"o eu que nasceu"
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Campus Acadmico de Vila Nova de GaiaEscola Superior de Educao Jean Piaget / Arcozelo(Decreto-Lei n 468/88, de 16 de Dezembro)
Planificao da
dinmica de grupo
2ano do curso de Educao Socioprofissional4Semestre
Unidade Curricular: MTEGE IIDocente: Carlos Jorge Correia
Discente: Ftima Cristina Pereira da FonsecaAno lectivo: 2010/2011
Data: 17 de Junho de 2011
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ndice
Introduo .......................................................................................................... 3
1. Enquadramento terico .................................................................................. 5
2. Ficha de registo .......................................................................................... 8
Concluso ........................................................................................................ 12
Bibliografia........................................................................................................ 13
Sitografia .......................................................................................................... 13
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Introduo
Este trabalho surge no mbito da unidade curricular MTEGE II
(Metodologias e tcnicas de educao gerais e especiais II) e visa reflectir
sobre as dinmicas de grupo e a importncia que elas podem ter na interaco
e no trabalho para o desenvolvimento de competncias pessoais e sociais de
grupos especficos e num plano de trabalho para os profissionais da rea
social, neste caso, para o trabalho do educador socioprofissional/ educador
social.
Nesta rea, os profissionais intervm na sociedade de modo a melhor-
la. Esta interveno pode na vertente normalizada (socializao desde a
infncia idade adulta) ou na vertente especializada (tratamento e interveno
de situaes de inadaptao social).
A Educao Socioprofissional tem como objectivo a adaptao, a
socializao, a aquisio de competncias sociais, preveno e controlo social,formao poltica do cidado, entre outros. O educador socioprofissional actua
nos mbitos socioculturais, socioeconmicos e socioprofissionais.
Para tal, trabalha com grupos especficos grupos de risco ou que de
certa forma esto inadaptados ou excludos da sociedade utilizando as
dinmicas de grupo para promover o seu desenvolvimento pessoal, familiar,
social e profissional, para potenciar a sua reintegrao social (CARVALHO,
2004).Assim, o trabalho que envolve dinmicas de grupo promove o encontro
de pessoas onde o saber construdo em grupo, j que os elementos do
mesmo tm um objectivo comum. Para tal, pretende-se estimular os
participantes a alcanar uma melhoria qualitativa na percepo de si mesmo e
do mundo e, consequentemente, nas relaes estabelecidas consigo mesmo,
com o outro e com o mundo.
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Todo o trabalho do educador social tem de ser bem delineado e cuidado,
devido s caractersticas dos prprios grupos alvo, para que toda a interveno
possa ser eficaz.
No trabalho com grupos o educador socioprofissional dever utilizar
algumas competncias, como a comunicao assertiva, a cordialidade e
simpatia, a empatia, a alegria, a sinceridade e a motivao de orientar os
outros. Para alm disso, dever conhecer a situao real do grupo, de forma a
garantir a aplicao das tcnicas mais adequadas, conhecer as potencialidades
e repertrio de cada elemento do grupo, estar consciente do meio externo e
interno que influencia o grupo, da personalidade do grupo e fazer uma
apreciao clara dos objectivos do grupo.
Este trabalho consiste, numa primeira parte, num enquadramento terico
acerca da problemtica da prostituio, seguindo-se uma ficha de registo de
uma dinmica de grupo planificada. Esta dinmica de grupo destina-se a um
grupo de indivduos de uma zona degradada da rea metropolitana do Porto,
onde existe litgio fsico e verbal, entre indivduos que levam a cabo prticas
profissionais ilcitas (prostituio masculina ou feminina), devido competio
pelo mesmo espao.
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1. Enquadramento terico
Apesar de existir uma ideia preconcebida que a prostituio consiste
numa troca de sexo por dinheiro, pode tambm acontecer que se d
prostituio quando existe uma troca consciente de favores sexuais por
favorecimento profissional, por informao ou por outros bens materiais, para
alm do dinheiro. Desta feita, pode definir-se prostituio como uma troca
consciente de favores sexuais por interesses no sentimentais, afectivos ou de
prazer.
A prostituio mais comum nas mulheres, se bem que j existe um
grande nmero de casos de prostituio masculina por todo o mundo. Mesmo
assim, a sensibilidade sobre o que se considera prostituio pode variar de
sociedade para sociedade, uma vez que est dependente das circunstncias
onde se d e da moral aplicvel no meio em questo.
Esta actividade reprovada por diversas sociedades, muito devido a
uma moral dominante, a uma possvel disseminao de doenas sexualmente
transmissveis (DST), ao adultrio e ao impacto negativo que poder ter nas
estruturas familiares.
Em Portugal, a prtica da prostituio no considerada um crime, se
bem que tambm no foi legalizada. A verdade que esta no definio da
legalidade da prostituio acaba por se tornar numa forma de excluir da
sociedade portuguesa todas aquelas pessoas ligadas a esta actividade. A
nica situao que est devidamente legislada o fomento prostituio ou a
recolha de lucros pela actividade de prostituio de terceiros, segundo o crime
de lenocnio, punvel com priso.
A prostituio h muito reconhecida pelo senso comum como a
profisso mais antiga do mundo, se bem que na realidade a primeira referncia
que existe foi na antiguidade onde, em muitas civilizaes j desenvolvidas, a
prostituio era praticada por meninas como um ritual de iniciao
puberdade.
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Na regio da Mesopotmia e na Grcia as prostitutas, consideradas
grandes sacerdotisas (portanto sagradas), recebiam honras de verdadeiras
divindades e presentes em troca de favores sexuais. J na Grcia as
prostitutas eram admiradas, porm tinham que pagar pesados impostos ao
Estado para praticarem a sua profisso, para alm de terem que usar
vestimentas que as identificassem, pois caso contrrio eram severamente
punidas.
Durante a Idade Mdia houve a tentativa de eliminar a prostituio,
impulsionada em parte pela moral crist e tambm pelo grande surto de DSTs
(principalmente a sfilis), se bem que o culto do casamento corts onde a
poltica e a economia se sobrepunham aos sentimentos e as unies eram
arranjadas somente por interesse alimentavam a prostituio.
Quando houve a Reforma religiosa no sculo XVI, o puritanismo
comeou a influir de forma significativa na poltica e nos costumes. Somada a
este evento, como j mencionado, aconteceu uma grande epidemia de
doenas sexualmente transmissveis. A Igreja Catlica enfrentou frontalmente o
problema da prostituio, lanando mo de recursos teolgicos (dogmas,
tradio e textos Bblicos). Com a aco da Igreja Catlica e das igrejas
protestantes que surgiam, a prostituio foi relegada a uma posio de
clandestinidade, apesar da persistncia de algumas cortess nas cortes
Europeias e das suas colnias.
Com o aparecimento da Revoluo Industrial, houve um crescimento na
prostituio, porque as condies de trabalho e as remuneraes praticadas
levavam a que as mulheres de ento se vissem obrigadas a prostituir-se em
troca de favores dos patres e capatazes. Somente em 1899 aconteceram as
primeiras iniciativas para acabar com a escravido e explorao sexual de
mulheres e meninas. Vinte e dois anos mais tarde, a Liga das Naes
mobilizou-se para tentar erradicar o trfico de mulheres e crianas para fins
sexuais.
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A ONU, em 1949, denunciou e tentou tomar medidas para o controle da
prostituio no mundo. Desde o incio do sculo XX, os pases ocidentais
tomaram medidas visando a erradicao da prostituio e da actividade
criminosa executada por grandes grupos de crime organizado. Desta feita
havia a necessidade de deixar de ver a prostituio como crime, de forma a
minimizar e diminuir o lucro dos criminosos, sendo que as prostitutas s seriam
perseguidas pelos rgo de represso caso incitassem ou fomentassem a
actividade publicamente.
Modernamente, com as doenas sexualmente transmissveis, (DST),
entre as quais a SIDA, a prtica da prostituio recebeu um rude golpe. Foi
necessria a interveno estatal para o controle e preveno das doenas, que
atingiram nveis de epidemia no final do sculo XX e incio do sculo XXI,
extinguindo boa parte da populao de risco (pois so enfermidades fatais aos
clientes e prostitutas).
Apesar das tentativas de rgos de sade pblica em todo o mundo na
preveno a estas doenas, em regies mais pobres do planeta, misria e
prostituio so palavras praticamente sinnimas. Nas regies mais pobres a
misria, a prostituio, os conflitos, o trfico de drogas e as DST caminham a
par.
Actualmente, e em alguns pases como a Alemanha, a prostituio j
reconhecida legalmente. Para alm disso, so cada vez mais comuns os sites
que divulgam o trabalho de prostitutas e acompanhantes de luxo femininos e
masculinos, se bem que muitos optem por construir blogues prprios a fim de
evitar os pagamentos mensais, quinzenais ou at semanais para a divulgao
das suas fotos em sites especializados.
Com a popularizao dos meios de comunicao em massa, novas
formas de prostituio se verificaram, como o sexo por telefone, e sites onde o
sexo vendido em filmes, imagens, webcams ao vivo, criando uma nova forma
da actividade: a prostituio virtual.
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2. Ficha de registo
TEMA Tcnica para estimular a autoconfiana
TTULO O eu que nasceu
OBJECTIVOS
Objectivo geral:
Tomar conscincia de uma fase problemtica da prpria vida e
qual o projecto de vida subjacente.
Objectivos especficos:
Favorecer a tomada de conscincia de como viveram
determinadas fases da vida, da relao com o contexto
humano, das emoes e sentimentos que caracterizaram a
infncia e adolescncia.
Salientar as expectativas dos participantes em relao ao futuro
e o temor provocado pela velhice e pela morte.
Desenvolver comportamentos e sentimentos positivos.
Incutir o respeito pelos outros.
Desenvolver tcnicas de relaxamento.
Reconhecer as prprias capacidades, desejos e necessidades.
Desenvolver a inteligncia emocional.
Identificar os factores que provocam o conflito.Aprender a conviver com as semelhanas e diferenas.
DIAGNSTICO
Grupo de indivduos de uma zona degradada da rea
metropolitana do Porto, onde existe litgio fsico e verbal, entre
indivduos que levam a cabo prticas profissionais ilcitas
(prostituio masculina ou feminina), devido competio pelo
mesmo espao.
CARACTERIZAO DOS Grupo de 12 participantes: 9 mulheres e 3 homens com idades
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PARTICIPANTES compreendidas entre os 30 e os 50 anos.
DINMICA DA TCNICA
Convidam-se os participantes a deitar-se nas mantas/tapetes de
costas para baixo separados uns dos outros. O animador diz em
voz alta: Imaginem que se encontram deitados num bero. So
muito pequeninos com trs dias de vida (pausa). Esto na
vossa caminha tm fome esto espera que vos tragam
algo para comer (pausa longa; observar as reaces). tm
fome e so muito pequenos (pausa).
O animador acende a luz. Os participantes permanecem
deitados. O animador prossegue: Agora tm 4 anos de idade,
j cresceram. Esto com os vossos colegas na creche podem
brincar livremente (esperar 5 a 10 minutos, observar os
comportamentos, estimular os mais isolados).
De seguida, recolhem-se as mantas e dispem-se as cadeiras
em fila, duas a duas: Agora tm nove anos, esto na quarta
classe. um momento de pausa porque a professora saiu da
sala de aula.
Dar tempo para observar a dinmica entre os membros do
grupo.
Agora, caminhem dentro da sala, livremente, enquanto o
tempo passa subam para o autocarro que est vossa espera.
Tm 18 anos. Com os vossos colegas, vo numa viagem de fim
de ano podem sentar-se onde quiserem.
Dar tempo para observar a dinmica entre os membros do
grupo.
J chegaram. Podem descer do autocarro. Caminhem
livremente porque o tempo est a passar.
Dispor as cadeiras num crculo amplo.
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velas para criar um clima propcio introspeco.
AVALIAO
O animador deve estimular a reflexo acerca das vrias fases da
vida, conduzindo o debate para a resposta das seguintes
questes:
- Quando estavam no bero tinham esperana de que algum
vos viesse dar de comer?
- Na creche, sentiam-se contentes ou sentiam falta da me?
- Como era a vossa relao com os colegas da escola e com os
professores?
- O que que prevem para o vosso futuro? Quando imaginam
o vosso futuro, tm em mente, tambm, algum membro da
vossa famlia?
- Como viveram e percepcionaram o comportamento dos
outros elementos do grupo?
DOCUMENTOS Nenhum documento
OBSERVAES
A disposio dos participantes na sala deve ser de forma a estes
puderem abstrair-se completamente dos que esto em seu
redor.
Se algum dos participantes no desejar concluir o jogo, ser
bom dar-lhe autorizao para o fazer. Todavia, til que
participe no debate.
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia complementar:
- Mendes, Sabina (2007) 83 Jogos Psicolgicos para a dinmica
de grupos Lisboa Paulus Editora
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