o ponto de mutação - quotes

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O Ponto de Mutação – quotes Mais do que introduzir um tempo mecânico, afastado do acaso, do por do sol e da colheita, o relógio mediou a ruptura do homem com a sua natureza. Tornou-se o modelo do cosmos, foi confundido com o próprio cosmos. As pessoas entenderam a natureza como um relógio gogante, não como um organismo vivo, mas uma máquina. Descartes foi o primeiro arquiteto da visão do mundo como um relógio. Uma visão mecanicista que domina os políticos. Visão mecanicista que desmonta a natureza e reduz a um monte de peças simples, analisáveis, fáceis de entender, coloca-as juntas de novo, aí você entende o todo. Não seria essa a descrição do próprio método científico? Em parte, sim. Mas não foi sempre assim. Não antes de Descartes. Quando ele introduziu esse pensamento causou uma ruptura revolucionária com a Igreja. Ele queria saber como o mundo funcionava sem a ajuda do papa. Ele não precisava do papa porque pra ele o mundo era apenas uma máquina. Aí ele ficou fascinado com o relógio e fez dele sua principal metáfora. Ele dizia que considerava o corpo nada mais que uma máquina. Um homem saudável é um relógio bem feito e um homem doente, um relógio mal feito. Soa primitivo, mas funciona tão bem que os cientistas passaram a acreditar que todos os seres vivos não passam de máquinas e isso é falso. Isso tomou conta de tudo, das artes à política. Nada de errado com Descartes, ele foi maravilhoso. Uma dádiva divina para o século XVII. Agora precisamos entender a vida de forma diferente. O pêndulo do relógio foi substituído por um cristal de quartzo. Engrenagens feitas à mão tornaram-se um microchip. A ciência já passou o pensamento mecanicista embora os políticos ainda tenham o relógio na cabeça em vez de um cérebro. Exemplo: Superpopulação. Você não o resolve olhando isoladamente as formas de contracepção. O contraceptivo mais eficaz são ganhos econômicos e sociais, é o que as pesquisas demonstram. No mundo todo (40 mil – verificar) crianças morrem de desnutrição e doenças evitáveis. Agora, agora e agora. As vidas dessas crianças não podem ser vistas isoladamente. Sâo partes de um sistema maior que envolve a economia, o meio ambiente, a dívida dos países pobres. O fardo dos emoréstimos frenéticos não recai

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O Ponto de Mutação – quotes

Mais do que introduzir um tempo mecânico, afastado do acaso, do por do sol e da colheita, o relógio mediou a ruptura do homem com a sua natureza. Tornou-se o modelo do cosmos, foi confundido com o próprio cosmos. As pessoas entenderam a natureza como um relógio gogante, não como um organismo vivo, mas uma máquina.

Descartes foi o primeiro arquiteto da visão do mundo como um relógio. Uma visão mecanicista que domina os políticos. Visão mecanicista que desmonta a natureza e reduz a um monte de peças simples, analisáveis, fáceis de entender, coloca-as juntas de novo, aí você entende o todo. Não seria essa a descrição do próprio método científico? Em parte, sim. Mas não foi sempre assim. Não antes de Descartes. Quando ele introduziu esse pensamento causou uma ruptura revolucionária com a Igreja. Ele queria saber como o mundo funcionava sem a ajuda do papa. Ele não precisava do papa porque pra ele o mundo era apenas uma máquina. Aí ele ficou fascinado com o relógio e fez dele sua principal metáfora. Ele dizia que considerava o corpo nada mais que uma máquina. Um homem saudável é um relógio bem feito e um homem doente, um relógio mal feito. Soa primitivo, mas funciona tão bem que os cientistas passaram a acreditar que todos os seres vivos não passam de máquinas e isso é falso. Isso tomou conta de tudo, das artes à política. Nada de errado com Descartes, ele foi maravilhoso. Uma dádiva divina para o século XVII. Agora precisamos entender a vida de forma diferente. O pêndulo do relógio foi substituído por um cristal de quartzo. Engrenagens feitas à mão tornaram-se um microchip. A ciência já passou o pensamento mecanicista embora os políticos ainda tenham o relógio na cabeça em vez de um cérebro. Exemplo: Superpopulação. Você não o resolve olhando isoladamente as formas de contracepção. O contraceptivo mais eficaz são ganhos econômicos e sociais, é o que as pesquisas demonstram. No mundo todo (40 mil – verificar) crianças morrem de desnutrição e doenças evitáveis. Agora, agora e agora. As vidas dessas crianças não podem ser vistas isoladamente. Sâo partes de um sistema maior que envolve a economia, o meio ambiente, a dívida dos países pobres. O fardo dos emoréstimos frenéticos não recai sobre quem tem contas no estrangeiro ou empresas. Mas sobre os que já não tem nada. Um presidente perguntou: Crianças devem passar fome para pagarmos a dívida? A pergunta foi respondida na prática e a resposta foi “sim”, porque desde então milhares de crianças do terceiro mundo deram a vida delas para pagarem a dívida de seus países e outros milhões ainda pagam a dívida com mentes e corpos subnutridos. No Brasil, destruímos a floresta amazônica à razão de um campo de futebol por segundo para pagar a dívida nacional com gado e terras. Não dá tempo nem de vender a madeira, queimamos logo a floresta. E o desmatamento é uma das principais causas do efeito estufa. Enquanto isso, os EUA, na corrida armamentista. Não dá mais pra olhar problemas globais separadamente. Você até pode consertar uma peça aqui e ali, mas ela vai quebrar de novo porque o que se conecta a ela foi ignorado. É preciso mudar tudo de uma vez, ao mesmo tempo, junto. Ideais, instituições valores. (Olhar pra essas coisas de maneira consciente e alerta não é definitivamente olhar pro lado negativo das coisas.) Temos como resolver? Banco de dados, tecnologia, comunicações são ferramentas. Mas todas as novas tecnologias causam mais problemas do que resolvem. A medicina avançou absurdamente em tecnologia, mas o custo subiu e ela se tornou medicina para os ricos. A saúde pública não melhora, embora pudesse melhorar dramaticamente com a

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simples mudança de hábitos alimentares. EM vez disso, os especialistas estão ocupados com a faricação de corações artificiais. Se nossa agricultura nos alimentasse melhor em vez de desmatar a Amazônia para alimentar gado pra produzir mais e mais carne, que é uma das causas diretas de infartes, talvez não precisássemos gastar tanto dinheiro em corações artificiais. Isso é apenas um exemplo de interconecção.É preciso começar por algum lugar? Por onde? Pela maneira de ver o mundo. Parar de procurar a peça certa pra consertar primeiro. Todos os problemas são fragmentos de uma só crise. UMA CRISE DE PERCEPÇÃO. Bloquear os mecanismos da doença não é curar. Nem tudo o que funciona é bom. E isso não é um sofisma inaplicável para a política. A política é um sistema baseado em pessoas, é a arte de coloca-las em acordo em certos pontos. Se o curso de ações funciona, elas ficam felizes. Mas nem tudo o que funciona é bom. A política deve se tornar a arte do impossível. O órgão substituído no paciente vai voltar a sofrer a tensão que causou o problema em primeiro lugar. A educação sempre será mais barata e menos dolorosa que a cirurgia. Mas o sistema continua encorajando a intervenção e não a prevenção. Ninguém quer condenar aqui o pensamento de descartes. Mas reconecer suas limitações. Ver o mundo como máquina pode ter sido útil por 300 anos, mas esa percepção hoje, além de errada é nociva. Precisamos de uma visão nova, não de um novo modismo. Podemos todos ser extintos com o apertar de u botão. Sujamos cada metro de terra, água e ar. Nada mais está limpo. O Canal da Mancha é um dos mais poluídos do mundo e suas águas são radioativas, contaminadas por uma usina nuclear e suas ostras são famosíssimas. O gado é tratado da maneira mais brutal existente, inundado de química, os pastos acabam com as florestas. Taxar a carne mais alta poderia economizar uma grana pra investir em pesquisa de câncer. Mas o político que o fizer terá 500 obistas derrubando a porta dele enquanto os frigoríficos ajudariam a campana do oponente. Políticos de estados vizinhos infernizariam a vida desse político atrás da carne. Mas se, além disso, ele reduzisse as verbas militares, tentasse cuidar da chuva ácida, e aumentasse subsídios para a pesquisa de energia solar, na próxima eleição não conseguiria um voto. Por isso os políticos continuam pegando alguns pontos “cruciais” fragmentos do todo, e persistem até serem contemplados pela sorte. O resto espera. Faz-se trocas, concessões. É por isso que eu não voto. Políticos aumentam a taxa da carne para consumidores e compensam os criadores comprando a manteiga a preços subsidiados. Evita-se um infarte de um lado e dobra-se do outro. Mas e aí? Dizer ao agricultor e sua família que eles estão fazendo tudo errado e ao comedor de carne que ele está errado? O governo não se atém ao que o povo percebe como suas necessidades? O MUNDO MUDA MAIS RÁPIDO DO QUE A PERCEPÇÃO DAS PESSOAS. Seria um grande desafio político pular o abismo, informar e permitir que nos sintamos responsáveis. De qualquer forma o poveo nem confia mais mesmo nos políticos. EM algumas eleições não mais de 50% das pessoas se dão o trabalho de votar.

Todos tem uma sala de tortura e muitos não sabem. Parece parte da história humana, pra além de Descartes.

Não sei sobre Descartes, mas Francis Bacon julgou bruxas no reinado de Jaime I quando mulheres eram torturadas por usarem medicina popular, adorarem deusas pré cristãs ou apenas por serem estranhas. Eu teria muito provavelmente parado numa fogueira. Bacon não usou metáforas ao escrever que a natureza deveria ser caçada, posta pra trabalhar, escravizada. Até disse que os cientistas com seus aparelhos deviam tortura-la para obter seus

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segredos. Notou como ele se refere à Mãe natureza como mulher? Como se ela não foss nada além de uma bruxa? É correto dizer que uma sala detorturas representa uma crise de percepção. Ela estava aqui antes de Descartes ou Bacon. A violência e a exploração então independem dos paradigmas da percepção? A ciência moderna, a tecnologia, os negócios não fizeram o que Bacon pediu, torturar nosso planeta? Não é a mesma velha ideia patriarcal do homem dominando tudo? Torturamos menos do que a era Glacial, é o argumento dos imbecis. A Terra aguenta, dizem os dementados. Só estamos estudando a camada de ozônio há poucos anos? Esses buracos podem estar aparecendo e sumindo desde sempre, né? A natureza pode ter seus meios de auto-cura desconhecidos e tudo sobre os raios ultra-violetas pode não passar de histeria. Foi o que se disse sobre a floresta alemã há alguns anos, agora mais da metade da floresta negra está morrendo. Não dá mais pra se esquivar. Não dá pra correr risco. Na ilha mais próxima de você as marés estão diminuindo. Por causa do lixo? Dos fertilizantes? Lagos morrem por toda parte e oceanos inteiros estão poluídos. Solo, florestas, águas, mortos. As coisas mudam rápdo nas mãos do homem, a natureza se fragiliza, a chuva se torna ácida. É certo que bruxas delataram bruxas e uma velha escreveu que a maior dádiva divina era a bomba atômica. Os cérebros das mulheres não foram lavados por homens como Patti Hearst. Exemplos não faltam de ambos os lados. Não há razões para a ironia. HÁ dois grandes princípios em todo ser vivo, o masculino, dominador, agressivo e o feminino, nutritivo, cuidador, gentil. O que digo é que esses dois princípios costumavam estar equilibrados e agora o HOMEM criou ferramentas e armas físicas e intelectuais para desequilibrá-os completamente. Demos ferramentas mecanicistas a pessoas sedentas de poder. HOMENS estão fora de controle. Somos todos as vítimas. Qual o risco ou o erro em dar a chance ao outro princípio?

Thinking ecologically gives you a firmer grasp of reality. Gives you strength. Personal empowerment.

O império malign de Descartes? Não. Descartes tinha um sonho. Foi Isaac Newton quem o concretizou, transformou em teoria científica, em poder. “Possa Deus escapar da visão de Isaac Newton.” William Blake. Blake dedicou sua vida a negar através da arte essa visão única e foi julgado louco. Newton era quase um deus na época. Reduzindo todo fenômeno físico ao movimento de partículas, causado pela força da gravidade, ele conseguia descrever o efeito exato da gravidade, em qualquer objeto, com equações precisas. As famosas Leis do Movimento de Newton. E elas são o maior feito da ciência do século XVII, nas mentes certas elas funcionaram lindamente. As equações de Newton explicavam todo o movimento desde a curva balística aos círculos de água. Era um feito tão incrível pra época que as leis de Newton logo foram adotadas como ateoria correta da realidade. As leis definitivas da natureza. O osnho de Descartes do mundo como uma máquina perfeita consumara-se. Isso trouxe inúmeros benefícios às pessoas. Elas podiam fazer coisas com as quais nem sonhavam. E é claro a velha visão do mundo como um organismo vivo sumiu do mapa.

Não é à toa que Turner pintou a luz ou que a luz tenha se tornado a maior inspiração dos impressionistas. A natureza da luz tornou-se uma obcessão para os físicos também. Nenhum deles conseguia entender como a luz do sol alcançava a Terra. PARA ENTENDER A NATUREZA

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DA LUZ È NECESSÁRIO ENTENDER A NATUREZA DA MATÉRIA. Os átomos? Newton achava que os átomos nada mais eram do que uma pequena partícula sólida, mas não foi o que os cientistas viram quando observaram um átomo pela primeira vez. O que eles viram foi totalmente inesperado e chocante. Quando viram que o átomo era feito de partículas ainda menores e muito além disso, que essas partículas se moviam em regiões relativamente VASTAS de espaço vazio. Foi isso o que chocou. Átomos consistem principalmente de espaço vazio. O tamanho deles é tão distante da nossa noção normal de proporção que é muito difícil imaginar os tamanhos e distâncias relativos de suas partículas. Para ver os átomos de uma laranja ela deveria ser aumentada ao tamanho da Terra. Os átomos dela teriam o tamanho de cerejas. O núcleo das cerejas ainda seria invisível. Do tamanho de uma bola de futebol, seu núcleo ainda seria invisível. Do tamanho de uma casa, ainda invisível. Do tamanho de uma ilha, o núcleo seria do tamanho de uma pedrinha. Os elétron, ainda muito menores. Procuraríamos por eles lá na margem da ilha, e o espaço entre eles estaria vazio. Uma pedrinha e uns grãozinhos de areia distantes. Nada. Vazio. E porque não consigo atravessar essa rocha? O que a faz tão sólida? Porque não caímos? Por que tudo não cai e perpassa tudo? Essa é a pergunta óbvia que os físicos tinham que se perguntar. Todos os conceitos newtonianos baseavam-se em coisas que podiam ser vistas ou amo menos visualizadas, mas o que estavam descobrindo nesse mundo estranho e novo eram conceitos que não podiam mais ser visualizados. AO SE DEPARAREM COM OS ABSURDOS FENÔMENOS DA FÌSICA ATÔMICA, tiveram de admitir que não tinham uma linguagem ou mesmo uma forma adequada de pensar nas novas descobertas. Foram obrigados a pensar em conceitos radicalmente novos. Para entender porque a matéria é tão sólida precisaram desafiar até as ideias convencionais sobre a existência da matéria. E após muitos anos de frustração tiveram que admitir que a matéria não existe com certeza em lugares definidos mas sim mostra TENDÊNCIAS a existir. Ao medir um elétron, entre duas medições você não pode dizer que ele está em um determinado lugar ou que percorreu determinado percurso. Ele só dá as caras pra ser medido. Um elétron não se mexe. Um elétron não fica parado no lugar. Ele se manifesta como um padrão de probabilidades espalhado pelo espaço e a forma desse padrão muda com o tempo, o que para a percepção humana pode parecer um movimento. Ele fica espalhado por uma vasta região e ao ser medido coagula-se num pequeno ponto. Todas as partículas subatômicas, elétrons, prótons, neutrons, manifestam essa estranha existência entre potencialidade e realidade. No nível subatômico não há objetos sólidos. A pergunta “o que faz essa rocha tão sólida?” vai além do poder da imaginação. Posso usar equações matemáticas pra explicar, mas não há metáforas possíveis. Como viver num undo não metafórico? Isto é... você tem que perceber a realidade de algum jeito. Tomemos um átomo de silício, com 14 elétrons, dessa rocha. Os padrões de probabilidades destes elétrons dispõe-se como conchas ao redor do núcleo. Cada concha com alguns elétrons. Dentro das conchas os elétrons estão ao mesmo tempo em todos os lugares, mas os padrões em forma de conchas são muito estáveis. Muito difíceis de serem comprimidos. A matéria é sólida porque os padrões de probabilidades são difíceis de comprimir. SE AS PORTAS DA PERCEPÇÃO SE ABRISSEM TUDO PARECERIA COMO É. Blake.

A vida é um bando de probabilidades, então. Probabilidades de que? De interconexões. Não de coisas. As partículas não são como pequenas bolas de bilhar ou grãos de areia. Mas para os físicos elas não tem existência independente. Uma partícula é essencialmente um conjunto de relações que se estendem para se conectarem a outras coisas. Ou melhor a outras conexões

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com outras conexões. Na física atômica nunca se tem objetos. A natureza essencial da matéria não está nos objetos, mas nas conexões. A essência de um acorde lies in the relationships. E a relação entre a duração e a frequência compões a melodia. Relationships make music. Relashioships make matter. Musica das esferas, como Kepler dizia. E sheakespeare antes dele. E Pitágoras antes dele. Essa visão do universo feita de harmonias de sons e relações não é uma descoberta nova. Os físicos de hoje estão apenas provando que o que chamamos de objeto, átomo, molécula ou partículas, é só uma aproximação, uma metáfora. No nível subatômico ela se dissolve em uma série de conexões. Como a música. Há limites entre você e eu? Somos corpos separados? Ou isso é uma ilusão? É tudo uma ilusão. No nível subatômico há uma troca contínua de matéria e energia entre minha mão e a madeira, a madeira e o ar e até entre você e eu. Uma troca real de fótons e elétrons. Somos todos parte de uma teia inseparável de relações. Como tudo isso explica a luz?

Sim, finalmente a luz. A luz não precisa de um meio. Viaja como partícula e também como onda. As partículas de luz, que chamamos fótons, são muito especiais. Diferentes de outras elas nunca ficam paradas. Nem aceleram. Nem desaceleram. Sempre viajam na mesma velocidade. A velocidade da luz. E as ondas não são como ondas comuns, ondas de água, mas padrões abstratos de probabilidades viajando como ondas. E como a luz, muitas outras partículas de alta energia, os raios cósmicos bombardeiam a terra. Todas essas partículas colidem com o ar e criam mais partículas, interagem, criam e destróem outras partículas, e nós estamos no meio da dança cósmica de criação e destruição, todos nós, todo o tempo. Shiva, o deus hindu da dança. Sua dança é o universo, um fluxo contínuo de energia passando por infinitos padrões, que se dissolvem uns nos outros. O que você faz com isso? Contempla.

A bomba tornou o mundo descartável. Jogar lixo no chão manifesta impotência.