o timoneiro - nº 2534

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Festa de Nagevantes Marco Maia O deputado federal canoense encerra perí- odo em que esteve a frente da Câmara dos Deputados; em seu discurso de despedida, defendeu a Casa e criticou o STF. Centenas de fiéis acompanharam por terra e por água a imagem de Nossa Senhora de Navegantes no último dia 2, com solenidade final na praia de Paquetá. Canoas, 8 a 14 de fevereiro de 2013 Edição n° 2534 Fundado em 29.07.66 R$ 1,50 Pág. 7 Última página. TRAGÉDIA DE SANTA MARIA BRIGA ANTIGA Sancionada lei de inspeção predial Vizinhos e o som alto dos carros em postos de gasolina Pág. 5 Pág. 7 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO Saiba quanto cada um recebe na Prefeitura A hora da festa do Momo CARNAVAL SEM LICITAÇÃO? Pág. 8 Pág. 5 Segundo informações internas da Prefeitura, embora empresas e pessoas já estejam trabalhando, processos licitatórios ainda não estariam finalizados. Prefeitura nega.

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O Timoneiro - Nº 2534

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Page 1: O Timoneiro - Nº 2534

Festa de Nagevantes Marco MaiaO deputado federal canoense encerra perí-odo em que esteve a frente da Câmara dos Deputados; em seu discurso de despedida, defendeu a Casa e criticou o STF.

Centenas de fiéis acompanharam por terra e por água a imagem de Nossa Senhora de Navegantes no último dia 2, com solenidade final na praia de Paquetá.

Canoas, 8 a 14 de fevereiro de 2013

Edição n° 2534Fundado em 29.07.66

R$ 1,50

Pág. 7Última página.

TRAGÉDIA DE SANTA MARIA

BRIGA ANTIGA

Sancionada lei de inspeção predial

Vizinhos e o som alto dos carros em postos de gasolina

Pág. 5

Pág. 7

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

Saiba quanto cada um recebe na Prefeitura

A hora da festa do Momo

CARNAVAL

SEM LICITAÇÃO?

Pág. 8

Pág. 5

Segundo informações internas da Prefeitura, embora empresas e pessoas já estejam trabalhando, processos licitatórios ainda não estariam finalizados. Prefeitura nega.

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CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013 I POLÍTICA I O TIMONEIRO I 3

CÂMARA DOS DEPUTADOSO deputado Marco Maia (PT) transmitiu a presidência da

Câmara dos Deputados a Henrique Eduardo Alves (PMDB). Os pronunciamentos das lideranças políticas traduzem um sentimento de dever cumprido do deputado canoense. Líde-res das mais variadas legendas reconhecem o bom trabalho administrativo, de organização da Casa, de andamento dos processos e das votações no período de dois anos.

Marco Maia sai prestigiado da presidência da Câmara dos Deputados.

MARINA SILVASerá no sábado, dia 16, em Brasília, o ato de fundação

do partido coordenado pela ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva. Na solenidade serão aprovados ma-nifestos e os estatutos do projeto, bem como a assinatura dos 101 fundadores, entre eles a advogada gaúcha e ex-candidata a prefeita de Canoas, Gisele Uequed.

O grupo que coordena a fundação tem a previsão de que 25 entre deputados estaduais e senadores deverão acompanhar Marina Silva nessa trajetória.

JURANDIR MACIELO deputado estadual pelo PTB, Jurandir Maciel, já con-

firmou que deverá concorrer à reeleição para a Assembleia Legislativa e espera dobrar a sua votação obtida em Canoas bem como os votos fora da cidade.

Jurandir tem destacado atuação e apoio entre os partici-pantes das igrejas da Assembleia de Deus.

RECLAMAÇÃONa madrugada de 13/12/2012 ,quando ocorreu um forte

temporal, na av. Rio Grande do Sul, 140 (prédio da antiga Farmácia São Pedro), caiu um poste de madeira podre que sustenta um transformador. Ocorreu principio de incêndio no prédio o que gerou um BO no atendimento feito pelos Bom-beiros. A AES-SUL foi até o local e fez conserto provisório, em face da emergência, colocando outro poste, também podre como estaca daquele que havia caído.

Em 26/12/2012 , foi solicitada a substituição do poste por um de concreto junto a AES-SUL, pois o provisória havia ficado definitivo. O prazo para a substituição foi de 30 dias. Até o momento, o poste não foi substituído, havendo serio risco de nova queda do poste com conserto provisório e co-locando em risco as pessoas que por ali transitam.

LAMACHIAO conselheiro federal da OAB/RS, Claudio Lamachia,

foi eleito vice-presidente do Conselho Federal da OAB. Ele assume o mais alto cargo representativo de um membro da advocacia gaúcha em 80 anos de história da entidade.

Lamachia foi eleito presidente da OAB/RS pela primeira vez em 2007 e reeleito para a gestão 2010/2012. Em 80 anos de OAB/RS, essa é a primeira vez que um advogado militante no RS se elege para a vice-presidência do Conselho Federal.

A chapa eleita para a direção do conselho federal é composta, ainda, por Marcus Vinicius Furtado Coêlho (pre-sidente), Cláudio Pereira de Souza Neto (secretário-geral), Cláudio Stábille Ribeiro (secretário-geral-adjunto) e Antônio Oneildo Ferreira (diretor-tesoureiro).

ALTO COMISSARIADORepresentantes da imprensa e pessoas que assistem às

sessões da Câmara sentem o constrangimento causado pelos vereadores do PT aos demais integrantes da base.

Dizem que as ordens para votar ou não votar, fazer ou não fazer, vem do comando petista, que por sua imposição recebeu o apelido de: alto comissariado. Eles ditam tudo, comandam e, ao resto, resta obedecer.

BAIXO CLEROSe vereadores que compõem a base do governo e que

não participam do alto comissariado porque são membros de outros partidos, que não o PT, estão no constrangimento de obedecer, ficam numa situação delicada, pois dependem do governo pelo grande número de cargos em comissão que nomearam no Executivo.

O chamado baixo clero fica no constrangimento de obe-decer e de não poder reclamar.

Cálculos primários revelam que cada partido na base do governo tem no mínimo 16 cargos em comissão, alguns de elevadíssima remuneração e dedicada a familiares.

A pergunta nos corredores da Câmara é se o vereador é de primeira ou de segunda categoria.

TRIBUNA POPULAROs componentes do movimento popular Tribuna Livre

continuam colhendo as assinaturas dos cidadãos (são neces-sárias mais de 10 mil assinaturas) para apresentar o projeto de lei, que altera a lei orgânica e vai permitir o acesso à tribuna aos cidadãos.

A intenção é evitar que a máquina do governo que tem o controle sob a Casa do Povo e sob grande parte das associa-ções da sociedade casse o direito do cidadão falar, propor, apresentar denúncias e criticar.

É a luta do povo contra a máquina do poder. É uma velha história.

OAB Minha sobrinha Ângela

Cardoso Gomes, filha de Cezar e Rosangela Gomes, recebeu sua carteira de advogada nes-ta semana. Tenho certeza de muito sucesso em sua carreira profissional.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVAExtraio da publicação da Casa:“Ao assumir a presidência da Assembleia Legislativa, o

deputado Alexandre Postal (PMDB) trabalhou para qualificar a estrutura da Casa, por meio da revitalização dos espaços e da adoção de medidas para aprimorar a gestão. A transparência foi ampliada, e o gerenciamento dos recursos fez com que houvesse redução no gasto com diárias e a possibilidade de ampliar investimentos.

A expressão condiz com a manifestação das pessoas e líderes políticos que acompanharam o trabalho da presidência do deputado Alexandre Postal.

[email protected]

“O êxito resulta da luta contra os obstáculos.Sem obstáculos não há verdadeiro êxito.”

Samuel Smiles (1812-1904)

Quaisquer semelhanças com fatos, dados, nomes ou pessoas conhecidas, relacionados com esta estória, é simplesmente mera coincidência, ou produto da inteligência fantasiosa ou excepcional do leitor.

Cidade do Faz de ContaPARTIDO

Zé da bombacha foi eleito presidente de um partido político na CIDADE DO FAZ DE CONTA. Chamou os amigos e jornalistas para dar uma entrevista coletiva.

ZÉ DA BOMBACHA: Tive a honra de ser eleito o presidente deste grande partido, que tem ideias, propostas e que prima pela lealdade e fidelidade aos princípios democráticos, na honra e na fidelidade.

ZÉ DO TRAGO: Ô Bombacha, eu sou teu amigo há muitos anos, vim aqui pra comer e agora tu me vem com essa conversa de partido honesto. Esse teu partido se vende pra todo mundo, não existiu aqui na cidade nenhum partido que não tenha comprado o teu. O teu partido se vende por cargos, por qualquer merreca.

ZÉ DA BOMBACHA: Vocês me desculpem esse meu amigo de infância, ainda não amadureceu e ele não sabe que a ciência da política exige negociação e que os partidos têm que fazer parte da base de um governo para crescer, nomear os seus quadros, e um dia chegar ao poder pela eleição. Quem é do ramo não sabe.

ZÉ DO TRAGO: Quando eu bebo, eu bebo, mas hoje eu não bebi. Mas não sou bobo, eu sei que teu grupo só quer se arrumar. Tu, por exemplo, já no-meou a tua sobrinha pra uma diretoria, a tua amante pra um cargo em comissão e a tua nora que largou o teu filho, tu nomeaste para um cargo em comissão pro teu filho não precisar pagar pensão alimentícia.

Constrangimento geral e o jornalista pediu a palavra:JORNALISTA: Senhor presidente, qual a posição do seu partido em rela-

ção a essas denúncias de corrupção na administração que seu partido faz parte?ZÉ DA BOMBACHA: Eu não acredito nas denúncias, não vamos tomar

posição nenhuma. Primeiro vamos esperar que a polícia investigue, que o promo-tor abra o processo, que o juiz receba o processo, que o prefeito da CIDADE DO FAZ DE CONTA tenha direito a defesa, que venha a sentença, que o processo suba aos tribunais e que vá até a suprema corte. Aí se forem comprovadas as denúncias nós vamos nos manifestar.

JORNALISTA: Mas aí não tem necessidade do seu partido, e qual é a utilidade da representação política de vocês?

ZÉ DA BOMBACHA: Nós somos da base do governo, fizemos elogios ao governo, aprovamos todos os projetos que vem do governo, não rejeitamos nenhum e pedimos que a oposição denuncie qualquer coisa. Participamos das festas, promoções de homenagens e falamos com as pessoas que nos procuram, damos alento, ouvimos nossas reclamações e na medida do possível ajudamos a solucionar.

JORNALISTA DE OPOSIÇÃO: Mas a educação pública na CIDADE DO FAZ DE CONTA não está boa, e a saúde é uma desgraça, por que vocês não fazem nada?

ZÉ DA BOMBACHA: Nós somos da base de apoio do governo, quem tem que denunciar e fazer propostas é a oposição. Se ela não denuncia e não faz propostas é porque está tudo bem. As reclamações que vem são de pessoas que não conhecem a nossa cidade.

JORNALISTA: Mas, está aqui nas pesquisas, 65% reclama da educação e 78% reclama da saúde pública na CIDADE DO FAZ DE CONTA.

ZÉ DA BOMBACHA: Nosso prefeito, que sabe tudo e é uma das maio-res autoridades do país, já nomeou uma comissão especial para ouvir e analisar os dados da pesquisa. Dentro de 60 dias essa comissão vai apresentar um parecer para outra comissão que vai analisar a perspectiva da hipótese da possibilidade do exame de alternativas para resolver os problemas e os 46 membros da comissão vão apresentar um relatório que em 120 dias será entregue aos secretários para que eles chamem os partidos da base e procedam a uma análise e estudo do que foi averiguado. Ao final, nosso querido prefeito vai contratar uma equipe de especialistas para que analisem as propostas e apresentem soluções. A equipe será de técnicos de elevado conceito nacional e internacional e terá o prazo de um ano para apresentar o estudo.

ZÉ DO TRAGO: Isso é conversa pra boi dormir, vão gastar mais milhões e milhões de reais, dar proteção a alguns apaziguados, receber algumas propinas para daqui a dois anos dizerem: estamos analisando.

JORNALISTA GOVERNISTA: Senhor presidente, como seu partido pode colaborar para engrandecer ainda mais, se é possível, esse maravilhoso governo que está sendo realizado na CIDADE DO FAZ DE CONTA?

ZÉ DA BOMBACHA: Boa pergunta a sua. Nós queremos colaborar e ajudar. Eu inclusive vou ter que aceitar a chefia de uma secretaria para melhorar os serviços públicos. Meu vice-presidente vai ser o tesoureiro dessa secretaria e o secretário do partido vai ficar responsável pelos contratos com as empreiteiras. Minha sobrinha, pela sua alta capacidade técnica vai chefiar o departamento jurídico e o filho do tesoureiro do partido vai ser nomeado para ser ouvidor geral. Assim nós ajudamos na governabilidade da cidade. Alguns não entendem, mas o prefeito da CIDADE DO FAZ DE CONTA precisa ter pessoas de confiança no cargo e para isso que estamos aqui.

JORNALISTA DE OPOSIÇÃO: Mas seu vice-presidente é ficha suja, responde processo por desvio de verba naquela cooperativa e o filho do tesoureiro já foi detido por envolvimento e falcatruas.

ZÉ DA BOMBACHA: Mas isto está na Justiça e não tem decisão final ainda, e cabe recurso.

JORNALISTA: Mas com tanta gente na CIDADE DO FAZ DE CONTA para ocupar os cargos, vão escolher logo esses que estão respondendo por processos de falcatruas?

ZÉ DO TRAGO: É isso meu amigo, é tudo uma quadrilha, uns defendem as falcatruas dos outros e todo mundo com o rabo preso e amarrado.

ZÉ DA BOMBACHA: A entrevista está encerrada. Sinto que há um ambiente hostil às propostas renovadoras do nosso partido e do governo que apoiamos. Só críticas e denúncias. Não vem o bem que fizemos à nossa cidade, ainda ontem compareci a um evento que marcou o aniversario da inauguração de uma luminária lá na vila CAIU DO CÉU, que não tinha lâmpada há muito tempo. Mas isso vocês não enxergam nem noticiam e nem elogiam.

Enquanto isso a rádio anunciava: “Zé da Bombacha recém-eleito presidente do partido da Mamata entregou ao prefeito da CIDADE DO FAZ DE CONTA uma relação de 46 pedidos de nomeações para cargos em comissão. Entre os indica-dos está ZÉ DA NAVALHA, que está foragido, com mandado de prisão na rua.”

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A Lei da Transparência é uma conquista do povo bra-sileiro e não pode deixar de ser exigido pela população. Evidentemente, alguns governantes fazem de tudo para omitir o quanto gasta e destina para correligionários para que não tenha prejuízos políticos. Esta prática começa a

ter fim. De olho nos prefeitos está o Tri-bunal de Contas do Estado e a imprensa que, juntos, represen-tam os interesses da sociedade e fazem os administradores cum-prirem a Lei, mesmo que em partes. Em Canoas, o Prefeito pu-blicou primeiramente somente quanto cada cargo recebe como vencimento básico, em uma tentativa de esconder os valores reais. Justificou, na

época, que estava cumprindo a Lei em sua integridade. Tanto não estava cumprindo-a que, agora, inicia o ano de 2012 publicando quanto realmente cada servidor recebe de forma líquida. Ainda falta as descrições dos valores recebidos, que podem envolver promoções, fundos de gratificação, diárias, reembolsos, etc. Mas, já há um enorme avanço, mesmo que não tenha sido de forma espontânea por parte da Prefeitura. Agora, todo cidadão pode entrar no site da Prefeitura (www.canoas.rs.gov.br) e na parte da Lei de Acesso à Informação ver quanto cada servidor, de carreira ou de confiança (CC), recebeu no mês de janeiro de 2013. Uma ferramenta que deve ser usada por todos para fiscalizar, questionar e apontar melhorias no serviço público.

4 I O TIMONEIRO I OPINIÃO I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 20134 I O TIMONEIRO I OPINIÃO I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013

Editorial

Transparência

Diretor: Feres Jorge UequedRedator: Émerson VasconcelosDiagramação: Sinara DutraColaboradores: Daltiva Uequed e Priscila MuzykantCirculação: Celço Andreotti Redação: Av. Victor Barreto, 3056/3º andarSala 314 - Centro - Canoas - RS - Cep 92010-000Circulação SemanalFechamento comercial: Quintas-feiras, às 14 horasIMPRESSO: Gazeta do Sul S/A - Rua Ramiro Barcelos, 1.206Santa Cruz do Sul-RS.Filiado a ADJORI/RS Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não traduzindo obrigatoriamente a opinião do jornal.

Editado por: CEDRO - Editora e Empresa de Comunicação Ltda. CGC/MF 02.347.932/0001-30

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Desde 1966 relatandoa história de Canoas

ter fim. De olho nos prefeitos está o Tribunal de Contas do Estado e a imprensa que, juntos, representam os interesses da sociedade e fazem os administradores cumprirem a Lei, mesmo que em partes. Em Canoas, o Prefeito publicou primeiramente somente quanto cada cargo recebe como vencimento básico, em uma tentativa de esconder os valores reais. Justificou, na

“““A Lei da A Lei da A Lei da Transparência é Transparência é Transparência é uma conquista do uma conquista do uma conquista do povo brasileiro e povo brasileiro e povo brasileiro e não pode deixar não pode deixar não pode deixar de ser exigido de ser exigido de ser exigido pela população”pela população”pela população”

Este último feriado religioso deu mais razão a quem o rejeita. A cidade virou cemitério, e não era Dia de Finados. O velho Café Imperial salvou nosso orgu-lho de civilizados, e o cafezinho ganhou sabor especial temperado pela saudade das madrugadas vividas dentro dele, no retorno de jornadas em busca do Amor.

A fé em Deus está ou não, é ou não é, no coração de cada um. É fato do mundo do espírito, onde nenhum governo deve se atrever a entrar. A fé religiosa é água pura, o poder político é azeite saturado em várias fritu-ras. Não se justificam os feriados religiosos e os pontos facultativos (portas fechadas) decretados pela vontade de proteger a quem, a rigor, não precisa. Cada qual suspende seu trabalho, para render culto a seu deus. É seu direito sagrado. Os governos, profanos por natureza, não têm direito de mandar todos rezarem no mesmo dia, como se todos tivessem o mesmo deus.

Babagem“Ah, quanta precisão temos de honrarias... Será

nossa vaidade ou nossa fraqueza, que nos aglomera em círculos de mútuo reconhecimento? Até aí, nada de anormal. Fôssemos fortes, super-homens, não teríamos medo, seríamos independentes e capazes, até, de resolver a Questão Social, este polvo que nos estrangula. Porém, somos fracos, vivemos mendigando afetos e trocando honrarias, tábuas que nos mantêm na superfície do mar da vida”. (O Timoneiro, 2.2.1990).

Paternalismo eleitoreiro

*Escritor, jornalista, editor dos Cadernos Canoenses, mantenedor da Fun-dação Cultural de Canoas, membro da Associação Canoense de Escritores,

da Associação Canoense de Comunicação Social e da Casa do Poeta

Canabarro Tróis filho*

A palavra “carnaval” está relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão “carnis valles”, que deu origem à palavra “carnaval”, pois “carnis” em latim significa carne e “valles” significa prazeres.

O Carnaval existe desde a antiguidade em cidades europeias como a Grécia, depois Roma, França, etc. Era marcado por grandes festas, muita comida, muita bebida, celebrações e busca incessante dos prazeres. Ninguém trabalhava nesse período. Os escravos ganhavam liberdade temporária sem restrições morais.

Lá pelos meados do século XI, a Igreja Católica im-plantou a Semana Santa, que é antecedida de quaresma (40 dias de jejum) e surge, assim, a festa de Carnaval, uma festa de três dias que antecede a quarta-feira de cinzas (primeiro dia da quaresma). A festa de Carnaval, que é sinônimo de aproveitar, estar livre - para muitos - deve-se ao fato de que após a diversão haveria um longo período de privações. Os dias de Carnaval são chamados “gordos”, principalmente a terça-feira, conhecida na França como Mardi Gras (terça-feira gorda), que é sinônimo de Carnaval.

A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. No Brasil, chegou por volta do século XVII. Os brasileiros assimilaram o uso de máscaras, fantasias e vários personagens europeus como o Rei Momo, pierrô, colombina, etc. Com o passar dos anos, o Carnaval brasileiro ganhou popularidade com as marchinhas (músicas que animavam o Carnaval). A partir do século XX, o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer Carnaval com desfiles de “escolas de samba” para outras cidades do mundo.

Hoje, o Carnaval é comemorado em muitos lugares do mundo, mas é no Brasil que ele ganha destaque mundial. O Carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o “maior Carnaval” do mundo e a Bahia como o “maior bloco” de Carnaval de rua do mundo. O Brasil é considerado o país do Carnaval, embora mais da metade da população não participe das festas carnavalescas.

*Professora universitária e particular de francês,

mestre/Literatura pela Unilim/França- [email protected]

CarnavalMarlise Pozzatti*

Definitivamente, no Brasil, os poderosos estão de costas para a Nação, confirmando a célebre frase do gaúcho Aparício Torelly, o Barão de Itararé (1896-1971): “De onde menos se espera, dali mesmo é que não sai nada”. Estupefato, mas ainda assim esperançoso, o brasileiro ingênuo não esperava que o corporativismo fosse tão acentuado, como no episódio da eleição para a presidência do Senado e da Câmara Federal. Infeliz-mente, não deu outra.

Foi confirmado o nome de Renan “Galheiros” (lembram do galho de seu envolvimento com uma jor-nalista?) para o Senado e, para a Câmara o ilustre “como é mesmo o nome dele?”

O pior: muitos se surpreenderam com o voto do senador “Painho.” Para os canoenses, no entanto, este cidadão só confirmou a sua biografia. Por Canoas, ele só aparece nas campanhas eleitorais, ali pela calçada da Escola Castelo Branco. Por Canoas, pelo bairro Igara (onde mora) e pela Saji, fez tanto quanto pela Ulbra, Varig, Fundo Aerus, pelo fim do Fator Previdenciário e etc... Seu voto em “Galheiros” foi coerente com tudo o que deixou de fazer. Sobre a Saji: por uma dívida de IPTU, a sede da entidade que foi opção de lazer para os mais de dois mil associados (especialmente crianças), até 2001, sem qualquer apoio do Poder Público, agora o patrimônio no valor de alguns milhões, está fechado e abandonado há mais de um ano, servindo de criadouro para mosquitos. A área da Saji, na real, pertence a cada uma das famílias de moradores do Jardim Igara, por doação da cooperativa habitacional COHAPA. Foram os moradores que a repassaram para a Associação, sua única proprietária, por iniciativa de um ex-presidente.

*Jornalista

Gurizada mensaleira!...José Fontes*

Não há razões lógicas para destacar-se uma ca-tegoria, numa saúde da família composta de diversos profissionais, bacharéis em suas especialidades, porém, sem provas de doutorados com as complementares exi-gências legais. Nos casos de equipes Saúde da Família, ponto básico e fundamental e o trabalho de identificar possíveis danos a saúde que, após examinado pelos vários componentes multi- disciplinar dos grupos, possam dar encaminhamentos com possível proposta diagnóstico da origem dos problemas detectados e o possível setor de solução. Acredito de muito mais valor em razão dos olhares dos entrevistados na área da saúde, dando enca-minhamento, fiscalizando soluções. A maior parte dos municípios enfrenta os custos dos profissionais médicos, os quais, com alguns cursos de especializações, tornam inviáveis suas manutenções nas equipes. No Decreto Federal nº 5.839/2006, o Governo Federal acaba com a imposição do Ministro de Saúde, que havia durado 17 anos. O médico Alexandre Padilha assumiu no governo da presidente Dilma, como ser o ministro da Saúde, bem articulado e com uma inexplicável omissão da maioria dos usuários, 50% dos trabalhadores em saúde. Que são 25% da composição, ele, ministro (gestor), e prestadores com 25%, conseguiu ser presidente do Controle Social, ou seja, presidente do CNS.

Quero lembrar que na plenária de encerramento da IV Conferência de Saúde do RS, este senhor chegou a Tra-mandaí/RS com três horas de atraso. Os trabalhos deviam iniciar-se às 17 horas, iniciou-se às 18h30min e, com a sua chegada, exigiu-se a reabertura da mesa, falando por 1h20min. Apresentou na XIV Plenária Nacional uma carta sobrepondo-se as decisões das conferências municipais e estaduais de abril a agosto de 2011. Agora, é o signatário no Congresso Nacional, já passando numa comissão da tentativa do chamado ato médico. Quem pode imaginar quando termina essa fúria na busca do poder? Ou é apenas um inimigo na trincheira? (Segue).

*Comunitarista

Direitos do povo e gestores do SUS - III

Odil Gonçalves Gomes*

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CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013 I GERAL I O TIMONEIRO I 5

17 ANOS

Saiba quanto ganham os servidores municipais

Depois de sete meses, Prefeitura acata determinação do Supremo Tribunal FederalDepois de sete meses do pare-

cer do Supremo Tribunal Federal, que determina a divulgação dos salários de todos os servidores públicos, a Prefeitura finalmente publicou em seu site a relação completa, dividida por secretaria. Quem quiser saber quanto ganha cada funcionário da Prefeitura pode conferir a lista acessando o site www.otimoneiro.com.br.

Alguns salários divulgados pela Prefeitura causam estranha-mento à primeira vista, por esta-rem fora dos padrões de outros servidores que ocupam o mesmo cargo. Para entender a razão de alguns altos valores, a equipe de reportagem de OT contatou a ad-ministração municipal.

Segundo a Prefeitura, os fun-cionários Leandro Gomes dos Santos (recebeu em janeiro R$ 35.322,13), Eltamar Salvadori (R$ 27.080,16), Antonio Roberto

Dedomenico (R$ 29.434,96) e Eduardo Pazinato (R$ 30.023,70) se desligaram do governo e a remuneração que receberam é referente as rescisões de contrato, portanto o vencimento básico está acrescido de férias e 13º salário.

A funcionária Marta Ro-mana Valmorbida Rufatto (R$ 24.920,31), por sua vez, segun-do a administração municipal, recebeu o valor divulgado por dois motivos. Ela se desligou do cargo de Secretária de Educação e, por isso, recebeu a rescisão de contrato, assim como férias e 13º salário proporcionais. Ainda em janeiro, Marta, que é professora concursada, assumiu a função de secretária adjunta e, por isso, passou a receber uma FG-A2 de Secretária Adjunta a contar de 22 de janeiro de 2013.

Já no caso da diretora da escola Nelson Paim Terra, Eliane de Ávi-

la Ziegler (R$ 17.531,29), a justi-ficativa do valor muito superior à remuneração das demais diretoras (que receberam em janeiro entre R$ 1.500 e R$ 6.000, a maioria) foi que ela recebeu convocação para desdobrar mais 20 horas na escola, assim como Função Gratificada para o cargo de diretora a contar de 28 de setembro de 2012. Como isso foi publicado em uma portaria no dia 7 de janeiro de 2013, retroa-tiva a 28 de setembro de 2012, ela recebeu em janeiro diferença do 13º salário, de férias, de desdobro, de FG, assim como as diferenças de todos eventos fixos.

Outro caso que chama atenção é o da servidora Edna Rozani B Bittencourt (R$ 14.347,01), que trabalha no Gabinete da Vice-Pre-feita e ganha mais do que a própria Beth Colombo (R$ 9.971,73). A justificativa dada pela Prefeitura é que ela ganha o valor divulgado

por ser professora graduada no-meada em 1977 e possuir FG de Secretária Municipal incorporado.

Sobre a leiA Lei de Acesso à Informação

pública (nº 12.527) promulgada pela presidente Dilma Roussef e que vigora desde o dia 18 de maio deste ano no país, garante que cidadãos possam tomar co-nhecimento acerca das contas dos cofres públicos, podendo-se conferir, por exemplo, o quanto ganham os funcionários da Pre-feitura, além de saber quais são as funções e quem são os servidores que ocupam cargos de confian-ça (CCs). A lei preconiza que qualquer cidadão pode requisitar informações a órgãos públicos mediante formalização de pedido, sem a necessidade de informar os motivos da solicitação.

Como o jornal O Timoneiro noticiou na edição anterior, foi aprovada na Câmara de Verea-dores a lei nº 5.737, que dispõe sobre a expedição, obtenção e obrigatoriedade de Certificado de Inspeção Predial. Na segun-da-feira,4, a lei foi sancionada pelo prefeito Jairo Jorge. Na mesma ocasião, também foi assinado um decreto que regula-menta a lei nº5.673 e se refere a concessão de alvará de localiza-ção e estabelece procedimentos para as suas concessões.

Os vereadores aprovaram a

proposta, com a justificativa de que a nova lei visa aumentar a segurança da população, estipu-lando os tipos de edificações que precisam obter o documento, de-talhando os requisitos técnicos que devem ser atendidos e o pra-zo de renovação do certificado. Os vereadores aprovaram o tex-to com emenda. Ainda, segundo a justificativa da Prefeitura, o objetivo é garantir a segurança da população, citando exemplos como a tragédia ocorrida em Santa Maria. A emenda apre-sentada pelos vereadores altera

a redação do art. 2º, excluindo as construções residenciais unifa-miliares de até dois pavimentos da obrigatoriedade de obter o Certificado.

A leiA nova lei torna obrigatório o

Certificado de Inspeção Predial (CIP). E o CIP será emitido ou renovado pela Prefeitura, por meio de seus órgãos compe-tentes. Prédios não residenciais destinados a eventos e com ca-pacidade para mais de 400 pes-soas, ou qualquer um com mais

de 50 anos, devem renovar o Certificado anualmente. O Certi-ficado servirá para comprovar as condições de estabilidade, segu-rança, salubridade, desempenho e habitabilidade das edificações. Ficam obrigados a obter o docu-mento o proprietário, síndico, o gestor, ou outro responsável por edificação residencial com seis ou mais pavimentos, privada não residencial, pública e edi-ficações com mais de 50 anos. A lei também relaciona todas as exigências para cada tipo de edificação.

Sancionada nova lei de fiscalização predial

Segundo dados oficiais da Prefeitura, em Canoas existem apenas 12 danceterias e boates regularizadas que estão nos bair-ros: Centro, Mathias Velho, Rio Branco e Igara. A administração municipal não divulgou os nomes dos estabelecimentos que operam dentro dos padrões exigidos. Também não foi divulgada uma lista contendo o número e os nomes dos estabelecimentos irregulares.

As informações divulgadas dão conta de que durante as fiscalizações realizadas nos últi-mos três anos foram verificados 38 casos de falta algum tipo de alvará (localização, atividade musical, sanitário), 14 casos de venda de bebida a menores, nove infrações relativas ao Plano de Proteção Contra Incêndios (falta de plano, extintores, problemas elétricos, etc.) e oito casos de som acima do limite. Ainda, segundo a administração municipal, entre 2011 e 2012 foram recebidas da população reclamações relativas a dez locais.

Número e nomes de locais irregulares não são divulgados

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6 I O TIMONEIRO I OPINIÃO I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 20136 I O TIMONEIRO I OPINIÃO I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013

As pessoas são construídas na família

A nobreza de Thereza

LIVROS

[email protected] Uequed Pitol

Junger, guerreiro e artista

Sobre História

Ex-militar condecorado pela sua participação na 1ª. Guerra Mundial e escritor premiadíssimo, o alemão Ernst Junger (1896-1999) teve uma obra e uma existência marcadas pelo oscilar entre a atitude contemplativa de esteta e artista e o engajamento destemido de guerreiro. Demons-tram-no suas duas maio-res obras, “Tempestades de Aço”, relato de suas experiências na Primeira Guerra e elogio à vida militar e do confronto bélico, e este “Nos pe-nhascos de mármore”, publicado pela Cosac e Naify. A história se passa em terras imaginárias: do alto de um penhasco, onde vivem uma vida de meditação e estu-do, dois irmãos con-templam a cidade de Marina e suas regiões circundantes, ameaçadas por uma horda de bárbaros. Inicialmente, crêem que o mero poder da palavra e da linguagem poderá converter os invasores à civilização. Acabam, no entanto, por unir-se à luta física contra os invasores, aliando-se a um príncipe e um militar. Embora “Nos penhascos de mármore” seja frequentemente considerada um exemplo de um dos lados - o esteta - de Junger, é exemplo acabado de síntese do guerreiro e do artista que havia na obra e na personalidade do grande escritor alemão.

Eric Hobsbawm encerrou sua obra mais conhecida, “A Era dos Extremos”, com um alerta preocupado: “se a humanidade quer ter um futuro reconhecível, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente (...) E o preço do fracasso, ou seja, a alternativa para uma mudança da sociedade, é a escuridão”. A preocupação de Hobsbawm neste livro é a mesma que transparece nos en-

saios de “Sobre História” (432 páginas, tradução de Cid Knipel Moreira) que a Companhia das Letras republica agora em edi-ção de bolso. Em princípio, “Sobre Histór ia” não ser ia , como “A Era dos Ex-tremos”, um livro para o grande público: os ensaios ali presentes versam sobre temas que chamam mais a atenção de historiadores profis-sionais do que do leitor culto habitual, como a influência de Marx en-tre os historiadores, a

influência da Escola dos Annales na historiografia britâ-nica e os pontos de intersecção entre história e economia. Isto em princípio. Embora seja indispensável uma razoável formação em ciências humanas para compreendê-los plenamente, a elegância de estilo e a clareza na exposi-ção características de Hobsbawm (quesitos em que ele encontra pouquíssimos rivais entre seus contemporâneos) ajudam a aproximar os textos do leitor, que encontrará aquele alerta de que falávamos em momentos como este, definidor da visão de mundo e da militância do historiador morto em outubro do ano passado: “creio que uma das poucas coisas que nos separam de uma queda acelerada nas trevas é o conjunto de valores herdados do iluminismo do século dezoito”.

Uma senhora de Canoas, militante na “pastoral fa-miliar”, solicita subsídios para uma palestra sobre família e amor.

Prezada amiga,É comum escutar que a família é construída a partir

das pessoas, pais, filhos, avós, netos, sobrinhos, etc., liga-dos por laços históricos, culturais, de parentesco sanguíneo ou não. Esta afirmação tem fundamento até certo ponto, pois não existe família sem pessoas. No entanto, é salutar observarmos que é a partir da família biológica, ou melhor, de sua otimização que vai começar a construção e o cres-cimento das pessoas. Tudo se inicia pela constatação de que a família, muitas vezes é composta de pessoas tão de-siguais, com características psicossociais sociais díspares.

O casal, por exemplo, ao criar uma família, reúne duas pessoas que têm histórias diferentes. Nesse particular a família – embora exceções – reúne aspectos constitutivos, como o afetivo, o relacional, o sociológico, o psicológico, o econômico, o cultural e o romântico. Uma família se compõe, entre outros fatores, do afetivo, do biológico e do relacional.

Quando o poeta afirmou que dentre as coisas que catalisaram sua vida foi o aconchego do lar paterno, ele recordou a força de uma formação psicossocial que se organiza a partir da família bem estruturada, capaz de construir pessoas com base no amor, no respeito e na liber-dade. Isto não é utopia, pois o inverso é verdadeiro, onde pessoas sem estrutura são fruto de famílias incapazes de qualquer tipo de construção afetiva. Pode haver diferenças, mas a regra geral é esta.

O verbo que move a construção das pessoas é amar, que, como falar, caminhar e trabalhar precisa ser come-çado, desenvolvido. Trata-se de um verbo ativo que não admite passividade ou acomodação. De fato, amor não é só sentimento, como dizem alguns: “Eu só vou amar quando começar a sentir...”. Não! Deve-se buscar o amor a partir do primeiro passo. Se eu não começo a amar nunca vou sentir nada.

O amar traz à construção de uma família a com-preensão, o apoio, a confiança, a liberdade. Eu e minha mulher sempre dizemos que a gente “se suporta” um ao outro, não no sentido de aturar, mas de “dar suporte” nas diversas circunstâncias de nossa vida. Para que a constru-ção seja sólida, como uma “casa sobre a rocha” é preciso o interesse e o perdão. Não se trata de uma atitude leviana e comodista. Perdoar, do latim per donare (dar para), é dar alguma coisa a quem precisa.

Se alguém me ofende se torna meu devedor. Quando eu perdôo uma pessoa, a dívida fica quitada. A “matéria prima” do perdão é o erro do outro. Porque erramos Deus nos dá seu perdão. Nesse particular, perdoar se subdivide em vários atos, como vontade, generosidade e consciência. Na busca da construção das pessoas a partir do contexto familiar é importante sempre reconstruir (se).

*Doutor em Teologia Moral, Especialista na temática fami-

liar, escreveu vários livros, entre eles “Quer casar comigo?” (Paulinas), “A família modelo” (Loyola), “A casa sobre a rocha”

(Vozes) e “Vivência e convivência” (Recado)

“A vida quer da gente é coragem. Coragem e amor, por que sem amor, seríamos nada”. Assim foi Therezinha Martins Rabêlo, porto seguro que fundiu o amor e a co-ragem em uma só pessoa, maior, um exemplo de mãe e esposa para todos nós. Sua vida foi uma saga, uma epopeia, uma diáspora moderna, vivendo anos e anos de incertezas, angústias e indefinições no exílio, longe de tudo e de to-dos. Ainda assim, encontrava força para reunir a família e agradecer por estarem juntos, vivos e salvos.

O marido, conheceu em uma aula de geografia, no Rio de Janeiro. Ele, professor. Ela, aluna. Após a aula, vendo a lapela do palitó suja de giz do mestre, depois da protocolar reverência, postou-se a limpá-la com as mãos. Era o início de tudo. Limpou o agasalho do professor e dos filhos deles, vida afora.

Filha de tradicional e conservadora família de mili-tares cariocas, nunca negou o amor ao se apaixonar pelo jovem professor socialista, idealista e revolucionário José Maria Rabêlo. Os protestos de todos enfrentou e com ele se casou, isso tudo no Brasil da primeira metade do sécu-lo passado, época da tradicional família brasileira e seus casamentos acordados.

Ao se mudar para Minas, viveu o seu primeiro exílio, consentido. Teve oito filhos, um falecido ainda bem novi-nho, e enfrentou o mundo, com coragem, amor, nobreza e fé inquebrantáveis. Pelas atividades do marido, jornalista e fundador do polêmico jornal Binômio, perseguido pela ditadura militar, viveu com os filhos o exílio no Chile - até a queda de Salvador Allende e novo golpe - e Paris, onde a vida foi mais generosa com os Rabêlos. Nunca chorou a pátria perdida, mas celebrou a família reunida, dia a dia. Sabia que a vida é um eterno recomeçar.

Após o golpe militar no Brasil, José Maria escondido em casa incerta em Belo Horizonte, ela foi à casa do velho amigo da família em busca de seu marido. Por segurança, ninguém deveria saber onde ele estava, ouviu a negativa do amigo, quando argumentou: “ele está aí sim, pois eu sinto o cheiro dele!”. Estava.

Já no Chile, o primeiro Natal no exílio... os filhos tristes, os pais rendidos, sem nada para festejar, sem di-nheiro, sem brinquedos para os meninos, sem festas ou amigos, foi quando a família recebeu uma graça. O filho Pedro, se aventurando pelo sótão da casa grande, descobriu escondidas caixas e caixas empoeiradas de brinquedos abandonados, iniciando uma improvável festa. Na certa, uma oferenda de nobre família que morara ali antes. Era o renascimento da alegria, o sinal de quem alguém, além, olhava por eles.

O marido, perseguido pelos militares chilenos, refu-giado com o filho mais velho na embaixada do Panamá e o filho Pedro preso no Estádio Nacional do Chile, com a ameaça de ser fuzilado a qualquer momento, ela encontrava força, reunia os meninos, segurava-os em roda pelas mãos e falava firme: “meus filhos, não chorem, saibam que o Pedro vai voltar, o Álvaro vai se salvar e seu pai vai nos juntar todos e nossa família estará unida novamente, como sem-pre foi”. Matriarca por vocação, sua casa sempre foi uma embaixada para os exilados e ela a embaixatriz generosa que estendia os braços e afagava os que estavam sem pátria.

Um dia, fomos almoçar nos arredores de Belo Hori-zonte, Thereza, Zé Maria e eu. Bebemos histórias, partilha-mos sonhos, muitos. Quando a conta chegou ela a pegou com rapidez, diante de protestos nossos. Não ponderou. Pagou. Assim era ela.

Debilitada, acamada e internada, com a mesma bra-vura que enfrentou todas as agruras da vida, não fugiu da última, quando chamou o marido e protestou no hospital: “Zé Maria, isso aqui não pode continuar assim não, você tem que tomar uma providência”, estava com 84 anos de idade. Deus tomou por ele a providência que ela desejava. No dia 13 de janeiro, um anjo barroco, como os muitos que mantinha em seu altar e imagens na sala do sonhado apar-tamento, veio buscar Thereza, a guerreira que agora não precisaria mais lutar, pois ela tinha conquistado o infinito...

*Jornalista e escritor

Antônio Mesquita Galvão*

Petrônio Souza Gonçalves*

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CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013 I GERAL I O TIMONEIRO I 7

Marco Maia deixa a presidência da Câmara dos Deputados

Em seu discurso de despedida, criticou o STF; novo presidente da Casa é o mineiro Henrique Eduardo Alves (PMDB)O canoense Marco Maia (PT)

deixou, depois de dois anos, a presidência da Câmara dos De-putados. Seu sucessor, eleito com 271 votos, é o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O vencedor foi eleito em primeiro turno, em sessão de eleição que contou com a presença de 496 deputados.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) ficou em segundo lugar, com 165 votos, seguido de Rose de Freitas (PMDB-ES), que recebeu 47, e Chico Alencar (PSOL-RJ), que obteve 11 votos. Foram registrados ainda 3 votos em branco. Henrique Eduardo Alves é deputado federal de 11 mandatos e está há 42 anos na Câmara dos Deputados. Em dis-curso na sessão de votação, disse que a Casa “é o mais injustiçado dos Poderes”.

Maia deixa a presidência da Câmara em um momento no qual a Casa passa por um dos mais delicados momentos de sua história. O Supremo Tribunal Federal pede a caçassão de todos os deputados condenados no jul-gamento do mensalão assim que os recursos forem julgados. A posição de Maia sobre o assunto gerava controvérsias, pois dava a entender que não necessariamente cumpriria a determinação do STF.

O novo presidente se apressou em afirmar publicamente que não há hipótese de não cumprir o que for decidido pelo Judiciário.

Maia aproveitou seu último discurso para fazer uma veemente defesa do trabalho dos deputados federais, criticar a cobertura da

imprensa e as interpretações circunstanciais da Constituição feitas pelo Poder Judiciário. Ele fez questão de enumerar uma série de propostas aprovadas na Casa nos dois últimos anos, como a política de reajuste do salário mínimo e a chamada PEC das

Empregadas, para mostrar que a Casa está "sintonizada com o projeto de construção de um País mais justo, social e economica-mente desenvolvido".

"É com profunda indignação e repulsa que vemos setores da grande imprensa questionar a

existência e própria finalidade do Poder Legislativo. Longe de questionar a importância da liber-dade de imprensa e de expressão, porque sem essas prerrogativas também não se constrói demo-cracia, não podemos compactuar com questionamentos dessa natu-reza. A maior fonte de expressão da opinião pública e da vontade popular não se concretiza em edi-toriais de jornais ou em matérias descontextualizadas que relegam a recente e bela história que os brasileiros vêm construindo", afirmou Maia.

Marco Maia disse que de-fendeu a Casa, em mais de uma ocasião, contra as ameaças por parte de outros Poderes. E criticou a atuação do Judiciário, numa referência indireta aos embates que teve com o Supremo Tribu-nal Federal (STF). "Faço questão de ressaltar que não há como deixar de manifestar minha mais profunda preocupação com as interpretações circunstanciais de nossa Constituição por parte do Judiciário, responsável tão somente por sua guarda, mas que tem se arriscado a interpretações que só ao Legislativo cabem. Atitude muito preocupante, que segue exigindo postura enérgica e intransigente por parte do Le-gislativo".

Émerson Vasconcelos

O som alto em postos de gaso-lina que funcionam 24 horas por dia é um problema que incomoda há anos os canoenses em diversos pontos da cidade. Frequentados por centenas de pessoas, especial-mente nos finais de semana, os postos acabam se tornando festas a céu aberto.

Não são poucos os canoenses que reclamam à redação de OT sobre o barulho ocasionado pelo movimento nos postos. Um exem-plo de região da cidade afetada pela situação é a situação de quem mora perto da esquinas da avenida Boqueirão com a rua Liberada, no Igara. Um posto de gasolina 24 horas serve como ponto de encontro de jovens durante toda a semana, prejudicando o sono dos moradores. No local residem vários idosos e pessoas com pro-blemas de saúde, que não aguen-tam mais a barulheira que antes ocorria no final de semana e que vem se tornando quase que diária.

Otílio Freitas Pimentel, que reside há mais de 40 anos na rua

Liberdade, conta que o problema vem se agravando nos últimos anos e que mesmo tendo contatado as autoridades, nada foi feito até agora. “Entramos em contato com a Secretaria do Meio Ambiente, mas a pessoa que atendeu disse que dificilmente haveria fiscalização por causa da falta de fiscais. Então quem vai resolver esse problema? Sabemos que existem leis que nos protegem, mas cabe à Prefeitura fiscalizar”, disse.

O jornal O Timoneiro entrou em contato com a Secretaria do Meio Ambiente, questionando sobre a fiscalização nos postos da cidade e também sobre o caso específico da Igara. Em nota, o secretário do Meio Ambiente, Marco Aurelio Ramalho Corrêa, disse: “Informo que a SMMA está atenta aos casos que vem sendo relatado por municipes, os quais residem próximos a lo-cais que geram ruidos acima do permitido, fazendo vistorias de fiscalização, alertando o descon-forto da vizinhança e intimando ao licenciamento. Independente da atividade desenvolvida os li-mites de emissão de ruído devem

Moradores reclamam de som alto em postos de gasolinaProblema é antigo e causa transtornos ao sono de quem vive perto dos estabelecimentos

ser observados. A ordem pública, assim como o bem estar social devem sermantidos. Ninguém está autorizado a desenvolver qualquer atividade que venham perturbar tanto a ordem pública

estabelecida, como o sossego da vizinhança. As atividades passíveis de licenciamento am-biental terão condicionantes neste sentido. Aquelas que estiverem isentas de licenciamento deverão

ser informadas que existe um código posturas que garantem o bem estar social. Denúncias podem ser feitas pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão: 0800-5101234”.

Canoense presidiu a Câmara dos Deputados por dois anos

Posto serve de ponto de encontro para jovens e adolescentes

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8 I O TIMONEIRO I GERAL I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013

Contratações podem ter sido feitas antes das licitaçõesInformações internas dão conta de que a Prefeitura não terminou os processos licitatórios

O Carnaval, como todas as festas realizadas pela Prefeitura, terá novamente pontos duvidosos na sua administração. Como é de praxe na administração Jairo Jorge, os valores que serão gastos não foram divulgados e, para pio-rar, as contratações de empresas para a realização do evento, que acontece com desfiles das escolas de samba, nos dias 10 e 11 de fevereiro no Parque Esportivo Eduardo Gomes (PEEG), podem estar sendo feitas sem que as li-citações estejam finalizadas. É o que apurou O Timoneiro junto a fontes internas da Prefeitura.

Em nota, a administração se limitou a informr que a licitação para a infraestrutura do Carnaval teve uma empresa vencedora, a Impacto. No entanto, admite, também, que além dessa empresa, houve a contratação de pessoal para a realização de atividades or-ganizativas durante o evento. Essa contratação foi feita pela escola de samba Nossas Raízes, campeã em 2012 e que concorre normalmente em 2013, com quem a Prefeitura firmou convênio, repassando o dinheiro e as responsabilidades.

Esta prática de firmar convê-nios com entidades para terceiri-zar as responsabilidades na rea-lização de eventos já foi alvo do Ministério Público por dificultar a prestação de contas. Além disso, nas últimas edições do Carnaval e demais festas, a Prefeitura não realizou uma prestação de contas à população.

A festaCom a distribuição dos gal-

pões do Parque Esportivo Edu-ardo Gomes para as escolas de samba e blocos carnavalescos, se intensificam também a montagem dos carros alegóricos, conclusão das fantasias e outros preparativos dos desfiles. A Prefeitura também colocará à disposição 20 ônibus para levar os integrantes das es-colas até o Eduardo Gomes nas

Ordem dos desfiles

DOMINGO1.º - Ases do Ritmo2.º - Guardiões da Bom

Sucesso3.º - Império da Mathias

Velho4.º - Nenê da Harmonia5.º - Acadêmicos da

Grande Rio Branco6.º - Os Tártaros7.º - Imperatriz da Gran-

de NiteróiSEGUNDA1.º - Aquarela do Samba2.º - Pérola Negra3.º - Estado Maior da Rio

Branco4.º - Nossas Raízes5.º - Rosa Dourada6.º - Unidos do Guaju-

viras7.º - Acadêmicos de Ni-

terói

noites dos desfiles.

Corte Em 2013, a corte é integrada

pela rainha Dryelli Taianne Sil-va Dias, a 1° Princesa Danyely Damaceno, a 2ª Princesa, Letícia Caroline dos Santos Costa e o Rei Momo Pedro Gregório.

JuradosO grupo de jurados é integrado

por 18 profissionais, provenientes de áreas como artes plásticas, magistério, dança, música, entre outras.

ComissãoNesse ano, a organização do

carnaval está sendo realizada atra-

vés de uma parceria entre a Co-missão de Presidentes das Escolas de Samba de Canoas (COPE) e a Prefeitura. Como no ano passado, foi contratado um consultor de fora do Estado para coordenar os trabalhos. Infraestrutura

SegurançaA estratégia de segurança deve

envolver um trabalho cojunto entre Brigada Militar, a Guarda Municipal e uma empresa de se-gurança privada (nome não infor-mado pela Prefeitura). Questões como locomoção dos carros das escolas e dos veículos dos partici-pantes da festa também devem ser definidas por meio desse grupo de trabalho integrado.

IngressosConforme regulamentação do

decreto 215, de 15 de fevereiro de 2012, o valor do ingresso é R$ 5,00. O mesmo poderá ser obtido no local do evento. Os ingressos serão vendidos sempre a partir das 18 horas, no Parcão, durante os dois dias do evento.

AtraçõesA abertura do Carnaval deste

ano vai envolver um ato inter-re-ligioso, reunindo os lideranças de diferentes instituições. O Bloco das Estrelas, articulado por meio da Coordenadoria Municipal das Mulheres, vai ser outra atração que antecipa os desfiles oficiais.

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10 I O TIMONEIRO I ENTREVISTA I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013

de transito Pelé, que ficava na frente do Café Imperial e ali comandava o trânsito. Um dia, me deu a ideia de es-crever sobre ele e o conto foi premiado em Guarujá, São Paulo. Queria que ele não fosse esquecido pelos serviços que ele fez à comunidade. E sempre com muita simpatia. Outro eu escrevi sobre o tropeiro Francisco Pinto Bandeira, um dos fundadores de Canoas. Escrevi as memórias de Canoas da década de 60, que já conta 5 páginas.

OT: Quais seus autores preferidos?AS: Ultimamente, tenho lido muito

Fernando Sabino, gosto muito da ironia dele. Eu não escrevo com palavras di-fíceis. Danuza Leão por que ela vendia muitos livros? Porque ela escrevia o que o povo gosta de ler, não palavras rebus-cadas. Tem uma palavra que eu acho muito bonita, soslaio, eu acho muito bonita, mas não tive coragem de usar. Rubem Braga, Hemignway, Clarice – tenho todos os livros dela, Sabino, dentre muitos outros são os meus preferidos.

OT: A tua rotina como leitor mu-dou de alguma forma quando tornou-se escritor? Mudou a sua forma de ver a literatura?

AS: Sim. Quando eu não escrevia, eu lia com outros olhos. Comecei a obser-var certas coisas, certos detalhes, que eu não observava anteriormente.

OT: A tua cidade natal aparece em muitos de seus contos.

AS: Sim. Agora estou escrevendo sobre o cinema do Otacílio. Era um cinema ao ar livre em Roca Sales. As pessoas sentavam na grama, em cadei-ras, ligavam o fio no poste e ali passavam “O Gordo e o magro”, faroeste, enfim, os filmes que faziam sucesso naquela época. O Otacílio tinha temporadas em que se hospedava no hotel da cidade e passava os filmes. O rádio era outra diversão. Pegava rádio de São Paulo, da Argentina. Eles faziam turnês pelas cidades do interior e a influência era enorme, o tango era muito forte. Tenho uma memória muito forte dessa época e tudo isso aparece na minha obra, nos meus textos e contos.

OT: Que dicas o senhor daria para um escritor que está começando agora?

AS: Olhe, inicialmente tem que ler bastante e ter incentivo. Isso diferencia e muito. É importante que os pais deem incentivo à criança desde cedo, para que ela tenha contato com o livro, que tome gosto pela coisa. Depois, na adolescên-cia, que se apresente os grandes autores. Eu meio que tive que aprender tudo isso sozinho, lendo os jornais, os suplemen-tos literários, aprendendo aqui e ali. E tudo isso faz parte da nossa formação e se reflete na maneira como escrevemos. Eu sempre digo, brincando com a minha profissão e com a ocupação que tenho agora, que não me considero um escri-tor. Eu sou, isso sim, é um contador de histórias (risos).

O Timoneiro: O senhor é natural do interior. Como foi a vinda para Canoas?

Adilar Signori: Nasci em ja-neiro de 1947. Eu adoro Canoas, me recebeu de braços abertos, mas eu amo Roca Sales, porque eu vivi lá 16 anos e 43 dias. Eu vim para Canoas em 12 de feve-reiro de 1963. Tive uma infância invejável, porque a gente mora-va no alto da cidade, ao lado da igreja, e lá tinha a loja do meu pai, que tinha tudo. Lá tinha a praça em frente, dois hospitais, o clube, era um ambiente muito bom. E nesse ambiente eu vivia. Meu irmão sempre dizia que eu vivia com um livro na mão. Na verdade, no colégio, no ginásio São José, minhas matérias pre-feridas eram português, história e geografia. No colégio não tinha biblioteca. Eu era ávido por leitura. Quando eu tinha 13, 14 anos, vim visitar minha irmã em Canoas. Roca Sales tinha 15 mil e hoje tem 11 mil.

OT: Diminuiu de tamanho?AS: Sim. Esse êxodo aconteceu em

muitas cidades do interior. Então, em 1963, meu pai perguntou se queríamos continuar com a casa de comércio, ninguém quis e nós viemos para cá. E, como nós, muitas famílias do interior, principalmente de cidades de coloniza-ção alemã e italiana, que exportavam bastante gente naquela época. Roca Sales é meio a meio: tem uma parte de origem alemã, e outra de origem italia-na. Fica na zona de influência das duas colonizações.

OT: Alguma influência particular de casa na sua carreira?

AS: Minha mãe me marcou muito. As histórias que ela contava ficaram marcadas na minha memória e os textos que ela me contou ficaram comigo. E lembro muito de meu pai ler o Correio do Povo, ele lia muito o jornal. Essas imagens foram muito importantes para mim, sem dúvida.

OT: E a leitura de literatura pro-priamente dita começa quando?

AS: Começou quando eu tive acesso aos escritores, quando tomei conheci-mento da existência deles. Quando era pequeno e adolescente, em casa recebí-amos o Correio do Povo, que trazia um caderno dedicado à cultura, o caderno H, e ele me marcou muito. Lá escrevia

gente como a Clarice Lispector, que tinha uma escrita hermética, me impres-sionava muito. Nesse caderno eles tam-bém traziam muitos grandes escritores, e eu fiquei conhecendo muitos deles por ali. Através desse caderno, li Hemin-gway, Érico Veríssimo, me identifiquei muito com eles. Recebi uma grande influência do Hemingway. Sou um escritor minucioso e muito observador, gosto de detalhes, de contar a história. E eu sempre fui um ávido frequentador de feiras de livro. Sempre frequentei filas de autógrafos. Sou fascinado por livros, não posso ver uma livraria (risos).

OT: Algum incentivo em parti-cular? Seja do colégio, seja de outra forma...

AS: Como me formei em contabi-lidade – na primeira turma do Colégio Comercial de Canoas, onde tive aulas de contabilidade pública com o professor Hernani Freitas, recentemente falecido – não tive muito acesso à literatura atra-vés da escola. Uma pessoa que me deu

muito incentivo foi o escritor João Manoel da Silva, um escritor de Roca Sales, que não posso deixar de citar, que muito me auxiliou e muito me incentivou.

OT: Como foi a chegada a Canoas?

AS: Canoas, naquela época, era bem menor, mas mesmo assim parecia uma cidade grande. Bem maior do que Roca Sales, como eu disse. A gente se sentia um pouco deslocado, claro, mas não éramos só nós. Era uma época em que ninguém tinha nascido em Canoas. Era todo mundo do interior, de cidades que tinham uma diferença muito grande para Canoas. Como já vivo há muito tempo aqui, me considero um es-critor rocassalense-canoense. Eu amo aquela terra e adoro Canoas, mas é a minha terra natal e tenho muito carinho por lá. Sabe por que Roca Sales tem esse nome?

Em homenagem ao presidente argentino Julio Roca e o presidente Campos Sales, que fizeram uma visita um ao outro. Eu tive uma infância tão feliz que eu só escrevo quase com base nessas lem-branças (risos).

OT: E Canoas entra como e quan-do em sua obra?

AS: Em vários textos meus. Eu escrevi também sobre o cine Rex. Eu comecei a escrever com papel e lápis. Depois passava para o PC. Na Feira do Livro, em 2008, eu cheguei até a Banca da Fundação Cultural e perguntei: “te-ria alguém para dar uma olhada nesses textos para ver se tem algum valor?”. Aí disseram que só tinha a Nelci Urnau. Não conhecia ninguém. Mostrei e voltei semana depois. E eu perguntei: “diga se eu tenho condições”. E ela me trouxe e me disse que eram muito bons. Confesso que fiquei emocionado, porque nunca tinha me imaginado como escritor. Ela é muito generosa. Até hoje me incentiva. Antes disso, eu não achava que escrevia tão bem. Até o dia em que eu fui dar autógrafo eu me senti estranho. Antes eu é que pegava autógrafos dos escritores. Eu os tinha como ídolos. Na verdade, eu só fui me dar conta de que era um escritor quando eu ganhei o primeiro prêmio em crônicas e contos em Lajea-do. Comecei então a me enxergar como escritor, embora nunca deixe de ser um leitor. As duas coisas estão intimamente ligadas. E eu falo muito de Canoas nos meus textos. Tenho um sobre o guarda

“Não me considero um escritor. Eu sou, isso sim, é um contador de histórias”

Adilar Signori, escritor

Por Celso Augusto uequed Pitol

A frase que intitula esta entrevista é uma brincadeira de bom gosto que Adilar Signori faz com sua condição muito particular. Durante quatro décadas, este homem de 63 anos, nascido em Roca Sales e morador de Canoas desde 1963, exerceu a profissão de contabilista sem nunca demonstrar interesse pela carreira literária. Há dois anos, porém, o contador Adilar resolveu aventurar-se por esta seara e o

resultado tem sido surpreendente para um novato: dezoito prêmios conquistados, participação em antologias e vários trabalhos para publicar. Nesta entrevista, Adilar nos con-ta um pouco da sua trajetória, que inicia em Roca Sales, passa pelo exercício da profissão que escolheu em Canoas, a descoberta do talento para a literatura e os planos para o futuro.

“Na verdade, eu só fui me dar conta de que era um escritor quando eu ganhei o primeiro prêmio em crônicas e contos em Lajeado

“Eu tive uma infância tão feliz que eu só escrevo quase com base nessas lembranças"

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Boneco Juca é o convidado do Projeto “O Livro está na Mesa”

Dia 23, no Canoas Tênis Clube, mais um almoço do pro-jeto “O Livro está na mesa”. O Boneco Juca, mascote da Hora do Conto da Biblioteca Pública Municipal “João Palma da Silva”, será o convidado mais especial do almoço, ani-mado pelas professoras Sônia Regina Salamacha Petry e Maristela Bongiorni Alf de Freitas, que lhe dão voz e gestos. O Juca “realiza” um trabalho itinerante com a finalidade de disseminar a literatura infanto-juvenil e o nosso folclore. Apresenta-se em feiras de livros, em escolas, além de atuar em alas pediátricas hospitalares. Sônia Regina é licenciada em Pedagogia, e especialista em Educação Especial na Área de Surdez. Maristela possui a mesma formação acadêmica. A presença do Boneco Juca, e de suas animadoras, no almoço literário justifica-se porque os livros são a fonte original de suas histórias.

“PoliticArte” em MarçoNo último sábado de março, estaremos realizando o pri-

meiro almoço de um novo projeto, o “PoliticArte”, que tem por fito escutar pessoas de outras áreas sobre o que pensam e fazem, ou poderão fazer, pela emancipação cultural de Canoas, tendo as artes – particularmente a Literatura – como ferramenta fundamental. O primeiro convidado está sendo escolhido.

Memória Ambiental“Um dado preocupante, segundo as pesquisas, é a omis-

são e a baixa participação da população através das entida-des associativas. De outro lado, se tem notícia da existência de somente uma Organização Não Governamental com objetivos e propostas ambientais, na Cidade de Canoas, enquanto que no passado a Associação Canoense de Pro-teção Ambiental, inspirada no modelo da Agapan Gaúcha, exerceu um importante papel de alerta e preservação do meio ambiente. Além disso, a presença do poder público municipal como fiscalizador é prejudicada pelos parcos recursos disponíveis na área, limitando sua autonomia e atuação, restringindo-se tão somente à linha do obrigatório e corriqueiro”. (Nestor José Mayer, em seu livro “Memória ambiental da cidade de Canoas”).

“Uma literatura dá a medida de uma sociedade”*

Airton Joel Cardoso*

O Resultado de perícia médica poderá ser entregue por escrito ao segurado do INSS. A Câmara ana-lisa proposta que obriga o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a informar por escrito ao segurado, ao final do procedimento, o resulta-do da perícia médica para conces-são de aposentadoria por invalidez, auxílio-doença e auxílio-acidente. A medida está prevista no Projeto de Lei 4526/12, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

Para o deputado, o documento deve subsidiar qualquer contes-tação judicial contra o resultado das perícias. “Em alguns casos, a perícia médica do INSS nega ao segurado o direito de continuar a perceber o benefício sem que, de fato, o mesmo esteja apto para o retorno ao trabalho ou para o exer-cício de suas funções habituais”, argumentou.

Pela proposta, nos casos de perícia para concessão de auxílio--acidente, o documento entregue pelo INSS ao segurado deverá conter as sequelas definitivas ob-servadas pelo médico.

Auxílio doença - A Câmara já havia aprovado, no final do ano passado, a obrigação da entrega do documento com resultado por escrito nos casos de perícia para auxílio-doença (PL 7209/10). Mas, para Barbosa, a medida deveria ser ampliada também para os re-querimentos de aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente.

Tramitação- A proposta, que tramita caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidada-nia. Fonte: Câmara dos Deputados Federais

*Advogado OAB/RS 43.486 Telefone: 3059.1111 / 8419.5050

Resultado de Perícia MédicaDireito Previdenciário

* Frase do poeta português Guerra Junqueiro.

Marco leite

A GAROTA DO FACEBOOK

E s t a h i s t ó r i a é fictícia, mas poderia ser verdadeira. Ela fala da “garota do face”. As redes sociais ampliaram muito as formas de relacionamento e o contato com as pessoas. Mas também representam perigos, pois aproximando as pessoas e nem sempre são totalmente verdadeiras. Por uma simples razão: a grande maioria dos participantes falar de suas virtudes e muito pouco dos seus defeitos.

A “garota do face” pode ser qualquer pessoa , uma conhec ida que fo i reencontrada na rede, uma pessoa nova e que simpatizou com suas postagens... Pronto!

O que tem de mal em convidar para um bate-papo? E assim as coisas começam a tornar-se mais individuais e a relação mais íntima. Já ouvi fala de pessoas que atravessaram o mundo para se encontrar após se conhecerem no Facebook ou em outra rede social. E existem casos que aproximam pessoas, que depois querem mais, querem ficar juntas e dividir uma vida.

Egoístas que somos, passamos a ter ciúmes da rede, do garoto ou da garota do Face. Passamos a vigiar isso e cuidar as postagens um do outro. Parece estranho? Mas não é!

Está acontecendo uma nova forma de relação: a da “garota do face” é um exemplo. Está estabelecida a relação virtual, que gera as mesmas emoções, a aproximação, a conquista e, finalmente, a relação pessoal.

Com isso começam os problemas, as pessoas fantasiam e capricham em sua imagem pessoal para chegarem a isso.

Mas com a aproximação e o convívio, as manias, jeitos e defeitos que não são mostrados na rede começam a aparecer. E para uma relação destas dar certo é preciso muito empenho e doação para entender o outro.

Criamos a “garota do face” como a garota perfeita e para merecê-la também temos que demonstrar que somos nota 10.

E quando a realidade se apresenta a “rede cai”, não existe mais a internet para fantasiar as coisas. Então como fazer para ficar com a “garota do face”? Se desligar do mundo e viver só para ela não dará certo, porque aí desistimos de nós.

E desistir da vida é renúncia, é falta de amor próprio. Então o que fazer para ficar com a “garota do face”?

Eu não sei a resposta, pois não sonho com a “garota do face”. Eu quero a minha garota, a garota real, a garota companheira, parceira, a garota problema, a garota que dá um trabalho dobrado para ser conquistada e por fim a garota que sabe dizer “não”, mesmo quando mais quer dizer sim.

Mas, infelizmente, esta garota não existe! Por uma simples razão - a grande maioria dos homens não fazem por merecê-la. Para os homens falta coragem e para a “garota do face”, paciência.

Mas, afinal, quem teria paciência comigo?

INFORMATIVO ASMCNº. 393 - Ano III

Associação dos Servidores Municipais de Canoas Fundada em 12/06/62

e-mail: [email protected] site: www.asmc.com.brFone: (51) 3472-1866

RESPOSTANo domingo, dia 03, em torno das 13h20min, eu estava

parado na sinaleira da rua Brasil com a rua Cel.Vicente, em Canoas, quando um motoqueiro parou ao meu lado, olhou toda a camionete (Montana) e perguntou-me: o prefeito Jairo Jorge sabe que tu andas em pleno domingo com essa camionete? Olhei para o mesmo e respondi: o prefeito não sabe, espero que tu não contes para ele. Abriu o sinal, ele arrancou a sua moto e deixou eu passar por ele, talvez para ele anotar o número da placa, seguiu-me até a rua Dr. Barcelos e desapareceu.

Após, segui até o Escritório da ASMC (rua Fioravante Milanez), carregado com piso cerâmico no referido veículo, que é de propriedade da ASMC, que nada tem a ver com a Prefeitura.

A placa é cinza e os carros da PMC possuem placas brancas, a única coisa que chama atenção é o adesivo nas portas e, sobre o capô, com o brazão da ASMC, onde aparecem as palavras “dos servidores municipais”, isso confundiu o motoqueiro.

Na tampa da carroceria consta o e-mail e o telefone da ASMC, como isso ocorreu no domingo passado, até a pre-sente data, não recebi nenhuma reclamação do Município, nem tão pouco um pedido de explicação. Também não sei se o cidadão da moto disse alguma coisa na Prefeitura e se o fez, passou por bobo, pois a camionete não é do Município.

Já estamos desde o dia 19 de janeiro trabalhando todos os finais de semana, sábados, domingos e trabalhamos até no dia 02 (Dia de Nossa Senhora dos Navegantes), e ainda ficou serviço para mais esse final de semana.

SAMUNa semana passada recebi um e-mail que dizia: Atenção!

Utilidade Pública.SAMU informa: Achei interessante o conteúdo e transcrevo a todos os

leitores desta Coluna “Os médicos e paramédicos das am-bulâncias de emergência médica, perceberam que muitas vezes nos acidentes da estrada, os feridos têm celular consigo, no entanto, na hora de intervir com os doentes, não sabem qual a pessoa a contatar na longa lista de telefones existentes no celular do acidentado.

Para tal, o SAMU lança a idéia de que todas as pessoas acrescentem na sua longa lista de contatos, o número da pessoa a contatar em caso de emergência, tal deverá ser feito da seguinte forma AA emergência (as letras AA são para que apareça sempre esse contato em primeiro lugar na lista de contatos).

É simples, não custa nada e pode ajudar muito ao SAMU ou a quem nos socorrer.

Se lhe parecer correta a proposta que lhe fazemos, pas-se essa mensagem a todos os seus amigos, familiares e conhecidos. É tão somente mais um dado que registramos no nosso celular e que pode ser a nossa salvação.

(Assina Josiane Trocatti)Coordenadora Administrativa – SAMU – Serviço de

Atendimento Móvel de Urgência.

CAMPING x ANIMAISÉ grande a quantidade de associados que nos procuram

para solicitar autorização, para que os mesmos possam levar seus animais de estimação para as cabanas ou barracas no camping da ASMC no município de Cidreira.

Como a secretaria Estadual da Saúde proíbe não temos como autorizar. A multa é muito pesada podendo haver até a interdição. Além de ser um local com aglomeração de pessoas, a fiscalização é bastante rígida e o mesmo ocorre na sede social e na sede campestre de Nova Santa Rita.

COTAS ASMCÉ grande a quantidade de associados que estão fazendo

ou renegociando empréstimos na rede bancária, e utilizan-do o valor total de sua cota na ASMC, sem saldar a sua dívida pendente na mesma. Nesse caso, a ASMC não está considerando que o mesmo tenha dívida na Entidade e, se possuir saldo no seu contracheque, o mesmo segue como associado, com um valor da cota irrisório.

A instituição bancária não está fazendo o depósito na conta da ASMC, conforme o “acordo de cavalheiros” firmado entre as partes. Cada um sabe o que faz.

ASMC 50 ANOS COM VOCÊ!

Firmo Farias dos SantosPresidente

12 I O TIMONEIRO I GERAL I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013

Page 13: O Timoneiro - Nº 2534

CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013 I GERAL I O TIMONEIRO I 13

P ublicações le g a i s ligue 3032.3022

EDITAIS, LEILÕES, BALANÇOS SOCIAIS, CONVOCAÇÕES,PARTICIPAÇÕES DE FALECIMENTO E CONVITES PARA MISSA,

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O CDL Canoas esta realizando, de 4 a 24 de fevereiro, o LIQUIDA CANOAS 2013, a maior liquidação conjunta do comércio da cidade. O Líquida Canoas tem obtido ótimos resultados, ano após ano, gerando incremento em volume de vendas, sempre superiores ao mesmo período sem promoções. Nas últimas edições da liquidação, o incremento de vendas foi na ordem de 15%. Contudo, a garantia do sucesso desta promoção está na união do comércio: a cidade se veste de Liquida Canoas.

Pelo segundo ano consecutivo, a Calçados Picca-dilly, indústria calçadista com 57 anos de atuação no mercado feminino, é eleita como uma das 50 marcas "Campeãs da Inovação". No ano de 2012, por suas novidades em produtos e tecnologias, a empresa da cidade de Igrejinha conquistou o prêmio entregue pela Revista Amanhã.

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Ironman Brasil 2013Atleta e Personal

Trainer canoense, José Valdoir de Vargas Jr., 39 anos, está em pre-paração para sua quar-ta prova de Ironman, nas distâncias de 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida.

A expectativa é fazer seu melhor tem-po. Para isto, o Per-sonal Trainer e atleta conta com o apoio da SuperPro Bettanin, Cofercan e Bella Fí-sio. "Os treinos estão ficando pesados, o volume aumentando e as horas de dedicação chegam a 6 em alguns dias, mas deve aumen-tar conforme a prova for se aproximando", relata o atleta.

Investimento garante competitividade de empresas gaúchas

Com os objetivos de promover a competitivi-dade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas e fomentar o empreende-dorismo, o Sebrae no Rio Grande do Sul vai investir R$ 3,3 milhões na região Sul do estado este ano. Os recursos serão destinados às ações voltadas para os setores de agronegócio, indús-tria, comércio, turismo, atendimento individual e desenvolvimento territorial.

Neste ano, a Regional Sul do Sebrae con-ta com oito projetos coletivos que prometem atender a mais de 5,5 mil pequenos negócios que atuam nas cidades da região. “Daremos continuidade às capacitações da maioria dos projetos do último ano e também colocamos à disposição dos interessados um novo programa voltado para os produtores de leite”, completa a gerente da Regional Sul da instituição, Rosani Boeira Ribeiro.

Um dos destaques é o programa Sebrae nos Territórios da Cidadania, que continua na região. A iniciativa visa a contribuir para o desenvolvi-mento e a redução das desigualdades socioeco-nômicas de ambientes menos desenvolvidos. Ao longo do ano, 4.150 negócios devem passar pelo programa. As ações da Regional também terão foco na implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa – legislação que garante benefícios aos pequenos negócios - e na for-mação de Agentes Locais de Desenvolvimento. "Concentraremos nosso foco nas cidades que demonstrarem interesse em aprimorar suas com-pras governamentais e desburocratizar processos para facilitar a vida do empreendedor", explica Jussara Argoud, responsável pelo Territórios da Cidadania na região. Para se inscrever nesse e em outros projetos, é preciso candidatar-se para a seleção da chamada pública por meio do site www.sebrae-rs.com.br. ENCADERNAÇÕES

Restauração de livros

F: (51) 3475.3503

Tradição de 57 anos

ABANDONO DE EMPREGO

A Sra. Orvalide Marin carteira de identidade nº 9022335071-SSP-RS., Rua Senador Salgado Filho nº 35 – Bairro São Luis, Canoas., RS., comunica que sua funcioná-ria doméstica Sra. Ângela Anjos dos Santos, CTPS nº 515384, série 0010, não comparece ao emprego desde o dia 26/12/2012, caracterizando abandono de emprego, conforme as normas da lei.Canoas, 30 de Janeiro de 2013.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO COOPERATIVA PADARIA VIVA RIO

BRANCO LTDA - COOPVIVAASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O presidente do CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, Sr. ALDO CO-LOVINI DE ARAÚJO da COOPERATIVA PADARIA VIVA RIO BRANCO LTDA - COOPVIVA, no uso das atribuições que lhe confere o Estatuto Social, convoca os seus associados, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se na sua sede social, à Rua Primavera, nº 2302, bairro Rio Branco, CEP 92200-300, na cidade de Canoas/RS, no dia 23/02/2013, obedecendo os seguintes horário e “quorum” para sua instalação, sempre no mesmo local, cumprindo o que determina o Estatuto Social: 01) Primeira convocação às 17h, com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados, 02) Em segunda convocação às 18h30min, com a presença de metade mais um dos associados, 03) Em terceira e última convocação às 20horas, com a presença de no mínimo 10 (dez) associados, para deliberar sobre os seguintes assuntos: 1) dissolução voluntária da sociedade e nomeação do liquidante; 2) prestação de Contas do liquidante; 3) outros assuntos de interesse social no que tange a dissolução sa sociedade cooperativa.

Canoas/RS, 06 de fevereiro de 2013.

ALDO COLOVINI DE ARAÚJOCONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL

EXTRAORDINÁRIAO Presidente executivo da Associação dos

Servidores Municipais de Canoas, no uso de suas atri-buições estatutárias, Art. 51º e 37º, letra “D” do estatuto social, CONVOCA os associados da Associação dos Servidores Municipais de Canoas, com direito a voto, para a Assembléia Geral Extraordinária, a realizar-se no dia 12 de Março de 2013, nas dependências do Salão Social Júlio Pereira de Souza, sito à rua Nerci Pereira Flores nº 179, bairro Centro, Município de Canoas, com a 1a. Chamada às 19hs, com maioria absoluta dos as-sociados, Art. 50º, parágrafo 1º e 2a. Chamada às 20hs, com no mínimo de 1/3 dos associados, com direito a voto.

ORDEM DO DIAA – Aprovar o Novo Regimento EleitoralB – Assuntos Gerais

Canoas, 08 de Fevereiro de 2013.

FIRMO FARIAS DOS SANTOSPresidente

EDITAL DE 1º E 2º PRAÇA E INTIMAÇÃODATAS E HORÁRIOS: 22/02/2013 às 11:00hs 01/03/2013 às 11:00hs

Local: Átrio do Foro da Comarca de Canoas – RS

VALKIR GARCIA DE CAMPOS, Leiloeiro e Avaliador Público Oficial, devida-mente autorizado pelo(a) Exmo(a) Sr(a) Dr(a) Juiz(a) de Direito, da 1ª Vara Cível da Comarca de Canoas/RS, venderá em pública praça/leilão, em dia, hora e local acima mencionados, o seguinte bem imóvel.- Parte do Lote Urbano nº 15, da quadra “07”, na rua Padre Eugê-nio Mees, Loteamento Granja dos Sinos, na zona urbana do município de Nova Santa Rita/RS, denominada Lote 03. Bairro Berto Círio, localizado no quarteirão formado pelas Ruas: Padre Eugênio Mees, “L”, “A” e 20 de Março, possuindo a área superficial de (1.020m²), com as seguintes medidas e confrontações: ao Noroeste, onde faz frente, na extensão de (12m), no alinhamento com a Rua Padre Eugênio Mees; ao Sudeste, onde faz fundos, na extensão de (12m), com parte do lote 20, que é ou foi de propriedade de Antônio Roltoli Neto; ao Nordeste na extensão de (85m), de frente ao fundo com parte do lote 15, denominado lote 02, de propriedade de José Dalvi de Vargas Lopes; e ao Sudeste, na extensão de (85m), de frente ao fundo, com o lote 14, que é ou foi de propriedade de Chies Empreendimentos Imobiliários Ltda. Dista (96m) da esquina com a Rua 20 de Março. Avaliado em R$ 60.000,00 (Sessenta Mil reais). Avaliação feita em 11/10/2011 podendo ser(em) atualizada(s) quando da hasta pública. OBS: Assinado o auto de Arrematação pelo Juiz, pelo Arrematante e pelo Leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venha a ser julgados procedentes os embargos do executado (redação determinada pela Lei 11.382/2006 – art. 694 do CPC). Processo nº 008/1.05.0005612-7. Ação de Execução de Título Extrajudicial que o Italo Brasileiro Maggiani move contra Nilto Figini, Terezinha José de Oliveira Figini, José Dalvi de Vargas Lopes e Angelina Antunes Lopes. COMUNICAÇÃO: Comissão, diligencia, IPTU e outros encargos, correram por conta do arrematante. Caso não haja interessados para o bem em 1º Praça, pelo valor da avaliação, o mesmo irá a 2º Praça, no dia supra referido, à mesma hora e local, pelo valor de 60% da avaliação, a quem mais oferecer, inadmitindo preço vil. Fica(m) intimado(s) o(s) requerido(s) supra se casado(a) for, para não alegar(m) desconhecimento da Praça, para fins de direito, caso não encontrados pelo Sr. Oficial de Justiça, para cientificação pessoal: INFORMAÇÕES: com o Leiloeiro, pelo telefone: (051) 8424-1570.

Nestes termos,Pede Deferimento.

Canoas/RS, 19 de Dezembro de 2012.

Page 14: O Timoneiro - Nº 2534

14 I O TIMONEIRO I CULTURA I CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013

A história de Canoas, mês a mês

Maçonaria

O ágape é um banquete tradicional, especialmente logo após as iniciações de novos irmãos. Os convivas só sentem e se servem de alimentos após uma oração, que é proferida pelo dirigente dos trabalhos, ou por quem ele escolher. Há outros dois banquetes, ritualísticos, um deles em honra de São João Batista e um de S. João Evangelista, em 24 de junho e 27 de dezembro. Ambos inspirados na ceia de Jesus Cristo com seus discípulos, “na qual davam mutuamente o ósculo de paz e fraternidade” (Octaviano de Meneses Bastos).

Nessas ocasiões, os alimentos repartidos simbolizam a co-munhão. O pão simboliza os bens terrenos; o vinho, o sangue do espírito. Estes dois símbolos exigem nossa coerência, na prática do que nos é ensinado em Loja, combatendo as injustiças do mundo profano onde somos minoria, o que reclama de cada um a multiplicação de esforços. (Sócrates).

MARÇO, 1957“Rei Momo, novo prefeito da cidade” foi a manchete do

semanário O Momento na contracapa, edição do dia 2 de março. O vice-prefeito Hugo Simões Lagranha entregara as chaves da cidade ao Rei Momo (Manuel Pedro Severo da Silva). A Rainha do Carnaval fora eleita; Erenita Parmeggia-ni, representando o Clube Comercial. Era a escolhida; Marli Campos e Teresinha Lauze, como Princesas, completavam a corte de Momo. A Comissão Organizadora era presidida por Mário Loureiro e cuidou de tudo, inclusive de conferir honraria ao popularíssimo Baiano (Enor Torquato dos Reis), boêmio amigo de todos: A notícia da contracapa, sob aquele título, começava assim: “O Carnaval está nas ruas. E hoje o povo canoense terá oportunidade de assistir a um grandioso desfile. A Comissão Organizadora, presidia pelo sr. Mário Loureiro, teve oportunidade de articular o programa oficial que a seguir damos à publicidade: Dia 2 – sábado: às 21 horas – Chegada do Rei Momo ao coreto armado na rua João Pessoa – Entre-ga das chaves da cidade – Coroação da Rainha de 57 srta. Erenita Parmeggiani – Início do desfile. Dia 5 – Terça: às 21 horas – Início dos desfiles dos blocos, cordões e escolas de samba – Entrega de prêmios aos classificados em suas diversas categorias – Encerramento”. A notícia ia adiante com detalhes sobre Carnaval Infantil, Prêmios, e o desfile do Clube da Fle-cha, 1° de maio da vila Rio Branco, Marinheiros do Samba, Os Mirins, Maracanã e Fugitivos do Além. Ganharam destaque especial o Casamento na Roça, bloco humorístico do Esporte Clube Oriente, e o Aratimbó, também humorístico, liderado por Guiomar Ferreira e Léo Fonseca. (CT).

Olegar Lopes*

Uma das passagens descritas nos livros que mais me impressionam, é a que nos conta sobre a construção e transporte dos lanchões, puxados por dezenas de juntas de bois, transpondo areais desde Capivari até o mar para chegar à Laguna. Eu fico imaginando quanta luta e esforço físico custou àque-les homens esta maratona. Entre tantas cenas e atos de bravura de gaúchos no decorrer da nossa história desde os lanchões de Garibaldi e Bento Gonçalves, que os livros não registraram, ou que caíram no esquecimento, uma recente e bem viva nas nossas memórias, mostrou para o mundo que em alguns pontos continuamos vivendo como nos tempos da Revolução Farroupilha.

Refiro-me às cenas que correram o mundo, mos-trando três heróis farroupilhas modernos, porém, lutando com armas que eram usadas pelos farrapos em 1835, marreta, machado e picareta. O mundo viu aqueles três jovens gaúchos na era da alta tec-nologia, da internet e da informática derrubando grossas paredes para salvar vidas no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria. O mundo viu um país onde as autoridades anunciam grandes preparativos para a Copa do Mundo de 2014, ao mesmo tempo em que apresentam uma corporação mal equipada para a finalidade a qual se destina - combater incêndios e salvar vidas. Será que dá para confiar na eficiência anunciada para a Copa?

Importante ressaltar que essa corporação conta, sim, com um elogiável material humano – os bravos soldados do fogo que, em ocasiões como esta, con-tam com apoio da população, além dos Três Heróis Farroupilhas de Santa Maria.

Como tradicionalista ainda chocado com a tra-gédia de Santa Maria, transcrevo a Manifestação de Pesar emitida pelo MTG.

Senhores(as) Coordenadores(as) Regionais e Patrões.

No momento de tristeza pela tragédia ocorrida domingo, dia 27 do corrente mês, na cidade de Santa Maria, devemos tirar lições do lamentável episódio de dor, para que casos como esse sejam relegados ao passado, muito embora o vazio e o sentimento de angústia jamais serão esquecidos.

Por isso, devemos cuidar muito da segurança dos nossos Galpões e o tipo de eventos que queremos realizar.

Vamos, nesses dias de decreto de luto (bandeiras a meio mastro), fazer um minuto de silêncio e de orações no início das atividades, principalmente para que os familiares e amigos tenham força para suportar o doloroso acontecimento com nossos inesquecíveis tradicionalistas abaixo:Allana Willes – 9ª RT – CTG Clube FarroupilhaAna Carolina Rodrigues – 8ª –CTG Pioneiro do LaçoAndrise Farias Nicoletti – 13ª RT CTG Cincero LemesAugusto Malezan de Almeida – 13ª RT AT Estância do MinuanoCásio Garcez Biscaino – 10ª RT PN Caudilho VianenseFelipe Vieira – 7ª RT GR Tebanos do IgaíJosé Manuel Rosa da Cruz – 13ª RT DTG Querência das DoresLeandro Lemos Karsburg 13ª RT DTG Noel GuaraniLuiz Felipe Balest Piovesan – 9ª RT CTG Tropeiro VelhoMaicon Douglas Moreira Iesen – 13ª RT CTG Que-rência do PinhalMatheus Pacheco Brondani – 18ª RT PL Jalmengo AzevedoVinicius Pinton Greff – 13ª RT CPF Piá do Sul

Tradicionalista [email protected].

Agenda tradicionalista

Os três heróis farroupilhas

No Ágape, Dois Alimentos

Antes de um jogo, jogadores, diri-gentes, madrinha e técnico do Central Futebol Clube posaram para esta foto. Da esquerda para direita, em pé: Sílvio, Teco, Marcio, Ruth, Maria (madrinha), Aldecir, Marcondes, André, Alemão (técnico) e Dirceu. Agachados, na mesma ordem: Pirulito, Sergio (Mancha), Zenon, Cata-rina, Alécio, Butiá e Barbudo. O Central defenadia as cores da vila Rio Branco. (Do arquivo do fotógrafo Toninho Silva).

Memória da Cidade

Page 15: O Timoneiro - Nº 2534

JOAPIJOAPI

[email protected] / 9906-1060 / Rua República, 2710, Harmonia

CANOAS, 8 A 14 DE FEVEREIRO DE 2013 I SOCIAL I O TIMONEIRO I 15

A Revista Nossa Gente or-ganizou uma grande festa para comemorar o final de ano de 2012 e o início de 2013, onde apresentou grandes novidades do ano novo. Mais de 350 pessoas estiveram presentes e acompa-nharam a escolha da Miss Beleza Nossa Gente, show especial do Canta Brasil, e a participação de nossos Misters e Misses. Foi o maior evento já organizado pela Revista Nossa Gente.

Confraria Social Nossa Gente

Douglas Scwengber (Mister Tocantins), Thayla Nascimento (Miss Beleza Brasil Baby), Tuíla Zanon (Miss Turismo), Graziele Debastiani (Miss Canoas), Fernanda Schonardie (Miss Playboy) e Jhonatan Marko (Mister Rio Grande do Sul)

Victor, Eduarda, Isabelle e Gabrielle

Jamur Silveira, Fernanda Schonardie (Miss Playboy) e Daiane Corrêa

Dalila e Daniel

Page 16: O Timoneiro - Nº 2534

Canoas, 8 a 14 de fevereiro de 2013Segurado do INSS, requeira já sua

aposentadoria, não espere mais tem-po, procure-nos, pois encaminhamos revisão de pensão, aposentadoria, auxilio-doença e aposentadoria por invalidez.

O INSS indeferiu sua aposen-tadoria ou pensão, venha nos consultar.

I N S SOAB-RS 43.486

Airton Joel Cardoso

Rua Frei Orlando, 33/404 ao lado da Praça do Avião Centro Fone: (51) 3059.1111 – 8419.5050

Festa mobiliza fiéis na prainha do Paquetá

Procissão terretre e fluvial marcou o ponto alto da homenagem à Nossa Senhora No última sábado, 2, uma missa festiva na

igreja da Imaculada Conceição, no bairro Rio Branco, abriu a programação religiosa do Dia de Nossa Senhora dos Navegantes. O ato religioso foi celebrado pelo padre Leonardo Reichert e pelos diáconos Idelmar Silva e Antônio Kaspari.

Durante a semana e na missa, os fiéis pude-ram depositar em uma urna bilhetes com pedidos de orações e graças. Conforme o padre Leonar-do, o número ultrapassou 800 intenções. Outros colocavam flores no barco da imagem da santa, que foi conduzida em um veículo à frente da procissão, até o Areal, à beira do Rio dos Sinos.

O barco Noiva do Caí, que levava a imagem, foi acompanhado por uma série de embarcações que se juntavam ao grupo no trajeto fluvial. Na chagada em terra, a imagem foi conduzida em procissão até o altar onde foi realizada a missa campal, que reuniu centenas de fiéis.

Cidades da Solda forma 2ª turma

A 2ª turma de participantes no programa Cidades da Solda recebeu, no dia 6, seus certificados de conclusão do curso. Ao todo, 57 alunos (de um total de 60 inscritos) formaram-se em solenidade no plenário da Câmara de Vereadores. As aulas iniciaram em julho, e os alunos tiveram 240 horas de aula, divididas entre prática e teoria, além de noções de cidadania. Em dezembro, uma 3ª turma do projeto iniciou as aulas no Centro de Soldagem localizado no bairro Rio Branco. O grupo é composto por 60 alunos, divididos em turmas de 20 pessoas. A capacitação técnica, bem como a certificação, é realizada pelo Senai. Informações sobre inscrições podem ser obtidas no pavilhão do Cidades da Solda, na rua Hermes da Fonseca, 332, bairro Rio Branco,ou pelo Telefone 3465-3884.

Navegantes

Fiéis acompanharam a imagem por terra e por água