o apoio social para a qualidade de vida da ......para a qualidade de vida da pessoa idosa. para isso...
TRANSCRIPT
-
I
MESTRADO EM TEMAS EM PSICOLOGIA
ARÉA DE CONCENTRAÇÃO PSICOGERONTOLOGIA
O APOIO SOCIAL PARA A QUALIDADE
DE VIDA DA PESSOA IDOSA
Tatiana Santos da Silveira
M 2020
-
II
Universidade do Porto
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
O APOIO SOCIAL PARA A QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA IDOSA
Tatiana Santos da Silveira
Novembro 2020
Dissertação apresentada no Mestrado em Temas de Psicologia
da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da
Universidade do Porto, orientada pelo Professor Doutor Félix
Neto (FPCEUP).
-
III
AVISOS LEGAIS
O conteúdo desta dissertação reflete as perspetivas, o processo de trabalho e as
interpretações do autor no momento da sua finalização. Pode conter incorreções, tanto
conceptuais como metodológicas, que podem ter sido identificadas em momento posterior
ao da sua entrega. Por conseguinte, qualquer utilização dos seus conteúdos deve ser exercida
com cautela.
Ao entregar esta dissertação, o autor declara que a mesma é resultante do seu próprio
trabalho, contém contributos originais e são reconhecidas todas as fontes utilizadas,
encontrando-se tais fontes devidamente citadas no corpo do texto e identificadas na secção
de referências. O autor declara, ainda, que não divulga na presente dissertação quaisquer
conteúdos cuja reprodução esteja vedada por direitos de autor ou de propriedade industrial.
-
IV
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Clodoaldo da Silveira e Silvana Santos da Silveira, o meu alicerce
para todo sempre, estando longe ou perto.
Ao professor Dr. Félix Neto, que sempre pacientemente tanto ensinou, orientou,
compreendeu e acompanhou-me atentamente, durante esse percurso do mestrado e em
especial no importante contributo dessa investigação.
À toda FPCEUP, ela tornou-se minha segunda morada e a todos os professores que
contribuíram com seus ensinamentos.
A todos os idosos, que pacientemente contribuíram para que essa investigação fosse
possível.
Aos meus avós, que sem dúvidas sempre foram uma fonte inesgotável de incentivo,
e inspiração, por todo afeto que sempre deram quando estavam presentes fisicamente.
À toda minha família, irmãos, tios, ao cunhado irmão, que mesmo com a distância
física neste momento, sempre serão muito importantes em minha vida e se fizeram presentes
incentivando e apoiando, obrigada pelo amor e carinho de uma vida, e por compreender
minha ausência. Agradeço também, pelo carinho e a “visita” especial da tia Elza Santos,
mesmo não estando sempre presente fisicamente, estivemos juntas.
Em especial meu pequenino e amado sobrinho Francisco da Silveira, que mesmo de
longe e na saudade, sempre fez com que eu sentisse que nunca estivemos distantes no
coração e na alma.
Ao meu companheiro Leonardo Cavallini que está presente nessa trajetória de vida,
e em especial nesse momento de mestrado, obrigada pela dedicação, paciência, por todo
apoio e carinho, mesmo em meus momentos de stress.
-
V
A todos meus amigos de vida, que de alguma forma sempre estão presentes, em
especial as “irmãs de alma”, Elaine Paraizo, e Andreza Aparecida, que mesmo com muita
saudade, sempre estiveram presentes e na torcida para que tudo corresse bem.
À Mariana Tavares, amiga irmã que o mestrado me deu, nossas pizzas, vinhos,
conversas, e seu infindável apoio, ajuda e carinho, sempre foram fundamentais. Mesmo
depois estando longe. Agradeço por estar sempre presente.
Ao amigo, João Silva por sua preocupação em ajudar e acompanhar, obrigada por
estar sempre presente.
À D. Lucinda Antunes que com seus conhecimentos, plenitude, afeto e sensibilidade,
tanto apoiou-me, sendo a partir da convivência e cuidados com ela, fez em mim despertar o
meu principal objeto de estudo. E a toda sua família pela ajuda, estímulo e apoio.
À D. Albertina Pereira, por contribuir e incentivar, através de seu carisma e suas
habilidades artísticas, que tanto nos diz sobre o contributo de um envelhecimento mais ativo.
À D. Maria Áurea Serra, que tanto apoiou e contribuiu nesse estudo.
À Graziele Baronio parceira do mestrado, por ter disponibilizado seu tempo, atenção
e paciência, quando eu mais precisava. A toda turma do mestrado.
À mais recente integrante na família, minha cadelinha (filha) Jully, por tanto carinho
e amor que transborda, foi uma força e incentivo a mais para continuar.
Á Dra. Filipa Rebelo que com seus conhecimentos profissionais e tranquilidade para
com o outro, tanto contribui, para eu obter um maior conhecimento sobre mim mesma.
A todos, se exceção que se fizeram presentes e ajudaram desde o início, do meu
processo seletivo para esse mestrado, até o momento. À Deus por ter-me fortalecido e guiado
em todos os momentos, fazendo com que eu acreditasse em mim.
Com vocês, a trajetória, tornou-se mais leve. Á todos, minha eterna gratidão, o apoio
social de vocês, foi e sempre será fundamental!
-
VI
RESUMO
A preocupação com a temática sobre o envelhecimento tem crescido mundialmente
ao longo do tempo, devido ao aumento da expectativa de vida, sendo que diante as
transformações sociodemográficas das últimas décadas, evidencia-se a importância de
garantir aos idosos não apenas uma maior sobrevida, mas também uma maior qualidade de
vida. Considerando isso, foram abordados nessa investigação os aspetos sobre o apoio social
para a qualidade de vida da pessoa idosa. Para isso foram selecionadas amostras de 105
idosos portugueses, de ambos os sexos, com idade variável entre os 65 e os 94 anos.
Conforme a expectativa do aumento de número de idosos na população portuguesa e
a importância das relações sociais para a qualidade de vida na velhice, este estudo teve como
objetivo percecionar as correlações a respeito das relações sociais para a qualidade de vida
da pessoa idosa, verificando assim a importância do apoio social.
Foram consideradas, variáveis, como: os aspetos físicos, psicológicos, relações
sociais, meio ambiente, solidão e satisfação com a vida. Os resultados apresentados nessa
investigação mostraram que o apoio social tem relevância significativa para a qualidade de
vida, satisfação com a vida e as redes de apoio de amizade, e diminuem o índice de solidão
do idoso.
Palavras-chave: Envelhecimento; Apoio social e Qualidade de Vida.
-
VII
ABSTRACT
The concern with the theme about aging has grown worldwide over time due to the increase in life
expectancy because the sociodemographic changes of the last decades. Thus the importance of
guaranteeing to the elderly not only longer survival, but also a higher quality of life. Considering this,
aspects of social support for the quality of life of the elderly were addressed in this investigation. For this,
sample were selected from 105 elderly portugueses, of both genders, with ages varying between 65 and
94 years.
According to the expectation of an increase in the number of elderly people in the Portuguese population
and the importance of social relationships for the quality of life in old age, this study aimed to perceive the
correlations regarding social relationships for the quality of life of the elderly, thus verifying the importance
of social support.
Variables were considered, such as: physical, psychological, social relations, environment, loneliness and
satisfaction with life. The results presented in this investigation showed that social support has significant
relevance for quality of life, satisfaction with life and friendship support networks, and reduces the elderly's
loneliness indexes.
Keywords: Aging; Social support and Quality of Life
-
VIII
RESUMÉ
Les soucis autour du vieillissement ont grandi au cour des temps en raison de l’
augmentation de l’espérance de vie, surtout en raison des transformations sociodémographiques
des dernières décennies. Devient évident l’importance de assurer aux seniors non seulement une
survie plus longue mais aussi une meilleure qualité de vie. Considérant ce problème, dans cette
enquête, ont été approchés les aspects sur le soutien social concernant la qualité de vie des seniors.
Pour le faire, on a choisi des échantillons concernant 105 séniors portugais, des deux sexes, avec
un âge variable entre les 65 et les 94 ans.
Selon l’attente de l’augmentation des personnes âgées, parmi la population portugaise et
l’ importance des relations sociales envers la qualité de vie dans la vieillesse, l’objectif de cette
étude était de s’ apercevoir des corrélations sociales et de son importance pour la qualité de vie
des seniors, en vérifiant ainsi l’ importance du soutien social.
Des variables ont été considérés : les aspects physiques et psychologiques, les relations
sociales, l’environnement, la solitude et la satisfaction de vivre. Les résultats présentés dans cette
enquête ont montré que l’aide social a une pertinence significative sur la qualité de vie et surtout
sur la satisfaction et la joie de vivre et que les réseaux de soutien comme l’amitié diminuent l’indice
de solitude des seniors.
MOTS CLÉS – Vieillissement ; Aide Social ; Qualité de Vie
-
IX
ÍNDICE
1. Introdução ……………………………………………………………………………...1
2. Enquadramento Teórico ………………………………………………………………..2
2.1 Envelhecimento e Apoio social …………………………………………….3
2.2 Envelhecimento e Qualidade de vida ……………………………………....6
2.3 Apoio social e Qualidade de vida ………………………………………….8
2.4 Objetivos do estudo…………………………………………………………12
2.4.1 Hipóteses………………………………………………………………12
3. Método…………………………………………………………………………………..14
3.1 Amostra ……………………………………………………………………..14
3.2 Instrumentos ………………………………………………………………..16
3.3 Procedimentos ……………………………………………………………...19
3.4 Análise de dados …………………………………………………………....19
4. Resultados ……………………………………………………………………………....19
5. Considerações finais …………………………………………………………………….23
5.1 Discussão …………………………………………………………………….23
6. Conclusão………………………………………………………………………………...27
7. Referências bibliográficas………………………………………………………………..28
8. Apêndice………………………………………………………………………………….36
-
X
“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade
com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Fernanda Pessoa
-
1
1. Introdução
De acordo com a Organização Mundial da Saúde e a Comissão da União Europeia
(2015), considera-se envelhecimento ativo: a capacidade de autonomia do indivíduo idoso,
mantendo sua integridade, capacidade de escolhas e as aprendizagens ao longo do tempo,
para que dessa forma sejam mantidas suas capacidades cognitivas.
Para que isso seja possível, o idoso precisa manter-se ativo através de atividades,
como: leituras, jogos, pinturas, entre outras. Considerando os aspetos físicos, psicológicos e
sociais.
Conforme as transformações sociodemográficas das últimas décadas, evidencia-se
a importância de garantir aos idosos não apenas uma maior sobrevida, mas também uma
maior qualidade de vida. Isso porque, em Portugal a sobrevida esperada de um idoso aos 65
anos é de mais 20 anos. Porém, 15 destes anos são vividos sem qualidade de vida (INE,
2015).
Considerando que as mudanças sociais, melhoria da qualidade de vida e
desenvolvimento de pesquisas na área da ciência e tecnologia tiveram um impacto direto na
saúde e consequentemente no aumento da expectativa de vida. Com isso, tivemos nos
últimos anos, um efeito significativo no envelhecimento da população (Nunes, 2017). Neste
contexto, estima-se que até 2080, Portugal será o país mais envelhecido do mundo, mas não
necessariamente com uma qualidade de vida (INE, 2015).
Verifica-se que o envelhecimento em Portugal, atingiu 161,3%, até o ano de 2019,
de acordo com o levantamento de dados do Índice de Envelhecimento (PORDATA, 2020).
Sendo ainda, que o envelhecer da população portuguesa é agravado pela emigração dos
jovens, que buscam empregos e ordenados maiores, principalmente no Reino Unido, Suíça
e Alemanha (Pires, Pereira, Azevedo, Vidigal & Veiga, 2018). Associa-se a este fato, baixas
-
2
taxas de fecundidade e consequentes alterações das estruturas familiares (Quaresma, &
Ribeirinho, 2016).
O processo de envelhecimento ocorre a níveis: biológico, fisiológico, psicológico e
também social. Sendo que, ao longo do tempo ocorrem mudanças significativas no
indivíduo, sendo relacionado por questões moleculares, celulares e também através das
alterações fisiológicas, podendo ocorrer o aparecimento de doenças, a níveis cognitivos,
físicos e diversos declínios, questões essas atribuídas a idades avançadas, entretanto isso não
é uma regra, podendo haver alterações diante a vários aspetos, mediante aos hábitos durante
a vida, visto que o envelhecimento não é homogêneo.
Os processos de mudanças a níveis psicológico, ocorrem devido as perdas de
capacidades, sejam elas físicas ou cognitivas, na qual decorrem muitas das vezes a perda de
autonomia, sendo essa uma questão extremamente significativa ao indivíduo, além de que
ao longo do tempo acabam por terem de adaptar-se as perdas de familiares e amigos.
Mediante a esse contexto são desenvolvidos novos papéis sociais e a busca por outras tarefas,
a qual ocorrem importantes mudanças psicossociais, para o bem-estar da pessoa idosa
(Organização Mundial da Saúde, 2015).
Ainda de acordo com a Organização Mundial da Saúde (2015), para um
envelhecimento saudável, existem dois conceitos: sendo esses, as capacidades intrínsecas,
referindo-se as capacidades mentais e físicas do indivíduo, que sofrem influência do meio
ambiente e suas interações. Sendo essa interação do indivíduo com o ambiente determinante
para sua capacidade funcional, sendo isso atribuído a questões de saúde que permitem que
os indivíduos tenham possibilidades de realizar e serem o que o valorizam.
2. Enquadramento Teórico
-
3
A seguir, encontra-se uma breve descrição do conceito de envelhecimento e apoio
social, seguido do envelhecimento e qualidade de vida, assim como o apoio social e
qualidade de vida.
2.1 Envelhecimento e Apoio social
O envelhecimento pode ser considerado, como um fenómeno global da
contemporaneidade com uma trajetória indissociável dos países desenvolvidos e estando a
alargar-se, mesmo que de maneira menos acentuada, aos países em desenvolvimento (Vilar
& Simões, 2015). Ele pode variar de indivíduo para indivíduo, visto que se relaciona com
estilos de vida, e fatores sócio - económicos, sendo de forma gradual, ou ligeira e
influenciado por fatores biopsicossociais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2015), o envelhecimento é
entendido, através das mudanças biológicas; fisiológicas; psíquicas e sociais no indivíduo,
devido a transformações a níveis celulares e moleculares, e a fisiologia do próprio
organismo, sendo que também existe a necessidade de novas adaptações a níveis
psicológicos, perante perdas significativas, e as alterações sociais, que são de grande
importância.
Apesar das limitações físicas e cognitivas que podem ser impostas pelo
envelhecimento, ele pode ser considerado um processo positivo de bem-estar e prazer.
Pensando nisso, foi proposta a política de desenvolvimento ativo pela Organização Mundial
da Saúde em 2005, a qual enfatiza que o envelhecimento deve ser respaldado por políticas
públicas, além de iniciativas sociais e de saúde ao longo da vida. Esta política considera não
apenas o controle de morbidade, mas a prevenção de doenças físicas e psicológicas através
da promoção de um estilo de vida saudável, através da alimentação e atividade física,
-
4
auxiliando a promover o bem-estar da população (Dawalibi, Anacleto, Witter, Goulart &
Aquino, 2013).
Fontaine (2000), relata três tipos de idade, as quais são: idade biológica, idade
psicológica, e idade social que estão relacionadas com as perspetivas de envelhecimento do
indivíduo, visto que uma pessoa pode ter determinada idade biológica, mas, entretanto, em
aspetos psicológicos e sociais, podem diferenciar, de uns para os outros. Para este autor, a
idade biológica está relacionada com as questões do envelhecimento a nível de mudanças
que ocorrem no organismo de cada indivíduo ao longo do tempo, ocorrendo em ritmos
diferenciados, uma redução no mecanismo natural orgânico. E a idade psicológica não
corresponde a idade real, estando relacionada sobretudo, a níveis de: perceção, memória,
condições ambientais e comportamentais do indivíduo. Por fim, a idade social relaciona - se
com as condições em que a pessoa idosa está inserida mediante seus papéis na sociedade,
suas relações sociais e níveis de solidão.
Com o aumento da expectativa de vida e uma maior longevidade, o envelhecimento
passa a ser visto como as vivências individuais de cada sujeito e não apenas como fatores
biológicos, como declínios e patologias.
“Sabe-se hoje que a velhice não implica necessariamente doença e
afastamento, que o idoso tem potencial para mudança e muitas reservas
inexploradas. Assim, os idosos podem sentir-se felizes e realizados e, quanto
mais atuantes e integrados em seu meio social, menos ônus trarão para a
família e para os serviços de saúde.” (Freire, 2000, p. 22)
Para Pimentel (2001), o decurso do envelhecimento tem início ao nascermos, e
ocorrem naturalmente ao longo do desenvolvimento do indivíduo. Entretanto, de acordo com
o mesmo autor “os seres humanos só porque envelhecem, não perdem necessariamente as
-
5
suas capacidades, e os seus saberes podem ser preciosos numa sociedade em transformação”
(Pimentel, 2001, p. 51).
Verificou-se que durante a velhice, ocorrem maiores possibilidades de ocorrência
de solidão. Neste sentido, Capitanini (2000), salienta a importância dos relacionamentos
sociais não apenas para a saúde física, mas também para a saúde mental do indivíduo idoso,
visto que, conforme Ramos (2007), a integração contribui para um decréscimo nos sintomas
depressivos em idosos. Conforme Birren e Cunningham (1985), a forma como envelhecemos
está relacionada com a forma como nos desenvolvemos, sendo o envelhecimento a
contrapartida do desenvolvimento.
A conceção de envelhecimento pode ser embasada numa junção de perceção,
sentimentos que são experienciados e imagens, diante ao contacto com as pessoas idosas,
visto ao estatuto viabilizado pela sociedade diante do idoso (Quaresma, 1992). Sendo que,
ao longo do tempo ocorrem as construções sociais no envelhecimento..
De acordo com levantamento de dados, é primordial para a pessoa idosa, a interação
social, pois sendo assim, o mesmo possui possibilidades, de conquistar e continuar ao longo
do tempo com suas redes de apoio social, e garantir maior qualidade de vida (Gray, Ventis
& Hayslip, 1992).
“Na velhice, é muito importante a rede de apoio, cumpre a função de
proporcionar confiança, companhia, e orientação, além de ajuda instrumental
(financeira, tarefas domésticas), ajuda emocional e assistência na doença e/ou
na incapacidade” (Palácios, 2004, p.436).
Vaux (1988), afirma que o apoio social pode relacionar-se com a troca de
informações, as atividades realizadas no dia-a-dia e os sentimentos partilhados,
desempenhando um importante papel na vida dos indivíduos e para Rowe e Kahn (1987), as
relações sociais têm diversas consequências consideradas positivas no idoso, que acabam
-
6
por avivar aspetos de grande importância para a cognição, fazendo parte do bem-estar do
indivíduo ao envelhecer.
As relações sociais podem ser formais ou informais, e possuem função
extremamente importante no decorrer do desenvolvimento das pessoas mais velhas, visto
que mediante as relações informais (não familiares), os idosos experimentam sentimentos de
pertencimento, sentindo que possuem significado e posições sociais (Palácios, 2004).
2.2 Envelhecimento e Qualidade de vida
Qualidade de vida (QdV), foi definida de acordo com a Organização Mundial da
Saúde (2002), como a compreensão que os sujeitos possuem sobre si, mediante seus valores
de vida, culturais, seus objetivos, suas expectativas, padrões sociais, sendo influenciados,
mediante esses fatores relacionados. Sendo, que a QdV está relacionada a diversos aspetos,
como: psicológicos, sociais, físicos, suas relações com o ambiente, as crenças e padrões
desenvolvidos ao longo do tempo, e também o nível de autonomia do indivíduo.
A autonomia de poder realizar atividades cotidianas dispõe ao idoso o entendimento
de sua própria qualidade de vida. Entretanto essa capacidade de realizar as tarefas por si
mesmo, atualmente está mais dificultada, muitas vezes por condições físicas, biológicas e
mentais associados ao envelhecimento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (1998), são definidas três sub-
dimensões, as quais são: “Atividades Básicas da Vida Diária (AVD), as que estão
diretamente relacionadas com a sobrevivência; Atividades Instrumentais da Vida Diária
(AIVD), as que englobam atividades mais complexas relacionadas com funções sociais
básicas; Atividades Avançadas da Vida Diária (AAVD), que são atividades sociais
voluntárias ocupacionais e recreativas”.
-
7
Conforme Veras (2009), apesar do desejo de um maior tempo de vida, só se pode
considerar o envelhecimento uma conquista quando ele vem acompanhado de QdV.
Verifica-se portanto, uma grande preocupação com a QdV da pessoa idosa, pois nesta faixa
etária, a QdV pode aparecer relacionada principalmente com a preservação do seu próprio
eu, acompanhada de autonomia, independência, possibilidade de seguir vivendo em sua
própria casa, manutenção das relações sociais e dos objetivos ao longo da vida. Também se
relaciona com a capacidade de resiliência do idoso, além da qualidade de sua saúde física e
mental (Borglin, Edberg & Hallberg, 2005).
A preocupação com a QdV é tão grande que na década de 90 a OMS constituiu um
Grupo de Qualidade de Vida (Grupo WHOQOL) com o objetivo de elaborar instrumentos a
partir de uma perspetiva transcultural (Fleck, 2000). Sendo amplamente utilizado no campo
científico, o instrumento elaborado em forma de escala Likert e de fácil aplicação, divide-se
em seis domínios: físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio
ambiente e espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais (OMS, 2015). Posteriormente,
devido as particularidades da terceira idade, foi desenvolvido o WHOQOL-OLD, para
aferição da QdV de idosos (Fleck, Chachamovich & Trentini, 2006). Um outro instrumento
encontrado na literatura para avaliação da QdV foi a escala da Flanagan, como no estudo de
(Santos, Santos, Fernandes & Henriques, 2002).
Apesar de atualmente se encontrarem muitos estudos sobre QdV, (Dawalibi,
Anacleto, Witter, Goulart e Aquino, 2013), após realizarem uma revisão sistemática da
literatura sobre QdV do idoso, referem que 42,3% dos trabalhos encontrados apresentavam
mais de 12 vocábulos no título. Os autores referem que títulos muito longos em geral indicam
maior necessidade de desenvolver a área. Além disso, a área que mais produziu sobre a
temática foi a psicologia e não foi encontrado nenhum trabalho na área de nutrição. Esta
pode ser vista como uma limitação na literatura, já que o envelhecimento ativo proposto pela
-
8
OMS aborda a alimentação saudável como um de seus aspetos. Visto que a qualidade de
vida é uma questão que engloba múltiplos aspetos e, portanto, multidisciplinar, os autores
referiram preocupação ainda com os poucos estudos nas áreas de fonoaudiologia, educação
física e odontologia.
2.3 Apoio Social e Qualidade de vida
Para Cobb (1976), suporte social, pode ser definido como a “informação que conduz
o indivíduo a acreditar que é estimado, valorizado e parte integrante de uma rede de
comunicação e obrigação mútuas” (p. 300).
De acordo com Dunst e Trivette (1990), as redes de apoio sociais podem ser descritas
como uma junção de materiais gerados por outros sujeitos, a qual simbolizam a soma de
relações que o sujeito tem a disposição. Podem ser categorizadas, como redes de apoio
formal e informal. Ainda segundo esse mesmo autor suporte formal baseia-se nas
assistências recebidas por outras pessoas, mediante as instituições formais. E o suporte
informal fundamenta-se nas relações familiares, de amizade, vizinhos, e outros tipos de
relacionamentos sociais do sujeito. Verifica-se que no contexto familiar, o indivíduo cresce
e desenvolve-se, mediante aos sistemas informais, já citados pelo autor acima mencionado
e através disso ocorre o desenvolvimento da identidade do sujeito (Sousa, Figueiredo e
Cerqueira, 2006).
Slunzky (1996), salienta sobre a conservação da saúde física, mental e a capacidade
que o indivíduo tem de adaptar-se, mediante a contribuição das redes de apoio sociais e o
suporte social interliga-se com muitas variáveis, conforme o estudo de Aragão et al. (2009).
Diversas pesquisas demonstram a relevância do suporte social e o bem estar físico e
psicológico do indivíduo (Pietrukowicz, 2001); da autoestima, autoconceito, do suporte
-
9
social (Rigotto, 2006); em relação ao suporte social e a qualidade de vida (Seidl et al., 2005).
Também Antunes e Fontaine (2005) demonstraram a relação do suporte social como
condição de diminuir o choque de situações que geram stress.
O facto de ser uma pessoa idosa, não infere que o indivíduo esteja numa condição,
de limites a níveis intelectuais, que esteja sem razão e sem vida. O idoso pode continuar
ativo e também ajudar na qualidade de vida de si e das outras pessoas (Melo & Neto, 2003)
Caplan (1974), enfatiza a importância do apoio social entre os indivíduos, mediante
todo o tipo de relação social. Enquanto Cassel (1974), salienta o quanto o suporte social pode
desempenhar importante papel nas relações de stresse do sujeito.
De acordo com Cobb (1976), a importância que as relações de apoio social
desempenham na vida das pessoas, demonstram a significância deste em situações
stressantes.
“Numa sociedade líquido-moderna, as realizações individuais não podem
solidificar-se em poses permanentes porque, em um piscar de olhos, os ativos
se transformam em passivos, e as capacidades, em incapacidades (Bauman,
2007. p.7).”
Para Zimerman (2000), um dos principais fatores do envelhecimento saudável é a
capacidade de ajustamento e resiliência. Ainda alega a autora que os idosos que se ocupam
mais, realizam mais atividades e que possuem mais objetivos, acabam por estarem mais
informados, e assim envolvem-se mais no contexto social. Com isso, o idoso que se mantem
ativo, sente-se vivo, com energia, e com a perceção que ainda possui capacidades, dessa
forma podendo sentir-se útil na sociedade, e em suas funções que anteriormente realizavam,
podendo ainda mantê-las de alguma forma, preservando suas capacidades cognitivas. Sendo
assim, obtém uma melhor qualidade de vida.
-
10
Segundo Duarte (2015), existe o modelo de fragilidade social, sendo esse relacionado
com o contexto social, no qual o indivíduo está inserido. Verificando-se que diante desse
modelo, ocorre uma dificuldade de relacionamento social, havendo maior probabilidade a
níveis de solidão.
De acordo com Neto (2000), a solidão pode ser compreendida diante as
características individuais de cada um, de forma permanente e constante, sendo também
visto em uma condição psicológica, na qual os sujeitos possuem experiências de solidão em
diversas situações vivenciais. São indivíduos que relatam situações constantes com intensos
sentimentos de solidão. O indivíduo também pode sentir solidão, mesmo estando
acompanhado de alguém.
A velhice é considerada uma fase natural da vida, o idoso acaba por ter de enfrentar
situações, como perdas do cônjuge, diminuição das capacidades psicológicas e físicas.
Perante a isso pode ocorrer o isolamento e também perdas de autonomia. De acordo com
Koplan e Jones (s.d., citados por Silva, J., 2011), as redes de apoio social podem contribuir
para um maior bem-estar da pessoa idosa.
Através de um embasamento do apoio social, tem-se três perspetivas de acordo com
Barrón (1996), sendo elas: a funcional, que enfatiza a importância da qualidade do apoio
prestado; a estrutural, a qual tem relevância a estrutura das redes; e a contextual, sendo
enfatizado o contexto social e ambiental, no local que ocorre o apoio. Visto que, para o
mesmo autor, as pessoas idosas possuem a tendência, a percecionar como apoio social, a
demonstração de carinho, ou interesse, escutar, ter uma união, ou casamento, dividir coisas
materiais, dar auxílio econômico, demonstrar aceitações, sentir-se amado, demonstrar
opiniões mediante comportamentos, fazer parte de ações de convivência na comunidade, ver
os amigos.
-
11
Para Paúl (1997), existem os tipos de redes de apoio: formal que se constitui, dos
cuidados institucionais, domiciliários e informal, que dizem respeito aos familiares e amigos
do idoso. As duas referem-se aos apoios psicológicos, que envolvem questões emocionais;
e também o apoio instrumental, que está relacionado aos cuidados físicos, funcionais, e
motoras auxiliando nas capacidades cognitivas da pessoa idosa. Ainda segundo essa mesma
autora, a rede social também é de grande importância para incentivar as relações sociais.
Scoralick-Lempke e Barbosa (2012) demonstram a necessidade de programas de
atividades para o desenvolvimento do idoso, mesmo com os declínios que possam aparecer,
sendo que com o envolvimento em ações com atividades, pode-se obter um envelhecimento
com qualidade.
Verificou-se que, a relação do idoso é vista como fundamental para com os “velhos
amigos”, sendo que isso ajuda na identidade das alterações que ocorrem ao longo do tempo
e auxilia também na compreensão dos momentos passados e presentes. As alterações que
ocorrem na vida da pessoa idosa, atrapalham a sua rotina e são consideradas conflituosas,
como uma situação natural na vida do indivíduo. Esse mesmo autor ressalta como uma
função obrigatória e cultural, a responsabilidade que a família tem como principal papel de
cuidador da pessoa idosa. Sendo ainda, que no caso português, as mulheres que são as que
normalmente assumem o papel principal de cuidador informal, , pelo facto de associar as
mulheres com actividades domiciliares (Bergano, 2012; Sousa et al., 2006).
O suporte de apoio social também está relacionado ao quanto a pessoa se sente parte
integrante de uma rede social, sentindo-se estimada, amada, sendo assim, como forma de
proteção ao indivíduo nos momentos de stress e crise. Para Cobb (1976), a resiliência tem
papel importante para os momentos stressantes e de crise.
Ainda para o mesmo autor o suporte de apoio social pode ser considerado como
elemento importante de factores psicológicos, sendo esses associados com questões
-
12
relacionadas a saúde e doença, como as perdas de entes queridos e outras perdas
significativas para a vida do indivíduo, as quais envolvem fatores psicossociais.
Weiss (1974), assinala funções equiparadas, mediante as relações de apoio social, as
quais estão relacionadas com a estima, a integração social, a ligação, os laços de confiança,
oportunidade de sentimentos positivos e orientação.
Mesmo havendo muitos conceitos relacionados ao apoio social, existe maior
significância para a dimensão e volume das redes sociais e o grau dos relacionamentos do
indivíduo (Hong, Casado & Harrington, 2011).
2.4 Objetivo do estudo
Essa investigação partiu do interesse e satisfação pelo trabalho com idosos, o qual
tive a possibilidade de realizar estágios na graduação e posteriormente trabalhos voluntários
com essa população, e atualmente com trabalhos realizados com cuidados domiciliários a
idosos. Sendo, portanto, uma apreciação e motivação maior para investigar sobre o
envelhecimento, principalmente uma velhice com qualidade.
Considerando a expectativa do aumento de número de idosos na população
portuguesa e a importância das relações sociais para a qualidade de vida na velhice,
verificou-se a relevância significativa da presente pesquisa.
Esse estudo teve como objetivo percecionar as correlações a respeito das relações sociais
para a qualidade de vida da pessoa idosa, verificando assim a importância do apoio social.
Foram consideradas, variáveis, como: os aspetos físicos, psicológicos, relações sociais, meio
ambiente, solidão e satisfação com a vida.
2.4.1 Hipóteses
-
13
Através de uma revisão de literatura, foi verificado o aumento mundial da população
idosa e também o quanto é importante o envelhecimento com qualidade de vida. Pesquisas
também mostram a contribuição que as relações de apoio sociais têm para a saúde do idoso.
Mediante isso, foram, entretanto, levantadas as seguintes hipóteses:
Hipótese 1- O apoio social correlaciona-se positivamente com a qualidade de vida do
idoso.
A expectativa de vida tem aumentado mundialmente, segundo dados da Organização
Mundial de Saúde (2012). Sendo que o envelhecimento, só pode ser considerado uma
conquista quando vem acompanhado de Qualidade de Vida (Veras, 2009). Diante isso,
percebe-se também as contribuições que o apoio social pode desempenhar nas relações de
stress do sujeito (Cassel, 1974). Considerando esse contexto, verifica-se a importância do
apoio social como contributo para um envelhecimento com qualidade.
Hipótese 2- O apoio social correlaciona-se negativamente com a solidão.
Para Neto (2000), a solidão pode ser compreendida diante as características
individuais de cada um, de forma permanente e constante. Os indivíduos podem sentir
solidão, mesmo que estejam com outras pessoas a sua volta. Entretanto na velhice pode
ocorrer um índice maior de solidão, sendo assim Capitanini (2000) salienta a importância
dos relacionamentos sociais, para saúde física e mental do idoso e para Ramos (2007) os
sintomas depressivos em idosos podem diminuir conforme as interações sociais. Diante isso,
percebe-se a relevância de verificar o contributo do apoio social para a solidão.
Hipótese 3- O apoio social correlaciona-se positivamente com as redes sociais.
-
14
Para Martins (2005), “a participação dos indivíduos, grupos ou comunidades, estão
implícitas e firmam-se em ligações entre os recursos e os processos de apoio.” Diante as
pesquisas, percebeu-se a relevância do apoio social para o desenvolvimento humano, em
suas várias etapas da vida. (Cochran & Niego, 1995; Serrano, 2003, citado por Brandão et
al, 2011). Sendo importante considerar o apoio social com as redes sociais.
H4- O apoio social correlaciona-se positivamente com a satisfação com a vida.
Considera-se que os indivíduos que possuem maior satisfação com a vida são os que
assumem maior suporte afetivo, verificando que as pessoas confiam que podem estar mais
satisfeitas num futuro, ao possuir o apoio de outras pessoas. “Pode-se observar no
desenvolvimento desta pesquisa que as relações sociais e o suporte social, seja ele qual for
(emocional, instrumental ou informacional) são de grande importância em todos os
momentos da vida. As redes de relações são importantes fontes de suporte social e estão
relacionadas ao senso de bem-estar“ (Resende, et al. 2006). Conforme a pesquisa citada
verifica-se a importância do apoio social para a satisfação com a vida.
3. Método
A investigação aqui apresentada foi realizada com enfoque quantitativo, mediante a
uma amostragem aleatória por conveniência. Trata-se de um estudo correlacional, realizado
no período entre abril e julho de 2019.
3.1 Amostra
-
15
A presente pesquisa, teve como amostragem, a participação de 105 idosos
portugueses, de ambos os sexos, apresentando os seguintes critérios de inclusão para
participar do estudo: ter idade superior a 65 anos, residir em Portugal e, ter autonomia
suficiente para responder os questionários do presente estudo.
A idade da amostra oscilava entre os 65 e 94 anos com uma média de idade de 75,10 anos
(D.P. = 8,11). A maior parte da amostra tinha entre 65 e 75 anos (58,1%) (Quadro 1). A
amostra caracterizou-se na sua maioria por participantes do sexo feminino (63,8%),
enquanto do sexo masculino incluía 36,2%. Em relação ao estado civil a maioria dos
participantes eram casados, sendo (53,4%) e a seguir, a maior frequência encontrada eram
viúvos com (21,4%) e com menor frequência a união de facto com apenas 1%. Relativamente
ao grau de escolaridade, obteve-se maior frequência de participantes com estudos
universitários (30,3%), seguidos por participantes que estudaram do 10º ao 12ª ano (14,6%)
e por fim os que responderam apenas saber ler e/ou escrever (4,5%). Quanto ao
questionamento, se tem atualmente alguma doença, 60% dos sujeitos relataram que não e
40% responderam ter alguma doença associada.
-
16
Quadro 1 - Aspetos sociodemográficos da amostra de dados
Itens Frequências Percentagem
Idade 65-75 61 58,1
76-86 31 29,5
87-94 13 12,4
Sexo Feminino 67 63,8
Masculino 38 36,2
Estado Civil
Solteiro
12
11,7
Casado 55
53,4
União de
facto
1
1,0
Separado 2
1,9
Divorciado 11
10,7
Viúvo 22
21,4
Escolaridade Não sabe ler
nem escrever
8
9,0
Sabe ler e /
ou escrever
4
4,5
1º a 4º ano 10
11,2
5º ao 6º ano 9
10,1
7º ao 9º ano 9
10,1
10º ao 12º
ano
13
14,6
Estudos
universitários
27
30,3
Formação
pós-graduada
9
10,1
Problemas de saúde
Sim 42 40
Não 63 60
3.2 Instrumentos
Os instrumentos utilizados no presente estudo consistem em avaliações sobre a
respetiva qualidade de vida do idoso, suas redes de apoio social, satisfação com a vida e seu
nível de solidão.
-
17
Sendo utilizadas, portanto as seguintes escalas:
3.2.1 Instrumento Abreviado de Avaliação da Qualidade de Vida da Organização
Mundial de Saúde
O Instrumento Abreviado de Avaliação da Qualidade de Vida da Organização
Mundial de Saúde (WHOQOLBref), é composto por uma escala de 26 itens construída pelo
grupo WHOQOL (1994). Sendo traduzido e adaptado para a população portuguesa por Serra
et al. (2006). Tem como objetivo, avaliar a perceção da qualidade de vida, dividindo-se em
domínios, sendo que o primeiro refere- se a qualidade de vida de modo geral, e apresenta
um tópico sobre a qualidade de vida e outro sobre a satisfação com a própria vida. Os tópicos
restantes da escala foram compostos pelos domínios físico, com 7 tópicos; psicológico, com
6 tópicos; relações sociais, com 3 tópicos e meio ambiente, com 8 tópicos. As respostas são
dadas através de escala Likert de 1 (nada) a 5 (completamente).
O grau de consistência interna do total dos 26 itens foi de .92, subdividindo em: .87
no domínio físico, .84 no domínio psicológico, .64 no domínio relações sociais, .78 no
domínio meio ambiente.
3.2.2 Escala de Apoio Multidimensional de Apoio Social
O instrumento Escala de Apoio Multidimensional de Apoio Social, é composto por uma
escala de 12 itens. Foi construída por Zimet, Dahlem, Zimet & Farley (1988). Tem como
objetivo avaliar aspetos sobre o apoio social do indivíduo. A escala avalia a relação familiar,
de amizade e outros significativos por meio de 12 itens. As respostas dos participantes são
dadas numa escala Likert de 1 (Totalmente em desacordo) a 7 (Totalmente de acordo). Foi
-
18
adaptada para a população portuguesa por Carvalho et al. (2011). O grau de consistência
interna variava entre 0,85 e 0,95, considerando os três fatores da escala, família, amigos e
outros significativos.
3.2.3 ULS 6 - (Escala de Solidão, versão breve)
O instrumento Escala de Solidão, versão breve, foi construída por Neto (2014). Tem
como objetivo avaliar o nível de solidão do indivíduo. É composto por 6 itens, respondidos
em formato de escala Likert, de 1 (Nunca) a 4 (Muitas vezes). O grau de consistência interna
encontrado foi de 0,77.
3.2.4 LSNS-6 – (Escala Breve de Redes Sociais de Lubben)
O instrumento Escala Breve de Redes Sociais, é composto por 6 itens. Foi construído
por Ribeiro et al. (2012). Tem como objetivo avaliar as relações familiares e também as
relações de amizade, respondido em formato de escala Likert, de 0 (Nada) e 9 (Muito). O
grau de consistência interna encontrado foi de 0,76 para a rede da família e de 0,73 para a
rede de amigos.
3.2.5 SWLS – (Escala de satisfação com a vida)
O instrumento Escala de Satisfação com a Vida, é composto por 5 itens. Foi
construído por Diener et al. (1985) e adaptado para a versão portuguesa por Neto et al.
(1990). Tem como objetivo avaliar a satisfação com a vida a nível cognitivo. Foi respondido
-
19
em formato de escala Likert, de 1 (Totalmente em desacordo) a 7 (Totalmente de acordo). A
consistência interna dessa escala foi de 0.78.
3.3 Procedimentos
O contato com os participantes foi realizado em locais públicos, praças, cafés e em
suas casas, selecionando-os aleatoriamente e a partir da indicação de outros entrevistados.
Durante o contato inicial era realizada uma explicação sumária do propósito do estudo.
Foram explicadas as condições de participação (voluntária, anónima e passível de ser
interrompida pelo participante a qualquer momento), bem como os métodos que seriam
utilizados para recolha de dados e a duração de cada avaliação (uma estimativa de 50
minutos, com alguma variabilidade). Os participantes preenchiam o Termo de Assentimento
Livre e Esclarecido (APÊNDICE I) e ficavam com uma cópia de cada um deles, assinada
pela pesquisadora.
3.4 Análise dos dados
Os dados foram analisados no software estatístico IBM SPSS (Statistical Package
for the Social Sciences) versão 25, onde foram realizadas as análises das frequências; análise
de variância para comparação entre grupos de géneros; e finalmente o coeficiente de
correlação de Pearson para análise de correlações entre as variáveis.
4. Resultados
-
20
Na análise dos resultados desta investigação verificou-se em primeiro lugar a
consistência interna as escalas utilizadas através do Alpha de Cronbach. Quando o Alpha é
superior a 0,9 a consistência é muito boa, entre 0,8 e 0,9 a consistência é boa, entre 0,7 e 0,8
a consistência é razoável, entre 0,6 e 0,7 é fraca e se for inferior a 0,6 inadmissível.
No Quadro 2 são apresentadas as estatísticas descritivas e a consistência interna das
diversas escalas utilizadas.
Quadro 2 Estatísticas descritivas e alfas das escalas utilizadas
Variáveis Média Desvio-padrão α
Apoio social
Família 5,20 1,74 0,98
Amizade 5,12 1,68 0,97
Outros significativos 5,35 1,76 0,97
Domínios
Físico 3,31 0,86 0,92
Psicológico 3,49 0,79 0,91
Relações Sociais 3,32 0,86 0,82
Meio ambiente 3,50 0,66 0,87
Solidão 2,02 0,71 0,85
Redes sociais
Rede família 4,71 2,87 0,93
Rede amigos 5,03 2,73 0,91
Satisfação com a vida 4,78 1,53 0,95
A Escala de Avaliação da Qualidade de Vida apresentou os seguintes Alphas: nos
domínios Físico (0,92), Psicológico (0,91), sendo sua consistência interna muito boa, já os
domínios Redes Sociais (0,82) e Meio Ambiente (0,87) com consistência interna boa. Para
a Escala de Solidão o Alpha de (0,85) consistência boa. Sendo que para a Escala de Apoio
Social, foi encontrado o Alpha (0,97) nos domínios familiares, de amizade e outros, com
consistência interna muito boa. Relativamente a Escala Breve de Redes Sociais de Lubben,
no domínio das redes familiares foi encontrado o Alpha (0,93) e no domínio das redes de
amizade com o Alpha (0,90), havendo, portanto, uma consistência interna boa nos dois
domínios. Para a Escala de Satisfação com a Vida (SWLS), o Alpha é de (0,95) sendo,
portanto, uma consistência muito boa. No Quadro 3 são apresentados os resultados da
-
21
comparação dos valores obtidos pelo género masculino e feminino. Aparecem diferenças
significativas entre os géneros no domínio de qualidade de vida psicológico (p = 0,015), no
apoio social de amigos (p = 0,047), na solidão (p = 0,003), e na satisfação com a vida (p =
0,023). Assim, as mulheres reportam valores significativamente mais elevados que os
homens domínio psicológico, no apoio de amigos e na satisfação com a vida. As mulheres
também revelam menos solidão que os homens.
Quadro 3 - Comparação entre género feminino e masculino, quanto aos apoios sociais,
qualidade de vida, solidão, satisfação e redes sociais Masculino Feminino Média DP N Média DP N F Sig
Escala de Domínios
Físico 3,18 0,89 38 3,52 0,76 67 3,810 0,054
Psicológico 3,34 0,81 38 3,73 0,67 67 6,081 0,015
Relações Sociais 3,19 0,88 38 3,53 0,78 67 3,894 0,051
Ambiente 3,42 0,64 38 3,63 0,66 67 2,608 0,109
Apoio social
Família 4,96 1,76 38 5,62 1,63 67 3,555 0,062
Amigo 4,87 1,71 38 5,55 1,57 67 4,038 0,047
Outros significativos 5,13 1,77 38 5,74 1,67 67 2,968 0,088
Solidão 2,16 0,72 38 1,75 0,60 67 8,974 0,003
Satisfação com a vida 4,51 1,58 38 5,22 1,32 67 5,357 0,023
Redes sociais
Rede familiar 4,41 2,8 38 5,24 2,92 67 2,067 0,154
Rede de amizade 4,74 2,65 38 5,53 2,81 67 2,050 0,155
Seguidamente apresentamos os resultados relativos ao teste das hipóteses.
Segundo a interpretação de Cohen (1988), os valores entre 0,10 e 0,29 são
considerados pequenos, entre 0,30 e 0,49 são considerados médios e acima de 0,50 são
interpretados como grandes,
H1- O apoio social correlaciona-se positivamente com a qualidade de vida do idoso.
Relativamente ao apoio social familiar (ver Quadro 4) encontramos correlações
significativas com as quatro subescalas de qualidade de vida: domínio físico (r = 0,24, p <
.05), psicológico (r = 0,46, p < .001), relações sociais (r = 0,53, p < .001) e ambiente (r =
0,52, p < .001). Quanto maior é o apoio social familiar, tanto maior é a qualidade de vida
nos domínios físico, psicológico, de relações sociais e de ambiente.
-
22
Quanto ao apoio social de amizade encontramos também correlações significativas
com as quatro subescalas de qualidade de vida: domínio físico (r = 0,24, p < .05), psicológico
(r = 0,44, p < .001), relações sociais (r = 0,58, p < .001) e ambiente (r = 0,55, p < .001).
Quanto maior é o apoio social de amizade, tanto maior é a qualidade de vida nos domínios
físico, psicológico, de relações sociais e de ambiente.
Quanto ao apoio de outras pessoas significativas encontramos igualmente
correlações significativas com as quatro subescalas de qualidade de vida: domínio físico (r
= 0,21, p < .05), psicológico (r = 0,42, p < .001), relações sociais (r = 0,53, p < .001) e
ambiente (r = 0,52, p < .001). Quanto maior é o apoio social de outras pessoas significativas,
tanto maior é a qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, de relações sociais e de
ambiente.
Em suma, estes resultados apoiam a nossa primeira hipótese, na medida em que o
apoio social encontra-se significativamente associado com a qualidade de vida do idoso.
Quadro 4 Corelações entre o apoio social e qualidade de vida, solidão, redes socias e
satisfação com a vida
Apoio social
Variáveis Família Amigos Outros significativos
Domínios
Físico 0,24* 0,34* 0,21*
Psicológico 0,46*** 0,44*** 0,42***
Relações Sociais 0,53*** 0,58*** 0,53***
Meio ambiente 0,52*** 0,55*** 0,52***
Solidão -0,53*** -0,57*** -0,54***
Redes sociais
Rede família 0,40*** 0,33** 0,35***
Rede amigos 0,41*** 0,47*** 0,41***
Satisfação com a vida 0,60*** 0,63*** 0,58*** *** Correlação é significativa no nível 0.001 ** Correlação é significativa no nível 0.01
* Correlação é significativa no nível 0.05
H2- O apoio social correlaciona-se negativamente com a solidão.
-
23
Conforme se pode ver no Quadro 4 o apoio social familiar (r = - 0,53, p < .001), de
amigos (r = - 0,57, p < .001) e de outros significativos (r = - 0,54, p < .001) aparecem
significativamente correlacionados com a solidão. Quanto maior é o apoio social familiar,
de amigos e de outras pessoas significativas, tanto menor é a solidão nesta amostra de idosos.
Estes resultados apoiam a nossa segunda hipótese.
H3- O apoio social correlaciona-se positivamente com as redes sociais.
Os apoios sociais da família (r = 0,40, p < .001), de amigos (r = 0,33, p < .01) e de
outros significativos (r = 0,35, p < .001) aparecem significativamente correlacionados com
a rede familiar. Quanto maior é o apoio social familiar, de amigos e de outras pessoas
significativas, tanto maior é a rede familiar nesta amostra de idosos.
Os apoios sociais da família (r = 0,41, p < .001), de amigos (r = 0,47, p < .001) e de
outros significativos (r = 0,41, p < .001) aparecem significativamente correlacionados com
a rede de amigos. Quanto maior é o apoio social familiar, de amigos e de outras pessoas
significativas, tanto maior é a rede de amigos nesta amostra de idosos. Estes resultados
apoiam a nossa terceira hipótese.
H4- O apoio social correlaciona-se positivamente com a satisfação com a vida.
Conforme se pode ver no Quadro 4 o apoio social familiar (r = 0,60, p < .001), de
amigos (r = 0,63, p < .001) e de outros significativos (r = 0,58, p < .001) aparecem
significativamente correlacionados com a satisfação com a vida. Quanto maior é o apoio
social familiar, de amigos e de outras pessoas significativas, tanto maior é a satisfação com
a vida nesta amostra de idosos. Estes resultados apoiam a nossa quarta hipótese.
5. Considerações finais
5.1 Discussão
-
24
O presente estudo buscou percecionar as correlações a respeito dos apoios sociais e
a qualidade de vida de idosos, verificando assim a importância da socialização para a
qualidade de vida mediante aspetos físicos, psicológicos, relações sociais, meio ambiente,
solidão e satisfação com a vida.
Para analisar a hipótese 1, apoio social correlaciona-se positivamente com a
qualidade de vida do idoso. Verificou-se, na atual investigação que quanto maior é o apoio
social familiar, apoio social de amizade e o apoio social de outras pessoas significativas tanto
maior é a qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, de relações sociais e de
ambiente. Portanto esses resultados apresentaram na medida em que o apoio social encontra-
se significativamente associado com a qualidade de vida do idoso.
Considerando, portanto, os autores citados a seguir, de acordo com a hipótese 1.
Segundo Paúl (2005), a rede de apoio social familiar, geralmente é o centro de
apoio, porém ela é “obrigatória”. Visto isso, possuem alguns efeitos negativos mediante a
qualidade de vida na pessoa mais velha. Sendo, entretanto, verificado na atual investigação
que as redes de apoio social familiar referem importância significativa para o indivíduo,
mediante aos domínios já citados acima.
Conforme Paúl (1997), um companheiro de amizade possui relação de grande
importância na vida dos mais velhos, pois com eles acabam por compartilhar intimidades,
se socializam e também servem de apoio emocional e dessa forma contribuem para um
melhor bem-estar dos mesmos. “As amizades são uma fonte de auto-confirmação,
valorização do eu, auto-percepção, intimidade, aceitação e protecção contra o mundo” (Paúl,
1997, p.109).
Ainda segundo Paúl (2005), as redes de amizades acabam por ser a escolha do
indivíduo por vontade própria, e sendo assim são mais significativas do que a rede familiar
referência. Os apoios sociais dos idosos podem ser diversos, como: os familiares de convívio
-
25
com maior proximidade e também aqueles mais distantes, os amigos, os apoios de ajuda
mútua, e as pessoas mais próximas. (Berger & Mailloux Poirier, 1995)
Para a hipótese 2 apoio social correlaciona-se negativamente com a solidão.
Verificou-se que quanto maior é o apoio social familiar, de amigos e de outras
pessoas significativas, tanto menor é a solidão nesta amostra de idosos. Estes resultados
apoiam a nossa segunda hipótese. Conforme Neto (1989), mesmo quando estamos na
companhia de alguém e não somente sozinhos, podemos sentir solidão. Sendo esse, quando
há um descontentamento a nível de relacionamentos sociais.
Para Neto (2000), a solidão acaba por ser vivenciada de forma penosa, a medida que
as relações sociais experienciadas não são suficientes ao indivíduo.
“Young (1982, cit. por Neto, 2000, p. 323), define solidão como a ausência
percecionada de relações satisfatórias acompanhadas de sintomas de mal estar
psicológico que estão relacionadas com a ausência atual ou
percecionada…Proponho que as relações sociais possam ser tratadas como
um classe particular de reforço … Por isso, a solidão pode ser vista como uma
resposta à ausência de reforços sociais importantes.”
Considerando a hipótese 3 apoio social correlaciona-se positivamente com as redes
sociais. Quanto maior é o apoio social familiar, de amigos e de outras pessoas significativas,
tanto maior é a rede de amigos nesta amostra de idosos.
Para que o idoso possa lidar com o envelhecimento de forma adaptável, são
verificados os sistemas de suporte e de relação interpessoal de cada indivíduo, sendo esses
analisados a três níveis: relações íntimas, familiares e de amizade. (Schlossberg, 1981)
Relativamente sobre as redes de amizade nos idosos, acabam por terem amigos de
ambos os sexos e também possuem uma certa nostalgia com amigos antigos. (Shea,
Thompson & Blieszner, 1988, in Souza & Garcia, 2008)
-
26
Pimentel (2005), relata sobre a importância de a pessoa idosa ter apoios familiares
e/ ou de amizade, para que assim tenha uma vida de forma equilibrada e sem grandes
descontinuidades, sendo esse apoio social essencial as necessidades do indivíduo. Conforme
O’Shea (2003), ocorre uma influência proveitosa para a qualidade de vida da pessoa idosa,
o local onde se vive e o espaço físico aceitável. Segundo Freitas (2011), o sujeito constrói
redes sociais com o passar do tempo, podendo haver alterações mediante algumas situações,
decorrentes a questões culturais, socio-demográficas e também relacionadas a personalidade
do indivíduo. Podendo essas redes serem perdidas em determinados estágios da vida,
mediante a morte, ou afastamento com contactos anteriores.
Para Paúl “a existência de redes de apoio informal é um dado essencial para
assegurar a autonomia, uma autoavaliação positiva, uma maior saúde mental e satisfação de
vida” (Paúl, 2005, p.37), sendo como um importante componente nas relações sociais para
a qualidade de vida individual. A qual essa relação foi percebida mediante aos resultados
encontrados nessa investigação.De acordo com Castellón & Pino (2003), é visto que as
pessoas idosas que possuem algum tipo de restrição no espaço físico em que vive, tem cerca
de cinco vezes mais chances de depressão. Para Neri (2001), qualidade de vida depende de
diversos fatores que envolvem relacionamentos de amizade e familiares, condições físicas e
ambientais, os hábitos no decorrer da vida, sendo então colocado como o nível de satisfação
com a vida.
Conforme a hipótese 4- apoio social correlaciona-se positivamente com a satisfação
com a vida.
Verificou-se que quanto maior é o apoio social familiar, de amigos e de outras
pessoas significativas, tanto maior é a satisfação com a vida nesta amostra de idosos. Estes
resultados apoiam a nossa quarta hipótese.
-
27
De acordo com Fonseca (2012), as pessoas mais velhas acabam por demonstrarem
uma satisfação maior com a vida quando se têm um maior número de amigos, a medida que
possuem uma ligação mais intensa de confidencialidade com um companheiro de amizade.
Sendo isso visto como mais importante que o volume das relações familiares e de amizade.
Sendo assim, mediante aos resultados apresentados, percebe-se correlações com os
levantamentos dos autores acima citados.
O presente estudo limita-se pelo facto de ter sido selecionada uma amostra por
conveniência. Entretanto, se houvesse a possibilidade de abranger maior quantidade de
pessoas, seria possível obter uma amostra maior.
Havendo também a reflexão de como seria esse estudo em um outro contexto
socioeconômico e cultural, e com idosos institucionalizados. Portanto, percebe-se a
necessidade de haver outras investigações como essa para assim percecionar outros
contextos.
6. Conclusão
Essa pesquisa buscou percecionar as correlações a respeito das relações de apoio
social, para a qualidade de vida da pessoa idosa.
Portanto, de acordo com os resultados obtidos nessa investigação e também com os
levantamentos de dados recolhidos de investigações anteriores, pôde-se concluir que as
relações sociais, são significativas para o idoso, em todos os domínios citados, com base
nessa investigação aqui apresentada. Sendo que mediante aos apoios sociais obtêm-se uma
melhor Qualidade de vida, maior Satisfação com a vida e a diminuição do índice de solidão
Devido ao aumento da população idosa e pela importância dessa temática se sugere
novos estudos multicêntricos com essa população, considerando os aspetos culturais para
-
28
que possamos compreender melhor o idoso e poder oferecer uma melhor assistência para os
mesmos.
7. Referências Bibliográficas
Antunes, C., & Fontaine, A. M. (2005). Percepção de apoio social na adolescência:
Análise fatorial confirmatória da escala Social Support Appraisals. Paidéia, 15(32), 355–
366. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2005000300005
Aragão, E., Vieira, S., Alves, M., & Santos, A. (2009). Suporte social e estresse: uma
revisão da literatura. Psicologia em foco, Aracaju, Faculdade Pio Décimo, 2 (1), 79-90.
Bauman, Z., & Medeiros, C. A. (2004). Amor líquido: Sobre a fragilidade dos laços
humanos. Jorge Zahar Editor.
Barron, A. I. (1996) – Apoyo social : aspectos teóricos y aplicaciones. Madrid : Siglo
Veinteuno. España Editores, 1996. ISBN 84-232-0918-4.
Borglin, G., Edberg, A. K., & Hallberg, I. R. (2005). The experience
of quality of life among older people. Journal of Aging
Studies, 19(2), 201-220. https://doi.org/10.1016/j.jaging.2004.04.001
Bowling, A., Gabriel, Z., Dykes, J., Dowding, L. M., Evans, O., Fleissig, A.,
Banister, D., & Sutton, S. (2003). Let's ask them: a national survey of definitions of quality
of life and its enhancement among people aged 65 and over. International journal of aging
& human development, 56(4), 269–306. https://doi.org/10.2190/BF8G-5J8L-YTRF-6404
Brandão, M. T., & Craveirinha, F. P. (2011). Redes de apoio social em famílias
multiculturais, acompanhadas no âmbito da intervenção precoce: Um estudo exploratório.
Análise Psicológica, 29(1), 27–45.
https://doi.org/10.1590/S0103-863X2005000300005https://doi.org/10.1016/j.jaging.2004.04.001https://doi.org/10.2190/BF8G-5J8L-YTRF-6404
-
29
Canavarro, M. C., Serra, A. (s/d). Instrumento WOQOL-BREF, Procedimentos de
administração do WHOQOL-Bref e procedimentos de pontuação do WHOQOL-Bref em
SPSS, Manual do Utilizador e Sintaxe.
Canavarro, M. C., Serra, A. V., Simões, M. R., Pereira, M., Gameiro, S., Quartilho
M. J., Rijo, D., Carona, C., Paredes, T. (2006). Qualidade de vida.
http://www.fpce.uc.pt/saúde/index/.htm (acedido em 2020-10-05)
Capitanini, M. E. (2000). Solidão na velhice: realidade ou mito. E por falar em boa
velhice, 2, 69-80. Campinas: Papirus.
Caplan, G. (1974). Social Systems and Community Mental Health. New York: Basic
Books
Cassel, J. (1974). Psychological Processes ans Stress: Theoretical Formulations.
International Journal of Health Services, 4: 47
Castellon, A.; Pino, S. Calidad de vida en la atención al mayor.Revista
Multidisciplinar de Gerontología, La Rioja, Espanha, v. 13, n. 3, p. 188-192, 2003.
Cobb, S. (1976). Social Support as a Moderator of Life stress. Psychosomatic
Medicine, 38 (5), 300-314.
Cohen, J. (1988). Statistical power analysis for the behavioral sciences (2.ªed.).
Hillsdale: LawrenceErlbaum Associates.
Coll, C., Palacios, J. & Marchesi (2004). Desenvolvimento Psicológico e
Educação (Vol. I) Psicologia Evolutiva. São Paulo: Artes Médicas. 373 - 437.
Dawalibi, N. W., Anacleto, G. M. C., Witter, C., Goulart, R. M. M., & Aquino, R. de
C. de. (2013). Envelhecimento e qualidade de vida: Análise da produção científica da
SciELO. Estudos de Psicologia (Campinas), 30(3), 393–403.
https://doi.org/10.1590/S0103-166X2013000300009
https://doi.org/10.1590/S0103-166X2013000300009
-
30
Duarte, M. (2015). Fragilidade em idosos – modelos, medidas e implicações práticas.
Lisboa: Coisas de ler.
Dunst, C. J., & Trivette, C. M. (1990). Assessment of social support in early
intervention programs. Em Handbook of early childhood intervention (pp. 326–349).
Cambridge University Press.
Ferreira, M. E. M. M. (2012). Ser cuidador: um estudo sobre a satisfação do cuidador
formal de idosos. Bragança: Escola Superior de Educação. Dissertação de Mestrado em
Educação Social. http://hdl.handle.net/10198/7936
Fonseca, A. M. - Desenvolvimento psicológico e processos de transição-adaptação
no decurso do envelhecimento. In Paúl, Constança; Ribeiro, Óscar - Manual de
Gerontologia. Porto: LIDEL, (2012). ISBN 978-972-757-799-6. p. 95-106
http://hdl.handle.net/10400.14/12110
Fleck, M. P. de A. (2000). O instrumento de avaliação de qualidade de vida da
Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): Características e perspectivas. Ciência &
Saúde Coletiva, 5(1), 33–38. https://doi.org/10.1590/S1413-81232000000100004
Fleck, M. P., Chachamovich, E., & Trentini, C. (2006). Development and validation
of the Portuguese version of the WHOQOL-OLD module. Revista de Saúde Pública, 40(5),
785–791. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000600007
Freire, S.A. (2000), Envelhecimento bem-sucedido e bem-estar psicológico. Em A.L.
Neri & S.A. Freire (Orgs.), E por falar em boa velhice (pp. 21-31). Campinas: Papirus.
González, N. (1993). Symposium de calidad de vida: Generalidades. Mediciones
utilizadas en medicina. Elementos que la componen. Arch. reumatol, 4(1), 40–42.
Gray, G. R., Ventis, D. G., & Hayslip, B. (1992). Socio-cognitive skills as a
determinant of life satisfaction in aged persons. The International Journal of Aging and
Human Development, 35(3), 205–218. https://doi.org/10.2190/YWEL-LGYN-BE02-YLLF
http://hdl.handle.net/10198/7936http://hdl.handle.net/10400.14/12110https://doi.org/10.1590/S1413-81232000000100004https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000600007https://doi.org/10.2190/YWEL-LGYN-BE02-YLLF
-
31
Gregory D. Zimet, Nancy W. Dahlem, Sara G. Zimet & Gordon K. Farley (1988)
The Multidimensional Scale of Perceived Social Support, Journal of Personality
Assessment, 52:1, 30-41, DOI: 10.1207/s15327752jpa5201_2
Hong, M.; Casado, B.L. & Harrington, D. (2011). Validation of Korean Versions of
the Lubben Social Network Scales in Korean Americans. Clinical Gerontologist, 34(4): 319-
34.
INE. (2015). Estatísticas da população residente, Portugal e NUTS III, 2015. Lisboa,
Portugal: Instituto Nacional de Estatística.
Isang, E.Y.L., Liamputtong, P. & Pierson, J. (2004). The views of order Chinese
people in Melbourne about their quality of life. Ageing & Society. 51-74.
Martins, R.M. (2005). A relevância do apoio social na velhice. Instituto Politécnico
de Viseu. ESSV - UER - Artigo em revista científica, não indexada ao WoS/Scopus (31)
Neri, A.L. (2001). O fruto das sementes: processos de amadurecimento e
envelhecimento. In: Neri, A.L. (Org.). (2001). Desenvolvimento e envelhecimento:
perspectivas biológicas, psicológicas e sociais: 11-54. (3ª ed.). Campinas (SP): Papirus.
Melo, L. e Neto, F. (2003). Aspectos psicossociais dos idosos em meio rural: solidão,
satisfação com a vida e locus de controlo. Psicologia, Educação e Cultura. III, 1, 107121.
Neto, F. (1989). “Avaliação da Solidão”. Psicologia Clínica, 2, 65 – 79.
Neto, F., Barros, J., & Barros, A. (1990). Satisfação com a vida. In L. Almeida et al.
(Eds.), A acção educativa: análise psicossocial (pp. 105-117). Leiria: ESEL/APPORT
Neto F. (2000) Psicologia Social. Vol. 3. Lisboa: Universidade Aberta;
Neto, F. (2014). Psychometric analysis of the short-form UCLA Loneliness Scale
(ULS-6) in older adults. Eur J Ageing, 11, pp. 313-319.
https://doi.org/10.1207/s15327752jpa5201_2
-
32
Nunes, A. M. (2017). Demografia, envelhecimento e saúde: Uma análise ao interior
de Portugal. Revista Kairós : Gerontologia, 20(1), 133–154. https://doi.org/10.23925/2176-
901X.2017v20i1p133-154
Paúl, C. (1997). Lá para o Fim da vida. Idosos, familia e meio ambiente. Coimbra:
Almedina. (12) ISSN: 9789724010007.
Paúl, Constamça (2005). Envelhecimento activo e redes de suporte social.
Sociologia: Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, XXV( ),275-
287.[fecha de Consulta 6 de Noviembre de 2020]. ISSN: 0872-3419. Disponible en:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=4265/426540419011
Paúl, C. () Envelhecimento activo e redes de suporte social
Pessoa, F. (sem data). O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas
inexplicáveis e pessoas incomparáveis. Obtido em 5 de Outubro de 2020, de
https://www.escritas.org/pt/t/24452/o-valor-das-coisas-nao
Pereira, R. J., Cotta, R. M. M., Franceschini, S. do C. C., Ribeiro, R. de C. L.,
Sampaio, R. F., Priore, S. E., & Cecon, P. R. (2006). Contribuição dos domínios físico,
social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. Revista de
Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 28(1), 27–38. https://doi.org/10.1590/S0101-
81082006000100005
Pena Pires, R., Pereira, C., Azevedo, J., Vidigal, I., & Veiga, C. M. (2018).
Emigração portuguesa: Relatório estatístico 2018 [Report]. Observatório da Emigração,
CIES-IUL, ISCTE-IUL. https://doi.org/10.15847/CIESOEMRE052018
Pietrukowicz, M. C. L. C. (2001). Apoio social e religiäo: Uma forma de
enfrentamento dos problemas de saúde. https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4610
https://doi.org/10.23925/2176-901X.2017v20i1p133-154https://doi.org/10.23925/2176-901X.2017v20i1p133-154https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=4265/426540419011https://doi.org/10.1590/S0101-81082006000100005https://doi.org/10.1590/S0101-81082006000100005https://doi.org/10.15847/CIESOEMRE052018https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4610
-
33
PORDATA - Indicadores de envelhecimento. (2020 Junho, 15). Obtido 7 de Outubro
de 2020, de https://www.pordata.pt/Portugal/Indicadores+de+envelhecimento-526
Population Reference Bureau. (2010). World population data sheet. Retrieved from
http://www.prb.org/pdf10/10wpds_fr.pdf
Quaresma, M. (1992). Velhice ou Envelhecimento. Lisboa: Servir 30.
Quaresma, M. de L. B., & Ribeirinho, C. (2016). Envelhecimento – desafios do séc.
Xxi. Revista Kairós : Gerontologia, 19(3), 29–49. https://doi.org/10.23925/2176-
901X.2016v19i3p29-49
Organização Mundial da Saúde [OMS], (1998). Classificação de Transtornos
Mentais e de Comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas.
Organização Mundial da Saúde, (2015). Relatório Mundial de Envelhecimento e
Saúde.https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/186468/WHO_FWC_ALC_15.01_
por.pdf;jsessionid=949FC0A0D08504411C8EFA8B742EAC88?sequence=6
Organização Mundial da Saúde. Medindo a Qualidade de Vida. Obtido em: 27 de
outubro de 2020. https://www.who.int/healthinfo/survey/whoqol-qualityoflife/en/
Rigotto, D. (2006). Evidências de validade entre suporte familiar, suporte social e
autoconceito. Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Psicologia da Universidade São Francisco.
Rowe, J., & Kahn, R. (1987). Human aging: Usual and successful. Science,
237(4811), 143–149. https://doi.org/10.1126/science.3299702
Santos, S. R. dos, Santos, I. B. da C., Fernandes, M. das G. M., & Henriques, M. E.
R. M. (2002). Qualidade de vida do idoso na comunidade: Aplicação da Escala de Flanagan.
Revista Latino-Americana de Enfermagem, 10(6), 757–764. https://doi.org/10.1590/S0104-
11692002000600002
https://www.pordata.pt/Portugal/Indicadores+de+envelhecimento-526http://www.prb.org/pdf10/10wpds_fr.pdfhttps://doi.org/10.23925/2176-901X.2016v19i3p29-49https://doi.org/10.23925/2176-901X.2016v19i3p29-49https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/186468/WHO_FWC_ALC_15.01_por.pdf;jsessionid=949FC0A0D08504411C8EFA8B742EAC88?sequence=6https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/186468/WHO_FWC_ALC_15.01_por.pdf;jsessionid=949FC0A0D08504411C8EFA8B742EAC88?sequence=6https://www.who.int/healthinfo/survey/whoqol-qualityoflife/en/https://doi.org/10.1590/S0104-11692002000600002https://doi.org/10.1590/S0104-11692002000600002
-
34
Seidl, E. M. F., Rossi, W. dos S., Viana, K. F., Meneses, A. K. F. de, & Meireles, E.
(2005). Crianças e adolescentes vivendo com HIV/Aids e suas famílias: Aspectos
psicossociais e enfrentamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21(3), 279–288.
https://doi.org/10.1590/S0102-37722005000300004
Silva, J. M. A. V. da. (2011). A qualidade de vida do idoso e o seu bem-estar social.
https://sapientia.ualg.pt/handle/10400.1/3603
Sousa, R. M. V. de. (2009). Envelhecimento da população portuguesa: Algumas
decorrências económicas [MasterThesis, Instituto Superior de Economia e Gestão].
https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/1728
Sousa, L., Figueiredo, D. & Cerqueira, M. (2006) Envelhecer em família: Os
cuidados familiares na velhice. Ambar: Porto
Scoralick-Lempke, N. N., & Barbosa, A. J. G. (2012). Educação e envelhecimento:
Contribuições da perspectiva Life-Span. Estudos de Psicologia (Campinas), 29(suppl 1),
647–655. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2012000500001
Schlossberg, N. K. (1981). A model for analyzing human adaptation to transition.
The Counseling Psychologist, 9(2), 2–18. https://doi.org/10.1177/001100008100900202
Sluzki, C. E. (1996). Red social: Frontera de la práctica sistémica.
https://www.academia.edu/23817293/Red_social_frontera_de_la_pr%C3%A1ctica_sist%C
3%A9mica_Carlos_E_Sluzki
The world health organization quality of life assessment (Whoqol): Position paper
from the world health organization. (1995). Social Science & Medicine (1982), 41(10),
1403–1409. https://doi.org/10.1016/0277-9536(95)00112-k
Vecchia, R. D., Ruiz, T., Bocchi, S. C. M., & Corrente, J. E. (2005). Qualidade de
vida na terceira idade: Um conceito subjetivo. Revista Brasileira de Epidemiologia, 8(3),
246–252. https://doi.org/10.1590/S1415-790X2005000300006
https://doi.org/10.1590/S0102-37722005000300004https://sapientia.ualg.pt/handle/10400.1/3603https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/1728https://doi.org/10.1177/001100008100900202https://www.academia.edu/23817293/Red_social_frontera_de_la_pr%C3%A1ctica_sist%C3%A9mica_Carlos_E_Sluzkihttps://www.academia.edu/23817293/Red_social_frontera_de_la_pr%C3%A1ctica_sist%C3%A9mica_Carlos_E_Sluzkihttps://doi.org/10.1016/0277-9536(95)00112-khttps://doi.org/10.1590/S1415-790X2005000300006
-
35
Velarde-Jurado, E., & Avila-Figueroa, C. (2002). Evaluación de la calidad de vida.
Salud Pública de México, 44, 349–361. https://doi.org/10.1590/S0036-36342002000400009
Veras, R. (2009). Envelhecimento populacional contemporâneo: Demandas, desafios
e inovações. Revista de Saúde Pública, 43(3), 548–554. https://doi.org/10.1590/S0034-
89102009005000025
Vilar, M. M. P. (2015). Avaliação da Qualidade de Vida em Adultos Idosos: Estudos
de adaptação, validação e normalização do WHOQOL-OLD para a população portuguesa.
https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/28680
Weiss, R. (1974) The Provisions of Social Relationships. In: Rubin, Z., Ed., Doing
unto Others, Prentice Hall, Englewood Cliffs, 17-26.
Zimerman, G. (2000). Velhice: Aspectos biopsicossociais. Grupo A - Artmed.
http://public.ebookcentral.proquest.com/choice/publicfullrecord.aspx?p=3234306
https://doi.org/10.1590/S0036-36342002000400009https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000025https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000025https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/28680
-
36
8. Apêndice
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
O presente estudo está a ser realizado no âmbito da dissertação de Mestrado em
Psicogerontologia pela estudante Tatiana Silveira com o objetivo da obtenção do grau de
Mestre em Psicologia na FPCEUP. Este trabalho de investigação está a ser realizado com a
orientação do Professor Doutor Félix Neto, docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências
da Educação da Universidade do Porto e pretende compreender “A importância das relações
sociais para a qualidade de vida na pessoa idosa.”
Para que se alcance esse objetivo serão aplicados instrumentos de avaliação, os quais
terão perguntas e respostas. Não existe certo ou errado, apenas a resposta que seja mais
conveniente para si, e se pretender não participar ou desistir, não haverá consequências. Os
dados serão mantidos sob anonimato e confidencialidade. Agradecemos a sua colaboração.
“Declaro que tomei conhecimento do projeto neste estudo. Foram-me explicados todos os
aspetos que considero relevantes e foi-me possibilitado o esclarecimento de todas as minhas
dúvidas sobre a investigação. Participo voluntariamente e fui informado que a participação
(ou recusa de participação) não trará consequências.”
Data __/__/__
Assinatura