o estado verde - edição 22413- 23 de dezembro de 2014

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ANO VI - EDIÇÃO N o 369 FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL Terça-feira, 23 de dezembro de 2014 Págs. 6 e 7 Pesquisadores da Nasa mapearam as emissões de CO 2 do planeta Observatório Orbital de Carbono identifica grandes concentrações de dióxido sobre o Brasil, o Norte da Austrália e o Sul da África. A região Centro-Oeste de nosso País destaca-se pela alta concentração do gás de efeito estufa. AQUECIMENTO GLOBAL Página 3 Setor dá destinação correta a embalagens descartadas. Os óleos lubrificantes usados ou contaminados, popularmente conhecidos como óleo queimado, além de poluir o solo, são considerados resíduos tóxicos perigosos para o meio ambiente e para a saúde humana. Um ramo que também adotou a logística reversa POSTOS DE COMBUSTÍVEIS ALERTA Concessionária de energia trabalha em esquema de plantão no Natal Com tantas luzes piscando, além da beleza, a decoração natalina também pode oferecer riscos. Por isso, a Coelce montou um serviço especial de atendimento ao cliente. Página 12 JUKA RODRIGUES

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: O Estado Verde - Edição 22413- 23 de dezembro de 2014

ANO VI - EDIÇÃO No 369FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL

Terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Págs. 6 e 7

Pesquisadores da Nasa mapearam as emissões de CO2 do planetaObservatório Orbital de Carbono identifica grandes concentrações de dióxido sobre o Brasil, o Norte da Austrália e o Sul da África. A região Centro-Oeste de nosso País destaca-se pela alta concentração do gás de efeito estufa.

AQUECIMENTO GLOBAL

Página 3

Setor dá destinação correta a embalagens descartadas. Os óleos lubrificantes usados ou contaminados, popularmente conhecidos como óleo queimado, além de poluir o solo, são considerados resíduos tóxicos perigosos para o meio ambiente e para a saúde humana.

Um ramo que também adotou a logística reversa

POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

ALERTAConcessionária de energia trabalhaem esquema de plantão no NatalCom tantas luzes piscando, além da beleza, a decoração natalina também pode oferecer riscos. Por isso, a Coelce montou um serviço especial de atendimento ao cliente. Página 12

JUKA RODRIGUES

Page 2: O Estado Verde - Edição 22413- 23 de dezembro de 2014

O “Verde” é uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento sustentável do Instituto Venelouis Xavier Pereira com o apoio do jornal O Estado. EDITORA: Tarcília Rego. CONTEÚDO: Equipe “Verde”. DIAGRAMAÇÃO E DESIGN: Rafael F. Gomes. MARKETING: Pedro Paulo Rego. JORNALISTA: Jessica Fortes e Elisangela Alves. TELEFONE: 3033.7500 / 8844.6873Verde

TARCILIA [email protected]

UM BOM EXEMPLO DE LEGISLAÇÃOEstá em vigor, em São Francisco, Cali-

fórnia, uma nova lei que reduz impostos para donos de terrenos, aquelas áreas que, comumente, chamamos por aqui, de baldias. O proprietário paga menos impos-tos, se disponibilizar esses espaços para o cultivo de hortas urbanas comunitárias, durante um período mínimo de 5 anos.

Dados do município americano indi-cam que o interesse dos cidadãos pela prática da agricultura urbana está au-mentando. A lista de espera para con-seguir um espaço para fazer uma horta chega até os dois anos.

Bem que poderíamos adotar essa me-dida. Canso de ver tantas áreas deso-cupadas, mal cuidadas, poluindo a pai-sagem ambiental de Fortaleza, muitas dessas áreas com o IPTU atrasado, sem qualquer função social e sendo ‘ceva-das’ por latifundiários, na grande maio-ria, para em um futuro próximo, serem vendidas. Além do mais, a horta urbana só traz benefícios, significa produção de alimentos mais perto do local de consu-mo, fortalecimento dos vínculos comu-nitários, alternativa de lazer saudável e barato e aumento da quantidade e quali-dade das áreas verdes na cidade.

E O SALÁRIO, OH!Enquanto o salário mínimo passou dos

atuais R$ 724 para R$ 790,00 - aumento de 9% -, deputados e senadores reajus-taram os próprios salários em 26,3%. Os deputados argumentaram que o aumen-to era necessário para corrigir a infl ação dos últimos quatro anos, quando houve o último aumento. Os congressistas ainda têm gastos com alimentação, moradia, gasolina, passagens aéreas e manuten-

ção do escritório parlamentar, bancados por verba pública.

Também, foram aprovados aumentos salariais para a presidente da República, ministros de Estado, ministros do STF e o procurador-geral da República. Detalhe, Dilma passará a receber menos do que um deputado federal.

Aqui, a pergunta que não cala: quem banca alimentação, saúde, moradia, transporte, gasolina e lazer aos milhões de brasileiros que terão de viver com R$ 2,164 por dia em 2015?

NATURA Conquista certifi cação B Corporation -

“Certifi eld Benefi t Corporation” pela sus-tentabilidade dos seus negócios. Um selo que reconhece empresas que empreen-dem em benefício da sociedade. As ins-tituições certifi cadas passam a ser reco-nhecidas como B Corporation ou B Corps.

Para celebrar, a Natura reuniu parcei-ros e especialistas, dia 9, em São Paulo, para discutir a evolução do modelo de gestão empresarial para uma nova eco-nomia, em mais um passo para o desen-volvimento sustentável, com o desafio de gerar impacto positivo para a socie-dade e meio ambiente.

Participaram do encontro “Pense Im-pacto Positivo”, especialistas da área de sustentabilidade, empresários, acadêmi-cos e terceiro setor. Na ocasião, a Natura apresentou sua nova visão de sustentabili-dade, e entre os princípios que orientaram o desenvolvimento do novo modelo de atuação estão: economia circular; consu-mo consciente; responsabilidade pela ca-deia de valor; geração de impacto social por meio de incentivo a educação e novos modelos de negócios sustentáveis.

Que o espírito natalino traga aos nossos corações a fé inabalável dos que acre-ditam em um novo tempo. Desejo Boas Festas e um Natal de muita alegria, com muitos presentes e consumo conscientes. Em especial, meu carinho aos leitores, patrocinadores e apoiadores do caderno O Estado Verde, não esquecendo os colegas do jornal O Estado, muito menos, os jornalistas parceiros, que durante todo o ano, nos presenteiam com sugestões de notícias, também.

Feliz Natal, saúde, harmonia e prosperidade!

ENTÃO É NATAL...

Coluna Verde

2 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

25 DE DEZEMBRO DE 2014Dia de Natal • O Natal é uma festa cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. Como diz a letra da canção, ‘Natal Todo Dia’, do Roupa Nova, é quando “um clima de sonho se espalha no ar, pessoas se olham com brilho no olhar, a gente já sente chegando o Natal, é tempo de amor, todo mundo é igual”. O termo natal deriva-se do latim ‘natalis’, que signifi ca nascer, ser colocado no mundo. Como adjetivo signifi ca também o lugar onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. Desde muito tempo, mesmo sendo uma come-moração cristã, é considerado por pessoas de diferentes crenças como o dia consagrado à reunião da família, à paz, à fraternidade e a solidariedade entre os homens.O Papai Noel, um dos maiores símbolos do Natal é inspirado em São Nicolau, um bispo católico que viveu no século IV e que costumava presentear as crian-ças em dezembro. O costume de enfeitar árvores faz parte de várias culturas é um ritual muito antigo que celebra a fertilidade da natureza. O hábito foi ado-tado pelos cristãos no século XVI. A tradição ganhou força na Alemanha, difun-dindo-se para outros países.

29 DE DEZEMBRO DE 2014Dia Internacional da Biodiversidade • A data foi instituída pela Organi-zação das Nações Unidas (ONU) para aumentar a conscientização das pessoas sobre a necessidade de se conservar e proteger a diversida-de biológica, ou seja, a variedade de vida no planeta.

O Atlas da Fauna Brasileira Ame-açada de Extinção em Unidades de Conservação Federais, publi-cado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em 2011, compilou 1.333 registros de 313 espécies da fauna ameaçada em 198 UCs federais. Isso repre-senta 50,6% das espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção protegidas em 63,9% das unidades administradas pelo Instituto.

AGENDA VERDE

Page 3: O Estado Verde - Edição 22413- 23 de dezembro de 2014

Agência espacial americana mapeia emissões de Dióxido de Carbono (CO2) . A Nasa acaba de divulgar

primeira leitura feita pelo Observatório Orbital de Carbono (OCO), lançado em julho deste ano, para monitorar o clima. O mapa, enviado por satélite, mostra distribuição de emissões de carbono no mundo. As áreas que mais concentraram dióxido de carbono foram o sul da África e a América do Sul. O CO2 é o gás que mais agrava o fenômeno do efeito estufa.

Os pesquisadores da Nasa decidiram mapear as emissões do dióxido – referên-cia métrica padrão para determinar o Po-tencial de Aquecimento Global (PAG) dos demais Gases de Efeito Estufa (GEE’s) – para ajudar cientistas a entenderem me-lhor como a atividade humana infl uencia o clima. Os dados foram colhidos entre o início de outubro até 11 de novembro, último. Os mapas evidenciam que os ga-ses são misturados por ventos, formando grandes manchas horizontais ao longo das linhas de latitude do planeta.

MÉTODOÉ possível identificar grandes con-

centrações de dióxido de carbono, indi-cadas pela cor vermelha, sobre o Brasil,

o Norte da Austrália e o Sul da África, provavelmente motivadas por queima-das na vegetação local, seja a floresta tropical brasileira ou a savana africana. O mapa também mostra elevadas con-centrações na América do Norte, Eu-ropa e China. Estas podem estar mais associadas a atividades industriais com uso de combustíveis fósseis.

O satélite da Nasa leva um único ins-trumento, o espectrômetro, que separa as várias cores da luz do Sol refl etida na su-perfície da Terra e analisa o espectro para determinar o quanto de dióxido de carbo-no e oxigênio molecular existe na amostra. O OCO produz mapas mensais do dióxido de carbono em regiões de 1,6 mil quilôme-tros quadrados da superfície da Terra com uma precisão de frações de 1%.

De acordo com o Observatório, os es-tados de Mato Grosso e de Goiás, na re-

gião Centro Oeste do Brasil, destacam--se pela alta concentração do gás de efeito estufa. Algumas áreas atingem, aproximadamente, 402.5 ppmv (par-tes por milho de volume). A explicação pode estar relacionada à atividade eco-nômica das duas unidades federativas, baseada no agronegócio.

De acordo com a agência ambiental dos Estados Unidos (EPA), a maior fonte de emissões de GEE provenien-tes de atividades humanas naquele país, é a queima de combustíveis fós-seis para a eletricidade, calor e trans-porte. No caso do Brasil, a principal, vem da queimada e derrubada de flo-restas. Segundo o estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Bra-sil 2008, produzido pelo IBGE, a des-truição da vegetação natural, em espe-cial na Amazônia e no Cerrado.

GEEUm dos maiores problemas ambien-

tais, que é considerado como um fenô-meno determinante para o futuro da humanidade e elemento essencial a ser considerado na elaboração de políticas públicas e estratégias de desenvolvimen-to global, é a emissão de gases-estufa. Os GEE´s prendem o calor e tornam o planeta mais quente. As atividades hu-manas são responsáveis por quase todo o aumento desses gases na atmosfera nos últimos 150 anos.

DIÓXIDO DE CARBONOO dióxido de carbono é proveniente da

queima de combustíveis fósseis e matéria orgânica e desfl orestamento. O potencial de aquecimento global de uma molécula de dióxido é usado como referência mé-trica padrão para determinar o potencial de aquecimento global (PAG) dos demais Gases de Efeito Estufa (GEE’s).

Todos os anos, mais de 40 bilhões de to-neladas de carbono são jogadas na atmos-fera, causando concentrações recordes de gases do efeito estufa. Metade desse carbono fi ca na atmosfera. O resto é ab-sorvido por oceanos e vegetação terrestre. Pesquisadores procuram saber para onde todo esse carbono está indo e se os siste-mas naturais estão perdendo sua capaci-dade de absorver parte dessa poluição.

3FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

Observatório Orbital de Carbono, da Nasa, lançado em julho para monitorar as emissões do planeta, mostra os lugares de maior concentração de dióxido de carbono no planeta

Mapa feito via satélite mostra concentração de emissão de carbono

EFEITO ESTUFA

POR TARCILIA [email protected]

DIVULGAÇÃO/NASA

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4 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

O IBGE acaba de lançar o Mapa Político do Brasil na escala 1:2.500.000 (1cm=25km). Em

versão impressa e digital, o trabalho consiste em uma representação carto-gráfi ca de todo o território brasileiro, informando a distribuição espacial das capitais e cidades, com destaque para as de maior população. Esse mapa é utilizado como referência em projetos geocientífi cos, fornecendo suporte aos tomadores de decisão para o macropla-nejamento do país e para geração de di-versos mapas em escalas menores.

O Mapa Político do Brasil 1:2.500.000, devido a sua ampla di-mensão (1.800mmX2.260mm), é dis-ponibilizado nas suas versões, impres-sa e digital, dividido em 4 quadrantes, a fim de possibilitar sua impressão e manuseio. O produto, completo e por quadrantes, no formato PDF poder ser baixado através do linkftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/ma-pas_murais/Brasil2500_2014/.

As cartas imagem proporcionam uma visão atualizada do território,

compatível com os requisitos de re-presentação da escala, e apresentam a denominação dos elementos geo-gráficos de maior relevância. Devido à característica simplificada desse produto, a sociedade pode dispor das informações de forma mais rápida do que em relação à produção de uma fo-lha topográfica completa.

Elaborado a partir da Base Carto-gráfica Contínua do Brasil na escala de 1:1.000.000 (1cm=10km), o mapa é composto por limites estaduais e internacionais, feições hidrográficas, pontos extremos, sistema de transpor-te, vegetação, energia e comunicações. A edição de 2014 traz a atualização da distribuição territorial brasileira, cor-respondente aos 5.570 municípios do Brasil. A versão do Mapa Político do Brasil divulgada hoje pelo IBGE retra-ta a situação populacional com base no Censo Demográfico de 2010.

Desde 1940, o IBGE produz o Mapa Político do Brasil. Essa edição retra-ta a evolução da divisão territorial do Brasil até hoje.

Instituto lança Mapa Político do Brasil

IBGE

JORNALISTA E ESCRITOR

PROPRIEDADE RURAL A Carta Constitucional brasileira, no art.

186, inc. II, estabelece, por exemplo, que a propriedade rural cumpre a sua função social quando atende, entre outros requisi-tos, à preservação do meio ambiente. Com efeito, a Lex Magna está determinando, de fato, que proprietário rural deve exercer o seu direito de propriedade obedecendo os requisitos que proporcionam a preservação da qualidade ambiental. Destarte, o exercí-cio de seu direito de propriedade só será considerado legítimo se a determinação constitucional for observada.

BENEFÍCIO DA COLETIVIDADE

Neste aspecto jurídico da questão, vale ressaltar a análise profi ciente do então Ministro do STF, Eros Roberto Grau, para quem a admissão do princípio da função social (e ambiental) da propriedade tem como conseqüência básica fazer com que a propriedade seja efetivamente exercida para benefi ciar a coletividade e o meio ambiente (aspecto positivo), não bastando apenas que não seja exercida em prejuí-zo de terceiros ou da qualidade ambiental (aspecto negativo).

ADEQUAÇÃO AMBIENTAL

Em razão da concordância da doutrina neste pé, enfatize-se o fato de que a função social e ambiental não constitui um simples limite ao exercício do direito de propriedade, como aquela restrição tradicional, por meio da qual se permite ao proprietário, no exercí-cio do seu direito, fazer tudo o que não pre-judique a coletividade e o meio ambiente. Diversamente, a função social e ambiental vai mais longe e autoriza até que se impo-nha ao proprietário comportamentos positi-vos, no exercício do seu direito, para que a sua propriedade concretamente se adeqúe à preservação do meio ambiente.

CÓDIGO FLORESTAL Lembremos, por exemplo, o que defi ne

o novo Código Florestal (LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012). O diploma estabe-lece, no art. 2º, que as fl orestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, reconhecidas de uti-lidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitan-tes do País, exercendo-se os direitos de propriedade COM AS LIMITAÇÕES QUE A LEGISLAÇÃO EM GERAL E ESPECIAL-MENTE ESTA LEI ESTABELECEM. (grifo meu). Todavia, o que se vê é o desrespeito generalizado ao Código Florestal. Isto, em havendo capilaridade da fi scalização, en-sejaria as penalidades impostas pela lei.

OBEDIÊNCIA À LEI

O professor Paulo Affonso Leme Macha-do, especialista em Direito Ambiental, fun-da-se no artigo 18 do referido Código, para sustentar a possibilidade de impor ao pro-prietário a recomposição da vegetação de preservação permanente, nesses casos. Ademais, o princípio da função social e ambiental da propriedade elimina, de uma vez por todas, qualquer dúvida que poderia haver nessa matéria. E dá respaldo cons-titucional para uma imposição coativa ao proprietário, inclusive pela via judicial, com vistas a recomposição da área de preser-vação permanente, independentemente de ter sido ele o responsável ou não pelo desmatamento e ainda que jamais tenha existido vegetação na área em questão.

FELIZ NATALDesejo aos que me honram com sua

leitura semanal, um mar de amores, de sorrisos e alegrias neste Natal. E que o ano de 2015 seja de amazônicas felici-dades para todos, uma fl oresta verde-jante de profícuas realizações.

PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL E AMBIENTAL DA PROPRIEDADESexto princípio a ser exposto neste espaço, a função social da propriedade foi

reconhecida expressamente pela Constituição de 1988, nos arts. 5º, inc. XXIII, 170, inc. III e 186, inciso Ao afi rmar-se que existe uma função social que deve ser exercida na propriedade, quer-se com isto dizer que ao proprietário se impõe o dever de exer-cer o seu direito de propriedade, não mais unicamente em seu próprio e exclusivo interesse, mas em benefício da coletividade, sendo precisamente o cumprimento da função social que legitima o exercício do direito de propriedade pelo seu titular.

Comissão que trata da transposição do rio aprova relatório de trabalhos

SÃO FRANCISCO

A Comissão do Senado que acom-panhou as obras da transposição do Rio São Francisco, aprovou relatório dia 19. Segundo noticiado na Rádio Senado, o relator Humberto Costa , do PT de Pernambuco, apresentou o relatório dos trabalhos da Comissão, defendeu a realização da obra e a continuidade dos trabalhos de acom-panhamento pelo Senado ao solicitar a criação de uma nova comissão de acompanhamento na legislatura que iniciará em 2015.

Segundo Humberto Costa, “em primeiro lugar, é preciso prosseguir acompanhando as obras de transposi-ção, cuja conclusão está prevista para 2015 e de revitalização, que são requi-sitos para a oferta de abundante de re-

cursos hídricos depois de terminadas as obras. É por essa razão que propo-mos a criação de uma nova comissão para acompanhar essas iniciativas na próxima legislatura” .

O projeto tem 477 quilômetros de canais, quatro túneis, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e 27 reservatórios. As obras foram iniciadas em 2007, com previsão para serem concluídas em 2010. Entretanto só devem ser fi nalizadas em dezembro de 2015. O custo total estimado au-mentou de R$ 4,2 bilhões para R$ 8,2 bilhões. A meta é levar a água do Rio São Francisco a 12 milhões de pes-soas em quatro estados nordestinos: Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

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5FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

POR MARCELO CARVALHO*

Nossas abelhas nativas– exímias polinizadorasUmas das doces lembranças que

tenho de minha infância, nas idas à casa de minha vó em Pa-

cajus, era o delicioso mel que ela sem-pre tinha guardado fruto das nossas abelhas indígenas, fl uido, levemente ácido e fl oral. Mel de jandaíras e Canu-dos e outras tantas joias aladas especia-listas em polinizar nossa fl ora nativa. A verdade é que as abelhas polinizadoras incansáveis estão desaparecendo, desde o começo dos anos 90 tem se observado o sumiço rápido e até então misterioso no mundo todo. Fato preocupante, dado a importância delas não só pelos produ-tos que nos fornecem, mas também pelo seu valioso trabalho como polinizado-ras, tendo esses agentes um papel chave na manutenção da diversidade, pois são essenciais para a maior parte das plan-tas com fl ores, e assim para o próprio ecossistema, sustentando as popula-ções de plantas que muitos outros ani-mais utilizam como alimento e moradia. (Sheperd et al. 2003, Klein et al. 2007). Incluindo aí o próprio homem, estima--se que um terço da alimentação huma-na dependa direta ou indiretamente da polinização realizada por abelhas. Hoje se sabe que o desaparecimento das abe-lhas está ligado ao uso de agrotóxicos.

Nossas abelhas nativas estão numa situação muito pior. Jataís, Uruçus, Tiúbas, Irapuás, Jandaíras, Canudos e outras sofrem com a predação do am-biente, coleta indiscriminada de colô-nias na natureza ou do mel sem manejo adequado e com o já citado o uso dos agrotóxicos. Outro ponto é lapso cultu-ral muito infl uenciado pela introdução e criação das abelhas melíferas do gênero Apis, desde o século XVIII, que trouxe junto toda uma bagagem de manejo e criação estabelecida em torno do gênero 500 anos antes na Europa, sufocando de certo modo, o estudo, manejo e cria-ção dos Meliponíneos.

As abelhas sem ferrão das quais es-tão incluídas nossas abelhas indígenas, são insetos sociais de ampla distribui-

ção geográfi ca e diversidade. O conhe-cimento sobre as abelhas sem ferrão é muito antigo quando comparado com as atividades envolvendo, na América, as abelhas Apis melífera (popularmen-te chamadas de europeias, italianas ou africanas). Os povos indígenas há sé-culos se relacionam com os meliponí-neos (abelhas nativas), seja criando-os ou explorando-os de forma predatória. Essa herança cultural indígena esta presente até mesmo nos nomes popu-

lares das abelhas: Tataíras, Guarupu, Mombuca e tantas outras. Engraçado que o alimento produzido por elas não pode nem ser chamado de mel. A le-gislação vigente se baseia em padrões físico-químicos do mel produzido por abelhas estrangeiras. Para ser consi-derado como mel, o produto das abe-lhas indígenas deveriam ter umidade máxima de 20% - mas chega a 35% - e pelo menos 65% de açúcares redutores (tem 50%). Culpa de um regulamento

de 1952, da época de Getúlio Vargas. (Janaina Fidalgo).

Uma das habilidades especiais das abelhas nativas é a polinização por vi-bração do abdômen. Trata-se de um in-teressante e efi ciente método de coleta de pólen pelas abelhas em fl ores com anteras tubulares. Nesse tipo de coleta de pólen, as abelhas usam sua muscu-latura do abdômen para vibrar as an-teras e liberar o pólen. Cada vez mais é necessário expandir o conhecimento sobre nossas abelhas indígenas e as in-terações das mesmas com as plantas nativas e agrícolas, esses estudos servi-rão como base para a conservação des-ses polinizadores e nos processos por eles desempenhados nos ecossistemas e na agricultura. Essas preciosidades aladas de grande função ecológica merecem continuar voando por ai po-linizando e produzindo esse mel deli-cioso, obra que alquimista nenhum é capaz de elaborar.

REFERÊNCIASNunes-SILVA, PATRICIA; HRNCIR,

MICHAEL& IMPERATRIZ-FONSE-CA, VERA LUCIA. 2010 A Polinização por abdômen. Universidade de São Paulo, 141-143.

VILLAS-BÔAS, JERÔNIMO. 2012. Manual tecnológico Mel abelhas sem ferrão. Instituto sociedade População natureza. 11-19.

DIVULGAÇÃO

Page 6: O Estado Verde - Edição 22413- 23 de dezembro de 2014

6 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

POR JESSICA [email protected]

LOGÍSTICA REVERSA

Postos dão destinação correta a embalagens contaminadas

Ao fazer uma troca de óleo lubrifi -cante no veículo em um estabele-cimento qualquer, o consumidor

quase nunca imagina que a atitude pode signifi car um ato que pode gerar sérios impactos para o meio ambiente. Caso o estabelecimento escolhido para o ser-viço não faça parte de um programa de recolhimento de óleo usado e contami-nado, o descarte indevido pode resultar em contaminação química e os danos podem ser irreversíveis.

Os Óleos Lubrifi cantes Usados ou Contaminados (Oluc), vulgarmente co-nhecidos como óleo queimado, além de contaminar o solo, são considerados resíduos tóxicos perigosos, não só para o meio ambiente, como também, para a saúde humana. A responsabilidade so-bre os resíduos sólidos deve ser compar-tilhada por todos os agentes da cadeia de produção e consumo.

Pensando em garantir uma destina-ção ambientalmente correta e econo-micamente viável aos produtos tóxicos e contribuir para a sustentabilidade dos recursos naturais, alguns postos de combustíveis contratam empresas para fazer o recolhimento deste material e dar uma destinação adequada a eles. Em Fortaleza, uma parceria fi rmada entre o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos) e a Ultralimpo Soluções Ambientais re-colhe, recicla e transforma, o que antes era considerado lixo, em energia para as usinas cimenteiras.

As embalagens e outros materiais contaminados com óleos lubrificantes coletados nos postos de gasolina pas-sam por alguns processos e são trans-formados em combustível para a in-dústria de cimento. Segundo o gerente executivo da Ultralimpo, Danísio Sil-va, mensalmente são recolhidos cerca de 30 toneladas de resíduos, que após

passar por processo de blendagem téc-nica, são encaminhados para uma usi-na localizada em Sobral, no interior do Estado e viram energia para a produ-ção do cimento.

“O material coletado é transportado para o galpão de reciclagem da Ultra-limpo e passa por um processo de tritu-ração e blendagem técnica que consiste em adicionar pó de madeira ao material.

A blendagem transforma o resíduo em sólido e após isso nós enviamos para as usinas, que co-processam esse material e utilizam como combustível na fabrica-ção do cimento”, explica Danísio.

FALTA CONSCIÊNCIA AMBIENTALApesar de a parceria já ter três anos,

de acordo com o assessor econômico do Sindipostos, Antônio José, apenas

10% dos 300 postos de combustíveis da Capital aderiram ao programa que dá uma destinação correta aos resíduos contaminados. Ele conta que ainda falta consciência ambiental dos envolvidos, mas que muitos trabalhos de divulgação sobre a importância do processo, estão sendo realizados, com o objetivo de con-seguir mais adesões.

“Os empresários precisam atentar

Material coletado passa por processo de blendagem e, ao final, transforma-se em fonte de energia na indústria cimenteira. O que era lixo vira uma nova matéria-prima

FOTOS: JUKA RODRIGUES

Page 7: O Estado Verde - Edição 22413- 23 de dezembro de 2014

7FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

SAIBA MAIS• A HP fornece soluções de

reciclagem em mais de 50 paí-ses do mundo. Desde o início do HP Planet Partners, o programa já recolheu 500 milhões de car-tuchos em todo o mundo. A em-presa certifica-se de que todos os cartuchos de impressão originais, devolvidos através do programa, são submetidos a um processo de reciclagem de várias fases com tecnologia de ponta.

O óleo lubrifi cante usado ou contami-nado, por não ser biodegradável, leva dezenas de anos para desaparecer do ambiente e quando descartado indevi-damente, causa grandes prejuízos, por exemplo:

- 01 litro de óleo lubrifi cante usado ou contaminado pode contaminar 1 milhão de litros de água, contamina 1.000 m² de superfície aquosa (forma uma ca-mada superfi cial tóxica que difi culta a passagem de luz e as trocas de oxigênio, causa a queda da fotossíntese aquática e a morte da fauna e da fl ora)

- A água contaminada é facilmente absorvida pelos organismos e mata tudo à sua volta.

- Inutiliza totalmente o solo atingido, tanto para a agricultura, quanto para a edifi cação;

- Geralmente causa poluição hídrica superfi cial

- Impacta o lençol freático e os aquífe-ros (reserva de água potável do futuro)

para a importância desse descarte e destinação correta, acredito que quando houver obrigatoriedade, as adesões aumentem. Os órgãos de fiscalização estão muito envolvidos e a política de resíduos sólidos já fala dos perigos do descarte incor-reto”, comenta.

EMPRESA ESPECIALIZADAA Ultralimpo é especializada no

gerenciamento de resíduos e atua nas áreas de indústria, postos de combustíveis, shoppings, hotéis, su-permercados, condomínios e restau-rantes, realizando treinamentos e consultoria ambiental, implantação da coleta seletiva, manuseio e segre-gação de resíduos, além de coleta, transporte e destinação final de re-síduos contaminados, controle de in-dicadores, entre outros serviços.

Além de atuar com soluções am-bientais, a Ultralimpo conta com a Gestão Integrada de Resíduos, um sistema que integra toda a cadeia, desde a sua geração até a sua desti-nação final, que se desenvolve nas instalações do cliente de acordo com as suas necessidades. O con-ceito de TWM – Total Waste Ma-nagement, também desenvolvido pela empresa, pode ser entendido como o conjunto de medidas e con-trole sistemático da coleta, segre-

gação na fonte, estocagem, trans-porte, processamento, tratamento, recuperação e disposição final de resíduos, que visam garantir que objetivos oriundos da norma NBR – ISO 14.001, possam ser alcança-dos através da gestão ambiental.

A empresa possui Licença de Ope-ração expedida pela Semace, cadas-tro federal do Ibama, certificado de MOPP/ Seguro Ambiental, certifica-ção de destinação final dos resíduos coletados e relatório mensal de au-tomonitoramento dos resíduos para compor os outros processos de Li-cenciamento Ambiental.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei nº 12.305, de 02/08/2010 re-gulamentada pelo Decreto 7.404 de 23/12/2010. Entre os conceitos introduzidos em nossa legislação ambiental pela PNRS estão: a res-ponsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a logísti-ca reversa e o acordo setorial.

Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: é o “conjunto de atribuições individua-lizadas e encadeadas dos fabrican-tes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejei-tos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde hu-

mana e à qualidade ambiental de-correntes do ciclo de vida dos pro-dutos, nos termos desta Lei.”

Logística reversa: é “o instrumen-to de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios des-tinados a viabilizar a coleta e a resti-tuição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos pro-dutivos, ou outra destinação”.

“A Lei 12.305/2010 dedicou es-pecial atenção à Logística Reversa e definiu três diferentes instru-mentos que poderão ser usados para a sua implantação: regula-mento, acordo setorial e termo de compromisso.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Logística Reversa

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8 FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

Projetos que poderão tornar mais rápido o processo de Licenciamento Ambien-tal foram apresentados no último dia

18 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambi-ente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ib-ama) e Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Entre outras ações, eles vão permitir que o setor de exploração de petróleo e gás tenha acesso a informações que contribuam para o licenciamento.

O trabalho faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), assinado en-tre os dois institutos no ano passado. Isso ocorreu, após discussões do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) a partir de 2008, que identifi caram a necessidade de aprimorar o processo de licenciamento e planejamento de oferta de blocos para ex-ploração de petróleo e gás. Ao todo, estão previstos 12 projetos que, juntos, poderão diminuir pela metade o tempo de tramita-ção de todo processo de licenciamento am-biental para a área de petróleo e gás.

O presidente do Ibama, Volney Zanardi, ressaltou que o órgão está aberto a sugestões dos setores interessados em agilizar o licenci-amento, desde que as soluções apresentadas não comprometam a qualidade e o rigor do

processo de licenças. Disse que estão traba-lhando uma série de ferramentas, sistemas, estudos, procedimentos de uma forma artic-ulada com o setor [de petróleo] para ganhar uma melhor efetividade e efi ciência no licen-ciamento. “A difi culdade que nós temos é sobre o nível de detalhamento de alguns estudos, mas existe toda uma abertura do Ibama para discutir com o setor. Esse processo precisa se consolidar e essa dis-cussão de alternativas tem que ser pro-postas pelo setor em si”.

O presidente do IBP, João Carlos de Luca, disse que os projetos são de médio e longo prazos, que o IBP trabalha para en-contrar soluções que vão benefi ciar a todos a médio e longo prazo. Ele disse ainda que, no curto prazo, ainda existem discussões. “Tudo o que nós estamos fazendo vai facili-tar em tudo, mas no curto prazo ainda não. E o Ibama tem consciência disse e estimula que nós levemos sugestões”.

Um dos projetos, o Manual de Resíduos Sólidos, é um guia que traz as condições que os prestadores de serviço devem seguir para melhorar o manuseio dos resíduos de perfuração. O manual será lançado em 2015 na forma de cartilha, quando o IBP também vai oferecer cursos para os trabalhadores

em uma parceira com o Senai. Outro, é a Análise de Risco Ambiental Offshore, que reúne experiências de outros países e sugestões para o aperfeiçoamento do ger-enciamento de risco ambiental nas ativi-dades de exploração. O documento já foi entregue ao Ibama e também será lançado na forma de guia no próximo ano.

Além disso, foi formada uma parceria en-tre os dois institutos que criaram o Portal de Educação Ambiental (www.peabc.com.br),

que integrará as iniciativas das operadoras de petróleo da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. O portal é voltado para a comu-nidade que vive próximo aos campos de produção. Mais um projeto lançado hoje, Estudo do Estado da Arte dos Rodolitos – disponibiliza informações técnicas para orientar o licenciamento de atividades de petróleo e gás em áreas que tenham a presença dessas algas calcárias, nas águas rasas da costa brasileira.

Ibama e IBP lançam projetos para acelerar licenças

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Trabalho faz parte de um acordo de cooperação técnica. Um dos projetos, o Manual de Resíduos Sólidos, é um guia para melhorar o manuseio dos resíduos de perfuração

*Com informações da Agência Brasil.

Selo Verde: Hoje, Conpam certifi ca nove municípios cearenses Selo Município Verde. O Governo do Esta-

do, através do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), realiza hoje, a solenidade de Certifi cação do Selo Municí-pio Verde para nove municípios cearenses. A cerimônia acontece às 9 horas, no auditó-rio espaço das águas, da Companhia de Ges-tão de Recursos Hídricos (Cogerh). O anún-cio dos agraciados será feito pela presidente do Conpam, Virgínia Carvalho anuncia os agraciados: Barreira, Brejo Santo, Caucaia, Crateús, Crato, General Sampaio, Iguatu, Novo Oriente e Piquet Carneiro.

O programa, instituído pela Lei Estadu-al n.º 13.304/03 e regulamentado pelos Decretos n.º 27.073/03 e n.º27.074/03, chega a sua 10ª edição. Este ano foram 110 municípios inscritos, dos quais 77 apresentaram a documentação necessária. Após os procedimentos de análise docu-mental, visitas técnicas e análise de recur-sos, foram nove aprovados.

De acordo com o regulamento, serão cer-tifi cados com o Selo Município Verde, todos os municípios que obtiverem o mínimo de 50 pontos na classifi cação geral nas catego-

rias A, B e C. O município de Barreira foi o melhor pontuado, com 73,80 pontos, único na categoria B. Nenhum atingiu a categoria A. Os outros oito municípios fi -caram na categoria C.

A Primeira condição para que o município se inscreva é ter em funcionamento o Conse-lho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), além de incentivar para que as políticas ambientais relativas aos resíduos sólidos também sejam praticadas, criando canais para a efetiva participação da socie-dade nas defi nições das prioridades.

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9VERDE

FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

MERCADO DE APARAS

Somente em 2013, os cooperados e os catadores independentes receberam R$ 286,4 milhões pela venda de aparas de papel. O segmento reúne cerca de 1.000 empresas em todo o País

A reciclagem de papel no Brasil

A Associação Nacional dos Apa-ristas de Papel (Anap) acaba de divulgar Relatório Anual 2013-

2014 com informações detalhadas so-bre o setor. De acordo com o consultor da Anap e diretor da Anguti Estatística, Pedro Vilas Bôas, responsável pelo le-vantamento dos dados do Relatório, em 2013º mercado estava desaquecido para a atividade. Em entrevista ao portal do Compromisso Empresarial Para Reci-clagem (Cempre), disse que a oferta de material foi baixa e que “os preços es-tavam baixos e os catadores fi caram de-sestimulados com a atividade”.

Com o mercado da reciclagem ‘meio parado’, naquele momento, os catado-res buscaram e encontraram emprego na construção civil, quando o setor esta-va aquecido. “Mas o aumento de preços observado em 2013, aliado ao fi m das grandes obras, provocou o retorno dos catadores ao segmento, recompondo a oferta no exato momento em que a de-manda enfraquecia, o que levou à queda de preços do material”.

PREÇOSOs preços das aparas estão caindo.

Ainda de acordo com a entrevista con-cedida ao Cempre, Vilas Bôas disse que “o ano de 2014 está sendo difícil para os aparistas, principalmente pelo desempe-nho da economia no segundo trimestre que, em função da Copa do Mundo e do consequente excesso de feriados, regis-trou redução na demanda, provocando forte queda nos preços.” Em 2013, a taxa de recuperação de papéis recicláveis no Brasil foi de 58,9%. O maior índice fi cou com os papéis ondulados e kraft: 78,4% de taxa de recuperação.

Entende-se por aparas de papel, sobras ou fragmentos, pontas de um material que se apara ou desbasta. Inicialmente, considerado resíduo ou resto, as aparas de papel, papelão ou outros, de uma in-dústria de papel e celulose, por exempli, vira matéria-prima para a indústria de reciclagem e transformação.

SEGMENTOO segmento de aparas reúne cerca de

1.000 empresas em todo o País. Mas o que faz o aparistas? “Para responder de forma simplifi cada”, conforme o Rela-tório Anual do setor, pode-se dizer que toda a adequação entre oferta e demanda por aparas é feita pelas empresas do co-mércio atacadista de material reciclável ou simplesmente aparistas, que coletam, classifi cam e distribuem o material onde quer que ele seja demandado, o que exige uma logística complexa, pois o consumo, nem sempre, encontra-se próximo às áreas produtoras.

O aparista é o empresário responsá-vel pela compra de aparas dos pequenos comerciantes, dos sucateiros, das asso-ciações, das pequenas empresas, sobras de produção gráfi ca, de bancos, de su-

permercados, de escolas, dentre outros. Ou seja, trabalham com aparas de papéis totalmente recicláveis para as indústrias.

DIFICULDADES E OPORTUNIDADESSegundo o consultor, as maiores di-

fi culdades para o segmento passam, principalmente, pela falta de padrão de crescimento do País. “Essa oscilação gera momentos de profundo desequilíbrio entre a oferta e a demanda de material, trazendo fortes variações nos preços que são prejudiciais a todos os players da ca-deia da reciclagem de papel”.

Já as maiores oportunidades vieram com a implantação da nova Política Na-cional de Resíduos Sólidos (PNRS), “se exitosa, levará à reordenação do seg-

mento de reciclagem no Brasil, não ape-nas de papel, mas de todos os materiais recicláveis. Se trabalharmos bem, isso poderá ser benéfi co para todos . O fator essencial é a desoneração da cadeia. Caso isso aconteça, teremos uma nova e pro-missora era para a reciclagem de papel”.

TIPOS DE APARASNo Relatório, consta que há 31 tipos

de aparas de papel no Brasil. O consul-tor destaca, quais são os mais represen-tativos. Explica que as aparas podem ser divididas em quatro grandes gru-pos: aparas de papel marrom (ondu-lados e kraft), aparas de papel branco com pasta de alto rendimento (jornal e revista), aparas de papel branco sem pasta mecânica (offset e couché) e apa-ras de papel-cartão. As aparas de pape-lão ondulado respondem por cerca de 70% do total comercializado no País.

IMPORTÂNCIA DOS CATADORES Ainda, segundo Vilas Bôas , as coo-

perativas e catadores respondem por cerca de 20% do volume entregue aos aparistas e, se for considerado que uma das fontes de material dos sucateiros, também, é o catador, conclue-se que, um grande percentual do material cole-tado vem desses trabalhadores, geran-do renda de forma signifi cativa para as camadas mais pobres da população.

“Em 2011, quando fi zemos o primei-ro levantamento estatístico, as coope-rativas representavam 7% do material coletado pelos aparistas e, em 2013, já tinham dobrado sua participação. Há, porém, espaço para o crescimento que deve ocorrer à medida que as coopera-tivas se estruturem e se fi rmem no ce-nário econômico nacional.”

Os dados apontam que, somente em 2013, os cooperados e os catadores independentes receberam, aproxima-damente, R$ 286,4 milhões pela ven-da de aparas de papel, quantia três vezes maior do que em 2011. O valor das aparas de papel está sujeito a va-riações fortes de um ano para o outro e que, em 2013, estava apresentando boa cotação.

DIVULGAÇÃO

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VERDE

A reciclagem inteligente das gar-rafas torna-se uma ótima opção de sustentabilidade, mas, para o lixo virar um novo produto para consu-mo, é indispensável a participação de cidadãos conscientes. A recicla-gem do PET é feita por empresas especializadas, mas todo o processo só começa quando cada um começa a ‘fazer a sua parte’. Por exemplo: separar o lixo na fonte geradora de forma a incentivar a prática da

coleta seletiva. A não se-gregação dos resíduos

inviabiliza o processo industrial de reciclagem.

“A indústria têxtil é a maior usu-ária de PET reciclado”, de acordo com a Associação Brasileira da In-dústria do PET (Abipet). A partir de um processo especial de extru-são, fibras de poliéster são produ-zidas diretamente das garrafas re-cicladas. “Tais fibras têm inúmeras aplicações, desde roupas até man-tas geotêxteis, que ficam invisíveis sob o solo, mas que cumprem

funções importantes.

Um dos usos mais difundidos é o de revestimentos automotivos: 100% dos carros nacionais usam carpetes de PET reciclado.”

Segundo a empresa, Fujiro Eco-textil, a partir de fibras de garrafas PET, são necessárias 2,5 garrafas, mais ou menos, para a produção de uma camiseta ecológica. “Não é a toa que retiramos mais de 4 milhões de PET do meio ambiente.”

REAPROVEITAMENTO: As garrafas PET são to-talmente recicláveis, possuem fibras altamen-

te resistentes e maleáveis, podendo ser reaproveitadas para a confecção de fios.

COMO OS FIOS SÃO FEITOS: Para a produção dos fios, as garrafas PET são separadas por cor, moídas e des-contaminadas. Após este processo são fundidas a 300°C para filtragem de impurezas. Finalmente são mol-dados em filamentos para a tecela-gem de malhas.

PRODUTOS COM FIOS RECICLADOS: As camisetas ecológicas são feitas com 50% de poliéster proveniente de gar-rafas PET, trançadas com 50% de al-godão. O resultado é uma malha ma-cia, resistente e confortável. Para cada camiseta são retiradas 2,5 garrafas do meio ambiente.

Fontes: Abipet - www.abipet.org.br e Fujiro Ecotextil - www.fujiro.com.br

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM

Tudo começou com a campanha “Vida na Seca”, no fi nal de 2012, que tinha como objetivo ajudar os sertanejos

que estavam sofrendo com a estiagem que castigava o interior do Ceará. Solidário ao sofrimento das comunidades afetadas, o publicitário Rafael Studart, desenvolveu uma coleção de camisetas temáticas que foram comercializadas em todo o Brasil e o lucro das vendas, destinado às famílias do município de Milhã, no interior do Estado, uma área muito impactada com a seca.

O sucesso dessa campanha trouxe es-tímulo e coragem para que Rafael cri-asse uma marca que, além de transmitir uma mensagem ecológica, pudesse mo-bilizar os usuários das redes sociais em práticas sustentáveis e solidárias. Se-gundo Rafael, atualmente a página da

VIDAbr conta com quase 800.000 se-guidores em sua fanpage.

“Com esta campanha, nós arrecada-mos 16 mil litros de água potável e três toneladas de alimentos que benefi cia-ram cerca de 50 famílias. Foram poucas unidades familiares, mas o importante é que todas foram abastecidas por bas-tante tempo”, disse.

CAPACITAÇÃOOutro ponto interessante, é a fabricação

das etiquetas que utiliza papel reciclado e é transformada em papel semente. “Ou seja, a etiqueta, se plantada, ou mesmo descartada, vai trazer vida, dela nascerá uma planta”, explica. Para auxiliar nos processos de reciclagem e criação do pa-pel semente, a VIDAbr capacitou jovens de uma associação que trabalha com de-pendentes químicos, oportunizando gera-ção de renda para a entidade.

“Nós capacitamos e investimos nos jo-vens do Projeto Resgate, de forma que eles fabricassem o papel semente, a partir do nosso papel descartado. O projeto desen-volveu e, atualmente, é o único que produz papel semente aqui no Ceará. Eles fazem um trabalho muito bonito, produzindo cartões, convites, crachás, marcador de páginas, enfi m, uma série de materiais in-teressantes, tudo de forma independente e sustentável”, comemora.

AJUDA AO MEIO AMBIENTEAs camisetas são confeccionadas

com tecidos provenientes da recicla-gem de garrafas PET (Poli Etileno Tereftalato) e algodão orgânico. Para cada peça fabricada, são retiradas cerca de duas garrafas PET do meio ambiente. Rafael explica que o tecido é comprado de uma indústria que faz o benefi cia-mento do material, mas o projeto é in-

stalar uma usina deste tipo no Ceará.Para 2015, Rafael faz segredo, mas con-

fi rma novos projetos, como “Eu crio um Mundo Renovável”, que benefi ciará os ca-tadores de lixo. “Não posso dar detalhes da campanha, quero fazer surpresa, mas cer-tamente será um sucesso, pois nosso obje-tivo é incluir socialmente os catadores de lixo, que vivem marginalizados”, fi naliza.

IDEIA BRILHANTEAlém de ecológicas, as camisetas que

surpreendem pelo processo de con-fecção, também, surpreendem pela brilhante ideia: o efeito solar ou fo-tossintético das peças, cujas estampas, produzidas com material especial, apa-recem quando expostas ao sol.

SERVIÇOPara adquirir as camisas basta entrar no

site http://www.vidabr.com.br/.

Marca aposta no social e ganha sustentabilidade

ROUPAS ECOLÓGICAS

Quando é possível vestir uma causa e ajudar ao meio ambiente. Fibras que já foramPET, um dia, hoje são camisetas temáticas, ecológicas e também, moeda socialPOR JESSICA [email protected]

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FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

VERDE

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Além de uma grande diversida-de cultural e de saberes, o Se-miárido nordestino, também é

marcado por uma diversidade de sa-bores. Que tal colocar na sua ceia de Natal uma pitada dos ricos aromas, cores e sabores da região? Para co-lorir e alegrar ainda mais a sua mesa neste dia especial sugerimos uma en-

trada e uma sobremesa, bem regio-nais, utilizando produtos da Caatinga na elaboração dos pratos, que além de saborosos e saudáveis, são simples e fáceis de preparar. A sugestão é da nutricionista Neide Rigo, consultora do Programa Tecendo Elos, realiza-do pela Coopercuc em parceria com o Programa Semear.

Jovens estudantes e pes-quisadores de todo o mun-do têm a oportunidade de receber uma bolsa de US$ 10 mil para patrocinar pro-jetos na área de transpor-tes e efi ciência energética. O aporte é oferecido atra-vés de patrocinadores pelo

projeto norte-americano Lee Schipper Memorial Scholarship.

De acordo com o infor-mativo ofi cial, não existem restrições quanto à locali-zação dos candidatos. Mas, o apoio é oferecido a jovens de até 35 anos, estudantes

ou recém-formados, mes-mo em mestrado, doutora-do ou pós-doutorado.

A participação, no entan-to, depende da apresenta-ção de um projeto na área de Transportes Sustentá-veis e Efi ciência Energética. O programa é inspirado

no pesquisador e doutor Leon J. Schipper, que dedicou a vida a estudos neste segmento, criando tecnologias que reduzis-sem o impacto ambiental da mobilidade urbana.

As inscrições estão aber-tas até o dia dez de janei-

ro. Na primeira fase serão selecionados dez projetos a serem analisados quanto à viabilidade, consistência, alinhamento com os ide-ais do programa, contri-buições, referências, entre outras coisas. O órgão es-colherá dois projetos ven-

cedores, que receberão o patrocínio.

Obtenha mais informa-ções para a sua inscrição, através do site: http://leeschipper.embarq.org/home/cal l forapplica-tions2015scholarshippe-riodnowopen.

Duas receitas práticas e saudáveis, com ingredientesfáceis de encontrar no bioma Caatinga. A dica é da nutricionista do Programa Semear

Como preparar receitas com produtos regionais

CEIA DE NATAL

Oferta de bolsa para projetos na área de Transportes SustentáveisOPORTUNIDADE

O Semear é um programa de gestão do conhecimento em zonas semiáridas do Nordeste do Brasil, cujo objetivo é facilitar o acesso a saberes, inovações e boas práticas que possam ser adotados e replicados pela população rural para melhorar suas condições de vida e pro-mover o desenvolvimento sustentável e equitativo da região. É um programa do

Fundo Internacional para o Desenvolvi-mento Agrícola (FIDA), implementado pelo Instituto Americano para a Agri-cultura (IICA), com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).

Mais informações: http://www.portalsemear.org.br ; www.ifad.org ;www.iica.org; www.aecid.org

SOBRE O SEMEARVamos lá? Começando pela entrada, a

sugestão é uma SALADA DE MANGA

COM CENOURA, rende de 4 a 6 porções.

Ingredientes:1 cenoura grande ralada; 1 manga grande

quase madura, mas ainda bem fi rme, ralada;

1 cebola roxa fatiada (pode ser branca, se não

tiver da roxa); 1/2 xícara de cebolinha fi na

picada; Coentro a gosto (opcional); 2 pi-

mentas dedo-de-moça sem sementes picada

em tirinhas; Suco de 2 limões; Sal a gosto;

Azeite, se quiser.Preparo: Misture todos os ingredientes,

prove e corrija o tempero. Para dar um ar

ainda mais festivo, junte algumas uvas

passas deixadas de

molho em água por 1 hora.

Agora vamos à sobremesa, um CREPE COM RECHEIO DE UMBU E CANELA.

Ingredientes:Massa; 1 xícara de leite; 1 ovo; ¾ de xícara de farinha de trigo; 1 colher

(chá) de fermento em pó; 1 pitada de sal; 1 colher (sopa) de óleo ou manteiga em temperatura ambiente; 1 colher (chá) de açúcar. Para o recheio: 1 e 1/2 xí-

cara de umbu inchado, fi rme, descascado e cortado em lascas, 4 colheres (sopa) de açúcar e 2 colheres (chá) de canela em pó

Preparo: Bata os ingredientes da massa no liquidifi cador até fi car um creme liso. Deixe descansar enquanto faz o recheio. Misture os ingredientes do

recheio numa frigideira e deixe aquecer somente até derreter o açúcar. Reserve. Aqueça uma frigideira antiaderente sem untar e despeje um pouco da massa e rodeie a frigideira para que a massa fi que bem fi ninha. Deixe dourar, vire

com uma espátula e espere dourar do outro lado. Quando as massas estiverem prontas, recheie com um pouco do umbu e dobre. Sirva com vinagre de umbu

(se tiver) ou com geleia de umbu dissolvida em água no fogo.

NEIDE RIGO

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FORTALEZA - CEARÁ - BRASILTerça-feira, 23 de dezembro de 2014

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UTILIDADE PÚBLICAConcessionária de energia trabalhaem esquema de plantão no Natal

Além da beleza, a decoração de natalina, também pode oferecer riscos. Com tantas luzes acesas

na noite de Natal, a Coelce montou um plano de atendimento para o feriado de papai Noel. A ação envolve, integralmen-te, a área de atendimento ao cliente, que funcionará com a Central de Relaciona-mento normalmente (24 horas por dia), oferecendo todos os serviços da compa-nhia. Amanhã (24), as lojas funcionarão até meio-dia e no dia 25 (quinta-feira) estarão fechadas.

Quanto à área técnica, a Coelce man-terá equipes de plantão em pontos es-tratégicos em todo o Estado, a fi m de agilizar o atendimento emergencial. Para se ter uma ideia, 577 pessoas es-tarão de plantão no feriado, entre elas: operadores de baixa tensão e média ten-são, eletricistas, técnicos e engenheiros. Além disso, 272 viaturas estarão à dis-posição da população para atendimen-tos. Com toda essa operação, a compa-nhia pretende garantir um Natal mais iluminado em todo o Ceará.

ALERTAPor trás do colorido das festas de fi -

nal de ano, pode surgir uma fagulha de perigo e por isso, a Coelce alerta para a importância de utilizar com efi ciência e segurança a energia natalina, principal-mente, em casa. São atitudes simples e essenciais para que a festa não acabe mais cedo e com maiores problemas.

A maior parte dos acidentes com ele-tricidade ocorre por falta de informação, atenção ou pelo uso errado de materiais e ferramentas. A falta de atenção e cui-

dado com as instalações elétricas pode ocasionar incêndios e até a morte. O fogo pode começar por algum curto-circuito na rede elétrica ou pelo uso prolongado das luzes, que superaquecem e queimam.

O engenheiro especialista em Efi ci-ência Energética da Coelce, Marcony Melo, chama atenção para um perigo comum não só na época de decoração natalina. “Um perigo a que muitas pes-soas estão expostas frequentemente sem sequer perceberem é com relação aos benjamins ou ‘T’s’”. Geralmente, os consumidores abusam no uso do aces-sório, de extensões e emendas mal fei-tas e com falhas no isolamento, além de dimensionar de forma inadequada, as instalações dos enfeites.

Segundo Melo, o benjamim concentra em um ponto só, intensidade de cor-rentes elevadas, que podem provocar aquecimento, chegar ao ponto do derre-timento do “T” e causar um princípio de incêndio. Além disso, sendo um ponto quente, ele automaticamente aumenta o consumo de energia. Ou seja, signifi ca desperdício, já que a energia é transfor-mada em calor sem nenhuma utilidade.

VEJA AS DICAS-Evite que a árvore de Natal blo-

queie a porta, a janela ou a circulação das pessoas. Deixe-a longe de mate-riais de fácil combustão, como sofás e guarda-roupas;

-Não coloque as luzes próximas a en-feites de papel ou cartolina. O ideal é não usar esse tipo de decoração na árvo-re se a ideia é colocar pisca-piscas;

-Não instale o conjunto de lâmpadas decorativas em estrutura metálica e também pontiaguda;

-Evite deixar a instalação em área su-jeita à chuva ou alagamento;

-Desligue o conjunto da tomada de energia ao substituir lâmpadas e nunca execute esse procedimento puxando a tomada pela fi ação;

-Nunca deixe a fiação ao alcance de crianças;

-Os fi os desencapados provocam cho-ques, curtos-circuitos e, às vezes, incên-dios. Passar fi os por baixo de tapetes ou por trás de cortinas também pode cau-sar incêndios.

-Estabeleça um horário defi nido para ligar e desligar, sendo o ideal das 18h à meia-noite, evitando desperdício de

energia e riscos de acidentes e princípio de incêndio;

CONSUMO CONSCIENTECom relação ao consumo, o engenhei-

ro da Coelce informa que consideran-do apenas um conjunto padrão de 100 “pisca-piscas”, com 50W de potência, o consumo é de 16,5 KWh/mês. Se liga-do por 11 horas diárias, das 19h às 6h da manhã, por exemplo, pode signifi -car um aumento de R$ 8,30 na conta de energia. A sugestão para esse caso é a redução do tempo de funcionamento dessas lâmpadas decorativas.

Se forem ligadas das 19h à meia--noite, por exemplo, o consumo cai para 7,5 KWh/mês, o que equivale a apenas R$ 3,75 a mais na conta de energia. Outra dica é o uso de produ-tos que utilizam a tecnologia Led, que consomem menos energia e são mais seguros. Além disso, a economia de energia pode chegar a 80%.

SERVIÇOS- Em caso de acidente, acione ime-

diatamente o Corpo de Bombeiros, por meio do número 193.

- Para comunicar ocorrências, so-licitar serviços ou informações, a po-pulação pode ligar gratuitamente para 0800.285.0196, da Coelce ou através do portal www.coelce.com.br ou ainda através das redes sociais da compa-nhia: Twitter (@coelce), Facebook (/coelce) e pelo novo aplicativo para smartphones (Coelce).

*Com informações da Coelce.

Com tantas luzes piscando, a companhia montou um serviço especial de atendimento ao cliente. Solicitações e informações devem ser realizadas por meio da Central de Relacionamento

DIVULGAÇÃO