O SER E SUAS REPRESENTAÇÕES NAS REDES SOCIAIS: O caso do Orkut.

Thiago Carvalho de Jesus

JUSTIFICATIVA

Como os principais vetores de socialização da cibercultura, analisar as redes sociais é fundamental para a compreensão dos impacto desse “não-lugar” na vida humana.

O Orkut parece ser um palco de um diferente estágio de socialização no ciberespaço, sendo que a sintonia (ou aproximação) entre Ser e representação do Ser se faz quase que na escala do “real”.

Analisar o Orkut é fundamental para se dar os próximos passos na compreensão da relação entre o ser humano e este “não-lugar”.

O PROBLEMA

Será o Avatar no Orkut, uma tentativa de fugir da realidade material?

Será que no campo simbólico o espaço social definido no Orkut não tem o mesmo valor que o palco social?

HIPÓTESE

A representação do ser no Orkut é uma afirmação da identidade construída nos palcos sociais.

OBJETIVO GERAL

Analisar o papel social das representações do Ser no Orkut.

OBJETIVO ESPECÍFICO

b) Compreender a construção simbólica do Avatar no Orkut;

c) Definir as relações entre o Avatar e o Ser em si;

METODOLOGIA

Pesquisa de cunho qualitativo

a) Universo de pesquisa:A rede social (ou site de relacionamento) Orkut, um dos serviços on-line prestados pela empresa Google, hospedada no endereço http://www.orkut.com.

b) Sujeito de pesquisa:Pessoas independentemente do sexo, etnia, religião e classe social, com idade entre 15 e 25 anos, que sejam naturais de Itabuna, Ilhéus e região, que tenham acesso à internet, possuindo um perfil no Orkut, sendo que atualizem regularmente.

c) Coletas de dados:A coleta de dados será feita através da observação participante, observando diariamente o Orkut, analisando e coletando dados das inúmeras ferramentas sociais do site.Para complementar, serão feitas entrevistas com grupos focais para traçar um paralelo com os dados obtidos pela observação participante. As perguntas das entrevistas surgirão do confronto entre referencial teórico e a observação participante.

REFERÊNCIAS BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. 1.ed. Rio de Janeiro: J. Zahar Ed., 2001.

CASSIRER, Ernest. Antropologia Filosófica: Ensaio sobre o Homem - Introdução a uma Filosofia da Cultura Humana. São Paulo. Editora Mestre Jou.1977.

CASTELLS, Manuel. Prólogo: a Rede e o Ser. In: A Sociedade em Rede: A era da informação: economia, sociedade e cultura. Volume I. tradução: Roneide Venâncio majer com a colaboração de Klauss Brandini Gerhadt. 4ºed., São Paulo: Paz e Terra, 1999.

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. 2.ed. São Paulo: UNESP, 1991.

_____. Modernidade e Identidade. 1.ed. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2002.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. 12.ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

GOURHAN, André-Leroi. O gesto e a palavra: 1-Técnica e Linguagem – Editions Albin Michel,. 1964. Tradução de Vitor Gonçalves. Lisboa – Portugal.

LEMOS, André. Cibercultura – Tecnologia e vida social na cultura contemporânea – Porto Alegre: Suliona, 2ºed., 2004.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. (trad. Carlos Irineu da Costa). São Paulo: editora 34, 1999.

MAFFESOLI, Michel. Pequena epistemologia do Mal. In: A parte do diabo. Tradução de Clóvis Marques. – Rio de Janeiro: Record, 2004.

PRADO, José Luiz Aldar (org.). Críticas das práticas midiáticas: da sociedade de massa às ciberculturas. São Paulo. Hackers Editores, 2002.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES