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àw*\ mwà\Ha HbT^al(JlDr jaXsWi>:JfBT ^saaj&/*P Ü»Jl SEMANÁRIO INFANTIL [RIO DE JANEIRO, 21 DE JULHO DE 194Q // P A"0 r^í 5o—-.•^'—, O gato e o rato (TEXTO NESTE NUMERO)

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àw*\ mwà\ Ha HbT^al (Jl Dr jaXsW i> Mü Jf BT ^saaj& /*P Ü» Jl

SEMANÁRIO INFANTIL [RIO DE JANEIRO, 21 DE JULHO DE 194Q

// P A"0 r^í 5o—-.•^'—,

O gato e o rato(TEXTO NESTE NUMERO)

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O TICO TICO 24 _ Julho — 1940

^:^^^i^£^W^Jfme\\<^^\ ° W? \Ww$t-^:j|1|r""'"'" rt'í'WÍLmW__•_ _L__ __? __? ___ ¦ tS^" ^^I_£ií"^>/1 ' A MULHER\yy Wu ju I -B-^0e*wam*u. g llãtífi1 \W\^â. <v «..__«*»«»_»_ „„.

'tmÊÔ!!!^~^Uj/ desenhos de colchas. | \jH5j__(nte£^ ii».>kio.---Ii>~ioiwi-i>i_> r

¦/'/ ™^L%ÊfL*mmémmWi variados estylos. Uai g| -^i /^^^ lU-f»^-.*»!!! • «l|f»«« II'1 " ^ •'"

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FÍ-»PTT^TT.I I I II I I 1 M-Wyg _*-* M I I ' l II m 1 1-r--t-iní-vtv. «^__BS

FaNÍTDDELR. Zf. __ ee(Ta\] ¦__¦_-*_. _ • iKt <m/^ ^^u _ I 1 LiAi 1 k^*y> ^ft/^'** i /__* |TS4_rw*v l _L*_1 1 fr^T^yNQ ¦ 1 t^^C'

* nlôm' mmm

_«Um_lín(_ox_lbun.T contendo 200. lindos]motivos de

PONTO. DE CRUZEDIÇÃO DE ARTE DE BORDAR

que apresema um famoso encadeamenlovde motivos, de trabalhos, de sugestões aserem leitos com o simples e mais sin-

gelo dos pontosO PONTO DE CRUZ

A VENDA EM TODAS AS PEDIDOS A REDACÇÃO DEQ LIVRARIAS PREÇO EM Q A R T _ DE BORDAR.

TODO O BRASIL 5$000 TRAV. DO OUVIDOR.3.-RIO

^^¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦-¦'-

1ÜÍÍ!-_::":!!-_k"k:"k;"|:!":!s:::k" _::;;!:!¦•!::¦v^_i« ¦¦¦¦ ¦¦¦_ ¦¦¦» ¦¦¦¦ ¦¦¦¦ ¦¦r¦¦¦ ¦¦¦¦ __¦¦¦ ¦¦¦¦ ¦¦¦¦ ¦¦¦¦ ¦

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_____0___SI____f__Diretor-Gerente: A. DE SOUZA E SILVA .

SEMANÁRIO INFANTILASSINATURAS

BRASIL:1 ano 2 jjci .06 meses '.. 135300EXTFUllGH:1 ano 75Í0106 meses S8JO0-J

As assinaturas começam sempre no dia 1do mês em que forem tomadas.

Propriedade da S. A. "O MALHO" —Travessa do Ouvidor, 34 — Rio.

__."_.. _s. _i

1'<__

ir*_y á^_«_fw___!_^'7;r a * __*S_aMM/

^____. __¦ ___r 1 I '^«_ ___¦_ n^^^ _»_ ^ J*______5^__5 _—^^^______ííi^,_____________P_^'^^"~_^_^^^^ -3w*í__" 9 _> í J_)«__

Janjão era um menino preguiçoso e

pouco,dedicádo aos estudos.

O professor déra-lhe um problema de

aritmética para resolver, em casa, mas,

como êle era máu aluno, encontrou

grande dificuldade.

Tentou a primeira vez. Não deu cér-

to. Desanimou. Foi para o fundo do

quintal e deitou-se em baixo de uma

arvore.

.. ,__ _>v'/*^t=«^

• Estava distraído, olhando para os bi-

chinhos do capim, quando sua atenção

foi despertada por um passarinho, mui-

to bonito, procurava levar no bico um

raminho seco. Mas o fardo era muito

pesado.

O passarinho conseguiu levantar vôo

a uma pequena altura, mas teve que

retroceder, pois não suportou o peso

do ramo.

Ê!e está construindo um ninho, pen-

^sou Ja.ij._o. E, novamente, o passarinho

levantou vôo, levando no bico o ramo

seco. Desta vez, conseguiu ganhar mais

altura, porém deixou cair outra vez o

fardo, que era muito pesado.

Que teimosia, disse Janjão. Éla

já viu que não pôde com a carga, e

está perdendo tempo, atoa ...

Porem o passarinho voltou nova-

mente e, cheio de animo, tomou o

ramo no bico, levantou vôo 9, talvez

ajudado pelo vento, ganhou mais ai-

tura e continuou voando em direção

ao ninho.

Janjão se pôs a refletir, e ficou en«

vergonhado da sua fraqueza.

Eu tambem vou tentar, quantas

vezes forem precisas, e hei de resolver

o meu problema!

E tanto fez, que encontrou a solução!

Naquele mês, o seu boletim estava

cheio de notas ótimas!

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O TICO-TICO — 4 21 — Julho — 1940

As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho de Walter Disney e M. B. Iwerlcs, exclusividade para O TICO-TICO em todo o Brasil)

V' M~mYm.'àrf 1 ¦ .1,11 ' '1,

mW if(y)k _!__! --^ ' >

// // /f ___—— _^*^T' *¦"¦

íb_^^M^f_ISl^JJ \\^Yy\ _TTT S.^-?C. ^^~rr___.

— Meninos ! Que barulho foi este ? — Veja, Horacio, o que éies fizeram...

i0y±y*n§ iwiff.. /^i^í—^n^vM/ ^ _**-«/ kv!i^^ r - .-y^yJXY]

:—/y==_^.ri "S^ YY^yy-• ¦— Queriam éra nos afastar daqui. (E àquela hora Parafúz e Pitusquinho an-

Cadê meu rabecão ? davam a passeio...)"yfej*.^"-;.. ¦¦¦•-¦ ..

*"" ¦¦¦¦¦¦'•»— f —^—v —__ B— Uma dúzia, de ovos. Não precisa em-

brulhar, não.

\yy' \y ~-ym Jí

^í^_\L c_

~i~

Essa Minnie, sempre com pressa !(Continua)

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21 — Julho — 1940 — 5 — O TICO-TIí

OçoeôMEUS NETINHOS :

A curiosa tabela que vai a seguiré o resultado dc um desses traba-lhos pacientes e metódicos que to-cios achamos sempre muito inferes-santes mas que logo a seguir deixa-

dc lado, sem pregar a devida

atenção ao que êlcs representam.

Por meio dela qualquer pessoaá ficar sabendo a que dia da

semana correspondeu ou correspon-determinada data, a partir de

1900 e até 1952.

Usa-se, assim, a tabela: suponha-mos que um de vocês queira saberem que dia da semana cáe a data de

24 de Julho de 1940.

Na coluna dos anos se procura. Vai-se vêr o número que, lio-

talmente, corresponde ao mêsdc Julho, isto é, o n.° 1. Soma-se,então, o dia desejado, isto c, 24,com esse número achado e dá

1 =25. No quadro dos "Dias'da

Semana" se terifica, então, queo n." 25 corresponde, horisontal-

. Qtè, a uma 4.* feira.

I. fácil verificar outras data- c

depois dc alguns exercicios se con-

segue rapidez na procura.Mas o que o Vovô quer ê que vo-

preciem o esforço e a paciêncialeiú conseguiu organjsar tal ta-

pois o trabalho alheio devesempre ser admirado.

b _m__^l^__.^-_Í_L-:^^___kÍYY_rf^_B_-K___ ÍY.^Yfmmmm^^^ir V_^**\J-/ j^kwu^^ W _, MVçwôf

Vôovo

— MESES

ANOS © 0O -~ ~

•- E ST C. -S A ' a B . fi _2 S ._._C-5-§^ãs5Sgã -. S "*- •* : *¦» *** < %. 2' &, g" M C fe Q

1925 40 0 3013 0 24021926 5 114024035131927 622503514624192S 03402503G146

1901 1929 25513 61402501902 1930 3662402513611903 1931 40 03513624021901 1932 5125 0 3 5146241905 1933 0336 146250351906 1934 1440250361461907 1935 25513614 0*2501908 1936 3603513624O21909 1937 5 114 6 2 4 0 3 5 131910 193S 0 225035146241911 1939 0336146250351912 1940 14 5 1361402501913 1941 3662402513611914 1942 400 3 513 624021915 1943 5114624035131916 1944 623614625035

1900 1917 1945 144 0 250 3 61461918 1946 2551361402501919 1947 3 6 6 2 4 0 2 5 13 6 11920 1948 40 0 4624035131921 1949 02250 3 5146241922 1950 0336146250351923 1951 1440250361461921 1952 256240251361

— DIAS DA SEMANA

S 15 22 29 ___ Domingo

9 16 23 30 37 Segunda -Feira

10 17 24 31 Tcrça-Fcira

11 18 25 32 Quarta Feira

12 19 26 33 Quinta-Feira

13 20 27 34 Sexta-Feira

14 21 2S 35 Sábado

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O TICO-TICO — 6 — 24 — Julho — 1910

MING F OOTendo salvo das garras

dos piratas de Chang-

Ho um pequeno grupo

de indígenas amigos,

Ming Foo e seus amigos

ficam õdmirados quando

eles, por gratidão lhes

revelam a existência de

uma caverna. E' a ca-

verna dos Deuses.

Os Censos Brasileirosvão criar uma concicncinnacional, porque seus re-sultados nos convencerãode que o Brasil, pela suagrandeza continen4;?.! e pe-los seus recursos, pela su<*crescente população pelotrabalho honrado de seus.filhos, está destin?.do a seri Canaan da civilizaçãocontemporânea.

/ ^aBJB S Esta minha vulgar pessoa lembra que: Qucir.^H| J Jw\ pensa levantar uma montanha pode estar abria- I

tSjJB^ tJ MfMmímSMm do sua cova. |

Ju ¦! ',' *¦ ' '^'^-Jfce»-.»!' —BI^***kTk. BW^BBBWHB - ~^"r —__^_^__ Wm\mm

jMW Ámm\m\\\\^*m\\\\ HP *^Bb«Mta3^B HEBífeS9M^BBflE3HQESMÍ^B r '*"¦ '

\\\m\mmm\\m\r\Cr * ^^B S^^S^^H

'Á. >¦!*¦.36L£--y^W wAs\\\a*Z3>*1!& ''^P^jnji^ jgPM

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24 — Julho — 1940

NOVELA DE

— 7 — O TICO-TICO

landon WalihContinuação

Ouro! Ouro!Ouro! Tonela-

das de ouro.Tudo é meu.Sou o homemmnis rico do

mundo.

UMA REVISTA QUE EMCADA PAGINA OFERECEUMA SURPREZA, E EMCADA SURPREZA UM MOT1VO DE INTERESSE NOVOE DE PRAZER ESPIRÍTU-AL, E' "O MALHO". COMOMENSARIO, É A MAIS LfN-DA E BEM FEITA DAS RE-

VISTAS NACIONAIS.

mmmmm&Êtlr^^l0 O^ (F%^B:â^è^Èlf%J^^^^^Í

.-_ '¦ __£_________} ii

fc^JS»y / Deixe-se disso, cima- ) , SocorroíLadrões! \ yl'______ J

^j. vi rada. Você ficou ma- J I Estão roubando '¦ -*** ykXX3Q

Morra, traidor. Ou- /li -^ _ ( E" sàào o ditado: Pnj**a-se o ouro \^^j^mmmmm' sou TCVIDar ° ouro *^*

\ Pe'° '°-0 e o Unem

Antes do Recensea-mento, podemos ape-nas perguntar : —

QUANTOS SOMgS?Depois do Recensea-mento, qualquer um

poderá responder : —

SOMOS TANTOS. O

que era dúvida antes,será certeza depois.

O Reeenseamentonos conduz da dúvida

para a certeza.

c o N T I N U A R A

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2! — Julho — 1910 — 8 — O TICO-TICO -.—^ flR-^ s__H_r s__Ék

V ^_________r

PEDRO e Paulo sentaram-se a beira do caminho,

para descansar e deixaram-se ficar, rindo doirmão mais moço.

Quando chegou ao alto da montanha que imj-|

ginam vocês que o rapaz encontrou?Uma picareta encantada que trabalhava sósi-j

nha, para se distrair, cavando na rocha viva como so*¦fosse em terra ou areia.

E sem se admirar com aquilo, apanhou a pi-careta, tirou-a do cabo e meteu-a ro saco de couro.

• Depois desceu muito satisfeito.— Vue grande milagre encontrou você lá em

cima? — perguntou Paulo zombeteando.*fc — Era, com efeito, rumor de uma picareta —

disse o rapaz. E. como nada mais lhe perguntassem,nada mais disse.

A cada golpe entrava no rochedo mais de .umpalmo. i

Bom dia, Sra Picareta — disse Miudinho.Não se aborrece de estar assim trabalhando,sosinha?

Eu estava à tua espera, meu fiiho — dissaa Picareta — ha muitos anos que te espero ,

— Pois aqui estou — respondeu Miudinho.

*"* ¦»¦¦¦ ¦.¦ - - -~ —". ¦¦_..-....ii —_.—.¦.„ .¦¦¦...,, .,,,.,.

Continuaram a caminhar. *Mais adiante chegaram à beira de um rio,

cuja agua en transparente e fresca.Os três viajantes iam com sede e abaixaram-se

para beber.— Admira-me muito ver tanta agua em um

vale tão pouco profundo — disse Miudinho — Qui-zera taber de onde sái esse rio.

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24 — Julho — 1940 Q O TICO-TICO

O PRESIDENTEGETULIOVARGAS

. E ASCRIANÇAS\._ _.;i.\__.._, v_\ _ _ . . ry_ . i

r__

fcti Dinarte M. Rodrigues — 15 anosRio G. do Sul

(¦^•¦¦^oB

$A'*jf'

o Eichltr — 13 anos — Rio

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¦-AEs

éi. ¦'_&______ «-v. __&_^^]___.

Laerte Rocha — 1. anos — R*'o

' Alcandir Gonçalves — 8 anos — Rio

¦¦¦~mY- "«• -«?"" 'JE^ÃfíAtJÊm '-

•¦-¦' -__-_ff5ofj___i

______r^ j^^^B

Roberto Montç — 15 anos — S. Paulo

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f* tal f. _K__vaaáJI I*.w3__Bt

Urano Ribeiro — 12 anos — E. do Rio

Vi **- /JX» _*

-T*V__-VàiX''^___-

j£e eJÉSüjfmr ¦ • ' __P9S ¦ -

Euripcdcs dos Santos — 12 anos — Minas-\EEL£&z—«â-_i!_ã_Í£n_u__

/%-,;§iljl

Hilton Gonzales — 14 anos — S. Paulo

O

"A " E- i iLym

Antônio P. de Souza — 12 anos — Rio

-¦- — 15 nr.os — Rii foai Filgueiras —13 anos — E. Santo

NÂO é apenas entre os adultos

que o Presidente Getulio Var-gas gósa de popularidade e con-

ta admiradores. Entre as crianças suafigura de chefe e de patriota é verda-deiramenle cultuada com todo o entu-siasmo.

Quando O TICO-TICO realisou ain-da recentemente, seu concurso de de-senhos "Vultos Históricos retratados pe-los nossos leitores" grande foi o nume-ro de retratos do chefe da nação quenos foram enviados, dentre os quais se-lecionamos os que aparecem nesta pa-Sina.

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O TICO-TICO — 10 24 — Julho — 1940

0 Gato e o Rato Conto dePaulo Afonso

Havia certo ratinho, que comotodos os ratinhos do mundo, gos-tava muito dos queijos macios eapetilóscs.

Morava êle em um buraco muitofundo, debaixo do soalho de umarmazém, cm companhia de muitosoutros ratinhos, e, todas as noites,depois das portas fechadas, subiaprateleiras acima e comia até sefartar.

O vendeiro andava aborrecidoporque todos os dias encontrava osqueijos mais bonitos e melhores,bastante roídos.

E um dia, teve a idéia de armaro mais disfarçado possivel, na pra-teleira onde os guardava, um laçode arame, armadilha infalível.

E, na horinha certa, o ratinhoveio sorrateiramente, subiu pelobalcão, trepou na prateleira, chei-rou um, dois, três, quatro, e quan-do ia atirar-se de unhas e dentesno quinto queijo, que era o maischeiroso, bumba ! ... Caiu no la-ço. e lá ficou suspenso no ar, prálá e prá cá, como o pêndulo de umrelógio.

Olá ! disse-lhe o Bichano, umgtao feio e vagabundo, que costu-mava entrar no armazém pelo forroda casa para perseguir os ratinhos.

Que sorte ! já tenho o meujantar garantido para hoje ! E di-zendo isto, lambeu os beiços, dan-do no céu da boca um estalo coma lingua.

O pobre ratinho, sentiu uma coi-sa como uma pedra dc gelo correr-lhe a espinha.

O que faz você aí ? Quer en-forcar-se ? perguntou o Bichano.O ratinho tremia como varas ver-des. Sentiu-se perdido, mas, de re-pente lembrou-se de que a calma ca presença de espirito, nos livramdas situações mais difíceis. E dis-íarçando o temor respondeu:

Xão está vendo senhor gato ?Caí no laço !

O Bichano, com a pata tirouuma pulga detrás da orelha, e sor-riu malicioso. E o ratinho, não per-deu tempo e logo continuou.

Xão sei como foi que acon-teceu isto !

Deixe-se disso, retorquiu oBichano. Você foi apanha_• de

surpresa quando ia roer os quei-jos, e caiu no laço. Quem mandouvocê ser tão guloso .

O ratinhe, começou a soluçar defazer dó. Mas era tudo de mentira,e o gato não se comoveu. Espre-guiçou-se outra vez e com a pati-nha arrancou uma grande e gordapulga que picou-lhe o pescoço. Ecom ares de conselheiro, disse aoratinho.

E' bem triste a sua sorte meuratinho, e sinto nada poder fazer.Meu estômago reclama alimento,e nada encontro para matar a fome,a não ser você agora. E assimmesmo muito mal, opis você estábem magrinho.

O ratinho ficou gelado comoum sorvete e chegou até a mudarde côr. E o gato já afiava os deu-tes, fazendo roçar uns nos outros,quando êle lhe disse num tommuito triste de voz:

E' muito triste mesmo senhorgato. Só em pensar no que vaime acontecer, já sinto as minhascarnes rasgadas pelos seus dentesafiados. Que horror ! Que horrormeu Deus !

E — tudo porque ? retorquiuo gato. Tudo pela sua gulodice.Tudo porque você tem os olhosmaior do que a barriga. Tudo por-que você desejou mais do que po-

- ____mr'»'' 'mfm^WtW

--- _wãf,¦* t * 1_____ • ___r__k__í' ' •' _»_fS Efi£¦ m%m )

_H~Y 'l"i V Àíí''¦'/* -V __K*^_ r_9l-N

dia desejar. Em vez de comer asmigalhas dos queijos, quiz comerqueijos inteiros. E' por isso meuamigo, que você se acha entre acruz e a caldeirinha. Ou morreenforcado ou morre nos meus deu-tes. Pena é que você seja tio pe-queno e tão magro meu caro ami-go ratinho. Tirando-lhe os ossos,muito pouco fica. Eu queria eramuitos de vocês, para satisfazer omeu apetite. Mas como não papanhá-los, contento-me com umou dois quando posso segurá-los.Vocês ratos, são muito espertos.

O senhor acha senhor gato ?Apanhar ratos, para o senhor quetem força e agilidade, é coisa muitofácil.

O gato enrugou a testa.Fácil ? ! Fácil seria se vocês

não pudessem correr para os bura-cos onde nós gatos não podemosentrar. Is.-o sim, é que seria umabeleza.

Uma idéia luminosa brotou nacabeça do ratinho, que falou parao gato:

Olha senhor gato, se o senhorme salvar a vida, eu prometo en-sinar-lhe um segredo, e o senhordepois poderá comer ratos até eu-joar. •

O gato arrepiou-se todo,seus olhos verdes brilharam aindamais na meia escuridão em que es-tava envolvido o interior do arma-zem.

Salve-me a vida, e revelarei osegredo, emendou o ratinho, <vando na fisionomia do gato Oto das suas palavras. O Bichanofez roncar alto o seu peito asmáti-co, e depois dc uma breve pausa

ao ratinho. — Conta-me Iaisso.

O ratinho sorriu c perguntou ou-tra vez.

O senhor promete salvar-me ?

Sim, respondeu o gato.O ratinho tomou coragem. E co-

mo quem vai contar um segredo,chamou o gato mais para perto dcsi.

Eu sei de uma passagem, quevai dír dircitinho lá no buracode eu moro. E' tão grande, que dá

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24 — Julho — 1040 1 — O TICO TICO

para passar um cachorro de bomtamai

O que ? exclamou o gato ar-regalando muito os olho.-. Querdizer que ura gato então . ..

Passa com a maior facilidade,concluiu o ratinho.

O gato pensou, pensou um poucoe perguntou:

Onde fica essa passagem ?SÓ eu lhe mostrando senhor

gato. O meu plano é esse: solte-me daqui e pendure-se no meu lu-gar. Eu irei lá dentro e chamareios meus amigos para verem o se-nhor preso no laço. Enquanto êle-,estiverem aqui fora, eu vou lá den-tro e abro a passagem. Depois queentrarem c estiverem despreocupa-dos, eu venho, lhe solto, c é só o se-nhor entrar e apanhar quantos qui-zer pois eles não terão por ondesair.

ü gato quedou-se pensativo, en-

quanto o ratinho com o coração apular, esperava a resposta comgrande anciedade.

])e repente o gato lhe di :Olha; eu estou qua>i aceí-

tando a proposta, mas desconfio devocê. Vocês ratos são tão astució-sos. — Dou-lhe minha palavra derato,' disse-lhe o ratinho cruzandoas patinhas .-obre o focinho em si-nal de juramento.

O gato refletiu mais, durante ai-gum tempo para depois responder.

Pois bem. Vou lhe soltar eficar no seu logar enquanto íôr ládentro. Mas olha bem que se meenganar estará frito. — Tenha con-fiança em mim senhor gato. Kunão sou rato de duas pala\ r.

I

—-*£ L_—

Num abrir e fechar de olhos, ogato pulou para a prateleira, pôs o.ratinho em liberdade e enfiou a ca-beca no laço que fechou-se. E láficou êle no ar, prá lá e prá cá, co-mo o pêndulo de um relógio, en-quanto o ratinho saltando para Ochão lhe disse :

— Fica esperando ai que já voi-to senhor Bichano. E desapareceu

pelo buraco d.o soalho. Minutesdepois, uma quantidade enorme decamondongos estava espalhada noarmazém. Uns dansavam. outros

pulavam, outros cantavam. Erauma algazarra medonha. E avan-

çaram nos queijo.- e não deixaramnem as casca.-. E O bichano a es-

perar o ratinho, e o ratinho nadade aparecer. E a ferta foi pela ma-dragada a dentro. E o bichano aesperar o ratinho, e o ratinho nadade aparecer.

Pela manhã, bem cedinho che-gou o vendeiro.

— Com a breca !. exclamou aover o gato pendurado no laço amiar. E' você então o comedor dequeijos pois não ! Espera que jálhe ensino.

E apanhando um pedaço de páu.deu no gato uma tamanha surra,que o páu se lhe quebrou e teve denovo que arranjar outro.

Quando o bichano se viu livre,quasi não podia dar um passo. Ocorpo todo lhe doia. Parecia estarcom os ossos todos quebrados. Earrastando-se com muita dificulda-de. fui abrigar-se no porão de umacasa velha. E quando estava quasia dormir, sentiu na pata três pan-cadinhas leves. Olhou curioso, eyiu diante de si um ratinho. Erao ratinho do armazém que lhe dis-se: — Está vendo senhor gato, oresultado da sua gulodice ? Tudoisto que aconteceu, foi por sua cul-pa, porque tem os olhos maior doque a barriga. Eu aprendi bem :ilição que me deu quando eu esti\e.pendurado no arame. E agora lhe.digo, tudo aconteceu por sua cul-pa. A gulodice, a maldita gulo.ii-ce ! 1" agora me convenço cada vezmais senhor gato que devemoscontentar sempre com aquilo quenos é possivel e pensar sempre, quena vii . geralmente quem muitoquer tudo perde.

E depois disto, todos os diratinho trazia alimentos para ito, e tratou-o com cuidado, até (pieêle ficou completamente bom. Etornaram-se bons amigos. Peiomenos o Hichano e o ratinho do ar-mazem. Foi uma bôa Üção paraamln is.

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O TICO-TICO

Babe Buniinge Benjy nova-menie juntos

agindo

— 12 4 — Julho — 1940

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NO DIA MO^IlRll^^ fjy P^9>iy e cu vamos para .-. parte y^^ q y-SEGUIN- 1 ^II<\C|MfiP^ ___-_! suPerior da estrada. Vocês pedem |Pt>. DickTE, QUAN- »'« rV *I^ __?__S\ Pcscar aclui- Ttenham cuidado J*\ " ___

DO ATRA- W _^S, \ (¦**!^ voltem numa hora. •r ^Tjí

sia. Quando o peixe morder, puxe nha ver. 7^^991 S_T í_i'-§|SF^.'i__il^^^^

E' melhor voltarmos Justamente n o mo-Creio que ele me para o comboio. mento que eu apren- Benjy Parece um mo-puxou para den- Você está ensopa- dia a pescar os mai- VOCÍ tor. Ouça!

^^^ tro* da. ores. Nâo senhor! ouve

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2 í — Julho — 19 40 13 — O TICO-TICO

F)

ENTURO5F)

E' isto que eu gosta- ^v?* 9r ^as n3° me Parccem P"sca- '&¦%

Deixando Babe com a Irula e os pclrechos, Benjy-ve mete pelo mato c uc o carro parado a 100 jardasdc distancia.

Defronte dum longo abrigo de madeira,portas abertas, sae um homem de carabr

na na mão. emquanto o carro entra.

Continua

1» i

dem fí>:er estes homens, mas Não. Eles nos veriam. ^Bp^_^p^H^aK. Híquanto mais cedo nos retirar- vovô vae Temos de ir pelo atalho. ¦SfiKr^fP^

*^*^KÂ v

Id,„„

,. .. . ., £?*&V_áW______lEíSsSI Mas, mesmo no otaüioBcnw estava sattstctjo.ji ^correr

ao encon- ^ÜSGÊX/ÊÊÈ ^^peetivas são

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.. TICO-TICO — 14 — 24 — Julho — 1940

Falece ¦ ¦ ¦"— Cachorro de istimação,veadêro de culidade,

que-nem o "Temeridade",

inda num vi ôtro, não!

O desgrar_h.ado era bãoo dia entêro, nhô Andrade!Só veno! Barbaridade!Caçava pur vocação!

— Eu sei disso. Mas, morreu,intão, o pobre, nhô Canto?Mecé num me conta nada ...

— Num morreu, não: Faleceu.Faleceu loco, de tantovive pensando in caçada" ...

N U O S T

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS

UMA ANEDOTA DE HONTEMEm certo teatro do interior

da França, representava-se umdrama medieval. No palco,Luís XI, rodeado de sua corte.Pouquíssimos espectadores nasala: pouquíssimos, porém bas-tante inteligentes para perce-ber a mediocridade dos artis-tas, o que manifestaram atra-vés de discretos rumores.

Aborrecido com aquelas ma-nifestações de hostilidade, umdos atores se aproxima da bocada cena, e, dirigindo-se ao pú-blico, declara :

— Tenham cuidado : vejambem que somos mais numerososdo que vocês !. . .

~- Por Théo

O espirito inventivo de Tinoco nãotem limites. O nosso heroe, quando nãoinventa, aperfeiçoa. E' o caso das arma-diJhas...

... para coelhos. Tinoco descobriu umazona onde abundam esses roedores e logoespalhou por todo o canto inúmeras...

armadilhas camufladas entre a gramamunidas de portas ultra sensíveis abrir.do todas paia dentro, impedindo a saida...

...que só poderia ser forçada, abrindo-se uma caçl: de resistência superior ásforças de u:n coelho. Tinoco mostrou osp._nos. ..

...da» armadilhas a mister Brown queaprovou a tática adotada. T inoco nâotem mãos a medir. Enche sacos e sacos...

...de coelhos. Mister Brown propôs aoamigo abrir um restaurante onde o pra-to de coelho seja coelho mesmo...

A maçã é um magnífico alimento docerebre, pe!o ácido fosfórico de

.«á.ma -facilmente digerível que con-

tém. Dt$inf«ta a boca, auxilia as se-

creções renais, jmpede a formação de

cálculos e corrige a acidez orgânica.

dasAmé

nutrição e, na maioriavezes, a causa do atrazo da cri-

anca nos estudos, porquanto o de.en-volvimento mental só se faz bem quan-do é satisfatório o desenvolvimento docorpo.

E' um erro fazer-se pela manhãuma refeição muito leve. Nesta

ocasião o aparelho digestivo está nasmelhores condições para receber bôa

quantidade de alimentos, que lhe asse-q.tam a eficiência do trabalho matinal

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24 — Julho — 1940 15 — O TICO-TICO

__¦ fc&'-'..' ¦ -__H ____i'-_'^'-^*-*. *«

.?*->.--_-.•¦¦

tRAliAHAdeus, tio André !. ..Adeus !.. .

Assim se despediu o pe-queno Anselmo do seu velhoamigo tio André, quando par-tiu com o pai e os demais ir-mãos, já rapazes, para

"ten-

tar a vida" na cidade, abando-nando a vila, onde sempre tra-balharam e viveram com relati-va felicidade.

A' noite, quando as outrascrianças se reuniram no terrei-ro da casinha do bondoso ve-lho que lhe contava tantas einteressantes historias, êle,comentando a partida do An-selmo, dizia:

Fez mal o velho Bonifa-cio em deixar a vila, com a fa-milia para tentar a sorte navida difícil da cidade.

Aqui êle tinha com que vi-ver, mais ou menos regular-mente, tirando da terra o quea terra lhe dava por ocasiãodas colheitas.

Na cidade vai êle. à procurade um emprego, coisa incerta,que poderá encontrar logo epoderá não encontrar nunca.

O futuro do nosso país, coma vastidão imensa das suas ter-

ras de plantação e de criação,está, justamente, nessas terras.

O lugar do agricultor e docriador é no campo e não nascidades. O grande mal de mui-tos brasileiros é abandonar avida calma, embora laboriosados campos, pela existênciaagitada e não menos trabalho-sa das cidades, dos grandescentros populosos.

Os que têm alguma profis-são liberal, os que são, porexemplo, pedreiros, carpintei-ros, ferreiros, ou trabalhamem outros ramos da atividadehumana que não sejam a agri-cultura e a pecuária, poderãoencontrar trabalho, com relati-va facilidade nesses aglomera-dos humanos que são as gran-des cidades onde a concorren-cia é, cada vez, maior. Os cria-dores e agricultores não de-vem, porém, abandonar o cam-po e aqueles que não o foreme não encontrarem trabalho re-munerador nas cidades, devemprocurar o campo e exerceremaí sua atividade, pois não fal-tara trabalho a quem desejar,deveras, trabalhar.

A terra é mãe dadivosa querecompensa, com fartura, o es-

VJLV*_**•* ' _lU___"*^ "&' ***^a—fjf,'.í'*'

forço do homem que a ela sededica.

Basta vocês pensarem noseguinte: um grão de milhoplantado hoje, ao fim de trêsmezes é uma haste cheia de fo-lhagem verde com duas outrês espigas tendo cada umaoitenta a cem grãos de mi-lho!

Não ha capital tão bem em-pregado como aquele que seconfia à terra e que o restitue,passado pouco tempo com osmaiores juros.

Espero que vocês, meusamiguinhos, filhos de lavrado-res e de criadores, nunca aban-donem o campo calmo, pela ilu-são enganadora das cidades.

O futuro da nossa pátriaestá nos campos bem cultiva-dos e nos seus rebanhos bemcriados, sem falar na riquezadas minas que continuam es-perando pela mão do homempara as explorar.

Dizendo estas palavras obom velho se despediu dosseus amiguinhos, tendo a eer-teza de que eles iriam traba-lhar pela grandeza do Brasilna agricultura e na pecuária.

EUSTORGIO WANDERLEY

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O TICO TICO 24 —J

Série "Educação Escolar" • GEOGRAFIA

COLÔMBIA

.JLeâfsJL

A COLÔMBIA é o T. produtorde café na Arranca

uma nque:jColombiana

TURMALINA

Bk * bB_HWmf. A

¦ * mmW

jnetita riquezos mi-ncr3is da Colômbia.

COLÔMBIA - CAPITAL - Bogotá

com 200.000 habitantes, banhada

pelo «o do mesmo nome, no

planalto de Cundinamarca.

POPULAÇÃO - 6.000.000 de ha-

bitantes.

SUPERFÍCIE-- 1.215.000 km5, menor

que o estado de Mato Grosso.

RAÇA - domina a mestiça com mais

de 2 milhões de representantes

LINGUA -. a oficial e a hespanhola.

RELIGIÃO - católica predomina, !vendo Vbztéaèz de culto.

INSTRUÇÃO - em franco progres

§A

JM «^V 7\ííÊmr'

O café

i

1940 O TICO-TICO

AMERICA • COLÔMBIA » Por Bob StewardmídmmimmmmmimmmammmÊÊmmÊÊmÊÊÊÊmmiÊmÊ^mmmÊÊifmmmiammm^m^m^mmmmi^mÊmmmmÊÊÊÊKm^B^Kma^^mm^a^mmÊK^ammma*

JADE r1 —

fc LAD1S-LAZULI ¦JL^/L^™f. .mi ^Si^__h^___^^

ÁGATA TURMALINA «'stal da rocha

MILHOAVEIATRIGOARROZBANANASPERASMAÇÃSPÊSSEGOS

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)—'

N

í

A COLÔMBIA possua grandequantidade de frutos sabo-rosos e cereais úteis.

A Colômbia acha-se bem

representada em todos os

reinos éa natureza.No reino animal: animais do-

mestiços, lhamas, onças, an-

tas, jaguares, veados, maça-

cos, jacarés, pacas, cutias,cobras venenosas, insetos,

peixes e aves.No reino vegeta!: madeirasde construção, (jacarandáébano, cedro, acajú,) plantasmedicinais (copaiba, quina,etc,) café, cana, cacáo, bau-nilha, algodão, tabaco, fumo,milho, feijão, mandioca, legu-mes e frutas em abundância.No reino mineral: o melhorrepresentado - grande quan-tidade de ouro, prata, cobre,ferro, platina, mercúrio,chumbo, zinco, carvão de

pedra, petróleo, manganês,aniimonio, alumen, mármore,e pedras preciosas.

_1

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O TICO TICO — 18 — 24 — Julho — 1940

Pedro II, quenão apreciava obaralho, disse umdia ao seu Minis-tro, o Barão deCotegipe, que, novoltarete, o menos

jue se perdia eraa tempo. Mas ime-diatamente, ouviudo virtuoso esta-dista a resposta :"Vossa Magestadenão conhece o vol-tarete ; o únicotempo que nele se

perde é o de darc.Ttas".

-O-

Em 1862 — con-ta Martim Fran-cisco — numa me-sa de "boston",

em roda aristo-cratiea, jogavamo surdo Pedro deAraújo Lima( Marquês de O-linda ) e o já do-entissimo e, porisso mesmo, fre-netico, MiguelCalmon (Marquêsde Abrantes), a-migos fraternaisdesde a moeidade.Demorando o sur-do a cartada, mur-murou o freneü-co : "Essa bestanão joga ?". «Cal-

mamente, deixan-do cair a carta, oex-RegentedoImpério explicouao denomina-do "Canário daCâmara": "M"

guel, a besta estánndo um pou-

co" . Riran. o.s cir-cunstantis. r- ;* di-

.o da pilhe-i Ia aumentou asuspeita de que oMarquês de Olm-da só era surdo

¦

r ha.

I O BANDO DOS^PÜl^^p

-, ESTA DO S ^i^^SkW/M

jS-éM-i-e Ouerra ao C3rlM»*e> J_f_\~gj|

IWalter Legurenra, vulgoLegenza, chefe de bando,possuidor dos piores ante.c éden tes e assassino con-

sumado.

Robert Mais, jovem aspi-rante ã triste fama de Dil»linger, «ub-chefe de ban-

do.

Roy Wiley, egresso daprisão, cúmplice de Maise Legenza no rapto de

Weiss.

Martin Farrel, que se uniuao bando depois de esca-par da prisão de Pennsyl-

O primeiro sinaldo bando oricrrtal. bem orpani-sado e poderosa-mente armado, émoda de Dillin-ger, mais fardeconhecida pelonome de bandodos Tres Esta-dos, foi dado naUn i o n Staticn,em Washington.na noite de I."de Dezembro de

19*1.

¦I-r**^B lLmwBmmm%Bmm%PfUmmmmÍ attaW* ^*&7 \ mmm. ií Sj) ' \

r-Admite-se que antes de Cabral esti .eram no Brasil navegantes espanhoes Vi-

e Y<oiez Pinzon, em Janeiro de 1500. e Diego de Leppe, cm Fevereiro ou Março.

De Vicente Pinzon — anUgo companheiro de Colombo ca primeira viagem & America,— afirma-se que esteve nas alturas do cabo Santa Maria de Ia Consolación ( Santo

Agostinho ? ) e na tCo. do mar Dulce I mar Doce, o Amazonas ? ). Discute-se, porém,se terá «ido mesmo assim. £ poseivel que Pinzon estivesse nas alturas de Orenoco, forado território brasileiro.

De qualquer maneira, foram os Portugueses os verdadeiros descobridores doBrasil, no sentido sociológico, nao so em virtude do que determinava o tratado de Tor-aj«-Uhas, mas principalmente porque colonizaram a terra, legaram-lhe sua lingua, costu-mes, leis e religião.

V;

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24 — Julho — 1940 19 O TICO-TICO

O audacioso assalto, que beneficiou o bando apernas com alguns selos postais sem valor, marcou

o inicio duma intensa investigação federal.

Ahcjando um velho guarda, os bandidos fugi-ram com tres sacos de correspondência.

JnlLmmFmrr*^ -Bir****—tt—'^pí-í *^^tW-i"í EW \ y^L

Tres meses depois

do assalto de Was-

hington. o recem

orgúnisado B a n do

dos Tres Estados

aparecia em Rich

mond.

Que é isto? Um assalto? Es->pere, não. . .

•**^ '' '" ' ^s^^ftst^lO guarda E. M. Huband, foi motto

impiedosamente.

A vida de Huband foi sacrificada cm proveito d* IUU C/IC-quês sem valor. Foi este o secundo assalto in„til do bando.

l (V>.

Henrique Dias nasceu em Pernambuco, em princípios do século XVII e morreuem 1662. Negro, filho de africanos libertos, que trabalhavam na lavoura, apresen-tou-se, por ocasião cia segunda invasão flamenga, a Matias de Albuquerque e á frentede um grupo de homens de côr distingüiu-se em Iguarassú, foi quem decidiu a vitóriaem Porto Calvo e, tendo de amputar uma das màos, logo depois voltou a combaterbravamente. Teve o hábito de Cristo e outras recompensas, mas D. João IV maistarde o esqueceu, apesar do seu heroismo nas batalhas dos Guararapes. Em recor-da£,\o de sua bravura cr«ou-se um regimento exclusivamente composto de negros : oregimento dos Henriques.

Rossini convida-ra, para assistirao ensaio geral desua nova opera,um amigo, musicode nomeada tam-bem. Ocuparamos dois um cama-rote no fundo doteatro e dali assis-tiram á represen-tação, em que aorquestrae os cantores sehouveram comcom grande pert-cia. "Que te pa-rece ?" — pergun-tou Rossini ao a-migo. — "Parece-me que tu copias-te os melhores tre-chos de Beetho-ven" — respondeu

outro, invejosoe despeitado. —"Pudera ! . .. Ha-via de copiar-lheos peores ? — re-torquiu, com enfa-do. o grande com-positor. sacudindoa cabeça em quese lhe agitava acabeleira leonina.

-O-

O bracelete,sendo uni objetode faceirice multaantigo, era a prin-cipio usado única-mente pelos ho-mens. Na Romaantiga, os solda-dos ostentavam-no como recom-pensa de feitos mi-

i t a r e s, cos-tume esse que osromanos haviamtirado dos ttrus-;os. Os bracele-:es que usavameram feitos de va-rios aros de guioju bronze macissoe cobriam todo omte - tjraço*

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O TICO-TICO

LECIONA— 2ü — 21 — julho —191(1

IOS DA iORIE i :><»

%. _ / ) yf ^—^ fl *&' agocvs7- ei \/"M \ ' si / ^-^s^ ra*—- mw •-* rva^^sH \/ 1-UolU . < // / y "\

_r >J ér-TODAC, AA )—Y r—^ / \ ; í ke&te ?ãan¦ m eKBw?cAçosí\

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rUVRE^ME^ JJgk B»wwnK /^ÍèTA<-3 MÃ06„ Qü6 AGORA ^trLooo DI5-S A&^7s^\ > & UVRAM HAO DE 6ER 06 ^L\to/ ^> g&S \íf5%, (.CARRASCOS DO HOMEM QUE J

^^aOOOOCH><KKKKK>OOOCK>am>OQOO' 30000000 3QOOOO0 oo<K>ooooooooocKaiooooooooaaooooogoo005^^^g^*

Antes do Recenseamento, podemos apenas perguntar — QUANTOS SOMOS ? Depois do Recense.i-mento, qualquer um poderá responder — SOMOS TANTOS. O que era dúvida antes, será certeza depois.

O Recenseamento nos conduz da dúvida para a certeza.>aooooooooao:>aocH?ajooaoooooooooooocK>ooGoaeKiPOOoqcK>o

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24 — Julho — 1940 , 21 O TICO-TICO

As Aventuras de Faosfina e Zé Macaco - A faria Falada

Faustina recebeu um dia.ve'ope com um dis-

CO.

Era uma das tais cartas fi-

iadas, agora em moda...

...chamou o marido e man- Quem seria que tivera a delicadalembrança de lhe escrever? O disco cc-

dou trazer a vitrola. rueçou a rodar.

ÇílT /A/f mJWl\. l-.-^Bsr4,E, logo ás primeiras

jíaiavras Faustina ouviu...

cousas bem desagradáveis que E a voz coicada vez mais

causaram indignação^ não querendo.lhe

falar, ferindo a ...ouvir mais atirou o dis-a*<T»<_ n_ nu? co no chão espatifando-o

E a voz continuou a falar, ferindo a ...ouvir m;ez mais na sua vaidade, até que co no chãérendo.. com os pés.

:—r——

O GALO DE NELSONOs estrangeiros que visitam o museu da marinha de Greenwich não têm

pcuca surpresa ao verem, em uma vitrine, no lugar de honra, um galo empa-

lhado. Que mérito teria colccado ali aquele galo? Um feito histórico: aquele

t ò galo de Nelson. Sabe-se que a batalha de Trafalgar esteve longo tempo

Indecisa. Os franceses estiveram um momento a ponto de vencer. O desanimo

e a fadiga dominavam já cs tripulantes do Victcry, o navio capitanea, quando,

ce repente, soou um magnífico có-có-rcVcó!. . . Os marinheiros britânicos levan-

taram os olhos e divisaram no mastro de meiena um soberbo galo, que conse-

a sair de uma das capoeiras que se achavam a bordo de um navio, desti-

nado ao rancho da tripulação, e que um balaço francês tinha metido a pique.

Esse có-có-ró-có eletrizou cs marinheiros ingleses, que retomaram logo a van-

tsgem...

Calcule-se como esse galo foi recebido na Inglaterra. Jamais um gallnaceo

viveu dias mais felizes e, quando morreu de velhice, foi empalhado pelo primeiro

,-aturalis'a do reino .. -

Tres piadasUm maluco, conseguindo evadir-so

da prisão, foi preso dias depois* e le-vado à presença do chefe do mantco-mio, que o interrogou:

Como conseguiu fugir?E o maluco, calmamente:

Vocês que têm juizo, que adi- jvínhem.

•Desejo retirar um passaporte para

a Espanha.Então faça o favor de entregar

a sua certidão de nascimento."Para que?Para provar o seu nascimento.Eu não tenho; mas será que o

senhor duvida que eu nasci? ...•

Barnabé estava transportandoxões de pólvora, no cais, quando o C3-pataz o surpreende de cigarro acesona boca.

Sabe você o que acontece*1 aquiquando um estivador estava fumando,há alguns anos? Houve uma explosãoque matou vinte hcmersi...

Pode ser. Mas isso não acontecehoje.

Por que?Porque agex } só estamos -';

cieis aqui!. .

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O TICO-TICO — 22 21 —Julho —1940

A* fl\teiil_a/ras de JMCMBiKO_>-.-_____»BW»___^mammm^^mmap^

^ ^ U PANCADA P.CA) ^KB*ffiN^,tt Wftl

. íaqui esta oMeuI _JBL fAH/AH.' AUÍVocesI^ ^A (.CACHIMBO TALISMAW. çH£Ç kAGORA VÃO VERJ

— Ç^G^^ASMlMHAS çÒRÇAS rt&^M^/kiX*^0 NÃO SE 8SIN-1

^fe^PlfJlla' mem o ratazana1?]! e ° ca**0 pa*te e* /-^ÊA^\ (poHHA O MOTOR A TRA-) ESPANTOSA VELOCIDADE. X

qoo/balhar para pugirmos ) "TT -4 AA^*Ú££

^ DD^SIM QUEELE EMTRAR/ v_ j^ÃfÊÉL

EMQUAKTO ISTO SE PASSAVA, SERAPlÂO ESTAVA PRESO NUM CUBÍCULO DA CASA M.S-TERlQSA- f~

ESCAPARAM-Mt!) ^^^%\ eu tivesse- uha) <u qBICICLETA .ESTA-fflBL j

^RlAti ^EGÜV^o^/^^RN/1RGE MARlAi,'cruiz credo.'

>ja* tô cansadode grvta' prü,

Socorro.'

í

&?^Contínua

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_4 — — 1940 — 23 — O TICO-TICO

QUANTO MAIORES FOREM SEUS CONHECIMENTOS. MAIS CAPAZ SERÁ' VOCÊ DE VENCER

LOCUÇÕES LATINAS E ESTRANGEIRASTRADUÇÃO APLICAÇÃO

HODIE MIHI CRAS TIBI (Hoje amim, amanhã a ti). — O que mesucede hoje suceder-te-á amanhã.

HOMO HOMINI LÚPUS (O ho-mem é um lobo para o homem). —Pensamento de Plauto (Aslnaria, II,4,58), cujo sentido é que o homemnão raro se mostra feroz para o seusemelhante.

HOMO SUM : HUMANI NIHIL AME ALIENUM PUTO (Sou homem enada reputo alheio a mim do que chumano). — Verso de Terencio (oHomem que se castiga a si mesmo),

muitas vezes citado para exprimir osentimento de solidariedade hu-mana.

HONEST IAGO (O honrado lago).— Palavras irônicas de ShakespearelOtelo), aplicadas a um celerado.

HONESTY IS THE BEST POLI-CY (Â honradez é a melhor politi-?a). — Locução inglesa, que nemsempre é a divisa dos governantes.

HONOR ALIT ARTES (A honraalimenta as artes). — Isto é, os ar-tistas necessitam de recompensas eaplausos; máxima de Cícero{Tuxulanas, I, 2, 4).

HORRESCO REFERENS (Tremoao contá-lo j.—Exclamação de Enéasao referir a morte de Laocoonte(Virgilio, Eneida, II, 204). Emprega-se geralmente em estilo faceto.

HOSPES, HOSTIS (Estrangeiro,inimigo). — Velha máxima politica,que significava : Todo o estrangei-ro é um inimigo. Ainda em certospaíses representa o sentir dos seushabitantes.

IGNOTI NULLA CUPIDO (Nãose deseja o que se não conhece). —Aforismo de Ovidio <Arte de amar,III, 397) . A indiferença provém ge-ralmente da ignorância. I

ISOES DO IfllJlVDO

LUXEMBURGOO grão-ducado de Luxemburgo

fica situado bem ao centro da Eu-ropa e a poucas horas de Amster-dam, Paris, Cologne c Bruxelas.

Os turistas mal se apercebem queatravessaram a fronteira depois de*o alcançarem; pois não existemformalidades como em outras re-giões, nem visitas dos -agentes daAlfândega, que tanto incomodamos viajantes.

Logo aos primeiros instantesfica-se surpreendido com o panora-

.iriado do grão-ducado de Lu-xemburgo, a despeito da pequenezdo seu tamanho. Ao norte, a paisa-gem bruta dos montes Ardennesabre horizontes magníficos c am-pios ostentando uma vegetação des-lumbrante.

Um dos pontos mais pitorescosdo Luxemburgo é — Echtcrnach —uma linda aldeia cheia de casinhasminúsculas. Os nativos trajam ro;!-pas coloridas e desfilam alegres erosados pelas ruasinhas estreitas.

completando com supremo encantoo panorama da região.

Outros pontos não menos belossão: Beaufort, Conadorf e Hosin-

-'- BLi'^-'*-.^____. j ^_BI __L_______ _Í_L^^_J__H_______T __.4_&

França, Alemanha e Bélgica.

Larochette é um distrito dos mais

belos do Luxemburgo. Dierkich

está sempre cheio de turistas; El-

terbruck, é a porta que conduz

aos montes Ardennes; Mcrsch z

uma cidadesinha pacifica e idílica; o

vale de Alzette cheio de rosas pa-

rece um jardim de fadas.

Luxemburgo tem um castelo his-

torico; Mondorf Les Bains, a esta-

ção terminal, é cheia de ruelas, com

um casario gracioso e original.

Surgem então à vista os vinhz-

dos do Luxemburgo e o rio Mo-

sela, corre pela região encantadora

descendo o vale pitoresco e em-

prestando mais suavidade e doçura

a todo o lindo panorama.

Uma vista de Luxemburgo

gan — todos de aspeto diferente,mas essencialmente idênticos na

simplicidade que revelam, na pazda atmosfera, ou na própria can-didez do povo. influenciado em-bora por tres nações antagônicas:

Às famílias dos pescadoresdos mares árticos passam mes?ssem pagar, comprando a credito.

Quando voltam para sua casa

os pescadorc; pagam todas as

dividas por.tu.iJr.cn .e, com o pro-duto dc suas pescar

"as.

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^TCO-TICO 24 — 24 — Julho — 1940

_¦¦__¦-¦"_¦___!!_"!"-- *0 missionário CflHlO |LeonorPosada

A noticia de que o missionário, hapouco chegado, iria realizar milagrescorreu célere por toda a floresta.

Viam-no passar os animais, semprepreocupado com o seu trabalho. Nen-hum dos seus gestos, porém, lhes deraa idéa de que êle seria capaz de fazercoisas fora do comum.

Não se podendo conter de curiosi-dade, a Maitaca e o Cará - cará foramvisitá-lo.

Maneirosamente, levaram á palestrapara o assunto que os dominava. Porfim, a Maitaca expandiu-se :

Que o Beija - flor lhes dissesse si eraverdade.ou não o que se propalava aseu respeito . . . Porque, si, de fato,éle realizava milagres, esses milagresdeviam ser divulgados . . . Bastava-lhes que o Beija -Hor desse pif missãoe eles, pelo radio, pois eram donos devárias emissoras, proclamariam o seuvalor . . .

Mas o delicado Monge fugiu do as-sunto com habilidade e cortezia. Res-pondia com deferencia a todas as per-guntas, mas quando lhe falavam dosfuturos milagres, um silencio deliciosoo envolvia.

Desanimados, a Maitaca e o Cará-cará sairam.

pedindo e não se entrometendo na vidadas outras aves, êle acabou por encher

de despeito os companheiros, mormente

quando lhes falaram das suas promessasfantásticas, ao chegar.

.— "Fantasia é o que êle diz ..."

resmungou o Canário. "Milagres . . .

Por que êle não faz o milagre de cantarcomo eu ?"

E para afrontar o doce Ausente,começou a trinar, enchendo de melodiasa clareira.

Despreocupado com o que se passavaem volta, o Beija-flor não parava.Ia de flor em flor. Adej-ss aqui e ali.-

Voejos para acolá, levando e trazendode nõres distantes o pólen maduro

para outras flores, embevecido e feliz.

Cumpria assim a silenciosa e esplêndidamissão que lhe dera o Creador de todasas coisas.

E, um dia, quando menos esperavam,desapareceu . . .

Na estrada, num desabafo, falou aMaitaca :

"Qual homem prodigioso, qual nada !Aquilo é conversa mole. O Beija - flor,com seu ar de santarrão, quer atrairos olhares de todos sobre si. Mas isto

de milagres ... hum ! • • • J* se foi

o tempo ! E não ha de ser ele quemos repetirá ..."

A Aranha, vendo o Monge delicadotão absorto no trabalho como nas pre-ces, fez-se de religiosa para captar-lhea atenção.-

E um dia, mandou levar-lhe um

manto de seda cuidadosamente tecido

por ela. Num bilhetinho perfumado,pedia-lhe que fosse visitá-la.

O Beija-flor agradeceu tudo com

palavras gentis. Não podia, porém,aceitar a oferta. Um mis.ionario sórecebe o essencial para viver.

A resposta causou fundo desesperoà pobre Aranha.

__ "Nâo passa de um orgulhoso '."

disse ela, cheia, de raiva ao Escorpião.No meio das próprias aves causou

um certo reboliço a chegada do Eeija-•Sôr.

Doce e eleve como uma pluma de

»___, silencioso e trabalhador, nada

"Foi-se o inlrujão, -o mentiroso ..."dizia a Maitaca aos Tucanos e Periqui-

tos que a ouviam. "Veiu com fama

de milagroso e . . . tratou de fugirantes que o escovássemos !"

E a Maitaca soltou uma gostcsagargalhada a que fizeram coro os seusirritantes companheiros.

"Então o Missionário orgulhoso,foi-se, hein ? casquinhou a Aranha.

Naturalmente éle foi pregar numanuvem ... Êle nâo se dignava entrarnas casas pobres . ... . o Tartuío ! Sómesmo morando numa nuvem ou . . .

na Lua !"E a Aranha volvia os olhos de fogo

para a sua teia que esplendia aos raios

do sol.— "Ah ! Ah ! Ah ! cantou num

trinado o Canarinho.O milagreiro foi aprender a .¦¦ . .-..

cantar !"E todos, insetos e aves,' tiveram

palavras de ridículo para o mongezinhoalado que viera desempenhar a sua

missão e que, no mais lindo silenciotrabalhara sem os ouvir.

Voltou a Primavera. Pouco tempodeuois as plantas da floresta enche-ram-se de flores.

Mas, ó coisa formidável ! No metodas quaresmas roxas, outras nasciam,brancas como estrelas de leite, perfu-madas e lindas.

Dentre as epifitas que se agarravamnos troncos das velhas árvores, orqui-deas surgiam. E, no meio delas, outras,com um novo colorido com um quê deutras flores e, por isso, mais belas,mais curiosas de serem vistas. E,assim, não houve planta por onde

tivesse passado o Beija-flor que não

apresentasse o vestígio brilhante de sua

doce passagem.Desatavam-se flores por toda a parte.Os animais, as aves, os próprios in-

setos não sabiam a que atribuir tama-

nha variedade de colorido e de fónns

nas flores que viam.Mas o Tico - Tico aventurou :__ "Não será isto o milagres anun-

ciado pelo Beija - flOr ?"

A Maitaca, o Canário e a Aranhanada responderam.

Era verdade ! As plantas confirma-ram com seu renascimento a granido milagre.

O missionário silencioso havia c.nv»..ia.

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24 — Julho — 1940 25 — O TICO-T1 r

fn/ COLORIDO PARA COPIAR

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O TICO-TICO 26 — 24 — Julho — 1940ÍS NOITES ESTQO S5FBUMÍpo-vou ncara com oCOBERTOR, OO P< POÇA

/"^v n DORMI UH SONO E TANTO NA HlNHA VOCÊ,.TUfãO"E' Utt SlWEITOI / N&CELVA-NAOS&BlA JcfcHA.0 FEU2AR0O - DORME E.M

I Al Víki Kl QUE ^E POPE OORH^f pATEÃO <3UAU5UER.UXâAR..E/AA/V //\tí\ f(^l£^rp^SiOoii- 7=SCHanAl1 ISSOW\ )\J\NJ\J/ /5? rs^jy r-rrfív-^v-^0^0^0 (ET*.!/"

¦PIIUIAS.ALÉM DO COLCHÃOlI VAMOS EX.PEPmEííTa&SE ÈVERPADE. "íW u" ft/T /^v VYFIQUEI AGORA SEH QUE SE PORtlE BETI SOBRE A REiVA- \* a*F& •lüi ^^CZ-V^COBERTC«^El.EVAirlET1- SEHPRE E' HElHpg QUE POT3MIR. feOBgq / ..,77 YV , ^ *rt «STXvá.

C\7i _. 1UÉ GUt_. COrtÇ&NKlA.'. | lAGORA GUEgO VER &E O P^rgSo DORME V V~Ti ./ I

Na taba longínqua dos indios selva-

gens a velha tapuia de face engelhada,

contava de noite, eir. redor da fogueira,

histórias e lendas aos seus "coiumys".

E, enquanto os pequenos atentos ou-

os contos que a velha sabia con-

tar, os homens, guerreiros da tribu, em

silencio, lembravam que em tempo de

Aando crianças, as mesmas histórias

ouviram tampem.

E a velha dizia :— Eu era menina no tempo em que

rra maior que fizemos estava fe-

Dos nossos guerreiros omido, mais forte e mauiretama.

cos lutavam

que tini:'indo, matando de \^nrr<

:ros.

Io com o ver

es e a filha do chefc

AMIiBUlETHALENDA

INDÍGENA EMPROSA

RITMADA, mTRANCOSO

No dia seguinte, se viu a prisioneira

que tinha nos olhos o verde das águas ;a pele mais branca que o alvo "cará"

e os longos cabelos da côr do ouro

lirado do fundo das grotas das¦

i que m voltar para¦ guerra l

oi Iqwe a esi ui;iha dos

valen res das terras dez k¦ ¦'.ta. Ka

marcado p"fa o grande festejo que as

seriam, fugiu a prisioneira com

TJruburetama, que foi novamente le-vá-la aos seus pais.

Porém, a "uyara", talvez com ciu:r.e3,na hora em que os dois atravessam orio, virou a canoa que os fez ir ao

fundo, não mais sendo vistos em partenenhuma.

Afirmam diversos selvagens que, ás

vezes, nas noites de lua, quem tem a

coragem de olhar para dentro do fundo

das águas, avista lá longe, no verde: i da "uyara", uma jovem de lon-

gos cabelos côr dc ouro novo, Urado

do fundo das grotas das minas . . .

De TJruburetama ninguém soube

mais. As águas do rio guardaram

IO do ponto em que o jovem

guerreiro ficou.

Mas uma ave negra que, ás vezes,

esvoaça no tampo em que havia o re-

duto dos brancos, parece que é a alma

de Uruburetania, penando o remorso de

ter, uma noite, dc rastros, rojando com

o ventre no chão, roubado dos br

a fillia do chefe quc de desespero e sau-dades i.iorreu . . t

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24 — Julho — 1940 — 27 — O TICO TICO

As proezas de Gato Felixj (Desenho de Pat SulUvan — Exclusividade d'0 TICO-TICO para o Brasil)

— O raio do guerreiro outra vez ! ! Já se viu ? J •— Já te pego, bichano I!

1 ^ — ^ ^ . ^—-^ I 1 / \ l /vi *^<w^*— Vou .aier um bonito 1 -

ç____s-5S^r

— Adeus, guerreirinho de rninh a alma...l__-_—_________________!

rW^v, vÂ_-_.__.

\^/nTT\ Àt.í— E' até gostoso, viajar em avião, assim. — Bonito ! Êle, outra vez !

>¦y&^l^y^QÈL ~-^_í «__S!^ ?r /^ • r\

— Já estou ficando pregado... — Upa ! Upa ! Vamos depressa, ca.-.ca ! í(Continu_.«

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AS AVENTURA X> B

JOÃO DE MALEMPEOR___^^^ por C. D- R U S S EL ~~~

li n 1 f- T"" """•'"' ° m.ard.1 ,.. -..e-C~|/IfHSST-T TC=^- _^—-^^-^ ?// \iWl \\l\ dn csquinn alvmdonou o pos- TY~-~-^(» "*>' I

kg —-sS^^^^^V HK fim//) \ to C se f°' " Está almOÇan' * O^^^ kS^"" (T/v^""^ ) » lJras/í 9 *> <!a,inlia as*3*18 c,n easa c!'1 J piNk^? .7 JJ

í Ksti, esplendi- '^ál^^ Nl/\W Mari'1 Cichucha. E' direito' ^Kpík/ «JflV5^°_Pr°vc ?*/ R-JTy Jlyw ^\ P6de llin P0,icial íaxtr is!° .Çf\y p«W?S— ^^

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7~~ . "V" ^

Z' Saia dai, imediatamente! Está preso! Va- \/ O senhor deve ser eneroco ^_^ í t.l.iru. mosl

com «-le. Capitão, para dar / -/^SX. *5\ / " ""um bonito e\rmplo. /XxifZ^X

""y*5*"-— \lll V» { '—

1 _^ f^ laP* ^^n^T^^^-^-T^sn

RAFAEL : — Nas-ceu em Urbino em1483. Cedo mos-trou suas tenden-cias artisticas.Em 1501 foi aFlorença, aperfei-çoar-se, sendo de-

pois, convidadopelo Papa Júlio II

para pintar as sa-las «to Vaticano,o qtte o celebrizou.Foi um dos fun-dadores da EscolaRomana de Pintu-ra. Entre suasobra s notáveis,destacamos as se-guintes : Transfi-guração, Cristocaminhando parao Calvário, SantaCecilia, etc. Mor-reu a G de Abrilde 1520, contandoapenaa "7 anos deidade.

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iVou deixa-lo ap5o e _ftua. pc.

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t/""_- . r —^ Nunca sc abandona o posto, as- rur"'^r-tr* .., «—_ sim! Lembrese de cjue cu sou | ^-n;;'c- I

4^_-)__-í-3__ -/ *_ modelo que você deve segui. I i ir^t^Tn I i*""£ rMT ^Pf^ fj^~^T" y* -3-:-^----p; I T7 f- I \

maam^-^ "X y*s,—js&w I _________________

5~Wr-_ (V l11'*. Kin"g Fc-giVc. «ívfiiT;.*. f-ic . "Võrtd riKhts reserve-. £ — «_-| ~J^~~2;:*"--_r-, C.O.RUSSEÍ-L.

Rkmbrandt:— Nasceu emLeyden em 1608.E m Amsterdamcom 30 anos deidade, era consi-derado um dosmais notáveis ar-tistan de sua épo-ca. Muito conhe-cido de seus com-patriotas, foi pou-co célebre fora deseu País, sendoc ontestada sas viagens que te-ria feito à Itália,Ing-later^ e Sué-cia. Foi tambemgravador. Tevemuitos discípulos,levando uma vidatrabalhosa, porémlucrativa. A datade sua morte é in-certa ; um de seusbiógrafos a fixaem 19 - 7 - 1644,em Amsterdam,onde teve uma es-tátua em 1852.

I III s 1") Que é o que temos a frente e nunca podemos vêr?2.°) Qual é a coisa que anda... que anda, e à casa de seu dono nunca chega?3.° Onde vão as mulheres cubanas quando completam 25 anos?4.°) Por que no alto dos campanários se coloca sempre um galo e nunca uma galinha?5.°) Alta em altura; delgada em cintura; muitos aposentos e porta nenhuma. O que é?

(Veja as respostas na pagina 30).

Ot-3i—i<*-O

._O

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O TICO-TICO 30 — 24 — Julho — 1940

Nossos CONCÜR/O/rvi

I ^^

Concurso N. 841Este concurso consiste

em formar, com as 6 figu-ras geométricas que apare-cem aí à esquerda, umacruz.

Não é difícil, como tal-vez pareça. E' questão depaciência.

Mandem a solução até odia 24 de Agosto e vejamo resultado no dia 4 de Se-tembro. Colem o Vale n.°84 e indiquem endereçoexato. Daremos 5 prêmiospor sorteio.

RESULTADO DO SOR-TEIO DO CONCURSO

N.° 78

Enviaram soluções certas241 solucionistas

Foram premiados com umlindo livro de histórias infan-tis os seguintes concorrentes:

Rosita Duarte QuintellaCavalcanti, residente á Ave-nida Dr. Antônio Gouveia n."507, Maceió. Estado de Ala-gôas.

João Francisco Assumpçãode Carvalho, residente á ruaLuiz Guimarães n." 48, VilaIsabel, nesta capital.

Amalia Ruth B. Schmidt,residente á rua FredericoStaidel n.° 97 — app. 2.

Ivan H. de Moraes, resi-dente á Avenida Saturninode Britto n." 447 — Vitória,Estado do Espirito Santo.

Gabriel Ferreira Pina, re-sidente á Avenida Rui Bar-bosa n.° 127, São João deiRei, Minas Gerais.

OJtiJLJtÇ JL OE«c«»r*Tcj*jKs«* rv

i'JÊa. OO

4 i B E L E M"Respostas das cinco perguntas

(Vêr a pag. 29)

O porvirO moinho

Onde lhes agrada

Por que se fossem galinhas, e estas puzessem ovos, estes

se quebrariam ao cair.

5 — A cana de assucar.

II chave da Caixa PostalResposta do numero anUrior: O

dante, muito distraídanientc, mandou umenvelope com as chaves dentro, para acaixa postal, ficando tiidi dentro dela.

4§fVALEN9 84

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24 — Julho — 1940 31 — O TICO TICO^¦VWV-M^wywvvw-vv-^wvs^

_s3i__3\\ííSr- y*^

digaque eulhe disse:Uso e nao mudoJUVENTUDE

AL__Xí1_4D:REPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BR/^COS

NO DIA 1^BE cada mêsnão deixe de veras belas e arfisli-cas paginas de

O Atalho

». -^/>«*>tf*~**VV*A»N**>*****'»-*V%i»N^»*-*'**^^^W*>»-i*.**W*W-a*' .*. r**t_-_r*\r*i/\-O TICO-TIOO publica os retratos dc toú\sos seus leitores, gratuitamente.

COIE0-0 SETHEUSIMO PRIMÁRIO POR MEIO00 D-SENHO - INTERESSA A'CRIANÇA E fACILITA O MESTREVBJA MS HVGAeiAl DO BRASILas obxas oesm coieçAò ou pe-ça peasrecTOS ao "ATEU» SETH"R EAMAmO QgTICAO 9-2?-BIO

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Aventuras de Chiquinho

Um dia Lili. recebeu um presente do Chiquinhomovei. Benjamim, ao entrcga-la.lcz ver a Lili que a b

mfa «ante o hujfto iMWOSa... Lilrnão percebeu bem a observação do ...

f^""""^V—' f i \* ¦* U'tía. / ál y "1" 1

j^^í ^rf^\ y Y» C^ >•** j '^r^amam*^^ ^^.

fP>#V^gP.. ^Pf3_lP... Benjamim,'ntas tlai !

a, Lili fi<.. o m -lo abandonou

c fugiu.

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