o mercado de sementes no brasil 57º simpas sistemas integrados de manejo na produção agrícola...
TRANSCRIPT
O MERCADO DE
SEMENTES NO BRASIL
57º SIMPAS Sistemas Integrados de Manejo na
Produção Agrícola Sustentável Vitoria - ES
Ilson Alves Afonso
ABRASEMAssociação Brasileira de Sementes e Mudas
SISTEMA BRASILEIRO DE SEMENTES
1. Organização do Setor de Sementes no Brasil
2. Mercado de Sementes
3. Superando Desafios com o Uso de Tecnologia
4. Sustentabilidade do Mercado de Sementes
ESTRUTURA DA ABRASEM
Sede: Brasília (DF)5 Funcionários;Orçamento Anual Fixo: R$ 1 milhão;Conselho de AdministraçãoConselho Diretor
Presidente: Ywao Miyamoto (APASEM)Vice-Presidente: Narciso Barison (APASSUL)Diretores:
José Roberto Rodrigues Peres (Embrapa-SNT)Silmar Peske (ABRATES/UFPel)Ivo Carraro (BRASPOV/Coodetec)
Superintendente Executivo: José Américo Pierre RodriguesAssessor da Diretoria: Ilson Alves Afonso
ASSOCIADAS ABRASEM
APROSMAAPROSMATT AGROSEMAGROSEM
APROSSUAPROSSULL
APASSUAPASSULL
APROSESCAPROSESC
APASEAPASEMM
APPSAPPS
APSEMAPSEMGG
ABCSEM
BRASPOV
ABRATES
UNIPASTO
APROSENN
APROSENAPROSENNN
ESTRUTURA DO SETOR DE SEMENTES NO BRASIL
• Produtores Associados 560
• Agricultores Cooperantes 38.000
• Unidades Armazenadoras 1.100
• Unidades de Beneficiamento 300
• Técnicos Envolvidos 4.000
• Vendedores 15.000
• Laboratórios 300
• Laboratórios OGM 53
• Empregos Indiretos 220.000
SISTEMA INTERNACIONAL DE SEMENTESSISTEMA INTERNACIONAL DE SEMENTES
ASPRODES
FIS – Federação Internacional de SementesFIS – Federação Internacional de Sementes
FELAS – Federação Latino-americana das Associações de SementesFELAS – Federação Latino-americana das Associações de Sementes
SAA - Seed Association of the Americas SAA - Seed Association of the Americas
A SEMENTE
É indutora de novas tecnologias;
Garante o valor agregado pela pesquisa;
Garante os ganhos de produtividade;
É veículo para erradicação ou prevenção de
doenças e pragas e evita sua proliferação;
Parcela muito reduzida no custo total da lavoura;
Ciclo variadoCiclo variado
Qualidade Qualidade nutricionalnutricional
Teor de ProteínaTeor de Proteína
Teor de ÓleoTeor de Óleo
Ampla adaptaçãoAmpla adaptação
Tipo de soloTipo de solo
Tolerância aTolerância aacamamentoacamamento
Resistência a Resistência a doençasdoenças
RusticidadeRusticidade
Tamanho de Tamanho de SementesSementes
ProdutividadeProdutividadeLucratividadeLucratividade
GeneGeneEspecíficoEspecífico
SEMENTE COMO A BASE DA AGRICULTURA
PRODUTOR DE SEMENTE
AGRICULTOR
PESQUISA
ELO ENTRE A PESQUISA E O AGRICULTOR
Hortaliças15%
Milho34%
Soja13%
Outros16%
Flores 22%
Mercado Global de Sementes (2007) Mercado Global de Sementes (2007)
US$ 36,5 bilhõesUS$ 36,5 bilhões
NAFTA
ISF, 2008
8,5
4
2,152
1,5 1,5 1,5
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
USA China França Brasil India Japão AlemanhaFonte: ISF
VALOR DO MERCADO
DOMÉSTICO DOS PAISES
(USD bilhões)
EXPORTAÇÃO DE SEMENTES
PAÍSESGRANDES
CULTURAS HORTALIÇAS TOTAL
1 Holanda 186 854 1040
2 USA 650 369 1019
3 França 698 216 914
4 Alemanha 442 41 483
5 Canadá 265 82 347
6 Dinamarca 281 44 325
7 Chile 124 80 204
8 Hungria 186 10 196
9 Itália 114 70 184
10 México 162 9 171
20 Brasil 45 8 53
Milhões USD
Fonte: ISF, 2008
IMPORTAÇÃO DE SEMENTES Milhões USD
Fonte: ISF, 2008
PAISESGRANDES
CULTURAS HORTALIÇAS TOTAL
1 USA 461 211 672
2 França 331 91 422
3 México 258 156 414
4 Holanda 182 199 381
5 Alemanha 304 64 368
6 Itália 197 130 327
7 Espanha 121 171 292
8 Canadá 181 56 237
9 Ucrânia 204 31 235
10 Reino Unido 133 65 198
23 Brasil 39 19 58
Fonte: ABRASEM, 2010
PROJEÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEMENTES DAS PRINCIPAIS CULTURAS
(safra 2009/10)
CULTURADemanda Potencial
(toneladas)
Demanda Efetiva(toneladas)
Taxa de Utilização
(%)
ALGODÃO 12.264 5.396 44
ARROZ 335.412 134.165 40
FEIJÃO 241.956 31.454 13
FORRAGEIRAS TROPICAIS 121.993 74.415 61
MILHO 257.866 224.343 87
SOJA 1.160.048 696.029 60
SORGO 7.999 7.039 88
TRIGO 364.200 240.372 66
Novos Desafios da Agricultura
Crise Mundial;
Crescimento Populacional;
Aumento da Demanda por Alimentos;
Aumento da Produtividade;
Produção Sustentável;
Geração de novas Fontes de Energias.
66,5 7,2
8,3
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
2000 2005 2015 2030
Fontes: FAO e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
PROJEÇÃO DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL
(BILHÕES DE HABITANTES)
CRESCIMENTO DA DEMANDA SOBRE OS ALIMENTOS NA ÚLTIMA DÉCADA
+12%+12%Taxa de crescimento da população mundial nos últimos 10 anos
+25%+25%Taxa de crescimento no consumo mundial de carne de porco nos últimos 10 anos
+29%+29%Taxa de crescimento no consumo mundial de carne de frango nos últimos 10 anos
+23%+23%Taxa de crescimento do consumo mundial de milho nos últimos 10 anos
+39%+39%Taxa de crescimento do consumo mundial de soja nos últimos 10 anos
+4%+4%Taxa de crescimento da área cultivada no mundo
Fonte: Adaptado de Pioneer Global Marketing - MREADS
DESAFIOS DA PRODUTIVIDADECASO DA CULTURA DA SOJA
2.1002.755
3.050
4.8005.400
6.500
11.000
-
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
Kg/ha
Menor médiaestadual (RS)
MédiaNacional
Maior médiaestadual (PR)
Agricultor top Concursos Pesquisa top Potencial daespécie
Fonte: Abrasem, 2007
988
3.161
2.270
3.672
524
810
2.111
3.266
1.919
2.468
1.706
2.104
1.352
1.818
0,0
500,0
1.000,0
1.500,0
2.000,0
2.500,0
3.000,0
3.500,0
4.000,0
Kg/h
a
ALGODÃO ARROZ FEIJÃO MILHO SOJA SORGO TRIGO
Media 1991 a 1993 Média 2004 a 2007
Fonte: CONAB
EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS NO BRASIL
SISTEMA DE SEMENTES NO BRASIL
Pesquisa Genética / Básica
BásicaC 1C2S1S2
Produtor de Sementes
Agricultor Produto Comercial
SUSTENTABILIDADE DA PESQUISA
Venda de sementes
RoyaltiesLicenciamento
Pesquisa Geração de soluções
Produtor de SementesMultiplicação de soluções
Produção agrícolaDemanda Soluções
Uso das soluções
Resultados
Compra de sementes
TEMPO LONGO PARA MELHORAR UMA SEMENTE
Sem. Básica
S.Certificada
S.Certificada
Comércio
VCU
VCU
Purificação
Hibridação
Seleção
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Anos
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
TEMPO LONGO PARA CRIAR UM ATRIBUTO (TRAIT) COM BIOTECNOLOGIA
Introgressãoem germoplasma
Pesquisa básica
Tempo Incerto...?...
Seleção de Evento Elite
Produção de Eventos
Prova de Conceito
Produção de eventos
Anos
Saúde Humana
Saúde Animal
Caracterização
Meio Ambiente Avaliação
e aprovação
de uso
Avaliação e aprovação de importação e consumo
TEMPO LONGO PARA MELHORAR UMA SEMENTE
• T25 – Bayer (2007)• Mon 810 – Monsanto (2007)• Bt11 – Syngenta (2007)• RR 2 (NK603) – Monsanto (2008)• GA21 – Syngenta (2008)• TC 1507 – Dow – Herculex (2008)• MON 89034 – Monsanto (2009)
• RR – Monsanto (1998)• IME – Embrapa/Basf (2009)• Liberty Link – Bayer (2010)
• Bollgard – Monsanto (2005)• LL Cotton 25 – Bayer (2008)• RR MON 1445 – Monsanto (2008)• Bolgard II Monsanto (2009)• Widestrike – Dow (2009)
• MON 531 x MON 1445 (2009)
CTNBio/CTNBio/Eventos aprovadosEventos aprovados
Marco Legal Atual
Propriedade Intelectual
Lei de Patentes (9.279 de 14/05/96)
Lei de Proteção de Cultivares ( 9.456 de 25/04/97)
Produção e Comércio
Lei de Sementes (10.711 de 05/08/03)
Biossegurança e Biotecnologia
Lei de Biossegurança (11.105 de 24/03/2005)
NÚMERO DE ESPÉCIES PROTEGIDAS
5
10 10 11
17
22
29
35
41 42
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Fonte: SNPC, 2007
TITULARES DE PROTEÇÃO DE CULTIVAR
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
Estrangeiros 69 47 Nacionais
634 cultivares413 cultivares
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
OBTENTORES
NACIONAIS X ESTRANGEIROS
TOTAL = 116
OBTENTORES NACIONAIS PÚBLICOS X PRIVADOS
Privado 34
13 Público
374 cultivares
260 cultivares
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
TOTAL: 47
Fonte: SNPC/MAPA - 2008
TITULARES DE PROTEÇÃO DE CULTIVAR (%)
TIPOS DE SEMENTE INFORMAL
1. SEMENTE DE USO PRÓPRIO (SALVA)
• Reservada pelo agricultor para seu uso
2. PIRATA OU BOLSA BRANCA (ILEGAL)
• Produzida e vendida fora do sistema
• Não autorizada ou não fiscalizada
3. CONTRABANDEADA
O QUE MOTIVA A PIRATARIA
1. Tentativa de agregar valor ao grão (oportunismo)
2. Dificuldades de fiscalização
• Falhas na Legislação
• Fiscalização dificultada (falta de recursos)
• Prioridade e foco
3. Impunidade pela infração
4. Mercado crescente com valor elevado
O QUE MOTIVA A “SEMENTE SALVA”
1. Tradição Familiar ou Regional
2. Tentativa de redução de custos
3. Escassez de sementes ou cultivares
4. Preços acima do valor aceito pelo mercado
5. Baixa qualidade da semente comercial
OS RISCOS PARA AGRICULTOR
Fitossanitários
Disseminação de pragas e doenças
Impureza genética
Misturas, baixo desempenho, desuniformidade
Adaptação regional
Queda na produtividade
Cultivar falsificada
Baixa qualidade fisiológica da semente
Distanciamento da tecnologia e treinamento
Baixa produtividade
OS RISCOS PARA AGRICULTURA
Desestruturação da pesquisa
Desestruturação do parque sementeiro
Vulnerabilidade a novas pragas e doenças
Evasão de impostos
Redução de produtividade
Perda de competitividade externa
SEMENTE FORMAL X SEMENTE INFORMAL
• A PIRATARIA CONTINUA EM NÍVEIS ASSUSTADORES;
• SEMENTE INFORMAL - 50% DO MERCADO DE SEMENTES DO PAÍS;
– SOJA (60%); ALGODÃO (44%); ARROZ (40%) ; FEIJÃO (11%); TRIGO (72%);
• EXIGÊNCIAS QUE O PRODUTOR DE SEMENTE FORMAL TEM QUE CUMPRIR:
– GARANTIR A IDENTIDADE E A QUALIDADE DA SEMENTE;
– INVESTIR EM UNIDADES DE BENEFICIAMENTO;
– CONTRATAR TÉCNICOS ESPECIALIZADOS;
– INSCREVER CAMPOS NO MAPA;
– RECOLHER INÚMERAS TAXAS;
– PAGAR ROYALTIES;
– MANTER A PESQUISA;
– RECOLHER IMPOSTOS AOS COFRES PÚBLICOS, ETC.
• O FOCO DA FISCALIZAÇÃO TEM QUE SER NA INFORMALIDADE;
- SALVA ILEGAL, PIRATA, CONTRABANDEADA E NO USUÁRIO.
• REVISÃO DA LEGISLAÇÃO ATUAL.
CONCLUSÕES
O Sistema Nacional de Sementes é
estratégico para o Brasil;
O potencial agrícola do Brasil depende do
uso de semente melhorada;
A semente é o insumo básico em qualquer
sistema de produção agrícola;
Custo da Semente representa ainda uma
parcela muito pequena quando comparada
aos demais insumos agrícolas;
A crescente queda na taxa de utilização de
sementes das principais culturas é
preocupante e tem reflexos diretos em todo
o sistema;
Governo e empresas devem trabalhar juntos
contra a informalidade.
CONCLUSÕES
[email protected](61) 3226-9022