o natal é tempo de acender a luz no seu coração … · o papa francisco ensina que natal sem luz...

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04 comunidade dezembrO 2017 Ano 11 N 102 PARóQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APóSTOLOS O Natal é tempo de acender a luz no seu coração Rua Ouvidor Portugal, 598 - Vila Monumento - São Paulo, SP CEP: 01551-000 - (11) 2063-2893 Colaboração: Pascom Impressão: LB Artes Gráfica Tiragem: 500 exemplares Coordenação: Pe Emerson José da Silva, SAC Elaboração: Roberta Silva Fotografia: Paulo Roberto Satake Paróquia: Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos Endereço: Rua Ouvidor Portugal, 598 - Vila Monumento São Paulo - SP CEP: 01551-000 Fone-fax: (11) 2063-2893 Pároco: Pe. Emerson José da Silva, SAC Secretária: Vanessa Lúcia de Nazaré. Atendimento da Secretaria: Segunda a sexta-feira: 08h30 às 12h00 e 14h00 às 18h00 Sábado das 8h30 às 11h30. Horário de Missas: Segunda a sexta-feira (exceto terça-feira): 19h00 Sábado: 16h00 Domingo: 08h00, 10h00 e 19h00 Todo dia 13 do mês missa na capela Santa Luzia, às 19h00 Email: [email protected] Facebook da Rainha: facebook.com/igrejansra Paróquia O Papa Francisco ensina que Natal sem luz não é Natal. Não se trata, obviamente, de referência às luzes dos centros comerciais. Nem mesmo se refere às lâmpadas que integram o cenário dos presépios e ornamentam as árvores, indicando o genuíno sentido do Natal, a chegada do Salvador do mundo. O Santo Padre faz, na verdade, um interpelante convite a cada pessoa: acenda a sua luz. Oportuno é fazer um exercício de imaginação usando a imagem simbólica das luzes nas árvores de Natal, nos enfeites das casas, edifícios, tantas outras decorações que provocam alegria e emoção. Todas essas luzes poderiam ser a multidão – a humanidade da cidade da gente, do bairro, da rua, de sua casa, do seu prédio, do ambiente de trabalho, das escolas, das instâncias de governos e dos segmentos todos da sociedade. Assim seria possível formar uma grande procissão da humanidade com a luz que dissipa a escuridão. Não haveria mais as sombras que embaçam a vista, confundem entendimentos, induzem a escolhas equivocadas, geram indiferença e as muitas formas de violência – como o aborto e o “descarte das pessoas”. Se houvesse uma luz nas mãos de cada indivíduo, uma grande tocha se formaria, fazendo brilhar os olhos da esperança. Surgiriam novos caminhos a serem percorridos e os rostos de cada pessoa revelariam encantamento pelos rumos reencontrados. Haveria um verdadeiro fenômeno de luz, que faz raiar um novo dia. O Papa Francisco diz que o Natal é a festa da luz – muito mais do que um efêmero espetáculo produzido com impacto visual, mas sem efeitos duradouros. A falta de saídas para as crises e a carência de entendimentos humanitários que podem devolver ao ser humano a sua mais AGENDA Agenda 09/12 – Bazarzão das 9 h às 17h. Roupas femininas, masculinas, infantil,acessórios, sapatos. Local: Salão Paroquial 09/12 - Curso de batismo para pais e padrinhos. Das 9 h às 11h. Inscrições na secretaria paroquial 13/12 - Missa Capela Santa Luzia às 15 h e 19h . 16/12 - Curso de Noivos, inscrições na secretaria paroquial. 18/12 - Missa às 19h Pela Pastoral de Nossa Sra. Três Vezes Admirável de Schooenstatt, Suas famílias e zeladoras. Missa de Natal 24/12 – Missas às 8h e 10h - 4° Domingo do Advento. Missa às 19 h - Missa Vésperas De Natal 25/12 – Missa às 9h 26/12 - Igreja e Secretaria esatarão fechadas, não teremos missa. 27/28 e 29/12 - Igreja e Secretaria abertas após 14h 30/12 - Igreja e secretaria abertas 8h 30 às 11 h30 Missa de Ano Novo 31/12 – Missas às 8h, 10h e 19h 01/12 – Missa às 9h 02/01 - Igreja e secretaria fechadas, não teremos missa. 03, 04 e 05/01 - Igreja e secretaria abertas após 14 h . 05/12 - Missa Sagrado Coração de Jesus às 19h . 06/12 - Primeiro sábado do mês, não haverá missa de Nossa Senhora pela manhã. 08 a 12/12 - Igreja e secretaria abertas após 14 h. 15/12 - Horário da secretaria paroquial volta ao normal. nobre condição indicam que o mundo atual, com suas tantas outras “luzes”, nunca esteve tão obscurecido. A humanidade sofre com percalços dolorosos, potencializados pelas brutalidades, ganâncias, ódio e desejo de vingança. Por tudo isso, a convocação é urgente: acenda a sua luz interior. O verdadeiro Natal é luz. É o evento da luz que brilha nas trevas. Vale guardar a narrativa de São João na introdução do seu Evangelho: “E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Veio um homem, enviado por Deus, seu nome era João. Ele veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina”. A Palavra de Deus possibilita essa compreensão a respeito da luz verdadeira que, se recebida, faz crescer um brilho interior. Quem a acolhe e cultiva sua luminosidade passa a orientar- se nos parâmetros da verdade e do amor. Acender a luz, sua luminosidade interior, antes e acima de tudo é, deliberada e amorosamente, receber a Cristo, a luz que vem ao mundo. A luz que pode brilhar no interior de cada pessoa depende dessa luz, fonte inesgotável de luminosidade, que é o amor infinito de Jesus. Acender a própria luz é acolher Cristo Luz dos Povos e conseguir caminhar nas trilhas do bem, da verdade e da justiça. Diante das muitas incertezas vividas por toda a sociedade, só há uma saída possível: empreender o acendimento da própria luz. Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

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Page 1: O Natal é tempo de acender a luz no seu coração … · O Papa Francisco ensina que Natal sem luz não é Natal. Não se trata, obviamente, de referência às luzes dos centros

04

comunidade

dezembrO 2017 Ano 11 N� 102

PARóQUIA NOSSA SENHORA RAINHA DOS APóSTOLOS

O Natal é tempo de acender a luz no seu coração

Rua Ouvidor Portugal, 598 - Vila Monumento - São Paulo, SP CEP: 01551-000 - (11) 2063-2893

Colaboração: PascomImpressão: LB Artes GráficaTiragem: 500 exemplares

Coordenação: Pe Emerson José da Silva, SAC Elaboração: Roberta SilvaFotografia: Paulo Roberto Satake

Paróquia: Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos Endereço: Rua Ouvidor Portugal, 598 - Vila MonumentoSão Paulo - SP CEP: 01551-000Fone-fax: (11) 2063-2893

Pároco: Pe. Emerson José da Silva, SAC Secretária: Vanessa Lúcia de Nazaré.Atendimento da Secretaria: Segunda a sexta-feira: 08h30 às 12h00 e 14h00 às 18h00Sábado das 8h30 às 11h30.

Horário de Missas:Segunda a sexta-feira (exceto terça-feira): 19h00 Sábado: 16h00Domingo: 08h00, 10h00 e 19h00Todo dia 13 do mês missa na capela Santa Luzia, às 19h00

Email: [email protected] da Rainha: facebook.com/igrejansra

Paróquia

O Papa Francisco ensina que Natal sem luz não é

Natal. Não se trata, obviamente, de referência às luzes dos

centros comerciais. Nem mesmo se refere às lâmpadas que

integram o cenário dos presépios e ornamentam as árvores,

indicando o genuíno sentido do Natal, a chegada do

Salvador do mundo. O Santo Padre faz, na verdade, um

interpelante convite a cada pessoa: acenda a sua luz.

Oportuno é fazer um exercício de imaginação usando

a imagem simbólica das luzes nas árvores de Natal, nos

enfeites das casas, edifícios, tantas outras decorações que

provocam alegria e emoção. Todas essas luzes poderiam ser

a multidão – a humanidade da cidade da gente, do bairro, da

rua, de sua casa, do seu prédio, do ambiente de trabalho,

das escolas, das instâncias de governos e dos segmentos

todos da sociedade. Assim seria possível formar uma grande

procissão da humanidade com a luz que dissipa a escuridão.

Não haveria mais as sombras que embaçam a vista,

confundem entendimentos, induzem a escolhas

equivocadas, geram indiferença e as muitas formas de

violência – como o aborto e o “descarte das pessoas”. Se

houvesse uma luz nas mãos de cada indivíduo, uma grande

tocha se formaria, fazendo brilhar os olhos da esperança.

Surgiriam novos caminhos a serem percorridos e os rostos

de cada pessoa revelariam encantamento pelos rumos

reencontrados. Haveria um verdadeiro fenômeno de luz, que

faz raiar um novo dia.

O Papa Francisco diz que o Natal é a festa da luz –

muito mais do que um efêmero espetáculo produzido com

impacto visual, mas sem efeitos duradouros. A falta de

saídas para as crises e a carência de entendimentos

humanitários que podem devolver ao ser humano a sua mais

AGENDAAgenda

09/12 – Bazarzão das 9 h às 17h. Roupas femininas, masculinas, infantil,acessórios, sapatos. Local: Salão Paroquial09/12 - Curso de batismo para pais e padrinhos. Das 9 h às 11h. Inscrições na secretaria paroquial13/12 - Missa Capela Santa Luzia às 15 h e 19h .16/12 - Curso de Noivos, inscrições na secretaria paroquial.18/12 - Missa às 19h Pela Pastoral de Nossa Sra. Três Vezes Admirável de Schooenstatt, Suas famílias e zeladoras.

Missa de Natal24/12 – Missas às 8h e 10h - 4° Domingo do Advento. Missa às 19 h - Missa Vésperas De Natal25/12 – Missa às 9h

26/12 - Igreja e Secretaria esatarão fechadas, não teremos missa.

27/28 e 29/12 - Igreja e Secretaria abertas após 14h 30/12 - Igreja e secretaria abertas 8h 30 às 11 h30

Missa de Ano Novo31/12 – Missas às 8h, 10h e 19h 01/12 – Missa às 9h

02/01 - Igreja e secretaria fechadas, não teremos missa.03, 04 e 05/01 - Igreja e secretaria abertas após 14 h .05/12 - Missa Sagrado Coração de Jesus às 19h .06/12 - Primeiro sábado do mês, não haverá missa de Nossa Senhora pela manhã.08 a 12/12 - Igreja e secretaria abertas após 14 h.15/12 - Horário da secretaria paroquial volta ao normal.

nobre condição indicam que o mundo atual, com suas

tantas outras “luzes”, nunca esteve tão obscurecido. A

humanidade sofre com percalços dolorosos,

potencializados pelas brutalidades, ganâncias, ódio e

desejo de vingança. Por tudo isso, a convocação é urgente:

acenda a sua luz interior. O verdadeiro Natal é luz. É o

evento da luz que brilha nas trevas. Vale guardar a narrativa

de São João na introdução do seu Evangelho: “E a luz

brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.

Veio um homem, enviado por Deus, seu nome era João. Ele

veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz,

para que todos pudessem crer, por meio dele. Não era ele a

luz, mas veio para dar testemunho da luz. Esta era a luz

verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina”. A Palavra

de Deus possibilita essa compreensão a respeito da luz

verdadeira que, se recebida, faz crescer um brilho interior.

Quem a acolhe e cultiva sua luminosidade passa a orientar-

se nos parâmetros da verdade e do amor.

Acender a luz, sua luminosidade interior, antes e

acima de tudo é, deliberada e amorosamente, receber a

Cristo, a luz que vem ao mundo. A luz que pode brilhar no

interior de cada pessoa depende dessa luz, fonte

inesgotável de luminosidade, que é o amor infinito de

Jesus. Acender a própria luz é acolher Cristo Luz dos Povos

e conseguir caminhar nas trilhas do bem, da verdade e da

justiça. Diante das muitas incertezas vividas por toda a

sociedade, só há uma saída possível: empreender o

acendimento da própria luz.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo

Metropolitano de Belo Horizonte

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reflexão COMUNIDADE

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Reconciliação e Eucaristia: Missa dominicalSolidamente fundada na união das pessoas da Santíssima

Trindade, a Eucaristia funda por sua vez a união dos fiéis na

Igreja, união dos mais diferentes estados de vida na

comunidade, incluída a união entre os leigos e os sacerdotes que

presidem as celebrações. O mesmo pão consagrado confere a

mesma dignidade às diferentes formas de os cristãos se

encaminharem para a plenitude do Reino de Deus, plenitude

antecipada sacramentalmente no sacrifício da Nova e Eterna

Aliança. Alimentada pela divina comunhão das pessoas da

Trindade, a comunidade humana no Reino de Deus não conhece

superioridades e inferioridades. O Reino dos Céus será a vida

plena no íntimo da Trindade, onde tudo é um, sem que sejam

destruídas as relações entre as pessoas e os grupos humanos

diferentes entre si. Deus finalmente será “tudo em todos” (1 Cor

9, 19-23; 15,28; Ef 4,6; Cl 3,11). A unidade nas diferenças

manifesta -se especialmente na Missa Dominical. Na celebração

de Domingo tornam -se visíveis o sacerdócio comum dos fiéis e o

sacerdócio ministerial do padre, ambos construídos sobre o

igual fundamento que é o Batismo como dom originário. A

centralidade da Eucaristia Dominical, manifestação solene da

comunidade de fé unida pela mesma Palavra e pelo mesmo Pão,

tal centralidade funda-se na especial simbologia do bíblico

primeiro dia da semana, dia em que Javé se manifesta e Jesus

ressuscita. “Não passou despercebido aos primeiros cristãos

que a ressurreição do Senhor tenha sido no Domingo, e que a

maior parte das suas aparições depois da ressurreição se

tenham dado igualmente no “primeiro dia da semana” ( Jo 20,

1.19). O Antigo Testamento já havia revelado que Deus muitas

vezes aparecera aos profetas no primeiro dia da semana, o

nosso Domingo. Assim, segundo o calendário perpétuo,

utilizado em alguns ambientes hebraicos, as aparições

cuidadosamente datadas em Ezequiel ( 1,1;3, 15; 8, 1; 20, 1;

29,1; 31,1; 32,1) , em Ageu (1,1), em Zacarias (1,7) , todas se

deram no Domingo. O judaísmo leva ainda mais longe o

simbolismo, datando no primeiro dia da semana as aparições de

Deus a Abraão, a Moisés, e a outros. E o próprio São João, no

Apocalipse, coloca num Domingo aparição do Senhor com que

ele foi beneficiado (Ap 1,10) (Missal Dominical, Paulinas 1980,

Introdução 21) .

A maior importância da Missa de Domingo em relação às

celebrações dos outros dias da semana indica que o Dia do

Senhor é antes de tudo um dia litúrgico, uma grande riqueza nem

sempre preservada na moderna cultura do lazer, da diversão,

“fim de semana”. O descanso cristão é de significado diferente, é

garantido pela observância do terceiro mandamento da Lei de

Deus (Ex 20,8 -10; Dt 5, 12- 15; Mc 2, 27s ; Mt 12, 1-8, Lc 6, 1-5 ).

Dia litúrgico por excelência, o Domingo reúne os fiéis na comum

oração de pedido, de louvor a Deus, de agradecimento após os

dias semanais transcorridos na luta pela vida e antes dos

próximos dias da mesma luta. O Domingo é o oitavo dia da

criação, dia do continuado descanso de Deus, bem como o

primeiro dia da semana, dia do “trabalho litúrgico” da criatura

que colabora com o Criador. A Missa de Domingo será sempre a

fonte de energia para os fiéis no trabalho quotidiano de “criar o

mundo”, e isso de forma a não confundir celebração religiosa

com mobilização social ou política. A esse respeito são muito

valiosas as observações de um livrinho precioso: “É

perfeitamente normal que uma Paróquia litúrgica seja também

uma Paróquia onde a comunidade evangélica vivifique a

comunidade social natural e as atividades sociais naturais,

desenvolvendo-se o sentido da justiça social e do auxílio mútuo

fraterno. Ao trabalho perseguido pela renovação litúrgica

devem-se magníficas realizações cumpridas com esse espírito.

Mas com a sistematização pseudo-liturgista caminha tudo de

outro modo. Ela confunde a ordem, e em vez de tender a levantar

o social humano pelo caminho do espírito, tende a submeter o

caminho espiritual ao social humano. O que se deve censurar

antes de tudo é rebaixar ao plano do social humano o que

pertence ao social divino” ( JACQUES e RAISSA MARITAIN ,

Liturgia e Contemplação, SP 1962,100).

“Na verdade, é precisamente na Missa Dominical que os

cristãos revivem, com particular intensidade, a experiência vivida

pelos Apóstolos na tarde da Páscoa, quando estando eles

reunidos, o Ressuscitado lhes apareceu (Jo 20, 19). Naquele

pequeno núcleo de discípulos, primícias da Igreja, estava de

algum modo presente o povo de Deus de todos os tempos. Pelo

seu testemunho, estende-se a cada geração de fiéis a saudação

de Cristo, transbordante do dom messiânico da paz, conquistada

pelo seu sangue e oferecida juntamente com seu Espírito: “ A paz

esteja convosco”. No fato de Cristo voltar ao meio deles “oito

dias depois” ( Jo 20,26), pode -se ver representado, na sua raiz, o

costume de a comunidade cristã reunir-se todos os oitavos dias,

no Dia do Senhor, para professar a fé na ressurreição e colher os

frutos da bem – aventurança prometida por ele: “Bem –

aventurados os que não viram e acreditaram” (Jo 20,29; Lc 24,

13-35)” ( São João Paulo II, Carta Apostólica DIES DOMINI,33).

O Domingo é antes de tudo o dia de os católicos se reunirem

para “comungar bem”. Após o Ato Penitencial, a Palavra de Deus,

ouvida e meditada na primeira parte da Missa, deve proporcionar

o tempo necessário para a correta preparação dos fiéis em

caminho para a Comunhão. O espírito da primeira Páscoa

permanece o mesmo ao longo dos vinte séculos do cristianismo.

Sempre continuam úteis as recomendações feitas ao povo

católico por um místico pregador da Alemanha no longínquo

século XIV : “Seria bom que houvesse confessores para dizer a

cada um quando pode comungar. Há os que podem comungar

frequentemente, outros a cada oito dias, outros a cada quatro

semanas. (...) Outros podem comungar nas grandes festas,

outros na Páscoa, e é pouco para eles a Quaresma inteira para se

prepararem. Há outros que jamais deveriam comungar, nem uma

só vez em mil anos. Aquele que não lamenta seus pecados, não

quer livrar-se deles, não se examinou a si mesmo, esse na

verdade é culpado para com o Corpo do Senhor (1 Cor 11, 27). É

por isso que entre eles há tantos que são fracos e preguiçosos.

Não sabeis quanto isso é perigoso e terrível. Imaginais que se

trata de uma bagatela? Não, certamente não. Há pessoas que

querem comungar toda semana, não por uma grande inclinação,

mas por hábito, ou então porque vêem os outros agir desse

modo. Não é assim que se deve fazer. Mas uma pessoa desejosa

de ser boa, de guardar- se das causas do pecado, pode muito

bem comungar a cada oito dias, cheia de um receio respeitoso,

não por ser perfeita, mas por causa de sua fraqueza e para não

cair. Sabei, se eu encontrasse uma pessoa que tivesse vivido no

mundo, uma pessoa abominável, mas que se tivesse convertido

verdadeira e completamente, eu lhe daria todos os dias, durante

seis meses, a Santa Comunhão de bom grado, mais do que daria

às pessoas indiferentes (Ap 3, 15s), e extinguiria nela o que há de

mundano” (JOHANNES TAULER, Sermões, SP 1998, 110s).

Pe. Francisco Muchiutti, SAC

Este é o penúltimo da série de doze artigos sobre a Confissão

e a Comunhão.

01. José Antônio Ferreira

Araújo

02. Dario De Barros Vedana

04. Macelo Filoni e Juliana

Grilo Filoni (Casamento)

04. José Luiz Desenzi

04. Jorge Augusto Rossi e

Rosimari Lettieri Rossi

(Casamento)

05. Rogério Armênio

05. Camilla Ferreira Santana

05. Leandro Paulussi

05. Laerte Azevedo Martins e

Ivony Ribeiro De Moura

Martins (Casamento)

06. Yedda Rosalina De Paula

06. Rosiley Marta Leite De

Almeida

06. Ângelo Azevedo Aguiar

06. Ireneu Paulussi e Maria

Lúcia De Souza Paulussi

(Casamento)

07. Etelvina Da Conceição Dos

Santos

07. Aldo Galiano Júnior

08. Maria Da Conceição Dos

Santos

08. Fabrini Costa De Carvalho

10. Wanda De Andrade Capelli

12. Laert Bernardo Santos e

Maria Helena da Silva Santos

(Casamento)

13. Charles Achteor de Souza

Quintana

13. Carlos Alferes Dos Santos

e Cátia Moraes Alferes Dos

Santos (Casamento)

14. Jorge Del Cistia Torras e

Carmem Lúcia M. Torras

(Casamento)

14. Jorge Moraes De Azevedo

15. Ângelo Azevedo Aguiar e

Ana Carmela Potti Azevedo

(Casamento)

15. Homero Luís Antonino e

Maria Lúcia Maradei Antonino

(Casamento).

15. Pina Noto e Michele Noto

(Casamento)

17. Luzia Magnólia Ferreira

17. Roberto Andrade Santos e

Santina De Souza Santos

(Casamento)

18. Elisa Rennó De Souza

18. Jair Faria De Souza

19. Lídia Cerqueira

19. Vanildo De Oliveira

Cavalcanti

19. Carlos Alberto Pagliuso e

Hevely Prado Pagliuso

(Casamento)

21. Maurício Antônio Da Silva

21. Edmilson G. Da Silva e

Deborah Maria Nascimento De

Aquino Silva (Casamento)

22. Maria De Lourdes Paiva

24. Eva Pinheiro Dos Santos

25. Ir. Terezinha Danieli

25. Elza Duraes Ramos

26. Aldora D. C. Bastos Ribeiro

27. Reinaldo Almeida Bonfim e

Nubia De Oliveira Bonfim

(Casamento)

28. Zélia Aparecida Da Silva

29. Francelene De Moura

Novaes

30. Renato Broetto

Parabéns aos aniversariantes

de Dezembro

Fones: 2273.0552 2272.9658

Ao reler o Catecismo Romano, para preparar uma

conferência sobre catequese, despertou a minha atenção

um especial pensamento sobre o tema da esperança,

sobre o qual até agora eu não havia refletido. Os quatro

principais capítulos da catequese (o Credo, os

Mandamentos, os Sacramentos, o Pai Nosso) são

relacionados com as diferentes dimensões da existência

cristã. Do Pai Nosso se afirma que ele nos ensina o que o

cristão deve esperar. Antes de tudo me surpreendeu a

relação entre o Pai Nosso e a esperança, relação que não

faz parte de nossas ideias correntes sobre a teologia da

esperança e a teologia da oração. E, no entanto, no meu

modo de pensar, a observação nos leva a uma grande

profundidade. Na oração se revela com clareza o que é a

esperança.

Compreendemos o que signi f ica rezar se

compreendermos o que é a esperança. E como o Pai

Nosso é a oração normativa por excelência, aqui se

manifesta de forma determinante a relação entre a oração

e a esperança. Vale a pena seguir o caminho desta

observação do Catecismo Romano, porque ouvindo-a

pela primeira vez ela pode parecer estranha e até arbitrária.

O Pai Nosso tem tudo a ver com a esperança, em

virtude do seu conteúdo. Em sua segunda parte, ele dá a

resposta aos temores de cada dia das pessoas e dá a elas

a força para transformar o medo em esperança através

dos pedidos. Os pedidos se referem ao sustento

quotidiano, ao temor diante da maldade que nos ameaça

de tantas maneiras, a paz com o próximo, a paz com Deus,

a libertação do verdadeiro mal que é a queda na

incredulidade e no desespero. Assim, a pergunta pelas

esperanças nos conduz à esperança em si mesma, ao

nosso desejo do paraíso, do Reino de Deus, desejo com o

qual começa a oração do Pai Nosso.

O Pai Nosso é mais que uma lista de conteúdos da

esperança, ele é a esperança em ação: rezá-lo significa

entrar na força dos conteúdos, na força da esperança.

Quem reza é alguém que tem esperança, embora não

esteja ainda em sua plenitude, porque se fosse assim não

precisaria pedir. Quem reza sabe que existe alguém que

tem o poder e a bondade para atender os pedidos. Diz

Josef Pieper: “Quem reza mantem-se aberto para um dom

desconhecido. E mesmo que não seja concedido o que

ele pediu, não considera inútil a sua oração” (Esperança e

História, página 111, nota 32). Por isso, os mestres de

oração não são comunicadores de consolos com

promessas vazias, e sim verdadeiros mestres da

esperança.

JOSEPH RATZINGER (Bento XVI), Obras Completas,

volume X, edição em espanhol (BAC), página 405.

Esperança e oração