nt março 2015
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90 anos
Federação Portuguesa de Ténis 1925-2015
Notícias do ténis
EDIÇÃO ONLINE MARÇO 2015
Ultrapassaram
-se situações
adversas, mas o facto é que todos — diri-
gentes, atletas, técni-cos e árbitros — permitiram que chegásse-mos até aqui,
o que é de louvar, e
proporciona-
ram que o ténis portu-guês tenha a
dignidade pela qual é interna-cionalmente reconhecido,
o que é de
sublinhar
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Federação Portuguesa de Ténis
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | [email protected]
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
A Federação Portuguesa de Ténis comemorou o 90.º aniversário da sua funda-
ção a 16 deste mês. Trata-se de um marco muito importante, como é óbvio, e que nos merece uma reflexão sobre todos estes anos decorridos.
O percurso da modalidade em Portugal, construído com abnega-ção e espírito de ambição, é ante-rior à formação da Federação Por-tuguesa de Ténis. Guilherme Pinto Basto, o responsável pela introdu-ção do ténis em Portugal, foi um dos que mais lutou, com um entu-siasmo inquebrantável, para o crescimento da modalidade e teve muitos seguidores.
Alguns destes souberam inter-pretar corretamente o desejo de engrandecimento do ténis em Por-tugal, com uma estrutura que pudesse guindar a modalidade para outros horizontes e constituir-se como entidade orientadora da disciplina.
A 16 de março de 1925, uma assembleia-geral de delegados indicados pelos clubes votou favo-ravelmente a fundação da Federa-ção Portuguesa de Lawn-Tennis. O primeiro presidente foi Guilher-me Pinto Basto, como não podia deixar de ser.
De então para cá, muitos foram os que se dedicaram à Federação Portuguesa de Ténis. Ultrapassa-ram-se situações adversas, mas o facto é que todos — dirigentes, atletas, técnicos e árbitros — per-
mitiram que chegássemos até aqui, o que é de louvar, e propor-
Ontem como hoje Editorial
VASCO COSTA
Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
cionaram que o ténis português tenha a dignidade pela qual é internacionalmente reconhecido, o que é de sublinhar. Ontem como hoje, a determina-ção, a abnegação e a ambição tem de ser alimentada. É um lega-do que recebemos com um orgu-lho muito grande e uma responsa-bilidade que vem do passado que não enjeitamos. Do passado vêm também exem-plos enriquecedores. Nesta adi-ção, iniciamos série de entrevis-tas, até final do ano, de presiden-tes da Federação Portuguesa de Ténis. Armando Rocha, presidente de 1981 a 1983, é o primeiro entrevistado, dada a impossibilida-de, por motivos de saúde, de Manuel Cordeiro dos Santos, que presidiu de 1976 a 1980 e de 1991 a 1992.
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Há 90 anos, um grupo de homens lançou-se na criação de um organismo centralizador do ténis em Portugal, constituído
em assembleia-geral de 16 de março de 1925. Guilherme Pinto Basto — responsável pela introdução do ténis
em Portugal — foi o primeiro presidente da Federação Portuguesa de Lawn Tennis, décadas mais tarde designada
Federação Portuguesa de Ténis. As comemorações da fundação da instituição tiveram como ponto
alto um jantar de gala, no Forte de São Julião, em Oeiras.
Esplendor
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S ublime. A Gala 90 Anos Federação Portu-guesa de Ténis juntou no Forte de São Julião, em Oeiras, a família do ténis e enti-
dades, para assinalar a efeméride, com soleni-
dade. O presidente da Federação Portuguesa de Ténis, Vasco Costa, referiu que «a festa é de todos» e realçou «a importância» de cada um dos presentes «no desenvolvimento do ténis, do padel, do ténis em cadeira de rodas e do
ténis de praia». Vasco Costa agradeceu ainda o apoio do Ministério da Defesa Nacional, da Câmara Muni-cipal de Oeiras, da Farmacêutica Angelini e de José Basílio Pinto Basto, para a realização da
gala. Na Gala 90 Anos Federação Portuguesa de Ténis, várias individualidades e entidades
foram distinguidas: TREINADOR ATLETA «TOP» 100 — Frederico Marques, André Lopes, João Cunha e Silva, Manny Dominguez, António Brito, Sérgio Cruz e
António van Grichen.
TOP 100 — Michelle Larcher de Brito, João Sou-sa, João Sousa, Rui Machado, Frederico Gil e
Nuno Marques.
ÁRBITRO — Jorge Dias, Carlos Ramos, Carlos
Sanches e Mariana Alves.
EMPRESÁRIO — João Lagos.
DIRIGENTE — José Filipe Dias.
INSTITUIÇÃO — Academia dos Champs.
ASSOCIAÇÕES 30 ANOS — Associação de Ténis de Lisboa, Associação de Ténis do Porto
e Associação de Ténis do Algarve.
CLUBE CENTENÁRIO — Lawn Tennis Clube da Foz, CIF — Club Internacional de Football e
Oporto Cricket & Lawn Tennis.
FORMADOR — Alfredo Vaz Pinto.
COLABORADOR — Filomena Graça e José San-
tos Costa.
JORNALISTA — Norberto Santos.
Foram ainda entregues galardões de reconhe-
cimento a entidades e atletas.
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A rmando Rocha assumiu os destinos da Federação Portuguesa de Ténis
numa situação difícil. A existência de um passivo era uma preocupa-ção e a «Herança Artur Mantero» afigurou-se como uma solução para o equilíbrio financeiro. Armando Rocha assinou o primei-ro protocolo com o Estado para desbloquear a verba.
— Alguma desilusão da dire-ção a que presidiu de 1981 a 1983 por a verba não ter sido
disponibilizada? — Naturalmente que foi uma desilusão não termos podido ace-der a este importante apoio, depois de tantos anos. Quanto mais cedo a verba fosse desblo-queada, mais cedo se começava a trabalhar em prol do desenvolvi-mento do ténis. A verdade é que aquelas demoras burocráticas tiveram uma certa influência na atuação da Federação. — Até que ponto condicio-
nou? — Condicionou muito, na medi-da em que as verbas que a Fede-ração Portuguesa de Ténis dispu-nha eram muitos escassas. Na altura, tínhamos apoio do Estado e a atividade federativa era cara. — Que peso tinha o apoio
estatal no orçamento? — Era grande. Era um apoio significativo, mas não era decisivo. Rondava uns 60 por cento do nos-so orçamento. — Qual era a realidade econó-mica-financeira da Federação Portuguesa de Ténis naquela
altura?
«Mudámos a mentalidade do ténis em Portugal»
Armando Rocha sucedeu a Manuel Cordeiro dos Santos na presidência da Federação Portuguesa de Ténis.
Corria o ano de 1981, tinha Armando
Rocha 54 anos. «Sempre gostei de ténis. E pratiquei ténis desde
a juventude. Achei que não podia recusar o desafio», referiu Armando Rocha, o terceiro diretor-geral dos
Desportos, em 1963, depois dos mandatos de Manuel Sacramento
Monteiro e Osvaldo Valadão Chagas. Armando Rocha considerou que
teve «uma intervenção importante» na Federação Portuguesa de Ténis, de 1981 a 1983. «Isso é inegável»,
frisou. Durante a sua gestão, o número de praticantes teve um
acréscimo significativo, passando «de dezenas de atletas para cente-
nas». A modalidade registou um crescimento em Portugal, para que
contribuiu — muito, como sublinhou — o Open de Portugal, organizado
pela Federação Portuguesa de Ténis, em 1983, ganho pelo sueco Mats
Wilander (final com o francês Yan-nick Noah). «Foi a semente para as
muitas outras provas do circuito ATP
de então», disse Armando Rocha. A direção a que presidiu teve outra
tarefa que classificou de primordial: a recuperação financeira
da Federação Portuguesa de Ténis, que então tinha 60 por cento do seu orçamento assegurado pelas dota-
ções estatais.
Testemunhos de presidentes
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— A Federação Portuguesa de Ténis tinha uma situação comple-tamente deficitária. E o equilíbrio financeiro era muito importante, por isso tínhamos de ter uma capacidade de gerar mais 40 por cento de proventos. Íamos buscar esses montantes aos patrocinado-res. Por exemplo, o Sport Goofy foi uma janela que se abriu e foi decisiva para a boa saúde finan-ceira da Federação Portuguesa de Ténis. Começámos a ter equilíbrio praticamente total. Por outro lado, o Sport Goofy deu um grande incremento ao ténis juvenil. As estatísticas da Federação Portuguesa de Ténis
mostram isso. A verdade é que éramos uma modalidade de algu-mas dezenas de atletas e passá-mos a ter centenas. — E quanto mais filiados,
maior a dotação do Estado… — Claro! Era muito importante aumentar o número de filiados na Federação Portuguesa de Ténis. — Quais foram as grandes preocupações do seu mandato na Federação Portuguesa de
Ténis? — Era dispor de instalações, de campos de ténis. Naquela altura, a Federação Portuguesa de Ténis funcionava em termos administra-tivos em Lisboa, onde está agora
«Mudámos a mentalidade do ténis em Portugal»
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«O Sport Goofy deu um grande incre-
mento ao ténis juvenil. As
estatísticas da Federação
Portuguesa de Ténis mos-
tram isso»
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competição. Conseguimos propor-cionar aos jovens o contacto inter-nacional. Lembro-me de ter ido ao Móna-co, com Nuno Marques. Recordo que ele foi vice-campeão europeu de sub-14, cedeu diante de um russo, de baixa estatura, mas com grandes qualidades. A certa altura, Nuno Marques invectivava o russo por alguns defeitos que manifestou ao longo da partida. Eu chamei à atenção a Nuno Marques, dizendo que ele estava a invectivar o campeão do mundo por fazer o que Nuno não era capaz de fazer. Lá ultrapassou isso e portou-se muito bem nessa prova no Mónaco. — Em 1983, foi-lhe proposto por um promotor alemão a reali-zação de uma prova integrada no Grand Prix da ATP. O Open de Portugal, no Estádio Nacio-nal, acabou por ter tido apenas uma única edição, uma vez que o custo elevado e a ausência de patrocinadores obstaram a que se repetisse. Porventura, foi outra das suas desilusões
durante o seu mandato? — Não se pode considerar que tenha sido uma desilusão, porque o ténis português era muito casei-ro e não tinha a projeção que tem hoje. Mas é claro que fiquei com pena de o Open Portugal, organi-zado pela Federação Portuguesa de Ténis, não ter prosseguido. O Open Portugal contribuiu para o saneamento financeiro da Fede-ração Portuguesa de Ténis. — Que balanço faz da sua gestão na Federação Portugue-
sa de Ténis durante três anos? — Penso ter tido um mandato altamente positivo. Entrei na Federação Portuguesa de Ténis com um somatório de despesas que não eram despiciendas. Quando saí, o saldo não era nega-tivo. O passivo era importante, porque era um passivo de mon-tante elevado. O saneamento financeiro foi muito importante e
a sede da Caixa Geral de Depósi-tos. Era um espaço exíguo, sem grandes condições. Era um espa-ço alugado. Tínhamos também problemas de organização. Como diretor-geral dos Despor-tos, tinha a superintendência do Estado Nacional, portanto o que podia facilitar à Federação Portu-guesa de Ténis era uma política de abertura completa. Como presi-dente da Federação Portuguesa de Ténis, o primeiro passo foi dado e depois as coisas começa-ram a rolar naturalmente. A minha direção foi a primeira a ter uma ligação ao Estádio Nacional, que foi sempre uma infraestrutura essencial para o ténis. Criámos as escolas de ténis para jovens, em 1963, e essa atividade foi-se multi-plicando ao longo dos anos. Outro das preocupações foi o saneamento do passivo da Fede-ração Portuguesa de Ténis, além, claro, do incremento do número de praticantes, porque isso signifi-cava mais receitas. — Quais eram as maiores necessidades da Federação Portuguesa de Ténis, para fazer face às muitas despesas, uma delas a participação regular na
Taça Davis? — Dinheiro. As maiores necessi-dades podiam resumir-se à obten-ção de mais apoios. Havia a necessidade de fomentar a partici-pações de jovens portugueses em torneios no estrangeiro. Lembro-me do Orange Bowl. Mandávamos os nossos tenistas jovens aos Estados Unidos, para que eles competissem com indiví-duos de outra galáxia. Isso era um esforço financeiro muito grande, mas conseguiu-se. — E possibilitava o contacto internacional dos tenistas por-tugueses. Isso foi outra das
suas preocupações? — Exatamente. Era muito impor-tante. Estamos no limite da Euro-pa e as deslocações eram gran-des e dispendiosas para qualquer
«Dinheiro. As maiores
necessidades
podiam resumir-se
à obtenção de mais apoios.
Havia a necessidade
de fomentar a participação
de jovens portugueses em torneios
no estrangei-ro. Lembro-me
do Orange Bowl. Mandá-
vamos os nossos tenis-tas aos Esta-dos Unidos,
para que eles competissem
com indiví-duos de outra galáxia. Isso era um esfor-ço financeiro muito grande,
mas conse-
guiu-se»
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cresceu-se muito a nível de prati-cantes e a nível de receitas, por-que os patrocinadores começaram a apostar nas provas de ténis. Esse foi um trabalho que foi necessário fazer, não posso dizer que não tivesse sido feito antes, mas o que é certo é que não tinha resultados. A abordagem a esses patrocina-dores foi dar credibilidade ao ténis. Era uma modalidade margi-nal, totalmente elitista, sem gran-de projeção, quer nacional quer internacional. — A sua entrada na Federação Portuguesa de Ténis inaugura uma nova era. Houve modifica-ções na organização e do ama-dorismo passou-se ao profissio-
muitos aspetos para permitir a
evolução do ténis português? — Foi uma mudança fundamen-tal. Passámos do amadorismo completo para um semiprofissio-nalismo responsável. Mudámos a mentalidade do ténis em Portugal. — Por que diz semiprofissio-nalismo e não profissionalis-
mo? — Não se podia dizer que eles eram profissionais, porque ser profissional de ténis implicava ver-bas muito consideráveis e eles não tinham essa possibilidade. Estas alterações eram muito importantes para a mentalidade dos jogadores também. Abrindo-se horizontes aos jogadores, eles foram arrastados para seguirem
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«Penso ter tido um man-
dato altamente positivo. Entrei na
Federação Portuguesa de Ténis com um somatório de despesas que
não eram despiciendas. Quando saí, o saldo não era
negativo»
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dade cresceu muito em número de praticantes e de receitas. — Será possível esperar que o ténis português, que tem um jogador que atingiu o 35.º posto no «ranking» mundial (João
Sousa), evolua ainda mais? — É difícil, porque os nossos
rem novas técnicas, a seguirem em frente, com progresso. — Foi no seu consulado que foi criada a primeira associação regional de ténis, em Lisboa, em
outubro de 1980. Por que o fez? — Era uma coisa de muito inte-resse, na medida em que isso ia aumentar o número de praticantes e o montante de receitas da Fede-ração Portuguesa de Ténis, atra-vés da concessão de licenças aos jogadores. — Descentralizava-se o
poder… — Não foi fácil, mas esse foi o propósito também. Havia muita gente que não compreendia a per-da de poder em determinadas zonas, mas levou-se a cabo essa iniciativa de alargar o associativis-mo. Não estou arrependido. — Acompanha o ténis atual-mente. Como vê o ténis portu-
guês de hoje? — Acompanho, tanto quanto me é possível. Dos meus tempos até hoje, mudou muito a mentalidade no ténis em Portugal. Temos mais infraestruturas, mais jogadores, árbitros de renome e treinadores bem preparados. Acho que a estrutura atual do ténis é mais capaz de enfrentar os desafios do futuro. O ténis portu-guês melhorou muito, na verdade. Temos mais praticantes e, só por aí, é muito importante. A modali-
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«Havia muita gente que não
compreendia a perda de poder em
determinadas zonas, mas
levou-se a cabo essa
iniciativa de alargar o associativis-
mo. Não estou arrependido.
Era uma coisa
de muito interesse, na medida em que isso ia
aumentar o número de
praticantes e o montante de
receitas»
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atletas não têm aquele apego que é necessário e fundamental para ser um grande campeão. É claro que a mentalidade dos jogadores portugueses mudou muito, como já disse. E tenho de dizer que muito se tem feito, com a dedicação de muitas pessoas e
com novos financiamentos da Federação Portuguesa de Ténis. É importante que a Federação Portuguesa de Ténis possa desenvolver a sua missão e contri-buir para que o ténis português seja cada vez melhor, a todos os níveis.
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R ui Machado somou presen-ças em finais de singulares do circuito profissional ITF
em cinco semanas consecutivas. O campeão nacional absoluto em título, de 30 anos, averbou mais quatro títulos individuais. O percurso vitorioso de Rui Machado começou em Colombo, no início de fevereiro. Sem ceder qualquer partida durante o primei-ro «Future» no Sri Lanka, o algar-vio festejou o triunfo frente ao che-co Jan Satral, após um duplo 6-3. Na semana seguinte, Rui Machado voltou a erguer o troféu destinado ao vencedor em Colom-bo, depois de se ter desembaraça-do do sérvio Miljan Zekic, por 6-2 e 6-1. O culminar de um trajeto realizado igualmente sem consen-tir um único «set» em quatro encontros. No torneio de terceira semana no Sri Lanka, Rui Machado con-quistou o tri, assinando 6-0 e 6-3 novamente com Miljan Zekic como opositor. O tenista português fechou a digressão por aquele país asiático com mais uma vitória em «Futures» e com apenas uma partida consentida, logo na ronda
Rui Machado, imbatível há 25 encontros em singulares (um na Taça Davis), feste-jou já quatro títulos indivi-duais nesta temporada, obtidos em cinco sema-
nas consecuti-
vas com presença em
finais
O rei das finais consecutivas um, frente ao francês Gabriel Petit, proveniente do «qualifying». No regresso a Portugal, para os torneios da categoria «Future» no Algarve, Rui Machado voltou a jogar um derradeiro encontro. No entanto, o francês Remi Boutillier levou-lhe a melhor, por 6-4 e 6-4, em Vale do Lobo, no torneio em que Romain Barbosa e Leonardo Tavares triunfaram em pares. Ausente no ITF Futures Faro por ter estado ao serviço da seleção nacional na Taça Davis (vitória por 4-1 de Portugal na receção a Mar-rocos), Rui Machado — destaque de fevereiro na página oficial da ITF — regressou ao circuito em Loulé, para contabilizar o quarto título na temporada. Rui Machado, que atingiu a 59.ª posição mundial e foi número um do ATP Challenger Tour em 2011, soma 18 títulos em provas «Future», aos quais adiciona oito triunfos no ATP Challenger Tour em dez finais, entre 2009 e 2012. Em 2010, João Sousa — o atual número um nacional foi sete vezes campeão em «Futures» – registou uma sequência de três triunfos em semanas consecutivas
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O rei das finais consecutivas
em competições da categoria. Em Espanha, o tenista vimaranense, radicado em Barcelona desde os 15 anos, sagrou-se campeão em singulares em pares em Valldo-reix, Adeje e Lanzarote.
Nestas duas localidades das Canárias, João Sousa logrou ain-da festejar a conquista do título em pares, em Adeje e Lanzarote ao lado do espanhol Rumenov Payakov.
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P or ocasião da eliminatória entre Portugal e Marrocos, da Taça Davis, o CAR do
Jamor serviu de palco para a atri-buição do ITF Commitment Award a Frederico Gil. Um galardão que distingue o tenista residente em Sintra pelas 20 presenças na maior competição do mundo entre nações. «O sentimento é muito bom. Tenho de agradecer à ITF e, de forma muito especial, à equipa portuguesa e à Federação Portu-guesa de Ténis. Esta distinção pelas minhas 20 eliminatórias na Taça Davis deixa-me muito con-tente», congratulou-se o homena-geado, depois de receber o troféu das mãos de Vasco Costa, presi-dente da Federação Portuguesa de Ténis. A estreia de Frederico Gil na Taça Davis remonta a abril de 2004, em Tunes, na primeira elimi-natória do Grupo II da Zona Euro-pa/África. Frederico Gil, então com 19 anos, ajudou Portugal a vencer a Tunísia, por 3-2. Leonardo Tava-res, Bernardo Mota e Rui Macha-do completavam a seleção capita-neada por João Maio.
Seguiram-se 19 presenças na Taça Davis, a última das quais em abril de 2013, no CIF, em Lisboa. Gil integrou a equipa de Pedro Cordeiro que venceu a Lituânia, por 5-0, na segunda eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África. O percurso de Gil na Taça Davis
A estreia de Frederico Gil na Taça Davis reporta-se a
2004. O tenista natural de Lis-boa, residente
em Sintra, tinha 19 anos e ajudou Por-
tugal a triunfar sobre a Tuní-
sia, por 3-2, na capital tunisi-
na, Tunes
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Um sentimento muito bom
prolonga-se por nove anos e o ex-número 62.º mundial não o quer dar por encerrado. «Espero continuar e ter muitas mais presenças. Espero fazer par-te da seleção em breve», salien-tou Frederico Gil. Há dois anos, por ocasião do
centenário da ITF, João Cunha e Silva (o português com mais pre-senças na Taça Davis — 30), Nuno Marques, Leonardo Tava-res, Emanuel Couto e Rui Macha-do receberam o ITF Commitment Award. Foi no decorrer do Portu-gal-Benim, da Taça Davis.
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Gil quer voltar a marcar pre-sença na sele-ção nacional
na Taça Davis
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A Academia dos Champs —projeto que, desde 2009, promove a integração
social através do ténis — propor-cionou experiência inesquecível a vários amantes da modalidade no confronto entre Portugal e Marro-cos, da primeira eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis, entre 6 e 8 de março, no CAR do Jamor. Doze crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 6 e os 19 anos, tiveram a oportuni-dade de ver de perto alguns dos principais nomes do ténis nacional na atualidade. Mafalda Saraiva, coordenadora do Projeto Entrecul, do Núcleo Outurela/Carnaxide da Academia dos Champs, salientou a impor-tância da iniciativa. «Todos eles treinam ténis, mas não é todos os dias que podem ver de perto jogadores profissio-nais, que só estão habituados a ver na televisão. A ideia é que isso os inspire. Temos um atleta fede-
rado e gostaríamos que outros seguissem o seu exemplo», expli-cou a responsável. Estava dado o mote para conhe-cer Filipe Pereira, 19 anos de ida-de, os últimos quatro vividos de mãos dadas com o ténis. «Gosto muito de ténis, é um desporto muito difícil e sem a aju-da da Academia dos Champs não teria esta possibilidade. É especial poder apoiar a seleção, mas pre-feria estar a jogar. Infelizmente já não vou a tempo», lamentou o jovem, confessando admiração por João Sousa, número um nacional, que teve oportunidade de ver em ação no CAR do Jamor: «É o meu tenista português favori-to», disse. A presença do grupo de jovens praticantes na eliminatória da Taça Davis entre Portugal e Mar-rocos contou com a colaboração de Luís Ferreira, coordenador da Zona Centro do Departamento de Desenvolvimento da Federação Portuguesa de Ténis.
Doze elemen-tos da Acade-
mia dos Champs vive-
ram uma expe-riência ines-quecível na receção de Portugal a
Marrocos, pri-meira elimina-tória do Grupo
II da Zona Europa/África
da Taça Davis
Um dia
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«É uma ocasião única de estar com a elite do ténis português e vê-la competir», realçou, dando conta da oportunidade proporcio-nada pela Academia dos Champs aos 12 jovens de «fazer brincadei-ras com os tenistas e participar numa sessão de autógrafos». Fundada em 2009 por António Champalimaud, a Academia dos Champs exerce atualmente a sua
atividade através de cinco núcleos – quatro na zona da Grande Lis-boa e um na zona do Grande Por-to –, aliando à prática regular de desporto uma forte componente pedagógica. A Academia dos Champs foi dis-tinguida em 2013 pelo ATP World, no âmbito do programa ATP Aces for Charity, que destaca anual-mente projetos de solidariedade.
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Em 2013, ATP World Tour distinguiu a
Academia dos
Champs, no âmbito
o ATP Aces for Charity
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30 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
João Roque e Gonçalo Nicau disputaram a final do torneio do Padel Sports Clube de Sintra, com Eduardo Carona e Jesus Lizarbe, acabando estes últimos por permitirem o triunfo dos cam-peões nacionais, em duas parti-
O Circuito Padel Portugal visita o Algarve no primeiro fim de semana de abril,
para a realização da segunda pro-va do calendário, organizada pelo Centro de Ténis de Faro. À semelhança da primeira eta-pa, realizada em março, em Sin-tra, a competição algarvia, em relva sintética, terá um montante de mil euros para distribuir pelos participantes, repartidos pelos pares masculinos, femininos e mistos. A competição do Centro de Ténis de Faro, que tem como diretor de prova André Nunes e juiz árbitro José Rosa Nunes, tem como data limite para inscrições 1 de abril ([email protected] ou através de faxe — 289 817 877). O sorteio está programado para o Centro de Ténis de Faro, em Gambelas, a 2 de abril, pelas 10 horas. A prova no Centro de Ténis de Faro, que disponibiliza três cam-pos, contempla 500 euros para pares masculinos, 300 para femi-ninos e 200 para mistos. Na primeira prova da edição de 2015 do Circuito Padel Portugal, que decorreu no Padel Sports Clu-be de Sintra, em finais de março, os campeões nacionais em título João Roque e Gonçalo Nicau conquistaram o primeiro título na temporada.
Circuito visita o Algarve
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das, fechadas com os parcelares de 6-3 e 7-5. As provas de pares masculinos e mistos não se realizaram no Padel Sports Clube de Sintra, a primeira etapa do Circuito Padel Portugal.
Circuito visita o Algarve
O Circuito Padel Portugal, orga-nizado pela Federação Portugue-sa de Ténis, integra o Campeona-to Nacional da modalidade, cuja data ainda não está fixada, mas que deverá acontecer novamente em setembro.
A prova no Centro de
Ténis de Faro, a segunda do Circuito Padel Portugal, será
reservada a pares
masculinos, femininos e
mistos. Por todos os atletas serão distribuídos prémios no valor de mil
euros
Eduardo Morais, semifi-
nalista no Nacional de
sub-12 no ano passado, inte-grou a equipa do Clube de
Ténis do Colé-gio do Amor
de Deus cam-peã nacional de sub-12 em
2014 e 2013. Sagrou-se
vice-campeão no Masters Nacional de sub-10, em
2012, ano em que con-
quistou o título em pares na
mesma prova. Este ano, foi campeão em singulares e
em pares (com Miguel Gomes)
no Azores Open 12 &
Under e semifi-nalista em
Auray, locali-dade francesa onde recebeu
o prémio revelação
32 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
«Quero superar os meus limites» O sucesso significa… a recompensa do trabalho diário que executo nos treinos e que dá fru-tos depois, nos torneios. É um sentimento de felicidade, porque gostei do que fiz enquanto atleta no campo. No ténis, quero… superar os meus limites. Sair de um treino ou de um jogo e pensar que dei o meu máximo e que melhorei em relação ao último dia. Tenho tam-bém objetivos a longo prazo, como um dia ser profissional neste des-porto.
Depois de vencer um encon-tro… sinto-me bem por ter saído do campo com uma vitória. Depois, dou uma corridinha e faço os meus alongamentos. De segui-da, falo com o treinador dobre o jogo e ele diz-me o que fiz bem e o que tenho de melhorar para o pró-ximo jogo. Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… a nível nacional, sem dúvida, ter sido campeão nacional por equi-pas com o CT CAD (dois anos consecutivos). A nível internacio-nal, foi o meu primeiro título, nos Azores Open, e, recentemente, a minha meia-final do Open Super 12 Auray, no qual fui também dis-tinguido com o prémio Revelação. E a maior tristeza no ténis foi… de momento, não me lembro de nenhuma tristeza, mas sim de alguns momentos maus que enca-rei como se fosse uma aprendiza-gem.
Se eu mandasse no ténis… dava mais apoios aos mais novos, mais possibilidades de viagens para o estrangeiro, para assim
E duardo Morais é atleta do Clube de Ténis do Colégio do Amor de Deus, em Cas-
cais. Treinado por André Leite, Tomás Rosado e Mário Silva, marcou presença na seleção nacional de sub-12 que disputou as fases de qualificação da Sum-mer Cup, na Holanda, e da Win-ter Cup, na República Checa. Recentemente, em Auray, na França, foi considerado a revela-ção do torneio.
O ténis é... a minha paixão, o desporto que escolhi e é o que mais gosto de fazer. Jogo ténis porque… é o des-porto com que me identifico. Comecei a jogar muito cedo, com o meu pai, depois passei a ter aulas e, a partir daí, o ténis pas-sou a fazer parte da minha vida. O que mais gosto no ténis… é o facto de ser um desporto em que se compete muito, tendo, por isso, a possibilidade de fazer tor-neios internacionais, poder viajar e conhecer países e jogadores. O que mais detesto no ténis é… uma pergunta difícil para mim, mas talvez alguns momentos de frustração que sinto durante algu-mas partes dos jogos e quando, depois de terminar alguns encon-tros, sinto que podia ter feito mais e melhor.
Treinar é… uma oportunidade de evoluir nos aspetos físicos, mentais, técnicos e táticos, melho-rando as minhas maiores lacunas e aperfeiçoar as minhas maiores armas, tendo em conta que ainda tenho muito para aprender e tenho de continuar a trabalhar, com esforço, humildade e dedicação.
confio. No fundo, é aquele que eu vejo todos os dias e todos os meus treinadores me tentam aju-dar a evoluir e tornar-me num jogador mais completo. O meu ídolo no ténis é atual-mente... Rafael Nadal, porque admiro a sua forma de jogar, a sua garra e atitude em campo, que acho que é essencial num grande jogador de ténis, não esquecendo que João Sousa é um exemplo.
O meu torneio preferido é… Roland Garros.
A minha superfície preferida é… terra batida, mesmo apesar de jogar a maior parte dos torneios em piso rápido.
No meu saco, não dispenso… as raquetas Tecnifibre, toalha, cor-da para aquecer, água e sapati-lhas de correr.
D.R
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Eduardo
Morais
12 anos
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No ano passa-do, Eduardo
Morais sagrou-se campeão individual no Azores Open 12 & Under.
Em São Miguel, tam-bém foi vice-campeão em
pares, conjun-tamente com Tomás Pinho. O jovem tenis-ta do Clube de Ténis do Colé-gio do Amor de Deus, em Cascais, tem tido presença constante na
seleção nacio-
nal de sub-12
«Quero superar os meus limites»
conhecerem como é o nível dos jogadores da sua idade. Também organizava mais torneios interna-cionais em Portugal, pois penso que são os mais importantes, em que os jogadores aprendem mais.
Em Portugal, o ténis precisa de… mais clubes e academias, importantes para a evolução des-de jovens até profissionais, para poder haver mais jogadores a competir a nível internacional.
Um ou uma tenista de Portugal no "top" 100... é o caso de João Sousa, um grande trabalhador em campo e, depois, esse trabalho é recompensado, sendo um exem-plo a seguir. O ténis português pode alcançar mais jogadores «top» 100.
Um bom treinador é… alguém que ajuda a melhorar em todos os aspetos do jogo e em quem eu
D.R
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