o natal é tempo de acender a luz no seu coração … · o papa francisco ensina que natal sem luz...
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comunidade
dezembrO 2017 Ano 11 N� 102
PARóQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APóSTOLOS
O Natal é tempo de acender a luz no seu coração
Rua Ouvidor Portugal, 598 - Vila Monumento - São Paulo, SP CEP: 01551-000 - (11) 2063-2893
Colaboração: PascomImpressão: LB Artes GráficaTiragem: 500 exemplares
Coordenação: Pe Emerson José da Silva, SAC Elaboração: Roberta SilvaFotografia: Paulo Roberto Satake
Paróquia: Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos Endereço: Rua Ouvidor Portugal, 598 - Vila MonumentoSão Paulo - SP CEP: 01551-000Fone-fax: (11) 2063-2893
Pároco: Pe. Emerson José da Silva, SAC Secretária: Vanessa Lúcia de Nazaré.Atendimento da Secretaria: Segunda a sexta-feira: 08h30 às 12h00 e 14h00 às 18h00Sábado das 8h30 às 11h30.
Horário de Missas:Segunda a sexta-feira (exceto terça-feira): 19h00 Sábado: 16h00Domingo: 08h00, 10h00 e 19h00Todo dia 13 do mês missa na capela Santa Luzia, às 19h00
Email: [email protected] da Rainha: facebook.com/igrejansra
Paróquia
O Papa Francisco ensina que Natal sem luz não é
Natal. Não se trata, obviamente, de referência às luzes dos
centros comerciais. Nem mesmo se refere às lâmpadas que
integram o cenário dos presépios e ornamentam as árvores,
indicando o genuíno sentido do Natal, a chegada do
Salvador do mundo. O Santo Padre faz, na verdade, um
interpelante convite a cada pessoa: acenda a sua luz.
Oportuno é fazer um exercício de imaginação usando
a imagem simbólica das luzes nas árvores de Natal, nos
enfeites das casas, edifícios, tantas outras decorações que
provocam alegria e emoção. Todas essas luzes poderiam ser
a multidão – a humanidade da cidade da gente, do bairro, da
rua, de sua casa, do seu prédio, do ambiente de trabalho,
das escolas, das instâncias de governos e dos segmentos
todos da sociedade. Assim seria possível formar uma grande
procissão da humanidade com a luz que dissipa a escuridão.
Não haveria mais as sombras que embaçam a vista,
confundem entendimentos, induzem a escolhas
equivocadas, geram indiferença e as muitas formas de
violência – como o aborto e o “descarte das pessoas”. Se
houvesse uma luz nas mãos de cada indivíduo, uma grande
tocha se formaria, fazendo brilhar os olhos da esperança.
Surgiriam novos caminhos a serem percorridos e os rostos
de cada pessoa revelariam encantamento pelos rumos
reencontrados. Haveria um verdadeiro fenômeno de luz, que
faz raiar um novo dia.
O Papa Francisco diz que o Natal é a festa da luz –
muito mais do que um efêmero espetáculo produzido com
impacto visual, mas sem efeitos duradouros. A falta de
saídas para as crises e a carência de entendimentos
humanitários que podem devolver ao ser humano a sua mais
AGENDAAgenda
09/12 – Bazarzão das 9 h às 17h. Roupas femininas, masculinas, infantil,acessórios, sapatos. Local: Salão Paroquial09/12 - Curso de batismo para pais e padrinhos. Das 9 h às 11h. Inscrições na secretaria paroquial13/12 - Missa Capela Santa Luzia às 15 h e 19h .16/12 - Curso de Noivos, inscrições na secretaria paroquial.18/12 - Missa às 19h Pela Pastoral de Nossa Sra. Três Vezes Admirável de Schooenstatt, Suas famílias e zeladoras.
Missa de Natal24/12 – Missas às 8h e 10h - 4° Domingo do Advento. Missa às 19 h - Missa Vésperas De Natal25/12 – Missa às 9h
26/12 - Igreja e Secretaria esatarão fechadas, não teremos missa.
27/28 e 29/12 - Igreja e Secretaria abertas após 14h 30/12 - Igreja e secretaria abertas 8h 30 às 11 h30
Missa de Ano Novo31/12 – Missas às 8h, 10h e 19h 01/12 – Missa às 9h
02/01 - Igreja e secretaria fechadas, não teremos missa.03, 04 e 05/01 - Igreja e secretaria abertas após 14 h .05/12 - Missa Sagrado Coração de Jesus às 19h .06/12 - Primeiro sábado do mês, não haverá missa de Nossa Senhora pela manhã.08 a 12/12 - Igreja e secretaria abertas após 14 h.15/12 - Horário da secretaria paroquial volta ao normal.
nobre condição indicam que o mundo atual, com suas
tantas outras “luzes”, nunca esteve tão obscurecido. A
humanidade sofre com percalços dolorosos,
potencializados pelas brutalidades, ganâncias, ódio e
desejo de vingança. Por tudo isso, a convocação é urgente:
acenda a sua luz interior. O verdadeiro Natal é luz. É o
evento da luz que brilha nas trevas. Vale guardar a narrativa
de São João na introdução do seu Evangelho: “E a luz
brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.
Veio um homem, enviado por Deus, seu nome era João. Ele
veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz,
para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a
luz, mas veio para dar testemunho da luz. Esta era a luz
verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina”. A Palavra
de Deus possibilita essa compreensão a respeito da luz
verdadeira que, se recebida, faz crescer um brilho interior.
Quem a acolhe e cultiva sua luminosidade passa a orientar-
se nos parâmetros da verdade e do amor.
Acender a luz, sua luminosidade interior, antes e
acima de tudo é, deliberada e amorosamente, receber a
Cristo, a luz que vem ao mundo. A luz que pode brilhar no
interior de cada pessoa depende dessa luz, fonte
inesgotável de luminosidade, que é o amor infinito de
Jesus. Acender a própria luz é acolher Cristo Luz dos Povos
e conseguir caminhar nas trilhas do bem, da verdade e da
justiça. Diante das muitas incertezas vividas por toda a
sociedade, só há uma saída possível: empreender o
acendimento da própria luz.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo
Metropolitano de Belo Horizonte
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reflexão COMUNIDADE
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Reconciliação e Eucaristia: Missa dominicalSolidamente fundada na união das pessoas da Santíssima
Trindade, a Eucaristia funda por sua vez a união dos fiéis na
Igreja, união dos mais diferentes estados de vida na
comunidade, incluída a união entre os leigos e os sacerdotes que
presidem as celebrações. O mesmo pão consagrado confere a
mesma dignidade às diferentes formas de os cristãos se
encaminharem para a plenitude do Reino de Deus, plenitude
antecipada sacramentalmente no sacrifício da Nova e Eterna
Aliança. Alimentada pela divina comunhão das pessoas da
Trindade, a comunidade humana no Reino de Deus não conhece
superioridades e inferioridades. O Reino dos Céus será a vida
plena no íntimo da Trindade, onde tudo é um, sem que sejam
destruídas as relações entre as pessoas e os grupos humanos
diferentes entre si. Deus finalmente será “tudo em todos” (1 Cor
9, 19-23; 15,28; Ef 4,6; Cl 3,11). A unidade nas diferenças
manifesta -se especialmente na Missa Dominical. Na celebração
de Domingo tornam -se visíveis o sacerdócio comum dos fiéis e o
sacerdócio ministerial do padre, ambos construídos sobre o
igual fundamento que é o Batismo como dom originário. A
centralidade da Eucaristia Dominical, manifestação solene da
comunidade de fé unida pela mesma Palavra e pelo mesmo Pão,
tal centralidade funda-se na especial simbologia do bíblico
primeiro dia da semana, dia em que Javé se manifesta e Jesus
ressuscita. “Não passou despercebido aos primeiros cristãos
que a ressurreição do Senhor tenha sido no Domingo, e que a
maior parte das suas aparições depois da ressurreição se
tenham dado igualmente no “primeiro dia da semana” ( Jo 20,
1.19). O Antigo Testamento já havia revelado que Deus muitas
vezes aparecera aos profetas no primeiro dia da semana, o
nosso Domingo. Assim, segundo o calendário perpétuo,
utilizado em alguns ambientes hebraicos, as aparições
cuidadosamente datadas em Ezequiel ( 1,1;3, 15; 8, 1; 20, 1;
29,1; 31,1; 32,1) , em Ageu (1,1), em Zacarias (1,7) , todas se
deram no Domingo. O judaísmo leva ainda mais longe o
simbolismo, datando no primeiro dia da semana as aparições de
Deus a Abraão, a Moisés, e a outros. E o próprio São João, no
Apocalipse, coloca num Domingo aparição do Senhor com que
ele foi beneficiado (Ap 1,10) (Missal Dominical, Paulinas 1980,
Introdução 21) .
A maior importância da Missa de Domingo em relação às
celebrações dos outros dias da semana indica que o Dia do
Senhor é antes de tudo um dia litúrgico, uma grande riqueza nem
sempre preservada na moderna cultura do lazer, da diversão,
“fim de semana”. O descanso cristão é de significado diferente, é
garantido pela observância do terceiro mandamento da Lei de
Deus (Ex 20,8 -10; Dt 5, 12- 15; Mc 2, 27s ; Mt 12, 1-8, Lc 6, 1-5 ).
Dia litúrgico por excelência, o Domingo reúne os fiéis na comum
oração de pedido, de louvor a Deus, de agradecimento após os
dias semanais transcorridos na luta pela vida e antes dos
próximos dias da mesma luta. O Domingo é o oitavo dia da
criação, dia do continuado descanso de Deus, bem como o
primeiro dia da semana, dia do “trabalho litúrgico” da criatura
que colabora com o Criador. A Missa de Domingo será sempre a
fonte de energia para os fiéis no trabalho quotidiano de “criar o
mundo”, e isso de forma a não confundir celebração religiosa
com mobilização social ou política. A esse respeito são muito
valiosas as observações de um livrinho precioso: “É
perfeitamente normal que uma Paróquia litúrgica seja também
uma Paróquia onde a comunidade evangélica vivifique a
comunidade social natural e as atividades sociais naturais,
desenvolvendo-se o sentido da justiça social e do auxílio mútuo
fraterno. Ao trabalho perseguido pela renovação litúrgica
devem-se magníficas realizações cumpridas com esse espírito.
Mas com a sistematização pseudo-liturgista caminha tudo de
outro modo. Ela confunde a ordem, e em vez de tender a levantar
o social humano pelo caminho do espírito, tende a submeter o
caminho espiritual ao social humano. O que se deve censurar
antes de tudo é rebaixar ao plano do social humano o que
pertence ao social divino” ( JACQUES e RAISSA MARITAIN ,
Liturgia e Contemplação, SP 1962,100).
“Na verdade, é precisamente na Missa Dominical que os
cristãos revivem, com particular intensidade, a experiência vivida
pelos Apóstolos na tarde da Páscoa, quando estando eles
reunidos, o Ressuscitado lhes apareceu (Jo 20, 19). Naquele
pequeno núcleo de discípulos, primícias da Igreja, estava de
algum modo presente o povo de Deus de todos os tempos. Pelo
seu testemunho, estende-se a cada geração de fiéis a saudação
de Cristo, transbordante do dom messiânico da paz, conquistada
pelo seu sangue e oferecida juntamente com seu Espírito: “ A paz
esteja convosco”. No fato de Cristo voltar ao meio deles “oito
dias depois” ( Jo 20,26), pode -se ver representado, na sua raiz, o
costume de a comunidade cristã reunir-se todos os oitavos dias,
no Dia do Senhor, para professar a fé na ressurreição e colher os
frutos da bem – aventurança prometida por ele: “Bem –
aventurados os que não viram e acreditaram” (Jo 20,29; Lc 24,
13-35)” ( São João Paulo II, Carta Apostólica DIES DOMINI,33).
O Domingo é antes de tudo o dia de os católicos se reunirem
para “comungar bem”. Após o Ato Penitencial, a Palavra de Deus,
ouvida e meditada na primeira parte da Missa, deve proporcionar
o tempo necessário para a correta preparação dos fiéis em
caminho para a Comunhão. O espírito da primeira Páscoa
permanece o mesmo ao longo dos vinte séculos do cristianismo.
Sempre continuam úteis as recomendações feitas ao povo
católico por um místico pregador da Alemanha no longínquo
século XIV : “Seria bom que houvesse confessores para dizer a
cada um quando pode comungar. Há os que podem comungar
frequentemente, outros a cada oito dias, outros a cada quatro
semanas. (...) Outros podem comungar nas grandes festas,
outros na Páscoa, e é pouco para eles a Quaresma inteira para se
prepararem. Há outros que jamais deveriam comungar, nem uma
só vez em mil anos. Aquele que não lamenta seus pecados, não
quer livrar-se deles, não se examinou a si mesmo, esse na
verdade é culpado para com o Corpo do Senhor (1 Cor 11, 27). É
por isso que entre eles há tantos que são fracos e preguiçosos.
Não sabeis quanto isso é perigoso e terrível. Imaginais que se
trata de uma bagatela? Não, certamente não. Há pessoas que
querem comungar toda semana, não por uma grande inclinação,
mas por hábito, ou então porque vêem os outros agir desse
modo. Não é assim que se deve fazer. Mas uma pessoa desejosa
de ser boa, de guardar- se das causas do pecado, pode muito
bem comungar a cada oito dias, cheia de um receio respeitoso,
não por ser perfeita, mas por causa de sua fraqueza e para não
cair. Sabei, se eu encontrasse uma pessoa que tivesse vivido no
mundo, uma pessoa abominável, mas que se tivesse convertido
verdadeira e completamente, eu lhe daria todos os dias, durante
seis meses, a Santa Comunhão de bom grado, mais do que daria
às pessoas indiferentes (Ap 3, 15s), e extinguiria nela o que há de
mundano” (JOHANNES TAULER, Sermões, SP 1998, 110s).
Pe. Francisco Muchiutti, SAC
Este é o penúltimo da série de doze artigos sobre a Confissão
e a Comunhão.
01. José Antônio Ferreira
Araújo
02. Dario De Barros Vedana
04. Macelo Filoni e Juliana
Grilo Filoni (Casamento)
04. José Luiz Desenzi
04. Jorge Augusto Rossi e
Rosimari Lettieri Rossi
(Casamento)
05. Rogério Armênio
05. Camilla Ferreira Santana
05. Leandro Paulussi
05. Laerte Azevedo Martins e
Ivony Ribeiro De Moura
Martins (Casamento)
06. Yedda Rosalina De Paula
06. Rosiley Marta Leite De
Almeida
06. Ângelo Azevedo Aguiar
06. Ireneu Paulussi e Maria
Lúcia De Souza Paulussi
(Casamento)
07. Etelvina Da Conceição Dos
Santos
07. Aldo Galiano Júnior
08. Maria Da Conceição Dos
Santos
08. Fabrini Costa De Carvalho
10. Wanda De Andrade Capelli
12. Laert Bernardo Santos e
Maria Helena da Silva Santos
(Casamento)
13. Charles Achteor de Souza
Quintana
13. Carlos Alferes Dos Santos
e Cátia Moraes Alferes Dos
Santos (Casamento)
14. Jorge Del Cistia Torras e
Carmem Lúcia M. Torras
(Casamento)
14. Jorge Moraes De Azevedo
15. Ângelo Azevedo Aguiar e
Ana Carmela Potti Azevedo
(Casamento)
15. Homero Luís Antonino e
Maria Lúcia Maradei Antonino
(Casamento).
15. Pina Noto e Michele Noto
(Casamento)
17. Luzia Magnólia Ferreira
17. Roberto Andrade Santos e
Santina De Souza Santos
(Casamento)
18. Elisa Rennó De Souza
18. Jair Faria De Souza
19. Lídia Cerqueira
19. Vanildo De Oliveira
Cavalcanti
19. Carlos Alberto Pagliuso e
Hevely Prado Pagliuso
(Casamento)
21. Maurício Antônio Da Silva
21. Edmilson G. Da Silva e
Deborah Maria Nascimento De
Aquino Silva (Casamento)
22. Maria De Lourdes Paiva
24. Eva Pinheiro Dos Santos
25. Ir. Terezinha Danieli
25. Elza Duraes Ramos
26. Aldora D. C. Bastos Ribeiro
27. Reinaldo Almeida Bonfim e
Nubia De Oliveira Bonfim
(Casamento)
28. Zélia Aparecida Da Silva
29. Francelene De Moura
Novaes
30. Renato Broetto
Parabéns aos aniversariantes
de Dezembro
Fones: 2273.0552 2272.9658
Ao reler o Catecismo Romano, para preparar uma
conferência sobre catequese, despertou a minha atenção
um especial pensamento sobre o tema da esperança,
sobre o qual até agora eu não havia refletido. Os quatro
principais capítulos da catequese (o Credo, os
Mandamentos, os Sacramentos, o Pai Nosso) são
relacionados com as diferentes dimensões da existência
cristã. Do Pai Nosso se afirma que ele nos ensina o que o
cristão deve esperar. Antes de tudo me surpreendeu a
relação entre o Pai Nosso e a esperança, relação que não
faz parte de nossas ideias correntes sobre a teologia da
esperança e a teologia da oração. E, no entanto, no meu
modo de pensar, a observação nos leva a uma grande
profundidade. Na oração se revela com clareza o que é a
esperança.
Compreendemos o que signi f ica rezar se
compreendermos o que é a esperança. E como o Pai
Nosso é a oração normativa por excelência, aqui se
manifesta de forma determinante a relação entre a oração
e a esperança. Vale a pena seguir o caminho desta
observação do Catecismo Romano, porque ouvindo-a
pela primeira vez ela pode parecer estranha e até arbitrária.
O Pai Nosso tem tudo a ver com a esperança, em
virtude do seu conteúdo. Em sua segunda parte, ele dá a
resposta aos temores de cada dia das pessoas e dá a elas
a força para transformar o medo em esperança através
dos pedidos. Os pedidos se referem ao sustento
quotidiano, ao temor diante da maldade que nos ameaça
de tantas maneiras, a paz com o próximo, a paz com Deus,
a libertação do verdadeiro mal que é a queda na
incredulidade e no desespero. Assim, a pergunta pelas
esperanças nos conduz à esperança em si mesma, ao
nosso desejo do paraíso, do Reino de Deus, desejo com o
qual começa a oração do Pai Nosso.
O Pai Nosso é mais que uma lista de conteúdos da
esperança, ele é a esperança em ação: rezá-lo significa
entrar na força dos conteúdos, na força da esperança.
Quem reza é alguém que tem esperança, embora não
esteja ainda em sua plenitude, porque se fosse assim não
precisaria pedir. Quem reza sabe que existe alguém que
tem o poder e a bondade para atender os pedidos. Diz
Josef Pieper: “Quem reza mantem-se aberto para um dom
desconhecido. E mesmo que não seja concedido o que
ele pediu, não considera inútil a sua oração” (Esperança e
História, página 111, nota 32). Por isso, os mestres de
oração não são comunicadores de consolos com
promessas vazias, e sim verdadeiros mestres da
esperança.
JOSEPH RATZINGER (Bento XVI), Obras Completas,
volume X, edição em espanhol (BAC), página 405.
Esperança e oração