o fator china - henry uliano quaresma

56
O FATOR CHINA HENRY ULIANO QUARESMA

Upload: henry-quaresma

Post on 15-Apr-2017

1.369 views

Category:

Business


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

O FATOR

CHINA

HENRY ULIANO QUARESMA

Page 2: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 3: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 4: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 5: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 6: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 7: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 8: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 9: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 10: O Fator China - Henry Uliano Quaresma
Page 11: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

› O Fator China

› Percepção

› Pesquisa

› Premissas

› Constatação

› Visão

Page 12: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

China: Primeira civilização com evidências históricas Grande salto na História Dinastias – Potência Global Shang: 1800 a 1000 A.C. Foi a única dinastia a deixar registros históricos originais de sua trajetória.

Page 13: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Confúcio (Kung Fu Tzu): 551 a 479 A. C. Valorizava a ponderação e o respeito às convenções como modo de harmonizar o convívio social. Importante para relações Governo-Povo O Ser Humano é essencialmente bom e a maldade vem da falência dos sistemas sociais. Dinastia Quin (221 A.C.-206 A.C.): Legalismo como contraponto do Confucionismo

Page 14: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Invenções:

Fundição do Ferro e Bronze (Séc.IV A.C.)

Fundição do Aço (Séc. II A.C.)

Sismógrafo (Séc. II A.C.)

Paraquedas e Balão (Séc. II A.C.)

Sistema Decimal ( Séc. XIV A.C.)

Álgebra e Geometria (Séc.III)

Cerveja(Séc. XII A.C.)

Guarda-Chuva e o Fósforo (Séc. IV)

Jogo de Xadrez( Séc. VI)

Relógio (Séc. VIII)

Page 15: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Grande Salto Adiante Mao: Liu Shaoqui, Zhou Enlai e Deng Xiaoping Deng: Modernização (Agricultura, Indústria, Ciência e Tecnologia, Defesa Nacional)

Page 16: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Indicadores

socioeconômicos da China

2010 (1) Observações

População (bilhões de habitantes) (1)

1,31 País mais populoso do mundo.

PIB Nominal (US$ trilhões)

5,88 Segundo maior PIB mundial.

Crescimento real do PIB (%) 10,3% Maior taxa de crescimento do mundo,

mantida nesses níveis há 30 anos.

Inflação (preços ao consumidor)

4,6% Mantida sob controle com mão de ferro

pelo governo

Exportações (US$ trilhões) 1,57 A China é o maior exportador mundial.

Importações (US$ trilhões) 1,39 Segundo maior importador do mundo,

atrás dos EUA.

Reservas internacionais (US$ trilhões) 2,87 As reservas cambiais cresceram 268% em

quatro anos.

Dívida Externa Total (US$ bilhões) (2) 428,4 A dívida aumentou somente 32% em

quatro anos

Câmbio (Rmb / US$) (2) 6,62 A taxa de câmbio se aprecia muito

lentamente, mantendo a

competitividade da indústria chinesa.

A FORÇA DO DRAGÃO

Fonte: MRE/DPR/DIC - Divisão de Informação Comercial, com base em dados do EIU – Economist Intelligence Unit, Country Report May 2011. (1) Estimativa EIU. (2) 2009 e 2010: estimativa EIU.

Page 17: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Divisão de Poderes:

Sistema Político: Socialista

Governos Regionais: 22 Governos Provinciais (subdivididos em municipalidades) 4 Municipalidades sob administração direta do governo central Beijing (Pequim) | Xangai | Tianjin |Chongqing

5 Regiões Autônomas Xinjiang (Etnia Uyghur) Tibete Mongólia Interior Guangxi (Etnia Zhuang) Ningxia (Etnia Hui)

Poder Executivo Conselho de Estado Presidente (Chefe de Estado):

Presidente: Xi Jinping Vice-Presidente: Li Yuanchao

Premiê (Chefe de Governo): Premiê: Li Keqiang

Banco Popular (Central) da China Poder Legislativo

Poder Judiciário Regiões Administrativas Especiais (RAEs): Hong Kong e Macau

Page 18: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Região/país 1980 1990 2000 2005 2010*

Países

desenvolvidos

76,4 79,7 79,9 76,2 66,5

Países em

desenvolvimento

23,6 20,3 20,1 23,8 33,5

Ásia 6,2 5,1 7,3 8,9 14,7

China 1,9 1,8 3,7 5,0 9,3

Países em

desenvolvimento

(exceto China)

21,7

18,5 16,4 18,8 24,2

CHINA PUXA OS EMERGENTES Participação no PIB global (US$ correntes) – regiões e China (em %)

Fonte: IPEA (Elaboração própria a partir dos dados do International Monetary Fund: World Economic Outlook) Database, Outubro 2010. (*) Estimativa.

Page 19: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Ano Exportações

(US$ bilhões)

% mundial Importações

(US$ bilhões)

% mundial

Anos 80 (média anual) 31 1,4 35 1,6

Anos 90 (média anual) 129 2,9 114 2,6

2000 249 3,9 225 3,4

2005 762 7,3 660 6,1

2009 1.202 9,7 1.004 7,9

2010 1.577,9 10,4 (*) 1.394,8 9 (*)

COMÉRCIO EXTERIOR DA CHINA

Fonte: FMI/IPEA e USCBC, (*) três primeiros trimestres

Page 20: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Produto Parcela do consumo

mundial (%)

Carne de porco 51%

Cimento 40%

Motocicletas 40%

Algodão 33%

Televisores 32%

Minério de ferro 32%

Ar condicionado 31%

Lavadoras 24%

Couro 23%

Calçados 23%

Bicicletas 22%

Cobre 20%

Celulares 20%

Carne de Frango 20%

Geladeiras 16%

Petróleo 9%

O

APETITE

DO DRAGÃO Fonte: China Trade Center, 2010 (tabela extraída de apresentação na Fiesc em 07/2010)

Page 21: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

0,4 0,7 -0,8 1,2 3,9 1,8 1,5 4,8 5,9 -0,7 5,0

CHINA – TAXA ANUAL DE INFLAÇÃO

Fonte: National bureau of statistic of China, CIA

2000 2005 2006 2007

EUA 5,5 4,3 4,3 3,9

Brasil 1,3 2 2 2,3

China 0,6 3 5,2 6,3

Total mundial 41,2 46,8 49,9 53,2

2000- 2010

EUA 49%

Brasil 209%

China 2301%

Total 141%

Produção de

automóveis: taxa de crescimento

Produção de carros

de passeio (milhões de unidades)

Fonte: OICA (Organização Internacional de Construtores de Automóveis)

Page 22: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

2005 2006 2007 2008 2009* 2010

67,2 76,4 89,2 108,5 125,3 154,5

Vendas no varejo (na China, em trilhões de yuan)

Setor 1980 1990 2000 2009

Primário 30,2 27,1 15,1 10,3

Secundário 48,2 41,3 45,9 46,3

- Indústria 43,9 36,7 40,4 39,7

- Construção 4,3 4,6 5,6 6,6

Terciário 21,6 31,6 39,3 43,4

* 2009 (total acumulado até nov.) Fonte: National Bureau of statistic, China.

Fonte: National Bureau of Statistic of China

Page 23: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Europa 339,8 333,8 355,1 364,5 342,2 265,5 314,9

EU(27) 202,5 195,6 207,0 209,7 198,0 138,8 172,9

EU (15) 169,1 165,1 173,2 175,2 167,6 117,3 147,2

Estados

Unidos 99,7 94,9 98,6 98,1 91,4 58,2 80,6

China 282,9 353,2 419,1 489,3 500,3 573,6 626,7

Japão 112,7 112,5 116,2 120,2 118,7 87,5 109,6

Mundo 1071,5 1144,1 1247.2 1346,1 1327,2 1229,4 1413,6

Produção mundial de aço bruto (milhões de toneladas)

Fonte: World Steel Association

Page 24: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

165,6 212,2 286,4 403,3 609,9 818,9 1.066,3 1.528,2 1.946,0 2.399,2 2.847,3

RESERVAS CAMBIAIS (US$ bilhões)

Fonte: State Administration of Foreign Exchange, People's Republic of China.

Page 25: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

China 10%

Alemanha 9%

EUA 8%

Japão 5%

França 4%

Países Baixos 4%

Bégica 3%

Coréia do Sul 3%

Itália 3%

Outros 51%

EUA 14%

Reino Unido 7%

Alemanha 6%

França 4%

Japão 4%

Espanha 4%

China 4%

Itália 3%

Irlanda 3%

Outros 51%

Principais

exportadores de bens

manufaturados (% do total mundial, 2009)

Principais

exportadores de

serviços (% do total mundial, 2009)

Fonte: Cepal

Page 26: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Produto US$ bilhões % sobre 2009

Máquinas e equipamentos elétricos 388,8 29,1

Equipamentos para geração de energia 309,8 31,4

Vestuário 121,1 20,5

Ferro e aço 68,1 44,1

Equipamentos óticos e médicos 52,1 34

Móveis 50,6 30,0

Produtos químicos 43,2 34,9

Equipamentos náuticos 40,3 42,1

Veículos 38,4 37,5

Calçados 35,6 27,1

Total 1.577,9 31,3

Exportações chinesas (2010)

Fonte:USCBC

Page 27: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Posição Destino das

exportações

% do total Origem das

importações

% do total

1 Estados Unidos 17,9 Japão 12,7

2 Hong Kong 13,8 Coréia do Sul 9,9

3 Japão 7,7 Taiwan 8,3

4 Coréia do Sul 4,4 Estados Unidos 7,3

5 Alemanha 4,3 Alemanha 5,4

6 Holanda 3,1 Austrália 4,4

7 Índia 2,6 Malásia 3,6

8 Reino Unido 2,4 Brasil 2,7

9 Singapura 2,0 Tailândia 2,4

10 Itália 1,9 Arábia Saudita 2,3

Os parceiros da China (2010)

Fonte: elaboração própria, com dados da PRC General Administration of Customs, China's Customs Statistics

Page 28: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Exportações

Regiões 1990-1995 1995-2000 2000-2005 2005-2009(1)

América Latina e Caribe 32.2 17.8 26.8 26.1

Ásia e regiões Pacíficas 26.5 9.3 20.3 11.6

Estados Unidos 36.7 16.1 25.6 10.2

União Européia 26.3 15.0 28.8 14.9

Resto do Mundo 8.6 7.1 26.6 14.3

Mundo 19.1 10.9 25.0 13.4

Importações

América Latina e Caribe 14.5 12.7 37.6 22.8

Ásia e regiões do Pacífico 32.4 12.2 23.9 7.1

Estados Unidos 19.7 6.8 16.8 10.2

União Européia 18.2 7.6 18.8 14.4

Resto do Mundo 11.2 13.4 26.8 14.5

Mundo 19.9 11.3 24.0 11.7

Crescimento comercial da China nas regiões (taxa médias anuais, em %)

Fonte: Cepal (2010)

Page 29: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Evolução

da China

no comercio

exterior

do Brasil

Fonte: Secex/MDIC

Ano Participação nas exportações

brasileiras (%)

Participação nas importações

brasileiras (%)

1991 0,7 0,6

1992 1,3 0,7

1994 1,9 1,4

1995 2,6 2,1

1996 2,3 2,1

1997 2,0 1,9

1998 1,8 1,8

1999 1,5 1,8

2000 2,0 2,2

2001 3,3 2,4

2002 4,2 3,4

2003 6,2 4,4

2004 5,6 5,9

2005 5,8 7,23

2006 6,1 8,7

2007 6,7 10,5

2008 8,3 11,6

2009 13,2 12,5

2010 15,2 14,1

Page 30: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Ano Exportações para a China Importações da China Saldo do Brasil

(US$ milhões)

US$ milhões Var. (%) US$ milhões Var. (%)

2000 1.085,3 60,5 1.222.1 41,2 -136,8

2001 1.902,1 75,3 1.328,4 8,7 573,7

2002 2.521,0 32,5 1.554,0 16,9 967,0

2003 4.533,3 79,8 2.147,8 38,2 2.385,5

2004 5.441,4 20,0 3.710,5 72,7 1.730,9

2005 6.835,0 25,6 5.354,5 44,3 1.480,5

2006 8.402,4 22,9 7.990,4 49,2 411,9

2007 10.748,8 27,9 12.621,3 57,9 -1.872,4

2008 16.522,6 53,7 20.044,5 58,8 -3.521,8

2009 21.003,9 27,1 15.911,1 -20,6 5.092,7

2010 30.785,9 46,6 25.594,9 60,9 5.191,0

Comércio Brasil-China

Fonte: Secex/MDIC

Page 31: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Participação nas importações da China

(%)

Taxa de cresc. anual (%)

2003-2009 (3) Descrição 2003 2009

Produtos brasileiros (total) 1,4 2,8 15,9

Fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados 28,4 46,4 18,2

Açúcares e produtos de confeitaria 0,2 13,7 14,1

Sementes e frutos oleaginosos, grãos, etc. 29,7 35,00 24,4

Pastas de madeira ou matérias fibrosas celulósicas, etc. 7,3 12,2 18,2

Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros 4,7 8,4 2,9

Aeronaves e outros aparelhos aéreos, etc. e suas partes 0,1 3,6 15,7

Carnes e miudezas, comestíveis 1,1 2,7 14,4

Alumínio e suas obras 0,3 1,9 16,9

Combustíveis minerais, óleos minerais, etc.cêras

minerais

0,07 1,3 27,0

Cobre e suas obras 0,2 1,4 26,6

Participação do Brasil no mercado chinês (Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009)

CONTINUA >

Page 32: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Participação nas importações da China

(%)

Taxa de cresc. anual (%)

2003-2009 (3) Descrição 2003 2009

Ferro fundido, ferro e aço 3,4 4,3 3,8

Algodão 0,26 1,2 4,9

Plásticos e suas obras 0,36 0,7 14,9

Minérios, escórias e cinzas 19,1 19,2 45,7

Borracha e suas obras 0,38 0,35 18,7

Máquinas, aparelhos e material elétricos, suas partes,

etc

0,07 0,03 15,2

Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecânicos 0,24 0,13 9,6

Produtos químicos orgânicos 0,46 0,32 14,5

Produtos químicos inorgânicos, etc. 0,62 0,31 14,8

Papel e cartão, obras de pasta de celulose, de papel, etc. 1,6 0,82 -2,0

Madeira, carvão vegetal e obras de madeira 2,5 0,99 7,7

Participação do Brasil no mercado chinês (Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009)

CONTINUA >

Page 33: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Participação nas importações da China

(%)

Taxa de cresc. anual (%)

2003-2009 (3) Descrição 2003 2009

Sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento 6,6 4,7 13,4

Veículos automoveis, tratores, etc. suas

partes/acessórios

1,9 0,07 15,6

Níquel e suas obras 4,2 0,81 33,0

Gorduras, óleos e cêras animais ou vegetais, etc. 9,1 5,3 17,6

Preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc. 29,3 21,4 16,3

Fonte: Elaborado a partir das informações do World Trade Atlas/WTA (observatório Brasil -China, março 2011). Notas: (1) - A variação em pontos percentuais da participação de mercado é obtida a partir da diferença entre: Part. Mercado 2009 - Part. Mercado 2003; (2) - Participação considerando os valores de importação da China do mundo e do Brasil acumulado nos últimos 12 meses; (3) - Taxa média anual obtida a partir da aplicação da média geométrica na taxa de variação 2003-2009.

Participação do Brasil no mercado chinês (Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009)

Page 34: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Produtos brasileiros exportados (para a China e para o mundo, e participação da China no total das exportações)

Produtos (Descrição NCM)

Exportações em 2009

(US$ milhões FOB) % China 2009

Exportações em 1999

(US$ milhões FOB) % China 1999

Para a China Total BR Para a China Total BR

Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 6.354,1 10.582,2 60,0 165,1 1.726,0 9,6

Outros grãos de soja, mesmo triturados 6.342,9 11.413,0 55,6 111,3 1.569,9 7,1

Óleos brutos de petróleo 1.338,3 9.350,9 14,3 0 1.525,1 0

Pasta química madeira de n/conif. a soda/sulfato,

semi/branq. 891,9 3.073,1 29,0 52.648,6 1.178,2 4,5

Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 656,6 2.664,7 24,6 76,1 1.020,0 7,4

Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 399,0 1.040,9 38,3 45,4 564,2 8,0

Fumo n/ manufaturado total parc. destal. fls.

secas, etc.Virginia 367,7 2.386,4 15,4 33,0 629,6 5,2

Outros aviões/veículos aéreos, peso. 15000 kg,

vazios 348,6 3.107,9 11,2 0 114,6 0

Ferroniobio 346,4 1.060,2 32,6 8,8 234,0 3,7

Ferro fundido bruto não ligado, c/peso<=0.5% de

fósforo 342,0 1.089,6 31,4 0 321,9 0

Catodos de cobre refinado/seus elementos, em forma

bruta. 280,4 417,7 67,1 0 30,8 0

Pasta química de madeira, para dissolução 204,9 235,7 86,9 0 50,4 0

Produtos semimanuf. ferro/aço, c<0.25%, séc.transv.ret 200,0 1.186,5 16,8 0 805,0 0

Polipropileno sem carga, em forma primaria. 137,3 318,5 43,1 1,36 47,5 2,9

Minérios de manganês 121,2 182,3 66,5 4,94 19,0 26,0

Fonte: Elaboração própria, com dados do MDIC/SECEX

Page 35: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Possíveis Cenários para a Economia Chinesa até 2020

Diferenças Base Pessimista Otimista

Trabalhadores saindo da

agricultura em direção a outros

setores:

1,21% ao ano 0,91% ao ano 1,36% ao ano

Incremento na utilização de

insumos intermediários e de alta

tecnologia:

Mantém-se nos níveis

atuais Diminui

Aumenta, elevando a

participação de produtos

de maior valor agregado.

Produtividade total dos fatores

de produção:

Entre 2,0 e 2,5%, os

mesmos níveis médios

dos últimos 25 anos

Menor que nos últimos 25

anos (entre 1,5 e 2,0%)

Até 2010 é 1% maior e

após 2010 é 0,5% maior

que a do Cenário Base

Outras diferenças: N/A

Taxa de poupança da

população é menor e a de

gastos do governo maior que

no Cenário Base

A eficiência na utilização de

energia é entre 0,2 e 0,5%

maior que no Cenário Base

Projeções 2006 - 2020 Base Pessimista Otimista

Crescimento médio

do PIB 8,1% 7,1% 8,6%

Fontes de crescimento

do PIB

Força de Trabalho: 0,2% Força de Trabalho: 0,2% Força de Trabalho: 0,2%

Capital: 5,9% Capital: 5,3% Capital: 5,9%

Produtividade Total: 2% Produt. Total: 1,5% Produt. Total: 2,5%

Participação média do acúmulo

de capital no total do PIB 72,6% 75,3% 68,8%

Fonte: HE, LI, POLASKI, 2007

Page 36: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Fonte: WEF, 2011

Competitividade

dos BRICs

País Posição no ranking geral

(2010-2011)

Score (de 0 a 7)

China 27 4,84

Índia 51 4,33

Brasil 58 4,28

Rússia 63 4,24

Page 37: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Posição no ranking global Score

Instituições 49 4,37

Infraestrutura 50 4,44

Macroeconomia 4 6,11

Saúde e educação primária 37 6,16

Conjunto de “itens básicos” 30 5,27

Posição no ranking global Score

Ensino médio e treinamento 60 4,24

Eficiência do mercado de bens 43 4,40

Eficiência do mercado de trabalho 38 4,70

Desenvolvimento do mercado financeiro 57 4,28

Preparo tecnológico 78 3,44

Tamanho do mercado 2 6,71

Conjunto de “promotores da eficiência” 29 4,63

Posição Score

Sofisticação dos negócios 41 4,34

Inovação 26 3,92

Conjunto de “sofisticação e inovação” 31 4,13

Desempenho da China - competitividade

a) Itens Básicos

b) Promotores de eficiência

c) Sofisticação e inovação

Fonte: WEF, 2011

Page 38: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Proposição % dos trabalhadores

chineses urbanos que

concordam

Eu sei o que é esperado de mim no trabalho 34

Eu tenho os materiais e equipamentos para fazer meu trabalho corretamente 32

No trabalho, eu tenho diariamente a oportunidade de fazer o que faço melhor 26

Nos últimos 7 dias eu recebi reconhecimento por fazer um bom trabalho 12

Meu supervisor ou alguém no trabalho parece se importar comigo como pessoa 26

Alguém no trabalho encoraja o meu desenvolvimento 23

No trabalho, minhas visões parecem valer 20

A missão ou propósito da minha empresa faz meu trabalho importante 30

Meus colegas estão comprometidos em fazer um trabalho de qualidade 27

Eu tenho um melhor amigo no trabalho 43

Nos últimos seis meses alguém no trabalho falou comigo sobre o meu progresso 19

No último ano eu tive oportunidade no trabalho de aprender e crescer 23

Vivendo para o trabalho

Fonte: Gallup Poll

Page 39: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Os fatores mais problemáticos para os negócios

Regulamento fiscal 19,3

Impostos 17,7

Suprimento inadequado de

infrastrutura

13,8

Normas trabalhistas restritivas 12,9

Burocracia governamental ineficiente 11,3

Corrupção 6,9

Acesso a financiamento 5,6

Força de trabalho inadequada 5,1

Crimes e roubos 2,2

Regulamento sobre moeda estrangeira 1,7

Instabilidade política 1,7

Sistema de Saúde pública ineficiente 0,8

Inflação 0,5

Falta de ética na força de trabalho

nacional

0,5

Instabilidade governamental 0,2

Acesso a financiamento 13,2

Instabilidade política 10,1

Corrupção 9,5

Burocracia governamental ineficiente 9,0

Inflação 9,0

Regulamento fiscal 8,4

Suprimento inadequado de

infrastrutura

8,0

Força de trabalho inadequada 7,4

Impostos 7,1

Falta de ética na força de trabalho 5,7

Normas trabalhistas restritivas 3,9

Regulamento sobre moeda estrangeira 3,9

Instabilidade governamental 2,0

Sistema de Saúde pública ineficiente 1,8

Crimes e roubos 1,1

a) Brasil b) China

Page 40: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

As conclusões da análise SWOT adaptada são as seguintes:

Análise SWOT

O Fator China

Page 41: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

› Mão-de-obra mais barata › Melhores incentivos às empresas exportadoras › Alta taxa de poupança › Câmbio depreciado › Taxas de juros muito menores que as brasileiras › Menores encargos tributários e trabalhistas › Maior taxa de investimento em relação ao total do PIB › Maior investimento em educação, pesquisa e

desenvolvimento › Melhor distribuição de renda que a brasileira (apesar de má

distribuída, se comparada com a de países desenvolvidos); › Dirigismo estatal com metas bem definidas para o curto e

longo prazo.

S - Pontos fortes em comparação com o Brasil

Page 42: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Pontos fortes da China:

› Escala dos mercados internos › Taxas de poupança e de investimento muito altas › Excelente acesso ao conhecimento global, por meio de investimento

direto estrangeiro e da diáspora chinesa › Base da manufatura mundial › Oferta muito grande de excedente de mão de obra, propiciando

vantagem de baixos salários › Ascensão rápida na cadeia de valor, passando de exportações de mão

de obra intensivas a um maior conteúdo tecnológico › Logística de exportação eficiente › Massa crítica em P&D sendo reorganizada para aumentar

competitividade › Fortes investimentos em educação e treinamento › Governo voltado a atingir os objetivos nacionais

Page 43: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Lições da China para o Brasil

› Integração à economia mundial como motor do crescimento

› Acumulação de capital humano como passo fundamental para a transição

› Importância do Estado para: desenvolvimento de uma estratégia de longo prazo para o país; manutenção de quadro macroeconômico estável; transição para a economia de mercado em bases realistas; provisão de meios institucionais para o crescimento.

Page 44: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

W - Pontos Fracos em comparação com o Brasil

› Economia ainda muito dependente do setor estatal › Falta de mão-de-obra nas principais cidades industriais › Acesso cada vez mais difícil a matérias-primas › Descaso ambiental › Descaso com direitos trabalhistas › Baixa produtividade e menor qualificação dos trabalhadores › Falta de mão-de-obra qualificada em setores de alta tecnologia, gestão e outros › Maior intervenção do governo na economia, sendo a maioria das estatais

ineficientes e deficitárias, necessitando de subsídios governamentais › Menor segurança jurídica e respeito a patentes e marcas › Má imagem ainda associada aos produtos “made in china” no exterior; › Pouca produção própria de tecnologia › Baixo índice de nacionalização › Mercado de massa crescente, mas imaturo; › Cadeias de suprimento ineficientes; › Pressão demográfica (risco de instabilidade social caso o país não consiga manter

os níveis elevados de crescimento e aumento da renda); › Burocracia e corrupção governamentais iguais ou piores que as brasileiras.

Page 45: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

O - Oportunidades para o Brasil › O ingresso da China na OMC, em 2001, criou um ambiente jurídico mais favorável para que contratos sejam

cumpridos no país, tornando o comércio Brasil-China gradativamente mais previsível e seguro. › Como um dos grandes fornecedores mundiais de matéria-prima, alimentos e insumos, o Brasil deve

visualizar a China como parceiro de suma importância em sua atual matriz de exportações, que é dependente de tais produtos, ao menos para o curto e médio prazos.

› As empresas chinesas estão buscando a internacionalização através do apoio direto do governo central chinês, o que pode gerar ainda investimentos diretos e indiretos no Brasil, principalmente na área de energia limpa, como energia solar e eólica, que o Brasil está com escassez de investidores. Também há interesse em investir na produção de alimentos, na mineração e na infraestrutura. Em 2010 a China foi o país que mais realizou investimentos no Brasil: US$ 17,2 bilhões, segundo o Banco Central.

› O mercado consumidor chinês, apesar de muito distinto de outros mercados e ainda em formação, apresenta o maior potencial de crescimento da atualidade. Nesse contexto, abre-se uma vasta gama de oportunidades para as empresas brasileiras que desejam exportar para o país ou até mesmo criarem operações de produção na China, aproveitando seu mercado e abrindo portas para o resto do mercado asiático. Empresas como a Embraer e as catarinenses Weg e Embraco já possuem investimentos produtivos na China, obtendo parcela significativa do mercado e utilizando os acordos bilaterais do país com seus vizinhos para ingressarem com seus produtos com tarifas muito menores do que se o fizessem diretamente do Brasil.

› O mercado de consumo ainda é imaturo e está no processo de estabelecimento de marcas. Empresas brasileiras que têm dificuldade em concorrer com marcas bem conceituadas e estabelecidas nos países mais desenvolvidos poderão desenvolver mercado na China por meio de investimentos em marketing para a formação de imagem positiva de seus produtos. Isso ajudaria inclusive na criação de uma marca global. Como diz o ditado, “quem consegue ter sucesso na China, terá sucesso em qualquer lugar do mundo”.

Page 46: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

› Acostumadas a problemas de infraestrutura e de falta de maturidade do mercado tão desafiadores quanto os que ocorrem na China, as empresas brasileiras já possuem estratégias para lidar com tais desafios no Brasil. Essas estratégias podem ser implementadas (com algumas adequações) nas operações na China. Logo, o problema pode na verdade ser uma vantagem competitiva em relação às concorrentes de países desenvolvidos, onde os mercados funcionam de maneira mais otimizada.

› Outra oportunidade para as empresas brasileiras, superiores em tecnologia e processos de produção em relação à maioria das chinesas, é exportar conhecimento, como já fazem diversas multinacionais de países desenvolvidos;

› Para os consumidores brasileiros, os produtos chineses que invadem as lojas do país podem ser considerados uma oportunidade, pois somente as empresas nacionais que investirem em qualidade, preço e diferenciação conseguirão competir com os produtos made in China. Produtos tão baratos também aumentam o acesso a bens de consumo nas classes mais baixas, além de diminuírem a pressão inflacionária, segurando os preços dos produtos nacionais. Uma inflação moderada é fundamental para a diminuição da taxa de juros, uma das grandes fraquezas do Brasil se comparado à China. Logo, as importações podem baratear o financiamento produtivo da própria indústria nacional – setor mais descontente com a escalada de importações chinesas – pois barateia seus custos de produção. Em muitos setores as empresas ineficientes serão prejudicadas, o que não é de todo o mal e já ocorreu após a abertura econômica brasileira do início dos anos 90. Já as empresas competitivas, além de vencerem a disputa com as concorrentes chinesas, podem extrair lições e ficar ainda mais fortes e melhor preparadas na disputa pelo competitivo mercado global.

› Do ponto de vista geopolítico, um bom relacionamento com a China (leia-se uma maior importância do país na política externa e balança comercial brasileira, em detrimento de países desenvolvidos) poderá pressionar atores como Estados Unidos e União Européia a ceder às reivindicações brasileiras em foros de negociação internacional, como a OMC, em troca de acesso a um mercado nacional cada vez mais assediado pelas empresas chinesas.

O - Oportunidades para o Brasil

Page 47: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

T – Ameaças (Para o Brasil):

O superávit comercial com a China vem declinando, e provavelmente será substituído por crescentes déficits na balança comercial brasileira nos próximos anos. A situação se agravará caso a moeda brasileira continue a sua valorização e a chinesa permaneça artificialmente desvalorizada por meio do controle cambial de seu governo. Os investimentos muito superiores em educação, pesquisa e desenvolvimento da China farão com que os trabalhadores chineses em breve, além de ganharem muito menos, alcancem os brasileiros em qualificação e produtividade, tornando a indústria brasileira ainda menos competitiva se comparada à chinesa. Produtos chineses que até então eram vistos como de baixa qualidade estão dando saltos qualitativos, principalmente pela entrada de novas tecnologias de produção introduzidas por multinacionais com operações na China.

Page 48: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

“(...) a antiga história que permite que a expressão made in China seja sinônimo de mercadoria inferior passa por uma reviravolta. ‘Acontece com a China o mesmo filme que vimos com o Japão na década de 1960, só que em velocidade mais acelerada. Os japoneses começaram vendendo radinhos de pilha e hoje são exportadores de tecnologia de ponta’, explica o consultor Eugênio Foganholo” (A Notícia, 04/03/2007).

No âmbito geopolítico, a ameaça diz respeito a uma possível perda de influência regional e internacional do Brasil, dificultando uma maior integração econômica no Mercosul, por exemplo. Muitos investimentos estrangeiros, tão necessários para o desenvolvimento do setor produtivo brasileiro, trocaram nosso país pela China devido às melhores condições de custeio da produção e acesso aos mercados com os quais a China vêm conseguindo integração comercial. Enquanto o dragão esconde as garras e alcança excelentes resultados diplomáticos através de seu “poder suave”, a diplomacia brasileira faz demagogia no já debilitado Mercosul e em foros multilaterais de negociação internacional, o que angaria alguns aplausos mas nenhum resultado prático ou econômico para o país. A ameaça principal, que embute todos os fatores anteriormente citados, é a perda de competitividade e participação das empresas brasileiras no mercado interno e internacional. Dentre outras conseqüências, nossa economia e exportações se tornariam ainda mais focadas em produtos primários e de baixo valor agregado, gerando a desindustrialização, perda de postos de trabalho qualificados, concentração de renda e níveis ainda menores de desenvolvimento econômico.

T – Ameaças (Para o Brasil):

Page 49: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

SWOT Empresas no Mercado Chinês Segundo o sítio ChinaSolved.com, especializado em gestão empresarial na China e criado por Andrew Hupert, experiente consultor em treinamento de vendas que atua em Xangai, algumas questões da realidade chinesa são fundamentais em qualquer análise SWOT de empresas que queiram estar presentes no mercado chinês:

Page 50: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

S-W - Pontos Fortes e Fracos

Apesar de ser um assunto interno e que difere em cada organização, a análise SWOT de qualquer empresa no mercado chinês deve necessariamente conter (como seus pontos fortes ou fracos): › Recursos Humanos › Vendas › Marca › Qualidade › Potencial de Crescimento

Page 51: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

O-T Oportunidades e Ameaças

Como são fatores externos, ou seja, fora do controle das empresas, eles incidem sobre todas de maneira mais uniforme e similar. Segundo Hupert, cinco fatores nunca devem ficar de fora, sejam oportunidades ou ameaças para a empresa, na análise SWOT: › Legislação › Competição › Economia › Mercado e Tendências › Tecnologia

Page 52: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Os 4 motores do

crescimento

chinês Fonte: Adaptado de china-bay.org

Page 53: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Diferenças entre negociadores brasileiros e chineses Comportamento negocial e suas definições Brasil China Taiwan Japão EUA Alemanha Inglaterra México

Promessa. Uma frase em o interlocutor oferece ao receptor uma conseqüência

que ele(a) antecipa que o receptor a receberá como positiva

3 6 9 7 8 7 11 7

Ameaça. Ao contrário da promessa, espera que as conseqüências sejam vistas

como desagradáveis, nocivas ou punitivas

2 1 2 4 4 3 3 1

Recomendação. Frase em que o interlocutor prevê que uma conseqüência

ambiental agradável irá ocorrer no receptor. Porém, a ocorrência desta está

fora do controle do interlocutor

5 2 5 7 4 5 6 8

Advertência. Igual à recomendação, mas o interlocutor espera que as

conseqüências serão vistas como desagradáveis.

1 1 3 2 1 1 1 2

Recompensa. Uma frase do interlocutor com a intenção de criar conseqüências

positivas para o receptor

2 1 2 1 2 4 5 1

Punição. O mesmo que recompensa, mas as conseqüências têm a intenção de

serem vistas como negativas pelo receptor

3 0 1 1 3 2 0 0

Apelo Normativo Positivo. Uma frase em que o interlocutor indica que o

comportamento no passado, presente ou futuro do receptor estava, está ou

estará em conformidade com as normas sociais

0 1 0 1 1 0 0 0

Apelo Normativo Negativo. O contrário do anterior, já que o interlocutor indica

que o comportamento do receptor viola regras sociais.

1 0 1 3 1 1 1 1

Comprometimento. Uma frase em que o interlocutor afirma que suas

propostas no futuro não ficarão acima ou abaixo de um certo nível

8 10 9 15 13 9 13 9

Compartilhamento de informações. Uma frase em que o interlocutor revela

informações sobre si próprio

39 36 42 34 36 47 39 38

Questionamento. Uma frase em que o interlocutor pede ao receptor para que

revel informações sobre si próprio

22 34 14 20 20 11 15 27

Comando. Uma frase em que o interlocutor sugere ao receptor que se porte de

uma maneira específica

14 7 11 8 6 12 9 7

Obs: amostra de 6 negociadores por grupo; China refere-se à região norte do país (Tianjin e arredores). Traduzido de Hodgson, Sano e Graham, 2000 Fonte: International Marketing, 12 ed., Catheora e Graham.

Page 54: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Os Dez Mandamentos para Ocidentais na China

1) “Saiba que você não sabe. Para muitos Ocidentais, este é de longe o desafio mais difícil. Quaisquer similaridades entre a China e ‘de onde você veio’ são puramente acidentais. Essa é uma cultura completamente diferente. Não se deixe enganar por similaridades superficiais ou por pessoas que ‘parecem entender do assunto’. Fontes de informação confiáveis são o seu recurso mais importante e estratégico.

2) A China é um país socialista – e a chance disso mudar no futuro próximo é zero.

3) ‘Você tem que comparecer se quiser vencer’. Deve-se estar presente fisicamente e alocar tempo para conversas face a face. Não existe ‘piloto automático’ na China. Se você acha que é muito ocupado para aprender sobre a China, então você é muito ocupado para obter sucesso por lá.

4) Se tudo funcionasse perfeitamente na China, então haveria muito menos oportunidades para Ocidentais por lá. Tente não ficar muito frustrado com as dificuldades que você vai encontrar.

5) Tempo não é dinheiro por lá. Os homens e mulheres de negócios da China não acreditam em ‘custo de oportunidade’. Até negociações simples podem se arrastar por um longo período. Evite ser engolido por ciclos intermináveis de negociações que não levam a lugar algum.

Page 55: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

Os Dez Mandamentos para Ocidentais na China

6) Verdade, honestidade, boas intenções e benefícios em longo prazo são conceitos que dependem de cada cultura. Não espere que seus padrões Ocidentais funcionem por lá. Relações ‘Ganha-Ganha’ não são o procedimento operacional padrão na China. Não se iluda achando que uma relação em longo prazo com um parceiro chinês signifique muita coisa.

7) Você não entregaria todo o dinheiro, as patentes ou a marca da sua empresa para uma pessoa completamente estranha no Brasil, Estados Unidos ou Inglaterra achando que iria dar certo. Não faça isso na China também. As pessoas que se oferecem para ‘abrir portas’ são as mesmas que podem lhe deixar trancado do lado de fora. Tome cuidado com pessoas que falam sobre seus ‘amigos poderosos e boas conexões (guanxi)’. Eles podem utilizá-las para lhe ajudar assim como para lhe causar prejuízo.

8) Uma cuidadosa análise prévia se torna mais, e não menos importante quando a língua e o modo de agir são tão diferentes. Não se contente com o parceiro ou negócio ‘menos pior’. Parceiros não se tornam mais honestos e relações não melhoram posteriormente quando o montante de dinheiro envolvido aumenta.

9) A China ainda estará aqui ano que vem, e daqui a cinco anos. Não ceda à pressão para assinar um contrato ou fechar um negócio somente porque você está com medo de ‘perder o barco’. O ‘barco’ já está aqui há mais de 4 mil anos.

10) Ter um bom senso de humor ajuda. E um Plano B ainda mais”.

Fonte: Andrew Hupert, Chinasolved.com

Page 56: O Fator China - Henry Uliano Quaresma

HENRY ULIANO QUARESMA

OBRIGADO