o super persuadvo mp ii

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  • 8/18/2019 O Super Persuadvo MP II

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    Textos de Apoio da Disciplina de O Mundo e a Pessoa II

    INSTITUTO DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

    Compilação de TextosEfectuada por: A. M. Camba

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    Maputo, 2007ÍNDICE

    Introdução ............................................................................................................. 03

    I. Teorias de Ideias .............................................................................................. 041.1 Aparência e

    Realidade ............................................................................................................................. 06

    1.2 Ciência eFilo o!ia ................................................................................................................................... 11

    II. As Noções da Verdade e de

    Moral ........................................................................................................... 1"2.1 #eoria da$erdade .................................................................................................................................. 16

    III. Filosofia e Revolução Cartesiana........................................................................................................... 1%

    IV. Os Idealistas e os Materialistas.............................................................................................................. 21

    V. E isten!ialis"o e Tend#n!iaConte"$or%ne ....................................................................................... 23

    VI. Mito e Reli&ião.......................................................................................................................................... 2&

    Cla i!icação da reli'i(e ....................................................................... 31

    )*+ero de adepto por reli'i(e ......................................................................32

    VII. 'rin!i$ais Correntes reli&iosas .............................................................. 337.1 Cri tiani +o ................................................................................................. 36

    VIII. As Ideias so(re a or&ani)ação da *o!iedade .......................................... 37%.1 r'ani-ação ocial .......................................................................................

    2

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    %.2 r'ani-ação ocial Ro+ana ........................................................................ 42

    I+. 'rin!i$ais Correntes e Ideolo&ias 'ol,ti!as ............................................... 44&.1 Corrente/ol tica ................................................................................................................. 4"

    &.2 Ideolo'ia/ol tica ................................................................................................... 47 "0

    Bibiografia...................................................................................................................................... 51 Filosofia é uma disciplina, ou uma área de estudos, que envolve ainvestigação ,análise , discussão, formação ereflexão de ideias (ou visões de mundo) em uma situaçãogeral, abstracta ou fundamental Originou-se da inquietação gerada pela curiosidadehumana em compreender e questionar os valores e as interpretações comumente aceitas sobra sua própriarealidade. As interpretações comumente aceitas pelo homem constitueminicialmente o embasamento de todo o conhecimento. ssas interpretações !oram adquiridaenriquecidas e repassadas de geração em geração. Ocorreram inicialmente atrav#s dobservação dos !enómenos naturais e so!reram in!lu$ncia das relações humanas estabelecidat# a !ormação da sociedade" isto em con!ormidade com os padrões de comportamentos #ticou morais tidos como aceit%veis em determinada #poca por um determinado grupo odeterminada relação humana.! partir da Filosofia surge a "i#ncia, pois o $omemreorgani%a as inquietações que assolam o campo das ideias e utili%a&se de experimento

    para interagir com a sua pr'pria realidade Assim a partir da inquietação" o homem atrav#sde instrumentos e procedimentos equaciona o campo das hipóteses e e&ercita a ra'ão. (ãorgani'ados os padrões de pensamentos que !ormulam as diversas teorias agregadas aoconhecimento humano. )ontudo o conhecimento cient*!ico por sua própria nature'a torna-ssuscept*vel +s descobertas de novas !erramentas ou instrumentos que aprimoraram o camposua observação e manipulação" o que em ,ltima an%lise" implica tanto na ampliação" quanno questionamento de tais conhecimentos. esteconte&to a !iloso!ia surge como a mãe de

    todas as ci$ncias. /odemos resumirque a filosofia consiste no estudo das característicasmais gerais e abstratas do mundo e das categorias com que pensamos 1. a)0 ente pensar "matéria o que sensibili'a noções como quente ou !rio sobre o realismo "ra%ão lógica "demonstração 1. b) e verdade. /ensamento vem da palavra pistemologia pistemosigni!ica ter )i$ncia lógica signi!ica studo. 3idacticamente" a 4iloso!ia divide-se em0

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Investiga%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lisehttp://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lisehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Discuss%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Reflex%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Id%C3%A9iahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Realidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Investiga%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lisehttp://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lisehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Discuss%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Reflex%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Id%C3%A9iahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Realidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Investiga%C3%A7%C3%A3o

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    Epistemologia ou teoria do conhecimento trata da crença, da *ustificação e docon+ecimento

    Ética trata do certo e do errado, dobem e domal

    Filosofia da Arteou Estética: trata dobelo .

    L gica trata da preservação da verdade e dos modos de se evitar ainfer#ncia eracioc nioinválidos

    !etafísica ou ontologia trata da realidade, do ser e donada - c)

    "eoria das #deias

    (ócrates mostrara no conceito o verdadeiro ob6ecto da ci$ncia. /latão apro!unda-lhe a teoria procura determinar a relação entre o conceito e a realidade !a'endo deste problema o ponto d partida da sua !iloso!ia.

    ! ci#ncia é ob*ectiva. ao con+ecimento certo deve corresponder a realidade /ra, de umlado, os nossos conceitos são universais, necessários, imutáveis e eternos (ócrates " do

    7

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Epistemologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cren%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Justifica%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Malhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_da_Artehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Belezahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Verdadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Infer%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Racioc%C3%ADniohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metaf%C3%ADsicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ontologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ontologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Realidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Realidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Realidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Serhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Epistemologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cren%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Justifica%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bemhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Malhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Malhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_da_Artehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9ticahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Belezahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Belezahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Verdadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Infer%C3%AAnciahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Racioc%C3%ADniohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metaf%C3%ADsicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ontologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ontologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Realidadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Serhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Nada

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    outro"tudo no mundo é individual, contingente e transit'rio 8eraclito . 3eve" logo"e&istir" al#m do !enomenal" um outro mundo de realidades" ob6ectivamente dotadas mesmos atributos dos conceitos sub6ectivos que as representam. stas realidades chamam- Ideias. As ideias não são" pois" no sentido platónico" representações intelectuais" !ormabstractas do pensamento" são realidades ob6ectivas" modelos e arqu#tipos eternos de quecoisas vis*veis são cópias imper!eitas e !uga'es. Assim aideia de homem # o homem abstracto per!eito e universal de que os indiv*duos humanos são imitações transitórias e de!eituosas.

    0odas as ideias existem num mundo separado, o mundo dos intelig veis, situado naesfera celeste A certe'a da sua e&ist$ncia !unda-a /latão na necessidade de salvar o valor ob6ectivo dos nossos conhecimentos e na import9ncia de e&plicar os atributos do ente /arm#nides " sem" com ele" negar a e&ist$ncia do fieri. :al a c#lebre teoria das ideias" alma detoda !iloso!ia platónica" centro em torno do qual gravita todo o seu sistema.

    A !etafísica

    !s 1deias

    / sistema metafísico de 2latão centrali%a&se e culmina no mundo divino das ideias; e

    estas contrapõe-se amatéria obscura e incriada. ntre as ideias e a mat#ria estão o Demiurgoe as almas" atrav#s de que desce das ideias + mat#ria aquilo de racionalidade que nestmat#ria aparece.

    / di$ino plat'nico é representado pelo mundo das ideias e especialmente pela ideia doBem, que está no vértice ! exist#ncia desse mundo ideal seria provada pela necessidadede estabelecer uma base ontol'gica, um ob*ecto adequado ao con+ecimento conceptual.

    sse conhecimento" ali%s" se impõe ao lado e acima do conhecimento sens*vel" para po

    e&plicar verdadeiramente o conhecimento humano na sua e!ectiva realidade. " em geralmundo ideal # provado pela necessidade de 6usti!icar os valores" o dever ser" de que este nomundo imper!eito participa e a que aspira.

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    serão universais" imut%veis. Al#m disso" as ideias terão aquela mesma ordem lógica dconceitos" que se obt#m mediante a divisão e a classi!icação" isto #" são ordenadas em sistehier%rquico" estando no v#rtice a ideia do =em" que # papel da dial#ctica lógica reontológica esclarecer. )omo a multiplicidade dos indiv*duos # uni!icada nas ideiarespectivas" assim a multiplicidade das ideias # uni!icada na ideia do =em. >ogo" a ideia d=em" no sistema platónico" # a realidade suprema" donde dependem todas as demais ideiastodos os valores #ticos" lógicos e est#ticos que se mani!estam no mundo sens*vel; # osem o qual não se e&plica o vir-a-ser.

    /ortanto" deveria representar o verdadeiro 3eus platónico. o entanto" para serverdadeiramente tal" !alta-lhe a personalidade e a actividade criadora. 3esta personalidade actividade criadora - ou" melhor" ordenadora - #" pelo contr%rio" dotado o 3emiurgo o qembora superior + mat#ria" # in!erior +s ideias" de cu6o modelo se serve para ordenar a mate trans!ormar o caos em cosmos.

    !s !lmas

    Aalma" assim como o 3emiurgo" desempenha papel de mediador entre as ideias e a mat#ria"qual comunica o movimento e a vida" a ordem e a harmonia" em depend$ncia de uma acçdo 3emiurgo sobre a alma. Assim" deveria ser" tanto no homem como nos outros seres porquanto /latão # um pampsiquista" quer di'er" anima toda a realidade. le" todavia" d%alma humana um lugar e um tratamento + parte" de superioridade" em vista dos seuimpelentes interesses morais e asc#ticos" religiosos e m*sticos. Assim # que considera elealma humana como um ser eterno coeterno +s ideias" ao 3emiurgo e + mat#ria " de natuespiritual" intelig*vel" ca*do no mundo material como que por uma esp#cie de queda origi

    de um mal radical. 3eve portanto" a alma humana" libertar-se do corpo" como de um c%rceesta libertação" durante a vida terrena" começa e progride mediante a !iloso!ia" queseparação espiritual da alma do corpo" e se reali'a com a morte" separando-se" então" nrealidade" a alma do corpo.

    ?

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    A !aculdade principal" essencial da alma # a de conhecer o mundo ideal" transcendentacontemplação em que se reali'a a nature'a humana" e da qual depende totalmente a acçãomoral. ntretanto" sendo que a alma racional #" de !ato" unida a um corpo" dotado actividade sensitiva e vegetativa" deve e&istir um princ*pio de uma e outra. (egundo /latãtais !unções seriam desempenhadas por outras duas almas - ou partes da alma0 airascível

    *mpeto " que residiria no peito" e aconcupiscível apetite " que residiria no abdómen - assimcomo a alma racional residiria na cabeça. aturalmente a alma sensitiva e a vegetativa sãosubordinadas + alma racional. >ogo" segundo /latão" a união da alma espiritual com o corpoe&tr*nseca" at# violenta. A alma não encontra no corpo o seu complemento" o seu instrumeadequado. @as a alma est% no corpo como num c%rcere" o intelecto # impedido pelo senda visão das ideias" que devem ser trabalhosamente relembradas. diga-se o mesmo d

    vontade a respeito das tend$ncias. " apenas mediante uma disciplina asc#tica do corpo" qumorti!ica inteiramente" e mediante a morte libertadora" que desvencilha para sempre a alma corpo" o homem reali'a a sua verdadeira nature'a0 a contemplação intuitiva do mundo ideal.

    / undo

    / mundo material, o cosmos plat'nico, resulta da s ntese de dois princ pios opostos, asideias e a matéria O 3emiurgo plasma o caos da mat#ria no modelo das ideias eternas"introdu'indo no caos a alma" princ*pio de movimento e de ordem.O mundo, pois, está entre o ser (ideia) e o não-ser (matéria), e é o devir ordenado,como o adequado conhecimentosens*vel est% entre o saber e o não-saber" e # a opinião verdadeira.%. b) )on!orme acosmologia pampsiquista platónica" haveria" antes de tudo" uma alma do mundo e" depo partes da alma" dependentes e in!eriores" a saber" as almas dos astros" dos homens" etc.

    / dualismo dos elementos constitutivos domundo material resulta do ser e do não-ser" da

    ordem e da desordem" do bem e do mal" que aparecem no mundo 3a ideia - ser" verdade" bondade" bele'a - depende tudo quanto h% de positivo" de racional no vir-a-ser da e&peri$nc

    3a matéria & indeterminada, informe, mutável, irracional, passiva, espacial & depende, aocontrário, tudo que +á de negativo na experi#ncia "onsoante a astronomia plat'nica, omundo, o universo sens vel, são esféricos A terra est% no centro" em !orma de es!era e" ao

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    redor" os astros" as estrelas e os planetas" cravados em es!eras ou an#is rodantes" transparene&plicando-se deste modo o movimento circular deles.

    No seu con unto, o mundo físico percorre a evolu!ão grande, um ciclo de de" mil anos, nã

    no sentido do progresso, mas no da decad#ncia, terminados os quais, c$egado o grande anodo mundo, tudo recome!a de novo% & a clássica concep!ão grega do eterno retorno, cone'ao clássico dualismo grego, que domina tam ém a grande concep!ão plat nica% Arist teles.

    - - !par#ncia e realidade

    =ertrand Bussell

    8% algum conhecimento tão certo que nenhum homem ra'o%vel possa dele duvidarC questão" que + primeira vista parece !%cil" # na realidade uma das mais di!*ceis que se po!a'er. Duando tivermos compreendido as di!iculdades com que se de!ronta uma resposta clare segura" estaremos bem lançados no estudo da !iloso!ia E uma ve' que a !iloso!ia # apenas atentativa de responder a estas questões !undamentais" não descuidadamente edogmaticamente" como !a'emos na vida quotidiana e mesmo nas ci$ncias" mas criticamentapós termos e&plorado tudo o que torna estas questões embaraçosas e termos compreendidtoda a vague'a e con!usão que sub6a'em +snossas ideias $ulgares.

    &a $ida quotidiana assumimos como certas muitas coisas que' se as e(aminarmos melhor'descobrimos serem t o contradit rias que s uma refle( o demorada permite que saibamosem que acreditar. a busca da certe'a # natural que comecemos pelas nossas e&peri$nciasimediatas e" num certo sentido" sem d,vida que o conhecimento deriva delas. F" no entant poss*vel que este6a errada qualquer a!irmação acerca do que as nossas e&peri$ncias imedi

    nos permitem conhecer. /arece-me que estou agora sentado numa cadeira" diante duma mescom determinada !orma" sobre a qual ve6o !olhas de papel manuscritas ou impressas. *e $irar a cabe+a' $e,o pela ,anela alguns edifícios' as nu$ens e o *ol . Acredito que o (ol est% a cercade cento e cinquenta milhões de quilómetros da :erra; que # um globo quente muitas ve'esmaior do que esta; que"de$ido - rota+ o terrestre' nasce todas as manh s' e continuar no futuro a fa/0 lo por um tempo indeterminado. Acredito que" se outra pessoa normal entrar

    G

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    nos meus aposentos" ver% as mesmas cadeiras" as mesmas mesas" livros e pap#is que eu veque a mesa que ve6o # a mesma cu6a pressão sinto no meu braço."udo isto parece ser t oe$idente que nem merece a pena referi lo" e&cepto em resposta a quem duvide de queconheço alguma coisa. Apesar disso"tudo o que afirmei pode ser submetido a uma d,vidara'o%vel ee(ige uma discuss o cuidadosa antes que possamos estar absolutamente certosda sua $erdade.

    /ara tornar óbvias estas di!iculdades" concentremos a nossa atenção na mesa. /ara a vista amesa # oval" castanha e brilhante" enquanto para o tacto # lisa" !ria e dura e" quando se bate" emite um som a madeira.Dualquer pessoa que a ve6a" sinta e oiça estar% de acordo com esta descrição e" pconseguinte" poder% parecer que não e&iste aqui a mais pequena di!iculdade; no entanto" aque tentemos ser mais precisos" os nossos problemas começarão .

    Embora eu acredite que toda a mesa é 2realmente3 da mesma cor' as partes que reflectem alu/ parecem mais brilhantes que as outras e algumas' de$ido - lu/ reflectida' chegam a parecer brancas.

    (ei que se me mover" as partes que re!lectirão a lu' não serão as mesmas e que a distribuiçãaparente das cores na mesa mudar%. /or conseguinte"se $ rias pessoas esti$erem a olhar para a mesma mesa no mesmo momento' nenhuma delas $er e(actamente a mesmadistribui+ o de cores" porquenenhuma delas a poder $er e(actamente do mesmo ponto de$istae" qualquer mudan+a de ponto de $ista' pro$oca mudan+as na forma como a lu' #re!lectida./ara a maior parte das nossas !inalidades pr%ticas estas di!erenças não são importantesembora o se6am para o pintor. O pintor tem de perder o h%bito de pensar que as cois

    parecem ter a cor que o senso comum di' que HrealmenteI t$m e aprender a ver as coisacomo aparecem. is aqui a origem duma das distinções que mais di!iculdades causa em!iloso!ia0a distin+ o entre 2apar0ncia3 e 2realidade3' entre o que as coisas parecem ser e oque s o.O pintor quer saber o que as coisas parecem ser" enquanto o homem pr%tico e !ilóso!o dese6am saber o que são. )ontudo" o dese6o do !ilóso!o por este saber # mais !orte q

    J

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    o do homem pr%tico e igualmente mais a!ectado pelo conhecimento das di!iculdades eresponder + questão.

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    todos os pontos de vista" como se tivesse dois 9ngulos agudos e dois 9ngulos obtusos. (e olados opostos são paralelos" irão parecer convergir num ponto a!astado do observador; se sde e&tensão id$ntica" o lado mais pró&imo ir% parecer maior. Leralmente não apercebemos destas coisas quando olhamos para uma mesa porque a e&peri$ncia ensinou-na construir a !orma HrealI a partir da !orma aparente e" como homens pr%ticos" o que interessa # a !orma HrealI. @as a !orma HrealI não # o que vemos" # algo in!erido do quvemos. o que vemos" + medida que nos movemos na sala muda constantemente de !orm pelo que" uma ve' mais" parece que os sentidos não nos mostram a verdade sobre a próprmesa" mas apenas sobre a apar$ncia da mesa.

    3eparamo-nos com di!iculdades an%logas quando e&aminamos o sentido do tacto. ão hd,vida que a mesa produ' sempre em nós uma sensação de dure'a e que sentimos a suaresist$ncia + pressão. o entanto" a sensação que temos depende da !orça e da parte do corcom que pressionamos a mesa. ão se pode supor" portanto" que as sensações di!erentes qresultam das pressões di!erentes ou das partes do corpo di!erentes" revelemdirectamenteuma propriedade espec*!ica da mesa" mas que" na melhor das hipóteses" se6am sinaisde alguma propriedade que talve'cause todas as sensações" embora não apareça e!ectivamente emnenhuma delas. o mesmo se aplica de !orma ainda mais óbvia aos sons produ'idos percutindo a mesa.

    :orna-se desta !orma evidente que a mesa real" se e&iste" não # id$ntica + de que teme&peri$ncia imediata pela visão" pelo tacto ou pela audição. 3a mesa real" se e&iste" não temqualquer conhecimentoimediato" embora deva ser obtida por in!er$ncia a partir daquilo deque temos conhecimento imediato. Msto d% origem simultaneamente a duas questões bastdi!*ceis" a saber0 1

    &iste uma mesa realC 2 (e sim" que esp#cie de ob6ecto pode serC A posse de alguns tersimples" cu6o signi!icado se6a de!inido e claro" a6udar-nos-% a e&aminar estas ques)hamaremos Hdados dos sentidosI +s coisas de que temos conhecimento imediato nasensação0 coisas como cores" sons" cheiros" dure'as" rugosidades" etc. )hamaremHsensaçãoI + e&peri$ncia de ter imediatamente consci$ncia destas coisas. Assim" sempre vemos uma cor" temos uma sensaçãoda cor" mas a própria cor # um dado dos sentidos" nãouma sensação. A cor # aquilode que estamos imediatamente conscientes" e a própria

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    consci$ncia # a sensação. F evidente que se viermos a saber algo acerca da mesa" deve ser pinterm#dio dos dados dos sentidos E a cor castanha" a !orma oval" a lisura" etc. E queassociamos com a mesa; mas pelas ra'ões 6% e&postas" não podemos di'er que a mesaé osdados dos sentidos" ou mesmo que os dados dos sentidos são propriedades directas da mes(urge deste modo o problema da relação entre os dados dos sentidos e a mesa real" supondque e&iste uma tal coisa. )hamaremos + mesa real" se e&iste" Hob6ecto !*sicoI. conseguinte" temos de e&aminar a relação entre os dados dos sentidos e os ob6ectos !*sicos 5colec+ o de todos os ob,ectos físicos chama se 2matéria3.

    Assim' as nossas duas quest6es podem ser reafirmadas da seguinte forma: 1) E(istematéria7 %) *e sim' qual é a sua nature/a7 8 9ispo 9er ele; ? 1@? ) !oi o primeiro!ilóso!o a dar destaque +s ra'ões para que neguemos a e&ist$ncia independentemente do

    ob6ectos imediatos dos nossos sentidos.

    A sua obra "r0s 4i logos entre B;las e Chilonous' em 8posi+ o aos Dépticos e Ateus procura pro$ar que n o e(iste matéria e que o mundo é constituído apenas pelas mentes eas suas ideias. *+las tin$a até esse momento acred itado na mat#ria" mas não # advers%rio para /hilonous" que o leva ine&oravelmente a cair em contradições e parado&os" e !a'negação da mat#ria parecer" no !im" quase senso comum. Os argumentos usados são de vamuito desigual0 alguns são importantes e correctos; outros são con!usos ou cavilosos. @

    =erNele possui o m#rito de ter mostrado que se pode negar sem absurdo a e&ist$ncia mat#ria" e que" se h% coisas que e&istem independentemente de nós" não podem ser os ob6imediatos das nossas sensações.

    8 problema da e(ist0ncia da matéria en$ol$e duas quest6es diferentes que é importantedistinguir com clare/a. &ormalmente entendemos por 2matéria3 algo oposto a 2mente3'algo que ocupa espa+o e é completamente incapa/ de qualquer espécie de pensamento ouconsci0ncia. F principalmente neste sentido que =erNele nega a mat#ria; isto #" ele não negque os dados dos sentidos que normalmente consideramos como sinais da e&ist$ncia da mese6am realmente sinais da e&ist$ncia dealgo independente de nós" mas nega que este algo se6anão mental" que não se6a a mente ou as ideias concebidas por uma mente. le admite que dehaver algo que continue a e&istir quando abandonamos o aposento ou !echamos os olhos"que aquilo a que chamamos ver a mesa nos d% ra'ões para crermos em algo que persis

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    mesmo quando não o estamos a ver. @as pensa que este algo não pode ter uma nature'aradicalmente di!erente daquilo que vemos" e que não pode ser completamente independenda visão" embora deva ser independente danossa visão. F assim levado a olhar a mesa HrealIcomo uma ideia na mente de 3eus. sta ideia tem a perman$ncia e a independ$ncia emrelação a nós e&igidas" sem ser E como de outro modo a mat#ria seria E algo totalmenteincognosc*vel" no sentido em que a podemos apenas in!erir mas nunca podemos tdirectamente e imediatamente consci$ncia dela.

    8ouve outros !ilóso!os depois de =erNele a a!irmar tamb#m que" embora a e&ist$ncia mesa não dependa dela ser vista por mim" depende de ser vista ou de algum modo apreendna sensação poruma mente E não necessariamente a mente de 3eus" mas com maior !requ$ncia a mente coletiva do universo. )omo =erNele " de!endem esta posição principalmente porque pensam que não pode e&istir nada real E ou" em todo o caso" nada qse saiba s$-lo E e&cepto as mentes com os seus pensamentos e sentimentos. /odemos!ormular o argumento com que sustentam a sua posição mais ou menos assim0 H:udo o qu pode ser pensado # uma ideia na mente da pessoa que a pensa; portanto" só ideias nas ment podem ser pensadas; portanto" qualquer outra coisa # inconceb*vel" e o que # inconceb*vel pode e&istir. P m minha opinião este argumento # !alacioso; e" obviamente" aqueles quempregam não o e&pressam de !orma tão concisa ou grosseira. @as v%lido ou não"

    argumento com uma ou outra !orma tem sido amplamente usado" e muitos !ilóso!os" talve'maioria" sustentaram que só as mentes e as suas ideias são reais. A estes fil sofos chama se2idealistas3. Duando e&plicam a mat#ria" ou di'em" como =erNele " que a mat#ria # de !acapenas uma coleção de ideias" ou di'em" como >eibni' 1?7?-1 1? " que o que aparece commat#ria # de !acto uma coleção de mentes mais ou menos rudimentares.

    !as estes fil sofos' embora neguem a matéria enquanto oposta - mente' admitem na'contudo' noutro sentido. ecordemos as duas quest6es que fi/emos: 1) E(iste uma mesa

    real7 %) *e sim' que espécie de ob,eto pode ser7 8ra' tanto 9er ele; como Leibni/ admitemque e(iste uma mesa real' mas 9er ele; di/ que ela consiste em certas ideias na mente de 4eus e Leibni/ di/ que é uma col nia de almas. /ortanto" ambos respondem pela a!irmativa+ primeira questão e divergem da visão das pessoas comuns apenas na resposta + segunda. verdade" quase todos os !ilóso!os parecem concordar com a e&ist$ncia de uma mesa requase todos concordam que" por muito que os nossos dados dos sentidos E a cor" a !orma"

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    lisura" etc. E possam depender de nós" a sua ocorr$ncia #" todavia" um sinal de algo que&iste independentemente de nós" algo que talve' di!ira completamente dos nossos dados dsentidos e" apesar de tudo" se6a olhado como a causa desses dados dos sentidos sempre qestamos numa relação apropriada com a mesa real.

    Obviamente" este ponto em que os !ilóso!os concordam E a posição de quee'iste uma mesareal" qualquer que se6a a sua nature'a E # de import9ncia vital" e vale a pena e&aminar qra'ões temos para aceitar esta posição antes de abordarmos a questão da nature'a da mesareal. /or este motivo" o pró&imo cap*tulo tratar% das ra'ões para supormos que e&iste umesa real. Antes de avançarmos ser% bom que e&aminemos brevemente o que descobrimosagora.

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    . oposi!ão tradicional entre apar#ncia e realidade tem sua origem na /récia antiga, percorrendo so formas diversas toda a $ist ria da filosofia% No que se segue farei ume'posi!ão dos principais desdo ramentos $ist ricos da distin!ão, tendo em vista investigar a sua rela!ão com quest0es epistemol gicas%

    . palavra 1apar#ncia (em grego 1p$ain menon , em latim 1apparentia , em alemão‟ ‟ ‟

    12rsc$einung ) significa 3o que se mostra4, ou ainda, 3o que é directamente dado4,‟

    aplicando-se geralmente a conte5dos da consci#ncia, especialmente a impress0es sensíveis%apar#ncia distingue-se tradicionalmente da realidade ou do ser% *á na $ist ria da filosofiaduas maneiras simetricamente opostas de se entender a rela!ão entre apar#ncia e realidade%6egundo a primeira, a apar#ncia oculta a realidade% ara a segunda maneira de entender arela!ão, a apar#ncia manifesta ou revela a realidade% 6egundo a primeira concep!ão, aapar#ncia o scuresce ou distorce a realidade, tornando-a irrecon$ecível naquilo que ela é7nesse caso, con$ecer é li ertar-se da apar#ncia que se op0e 8 verdade% Nic$olas . agnan(6ão aulo9 :estre ;ou, ?)% Na $ist ria da filosofia, no primeiro entendimento da rela!ãoentre apar#ncia e realidade, usca-se atingir um sa er mais firme, que camin$e contra asapar#ncias, contra as opini0es dos sentidos, as cren!as populares e míticas% No segundoentendimento da rela!ão o que se procura é, pelo contrário, levar em conta as apar#ncias,recon$ecendo que é na apar#ncia que se manifesta, de algum modo, a pr pria realidade%

    1. 8rigem da distin+ o em Carménides

    O contraste entre apar#ncia e realidade foi pela primeira ve" esta elecido de modo nítido por arménides% 2m seu poema Da Nature"a, a deusa da usti!a aparece ao fil sofo, anunciandlogo ap s ao pr logo9 & preciso que de tudo te instruas9 da verdade ro usta o s lido @mae dos mortais as opini0es, em que não $á fé verdadeira% Aontudo, tam ém isso aprenderáque a diversidade das apar#ncias deve revelar uma presen!a que merece ser rece ida, penetrando tudo totalmente% (Da Nature"a, pr logo) . deusa parece estar indicando tr#scamin$os9o camin$o do con$ecimento de uma verdade a soluta7 o camin$o da opinião fala" (do'a fala"), i%e%, da falsidade e do erro, e o camin$o da opinião plausível (do'a plausível)%

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    oposi!ão entre os dois camin$os é e'plicada pela deusa logo a seguir9 O primeiro di" que o ser é e que o não ser não é7 esse é o comin$o da convic!ão, pois condu" 8 verdade%

    O segundo, que não é, é, e que o não-ser é necessário7 esta via, digo-te, é imperscrutável

    pois não podes con$ecer aquilo que não é - isso é impossível - nem e'pressá-lo em palavras% .o e'plicar o primeiro camin$o, o camin$o do ser, a Deusa e'p0e o grande princípio de arménides, que poderíamos parafrasear como O ser é e não pode não ser7 o não ser não é enão pode ser de modo algum%

    /arm#nides 6usti!ica esse princ*pio considerando que tudo o que algu#m pensa e di' # e qunão se pode pensar o que não #. 3onde" pensar e ser coincidem. F pelo pensar que /arm#nidederiva o conhecimento das diversas propriedades !undamentais do ser0 o ser # incriado" po

    se !osse criado teria sido gerado do não ser" que # absurdo" posto que o não ser não #" e !osse derivado do ser ele 6% seria" não tendo sido criado. O ser # incorrupt*vel" pois comnão ser não #" o ser não pode ir para o não-ser. O ser não tem passado" pois esse dei&ou de nem !uturo" que ainda não #0 ele # eterno presente" sem in*cio ou !im. )onsequentementeser # imut%vel e imóvel" pois toda mudança" todo o vir-a-ser pressupõe o não-ser.

    %.Clat o e o saber intermedi rio

    latão, como fica claro em sua refuta!ão do $omo mensura pitag rico, interpretado como aafirma!ão de que o con$ecimento se redu" 8 sensa!ão de cada indivíduo, nega aidentifica!ão entre apar#ncia e ser% Isso não é sem ra"ão, posto que a doutrina das ideiasc$ave da filosofia plat nica, é de inspira!ão parmenídica% . diferen!a principal é que nolugar do ser 5nico, latão coloca uma estrutura $ierárquica, constituída por umamultiplicidade de formas ou ideias% .s ideias são o ser, a realidade% O mundo das coisavisíveis, o mundo das apar#ncias, não é, contudo, totalmente destituído de realidade ou de ser% 2le é real, na medida em que é constituído de c pias das ideias, na medida de su participa!ão no reino das ideias% latão completa essa ontologia com uma teseepistemol gica9 a de que o con$ecimento é proporcional ao ser%

    .Arist teles e a neutralidade das apar0ncias

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    .rist teles possui, como é sa ido, uma ontologia diversa da de latão, na qual as ideias ou formas estão nas coisas sensíveis e são e'traídas da o serva!ão por um processo dea strac!ão% Não $á lugar, pois, para um acesso directo 8s ideias através de anamnese% Aomconsequ#ncia, a apar#ncia sensível gan$a import@ncia, pois s através dela c$egamos 8ideias, ao ser, 8 realidade% .lém disso, as formas não são algo que está oculto so ou acimadas apar#ncias, mas algo que está nelas e que precisa ser a straído pelo intelecto% Da porque muitos atri uem a .rist teles a defesa de uma concep!ão epistemol gica c$amada derealismo directo9 n s podemos ter imediato acesso 8 realidade como a forma que está nos fen menos o servados% 2is uma passagem onde .rist teles que parece confirmá-lo/eralmente, de todas as percep!0es podemos di"er que é o poder de rece er no su eito as formas sensíveis das coisas, mas sem a matéria, do mesmo modo que um peda!o de cera, qu

    toma a forma de um anel de sinete, mas sem o ferro ou o ouro% (De .nima) & importante e .rist teles a tese da neutralidade das apar#ncias% .s apar#ncias, tanto como sensa!0esquanto como imagens, podem ser tanto verdadeiras quanto falsas% 6e as apar#ncias fossem sempre verdadeiras, então os son$os seriam realidade (:etafísica, IB C,

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    maneira que poderíamos denominar Efenomenol gicaE, envolta por uma densa névoret rica% *egel continua, como idealista, considerando o fen meno em rela!ão ao $omemmas re eita a suposi!ão da coisa em si, vendo na apar#ncia fenom#nica a pr pria ess#nciadas coisas9 a apar#ncia identifica-se 8 ess#ncia% . apar#ncia é a ess#ncia que e'iste em suaimediaticidade% .s posi!0es de *usserl e *eidegger são semel$antes a essa, em ora sem arefer#ncia 8 su ectiva!ão idealista% *usserl passou a conce er o fen meno como aquilo q se manifesta F não ao $omem, mas F em si mesmo, na sua ess#ncia, ao menos ap s aplica!ão do método fenomenol gico% 2ntão o fen meno torna-se revela!ão da ess#ncia%

    - 3 "i#ncia e Filosofia

    Iniciamos com este artigo uma coluna cu o assunto será a considera!ão das rela!0es m5tuasentre os desenvolvimentos da ci#ncia e da filosofia%

    Ii$emos em uma época na qual os fil sofos' em sua maioria' est o muito afastados doscientistas. Bistoricamente' ci0ncia e filosofia surgiram ,untas e durante muito tempo seconfundiram7 a pr pria física come!ou como filosofia natural% G medida em que o temp passou, e a ci#ncia gan$ou uma comple'idade cada ve" maior, e nossa compreensão domundo e do universo - pelo menos a nível fenomenol gico - se e'pandiu, porém, uma

    actividade ficou cada ve" mais distinta da outra% G medida em que o territ rio da ci#ncia e'pandiu, suas fronteiras - para além das quais está a metafísica e a filosofia - pareceramcada ve" mais distantes, para muitos, da quase totalidade da actividade científica% Dessmodo, c$egamos a uma cisão suspeitíssima na qual acredita-se que é possível produ"irci#ncia de alta qualidade sem nunca gerar qualquer pensamento filos fico novo e que se possível filosofar so re a realidade (supondo que e'ista uma) sem con$ecer ou se reportar 8ci#ncia%

    Ora, em am os os sentidos estamos cometendo erros crassos, e pre udicando - em certocasos impedindo - tanto o progresso da ci#ncia como o da filosofia% or um lado, a ci#ncnão pode avan!ar - ou sequer e'istir - sem a filosofia% .s estruturas filos ficas, conscientesou não, constituem a ferramenta através da qual tentaremos interpretar a realidade - e issovale tanto para um e é recém nascido como para um grupo de pesquisa em física nuclear .té aí, poderíamos conce er a filosofia como fundamento implícito mas dissociado do

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    o ecto da ci#ncia% 6 que o con$ecimento não consiste apenas em preenc$er com percep!e e'peri#ncias uma forma á pronta% .o contrário, os grandes saltos de compreensão se dãoquando reformulamos nossas formas (geralmente ao depararmos com percep!0es que não sa emos onde encai'ar)% De fato, o tipo de con$ecimento que a ci#ncia pretende o ter soa realidade está muito mais nas estruturas que desco re serem 3adequadas4 para interpretá-la do que no ac5mulo infinito de percep!0es% .ssim, todo grande avan!o na ci#ncia - aqueletipo de avan!o que alarga suas fronteiras - não s requer mas consiste em uma mudan!a nasestruturas filos ficas através das quais pensamos a realidade%

    or outro lado, em particular pelo e'posto acima, a filosofia não pode ficar al$eia aosavan!os da ci#ncia% G medida em que a ci#ncia avan!a, ela penetra em domínios que ante pertenciam 8 filosofia% Nossa apreensão da realidade se altera através das eras e, aos poucos, quest0es que antes pertenciam por e'cel#ncia ao domínio do de ate filos fico puro, demarcavam até mesmo os limites do cognoscível, passam a poder ser tratadascientificamente% Dessa forma, quest0es como 3Hue são as estrelas 4, 3O que é a lu" 36erá o universo infinito 4, 3De onde surgiram os seres $umanos 4, 3O tempo passa coma mesma velocidade em todos os lugares 4 que em diferentes épocas á foram - e facilmenesquecemo-nos disso - quest0es filos ficas, $o e são tratadas pela ci#ncia% al mudan!a situa!ão não impede incurs0es da filosofia pura em nen$um desses assuntos - porém é

    fundamental que quem se dispon$a a fa"#-las considere - e para tanto precisará con$ec#-los-os argumentos científicos relevantes% ;á outras quest0es como 3O que é o em 4, 3 or questamos aqui 4, 32'iste um Deus 4, 3O futuro está predeterminado 4, ainda $o e são,eminentemente, compet#ncia da filosofia% alve" algum dia se torne possível tratá-las n@m ito da ci#ncia, talve" não7 a filosofia é mesmo mais a rangente que a ci#ncia%entanto, o fil sofo deve perce er que as desco ertas científicas revolucionárias não apenaapresentam consequ#ncias filos ficas profundas, mas mais do que isso, consistem em

    reformula!0es filos ficas, e muito em fundamentadas%

    . ci#ncia e'pandiu-se tanto nos 5ltimos séculos que muitas ve"es fil sofos e cientistas perdemde vista que são actividades com uma fronteira - frequentemente ne ulosa - em comum, e ququanto mais a filosofia fala so re a realidade concreta, mais pr 'ima ela está da ci#ncia,assim como quanto mais a ci#ncia se universali"a, mais pr 'ima está da filosofia pura%

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    retender con$ecer a realidade e fa"er ci#ncia sem empregar a filosofia é como tentar construir a co ertura de um prédio antes de lan!ar as funda!0es% orém, fa"er filosofiaignorando a ci#ncia é como estudar o pro lema genérico das funda!0es ignorando osarran$a-céus que á estão construídos por aí%

    or mais forte e clara que se a essa liga!ão, $á porém uma forma de sa otá-la, que desfrutade considerável popularidade 9 negar não s a acessi ilidade mas a pr pria e'ist#ncia deuma realidade o ectiva, concreta, suposi!ão ásica sem a qual a ci#ncia se torna não sdesconectada da filosofia mas completamente inviável% . consequ#ncia directa dessaconcep!0es su ectivistas e relativistas é um universo no qual todas as opini0es t#m o mesmvalor e ninguém está efectivamente 3com ra"ão4 so re coisa alguma% Deliciosamen3democrático4 O que de facto ocorre é que demolida a distin!ão entre o pensamentoJsentimento de cada um e tudo o que está fora de n s, entre o que pro ectamnos outros e o que vem de n s mesmos, fica, de fato, impossi ilitada a comunica!ão ecompreensão do outro, dado que estamos efectivamente negando seu direito de e'istir independentemente% 2, como nada fa" sentido mesmo, estamos isentos de qualquresponsa ilidade e s o que pode prevalecer é nossa vontade pessoal% 2m uma tal situa!ão s nos resta su meter (a marretadas) continuamente tudo e todos a nossas ilus0es e fantasias(ao invés de, ao contrário, adaptar nossas concep!0es e representa!0es internas ao que

    vemos),num orgasmo de egocentrismo esqui"ofr#nico%

    Keli"mente, essa visão de mundo se revela não somente dantes mas tam ém de poucconsist#ncia% .fastada a possi ilidade da unifica!ão de todas as nossas realidades su ectivas em uma 5nica e universal realidade o ectiva, qualquer proposta filos fica ftransformada em um fim em si, em um delírio e'clusivamente formal% 2, de qualquer formnão adianta espernear e di"er que não é possível fa"er o que á está efectivamente sendo feito% . evid#ncia mais contundente da e'ist#ncia de algum tipo de realidade o ectiva ustamente o gigantesco e cada ve" maior sucesso que a ci#ncia vem o tendo em oper

    aseada nessa suposi!ão%

    - 4)5a antiguidade" a !iloso!ia con!undia-se com a ci$ncia2. a ; ou melhor" a ci$ncia não distinguia da !iloso!ia; a ci$ncia moderna E com seu ideal de medida e veri!icação e seus

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    m#todos rigorosos E ainda não havia nascido" e 6% a palavra !iloso!ia designava o con6untosaber. !rist'teles, por exemplo, declarava 6"oncebemos o fil'sofo, primeiro que tudo,como possuindo a totalidade do saber, na medida do poss vel6 os#culo T

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    TMT" considerava-se o !undador de uma sociologia cient*!ica. A sociologia e a psicol propõem-se" actualmente" a aplicar aos !actos humanos o m#todo e&perimental e a medida psicologia" no curso secund%rio !ranc$s" ainda # estudada no curso de !iloso!ia; mas todauniversidades estrangeiras ligam o departamento de psicologia + !aculdade de ci$ncias... própria orientação de consci$ncia " com a psican%lise" tende a tornar-se uma t#ccient*!icaX

    Assim" o dom*nio da !iloso!ia seria" progressivamente" restringido at# desaparecer. Augu)omte pensava que o conhecimento cient*!ico representava a maturidade do esp*rito human o in*cio de sua história os homens adoptavam e&plicaçõesteol'gicas a tempestade seriae&plicada como um capricho do deus dos ventos Folo ; mais tarde" substitu*ram os deuses!orças abstractas" tendo-se" desse modo" a e&plicação meta!*sica a tempestade e&plicada

    virtude din9mica do ar . 4inalmente" a e&plicação moderna" positiva ou cient*!ica" rena imaginar o por que ,ltimo das coisas" limitando-se a descrever como se passam os !actos:rata-se de unir os !enómenos entre si" de descobrir leis naturais invari%veis +s quais essu6eitos. O vento" por e&emplo" # um deslocamento de ar das camadas de alta pressão parade bai&a pressão atmos!#rica as observações barom#tricas das diversas estaçõmeteorológicas permitem" assim" a previsão das tempestades .

    O esp*rito positivo teria" portanto" a!astado" sucessivamente" a teologia e a meta!*sicamatem%tica que ainda era" com /it%goras" magia e m*stica do n,mero " da astronomi!*sica" da qu*mica" da biologia e da sociologia" tornando-se positivas as ci$ncias nessa meordem" que # a da comple&idade crescente.

    = 4) ! evolução indicada por !ugusto "omte é exacta em suas lin+as gerais :evemosconcluir da , com os partidários do cientificismo, que a filosofia não tem mais ob*ecto,que as ci#ncias são o suficiente>

    ssa não era a opinião de Augusto )omte" que dei&ava + !iloso!ia um lugar essencial. !ilóso!o #" para ele" o especialista das generalidades " aquele que !ocali'a o con6untoevolução das ci$ncias 3 b) Ademais" para )omte" as ci$ncias mais comple&as dependemdas mais simples. F preciso ser matem%tico para !a'er !*sica" qu*mico para !a'er biologia.sociólogo que estuda esse organismo comple&o e dependente que # a humanidad

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    necessita" pouco a pouco" conhecer as outras ci$ncias que estudam" precisamente" condições de e&ist$ncia da humanidade por e&emplo0 a biologia que estuda nosso corp!*sica e a qu*mica que estudam o meio e&terno . n!im" o sociólogo-!ilóso!o conhece todci$ncias e !a' a s*ntese de seus ensinamentos" para poder dirigir a humanidade racionalment)ertamente" # ho6e imposs*vel pedir ao !ilóso!o que se6a um s%bio em todas as especialida/odemos" ao menos" e&igir dele uma cultura geral que não se6a uma ignor9ncia enciclop#dMnicialmente"podemos ver na filosofia uma reflexão de con*unto sobre a +ist'ria dasci#ncias e os problemas suscitados pelo con+ecimento cient fico E note-se que di'emosuma re!le&ão e não uma soma de conhecimentos.! filosofia não é a adição das ci#ncias, ela,di%ia 0+ibaudet, 6não é a ci#ncia de tudo, mas a ci#ncia do todo6.isto #" uma visãouni!icada do mundo que encontra seus elementos nas diversas ci$ncias que e&ploram" ca

    uma" um dom*nio particular.@as tamb#m # dese6%vel que o !ilóso!o estude" de maneira mais precisa e mais pro!unda" ou aquela ci$ncia. /odemos especiali'ar-nos na !iloso!ia da história" na !iloso!ia da biologiana !iloso!ia do direito. 3isse um contempor9neo" e muito 6ustamente" que toda boa mat#lhe # estranha " entendendo com isso que a !iloso!ia não deve ser uma meditação va'ia" muma re!le&ão alimentada por in!ormações precisas sobre este ou aquele dom*nio do real.

    /ortanto" se as ci$ncias positivas se desprenderam progressivamente das especulaçõe

    !ilosó!icas o que" em contrapartida" criou uma disciplina especiali'ada da !iloso!ia " resta a !iloso!ia não poderia perder o contacto com a evolução das ci$ncias e das t#cnicas" a qu!ornece temas preciosos para suas re!le&ões.

    :odavia" a ci$ncia não pode substituir a !iloso!ia0??! filosofia6, di%ia Brunsc+vicg, 6é aci#ncia dos problemas resolvidos6 3ito de outra maneira0 asolução de uma questãocient*!ica levanta" para o !ilóso!o" outroproblema" que # o problema !ilosó!ico doconhecimento cient*!ico.! ci#ncia procura e encontra verdades as a pergunta 6@ual éa ess#ncia da Aerdade ou das verdades>6 # uma questão !ilosó!ica.4a'er !iloso!ia da matem%tica não consiste em demonstrar teoremas" em descobrir nova propriedades dos n,meros ou das !iguras. Msso # contribuição do matem%tico. 4a'er !ilosoda matem%tica # perguntar como raciocina o matem%tico" que # uma demonstração" quorigem das noções matem%ticas" qual o !undamento dos postulados que nos pedem q

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    admitamos. A ci$ncia constrói todo um edi!*cio de teorias. A !iloso!ia escava sob suasconstruções para e&plicar seus !undamentos. nquanto o s%bio procede por construções" o!ilóso!o procede por escavações. A conduta da !iloso!ia # re!le&iva.

    Ademais" não se trataria de redu'ir a !iloso!ia a uma re!le&ão sobre a ci$ncia. la tamb#medita sobre a arte" sobre a vida quotidiana" sobre todas as e&peri$ncias vividas. adahumano pode ser estranho + !iloso!ia. /aul

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    a verdade como uma propriedade. h% teorias de!lacion%rias" para as quais a verdadapenas uma !erramenta conveniente da nossa linguagem. 3esenvolvimentos da lógica !ormatra'em alguma lu' sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais eem linguagens !ormais. 8% ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. modo como sabemos que estamos com dor de dente # di!erente do modo como sabemos quelivro est% sobre a mesa. A dor de dente # sub6ectiva" talve' determinada pela introspecção!acto do livro estar sobre a mesa # ob6ectivo" determinado pela percepção" por observaçõque podem ser partilhadas com outras pessoas" por racioc*nios e c%lculos. 8% ainda a distinentre verdades relativas + posição de algu#m e verdades absolutas.

    Os !ilóso!os chamam qualquer entidade que pode ser verdadeira ou !alsa de portador daverdade. /roposições" !rases" a!irmações" ideias" crenças e opiniões podem ser considerado portadores da verdade. Assim" um portador da verdade" no sentido !ilosó!ico" não # u pessoa" ou 3eus.

    /ara alguns !ilóso!os" alguns portadores da verdade são primitivos" e outros derivados4ilóso!os di'em" por e&emplo" que as proposições são as ,nicas coisas literalmentverdadeiras. Qma proposição # uma entidade abstracta a qual # e&pressa por uma !rasde!endida em uma crença ou a!irmada em um 6u*'o. ossa capacidade de apreend

    proposições # a ra'ão ou entendimento. :odas essas mani!estações da linguagem são ditaverdadeiras apenas se e&pressam" de!endem ou a!irmam proposições verdadeiras. Assi!rases em di!erentes l*nguas" como por e&emplo o portugu$s e o ingl$s" podem e&pressmesma proposição. A !rase O c#u # a'ul e&pressa a mesma proposição que a !rase :he sis blue . W% para outros !ilóso!os proposições e entidades abstractas em geral são misterios por isso pouco au&iliam na e&plicação. /or isso tomam as !rases e outras mani!estações linguagem como os portadores da verdade !undamentais. ntre as muitas a!irmações sobreverdade uma em geral # bastante claro sobre o ponto de de!inição de verdade0

    :efinição de verdade & / que é a verdade>

    A verdade # uma interpretação mental da realidade transmitida pelos sentidos" con!irmada poutros seres humanos com c#rebros normais e despidos de preconceitos (dese*o de crer que

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    algo se*a verdade), e confirmada por equações matemáticas e lingu sticas !ormando ummodelo capa' de prever acontecimentos !uturos diante das mesmas coordenadas.

    "ipos de $erdade

    Aerdade material é a adequação entre o que é e o que é dito

    Aerdade formal # a validade de uma conclusão + qual se chega seguindo as regras de

    in!er$ncia a partir de postulados e a&iomas aceitos.Aerdade analítica a !rase na qual o predicado est% contido no su6eito. /or e&emplo0

    :odos os porcos são mam*!eros .

    Aerdade sintética a frase na qual o predicado não está contido no su*eito= c)

    %.1 "eorias da $erdade

    Aerdade como correspond#ncia ou adequação

    A teoria correspondentista da verdade # encontrada no aristotelismo incluindo o tomismo3e acordo com essa concepção"a verdade é a adequação entre aquilo que se dá narealidade e aquilo que se dá na mente

    A verdade como correspond$ncia !oi de!inida por Aristóteles no tratado Da Interpreta!ão" noqual ele analisa a !ormação das !rases suscept*veis de serem verdadeiras ou !alsas. Qma !ra# verdadeira quando di' que o que #" ou que o que não # não #. Qma !rase # !alsa quando dque o que # não #" ou que o que não #.

    O problema dessa concepção # entender o que signi!icacorrespond#ncia. F um tipo de semel$an!a entre o que # e o que # ditoC @as" que tipo de semelhança pode haver entre a palavras e as coisasC

    :esmenção

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    3e acordo com a teoria desmencionista da verdade" para chegarmos + verdade de um proposição basta tirarmos as aspas da mesma. /or e&emplo" a proposição A neve # brancaverdadeira se" e somente se" a neve # branca.

    :eflacionismo

    3e acordo com o de!lacionismo" o predicado de segunda ordem F verdade que... nãacrescenta nada + !rase de primeira ordem + qual ele # aplicado. /or e&emplo" não h%nenhuma di!erença lógica entre a !rase F verdade que a manta est% molhada e a !rase manta est% molhada .

    :esvelamento

    (egundo esta concepção" verdade # desvelamento. )onhecer a verdade # dei&ar o ser smani!estar. F estar aberto para o ser.

    /osição t*pica de @artin 8eidegger em6er e tempo" par%gra!o 77" e na con!er$ncia Aess$ncia da verdade .

    2ragmatismo

    /ara o pragmatismo a verdade # o valor de uma coisa. F t*pico de pragmatistas como BichardBort a oposição + posição correspondentista. m 8abermas a verdade se con!unde com validade inter sub6ectiva" ou consenso.

    / !C

    O termomoral # derivado do latimmores" que signi!icarelativo aos costumes. /ode ser de!inido tamb#m comoa aquisi!ão do modo de ser conseguido pela apropria!ão ou por níveis de apropria!ão, onde se encontramo carácter, os sentimentos e os costumes malguns dicion%rios entende-se quemoral é parte integrante de um con*unto de regras doscostumes e prescri+6es a respeito de comportamentos e condutas' que podem ser consideradas $ lidas ' D a) éticas' quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar ' D

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    b) quer para grupos ou pessoa determinada' estabelecidas e aceitas pelas comunidadeshumanas durante determinados períodos de tempo.(Aur#lio =uarque de 8olanda .

    /ortanto" o termo moral signi!ica tudo o que se submete a todo valor onde devem predomina

    na conduta do ser humano as tend$ncias mais convenientes ao desenvolvimento da vidindividual e social" cu6as aptidões constituem o chamado sentido moral dos indiv*duos.

    2ara o :ireito

    @oral # um con6unto de regras no conv*vio./ seu campo de aplicação é maior do que ocampo do :ireito 5emtodas as regras orais são regras *ur dicas O campo da moral #mais amplo. A semelhança que o 3ireito tem com a @oral # que ambas são !ormas de control

    social. &istem alguns teorias que podem e&plicar melhor o campo de aplicação entre3ireito e @oral" quais se6am0 As :eorias dos )*rculos 3u /asquier - toda norma 6ur*dica tconte,do moral. @as nem todo conte,do @oral possui um conte,do 6ur*dico. &emplos3ever de sustento do pai para com o !ilho; incesto. ntre outras teorias como0 :eorias dos)*rculos (ecantes Werem =entham " :eoria do @*nimo Ftico Leorg WellineN .

    oral significa portanto um valor relativo ou absoluto da conduta +umana dentro deum espaço de tempo

    @oral tamb#m pode ser considerado como o que bem tudo aquilo que promove o homem duma !orma integral e integrada. Mntegral signi!ica a plena reali'ação do homem" e integradacondicionamento a id$ntico interesse do pró&imo. 3entro desta concepção constitui-se comum bem o que não comprometa o desenvolvimento integral do homem e nem a!ecte iguainteresse dos membros da sociedade. (eria importante re!erir" ainda" quanto + etimologia d palavra moral do latim mores " que esta se originou a partir do intento de os romatradu'irem a palavra grega $thica. @oral não tradu'" no entanto" por completo" a palavra gregorigin%ria. F que $thica possu*a" para o gregos" dois sentidos complementares0 o primderivava de $thos e signi!icava" numa palavra" a interioridade do acto humano" ou se6a" aqque gera uma acção genuinamente humana e que brota a partir de dentro do su6eito moral" se6a" $thos remete-nos para o 9mago do agir" ou se6a" para a intenção.

    2G

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    /or outro lado"#t+ica significava também ét+os, remetendo&nos para a questão dos+ábitos, costumes, usos e regras, o que se materiali%a na assimilação social dos valores Atradução latina do termo $thica para mores esqueceu o sentido de $thos a dimensão pessodo acto humano " privilegiando o sentido comunit%rio da atitude valorativa. 3essa traduçincompleta resulta a con!usão que muitos" ho6e" !a'em entre os termos #tica e moral. A #ti pode encontrar-se com a moral pois a suporta" na medida em que não e&istem costumes h%bitos sociais completamente separados de uma #tica individual a sociedade # um prodde individualidades . 3a #tica individual se passa a um valor social" e deste" quanddevidamente enrai'ado numa sociedade" se passa + lei. Assim" pode-se a!irmar" seguindo eracioc*nio" que não e&iste lei sem uma #tica que lhe sirva de alicerce.

    Filosofia e a e$olu+ o Dartesianaené :escartes (=- de arço de -E G, Ca $aHe en 0ouraine, França I -- de Fevereiro

    de -GEJ, 7stocolmo, ;uécia), também con+ecido como "artesius, foi um fil'sofo, umf sico e matemático franc#s 5otabili%ou&se sobretudo pelo seu trabal+o revolucionárioda Filosofia, tendo também sido famoso por ser oin$entor do sistema de coordenadascartesiano' que influenciou o desen$ol$imento do D lculo moderno

    3escartes" por ve'es chamado o !undador da !iloso!ia moderna e o pai da matem%ticmoderna" # considerado um dos pensadores mais importantes e in!luentes da história human

    le inspirou os seus contempor9neos e gerações de !ilóso!os. a opinião de alguncomentadores" ele iniciou a !ormação daquilo a que ho6e se chama de Bacionalismcontinental supostamente em oposição + escola que predominava nas ilhas brit9nicas"7mpirismo " posição !ilosó!ica dos s#culos Te-Lrand em >a 4lZche

    2J

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    :inha bastante liberdade e era apreciado pelos pro!essores" mas declarou no Discurso so re ométododecepção com o ensino escol%stico. 3epois" seguiu seus estudos" graduando co=acherelato e >icenciatura em 3ireito em 1?1?" pela universidade de /oitiers.

    o entanto" 3escartes nunca e&erceu 3ireito" e em 1?1G alistou-se no ercito do /r*nci@aur*cio de assau" com a intenção de seguir carreira militar. @as se declarava menos uautor do que umespectador 0 antes ouvinte numa escola de guerra do que verdadeiro militar.)onheceu então Msaac =eecNman" e comp[s um pequeno tratado sobre m,sica intituladAompendium :usicae. F nessa #poca tamb#m que escreve Larvatus prodeo u caminhomascarado . m 1?1J" via6ou at# a Alemanha e no dia 1K de ovembro teve uma visão sonho de um novo sistema matem%tico e cient*!ico. m 1?22" ele retornou a 4rança e pasos seguintes anos em /aris a algumas outras partes da uropa.

    m 1?2G" ele comp[s as Megulae ad directionem ingenii Begras para a 3irecção do sp*rito "e partiu para os /a*ses =ai&os" onde viveu at# 1?7J" mas mudando de endereç!requentemente. m 1?2J começou a trabalhar emratado do :undo" uma obra de !*sica" quedeveria de!ender a tese do heliocentrismo" mas em 1? " quando Lalileu !oi condenad3escartes abandonou seus planos de public%-lo. m 1? 5" a !ilha ileg*tima de 3escarte4rancine" nasceu. la !oi bapti'ada no dia de Agosto de 1? 5. (ua morte em 1?7K !oi um

    grande baque para 3escartes.

    m 1? " ele publicou tr$s pequenos resumos de sua obra cient*!ica0 . Di ptrica" Os :eteoros e . /eometria mas # o pre!%cio dessas obras que continua sendo lido at# ho6e0 Discurso so re o método. m 1?71" aparece sua obra mais conhecida0 as :edita!0es 6o re a Kilosofia rimeira" com os primeiros seis con6untos deO e!0es e Mespostas. Os autores dasob6eções são0 do primeiro con6unto" o teólogo holand$s Wohan de \ater; do segun@ersenne; do terceiro" :homas 8obbes; do quarto" Arnauld; do quinto" Lassendi; e do se&

    con6unto" @ersenne. m 1?72" a segunda edição das@editações inclu*a uma s#tima ob6ecção" !eita pelo 6esu*ta /ierre =ourdin" seguida de uAarta a Dinet . m 1?7 " a !iloso!ia )artesiana !oi condenada pela Qniversidade de Qtrecht" e3escartes começou sua longa correspond$ncia com Msabel da =o#mia. 3escartes publicouOs rincípios de Kilosofia" uma esp#cie de manual cartesiano" e !a' uma visita r%pida a 4rança

    K

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    em 1?77" onde encontra o embai&ador da 4rança 6unto + corte sueca" )hanut" que o põe contacto com a rainha )ristina da (u#cia.

    m 1?7 ele !oi premiado com uma pensão pelo Bei da 4rança e começou a trabalhar n Descri!ão do Aorpo *umano. le entrevistou 4rans =urman em gmond-=innen em 1?7G"resultando naAonversa com urman. m 1?7J ele !oi + (u#cia a convite da Bainha )ristina"e suas ratado das ai'0es" que ele dedicou a /rincesa Msabel" !oram publicados.

    Ben# 3escartes morreu de pneumonia no dia 11 de 4evereiro" 1?5K em stocolmo" (u#cionde ele estava trabalhando como pro!essor a convite da Bainha. Acostumado a trabalhar ncama at# meiodia" sua sa,de por ter so!rido com as demandas da Bainha )hristina -começavam seus estudos +s 5 da manhã. )omo um católico num pa*s protestante" ele !enterrado num cemit#rio de crianças não bapti'adas" em Adol! 4redriNsN rNan em stocolm3epois" seus restos !oram levados para a 4rança e enterrados na Mgre6a de (ão Lenevieve-d@ont em /aris. Qm memorial constru*do no s#culo T

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    3escartes viveu numa #poca marcada pelas guerras religiosas entre /rotestantes e )atólicos nauropa. levia*ou muito e viu que sociedades diferentes t#m crenças diferentes, mesmo

    contradit'rias . Aquilo que numa região # tido por verdadeiro" # achado como rid*culodisparatado" mentira" nos outros lugares.

    3escartes viu que os costumes " a história de um povo" sua tradição cultural in!luencia!orma como as pessoas pensam" aquilo em que acreditam.

    / primeiro pensador 6moderno6

    3escartes # considerado o primeiro !ilóso!o moderno . (ua contribuição + epistemologiaessencial" assim como +s ci$ncias naturais por ter estabelecido um m#todo que a6udou o s

    desenvolvimento. 3escartes criou" em suas obras Discurso so re o método e :edita!0es -ambas escritas no vern%culo" ao inv#s do latim tradicional dos trabalhos de !iloso!ia - as bada ci$ncia contempor9nea.

    8 método cartesiano consiste no Depticismo !etodol gico du$ida se de cada ideia que pode ser du$idada. Ao contr rio dos gregos antigos e dos escol sticos' que acredita$am queas coisas e(istem simplesmente porque precisam e(istir' ou porque assim de$e ser' etc.' 4escartes institui a dJ$ida: s se pode di/er que e(iste aquilo que possa ser pro$ado. 8 pr prio 4escartes consegue pro$ar a e(ist0ncia do pr prio eu

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    As ideias deBen# 3escartesin!luenciaram diversos pensadores" entre os quais se destacam oholand$s =ento de spino'ae o alemão Lott!ried >eibni'.

    >eibni' era !ilóso!o" matem%tico e pol*tico. ele desenvolveu o calculo in!initesimal" utili'a

    at# nos dias de ho6e" al#m de de!ender o racionalismo" a!irmando que algumas ideias princ*pios e&istem em nós e são percebidos pelos sentidos" mas não prov$m deles. )ome&emplos de conhecimentos inatos" ele citava a Leometria" a >ógica e a Aritm#tica.

    /s quatro métodos

    / primeiro método era o de 6amaisacol+er alguma coisa como verdadeira que eu nãocon+ecesse evidentemente como tal; isto #" de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção" e de nada incluir em meus 6u*'os que não se apresente tão clara e tão distintamena meu esp*rito" que eu não tivesse nenhuma ocasião de p[-lo em d,vida.

    / segundo método era o dedividir cada uma das di!iculdades que eu e&aminasse em tantas parcelas quantas poss*veis e quantas necess%rias !ossem para melhor resolv$-las.

    / terceiro método era o de condu%ir por ordem meus pensamentos, começando pelosob6etos mais simples e mais !%ceis de conhecer" para subir" pouco a pouco" como por degrat# o conhecimento dos mais compostos" e supondo mesmo uma ordem entre os que não

    precedem naturalmente uns aos outros.

    / quarto método era o de fa%er em toda parte enumerações tão completas e revisões tãogerais" que eu tivesse a certe'a de nada omitir. 3escartes" Ben# .

    m relação a )i$ncia" 3escartes desenvolveu uma !iloso!ia que in!luenciou muitos" at# se passada pela metodologia de eSton. le mantinha" por e&emplo" que o universo era plenonão poderia haver v%cuo. 3escartes acreditava que a mat#ria não possu*a qualidades inerent

    mas era simplesmente o material bruto que ocupava o espaço. le dividia a realidade emrescogitans consci$ncia" mente eres e'tensa mat#ria . Acreditava tamb#m que 3eus criou ouniverso como um per!eito mecanismo de moção vertical e que !uncionavadeterministicamente sem intervenção desde então. @atem%ticos consideram 3escartes muiimportante por sua descoberta da geometria anal*tica. At# 3escartes" a geometria e a %lge

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descarteshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinozahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinozahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gottfried_Leibnizhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gottfried_Leibnizhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gottfried_Leibnizhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descarteshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_Espinozahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gottfried_Leibnizhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Gottfried_Leibniz

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    apareciam como ramos completamente separados da @atem%tica. 3escartes mostrou comtradu'ir problemas de geometria para a %lgebra" abordando esses problemas atrav#s de usistema de coordenadas.

    A :eoria de 3escartes providenciou a base para o )%lculo de eSton e >eibni'" e então" paramuito da matem%tica moderna. Msso parece ainda mais incr*vel tendo em mente que trabalho !oi intencionado apenas como um e&emplo no seu Discurso 6o re o :étodo.

    Meometria

    O interesse de 3escartes pela matem%tica surgiu cedo" no ])ollege de la 4leche " escola do‖

    mais alto padrão" dirigida por 6esu*tas" na qual ingressara aos oito anos de idade. @as por ura'ão muito especial e que 6% revelava seus pendores !ilosó!icos0 a certe'a que ademonstrações ou 6usti!icativas matem%ticas proporcionam. Aos vinte e um anos de idadepois de !requentar rodas matem%ticas em /aris al#m de outras 6% graduado em 3iringressa voluntariamente na carreira das armas" uma das poucas opções ]dignas que se‖

    o!ereciam a um 6ovem como ele" oriundo da nobre'a menor da 4rança. 3urante os quase novanos que serviu em v%rios ercitos" não se sabe de nenhuma proe'a militar reali'ada p3escartes. F que as batalhas que ocupavam seus pensamentos e seus sonhos travavam-se n

    campo da ci$ncia e da !iloso!ia. A Leometria Anal*tica de 3escartes apareceu em 1? n pequeno te&to chamado A Leometria como um dos tr$s ap$ndices do 3iscurso do m#todobra considerada o marco inicial da !iloso!ia moderna. ela" em resumo" 3escartes de!ende m#todo matem%tico como modelo para a aquisição de conhecimentos em todos os campos.Leometria Anal*tica" como # ho6e" pouco se assemelha +s contribuições dei&adas por 4erm3escartes.Mnclusive sua marca mais caracter*sticas" um par de ei&os ortogonais" não usada por nendeles. @ais" cada um a seu modo" sabiam que a ideia central era associar equações a curvassuper!*cies.

    este particular" 4ermat !oi mais !eli'. 3escartes superou 4ermat na notação alg#brica.

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    /bras importantes

    ^_ Megras para a orienta!ão do espírito1?2G - obra em que aparecem os primeirosconceitos do m#todo cartesiano.

    ^_ Discurso so re o método 1? - t*tulo mais bem conhecido de 3iscours de lam#thode pour bien conduire sa raison" et chercher la verit# dans les sciences 3iscursobre o @#todo de )ondu'ir bem a Ba'ão e /rocurar pela

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    !s tr#s formas mais importantes de idealismo são

    ^_o idealismo sub*ectivo ou se6a" a posição mais precisamente denominadaimaterialista" associada a =erNele " de acordo com a qual e&istir # ser percebido "

    ^_o idealismo transcendental e

    ^_o idealismo absoluto.

    O idealismo opõe-se + crença naturalista de que a própria mente pode ser integralmentcompreendida como um produto de processos naturais. A mani!estação moderna mais comu

    do idealismo # a perspectiva do idealismo lingu*stico" segundo a qual criamos o mundo qhabitamos ao empregar categorias lingu*sticas e sociais cu6a e&ist$ncia não # independentemente. A di!iculdade consiste em dar uma !orma literal a essa perspectiva que não entre emcon!lito como o !ato óbvio de que não criamos mundos" mas sim de que estamos em um.

    O idealismo alemão # o mesmo que idealismo absoluto sendo pois" uma versão oitocentista idealismo na qual o mundo se identi!ica com o pensamento ob6ectivo ou absoluto" e não coo !lu&o pessoal da e&peri$ncia" como no idealismo sub6ectivo.

    A doutrina deriva de v%rias antecessoras" entre elas o Qno de /arm#nides" a tradição teológde um ser necess%rio" incondicionado e imut%vel" relacionado com o mundo contingenmut%vel" a !ecunda crença de spinosa de que h% apenas um mundo caracteri'ado por !atocoisas" por um lado" e por ideias por outro" o idealismo transcendental de \ant e a emerg$ncda acção e da vontade como os !actores decisivos para o desenvolvimento histórico.

    Outras in!lu$ncias incluem a concepção din9mica da nature'a como uma unidade org9nic

    cu6a !inalidade # a per!eição" a crença de que esse processo se espelha na educação espiritde seus indiv*duos e a convicção" por v%rios pensadores alemães do !inal s#culo T

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    aterialismo &O materialismo designa um con6unto de doutrinas !ilosó!icas que" ao re6eitara e&ist$ncia de um princ*pio espiritual liga toda a realidade + mat#ria e a suas modi!icaçõesO termo !oi inventado por >eibni' em 1 K2" e reivindicado pela primeira ve' por >a @ettriem 1 7G. ntretanto" em termos da origem das ideias" pode-se considerar que os primeir!ilóso!os materialistas" são alguns !ilóso!os pr#-socr%ticos0 3emócrito" >eucipo" picu>ucr#cio" os estóicos" que se opunham na questão dacontinuidadeda mat#ria0 os %tomosevoluiriam no v%cuo C O atomismo de 3emócrito in!luenciou /latão em sua teoria idealistdos elementos !ogo" ar" %gua" terra" #ter" identi!icados em sua !orma atómica aos pol*regulares" respectivamente0 tetraedro" octaedro" icosaedro" cubo" dodecaedro .

    /ara o materialismo cient fico" o pensamento se relaciona a !atos puramente materiaisessencialmente mec9nicos ou constituem epi!en[meno.

    a !iloso!ia mar&ista" omaterialismo dialéctico ou materialismo mar&ista # uma !ormadesta doutrina estabelecida por \arl @ar& e 4riedrich ngels que" introdu'indo o processodial#ctico na mat#ria" admite" ao !im dos processos quantitativos" mudanças qualitativas ounature'a" e da* a e&ist$ncia de uma consci$ncia" que # produto da mat#ria" mas realmedistinta dos !enómenos de ordem material.

    O materialismo histórico # uma tese do mar&ismo" segundo a qual o modo de produção vida material condiciona o con6unto da vida social" pol*tica e espiritualE b) F um m#todo decompreensão e an%lise da história" das lutas e das evoluções económicas e pol*ticas. ssa t!oi de!inida e utili'ada por \arl @ar& em O 1G do brum%rio de >uis =onaparte" O capita4riedrich ngels (ocialismo utópico e socialismo cient*!ico " Bosa >u&emburgo e >$ninOtermomaterialismo # tamb#m utili'ado para designar a atitude ou o comportamento daquelesque se apegam aos bens" valores e pra'eres materiais. o campo art*stico" omaterialismoconstitui uma tend$ncia a dar +s coisas uma representação realista e sensual.

    A 7xistencialismo e 0end#ncia "ontemporPnea

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    7xistencialismo # uma corrente !ilosó!ica e liter%ria que destaca a liberdade individual" responsabilidade e a sub6ectividade./ existencialismo considera cada +omem com um serQnico que é mestre dos seus actos e do seu destino.

    / existencialismo afirma o primado da exist#ncia sobre a ess#ncia" segundo a c#lebrede!inição de (artre06! exist#ncia precede a ess#ncia 6 ssa de!inição !unda a liberdade e aresponsabilidade do homem" visto que esse e&iste sem que seu ser se6a de!inido de manealguma. A palavra6existencialismo6 vem de 6exist#ncia6 (artre" após ter !eito estudossobre !enomenologia na Alemanha" cria o termo utili'ando a palavra !rancesa e&istenccomo tradução da palavra alemã 3asein " termo empregado por 8eidegger em6er e tempo.

    Após a (egunda Luerra @undial" uma corrente liter%ria e&istencialista contou com Alb

    )amus e =oris

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    para esta !iloso!ia. O movimento !ilosó!ico agora conhecido como e&istencialismo !ranc pode ser traçado de 1G J at# 1JG?" quando (imone de =eauvoir morreu. Após tee&perimentado v%rios dist,rbios civis" guerras locais e duas guerras mundiais" algum pessoas na uropa !oram !orçados a concluir que a vida # inerentemente miser%vel irracional. /ara muitos" autores como 8eidegger ou \ierNegaard" !oram tamb#me&istencialistas" sendo que em torno das suas teses se constitu*ram correntes ainda ho6e vi/ existencialismo não morreu de facto, pelo contrário, continua a produ%ir, quer nafilosofia, quer na literatura ou mesmo em cinema

    1mportantes Fil'sofos para o 7xistencialismo

    ^_@artin 8eidegger

    ^_Wean-/aul (artre

    ^_(`ren \ierNegaard

    ^_ dmund 8usserl

    ^_4riedrich iet'sche

    8% duas linhas e&istencialistas !amosas" quer de impulsionadores" quer de e&istenciali

    propriamente ditos.A primeira" de \ierNegaard" iet'sche e 8eidegger # agrupada intelectualmente. sseshomens são os pais do e&istencialismo e dedicaram-se para estudar a condição humana. segunda" de (artre" )amus e =eauvoir" era uma linha marcada pelo compromisso pol*tico

    nquanto outras pessoas entraram e sa*ram" esses seis indiv*duos de!iniram o e&istencialism

    O !iloso!ar 8eideggeriano # uma constante interrogação" na procura de revelar e levar + lu' dcompreensão o próprio ob6ecto que decide sobre a estrutura dessa interrogação" e que orienas cad$ncias do seu movimento0 a questão sobre o (er. A meta de 8eidegger # penetrar na!iloso!ia" demorar nela" submeter seu comportamento +s suas leis. O caminho seguido por edeve ser" portanto" de tal modo e de tal direcção" que aquilo de que a 4iloso!ia trata atinnossa responsabilidade" vise a nós homens" nos toque e" 6ustamente" em todo o ente que #(er.

    J

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    O pensamento de 8eidegger # um retorno ao !undamento da meta!*sica num moviment problemati'ador" uma meditação sobre a 4iloso!ia no sentido daquilo que permanece!undamentalmente velado. A 4iloso!ia sobre a qual ele nos convida a meditar # a grandcaracter*stica da inquietação humana em geral" a questão sobre o (er.

    8eidegger entende que a 4iloso!ia # nas origens" na sua ess$ncia" de tal nature'a que el primeiro se apoderou do mundo grego e só dele" usando-o para se desenvolver. O caminhque 8eidegger segue # orientado pela procura de renovar a tem%tica do (er na 4iloso!iocidental. :odavia" ele constata que nunca o pensamento ocidental conseguiu resolver aquestão sobre o (er.

    ! 1dade "ontemporPnea

    O in*cio da idade contempor9nea" após a Bevolução 4rancesa" # marcado pela consolidação poder burgu$s" pelo nacionalismo e pela urbani'ação e industriali'ação acelerados. 5estaépoca surgem novas correntes de pensamento o positi$ismo, o idealismohegeliano e osocialismo. as duas primeiras influenciadas pelo idealismo Tantiano G a)

    2ositivismo - (er% abordado mais detalhadamente na pró&ima parte do trabalho poin!luenciar de modo consider%vel o pensamento ocidental actual. (urge com Augusto )omt

    1 JG-1G5 " e&primindo a e&altação pelo avanço da ci$ncia moderna" capa' de revoluo mundo com uma tecnologia cada ve' mais e!ica'.

    1dealismo $egeliano- 8egel 1 K-1G 1 # o mais importante dos idealistas do s#culo TMde!endendo uma ra'ão histórica" processada atrav#s da lógica dial#ctica e onde o mundo #mani!estação da ideia. Atribui grande import9ncia ao stado como agente de superação dsub6ectividade ego*sta do indiv*duo para que o homem viva melhor em sociedade. A!irm

    :oda educação se dirige para que o indiv*duo não continue a ser algo sub6ectivo" mas se !aob6ectivo" no stado.

    ;ocialismo - / socialismo surge com o crescimento da classe proletária que não tin+aacesso aos benef cios da ordem econ'mica burguesa =aseado no materialismo" sendoantagónico" pois" ao pensamento idealista" apresenta" inicialmente" !ormulações ing#nua

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    paternalistas" que representam o socialismo ut pico. )r*ticos desta !orma de socialismo" \arl@ar& 1G1G-1GG e 4riederich ngels 1G2K-1GJ5 adoptam uma concepção hisdial#ctica" estabelecendo as bases do socialismo científico. 3e!endem a consci$ncia comore!le&o da mat#ria e os !atos materiais no lugar das ideias" que dependem directamente dcondições materiais ou económicas da sua sociedade. O proletariado deveria conscienciali'arse da alienação a que est% submetido e do condicionamento de valores a que # imposto pa poder lutar por uma sociedade mais igualit%ria. esta mesma direcção de!ende a escola ,nic1

    e democr%tica. :amb#m seguindo esta tend$ncia" mas repudiando qualquer !orma de podestão os anarquistas que de!endem de modo e&tremo a educação naturalista utópica deBousseau.

    A educação deste per*odo busca a massi!icação e apro&ima-se da tutela estatal" embutidaum maior car%cter c*vico. O ensino secund%rio se divide entre uma !ormação cl%ssica" vo para o ensino superior" e uma instrução t#cnica" voltada para a ind,stria. O ensino superiorampliado e re!ormulado nas escolas polit#cnicas criadas para o ensino tecnológico. apoleãimplantou escolas superiores voltadas para o e&erc*cio de certas ocupações em detrimentouniversidade medieval" com $n!ase na alta cultura.

    /estalo''i 1 7?-1G2 " estudioso de Bousseau que e&erceu pro!unda in!lu$ncia em tod

    uropa" reconhece a !unção social do ensino" de!inindo o mestre como estimulador ddesenvolvimento espont9neo do aluno e onde o trabalho intelectual parte da viv$ncia intuitiv

    Wohann 4. 8erbart 1 ?-1G71 aplica a psicologia e&perimental + pedagogia" assumindo posição intelectualista que privilegia o conhecimento" o!erecido pelo mestre ao aluno3e!endendo o rigor de um m#todo para a educação da vontade" critica ambos" a educaçãnaturalista de Bousseau" por desvalori'ar a instrução " e o ensino tradicional" por ensimuita coisa in,til para a acção . Mntrodu' uma metodologia de instrução indutiva qu

    in!luencia pro!undamente o ensino e&positivo de sala de aula actual" inclusive o dengenharias.

    Assim" a educação começa a esboçar de modo de!initivo o modelo actual" aliando um mairigor metodológico e t#cnico a uma tend$ncia que procurava escapar das in!lu$ncias históricda escol%stica em direcção a um ensino nacional mais humani'ado. 8% uma n*tid

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    preocupação com os !ins sociais da educação" en!ati'ados e a relação entre educação e bemestar social" estabilidade" progresso e capacidade de trans!ormação. Ao mesmo tempo" ci$ncias sociais começam a estruturar-se em torno do pensamento positivista e passam in!luenciar a educação tradicional.

    Fmile 3urNheim 1G5G-1J1 aprimora a sociologia" ci$ncia criada por Auguste )om4ugindo de uma visão !ilosó!ica idealista e individualista" ao en!ati'ar a origem social daeducação" desenvolve uma concepção determinista onde a sociedade impõe padrões dcomportamento socialmente dese6%veis.

    o campo da psicologia" # notório oe$aviorismo2" de tend$ncia positivista" que priori'a aconduta" o comportamento e&terno. 3e!ende a educação com base no condicionamenatrav#s da teoria do re!orço. Mntrodu' t#cnicas de ensino" tais como a instrução programadacondu' + possibilidade do ensino sem a presença do pro!essor atrav#s de m%quinas ensinar . Apesar de so!rer !ortes cr*ticas pelo seu e&cessivo car%cter mecanicista" in!lueconsideravelmente a pedagogia actual.

    Após v%rias d#cadas de dominação burguesa crescente" o modelo burgu$s liberal"capitalismo de mercado" passa por um di!*cil per*odo onde ocorrem" por e&emplo" revolu

    de esquerda" de origem prolet%ria" e de direita" de origem estatal. ste per*odo # acompanh por crises económicas que levam os stados nacionais a intervirem" assumindo o controle d!unções estrat#gicas e criando !unções assistencialistas in#ditas em suas histórias.

    ste conte&to # acompanhado de duas tend$ncias que surgem com !orça0 a aplicação t#cnicas que permitam a massi!icação crescente da educação para atender ao espantoscrescimento industrial e demogr%!ico do s#culo TT e o surgimento de diversas abordagens ensino alternativas ao ensino tradicional que 6% incorpora caracter*sticas da sociologia behaviorismo 0 fenomenologia" pragmatismo" teorias socialistas" teoriasantiautoritárias"totalitarismo e construtivismo. o rumo da primeira tend$ncia" bali'ada por um en!oque positivista" a educação tradicional # desenvolvida sob um prisma tecnicista" abordado emaiores detalhes na pró&ima parte do trabalho.

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    Fenomenologia

    /retendendo superar as tend$ncias racionalistas e empiristas do s#culo T

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    educacional denominado de 2scola Nova" de participação marcante na recente história daeducação brasileira. /ara ele" o conhecimento # uma actividade dirigida que não tem um !imem si mesmo" mas est% voltado para a e&peri$ncia" as ideias são hipóteses de acção e verdadeiras + medida que !uncionam como orientadoras da acção" tendo valor instrument para resolver os problemas colocados pela e&peri$ncia humana. )ritica a predomin9ncia dintelectualismo e da memori'ação no ensino" sugerindo a educação pela acção ao inv#s deducação pela instrução de 8erbart. O !im da educação não # !ormar de acordo com modelosnem orientar para uma acção !utura" mas dar condições para que o aluno resolva por si mesmos seus problemas. stimula o esp*rito de comunidade" a cooperação e o esp*rito social" ade um esp*rito de iniciativa e de independ$ncia que condu'em + autonomia. 3e!ende a preparação do aluno para a vida democr%tica e para a sociedade do desenvolvimen

    tecnológico" que de nenhuma !orma # questionada.

    3iversos pedagogos introdu'em m#todos activos na educação que contrapõem-se aos m#todolivrescos e de memori'ação do ensino tradicional. ste movimento" a scola ova" de!ende est*mulo do interesse sem o cerceamento da espontaneidade" valori'ando a educação integra pr%tica e individuali'ada. (eus estudos au&iliam na introdução de pro6ectos did%ctisustentados em base mais rigorosa e cient*!ica. /or outro lado" so!rem algumas cr*ticas0desvalori'ação do pro!essor" o e&cessivo individualismo e o descuido na transmissão d

    conte,do em prol da $n!ase no processo.)ontudo # ineg%vel a sua contribuição no campo metodológico.

    0eorias ;ocialistas

    Aqui são reunidas teorias que seguem o pensamento socialista de @ar& e ngels" ou se6a" analisam a hegemonia entre as classes e buscam a educação unit%ria.

    A "eoria Drítica da *ociedade" que surgiu na scola de 4ranN!urt" de!ende que os ideais dara'ão emancipadora sonhados pelos !ilóso!os iluministas do s#culo T

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    emancipação humana" recuperando o indiv*duo autónomo" consciente de seus !ins. /ara tantdeve-se resolver o con!lito entre a autonomia da ra'ão e as !orças obscuras que invadeessa mesma ra'ão.

    As "eorias Drítico reproduti$istas7 a!irmam que a escola est% de tal !orma condicionada pelasociedade dividida" que ao inv#s de democrati'ar" reprodu' as di!erenças sociais" perpetuando status quo. :ais teorias criticam a ingenuidade com que se de!ende a democrati'ação dasociedade pela ampliação das oportunidades de escolari'ação" pois" segundo elas" as escoltrabalham com h%bitos t*picos das !am*lias burguesas" e a escola ,nica # na verdade dualicom pressões para a pro!issionali'ação precoce dos regressos das classes menos abastadas(o!re cr*ticas com relação ao seu pessimismo por desconsiderar o papel trans!ormador d

    escola" mas certamente !avorece uma percepção mais cr*tica da educação.

    As "eorias Crogressistas5 de!endem uma pedagogia social e cr*tica onde o papel pol*tico do pro!essor # valori'ado no sentido de evitar que os alunos !iquem a merc$ da !orça ideológicreinante. (egundo tais teorias" esta !orça ideológica convincente # a base da hegemonia duma classe" sendo reprodu'ida pela educação. 3e!endem a superação da cl%ssica dicotomentre trabalho manual e intelectual" chave na divisão dual da escola.

    0eorias !nti&autoritárias

    (eguindo a tend$ncia de Bousseau e lembrando a ideologia anarquista" estas teorias" tamb#denominadas de não directivas" de!endem o aluno como centro do processo educativolivrando-se do papel controlador do pro!essor. :emem o risco de doutrinação" que ocorrequando a criança # indu'ida a agir como o pro!essor atrav#s da persuasão; sendo este vistcomo um !acilitador de aprendi'agem" catalisador do processo. stas teorias so!rem cr*ticaquanto a ingenuidade do seu naturalismo" o e&cessivo individualismo e o descuido transmissão da cultura.

    O psicólogo americano )arl Bogers 1JK2-1JG aplica t#cnicas de terapia de grupo pedagogia" de!endendo o ato educativo como essencialmente relacional e não individual. A

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    din9micas de grupo e o interc9mbio enriquecem as e&peri$ncias. O grupo" onde inclui-tamb#m o pro!essor" # uma comunidade de aprendi'agem .

    0otalitarismo

    :amb#m denominado de !ascismo" # anti-intelectualista e avesso a teorias. Apesar disto" so!in!lu$ncia de alguns poucos teóricos" com destaque para o 6urista alemão )arl (chmitt" cr*tido liberalismo e o pensador italiano Liovanni Lentile" neo-hegeliano que e&acerba na id#ia

    stado como suprema e mais per!eita realidade. O todo" representado pelo stado" prevalesobre o indiv*duo sem a necessidade de legitimação. A retórica # aplicada em uma doutrinaçque busca obedi$ncia e disciplina. Opõe-se brutalmente ao individualismo do liberalism burgu$s e ao comunismo prolet%rio" despre'ando a democracia e privilegiando o papel mais !orte" da elite dirigente.

    A educação # privilegiada no papel de controle e di!usão da ideologia o!icial" sendo distorci para a doutrinação e o adestramento" caracter*sticas que acabam in!luenciando o ensieuropeu" atingindo inclusiveo movimento da scola ova. O dualismo do ensino # re!orçado com uma outra educaçã para a !ormação da elite dirigente.

    "onstrutivismo

    :enta" sendo in!luenciado pela !enomenologia" superar a dicotomia entre racionalistas empiristas. &plica o conhecimento como resultado de uma construção cont*nua" moldadainteracção entre o su6eito e o ob6ecto concepção interacionista . Becusa a concepmeta!*sica tradicional de uma nature'a humana universal" essencial e est%tica" de!endendhomem como resulta