o uso de ferramentas electrÓnicas pelos alunos do curso ... · curso de assessoria e tradução do...
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JOÃO MANUEL FREIXO RODRIGUES LEITE
O USO DE FERRAMENTAS ELECTRÓNICAS PELOS ALUNOS DO
CURSO DE ASSESSORIA E TRADUÇÃO DO INSTITUTO SUPERIOR
DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO DO PORTO
PORTO
JUNHO DE 2014
João Manuel Freixo Rodrigues Leite
Aluno de Ciência da Informação, em 2014, na Universidade de Letras da
Universidade do Porto
O Uso de Ferramentas Electrónicas Pelos Alunos do Curso de
Assessoria e Tradução do Instituto Superior de Contabilidade e
Administração do Porto
Trabalho apresentado no âmbito da Unidade Curricular Comportamento
Informacional.
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica, s/n, 4150-564 Porto, Portugal
Junho de 2014
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. CONCEITOS OPERATÓRIOS ............................................................................. 5
2.1. Procedimentos Metodológicos ....................................................................... 5
2.2. Contexto ......................................................................................................... 6
2.3. Meio Ambiente ............................................................................................... 6
2.4. Necessidade Informacional ............................................................................ 6
3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................. 7
3.1. Caracterização da Amostra ............................................................................ 7
3.2. Resultados Obtidos ........................................................................................ 8
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO RESULTADOS ................................................. 14
5. MODELO DE COMPORTAMENTO INFORMACIONAL ..................................... 16
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 19
ANEXO ...................................................................................................................... 20
Índice de Gráficos
Gráfico 1 - Sexo .......................................................................................................... 7
Gráfico 2 - Idade .......................................................................................................... 7
Gráfico 3 – Línguas estudadas .................................................................................... 8
Gráfico 4 – Utilização do Google Tradutor .................................................................. 8
Gráfico 5 – Contexto em que utiliza o Google Tradutor .............................................. 9
Gráfico 6 – Línguas em que utiliza o Google Tradutor ................................................ 9
Gráfico 7 – Uso do Google Tradutor ......................................................................... 10
Gráfico 8 – Sites utilizados para a tradução .............................................................. 10
Gráfico 9 – Como obteve conhecimento das ferramentas ........................................ 11
Gráfico 10 – Línguas em que são utilizados os sites ................................................ 11
Gráfico 11 – Uso dos sites ........................................................................................ 12
Gráfico 12 – Motivo de utilização do site ................................................................... 12
Gráfico 13 – Satisfação do uso dos sites .................................................................. 13
Gráfico 14 – Motivo de insatisfação .......................................................................... 13
4
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho insere-se na unidade curricular de Comportamento
Informacional do 2º ano do curso de Ciência da Informação, leccionado na
Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) pelo docente Armando
Malheiro.
O objectivo proposto pelo docente foi a selecção de um núcleo temático, de
entre vários apresentados, e a escolha de um caso em concreto que se enquadre no
núcleo escolhido. O caso escolhido insere-se no “Núcleo E - Produção, Busca e Uso
de Informação na web através dos mais diversos tipos de sites, entre a infoexclusão
e a profusão confusa e desequilibrada de "conteúdos”“ e consiste em perceber a
importância das ferramentas electrónicas (sites) e a forma como estas são utilizadas
pelos estudantes do 3º ano do curso de Assessoria e Tradução do Instituto Superior
de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP), no apoio à actividade de
tradução.
A escolha deste caso vem na sequência dos conteúdos leccionados na
unidade curricular de Fontes de Informação e Serviços de Referência, onde se teve
contacto com ferramentas que permitem o acesso à informação. Deste modo
considerei interessante e desafiante perceber quais as ferramentas electrónicas e a
sua importância para outros estudantes do ensino superior, nomeadamente os
alunos do 3º ano de Assessoria e Tradução do ISCAP. A escolha desta amostra e
desta instituição em concreto, deveu-se à possibilidade de puder contactar com
outra realidade diferente daquela que estou habituado.
Como instrumento metodológico para a realização deste trabalho será
adoptado o método quadripolar.
Ao longo do trabalho irão ser abordados os conceitos operatórios utilizados
para a realização do mesmo, serão apresentados e analisados os resultados e será
feita a associação do caso com um modelo de comportamento informacional.
5
2. CONCEITOS OPERATÓRIOS
Primeiramente é necessário perceber o que é comportamento informacional.
Podemos então definir comportamento informacional “como o modo de ser ou de
reagir de uma pessoa ou de um grupo numa determinada situação e contexto,
impelindo por necessidades induzidas ou espontâneas, no que toca exclusivamente
à produção/emissão, recepção, memorização/guarda, reprodução e difusão de
informação” (DELTCI). O comportamento informacional corresponde também a uma
vertente do objecto de estudo da Ciência da Informação, que em conjunto com a
vertente de Organização e Representação da Informação e da Génese (Origem e
Produção de Informação) dão origem à Gestão da Informação.
2.1. Procedimentos Metodológicos
Antes da realização do trabalho senti-me na necessidade de rever a matéria
leccionada na unidade curricular, bem como consultar alguma bibliografia indicada
pelo docente, para desta forma me elucidar um pouco mais sobre os conceitos
operatórios ao meu dispor e para dessa forma os poder enquadrar da melhor forma
com o caso escolhido.
Após os conhecimentos estarem consolidados e os objectivos do trabalho
estarem devidamente definidos, realizou-se uma verificação de literatura para
verificar a existência de outros estudos de caso iguais ou semelhantes ao que foi
proposto inicialmente estudar. Após essa pesquisa foi possível verificar que não
existe nenhuma literatura directamente ligada com o uso de ferramentas electrónicas
por estudantes como apoio à tradução.
De seguida foi necessário estabelecer as técnicas para recolha de dados. A
primeira consistiu na realização de uma pequena entrevista com alguns alunos do
curso de Assessoria e Tradução do ISCAP e a segunda na realização de um
inquérito por questionário (que se encontra disponível em anexo), à grande maioria
dos alunos. A realização da entrevista teve como objectivo conhecer o curso e
permitiu-me conhecer algumas ferramentas aplicadas na tradução, algo que até aqui
desconhecia. O inquérito foi criado com base no que se pretendia estudar
inicialmente e com base nos dados obtidos na entrevista. A realização da entrevista
levantou um problema que não estava inicialmente previsto, que foi a amostra estar
limitada apenas aos alunos do 3º ano, uma vez que são apenas os alunos deste ano
a utilizarem as ferramentas de apoio à tradução.
6
2.2. Contexto
O contexto é definido “como uma unidade agregadora de elementos
materiais (…), tecnológicos (…) e simbólicos (…) que envolvem o(s) sujeitos de
acção info-comunicacional através de momentos circunstanciais delimitados
cronologicamente (situação).” (SILVA, 2006, p.144).
Aplicando este conceito, é possível estabelecer como contexto é o Instituto
Superior de Contabilidade e Administração do Porto, de referir que este é um
contexto orgânico institucional.
2.3. Meio Ambiente
O meio ambiente é “a realidade política, económica, social e cultural que
condiciona e envolve os contextos e situações comportamentais relativas ao fluxo e
ao uso/reprodução de informação.” (SILVA, 2006, p.154).
Posto isto, o pano de fundo onde tudo acontece – meio ambiente onde se
encontra o contexto – é o concelho de Matosinhos, pois é a localidade a que
pertence o ISCAP.
2.4. Necessidade Informacional
Por necessidade informacional entende-se uma motivação que “predispõe
ou orienta directamente um individuo a buscar e a (re)produzir informação em
determinada situação dentro de um determinado contexto tendo como pano de
fundo um meio ambiente”. (DELTCI).
A necessidade de informação surge quando os alunos têm dificuldades em
traduzir, desde um texto, uma frase ou uma palavra e para satisfazer essa
necessidade utilizam as ferramentas que têm ao seu dispor.
7
13
15
10
11
12
13
14
15
16
Masculino Feminino
Sexo
20
4 4
0
5
10
15
20
25
18 a 23 anos 24 a 30 anos + 30 anos
Idade
3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
3.1. Caracterização da Amostra
A amostra é constituída por um total de vinte e oito alunos da Licenciatura de
Assessoria e Tradução do ISCAP. Este número reduzido deve-se ao facto de
apenas os alunos do 3º ano trabalharem com ferramentas electrónicas.
Das respostas obtidas, 15
alunos são do sexo feminino, enquanto
os restantes são do sexo masculino.
Vinte dos inquiridos situam-se
na faixa etária dos 18 aos 23 anos,
sendo esta a faixa etária maioritária.
Gráfico 1 - Sexo
Gráfico 2 - Idade
8
28
22
5
22
5
0
5
10
15
20
25
30
Inglês Alemão Russo Espanhol Francês
Que línguas estuda?
25
3
0
5
10
15
20
25
30
Sim Não
Utiliza o Google Tradutor?
3.2. Resultados Obtidos
De todas as línguas estudadas é possível verificar que todos os alunos
frequentam inglês.
Relativamente às restantes línguas é importante salientar que os alunos têm
que escolher entre Alemão ou Russo e Espanhol ou Francês. E é possível que o
número de respostas seja igual e a maioria dos alunos frequenta Alemão e
Espanhol. Existindo apenas um aluno que não frequenta as línguas referidas
anteriormente, frequentando apenas inglês.
Pode-se verificar que a
maioria dos estudantes utiliza o
Google Tradutor, vinte e cinco dos
inquiridos utilizam esta ferramenta.
Gráfico 3 – Línguas estudadas
Gráfico 4 – Utilização do Google Tradutor
9
17
24
0
5
10
15
20
25
30
Casa Faculdade
Em que contexto o utiliza?
11
17
5
3 4
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Inglês Alemão Russo Espanhol Francês
Em que língua(s) o utiliza?
É possível verificar que os
alunos tanto utilizam o Google
Tradutor em casa como na
faculdade, mas como o contexto em
estudo é a faculdade, observa-se
que vinte e quatro alunos utilizam
esta ferramenta neste local.
É possível apurar que é no Alemão que o Google Tradutor é mais utilizado.
Gráfico 5 – Contexto em que utiliza o Google Tradutor
Gráfico 6 – Línguas em que utiliza o Google Tradutor
10
10
13
16
3
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
Tradução integralde texto
Tradução parcialde texto
Compreensão dotexto
Outro
Nessa(s) língua(s) utiliza-o para?
26
4
13
10
0
5
10
15
20
25
30
Linguee Sensagent Tradutor bab.la Outro
Que sites utiliza para apoio à tradução?
O Google Tradutor é utilizado maioritariamente para compreensão de texto.
Dos vinte e oito inquiridos, nota-se uma grande preferência em utilizarem o
Linguee no apoio à tradução. Não impedindo isso de serem utilizadas outras
ferramentas/sites.
Gráfico 7 – Uso do Google Tradutor
Gráfico 8 – Sites utilizados para a tradução
11
20
12
6
1
0
5
10
15
20
25
Sugestãoprofessor /
pessoaespecializada na
área
Conhecimentopróprio
Sugestão colega Outro
Como teve conhecimento deste(s)?
26
21
3
17
5
0
5
10
15
20
25
30
Inglês Alemão Russo Espanhol Francês
Em que língua(s) utiliza-o(s)?
Vinte dos inquiridos ficaram a conhecer estas ferramentas por intermédio do
professor ou por uma pessoa especializada na área da tradução.
É possível verificar que a maioria das ferramentas de tradução são aplicadas
à língua inglesa.
Gráfico 9 – Como obteve conhecimento das ferramentas
Gráfico 10 – Línguas em que são utilizados os sites
12
5
18 18
5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Tradução integralde texto
Tradução parcialde texto
Compreensão dotexto
Outro
Nessa(s) língua(s) utiliza-o(s) para:
4 6
23
12
17
8
0
5
10
15
20
25
Utilização porpessoas
especializadasna área
Maisindicado(s)para uso
profissional
Facilidade nabusca da
informação
Fiabilidade dainformação
obtida
Fácil utilização Váriassoluçõestradução
Motivo de utilização:
Aqui se verifica um igual número de respostas para a utilização dos sites na
tradução parcial de texto e para a compreensão do texto.
Grande parte dos inquiridos utilizam estes sites porque é fácil encontrar lá a
informação desejada.
Gráfico 11 – Uso dos sites
Gráfico 12 – Motivo de utilização do site
13
13
15
0 0
2
4
6
8
10
12
14
16
Sim Ás vezes Não
Sente-se satisfeito com a utilização destes?
8
9
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
É limitado Fornece por vezesinformação incompleta
Outro
Porque não se sente satisfeito com os sites?
Apesar de nenhum dos inquiridos se manifestar verdadeiramente insatisfeito
com o uso dos sites, quinze por vezes ficam insatisfeitos, enquanto treze ficam
completamente satisfeitos com estes.
Os alunos consideram de forma muito semelhante que as ferramentas são
limitadas e que fornecem informação incompleta.
Gráfico 13 – Satisfação do uso dos sites
Gráfico 14 – Motivo de insatisfação
14
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO RESULTADOS
A informação obtida elucida a importância que as ferramentas de tradução
têm hoje em dia no apoio à actividade da tradução. Estas ferramentas não vieram
retirar trabalho aos profissionais da área. Vieram sim dar-lhes um apoio para que
desta forma possam efectuar o seu trabalho de uma forma mais rápida, correcta e
fiável.
Passando à análise dos resultados, é possível verificar que a ferramenta
mais conhecida do público em geral, de tradução (Google Tradutor), é bastante
utilizada por parte dos estudantes do 3º ano do curso de Assessoria e Tradução,
sendo que apenas três dos inquiridos não utilizam esta ferramenta. Dentro dos que
responderam que a utilizam, apenas um não a utiliza no “contexto” faculdade.
Atendendo agora às línguas que utilizam o Google Tradutor (gráfico 6), é
curioso verificar, e lembrando o gráfico 3, que cinco alunos responderam que
frequentam russo, e esses mesmo alunos disseram que utilizam esta ferramenta
nesta disciplina, isto pode ser explicado pela complexidade que esta língua
apresenta. Olhando agora para a língua espanhola verifica-se que apenas três
inquiridos utilizam esta ferramenta nesta disciplina, isto pode-se explicar por o facto
desta língua se assemelhar ao português o que facilita o processo de tradução e
também pela proibição da utilização desta ferramenta pela docente (pude constatar
isto através do contacto com os alunos).
Olhando agora para o gráfico 7, é perceptível que os alunos utilizam
maioritariamente o Google Tradutor para compreenderem o texto que têm de
traduzir, ao contrário do utilizador comum que utiliza esta ferramenta para fazer
traduções de texto.
Considerando agora os sites específicos utilizados pelos alunos, é
importante referir primeiramente que pude chegar à escolha da predefinição destes
três por intermédio da entrevista realizada em primeira instância. Analisando agora
os dados obtidos é possível verificar (gráfico 8) que a preferência dos inquiridos vai
para o Linguee, vinte e seis dos vinte e oito inquiridos utilizam esta ferramenta.
Sendo o principal motivo para a sua utilização (gráfico 12) a facilidade na busca de
informação. Os alunos sentem-se confiantes em utilizar estes sites pois foram
sugeridos pelo professor ou são utilizados por pessoas especializadas na área da
tradução (gráfico 9).
15
Tendo em conta agora as línguas onde são utilizadas estas ferramentas
(gráfico 10) e comparando com as línguas onde o Google Tradutor é utilizado
(gráfico 6), é possível verificar um aumento em todas as línguas exceptuando o
russo que ouve uma diminuição da sua utilização. O maior aumento deu-se no
inglês.
Estas ferramentas são maioritariamente utilizadas (gráfico 11) para se
realizar uma tradução parcial do texto e para ajudar a compreender o texto, isto
permite ao aluno de tradução ter uma noção do texto que tem diante de si e do que
este trata permitindo-lhes assim realizar a sua actividade de uma melhor forma.
Apesar da grande utilização destas ferramentas, estas não são totalmente
satisfatórias havendo quinze inquiridos a manifestar o seu desagrado, mas por outro
lado treze consideram-se satisfeitos com a sua utilização (gráfico 13). Aqueles que
manifestaram o seu desagrado consideram os sites limitados e observam que estes
fornecem informação incompleta (gráfico 14).
Em suma, com a análise dos dados obtidos é possível verificar que estas
ferramentas são um importante suporte ao trabalho de um tradutor e não um
substituto para a sua profissão. Pois estas ferramentas dão uma tradução
instantânea da informação lá inserida, mas não dão aquele toque que o ser humano
tem a capacidade para dar. Ou seja, a máquina faz a tradução da informação que o
utilizador lá insere não se preocupando se as frases fazem sentido e se estão
perceptíveis ao ser humano. Por outro lado o tradutor humano tem essa
preocupação, mas como hoje em dia o tempo é escasso, o tradutor humano faz uso
das ferramentas para traduzir o grosso da informação e posteriormente adapta-a às
necessidades do utilizador.
16
5. MODELO DE COMPORTAMENTO INFORMACIONAL
Inicialmente é importante referir que um modelo é uma representação
simplificada, mas que permite perceber certas características essenciais de
determinada área do conhecimento.
Por outras palavras, um modelo é um “sistema físico, matemático ou lógico
que representa as estruturas essenciais de uma realidade e é capaz de, no seu
nível, explicar ou reproduzir, dinamicamente, o funcionamento dessas mesmas
estruturas” (SILVA).
Os modelos de comportamento informacional constituem instrumentos que
permitem identificar os aspectos, as características ou as variáveis que compõem o
comportamento de procura de informação de um utilizador ou de um grupo de
utilizadores, dentro de um determinado campo ou domínio especifico,
Neste caso específico, espera-se que o modelo explique o comportamento
dos alunos da Licenciatura de Assessoria e Tradução e a sua necessidade na
utilização das ferramentas electrónicas de tradução.
Posto isto e atendendo aos diversos modelos existentes, pude verificar que
não existe um modelo que se enquadre na perfeição com o caso em estudo. Mas
face a isto, foi possível identificar um modelo que se encaixa neste caso, sendo este
o modelo de Carol Khulthau (1991), designado por Information Search Process
(ISP).
O principal conceito de modelo é que “a busca de informação deve ser vista
como um processo em construção, no qual os utilizadores progridem desde a
incerteza até ao pleno conhecimento, sendo o estado de partida, ou seja, a
incerteza, um estado cognitivo causador de ansiedade e de falta de confiança.”
(SILVA, 2010, p.35).
Este modelo capta as etapas de um processo em que é possível sublinhar
sequências de características de diversos níveis, sentimentos, pensamentos e até
mesmo acções. A estes diferentes níveis correspondem tarefas que permitem
progredir na busca.
Segue-se um esquema com a aplicação das etapas do ISP ao caso em
estudo.
17
Etapas em ISP Sentimentos Acções Tarefas
1. Iniciação Incerteza
Recolha da
informação/documento
que será traduzido.
Detecção de principais
dificuldades que
possam surgir.
Recolha;
Detectar
dificuldades.
2. Selecção Optimismo
Procura e selecção
da(s) ferramenta(s)
necessária(s) para
apoiar na tradução da
informação/documento.
Identificar;
Seleccionar.
3. Exploração Confusão,
frustração, dúvida
Busca de informação
na(s) ferramenta(s)
para apoiar e satisfazer
necessidades, caso
existam.
Investigar.
4. Formulação Clareza
Aproximação do
resultado final da
tradução.
Formular.
5. Colecção Orientação
Busca de linguagem
mais técnica, caso seja
necessário.
Recolher
6. Apresentação Satisfação Apresentação do
resultado final. Completar
18
CONCLUSÃO
Com a realização deste trabalho foi possível pôr em prática os
conhecimentos adquiridos nas aulas da unidade curricular.
Com este trabalho foi possível verificar que as ferramentas electrónicas são
um importante apoio aos estudantes do 3º ano da Licenciatura de Assessoria e
Tradução do ISCAP. Mas apesar destas ferramentas terem a capacidade de
efectuar a tradução total ou parcial da informação, elas não substituem de modo
algum o tradutor, pois este é necessário para dar o toque humano à tradução.
Este trabalho incide apenas numa pequena amostra e nas ferramentas que
estes usam, por isso não é certo que em outras instituições ou outros cursos se
proceda da mesma forma. Este trabalho pode servir assim como mote ao estudo de
outros cursos ligados à tradução e a forma como estes educam os seus estudantes.
19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DICIONÁRIO ELECTRÓNICO DE TERMINOLOGIA EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO: Comportamento Informacional [em linha]. [Consult. em 12 mai.
2014]. Disponível na WWW: <URL:
http://www.ccje.ufes.br/arquivologia/deltci/def.asp?cod=21>
DICIONÁRIO ELECTRÓNICO DE TERMINOLOGIA EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO: Necessidade [em linha]. [Consult. em 12 mai. 2014]. Disponível na
WWW: <URL: http://www.ccje.ufes.br/arquivologia/deltci/def.asp?cod=61>
SILVA, Armando Malheiro da - Modelos e Modelizações em Ciência da
Informação: O Modelo eLit.pt e a investigação em literacia informacional. Revista
PRISMA.COM [em linha]. Nº 13 (2010). [Consult. 10 mai. 2014]. Disponível na
WWW: <URL: http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/view/785/710>. ISSN:
1646 - 3153
SILVA, Armando Malheiro da. A Informação: da compreensão do fenómeno
e construção do objecto científico. Porto: Edições Afrontamento, 2006. ISBN 972-36-
0859-3.
A utilização de sites de tradução por parte dos alunos da área.
Sou aluno da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, do curso de
Ciência da Informação. Estou a realizar um inquérito no âmbito da unidade curricular
de Comportamento Informacional 2013/2014.
Com este trabalho pretendo saber quais os sites que os estudantes de
Assessoria e Tradução utilizam como apoio à tradução.
Desde já agradeço a disponibilidade e a colaboração.
*Obrigatório
1. Sexo * o Masculino
o Feminino
2. Idade * o 18 a 23 anos
o 24 a 30 anos
o + 30 anos
3. Que línguas estuda? * o Inglês
o Alemão
o Russo
o Espanhol
o Francês
4. Utiliza o Google Tradutor? * o Sim (Passe para a pergunta 5.)
o Não (Passe para a pergunta 8.)
Utilização do Google Tradutor
5. Em que contexto o utiliza? * o Casa - situações do quotidiano que não envolvam a faculdade
o Faculdade
6. Em que língua(s) o utiliza?
(Só responder se na pergunta anterior seleccionou a opção "Faculdade")
o Inglês
o Alemão
o Russo
o Espanhol
o Francês
7. Nessa(s) língua(s) utiliza-o para: o Tradução integral de texto
o Tradução parcial do texto
o Compreensão do texto
o Outra:
Sites de Apoio à tradução
8. Que sites utiliza para apoio à tradução? * o Linguee
o Sensagent
o Tradutor bab.la
o Outra:
9. Como teve conhecimento deste(s)? * o Sugestão professor / pessoa especializada na área
o Conhecimento próprio
o Sugestão colega
o Outra:
10. Em que língua(s) utiliza-o(s)? * o Inglês
o Alemão
o Russo
o Espanhol
o Francês
11. Nessa(s) língua(s) utiliza-o(s) para: * o Tradução integral de texto
o Tradução parcial do texto
o Compreensão do texto
o Outra:
12. Motivo de utilização: *
(Pretende-se saber o que influência a sua utilização)
o Utilização por pessoas especializadas na área
o Mais indicado(s) para uso profissional
o Facilidade na busca da informação desejada
o Fiabilidade da informação obtida
o Fácil utilização
o Várias soluções tradução
o Outra:
13. Sente-se satisfeito com a utilização destes? * o Sim (Pare de preencher este formulário.)
o Ás vezes (Passe para a pergunta 14.)
o Não (Passe para a pergunta 14.)
Insatisfação com os sites
14. Porque não se sente satisfeito com os sites? * o É limitado
o Fornece por vezes informação incompleta
o Outra:
ESEC Curso Livre Alemão (Nível: Iniciação) Docente: Ana Raquel Carvalho Aula 24 - 05.02.2009 Coimbra
ESEC Curso Livre Alemão (Nível: Iniciação) Docente: Ana Raquel Carvalho Aula 23 - 02.02.2009 Coimbra
ESEC Curso Livre Alemão (Nível: Iniciação) Docente: Ana Raquel Carvalho Aula 22 - 29.01.2009 Coimbra
ESEC Curso Livre Alemão (Nível: Iniciação) Docente: Ana Raquel Carvalho Aula 14 - 15.12.2008 Coimbra
ESEC Curso Livre Alemão (Nível: Iniciação) Docente: Ana Raquel Carvalho Aula 19 - 15.01.2009 Coimbra