o diário na sua cidade - mandaguaçu

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UM LUGAR BOM DE SE VIVER MANDAGUAÇU MANTÉM O CHARME E A QUALIDADE DE VIDA TÍPICOS DAS CIDADES DO INTERIOR, COM SUAS HISTÓRIAS DE UM POVO TRABALHADOR E DE OLHO NO FUTURO MARINGÁ, PR www.odiario.com DEZEMBRO DE 2015 MANDAGUAÇU FOTO: JC FRAGOSO

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Page 1: O Diário na sua cidade - Mandaguaçu

UM LUGAR BOM DE SE VIVER MANDAGUAÇU MANTÉM O CHARME E A QUALIDADE DE VIDA TÍPICOS DAS CIDADES DO INTERIOR, COM SUAS HISTÓRIAS DE UM POVO TRABALHADOR E DE OLHO NO FUTURO

MARINGÁ, PR www.odiario.comDEZEMBRO DE 2015

MANDAGUAÇUFOTO: JC FRAGOSO

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2 I MANDAGUAÇU O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

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Terra fértil atraiu muita gente ‘Ouro verde’ abriu o ciclo da economia em Mandaguaçu. Hoje, a diversidade tomou conta do lugar

No arquivo de memórias do município que hoje abriga aproximadamente 23 mil moradores, há um lugar de destaque para pessoas ilustres. Entre elas, Tito Rodrigues, Durvalino de Matos Medrado, João Angelim, José Braz e Santo Lonardoni.

Os primeiros moradores de Mandaguaçu chegaram no município Café: início de tudo — FOTO: ARQUIVO

pela agricultura, indústria, comércio e prestação de serviços. E o comércio da cidade começou com Durvalino. Conta a história que a situação financeira do comerciante nem era tão diferente da freguesia que frequentava seu comércio. Mesmo assim, o pioneiro conseguiu ser muito útil àquela comunidade, já que naquela época os armazéns de ‘secos e molhados’ vendiam de tudo um pouco: fumo de corda, ferramentas para a lida e comida forte para alimentar o duro trabalho. (Fonte: IBGE)

yatraídos terra fértil da região Norte do Paraná. Não demorou muito e os campos estavam tomados pelo cafezal. Coragem não faltava àquela gente. E a partir do cultivo do ‘ouro verde’, outro nome dado ao café, abriram-se estradas para escoamento da safra, e outros serviços essenciais para os primeiros moradores do lugar. Hoje, Mandaguaçu é um município importante dentro do contexto macroeconômico do Norte do Paraná. E a exemplo de outros do mesmo porte, cresce sustentado

Josi Costa [email protected]

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q O dono da cidade

p Cale a boca Quem, hoje, mudaria o nome de uma cidade por conta própria? Atitudes como a do comerciante Durvalino de Matos Medrado, que por obrigação era dono da cidade, parece estapafúrdia, mas sua ideia pode ter mudado o destino de Mandaguaçu.

Má fama motivou novo nome Cruzeirópolis, Vila Guaíra e logo depois, Mandaguaçu. Independência e emancipação vieram em 1951

Cruzeirópolis foi o primeiro nome de Mandaguaçu. Junto com o nome veio o apelido ‘cale a boca’. Conta a história que um grupo de viajantes passava pelo povoado e se deparou com um crime. Havia um homem morto em frente a um boteco. E um dos homens, ao fazer graça com a desgraça alheia teria dito: Olhem, este é o ‘cale a boca’.

E o bar era um ranchinho coberto de acolchoados, de Durvalino de Matos Medrado, que chegou ao local no dia 29 de junho de 1945. Ali paravam os aventureiros, pessoas que passavam em busca de novos lugares e que eram considerados os valentes da época. O crime gerou má fama ao lugar, que passou a atrair e aglomerar Brasão do município. — FOTO: REPRODUÇÃO

‘cale a boca’ ficou tão forte que um delegado teria dado ordens para prender qualquer cidadão que o pronunciasse. A atitude drástica foi em vão e só serviu pra reforçar ainda mais a má fama. Não bastasse isso, algumas pessoas, por dificuldade de pronunciar o nome correto, diziam ‘cruzerópi’.

Para acabar com a confusão, o então ‘dono da cidade’, Durvalino de Matos, mudou por contra própria o nome do lugar, em 1948. O comerciante colocou uma placa com a seguinte informação: Vila Guaíra, Estrada de Paranavaí. As coisas começaram melhorar, mas para atrair gente para a cidade foi preciso vender terrenos a preços baixos. Foi o que fez o loteador Bernardino Bogo. Por meio da Lei n.º 613/51 veio a tão sonhada autonomia de Mandaguaçu. De origem indígena, o nome significa abelha grande.

y

‘valentões’ que costumavam amedrontar forasteiros furtando dinheiro e até mesmo mercadorias que eles traziam consigo.

No boca a boca, essa informação se espalhou pela redondeza, o que teria desmotivado muitas famílias a se instalar em Cruzeirópolis. O apelido

Josi Costa [email protected]

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q Imposto aplicado

pInvestimentos A partir da maior arrecadação de tributos municipais, o município implantou o sistema de coleta seletiva , ampliou o quadro de funcionários com 200 contratações e fez reformas para aumentar o número de vagas na educação infantil.

Prêmio Gestor Público Município adotou ações para economizar recursos públicos e investir em áreas essenciais

Mandaguaçu ganhou o Prêmio Gestor Público do Paraná, premiação que valoriza os gestores públicos criativos, inovadores e eficientes. O salto em arrecadação, de R$ 3 milhões para R$ 9 milhões em três anos, é uma das mudanças importantes nesta gestão.

Segundo o prefeito Ismael Fouani, inovar a gestão foi a fórmula para enfrentar a crise. “Na crise não tem que chorar. Tem que apreender com ela e aprender sair dela.” Ano que vem, ele encerra dois mandatos. “Tenho a sensação de estar cumprindo meu dever aplicando, de forma honesta,

O troféu de boa gestão reconhece as ações feitas pelo município. — FOTO: DIVULGAÇÃO

Ao falar das mudanças, de forma técnica, o diretor do Departamento de Fazenda, Luís Gustavo de Araújo, cita a maior eficiência na cobrança que reduziu em 50% a inadimplência no município. A criação da Nota Fiscal Eletrônica e o fim dos serviços terceirizados também foram ações que ajudaram a inovar a gestão. O município definiu critérios para o valor da terra nua e com isso conseguiu inibir a subvalorização praticada em escrituras, elevando a arrecadação de Imposto Territorial Rural (ITR).

cada centavo que a população paga em impostos. Me sinto realizado, mas tenho consciência que ainda há muito por fazer”, afirma.

y Josi Costa [email protected]

O diretor explica que foi preciso modernizar o sistema de Tecnologia da Informação (TI). Além dessa atualização, foram contratados também profissionais para compor uma equipe multidisciplinar para gestão e controle.

Ao optar pelo fim dos serviços de terceirização, o município investiu na contratação de 200 servidores. Os recursos economizados com a inovação foram investidos, segundo ele, em Educação, Saúde, Meio Ambiente (implantação da coleta seletiva de lixo) e na ampliação de vagas em creches.

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Ensino focado em princípios Colégio São Francisco de Assis prioriza o ensino científico e o respeito às diferentes realidades

Muita coisa mudou da escola antiga para a moderna, mas desde que se instalaram em Mandaguaçu, há mais de meio século, as irmãs que dirigem o Colégio São Francisco de Assis procuram educar sem abrir mão de valores como fraternidade, solidariedade, respeito e amor ao próximo. Hoje, o colégio está sob a direção da Irmã Nazareth Gomes da

Gentileza e amor ao próximo são valores defendidos pelo colégio. — FOTO: DIVULGAÇÃO

ySilva, 52 anos, que reconhece os desafios de ensinar em meio a um mundo cheio de tecnologia e atrativos que tiram a atenção dos alunos. São 343 ao todo, do Ensino Infantil ao Médio.

E um dos desafios é o celular, que não fez parte da rotina das duas gerações que já estudaram no colégio e que virou quase um vício para adultos e crianças. “O regimento orienta para o não uso”, explica. Em outras palavras, o aluno que usar o aparelho celular em sala de aula terá o aparelho confiscado e entregue aos pais. “Eles

podem usar nos intervalos e quando estiverem fora de sala de aula”, explica a irmã. “A educação mudou muito e a escola também. Mas não perdemos os princípios tradicionais. Nosso foco é o conhecimento científico”.

Para a diretora, o maior desafio das escolas católicas, hoje, é a instabilidade nos princípios que ela defende. E no rol de valores, Irmã Nazareth destaca a gentileza e o amor ao próximo. A diversidade de perfil das famílias também desafia a missão de educar, segundo ela. “Nosso foco é o ensino

científico. E respeitamos as diferenças e realidades dos alunos”, diz.

A irmã recorrer a uma frase do apóstolo Paulo, “Tudo posso, mas nem tudo me é permitido”, para explicar como lida com essas diferenças no dia a dia. “Na sociedade hoje tudo é permitido, tudo é descartável, mas nossa missão é a formação humana e espiritual. Deus é o grande condutor da história. Essa e a razão da gente existir”, resume. “Me sinto muito feliz porque estamos encerrando 2015 sem nenhum aluno suspenso”, comemora.

Josi Costa [email protected]

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q Saudável sim!

p Benefícios A carne de porco é rica em proteínas necessárias para reconstituir fibras musculares e na formação de novas células. Possui vitaminas do complexo B, especialmente a vitamina B1 (tiamina), que faz bem para o sistema nervoso e neuromuscular.

Prato típico preserva a história Filhos de pioneiros resgatam o porco frito na banha e servem durante a festa de aniversário da cidade

A gastronomia se tornou uma boa estratégia para incentivar a cultura e a economia de muitos municípios, e Mandaguaçu é um deles. Este ano é a sexta edição da Festa Nacional do Porco na Lata. O prato se tornou um dos principais atrativos do pequeno município e motivo para reunir amigos e filhos de pioneiros.

O produtor Mauro Donizete Terezan, 59 anos, é um dos apaixonados pela festa. E não é por acaso que ele faz parte do time de elite que, ‘põe a mão na massa’. Para ele, porco frito tem sabor de infância. “Cresci vendo minha mãe fazer esse prato, quando não exista geladeira”, lembra.

Na família de seis irmãos, ele

Porco na lata é herança do tempo em que não existia geladeira. — FOTO: JC FRAGOSO

ajudava a preparar a carne que seria guardada em lata para conservar por muito tempo. “ Meu pai criava porcos num sítio na estrada para Pulinópolis”, conta. Consumidor potencial de carne de porco, ele conta que do animal tudo era aproveitado e que a receita que é servida, anualmente, na festa da

cidade, mantém o ritual original de antigamente.

Terezan ensina o segredo para a conservação da carne após a fritura. “Depois de bem frita, tem que esperar esfriar e colocar na lata. O segredo é guardar a carne coberta pela banha”, ensina. “Não tem coisa melhor, porque estamos fazendo o que nossos pais faziam antigamente”, orgulha-se, ao falar da alegria de ajudar na festa.

Segundo Israel Silva, do Departamento de Agricultura, procura-se criar os porcos da forma mais orgânica possível, inicialmente a pasto e depois em confinamento.

Para a festa desse ano, os organizadores optaram por armazenar a carne frita em latas de 3,6 quilogramas e 20 kg. O prato é servido durante o aniversário da cidade, comemorado no dia 14 de dezembro.

y Josi Costa [email protected]

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”Meu pai comprava do pai do Cardoso. Hoje eu compro dele. Aqui é mais barato que em outro lugar” Mauro Leite, 54 anos Funcionário público

Vila Guadiana, lugar de gente simples e tranquila Muitos moradores nasceram e permaneceram no bairro com filhos e netos e não pretendem mudar

Quem chega na Vila Guadiana, o bairro mais distante do centro de Mandaguaçu, se depara com o sossego. A impressão é que ninguém tem pressa. Gente simpática e querida, que fala olhando nos olhos. A vida comercial do bairro acontece no entorno da praça Vitória, onde uma minirrodoviária garante o vai-vem das de moradores e de quem passa pelo bairro. A simplicidade é o charme da vila.

Quem teria um comércio de esquina, com uma fachada sem nome? O João Luiz Cardoso, que herdou a ‘venda’ dos pais. Ele nasceu na Vila Guadiana, o bairro mais afastado do centro de Mandaguaçu. Em frente à Praça Vitória, que é o ‘point’ da comunidade, ele toca um comércio que foi do pai, Maurício Cardoso, e que atende a comunidade

Pioneira da Vila, dona Rosa vende roupas usadas para sobreviver. — FOTO: GUSTAVO LANG

ydesde 1974.

Na ‘vendinha’, a dona de casa encontra de tudo um pouco. Dá pra fazer a compra do mês e para encontrar coisas diferentes. Chinelos do tipo havaiana, por exemplo, das mais tradicionais e até ração para o bichinho de estimação. Doces de bar, tempero, material de limpeza, peças para consertar a torneira ou o chuveiro...

João Luiz mantém tudo como o pai deixou. A balança, o fichário onde ele anota os fiados, o balcão, as prateleiras e as mesas de madeira onde ele organiza alimentos como arroz, feijão, açúcar e farinha.

Muito diferente dos mercadinhos modernos, onde há fila, correria, excesso de mercadorias e de poluição visual, o Mercado Cardoso é simples, arejado, organizado e o ambiente muito acolhedor. “São 48 anos de janela”, brinca, para dizer que gosta da vila. “A freguesia virou família”, conta, ao mostrar as fichas já amareladas dos tempos do pai.

Meninos que brincavam com ele na rua, hoje são clientes. O funcionário público Mauro Leite, 54, é um deles. “Meu pai já vinha aqui comprar do pai do Cardoso”, lembra.

A facilidade, a simplicidade e o preço são atrativos que fazem dele um freguês fiel. “Por que vou sair daqui se pago mais barato que em outro lugar?”, comenta, enquanto ele mesmo pesa uma penca de bananas. “Tudo que eu preciso eu encontro aqui. Não falta nada”, elogia o morador.

Josi Costa [email protected]

Cardoso herdou comércio do pai e mantém tudo como ele deixou — FOTO: GUSTAVO LANG

Pioneira Dona Rosa é moradora antiga de Mandaguaçu. Desde que chegou na cidade, há 40 anos, e se instalou na Vila Guadiana.

Hoje ela tem uma lojinha de roupas usadas em frente à Praça Vitória, na Avenida Centenária. Em frente o pequeno comércio, ela conta que apesar dos 70 anos e muitos problemas de saúde, não conseguiu se aposentar.

Em duas portinhas, ela acumula muitas roupas usadas e vende por preços bem baratinhos. A maioria das peças custa entre R$ 2 e R$ 5.

Com a ajuda do marido, mais conhecido como Zé Baixinho, a pioneira lembra, com detalhes, como era o lugar quatro décadas atrás.

“Aqui não tinha asfalto, apenas barracos cobertos de lona e quase nenhum comércio. Melhorou muito, tem tudo hoje”, afirma, ao citar o posto de saúde, igrejas, farmácia, mercados, dentista e creche.

“Cheguei aqui com meus filhos pequenos. Consegui criar todos eles. Hoje estão casados. Quem faz o lugar bom somos nós mesmos”, finaliza a comerciante.

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Do campo para a merenda Cooperativa de Mandaguaçu mantém famílias no campo produzindo para alimentar os estudantes

O associativismo, modelo produção comum em países desenvolvidos, já começa fazer toda a diferença para pequenos agricultores de Mandaguaçu e região organizados na Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região de Maringá (Coafam).

Tudo começou em 2010, com 24 cooperados - hoje são 205. Organizados, eles trabalham para atender a merenda nas nas escolas municipais e estaduais. Uma lei federal prevê que pelo menos 30% dos recursos liberados para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar. E a cesta de alimentos vai desde frutas e hortaliças, à panificação e doces.

O engenheiro agrônomo Sérgio Righetti, da Emater, foi o idealizador da entidade. E em apenas cinco anos de trabalho, os resultados surpreendem e mostram que a organização pode gerar trabalho, renda e incentivar a produção

Estou desde o início. Muita gente não acreditou. Sem a cooperativa eu já teria desistido da roça” Emerson Caloi Produrtor de bananas

y

Emerson Caloi, que é produtor de bananas em Mandaguaçu, dorme mais tranquilo porque tem pra quem entregar o produto. Com o amparo da cooperativa, ele consegue empregar seis pessoas da família e ainda contrata três ajudantes para os dias de entrega.

Ele é um dos produtores que acreditou no projeto, mas reconhece que no início muitas pessoas não acreditaram na ideia. “Eu estou desde o início. Muita gente não acreditou, mas hoje a cooperativa é muito importante. Eu tenho para quem entregar a produção e mando alimento de qualidade para as escolas”, avalia o produtor. “Sem a cooperativa, eu já teria desistido da roça.”

O volume de bananas que ele fornece não é pequeno. Por mês, saem do Sítio Três Irmãos seis toneladas da fruta. Ao todo, ele fornece 300 caixas com 23 kg de bananas cada. Por mês, a atividade garante rendaédia de R$ 3,5 mil.

Segundo o engenheiro, as chamadas públicas para atender as escolas ano que vem já foram fechadas.

Em 2014, o Governo do Estado

Josi Costa [email protected]

Programa garante alimento de qualidade nas escolas. — FOTO: DIVULGAÇÃO

no campo. De acordo com os números

divulgados pela Coafam, em 2010 foram comercializados R$ 44 mil em alimentos direto do campo. No ano seguinte, o volume de negócios saltou para R$ 255 mil e em 2014, R$ 2 milhões. Segundo Righetti, estima-se que este ano a comercialização feche com R$ 2,5 milhões.

As chamadas públicas para comercialização dos produtos ‘in natura’ e agroindustrializados são feitas junto à Secretaria de Educação do Estado do Paraná (Seed) e prefeituras de Sarandi e Mandaguaçu.

O escritório da entidade fica em Mandaguaçu e mantém polos organizados em Colorado, Paiçandu e Sarandi. Os cooperados produzem leite e derivados pasteurizados, ovos, frutas, verduras e legumes, mel e avicultura de postura, entre outros.

A estrutura junto aos cooperados conta com sete panificadoras, uma fábrica de polpa de fruta e outras três

indústrias de doce de frutas.

O rei da banana Desde que se tornou cooperado,

comprou R$ 47 milhões de alimentos de pequenos produtores por meio do Fundo Nacional de desenvolvimento da Educação (FNDE).

Os 205 cooperados atendem as escolas de Mandaguaçu e Sarandi e cerca de 20 mil alunos da rede estadual da região de Maringá. Para se tornar cooperado, o produtor deve procurar uma cooperativa e buscar informações na Coafam.

Mais informações sobre o programa no telefone 44-9884-5741

Emerson Calói fornece 6 toneladas de bananas por mês. — FOTO: DOUGLAS MARÇAL

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q De carro ou a pé?

p Beneficios : Um desejo de consumo de muitas pessoas que moram nas médias e grandes cidades, hoje em dia, é deixar o carro em casa e ir para o trabalho a pé. Essa caminhada faz bem para a saúde do corpo, da mente e do bolso.

Um carro para dois habitantes Se a frota continuar nesse ritmo, não demora muito e a cidade terá de adotar estacionamento rotativo

Desde novembro, as 23 ruas da área central de Mandaguaçu passaram a ter sentido único. A avenida principal, Bento Munhoz da Rocha, ganhou dois novos semáforos, caminhões, ônibus e tratores não podem mais circular pelo centro.

As mudanças são a primeira fase da etatpa do Projeto Mandaguaçu Sete Vias. Segundo o prefeito, Ismael Fouani, a mudança na engenharia de tráfego foi necessária em razão do aumento da frota. Números recentes divulgado pelo Detran indicam que a frota registrada no município está perto de 12 mil veículos.

O engenheiro Nivaldo Martelosso, do Departamento de Obras do município disse que o trânsito na área central estava conturbado. “O projeto viário de Mandaguaçu, sem cruzamentos com a avenida principal, é bom, mas ficou superado diante do crescimento da frota de veículos nos últimos anos”, diz.

Um dos pontos do projeto que encontrou oposição foi a proibição do tráfego de caminhões, ônibus, máquinas pesadas e carroças ao longo da Avenida Munhoz da Rocha. “É impossível fazer uma mudança e agradar todo mundo, mas eu posso dizer que numa escala de zero a dez temos a provação de 80% da população. A mudança era necessária”, insiste o engenheiro.

Ele afirma tudo foi feito após conversa com lideranças da Associação Comercial e Industrial (Acimam).

Semáforo Ainda nas mudanças na área central,

o engenheiro comenta que há estudos para implantar um semáforo na segunda rotatória no sentido Maringá-Paranavaí. “Queremos resolver os problemas no centro para, em seguida, cuidar também dos bairros”, comenta Martelosso.

De acordo com a mudança, fica permitida a passagem destes veículos somente para carga e descarga entre 6h30 e 9 horas, no trecho entre o trevo de saída para Maringá até a segunda rotatória do entroncamento das ruas Gastão Vidigal, Antônio Batista Ribas

São quase 12 mil veículos em Mandaguaçu, para uma população de pouco mais de 21 mil habitantes. — FOTO: GUSTAVO LANG

e Presidente Vargas e também no trecho compreendido entre o trevo de saída para Paranavaí até a Rua Custódio Perioto.

Apesar de ser uma cidade de pequeno porte, Mandaguaçu tem uma das maiores frotas do Estado do

Paraná, se levar em conta o número de habitantes. São quase 12 mil veículos para uma população de aproximadamente 21 mil pessoas.

Nova mão As ruas com novo sentido a partir

de domingo são a Sete de Setembro, Duque de Caxias, Ruy Barbosa, Santos Dumont, Juventino Beraldi, Antonio Batista Ribas, Rocha Loures, Bernardino Bogo, 14 de Dezembro, Benício Niza, da Saudade, Heróis de Monte Castelo, São Lourenço, Dr. Dimas da Rocha, Presidente Kennedy, Paraná, Luis Lonardoni, São Vicente, Castro Alves, Gastão Vidigal, Tibiriçá e Bahia.

Frota desacelera O ritmo de crescimento da frota

de veículos no Paraná diminuiu em 2014, em relação a 2013. Em 2014

y Josi Costa [email protected]

foram incorporados à frota 330 mil novos veículos, contra 361 mil novas unidades emplacadas em 2013.

Apesar da desaceleração, o Estado ainda mantém a terceira maior frota do País. As dez cidades que têm as maiores frotas do Estado são Curitiba (1,3 milhão); Londrina (354 mil); Maringá (295 mil); Cascavel (199 mil); Ponta Grossa (177 mil); São José dos Pinhais (168 mil); Foz do Iguaçu (153 mil); Colombo (111 mil); Guarapuava (89 mil) e Toledo (87 mil).

Com uma frota que equivale a um veículo para cada dois moradores, não demora muito e o sistema de estacionamento rotativo, que ajuda a democratizar o uso de vagas na área central, será necessário. A matemática é simples: a frota aumenta, mas o espaço para carros é o mesmo.

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As famílias recebem um salário mínimo (R$ 788) da cooperativa e o rateio da venda dos reciclados Adalberto Wlilian Ferracini Secretário do Meio Ambiente

Ao reciclar, Mandaguaçu faz a lição de casa Com quatro meses de implantação, cooperativa de separação e reciclagem de lixo gera emprego e renda para famílias pobres da cidade

Uma bituca de cigarro ou um chicletes jogados no chão podem levar cinco anos para se decompor. O alumínio de uma lata de refrigerante, por exemplo, pode permanecer no solo por até 500 anos -n e um pedaço de isopor ninguém sabe ainda quanto tempo pode levar para se deteriorar.

A lista de poluentes que se acumula nas ruas ou nos aterros sanitários é vasta. E os impactos ambientais, incalculáveis.

Em Mandaguaçu, a instalação de uma cooperativa para separação e reciclagem está protegendo o meio ambiente e gerando emprego e renda para dez famílias de baixa renda.

O trabalho é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e funciona desde setembro, em uma área na saída para Ourizona. Em três meses de funcionamento, aproximadamente 130 toneladas de lixo reciclável que iria para o aterro teve como destino a cooperativa.

Segundo o secretário Adalberto Wilian Ferracini, o trabalho já começou com a estrutura adequada para essa capacidade e garante cerca de dois salários mínimos por família. As famílias recebem um salário mínimo da cooperativa e o rateio da venda dos reciclados.

O trabalho nem bem começou e já

Cooperativa é exemplo para outros municípios do Brasil. — FOTO: GUSTAVO LANG

yexiste lista de espera de pelo menos 25 catadores. Para essa ampliação seria necessário aumentar a frota de coleta.

Com aproximadamente 23 mil habitantes, a população de Mandaguaçu gera cerca de 16 toneladas de lixo por dia. Desse volume, cinco toneladas são de lixo que pode ser reciclado. “Antes, tudo isso ia parar no aterro. Hoje, além de diminuir o impacto ambiental, estamos conseguindo transformar lixo em renda para famílias carentes”, avalia o secretário do Meio Ambiente.

Os catadores Oportunidade No barracão, na saída para Ourizona, os caminhões de coleta despejam os materiais, que são separados e preparados para a venda. As famílias que trabalhavam disseram que a

Josi Costa [email protected]

inciativa da criação da cooperativa é boa e importante para eles para garantir trabalho e renda, mas não quiseram se identificar.

Ainda segundo uma das cooperadas, para cada três quilos de reciclados levados até lá, apenas um se torna produto para venda, porque a maioria se torna descarte.

Reciclar é básico O projeto implantado em Mandaguaçu para dar destino adequado para boa parte do lixo produzido na cidade inclui o município entre os poucos que tratam o assunto com responsabilidade.

A maioria dos países tem essa preocupação, apoia programas ambientais e, consequentemente, de reciclagem.

No Brasil, de acordo com a associação sem fins lucrativos Cempre (Compromisso Empresarial

para Reciclagem), o faturamento das cooperativas de catadores cresceu 311%, com ganhos de produtividade que superam 50% entre 2010 e 2014.

Um dos próximos passos para manter esse progresso é a formalização da atividade desempenhada pelos catadores. Mesmo o Brasil tendo mostrado iniciativas reconhecidas por órgãos internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ainda há muito a se fazer.

Cada brasileiro produz, em média, 383 quilos de lixo por ano. Todo esse lixo chega a 63 milhões de toneladas, ao final de cada ano. A quantidade de lixo cresceu 21% só na última década, mas o tratamento adequado dado a esses resíduos não aumentou.

Em 2012, apenas 18% dos municípios brasileiros possuíam coleta seletiva. Mandaguaçu está entre eles, com muito orgulho.

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que desafogará o trânsito na rodovia. Acredito que os acidentes na rodovia deverão reduzir substancialmente”, disse o prefeito de Mandaguaçu, Ismael Ibrahim Fouani (PSD).

No total, de acordo com a Viapar, serão utilizadas 72 mil toneladas de massa asfáltica, 54 km de canaletas para esgotamento de água, 5,4 km de bueiros e 470 metros quadrados de placas para sinalização vertical.

Cerca de 8,5 mil veículos passam diariamente pelo pedágio de Presidente Castelo Branco, segundo a Viapar.

Acredito que os acidentes na rodovia deverão reduzir substancialmente” ISMAEL IBRAHIM FOUANI Prefeito de Mandaguaçu

Duplicação em andamento Obras no trecho da BR-376 entre Mandaguaçu e Nova Esperança devem custar R$ 130 milhões

A duplicação de 22,6 quilômetros da BR-376, entre Mandaguaçu e Nova Esperança, na região de Maringá, segue a pleno vapor. A Viapar informou que a obra, orçada em R$ 130 milhões, deverá ser concluída em dezembro de 2016.

De acordo com a Viapar, que administra a rodovia, no trecho serão construídos 10 viadutos que vão atender “uma antiga demanda dos municípios

A duplicação deve ser entregue até o final do ano que vem. — FOTO: DIVULGAÇÃO

ypor segurança” nos trevos de Atalaia, Presidente Castelo Branco, Mandaguaçu e Nova Esperança.

A entrada das cidades será por baixo da rodovia. Somente em Mandaguaçu serão cinco viadutos.

“Anos atrás, quando houve a duplicação entre Mandaguaçu e Maringá, tivemos um salto no desenvolvimento da cidade com a facilidade no acesso. Agora, nesta primeira etapa até Nova Esperança vai melhorar bastante e no futuro até Paranavaí, ainda mais. Sem contar

Da Redação [email protected]

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24 I MANDAGUAÇU ECONOMIA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

q Nossos serviços

p Assessoria e Consultoria Contábil, com uma equipe treinada para efetuar assessoria e consultoria nas áreas Fiscal, Recursos Humanos, Contabilidade e legalizações . Mais informações acesse: www.alvoradaescritorio.com.br

Contador: necessidade básica Burocracia e rigor fiscal devolveram status aos contadores. Escritório Alvorada é referência na área

Antigamente, quase todas as escolas de ensino médio ofereciam o curso de Ciências Contábeis como única opção, nesse grau de ensino.

Meninos faziam esse curso e as meninas, Magistério, Era simples assim. As mulheres iriam para a escola e eles para os escritórios.

A cultura que se perdeu por alguns anos, volta com mais força, e os cursos nessa área estão entre os mais procurados nas universidades e faculdades.

O contador Anísio Luiz Ré tem um grande escritório em Mandaguaçu, onde presta serviços para empresários como contador, para auxiliar e cuidar do controle financeiro.

Escritório Alvorada — FOTO: ARQUIVO PESSOAL

“Hoje é praticamente impossível o empresário cuidar disso sozinho, em razão da enorme burocracia e rigor fiscal”, explica. Mesmo os profissionais liberais, segundo ele, correm risco ao abrir mão de um contador.

“Os riscos são grandes. A falta de informação pode gerar multas altas”,

alerta. Nesse caso, Imposto de Renda e recolhimento junto ao de Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) são os tributos mais complicados.

Na lista de clientes, ele comenta que a maioria está com ele há muitos anos. O Escritório Alvorada existe há 64 anos, segundo ele. Hoje, Anísio conta com a ajuda de 25 colaboradores.

Se por um lado a informatização veio para agilizar processos, da mesma forma, quando dá problema o trabalho não evolui. “Hoje, 90% da rotina, no mínimo, é informatizada. Se a internet parar, o escritório para”, comenta.

Serviços O Escritório Alvorada é referência em Mandaguaçu e região para todos os serviços da área contábil. Entre eles, informações e suporte técnico aos departamentos já existentes na

y Da Redação [email protected]

empresa, por meio de visitas periódicas para verificação, acompanhamento e elaboração de relatórios.

Além disso, o Escritório Alvorada também presta atendimento presencial nas empresas e a equipe de contadores também assiste aos clientes por telefone.

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ECONOMIA MANDAGUAÇU I 25O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Vocação para fazer cidades Loteadora Lopes urbanizou 11 loteamentos e o interesse pelo município motiva novos lançamentos

Municípios da região metropolitana se tornaram atraentes para quem quer realizar o sonho da casa própria. Por ser uma cidade tranquila e próxima de

Maringá, Mandaguaçu é uma delas. Nos últimos anos, o município ganhou 11 novos loteamentos, para a urbanização de dois mil novos terrenos, área suficiente para uma cidade.

A Loteadora Lopes é uma das principais responsáveis pela expansão imobiliária do município. Segundo o empresário Valdeci da Silva Lopes, 66 anos, desde 1997 foram loteados os jardins Bela Vista 1 e 2, que já estão praticamente ocupados. Vieram também, nesse período, os jardins

Valdeci Lopes é homenageado por ajudar a cidade a crescer — FOTO: DIVULGAÇÃO

Palmares, Paraíso, Nova Aliança, Residencial Amanda, Chácaras Monte Alto e Jardins Cairiri e Novo Horizonte, entre outros.

Os lotes tem 266 metros quadrados e são comercializados a R$ 60 mil. Já estão á venda, também, lotes nos jardins São Marcos, Paulista, Estábile e Santa Isabel.

Credibilidade Os 18 anos de trabalho renderam ao empresário o título de Cidadão Benemérito do município. “Os vereadores entenderam que eu ajudei a cidade crescer e com isso outros setores também se beneficiaram.”

Antes de investir nesse mercado, Lopes trabalhou e se aposentou como tabelião em Mandaguaçu. “Tem muita gente de Maringá vindo para cá”, diz, apontando o perfil de compradores.

y Da Redação [email protected]

Em 18 anos, 2 mil terrenos

urbanizados e praticamente

ocupados. — FOTO: DIVULGAÇÃO

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26 I MANDAGUAÇU ECONOMIA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Mais de 100 eventos em um ano Empresário é referência em serviço de buffet na cidade e fecha 2015 com excelentes números

Na contramão de outros de outros tipos de negócio, o mercado de festas vai muito bem. Pelo menos esse é panorama divulgado, recentemente, pela Associação Brasileira de Eventos Sociais (Abrafesta). A entidade mapeia o cenário brasileiro.

Os indicadores apontam que o setor de festas e cerimônias atingiu R$ 16,8 bilhões no ano passado. E a região Sul aparece entre as mais festeiras com desempenho de R$ 2,9 mil, em 2014.

O empresário Cláudio João Pechek contribuiu com essas Salão de festas para 400 pessoas é diferencial. — FOTO: DIVULGAÇÃO

Da Redação [email protected] y

estatísticas e vai fechar este ano com pelo menos 100 eventos entre festas e confraternizações. O buffet Zapp está no mercado há mais de uma década em Mandaguacú e, segundo ele, já conquistou respeito e credibilidadeo.

Tudo começou com o restaurante que leva o mesmo nome, instalado há 15 anos no centro da cidade.

Para atuar e se consolidar em uma área tão exigente e competitiva, o empresário construiu seu diferencial. Enquanto muitos concorrentes enfrentam a limitação de espaços físicos, ele tem salão próprio, dentro da AABB, com capacidade para receber 400

convidados. Para atender os mais

diferentes perfis de cliente, ele mantém cardápios que vão de R$ 40 a R$ 100 por pessoa . O buffet emprega 20 funcionários e ajuda a gerar outros 30 empregos indiretos.

Embora se orgulhe de ter se tornado referência em boas festas em Mandaguaçu e região, ele entende que é preciso inovar sempre.

“ O desafio é você manter o lugar que conquistou. É preciso inovar e investir sempre.” Outro diferencial destacado por Pecheck é a ajuda da esposa, Carla. Formada em Gastronomia, ela dá um toque mais que especial ao cardápio.

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MANDAGUAÇU I 27O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

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28 I MANDAGUAÇU ECONOMIA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Um shopping a céu aberto Cidade tem comércio dinâmico e Acimam faz promoções o ano todo para atrair e fidelizar clientes

Desde que as primeiras lojas se instalaram em Mandaguaçu, Primavera, Bangu e Vera Cruz, o perfil do consumidor mudou muito. Se passou meio século e muitas delas ainda precisam vender fiado para não deixar o estoque parado. Porém, esse mesmo cliente compara o preço praticado na cidade com as grandes lojas e shoppings de Maringá.

Há 28 anos, o empresário Gilberto Tescano mantém uma loja numa esquina da avenida Bento Munhoz da Rocha. Ao visitar o local e conferir qualidade dos artigos, atendimento e aspecto visual, percebe-se que ele já entendeu e adotou esse novo conceito.

Ele trabalha com multimarcas Tescaro: o antigo moderno. — FOTO: GUSTAVO LANG

distribuídas numa área ampla e arejada e emprega a família e outros colaboradores. O segredo para ser, ao mesmo tempo, apontado como antigo e oferecer o moderno aos clientes, está na atitude.

“Eu abro a loja todos os dias, às 7h30, como se fosse o primeiro dia. E procuro aprender sempre. Cada dia é uma história e é preciso trabalhar com dedicação”. Setenta por cento das vendas são feitas por crediário próprio.

Dono de uma papelaria na cidade, Márcio Aquaroni Navachi é consultor de empresas, credenciado pelo Sebrae. Segundo ele, ser competitivo se tornou necessidade básica de todo comerciante para evitar a fuga de fregueses para centros maiores.

“Para competir com as grandes papelarias passei a comprar dos mesmos fornecedores deles”, conta. “O

cliente não é bobo. Ele sabe quanto o produto custa”.

Associação A Associação Comercial e Industrial de Mandaguaçu (Acimam) tem 181 associados. Navachi é associado e ex-presidente da entidade e, para ele, fazer parte da associação é tem execelente custo-benefício.

Ele comenta ainda que as promoções do comércio, inclusive nas pequenas cidades , se tornaram uma estratégia importante para aquecer e dinamizar as vendas. Além das promoções em datas sazonais, como Natal e Dia das Mães, durante todo ano a Acimam mantém um calendário de atividades e promoções para incentivar o cliente a fazer suas compras na cidade. “Eu só compro em Maringá o que não encontro aqui”, afirma o comerciante.

y Josi Costa [email protected]

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PERFIL MANDAGUAÇU I 29O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Aposentar nunca! Tapeçaria e funerária são negócios mantidos por dois irmãos, no mesmo lugar, desde os anos 70

Aposentar sim, parar de trabalhar nunca. É mais ou menos assim que pensa Júlio Semxexem, 64 anos.

Com apenas 23 anos, ele montou, junto com o irmão Lauro, dois serviços essenciais e que continuam tão ou mais atuais do que eram na década de 70.

Em duas portas, pertinho da prefeitura, na Rua Bernardino Bogo, eles passam o dia reformando sofás. Serviço não falta e tudo é feito em família.

“Tenho cliente que já está na terceira

Não falta serviço para a máquina antiga do seo Júlio. — FOTO: GUSTAVO LANG

fala dos filhos. Pâmela, 26 anos, passou em um concurso público. “Trabalha na Justiça Federal do Rio de Janeiro”, conta ele, cheio de orgulho.

Júnior, que ajuda na tapeçaria, e Murilo, o caçula, ainda estão por perto e trabalham em empresas de Mandaguaçu.

Foi com o pequeno comércio que

mantém até hoje que criou e estudou os filhos.

Para quem acha que Mandaguaçu já tem comércio suficiente e que pouco tem pra ser explorado, o comerciante dá uma dica, em tom de reclamação.

“O mais difícil aqui é que em quase tudo a gente depende do comércio de Maringá”.

yreforma”, orgulha-se o tapeceiro. E com razão, cliente fiel hoje em dia é coisa rara.

Bico Mas a reforma de sofás não é o único negócio da família. O prédio da tapeçaria divide espaço com uma funerária.

Perguntado se o ‘movimento’ é grande nessa outra empresa Júlio, rindo, revela: “É só um bico. São cinco ou seis sepultamentos por mês”.

Para o aposentado, o trabalho é o jeito de “manter a cabeça ocupada e não ficar contando o tempo que passa”.

Os olhos do tapeceiro brilham quando

Josi Costa [email protected]

POR QUE VOCÊ GOSTA DE MORAR EM MANDAGUAÇU? r

“Moro aqui há 25 anos e gosto muito pela tranquilidade. Aqui eu criei minha filha e hoje ajudo criar meus dois netos” Sebastiana de Souza Aposentada

“ Toda semana venho visitar meus sogros. Quero fugir da correria do trânsito e das filas de Maringá. Aqui é muito sossegado” Zilmar da Silva Pintor automotivo

“Eu vim de São Jorge do Ivaí há quatro anos e gosto daqui porque é melhor do que lá. Vim para trabalhar e fiquei” Viviane Gomes Gerente

“Gosto de Mandaguaçu porque é uma cidade sossegada,. Eu moro no centro. Tudo que eu preciso é perto”

David Tailan Fernandes, Gerente de supermercado

“Moro aqui há 40 anos. Fui embora mas senti saudade e voltei. Aqui estão meus amigos”

Aromar José da Silva Vigilante

“Moro aqui há muitos anos e conheço todo mundo. É muito bom viver onde a gente se sente querida” Maria Celita Xavier Aposentada

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30 I MANDAGUAÇU PERFIL O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Alegria na vida muda tudo Sorrir, viver em grupo e evitar o isolamento são segredos para se manter naturalmente jovem

Os brasileiros estão vivendo mais e buscando melhor qualidade de vida, para envelhecer com a mente saudável e o corpo também. O estresse das grandes cidades, a correria da vida moderna para dar conta de tantas tarefas são um estilo de vida que nunca fez parte da rotina da aposentada Antônia Bôrtolo, a “Toninha”.

Esse pode ser um dos motivos que ajuda a esconder sua idade - 68 anos, mas ninguém diz que é isso.

Em Mandaguaçu, ela cresceu, se casou e teve dois filhos e três netos, após seus pais trocarem a Bahia pela cidade.

Toninha se orgulha ao contar que abriu mão de estudar e ter uma Toninha Bôrtolo. — FOTO: JOÃO PAULO SANTOS

carreira para criar os filhos. Enquanto se dedicava eles, ajudava

na comunidade, mais voltada a atividades na igreja católica onde se casou.

Hoje ela é cantora do coral da cidade. Nem de pertinho essa baiana mostra a idade que tem. Às gargalhadas, ela admite: “Sabe que até já me acostumei? Ninguém acredita que eu tenho essa idade.”

Conselhos Afinal, como uma avó consegue se manter tão jovem, corpo e mente? Toninha contra que o segredo não está fora, mas dentro.

“Eu procuro estar sempre de bem com a vida. Não penso em doenças, nem fico tomando remédios porque a maioria das doenças está na cabeça. Eu procuro viver em grupo. Evito

o isolamento porque viver isolado deprime”, aconselha.

Toninha gosta de cantar e se juntou ao coral da cidade, Raízes, onde canta, brinca e se diverte com amigos e amigas semanalmente. Gente mal humorada e de mal com a vida não faz parte do rol de amizades dessa baiana ‘arretada’. “É preciso ter alegria na vida. Ninguém merece gente de cara amarrada”, insiste.

Beleza natural Viver numa cidade tranquila também ajudou a fazer dela uma exceção. Segundo o Instituto brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a expectativa de vida para os homens é 71,2 anos. Para as mulheres é 78,8 anos. A expectativa de vida do brasileiro sobiu 12,4 anos entre 1980 e 2013, ainda segundo o IBGE.

y Josi Costa [email protected]

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PERFIL MANDAGUAÇU I 31O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

’Tá acabando’ deixou saudade Popular em Mandaguaçu, Luiz Grossi se despediu da cidade há dois meses, vencido por um câncer

Toda da cidade pequena tem figuras populares que se tornam ilustres e fazem história pela autenticidade. Em Mandaguaçu, quase ninguém sabe dizer quem é Luiz Grossi. Mas o ‘Tà acabando’ todo mundo conhece. Ele mesmo não pode contar a própria história, porque depois de muita luta foi vencido por um câncer. Sua morte é recente, as pessoas lamentam, mas ele continua muito vivo na memória da cidade.

“Ele descia essa avenida sem camisa gritando ‘tá acabando, tá acabando’ com as verduras na carroça”, conta o comerciante Claudemir Prodevidello. Hoje, Claudemir é dono de um supermercado na cidade, mas quando Luiz, o ‘Tá acabando’. — FOTO: ARQUIVO PESSOAL

era criança trabalhou no armazém que ‘Tá acabando’ mantinha com a família. “Era um cara muito divertido, só andava sem camisa e brincava e ria o dia todo”, lembra o amigo, sem esconder a saudade.

Simples Para saber mais sobre ‘Tá acabando’ fomos até a sobrinha Edlaine Grosso.

“Meu tio era muito querido. Muito trabalhador. Uma pessoa sem luxo, tão simples que no caixão era possível ver as unhas ainda sujas de terra”, lembra, emocionada.

Ele cultivava uma hora em uma chácara perto de Mandaguaçu e todos os dias ia para a cidade vender. “Ele ficou doente, mas lutou muito. Foi muito forte. Nem ele sabia que estava com uma doença tão grave. Achava que ia voltar do hospital, mas não

voltou. Eu sinto muita falta dele.” Ao lembrar o jeito despojado do

‘Tá acabando’, Edlaine não contém o riso. “Ele só andava sem camisa e era muito engraçado”, lembra. Em sua simplicidade, ‘Tá acabando’ adotou uma técnica de venda inteligente e eficiente porque as pessoas sempre querem a mercadoria que está escassa.

O homem simples também sabia que vender alimentos é um negócio certo, porque ninguém vive sem comer.

E mais inteligente ainda porque preferiu sujar as mãos na terra e cultivar os alimentos que ia vender para não depender de atravessadores e garantir um lucro maior. ‘Tá acabando’ fez história na cidade. E o carinho com que as pessoas falam dele deixa a certeza que o barulho dele e da carroça vão permanecer vivos na memória de muita gente.

y Josi Costa [email protected]

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32 I MANDAGUAÇU PERFIL O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

O colecionador de histórias Há cinco anos trabalhando numa banca de esquina, comerciante ouve ‘conversa fiada’ o dia inteiro

Quem quer contar uma história nunca pergunta se o outro está disposto a ouvir. E é por isso que Luiz Gonçalves, 65 anos, dono de uma banca numa esquina movimentada de Mandaguaçu, coleciona uma porção delas.

“Eu escuto conversa fiada o dia todo. Assisto briga de marido e mulher, vejo de tudo e dou risada sozinho. Dá pra escrever um livro”, afirma.

Há cinco anos, quando ele comprou a banca, o interesse por produtos como revistas, gibis e cruzadinhas era bem maior. De lá pra cá, com a digitalização e a preferência dos leitores pela tela do celular, as vendas caíram bastante, segundo ele. Vamos fechar banca

Gonçalves: ideias para turbinar o negócio. — FOTO: GUSTAVO LANG

seo Luiz? Nada disso. Experiente no comércio, porque já teve uma lanchonete na cidade, ele resolveu se atualizar e dançar conforme a música.

Ele conta que já vem há algum tempo estudando como tornar sua banca mais atraente e voltar aos bons tempos. Cheio de planos, em vez de fechar ou vender a banca, seo Luiz pretende ampliar o negócio. Além de revistas, livros, doces e outros produtos, vai oferecer bebidas e comida rápida para atender trabalhadores do comércio e quem visita a cidade. Se depender de disposição, em 2016 ele inaugura sua loja de conveniências e trabalho não vai faltar.

Aposentar? será? Prestes a fazer 66 anos, ele conta que pela vontade do filho venderia

a banca e viveria da aposentadoria e outras rendas, já que não depende economicamente do negócio. Mas a ideia de ficar em casa parado, bem diferente da vida que tem hoje, não parece para ele um bom negócio.

A reforma vai obrigá-lo a aprender a usar a Internet. Por gosto ele disse que não queria porque percebe o mal que o celular às vezes causa. “Ninguém conversa mais. Antes a gente sentava pra almoçar. Hoje em dia, cada um pega o prato e o celular e vai para um canto da casa”, lamenta.

Para ele, o celular não só cortou o diálogo mas tornou o relógio um objeto obsoleto. “Observe que ninguém mais usa relógio. A não ser como joia”, diz.

Seo Luiz é casado, tem um filho e dois netos. E sua banca fica a alguns passos de casa.

y Josi Costa [email protected]

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ESPORTE MANDAGUAÇU I 33O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

De jogador a professor Ex-atleta alerta que, para se dar bem no futebol, a criança precisa de incentivo e apoio dos pais

Com capacidade para treinar 120 atletas, em categorias de base de nove a 17 anos, a Escola de Futebol de Mandaguaçu é o orgulho do ex-jogador Nivaldo Lonardoni. O currículo dos clubes por onde passou está fresco na memória. Foram oito anos em campo, entre 1976 e 1985, em clubes de Maringá, Londrina, no Paulista de Jundiaí (SP), Caldêncio de Minas

Escola de Futebol: crianças aprendem sobre o esporte e a vida. — FOTO: J. C. FRAGOSO

Ao falar em frequência aos treinos, que são diários (quando não chove), o professor admite que nem todos se sentem seduzidos pelo campo. A desistência é de aproximadamente 10% e o motivo, sempre o mesmo. “A gente percebe que os meninos que desistem são de famílias muito pobres, que os pais não acompanham. Infelizmente”, lamenta Nivaldo.

Ao falar dos garotos que já passaram

pela escola e que conseguiram seguir carreira em clubes profissionais, ele cita Fernando de Souza, do Atlético de Minas e Joni (Itamar) que jogou no PSTC de Londrina e no São Paulo. Mas não é isso que faz a maior alegria do professor. Ele diz se orgulhar por conseguir manter a escola por trinta anos.“Fico muito feliz em ver hoje que tenho na escolinha filhos de ex –alunos meus”, finaliza.

yGerais, Umuarama e Apucarana.

A partir dali, Nivaldo passou a ensinar o que aprendeu em campo. Há 30 anos ele se dedica a uma escola de futebol que vem mudando para melhor a vida de muitas crianças e jovens. “O esporte prepara o homem para o amanhã, para a família e para a escola, sem contar com o próprio valor agregado que o esporte já tem”, explica Nivaldo.

Ele conta que, ao começar a frequentar a escola de futebol, o comportamento da molecada muda.

Josi Costa [email protected]

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34 I MANDAGUAÇU ESPORTE O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Eu tinha muita vontade de encontrar projetos para complementar o contraturno escolar. E deu muito certo. Denise Maria Borghi Fouani Coordenação da Ação Social e primeira-dama

O Paranauê da mudança Aulas de capoeira ajudam a mudar a vida de crianças e adolescentes. Tem até mãe no projeto

O som do berimbau e as músicas que embalam a capoeira têm atraído crianças, adolescentes e até mães para as aulas que são ministradas, de graça, pelo mestre mestre Sanches (professor Eduardo Vicente de Costa), no Departamento Social de Mandaguaçu.

Se para os pais se tornou uma tarefa difícil, e em muitos lares quase impossível, educar os filhos, na capoeira

Em cada treino, um show de de ginga e muita descontração. — FOTO: JOSI COSTA

Mudança Cristofer Azevedo, 17, treina há quatro meses e já sentiu a vida mudar. “Antes eu vivia na rua, chegava tarde em casa e andava em outras companhias”, conta. “Hoje, tudo mudou e as companhias são outras. A capoeira está no meu sangue”.

A costureira Sueli Alves Nunes, 34 anos, faz aulas junto com os filhos.“A capoeira me ajudou a superar minha separação. Eu tinha muitas dores nas costas e hoje não sinto mais. Foi muito bom entrar para o grupo. Eu pretendo ficar”, garante.

ya consciência do respeito ao próximo acontece de forma muito natural. “Tenho casos de alunos que antes de vir pra capoeira eram rebeldes e agressivos em sala de aula. Chutavam carteiras e agrediam o professor. Aqui eles mudam 100%”, comemora mestre Sanches.

Kailane Aparecida Lopes da Silva, 11 anos, é a caçula da turma e chegou no gripo com apenas três.

“Quero ser mestre de capoeira”, sonha a menina. Kailane tem outros quatro irmãos, é filha de pedreiro e a mãe é dona de casa.

Josi Costa [email protected]

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CULTURA MANDAGUAÇU I 35O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

“A música faz parte da minha vida. Sem ela, eu não saberia viver.” Tercícilio Men Regente e gaiteiro do Coral Raízes

q Quem canta...

pCantoterapia A arte de cantar incentiva a vida social porque facilita fazer e manter amigos. Na terceira idade a música estimula a memória e o raciocínio, previne a tristeza e a depressão e eleva autoestima. O Coral Raízes, de Mandaguaçu se apresenta em eventos na cidade e na região.

Para cantar e encantar Grupo de amigos da terceira idade se reúne para espantar a tristeza em projeto musical

Um encontro com a trilha sonora dos tempos em que as rádios eram as ‘vedetes’ da comunicação e nem se falava em Internet.

Pode-se definir assim o Coral Raízes, projeto musical de um grupo da terceira idade de Mandaguaçu. Com repertório que vai de Beijinho doce, de Tonico e Tinoco, a outros clássicos de artistas mais modernos, Chitãozinho e Xororó, por exemplo, um grupo de cantores de Mandaguaçu encanta não apenas nos eventos locais, mas em todos os lugares onde se apresenta. Ao som do acordeon de Tercílio Men, homens e mulheres que chegaram na maturidade cantam e brincam enquanto ensaiam para cumprir a agenda de apresentações.

Coral Raízes: só alegria! FOTO: JOÃO PAULO SANTOS

coral me traz muita alegria, não me deixa ter depressão e me tira de casa toda quinta-feira”, conta a aposentada Páscoa Rose Garbi Dourado, de 70 anos. Para José Acorsi, 69 anos, a música relaxa a mente e o ajuda a viver

melhor. Esbanjando saúde, talento e simpatia, o coral tem o comando do acordeonista Tercílio. “A música faz parte da minha vida. Sem ela eu não saberia viver. É um vício bom”, brinca o gaiteiro.

Em clima de alegria e descontração, os frequentadores encontraram no grupo motivos de sobra pra sair de casa e socializar. Para os idosos, o coral é um santo remédio, com ensaios semanais mas de efeito duradouro. “O

y Josi Costa [email protected]

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36 I MANDAGUAÇU CULTURA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Desde que eu comecei fazer as aulas de circo minha vida mudou muito. E mudou para melhor. Andressa Jordão Aluna e moradora da Vila Guadiana

q Aulas de graça!

p Todo mundo pode! As aulas de circo são de graça e acontecem no Departamento Social de Mandaguaçu, às terças-feiras, das 9h às 11h e à tarde, Inscrições e mais informações no Departamento Social pelo 44- 3245-2754. Este ano, as aulas estão encerradas e retornam em 2016.

A vida é um circo Projeto social ensina arte circense a crianças e adolescentes de Mandaguaçu

Encantador. É o mínimo que se pode dizer sobre o projeto que ensina a arte circense, todas as manhãs e tardes de terça-feira, no Departamento Social de Mandaguaçu. As aulas são de graça e sem limite de idade. Movimentos com ritmo, leveza, força, flexibilidade, exatidão, equilíbrio e concentração fazem parte dessa arte que encanta crianças, adultos e idosos.

As aulas são ministradas pela professora técnica de circo, Raquel Cruz, 37 anos. Segundo ela, além de promover a cultura, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, velocidade, resistência e força muscular.

Aprender a trabalhar em grupo é outro grande aprendizado, porque nesse

Resistência e força. — FOTO: DIVULGAÇÃO

explica que, em princípio, as atividades combinam elementos de fortalecimento, aquecimento e alongamento, uma preparação física do aluno. Em seguida, evolui para rolamentos e saltos. Andressa Jordão, 16 anos, moradora

da Vila Guadiana e caçula de uma família de sete filhos, resume em poucas palavras o que o circo trouxe para a vida dela. “Desde que eu comecei a fazer as aulas minha vida mudou muito. E mudou para melhor”, afirma.

tipo de arte um aluno precisa do outro. Ainda de acordo com Raquel, as aulas não trazem aprendizados somente para os alunos, mas também para os professores. Ao falar sobre o método que utiliza nas aulas, Raquel

y Josi Costa [email protected]

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CULTURA MANDAGUAÇU I 37O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

Use e reuse! Numa sociedade onde quase tudo se tornou descartável - valores e prin-cípios inclusive -, abençoado é aque-le que enxergar o valor do antigo. Há mais de meio século, essa balan-ça cumpre sua utilidade numa ven-dinha na Vila Guadiana. Tão rústi-ca, tão simples e tão eficiente, mesmo em tempos de altíssima tecnologia. Nossos avós compravam as coisas para durar até acabar. Hoje em dia, quase tudo é descartável. Mais de 50 anos se passaram e essa balan-ça continua na ativa, pesando as fru-tas que alimentam a comunidade da Vila Guadiana. Incalculável o volu-me de alimentos que já passaram por seu prato... A boa e antiga balan-ça segue cumprindo seu papel, bem longe do ‘cemitério ‘. das coisas con-sideradas velhas, mas nem sempre inúteis. /// Josi Costa —FOTO: GUSTAVO LANG

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Janela de Fatos

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38 I MANDAGUAÇU O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

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CULTURA MANDAGUAÇU I 39O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ DEZEMBRO de 2015

ÁRIES

21 Mar-20Abr /// Áries é o p rimeiro signo astrológico do zodíaco, situado entre Peixes e Touro e associado à constelação de Aries. Seu símbolo é um carneiro. Palavras-chave que definem o Ariano: Iniciativa, Coragem

TOURO

21Abr-20Mai /// Situado entre Áries e Gêmeos e associado à constelação de Taurus. Seu símbolo é um boi. Forma com Virgem e Capricórnio a triplicidade dos signos da Terra. Palavras-chave que definem o Taurino: Escrupuloso, Paciente

GÊMEOS

21Mai-20Jun /// Situado entre Touro e Câncer e associado à constelação de Gemini. Seu símbolo é os irmãos gêmeos Palavras-chave que definem o Geminiano: Intelectual , Versátil , Inteligente , Indeciso, Cambiante , Superficial.

CÂNCER

21Jun-22Jul /// Situado entre Gêmeos e Leão e associado à constelação de Cancer. Seu símbolo é um caranguejo. Palavras- chave que definem o Canceriano: Simpático, Sensível, Artístico , Tímido, Impaciente , Indolente.

LEÃO

23Jul-22Ago /// Situado entre Câncer e Virgem e associado à constelação de Leo. Seu símbolo é um leão. Palavras-chave que definem o Leonino: Vitalidade, Nobreza , Generosidade, Afetuoso , Arrogante, Vaidoso , Dominador.

VIRGEM

23Ago-22Set /// Situado entre Leão e Libra e associado à constelação de Virgo. Seu símbolo é uma virgem. Palavras-chave que definem o Virginiano: Pureza, Analítico, Abnegado, Crítico , Cinismo , Medo de Doenças..

LIBRA

23Set-22Out /// Situado entre Virgem e Escorpião e associado à constelação de Libra. Seu símbolo é uma balança. Palavras-chave que definem o Libriano:Justo, Equilibrado , Sociável , Indeciso , Melancólico, Excesso de Complacência.

ESCORPIÃO

23Out-21Nov /// Situado entre Libra e Sagitário e associado à constelação de Scorpius. Seu símbolo é um escorpião. Palavras-chave que definem o Escorpiano: Poder de Cura , Ativo , Valoroso , Odioso, Violento , Vingativo.

SAGITÁRIO

22Nov-21Dez /// Situado entre Escorpião e Capricórnio e associado à constelação de Sagittarius. Seu símbolo é o centauro. Palavras-chave que definem o Sagitariano: Idealismo, Generosidade , Alegre , Dogmatismo .

CAPRICÓRNIO

22Dez-20Jan /// Situado entre Sagitário e Aquário e associado à constelação de Capricornus. Seu símbolo é uma cabra. Palavras-chave que definem o Capricorniano: Ambicioso, Prudente, Persistente, Equilibrado, Cruel Pessimista.

AQUÁRIO

21Jan-19Fev /// Situado entre Capricórnio e Peixes e associado à constelação de Aquarius. Seu símbolo é o aguadouro.Palavras-chave que definem o Aquariano:Humanitário, Intuitivo, Reformulador, Impulsivo.

PEIXES

20Fev-20Mar /// Situado entre Aquário e Áries e associado à constelação de Pisces.Seu símbolo é dois peixes.Palavras-chave que definem o Pisciano: Inspirado , Abnegado , Místico , Negativismo, Fantasias , Indolente.

POR GILDA TELLESHORÓSCOPO

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

ESCOLAS MUNICÍPAIS Ceebja de Mandaguaçú Centro Municipal de Educação Infantil Abelhinha Colégio Estadual Parigot de Souza Escola Estadual Prof Francisco J Perioto Escola Municipal Barão do Rio Branco Escola Municipal Gilson Bellani Escola Municipal Natalina Bernardes Bacchi Escola Municipal Oficina Vila Guadiana Escola Municipal Santo Carraro

COLETA DE LIXO Todos os dias na área central e em dias alternados nos bairros. BIBLIOTECA Rua Bernardino Bogo, 175 POSTO DE SAÚDE Pulinópolis Rua Copacabana, S/N Centro de Saúde de Mandaguacu Rua Bernadino Bogo, 175 Posto de Saúde da Guadiana Avenida Chapecó - s/n,

Posto de Saúde Sao Pedro Rua São Pedro, 415, Jardim Santa Rita Posto de Saúde Parque Ouro Verde Rua João C De Souza Centro de Saúde de Mandaguacu Rua Vereador Juventino Baraldi, 175, centro FEIRAS LIVRES Praça do Santo Carrarro, às segundas e quintas-feiras, a partir das 17h.

UTILIDADE PÚBLICA

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