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O Calvinismo Não é Novo para os Batistas

Graça Espalhada pelas Colônias Americanas

Thomas S. Kidd

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Traduzido do original em Inglês

Calvinism Is Not New to Baptists: Grace Unleashed in the American Colonies

By Thomas S. Kidd

Via: DesiringGod.org

Tradução por Aldenir Ferreira

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Abril de 2018

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida

permissão do Ministério Desiring God, sob a licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-

NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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O Calvinismo Não é Novo para os Batistas:

Graça Espalhada pelas Colônias Americanas

Por Thomas S. Kidd

Os Calvinistas já dominaram a vida da igreja Batista na América.

Em uma pesquisa de 1793, o historiador Batista John Asplund estimou que havia

1.032 igrejas Batistas na América. Destas, 956 eram congregações Calvinistas. Eles

“Batistas Particulares”, porque eles acreditavam na expiação definitiva (“ou redenção

particular”), ou seja, que Cristo morreu para a salvação definitiva dos eleitos. Os “Batistas

Gerais”, por outro lado, acreditavam que Cristo morreu indefinitivamente pelos pecados de

todos que escolhem Ele, e os que os escolhem são uma pequena fração do todo. Mesmo

alguns destes, Asplund observa, aceitavam parte da doutrina Calvinista como a

“perseverança na graça” [ou “perseverança dos santos” = é impossível que o verdadeiro

crente caia da graça].

Como está predominância de Batistas Calvinista surgiu? Tanto Batistas

Calvinistas/Particulares quanto Arminianianos/Gerais tem existido nas Colônias

Americanas desde 1600. Mas com o grande reavivamento que ouve em 1740, uma

profundíssima agitação religiosa e cultural na América colonial, devastou o movimento

Batista Geral, e deu origem a um novo tipo de Batistas Calvinistas — os “Separate Baptists”

[Batistas Separados].

Um Novo Tipo de Calvinista

Os Batistas Separados da Nova Inglaterra eram tipicamente pessoas que haviam se

convertido durante o grande reavivamento, muitas vezes sob a pregação itinerante de

George Whitefield (Calvinista) e de outros evangélicos zelosos. Os Batistas Separatistas

eram quase todos unanimemente Calvinistas nas suas convicções, e também os grandes

Pastores que lideraram a América ao Grande Reavivamento/Despertamento (como

Jonathan Edwards). Os convertidos descobriam que suas próprias igrejas e Pastores não

apoiavam este reavivamento, então estes começaram a se reunir em “igrejas separadas”.

Mais fazer isso era ilegal. O governo colonial da Nova Inglaterra proibia a criação de

congregações não autorizadas, e os Separados começaram a ser perseguidos. Alguns

Separados — havia no meio deles as mentalidades evangélicas mais radicais — também

reconsideraram a posição dos Congregacionalistas sobre o batismo infantil, chegaram à

conclusão de que esta prática carecia de uma justificativa bíblica.

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Backus: Sem Volta

Isaac Backus, o mais influente Pastor Batista do século XVIII na América, ilustrou

perfeitamente a jornada que vai do Grande Reavivamento até a conversão dos Batistas

Separados.

Backus que experimentou sua conversão em 1741, escreveu: “Deus, que fez a luz a

brilhar na escuridão, brilhou dentro do meu coração com esta revelação da perfeita glória

que satisfez totalmente a lei que eu havia quebrado… Agora meu sofrimento, que era

muitíssimo penoso, se foi”. Mas a igreja de Backus em Norwich, Connecticut não permitia

evangélicos itinerantes pregarem, e o pastor se recusou a exigir um testemunho de

conversão de futuros membros da igreja. Então, Backus e uma dúzia de outros membros

iniciaram reuniões em pequenos grupos Separados, à parte da igreja. Apesar de sua falta

de um diploma acadêmico, Backus passou a servir como pastor Separado.

Backus também passou a ter dúvidas sobe o modo apropriado de Batismo. Ele, como

praticamente todas as igrejas das Colônias Americanas, foram batizados quando infantes,

mais em 1751, depois de um tempo de oração, jejum e estudos das Escrituras, Backus veio

a se convencer que o Batismo era somente para adultos convertidos. Um Ministro Batista

visitante rapidamente Batizou Backus por imersão. E milhares de coloniais Americanos que

passariam por uma sequência semelhante de conversão e de aceitação dos princípios

Batistas.

Porque a transição para convicções Batistas aconteceu debaixo do predomínio

Calvinista do Grande Reavivamento, Backus e a maioria desses novos Batistas eram

Calvinistas também. Somente alguns dos Batistas “Particulares” ou “Regulares” se

associaram a Associação Batista da Filadélfia (fundada décadas antes do Grande

Reavivamento) que apoiou os avivamentos. Os Batistas Gerais da Nova Inglaterra,

desconfiados da cooperação da cooperação interdenominacional, se opuseram ao

Reavivamento. Devido a influência dos Batistas do Livre-Arbítrio ou Arminianismo quase foi

extinta da América durante cerca de três décadas. Seus números diminuíram e alguns

Arminianos se juntaram a congregações Separadas ou a outras congregações de Batistas

Calvinistas.

Missões Para o Sul

Após o surgimento dos Batistas Separados na Nova Inglaterra, imediatamente eles

começaram a enviar missionários para outras partes da colônia, mais notavelmente para o

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Sul. Ao contrário do “Bible Belt”1 que é hoje, o Sul colonial era a região da América colonial

que mais carecia de igrejas.

O evangelista Shubal Stearns de Connecticut após experimentar a conversão, veio a

envolver-se na Congregação Separatistas, e recebeu o Batismo como um crente quase no

mesmo tempo que Backus. Em meados dos anos 1750, Stearns e sua família mudaram

para a Carolina do Norte, onde eles fundaram a Igreja Batista Sandy Creek. Este trabalho

cresceu como fogaréu sem controle, de poucos membros, a maioria familiares de Stearns,

para mais de seiscentos convertidos batizados nos primeiros anos da igreja. E também sem

demora plantaram novas congregações na região. Tanto a Igreja Batista Sandy Creek

quanto a Associação de Filadélfia, associadas à Associação de Igrejas Batistas de

Charleston (Carolina do Sul), decidiram afirmar a doutrina da eleição eterna em suas

Confissões de Fé.

Um dos Batistas Separados convertido mais intrigante foi o escravo da Carolina do

Sul, David George, que foi se tornou o pastor da Igreja Silver Bluff, A primeira igreja Afro-

Americana permanente (fundada por volta de 1773). George deixou a Carolina do Sul

devido ao exército britânico no início dos anos 1780. Ele ajudou a fundar novas igrejas

Batistas em Nova Escócia antes de finalmente ir para a Serra Leoa em 1792, assim ele se

tornou um grande defensor do Calvinismo naquele lugar. Uma pesquisa de John Asplund,

refletia a mistura racial da Convenção daquele tempo, tendo listado um pequeno número

de Nativos Americanos Afro-Americanos – A maioria de igrejas Batistas sob suas próprias

categorias separadas (e não teológicas), mas muitos deles possivelmente eram Calvinistas.

Decaída, Então Ressurgimento Vigoroso

Como foi que o Calvinismo perdeu a sua posição dominante no meio dos Batistas? A

Revolução Americana, com sua preocupação com a liberdade, deu nova vida a teologia do

“livre-arbítrio” em detrimento do domínio tradicional Calvinista. Mas o Calvinismo continuou

ascendente no meio Batista no começo dos anos 1900. À medida que as igrejas Batistas

se espalharam pelas fronteiras Americanas, elas levaram a convicção Calvinista consigo.

O recém-formada Associação Batista Elkhorn do Kentucky, por exemplo, decidiu em 1785

1 O Bible Belt (Cinturão da Bíblia) é uma região dos Estados Unidos onde o Protestantismo faz parte

da cultura local. O Bible Belt está localizado na região sudeste dos Estados Unidos, devido às

fundações coloniais do Protestantismo; a origem de seu nome deriva da grande importância da

Bíblia entre os Protestantes. – N.R.

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exigir a subscrição à Confissão de Fé Batista de Filadélfia, que era uma versão levemente

acrescentada2 da Confissão Batista de Londres de 1689.

Dentre outros pontos, a associação Elkhorn afirmava que “Por meio do decreto de

Deus e para manifestação da Sua glória, alguns homens e anjos são predestinados ou

preordenados para a vida eterna por meio de Jesus Cristo, para o louvor de Sua gloriosa

graça; outros são deixados a agir em seus pecados para a sua justa condenação, para o

louvor da Sua gloriosa justiça” [CFB1689 3:3].

Logo após o ano de 1700 muitas igrejas Batistas adotaram uma equilibrada (mais

bíblica) forma de Calvinismo, como a exposta pelo Batista Inglês Andrew Fuller. O

Calvinismo de Fuller afirmava eleição mais distanciava-se claramente do sentimento

hiperCalvinista que desprezava o evangelismo e as missões. Uma nova controvérsia sobre

Agencias Missionárias em 1820 levou a uma separação entre Batistas missionários e

Batistas anti-missionários, ou seja, “Primitivos”. Muitos destes últimos eram

hiperCalvinistas, e atacavam as novas associações missionárias paraclesiásticas como

intrusas antibíblicas e como algo que prejudicava os interesses da Igreja. Surgiu uma

impressão de que os Batistas Primitivos, que sempre foram um pequeno grupo entre os

Batista na América, é que eram os verdadeiros defensores do Calvinismo. Missionários

Batistas em general adotaram a Confissão de Fé de New Hampshire (1833), que era menos

explicitamente Calvinista do que a Confissão de Filadélfia era.

Por volta de 1830 o cenário era de enfraquecimento do Calvinismo entre os principais

grupos de Batistas. Mais a teologia Arminiana nunca veio a ser dominante entre os Batistas

como Calvinismo uma vez foi. Quando grupos como o Ministério Desiring God e o Southern

Baptist Theological Seminary [Seminário Teológico Batista do Sul] começaram a revigorar

a teologia Calvinista para os Batistas e outros evangélicos no final do século XX, Alguns

Batistas Arminianos insistiam que livre-arbítrio e na expiação geral eram a posição

“tradicional” dos Batistas sobre essas questões. Uma profunda olhada na História,

entretanto, revela a esmagadora convicção Calvinista dos primeiros Batistas Americanos.

Sola Scriptura! Sola Gratia! Sola Fide! Solus Christus! Soli Deo Gloria!

2 A diferença essencial entre Confissão de Fé Batista de Filadélfia de 1742 e a Confissão de Fé

Batista de Londres de 1689, é a que a Confissão de Filadélfia acrescentou 2 Capítulos ao texto da

Confissão de 1689, os quais são: Capítulo XXXI: Sobre a Imposição de Mãos e Capítulo

XXIII: Sobre o Canto de Louvores. No mais, a Confissão de Filadélfia copiou o texto integral da

Confissão Batista de Londres de 1689. — N.doR.

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Outros publicados pelo site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.