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tiCo PREÇOS' No Rio S500 Nos Estados. . . . $600 o T|CQ" ¦.--, A.NNO XXVI cu- RiO OE JANEIRO ?9 OE JANEIRO OE 1930 © lüroco JÊrraòo —.o •JUM t 269 ' ¦ fK Ol ^^P] Quando Jujuba voltou da venda trazenao DVamos r««olver isso li di-.se Carrapi- garrafa de Icerozene. Carrapicho notou que o cho. indignado Jujuba. e-ctretamo t»_o -. troco não estava certo.certeza do *.„ccessso... .. .porque o vendeiro tem o tamanho aproxi- mado de um elephan-e grande. Carrapicho olhou aquella maasa enorme mas... , rm nue sc_. .ao vendeiro Olha ali uma prata tle 2 mil . lumba. ouc oercebeu «j embaraso cm que **=-.- _ . ..jujuu*. que„Mntando comre» O taverneiro emao abaiAOu-s» achava o *tu pae abaixou se c apontaiiuo «-"' . tanto quanto... a ¦jedinho. «tive .. .podia e Carrapicho achando o i-.omeni pwtuno deu lhe o poma p«i vuigador ccbo as «_•»-.«.

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tiCo PREÇOS'

No Rio S500Nos Estados. . . . $600o T|CQ" ¦.--,

A.NNO XXVI cu-RiO OE JANEIRO ?9 OE JANEIRO OE 1930

© lüroco JÊrraòo —.o •JUM t 269

' ¦ fK l ^^P]

Quando Jujuba voltou da venda trazenao — Vamos r««olver isso li — di-.se Carrapi-garrafa de Icerozene. Carrapicho notou que o cho. indignado Jujuba. e-ctretamo t»_o -.troco não estava certo. certeza do *.„ccessso...

.. .porque o vendeiro tem o tamanho aproxi-mado de um elephan-e grande. Carrapichoolhou aquella maasa enorme mas...

, rm nue sc _. .ao vendeiro — Olha ali uma prata tle 2 mil. lumba. ouc oercebeu «j embaraso cm que **= -. - _. ..jujuu*. que „Mntando com re» O taverneiro emao abaiAOu-s»

achava o *tu pae abaixou se c apontaiiuo «-"'. tanto quanto...a ¦jedinho. «tive

.. .podia e Carrapicho achando o i-.omenipwtuno deu lhe o poma p«i vuigadorccbo as «_•»-.«.

O TICO-TICO — 2 — 29 — Janeiro — 1930

Cioearte-Albttm paro 1930OS MAIS

QUERIDOSARTISTAS

DOCINEMA

TRICHRO-

MIAS QUESÃO

QUADROSDESLUM-BRANTES

40Retratos

Maravilho'samente

Coloridos.; I

V

i

tr "t

4im -pheZcr x£ealma, ÀrvcLfiocL

Citk€o_rteÀll>tiin

o^ío

I

GALERIACOMPLETA

DOSARTISTASBRASILEI-

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RIQUÍSSIMACAPACOM.

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Centenasde

Photogra-phias

inéditas.,

Um livro cheio de Sonhos e de Encantos...

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SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO"TRAVESSA DO OUVIDOR, 21 — Caixa Postal, 880

RIO DE JANEIRO

29 — Janeiro — 1930 3 .-. O T I CO -TICO

we o novo biscoito deuma fabrica que temcomo velho costume-Bem servir ao povo.'Prove hoje mesmoos saborosíssimos

BISCOITOSAYMORE

/_&stcc P«OP

l 0

1" Boticário 1 Boticário l

Que é que tem, quenão me manda V:Sabonete (le Reuter?'*

"Nâo me posso vestiraté que tome banho, enão posso tomar banhoaté que tenha Sabonetede Reuter."

"Esse sabonete, além desuas propriedades antise-pticas e medxinacs, é mui»to compacto e dura duas outres vezes mais do quequalquer outro sabonete".

A' venda em todas a. boaspharmacias e drogarias.

Únicos depositários : So-ciedade Aponyma Lameiro,

Rio de Janeiro.

LEIAM

ESPELHO DE LOJA DE —

Al ba de MelloNAS LIVRARIAS

"-A^^^-^N^/W *rNA/S^^/S_^A„i«S^__/V W

St cada sócio enviasse & Radio Sociedade um*proposta de novo consocio, em pouco tempo dia po*deria duplicar os serviço» que rae prestando aosque vivem no Brasil.

...todos ias tares espalhados pelo Immenso territóriodo Brasil receberio livremente o conforto moral dasciencia e Ja arte.»

RUA DA CARIOCA, 45 — 2* andar.

Ji se encontra à venda em todos os pontos de Jornaes •

Almancah a"0 Tico-Tico, o encanto da pettiada

O mais bello livro das creançasO Livro de Contos dos Ricos;O Livro de Contos dos JPobres.

Almanach do0 TICO-TICO

Para 1930

Contos, novellas, historias UIustrarTas,sciencia elementar, historia e brinque-dos de armar, e Chiquinho, Carrapicho,Jagunço, Benjamim, Jujuba, Goiabada,Lamparina, Pipoca, Kaximbown, Zé Ma-caco e Faustina, tornam essa publicaçãoo maior e mais encantador livro infantil.

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mettido ao seu filhinho um exemplar desta primorosa publicação infantil.

A* venda em todos os jornaleiros do Brasil

O TICO -TICOl&W

(r-KOr-RIEDADE DA SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO",Kedactor-Chefe: Carlos Manh.e» - Director-Qe rente: Antônio A. de Souza e Sih*

a 25S000; 6 mezes, 13$000 — Estrangeiro: 1 anno, 60$000; 6 mezes, 35$«00i rtn mJ em aue foram tomadas e serão acceitas annual ou semestralmente. TODA A

.IJ° Í,_"„,„k_^ ínu. p6de ser feita por vale postal ou carta registrada com valor daAssigna«u.a — Brasil: 1

A» asslgnaturns correram sempre no dia «COKRESPONDF.NC1A como toda a remew «e^^JS^T^veasa do &or.lL Endereço telegraphlco: O MAUtíar"#Ar^ io37- rm^ío- centr*u ion-omcinas: ™t ^7-,

Io Dr. fünio Cavalcanti — Rua Senador Feij'6, 27, 8» andar, salas 86 e 07.

MALHO —

Succursal em São Paulo, dirigida pele

CtOQA£Wr\UcvoO ALUMIN.IUM

Meus netinhos.

Vocês conhecem o alu-

minium, esse lindo metal

de que são feitos vários

objectos de utilidade, co-

mo cofres, caçarolas, vasi-

lhas, panellas, sabonetei-

ras, caixas e muitas cou-

sas outras. A cor pratea-da do aluminium torna-o

um dos metaes mais apre-

ciados. Não sabem os ne-

tinhos, porém, de onde

vem e como se obtém o

aluminium. Foi o grandechimico Deville que, em1850, apresentou á Àcade-mia de Sciencias da Fran-

ça o primeiro pedaço de

aluminium. Valia, então, o

aluminium uma fortuna,

porque, leve, próprio pa-ra ser empregado em va-

rias industrias, era o cor-

no de ha muito sonhado

pelos industriaes. A fabri-

cação do aluminium, meus

netinhos, é uma operação

longa, trabalhosa, que exi-

ge grande consumo de

combustivel. Resume-se

tal fabricação no seguin-te: primeiramente na ex-tracção da bauxite que,preparada, dá nascimentoa alumine que, por suavez, submettida a longo

processo nas usinas, se

transforma em alumini-

um. O aluminium é bas-

tante leve e na industria

tem hoje em dia applica-

ção notável. E\ pôde se di-

zer, o corpo de mais con-

sumo na industria depois

do ferro.Vovô

O TICO-TICO — 6-. 29 — Janeiro — 1930

OTICOTICQNASCIMENTOS

-> # Pedrina é o nome da ünda menina que acabade enriquecer o lar do Sr. Ismael Vianna e de sua esposaD. Marieta Vianna.

-> -> O lar do Sr. Norberto Fernandes e da Sra.Marina Fernandes, foi augmentado com o nascimento deuma menina que recebeu o nome deNorbelina. _>3>_><?>.>...:.>-S>->.><í'-><£<S><"-

ANNIVERSARIOS

.>

.>

-> -> Paulo, primogênito do nossoquerido companheiro Theodomiro Pe-reira, fez annos sabbado ultimo. E, poresse motivo, á residência do Pauloa .correu uma porção de gente, amigado anniversariante e dos seus pães.

-> -> Faz annos hoje o meninoCândido, filho do Sr Benjamin Car-neiro da Costa.

* Guilherm"na, graciosa f-lhi-nha do Dr. Álvaro de Almeida, com1pletou hontem seis annos de idade.

_> <i? Festejou, sexta-feira ultima, apassagem de sua data natalicia o meninoCarlos, filhinho do Sr. Amadeu deOliveira.

"$> -> Passou ante-hontem o anni-versario natalicio do estudioso Walter,filho do Sr. Jarbas de Mello.

-> ^ Conce:ção, nossa graciosaamiguinha e , leitora, filha do S', Pe-dro Cerqueira e de sua esposa .1 Rosa Ribe:ro Cerqueira,festejou a 14 do corrente seu vnniversario.

E M L E I L A O . :> -

* E.tSo em leilãrj «s seguintes rapazes e moças deOlaria: Quanto dão pela altura da Marina? pelas risadasdo Pino? pela carinhr. da Dôdôra? pela sinceridade do

Ninico? pelas mãos da Sálua? pela eleganc:a do José? pelesdentes da Abelardina? pela graça da Dulce? pelos ciúmesdo Lupercilio? pelos cabellos d» Nenem? pelo andar doOctacilio? pelos olhos da Hortensia? pela bondade de Go-dofredo? e finalmente, quanto dão pela minha lingua?

*S> .> Leilão de meninas e meninos de diversos bairros:Quanto dão pela graça da Ruth? pela tagarelice do Evaldo?

pela belleza da Annita? pelo sorriso doCarlinhcs? pela amabilidade da Mary?pelo andar do Milton? peias unhas bo*nitas da Lourdes? pelo bom gosto doÁlvaro? pela tristeza da Orminda?pela sizudez do Américo? pela mei-guice da Lucy? pela alegria do Ge-raldo? e pelos bellos dentes da Léa?

NO CINE-MA...

LUO

CaOs mais encantadores figuri- *

as fantazias de Car- *

O

4>^nos para<S> naval estão sendo publicados

desde o dia 25 deste mez naspaginas do luxuoso semanárioPara todos..., a revista quetodo o Rio já se acostumou aler. Os figurinos de Para to-dos... estão impressos em qua-tro cores.

<8>

•_>.>.>.><8>.><8>,£-><S><S,<S>'í>'^<í,<í>

-> ? Querendo organizar um film,contractei as seguintes meninas do 5oanno do Grupo Escolar Ennes de Souza:Elza, a linda Vilma Banky; Aydil, alevada Clara Bow; Josephina, a bella equerida Lia Tora; Darcy, o querido Ra-mon Novarro; João, o valente TomMix; Arnaldo, o arrojado Richard Dix;Heliette, a encantadora Racquel Torres;Umbelina, a sentimental Dolores Cos-tello; Ubyrajara, o Oscar Smith; Dante,o Milton Sills; Hélio, o Ricardo Cor-tez; Anna, a bella VirginLa Valli;Rosa, a Ruth Taylor; Gloria, a bellaNorma Talmadge; Yogli, o eleganteGilbert Roland, e eu, a — Mão Negra.

•$> -> Querendo organizar um film intitulado Illusõesdo Amor, contractei os rapazes e senhoritas da Rua Barãode Bom Retiro: Antônio, o querido John Gilbert; Herminia,a famosa Greta Garbo; Domingos, o engraçado HaroldLloyd; Sara, a cômica Clara Bow; Adenüdo, o gaiato Ja-ckie Coogan; Julia. a divna Norma Talmadge; Victria, ainolvidavel Theda Bara; Aida, a interessante Billie Dove;Margarida, a traquinas Bebe Daniels. — Lorienil.

A S O R

f ^^ \j ____________ ________ ^^*^fr^r ^i ._»- ¦ 4|H| _P^_____

Esta sombra aborrecidaDe perseguir-me tem sede,Mas eu lhe faço a partidaPregando-a nesta parede.

Zé Pinga, tem pac*enc;a,Não sejas tão innocente,Sombra é como a consciência,Anda sempre atraz da gente !.,

29 — Janeiro — 1930 O T I C Ü • 1 1 C O

^^^giisr

CAMINHEIROS DA VIDANa estrada azul da vida pararam, certa vez, três

caminheiros. E após a saudação que então fizeram, ca-da um perguntou quem era o outro. — Eu sou — disseo mais forte e mais robusto — o syrnbolo da luta,a mostra da victoria. Nos prélios da existência só égrande o mais forte. Domino a natureza com a força domeu braço. Com a rigidez hercúlea dos meus músculosabato os gigantescos pinheiraes, desvio a força indomi-ta dos rios, faço calar as ululantes feras. Nunca encon-trei vacillações, nem medo, na viagem que faço pelomundo. Nos torneios da vida eu nunca fui vencido. Meunome é Destemor, filho da força e irmão gêmeo da au-dacia. Falou depois, o outro caminheiro: — Nas lutas daexistência eu sou fanal brilhante que dou norte aos mor-taes. Presido á creação de inventos mil e, dia a dia, pelomeu trabalho, offerto á humanidade os legados precio-sos da sciencia. A creação inteira pararia, as usinas cahi-riam no silencio das cousas que adormecem se eu, uminstante siquer, deixasse de existir. Mais do que a forçaeu sou útil, amado. Chamo-me Intelligencia. A seguir,com voz branda e delicada, fala o mais joven dos trêscaminheiros: — Eu ando pelo mundo a destender ummanto de bondade e ternura. Dentro de mim morammeiguice e riso, vive a felicidade e, algumas vezes, vemse esconder a dor. Também consigo dominar os fortes,abrandar o furor dos desvairados, tornar simples e bonsos maus, os scelerados. Sou a casa do affecto e da sau-dade, meu nome é Coração.

CARLOS

O TICO-TICO — 8 — 2íl — .Janeiro — l!i:;ij

Um colibri, vendo pousada uma bor- I X}^ ^^ÉÍ í .»'ict.nu Ja Moda. con elle. os bo-boleta, disse-lhe que ella era uma... |j^ ^H|

mens os apanhavam e, depois de. .

. matal-os, de verem seus V— ~^^-A~'\>f ^^ • Rfillo c falou o colibri -corpos embalsamados faziam ai- \ __^^ ¦' *r -*/ / Tu. meu amigo estás livrefinetese vários artigos da moda fe-\s~~~-^— - _ . \ - 1/ I \j*' /mal! — Enganas-tc, meu amigominina. Nisto ia passando um... \ycr=r .'-; _- —L _^ J

~-V-| —/ minha» pernas sao aproveitadas...

flfeSí ' A>3Sk kÍltí y^Í_J£____^. ..pjru cniciic c Q'J>-

drinhos. Uma cobra surgiu no meiodos dois. com grande pavor para d-les. para dizer: — Nem eumais! Eu que vivia socegada, sou ca-cada como pelle preciosa para fazercalcado, bolsas c outros artigos feml-mminos. fl fugindo da.„

.. .cobra, que havia de\uraJ'i o grillo.foi sugar o mel de uma flor que se quei-uva què delia faziam perfumes paratocador.

Um a Im iscar, que no momo-t" passava, disse:—Consola-te comnii-go. que '.«ju irnmolado para colherem aessência — o aímiscar.

I ii sou o iMoschos, habitantedas seKas africanas.

Finalmente, todos morna.,serviço da Moda: — a garça, a ra-

tcatoés, etc e a moda im-placivd sedenta e futil tudo consu-n :» tantas vidas, para instantes deprazrr

F AN IIIO A I E R I A I ¦ »^»__> ^^^^^ ^Baa__ai. s^^bisisssi^s^^st^s^^».--ü» -- • ^*ji*^mmtmmmmm*immÊmmt

sssssmmwm *** * W

Alumnos

do Grupo Escolar Diogo ¦'/ ju9 MlFeijó. na festa do encerramento ^r^^^*! L^^sT^J

das aulas. má , «jfl

""^ f1"!—"VsatfH

|JB ^L- wá ,/

Joaquim, filho do Sr. RaphaelBezerra., ARMANDO JOSÉ' FREIRE

Zulede, filha do Sr. TenenteThemistodes.

1.

^^^ r",*jj

"*» I ir.' C rm¦ m\\\W w

4 m**s W* mW WaWsm Vi j.»y ^^ ^ff

Msi * \ *j m ^mm\

....mr cT {HE I '*'*»

GILDA ROQUETTE ACHE' O LINPO OSCARZINHO

O» lindo» contos tle fatias - A Bella Atformecld

WKMA\Wi Ali 1. TT -^Bgj «7|rr)Ha| «ffjl¦sr- hJmJt l Ml1' ls\'«s^,f«igftifrt*a* yJtfc* «¦. Ijfct .JB; ¦4.*am^mmmV@mmmV^?M^^/rX^r "^ ¦ Flír*H K^tBkÍh^^k ^í SP kS

K^ilIBi Ç^RlinBSr** * "V TF Frei

\mmmSEk' *r^f2i' KYéM e

^^^^^^ ssM

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& í^ «r-^^^ sj 9 «P^&* sssW .IsssbV^ EsVffirVf1! Msjssssi^^ • m\ , ivvvsssV. ' JP*Tm W^mm

ssW ' wkrjtm

sfelsssssi-9 ^ssÉssssssE ^sssfl

JOSEPHINA DUNN. NO BiSBII ~'~ ~PAPEL DE BELLA IADORMECIDA ¦7s?*'^s0

W mmS^F^ Kí < mmw » ^ m. *V ^M gj

Àmmmjm*m^W * ^^mmm sssMft^s^ssssi

¦I Ml MKrM IsV íssssT * ¦

LIA RENNE E SUA AR.VORE DE NATAL

I

29 — «Joneiro 1930 — ií — O TICO-TICO

^Ul \2*^y

y^r^^m\m\m\\\\\\m\ f^^PTl F/ jT.rjgini -:-jI B*Ti I

//.J\ó QucbrarTuxdoCúricgrtadorclc relógios

pTolito proclamava aos ventos as ma-

J. nrgkaa de uma acua que maiava a sede afome *>*j ratos. t-orj'.iv moscas, e mosquitos i

m\ |u« maravdhusa i..mt>cm lava* a rudolO chio a louca. ícodos e couros, tirava 1manchas f Iara nascer o cabello ale numa 1bola d» "foüi-bair ». 1

5 @l

r E o primeiro curioso chegoupara ouvir cs milagres da mara*vilhosa agua. que Piroino com..

I lanio cnihusiasmo. procla-i ^*-*^ •—w__

J, calvos, cabelludos. feios, bonita, de T "f ça. minha gentel._ N.iocuita um vinlem! i

I au>a_ T «ISS S jnarslll **¦ V^-' todooiamanhoe formaio vinham os in- ( J I Lu E dc graça! Oê graça par» todo o mundo! II lhcr_ Depois Torara chegando-. icressados. aos ouaes Piroino fornecia.. I (I I

Í^^*—_<^J dc

nua tatrMcia aAa fj; a u-,ú, uaa «n.e| \ Vjl '} w ¦ L 4,

Está á venda em todos os jornaleiro?, o Almanach do O TICO-TICO, para 1930.

ByxJ^I¦ ¦_____.

0 TICO-TICO

A E S T RHavia muitasnoites já queo velho Andrénão appareciasentado á so-leira da sua

^ porta, onde

contava ás crianças do povoado as

historias que ellas tanto gostavamde lhe ouvir.

Naqueila noite de Reis, illumi-

nada por um pallido crescente de

lua no fundo azul ferrete do céo

estreitado, appareceu o bom velhote

que foi logo rodeado pela criançada.•— Que fim levou, tio André?,

perguntaram-lhe.i—i Nenhum. E a prova é que

estou aqui. Si tivesse "levado fim",

aqui não estava outra vez.

i—i E' que ha muitas noites a

gente nâo "lhe" vê por aqui.. aTenho andado de viagem._

Principio de anno... Vida nova. tm

E' preciso pôr em ordem os nego-

cios, cuidar do trabalho....Mas hoje não é dia de traba-

lho, é dia santo, dia de Rezes...tDe Reses, não; corrigiu o

velho, que apezar de ter pouco cul-

tivo, gosava de ler e não era igno-

rante. O dia é de Reis e não de

rezes que quer dizer gado.Sempre é bom a gente saber;

respondeu o pequeno agradecendo.

Eu oiçp toda gente por aqui dizer ,'dia de Reses que pensei que assim

estava certo.

.— O certo é como eu disse, reaf-'firmou tio André;

— 12 —

ELLA29 — Janeiro — 1930

DE BELÉMDizem que foi uma estrella

que guiou os pastores e os Reis até

o presepe de Belém; não foi, tio

André?Foi, sim. Era uma estrella

muito bonita e brilhante.Onde está ella no céo? inda-

gou um garotinho, olhando, curió-

so, a abobada celeste, toda constei-

laia. —

Ella agora anda longe das

nosas vistas. Eu já li em um alma-

nach que essa estrella de Belém, de

annos a annos, apparect.E que é um almanack? inda-

gou uma menina.

¦— Almanack é um livro cheio

de historias a respeito do tempo, do

movimento da terra e das outras

estrellas...Das outras estrelas?!... per-

guntaram, admirados, uns tres ou

quatro.Sim. As estrellas são astro3

e a Terra é também um astro no

meio dos outros. E é, até, um dos

menores, apesar de nos parecer tão

grande L.K

A diferença é que uns são cha-

mados planetas, como Marte, a Lua,

a estrella .Venus que vocês chamam'de Papa-ceia, e é a primeira que se

vê á noi ti nha.E as outras ?As outras, como a estrella de

Belém, são cometas, porque têm

uma espécie de cabelleira ou de

cauda luminosa, fe àpparectm de

tempos em tempos.

Os astrônomos, que são os ho-

cnens que estudam os movimentos

dos astros, calculam certinho, o dia

e até a hora cm que os cometas tor-

nam a appareccr ás nossas vistas, e

os almanacks publicam isto todos

os annos.•— Com a conversa de hoje a

gente aprendeu muita cousa que não

sabia, disse um dos meninos.

i— O principal é não esquecerem

e não dizerem mais reses, em vez

de Reis e outras tolices iguaes.Não, senhor, ninguém esque-

ce mais que a Terra é um planetacomo Júpiter, a Lua, a estrella Papa-

ceia e outras.E como é o nome da estrella

que vocês chamam Papa-ceia?...:

perguntou, de repente, o vclh'. An-

dré.

Houve um silencio.•—i Está alli; continuou elle. Nin-

guem se lembra mais do nome quecu disse

¦— Eu me lembro, sim; exclamou

um dos menores do grupo.i— Como é então?

E' Menus...Menus, não; corrigiu, sorrin-

ido, o velho André. E' Ve-nin. Di-

gam todos: — Venus.

Venus; repetiram cm co

crianças.•— E agora até /"V

amanhã

¦— Até amanhã,

tio André.

Trancoso.

29 — Janeiro — 1930 — 13 — O TICO-TICO

As aveirati!_-a_ de Fa-H-tinaZé Macaco

A BRIGA

Menino !Lembra-tc sempre dc que tens mvilos deveres a

cumprir para comtigo mesmo, para cem a familia epara com a seciedade. Entre esses deveres estão oamor a teus pães e o respeito a teus semelhantes.

j&txHOJE estou Por conta /^_vT-<W eaust/ha cr?éoo ' voceK insuportável /ias cotÍT M X/l/U &RI6ARCOM A / WÒ ME USE MA/S O CHAREO *S0y£ _-_•__, /«SU\NA0 PROTESTO1 \ MAL^ TE

Q&ZA/—_ __,,__-__._/ / MARRON. OUE SE PARECE ROftTAVEL \A 5E//RORA e' / ,___¦*,

(OVn! / *"«*

ssi&*RArA'" f) ém \f/«A sARARAcy/ga

QUE MAU P ACHA {o.SAr0RO[ , laR7 f~ JJ*. ££,..*<_ '(T ISSO MESMO ^-^ SlM'ÇUOt^fO\l0%X *VV .-.O-

)

kl JL ^^ JÊL i'

y//MOE. APPROXlMAI-VOS ^AJE> i—-<=J _.**> _.INCRATOS' ME A3AN 4^0 _S PAZES ' ''^1. \> /T |

OONAMI ' E/C AREI SOSI ¦¦ ii N *" Wvf^A "^ ________> _Í3?1^

NHO NA CASA ONOE POR £ /lAX -_^^ * V/ J®^ ^" T^ff^C^fL_r_/vi_> tempo fíe/NOu(^ J^^y A /l

^\ /wfe'^" ^ V^3Ju^Y

L_____^__~_^_ L- -1

O TICO-TICO — 14- 29 — Janeiro — 1930

i MAS QUE(MOXOLOGO)

CALOR!

\j Quando chega o ve-rão, toda gente

So uma pnrase é que sabe compor.Repetindo-a a todo momento:

— Mas. que calor!.

•Muitas vezes, pra a falta de as-sumpto

E' o de que podem logo dispor;E iniciam a prosa dizendo:

Mas. .. que calor!

Num exame de physica um jc.cd,Apertado pelo examinador,Respondeu ás perguntas assim;

Mas... que ca'or!...:

Num comido poiitico, ba dia;,Um fogoso e suarento oradorComeçou seu discurso exclamando.

Mas... que calorl

Pra tratar de um doente é chamadoUm distineta e perito doutorPois, em vez da receita, elle disse:

Mas... que calorl

Recommenda depois que chama.semUm collega que era operador,O qual chega e diz logo também:

Mas... que calor!

E o enfermo que estava da febre

No mais vivo, fortissimo ardor,A gemer, também diz, cm delírio;

Mas... que... ca.. .lor!...,

Um inglez, pouco aííeito a esteclima

Desmanchando-se todo em suor,Consultando o thermometro, brada:

¦— Mas... que calor!...

Si na rua fazemos um obséquio,Muita gente agradece o favor,Repetindo, cm vez de um "obri-

gado";Mas... que calorl

Á um poeta que andava á procuraDe umas rimas difíiceis em — ôr,Também eu disse assim, sem querer:

¦— Mas... que calor!...

Ha quem fique com este costumeE do inverno, no maicr rigor.Tiritando de frio, ainda diga:

Mas... que calorl

Eu conheço um sujeito sabidoQue, si encontra na rua um credor,Antes delle falar-lhe diz logo:

Mas... que calor'

Já lia dias um outro no bonde,Quando chega o "senhor conduetor'*,

*>>^^^^^^^^^-*'*^^^^^*S-l^_~^^W^^^*^^^^VWW^V^W* -

AS ROUPINKAS DO BEBE

As leitoras d'0 Tico-Tico devem colorir as roupinhas que ocvêem na gravura acima e depois de collal-os cm cartolina recortarpeça por peça cuidadosamente. Terão um lindo passatempo, se assimfizerem.

E elle, em vez de pagar,diz ao homem:

Mas... que calor!.. .•,

A verdade é que por toda parUE' geral esse grande clamor,Velhos, moços, meninos, dizendo:

Mas... que calorl

Um pequeno, de um anno de edde,

Que a falar hoje mal começou:Sua phrase primeira foi esta:

Mas... te talo!...

Vão pensar, certamente, que agoraEu também vá dizer, sem temor:A tal phrase de todos sabida:

Mas... que calor....

Pois enganam-se, porque receioQue isto vá molestar o senhor...

{Aponta um cavalheiro)Que está farto, talvez, já de

ouvir:Mas... que calorl

Eu, então, para ser differente,Desigual, mesmo, por desíastio,Enxugando o suor, lhes direi:

¦— Mas... que frio!...

M. Meia

Boa respostaCerto fidalgo, vendo um dia Des-

cartes numa casa de pasto comendoa regalada, disse-lhe:

Então que é isso, creu ami-go, pois também os philosophosgastam o seu dinheiro em acepipes?

Essa não é má! — respond _Descartes — Julga o senhor porven-tura que a natureza só produziucoisas boas para os ignorantes?

* * *

O forasteiro: — A que attribuea sua longevidade?

O mais velho habitante da ai-deia: — A minha quê?

O forasteiro: — A sua longe-vi da de.

O habitante: — Olhe, senhor,live muitas doenças no meu tempomas nunca tive essa.

29 — Janeiro — 19oÜ — 15 — 0 TICO-TICO

Pe!rgev_raa.ça

_ti__J_l

Tu não és o rapaz que esteve vaqui, lia uma sem?na, á pronna de

$3 emprego?Sou, sim senhor.Bem me parecia. E eu não te

disse que precisava de um rapaz maisvelho?

Disse, sim senhor; por ísmi é quecu aqui venho agora.

c

8__menino ma o

-i—"»v—^?—.' —- y/x v '"'i o",T'y"i"v]rS 2 V%-99 'Si

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i '" ~Zjí#. '[ ' *i\i2r ' ' y-sZ*- \\-0^

Paulo era mudo mão, pois roubava jardim Tinha dois pés de fiais bemas floics do jardim do amiguinlio locl imitimos. Joel com a tezoura deu a tor-e sahia correndo. Você não deve fazer na de um cachorro a ambos. E licou

isto. disse Joel. Fu tenho uma idéa dc vigia, a espiar a chegada do aungo,e vou pól-a cm pratica, só assim elh* que raspou um susto!...não tirará mais as ündas flore> dVi meu 1" nunca mais tirou flores

ara matar a seden- habitantes de Certas regiões africanas usam nm engenhoso p'0-- para matar a sede em viagem. O recurso consiste em amarrar um

punhado de herva á extremidade de um canudo de tres pés de compri-mento. e que se enterra no chão, tão profundamente quanto possível.

Applicando-se a bocea á extremidade livre do canudo faz-se o vácuo na

nutra extremidade, onde se acha a herva.A água reune-se ahi, e sobe até a bocea. salvando, ás vezes, a cara-

iiiimada.

O T I _ O - T I C O - 15 —. 29 — Janeiro 1930

COLLABODAÇÁOO LIVRO E A ORAÇA

Para os pequeninosleitores do "O Tico-Tico".

Tia muitas cousas neste mundo

jme, pelas suas extraordinárias vir-tudes, constituem felicidade para acreatura humana, derramando so-bre o espirito luz e esplendor; mas,de todas as luzes, a mais brilhanteé, sem contestação alguma, aquellaque recebemos por meio da instru-cção.

Sim, caríssimos meninos, a luzda instrucção é incomparavel, por-que sem o livro jamais o homemconseguiria cs proventos de umasociabilidade, jamais alcançaria asregalias de uma existência lison-

jeira para si, para a sua familia,

para a sua pátria.A leitura dos bons livros contri-

bue bastante para um temperamen-tu de espirito agradável, e por ve-zes nos eleva a alma ás maiores

grandezas do pensamento, auxili-ando as nossas aspirações mais no-bres para um futuro risonho.

O livro é tudo na vida. Sem ellenão haveria perfeição humana, nem

progresso. Ha leituras tão edifican-

J— <<èy*

tes e tão sublimes que purificam onosso entendimento e penetram anessa alma, ' introduzindo-nos noespirito os melhores e os mais pu-ros sentimentos.

O poder do livro é illimitado co-mo os esplendores da natureza. Masha um poder superior ao do livro —é o poder da graça! A graça excedea todas as perfeições humanas, por-que é a vida da alma. Ha muitoschristãos que podem prescindir dolivro, mas não haverá um só queprescinda da graça. A graça é umdom admirável do céo, é o mais.

precioso de todos os dons, por issoqne é gratuito e superior a todosos bens naturaes. A graça excedea todas as maravilhas do mundo

physico, moral e intellectual., "A

graça é para a alma o quea alma é para o corpo, o que o aré para os pulmões — a vida!" E sea graça é a vida, ella nasce na almahumana com a aurora de cada dia,com o sol de cada manhã, porqueella é o Sol Divino nos horizontesda Fé.

Vigia, Pará, 1929.

Jonas Ferreira.

O GATO E O ,RATONuma despensa sortidaEncontram-se, por acaso,Um gato, um rato e um queijo,Todos num só prato raso.

Diz o gato para o rato,Olhando guloso o que^o:— Amigo, não tenhas medp,Pois comer-te, não desejo.

O rato, pobre coitado,Acreditou no gatãoE poz-se a roer o queijo,Com grande soffreguidão.

O gato estava a olhal-o,Procurando o tempo azado,Emquánto o rato rôia,Innocente e descuidado.

O queijo que estava a meioDe tanto levar dentadas,Acabou-se por completoNas presas do rato, afiadas.

Em certo momento, o gatoAbaixou-se mais um pouco,Saltou em cima do ratoQue deu um gritinho rouco.

Então, o pobre ratinhoFoi morto pelo gatão,Que se deitou na despensa,P'ra fazer a digestão.

Assim morreu um ratinho,Innocente e comilão,Que, ingênuo, acreditouNa palavra do gatão.. .,

Sylvio Pereira da Silva'.;

3 ni r 9 *

UMA MENTI O ARTHUR2INH

Arlhurzinho quebrou, com.ima vara, o vidro da janel-Ia. E, com medo de ser re-prcheudido, pensou em men-tir.

Mentir é muito feio. MasArthurzlnho mentiu. Arranjouuma cenoura e de dentro decasa chamou um burrinhoque estava na rua„

O burrinho enfiou: a cabe-ça pelo vidro quebrado dajanella para apanhar a ce-noura que o Arthurzinholhe offerecia.

Nesse momento chegoumamãe e acreditou que fosseo burrinho quem houvessequebrado o vidro da janella.Feio vicio ê a mentfr.

29 — Janeiro — 193G - AZ - O 1 I C O - I 1 c o

{lftXlMBOWN7PIPOCA.(Ç Ç tA

0 PATRÃO ESOUt •

CEU-5E EA BEJS-GALA . () SUtTACVAE UtVAL-AAO TEU DOMO

E.LLL NAO DEV/CtsTArc. LOMGE.

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ORA BOLASEA PRIMEIRAVE2. OUE ES -QUECO DE LEVAR.'/1 8£N-GrALA,a Mi-NJHA UMiCAAf?MA

VEM UM PATOAVANÇAR,

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BRAÇOS E. EN--TReéue oco!

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1 TWa deuRiao da testa doho.Tu_.ft Com a f^x^ij.g 3}2.Z.*.. entidades CP do5 braços -o -?omj?»u

Taxa. Supporlê óa. f.g í .Po-dbBefig.i.Faxa. fig. 3.

Preguem tuao em cartolina, recortem as figuras a cavnivete e depois tirem ss partes pretas que estão marcadas"z\ as letras minúsculas a e b. O quadro onde se acha o re-nendão deve ficar inteiro, apenas, com as aberturas a e bcima referidas. Colloquem as faixas (figs. I e 3) nas posi-

0es indicadas pelo modelo visto de costas. Com dois nóstz linha façam os pontos A e B; sendo o ponto A preso so-Odeio VÍSTO de._ mente nas figuras I e 3, e o ponto B preso ao quadro. As

cos-4.5cs figuras 2 servirão de passadores da faxa ífig. 3). Depois in-troduzam as extremidades superiores dos braços nas fendas a e b do quadrocruza«do-as nas costas e introduzindo-as na abertura a b da figura 3. Vê-se nafigura 3 um'X e um ponto cercados de um pequeno quadro pontilhado nesseponto se pregará a cabeça do remendão.1 A faxa "supporre da figura I será col-lada so nas extremidade, bem como, as faxas 2 e 2. Assim teremos o brinquedoarmado, hazendo um movimento coma jaxa I para baixo e para cima faremos o__rl!oc0!iSdo^apat.' "«'-"aos

do homem onde.se vê.um pequeno furo e nâsolla

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O TICO-TICO — 20 — 2\) Janeiro — 1930

A força do hab ít oNo temflo em que os bichos fa-

lavam houve uma festa na casa dagarça, sendo convidados diversosbichos para assistil-a.

O cysne, o gallo, a cegonha, o pa-vão, o carneiro, o urso branco e ou-tros lá estavam ostentando sua rou-pagem de pennas ou de pellos ai-vissimos, e a festa ia transcorrendocom toda ordem e alegria.

Diversos pássaros já tinhamcantado, os tangarás já haviam dan-tado e o velho orangotango, comsuas quatro mãos, tinha apresenta-do diversas sortes de mágica e pres-tidigitação, em que era eximio, prin-cipalmente quando escamoteava ba-nanas, comendo-as com a maior ra-pidez, e sem que os presentes vis-sem.

Estava-se já na hora do jantar,^quando chegou atrazado, ás pres-tsas, suando muito, o porco que, nãotendo sido convidado, assim mesmose apresentou, com o maior cara-durismo, na certeza de que a gar-ça, delicada como era, não iria pôl-ofora da festa.

Pouco asseiado, como sempre foi,o porco não procurou tomar um ba-nho antes de ir para a festa, desorte que lá chegou trezandando ácomida azeda que havia ingeridoantes de sahir, mettendo o focinhona tina com farello, sujando-se to-do.

O gatinho branco que era, e ain-tia é, um bicho muito limpo, ficouescandalisado com a sujeira do por-co e, delicadamente, á parte, cha-mou sua attençâo para aquelle des-propósito.

— Ora, que tem isso?... res-pondeu displiscentemente o porco.Sahi ás pressas, não tive tempo deme lavar e, nem por isso, estou tãosujo assim.

Depois, elevando um pouco avoz, continuou:

O amigo pavão está ali tãovaidoso com o lindo colorido dasua cauda aberta em leque, mastambem não lavou os pés que estãocheios de poeira.

O pavão ouviu, envergonhou-se,fechou a cauda e olhando para osseus feios pés ficou muito tirste.;

Você é um inconveniente,disse-lhe o macaco. Bem sabe queo pavão não gosta de que falemdos seus pés.

Então não venham bulir com-migo, dizendo que eu sou poucoasseiado...

Mas quem disscPsso não foio pavão.

Bem sei; mas paga elle pelosoutros. Quem tem rabo de palhaou cauda comprida, deve ver comofala.

Essa historia de cauda com-prida é commigo? perguntou o ma-caco, zangando-se.

¦— Não é; mas si você acha quelhe cabe a carapuça...

Seu atrevido! — vociferou omacaco.

—i Atrevido é você! — retrucouo porco, mostrando os dentes re-curvos e aguçados.

Espera ahi que eu vou te en-sinar a seres delicado! — ameaçouo macaco, segurando um forte pe-daço de pau.

Os outros bichos intervieram pa-ra apaziguar os ânimos. O ursobranco segurou o porco, emquantoo orangotango accommodava omacaco, tomando-lhe o cacete dasmãos.

Acabemos com isso e vamosjantar, lembrou a garça.

Apoiado, vamos jantar; con-cordaram os outros bichos.

Foram todos para a mesa. Asaves de bic longo, como a cegonha,a garça, e mesmo as de bico chato

como o cysne, os patos e outros de-sistiram da sopa pela difficuldadeem to:nal-a.

O porco, vendo isso, perguntou,depois de já ter tomado sua sopa:

Como? Vocês deixaram a so-pa toda?! Então eu quero. E to-mando conta dos restos de sopa dasaves, pôz tudo novamente na sopei-ra, bebendo soffregamente.

Como a sopa da sopeira estivessequente, elle começou a soprar, rui-dosamente, salpicando a mesa e oaque lhe estavam perto.

Foi um verdadeiro desastre.O papagaio pediu a palavra, pro-

testou contra aquillo e fez um brin-de, saudando a dona da casa, queera a garça.

Pois nem nessa occasião o porcodeixou de comer, mastigando com>estardalhaço, triturando a comidanos dentes possantes.

Como houvesse bastante bebidaso porco, sem a menor cerimonia, foi"entrando" na "água

que passari-nho não bebe" e ainda mais incon-veniente ficou.

Sem pedir a palavra, começou afazer um brinde que não acabavamais, dizendo muitas tolices, até quefoi retirado, á força, da mesa. !

Tendo se derramado em um can-to do jardim uma tina com água,o suino, esquecendo o logar ondeestava, refocilou-se na lama, sujan-do depois tudo por onde passava.

Finalmente tantas fez que o pu-zeram para fora do portão da casa,onde elle ficou a "dormir como umporco" que era, e servindo de es-carneo aos outros bichos.

O macaco, ao ver aquillo, sen-tenciou:

O habito tem muita força, equem é porco, por mais que faça,sempre dá mostras datjuillo que é.,

Malazartes.

29 — Janeiro — 1930 21 O T I C O! - T 1 Ç O

MODA INFANTIL

_« Blusa em seda ray. com botõzinhos botões ao lado e patinho bordado no bolso, rendinlia; bolsos franzidos. 4» — ModeloPérola. Calcinha de setim com dois gran- -egundo o modelo _o lado. _nc.rt:

_e_ botões ao lado 3" ~~ IJndo v«sti<1inno em.voile cnrn gola Calça listada, blusa de linho com. peixes_• - Vestidinho de linho festonC cera <3e pontas compridas de nanzouk branco com Dor_a_?_ e echarpe.

O TICO-TICO -?? 20 — <f-«tm.Mro 11» JO

tpÊmãr <sx kp

JORGE DA COSTA NEVES — O Systema dcPatrulha deve estar á venda no "Jornal do Brasil";o "Caderno do Escoteiro'' foi oífertado pelo

"Tico-T:cu" á U. E. B. (União Escoteira Brasileira) paraser distribuída por cila. O Cuia do Escoteiro está ávenda em qualquer livraria.

AMYRIS (Maceió) — Já lhe escrevi dizendo oque pensava do seu "acrostico" c aconselliaiulo-a a dei-xar esse gênero poético antiquado.

GEORGE SAND (Rio) — Sua letra revela bon-dade, benevolência, doçura, espirito de ordem, de eco-nomia, sensibilidade, affcctividade. O horóscopo daspessoas nascidas a 2 de Junho c este: "Tem exaggeradoorgulho dc familia e ficarão ricas antes dos 40 annos.Gostam de viajar, das commodidades, do luxo mcsrtio.Intelligentes. têm vocação para a medicina, sendo asmulheres babeis enfermeiras. Como são cxaggeradasem tudo, soffrerão do estômago e dos intestinos pelosseus excessos á mesa. O estudo das artes é muito bo-nito para uma moça. O das sciencias é mais árido. Ho-je, porém, o feminismo está invadindo tudo e já hamuitas moças médicas, engenheiras, advogadas, etc. De-pende da sua vocação para a carreira que escolher osuecesso que alcançará.

GEBA (Rio) — Seu pseudonymo não está muitoclaro; tanto pode ser Queba como Leba. Talvez, porisso, não tivesse encontrado a resposta que já deviater dado á sua consulta. Sua letra, assim como seu ca-racter ainda estão em formação; vê-se, porém, bonda-de natural, certa força de vontade, reserva, descon-fiança, timidez, receio. A's vezes dissimula seus senti-mentos, fingindo estar alegre quando está triste; nãoé assim ? Escreva.

ATRAM (?) — Letra de pessoa caprichosa, in-constante, de grande mobilidade, energia e amandoas viagens.^ Espirito pbantasista, construindo castel-los no ar. A's vezes se torna reservada, como diz muitoclaro a formação das letras te q.

Quanto ao horóscopo das pessoas nascidas a 28de Dezembro é este: "São enérgicas, decididas, francase tão activas que lhes faz mal aos nervos a preguiçacios outros. Pela sua constante actividade estão sujei-tas a doenças dos nervos, neurasthenias, etc. Gostamde viajar e vão, quasi sempre, morrer longe da pátria."

ANDRÉ' J. P. DA SILVA (Rio) — O horosco-po dos nascidos a 4 de Julho é o seguinte: "São do-tados de coração magnânimo, são intelligentes c ha-bilidosos. Gostam muito de criticar os defeitos dosoutros, mas se zangam quando lhe apontam os seus.Gostam da boa fama, dos elogios e do dinheiro. Sãomagníficos pães de familia."

OPTIMISTA (Campinas) — Sua letra redondi-nha e de traços verticaes indica bondade, benevolência,doçura sem excluir a energia nos momentos em que

cjja se faz necc^iaria. Como seu pseudonymo indica,

vê a vida pelo lado cor de rosa. E' caprichosa, econo-mica, tem espirito artístico e ama as letras e a poesia.O sen til indica que é voluntariosa e que, estando con-tente, com a sua consciência, pouco se importa com ojuízo que possam fazer a seu respeito.

Quanto ao horóscopo dos nascidos cm Julho te-nha a bondade de ler o que digo antes a André J. P.da Silva. O horóscopo das pessoas nascidas a 4 de No-vembro é este: "São orgulhosos, intelligentes, origi-nãos e. alcançarão suecesso nas artes e nas letras. Temespirito de iniciativa, gostam de estar sempre á frentede qualquer empresa onde possam dar ordens e nãorccebel-as. Amigos de se apresentar bem, gostam delisonjas e elogios. A's vezes se tornam coléricas e im-pertinentes."

SED1TSIRA SENUN (Guaratinguetá) — Seutrabalho foi acceito.

DULCE DAS FLOR.ES (S. Paulo) — Activida-de. agitação, mobilidade constante, volubilidade é.o quedenota logo sua letra. Vê-se mais um pouquinho decapricho, de teimosia e reserva em certos casos. O ho-roscopo das pessoas nascidas a 1° de Abril (não serápilhéria?) é o seguinte: "São de grande actividadementa! e forte intelligencia, fazendo prosperar as em-presas em que se mettem. Têm vocação para a musi-ca, porém são irritaveis e impacientes com... as des-afinaçções. Muito volúveis, seu coração é um catavento.Ciumentas e nervosas." Já estamos em Janeiro e euá espera da promettida visitinha em Dezembro .

PRINCEZA INDIANA (Petropolis) — Deviater escripto á tinta e não a lápis. Como vae sua ami-guinlia? Escreva... á tinta.

ESPHINGE (Barra Alegre) — Graphia graúdamostrando imaginação viva, grandes aspirações, gene-rosidade, prodigalidade, mesmo, orgulho. Amor aoluxo, ás grandes viagens. Franqueza, energia. Para sa-ber o horóscopo dos nascidos no mez de Abril tenha abondade de ler o que digo antes á Dulce das Flores.

CIRCE (Barra Alegre) — A inclinação dos seustraços calligraphicos para a esquerda indica dissimula-ção. desço fiança, reserva. Vê-se mais: teimosia, amorao luxo e uma preoecupação qualquer no momento deescrever. O horóscopo das pessoas nascidas em t, deOutubro é este: "São cheias de ethusiasmo. iniciativae actividade para tudo, não desanimando com os con-tra-tempos. Volúveis e inconstantes nas amizades comoem tudo. esquecendo hoje o que desejavam hontem eassim por deante. Apesar de honestas, são pouco amiga?de pagar suas dividas... Espirito alegre e folgazão,fazem soffrer os outros pela sua inconstância e ver-satilidade." DR. SABE-TUDO

29 — Janeiro 1930 — 23 — O T I C O - T I c q

A TROUXA DA ROUPA SUJA

Mamãe mandou que Alicefosse er.trruxar a roupa su-ja para entregar á. lavadeira.

Alice tirou a roupai da cestae foi jogando ao chão emquantoBiíií, seu maninho, engatinhava.

Alice não viu o Irmãozinhoe. atando a roupa, nella deixouo Querida Bitií.

A lavadeira chegou, apanhoua trouxa e foi se embora paraa casa. levando Biti,

$ HMÊk teil >«Í»Vj -1-

Poucc tempo depois.mamâe dápor falta de ISitú e InterrogaAlice, que, affllcta, não sabe di-

ter onde esti Bitii- EmquantoIsso se passa na casa de Alice,a lavadeira abre a üouxa e en-

contra, chorando, o Biti, que 6levado Immediátamente á casapara socego de mamas.

Alice pensa agora como ec-trouxou. sem dar por isso, o«seu querido maninho.

Ao fundo da praia majestosa ha umbranco traço de união entre o verde inarbravio e o agreste verde da floresta que,ostenta o vulto negro que se apruma ufanoelevando no deslumbrado horizonte, o seuporte altivo e gigantesco: a Pedra da Ga-veal

Quem a teria baptisado assim?Talvez, um, dentre esses obscuros heróes

de que esta repleta a costa do Brasil —um desses lobos do mar, de animo arrojado,desconhecido, porque a historia não lhe re»glstou os feitos.

Um desses valorosos que veiu para a la-ta com o oceano, na ânsia de vencer oumorrer I

Ao batei frágil e ao homem, anima a mes-ma fortaleza e a cada arremesso do vaga-lhão. nova energia os sustenta na refrega.

Si a embarcado voltar, volverãs tambémoh I impávido navegante; e se a tempestadefunesta os envolver roubará até a lembran-ça do valente nauta, pois que, nem uma ta-boa do esqulfe vtra contar aos parentes oesforço do herôe e a sua ultima dCr.

Quem teria visto essa plataforma de bojoenorme, & qual a gyria do mar atirou o ap-elido que ficou? Pedra da Gávea I

Do sopê da rocha até a linha de fluetua-ção, as brisas marinhas vSo e vcem em pie-na liberdade ¦>

Dentro da matta existe um cordame orl-Binai: são enxaTCias de cipó que prendemo navio fantasma ao solo e os pedregulh >sse juntam para impedir o avanço em casode borrasca.

A própria terra, para festejar a presa.fez crescer na cumeada, palmas e coqueirosque em donalres se Inclinam florescentes.

Sot«-se depois pela escarpa como um ma-fujo a lcar-se pelo mastro do traquete.

PEDRA DA GÁVEAAté chegar ao tombadilho tem-se que fa-

ter piruetas «omo um gato amarrado poruma corda ao pescoço e suspenso no ar.

Antes de chegar a amurada. deve-se atra-essar a escotilha que ê uma espécie de tu-nel, para se alcançar a borda da nave col-iossal..

Quando se esta ia. em cima tem-se a Im-pressão que o gigantesco barco singra asuave brisa, colleando a enseada.

O horizonte límpido e azul, infunde se»renidade e segurança de marcha — expe-rimenta-se a sensação de uma viagem pelomar e de olhos semi-cerrados eu acalentavaa fantasia de ver o majestoso barco de en-fumadas velas, seguir bordejando uma fellsrota.

Via o velame estalar mais forte na mas-treação e a viração tendendo a se tornarimpetuosa, na curvatura, além, onde ceu eágua se amplexaro com juras de amor, ru-gla o vendavab e tinha que me agarrar,cosCT-me ao chão sinão seria arremessadaao abysmo.

Gra a tempestade 1Nuvens cinzentas avançavam affoitas e

vinham desfazer-so de encontro a abruptapenha e sentíamos na cara a lutada buml-da que vertiginosa se despencava doidamentena outra borda do abysmo.

Era perigosa a permanência ali, pois re-crudesceu o sinistro, situava o vento, esta-va prestes a desencadear-se q temporal.

Rastejando, consegui chegar a gargantapor onde seria preciso descer, e como davafrente a direcção dos ventos, Inteiramentedesarvorado, via ondas e ondas de vaporesfrios e humtdos. um zumbido tenaz e agou-"ento, um arremessar de palhas, galhos eterra na amplítdão ímmensa.

Aos primeiros ensaios para entrar noprecipício a correnta de ar fortíssima pa-recia que vinha munida de dedos qr.e mesuspendiam, tinha da forcejar com os péspara baixo para vencer a discenção.

O domínio era das attitudes e até a. ca-beca aturdida, tlnha-a numa espécie devertigem.

Do repente abre-se uma nesga na cerra-Cão, pouco a pouco, a ventania abrandou,vim ao solo firme, preferindo viajar embai-xo a singrar na altura da "Pedra da Ga-vea" com tufão.

Tinha sido apenas, um sonho que a ima-

einação bordara na contemplação da ma-

Jcstosa "Pedra da Gávea"!

RACHEI* PRADO

O TICO-TICO -24 - 29 — Janeiro — 1930

A APOSTA D AO RATINHO

"¦" *

' .loflo Ratinho apcsto-JOue liavia de atr?vcssarUm rio tõndo e bem largoUm os sapatos molhar.

Não longe da a.deiaE junto a um pinhal,Seu dócil rebanhoGuardava um zagal

II

E alegre dc gênio,Da flauta cansado,L.embrou-se o mocinhoDe rir um boceado

lll

- Acudam-ínc! O bbo!Começa a gritarE. prestes, o povoCorreu do bgar.

IV

Mas como nem sombrasDo lobo se visseE disto o pastor >Trocista se risse.

13 abrindo o guarda-chuvaPeça nova e multo boa.i'< :¦¦ ileüe — que tal pensava?Vnin esplendida canoa.

O LOBO

Mordendo a despeitoE nada contenteAo rude trabalhoVoltou toda a gente.

VI

No dia seguinteDe novo o rapazGritou com as forçasDe que era capaz:

VII

— Um lobo! Um lobo!Soecorro por Deus! —Ninguém acudiuA taes gritos seus.

i: a aposta ganhou oi RatinhoCom o seu barco original

Mostrando ao seu companheiroS6U talento genial.

,)/^^*V^^^^^rV^AA/WV^»^VWSA^#V^AAAAAA

VIII

Porém, desta vezA coisa era certa.E de olhos em fogo,A bocea já aberta,Sahiu do pinhalUm lobo tamanhoQue norme destroçoCausou no rebanho.

IX

Daqui, como vêem,Meninos, se tiraDe quem á mentiraSc deu uma vez,Depois poderáUm culto queridoFazer da verdade .>E' tempo perdido,Ninguém o crera.

f* ?**<****J>**+aa**a**a***at*a**a*^^ ékafaa. t«^^^^SA-N»N*V*VSl*\^*W*V*VN^^

Vocês com toda a certeza já de-vem ter ouvido falar nesse famosoCavallo de Pau, celebre estratage-ma de Ulysses...

Pois bem, vou contar uma bis-toria semelhante, mas "abrasileira-da".

Estamos no dia 12 de Dezem-bro dc 1929. Pela cidade ha um re-boliço enorme. Em todos os rostosse pinta o espanto. Que aconteceu?TJm caso sensacional:

O illustre general Carlos Ma-nhães, num brilhante esforço, fez

cavallo de páo de

confeccionar o famoso cavallo depau. Mas a quem está destinado acausar surpresa?

Simplesmente aos denodados "gu-rys" brasileiros. Logo de manhãdeixou elle o cavallo em pleno cen-tro da cidade. Avança a "gurysada"e, estando a admirai-o, abre-se aporta que o cavallo tinha na barri-

ga e de dentro dclle saltam Chi-quinho, Carrapicho, etc, seguidosdc cadetes que começam a distri-buir os "apetecidos" e ambiciona-dos "Almanachcs d'0 Tico-Ticode 1930". Em vez de ser oceasio-nada mortandade houve o contrario.

Portanto ouvi este conselho:"Antes que acabe a "derrama", ide

voando adquiril-o no jornaleiromais próximo."

(Inspirado pela c^a do "Alma-nach"). W

George^

29 — Janeiro — 1930 — 25 - O TICO-TICO

O Xexéo q tí e e t a sábioPOR M. S. SPLAYNE

liliff!

•Havia no interior de Minas Geraes,ha poucos annos, um homem que col-leccionava pássaros. Havio-os de todasas espécies, cores e variedades; pata-tivas dum bello cinzento, canários lou-ros como o sol, azulações bonitos e comum azul maravilhoso, pombas brancas,pretas e azuladas, rolas do matto quecantavam dolentes e tristes nas gaio-Ias. Havia ainda muitos xexéus.

Sabem o que é um xexéu? E' umbello pássaro que vive nos trópicos doBrasil; tem o canto variado e imitagrande numero de pássaros. A sua côr

c negra, amarellada em certas partes e com outrascambiantes.

O colleccionador era um velho, homem instruído,sábio e philosopho, faltando varias línguas e tendo pro-fundos conhecimentos.

Elle colleccionava pássaros para estudar a lingua-gem, os seus costumes, o governo e a religião.

Muita gente dizia que o velho enlouquecera; issonão passava de mentira. Elle se chamava Dr. Chinoê era realmente um sábio que após grandes pesquisasdescobrira na linguagem dos pássaros.

G Dr. Chino já tinha uma grammatica e um dic-cionario escriptos; estava corrigindo algumas partesquando comprou um xexéu. Era maior do que os ou-tros e mais bellos no colorido das pennas.

Um dia estava o Dr. Chino conversando em ono-rpasscs com alguns canárias, quando o Xexéu começoua fallar, expondo idéas e desenvolvendo theorias. Ad-vcrtimos o leitor que onopasses é um vocábulo que ovelho sábio formou reunindo duas palavras onomcie passes,

A primeira é grega e quer dizer unido, som ou lin-

guagem; a segunda é um termo latino significandopássaro. Dahi a significação de onopasses querer di-zer isto: linguagem dos pássaros

Assim palestrando com o Xexéu o Dr. Chiro ven*a saber que essa ave era sabia, instruída, conhecendovarias seiencias e possuidora de rara intelligencia

— Os homens julgam-se muita cousa e nao saonada... — dizia o Xexéu comendo um pedaço demamão.

i— Como assim? — disse o velho indignado•— Vejamos. O homem diz-se sábio porque orga-

nizou uma quantidade dc nomes difíiceis; creou umasciencia que dizem ser a verdade geral. E' mentira:essas seiencias são apenas as idéas-do homem, Nós, os

pássaros temos outras e eu, Xexéu entre os demais,discordo das idéas humanas.

E quaes são as suas idéas? — tornou o sábio, es-pautado.

'— As minhas idéas são simples. A vida e o espaçoazul, as mattas, as fruetas que comemos, as arvoresonde fazemos os ninhos. Essa historia de phenomeno*»é tolice dos homens.

¦— Talvez! Explique-se... — volveu o sábio, to-mando nota.

Demos um exemplo... — relorquiu o Xexcu,limpando o bico nas pennas.

E expoz o seguinte:A semente produz na terra o mamoeiro que

produz o mamão. A fructa, uma vez madura, cabe,abre-se com a queda e as sementes torsam a terra.Não é simples?

E'... confessou o Dr. Chino, encantado comtanta sabedoria.

Supponha que sou um Xexéu orgulhoso, cheiode presumpção e com vaidade de ser sábio. O quedevo fazer para parecer mais intelligente que os ou-tros xexéus?

O Dr. Chino pensou e, como nio se'lembra-se denada, disse:

Não sei.Não sabe? Devo fazer o que o senhor faz: fa-

lar difficil, dizer asneiras com phrases arrevezadas.Ninguém me entendendo dirão: "Esse Xexéu é intel-ligente! Fala que ninguém comprehende!" Não é a;-sim?

Olbe. Xexéu! Quem lhe ensinou essas ironias?Ironias? Nada de ironias! Os pássaros são mo-

destos e não são irônicos.Seja bondoso: diga outras cousas... — pediu

o Dr. Cliino.Voltemos ao caso do mamoeiro. Supponha que,

como os homens, queira falar complexo. Direi que-> i.atureza produz uma substancia espeoi© que é ast-mente. Essa semente produr unia substancia espe-ciai que é o nnmoeu*o. E assim por deante, ca:!i cousaespecial e dithrente das ou-fras No fim ninguém se entende. Todos querem falar dif-ficil; dahi as theorias da seien-cia. Assim como a creança po-nha com o doce durante a r.oi-te. o homem sonha com a suasciencia que tudo explica. Eu,por exemplo, não quero saberde doce e sciencia;. pre firo o

« TICO-TICO — 26 — 29 — Janeiro — 1930

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CAIXA MYSTERIOSACom Mm calor <__ss_.es qjMem não é mniadlrugador ?

Jí havia quinze dias que Sérgio gozava as ferias,em companhia de seus primos, na fazenda do TioAube-lim.

Eram cinco horas da manhã e elle não conseguiarruiis dormir; diver.as vezes fechara os olhos, mas os*i! o desafiava, brincando atravez a janella. Cadavez: que o venio agitava a cortina branca, o rapazparecia ouvir o raio de sol ralhal-o:

Vem para fora; não dormes e ficas na cama.Serás o único madrugador. Vem!...

E Sérgio não íesistiu; de uni salto livrou-se daseoliertas, preparou-se rapidamente c desceu as escadascom caulela., Quando se pilhou no jardim respi.ouprofundamente aquelle ar fresco e puro.

Para onde irei? e correu os olhos pelo hori-imite; demorando-os sobre um outeiro, decidiu, paraalli, no pasto novo. E poz-se a caminhar a largos pas-s»is. A' medida que se adiantava, sentia a alma cre-srer-lhe no peito. Já não a comportava mais! Ellewntia a mesma alegria que as plantas e os passarinhos,naquelle dia de verão. Lembrou-se que, com a pressa,não tinha feito a oração da manhã c transbordou suaalma num agradecimento.

Senhor! como sois grande! E como é linda a.««sa creação! Obrigado, muito obrigado por tantabt-Mcza!

E cantando chegou ao pasto novo onde pretendialaçar um cavallo e montal-o em pello. Passou a por-teira distrahido e só quando levantou a cabeça paraprocurar ao longe os cavallos, foi que notou a presençade outro vulto. Fixou a vista; era uma Ema. Até en-tão só vira esse bicho em gravuras; e conhecia-lhe tam-liem a fama de voracidade; pois o avestruz come de?udo. inclusive ferro, pedra... E depois, as enormesesporas que tem na aza para se estimular na corrida!

Não é atoa que esse pernalta é tão veloz. E a ema que,apezar de não ser tão grande, é seu parente próximo ecom a ave africana muito se parece. Sérgio voltou im-pressionado e não tardou a encontrar o Justino, ca-bocio sabido e tratador de cavallos.

Justino, avisou o rapaz, ha uma ema no meiodos cavallo3!

Ih! que bom! eu bem andava desconfiado; seumoço vae ver como se pega vivo um bicho desses. Im-niediatamente desarreiou o cavallo em que vinha mon-tado, e tomou um instrumento que mostrou a Sérgio:

Três cordas de um metro cada uma, ligadas entresi por uma das pontas e terminando as trez por umabola pezada.

Isto se chama "bola" explicou, foi inventadopelos índios e, os gaúchos ainda usam muito nas suascaçadas de Nhandú.

Depois entrou com o cavallo no pasto e fez parecerque o animal estivesse solto, devagarinho approxima-ram-se dos outros cavallos onde a ema também pasta-va, sem receio, nem cerimonia.

O Justino escondido atraz do seu animal preparavaas 'bolas". Depois, com destreza atirou-as t. pernasda ema, prendendo-as como as de um franguinho. Acoitada se esporeava, em vão; estava segura e bem se-gura.

Sérgio vciu correndo e começou a examinar o ani-mal. - -

As pennas são bonitas, mas são duras. Em geralas plumas dos chapéos das senhoras são tão macias...Meu patrão me contou, disse o Justino, que o

verdadeiro avestruz, o africano, é que tem essas lindasplumas. Ao passo que as pennas do nosso Nhandú sãoaproveitadas para fazer espanador...

Tio Nogui.t****************************^^ ^m

mamão, a banana, o sapoti, o espaço. Não me illudoe não desejo illudir ninguém.

O Dr. Chino ficou peusativo:Você é um sábio, Xexéu!Olhe. você com as suas manias de homem, não

me chame sábio. Não quero illusões vaidosas! Eu souXexéu e isto basta.

Era de noite. O Xexéu calou-se e não quiz mai3falar. No dia seguinte o colleccionador de pássarosencontrou-o morto pelo gato.

— Pobre Xexéu! Como era intelligente e sábio! —dizia o velhinho soluçando.

A verdadeira sabedoria é a que ensina a nossa fra-queza e ignorância. As ideas do Xexéu são verdadei-ms: ellas mostram que a creança deve estudar para cor-rigir as próprias faltas e não para desejar ser maisintelligente que os outros. A intelligencia nesse casoé uma vaidade funesta.

A verdadeira sabedoria é a simplicidade no dizer,nas acções, na amizade, emfim na vida em geral

BRAZIL CR EA N Ç A

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feSs^ i /ámk n**"**^tí*-»^5 Hf^^^^V. ^^mmm\9 LwV •r' W*Tm*mT^ W^

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_, . , ,-,. j c r> i Antoninho, filho do Sr. AntônioTherezmha, filha do Si. Carlos ninara_., . _ CintraRibeiro Santiago -^ .^^bm

¦^IV Cecília, filhinha do casal *^-#ia^^^ Francisco Figueira

Maria de Lourdes. filhinha do casal Antônio Rodrigues Câmara

Gregorio Gromatzley

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mmmm*\nl*r*' W .*****.mu mç x

fi '.fl Vr> -TH ^Éf* ¦r ^"^ -.11 ^^^ ^^B

^^^J"-' -i**r mr - -» ^m.JiÁ m ~ÂJL- | W&M\£lll III :====»

José Vianna e José de Castrodois estudiosos jovens.

Maura, linda filhinha do Sr.Waldemar Gomes, no dia do

seu baptióado.

Leozeke Haneczka, filhos do SrB. Parolowicz, nossos amigos

da Polônia

OSSOS A M IG=_____________= U.MHQg

J___ V' ____ 1 ________i ¦ m '.<, vji J|

—?*V~X IVONETTE MEUREN ^ '^

OLGA PINHEIRO, fi- T #^)^ —^^^^1 PAULO DONEZA fi-lha do Sr. Jeronymo Pi- | yC^t^^^^k "~ _tiiii^^S<^ _/ lho do Sr. Ângelo Do-

nheiro ^v^^>^__í_l____l _f___________É ^^^src^^^ n'za'Livramento — Rio G. _</V/^É_í^ B*_____________^\\ mecânico'em Franca

do Sul //Y^ ___|________i ^^ l_k>o\ Si0 Pau!o

^^^^B _______r !_____l ~____________ |

a

Eduardo Luiz de imlAuirusto I —^^^^—r _^__________a_____T. Souza

P^_r%_B L_r-JAntônio ^^^ /j Silva, noCarlos, _____ÉL_rJ O a v e a ¦ - ifilhinhos í"*^« O3" _\1do Sr. U Club

___M____t /'^___fll I m.

CECÍLIA BAPTISTA, filha doSr. Joio Baptista.

ri *

LOURDES, filha do Sr.Luiz Heredia.

DIVA XIMENEZ LOPESAZEVEDO.

29 — Janeiro — ÍMO — 29 — 0 TICO-ILCO

N X E S C O L

p

O professor, explicando fracções: — Seeu dividir um pecègo em duas partes iguaesc comer uma dellas, o pedaço que comi éum meio. Se eu dividir outro pecego em trespedaços iguaes e comer um dclles, o pedaçoque comi é um terço e os outros que sobra-ram dois tetços. Comprehcndcram?

Silencio geral na classe.O professor, continuando: — Vamos dar

uni exemplo: Eu divido um pecego em tresjudaços ir*uaes, isto é, em tres terços. Comotodos tres. O que sobrou do pecego?

Todos os alumnos: — 0 caroço 1

E A

SAUDADES, FLOR MORTA

Dizem que a saudade esperaa ausência, para chegar:Eu tenho saudades tuas.inda antes de te deixarl

Vejo os teus olhos divinosque enchem de sonho o meu ser,pensando já na tristezaque de não vél-os vou ter. . .

E depois, luz da minha ahna,quando" distante de ti,que saudade' das saudadesque antecipadas senti!..-

Branca de Gonta Colaço.

NÃO SERVIA DE NADA

O Procopio: — Então vocêperdeu o seu cão? Porque nãopõe um annuncio?

.0 Barnabé: — Eu punha.mas o peor é que o brutinhodo animal não sabe lèrl

Botão de rosa arrancado,Abandonado no chão...Como orphão despresado,Sem lar, sem beijos, sem pão.,

t. ao passar o viandanteDc relance olha p'ra flor,Não fez caso, passa avanteSem dó, sem pena, sem dõr...

Desce a noite e ali prostradaPica a flor emmurchecida,Como orphão — abandonada,Sem luz. sem viço, sem vidi.

IP

Eiva Serrão.

CONSELHO SàO

Elle (suspirando): — Ah!minha senhora, só tenho umamigo no mundo — o meu cão.

Ella: — E então, se esse lhenão basta, porque não arranjaoutro cão?

ISTO RIA DO JOÃO , RAT-ÃO

Era um dia o João RatãoQue tinha como visinhaO mais bello moreoioQue ei a D. Baratinha

wUm olhar, mais outro

[ olhar.Cm riso e logo um sorriso.

Vamos depressa casarV;ver com muito juizol

Pois vamos, meu João[ Ratão

Quero te dar lá na igrejaMeu formoso coraçãoPara que o mundo bem

í veja.

E depois do casamentoHouve um ruidoso festãoA mesa era um sortimen-

[ toDe queijos, papas e fei-

í. JàO.

- João Feijoada.

Mas a festa tão bonitaAcabou na oceasiãoEm que o nóivinho cahiuNo panellão do feijão

D, BOSCO E VICTORHUGO

Por oceasião da beatificação deD. Bosco, lembraram or jornaes asrelações de amisade do fundadordos Salesianos com Victcr Hugo.

, Em 1888 D. Bosco estava em Pa-ris, onde a sua presença, dada areputação de sua grande santidade,despertou muito interesse, muitassympathias e muitas visitas. Entreestas, houve a de um homem já

idoso, de eabellos brancos, que es-perou tres horas a sua vez e, fi-nalmente, foi recebido ás 11 horasda noite.

As primeiras palavras do desconhe-cido. cm presença de D. Bosco, fo-ram as seguintes:

"Não se admire, mas sou um in-crédulo; não dou nenhum creditoaos milagres que lhe attribuem".

Após este rápido preâmbulo, aconversa prolongou-se muito tempo.

No fim da visita, depois das se-renas observações de D. Bosco, odesconhecido, que ouvira os avisa-dos conselhos do humilde sacerdotebalanceando a cabeça e recolhidoem profunda meditação, saudou-o eer.tregou-lhe o seu cartão, no qualestava escripto — Victor Hugo-

No dia seguinte o mesmo perso-r.agem procurou D. Bosco e lhedisse:

"Eu não sou a pessoa que o se-nhor suppunha; representei fingida-mente o papel de incrédulo. SouVictor Hugo e peço-lhe que meconsidere seu amigo

Creio no sobrenatural, creio emDeus e espero morrer nas mãos deum padre, que recommendará aminha alma ao Creador.

-_r*_l__VC___r "

fíy/7A.1 Q

Nv '^C

O TICO-TICO — 30 — 29 — Janeiro — 1930

R arvore encantadaMeus amiguinhos, conta uma an-

tiga lenda do Oriente que existiuoutróra na Pérsia um príncipe cha-mado Sidar, que era muito bom,generoso e amigo de seus vassallos.

O castello do príncipe era gran-de como uma cidade. Antes de che-gar á sala do throno o visitanteatravesava um sem numero de qunr-tos e salões repletos de inoveis pre-ciosos, estatuas de bronze e mar-more, tapeçarias que vinham dofundo da terra, presentes de reis depaizes longínquos do príncipe entretodos bem amado.

Formosas escravas encantavamos ouvidos do príncipe com suascanções dolentes; a vida corria se-rena e mansa no castello sumptuoso.

Um bello dia o principe recebeua visita do poderoso rei Mancur,celebre pela extensão de seus domi-nios e pela belleza de suas filhas.Acompanhava-o nessa excursão deamizade sua filha Zuleika, na flordos seus dezoito annos, bella meni-na de olhos amendoados, cabellosnegros e lustrosos, inspiradora demúsicos e poetas, chamada "a na-morada do Oriente".

Vêr a princeza, apaixonar-se porella, pedil-a ao rei em casamento,íoi para o principe uma questão dedias. As nupeias foram marcadaspara dahi a um anno e o rei voltoucom a princeza para o seu reinodistante.

As semanas desusavam lenta-mente e o principe consumia-se deamor. Finalmente o dia tão ancio-samente esperado chegou. O somde centenas de trombetas aniiuncia-va que a comitiva real vinha perto.

Destacavam-se na frente do cor-tejo os pagens conduzindo os pre-

sentes nupciaes, — cofres maravi-lhosos incrustados de pedrariasenormes, fardos de seda, purpura evelludo, vasos contendo essênciasrarissimas do Oriente.

Realizaram-se as bodas com umapompa e uma alegria inexcediveis.Durante sete dias a cidade delirouao som das musicas, no rythmo des-enfreiado das dansas, entre flores'e luz.

Bailarinas, mágicos e acrobatasvindos de todos os pontos do Onen-te, deliciavam a multidão com suasdiabruras.

Havia já. sete annos que o prin-cipe Sidar e a princeza Zuleika sehaviam casado. Cada vez mais ami-gos e felizes, só uma cousa pertur-bava a harmonia daquellas duas vi-das: o céo não lhes havia dado umfilho.

No fim do sétimo anno do casa-mento o principe recebeu a declara-ção de guerra do temivel rei Na bar,que dispunha de um exercito nu-meroso e bem aguerrido.

Ao saber que o seu querido prin-cipe ia partir para o campo da guer-ra, a comandar pessoalmente osseus soldados, a princeza cahiu nu-ma prostração de que só poudearrancar o remédio encantado deuma feiticeira que morava nos ar-redores do castello.

O principe partiu. O clangor dastrombetas de guerra atroava osares. Os cavallos a galope faziamlevantar nuvens de poeira no hori-zonte.

A princeza passava os dias e asnoites na mais alta das torres docastello, esperando divisar ao longeum mensageiro que trouxesse no-ticias da batalha.

No fim de muitas semanas che-gou um pagem, a todo o galope doseu cavallo negro arfante de can-saco.

O pagem trazia a terrivel noti-cia: o principe Sidar, á frente deum regimento, tinha sido abatidopela adaga de um hercúleo soldadoinimigo.

Muitos dias passou a princezasem dar accordo de si. Quando re-cuperou o animo, o cadáver do prin-cipe, conservado pela arte de umsábio antiquíssimo, achava-se collo-cado numa eça, no salão nobre docastello,

A princeza mandou chamar umgrande esculptor do seu paiz, o qualconstruiu um túmulo de granito ne-gro para o principe. Ali ia a prin-ceza orar todas as tardes.

Sentindo-se só na terra, compre-hendendo que não poderia maisexistir sem a companhia do entequerido, a princeza, que possuiauma imaginação e uma sensibilida-de muito grandes, pediu aos deusesque a transformassem numa arvorecopada, afim de proteger o prin-cipe que continuava vivo no seuamor e na sua lembrança, dos raiosdo sol do Oriente.

Os deuses ouviram sua'supplica.A princeza envenenou-se uma tarde,e junto do túmulo do principe Si-dar brotou uma arvore frondosis-*i-ma, que todas as manhãs se abriaem flores vermelhas e grandes.

Assim termina a historia doprincipe Sidar e da princeza Zu-leika, exemplo do amor e da fideli-dade orientaes.

João de Mundo.

29 — Janeiro — 1930 — 31 — O TICO-TICO

<ft«ff M &? %____(ritmarsmItESULTADO DO CONCURSO N. 3.403

;SoJucio>ii-'as: — Mauro Pereira, OdetteSimeão de Barros, Adalberto Rodrigues doFaria, Manoel Vieira Lopes, da Costa, Fer-nando A. Magalhães. Corina de FreitasBarbosa, Celeste Uriel de Castro, Maria deLourdes Ferreira, Odette Pereira da Cunha,AJbigai) de Freitas Lemos. Odette Carvalhode Araujo, Maria Sampaio, Renato Baptis-ta Nunes Filho, Augusto Lopes Romeiro,Dulce Soares, João Bernardes de Souza,Zenith Rabello de Moraes, Guilherme Ru-biâo, Suzana Cerqueira, Sylvio Ney de As-Ris Ribeiro, GastSo José de Miranda Filho.Elza da Silva, Apparecido Gomes, ArmandoA. Costa Júnior, Alberto do Valle, HeliethCorroa Juarez Galvão Ferreira. Sylvano daCamino, Genny Pires, Joaquim ArcelinoCurado, Ruth Kruse, Edméa Ferreira Lago,José Maurício Cardoso. Nadyr Hugc de Je-tros, Epitacio Alexandre das Neves, MarioJoaquim Fernandes, João Maurício Cardoso,Antônio Severino, Maria Regina MendonçaMaia, Arnaldo R. Schneider, Celio Maciel,Isaura Alves Rosa, Hclia da Fonseca Ro-drigues Lopes, Aluizio Martins, Ruth Au-gusto Coelho, Eloy Glannini, Roquito Reis,Paulo Francisdo S. Brito, Ayda Muniz,Thusnelda Bucher, Leda Pagani Felicio dosSantos, Syllcb-j Reis, Roberto Oliveira, Ma-noel Portella Perez, Palmyra Alvarez, Ge-lasio Oahrtei de Jesus, Jair Vianna, Alui-lio Cyrino, Octavio Santos. Wilson Valeu-ne Aldino Reis, Yolanda de Figueiredo, Au-reíia Wilches, Miguel Kclle Campos, A!>t>yLucla Oliveira, Luiza Costa, Marg.irido i.o-pes Ferraz, Domingos Tanese Netto, Estel-ia Novaes Morelli, Julinho Stubler, Jo.ãoJorge de Barros, Dalva Ferreira, Ma M.Luz de Castro. Gerge Raphael, Geraldo í>i-ledade Silva. Hélio Ramalho Ochlmeyer,José Navarro, Abigail de Almeida. DulcePereira de Sá, Ernesto Martini, ^-«oentoJohnson. Theopompo Johnson. José AlbertoWerneck, Murillo Lins Mallet Soares, Walcjyi-Dantas do Brito, Rubem Dias Leal. B»C. Castro, Luiz Frederico Hasselman i>u-zana Knéas Guimarães, Annita Gama. Clau-dio Godino Naylor, Dalmo F. Barreto/,.*-da Brandüo de raiva. Neuza Reis de Car-valho, Itacy José Lopes. Yedda da h.\w

Confere

aos seus

leitores

um cunho de

verdadeira

distincção':

Di"=sat Daniel Feldman, Adail Fetzero,Abrahko Cohcn, Nathan Koizman, Nelli Co-hen Maria Mythes S. Castro, Nilo Ramos,José da Silva Mangualile, Marianna Gon-caí ves, Edith R. Lopes, Adhemar de Al-meida' Tavares, Octaviano Galvão, HelenaRuth Nepomuceno, William Santos, Altairde Souza, Ayrton Sá dos Santos, Franciscode Souza Camargo, Jos{- Schor, GabrielElias Filho, Mario de Campos Júnior, MaxBüheer Netto, Waldemar Ludwig, TobiasTreger, Eólo Capiberibe, Adhemar Cúria,Mathilde Gonzaga, Joaquim Batalha Júnior,Ermelinda Pinto Macedo, Lucien Bellct.Emmanoel Ribeiro, Nênê, José B. da Rocha,

Luiz Andrade Maia, Antonietta Ramos, Ma-ria Apparecida Gambá, Anna Silva, OrtonePelosine, Benjamin Algeto, Geny Arauj'-Hélio Lobo, Nelson Mellim.

Foi o seguinte o resultado final do con*curso:

1» Premio:

JOJE: B. ROCHA

Re 9 annos d > idade e morador a rua Car-los Sampaio n. 48 terreo. nesta Capital.

AUGMENTE OS SEUS CONHECIMENTOSNO

Preço no Rio \ Preço no Interior

4$ooi> NOVO ANNO! \4$õoo

Almanaeh do 0 MALHOPARA 1930

<Ê, sem exaggero, uma verdadeira

Pequena bibiiotheca num só volumeAs suas ed;ções foram rapidamente esgotadas nos 4 últimos annos, porque,

sendo o «nais antigo annuario do Brasil, conhece bem o ALMANACH DO"O MALHO" as preferencias dos leitores.

UM POUCO DE TUDO — UM POUCO DE TODA PAR-

TE — UM POUCO QUE A TODOS INTERESSA

Faç*. iramed:atamen_e o pedido do seu exemplar, enviando 4$5QO em Tale

postal, carta registrada com valor declarado, cheque, ou em sellos do

correio, para a

SOCIEDADE ANONYMA "O MALHO"TRAVESSA DO OUVIDOR. 21 — RIO

O TICü-TICO - 32 — _9 — Janeiro 19...

2» Prcmio;

ANTOXIETTA RAMOS

ae 11 annos de Idade e moradora â rua_ar amuru' n. 30, em Victoria, Kstado dol_spirito Santo.

RESULTADO DO CONCURSO N. S.408

Respostas certas s1» — Porto.2' — Leitão.3* — Amélia.4" — Creme.E" — Soalho.

Solucionistas: — Odette Ferreira, MariaLúcia Vieira, Carimbos Leitão Vianna, Co-racy de Mendonça, Manoel Coelho de Cas-tro, Odette Segadas Vianna, Carmen Vian-na, .Vladimir Santos Mello, Maria Ama-lia Paiva, Felicio dos Santos, TalithaSampaio da Fonseca, Koquito Reis, AlbertoHyppolitoi do Valle, Sérgio Geraldo Teixei-ra, Anna Augusta Cordeiro de Mello, YíddaSegai 1'ossolo, Maria Cândida de AlmeidaSol, Rubem Dias Leal, Theopompo Johnson,Dina Maria das Neves, Aurelia Wilches, Jo-_é Schor, Célia Ribeiro Ferreira Mendes,Daniel Fcldman, Zuielka Hugo de Jesus,AbrahSo Cohen, Elisa Fragoso de OHv->ra,Elisa Franco Meirelles, Jacyra Franco Mel-relles, Dulce de Miranda Cordilha, Jo_oJorge de Barros, Aldino Reis, Arlettj daSilveira Duarte, Antonio Figueiredo Proen-ça. NaUian Roizman, Ayrton Sá. dos Santos,Edmea Ferreira Lage, José Paulo Ume,Machado, Theocrito Johnson, Amélia Lobos-que, Horacio 1'erazzo Junior, Elza Flguel-redo Ferreira Cardoso, Maria Cecilia, Cly-mene Arantes Dix, José da Silva Mangual-rie, Fernando Octavio Gonçalves, Elza Trln-dade.

Foi premiada a concurrente:

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CONCURSO 4 1 g

Para os leitores desta Capital g noaEstados .roximos

Perguntas:1* — Uma fruta conhecida

i: uma nota musicali >ãc> o nome de um bienano,Um horrível animal.

(3 syllabas).Ary Mendes

2* — Qiul o advérbio que _ nota musicalíd E_lla__;.

.<__> Menezes31 — Q::al o ordenado formado por duas

notas musicaes?(2 syllaba:.)

Do mesmo4' — Com J' ícu parte do corpo.

Com F tou verbo.Com R sou nota musical.Com M immílo a voz dum animal.

(1 sy)l;iba).J. l.iillina

5' — Com S sou qu-ilo.Com 3' sou abaCom F sou veibo.

(2 syllabas).Do mesmo

Vinho Creosotads_0 .HABM. CHIir.

Joio da Silva SilveiraPODEROSO FORTIFI.CANTE PARA OS ANE--.9303 B DEPAUPE-1 RADOS.

i Empregado com suecesso nas'Tosses, Bronchites • Fra-

quera Gerai,VVV-VVN^-VWVVVV«AVVMf-%MM(VIWwJ

CCNCURSO S.417

Para os l_-TO_es desta Capital _ dos Estados

As soluções devem bet enviadas 4 reda--çào d'0 7i.o-7 iro, devidamente assignadas,acompanhadas do vale 3.418.

Par. este concurso, que serl encerradono dia IS de Fevereiro próximo, daremos co-mo prêmio, por sorte, entre as solcçõ-s cer-tas, um Almauacii ú'ü 'lico-Tico rara1930.

__."«__ ¦'¦ ¦¦»>-! i *T**iHMmwmMsWsmmi V-" "'^_______—

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\3 i^íP^S1^TF7:^:nbx-/Piyy^y^ ./ vi ;<^ri

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L->_._: .! •. \ .i^vN^---.-.._—•—*'-••"*• J^_ l.i i ¦ --' ._.«, ¦» •• *"••* _._.-iN._!

J} •__-_>---M _j __:.-. |_¦>Recortem os quadrinhos do clich. acima,

• formem com elles o retrato d - <Tilcjuinhocom exótica fantasia.

Prêmio: Um lindo brinquedo.

As soluções derem ser enviadas _ esta re-dacç-o. separadas das de outros quaesquerconcursos, acompanhadas das declaraçõesde idade, residência e assignatura do pro-prio punho do concurrente e, ainda, do valeque vae publicado a seguir • tem o n. ti 11.

Para este concurso, qu» ser* encerradono d!a 25 de Fevereiro próximo, ser_o dis-trlbuidos. por sorte, os seguintes prêmios:

>* Prêmio: Uma assinatura annual d'0T_.-7.c_,

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1HRAOCONCDRÍOMi 3.417

29 — Janeiro — 19:30 33 - O TICO-TICO

NOVO ÍCAROA historia dos tempos antigos nos d'z

que o homem, querendo igualar-se comas aves. ideou umas asas moldadas nactra com que se elevou pelos ares além.

Partiu de manhã; porém, ao me:o da,os raios ardentes do sol sobre as costasfundiram-Jhe as asas e, em breve, elleveiu rolando, cahindo. até tombarmorto com o dorso no chão.

E desde esse tempo que os homensf:caram com medo das grandes altura-(Ias nuvens do céo, do espaço azuladosereno, sem fim.

Mas, annos passados, uni homem degenio, nascido nas pompas da terrabrasilea. pensou em ter asas, dar asasaos outros, subir como um forte, alta-Beiro condor.

,E fez um pequeno, porém, já possanteapparelho com asas de tela metálicaaf.m de voar. .

Fediu á mecânica o auxilio da helice,á qual o motor dá. — zunindo, — milvoltas.

E ura da elle vôa, com espanto detodos. Vae onde deseja e retorna aolegar de onde havia partido.

O sol teve raiva por não derreter asasas de aço do pássaro novo a quemtoda gente chama de avião

___¦ yTX. _. V*

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O vento é que, ás vezes, se revoltae sopra terrivei, querendo fazel-o tom-bar. Porém, o piloto manobra com oleme, eleva-se ás nuvens ou baixa áplanicie, fugindo do vento quando éfuracão.

O genio fecundo da terra brasileira quesoube elevar-se sozinho nos ares, dandoasas ao homem que vôa l:geiro ce umpólo a outro pólo, vencendo distancias,transpondo obstáculos, na faina semtréguas de vencer o tempo, é o nossopatrício, é Santos Dutnont.,

M. -MAIA

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Figurinos para oCarnaval

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4> Os 11ií*;s encantadores íiguri-nos para as íantazias de Car-naval vão apparecer, de hoje

<- em deante, nas paginas do luxuo-«• so semanário Para Iodos..., a

revista que todo o R^o já seacostumou a ler.

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despesas para receber sua quotaparte e tiveram prejuizos.

Fiquei muito triste por isso:dar prejuizos a quem quer que fos-se, principalmente a quem é pobre,embora por fingimento.

Tempos depois achei outra car-teira. Oue sorte, hein? Pois nãcfoi sorte, porque era uma carteiravelha, rota, vazia.

Não appareceu quem lhe quizesseser dono. Também eu não anhun-ciei... Offereci-a a um mendigoque a recusou. Outros não quize-ram acceital-a. Guardei-a, então,commigo como preciosa

"mascotte".

Quem sabe?... Eu era supersticio-so. Desde es;-: dia comecei a terainda menos dinheiro do que tinha.Azar!. ..

i Al. .Maia.

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AS DUAS CARTEIRAS

Achei, certa vez, uma carteiranova e cheia de dinheiro. Annun-ciei que a restituiria ao dono, comoera meu dever. Appareceram mui-tos donos; nenhum, porém, dizia aquantia exacta que a carteira en-cerrava. Haviam esquecido... Odinheiro era tanto...

Annunciei, então, que distribui-ria toda aquella importância comps pobres, pois não apparecia seuvertladeiro dono.

.Surgiram ahi tantos pobres, —alguns até verdadeiros — qüe malcoube, na divisão, u:n real a cadaum. Os falsos mendigos ficaram,mçstno, despeitados. Tinham feito

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No Japão, quando nasce um menino,'planta-se uma arvore, a qual se conserva,seni se lhe cortar um ramo, até ao momentodelle casar.

Kntão corta-se a arvore, e entrega-se a um bornmarceneiro para que este a converta num movei qual-quer, o qual é considerado, pelos recem-casados comoo ornamento mais formoso da casa.

O T 1 C O - T I C O — 34*— 29 — Janeiro — 1930 i

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