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O fraternista JORNAL DO GRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA I RMÃ SCHEILLA GRUPO SCHEILLA GRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA Belo Horizonte • MG • maio | junho • 2020 • Número 86 CORONAVÍRUS E NÓS, CONVITE A REFLEXÕES GRUPO SCHEILLA COMEMORA 68 ANOS | página 18 | A NOVIDADE DAS AULAS VIRTUAIS E CICLOS DE ESTUDOS À DISTÂNCIA | páginas 22 e 23 | | página 14 |

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O fraternistaJORNAL DO GRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA

GRUPO SCHEILLAGRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA

Belo Horizonte • MG • maio | junho • 2020 • Número 86

CORONAVÍRUS E NÓS,CONVITE A REFLEXÕES

GRUPO SCHEILLACOMEMORA 68 ANOS| página 18 |

A NOVIDADE DAS AULASVIRTUAIS E CICLOS DEESTUDOS À DISTÂNCIA| páginas 22 e 23 |

| página 14 |

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EDITORIAL

Publicação bimestral do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla

Em tempos de pandemia, onde toda a população planetária viu-se enfermiça, envolta em uma onda de adoecimentos

inesperada, fatos inusitados emergiram. Tempestivo isolamento social fez paralisar grande parte da atividade econômica, permanecendo em operação apenas serviços essenciais. Cientistas de todo o Mundo mobilizados na busca de vacinas preventivas ou tratamentos, a área da saúde mobilizada no seu grau máximo, hospitais sem vagas, governos sem caixa, escolas paralisadas, igrejas de portas cerradas. O fim do abraço, do aperto de mãos, o distanciamento social, pessoas usando máscaras. E o causador de tudo, um inimigo invisível, desconhecido, diminuto no seu porte, gigantesco na sua mobilidade, insurgindo contra o ser humano numa guerra sem fronteiras. Nesse bojo o Grupo Scheilla viu-se, de repente, de portões fechados, fato que dantes, nos 100 anos de fundação do Centro Oriente, nunca se teve notícias. Era o advento do Covid 19, um vírus letal.

Nesse cenário adverso, o Grupo Scheilla mobilizou sua força interna e um novo panorama foi imedia-tamente delineado. Já que assistidos e frequenta-dores ficaram sem acesso, com a tecnologia a seu favor, o Grupo Scheilla passou a visitar os lares diariamente, levando a cada dia uma palestra diferente para as famílias assistirem sem sair de

casa; nas quartas-feiras a ir aos lares numa LIVE, com transmissão ao vivo, reunindo estudiosos da temática cristã-espírita. Os Ciclos de Estudos ficaram on-line e os participantes continuaram a fazer seus cursos, a prosseguir seus estudos, sem sair de casa. Num tempo em que se passou a ter mais tempo, agora em casa, a LIVRARIA se tornou um delivery de livros e o Grupo Scheilla passou a ir às residências levar obras que o público espírita gostaria de ler. Foi ativado um SOS Preces e as demandas ao atendimento fraterno se tornaram acessíveis à distância, por telefone. Visitas a lares e hospitais feitas à distância, reuniões de estudos com participação sem deixar a residência. As famílias apoiadas pela assistência social continua-ram a receber as cestas básicas que recebiam e abnegados voluntários fazendo o trabalho de compor cada cesta de modo a atender às caracte-rísticas de cada grupo familiar. Em home office parte da inteligência do Grupo Scheilla passou a contribuir, sem sair de casa. Reuniões administra-tivas ininterruptas com aplicativos para encontros virtuais, fontes provedoras ativas, um trabalho grandioso que não pode parar.

As dificuldades são passageiras. Logo tudo vai passar. Mas grandes aprendizados terão sido feitos e novos espaços à solidariedade, ao zelo pela vida terão maior lugar nos corações de todos nós.

EXPEDIENTE - O FRATERNISTA

Comissão Editorial: Antônio Carmo Rubatino,

Daltro Rigueira Vianna, Luiz Carlos Alves Reis e

Sueli Fonseca Santos Rodrigues

Jornalista Responsável: Flávia Resende (DRT/MG

08996 JP)

Repórteres: Camila da Conceição Marques, Denise

Anastácio de Melo Nunes (DRT 0020538/MG),

Fabiana Gomes Martins (DRT 46249), Graciele de

Oliveira Pessoa (DRT/MG 07589 JP), Mara Rúbia

Pereira (DRT/MG 11.711), Marcelo Guerra

Projeto Gráfico: Virgínia Loureiro

Coordenação Geral: Antônio Carmo Rubatino e

Wilton Ferreira

Diagramação: Cíntia Vilarinho

R. Aquiles Lobo, 52 - Floresta - Belo Horizonte -

MG - CEP: 30150-160 - Tel. (31) 3226-3911

GRUPO SCHEILLAGRUPO DA FRATERNIDADE ESPÍRITA IRMÃ SCHEILLA

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carmo
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ÍNDICE

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18 NOTÍCIAS

GRUPO SCHEILLA COMEMORA 68 ANOSDE FUNDAÇÃO!!

EQUILÍBRIO ................................... 04

REFORMA ÍNTIMA: UM VALOROSO PASSO PARA A EVOLUÇÃO ............. 05

O CAMINHO DO BEM: A ESCOLHA É NOSSA .......................................... 06

O NECESSÁRIO .............................. 09

Ê N I O W E N D L I N G P E L A V E R E DA MEDIÚNICA .................................. 13

OS VENDILHÕES DO TEMPO ........... 10

A CURA REAL ................................. 12

EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

CORONAVÍRUS E NÓS, CONVITE A REFLEXÕES ................................... 14

A NOVIDADE DAS AULAS VIRTUAIS NOS CICLOS DE ESTUDOS .............. 23

CICLO DE ESTUDOS À DISTÂNCIA ... 22

TRANSFORMANDO CONHECIMENTO EM BOAS AÇÕES ............................ 21

NOTÍCIAS

SHEILITA .................................... 24

INFÂNCIA E JUVENTUDE

O espiritismo realiza o que Jesus disse ao

consolador prometido:

| Allan Kardec |

conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e porque está na Terra [...].»

Imagem: Internet

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EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

EQUILÍBRIO

Neste sentido, o medo que paralisa a alegria de viver e promove a estagnação espiritual é sempre o adversário que se deve vencer a cada passo dajornada, valendo-se do escudo da confiança, daespada da caridade e da armadura da fé, de modoa avançarmos na senda evolutiva, atraídos peloExcelso Redentor.

Na horizontalidade da vida material, ama, traba-lha e confia em Deus, a fim de que a verticalidade da vida espiritual possa soerguer-te da escuridão da ignorância para a luz da verdade que liberta, como Ele nos ensinou.

O ruído ferino da calúnia convoca a anulação do revide por meio do silêncio pacificador da consciência tranquila.

O Modelo Divino nos legou o amor por bússola infalível nos embates da experiência humana, como a nos alertar que na obra da Criação tudo tem seu propósito, e sempre incorreremos em equívoco quando recusarmos as lutas e sacrifícios na dimensão das formas, a pretexto de nos dedicarmos exclusivamente ao desenvolvimento das qualidades da alma.

Não nos concede o Senhor uma vestimenta física para que desprezemos a dádiva da experiência física. Na existência carnal, todos os obstáculos e desafios oferecem extenso campo de trabalho para o espírito, ensejando o despertamento das virtudes, que ainda jazem adormecidas em nós. Adversidades, aflições, enfermidades e dores fazem parte de curso intensivo, cujo objetivo é franquear o acesso do ser às qualidades divinas que herdamos do Pai Celestial.

Atingir o equilíbrio na interação com as forças que regem a dinâmica da vida é anseio que nasce no imo de todas as criaturas no concerto da Criação.

Para isso, necessário se faz agir segundo os padrões do Cristo Jesus, que nos concitou a viver no mundo sem ser do mundo. Conciliar o reino de Deus com o reinado de César é tarefa hercúlea que exige do viajor terreno esforços diários no cami-nho da perseverança.

A dor da ofensa pede o bálsamo do perdão.

A tempestade da desesperança enseja a perma-nência no abrigo seguro da fé.

A decepção da traição requisita a compaixão em favor do coração desertificado que não te reconheceu o oásis do amor devotado.

Antes os testemunhos da transição planetária, busca o equilíbrio com Jesus, cultivando a resigna-ção e o devotamento, e abandonarás os extremos da negação materialista e da contemplação sem obras, de modo a alcançares êxito no aprendizado em que te encontras matriculado na Terra e para o qual te preparastes antes de renascer.

O frio da doença repentina e restritiva exige o calor da confiança inabalável nos desígnios de Deus.

Assim, alma querida, se te encontras em meio a provas e expiações, individuais ou coletivas, antes de te confinares à revolta e ao desespero, esforça-te por compreender o propósito das lições que a Divina Providência te convida ponderar e apren-

der. Os problemas terrenos são instrumentos que funcionam à guisa de buril da alma, com vistas a libertar o brilho da centelha divina que habita em ti.

Scheilla

Mensagem psicografada pelomédium Emmanuel Chácara Sales emreunião estudo evangélico-doutrinário

realizada em 02/02/2020, domingo,no Núcleo de Fraternidade Francisco

de Assis, Grande Colorado, Sobradinho/DF

Palavra da Espiritualidade

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UM VALOROSO PASSO PARA A EVOLUÇÃOREFORMA ÍNTIMA:

(1) Reforma Íntima Sem Martírio – Ermance

O tempo, quando compreendido, se transforma em um precioso colaborador. As nossas muitas vindas à Terra e a outros mundos visam o nosso melhoramento² progressivo, nos ajudando a desenvolver ora o intelecto, ora a moral. É certo que podemos nos adiantar para que as experiênci-as corpóreas sejam mais agradáveis³, mas não devemos nos apressar para que encontremos a evolução no dia de amanhã.

o verdadeiro espírita é aquele que se esforça paradomar suas más inclinações⁴, se concentre nobem, ore e vigie. O início pode ser complicado,mas após compreendermos o quão benéfica é atransformação, seguimos motivados pelaspequenas vitórias que, sem dúvidas, nos levarão aviver a sólida e amorosa experiência espiritual.

Marsília de Cássia Santos Oliveira

O equilíbrio descoberto durante o aprendizado nos ajuda a recordar que Deus se sente feliz com as pequenas melhoras, ficando satisfeito ao reconhecer em nós a disposição para que a reforma aconteça.

O último e permanente passo é a perseverança. Se

Mocidade Espírita Maria João de Deus

Dufaux/ Angústia da Perfeição(2) O Livro dos Espíritos – Questão 167 (3) O Livro dos Espíritos – Questão 192

(4) O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII Sede Perfeitos – Os Bons Espíritas

Descobrir e conviver com o seu “homem velho” é necessário e saudável para o que a caminhada aconteça sem a inquietação da culpa. Nossos erros constituem o alicerce que impulsiona a transformação, nos apresentando os aspectos morais que precisam ser modificados e colocando as imperfeições a serviço da “construção gradati-va de valores, visando a qualificação de qualidades eternas”¹.

N ó s s o m o s o espírito que go-verna as ações, tendo o registro das existências passadas como consequência das diversas encarna-ções, onde acu-mulamos expe-riências que in-fluenciam os nos-sos hábitos, vicis-situdes, bem co-mo os aprendiza-dos que aconte-cem a partir do d e s p e r t a r d a c o n s c i ê n c i a . O processo é gradati-vo e ocorre de acordo com o reconhecimento do nosso mundo interno, tendo como bons aliados o auto perdão e a paciência.

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Imagem: Internet

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O CAMINHO DO BEM:A ESCOLHA É NOSSA

EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

Não são raras as vezes em que nos vemos diante de problemas que nos parecem incontornáveis. Em situações assim, não é raro pensarmos: “Será que Deus se esqueceu de mim?”. São nessas ho-ras, onde a fé é questionada, que a angústia passa a ser a companheira constante em nossas vidas.

Nós, seres humanos, passamos grande parte do tempo que nos é oferecido sonhando com a felicidade, a realização profissional, o crescimen-to intelectual, a riqueza e o conforto material. Mas, quase sempre, temos a impressão de que nada alcançaremos e mais uma vez indagamos: “Quando chegará o dia em que o Senhor tornará realidade os nossos sonhos? Quando seremos contemplados com os números da loteria, para enfim realizarmos nossas aspirações?”.

É claro que os anjos existem! Talvez, não da maneira como os idealizamos: criaturas ilumina-das com asas muito alvas. Mas sim como espíritos, encarnados ou desencarnados, que nos amam profundamente. Espíritos que estão sempre à nossa disposição, não para fazer por nós, mas para nos guiar e orientar em nossa caminhada. Alguns podem chamá-los de anjos guardiões, outros de anjos da guarda. Mas, o nome dado a eles não é o mais importante.

Esses seres de luz que nos acompanham durante nossa jornada nem sempre se fazem perceptíveis, mas é certo que existem. Se não os percebemos é porque nem sempre se mostram ostensivamente. Os anjos usam de artifícios e intuições para indicar caminhos, pessoas e situações e nos oferecerem sua proteção delicadamente.

Como exemplo dessa afirmativa, podemos citar o Livro de Tobias, antigo testamento: ao necessitar de alguém para acompanhar o filho em uma viagem perigosa, o pai de Tobias contratou um servidor. Sem que soubesse havia contratado, na verdade, o anjo “Rafael”, que o acompanhou e cuidou dele com esmero durante toda a viagem. Nessa passagem, conta-se que ao apanhar um peixe para se alimentarem, o anjo disse a Tobias:

As dificuldades da vida e a resistência que apresentamos em nosso dia-a-dia acabam por criar em nós um desejo intenso: a materialização de um anjo do céu que solucione todos os nossos problemas e nos conceda o caminho da felicidade plena. A ele, portanto, conferimos a responsabili-dade de direcionar nossas escolhas ou mesmo fazê-las por nós. Ocorre que, o único anjo que poderá solucionar nossos problemas, somos nós mesmos.

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Imagem: Internet

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No entanto, no estágio em que nos encontramos e na ausência de vigilância, basta apenas uma dificuldade, por menor que seja, para que o desespero tome conta de nossas vidas e a fé dê lugar ao medo. Não são poucos os exemplos a mostrar que, diante de dificuldades imensas, espíritos elevados, utilizaram-se dos próprios obstáculos em benefício próprio para transformá-los em dádivas de Deus.

“Guarde o fel”. Ao retornar da viagem, orientou que deveria passar o fel nos olhos do pai, que era cego. Após o cuidado oferecido pelo filho, o pai de Tobias retomou a visão. E assim, se o anjo tivesse dito a Tobias, que era o enviado de Deus para guiá-lo, Tobias não receberia o mérito pelo ato realiza-do.

Todos nós, assim por dizer, temos o chamado “anjo de Tobias”. Eles estão sempre a postos, a cuidar de nós, ainda que não os percebamos. Somos espíritos criados por Deus, simples e ignorantes, (Livro do Espíritos, questão 115) e foi nos dado o livre arbítrio (Livro dos Espíritos, questão 843). Portanto, as escolhas são nossas e os anjos... Ah...os anjos, eles são as criaturas divinas que nos orientam, nos intuem e nos consolam durante nossa caminhada.

É preciso entender que ninguém surge para salvar-nos de escolhas errôneas ou para fazer aquilo que cabe somente a nós. A responsabilidade de usufruir corretamente do livre arbítrio é um desafio tanto para o nosso crescimento como para a participação na obra divina.

Diante disso fica a pergunta: “O que fazer então para solucionar tantos desalentos que nos apare-cem constantemente?”. Paulo, em sua segunda Carta aos Coríntios, 4:8, prescreve: “Em tudo somos atribulados, mas angustiados não”. Desse modo, seria um bom caminho a ser seguido, entender que as tribulações são nossas companheiras constantes e que não há porque desesperarmos diante delas, pois o auxílio divino nos alcançará. Como não nos sentirmos tão angustiados diante das lutas e aflições? O primeiro passo é compreender que cabe a cada um de nós, nos tornarmos espíritos bons, ou seja, está em nossas mãos a mudança que queremos ver no mundo. Ainda assim, qual o motivo que nos leva a adiar essa decisão mediante a tantos benefícios? Alguns acreditam não dar conta de vencer suas tendências inferiores, outros creem que a “porta larga” é um incentivo ao adiamento. No entanto, muitos se esquecem que a convivência com o mal será sempre uma escolha com provas dolorosas e longas.

A ciência numa visão mais pragmática atesta que o universo surgiu do caos. A Bíblia, em Gênesis,1:1-2 cita: “No princípio, Deus criou o céu e a terra.Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriamo abismo, e um sopro de Deus agitava a superfíciedas águas”. Se a grandiosidade e complexidade douniverso, teve sua origem no caos, não serãonossas dificuldades, tão pequenas, que ficarãosem solução ou impedirão nossa evolução.

Tudo isso não quer dizer que seguir o caminho do bem é a alternativa mais fácil ou que as provas serão mais leves durante a caminhada. No entan-to, é importante compreender que obra divina é perfeita e que a maneira como enfrentamos nossas dificuldades, impactam em nossas escolhas diárias na direção do bem, o que pode abreviar em muito o tempo da nossa evolução espiritual. Assim como dito em Mateus 11: 28-30: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos darei descanso. Tomais sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”

Humberto de Campos, nos conta em seu Livro Estante da Vida, cap. 38, A arte de elevar-se, a história de um homem trabalhador que, por engano, foi levado ao inferno, onde se deparou com figuras monstruosas e passou muitos dias em terrível sofrimento. Como ele já era acostumado aos trabalhos edificantes, logo deixou de lado as suas dificuldades e se entregou aos trabalhos na semeia do bem, amparando todos que encontra-va. O homem ofertou alívio, consolação e seguiu: “multiplicando pregações de amor, obediência e esperança”.

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“... toda vez que a Justiça Divina nos procura noendereço exato para a execução das sentenças quelavramos contra nós próprios, segundo as leis decausa e efeito, se nos encontra em serviço aopróximo, manda a Divina Misericórdia que aexecução seja suspensa, por prazo indeterminado”.

Por isso ao compreendermos que as provas existenciais são processos de crescimento espiri-tual estaremos nos aproximando de Deus e de seus ensinamentos. As dificuldades, então, passarão a ser superadas com fé, paciência e leveza.

Outros tantos exemplos se nos apresentam. De tal modo elucidado na obra Paulo e Estevão: Jeziel, posteriormente chamado de Estevão, foi julgado e condenado a servir perpetuamente nas galeras como remador. Tal condenação equivalia à pena de morte. Mas Jeziel, sem revolta, cuidou de fazer o que lhe competia, com resignação e amor. Aju-dou aos que precisavam e respeitou a todos, mes-mos os seus algozes. Com isso, granjeou a simpa-tia de todos, inclusive do feitor, que admirou a for-ma como Jeziel agia. Não demorou muito, ocomandante do navio necessitou de uma pessoapara cuidar de um romano importante que se en-contrava a bordo. Imediatamente, o feitor indicouJeziel, que pelo ótimo trabalho realizado haviaganhado a simpatia do romano. Ao desembarcar,este levou Jeziel com ele e o livrou da tal temidapena de morte. Alguém pode pensar que o anjo deJeziel, aquele que o livrou da pena de morte, haviasido o romano, mas não o foi. O romano foi apenasum instrumento utilizado para premiar Jeziel, emface do bem que havia feito enquanto embarcadona galera. Jeziel foi seu próprio anjo quandovenceu as tendências inferiores e optou por seguir

o caminho do bem e do amor. Podemos concluir,portanto, que o bem que fazemos hoje serásempre o nosso melhor advogado. Não obstante,as dificuldades são transformadas em benefícioquando fazemos o bem. Outra situação quesempre nos consola é pensar que a prática do bemse reveste de atenuante diante de todos os errosque cometemos. O livro Perante Jesus, deEmmanuel, psicografia de Francisco CândidoXavier, esclarece:

Rogério Berlini

Suas atitudes acabaram por diminuir o padrão de sofrimento no inferno e despertaram o sentimen-to de gratidão daqueles a quem havia ajudado. A vibração no inferno foi de tal forma alterada, que o próprio Satanás, após receber informações do que estava acontecendo, foi em pessoa observar as mudanças. Ao constatar a situação, ordenou a expulsão do trabalhador. O mesmo se viu livre e retornou ao “Reino de Paz”. Humberto de Campos conclui que se alguém: “... sente-se na Terra como se estivesse no inferno. Pense, fale e procure agir, como se fosse o céu, e o próprio mundo restituirá você ao paraíso”.

Que Jesus nos abençoe.

Assim meus irmãos, todas as vezes que procurar-mos as soluções para nossos problemas, tenha-mos o cuidado de verificar, ao nosso redor e dentro de nós mesmos, onde encontram-se as respostas. Muitas vezes, as soluções estão ao nosso alcance e apenas não conseguimos vê-las por que nos distanciamos do amor divino. É como pedir a Deus luz e esquecermos que todos os dias o sol brilha para todos, independentemente de merecimento ou não.

Colaborador do Grupo Scheilla

EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

Imagem: Internet

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O NECESSÁRIO

Amealharás enorme fortuna, todavia, ignorarás, por muitos anos, a que região da vida te conduzirá o dinheiro.

permaneceres vigilante no aproveitamento da luta, teus dissabores correrão inúteis.

Exaltarás o direito com o verbo indignado e ardoroso, todavia, é provável não estejas senão estimulando a indisciplina e a ociosidade de muitos.

"Uma só coisa é necessária", asseverou o Mestre, em sua lição a Marta, cooperadora dedicada e ativa.

Jesus desejava dizer que, acima de tudo, compe-te-nos guardar, dentro de nós mesmos, uma atitude adequada, ante os desígnios do Todo-Poderoso, avançando, segundo o roteiro que nos traçou a Divina Lei. Realizado esse "necessário", cada acontecimento, cada pessoa e cada coisa se ajustarão, a nossos olhos, no lugar que lhes é próprio. Sem essa posição espiritual de sintonia com o Celeste Instrutor, é muito difícil agir alguém com proveito.

Improvisarás pomposos discursos, contudo, desconheces as consequências de tuas palavras.

Organizarás grande movimento em derredor de teus passos, no entanto, se não construíres algo dentro deles para o bem legítimo, cansar-te-ás em vão.

Experimentarás muitas dores, mas, se não EMMANUEL / Chico ( Vinha de luz. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 28 ed. Brasília: FEB, 2016, CAP 3) .

Terás muitos negócios próximos ou remotos, mas não poderás subtrair-lhes o caráter de lição, porque a morte te descerrará realidades com as quais nem sonhas de leve...

Administrarás interesses vários, entretanto, não poderás controlar todos os ângulos do serviço, de vez que a maldade e a indiferença se insinuam em to-das as tarefas, prejudicando o raio de ação de todos os missionários da elevação.

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"Mas uma só coisa é necessária." - Jesus (Lucas, 10:42).

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EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

OS VENDILHÕES DO TEMPLO

Não nos parece crível imaginar tal cena e tais a t i t u d e s p r o v i n d o d e J e s u s . N ã o ! Definitivamente, não!...

Somos, todos nós, espíritos imortais, criados, num dado momento do tempo, simples e ignoran-tes (O Livro dos Espíritos, questão 115), que, após estagiarmos nos reinos inferiores da criação e ora chegados ao reino hominal, por acréscimo da Misericórdia Divina, estamos, mais uma vez, mergulhados no vaso físico por meio da bendita oportunidade reencarnatória. É, pois, sob esta perspectiva, pensamos nós, que devemos nos apropriar do entendimento do evangelista João, qual seja, o de que é o nosso corpo físico, a mora-da, o templo do nosso Espírito: “Ele, porém, se referia ao templo do seu corpo” (Jo 2:21).

A passagem evangélica em que Jesus expulsa os vendilhões e os salteadores e purifica o templo guarda importantes lições da mais alta expressão de espiritualidade.

Propomos ao leitor amigo, aqui nas páginas de O Fraternista, uma reflexão em torno desta passa-gem evangélica que, embora muito conhecida, guarda, ainda, nos corações mais simples, signifi-cação outra que não a Excelsa grandeza do Mestre.

Novamente matriculados na Escola de Aprendizes do Evangelho, desta feita, à luz da Terceira Revelação e sob os auspícios dos bons Espíritos, somos convidados, consoante orientação do Apóstolo dos Gentios, a extrair o espírito da letra (II Cor 3:6), o que significa mobilizar todos os esforços para, desta feita, experenciar as inolvidá-veis lições do Mestre de Amor.

Primeiro impondo-nos o dever de avaliar, à luz da razão, as seguintes questões: seria Jesus, o Espírito mais evoluído a pisar sobre a face da Terra, o Guia e o Modelo para a Humanidade (O Livro dosEspíritos, questão 625), o Governador Espiritual doPlaneta, capaz de adentrar o templo de Jerusaléme, esbravejando, verberando os mais variados eimpublicáveis impropérios, derrubar as mesas, ascadeiras e todos os demais utensílios dos merca-

dores e libertar, num ato de desatino, todos os animais destinados à oferta nas cerimônias religiosas do povo hebreu? Um ato destes seria compatível com a natureza e com a grandeza espiritual e moral de Jesus? Seria Jesus, Ele, a personificação do amor, da ternura, da harmonia, da paz e do equilíbrio, capaz de agir assim, de modo tão destemperado e desequili-brado?

Se Jesus não seria capaz de agir de tal maneira, como, de fato, não agiu, como interpretar esta lição, que é narrada pelos quatro evangelistas

(Mt 21:12-13; Mc 11:15-17; Lc 19:45-46; e, Jo 2:13-22) e examinada pelo Codificador (O EvangelhoSegundo o Espiritismo, cap. XXVI, item 5).

O que nos revelaram, a respeito, os Espíritos Superiores que presidiram a obra da Codificação Espírita? Busquemos, então, a chave: Kardec!

Quando permitirmos que Jesus adentre o nosso templo, o nosso coração, a nossa casa mental, seremos capazes de percebê-Lo e de senti-Lo agindo em nós!...

Narram os evangelistas que Jesus chega a Jerusalém e adentra o templo após pernoitar em Betânia.

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Imagem: Internet

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Se sim, mãos à obra!

Estudemos e cultuemos o Evangelho em nossos lares, nas Casas Espíritas, no movimento espírita e no meio social em que somos chamados a servir para que, num futuro próximo, livres dos vendi-lhões e salteadores, possamos, efetivamente, gestarmos Jesus em cada um dos nossos cora-ções.

José Márcio de AlmeidaEscritor e conferencista espírita

Jerusalém, em hebraico significa visão da paz ; é o nosso estado psíquico-espiritual superior, de vigilância; representa um padrão vibratório elevado e transcendente; Betânia, em hebraico significa casa da aflição, região psíquica da alma em que muitas das vezes nos situamos. Jesus sobe de Betânia à Jerusalém. Jesus sobe, portanto, vibratoriamente.

A subida de Betânia Jerusalém exigirá de cada um de nós, esforço, disciplina, atitude e o firme propósito de nos melhorarmos, ou seja, a tomada de consciência e, ato contínuo, o início da recons-trução de nós mesmos, a tão apregoada reforma íntima ou autoconhecimento, ou ainda, segundo Paulo de Tarso, o instante em que iniciamos o bom combate (II Tim. 4:7).

Jesus adentrará o nosso templo íntimo, a morada do nosso espírito, quando estivermos em Jerusalém e mudado de faixa vibratória; quando situarmos a nossa casa mental (nosso psiquismo e m r e g i õ e s o n d e v i s l u m b r a m o s a p a z . Simbolicamente diremos que Betânia representa a faixa do consciente; Jerusalém, a faixa do superconsciente.

Permitindo que Jesus faça morada em nós, permitiremos que Ele purifique e expulse os vendilhões que comerciam e os salteadores que furtam no interior do nosso templo!

Outra questão que se impõe: quem são os vendi-lhões e os salteadores do templo?

O que dizermos do orgulho, do egoísmo, do desamor, da raiva, da inveja, da destemperança, da maledicência, do apego aos ídolos de barro, do ócio pernicioso e contemplativo e de todos os sentimentos menos nobres que ainda residem em nós, no nosso íntimo e com os quais cambiamos com o objetivo deliberado de obtermos vanta-gens?

Indaguemo-nos!... Ainda praticamos a caridade deliberando receber algum benefício em troca, celestial ou temporal? Participamos desta ou daquela tarefa almejando maior visibilidade dentro da Casa/Movimento Espírita e/ou uma posição de direção que vá dar vazão aos nossos

projetos (pessoais) de poder e glórias? Medimos os nossos sacrifícios pessoais, contabilizando o bônus-hora que o “trabalho” nos trará quando de nossa reentrada na Pátria Espiritual? Pensamos, agimos e realizamos vislumbrando a possibilidade de sermos recebidos como expoentes da Terceira Revelação quando da reentrada na pátria espiritu-al?

Como nos posicionamos frente aos compromis-sos inadiáveis do lar? Mercadejamos cada ato, cada gesto? Permitimos que as necessidades dos nossos irmãos de caminhada se sobreponham aos nossos? E frente aos compromissos e interesses da Casa Espírita? Como nos posicionamos frente às luzes do Evangelho de Jesus?

Reflitamos!... O que dizermos do ardil, da traição, das intrigas, da maledicência, das vis combina-ções, das subtrações (de afeto, de amor, de carinho...) e de tudo o mais que se assemelhe? O que dizermos de tudo o mais que nos aprisiona à transitoriedade e a efemeridade da matéria? O que dizermos de todos os sentimentos menos nobres que se posicionam contrariamente às questões sublimares do espírito?

Como o fio de um novelo, novas dúvidas surgem: se é assim, quais, então, os utensílios, os objetos e os apetrechos de que se valem esses vendilhões e salteadores?

Desejamos ter o nosso templo purificado? Desejamos que Jesus expulse os vendilhões e os salteadores que estão, há milênios, a cambiar em nós?

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EDUCAÇÃO, ARTE E CULTURA

LIVRO: A CURA REAL

A manutenção da saúde é, desde o princípio da humanidade, uma das maiores aspirações huma-nas. De tempos em tempos, diversos recursos tecnológicos são empregados para dar mais conforto e qualidade de vida aos que padecem de algum mal físico.

Mesmo com o avanço da ciência, inúmeras mazelas atinge a sociedade deixando, além de sequelas no corpo, consequência na alma. Por isso, mais que recursos científicos são necessários recursos edificantes para curar a natureza do ser.

Idealizado por doze anos, o livro A Cura Real foi feito a muitas mãos com objetivo de apresentar a verdadeira cura do espírito, a partir do precioso relato das 27 curas realizadas por Jesus.

Entre tantas narrativas sublimes, o leitor é convidado a entender, por exemplo, a importância de fluídos benéficos movidos pela fé, a partir do processo de cura da mulher hemorro-íssa, descrito no evangelho de Lucas (8: 43 – 48).

Além do valioso recurso da fé, capaz de revelar potencialidades de vitória sobre nós mesmos, outro aspecto importante e evidente apresentado no livro é a vontade, força motriz que move o ser de uma condição prejudicial para outra positiva e promissora.

Não podemos aqui esquecer o mereci-mento, condição que nos torna passíveis de receber as dádivas conquistadas pela nossa própria colheita.

E assim, o livro A Cura Real, com psicografias do médium Wellerson Santos, pelo Espírito Fritz Schein, nos guia à compreensão de que, além da ação da natureza, que pode ceifar a matéria, existem também aspectos de cunho espiritual capazes de desenvolver processos enfermiços desencadeados pela sintonia e afini-

dade que nos coloca à mercê das chamadas obsessões.

O livro traz ainda, dentro da proposta de transfor-mação idealizada por A Cura Real, os comentários de Charles Simões Pires, estudioso e colaborador espírita.

A obra está disponível na LIVRARIA do Grupo Scheilla e pode ser obtida em Delivery para a sua casa através do WhatsApp (031) 98919-0219 ou pelo telefone (31) 3273-3829.

Jornalista colaboradora do Grupo ScheillaMaiza Silva

Imagem: Internet

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ÊNIO WENDLINGPELA VEREDA MEDIÚNICA

Muitos foram os colaboradores que fizeram o uso da mediunidade com Jesus a favor da consolida-ção do Movimento Espírita mineiro, empregando sublime dom em favor dos mais necessitados.

Por isso, nesta edição do Fraternista, a coluna Literatura remonta parte da história do médium, Ênio Wendling. Trabalhador assíduo e dedicado que não mediu esforços para colaborar com a espiritualidade e ajudar na constru-ção do Movimento da Fraternidade.

A obra está disponível na LIVRARIA do Grupo Scheilla e pode ser obtida em Delivery para a sua casa através do WhatsApp (031) 98919-0219.

Jornalista colaboradora do Grupo ScheillaMaiza Silva

No livro Ênio Wendling - pela vereda mediúnica, o escritor Marcelo Orsini, por meio de um trabalho cuidadoso, fruto de longa e laboriosa pesquisa, conta a história de vida e a dedicação do médium Ênio Wendling.

Ao todo, são 376 páginas de relatos preciosos que fazem parte da história do espiritismo no Brasil e ajudam a recontar o erguimento de importantes instituições espíritas mineiros como, por exemplo, O Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla e Fraternidade Espírita Irmão Glacus.

Ênio Wendling - pela vereda mediúnica, mais que um livro, é um memorial da prática mediúnica, publicado pela Editora Educere. Uma excelente fonte de pesqui-sa no que tange a Ciência Espírita, ao relatar a participação do médium em reuniões de materialização, desde 1949 até o início da década seguinte.

Sem dúvidas, essa é mais uma daquelas obras da literatura espírita que pretende, não apenas homenagear, mas deixar impresso na história do espiritismo, grandes vultos que que se colocaram disposição da Plano Maior da vida.

Imagens: Internet

literatura

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NOTÍCIAS

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CORONAVIRUS E NÓS,CONVITE A REFLEXÕES

Está aqui narrada de início a magia de algo que o mundo pouco valoriza e reconhece qual seja a existência real de vida desde quando do encontro do espermatozoide com o óvulo, formando o zigoto. A narrativa será no singular, entrementes se subentende o plural. Eu era pequenino, de tamanho infinitesimal, só visível por avançados exames de imagem, os médicos me denomina-vam de feto, apesar do meu estado de inconsciên-cia sabia-me um ser vivo dotado de inteligência e com uma clara noção de existir antes de fazer moradia na intimidade de alguém que mais tarde passei a chamar de mamãe.

Algum tempo depois recebi a denominação de embrião, talvez porque tenha crescido e fui tomando uma forma que não sabia bem descre-ver, só muito tempo à frente descobri que mila-grosamente surgiram em mim células, tecidos, órgãos e organismo, compondo a estrutura do meu tenro corpo e, para isso não despendi nenhum esforço. Vagarosamente logrei sair do estado de inconsciência para semiconsciência. Era um mundo maravilhoso onde habitava!

Estava resguardado numa câmara uterina, uma confortável moradia, suas paredes eram de imensa plasticidade e que os humanos chamam de placenta. Cada vez tinha mais mobilidade no que poderíamos denominar de oceano, contudo com o passar do tempo este virou um grande rio, mais a frente um rio menor, entrementes as águas eram sempre calmas, renovadas, contendo alimentos indispensáveis para a minha sobrevi-vência. Sentia-me indelevelmente ligado a minha mãezinha: estava imerso nela, protegido por ela e uma seiva intermitente provinda dela irrigava meu minúsculo corpo. Como era confortável aquele mundo, não precisava de coisa alguma externa, pois ela, a minha mãe me supria de tudo e em verdade eu precisava de tão poucas coisas!...

Era acariciado, tocado com leveza, minha mamãe conversava diuturnamente comigo, só me incomodavam os ruídos externos, as gritarias e, não raras vezes a respiração ofegante da minha protetora, também o seu cansaço, sua movimen-tação dificultosa, mas isso pouco refletia na minha paz, na minha vida feliz. Tinha eu o pressentimen-to que não ficaria muito tempo em tão encantador

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De repente surgiu no trânsito da minha existência um inimigo invisível, um ser vivo de tamanho infinitesimal, capaz de transmutar, de se multipli-car e de efetuar uma perseguição implacável. Já tivera adversários ferrenhos e até inimigos na minha voragem terrena e contra eles sempre soube me prevenir, reagir e comportar. Resisti a este perseguidor empregando todos os ardis e meios, entrementes para ele não me causar dano maior, com a perda da própria vida, recolhi na minha casa, junto da minha família e descobri que todos deveríamos nos proteger reciprocamente do inimigo comum, o coronavírus.

O mundo novo que se deparou foi bem diferente, só ai entendi a grandeza, os sacrifícios, o devota-mento e o amor da minha mãe. Passei por todos os ciclos do desenvolvimento anatômico, fisiológico e de formação da minha personalidade. Fui consumido pelas atrações e prazeres deste mundo novo e, não diferentemente dos outros humanos como eu, usufrui dos benefícios da civilização. Constitui minha própria família e passei a lamentar o quão pouco convivia com meus entes queridos. Trabalho, quase sempre extenuante, cursos de especialização, roda de amigos, compromissos sociais, viagens e preocu-pações com o futuro da minha nova família, pouco me permitia estar mais tempo em casa, conviver com meus entes queridos, dispor de mais tempo para ouvi-los, senti-los, brincar como nos tempos de infância.

Eu sairia do meu castelo, do meu lar para conhecer meu pai, outros que habitavam o castelo de fora. Mamãe me confortava, afirmando que eu estaria numa casa nova, bem espaçosa e, além disso, viriam surpresas, um mundo novo me aguarda-va!...

Quanta estranheza, tudo cessou na minha exis-tência, uma paralisia incompreensível, não mais o trabalho, a roda de amigos, as viagens, as horas extras nos serões para melhoria da qualidade de vida, os passeios, os encontros festivos, o cinema, os shoppings, o clube recreativo, a academia, a casa de oração, de repente me descobri junto da minha família, vinte e quatro horas por dia. Nem mais as saídas de carro ou de ônibus, em que pese o estresse e a irritação de quando em vez. Umamudança repentina no modo de vida. Estavadefinitivamente preso, uma reclusão nãopensada, compulsória. Confesso, no início foiagradável, mas, depois uma inquietude tomouconta de mim.

Uau, eu não desejei por tantas vezes estar mais e conviver mais com meus entes queridos? Quantas vezes reclamei mais tempo no lar, ter tempo para meus entes amados! A COVID-19 não estava me proporcionado a realização desses sonhos e desejos? Porque não relembrar do castelo encan-tado onde habitei por longos meses, onde eu estava perto de quem se importava comigo? Eu e minha mãezinha usufruíamos de uma felicidade verdadeiramente indizível, muito diálogo, atenção recíproca, afeto transbordante, alegria exultante, paz indescritível e poucas necessidades para a manutenção da vida!

Descobri com o passar do tempo que eu e meus entes queridos carecíamos de menos roupas, a alimentação tornou-se mais frugal, os passeios nos shoppings ou nos cinemas ou no clube ou casa de campo não faziam tanta falta, ou não eram coisas tão importantes. Redescobri o gosto de conversar mais e de ouvir a minha parentela consanguínea. Minimizei o uso de aparelhos celulares, da televisão, do notebook, do acesso frenético as redes sociais para usufruir da compa-nhia dos seres que Deus situou no meu lar.

Relembrei de antigas e recentes amizades, retomando ou incrementando o contato com elas. Matriculei-me nos trabalhos domésticos, seja na lavação, na limpeza, na arrumação, até arriscan-do-me no trato da cozinha. O mais importante, arrumei tempo para filosofar, falar e buscar à Deus, me abastecer de esperanças, de crer na vida futura e de verdadeiramente condoer do sofri-

castelo, percebia-me crescer e muito, os espaços limitavam os meus movimentos e minha mãezi-nha sinalizava que a breve tempo eu surgiria para o mundo externo e que nada temesse, pois elahaveria de me amar e de me proteger para o restoda minha vida. É muito difícil externar como eranossa comunicação, bastava eu pensar para eleme entender e quando isso não acontecia era poragitações estranhas, lá de fora, não perceptíveispara mim!

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NOTÍCIAS

Quando eu estava na iminência de deixar o castelo encantado, o útero da minha adorável mãezinha tive medo. Tudo era paz e me sentia muito prote-gido, contudo de algum modo sabia da necessida-de de nascer (renascer) para viver muitas expe-riências. Deveria afastar qualquer receio, uma voz inconsciente me dizia que eu estava preparado e

q u e m i n h a m a m ã e m e protegeria.

mento alheio, além de me solidarizar com as dores de quem perdeu seus entes queridos, vitimados pelo irmãozinho desavisado, olha só agora o chamo assim e não o tenho mais como um inimi-go!

Ah, aconteceu um problema que eu debito a esse coronavirus, qual seja, fiquei impedido de tocar, de abraçar, de beijar meus entes queridos - isto é uma provação e tanto, mas saberei esperar! O irmão inferior da natureza veio para ficar algum tempo e depois, partirá para cumprir outra trajetória nos círculos da mãe natureza. Cada ser v i v o t em um papel a desem-penhar no seio da natureza, nós é que ainda não compreen-d e m o s o propósito de Deus para cada e v e n t o o u acontecimen-to!

Não sei quanto tempo perdu-r a r á e s s a a p a r e n t e reclusão, assim r e d e fi n o a d i a m e t r a l m u d a n ç a compulsória na minha existên-cia, todavia sei que será por pouco tempo. O Espírito Emmanuel nos assegura que moléstias estranhas devastam populações inteiras, mas Deus inspira a cabeça de cientistas abnegados e liquida as epidemias (livro Palavras de Vida Eterna, lição 79). Voltarei a algumas das atividades de antes, espero que eu seja mais seletivo. Não perderei as belíssimas lições apren-didas e apreendidas em poucos meses, como: o convívio com meus entes queridos resignificando meu modo de ver a vida; o gosto pelas demoradas, pacientes e alegres conversações; o cultivo de afazeres domésticos; o contentar-se com as

vestes e alimentos absolutamente indispensáveis para viver; o apreço pelas amizades; a redução dos supérfluos; o fortalecimento da minha fé; o amor aos meus semelhantes e a busca incessante de Deus na minha vida.

Q u a n d o e u tiver de ausen-tar do meu lar, para cumprir m ú l t i p l o s afazeres, após a crise defla-g r a d a p e l o q u e r i d o c o r o n a v i r u s , digo para mim mesmo, serei outro. Vou me i n fl a r d e coragem, pois q u e e s t a r e i fortalecido e renovado em ricos propósi-tos. Tenho um

tempo rico para cumprir na minha trajetória existencial, sei que sou um ser único, amado por Deus e com uma missão importante a mim designada, qual seja a de aprimorar-me espiritualmente e contribuir para que o nosso hospitaleiro planeta se converta num mundo mais fraterno, com uma humanidade mais solidária e feliz.

Escritor e conferencista espíritaCélio Alan Kardec de Oliveira

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SE VOCÊ NÃO PODE IR AO GRUPO SCHEILLA, O GRUPO VAI ATÉ VOCÊ!!

Além disso, vamos lembrar que as ati-vidades de Assistência Espiritual realizadas pelo Grupo Scheilla como as Orientações Espirituais, o Aten-dimento Fraterno e os Tratamentos Espirituais através das Reuniões Mediúnicas, contribuem fortemente na manuten-ção do equilíbrio mental e espiritual, tanto de encarnados quanto de desencarnados.

N e s t e t e m p o d e pandemia devido ao novo Coronavírus, em que todos estamos permanecendo mais em casa, evitando as aglomerações, inclu-sive deixando de fre-quentar reuniões pú-blicas e mediúnicas e outras atividades do nosso Grupo Scheilla, torna-se necessário um grande esforço de todos nós para man-termos o equilíbrio f í s i c o , m e n t a l e espiritual.

Com a paralisação das atividades presenciais do Grupo Scheilla em meados de março, surgiu a ideia de implantar o “SOS PRECES”, de modo a atender às pessoas necessitadas de consolo, entendimento e informações. Consiste de plantão telefônico utilizando-se o telefone (31) 3226-3911, realizado de segunda a sexta-feira, nos horários de 9h às 12h e de 14h às 17h, e sábado no horário de 14h às 17h.

A equipe de atendentes são tarefeiros do Atendimento Fraterno, que têm experiência no

atendimento presencial e que realizam a atividade de forma totalmente voluntária, buscando oferecer ouvidos e entendimento amoroso aqueles que sofrem. Se você sente necessidade de falar com alguém sobre alguma dificuldade momentânea ou se conhece alguém que está se sentindo sozinho ou ansioso nestes momentos transitórios em que estamos vivendo, busque os nossos irmãos e irmãs do “SOS PRECES”, que lhe atenderão com carinho a dedicação.

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No mínimo, a prece nos pacica para que encontremos por nós mesmos,

a saída para a diculdade que estejamos enfrentando.

Chico Xavier

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NOTÍCIAS

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68 ANOS DE FUNDAÇÃO!!GRUPO SCHEILLA COMEMORA

Em 21 de junho de 1952 é fundado em Belo Horizonte o Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla, resultado da fusão do Grupo Scheilla, que funcionava à Rua Paraisópolis 658 no bairro Santa Tereza, onde hoje é o Grupo da Fraternidade Irmã Ló, com o Centro Espírita Oriente, que funcionava à Rua Aquiles Lobo 52 na Floresta, fundado em 06 de junho de 1930.

Desde julho de 1946, os Mensageiros da Espiritualidade Maior acenavam para o surgimen-to de um movimento de caráter nacional, a nascer das montanhas mineiras, que muito contribuiria para o progresso espiritual do Brasil, capaz de despertar mais intensamente a chama da fraterni-dade dentro do Movimento Espírita no Brasil, nascia o Movimento da Fraternidade.

No final da década de 40, onde hoje localiza-se o Grupo da Fraternidade Irmã Ló, casa do Sr. Jair Soares, começaram a surgir as famosas “Materializações Luminosas”, ocasião em que a espiritualidade superior aproveita os fluidos emanados por vários médiuns de efeitos físicos para a materialização de espíritos iluminados, fenômeno que trouxe à BH diversas caravanas de

irmãos e irmãs sequiosos de presenciá-lo e que voltavam para as cidades de origem e fundavam novos Grupos.

Assim foi criado o “Movimento da Fraternidade”, de caráter universalista e constituído pela união voluntária das criaturas conscientes que, sob a Égide de Jesus Cristo, se propõem a espalhar a luz da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, a verdade do Evangelho e a praticá-la junto aos irmãos em humanidade, convivendo com a dor e compadecendo-se dela, levando à criança desamparada o calor paternal e ao doente, do corpo e da alma, a visitação, o remédio, o repouso, a habitação, as vestes, a água e o pão.

Os objetivos do Movimento da Fraternidade são a evangelização, a espiritualização e o aprimora-mento do Espírito em evolução, encarnado e desencarnado, em sintonia com a Espiritualidade Maior e efetivamente participando na construção do Brasi l , Coração do Mundo, Pátr ia do Evangelho.

Foi o Espírito Scheilla que, em 16 de outubro de 1949, propôs um programa de trabalho para os

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grupos de fraternidade nascentes, o chamado “Programa de Trabalho Permanente”, constituído pelos seguintes pontos (Artigo 9 do Estatuto do Grupo Scheilla):a) Ensino e Prática da Doutrina Espírita e doEvangelho;b) Assistência Social Espírita;c) Tarefa de Passes; ed) Formação de Ambientes Espiritualizantes.

A Instituição Espírita que o adota denomina-se Grupo da Fraternidade e, assim, o Movimento da Fraternidade é, também, somatório dos Grupos de Fraternidade Espírita.

Nesta mesma data, de 16 de outubro de 1949, o espírito Scheilla avalizou a instalação do primeiro Grupo da Fraternidade no País, pronunciando-se desta maneira: “Meus amigos, que a paz do Mestre fortifique os nossos propósitos. O nosso Grupo da Fraternidade será um dos balaústres que proporcionará a nós e a todos que dele se aproxi-marem, momentos de recompensa e de alegria íntima! Em breve realizaremos belos trabalhos que irão propiciar-nos renovadas e crescentes alegrias. Que o Pai nos ouça e nos abençoe!”.

Em 21 de junho de 1952, o Centro Espírita Oriente, reconhecendo a grandeza da proposta de traba-lho, integrou-se ao Movimento da Fraternidade, ocorrendo a fusão e o surgimento oficial do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla, que funciona até esta data no mesmo endereço.

Faz parte também do Grupo Scheilla, a Casa Espírita André Luiz – CEAL, que consiste no seu núcleo de assistência social.

A CEAL foi inaugurada em 1957 com a denomina-ção de Casa de Saúde André Luiz, com o propósito de atender gratuitamente pacientes do sexo fe-minino, portadoras de patogenia psico-espiritual (doentes mentais. Em 1960, direcionou-se o atendimento para crianças desvalidas em regime de internato, quando a Casa assumiu então a de-nominação atual. A partir de 1985, decidiu-se dar ênfase ao atendimento em regime semi-aberto, buscando-se ao mesmo tempo estender o atendi-mento à família, para que ela possa criar os pró-prios filhos com dignidade. As atividades de assis-tência social se multiplicaram e todas elas visam o soerguimento espiritual dos carentes do corpo e da alma.

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MOMENTO ATUAL DO GRUPO SCHEILLA

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NOTÍCIAS

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· Organização de eventos de integração entre osFraternistas, Movimento da Fraternidade e Movimento Espírita;

Referências:

· Harmonização de Reuniões Públicas e Eventosatravés dos Corais Scheilla, Sebastião Lasneau eJoão Cabete, além de colaboradores individuais;

· Orientações Espirituais ao Público e Fraternistasdo Grupo Scheilla;

· Academia daCidade em Con-vênio com a Pre-feitura de BH;

Enfim o Grupo Scheilla é uma colméia de amor e trabalho no bem, oferecendo ótimas oportunida-des de crescimento espiritual para todos aqueles que contribuem na realização de suas atividades.

· E d u c a n d á r i oIrmã Venerandapara crianças dos e x o f e m i n i n oem grau de vul-nerabilidade so-cial, em parceriacom a Prefeitura de BH;

· Atendimento Fraterno;

· Tratamentos de Desobsessão e Ectoplasmia; Parabéns aos valorosos trabalhadores do Grupo Scheilla, que têm dado o seu amor

e dedicação às atividades realizadas no

Amiga abençoem a todos.

· Grupo de Engenharia, que organiza e planeja asatividades de manutenção e melhoria das instala-ções prediais;

· Recepção;· Reuniões de Educação Mediúnica;

· Distribuição da Sopa Fraterna e Atendimento aosM o r a d o r e s d eRua;

· Visitação Fraterna a Lares, Colônia Santa Isabel eHospital Raul Soares;

· Grupo “Sócios do Bem” e “Mãos Amigas” quecontribuem para a sustentabilidade do Grupo.

· Sala de Costura Irmã Narcisa e Oficina IrmãScheilla;

Assim nós gostaríamos de terminar nossas observações acerca do aniversário da nossa Casa com a transcrição do Item 5 “Os Obreiros do Senhor”, constante no capítulo XX do Evangelho Segundo o Espiritismo:

“Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteres-se e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias

de trabalho serão pagos pelo cên-tuplo do que ti-verem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: ‘Traba-lhemos juntos e unamos os nos-sos esforços, a fim de que o Se-nhor, ao chegar,

encontre acabada a obra’, porquanto o Senhor lhes dirá: Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio às vossas rivalidades e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!”.

Grupo, que Deus e a Espiritualidade

- Livro “Movimento da Fraternidade”- Site do Grupo Scheilla

de Célio Alan Kardec de Oliveira.

· Tarefa de Passes;

· Dispensário Irmão Glacus com distribuiçãogratuita de remédios sob Receita Médica;

· Evangelização Infantil e a Mocidade EspíritaMaria João de Deus;

· Biblioteca e a Livraria Fritz Schein;

· Campanha do Quilo;· Bazar Fraterno;

· Reuniões Públicas;

Atualmente são várias as atividades realizadas no Grupo Scheilla e dentre elas podem-se citar:

· Culto do Evangelho No Lar;

· Organização de Seminários e Congressos;

· Assistência à Famílias Carentes com Distribuiçãode Cestas Básicas;

· Cursos Profissionalizantes e Banco de Empregos;· Curso Preparatório para o ENEM;

· Ciclos de Estudos e Estudos Continuados daDoutrina, Evangelho e Mediunidade;

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TRANSFORMANDO CONHECIMENTO EM BOAS AÇÕES

Conduzi-los à prática da caridade, tem contribuí-do para a formação moral e espiritual, que pauta sua conduta nas leis de amor deixadas pelo Cristo, oferecendo ao evangelizando a oportunidade de reconhecer-se como um ser integral, consciente, participativo, cidadão do universo e agente transformador da sociedade.

Servir a Deus servindo aos homens, é a maior prova do nosso AMOR ao Divino. Há muito a ser feito, em nós e no mundo. Temos todas as possibi-lidades para realizá-lo! Apliquemos toda nossa vontade e esforço para transformá-lo e deixá-lo muito melhor do que encontramos.

Inspirados pelo desafio de mudar o mundo com uma participação mais ativa para deixá-lo ainda melhor, que o projeto «A Corrente do Bem», vem contagiando a todos por sua dedicação, entrega e amor ao próximo.

Sob a Luz do Evangelho e movidos pela imensa vontade de fazer o bem, a turma de 11-12 anos da Evangelização Infantil MariaJoão de Deus, tem se tornado a cada domin-go, exemplo de multiplicadores de boas ações.

Foram várias as ações desenvolvidas ao longo das atividades deste ano e contaram com a participação de todos que integram esse projeto (evangelizadores, pais e alunos).

Estimularam também a colaboração de profissionais da área da saúde, beleza e educação, que caridosamente doaram seu tempo e talento para transformar a vida de muitos.

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Visita ao Lar das Idosas Senhor Bom Jesus

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Visitação Abrigo Institucional Creche Tia Dolores

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Participação na Campanha do Quilo

«Hoje é a oportunidade

ditosa para depositardes

sementes no solo dos

corações; amanhã será o dia

venturoso de colherdes os

frutos da paz.»

Francisco Thiesen

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NOTÍCIAS

CICLOS DE ESTUDOS À DISTANCIA

Bruno Freitas dos Santos Tecnologia Grupo Scheilla

No dia 20 de abril, o Grupo Scheilla, com objetivo de dar continuidade aos estudos da Doutrina Espírita deu início, por meio de videoconferência, as aulas do Ciclo de E s t u d o s p a r a o s M ó d u l o s I , I I , I I I e Complementar.

Com dinâmica semelhante ao formato das aulas presenciais, o encontro tem início com leitura e prece de harmonização, e, em seguida, a palavra é dada ao expositor que fica responsável por apresentar o tema específico do dia, conforme cronograma de estudos organizado pela EDU e Coordenação do Ciclo de Estudos.

Para que não permaneça, por parte dos alunos, nenhuma dúvida acerca do tema abordado, todas as perguntas são direciona-das ao expositor por meio de mensagens no bate-papo da ferramenta de videoconferên-cia utilizada pelo Grupo. Após dado os reca-dos importantes, a aula virtual chega ao fim com a tradicional prece de encerramento.

Aproximadamente, 1000 alunos estão matriculados nos Estudos Doutrinários do Grupo Scheilla, subdivididos em 29 turmas.

Módulo I: segundas e quintasMódulo II: terças e sextasMódulo III: quartas e aos sábados

As aulas do Módulo Complementar, que oferece o Curso Básico de Preparação para Educação Mediúnica, acontecem aos sábados, enquanto o Núcleo de Estudos das Obras de André Luiz, NEAL, realiza os encontros virtuais às quartas-feiras. Também 0 ESDE que ocorre às segundas e o NEDE às quintas-feiras.

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A NOVIDADE DAS AULAS VIRTUAIS NO CICLO DE ESTUDOS

Diante das medidas sanitárias para preservar vidas e conter o contágio pelo novo coronaví-rus, as aulas dos módulos de estudos foram suspensas na segunda quinzena de março.

Diante da gravidade da pandemia e a impos-sibilidade das aulas presenciais o Grupo Scheilla se mobilizou para ofertar aulas on-line aos alunos.

Vencendo a inexperiência com as ferramen-tas tecnológicas, mas pensando em trazer aos frequentadores dos módulos um suporte espiritual, lançamo-nos com o amparo da espiritualidade a organizar as aulas, trazen-do aos corações a palavra que esclarece e consola.

Com bom ânimo, como exortava Jesus, coordenadores, alunos, expositores e vários colaboradores foram vencendo os desafios e adaptando-se aos novos tempos.

E, decorridos dois meses, agradecemos aos espíritos amigos pelo alcance das aulas que têm, em média, 120 participantes em cada sessão.

Hoje os alunos em seus lares são reunidos virtualmente de segunda a sexta de 20 às 21:15 e aos sábados em dois horários 15 às 16:15 e 16:30 às 17:45 para, através da instrução, vibrar amor e paz a favor do planeta e de toda a humanidade.

Assim, a distância material tem sido supera-da pela proximidade espiritual e, por mais esta graça, rendemos a Jesus e aos mentores da Casa de Scheilla nosso reconhecimento e gratidão.Deus é conosco!

Miraci Gomes de OliveiraCoordenação dos Ciclos Básicos

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INFÂNCIA E JUVENTUDE

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