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OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA: DIALOGANDO COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ATRAVÉS DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Autora: Orides Teixeira Meloquero1 Orientador: João Roberto Barros Maceno2
RESUMO
O presente artigo é atividade integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional, Paraná, 2012, iniciado a partir do projeto de intervenção pedagógica, aplicado e desenvolvido por meio da implementação no Colégio Estadual 29 de abril, Ensino Fundamental e Ensino Médio, no município de Guaratuba, Paraná. A obesidade na adolescência foi a temática que impulsionou o trabalho sendo direcionada e desenvolvida com alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental II. A modalidade de pesquisa é a pesquisa-ação que objetivou, sobretudo, apresentar subsídios para discussões sobre a complexidade da obesidade na atualidade, mostrando causas e conseqüências futuras, possibilitando o acesso aos conhecimentos teóricos sobre as necessidades nutricionais e alimentares equilibradas e, principalmente a conscientização de hábitos de vida saudáveis baseados em alimentação e atividade física. As práticas de ensino e aprendizagem aconteceram através de atividades auxiliadas por outros profissionais, como nutricionista e professor de Educação Física. Logo, a intenção primordial das atividades propostas centrou-se num trabalho com o conhecimento referente à obesidade, de maneira que este influenciasse nos hábitos dos alunos, portanto o conhecimento partindo da capacidade de reflexão crítica, forjada durante o processo de ensino e aprendizagem, ao lado da convivência social. Ao termino da implementação os educandos apresentaram bastante interesse pela temática fazendo com que a obesidade passasse a fazer parte das aulas de ciências e no seu cotidiano. Salienta-se que as práticas de ensino voltadas para a obesidade na adolescência terão continuidade em novos trabalhos envolvendo toda a comunidade escolar, uma vez que, considera-se um tema inesgotável. Palavras-chave: obesidade; alimentação; saúde; adolescência
1 INTRODUÇÃO
O tema Obesidade na adolescência é tão complexo que já faz parte do
1 Professora Especialista em Metodologia e didática do Ensino Superior pela FAFIJAN, Graduada em
Matemática pela Universidade FAFIMEM, Mandaguari e Ciências pela FAFIJAN, Jandaia do Sul, Professora PDE 2010 – Colégio Estadual 29 de Abril E.F.M. Guaratuba, Paraná. 2 Professor Orientador, Mestre em Ciências Biológicas (UFPR), Professor Assistente da FAFIPAR,
Paranaguá, Pr.
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conteúdos e do currículo de Ciências, entretanto é fundamental para ser refletido
não apenas no Ensino Fundamental, como também no Ensino Médio, para que as
discussões se multipliquem, e os educandos compreendam as transformações do
próprio corpo. Por outro lado, a discussão do tema pode levar a percepção e a
importância de se alimentar corretamente, praticar exercícios e ter uma vida
saudável, pois, um adolescente obeso, certamente será um adulto obeso.
Enfim, na temática deste artigo, ateve-se em uma elaboração cuidadosa de
questões de relevância social em várias perspectivas, dentre elas, a transversal,
uma vez que é preciso enfrentar os constantes desafios de uma sociedade, que se
transforma e exige continuamente dos cidadãos a tomada de decisões, em meio a
uma complexidade social crescente.
As reflexões sobre a obesidade no Brasil não são recentes, em decorrência
dos vários problemas relacionados a ela, como mudança de estilos de vida
ocasionados pela rotina acelerada do dia-a-dia devido ao trabalho, juntamente à
invasão da tecnologia na vida das pessoas. Hábitos sedentários, entre outros
fatores, já eram debatidos também em outros países como os Estados Unidos da
América.
Um dos problemas relacionados à alimentação na adolescência é de que
esse período da vida é apontado como um dos momentos críticos para o
aparecimento da obesidade. E o fator se agrava, na medida em que as deficiências
alimentares na infância podem causar problemas de aprendizagem e problemas
psicossociais em crianças e adolescentes, conforme um estudo realizado por Alaimo
(2001) e traduzido por Olson (2001), sobre alimentação e escola.
Neste contexto, a obesidade é uma das patologias nutricionais que mais tem
apresentado aumento em seus números, não apenas nos países ricos, mas também
nos países industrializados. De acordo com Sene (2009), o aumento da obesidade
nos países em desenvolvimento, especialmente no Brasil, é constante e tem se
manifestado nos últimos anos, por uma combinação de fatores: a modificação do
padrão alimentar, mudanças no comportamento físico e uma maior constância no
reconhecimento do problema por profissionais da saúde.
Uma grande parcela da população em risco de obesidade se resume em
crianças, pré-adolescentes e adolescentes, conforme pode-se observar na citação a
seguir:
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Nos Estados Unidos aproximadamente 25 % das crianças entre 6 e 17 anos são obesas ou apresentam risco de sobrepeso. A obesidade representa nos Estados Unidos a doença nutricional mais prevalente entre crianças e adolescentes. Nas nações em desenvolvimento, a obesidade coexiste com a desnutrição, provavelmente pela modificação dos hábitos e estilo de vida, que se tornaram mais “americanizadas (SENE, 2009, p. 7).
Percebe-se, portanto, o quanto é alarmante a situação destes pré-
adolescentes, que podem encontrar-se em fator de risco. Demonstrando como um
problema que está dentro da realidade escolar no Brasil. Pois, há discussões que
apontam o crescimento da obesidade no país, relacionando-se aos hábitos
alimentares que são desenvolvidos primeiramente na infância e na sequencia na
pré-adolescência e adolescência.
1.1 SAÚDE, EDUCAÇÃO E OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA
A adolescência é caracterizada por crescimento e desenvolvimento
acelerados, e pode ser considerada como um período vulnerável e sensível a fatores
relacionados com a alimentação e nutrição. Os adolescentes são, muitas vezes,
considerados um grupo exposto ao risco nutricional, devido aos seus hábitos
alimentares. Frequentemente omitem refeições, como o desjejum, ou substituem
refeições, como, por exemplo, o almoço por lanches, além de consumirem, com
elevada frequência, grande quantidade de alimentos industrializados e de
refrigerantes.
Neste sentido, o papel da escola perante a temática da obesidade, vai além
de um conteúdo escolar, que deve ser incluído nas propostas curriculares, devendo
assim, auxiliar também em reflexões e discussões que possibilitem a prevenção, a
identificação de grupos de risco e a orientação do aluno doente e de sua família.
O aumento de peso é preocupante, pois está associado a vários fatores de
risco para doenças metabólicas e cardiovasculares que afetam o indivíduo na fase
adulta. Entretanto, sabe-se que é principalmente na infância que os hábitos
alimentares são formados e que esses hábitos são determinados por diferentes
fatores, fisiológicos, sócio-culturais e psicológicos e tendem a se manter ao longo da
vida (PESSA, 1998).
Assim, é notável a importância da escola no auxílio das informações sobre a
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alimentação, o que muitas vezes, não acontece na família, restando somente à
escola a função de educar e informar sobre este assunto.
Zancul (2007) descreve a respeito, apontando:
Considera-se, que diante do papel fundamental que a escola ocupa na tarefa de educar e informar sobre hábitos alimentares saudáveis, é importante conhecer, comparar e analisar que tipo de alimentação é oferecida aos alunos do ensino fundamental das redes municipal, estadual e particular dentro do espaço escolar. Tal conhecimento pode ser subsídio para a elaboração de estratégias de intervenção, dentro e fora das escolas, ajudando na preparação de programas contra a disseminação de doenças e prevenindo problemas de saúde pública relacionados com a alimentação. (ZANCUL, 2007, p. 254).
Assim, compreende-se que ao trabalhar com a alimentação na escola, não
se trata apenas de uma alternativa preventiva da obesidade, mas de outras questões
problemáticas decorrentes e relacionadas à alimentação.
Para partir para as questões de alimentação, parte-se do eixo temático
voltado para o corpo humano, conforme se encontra no PCN’s:
Orienta este eixo temático a concepção de corpo humano como um todo, um sistema integrado de outros sistemas, que interage com o ambiente e que reflete a história de vida do sujeito. O estudo do corpo humano, ao ser reiterado em várias ocasiões e sob vários aspectos durante o ensino fundamental, torna-se cada vez mais complexo para os estudantes, que vão desenvolvendo maior possibilidade de análise e síntese (BRASIL, 1998, p. 45).
Partindo do corpo humano brevemente, para que os educando compreenda
as relações entre os vários processos vitais, e destes com o ambiente, a cultura ou a
sociedade. Como o fator da alimentação, ou seja, as funções vitais do corpo humano
comportam a abordagem dos hábitos relacionados com alimentação. Assim, partindo
sempre dos saberes prévios dos alunos, para se atingir o objetivo que é a
obesidade. São reflexões apontadas como fundamentais, e todas interligadas,
conforme se encontra nos PCN’s (BRASIL, 1998) e nas Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Paraná (CURITIBA, 2008).
A obesidade faz parte dos temas transversais, mas também está incluída
nas propostas curriculares, e é desenvolvida em atividades dos livros didáticos,
demonstrando que na realidade escolar da atualidade já se fazem trabalhos
envolvendo educação, saúde e obesidade.
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2 METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO
A modalidade de pesquisa adotada para desenvolver o projeto, a unidade
didática e a implementação, que resultaram esse artigo, é a pesquisa-ação, uma
forma de pesquisa associada `a pesquisa qualitativa.
A pesquisa-ação geralmente é usada em pesquisas na área de educação e
ensino, pois se trata segundo Engel (2000) de uma resposta às necessidades de
implementação da teoria educacional na prática da sala de aula . Segundo o referido
autor:
A pesquisa-ação surgiu da necessidade de superar a lacuna entre teoria e prática. Uma das características deste tipo de pesquisa é que através dela se procura intervir na prática de modo inovador já no decorrer do próprio processo de pesquisa e não apenas como possível consequência de uma recomendação na etapa final do projeto. (ENGEL, 2000, p. 182).
Portanto, a pesquisa-ação surgiu na intenção de ajudar os professores em
dificuldades e desafios encontrados na sala de aula, como a tradicional dicotomia
entre teoria e prática, associando-se à intervenções visando a transformação da
realidade dos educandos. Neste caso, cabe destacar, que essa modalidade de
pesquisa é um eficiente instrumento de desenvolvimento e auto-avaliação
profissional de professores.
Logo, considerando-se a obesidade um dos problemas frequentes na
contemporaneidade, principalmente em adolescentes, trabalhou-se colocando
diferentes questões de ensino e aprendizagem, visando influenciar os educandos na
mudança de hábitos, com alimentação saudável e prática constante de atividade
física, o que resultou na conscientização, mudança de comportamento e enfim,
melhoria da qualidade de vida.
A razão principal desta pesquisa-ação está relacionada com a experiência
como professora de ciências, ao observar diferentes questões problemáticas quanto
a alimentação dos educandos. A situação é preocupante, porque é na escola que
muitos alunos fazem suas refeições, realizando escolhas que revelam suas
preferências e hábitos alimentares. Dentro desse contexto, existe uma relação muito
estreita entre educação e saúde. Embora educar para a saúde seja responsabilidade
de diferentes segmentos, a escola é uma instituição privilegiada, podendo
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transformar-se num espaço genuíno de promoção da saúde.
Iniciou-se a implementação com uma caracterização da obesidade por meio
de uma palestra com uma nutricionista, na qual os educandos esclareceram
dúvidas, além de uma compreensão sobre: epidemiologia, o que a escola tem a ver
com o assunto “obesidade”, doenças associadas que pode afetar o rendimento
escolar do aluno, riscos entre outras informações importantes sobre a pré-
adolescência e adolescência.
Assim, a intenção centrou-se no trabalho com o conhecimento científico,
partindo da realidade dos educandos, rumo ao conhecimento referente à obesidade,
de maneira que as práticas metodológicas influenciassem nos hábitos dos alunos.
Para uma melhor intervenção na realidade dos alunos, buscou-se iniciar com uma
palestra ministrada por uma nutricionista, procurando caracterizar a obesidade
alertando sobre a patologia, dúvidas, além de outros problemas de saúde
associados a ela.
Após a palestra, foi aplicado um questionário diagnóstico na intenção de se
coletar dados pertinentes aos conhecimentos prévios referentes à obesidade na
adolescência, juntamente aos hábitos alimentares e comportamentos quanto à
prática de exercícios físicos dos alunos envolvidos. Esse mesmo questionário foi
aplicado no final da implementação no colégio, para uma melhor avaliação das
transformações significativas alcançadas nos sujeitos da pesquisa.
Portanto o conhecimento não se desenvolveu a margem de variáveis
afetivas e sociais apenas, mas numa capacidade de reflexão crítica, compreendida a
partir da realidade dos educandos e da própria comunidade escolar.
Dando continuidade, num outro momento foram aplicados dois questionários
aos alunos, um diagnóstico e outro de investigação, buscando-se dados sobre os
conhecimentos prévios referentes à obesidade na adolescência, juntamente aos
hábitos alimentares e comportamentos quanto à prática de exercícios físicos dos
alunos envolvidos. Esse mesmo questionário foi aplicado também no final da
implementação.
No questionário diagnóstico (em anexo ao fim do artigo) perguntou-se se os
alunos sabiam o que era a obesidade, se a compreendiam como uma doença, que
doenças estavam associadas à patologia, como ela é causada, como é detectada,
qual a relação entre obesidade e hábitos alimentares, entre outros questionamentos.
Os alunos demonstraram que tinham um ponto de vista superficial quanto à
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obesidade, e que alguns conhecimentos estavam defasados como as mais variadas
doenças associadas à obesidade, citaram apenas diabetes e hipertensão. Também,
não comentaram sobre o IMC-Índice de massa corporal, entre outras questões, que
deram espaço para as próximas ações implementadas.
Quanto ao diagnóstico de investigação (em anexo ao fim do artigo), sobre
seus hábitos alimentares, indicaram, que muitos fazem refeições fora de horário,
pulando refeições importantes como o “café-da-manhã”, consumindo muito doce e
refrigerantes, além de ingerirem poucas frutas e praticamente nada de saladas e
leguminosas. Apenas uma pequena parcela demonstrou-se com alimentação
adequada. Já a atividade física, é praticada pela maioria, principalmente nas aulas
de Educação Física.
Após as eventuais discussões diante dos questionários, na próxima ação
possibilitou-se que assistissem o documentário “Super Size Me” visando
conscientizar e proporcionar a reflexão do quanto uma alimentação inadequada
pode fazer mal, principalmente as comidas “Fast Food”.
Super Size Me – A Dieta do Palhaço é um filme em estilo de documentário,
que foi lançado em 2004, sob a direção de Morgan Superlock. O diretor decide ser a
cobaia de uma experiência: se alimentar apenas em restaurantes da rede
McDonald's, realizando neles três refeições ao dia durante um mês. Durante a
realização da experiência o diretor fala sobre a cultura do fast food nos Estados
Unidos, além de mostrar em si mesmo os efeitos físicos e mentais que os alimentos
deste tipo de restaurante provocam (ADORO CINEMA, 2007).
Após o filme, houve a sistematização, com uma discussão orientada pelo
professor. Destaca-se que no decorrer das atividades levou-se em consideração o
contexto social, político e cultural dos alunos, para que pudessem compreender e
refletir sobre o seu papel enquanto sujeito capaz de transformar a realidade,
principalmente questões importantes na própria saúde.
Assim, foram fundamentais as explicações dadas antes e depois do filme,
estimulando os alunos a discutirem sobre as questões problemáticas da obesidade,
para que assim internalizassem as informações aplicadas no decorrer da
implementação e através da aprendizagem ocorresse juntamente a conscientização.
Na sequência, a prática de ensino desenvolvida centrou-se no Índice de
Massa Corporal, onde foi explicado o que é IMC para os educandos, depois eles
foram avaliados, para uma melhor observação sobre o grau de risco e o tipo de
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obesidade. Neste sentido, foram medidas a altura e a quantidade da massa corporal
de cada aluno. Depois fizeram o cálculo (IMC) e compararam com a tabela IMC que
cada um recebeu impressa, para colar no caderno. Essa atividade foi realizada com
a ajuda do professor de educação física.
Foi muito produtiva essa exploração sobre o IMC, uma vez que, os alunos
participaram do processo de aquisição de conhecimento, partindo de suas
realidades para o conhecimento científico.
Segundo Pieri (2010), o Índice de massa corporal (IMC) é obtido através de
um cálculo matemático desenvolvido pelo polímata Lambert Quételet no final do
século XIX. Para realizar este cálculo é necessário saber a massa corporal e a
estatura do indivíduo, depois aplicar na seguinte formula: IMC = peso / (altura)2.
Assim, o índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula que indica se a pessoa está
acima do peso, obesa ou abaixo do peso ideal considerado saudável. Após
encontrar o resultado, este é comparado seguindo-se tabelas específicas, que
indicam os índices. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o índice saudável é
entre 18.5 e 25.
Dando continuidade à implementação, aprofundou-se o conhecimento dos
educandos trabalhando-se a importância da relação entre cintura e quadril,
explicando-se os índices de riscos. Também foram tiradas as medidas dos alunos
orientando-os sobre a relação cintura/quadril e a diferenciação entre homens e
mulheres, com os valores razão: (Cintura/quadril) maiores que 0,95 para homens e
maiores que 0,85 para mulheres representam risco aumentado.
De acordo com o Dr. Mauro Antonio Czepielewski (2008) baseado em dados
da Organização Mundial de Saúde – OMS, a obesidade apresenta algumas
características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo
do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo
classificada em:
Obesidade Difusa ou Generalizada; O tecido gorduroso se distribui para todo
o corpo de maneira homogenia;
Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente
apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior
deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de
doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica);
Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do
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quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal
semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e
varizes.
Segundo Czepielewski (2008) essa classificação, por definir alguns riscos, é
muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado
Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura
abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita
que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que
0,95 no homem e 0,85 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal
também já é considerada um indicador do risco de complicações da obesidade,
sendo definida de acordo com o sexo do paciente:
Risco Aumentado Risco muito Aumentado
Homem 94 cm 102 cm
Mulher 80 cm 88 cm
Fonte: Tabela elaborada pela professora pde, a partir do site “A B C da saúde”, de autoria do Dr. Mauro Antonio Czepielewski. 30/10/2008. Disponível em: < http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?303>.
Aproveitando-se a medida da cintura dos educandos discutiu-se outro fator
de risco associado à obesidade, a circunferência da cintura. Onde, acima de 102 cm
para homens e 88 cm para mulheres é considerado risco elevado para
desenvolverem-se doenças cardiovasculares. Após esta atividade, os alunos foram
divididos em grupos de até quatro integrantes, e receberam pequenos temas já
estudados, para que fizessem um cartaz explicativo e ilustrativo, dentro de cada
tema recebido. Entre os temas distribuídos, tem-se:
Obesidade na adolescência;
Obesidade e sedentarismo.
Obesidade e comidas “fast food”.
IMC – Índice de massa corporal.
Razão cintura quadril.
Doenças associadas a obesidade.
Alimentação dentro da escola.
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Os trabalhos foram significativos e representaram o quanto os alunos já
estavam familiarizados com o tema, mostrando-se também atenciosos e
interessados em demonstrar o que aprenderam, não só na escrita como também por
meio de desenhos.
Oliveira e Fisberg (2003), alertam sobre a importância da implementação de
medidas intervencionistas no combate e prevenção da obesidade em indivíduos
mais jovens. Os autores concluem:
Algumas áreas merecem atenção, sendo a educação, a indústria alimentícia e os meios de comunicação, os principais veículos de atuação. Medidas de caráter educativo e informativo, através do currículo escolar e dos meios de comunicação de massa, assim como, o controle da propaganda de alimentos não saudáveis, dirigidos principalmente ao público infantil e, a inclusão de um percentual mínimo de alimentos in natura no programa nacional de alimentação escolar e redução de açúcares simples são ações que devem ser praticadas. Sobre a indústria alimentícia, devemos procurar o apoio à produção e comercialização de alimentos saudáveis (OLIVEIRA e FISBERG, 2003, p. 108).
Como percebe-se com a citação, a escola juntamente às indústrias e à mídia
têm um caráter fundamental na conscientização das crianças e jovens, por serem
meios de comunicação e aprendizagem mais próximos deles, logo exercem
influência em seus hábitos de maneira positiva e negativa. Por isso é necessário um
investimento em políticas públicas que envolvam-se com esse tema e
comprometam-se socialmente e culturalmente.
Deixando de lado as medidas que detectam riscos perante a obesidade,
possibilitou-se nas ultimas práticas de ensino, informações mais complexas que
exigiam atenção e interpretação dos educandos. Dessa forma, foi explorado
especificamente sobre a função dos alimentos dentro do organismo, atendo-se em
explicações referentes aos nutrientes de cada alimento e suas funções no
organismo humano.
Primeiramente, assistiram um vídeo informativo sobre os nutrientes dos
alimentos e suas funções no organismo, partindo-se de diferentes tipos de
nutrientes, bem como as doenças causadas pela falta destes no organismo, como
por exemplo: proteína, gordura, vitaminas, entre outros. Após o vídeo, receberam um
texto explicativo, então cada um fez em seu caderno uma tabela com o tipo de
alimento, o nutriente e sua função dentro do organismo, buscando-se assim que
ocorresse a sistematização do apreendido e dialogado com o professor.
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Depois na prática de ensino seguinte, ateve-se em abordar a pirâmide
alimentar e dieta saudável, mostrando-se a quantidade de alimentos com os
nutrientes para uma alimentação equilibrada. Neste sentido, os alunos receberam
um texto informativo sobre alimentação saudável e a pirâmide alimentar, depois em
duplas, construíram uma pirâmide alimentar, a partir de desenhos e recortes, com
informações importantes de cada parte da pirâmide, colocando cores e legenda,
conforme os nutrientes e porções diárias.
Na penúltima ação, aproveitou-se que os alunos já estavam familiarizados
com a pirâmide alimentar, utilizou-se o jogo da “Pirâmide Alimentar” na
“Zuzubalândia” , (site que proporciona jogos através de tutoriais e simuladores
online) usando o laboratório de informática.
Ao final da implementação, aplicou-se novamente os questionários de
investigação e diagnóstico, e obviamente representaram de maneira significativa,
colocando definições, explicações, entre outras questões importantes que foram
trabalhadas no decorrer da implementação, usaram inclusive termos mais
específicos do conhecimento científico como: epidemiologia, nutrientes, IMC, entre
outros.
Enfim, no decorrer da implementação e das atividades interventivas
estimulou-se, sobretudo uma prática reflexiva que levasse o educando a pensar
sobre a saúde, a voltar sua reflexão para si mesmo, a refletir sobre a sua ação e dos
outros, passando simultaneamente pelo processo de tomada de consciência,
desenvolvendo competências para participar da vida em sociedade e habilidade
para refletir sobre a ação social e política, compreendendo questões de sua vida
particular e no coletivo.
Enfim, as ações e intervenções foram enriquecidas através do contato com os
alunos do oitavo ano, preservando a essência do professor de ciências, como um
educador da criança e do jovem brasileiro, reconhecendo o tema e conteúdos
tratados com cuidado e ética, contribuindo assim para que os educandos
desenvolvessem a solidariedade, o respeito mútuo, a justiça e o diálogo com
autoconfiança, além de aprenderem sobre um problema que vem crescendo cada
vez mais que é a obesidade.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS E DISCUSSÃO
Há muitas razões que levaram à implementação desta pesquisa-ação, entre
elas está o público alvo, adolescentes, os quais recebem uma gama de informações
advindas de diferentes fontes, as quais acabam sempre os influenciando. No mundo
atual, a mídia demonstra um perfil de ser humano, ao qual nem todos se encaixam
num padrão de beleza, voltado para a magreza ou para os corpos sarados. Sendo
que, o fato de não estar dentro desse “padrão”, pode levar os adolescentes ficarem
com problemas na auto-estima, além de cometerem atos de preconceito, ou pior
ações que podem por em risco a própria saúde.
Portanto, o conhecimento e reflexão sobre obesidade é uma questão
complexa, importante de ser refletida pelos alunos, não somente quanto aos
nutrientes, doenças associadas a patologia da obesidade, entre outras questões
fundamentais que devem partir do cotidiano para se chegar ao conhecimento prévio,
mas principalmente pelos hábitos necessários para a qualidade de vida.
No GTR 2011, atuou-se desenvolvendo discussões e reflexões com outros
professores de Ciências da rede estadual de ensino do Paraná. No ambiente e-
escola postou-se desde o projeto de intervenção onde foi planejada a pesquisa-
ação, a unidade didática com a sequência das atividades que foram implementadas
no oitavo ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual 29 de abril E. F. M.,
Guaratuba, Paraná.
Os professores que participaram do GTR trouxeram para discussão muitas
questões importantes referente à obesidade, ao compromisso da escola em
desenvolver práticas de ensino e de conscientização, entre outras trocas de
experiências que estão dando certo em outros contextos escolares.
Foram muito significativos os argumentos e depoimentos dos professores,
demonstrando-se que em suas realidades a temática vem sendo tratada com
responsabilidade e procedimentos metodológicos que envolvem os alunos na
construção do conhecimento científico, visando não só o ensino e a aprendizagem,
como também a mudança de comportamento visando uma melhor qualidade de
vida.
Entre as várias contribuições dos professores, tem-se a seguir algumas para
demonstrar o quanto estão comprometidos e envolvidos com o tema “obesidade” e
também preocupados com os dados estatísticos:
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Na leitura de seu projeto, fica clara a angústia enfrentada por nós professores ao nos depararmos com as estatísticas atuais referente a obesidade. A obesidade é uma doença multifatorial que vem atingindo proporções epidêmicas tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Isso confere-lhe grande importância como problema de saúde pública. Tal fato deve-se à grande associação existente entre o excesso de gordura corporal e o aumento da morbimortalidade, pois essa condição aumenta o risco de se desenvolver inúmeras doenças. No entanto, as evidências sugerem que grande parte da obesidade está associada além da alimentação de baixa qualidade nutricional ao baixo gasto energético onde a inatividade física da vida moderna inclusive por adolescentes torna-se um agravante da situação. A escola tem papel fundamental sim, principalmente no esclarecimento sobre a fisiologia da obesidade, o adolescente precisa entender como funciona o seu organismo, a escola atuará então, na intervenção, demonstrando que não é através de "dietas milagrosas" que estaremos resolvendo os problemas, mas sim perceber que vai muito mais além, se trata de mudanças do estilo de vida, adotando-se novos hábitos alimentares e prática regular de atividade física se esta for planejada de forma individualizada, focalizando a melhora de seu estado de saúde, fatores de risco e capacidade física, bem como sua história e metas. Enfim, é um árduo trabalho, com envolvimento direto das disciplinas correlatas ao tema, somadas a toda escola, família e comunidade. Parabéns pela iniciativa (GTR, 2011).
Como a professora colocou, trata-se de um árduo trabalho, o que deve ser
bem planejado e não ser trabalhados simplesmente para alertar os educandos, mas
envolve-los de maneira que optem por hábitos mais saudáveis. Outra questão
importante, é o fato de ser fundamental um trabalho em conjunto, ou seja, se
trabalhado interdisciplinarmente, acontecerá uma abordagem mais ampla e
significativa para toda a comunidade escolar.
Nas descrições a seguir, encontram-se também discussões quanto à
responsabilidade da escola e o seu papel fundamental na formação integral do
educando:
A relação entre nutrição, crescimento e desenvolvimento é algo essencial na vida da criança e do adolescente, pois comer, crescer e desenvolver são fenômenos diferentes entre si, mas totalmente interativos e inseparáveis para o ser humano. Infelizmente vivemos num mundo onde a desestrutura familiar ganha dimensões cada dia maiores, deixando assim a família de participar e orientar a criança/adolescente em vários aspectos, inclusive no que diz respeito aos hábitos alimentares. Daí a importância da escola atuar também neste quesito, orientando e mostrando os benefícios de uma alimentação equilibrada. A criança/adolescente passa boa parte do dia dentro da escola e consequentemente, alimenta-se neste ambiente. Oferecer alimentos de boa qualidade é uma opção que pode ajudar na mudança de hábitos alimentares errados. Orientar os alunos sobre a questão dos modismos alimentares, evitando assim distúrbios alimentares
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como a bulimia e anorexia, é um trabalho que pode ser iniciado na escola, mostrando que comer bem não é o mesmo que comer muito ou pouco. Assim, estaremos contribuindo e incentivando para que novos estilos de vida sejam adotados pelos alunos, estimulando a prevenção de distúrbios nutricionais através de atividades educativas em saúde (GTR, 2011).
O conteúdo sobre obesidade na escola, as vezes é a única exposição de debates, de filmes, de pirâmide alimentar, do processo químico e físico que acontece com seu organismo, fazendo com que o aluno tenha conhecimento de maneira correta sobre as consequências de uma alimentação saudável ou não, em suas refeições diárias (GTR, 2011).
Assim, a escola necessita não apenas desse compromisso em orientar e
ensinar sobre as vantagens de uma alimentação saudável ou da prática regular de
atividades físicas. Mas também oportunizar uma alimentação saudável,
considerando-se a importância da merenda escolar, que muitas vezes é a única
refeição de alguns jovens. Também controlar os lanches que trazem para a escola e
os que são vendidos nas cantinas. Portanto, não basta orientar, conscientizar e não
colocar em prática dentro do próprio contexto escolar.
3.2 DISCUSSÃO
O Programa de Desenvolvimento Educacional proporciona um novo
desenvolvimento profissional, levando o professor a reassumir seu compromisso
com a educação por meio do papel de pesquisador e estudante. O qual reaprende
muitas coisas, atualiza-se e reincorpora conhecimentos novos aos seus saberes
antigos.
Assim, o PDE possibilitou muitos resultados positivos, tanto nos avanços
obtidos no educandos no decorrer da implementação, na mudança de pensamento e
atitudes dos alunos, mas principalmente no crescimento profissional e pessoal,
compreendendo-se como uma peça importante dentro do sistema educacional e
social.
Perceber-se em compromisso com a problemática da obesidade na
adolescência e discutir as mesmas angustia com outros professores de outras
escolas, representou uma visão ampla, quanto ao ensino de ciências e sua
associação com as questões complexas de saúde coletiva.
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Salienta-se que no decorrer da implementação seguindo-se a sequencia das
atividades da unidade didática preocupou-se, muito com a questão da aprendizagem
significativa, dialogando sempre com os alunos, estimulando-os a pensar e a
participar do próprio processo de ensino e aprendizagem. Neste sentido, a melhor
opção para transformar a alimentação saudável em hábito foi a conscientização, pois
os educandos devem conhecer os alimentos e saber sobre os seus benefícios.
Enfim, a sequência gradativa de atividades que possibilitou a aquisição do
conhecimento científico demonstrou-se uma experiência positiva e em conformidade
com os pressupostos das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, as quais
prescrevem que o educando, deve romper com obstáculos conceituais e adquirir
maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro
e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no
seu cotidiano. Neste artigo, mostrou-se detalhadamente como esse processo pode
acontecer e influenciar na qualidade de vida dos educandos.
Visando dar continuidade a essa temática, pretende-se desenvolver novas
práticas de ensino no colégio, refletindo sobre a alimentação saudável, pesquisas e
discussões quanto a novos cardápios para a merenda escolar, entre outras
pesquisas relacionadas a hábitos saudáveis e melhoria na qualidade de vida.
Sobretudo, envolvendo-se toda a comunidade escolar.
REFERÊNCIAS
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16
2008. ENGEL, Guido Irineu. Pesquisa-ação. Educar, Curitiba, n. 16, p. 181-191. 2000. Editora da UFPR. Disponível em: <www.educaremrevista.ufpr.br/arquivos_16/irineu_engel.pdf>. Acesso em: 20/02/12. Função dos Nutrientes. Viva Bem. Portal. 2011. Disponível em: < http://www.vivabem.pt/nm_quemsomos.php?id=123>. Acesso em: 10/07/11. IBGE: Instituto Brasileiro de geografia e estatística – Bem vindo a censo 2000. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/censo/. Acesso em: 07 set. 2010. OLIVEIRA, C. L.; FISBERG, M. Obesidade na Infância e Adolescência: Uma Verdadeira Epidemia. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo. vol 47 nº 2 p. 107, Abril 2003. OMS: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAUDE – Políticas de recursos humanos em saúde. 2007. Disponível em: http://www.opas.org.br/sistema/arquivos/d_cronic.pdf. Acesso em: 10 set. 2010. PESSA, R.P. Seleção de uma alimentação adequada. In: DUTRA-DE-OLIVEIRA, J.E.; MARCHINI, J.S. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier, 1998. p.19-40. PIERI, Bruno. IMC. Nutrição esportiva, BLOGSPOT, 06/04/2010. Disponível em:< http://nutritivane.blogspot.com/2010/04/imc-na-avaliacao-nutricional-de-atletas.html>. Acesso em: 03/07/11. SENE, Richard F. ; OLIVEIRA, Leonora da Rosa. Hábitos de vida na escola: projeto de pesquisa sobre aspectos nutricionais e físicos desenvolvidos na aula de Educação Física como prevenção da obesidade infantil. Efdesportes – Revista Digital, Buenos Aires – Ano 14 – N° 133, Junho de 2009. disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd133/educacao-fisica-como-prevencao-da-obesidade-infantil.htm>. Acesso em: 11 set. 2010. SILVA, Cristiane. Pirâmide Alimentar. Dicas de Nutrição. 2009. Disponível em: < http://www.dicasdenutricao.com/2010/09/piramide-alimentar.html>. Acesso em: 03/07/2011. Super Size Me – A dieta do palhaço. Adorocinema, 2007. Disponível em: < http://www.adorocinema.com/filmes/super-size-me/>. Acesso em: 06/07/11. ZANCUL, Mariana de Senzi. Escolhas alimentares e estado nutricional de adolescentes em escolas de ensino fundamental. Alim. Nutr., Araraquara, v.18, n.3, p. 253-259, jul./set. 2007. Disponível em: < http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/alimentos/article/viewFile/161/169>. Acesso em: 10 set. 2010.
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Questionário diagnóstico
1. Como você define obesidade?
2. Você vê a obesidade como doença? Justifique.
3. Você conhece alguma doença provocada pela obesidade? Quais?
4. Você conhece alguns fatores que podem gerar a obesidade?
5. Você tem informações estatísticas sobre a obesidade no Brasil?
6. Como é possível detectar a obesidade? Se souber cite algumas formas que você
conhece?
7. Você conhece meios eficazes para prevenir a obesidade em nosso país?
8. Você acredita que a obesidade é um problema crônico em nosso país?
9. Existe alguma relação que você tenha conhecimento sobre a obesidade e os
hábitos alimentares?
10. Você tem pessoas na sua família que são consideradas obesas? Se tiver qual é
o comportamento (social, alimentar) dessas pessoas ou pessoa?
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Questionário de investigação
Sexo: ( ) feminino ( ) masculino
Peso: ________________________
Altura: _______________________
1. Quantas refeições você faz diariamente?
2. Que alimentos fazem parte do seu cardápio nas suas principais refeições?
3. Alimentos industrializados fazem parte de suas refeições, se fizerem, quais e
em que freqüência diária ou semanal?
4. Legumes, verduras e frutas fazem parte de seu cardápio diário? Com que
freqüência?
5. Com que freqüência diária ou semanal você consome doces?
6. Quando você utiliza alimentos industrializados você verifica a tabela nutricional
desses alimentos no rótulo?
7. Quais os tipos de carne que você consome semanalmente?
8. Embutidos e defumados como salsichas mortadelas, presuntos, salame e
lingüiças fazem parte do seu cardápio? Se fizer em que regularidade diária e
semanal?
9. Quais as frutas, legumes e verduras são de sua preferência? Cite três?
10. Você costuma substituir o almoço ou o jantar por lanches? Se substituir quantas
vezes o faz por semana?
11. Descreva o seu cardápio diário:
12. Você pratica alguma atividade física?
13. Você considera importante a atividade física para a vida das pessoas? Por que?