de situações de emprego em conjunto às especificidades do material da tropa. 3.1.5 “Logística na medida certa”, a expressão sintetiza a capacidade de prever e prover

o apoio logístico necessário para garantir uma maior gama de possibilidades na ação desejada (seja em alcance, manobra e/ou duração).


Fig 3-2 – Visão ampla da Logística Militar Terrestre. Fonte: Logística Militar Terrestre – EB70-MC-10.238.

3.1.6 Com esse cenário, a Função de Combate Logística teve uma concepção doutrinária,

que também está alinhada com as diretrizes emanadas do Ministério da Defesa, bem como está coerente com as capacidades de apoiar a geração, o desdobramento, a sustentação e a reversão de uma força até a conquista do Estado Final Desejado (ver Fig 3-3). Assim, tais fundamentos objetivam orientar o planejamento e a execução referente às táticas, técnicas, normas e procedimentos que tratam do tema.


Fig 3-3 – Atividades básicas da Logística.

Fonte: Logística Militar Terrestre – EB70-MC-10.238.

3.1.7 As considerações abaixo sobre os Níveis de Execução e Articulação da Logística em Operações ressaltam a necessidade da presença, desde a Zona de Interior até a Zona de Combate (todos os níveis devem dispor de um canal técnico e de consciência situacional sobre toda a cadeia logística) da Logística Militar Terrestre. Entende-se como atividades logísticas da Força Terrestre (ver Fig 3-2) os seguintes campos de atuação: Saúde,

Engenharia, Transporte, Manutenção, Salvamento, Recursos Humanos e Suprimento. Desde já, cabe o alerta que esta Nota Doutrinária visa esclarecer o apoio logístico ASTROS nas funções: Transporte (Trnp), Manutenção (Mnt), Suprimento (Sup) e Salvamento (Slv) – pois devido às características do Sistema, são essas que necessitam de uma previsão particular e pormenorizada.


Fig 3-4 - Níveis de Execução e Articulação da Logística Militar Terrestre em Operações.

Fonte: Manual de Logística (EB EB70-MC-10.238). Legenda da Fig 3-4: *CCLM/MD: Centro de Coordenação de Logística e Mobilização/Ministério da Defesa. ** C Log: Comando Logístico. *** C Op: Comando Operacional. **** G Cmdo da F Ter: Grande Comando da Força Terrestre. ***** F Op: Força Operativa. ****** TN/ZI: Território Nacional/Zona de Interior. Entendimentos: 1) Níveis I e II: Zona de Combate (ZC). 2) Nível III: Zona de Administração (ZA). 3) Níveis I, II e III juntos: Teatro de Operações (TO). 4) Nível IV: ZI.

3.1.8. Salienta-se também, que no ano de 2018 o Centro de Logística de Mísseis e Foguetes (C Log Msl Fgt) foi concebido com o intuito de convergir esforços e estruturar tal apoio aos GMF em tempo de paz (ZI). O Centro é responsável também pelo planejamento, coordenação, implantação e controle do Suporte Logístico Integrado (SLI) do Sistema de

Mísseis e Foguetes, que tem como objetivo obter altos índices de disponibilidade do material ASTROS e reduzir os custos com o ciclo de vida desse produto estratégico de defesa. 3.1.9 Por extensão, a lacuna que trata o item 3.1.1, APOIO LOGÍSTICO AO GRUPO DE MÍSSEIS E FOGUETES NAS OPERAÇÕES, é justamente o que essa Nota Doutrinária vem a propor. Relacionados à tecnologia e a grandiosidade de todo esse arsenal, os desafios


logísticos deverão ser superados para proporcionar aos GMF no TO, todo o apoio necessário às Operações no Amplo Espectro. O aparato logístico deve dispor de uma estrutura compatível capaz de evoluir, rapidamente e com o mínimo de adaptações, de uma situação de paz para a de guerra/conflito armado (FAMES). 3.2 CONSTITUIÇÃO

Fig 3-5 - Estrutura Organizacional do Cmdo Art Ex.

Fonte: Nota Doutrinária Nr 01/2018 – Cmdo Art Ex, de 23 de maio de 2018. * linha tracejada: I) poderá receber meios para promover sua defesa contra vetores aéreos hostis (Bia AAAe); II) poderá receber

meios para aumentar o poder de fogo do Comando de Artilharia de Exército com mais 1 (um) GMF, além do 6º e do 16º.

3.2.1 A magnitude que envolve a constituição organizacional do ASTROS (Artillery Saturation Rockets System), leva em consideração o elevado consumo das classes III e V aliado a complexidade do transporte e manejo desse material, em operações. Como já visto, a continuidade e o sucesso nessas atividades dependem também da doutrina envolvendo planejamento e execução de toda a cadeia Logística em apoio aos GMF. Evidencia-se ainda, que o Sistema consegue atuar desde os mais altos escalões de Artilharia (batendo prioritariamente alvos de níveis estratégico e operacional – Centro de Gravidade Inimiga), até os escalões

subordinados que necessitem de apoio de fogo adicional (alvos em nível tático). Sendo assim, segue-se o entendimento já consolidado da organização dos GMF e em seguida a do C Log Msl Fgt. 3.2.2 A Organização atual do GMF é a seguinte: a) Comando (Cmdo) e seu Estado-Maior (EM); b) Bateria de Comando (Bia C); e c) 3 Baterias de Mísseis e Foguetes (Bia MF).

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO Cmdo Art Ex

Cmdo Art Ex

Cmdo EM

Bia BA B Adm Bia AAAe C Log Msl Fgt

CI Art Msl Fgt Cmdo

Cmdo GMF

X

l ll l ll ll ll

Fig 3-6 - Níveis Sistêmicos para Planejamento. Fonte: Manual de

Operações.


Fig 3-7 - Organização do GMF.

Fonte: Quadro de Cargos (QC) do GMF.

3.2.2.1 A Organização atual da Bateria de Mísseis e Foguetes é a seguinte: a) Seção de Comando (Seç Cmdo); b) Seção de Reconhecimento, Comunicações e Meteorologia (Seç Rec Com Meteo); c) Bateria de Tiro (Bia Tir).

3.2.2.1.1 Os elementos do Grupamento Logístico (Gp Log) são os responsáveis pela logística

(Trnp, Mnt, Sup e Slv) interna da Bia (Área de Trens da Bia – VBOfn-MSR).

Fig 3-8 - Organização da Bia MF. Fig 3-9 - Viaturas (Vtr) ASTROS.

Fonte: QC do GMF. Fonte: AVIBRÁS.

3.2.2.2 A Organização atual da Bateria de Comando (Bia C) é a seguinte: a) Seção de Comando da Bateria (Seç Cmdo Bia); b) Seção de Comando da Unidade (Seç Cmdo U); c) Seção de Comunicações (Seç Com); d) Seção de Manutenção (Seç Mnt); e) Seção de Suprimento (Seç Sup); e f) Seção de Saúde (Seç Sau).


3.2.2.2.1 Os elementos da Seção de Manutenção e da Seção de Suprimento são os

responsáveis pela logística (Trnp, Mnt, Sup e Slv) interna do Grupo (Área de Trens do

Grupo). Observa-se que a Bia C (responsáveis pela Mnt e Sup não ASTROS) não possui

militares logísticos habilitados em manutenção ASTROS, esses estão somente nas Bia MF.

3.2.2.2.2 Conforme elucidado no item 3.2.2.2.1, onde foi dito que não há na BC elementos

capacitados para manutenção ASTROS, sugere-se a implantação desde já de uma

VBOfn-MSR na Tu Mnt da Seç Cmdo de Bia da BC, pois essa bateria em operações conta

com dezoito VBRemn-MSR e além disso poderá receber outras viaturas ASTROS dentro do

escalonamento de manutenção (ver 3.3.1.5) após extinguir-se os meios e ou o tempo

(capacidades) de manutenção das Bia MF.

Fig 3-10 - Organização da Bia C.

Fonte: QC do GMF.

3.2.3 A Organização atual do C Log Msl Fgt (estrutura de paz – ver 3.1.8) é a seguinte: a) Comando (Cmdo) e seu Estado-Maior (EM); b) Centro de Operações Logísticas (COL); e c) Contingente.


Fig 3-11 - Organização do C Log Msl Fgt.

Fonte: QC do C Log Msl Fgt.

3.3 ENTENDIMENTO LOGÍSTICO QUANTO A CAPACIDADE DE MANUTENÇÃO ORGÂNICA DOS GMF 3.3.1 Antes do prosseguimento do assunto, seguem-se preceitos valiosos para uma futura

compreensão sobre o papel dos módulos logísticos. 3.3.1.1 As Viaturas Blindadas Oficinas (VBOfn-MSR) orgânicas das Bia MF são capazes de oferecer ao usuário (Gp Log da Seç Cmdo da Bia MF) uma manutenção de até o 3º escalão,

com ressalvas e limitações (ver 3.3.1.3 e 3.3.1.5). 3.3.1.2 A estrutura organizacional de Escalões de Manutenção na Força Terrestre prevê para o usuário uma manutenção somente de 1º escalão, porém, até aqui não há empecilho para uma exceção à regra (como é o caso da Aviação do Exército). 3.3.1.3 Já o pessoal logístico (militares habilitados em Mnt Mec e Elt – ASTROS) que mobilia a turma de Mnt do Gp Log da Seç Cmdo da Bia MF, esses são capacitados para atuarem também até o 3º escalão - com auxílio da Vtr Blindada Remuniciadora ASTROS (VBRemn-MSR) – pois muitas das manutenções além do 1º escalão, pela característica do peso do

material tratado, tem necessidade do uso do guindaste dessa Vtr para acesso à determinados componentes (desde que naquele momento não venha a comprometer o emprego da dita Vtr no remuniciamento das Lançadoras Múltiplas Universais – VBLMU-MSR). 3.3.1.4 Todas Vtr ASTROS possuem cofres de ferramentas como componentes da

mesma, para manutenções de 1º escalão e algumas de 2º escalão, havendo necessidade da VBOfn-MSR para complementar o ferramental de algumas Mnt de 2º escalão (exemplo torquímetro) e todo o 3º escalão. 3.3.1.5 Outro fator determinante que também influencia na gestão da Mnt Orgânica dos GMF está ligado ao BACKLOG (medida de tempo, fila de espera, que uma determinada equipe


finaliza uma determinada quantidade de serviços pendentes) e MTTR (Tempo médio para reparo), pois ultrapassando uma medida de tempo pré-estimada – que provavelmente

será definida pelo E4 da Força enquadrante (em caso de operações) - o componente danificado da viatura, ou ela própria deverá ser transferida da Área de Trens da Bia até a Área de Trens do Grupo e assim sucessivamente, se necessário, até chegar na AVIBRÁS.

4. CENTRO DE LOGÍSTICA DE MÍSSEIS E FOGUETES – NOVA PROPOSTA – OPERATIVA/OPERACIONAL 4.1 ORGANIZAÇÃO 4.1.1 Quando ativado em operações, a estrutura organizacional do Cmdo Art Ex é então

denominada de Cmdo Art da Força Terrestre Componente (FTC). Dessa forma, a OM logística do Forte Santa Bárbara (FSB) também poderá ser um Batalhão de Manutenção, Suprimento, Transporte e Salvamento de Mísseis e Foguetes (B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt), com as seguintes estruturas: a) Comando (Cmdo) e seu Estado-Maior (EM); b) Centro de Operações Logísticas (COL); c) Companhia de Comando e Serviço (Cia Cmdo Sv); d) Companhia Logística de Manutenção de Mísseis e Foguetes (Cia Log Mnt Msl Fgt); e) Companhia Logística de Suprimento de Mísseis e Foguetes (Cia Log Sup Msl Fgt); f) Companhia Logística de Transporte e Salvamento de Mísseis e Foguetes (Cia Log Trnp e Slv Msl Fgt);

Fig 3-12 - Escalões de Manutenção na Força Terrestre. Fonte: Logística Militar Terrestre – EB70-MC-10.238.

Centro de

Logística

de Mísseis

e Foguetes

AVIBRÁS

VB Ofn –

Turma Mnt

Ver: 3.2.2.1.1

Guarnição Vtr


Fig 4-1 – NOVA PROPOSTA de Organização do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt.

Fonte: Proposta do autor.

4.2 NÍVEIS DE APOIO DO BATALHÃO DE MANUTENÇÃO, SUPRIMENTO, TRANSPORTE E SALVAMENTO DE MÍSSEIS E FOGUETES 4.2.1 O B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt para melhor se enquadrar na estrutura Logística

empregada no Exército Brasileiro, deve operar de forma plena (ideal para a Força) nos 4 níveis de Execução e Articulação da Logística em Operações - níveis I, II e III com a flexibilidade de módulos e no nível IV através da estrutura física do FSB para exercer as funções logísticas de Mnt, Sup, Trnp e Slv (ver Fig 3-4). 4.2.2 Colaborando com o assunto, cabe salientar o que prevê o Manual de Logística Militar Terrestre – EB70-MC-10.238, quando trata sobre o Grupo Funcional Manutenção, deixando claro a importância sobre o emprego das equipes móveis no terreno, como se observa abaixo:

As unidades de manutenção devem executar a reparação de materiais o mais à frente quanto permitirem as condições operativas e técnicas. Deve-se considerar, todavia, que certos procedimentos necessitam de infraestrutura adequada e um mínimo grau de estabilidade. Assim, há que se buscar o equilíbrio entre segurança e capacidade de apoio, por meio do emprego de equipes móveis de manutenção, permitindo diminuir os prazos de indisponibilidade e reduzir os movimentos desnecessários.

* linha tracejada: poderá receber

meios para promover a

continuidade do apoio logístico

em operações no TO.


- nível I - Log orgânica da OM (Gp Log da Seç Cmdo da Bia MF), Pel L Mnt (reforço modular de pessoal do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt, se for o caso) e Base Logística de Brigada (reforço modular de pessoal do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt, se for o caso);

- nível II - Base Logística Terrestre (reforço modular de pessoal do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt, se for o caso); - nível III – CLTO e Base Logística Conjunta (Ba Log Cj) – todos, nenhum ou algum desses órgãos recebendo reforço modular

de pessoal do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt, se for o caso; e - nível IV – COLOG, ODS, Ba Ap Log Ex e a própria estrutura em ZI do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt.

4.2.3 Sabe-se ainda, que as frações logísticas trabalham em um espaço de batalha

disperso, não linear e com limites não definidos. Isso resulta na necessidade de desdobrar bases logísticas, de acordo com o risco admitido, em áreas com grande possibilidade de atuação do inimigo. Em consequência, colocar equipes móveis de Mnt ASTROS e fazer o escalonamento de seu Suprimento através de instalações já desdobradas no terreno, reduz os riscos e os meios, principalmente de apoio e segurança. Então, os módulos ASTROS dispõem das seguintes estruturas como possibilidades para seu desdobramento: - ZC (logística nível tático – AT/ATSU, BLB e BLT); - ZA (logística nível operacional - CLTO e Ba Log Cj); e - ZI (logística nível estratégico - CCLM, COLOG, instalações físicas do C Log e AVIBRAS). 5. MÓDULOS LOGÍSTICOS DO BATALHÃO DE MANUTENÇÃO, SUPRIMENTO, TRANSPORTE E SALVAMENTO DE MÍSSEIS E FOGUETES

5.1 FORMAS DE EMPREGO 5.1.1 Os módulos, de acordo com a conveniência e possibilidades (podendo se destacar

o módulo completo, ou até mesmo, somente um Oficial de Ligação) devem atuar dentro das estruturas logísticas já desdobradas no terreno, conforme dito anteriormente: a) Nível I de Articulação e Execução – MÓDULO 1: em reforço (Área de Trens do Grupo ou Bia – essa opção aumenta a reponsabilidade logística das BiaMF/GMF e pode interferir na manobra, sendo recomendável tal apoio a partir de uma BLB ou BLT mais próxima),

Fig 4-2 - Estrutura Logística para Apoio a uma Operação. Fonte: Manual de Logística (EB EB70-MC-10.238).


como apoio direto a um Grupo/Bia e/ou inserido na BLB mais central da área de ação do GMF; b) Nível II de Articulação e Execução – MÓDULO 2: inserido na BLT mais eixada com os elementos do GMF apoiados à frente ou eixada com a estrutura logística à frente que

também presta apoio ao Grupo; c) Nível III de Articulação e Execução – MÓDULO 3: CLTO/Ba Log Cj eixada com os elementos do GMF apoiados à frente ou eixada com a estrutura logística à frente que também presta apoio ao Grupo. 5.1.2. Lembrando da FAMES e diante das estruturas dispostas no terreno, deve haver um estudo de Estado Maior para definir qual órgão logístico, já desdobrado, que irá receber os meios (módulos) do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt. Unidade de Comando, a localidade, aproveitamento de instalações, economia de meios, esforço principal, proximidade dos objetivos e outros aspectos serão levados em consideração nesse estudo de caso (ver 3.1.2 e 3.1.3).

Fig 5-1 – Caso Esquemático de emprego dos GMF e seu apoio logístico.

Fonte: Ilustração do autor.

5.1.3 A doutrina de emprego dos GMF permite que suas Bia MF sejam empregadas, quando desejado, de forma descentralizadas e com elevadas distâncias uma das outras, dificultando o fluxo logístico interno do Grupo. Consequentemente, para “facilitar” (ver 5.1.1 a) e não sobrecarregar as missões das áreas de trens (AT) dos GMF é factível o apoio também descentralizado (a ser definido no estudo de situação). 5.1.4 O entendimento da Figura 5-1, baseado no que foi apresentado sobre os módulos logísticos e nas diversas possibilidades que podem ser extraídas do estudo de caso, é o seguinte: 5.1.4.1 Exemplos de emprego – na ZC com 02 GMF (sendo 01 Azul ao norte e 01 Verde ao sul – ou seja, essa composição de módulos pode atender até 2 GMF):


a) Exemplo 01, GMF Azul – linhas pontilhadas da Figura: BLB 1 recebendo parte do MÓDULO 1, poderá apoiar diretamente a área de trens de subunidade (AT/SU) – em azul mais ao norte – enquanto a BLT 1 com parte do MÓDULO 2, irá prestar assistência à AT (azul mais ao norte), a qual se responsabilizará por atender os pedidos das outras 2 AT/SU azuis. Assim, esse MÓDULO 2 (quem está a retaguarda terá a incumbência de levar as necessidades a frente) é quem irá prover aquele MÓDULO 1, e assim sucessivamente, o MÓDULO 2 recebe o apoio do MÓDULO 3 (locado na Ba Log Cj), que por sua vez recebe sua demanda do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt;

b) Exemplo 1, GMF Verde - linhas pontilhadas da Figura: restante do MÓDULO 1 fica em Apoio Direto (Ap Dto) na AT/SU verde mais ao norte, enquanto a BLT 2 com o restante do MÓDULO 2 irá prestar assistência diretamente as 2 outras AT/SU verdes. Assim, esse MÓDULO 2 é quem irá prover aquele MÓDULO 1, e assim sucessivamente, como descrito em linhas acima;

c) Exemplo 2 - linhas contínuas com seta da Figura: BLB 2 recebe o MÓDULO 1 para apoiar as 2 AT (azul ao norte e verde ao sul). O MÓDULO 2 (BLT 1) irá prover esse MÓDULO 1, e assim segue a cadeia logística já relatada.

5.2 ORGANIZAÇÃO 5.2.1. Cada módulo (1,2 e 3), quando ativado na íntegra, deve conter 2 equipes de especialistas (ASTROS) nas atividades logísticas de Mnt, Sup, Trnp e Slv. EQUIPE ALFA, pessoal de Sup (Cl III – Qav e consumíveis, V, VII e IX) e Trnp - (A); EQUIPE BRAVO, pessoal de Mnt (Cl V -principalmente Msl, VI – gerador da VBOfn-MSR e VBUCF-MSR, VII, IX), Trnp e Slv - (B). Assim, segue-se a composição de cada MÓDULO (equipes: Alfa + Bravo) Logístico do Sistema de Mísseis e Foguetes:

a) Equipe Alfa (Função Log Sup e Trnp):

Pessoal Cl III (Querosene de aviação – QAv e lubrificantes específicos ASTROS): 01 Sgt Controle (Ct) Sup, 03 Cb/Sd sendo 02 Motr e 01 Operador (Op) de bomba (Bb) de combustível (Comb), 01 Vtr Trnp Sup e 01 Vtr Cisterna Comb QVa 15.000l - capacidade de ressuprir 01 GMF, com 02 Vtr ASTROS Unidade de Apoio ao Solo (VBUAS-MSR - 2.500l cada, tanque do míssil: 180l) por Bia MF.

Pessoal Cl V: 01 Sgt Ct Sup, 04 Cb/Sd sendo 02 Motorista (Motr) e 02 Manipulador (Mnp) de Mun (Fgt e Msl), 01 Vtr Remn (não há necessidade de ser blindada) para Trnp e manuseio dos de contêiner lançadores e 01 Vtr Trnp Sup (Fgt e Msl).

Pessoal Cl VII: 01 Sgt Ct Sup, 02 Cb/Sd sendo 01 Motorista (Motr) e 01 Manipulador (Mnp) de Sup Cl VII e 01 Vtr Trnp Sup Cl VII.

Pessoal Cl IX: 01 Sgt Ct Sup, 04 Cb/Sd sendo 02 Motr e 02 Mnp de Sup Cl IX e 02 Vtr Trnp Sup Cl IX.


Fig 5-2 – Exemplo de Vtr Trnp Sup.

Fonte: Site do EB.

Fig 5-3 – Exemplo de Vtr Remn (Munck) de contêiner lançador.

Fonte: Twitter da intervenção federal no RJ.

Fig 5-4 – Exemplo de Vtr Cisterna Comb.

Fonte: Revista Operacional.


b) Equipe Bravo (Função log de Mnt, Trnp e Slv):

Pessoal Cl V: 01 Ten QEM especialista em Msl, 03 Sgt especialista em Msl sendo 02 motr, 01 Vtr Transporte Não Especializada (VTNE) ¾ Toneladas (Ton) e 01 VBUAS-MSR.

Pessoal Cl VII e IX: 01 Sgt Mecânico (Mec) Eletrônica (Elt), 01 Sgt Mec Automóvel (Auto), 01 Sgt Mec Eletricista (EL) Auto, 03 Cb/Sd Auxiliares (Aux) Mec (01 pra cada Sgt), 01 Vtr Ofn, 01 Vtr Trnp Sup e 01 Vtr Transporte Não Especializada (VTNE) ¾ Toneladas (Ton) - observação: necessidade de 03 Motr, cumulativamente com as funções anteriores; pessoal de Salvamento: I) 01 Sgt Op Vtr Socorro, 02 Cb/Sd auxiliares e 01 VTE Socorro - Obs: 01 desses 03 militares deve ser Motr do Socorro; II) 01 Sgt Op Vtr Prancha, 02 Cb/Sd auxiliares e 01 Cj Viatura Trator de Transporte Não Especializada (VTTNE) e Viatura Semirreboque Não Especializada (VSRNE) - Obs: 01 desses 03 militares deve ser o Motr do Cj VTTNE e VSRNE.

Fig 5-5 – Exemplo de (VTNE) ¾ (Ton).

Fonte: Site da Base Militar.


Fig 5-6 – Protótipo da VB UAS.

Fonte: AVIBRAS.

Fig 5-7 – Viatura oficina.

Fonte: Flickr.

Fig 5-8 – Exemplo da VTE Socorro.

Fonte: Site do EPEx.


c) Chefe (Ch) de 01 módulo (Equipe Alfa e Bravo): 01 Oficial Subalterno QMB.

Composição do módulo logístico do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt

Equipe Ten Sgt Cb/Sd Especialidades Meios

ALFA (Sup e Trnp)

01 04 13

Ten: Ch do Módulo; Sgt: Ct Sup; Cb/Sd: Motr, Mnp Sup, Op Bb Comb.

04 Vtr Trnp Sup, 01 Vtr Remn e 01 Vtr Cisterna Comb (QVa).

BRAVO (Mnt, Trnp e Slv)

01 08 07

Ten: QEM esp Msl; Sgt: Mec Elt, Mec Auto, Mec EL Auto, Motr e Op Vtr Socorro, Esp Msl, Motr e Op Cj VTTNE e VSRNE e Motr e Op VTE; Cb/Sd: Aux Mec Elt, Aux Mec Auto, Aux Mec EL Auto, Motr e Op Vtr Socorro e Motr e Op Cj VTTNE e VSRNE.

01 Vtr Ofn, 01 VBUAS-MSR, 01 Vtr Trnp Sup, 02 VTNE ¾ (Ton), 01 VTE Socorro, 01 Cj VTTNE e VSRNE.

1 MÓDULO (ALFA + BRAVO)

02 12 20

Sgt: Ct Sup, Mec Elt, Mec Auto, Mec EL Auto, Motr e Op Vtr Socorro, Motr e Op Cj VTTNE e VSRNE e Motr e Op VTE; Cb/Sd: Motr, Mnp Sup, Op Bb Comb, Aux Mec Elt, Aux Mec Auto, Aux Mec EL Auto, Motr e Op Vtr Socorro e Motr e Op Cj VTTNE e VSRNE.

03 Vtr Trnp Sup, 01 Vtr Cisterna Comb (QVa), 01 Vtr VB OFV, 01 Vtr VB UAS, 01 Vtr Trnp Sup, 01 VTNE ¾ (Ton), 01 VTE Socorro, 01 Cj VTTNE e VSRNE e 01 VTE 30 Ton.

Total de Militares: 34

Fig 5-9 – Composição do módulo logístico do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt. Fonte: O autor (2019).

6. APARATO LOGÍSTICO EXISTENTE 6.1 CENTRO DE LOGÍSTICA DE MÍSSEIS E FOGUETES – TEMPO DE PAZ NA ZI 6.1.1 Aparato de Manutenção do C Log Msl Fgt : todas as rotinas de manutenção semestrais

(rotina A), de todas as Unidades de Manutenção (U Mnt – equipamento/viatura que possui

procedimentos idênticos com relação a Mnt) - Vtr ASTROS, devem ficar a cargo das OM

detentoras do material (6º GMF e 16º GMF); as demais rotinas de manutenção, devem

estar enquadradas (agendadas) na diagonal de manutenção da frota, a serem realizadas no

C Log e com acompanhamento do Chefe de Peça (CP – esse militar deve acompanhar o

equipamento, quando empregado em operação ou manutenção, para montar um histórico

de manutenção e operação – proporcionando uma maior intimidade com o material); além

das rotinas agendadas (de janeiro até maio e julho até novembro) e de acordo com as

necessidades em consonância com a disponibilidade de Suprimentos, a capacidade em

manutenção do Centro de Logística, nos meses de junho e dezembro, irá se destinar para

as manutenções corretivas da frota. Para isso, a OM logística do Forte deverá possuir

equipes de manutenção com experiência e expertise necessária para dar fluidez na demanda


exigida (BACKLOG não deve ultrapassar de 15 dias - ver 3.3.1.5). Outras U Mnt ASTROS

existentes no FSB, são:

1) Contêiner lançador com o foguete explosivo: cada tipo de foguete possui um Manual

de Utilização específico, o qual aborda também procedimentos/inspeções de Mnt periódicas;

2) Contêiner lançador reutilizável de foguete de sinalização/treinamento: seu Manual

de Utilização prevê Mnt rotineiras para viabilizar sua reutilização, de acordo com as

recomendações do fabricante;

3) Míssil e VBUAS-MSR: produtos ainda em desenvolvimento pela AVIBRAS;

4) Geradores: as viaturas VBUCF-MSR e VBOfn-MSR possuem geradores que devem

passar por Mnt periódicas, cabe ainda ressaltar que os geradores das VBOfn-MSR e das

VBUCF-MSR versão MK6 são geradores alimentados a Diesel e o da VBUCF-MSR versão

MK3M alimentado a gasolina.

Fig 6-1 – Quadro demonstrativo sobre as U Mnt - ASTROS. Fonte: Entendimento do autor.


Fig 6-2 – Quadro demonstrativo sobre as Vtr ASTROS 6x6.

Fonte: AVIBRAS adaptado.

Fig 6-3 – Quadro demonstrativo sobre as Vtr ASTROS 4x4.

Fonte: AVIBRAS adaptado.


6.1.1.1 Diante do apresentado, visando obter uma atividade profissional por parte das equipes de Mnt e adequada para complexidade do material, verifica-se a necessidade de especializar ainda mais os quadros de mecânicos ASTROS (ver Fig 6-1). Assim, é interessante que o mecânico e sua equipe tenham experiência e formação focada em algumas Unidade de Manutenção – ASTROS e não em todas (Benchmarking junto AvEx). 6.1.2 Aparato de Transporte do C Log Msl Fgt: possui 06 carrocerias pranchas com cavalo mecânico, cuja capacidade é de carregar 01 Vtr ASTROS cada; 02 Vtr L 200 balizadoras de comboio; e 02 carrocerias bitrens com cavalo mecânico, cuja capacidade de cada conjunto bitrem é de carregar 24 contêineres lançadores de munições ASTROS. Capacidade total de Transporte na ZI: 06 Vtr ASTROS (sugestão: 04 lançadoras, 01 posto comando e controle e 01 remuniciadora) e 48 contêineres lançadores (ou seja, as 04 lançadoras, contendo 1 rajada em cada, a 01 remuniciadora carregando 02 rajadas, mais os 02 bitrens carregando 12 rajadas, produzirá um poder de combate de 18 rajadas) – transportados de uma só vez.

Fig 6-4 – Aparato de Trnp do C Log Msl Fgt.

Fonte: C Log Msl Fgt- adaptado.

6.1.3 Aparato de Suprimento do C Log Msl Fgt: O paiol encontra-se em construção e terá capacidade para 704 contêineres lançadores de foguetes; o 6º GMF possui atualmente 12 Depósitos Móveis de Munições em caráter provisório com capacidade para 144 contêineres lançadores, cabe ressaltar que para armazenar os mísseis será necessária uma logística diferenciada no que diz respeito ao armazenamento. O contêiner lançador de munição ASTROS pode carregar as seguintes munições: 8 Sub calibre TS 09 (exercício) – nesse caso o contêiner pode ser reutilizado; 8 foguetes AV SS 30 – HE (High Explosive); 4 foguetes AV SS 40 – MW (Multiple Warhead) contendo 20 sub munições em cada foguete; 1 foguete AV SS 60 – MW/HE que contém 65 sub munições e também pode ser utilizado como HE; 1 foguete AV SS 80 – MW/HE que contém 52 sub munições. O Míssil Tático de Cruzeiro – MW ou HE, utilizará um contêiner lançador distinto dos já utilizados pelos foguetes, esse novo contêiner irá ocupar o espaço equivalente ao de 2 contêineres lançadores de foguetes. Reservatório Cl III (QAv – até o momento inexistente); Depósito Cl VI, VII e IX ASTROS: capacidade limitada para armazenar itens de Mnt de rotinas (preventivas) para toda a frota

e outros itens de alta mortalidade (Mnt corretiva) não previstos nas rotinas.


Fig 6-5 – Projeto digital do novo paiol do FSB.

Fonte: Escritório de Projetos do Exército.

6.1.4 Aparato de Salvamento do C Log Msl Fgt: não há equipamentos para salvamento, além das Vtr Pranchas descritas acima (ver 6.1.2) 6.1.4.1 Devido ao alto custo relacionado ao material e a importância do sistema no Teatro de Operações, verifica-se a necessidade imediata da implantação de um sistema de salvamento especializado nas viaturas do sistema ASTROS; de acordo com a doutrina

atual não há como realizar a função logística salvamento (reboque, Resgate de viaturas acidentados e remoção), caso haja uma pane ou incidente entre as posições de espera e de tiro destacadas, respectivamente, em vermelho e amarelo no croqui abaixo, a viatura avariada pode ser neutralizada ou até mesmo destruída, impactando diretamente no poder de combate do GMF.

Fig 6-6 – Área de posição de uma Bia MF.

Fonte: CI Art Msl Fgt adaptado.


Fig 6-7 – Exemplo de viatura especializada Slv.

Fonte: TATRA e AVIBRAS.

6.2 BATALHÃO DE MANUTENÇÃO, SUPRIMENTO, TRANSPORTE E SALVAMENTO DE MÍSSEIS E FOGUETES – TEMPO DE GUERRA NO TO 6.2.1 Arsenal de Manutenção do B Mnt Sup Trnp Slv Msl Fgt: com a iminência de um conflito

beligerante, a OM logística do FSB irá concentrar esforços nas rotinas de Mnt e nas manutenções corretivas, deixando num curto espaço de tempo o máximo da frota ASTROS

pronta para operar no TO. Concomitantemente, o esforço de guerra estará acontecendo para que o FSB atinja as plenas condições de emprego (guerra total). O C Log será ativado para ter as estruturas de um Batalhão Logístico de Mísseis e Foguetes, o qual irá receber os meios necessários para mobiliar com pessoal e equipamentos os MÓDULOS operativos (ver Fig 4-1). A partir de então, os GMF serão enquadrados dentro de algum contexto operacional, o qual também estará inserido numa cadeia logística, essa recebendo o reforço de módulos logísticos de mísseis e foguetes (ver Fig 5-1). 6.2.2 Arsenal de Transporte do C Log Msl Fgt: com a ativação descrita acima, além dos meios de transporte já inseridos nos módulos, o C Log irá receber pessoal e equipamentos para transportar 02 GMF até o TO. Assim sendo, além dos PRODE existentes para operar em ZI, tempo de paz, (ver 6.1.2), a logística de transporte ASTROS em operações necessitará aumentar sua frota em 11 vezes para atender na plenitude o transporte (rodoviário) dos 02 GMF dentro do TO.


Fig 6-8 – Aero transportabilidade das Vtr ASTROS.

Fonte: EMBRAER e C Log Msl Fgt.

Fig 6-9 – Transportabilidade das Vtr ASTROS no modal ferroviário.

Fonte: C Log Msl Fgt.


Fig 6-10 – Transportabilidade das Vtr ASTROS no modal fluvial.


Fig 6-11 – Transportabilidade das Vtr ASTROS no modal marítimo.



7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

- Sugestões para o aprimoramento doutrinário referente ao Apoio Logístico ao GMF podem ser dirigidas ao Centro de Doutrina do Exército (C Dout Ex), no COTer.

- Os contatos do C Dout Ex são: e-mail [email protected], RITEx 860-4575 e o telefone (61) 3415-4575. - Os aspectos doutrinários estabelecidos nessa ND somente serão utilizados como referência para a experimentação, em ambientes escolares e em exercícios de adestramento da Força Terrestre, até que sejam incorporados em novos manuais da Doutrina Mili tar Terrestre (DMT). - Segundo o Art. 11 do Sistema de Doutrina Militar Terrestre – SIDOMT (EB-IG-01.005, 5ª

Edição), todas as organizações e indivíduos que integram a Força Terrestre podem colaborar

com o aperfeiçoamento dos aspectos doutrinários.

nota doutrinária nr /2019 astros: apoio logÍstico ao grupo ... · nota doutrinária nr __/2019...

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