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CLAUDIA ALANO GOULART O EFEITO DA CRIOTERAPIA APLICADA NA COLUNA LOMBAR NA DISMENORRÉIA PRIMÁRIA Tubarão, 2005

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CLAUDIA ALANO GOULART

O EFEITO DA CRIOTERAPIA APLICADA NA COLUNA LOMBAR NA DISMENORRÉIA PRIMÁRIA

Tubarão, 2005

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CLAUDIA ALANO GOULART

O EFEITO DA CRIOTERAPIA APLICADA NA COLUNA LOMBAR SOBRE A

DISMENORRÉIA PRIMÁRIA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Fisioterapia, como requisito à obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. Universidade do Sul de Santa Catarina

Orientador: Prof. Esp. Inês Almansa Vinadé

Tubarão, 2005

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CLAUDIA ALANO GOULART

O EFEITO DA CRIOTERAPIA APLICADA NA COLUNA LOMBAR SOBRE A

DISMENORRÉIA PRIMÁRIA

Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia e aprovado em sua forma final pelo curso de graduação em Fisioterapia. Universidade do Sul de Santa Catarina

Tubarão, 21 de novembro de 2005.

_______________________________________________________ Prof. Espec. Inês Almansa Vinadé

Universidade do Sul de Santa Catarina

_______________________________________________________ Prof. Espec. Melissa Braz

Universidade do Sul de Santa Catarina

_______________________________________________________ Prof. Espec. Karina Brongholi Petrocchi Universidade do Sul de Santa Catarina

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu pai, que sempre

esteve presente todos os dias durante esses

anos em que estava estudando e à minha mãe

que sempre que pode permaneceu presente me

ajudando e apoiando nas horas difíceis e nos

momentos bons e também a minha irmã e ao

meu namorado Humberto.

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AGRADECIMENTO

Primeiramente agradeço à Deus, sem ele não

seria nada. Agradeço a minha amiga Carla que

sempre ajudou procurando artigo e me apoiou

sempre para que concluísse este trabalho, à

minha amiga Bárbara, que sempre esteve ao

meu lado desde o inicio da faculdade, sempre

me ajudando, a minha família e a minha

orientadora Inês por todos os ensinamentos a

mim repassados.

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RESUMO

A menstruação é um sangramento genital periódico e temporário estendendo-se da menarca à menopausa, a dismenorréia primária é a mais comum não existindo anormalidades estruturais visíveis ou patológicas. É a maior causa de indisponibilidade na realização de atividades físicas e de estudos. A crioterapia é um método barato, de simples aplicação, pouco estudadas por nós fisioterapeutas e que vem demonstrando grandes resultados quando aplicada para alívio de dores, inclusive a dismenorréia primária. O objetivo principal deste trabalho foi analisar o efeito da crioterapia em mulheres com dismenorréia primária. Participaram desta pesquisa 11 (onze) mulheres, com dismenorréia primária, que não faziam uso de anticoncepcional, nem uso de qualquer outro tratamento que pudesse influenciar na cólica. A aplicação da crioterapia foi realizada no segmento de L3 à S1, e o local de realização da coleta foi na Clinica Escola de Fisioterapia da UNISUL, Tubarão (SC). Neste estudo foi aplicado um questionário para caracterizar a amostra e a escala visual análoga para quantificar a dor, após isso foi aplicada a crioterapia e novamente a escala visual análoga. Foram observadas alterações significativas no quadro álgico relatado por todas as pacientes. Concluímos que a crioterapia apresenta resultados positivos na dismenorréia primária.

Palavras chave: Dismenorréia primária; Crioterapia; Escala visual análoga de dor;

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ABSTRACT

Menstruation is a temporary, periodical genital bleed, extending from menarche to menopause. Primary menstrual colic is the most common and there are no visible and pathologic abnormal structures. It is the most common cause of dissociation in physical activities and studies. The criotherapy is the cheapest method and easy application, not so studied by physiotherapists, which is showing great results when applied to release pains as well as primary menstrual colic. The main objective of this paper it was to analyze the effect of criotherapy in women with primary menstrual colic. Eleven women with primary menstrual colic have taken part of this study without using pregnancy pills or any other treatment which could have relation to the colic. The application of criotherapy was done on the segment from L3 to S1 and the place that was done the collect was at Clínica Escola de Fisioterapia da UNISUL, Tubarão (SC). It was applied in this paper a questioner in order to characterize the sample and the analogue visible scale to quantity the pain, after that it was applied the Criotherapy again to that analogue visible scale. It was noticed significant alterations to the analogue scale related by all patients. We end up saying that Crioterapy presents positive results on primary menstrual colic.

Key words: Primary menstrual colic, Crioterapy, analogue visible scale for pain.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Períneo e órgãos genitais externos ..................................................................... 15

Figura 2 – Útero e anexos .................................................................................................. 19

Figura 3 – Inervação dos órgãos reprodutores femininos ..................................................... 21

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 12

2 CRIOTERAPIA NA DISMENORRÉIA PRIMÁRIA................................................ 14

2.1 Anatomia e fisiologia do aparelho genital feminino................................................. 14

2.1.1 Órgãos genitais femininos ...................................................................................... 14

2.1.1.1 Genitais externos................................................................................................... 14

2.1.1.2 Genitais internos.................................................................................................... 15

2.1.1.2.1 Ovários............................................................................................................... 16

2.1.1.2.2 Tubas uterinas .................................................................................................... 16

2.1.1.2.3 Útero .................................................................................................................. 17

2.1.1.2.4 Vagina................................................................................................................ 19

2.2 Sistema nervoso da pelve .......................................................................................... 20

2.2.1 Plexo lombar ............................................................................................................ 21

2.2.2 Plexo sacral .............................................................................................................. 21

2.2.3 Plexo pudendo......................................................................................................... 22

2.2.4 Plexo coccígeo ......................................................................................................... 22

2.3 Ciclo menstrual ......................................................................................................... 22

2.3.1 Puberdade............................................................................................................... 23

2.3.2 Influência hipotalâmica.......................................................................................... 23

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2.4 Hormônios e seus efeitos ........................................................................................... 24

2.5 Dismenorreia ............................................................................................................. 26

2.5.1 Dismenorréia primaria .......................................................................................... 26

2.6 Crioterapia ................................................................................................................ 27

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA............................................................................ 30

3.1 Tipo de pesquisa ........................................................................................................ 30

3.1.1 Classificação quanto a abordagem ........................................................................ 30

3.1.2 Classificação quanto ao nível ................................................................................. 30

3.1.3 Classificação quanto ao caráter de pesquisa ......................................................... 31

3.2 População / amostra .................................................................................................. 31

3.2.1 Critérios de inclusão................................................................................................. 35

3.2.2 Critérios de exclusão ................................................................................................ 35

3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados .......................................................... 36

3.4 Procedimentos utilizados na coleta de dados ........................................................... 36

3.5 Procedimento para análise de dados ........................................................................ 37

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................. 39

4.1 Análise dos dados da variável dor ............................................................................ 39

5 CONCLUSÕES ............................................................................................................ 43

REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 44

APÊNCICE A – Questionário ........................................................................................ 47

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ANEXOS ......................................................................................................................... 50

ANEXO A – Escala visual análoga da dor ..................................................................... 51

ANEXO B – Termo de consentimento ........................................................................... 53

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1 INTRODUÇÃO

A fisioterapia em ginecologia trabalha na prevenção e no bem estar de todas as

mulheres, oferecendo diversas técnicas de tratamento. Dentre os maiores problemas das

mulheres, na adolescência, principalmente está a dismenorréia primária. Ela se apresenta

como um período doloroso que começa geralmente por volta de dois a três anos após a

menarca, durante o período menstrual. A dismenorréia primária é caracterizada pela dor que

começa no momento do sangramento e se estende por aproximadamente, trinta e duas à

quarenta e oito horas. Sua principal causa está relacionada ao aumento de produção de

prostaglandina, que começa um pouco antes do início do fluxo menstrual e pode durar de dois

a três dias após o início da menstruação, provocando contração da musculatura lisa uterina,

uma vez que a exigência física pode aumentar o desconforto.

Knight (2000), sugere para o alívio de cólicas menstruais a crioterapia, isto é, a

massagem com gelo, além da acupressão, que é a digitupressão local. Estas técnicas podem

ser usadas para diminuir as cólicas menstruais.

A dismenorréia ou cólica menstrual é um problema que afeta 50% das mulheres

em idade fértil. Quase 10% são obrigadas a limitar ou interromper as suas atividades por um

ou vários dias durante o período menstrual. É mais freqüente em mulheres que nunca tiveram

filhos, principalmente entre os 18 e 28 anos, sendo nesse grupo a freqüência de menstruação

dolorosa superior a 30% (SEGIW; MARTINS, 1977).

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São várias as teorias sobre a origem da dismenorréia porém, a questão é que

tratamentos para eliminá-la não têm surtido efeito, e, permanecem então, os tratamentos

paliativos como bolsas de água quente, medicamentos e repouso obrigatório devido à grande

indisposição. A dismenorréia primária é uma das queixas mais comuns entre mulheres jovens

e nulíparas, o que ocasiona uma interrupção nas suas atividades. Em vista disso é que se busca

averiguar técnicas ainda não tão conhecidas para encontrar solução para minimizar a chamada

dismenorréia primária. Segundo Ruas et al (2002), a crioterapia é um método barato, eficaz e

ainda não muito pesquisado e merece atenção por parte dos fisioterapeutas.

Portanto este trabalho justifica-se porque a crioterapia é um método barato, de

acesso fácil à grande população. A realização deste estudo tem como objetivo geral analisar o

efeito da crioterapia em mulheres que apresentam dismenorréia primária. Para tal foram

traçados objetivos específicos que são: verificar através da escala de Eva a melhora do quadro

álgico; verificar as limitações de suas atividades, que as mesmas apresentam em presença da

dismenorréia primária; verificar a presença de alterações obtidas antes e depois do tratamento

de crioterapia em mulheres com dismenorréia primária.

O corpo deste trabalho apresenta-se da seguinte maneira:

No primeiro capítulo, fala-se sobre a introdução deste estudo. No segundo

capítulo aborda-se um referencial teórico dos assuntos trabalhados neste estudo. Já no terceiro

capítulo, descreve-se o delineamento da pesquisa. Concluídos esses conteúdos, passa-se

então, ao quarto capítulo que se trata da análise e discussão dos dados obtidos na pesquisa,

finalizando com um último capítulo, o qual seria o quinto, que traz as considerações finais

deste trabalho e sugestões para próximas pesquisas.

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2 CRIOTERAPIA NA DISMENORRÉIA PRIMÁRIA

2.1 Anatomia e fisiologia do aparelho genital feminino

"O sistema genital feminino é o conjunto de órgãos encarregados da reprodução

na mulher, o organismo feminino é mais complexo que o do homem, pelo fato de possuir

mais um órgão e conseqüentemente várias funções." (DANGELO; FATTINI, 1995, p. 150).

2.1.1 Órgãos genitais femininos

De acordo com Novak (1960), os órgãos reprodutores femininos são divididos em dois

grupos: os externos e os internos.

2.1.1.1 Genitais externos

Dangelo e Fattini (1995), descrevem que os órgãos genitais externos

compreendem o conjunto também conhecido pelas expressões pudendo feminino ou vulva

que é composto pelo prepúcio, clitóris, pequenos lábios, hímem, vestíbulo anterior, vestíbulo

posterior, comissura posterior ou região da fúrcula, monte de Vênus, grandes lábios, abertura

dos condutos de Skene ou glândulas parauretrais, intróito vaginal.

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Figura 1: Períneo e órgãos genitais externos. Fonte: Netter (1998).

2.1.1.2 Genitais internos

Os órgãos genitais internos são descritos por Dangelo e Fattini (1995), e distribuídos da seguinte maneira:

• Gônadas ou órgãos produtores de gamelas: são os ovários, os quais produzem os óvulos;

• Vias condutoras dos gametas: são as tubas uterinas ou tubas de Falópio;

• Órgão que abriga o feto: o útero;

• Órgão de cópula: representado pela vagina;

• Estruturas eréteis: são o clitóris e o bulbo do vestíbulo;

• Glândulas anexas: glândulas vestibulares maiores e menores.

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De acordo com Mattingly (1979, p. 20), "O aparelho reprodutor feminino ocupa

uma posição singular, embora precária, na pelve, pois se encontra encaixado entre a bexiga e

o reto anteriormente, e posteriormente, respectivamente.”

Neste momento é importante realizar uma correlação da fase embrionária do

aparelho genital, pois em ambos os sexos os esboços são idênticos, porém ao desenvolverem-

se, há diferenciação em aparelho sexual feminino e masculino com suas glândulas

reprodutoras ou gônadas respectivas (COHEN et al, 1987, p. 18-19).

No estágio de indiferenciação sexual os dois rins e as duas gônadas estão lado a

lado. A bexiga e o reto formam uma cloaca que se abre para o exterior. Os ureteres

desembocam na bexiga. Ao lado deles se localizam os canais de Wolff e de Müller. No sexo

feminino as gônadas tomam-se ovários situados pouco abaixo dos rins. A bexiga separa-se do

reto e surge a vagina que se localiza entre eles. Os dois canais de Müller, depois de formarem

as trompas, reúnem-se para constituir o útero e a parte alta da vagina. Enquanto que só

sobram restos dos canais de Wolff atrofiados (COHEN et al, 1987, p. 18).

2.1.1.2.1 Ovários

De acordo com Benson (1981, p. 13), os ovários, ou gônadas femininas são um

par de órgãos sólidos, achatados, ovóides, esbranquiçados. Com dimensões de 1,5 X 3,0 X 3,5

cm, encontrados no interior da pelve.

Produzem os gametas femininos ou óvulos ao final da puberdade. Além da função gametogênica, produzem também hormônios, os quais controlam os desenvolvimentos dos caracteres sexuais secundários e atuam sobre o útero nos mecanismos de implantação do óvulo e início do desenvolvimento do embrião. São fixados pelo ligamento largo do útero, mas não revestidos de peritônio. Antes da primeira ovulação o ovário é liso e rosado, depois é branco-acinzentado e rugoso. Na velhice diminuem de tamanho. (MATTINGLY, 1979, p. 20).

2.1.1.2.2 Tubas uterinas

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“Transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a cavidade

uterina. Está incluída da borda superior do ligamento largo do útero. Possui duas

extremidades uma se comunica com o útero e a outra com a cavidade abdominal.” (NOVAK,

1960, p. 12).

Baseada em Novak (1960), Dangelo e fattini (1995), a tuba é subdividida em quatro partes:

• Porção intersticial ou intramural - é a parte estreita que é situada na parede muscular

uterina e que vai até a cavidade uterina.

• Porção ístma ou istmo - parte estreita da tuba próxima à inserção desta no como uterino.

• Porção ampular ou ampola - é a parte mais larga, mais flácida e mediana da tuba.

• Terço distal ou Infundíbulo - é a parte mais próxima do ovário e é composta pelas

fímbrias.

O óvulo pode fixar-se na tuba originando-se assim a gravidez tubária.

2.1.1.2.3 Útero

Órgão oco, com paredes musculares espessas, situado na pelve, entre a bexiga e o

reto. Aloja o embrião e no qual este se desenvolve até o nascimento. Envolvido pelo

ligamento largo, tem em geral forma de uma pêra invertida e mede na nulípara

aproximadamente 8 a 9 cm de comprimento, 6 na porção mais larga e cerca de 4 na espessura.

É composto por quatro partes: o corpo comunica-se de cada lado com as tubas uterinas e a

porção que fica acima delas é o fundo. A comunicação útero vaginal dá-se através do óstio do

útero localizado na cérvice. A cérvice ou colo do útero pode ser vista a olho nu com a

introdução de um espéculo no canal vaginal, com este instrumento é possível afastar as

paredes vaginais possibilitando assim a visualização do colo uterino. A parte interna da

cérvice é revestida de uma mucosa muito rica em glândulas que secretam uma substância

abundante, clara como água, mas viscosa como clara de ovo, que é chamada de muco

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cervical. Os partos e as infecções podem modificar a forma do orifício cervical, suas

dimensões e o aspecto da mucosa lisa e rosa pálido que as recobre (NOVAK, 1960).

Embora em continuidade com o corpo do útero unido pelo ístmo e graças as suas

características próprias anatômicas, funcionais, histológicas e patológicas, adquiriu a

integridade de um órgão. O colo do útero apresenta duas porções distintas: supravaginais e

segmento vaginal ou pórtio vaginais. O limite entre o epitélio ecamoso e cilindrico ou

colunar é a junção escamo colunar; pode ocorrer no óstio externo, constituindo o colo padrão

ou ideal, que é raro (10 à 16 %). Na maturidade sexual, é frequente situar-se por fora do canal

cervical, formando a eversão ou ectopia (HALBE, 2000).

Em sua estrutura o útero apresenta três camadas: interna ou endométrio que sofre

modificações com a fase do ciclo menstrual, uterino ou na gravidez; média ou miométrio, de

fibras musculares lisas e constitui a maior parte da parede uterina; externa ou perimétrio,

camada serosa que reveste o útero externamente, representado pelo peritônio (CIVITA, 1986).

A inervação do útero é feita pelos plexos uterovaginais e hipogástrico superior,

por intermédio de fibras aferentes viscerais gerais (sensitivas) e eferentes viscerais gerais

(motoras viscerais) (HALBE, 2000).

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Figura 2 – Útero e anexos Fonte: Netter (1998). 2.1.1.2.4 Vagina

É o órgão de cópula feminino. O termo vagina vem do latim e significa bainha,

pois a vagina funciona como bainha ao ser penetrada pelo pênis durante a cópula. É um tubo

cujas paredes normalmente se tocam, isto é, estão colabadas. Comunica-se superiormente com

a cavidade uterina através do óstio do útero e inferiormente abre-se no vestíbulo da vagina

através do óstio da vagina. A cavidade uterina e a vagina constituem no conjunto o canal de

parto (MATTINGLY, 1979, p. 20).

Nas virgens, o óstio da vagina é fechado parcialmente pelo hímen, membrana de tecido conjuntivo forrada por mucosa interna e externamente. Condições raras a imperfurações e agenesia (ausência) do hímen. Após a dilaceração ou ruptura da membrana, restam pequenos fragmentos no local de inserção de sua margem são as carúnculas himenais. Por tratar-se de membranas de pequena espessura e de vascularização reduzida o rompimento do hímen durante a cópula não é doloroso e nem provoca hemorragias. O orifício himenal possui como uma de suas finalidades a saída do fluxo menstrual. Há, também casos em que a mulher não apresenta

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perfuração himenal (hímen imperfurado) podendo causar complicações desde os primeiros ciclos menstruais, pois o hímen irá reter o fluxo no canal vaginal conhecida como criptomenorréia (ausência da menstruação), assim como provocando o abaulamento himenal. (MESSINA, 1997, p.64).

2.2 Sistema nervoso da pelve

Para Novak (1960): o aparelho genital é inervado tanto por ramos do simpático

como dos nervos espinhais. Várias fibras simpáticas e parassimpáticas do sistema autônomo

abaixo da bifurcação da aorta formam o plexo hipogástrico superior ou nervo pré-sacro, que

constitui a principal inervação do útero - ovário e que não é inervado pelas fibras sacras, mas

pelos ramos dos plexos renal e aórtico localizados nos ligamentos suspensores do ovário. O

nervo pudendo do sistema nervoso espinhal é a principal fonte de ativação motora e sensitiva

do aparelho genital inferior.

Os nervos pélvicos estão representados por formações viscerais (anatômicas) e da

vida de relação (somáticas). O complexo anatômico conhecido como plexo hipogástrico é

formado por um contingente simpático dependente dos plexos celíacos e mesentéricos, os

nervos hipogástricos superiores ou nervo pré sacro, quase sempre plexiforme. A secção desse

nervo é denominada operação de Cotte. Esses nervos originam-se de gânglios simpáticos da

cadeia sacral (fibras pós-ganglionares simpáticas) e do parassimpático sacral (fibras pré-

ganglionares de S2, S3 e S4), sendo conhecidos como nervos eretores, responsável pela

inervação eferente visceral geral e possuem significativa importância na inervação aferente

visceral da pele. Disposto ao lado das vísceras pélvicas, o plexo hipogástrico emite fibras

eferentes a toda economia pélvica. A invervação somática é realizada pelos nervos espinhais

que se dirigem à pelve, provenientes do plexo lombossacro, figurando como de maior

importância o nervo pudendo interno (HALBE, 2000).

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Figuar 3: Inervação dos órgãos reprodutores femininos Fonte: Netter (1998). 2.2.1 Plexo lombar

O nervo adbominogenital é pequeno entre no canal inguinal e forma os nervos

labiais anteriores que vão dar inervação ao monte-de-Vênus e os grandes lábios. Já o nervo

genitofemoral libera um ramo genital que inervará a pele e da vulva anterior (SOUZA;

KALIL, 2000).

2.2.2 Plexo sacral O nervo cutâneo femoral posterior libera ramos perineais que vão inervar a porção

lateral do períneo, a região posterior da vulva e a região perianal (SOUZA; KALIL, 2000).

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2.2.3 Plexo pudendo Há união dos nervos esplâncnicos pélvicos aos do plexo hipogástrico formando assim o plexo

pélvico: que são os nervos para os músculos coccígeo, elevador do ânus e esfíncter anal

externo e o nervo pudendo com três ramos principais: nervo hemorroidário inferior, nervo

perineal, nervo dorsal do clitóris (SOUZA; KALIL, 2000).

2.2.4 Plexo coccígeo

São ramos que inervarão a pele que reveste o cóccix (SOUZA; KALIL, 2000).

2.3 Ciclo menstrual

Segundo Martins (1982), a menstruação é característica dos primatas e se

caracteriza por hemorragia uterina cíclica dependente de desintegração e esfoliação do

endométrio que se incide aproximadamente, a cada 28 dias, e dura de 3 a 5 dias. Só na

adolescência é que irão surgir alterações cíclicas do aparelho genital, com profundos reflexos

sobre todo o organismo, seja nas funções físicas ou somáticas, seja no comportamento

psíquico. Todas essas alterações estão relacionadas à função reprodutora. O óvulo que

amadurece e é liberado pelo ovário, mensalmente, significa a "esperança" biológica do

surgimento de um novo ser. A menstruação significa a "frustração" orgânica de que o

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surgimento do novo ser não acontecerá. Uma vez que aconteça a menarca e, em condições

normais, o organismo repetirá o ciclo menstrual em períodos de aproximadamente 4 semanas,

em média. Há mulheres que menstruam em períodos de 25 dias e outras, em períodos de 35

dias. O ritmo menstrual varia, numa mesma mulher, ao longo do período de fecundidade.

Alterações climáticas, emocionais ou patológicas podem determinar essas variações.

2.3.1 Puberdade

A puberdade marca o início da maturidade sexual. A maioria das alterações

ocorridas neste período resultam da ação do hormônio estrógeno, um dos hormônios

fundamentais da mulher. É com o advento da puberdade que os ovários, até então em repouso,

iniciam a produção de estrógeno, que é lançado na corrente sanguínea e distribuído pelo

corpo. A menarca não significa estar pronta para reprodução (MESSINA, 1997).

A esterilidade fisiológica da puberdade poderá prolongar-se por vários anos após a

menstruação. Aos 9 anos observam-se as primeiras alterações no ovário. Dos 12 aos 15 anos

eles aumentam de volume, juntamente com as trompas e o útero. Paralelo à maturação

ovariana, ocorre intensa proliferação e diferenciação das células da vagina, resultando em

desenvolvimento do aparelho reprodutor externo. As mamas desenvolvem-se em parte, mas as

modificações não chegam a alcançar as glândulas de segregação de leite, o que só acontece

com a gravidez e mais intensamente no pós-parto. Atrasos e adiantamentos da menstruação,

na puberdade, não deverão provocar grandes preocupações, pois são perfeitamente normais e

revelam apenas a crise de transição (MARCONDES, 1979).

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2.3.2 Influência hipotalâmica

Todas as alterações cíclicas do aparelho genital feminino são reguladas pela

hipófise, glândula situada no meio da base do cérebro, numa cavidade chamada sela turca

(lembra sela de cavalaria turca). A hipófise possui dois lobos: o anterior e o posterior. No lobo

anterior: há segregação de vários hormônios, desses, dois destinam-se especificamente a

regular as atividades do aparelho genital do homem e da mulher, sendo iguais

para ambos os sexos. Na mulher a liberação é periódica e no homem é contínua. O primeiro

hormônio é o folículo-estimulante ou FSH-responsável pelo amadurecimento do folículo

(COSTA, 1986).

Na mulher ocorre o aparecimento de um 3° hormônio que é a prolactina -

responsável pela produção de leite no pós-parto. Quando não ocorre gravidez a prolactina

mantém o corpo lúteo em secreção durante o ciclo menstrual. Então a hipófise anterior fabrica

e armazena os três hormônios: folículo estímulante ou FSH, luteinizante ou LH e prolactina.

A liberação dos 3 hormônios pela hipófise só acontece quando receber ordem do

hipotálamo, que é um órgão do cérebro (NOVAK, 1960).

O hipotálamo é uma formação neuro-endócrina, que regula a ação da hipófise

mediante ordens ou "choques" nervosos e através da ação química de substâncias por ele

lançadas no sangue. Os centros do hipotálamo, por sua vez, estão subordinados a centros

superiores do encéfalo (cérebro). O que explica por que uma emoção sofrida pela mulher pode

provocar distúrbios no mecanismo do ciclo menstrual. A mais conhecida das manifestações

desse tipo é a suspensão menstrual, que pode durar meses. A chamada amenorréia

hipotalâmica não traz prejuízos à saúde e, portanto, não deve provocar preocupação maior

(COSTA, 1986).

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2.4 Hormônios e seus efeitos

A atividade hormonal provoca no organismo da mulher sensíveis modificações. O

FSH é liberado pela hipófise, por ordem do hipotálamo, para que estimule a maturação do

folículo primário ovariano, isto é, um dos milhões de folículos de que a mulher é dotada,

desde o nascimento, será estimulado para que amadureça. Uma vez que este folículo

amadurece passará a ser chamado de folículo de Graaf. Dentro do folículo de Graaf está

imerso o óvulo. Este folículo migra para a região mais superficial do ovário e rompe-se. Com

o rompimento do folículo de Graaf ocorre a liberação do óvulo. No local onde houve a ruptura

inicia-se a formação do corpo amarelo ou lúteo, que em 3 ou 4 dias está completo. Uma vez

que o corpo lúteo completo ocorre uma aceleração em sua atividade secretora, com produção

maciça de progesterona, além de continuar a produzir estrógeno. Com oito dias o corpo lúteo

tem seu nível máximo de atividade secretória. Se não houver gravidez, inicia-se logo após a

regressão do folículo, encolhendo-se a partir do 8° ou 10° dia. O endométrio, membrana que

reveste o útero internamente, divide-se em duas camadas: a basal, que é permanente; e a

funcional, que sofre alterações cíclicas e que descama inteiramente durante a menstruação,

deixando a basal nua após três dias que é tempo que geralmente dura a menstruação

(WELLINGTON, 1986).

A camada funcional do endométrio começa a formar-se novamente após o último dia da

menstruação. Do 7° dia em diante começa a ganhar espessura, devido ao encharcamento de

sangue, trazido por microvênulas. Ao fim da segunda semana do ciclo, chega o momento da

ovulação, quando cessa a ação independente do estrógeno e começa a agir a progesterona que

é o outro hormônio produzido pelo ovário através do corpo lúteo. A progesterona não tem

efeito proliferativo, mas sim no colo do útero, já no início o ciclo inicia-se um aumento

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gradual de secreção cervical, que culmina nesta fase por influência da progesterona. A função

do muco é promover um meio líquido que facilite a penetração dos espermatozóides, já que

eles avançam em movimento natatório. A partir do 26° dia, começam a ocorrer diminutas

hemorragias nos interstícios da camada funcional do útero, e, simultaneamente, começam a

morrer algumas células. Dois ou três dias depois, generaliza-se a necrose da camada e toda a

mucosa desprende-se de forma fragmentada. Recomeça a menstruação e com ela um novo

ciclo menstrual (MARTINS, 1982).

Novak (1960), classifica o ciclo menstrual de acordo com o mecanismo

endócrino em quatro fases e em complemento. Costa (1986), divide o ciclo menstrual em

quatro fases, sendo que a 1a e a 3a fases diferem em nomenclatura em relação a Novak

(1960). As fases de acordo com os respectivos autores seriam:

1. Pré-ovulação - fase folicular

2. Ovulação

3. Pós-ovulação - fase lútea

4. Menstruação - fase menstrual

5. Fase Folicular ou pós-menstrual.

6. Ovulação

7. Fase secretória ou progestacional.

8. Menstruação - fase menstrual

2.5 Dismenorréia

De acordo com Civita (1986) e Novak (1960), dismenorréia é a menstruação

dolorosa ou dor menstrual. Ambos os autores supra citados colocam que é o mais comum dos

sintomas de todos os distúrbios ginecológicos é classificada em dois tipos, primária e

secundaria.

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2.5.1 Dismenorréia primária

De acordo com Novak (1960): é a dor menstrual observada na ausência de

qualquer lesão pélvica digna de nota e devida a fatores intrínsecos do útero. As dores, ou

cólicas, podem surgir antes, durante e/ou após a menstruação. Sendo então classificada em

dismenorréia pré-menstrual, dismenorréia intramenstrual e dismenorréia pós-menstrual. Na

dismenorréia pré-menstrual, são comuns sensações dolorosas nas mamas (mastalgia) e na

região pélvica. Podendo estar associado também irritabilidade, insônia ou sensação de

angústia características da tensão pré-menstrual. Na dismenorréia intramenstrual é comum o

aparecimento de hemorragia nasal (epistaxe) e pequenas hemorragias em várias partes do

corpo. Mais raramente ocorrem náuseas, vômitos, e hipersensibilidade nervosa (que pode

levar a crises de histeria). Na dismenorréia pós-menstrual, as dores se localizam, sobretudo,

nas fossas ilíacas, onde se situam os ovários, mas podem estender-se a toda a bacia e abdome.

Segundo Halbe (2000), existem muitas teorias para explicar a dismenorréia

primária. Entre as principais estão:

• Espasmo vascular: baseado no conceito de Lerche, a vasoconstrição exagerada das artérias

endométrias produziria isquemia e consequentemente a dor.

• Espasmo muscular: a dor menstrual seria decorrente da contração uterina exagerada e

incordenada, ou, ainda, de uma hipersensibilidade à contração normal.

• Espasmos musculares e vasculares: as contrações incordenadas agravam a anoxia e a dor.

• Psicogênica: são fatores emocionais atuando através do sistema límbico sobre o organismo.

Dificilmente é o fator principal.

• Endócrina: teoria baseada na observação que a dismenorréia ocorre em ciclos ovulatórios,

quando há atuação da progesterona. Para Warren e Hawker (apud HALBE, 2000), quando os

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níveis de ocitocina forem baixos, a vasopressina atua induzindo contrações disrrítmicas e

dolorosas.

• Prostaglandinas: das teorias que tem maior conotação terapêutica destaca-se a teoria das

prostaglandinas. Pickles (apud HALBE, 2000), encontrou, no extrato de sangue menstrual,

uma substância que estimula a contração dos músculos lisos, e chamou-o de estimulante

menstrual.

Berek, Adashi e Hillard (1998), referem que a região suprapúbica pode estar

dolorosa à palpação e que os sinais vitais então normais. O exame bimanual no momento do

episódio da dismenorréia frequentemente revela dor a palpação do útero; entretanto, não há

dor intensa com mobilização do colon ou com à palpação das estruturas anexiais. Os órgãos

pélvicos não apresentam anormalidades na dismenorréia primária.

2.6 Crioterapia

Crioterapia é a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo, resultando

numa retirada do calor corporal e, por meio disso, rebaixando a temperatura tecidual. Os

efeitos fisiológicos ocasionados pelo uso da crioterapia são: anestesia, redução da dor,

redução do espasmo muscular, estimula o relaxamento, permite a mobilização precoce,

melhora a amplitude de movimento, redução do metabolismo, reduz a inflamação, redução ou

estimulação da circulação, redução do edema, quebra do ciclo dor-espasmo-dor (LOPES et al,

2002).f

Crioterapia significa literalmente terapia com frio. Assim todo e qualquer uso de

gelo ou aplicações de frio para fins terapêuticos é crioterapia. Como as técnicas são usadas

para uma ampla gama de objetivos terapêuticos, restringir-se a uma técnica específica como

crioterapia gera confusão e ambigüidade. Referir-se a técnicas individuais por seus nomes

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específicos evita a confusão. A resposta imediata às aplicações de frio é o resfriamento dos

tecidos. Se o resfriamento for intenso o suficiente, o tecido é destruído. Os efeitos fisiológicos

da aplicação do frio não são tão diretos quantos os antigos clínicos consideravam. Tais efeitos

como diminuição de dor, espasmo muscular, metabolismo e inflamação, parecem ser

universalmente aceitos, embora os mecanismos de ação não sejam totalmente esclarecidos

(KNIGHT, 2000).

O efeito do frio sobre as fibras nervosas sensitivas depende da sua função, da

finalidade de onde acontece o resfriamento. O resfriamento de um receptor de frio aumenta a

velocidade de disparo (ou transmissão) das fibras nervosas que transportam estes impulsos

para os outros centros cerebrais superiores. O resfriamento das fibras nervosas causam

diminuição da velocidade de transmissão de impulso ao longo da fibra nervosa,

independentemente do tipo ou da função da fibra (KNIGHT, 2000).

Para Greve (apud BARROS; BASILE, 1997), o frio age como agente analgésico

por atuar diretamente nas terminações nervosas, diminuindo a velocidade de condução

nervosa e por estimulação competitiva nas fibras amielínicas, agindo nos mecanismos da

comporta da dor.

A ordem de sensação, quando da aplicação do gelo são: formigamento, cócegas,

frio, dor, e perda de tato. A sensação de dor observada nos primeiros minutos após a aplicação

da crioterapia é atribuída principalmente à vasoconstrição (KINIGHT, 2000).

Segundo Knight (2000), existem células especializadas chamadas de “receptores

de frio”, que consiste em várias papilas dérmicas que contem uma fibra nervosa mielinizada

simples e pequena que se ramifica em vários terminais não mielinizados, os quais, por sua

vez, penetram nas células basais da epiderme. Essas células são sensíveis à temperatura

absoluta e ao gradiente de temperatura ou a velocidade de mudança de temperatura.

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O número de receptores de frio varia em todo o corpo. A face, os dedos e as

orelhas têm um maior número de terminações sensíveis ao frio enquanto os pés e as coxas têm

em menor número. Outras fibras também respondem a estimulação térmica, como os

mecanoceptores (receptores de pressão) e os nociceptores polimodais (receptores da dor que

responde a muitos modos diferentes de estimulação) que influenciam a resposta de sensação

de frio (KINIGHT, 2000).

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3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Segundo Gil (1994, p. 70), o delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa

em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de

análise e interpretação de dados.

3.1 Tipo de pesquisa

Quanto à abordagem foi quantitativa, quanto ao nível é explicativa e quanto ao

procedimento utilizado na coleta de dados foi quase experimental.

3.1.1 Classificação quanto à abordagem

Quanto à abordagem, a pesquisa é quantitativa, pois segundo Gil (1999): os dados

obtidos mediante levantamento podem ser agrupados em gráficos e tabelas, possibilitando sua

análise estatística, comparando o antes e o depois. As variáveis em estudo podem ser

codificadas, permitindo o uso de correlações e outros métodos estatísticos.

3.1.2 Classificação quanto ao nível

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Quanto ao nível esta pesquisa é explicativa, pois segundo Gil (1999): são aquelas

pesquisas que têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que

contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o

conhecimento da realidade, porque explica a razão, e o porquê das coisas.

3.1.3 Classificação quanto ao caráter de pesquisa

As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase que

exclusivamente do método experimental, nas ciências sociais, recorre-se a outros métodos

sobretudo o observacional. Nem sempre torna-se possível a realização de pesquisas

rigidamente explicativas, sendo a distribuição do sujeito realizada de forma aleatória, sem

grupo controle, uma vez que as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, portanto

sendo designadas quase experimentais (GIL, 1999).

3.2 População / amostra

O termo população não indica apenas um conjunto de pessoas que habita

determinada área geográfica. Designa a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas

características definidas para um determinado estudo (RUDIO, 1998).

Uma pesquisa geralmente não é feita com todos os elementos que compõem uma

população. Neste caso uma parte dela é selecionada determinando a amostra (RUDIO, 1998).

A amostra do tipo probabilística aleatória simples, segundo Lakatos e Marconi (2001): baseia-

se na escolha aleatória das pesquisadas, significando o aleatório que a seleção se faz de forma

que cada membro da população tenha a mesma probabilidade de ser escolhido.

Assim sendo, esta pesquisa teve como população as alunas do curso de

Fisioterapia, campus Tubarão que estavam cursando entre o primeiro e quarto semestre, com

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média de idade de 18,27 com variação de 18 a 23 anos de idade e que apresentavam

dismenorréia primária. A amostra foi do tipo probabilística aleatória e constou de 11 pacientes

escolhidos por sorteio.

A participante 1 tem 20 anos de idade, data de nascimento em 07/01/1985, sua

menarca foi com 11 anos, ciclo menstrual regular de 28 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram alguns meses após a menarca, todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores

vão se agravam e se irradiam para o reto e ânus e está ligada a alterações digestivas, urinárias

e enxaqueca. Tem tolerância ao frio e não tem alergia à aplicação do gelo. Faz uso de

medicamento para dor (PONSTAN) quando com cólica e já deixou de realizar atividades

devido à dismenorréia. A cólica inicia junto com a menstruação. Não faz uso de

anticoncepcional.

A participante 2 tem 20 anos de idade, data de nascimento em 05/11/1984, sua

menarca foi com 12 anos, ciclo menstrual regular de 30 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram alguns anos após a menarca, Nem todas as menstruações são dolorosas sendo que as

dores começam e vão diminuindo e se irradiam para o reto e ânus e estão ligadas a dores na

lombar. Tem tolerância ao frio e não tem alergia à aplicação do gelo. Não faz uso de

medicamento para dor e não deixou de realizar atividades devido à dismenorréia. A cólica

inicia antes da menstruação. Não faz uso de anticoncepcional.

A participante 3 tem 18 anos de idade, data de nascimento em 27/09/1987, sua

menarca foi com 12 anos, ciclo menstrual regular de 28 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram na juventude. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores começam e vão

se agravando, são dores espasmódicas tipo contração de cólica expulsivas, mais ou menos

nítidas e está ligada a alterações digestivas. Tem tolerância ao frio e não tem alergia a

aplicação do gelo. Faz uso de medicamento para dor (BUSCOPAN PLUS) quando com cólica

e já deixou de realizar atividades devido à dismenorréia. A cólica inicia antes da menstruação.

Não faz uso de anticoncepcional.

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A participante 4 tem 20 anos de idade, data de nascimento em 11/01/1985, sua

menarca foi com 13 anos, ciclo menstrual regular de 28 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram alguns anos após a menarca. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores

começam e vão se agravando, são dores espasmódicas tipo contração de cólica expulsivas,

mais ou menos nítidas e está ligada a dor lombar, joelho, enxaqueca e cansaço. Tem

tolerância ao frio e não tem alergia a aplicação do gelo. Faz uso de medicamento para dor

quando com cólica e deixou de realizar atividades devido à dismenorréia. A cólica inicia junto

com a menstruação. Não faz uso de anticoncepcional.

A participante 5 tem 20 anos de idade, data de nascimento em 26/01/1985, sua

menarca foi com 13 anos, ciclo menstrual regular de 28 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram na juventude. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores começam e vão

se agravando, são dores espasmódicas tipo contração de cólica expulsivas, mais ou menos

nítidas e está ligada a alterações digestivas e enxaqueca. Tem tolerância ao frio e não tem

alergia a aplicação do gelo. Faz uso de medicamento para dor (PONSTAN) quando com

cólica e não deixou de realizar atividades devido à dismenorréia. A cólica inicia antes da

menstruação. Não faz uso de anticoncepcional.

A participante 6 tem 18 anos de idade, data de nascimento em 03/11/1986, sua

menarca foi com 14 anos, ciclo menstrual regular de 28 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram alguns anos após a menarca. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores

começam e vão se agravando, são dores espasmódicas tipo contração de cólica expulsivas,

mais ou menos nítidas e está ligada a alterações digestivas e enxaqueca. Tem tolerância ao

frio e não tem alergia a aplicação do gelo. Faz uso de medicamento para dor (PONSTAN)

quando com cólica e já deixou de realizar atividades devido à dismenorréia. A cólica inicia

antes da menstruação. Não faz uso de anticoncepcional.

A participante 7 tem 21 anos de idade, data de nascimento em 28/12/1983, sua

menarca foi com 12 anos, ciclo menstrual regular de 28 dias, as primeiras cólicas menstruais

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foram alguns meses após a menarca. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores

começam e vão se agravando, são dores espasmódicas tipo contração de cólica expulsivas,

mais ou menos nítidas e está ligada a dores na coluna lombar. Tem tolerância ao frio e não

tem alergia a aplicação do gelo. Faz uso de medicamento para dor (BUSCOPAN,

ATROVERAN, ANADOR) quando com cólica e já deixou de realizar atividades devido à

dismenorréia. A cólica inicia antes da menstruação. Não faz uso de anticoncepcional.

A participante 8 tem 20 anos de idade, data de nascimento em 09/07/1985, sua

menarca foi com 13 anos, ciclo menstrual regular de 30 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram alguns meses após a menarca. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores

começam e permanecem iguais, é uma tensão pélvica permancendo, dando a impressão de

uma tensão que aperta toda a parede urogenital e está ligada a alterações digestivas, urinárias

e enxaqueca. Tem tolerância ao frio e não tem alergia a aplicação do gelo. Não faz uso de

medicamento para dor quando com cólica e não deixou de realizar atividades devido à

dismenorréia. A cólica inicia antes da menstruação. Não faz uso de anticoncepcional.

A participante 9 tem 23 anos de idade, data de nascimento em 09/10/1982, sua

menarca foi com 13 anos, ciclo menstrual irregular de 20 dias, 35 dias, as primeiras cólicas

menstruais foram na juventude. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as dores

começam e vão se agravando, são dores espasmódicas tipo contração de cólica expulsivas,

mais ou menos nítidas e está ligada a dores nas pernas, mamas, região lombar e às vezes

enxaqueca. Tem tolerância ao frio e não tem alergia a aplicação do gelo. Faz uso de

medicamento para dor (PONSTAN) quando com cólica e já deixou de realizar atividades

devido à dismenorréia. A cólica inicia junto com a menstruação. Não faz uso de

anticoncepcional.

A participante 10 tem 22 anos de idade, data de nascimento em 23/11/1983, sua

menarca foi com 9 anos, ciclo menstrual regular de 30 dias, as primeiras cólicas menstruais

foram na alguns anos após a menarca. Todas as menstruações são dolorosas sendo que as

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dores começam e vão se agravando, são dores são como uma tensão pélvica permanente

dando a impressão de uma tensão que aperta toda a parede urogenital, isolada. Tem tolerância

ao frio e não tem alergia à aplicação do gelo. Faz uso de edicamento para dor (ATROVERAN

E DORFLEX) quando com cólica e não deixou de realizar atividades devido à dismenorréia.

A cólica inicia junto com a menstruação. Não faz uso de anticoncepcional.

A participante 11 tem 19 anos de idade, data de nascimento em 02/05/1986, sua

menarca foi com 11 anos, ciclo menstrual irregular regular de 40 dias, 45 dias, as primeiras

cólicas menstruais foram alguns anos após a menarca. Todas as menstruações são dolorosas

sendo que as dores aparece apenas no primeiro dia, são dores espasmódicas tipo contração de

cólica expulsivas, mais ou menos nítidas e isolada. Tem tolerância ao frio e não tem alergia à

aplicação do gelo. Não faz uso de medicamento para dor quando com cólica e não deixou de

realizar atividades devido à dismenorréia. A cólica inicia junto com a menstruação. Não faz

uso de anticoncepcional.

3.2.1 Critérios de inclusão

Foram incluídas na pesquisa:

• Mulheres entre 18 e 24 anos

• Mulheres nulíparas

• Mulheres que não fazem uso de anticoncepcional

• Mulheres que tenham dismenorréia primária

3.2.2 Critérios de exclusão

Foram excluídas da pesquisa:

• Mulheres multíparas ou unigestas;

• Mulheres que fazem uso de analgésicos ou outro medicamento que interfira na dor;

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• Intolerância ao frio;

• Alergia ao gelo;

3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados

Foram utilizados como instrumento para coleta de dados:

• Escala visual análoga da dor (EVA) (anexo A): A Escala Análoga Visual de Dor consiste

em uma linha de 10 centímetros com âncoras verbais típicas de "ausência de dor" à esquerda e

"extremamente forte" à direita, quando a escala é orientada no plano horizontal. Os pacientes

colocam um marco vertical em um ponto da linha que corresponde à gravidade de sua dor.

Segundo Borg (2000), o 0 equivale a absolutamente nada, 0,5 extremamente fraco, 1 muito

fraco, 2 fraco, 3 moderado, 5 forte, 7 muito forte e 10 extremamente forte.

• Questionário para caracterizar a amostra (apêndice A): Este questionário foi elaborado pela

própria autora e validado. Consta de dados para identificação da participante, uma breve

anamnese sobre a história menstrual da mesma e 10 (dez) perguntas relacionadas a

menstruação ou cólica.

• Gelo para a realização da crioterapia: optou-se pela utilização de pedras de gelo que foram

colocados dentro de um saco plástico transparente e aplicado na coluna lombar, diretamente.

3.4 Procedimentos utilizados na coleta de dados

Primeiramente foi feito um contato em sala de aula para a seleção das estudantes

que sofriam com dismenorréia primária, que não faziam uso de anticoncepcional ou qualquer

outro medicamento que influencie no quadro álgico e que sejam nuligestas. As mesmas foram

informadas sobre tal pesquisa e convidadas a participarem. Posteriormente um sorteio foi

realizado para a seleção das pacientes que foram testadas. As mesmas foram novamente

contatadas, aceitaram o termo de consentimento livre e esclarecido e foram informadas de que

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quando estivessem com cólica deveriam procurar a acadêmica responsável pela pesquisa para

a aplicação de gelo em específico segmento da coluna vertebral, ou seja L3 à S1. As mesmas

não poderiam fazer uso de qualquer tipo de medicamento ou outro tipo de tratamento que

provocasse analgesia, antes de qualquer aplicação para não influenciar nos resultados. O

espaço físico onde foi realizada a referida coleta foi na Clinica escola de Fisioterapia no

horário das 17 horas às 19 horas. O número de sessões foi de um encontro para cada

participante e teve aproximadamente por 60 (sessenta minutos). Foi aplicada a escala análoga

visual de dor para a quantificação da dor e um questionário com perguntas relacionadas a

dismenorréia, para sua quantificação e qualificação. Após a aplicação da anamnese foi

aplicado gelo sobre a região lombar por 20 minutos, então foi aplicada a escala análoga visual

da dor novamente. A forma de aplicação pode ser visualizada na foto a seguir:

Foto 1: Aplicação da crioterapia na coluna lombar.

3.5 Procedimento para análise de dados

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Os dados foram analisados segundo os dados obtidos na escala análoga visual da

dor e nos dados obtidos no questionário para dismenorréia, através de tabelas do tipo simples

do Microsoft Word 2002.

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

A partir desse capítulo, procuramos descrever os dados colhidos em nossa

pesquisa.

4.1 Análise da dor

Através da escala visual análoga, que todas as participantes responderam, foi

possível quantificar a dor que cada uma sentia, antes e depois da aplicação da crioterapia. A

intensidade da dor variou de médio para forte, antes da aplicação do gelo e, após a aplicação

do gelo variou de médio fraco para fraco, como pode ser visto no quadro 1.

Antes Depois Participante 1 8 1 Participante 2 5 0 Participante 3 9 3 Participante 4 8 0 Participante 5 8 2 Participante 6 8 3 Participante 7 8 2 Participante 8 7 2 Participante 9 7 0 Participante 10 10 0 Participante 11 7 3

Quadro 1: Análise descritiva da variável dor

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A participante 1 relatou dor próxima a muito forte antes da aplicação da

crioterapia e muito fraca após a aplicação; a participante 2 relatou dor forte, antes da

aplicação da crioterapia e absolutamente nada após a aplicação; a participante 3 relatou dor

próxima a extremamente forte, antes da aplicação da crioterapia e moderada após a aplicação;

a participante 4 relatou dor próxima a muito forte, antes da aplicação da crioterapia e

absolutamente nada após a aplicação; a participante 5 relatou dor próxima a muito forte, antes

da aplicação da crioterapia e fraca após a aplicação; a participante 6 relatou dor próxima a

muito forte, antes da aplicação da crioterapia e moderada após a aplicação; a participante 7

relatou dor próxima a muitoforte, antes da aplicação da crioterapia e fraca após a aplicação; a

participante 8 relatou dor muito forte, antes da aplicação da crioterapia e fraca após a

aplicação; a participante 9 relatou dor muito forte, antes da aplicação da crioterapia e

absolutamente nada após a aplicação; a participante 10 relatou dor extremamente forte, antes

da aplicação da crioterapia e absolutamente nada após a aplicação; a participante 11 relatou

dor próxima a muito forte, antes da aplicação da crioterapia e moderada após a aplicação;

estes resultados são melhor visualizados no gráfico 1, apresentado a seguir.

8

5

98 8 8 8

7 7

10

7

10

3

0

23

2 2

0 0

3

0

2

4

6

8

10

12

Par

ticipant

e 1

Par

ticipant

e 2

Par

ticipant

e 3

Par

ticipant

e 4

Par

ticipant

e 5

Par

ticipant

e 6

Par

ticipant

e 7

Par

ticipant

e 8

Par

ticipant

e 9

Par

ticipant

e 10

Par

ticipant

e 11

Escala

Vis

ula

An

álo

ga

ANTES

DEPOIS

Gráfico 1 – Análise gráfica da variável dor

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A dor das contrações uterinas vai pelos plexos uterovaginal e pélvico, nervo

hipogástrico, plexos hipogástrico superior, plexo aórtico inferior, nervos esplâncnicos

lombares inferiores, tronco simpático de L4 a L5 até nervos espinhais T11 e T12

(NETTER,1998).

O uso da Crioterapia produz anestesia, analgesia, diminui espasmo muscular,

incrementa o relaxamento, quebra do ciclo dor-espasmo-dor, diminui o metabolismo dentre

outros. Isso ocorre devido ao metabolismo fisiológico da circulação e do sistema nervoso,

pois é através dessas respostas que obteremos os resultados terapêuticos no uso da

Crioterapia. A característica mais importante da circulação é que ela constitui um circuito

contínuo.O sistema nervoso simpático controla o sistema vascular. O sistema funciona como

um arco reflexo simples, ou seja, pelo estímulo dado, o sistema interpreta e admite a resposta

em forma de vasoconstrição ou vasodilatação (CHESTERTON; FOSTER; ROSS, 2002).

A redução do metabolismo é o principal efeito fisiológico das aplicações da

crioterapia. Essa redução metabólica juntamente com a redução da temperatura é dada o nome

de hipotermia, que tem o principal objetivo de reduzir a atividade metabólica dos tecidos

envolvidos, para que estes tecidos resfriados sobrevivam com menor quantidade de oxigênio.

Quanto mais elevada for a temperatura de um meio quimicamente reativo, mais rapidamente

ocorrerão suas reações químicas (CHESTERTON; FOSTER; ROSS, 2002).

São identificadas duas vias de transmissão dolorosa na periferia. Uma mais

importante constituída de fibras amielinizadas, com velocidade de condução muito baixa (0,5-

2 m/sg do tipo C); outra constituída de fibras finas, mielinizadas (com velocidade de

condução entre 20 m/seg a 30 m/sg do tipo A delta) (KITCHEN; BAZIN, 2003). Segundo

Chesterton, Foster, Ross (2002) os efeitos da redução das dores pelo frio podem ser por:

• Redução da transmissão nervosa das fibras de dor;

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• Redução da excitabilidade das extremidades nervosas livres;

• Redução do metabolismo que alivia os efeitos nocivos da isquemia nos tecidos;

• Assincronia na transmissão das fibras de dor;

• Elevação do limite da dor;

• A ação como contra-irritante;

• Liberação de endorfinas.

Segundo Knight (2000), o resfriamento faz com que ocorra um aumento na

duração do potencial de ação dos nervos sensoriais, e conseqüentemente um aumento do

período refratário acarrentando uma diminuição na quantidade de fibras que irão despolarizar

no mesmo período de tempo, então ocorre uma diminuição na freqüência de transmissão do

impulso e uma diminuição da sensibilidade dolorosa.

Então sugere-se que a diminuição ou o alívio da dismenorréia, com a aplicação de

gelo na coluna lombar, experimentado por estas participantes esteja relacionado com a

diminuição das transmissões nervosas das vias sensitivas imposta pela aplicação da

crioterapia e suas conseqüências.

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5 CONCLUSÕES

A técnica de crioterapia aplicada na dismenorréia primária é uma terapia de fácil

manipulação tanto para a paciente como para o terapeuta e por isso, com maiores chances de

ser absorvida e desenvolvida. É uma técnica de baixo custo, não acarretando despesas para a

paciente, podendo ser manipulada domiciliarmente.

Os resultados conseguidos neste trabalho só acrescentam para que a terapêutica de

crioterapia na dismenorréia primária seja assimilada por pacientes que apresentam tal

disfunção no período menstrual, já que todas as participantes relataram alívio na cólica.

Não se investigou nesta pesquisa a variante emocional, uma vez que não foi o

propósito, mas, pelo simples fato da atenção colocada a paciente neste período crítico,

depende-se que possa ter corroborado para que a terapêutica obtivesse bons resultados.

E, por último, quer-se acrescentar a validade da terapêutica para a dismenorréia

primária.

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REFERÊNCIAS

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APÊNCICE A QUESTIONÁRIO

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1. Dados de identificação Nome: _____________________________________________________ . Idade: ______. Data de Nascimento: ___/___/___. Cidade: _____________________. Raça: ____________________. Profissão: _______________________. 2 Anamnese Menarca: _____________________. Ciclo menstrual: Regular ________. Irregular___________. Dias do ciclo: 28 dias ( ) 30 dias ( ). Outros____________. 3 Características das dores 1. Quando surgiram as primeiras dores menstruais? ( ) na juventude ( ) Alguns meses ou anos após as primeiras menstruações 2. Todas as menstruações são dolorosas? ( ) Sim ( ) Não 3. As dores vão se agravando, atenuamente ou permanecem iguais? ( ) Agravam ( ) Permanecem iguais 4. Qual é a cronologia da dor em relação a menstruação? ( ) inicia antes da menstruação ( ) inicia junto com a menstruação ( ) inicia na metade do período menstrual ( ) inicia no final do período menstrual 5. Quais as características da dor? ( ) Dores espasmódicas tipo contração de cólicas expulsivas, mais ou menos nítidas. ( ) É uma tensão pélvica permanente dando impressão de uma tensão que aperta toda a parece urgogenital. ( ) Estas dores são extremamente localizadas no aparelho genital ( ) Estas dores tendem a se irradiar para o reto ou anus. 6. A dor é isolada ou está ligada a alterações digestivas, urinárias, enxaquecas ou outros sintomas patológicos? ( ) Isolada

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( ) Ligada a alterações digestivas ( ) Ligada a alterações urinárias ( ) Ligada a enxaqueca ( ) Outras ________________________________________________. 7. Tem tolerância ao frio? ( ) Sim ( ) Não 8. Tem alergia ou outro tipo de restrição a aplicação de gelo? ( ) Sim ( ) Não 9 Faz uso de medicamento para dor quando com cólica? ( ) Sim ( ) Não No caso de sim, quais? ________________________________________. 10 Deixou de realizar atividades devido à dismenorréia? ( ) Sim ( ) Não No caso de sim, quais? _________________________________________.

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ANEXOS

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ANEXO A ESCALA VISUAL ANÁLOGA DA DOR

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1 ____________________________________________________ 10

Obs.: Sendo que 1 não tem nenhuma dor e 10 é uma dor insuportável.

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ANEXO B TERMO DE CONSENTIMENTO

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Eu, _____________________________________, célula de identidade nº

___________________, declaro que concordo plenamente com os termos do tratamento

fornecidas pelo professor __________________________________________.

Informo, outrossim, que estou ciente dos procedimentos, eventuais incômodos e

benefícios decorrentes do tratamento. E, que posso abandonar, por livre e espontânea vontade,

o referido tratamento a qualquer tempo, mas que, nesta condição, me torno responsável por

possíveis prejuízos e/ou riscos a que estou me expondo.

Tubarão (SC), ____/____/_______.

Assinatura _________________________________________

Nome por extenso do paciente voluntário

Assinatura _________________________________________

Nome por extenso do professor/pesquisador

Assinatura _________________________________________

Nome por extenso do acadêmico/auxiliar de pesquisa