(õ)c~v - cnpat.embrapa.br · agrometeorologia ph.d. botânica m.sc. fitotecnia m.sc. climatologia...

109
(õ) Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária C~ Emp,"sa Bmileira de Pesquisa Ag<opecuáda - EMBRAP A V Centro Nacional de ~esquisa de Agroindústria Tropical - CNPAT RELA TóRIO TÉCNICO ANUAL DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE AGRQINDÚSTRIA TROPICAL 1993 Relat. téc. anual do CNP A T Fortaleza p.l-HI

Upload: doandiep

Post on 25-Jan-2019

224 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

(õ) Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma AgráriaC~ Emp,"sa Bmileira de Pesquisa Ag<opecuáda - EMBRAP AV Centro Nacional de ~esquisa de Agroindústria Tropical - CNPAT

RELA TóRIO TÉCNICO ANUAL DO

CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE

AGRQINDÚSTRIA TROPICAL

1993

Relat. téc. anual do CNP AT Fortaleza p.l-HI

Page 2: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Copyright © EMBRAPA -CNP A T - 1994

Comissão Editorial: Yalderi Yieira da Silva (coordenador)Mary Coeli Grangeiro FérrerClódion Torres Bandeira

Antônio Renes Lins de Aquino

Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical - CNP A TRua dos Tabajaras, 11 - Praia de IracemaTelefone (085) 231.7655 Fax (085) 231.7762 Telex (85) 1797Caixa Postal 3761

60060 - 510 Fortaleza, CE

Tiragem: 500 exemplares

RELATÓRIO TÉCNICO ANUAL DO CENTRO NACIONALDE PESQUISA DE AGROINDÚSTRIA TROPICAL ­1993. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1994. 11lp.

1. Agroindústria - Pesquisa - Relatório. 2. Agricultura ­Pesquisa - Relatório. r. EMBRAP A - Centro ~acionalde Pesquisa de Agroindústria Tropical. (Fortaleza - CE)

CDD 634.5730981

Page 3: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

HOMENAGEM

LIANNA MARIA SARAIVA TEIXElRA• 10.04.1951+ 15.07.1994

Este relatório é dedicado à Engenheira-AgrônomaLianna Maria Saraiva Teixeira, pesquisadora, falecida emPiracicaba, São Paulo, por ocasião do curso de pós-graduação emnível de doutor. Este acontecimento trouxe grande perda para acomunidade científica. Todavia, seu espírito de luta e dedicaçãosempre estará presente entre todos os que fazem aEMBRAPA/CNPAT e aqueles que tiveram a felicidade decompartilhar de seu convívio e amizade.

Page 4: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente: Itamar Franco

Ministro da Agricultura: Sinval Guazzelli

EMBRAPA

Presidente:Diretores:

Murilo Xavier FloresMárcia de Miranda Santos

Elza Ângela Battaggia Brito da CunhaJosé Roberto Rodrigues Peres

CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE AGROINDúSTRIATROPICAL

Chefe: João Pratagil Pereira de AraújoChefe Adjunto Técnico: João Ribeiro CrisóstomoChefe Adjunto de Apoio: José Ednilson de Oliveira Cabral

Page 5: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

EQ

UIP

ET

ÉC

NIC

AM

UL

TID

ISC

IPL

INA

R

Nom

e

Adr

oald

oG

uim

arãe

sR

osse

tti

Álf

ioC

eles

tino

Riv

era

Car

baja

lA

ntôn

ioA

gost

inho

C.

Lim

aA

ntôn

ioL

inde

mbe

rgM

.M

esqu

itaA

ntôn

ioR

enes

Lin

sde

Aqu

ino

Art

urSi

lva

Filh

o

Aug

mar

Dru

mon

dR

amos

Car

los

Rob

erto

Mac

hado

Pim

ente

lC

ésar

Aug

usto

Mon

teir

oSo

bral

Cló

dion

Tor

res

Ban

deir

aD

alva

Mar

iaB

ueno

Deb

orah

dos

Sant

osG

arru

tiE

rvin

oB

leic

her

Fila

delf

oT

avar

esde

SãFr

anci

sco

Férr

erB

ezer

raFr

edC

arva

lho

Bez

erra

Fern

ando

Geo

rge

Silv

eira

Fran

coPr

anci

sca

Fran

cine

tiM

.Pi

nhei

ro

Fran

cisc

oda

sC

haga

sO

livei

raFr

eire

Fran

cisc

oN

elsi

eude

sSo

mbr

aO

livei

ra

Gra

duaç

ão

Mat

emát

ica

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Eng

.de

Alim

ento

sA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

ia

Pós-

grad

uaçã

o

M.S

c.E

stat

ístic

aM

.Sc.

Eco

nom

iaR

ural

(l)

M.S

c.Pc

dolo

gia

M.S

c.E

ntom

olog

ia(O

)Ph

.D.

Solo

se

Nut

.de

Plan

tas

M.S

c.Fi

tote

cnia

M.S

c.C

iênc

ias

doSo

loPh

.D.

Eco

nom

iaR

ural

M.S

c.Fi

tote

cnia

M.S

c.Pi

tote

cnia

M.S

c.Fi

tote

cnia

(O)

M.S

c.T

cc.

Agr

oind

ustr

ial

Ph.D

.E

ntom

olog

iaM

.Sc.

Soci

olog

ia(l

)M

.Sc.

Pito

tecn

ia

Ph.D

.Pi

siol

ogia

Veg

etal

M.S

c.E

cono

mia

Rur

al(l

)B

.Sc.

Pito

tecn

iaPh

.D.

Fito

pato

logi

aM

.Sc.

Solo

se

Nut

.de

Plan

tas

Page 6: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Nom

e

João

Edu

ardo

Pere

ira

Filh

oJo

ãoPr

atag

ilPe

reir

ade

Ara

újo

João

Rib

eiro

Cri

sóst

omo

José

Ism

arG

irão

Pare

nte

Lev

ide

Mou

raB

arro

sL

iann

aM

aria

Sara

iva

Tei

xeir

aL

uiz

Ant

ônio

deA

raúj

oL

ima

Mar

iade

Jesu

sN

ogue

ira

Agu

iar

Mar

iaPi

nhei

roFe

rnan

des

Cor

rêa

Mar

iaT

erez

aPe

ixot

oG

ondi

mPa

ulo

Cés

arE

spín

dola

Frot

aPe

dro

Feliz

ardo

Ade

odat

ode

P.Pe

ssoa

Qué

lzia

Mar

iaSi

lva

MeI

oV

alde

riV

ieir

ada

Silv

a

Vito

rH

ugo

deO

livei

ra

(1)

Dif

usão

eT

rans

ferê

ncia

deT

ecno

logi

a

(0)

Em

curs

ode

pós-

grad

uaçã

o

(00)

Em

carg

ode

chef

ia/C

NPA

T

Gra

duaç

ão

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Eco

nom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

iaA

dmin

istr

ação

Agr

onom

iaA

gron

omia

Agr

onom

ia

Pós-graduação

M.S

c.Fi

tote

cnia

Ph.D

.Fi

tom

elho

ram

ento

(U)

Ph.D

.Fi

tom

elho

ram

ento

(U)

M.S

c.Fi

tote

cnia

Ph.D

.Fi

tom

elho

ram

ento

M.S

c.Fi

topa

tolo

gia(

O)

M.S

c.D

esen

volv

imen

toR

ural

M.S

c.A

grom

eteo

rolo

gia

Ph.D

.B

otân

ica

M.S

c.Fi

tote

cnia

M.S

c.C

limat

olog

iaM

.Sc.

Eco

nom

iaR

ural

Ph.D

.E

ntom

olog

iaM

.Sc.

Eco

nom

iaR

ural

M.S

c.So

los

eN

ut.

dePl

anta

s

Page 7: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

SUMÁRIO

Pág.

APRESENT AÇÃO

1. RECURSOS GENÉTICOS 13

2. MELHORAMENTO GENÉTICO 14

2.1. Efeito da depressão por endogamia na produção e outrascaracterísticas do cajueiro anão precoce 14

2.2. Competição e avaliação de dones de caj ueiro anãoprecoce , 21

2.3. Hibridação em cajueiro para apoio ao melhoramento 26

2.4. Comportamento de progênies oriundas de dones decaj ueiro anão precoce 27

2.5. Seleção e adaptação de cajueiro anão precoce 29

2.6. Jardins clonais de cajueiro anão precoce 30

2.7. Novos clones de cajueiro em avaliação 32

3. SOLOS E NUTRIÇÃO DE PLANTAS 33

3.1. Áreas produtoras de caju no Rio Grande do Norte 33

3.2. Manejo de solos cultivados com cajueiro 36

3.3. Uso de adubação verde em cajueiro 37

3.4. Adubação de cajueiro anão precoce 40

4. MANEJO E TRATOS CULTURAIS 44

4.1. Recuperação de cajueiros pela substituição de copas 44

4.2. Práticas de manejo no cajueiro comum 47

4.3. Sistema radicular do cajueiro 49

4.4. Adensamento de cajueiro anão precoce 50

Page 8: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Pág.

5. PROPAGAÇÃO VEGETA TIV A 54

5.1. Aspectos morfológicos c fisiológicos na germinação docaj ueiro 54

5.2. Borbulhia 59

5.3. Efeitos da adubação na formação de mudas de cajueiroanão precoce 63

6. ENTOM OLOGIA 72

6.1. Biologia das principais pragas do cajueiro 7:

6.2. Influência de níveis de desfolha c retirada de panículasna produtividade do caj uciro anão precoce enxertado 73

6.3. Efeitos de produtos seletivos no controle de pragas docaj ueiro 73

7. FITOP A TOLOG IA 83

8. TECNOLOGIA AG ROIND USTRIAL 85

8.1. Característica física, química e sensorial do fruto epseudof ruto do caj ueiro 85

8.2. Produção de suco de caju clarificado 90

8.3. Produção industrial de vinho de caju 91

9. COMERCIALIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE RECURSOS 94

10. CLIMA TOLOG IA 96

11. ECONOMIA 98

12. DIFUSÃO E TRANSFER~NCIA DE TECNOLOGIA 100

13. INFORMAÇÃO 108

Page 9: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

APRESENTAÇÃO

o Centro Nacional de Pesquisa de Caju - CNPCa,'criado em 1987, teve a sua missão ampliada, em abril de 1993,para atender outras matérias -primas agropecuárias de interesseda agroindústria tropical, passando a denominar-se CentroNacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical - CNPAT.

Com a nova missão, o mandato do CNP ATatenderá as demandas agrícolas e industriais de matérias primasvegetais como as oleaginosas, alimentares, medicinais e as frutas(caju, manga, acerola, graviola, sapoti, goiaba, entre outras) e dematérias-primas de origem animal (carne e seus derivados, leitee seus derivados, peles, couro, entre outros), em parceria e emcomplementação às missões dos demais Centros de Pesquisa daEMBRAPA e do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária ­SNPA.

o presente relatório representa um marcodivisório entre a antiga (exclusivamente a agroindústria do caju)e a nova missão (agroindústria tropical). Portanto, os principaisresultados de pesquisa apresentados em 1993 são relativos aagroindústria do caju, contemplando as áreas de recursosgenéticos, melhoramento genético, solos e nutrição de plantas,manejo e tratos culturais, propagação vegetativa, entomologia,fitopatologia, tecnologia agroindustrial, c1imatologia e economia.Contempla ainda as ações de informação, difusão e transferênciade tecnologia e comercialização de tecnologias/produtos/serviçose captação de recursos. Esta última ação é uma característica doCNPAT que o tem colocado na vanguarda das instituições depesquisa & desenvolvimento no Brasil. Os recursos captados nainiciativa privada e organismos oficiais, em 1993, correspondema 49,2% dos recursos de custeio investidos no CNP AT. Ofinanciamento de projetos de pesquisa por esta via também temproporcionado maior integração com a iniciativa pública eprivada, tanto do Brasil como do exterior.

Page 10: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Os avanços tecnológicos obtidos nos sete anos deexistência do ex-CNPCa e principalmente os apresentados nesterelatório, como: novos clones de cajueiro-anão-precoce,recuperação de cajueiros pela substituição de copas, borbulhia docajueiro, controle eficiente das pragas do cajueiro, produção desuco de caju clarificado e produção industrial de vinho de caju,representam um salto tecnológico capaz de revolucionar aagroindústria do caju. Isto só foi possível graças ao empenho,dedicação e entusiasmo dos pesquisadores c demais membros daequipe do CNPA T, que mesmo sem as condições ideais detrabalho (infraestrutura de laboratórios, materiais c pessoal deapoio técnico e administrativo), apresentaram resultados destamagnitude, que nos orgulha e justifica os investimentos feitospela sociedade no ex-CNPCa, resultando num benefício/custo de4,66 e taxa interna de retorno de 40,38%.

João Pratagil Pereira de AraújoChefe do CNPAT

Page 11: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

1. RECURSOS GENÉTICOS

o Banco Ativo de Germoplasma de caju está localizadona Estação Experimental de Pacajus-CE e conta, atualmente, com 326acessos da espécie cultivada Anacardilll1l occidentale L., além dasespécies A. humile, A. otlzoniaml/ll, A. microcarpll11l e diversos acessosde Anacardium sp. não identificados. Cerca de 82% dos acessos daespécie cultivada foram coletados no Estado do Ceará. Hánecessidade, pois, de coleta de novos acessos para aplicação dadiversidade genética e adaptabilidade a diferentes ecossistemas,notadamente cerrados e semi-áridos, onde observa-se maior expansãoda caj ucultura.

Outro aspecto a se considerar na catalogação dosacessos do BAG - Caj li diz respeito ao germoplasma anão precoce.Grande parte das plantas existentes na Estação Experimental,resultantes do programa de melhoramento da EMBRAP A/CNP AT,não estão relacionadas no acervo da coleção. Está sendo iniciado umtrabalho de identificação da variabilidade para ampliação nominal dosacessos do BAG.

Ainda com relação à ampliação da diversidade genéticado BAG, estabeleceu-se a· meta de 400 acessos de cajueiro do tipocomum e 400 do tipo anão' precoce, para os próximos cinco anos. Paratanto será retomado o trabalho de coleta.

Com relação à caracterização dos acessos, continuarão aser empregados os métodos multivariados (análise de componentesprincipais, distância euclidiana e agrupamento pelo método deTocher) em caracteres botânico-agronômicos, até que seja possível oemprego de caracteres moleculares.

Sobre o uso de acessos do BAG no programa demelhoramento, foram conseguidos híbridos entre A. microcarpum x A.occidentale, tipo anão precoce, visando pedúnculos com maiorresistência à prateleira. As plantas obtidas encontram -se em campopara avaliação. Também a espécie A. othonianum está sendo utilizadano programa de híbridos, não só para pedúnculo, mas tambémobtenção de genótipos para cultivo em sistemas de produção para ascondições de cerrado.

Page 12: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Ainda no programa de híbridos, alguns acessos decajueiro do tipo comum estão sendo utiljzados no programa decruzamento com o tipo anão precoce para aumento do peso do fruto eda amêndoa. Di versos híbridos encontram -se em avaiiação; alguns jáforam clonados e estão sendo avaliados, como clones, para os demaiscaracteres de interesse agronômico (produção, precocidade, porte daplanta e fitossanidade).

Esta fr,se - uso dos acessos em programa demelhoramento - é a mais importante de um Banco de Germoplasma econseguiu sucesso na coleção de Anacardium, razão pela qual houveuma desaceleração, no período, da atividade de coleta ecaracterização.

2. MELHORAMENTO GENÉTICO

2.1. Efeito da depressão por endogamia na produção e outrascaracterísticas do cajueiro anão precoce

Não obstante o esforço para esclarecimento dasconseqüências do emprego de mudas de pé - franco na formação edesempenho de um pomar de cajueiro, a prática continua sendonorma comum, principalmente pelo elevado custo de implantação deuma área com mudas enxertadas de clones selecionados. Some-se aisso o desconhecimento dos aspectos técnico-científicos envolvidosque resulta no mau deserhpenho dos pomares formados por mudas nãoenxertadas.

As sementes colhidas num pomar formado por mudasde pé-franco, selecionadas ou não, formam uma mistura de genótipos(indivíduos) heterozigóticos (desuni formes). O plantio dessas mudasresultará em novo pomar com características muito similares ao deorigem; situação normalmente indesejável em razão dadesuniformidade de porte das plantas, produção, peso da castanha edo pedúnculo, qualidade e cor do pedúnculo e demais aspectosagronômicos envolvidos numa cultura, característica das áreasformadas com o plantio direto da castanha ou com mudas nãoenxertadas.

No caso de castanhas colhidas em um pomar formadopor um só e1one, situação mais comum entre os caju cultores que

14

Page 13: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

adotaram o cajueiro do tipo anão precoce, o resultado é autogamia,sejam as sementes autofecundadas ou não, já que quando não sãoautofecundadas resultam de cruzamento entre indivíduos semelhantes

(mesmo gen6tipo). Em situações como esta, ocorrendo o fenômeno dadepressão por endogamia, O pomar resultante do plantio destassementes apresentará diversos caracteres de interesse agronômico comdesempenho abaixo daquele observado no pomar- mãe, formado pormudas enxertadas que são uniformes.

Objetivando avaliar o fenômeno da depressão porendogamia no cajueiro anão precoce, foi iniciado, no ano de 1989,um estudo na Estação Experimental de Pacajus, daEMBRAPA/CNPAT, onde foram avaliadas, comparativamente,progênies autofecundadas (AF) e de polinização livre (PL) de doisdones de cajueiro anão precoce, o CCP 76 e CCP 1001, para diversoscaracteres agronômicos. Os resultados obtidos até o ano de 1991mostram: a) perda de vigor das progênies autofecundadas em relaçãoàs de polinização livre, para a percentagem de germinação, diâmetrodo caule e altura de plantas aos quatro e seis meses de idade; b)menores valores para altura e envergadura da copa (diâmetros norte­sul e leste -oeste) aos 12 e 18 meses; c) menores valores para oscaracteres do fruto (peso da castanha, peso da casca e peso daamêndoa). A maior perda de vigor ocorreu nas progêneies do cloneCCP 001 e na respectiva matriz CP 1001, indicando ser este genótipopossivelmente mais heterozigótico do que o CP 76, razão pela qualsofreu maior depressão por endogamia. Verificou-se também que aperda de vigor foi mais expressiva, em termos quantitativos, noscaracteres vegetativos da planta do que nos relativos ao fruto(reproclutivos) (dados apresentados no Relatório Técnico Anual doCNPCa 1991-1992).

A análise de variância para os caracteres enxt:rtados,nos anos de 1992 e 1993 (Tabelas 1 c 3), possibilitou identificar-sediferenças estatisticamen te signi ficati vas, entre tratamentos, ao nívelde 1% para altura de planta (1992 e 1993), envergadura da copa nasdireções norte-sul (1993) e leste-oeste (1992-1993), ou ao nível de 5%para envergadura norte-sul (1992) e produção (1992), não sendoobservada significância entre tratamentos para a produção no ano de1993 e para os caracteres do fruto (peso da castanha, peso da amêndoae relação amêndoa/ fruto), avaliados apenas no ano de 1992.

15

Page 14: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 1 . Resultados da análise de variância da altura, envergadura e produção

referentes aos anos agrícolas de 1992 e 1993 do experimento de depressão por

endogamia conduzido em Pacajus, CE. Fortaleza, 1994.

Quadrados médi os

Envergadura (m)

F V GL

Altura (~) N - S L - O Produção (g)

1992 1993 1992 1993 1992 1993 1992 1993

Trat811ef1to 8 1,5450** 1,0495** 3,0170* 2,1018** 3,1807** 1,5757**

Res1duo 125 0,3123 0,2339 1,1465 0,5766 1,0231 0,5941

2141264,1811\ 632110,2191n5

988435,3610 351185,9631

X 2,492,314,263,524,450,52 1.270,06707,55

0,56

0,481,070,761,010,77 994,20592,61

M22,4420,9122,1521,5922,7221,87 78,2883,75

* Significarivo a 1%

** Significativo a 5%

16

Page 15: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 2 • Média por tratamento e resultados do teste de Tukey referente à altura,

envergadura e produção avaliadas em 1992 e 1993 no ensaio de depressão por

endogamia conduzido em Pacajus, CE. Fortaleza, 1994.

Variáveis---Envergadura (m)

Altura (~)

N - SL - OProdução (g)

Tratamento 1992

1993199219931992199319921993

1. Autofecundação

eP76

2,12 bc1,94 bc3,77 ab2,99 be4,06 ab3,08 ab0.000,00 a501,56 a

2. AutofecundaçãoCP 1001

2,80 ab2,35 ab3,46 b3,18 abc3,90 ab3,19 ab1.161,43 a559,28 a

3. PoLinização livre

Cn62,49 ab2,38 ab4,49 ab3,76 ab4,68 a3,80 a909,75 a468,50 a

4. Polinizaçáo LivreCP1001

2,82 ab2,58 a4,29 ab3,45 abe4,31 ab3,73 a1.431,25 a777,92 li

5. Polinizaçáo livre eloneeep 76

2,56 ab2,33 ab4,90 a3,97 a5,18 a3,79 a1.325,68 a770,47 a

6. Polinização livre eloneCC?1001

2,86 li2,65 a4,14 ab3,48 abe4,51 ab3,54 ab1.672,37 a675,53 a

7. Hfbridos CP76 x CP10012,47 ab

2,33 ab4,48 ab3,76 ab4,59 ab3,70 ab1.625,42 a947,21 a

8. Clone CCP761,56 e

1,61 e3,28 b2,55 e3,90 ab2,74 b456,00 a388,00 a

9. elone CCP10012,18 abe

2,09 abe4,07 ab3,34 abe3,92 b3,18 ab1.383,75 a1.001,67 a

17

Page 16: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

A inexistência de diferença entre os tratamentos para aprodução no ano de 1993, que seria esperada considerando-se que jáocorrera no ano de 1992 e que, com a evolução etária das plantas,tenderia a acentuar-se, deveu-se, provavelmente, ao quadro de secaque caracterizou o período, afetando toda a atividade agrícola daregião.

A comparação entre as médias dos tratamentos, peloteste de Tukey a 5% (Tabelas 2 e 4), não permite confirmar-se atendência observada, nos anos anteriores, de depressão das progêniesautofecundadas em relação às de polinização livre para os caracteresavaliados, não obstante diferenças absolutas de até 40%. Tal fatodeveu-se não só aos aspectos climáticos, já mencionados, que inibiramo desenvolvimento normal das plantas, mas também aos elevadoscoeficientes de variação registrados, os quais ocorreram graças àscaracterísticas dos genótipos avaliados (segregantes) e às condiçõesexperimentais (planta perene e parcelas grandes).

18

Page 17: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Os dados apresentados na Tabela 5, onde são feitascomparações absolutas apenas entre os dois tipos de progênies(autofecundadas e polinização livre), mostram as diferenças nãodetectadas pelo teste de comparação de média c confirmam atendência já observada de serem os caracteres do fruto menosafetados pelo fenômeno, notadamente no genótipo CP 1001.

TABELA 4 - Média dos tratamentos para os três caracteres dacastanha obtidos em 1992 no ensaio de depressão porendogamia no cajueiro anão precoce, conduzido emPacajus, CE.

Variáveis

Tratamentos Peso de castanha

Peso de amêndoa%A/C

(g)

(g)

Autofecundação CP 76

6,73 a1,78 a29,40 aAutofecundação CP 1001

6,81 a1,61 a26,42 aPaI. livre CP 76

7,81 a1,94 a27,65 aPaI. livre CP 1001

6,51 a1,68 a28,76 aPaI. livre dane CCP 76

7,91 a1,99 a28,17 aPaI. livre dane CCP 1001

6,92 a1,81 a29,03 aHíbrido CP 76 x CP 1001

7,31 a1,77 a27,01 aClone CCP 76

8,06 a2,11 a29,10 aClone CCP 1001

7,08 a],82 a28,59 a

x

7,241,8328,15

19

Page 18: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 5 - Depressão porendogamiaemseiscaracteresagronômicos de

progênies autofecundados decajueiroanão

precoce(AF),comrelaçãoaprogêniesde

polinização livre(PL), nos anos de1992e 1993, em

Pacajus, CE. Fortaleza, 1994

Oenótipos

Caracter

AnoCCP 76 CCP 1001

PL

AFDo/, PLAFD%-Altura (m)

19922,492,1214,862,822,80-0,71

1993

2,381,9418,492,582,358,91

Envergadura da copa (m)N-S

19924,493,7724,944,293,4619,35

1993

3,762,9920,483,453,187,83

L-O

19924,684,0613,253,733,1916,92

1993

3,803,0818,956,916,535,50

Produçlo de castanhaspor planta (9)

1992909,75739,3718,73 1.431,25 1.161,4318,85

1993

468,50501,56-7,06777,92559,2828,11

Peso dacastanha (9)"

1992*7,826,7313,946,516,81-4,61

Peso daamêndoa (g)

1992*1,941,788,251,681,614,17

* Parâmetro estimado apenas em 1992 em decorrência da pequena variação entre anos.

20

Page 19: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

2.2. Competição e avaliação de c10nes de cajueiro anão precoce

As vantagens do porte baixo que permite maioradensamento populacional e das precocidades - etária e estacional ­que possibilitam retorno econôm ico em menor prazo e maior períodode colheita, com maior aproveitamento do pedúnculo, tornaram ocajueiro anão precoce mais atrativo que o tipo comum,tradicionalmente cultivado. A necessidade de novas opções aos danescomerciais existentes fez com que se instalasse, na EstaçãoExperimental de Pacajus, um experimento para avaliar 26 novosdones, os quais estão sendo comparados aos quatro já existentes, CCP06, CCP 09, CCP 76 e CCP 1001, em blocos ao acaso, com quatrorepetições e quatro plantas por parcela.

Os danes estão sendo avaliados para diversosparâmetos de interesse agroindustrial, como produção, porte da planta,peso de fruto, peso da amêndoa, facilidade de descasque e resistênciados cotilédones à abertura no processo industrial.

Com relação à produção, ainda um carácter da maiorimportância para o produtor, os dados obtidos (22, 32 e 42 ano),apresentados na Tabela 6, permitem as seguintes conclusões:

1) a produção de quase todos os dones no 42 ano foi superior à médiaestimada para a cajucultura brasileira no ano de 1993, que nãoatingiu 200kg de castanhas/ha, com os cinco melhores alcançandoproduções significativas, considerando-se a idade e as condiçõesclimáticas observadas naquele ano (CAP 06 - 473,2 kg/ha; CAP 26- 440,6 kg/ha; CAP 17 - 403,9 kg/ha; CAP 25 - 387,6 kg/ha; eCAP 08 - 381,5 kg/ha);

2) a produção de alguns, clones no 3º ano (1992) também pode serconsiderada significativa, superando as melhores testemunhas (CAP18 - 359,0 kg/ha; CAP 12 - 316,2 kg/ha; CAP 26 - 275,0 kg/ha;CAP 01 - 255,0 kg/ha);

3) nenhum dos danes avaliados superou a melhor testemunha no 22

ano (1ª produção comercial), não obstante boas produçõesalcançadas.

21

Page 20: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

A análise conjunta da produção nos anos de 1992 e1993 (32 e 42 ano), cujos resultados apresentam -se na Tabela 2,permite identificar alguns clones com melhor potencial produtivo queas testemunhas avaliadas, no caso, os quatro dones comerciais decajueiro anão precoce disponíveis. Entre estes ressaltam-se o CAP 26(361,1 kg/ha), CAP 06 (361,0 kg/ha), CAP 25 (312,1 kg/ha), CAP 01(311,3 kg/ha), CAP 08 (303,8 kg/ha), CAP 17 (299,9 kg/ha), CAP 18(295,8 kg/ha) e CAP 1J (275,4 kg/ha), com, respectivamente, 60,0%;60%; 38,3%; 38,0%; 34,7%; 32,9%; 31,1%; e 22,1% de produção decastanhas a mais que a melhor testemunha, no caso, a CCP 1001, com225,6 kg/ha.

Por outro lado, nem todos os dones que produzirammelhor que a testemunha (Tabela 7) mostraram características deporte mais favorável (Tabela 8), o que faz com que seja necessárioavaliá-Ios por mais, um mínimo, de dois ciclos, para estabelecer-se amelhor densidade populacional e, a partir daí, estimar- se asprodutividades de cada um.

22

Page 21: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de
Page 22: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 7 • Análise conjunta da produção de castanhas, em kg/ba,de 30 c10nes de cajueiro anão precoce, nos aDOS de1992 e 1993, avaliados em Pacajus, CE. Fortaleza,1994

Clone

CAP 01CAP 02CAP 03CAP 04CAP 05CAP 06CAP 07CAP 08CAP 09CAP 10CAP 11CAP 12CAP 13CAP 14CAP 15CAP 16CAP 17CAP 18CAP 19CAP 20CAP 21CAP 22CAP 23CAP 24CAP 25CAP 26CCP 06CCP 09CCP 76CCP 1001

Produção (kg/ha)(média de 1992 e 1993)

311,3 *204,491,8

163,2130,6361,0*183,6303,8*193,8106,1275,4 *

218,3255,0216,1135,5228,5299,9*295,8*218,3224,4100,4205,6255,0183,6 *312,1361,1 *164,6193,8224,4225,6

• Mais de 20% superior à melhor testemunha.

24

Page 23: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 8 . Altura de plantas (m) e envergadura de copa (m) dosmelhores dones avaliados nos anos de 1992 e 1993, emPacajus, CE. Fortaleza, 1994

Envergadura (m)Altura (m) Clone

Norte-sulLeste -oeste

1992

19931992199319921993

CAP 06

1,802,184,065,254,135,37CAP 26

1,642,004,205,544,125,69CAP 25

1,401,602,843,342,963,68CAP 01

2,392,704,165,394,095,30CAP 08

1,801,993,654,583,804,72CAP 17

2,122,493,234,373,204,42CAP 18

1,882,563,865,213,995,23CAP 11

1,772,033,984,994,205,01CAP 13

1,471,653,714,703,534,36CAP 23

1,381,463,343,533,153,71CP 06

1,411,612,663,152,663,33CP 09

1,291,433,123,643,473,51CP 76

1,401,673,163,633,413,60CP 1001

1,742,033,063,873,153,95

x (danes)

1,762,063,704,693,714,75

x (test.)

1,461,683,003,573,173,59

o peso da castanha e da amêndoa dos melhores danesfoi para quase todos superior ao das testemunhas (Tabela 9). Os danesCAP 25 e CAP 01, no entanto, apresentaram baixo percentual deamêndoa em relação à casca, o que significa maior custo de transportedo produto de interesse que é a amêndoa. Considerando-se que aavaliação destes caracteres ocorreu em ano de forte seca, cujosreflexos são intensos na redução de peso do fruto e da amêndoa,somente com avaliação em anos normais serão tomadas decisões sobreos dones a serem lançados para os produtores

25

Page 24: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 9 • Peso da castanha (g), peso da amêndoa (g) epercentagem de amêndoa do 10 clones de cajueiro anãoprecoce (mais quatro testemunhas), no ano de 1992,avaliados em Pacajus, CE. Fortaleza, 1994

Clone Peso da castanhaPeso da amêndoaPercentagem de(g)

(g)amêndoa *

CAP 06

10,82,39(22,13)CAP 26

10,82,82(26,11)CAP 25

9,51,96(20,63)CAP 01

10,71,75(16,36)lAP 08

8,92,17(24,38)CAP 17

12,72,59(20,39)CAP 18

8,82,50(28,41)CAP 11

10,82,74(25,37)CAP 13

9,62,61(27,19)CAP 23

9,62,26(23,54)CP 06

6,31,68(26,67)CP 09

7,82,26(28,97)CP 76

7,92,02(31,08)CP 1001

6,51,79(27,54)

• Percentagemda amêndoaemrelaçãoao pesoda castanha.

2.3. Hibridação em cajueiro para apoio ao melhoramento

o porte baixo, a precocidade e o potencial produtivodo cajueiro anão precoce motivaram a centralização de esforços demelhoramento com o emprego deste germoplasma. A dificuldade deobter genótipos com peso de fruto superior a 10g, exigência daindústria, fez com que fosse adotada a hibridação com o cajueiro dotipo comum, como forma de ampliar a variabilidade genética do tipoanão precoce, uma vez que no tipo comum encontra-se uma grandediversidade genotípica para os caractercs de interesse industrial, bemcomo para a produção.

26

Page 25: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Além da ampliação da variabilidade, a possibilidade de

obtenção, já no F 1 de genótipos desejáveis, com sua conseqüentemultiplicação vegetativa, motivara o desenvolvimento do programa,iniciado em 1989, quando foram obtidos 7,25% de pegamento. Em1990 foram obtidos 19,49% e em 1991 15,4%. No ano de 1993, 1.501cruzamentos efetuados geraram 387 frutos, ou 26,49% do total. Esteincremento deveu-se não só ao aprimoramento do pessoal envolvidono trabalho, mas também ao melhor conhecimento da espécie porparte da equipe envolvida no programa.

É importante observar que o sucesso na hibridaçãodepende não só de fatores extrínsecos, como fertilidade, fitossanidade,irrigação e habilidade pessoal na tarefa, mas também da idade e dosgenótipos envolvidos. Assim, dos resultados obtidos no ano de 1993,verificou-se que houve uma variação de 9,52% de pegamento entre osgenótipos CP 76 x CAP 14 e 62,5% entre CP 06 x CP 09. Paraidentificar as causas en vaI vidas nesta variação, há necessidade deestudos sobre a biologia floral dos genótipos a serem empregados noscruzamentos, época de recepti vidade do estigma, viabilidade do pólene até fatores de incompatibilidade.

Os híbridos obtidos encontram-se em campo paraavaliação dos principais caracteres de interesse agroindustrial:produção, peso do fruto, peso da amêndoa, relação peso daamêndoa/peso do fruto, porte e precocidade. Os melhores serãodanados e avaliados para estas e outras características, comotolerância a doenças e estresse hídrico.

2.4. Comportamento de progênies oriundas de clones de cajueiroanão precoce

A divulgação das qualidades do cajueiro anão precocetem levado não só a adoção da tecnologia conforme recomendado, mastambém a desvios que acarretam prejuízos graves aos produtores.Entre estes, o mais comum é o aproveitamento de sementes oriundasde campos de danes, quase sempre de um único done, para aformação de mudas e instalação do novo pomar.

27

Page 26: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

o cajueiro é uma espécie alógama, razão pela qual asplantas, na natureza, formam combinações heterozigóticas que maufavoreceram a adaptação do genótipo ao ambiente que ocupa. Emdecorrência, dones selecionados pelos atributos favoráveis dosgenótipos que Ihes dão origem são heterozigóticos para estes caracteresde interesse.

Em pomar formado por um done, o maior percentualde sementes colhidas resulta de cruzamentos entre plantas de umamesma constituição genética, o que representa, na prática, umaautofecundação, uma vez que há ocorrência de autogamia, mesmosendo os cruzamentos inteiramente naturais. Em função disto, há umincremento de homozigose na segregação que ocorre na geraçãoseguinte. Esta segregação tem reflexos práticos no pomar, com plantasde diferentes portes, produção, peso do fruto e outros caracteresqualitativos e quantitativos de interesse agroindustrial.

Objetivando estudar c quantificar a segregaçãofeno típica do cajueiro anão precoce, está sendo avaliado um pomarformado com sementes oriundas do dane CCP 76, na FazendaCOPAN, em Icapuí, CE, desde 1989. Foram quantificados os efeitosde segregação no porte da planta, no peso do fruto e no peso daamêndoa em comparação com o dane mãe, no caso o CCP 76. Estesresultados já foram apresentados no Relatório Técnico Anual doCNPCa/EMBRAPA 1991-1992.

As produções obtidas, mesmo considerando-se asbaixas precipitações registradas no período de avaliação, podem serconsideradas boas (Tabela 10). Entretanto, o grau de variaçãoobservado para o porte das plantas que dificulta o manejo do pomar,para o peso do fruto, com reflexos negativos para a indústria debeneficiamento, desaconselha a recomendação da prática de formaçãode pomares com mudas de sementes, principalmente as oriundas deum campo de done.

28

Page 27: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 10 - Produção de um pomar de cajueiro formado commudas de sementes do clone CCP 76, em Icapuí • CE.Fortaleza, 1994

AnoVariáveis

Produção (kg/ha)Área colhida (ha)

1990

6,73,73

1991

76,93,69

1992

253,21,51

1993

332,71,51

2.5. Seleção e adaptação de cajueiro anão precoce

Objetiva avaliar maior número possível de indivíduos,para obter genótipos adaptados aos diferentes ecossistemas queformam a Região Nordeste do Brasil, uma vez que os donescomerciais disponíveis de caj ueiro anão precoce foram avaliadossomente em Pacajus, CE, transição litoral caatinga.

No período 1992/1993 foram incorporadas 331 novasprogemes ao programa de melhoramento da EMBRAPA/CNPAT, emdiversos ensaios e locais, a saber:

Local Ano

Fazenda CAPISA, 1992Pio IX, PI

Estação Experimental 1993de Pacajus, CE

Fazenda CAPISA, 1993Pio IX, CE

Número de

progênies

145

120

171

29

Origem

Pio IX, PI

Pio IX, PICanto do Buriti, PIe Pacajus, CE

Pio IX, PICanto do Buriti, PIe Pacajus, CE

Page 28: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Com base nas observações iniciais de porte,precocidade de florescimento e peso de fruto, 28 genótipos foramselecionados nos ensaios da Fazenda CAPISA, no município de PioIX, para serem donados e avaliados em competição com os donescomerciais disponíveis. As progênies serão avaliadas em relação aosparâmetros porte da planta, precocidade, produção e característicasindustriais do fruto. As progênies com melhor desempenho serãoselecionadas para novos ensaios, após três ciclos de produção. Osmelhores indivíduos de todo o campo, após este período, serãodonados para novos testes de competição em diferentes locais.

2.6. Jardins clonais de cajueiro anão precoce

O aumento crescente na demanda por mudas decajueiro anão precoce, tanto para emprego em pesquisa como paraatendimento à comunidade produtora, principalmente pela falta deagressividade da iniciativa privada no negócio de produção de mudas,faz com que seja necessário não só a manutenção dos jardins donaisjá existentes, mas também a ampliação destas estruturas, notadamentecom os dones CCP 76 e CCP 09, os mais procurados pelos produtores,e CCP 06, para emprego como porta-enxerto.

Essas áreas têm sido de maior utilidade, também, paraexperimentação nas diversas áreas de interesse da pesquisa, como nocontrole de pragas e doenças, poda e adubação, além de estudosfenológicos básicos. Na Tabela 11 são apresentados os campos, donese idade das plantas que formam os jardins donais de cajueiro anãoprecoce. Os demais dones relacionados em relatórios anteriores doCNPCa/EMBRAP A, como pertencentes ao acerVO de jardins donais,encontram-se no acervo de dones em avaliação, pelo fato de aindanão terem sido lançados comercialmente.

30

Page 29: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 11 - Clones de cajueiro anão precoce, área de plantio enúmero de plantas, dos jardins c10nais daEMBRAPA/CNPAT, na Estação Experimental dePacajus, CE. Fortaleza, 1994

Ano de plantio CloncNll de plantas..

1980

CCP 06201982

CCP 76141983

CCP 065561983

CCP 1001081984 - 1

CCP 1001411984

cCP 06171984

CCP 09251984 - 1

CCP 76181984 - 2

CCP 762751984 - 3

CCP 76901986

CCP 761251986

CCP 091251987 - 1

CCP 761841987 - 2

CCP 764821987

CCP 091171989

CCP 091961989

CCP 76241989

CCP 1001121990 - 1

CCP 09511990

CCP 100141990 - 1

CCP 76331990 - 2

CCP 761201992

CCP 761251992

CCP 091251993

CCP 06401993 - 1

CCP 761471993 - 2

CCP 76761993 - 3

CCP 761001993 - 4

CCP 761301993 - 5

CCP 764961993 - 1

CCP 092001993 - 2

CCP 09351993

CCP 100130

• Total do CCP 06: 633 plantasTotal do CCP 76: 2.439 plantas

Total do CCP 09: 874 plantasTotal do CCP 1001: 95 plantas

31

Page 30: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

2.7. Novos dones de cajueiro em avaliação

Além dos 30 dones de caj ueiro anão precoce(incluindo quatro testemunhas) em competição desde 1990, 129gen6tipos, selecionados em função de caracteres de interesseagroindustrial favoráveis, encontram-se em fase de avaliação inicial,em diferentes locais. Nesta fase, serão observados, basicamente, oscaracteres do fruto de interesse industrial, no caso, peso e rendimentode amêndoa e resistência ao descasque no processo de beneficiamento.Os clones selecionados com base nestes caracteres entrarão em ensaios

de competição, onde serão avaliados para os caracteres de interesseagronômico (produção, porte, precocidade e fitossanidade). Estaestratégia deverá permitir ganho de tempo no lançamento de novosdones de cajueiro.

Os genótipos, origem e local de avaliação estãorelacionados na Tabela 12.

TABELA 12 - Número, tipo, origem e local de avaliação dos novosdones de cajueiro da EMBRAPA/CNPAT. Fortaleza,1994

Local de Número deEnsaioTipo/Origemavaliação

clonesporte

Pio IX, PI

201/92AnãoPacajus

Pio IX, PI

52/92MédioPacajus

Pio IX, PI

53/92ComumPacajus

Pacajus, CE

201/93AnãoCuru

Pacajus, CE

222/93AnãoPacajus

Pacajus, CE

211/94AnãoPio IX

Mossor6, RN

311194AnãoPacajus

Canto do Buriti, PI

311/93AnãoPio IX

Canto do Buriti,PI

142/93AnãoCanto doBuriti

32

Page 31: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

3. SOLOS E NUTRIÇÃQ DE PLANTAS

3.1. Áreas produtoras de caju no Rio Grande do Norte

O desenvolvimento desta pesquisa envolve métodos decampo e laboratório já conhecidos e padronizados para o estudo depedologia, compreendendo a seleção de áreas representativas,identificação e descrição dos solos, coleta de amostras e análise físico­química e de fertilidade.

Concluiu-se o estudo das áreas produtoras de caju noRio Grande do Norte. As microrregiões produtoras de caju nesseEstado foram definidas consultando-se os dados de produção dacastanha de caju e complementando esta informação com estudo decampo nas áreas produtoras. Foram definidas nove microrregiõesprodutoras nesse Estado. Na Tabela 13 são apresentadas as unidadespedogenéticas por microrregiões homogêneas, no Estado do RioGrande do Norte.

Os solos estudados são profundos, muitointemperizados, sem impedimentos físicos e, de modo geral, nãoapresentam minerais primários de fácil decomposição. Na composiçãoda textura dos diferentes solos, as partículas de areia têm maiorproporção, vindo em segundo lugar a argila, com percentuais baixos,aumentando na parte inferior dos solos com horizonte B.

Os resultados das análises de fertilidade são

apresentados em duas tabelas: fósforo disponível, potássio e cálcio +magnésio trocáveis na Tabela 14; alumínio trocável e reação do solona Tabela 15

Os dados da Tabela 14 mostram deficiência de fósforo

em 94% das amostras analisadas; o potássio é deficiente em quase100% das amostras, enquanto menos de 1% possui teor médio; cálcio +magnésio estão em nível baixo em 23%, sendo que 73,8% tem teormédio. Em todos os casos de deficiência precisam ser adicionados oselementos químicos respectivos, fazendo-se adubação e/ou calagem.Os níveis de alumínio trocável são, em geral, baixos, não requerendotratamento do solo para sua neutralização. Apenas 17,4% das amostrasanalisadas têm alumínio entre 0,4 - 1,0 mE, tornando-se necessário ouso de calagem ou outro tratamento para baixar esses níveis. Em 70%das análises, os valores de pH estão entre 4,3 e 5,3, isto é, a reação éfartamente ácida.

33

Page 32: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 13 • Unidades pedogenéticas representativas das áreasprodutoras de caju em nove microrregiões homogêneasdo Rio Grande do Norte, 1993.

Unidades pedogenéticas

Latossolo Amarelo Distrófico, textura média

Latossolo Amarelo Distrófico, textura média;Areias Quartzosas Distróficas

Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico,textura média;Areias Quartzosas Distróficas

Latossolo Vermelho Amarelo Eutrófico,textura média;Areias Quartzosas Distróficas

Latossolo Vermelho Amarelo Eutrófico,textura média;Podzólico Vermelho Amarelo Eutrófico,textura arenosa/média

Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico,textura média;Areias Quartzosas Distróficas

Latossolo Amarelo Distrófico, textura média

Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico,textura média;Areias Quartzosas Distróficas

Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico,textura média

Fonte: EMBRAPA/CNPAT

34

Microrregiõeshomogêneas

Natal

Macaíba

Agreste Potiguar+

Litoral Nordeste

Mossoró

Chapada do Apodi

Barra Verde

Médio Oeste

Pau dos Ferros

Umarizal

Page 33: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 14 • Análise de fertilidade . fósforo, potássio, cálcio emagnésio • em pomares de cajueiro das microrregiõesprodutoras do Rio Grande do Norte, 1993.*

Microrregiães ­Municípios

Fósforo PotássioCálcio

+ magnésio

n2 %

Natal-Parnamirim

Macaíha: Ceará-Mirim.

Macaíba, São José de

Mipibu

Litoral Nordeste: Touros.

B. de Maxaranguape

Agreste Potiguar:Vera Cruz

Mossoró: Areia Branca,Mossoró, Serra do Mel

Chapada do Apodi:Apodi, Caraúbas,

Dix Sept Rosado

Pau dos Ferros:

ltaú, Severiano Meio

Médio Oeste: Campo

Grande, Augusto Severo

Serra de Santana: Cerro

Corá, Florânia, LagoaNova, São Vicente

Borborema potiguar:

Cel. Ezequiel, Jaçanâ

BaixoMédioAlto

BaixoMédioAlto

BaixoMédio

Alto

Baixo

Médio

Alto

BaixoMédio

Alto

BaixoMédio

Alto

Baixo!vfédio

Alto

Baixo

Médio

Alto

Baixo

Médio

Alto

5

9

7

34

2

8

113

S

10

1

5

1

100

iDO

86

14

91

Ó

3

100

79

21

100

91<)

83

17

5

9

8

36

I

14

5

11

6

100

100

100

97

3

100

100

iDO

100

100

2

3

17

1

17

827

2

26

59

5

10

1

S

1

40

60

1178

11

1486

21

73

6

2S

7S

36

64

100

91

9

83

17

Fonte: EMBRAPA/CNPAT

• Fósforo disponível: potássio e cálcio + magnésio t rocáveisn2; %: número de determinações encontradas em cada nível e percentagens

35

Page 34: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Realizou-se esta pesquisa com a finalidade deidentificar os problemas existentes em solos cultivados com cajueironos Estados do Ceará e Piauí e recomendar as técnicas de manejomelhorado. Os estudos de campo, associados às análises de laboratório,

36

Page 35: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

permitiram a caracterização e a classi ficação das unidades de solorepresentativas da cultura do cajueiro.

o estudo permitiu, no período de 1992/93, aidentificação dos principais problemas de solos cultivados com ocajueiro: a) acidez do solo em níveis prejudiciais; b) acidez associadaa níveis elevados de alumínio trocável; c) deficiência de nutrientesessenciais; d) compactaçãc do solo; e) textura excessivamente arenosa;f) textura argilosa, com impedimento de drenagem. Estes problemaspodem ser decorrentes de características namrais dos solos, ou domanejo inadequado.

A elevação da produtividade dos cajueiros reep2er omanejo n:cionai da cultura, com emprego de práticas demelhoramento e recuperação do solo (Tabela 16).

:!L3. Uso ~e r<dubação o/elide em caj<1eirú

A região litorânea do Estado do Ceará,cajueiro, é constituída de solos com sérias limitações nasfísicas, químicas e na quantidade de matéria orgânica.

com

Q, use de práticas~ como a Rncorporaçãoiegu.minosas, poderá ser llma altemati 'Ia viá ve 1 para a exploraçãosustel1tada e ganhe de rendimento da cultura. Considerando quesolos da regiik; 1itoráne3_ do Ceará, são também bab:a fertilidadenatural,. é necessário, portanto, investir num sistemz de manejo que

vise à meHlOJria das suas condições físicas, químicas microbiológícasoAs legum.inos2ls, usadas corou adubo verde, via de regra promovemboa cobertura do solo, dificultam o estabelecimento de plantasinvasoras, incorporam matéria orgânica ao solo, nitrogênio, através defixação simbiótica e, também, reciclam nutrientes das camadas

subsuperficiais.Nesta pesquisa procurou-se avaliar o efeito de

leguminosas em cultivo intercalar com caj ueiro anão precoce,verificando os benefícios na cultura, bem como sobre os parâmetrosfísicos e químicos do solo. O experimento vem sendo conduzido desdeabril de 1991, em área de produtor, localizada no município deHorizonte, CE. O solo é originário de sedimentos arenosos e argilososda Formação Barreiras, cujas características físico - químicas estãosumarizadas na Tabela 17.

37

Page 36: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 16 - Unidades de solo, problemas detectados e práticasrecomendl1das. Fortaleza, CNPA T. 1992.(*)

Unidadede solo* Descrição do problema

Prática de manejorecomendada **

1. LA (a) reação do solo fortemente ácida e

extremamente ácida .

(b) niveis elevados de alumínio trocável

(c) deficiência de macronutrientes e

micronutrientes .

(d) compactação do solo .

2. LV e PV idem (a), (c) e (d>. .

3. PT (e) textura argilosa, solo imperfeita-

mente ou mal drenado .

4. AQ idem (a), (c), alguns casos (b)....

(f) textura arenosa em todo o perfil

com baixa retenção de umidade e

perda de nutrientes por lixiviação

Calagem (correção do solo)

Calagem + gessagem (corre­

ção da acidez e neutrali­

zação do A l

Aplicação de fertilizantes

Oescompactação com subso­

lador ou arado de aiveca.

Uso do guandu.

Mesmas práticas em (1)

Abertura de canais de dre­

nagem. Evitar novos plan­

tios.

Mesmas práticas em (1)

Uso de cobertura morta,

adubação verde, incorpora­

ção dos restos da cultura

ou resíduos vegetais

'"

"'*

LA = Latossolo Amarelo; LV = Lalossolo Vermelho-Amarelo: PV - Podzólico

Vermelho Amarelo; PT = Plintossolo: AQ = Areia Quartzosa.

Níveis de fertilizantes e corretivos devem ser indicados de acordo com a análise do

solo da propriedade.

38

Page 37: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 17 - Características físico - químicasdosolo(PodzólicoVermelho· Amarelo

Plíntico,textura

arenosa/argilosa). Horizonte (CE), 1992.

Horizonte

Profundidad~AreiaSilteArgilaClasse de(em)

(%)(o/d(%)textura

Ap

0-1892,392,545,07areiaA2

18-5290,843,575,59areiaB2

120-17264,896,1129,00franco -argilo-arenosa

Cátions trocáveis (mE/IOOg)

p

Hori-

vAL3+ M.a.(mg/zontes Ca++ Mg++

K+!\'a+SH+AI++(%)(%)(%)lOOg)

Ap

1,401,000,040,282,722,132,65500,520,640,23A2

1,801,000,020,213,031,832,87511,040,120,12B3

1,601,300,050,393,341,962,9]530,990,130,09

Foi utilizado o dane de cajueiro anão precoce CCP 09,em cultivo intercalar com as leguminosas: feijão- de - porco (Canavaliaensiformes o.c.); feijão-guandu (Cajanlls cajan L.); leucena (Leucaenaleucocephala L); mucuna-preta (Styzolobiwn aterrima Liper & Tracy)e lab-Iab (Dolichos lab lab L.).

As principais características avaliadas foram: produçãode massa verde e seca em pleno desenvolvimento e cobertura do solo,conforme resultados da Tabela 18.

As leguminosas feijão-de-porco e mucuna-preta foramas mais promissoras em produção de massa verde, com 34.501 e29.980 kg/ha e 100% de cobertura do solo, respectivamente.

39

Page 38: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 18 - Características de biomassa (kg/ha) e cobertura dosolo de leguminosas, no litoral do Ceará, 1993.

Tratamento Biomassa (kg/ ha)CoberturaNome vulgarNome científicoVerdeSecado solo(%)

Feijão- de-porco

Canavalia ensiformes34.50111.070100Mucuna-preta

Styzolobium aterrinum 29.9805.689100Lab-Iab

Dolichos lab lab20.7803.92075

Feijão-guanduCajanlls cajan12.8305.81075

LeucenaLeucaena lellcocephala--25

Monoculti vo-O

Uma análise a priori da viabilidade econômica datecnologia proposta e a conseqüente rentabilidade para o produtor foiefetuada com base nos resultados esperados. Considerando-se o custode manutenção de lha de cajueiro anão precoce, em torno deUS$ 211.00, mais o custo de US$ 80.00 para aplicação dostratamentos, tem - se o custo total estimado em US$ 291.00.Admitindo-se a expectativa de rendimento em torno de 1.000 kg/ha elevando-se em conta o preço atual da castanha (US$ 0.60/kg), serianecessário, no mínimo, um rendimento de 485kg de castanhas/ha paracobrir as despesas com manutenção e a tecnologia proposta. Esterendimento de castanha permitirá ao produtor obter uma rendalíquida de US$ 309.00/ha.

3.4. Adubação de cajueiro anão precoce

A produtividade do cajueiro vem decrescendo ano aano. Dentre os vários fatores responsáveis por este decIínio pode-sedestacar a baixa fertilidade natural dos solos onde a cultura é

normalmente instalada, agravada pela não reposição dos nutrientesretirados pelas plantas ao longo do tempo, o que está levando aoesgotamento das reservas nutricionais. Este esgotamento gradativo dosolo deve-se a não utilização da adubação na exploração do cajueiro,

40

Page 39: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

onde as poucas recomendações de aduhação existentes não têm orespaldo da pesquisa. Para evitar graves prejuízos na cajucultura,deve-se lançar mão de um programa diciente de adubação, comvistas à reposição da fertilidade do solo e aumento de produtividadeda cultura. Porém, para execução desk programa, necessita-se dedados mais consistentes, tendo em vista que os resultados de pesquisadisponíveis são insuficientes para a elahoração deste programa deadubação. Visando aurt,cntar as informações sohre a adubação docajueiro, este trabalho':lem como ohjetivo avaliar o efeito da aplicaçãode fertilizantes e corretivos sohre o crescimento c produção docajueiro anão precoce.

Este experimento foi instalado em 04/92 na FazendaMarambaia - CIPA, localizada no município de Chorozinho, CE. O

clone utilizado foi o CP 76 propagado por mudas enxertadas, plantadono espaçamento 7m )t: 7m. Está sendo conduzido sob condições desequeiro.

Os tratamentos são os seguintes:

TI _ NOP2K2

T2 _ N1P2K2

T3 _ N2P2K2

T4 _ N3P2K2

TS _ N2POK2

T6 _ N2P1 K2

T7 _ N2P2K2

T8 _ N2P3K2

T9 _ N2P2KO

TIO _ N2P2K1

T 11 _ N2P2K2

T12 _ N2P2K3

---> Efeito de N

---> Efeito de P

--->' Efeito de K

41

Page 40: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

T 14 _ N2P2K2 > Esterco

T 15 _ N2P2K2 > Micronutrientes

T 16 _ N2P2K2 > Calcário + esterco + micronutrientes

Os níveis de nutrientes para o primeiro ano de cajueiroanão são:

g/plantaN

P10SK10

30

603060

1206090

180120

Os micronutrientes (FTE BR-8) foram aplicados naordem de 10 g/planta, o esterco, 5kg e o calcário, 100 g/cova.

o delineamento experimental é axial na N, P e K;blocos ao acaso em quatro repetições e 16 tratamentos, totalizando 922plantas.

Os dados disponíveis até o momento referem-se aocrescimento das plantas, os quais podem ser observados na Tabela 19.

Apesar de não ter sido fcita a análise estatística dosdados, pode-se verificar que praticamente não houve diferença entreos tratamentos para cada época de coleta.

42

Page 41: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

43

Page 42: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

4. MANEJO E TRATOS CULTURAIS

4.1. Recuperação de cajueiros pela substituição de copas

A área plantada com cajueiro comum no Nordeste estáestimada em 713.000 hectares. Os pomares foram formados em suatotalidade usando multiplicação por sementes, o que redundou emplantios desuni formes e de baixa produtividade, além da produção decastanhas e pedúnculos com forma, tamanho e peso variáveis, nemsempre adequados ao mercado.

Com o objetivo de recuperar cajueiros de baixaprodução estudou-se, durante cinco anos (1989/94), a técnica desubstituição de copas via enxertia, em plantas adultas e jovens. Atécnica consistiu na decapitação das copas das plantas atípicas ou debaixa produção e posterior enxertia com materiais superiores, dostipos comum e anão precoce, nas brotações emitidas do tronco, após ocorte dos cajueiros. A melhor época para a realização da enxertia e ocomportamento das plantas quanto ao desenvolvimento e produçãotambém foram avaliados.

Os resultados considerados mais expressivos referem-seao número de plantas mortas após a decapitação, época do corte d.asplantas, número e percentagem de enxertos pegos, número epercentagem de plantas rejuvenescidas c produção de castanha.

a) Número de plantas mortas

Observou-se uma mortalidade de 21 plantas no 12 anoapós a decapitação e posteriormente a morte de mais quatro,totalizando 25 cajueiros, dos 144 decapitados, ou seja, 17,36%. Ascondições de má drenagem de parte da área experimental, a graveinfestação da broca-do-tronco, comprovada em algumas plantas apóso corte, associadas à baixa capacidade de relação de certas plantas ànova situação imposta pelo desequilíbrio provocado pelo corte, foramas principais causas determinantes dessa mortalidade.

44

Page 43: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

b) Época do corte das plantas e da realização das enxertias

Os principais aspectos considerados na definição daépoca de decapitação das plantas, cujas copas serão substituídas, estãorelacionados com o período de emissão das brotações e existência dematerial propagativo (garfos ou borbulhas) apto para a realização daenxertia. Nas condições do litoral do Ceará, o período de maior ofertade garfos concentra-se de maio a setembro, enquanto o de borbulhasocorre de julho a dezembro. Nas avaliações constatou-se que asplantas intensificam a emissão das brotações no 22 e 32 mês. Namaioria das plantas, a brotação, embora inviável, é intensa, ocorrendodurante todo o ano, o que assegura a existência de emissões aptas paraa enxertia, desde que haja oferta de propágulos. Como a emissão dasbrotaçães ocorre de forma intensa e profusa houve necessidade deeliminação do excesso, entre o 22 e 32 mês, para reduzir a competiçãoe infestação de pragas, principalmente a broca e os cupins, e permitirmaior vigor às brotações a serem posteriormente enxertadas. A épocade enxertia está, portanto, mais condicionada à existência de garfose/ou borbulhas de qualidade, ofertadas pelas plantas fornecedoras depropágulos, do que à existência de brotações aptas para a enxertia,nas plantas a serem rejuvenescidas pela substituição de copas. Diantedessas constatações, o período mais indicado para a realização do cortedas plantas está compreendido entre os meses de março a maio,quando o método de enxertia a ser usado for a garfagem à inglesasimples. No entanto, com os avanços conseguidos na melhoria dopercentual de pega, rendimento e redução dos custos do método depropagação por borbulhia, atualmente adota-se esta técnica pararejuvenescer cajueiros pela substituição de copas. Nesse caso, realiza­se a decapitação das plantas no período de abril a agosto, embora seconsidere mais adequado concentrar o período de corte de abril ajulho, em razão do aumento do nível de reservas das plantas,decorrente do maior "status" hídrico do solo. Na maioria das plantasobservou-se que as brotações estavam em condições de enxertia entreo 32 e 4º mês após o corte, quando alcançavam o diâmetro de lcm.No caso de utilização do método de enxertia por garfagem à inglesasimples, o período mais indicado para a realização da enxertia estácompreendido, portanto, entre os meses de junho a setembro,enquanto para o caso da borbulhia, de julho a dezembro.

45

Page 44: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

c) Enxertos realizados e recuperação de plantas

A realização da enxertia está relacionada com aemissão de brotações aptas na planta decapitada e existência depropágulos nos dones fornecedores. Como a emissão de brotaçõesvaria de planta para planta, em intensidade e época, é evidente quenem sempre a enxertia coincide com a maior oferta depropágulos.Isto explica a variação de número de enxertos efetuados em cadaplanta, assim como a dificuldade de realização das enxertias em certasépocas.

De 83 plantas enxertadas com copas de cajueirocomum e anão precoce foram recuperadas 79, o que representa95,18%. Constatou-se também que o número total de plantasrecuperadas pela substituição de copa via enxertia foi de 75, sendo 35com copa do tipo comum e 40 do tipo anão precoce, o querepresentou 90,36%, considerando que foram enxertadas 83 plantas. Onúmero de plan tas vi vas regeneradas foi de 44.

De 378 enxertias realizadas usando-se a copa comumobteve· se um percentual de pegamento de 44,7%. Quando usou -secopa do tipo anão precoce em 464 enxertias realizadas, este percentualalcançou 39%.

Com o uso da borbulhia, este percentual estásuperando os 70%, com a vantagem da redução dos custos, ampliaçãodo período de oferta de propágulos e possibilidade de realização apleno sol.

d) Produção de castanha

Em 1990/91 não ocorreu produção de plantas cujascopas foram substituídas por material comum, o que evidencia a nãoprecocidade dos tipos comuns usados como copa. Nas plantas comcopas do tipo anão precoce, a produção média atingiu 547g, enquantonas plantas submetidas à regeneração natural a produção média/plantaalcançou 44g, indicando a ocorrência de plantas comuns que exibiamprecocidade. As produções registradas em 1991/92 e 1992/93, nos trêstratamentos, mostram que o tipo anão precoce superou os outros doismateriais em mais de 50%. Quanto aos dados de 1993/94, observa-se

que as plantas submetidas à regeneração natural apresentaram

46

Page 45: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

produções superiores às plantas cujas copas foram substituídas pormateriais dos tipos comum e anão precoce. No entanto, avaliando-se aprodução acumulada do período 1990/94, verifica-se que a produçãomédia/planta de copa do tipo anão precoce alcançou 5.542,62g decastanha, na copa comum, 2.685,14g, enquanto no tratamento cujasplantas foram submetidas à regeneração, natural, 3.962,71g decastanhas/planta. Deve-se salientar que as condições climáticasadversas ocorridas nos últimos dois anos no litoral leste motivaramquedas de produções estimadas em 50% c 80%, respectivamente. É dese esperar, portanto, que em anos normais a produção média/plantacom idade de quatro anos supere os 6kg de castanha (Tabela 20).

TABELA 20 • Produção de castanha de cajueiros comum e anãoprecoce, recuperados pela substituição de copas, pormeio da enxertia e por regeneração natural, noperíodo de 1990/94.

Produção de castanha (g)Ano Copa comum

Copa anão precoceRegeneração natural

1990/91

0,00547,15 44,661991/92

934,232.132,55935,591992/93

1.082,401.432,301.802,071993/94

668,511.430,621.802,39

Total

2.685,145.542,623.962,71

Média

671,281.385,65990,67

4.2 Práticas de manejo no cajueiro comum

o cultivo de cajueiro comum no Nordeste ocupaextensas áreas, e na sua formação e condução não foram dispensadosos cuidados necessários, resultando em plantios desuni formes combaixas produções.

47

Page 46: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Há de se considerar que, mesmo nos sistemas decultivos mais racionais, o manejo e tratos culturais são realizados, namaioria das vezes, de forma inadequada, usando tecnologia incipiente,o que se traduz em produtividades inferiores a 4kg de castanha porplanta.

Por estas razões foi desenvolvida esta pesquisa, com oobjetivo de estudar práticas de manejo que possam concorrer para oaumento da produtividade dos cajueirais. O estudo constituiu-se deum experimento, situado na Fazenda Pimenteiras - Grupo Cione,município de Beberibe, CE, com plantas de sete anos de idade. Oexperimento é composto de 720 plantas adultas: 480 plantas úteis e240 plantas de bordadura. Os fatores estudados foram: a) manejo(poda, controle de ervas com herbicidas, adubação NPK e todos emconjunto); b) níveis - 2 (ausência O, presença 1). Foram testados os

seguintes tratamentos: P 1COAO (poda com capina usada 'peloprodutor); POC1AO (controle de ervas com herbicidas); POCOAl(adubação NPK com capina usada pelo produtor); P 1C1AO (poda comcontrole de ervas com herbicidas); P 1COA1 (poda, adubação e capina

usada pelo produtor); POC1A1 (controle de ervas com herbicidas eadubação); e P1C1A1 (poda, controle de ervas com herbicidas eadubação).

No ano agrícola 1992/93, a produção média dasparcelas podadas foi de 13,70kg contra 17,48kg das não podadas. Asparcelas que receberam controle de ervas produziram 17,80kg contra13,34kg . das que não receberam este tratamento. As parcelas quereceberam adubo produziram mais que as não adubadas, salvo quandoo adubo foi associado à poda, parecendo indicar o não aproveitamentodo adubo aplicado. A produção média das parcelas que receberamadubo foi de 16,7kg contra 14,4kg das não adubadas. As parcelaspodadas, mesmo com adubo, tiveram menor produção, ou seja,15,75kg contra 17,79kg onde apenas foi adubada. Quande foramassociados os três fatores, verificou-se maior produção nas parcelasque receberam adubo e controle, 22,5kg contra 21,9kg nas quereceberam apenas controle e 12,76kg nas podadas. De modo geral, apoda inibiu a produção de castanha.

48

Page 47: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

4.3. Sistema radicular do cajueiro

Conforme observações realizadas em plantas adultascultivadas. em solos litorâneos do Ceará e em cerrados do Piauí,determinou-se o padrão de desenvolvimento do sistema radicular docajueiro.

Nas plantas do tipo comum, a raiz pivotante é única,ou com, no máximo, duas bifurcações, de onde são emitidas inúmerasraizes laterais de forma radial em relação à pivotante, geralmentebastante superficiais, ocupando a camada dos primeiros 40cm do solo,com desenvolvimento em extensão acentuado chegando a atingir até15m, ultrapassando assim outras ruas da cultura, o que propicia umaverdadeira rede de raízes ao longo das ruas de cultivo.

No cajueiro do tipo anão precoce, o desenvolvimentodas raízes laterais é semelhante ao do tipo comum, diferindo quanto àcaracterística da raiz pivotante, que sempre se apresenta bifurcada,geralmente ocorrendo de três a cinco bifurcações logo abaixo do colo,das quais são emitidas as raízes laterais, também bastante superficiais.Em ambos os tipos verifica-se ao longo das raízes laterais a emissãode raízes verticais, das quais também são emitidas radículas comfunção absorvente.

Em face dessas características de acentuada

concentração das raízes laterais próximo à superfície do solo, ondemesmo as que são emitidas a maiores profundidades tendem a sedesenvolver em direção à superfície, recomenda-se que as práticas decalagem e adubação de pomares adultos devem ser feitas ao longo dasruas da cultura, e as gradagens, quando necessárias, não podem serprofundas.

Quanto aos estudos do sistema radicular de cajueirosdo tipo anão precoce, cultivados sob regimes de irrigação e desequeiro, observados até o terceiro ano de idade, constatou-setambém, a tendência de bifurcação da raiz pi votante em três ou mais,assim como o desenvolvimento superficial das raízes laterais. Nãohouve diferença quando do uso de um ou dois microaspersores. Nasplantas irrigadas observou - se grande concen tração de raízes terciáriase radicelas na região do bulbo de molhadura. Já nas plantas cultivadasem regime de sequeiro, verifica-se que o sistema radicular explora umvolume de solo bem mais significativo, sem haver tendência deconcentração.

49

Page 48: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Recomenda-se, pois, que em pomares irrigados decajueiro anão precoce deve ser utilizado apenas um microaspersor e oaporte de adubos deve ser feito cobrindo o raio de molhadura domlcroaspersor.

4.4. Adensamento de cajueiro anão precoce

o cultivo adensado de plantas vem sendo praticado háalgum tempo em fruticultura, apresentando resultados satisfatórios.Este sistema de cultivo proporciona rendimentos iniciais elevados,permitindo a recuperação dos investimentos a curto prazo.

Devido às suas características, como porte baixo,precocidade e alto potencial produtivo, o cajueiro anão precoce seprestaria para um programa de cultivo usando o sistema adensado deplantas. O presente trabalho tem como obj eti vo estudar ocomportamento do caj ueiro anão precoce culti vado em sistemaadensado, visando ao aumento do rendimento da cultura e retornomais rápido dos investimentos.

O experimento foi instalado em 03/1991, na EstaçãoExperimental de Pacaj us, pertencente ao CNP A T, localizada nomunicípio de Pacajus, CE. No plantio foram usadas sementes do cloneCCP 76, se meadas diretamente no campo. O trabalho está sendoconduzido sob condições de sequeiro. O delineamento experimentalutilizado é o inteiramente casualizado, com cinco blocos e quatrotratamentos.

Tratamentos:

T 1 - Testemunha - sistema tradicional definitivo não adensado comespaçamento de 8m x 6m (208 plantas/ha).

T 2 - Sistema adensado com espaçamento 3m x 2m (1.666 plantas/ha).Neste tratamento será feita substituição de copa.

Sistema adensado com espaçamento 3mNeste tratamento será feita uma poda

(Hedegerow).

50

x 2m (1.666 plantas/ha).em forma de cerca-viva

Page 49: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

T 4 - Sistema adensado com espaçamento 3m x 2m (1.666 plantas/ha).Neste tratamento serão feitos desbastes sucessivos até que aparcela tome a configuração da usada no sistema definitivo

(T 1)'

As práticas planejadas para as parcelas dos tratamentos

T 2' T3 e T 4 só serão iniciadas quando far constatada uma redução daprodução devido ao adensamento excessivo das plantas no decorrer doexperimento.

Os resultados obtidos até o momento, apresentados aseguir, refletem somente o efeito dos diferentes sistemas de cultivousados no experimento (adensado e não adcnsado) sobre os parâmetrosanalisados, tendo em vista que as práticas previstas para as parcelas dosistema adensado ainda não foram aplicadas.

Os dados obtidos para as medidas de envergadura ealtura encontram-se na Tabela 21. Como pode-se observar, as plantascultivadas em sistema adensado apresentaram maior crescimento doque as plantas do sistema não adensado (tradicional).

TABELA 21 • Média para as variáveis altura e envergadura emcajueiro anão precoce com 14 meses, cultivado emsistema não adensado e adensado, sob condições desequeiro. Pacajus, CE, 1993.

Sistema decultivo

Altura

(em)Envergadura (em)

N/S LlO

Não adensadoAdensado

83

10380

10686

103

Os dados de produção referentes às safras de 1992 e1993 estão apresentados na Tabela 22.

51

Page 50: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 22 o Produção de castanha (nll e peso) de cajueiro anãoprecoce (CCP 76) cultivado em sistema adensado enão adensado, sob condições de sequeiro. Pacajus, CE,1993.

19921993

Sistema de

Número dePesoNúmero dePesocultivo

cast./ha(kg/ha)cast./ ha(kg/ha)

Não adensado

2.18214,864.70928,41Adensado

6.46439,8628.750175,17

Pela observação dos dados da Tabela 22, pode-severificar que a produção das plantas cultivadas em sistema adensadofoi superior àquela das plantas cultivadas em sistema tradicional (nãoadensado), sendo que o incremento na produção (kg/ha) na safra de1992 foi de 168% (25 kg/ha) e na de 1993, de 516% (147 kg/ha).

Durante a safra de 1993 foram feitas determinaçõesfísicas e físico-químicas de pedúnculo c castanha de plantas cultivadasnos dois sistemas de cultivo (Tabelas 23 c 24).

TABELA 23 • Determinações físicas de pedúnculo e castanha decajueiro anão precoce (CCP 76) cultivado em sistemaadensado e não adensado, sob condições de sequeiro.pacajus, CE, 1993.

CastanhaPedúnculo

Sistema de

Diâm. Diâm.

cultivo

PesoComp. Larg.PesoComp. maior menor

(g)

(mm)(mm)(g)(mm)(mm)(mm)

Não adensado

6,4334,9327,3454,80 57,7945,4335,80Adensado

6,9434,78 26,4075,00 64,5647,9136,22

52

Page 51: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 24 - Determinações físico· químicas de pedúnculo ecastanha de cajueiro anão precoce (CCP 76) cultivadoem sistema adensado e não adensado, sob condiçõesde sequeiro. Pacajus, CE, 1993.

Sistema de BrixpHAcidez T.Açú.Red.Vi t. CTaninoRend.*

cultivo

(2)(% a.m.)(%)(mg/100g)(%)ext. (7.)

Não adensado 12,50

4,20,408910,26265,190,3960,00

Adensado

13,084,50,276712,92248,810,3457,36

* Rendimento na extração do suco

Os resultados mostram que praticamente não houvediferenças entre plantas cultivadas nos dois sistemas de cultivo comrelação às características de pedúnculo c castanha, o que demonstraque a qualidade do fruto não se altera quando o cajueiro é cultivadonum espaçamento menor do que o recomendado.

Os dados obtidos até o momento evidenciam as

vantagens do sistema adensado sobre o não adensado nos primeirosanos do cultivo. Estes resultados preliminares mostram que o sistemade cultivo adensado poderá se constituir numa alternativa para aexploração do cajueiro, notadamente nas pequenas propriedades.

Posteriormente será feita a análise econômica dos

resultados para se avaliar a viabilização do sistema de cultivoestudado.

53

Page 52: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

s. PROPAGAÇAO VEGETATIV A

Embora grande progresso tenha sido alcançado nosúltimos anos com as pesquisas em propagação vegetativa do cajueiro ede outras espécies tropicais, novos estudos são necessários no sentido

de gerar conhecimentos e tecnologias alternati vas de propagação paraas diversas espécies agroindustriais de interesse. Assim, o CNP A Tvem intensificando as pesquisas relativas a métodos alternativos depropagação, manejo de mudas, sobretudo relacionados à composiçãode substrato, micorrização, adubação orgânica e mineral,diversificação de porta-enxerto, determinação de parâmetros decrescimento entre outros. Os conhecimentos gerados contribuirão paraaperfeiçoar os atuais sistemas de produção de mudas, aprimorar astécnicas de propagação em campo, além de promover a modernizaçãoda agricultura regional visando à produção de matérias-primas emquantidade e qualidade para suprir as demandas da agroindústria.

5.1. Aspectos morfológicos e fisiológicos na germinação docajueiro

A "castanha semente" do cajueiro é ainda um dos

propágulos mais utilizados na formação de porta- enxerto, em menorescala na implantação de pomares comerciais e nos estudos demelhoramento visando aumentar a variabilidade genética para fins de

programa de seleção e produção de híbridos promissores de cajueiro.Assim, faz-se necessário o conhecimento mais detalhado da

morfologia e da fisiologia de germinação e do estabelecimento da

plântula. Acredita-se que a partir de estudos das mudançasmorfológicas e bioquímicas que ocorrem na semente e na plântula docajueiro, alguns pontos possam ser esclarecidos, a exemplo dalongevidade da castanha, melhor maneira de produzir porta-enxerto,melhor fase de desenvolvimento e local para se fazer o enxerto.

Neste sentido foram conduzidas, em 1993, ações de

pesquisa sobre método de secagem da "castanha semente", metodologiapara determinar a umidade, a curva de embebição, os estágios eindicadores de desenvolvimento e os teores de proteínas e lipídios nas

diferentes fases de germinação. Foram testadas três formas de

54

Page 53: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

secagem: sementes recém-colhidas, sementes secas ao sol e sementessecas à sombra. Observou-se que as sementes recém colhidas tinham oteor de umidade significativamente mais elevado (20,73%), sendo queas sementes secas à sombra não diferiram das secas ao sol, cujaspercentagens de umidade foram 13,05% c 13,70%, respectivamente.

A curva de embebição foi. traçada pelos valorespercentuais da umidade ao longo de 240 horas de germinação. Usou­se como substrato a vermiculita umedecida com água, na proporção de2 para 1 (v:v). A curva apresentou o padrão trifásico da absorção deágua, com etapas bem definidas das fases T, II e TIl da germinação.Do tempo zero até 144 horas, a absorção cresceu rápida esignificativamente em todos os pontos. De 144 horas até 180, pontoem que ocorreram as primeiras emergências de radículas, a absorçãoaumentou lentamente. A partir de 180 horas, a absorção voltou acrescer significativamente.

O processo de germinação e estabelecimento daplântula do cajueiro, quando observado em termos de índice dedesenvolvimento (ID) em função do tempo, resultou em uma curvasigmóide (Fig. 1), típica de qualquer processo de crescimento. Comocaracterística, apresentou um lento desenvolvimento nos primeiros setedias, seguido por uma fase de desenvolvimento mais rápido entre o 72

e o 162 dia após a semeadura, para em seguida voltar a um ritmo tãolento quanto o inicial.

55

Page 54: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

8

7.2

6

.1 >

5Õ >c:• 4•• ,!

-8

3

•u 2.- ~

•..!:1

O

1• 10152025

Tempo

FIG. 1 - Curva do desenvolvimento da plãntula do cajueiro anãoprecoce (Anacardium occidenta/e L.), c10ne CCP 76.

56

Page 55: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

A caracterização físico-química foi representada pelamatéria seca, fresca e teores de proteína e lipídios nos estágios(Tabela 25). Foram avaliados, separadamente, os cotilédones e os eixosembrionários de plântulas desenvolvidas com luz e no escuro.Colocou-se parte do material na estufa a 1050 por 96 horas, paraobtenção de matéria seca, e a outra parte foi liofilizada, moída edesengordurada a frio com hexana. Do material desengordurado foramdeterminados o nitrogênio total pelo método Baethgen & Alley e aproteína pela fórm ula Nx6,25. Nos cotilédones, o peso frescoaumentou significativamente até o estágio 5 na luz e estágio 6 noescuro. O peso seco decresceu continuamente até o estágio 8, mas noescuro o decréscimo foi menos acentuado. No eixo embrionário, opeso seco, a partir do estágio 5, aumentou significativamente e maisrápido na luz que no escuro.

Ao longo dos estágios ocorreu uma ininterruptatransferência de matéria seca para o eixo embrionário, e com ela,lipídios e proteínas; mas quando a plântula desenvolveu-se no escuroessa transferência foi menos intensa.

57

Page 56: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 2S • Pesos fresco e seco e teores de proteína e Iipídios nos estágios da germinaçáo e

desenvolvimento da plântula do cajueiro anáo precoce (Anacardium occidentale L.),do clone CCP 76. Fortaleza, CE, 1993.

Peso fresco (11I)1

Peso seco (mg) 1Proteína (1IQ)1Lipídios (11I)1-- Es-

CotEixoCotEixoCotEixoCotEixo

tá- ---

---- ---gío

LELELELEL

O

2771 22711515 2081 20811313 491,37 491,374,884,88 1108 11083,043,04

2868 2868

2525 2034 20341616 461,19 461,195,315,31 1094 10943,513,51

2

3650 3650245245 2026 20264242 450,00 450,0013,6313,63 1057 10574,354,35

3

3893 3893686686 1852 1852100100 369,13 369,1331,3831,389229229,279,27

4

4521 4521 1641 1641 1837 1837213213 331,13 331,1368,7568,75914914 10,84 10,84

5107 5138 2489 2089 1747 1753

278265 270,06 321,6990,0079,19903912 12,34 11,58

6

5073 5397 2m 25n 1572 1643446401 220,81 275,00 145,25 120,50825906 17,97 16,92

7

4506 5312 5003 5165 1118 1219774590 162,63 182,94 261,94 184,50524n7 24,30 23,36

8

3317 4868 7117 6561638893 122381381,1996,56 426,38 262,06270571 38,65 25,85

1 119 x 6rgio1 i Cot - cotilédonesi Eixo - eixo etIIbrionárioi L - lUZi E - escuro.

58

Page 57: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

5.2. Borbulhia

Os estudos sobre borbulhia viabilizaram técnica e

economicamente a formação de mudas de cajueiro anão precoce, alémda substituição de copa de cajueiros jovens e adultos obtidos desementes. Esta técnica permite recuperar plantas fora dos padrõestecnológicos, assegurando uniformidade e maior produtividade dopomar. Por outro lado, sob condições de campo, alguns fatoresinfluenciam o sucesso da borbulhia. Assim, a época de enxertia, idadee tipo do porta-enxerto, parâmetros de crescimento e diferentes copasvêm sendo estudados pelo CNP ATem parceria com em presas privadase com a Universidade Federal do Ceará - UFC, com vistas aoaprimoramento da borbulhia e redução dos custos de muda, deimplantação e de recuperação de pomares jovens e adultos decajueiro. Neste sentido, alguns ensaios estão sendo conduzidos naEstação Experimental de Pacajus, CE, em áreas de produtores, nosmunicípios de Icaptlí e Maranguape.

Em setembro de 1992, foi instalado um ensaioobjetivando avaliar a borbulhia em cajueiro adulto com seis anos deidade, por meio da substituição de copa. Foram utilizados como copatrês clones de cajueiro comum, selecionados pelo CNP AT /COP AN(Companhia de Produtos Alimentícios do Nordeste) (COPAN BL 30,COPAN BL 52 e COP AN BL 265) e o clone CCP 76 anão precoce,· jáamplamente difundido entre os produtores. Além da compatibilidadeenxerto/porta-enxerto foram testadas cinco épocas de enxertia. Osresultados parciais obtidos (Tabela 26) mostram que os menorespercentuais de pegamento de enxerto foram observados quando aenxertia foi realizada no mês de setembro (67,8%) sendo que o cloneCOPAN BL 265 apresentou o menor valor, 59,7%, enquanto osmaiores percentuais foram conseguidos com a enxertia realizada nomês de janeiro, cujos valores variaram entre 95,2% (done COP AN BL265) e 100,0% (COPAN BL 30) e com média de 97,3%.

Ressalta-se que o número médio de enxerto realizadopor planta variou de 3,2 (outubro/92) a 3,8 (novembro/92). O menorvalor foi obtido com o clone copa COPAN BL 265, cuja média deenxerto por planta foi de 2,9 no mês de outubro e o maior número4,1 com o clone copa CCP 76 no mês de setembro/92 (Tabela 27).

59

Page 58: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 26 • Borbulhia no cajueiro adulto • percentuais depegamento de enxerto em função do clone (copa) e daépoca de enxertia. Fazenda Olho d'Água, Icapuí, CE,CNPAT/COPAN, 1993.

Épocas de enxertiaClone (copa) set/92

out/92nov/92dez/92jan/93

COPAN BL 30

75,591,193,182,5100,0COPAN BL 52

62,374,582,886,297,3COPAN BL 265

59,774,394,177,495,2CCP 76

73,880,083,995,296,7

Média

67,880,088,585,497,3

TABELA 27 • Borbulhia no cajueiro adulto • média de enxertorealizado por planta em função do clone copa e daépoca de enxertia. Fazenda Olho d'Água, Icapuí, CE,CNPAT/COPAN, 1993.

Épocas de enxertiaClone (copa) set/92

out/92nov/92dez/92jan/93--COPAN BL 303,53,23,63,63,3

COPAN BL 523,33,44,33,43,5

COPAN BL 2653,92,93,23,33,9

CCP 764,13,43,93,93,8

Média

3,73,23,83,63,6

60

Page 59: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Número de plantas com copas recuperadas,en vergadura N -S e L -O e prod ução de castanha e de ped únculo serãocoletados visando avaliar o efeito da borbulhia sobre a recuperação daplanta, conformação da copa e produção.

Outro ensaio sobre enxertia do cajueiro vem sendorealizado visando estudar a borbulhia sob condições de campo emfunção do tipo e da idade do porta-enxerto. O ensaio está sendoconduzido pelo CNPAT/COPAN, no município de Maranguape, CE,desde junho de 1993. Estão sendo avaliados como porta-enxerto osdanes CCP 06 (anão-precoce) e o COPAN BL 221 (cajueiro-comum)e oito idades de enxertia. O delineamento utilizado foi inteiramenteao acaso, com quatro repetições, três sementes por cova e quatrocovas por parcela.

Na Tabela 28 encontram-se os resultados degerminação em função do clone. Os dados médios demonstram maiorgerminação (G = 1.31) do dane CCP 06, um dos mais utilizadosatualmente como porta-enxerto na formação de mudas de cajueiro emviveiros comerciais. Ressalta-se a importância da avaliação dagerminação da "castanha semente" de cajueiro em campo com vistas adeterminar o número de sementes por cova em face dos diversosfatores que influenciam este processo e custo deste insumo naformação do porta - enxerto para a realização da borbulhia em campo.

TABELA 28 - Borbulhia no cajueiro em função do tipo e da idadedo porta-enxerto. Número de castanha (NC) semeadapor cova e germinação em campo. Maranguape, CE,1993.

Porta - enxerto NC/covaNúmero deGerminação1observações

(g)

CCP 06

031101,31 aCOPAN BL 221

03991,19 b

CV%

--28,55

1 Dados médios trasnformados em are sen x/3

61

Page 60: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 29 • Borbulhia no cajueiro em função do tipo e da idadedo porta- enxerto. Diâmetro do caule (DC), altura daplanta (A), número de plantas enxertadas (NPE) eíndice de pegamento de enxerto (IPE). Maranguape,CE, 1993.

DCANPE IPEPorta -enxerto (em)

(em) 60 dias1

CCP 06

0,16 a20,15 a1,68 a1,29 aCOPAN BL 221

0,15 a29,04 a1,61 b1,09 b

Idade do porta enxerto2 11 = 46 dias

0,54 b12,55 c1,54 a1,16 a

12 = 78 dias

0,64 c15,34 c1,65 a1,29 a

13 = 108 dias

0,93 cb30,07 b1,65 a1,19 a

14 = 137 dias

0,99 cb30,00 b1,67 a1,26 a

15 = 170 dias

1,03 cb33,92 b1,66 a0,96 a

16 = 199 dias

1,06 cb37,60 b1,64 a1,32 a

17 = 235 dias

1,28 cb50,60 a1,67 a1,14 a

18 = 261 dias

5,90 a17,07 c1,79 a1,19 a

CV%

44,7629,5614,0348,20

1 60 dias após a enxerl ia.

2 Dias a partir da semeadura.Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si pelo teste deTukey (5%).

Conforme se observa na Tabela 29, o porta-enxertoCCP 06 mostrou-se superior ao COPAN BL 221 no que se relacionaao número de plantas enxertadas (NPE = 1,29) e índice de pegamentode enxerto (IPE = 1,29). Já para diâmetro do caule e altura de planta,os porta-enxertos não diferiram entre si. Com relação à idade deenxertia, apenas as variações DC e A mostraram -se estatisticamente

62

Page 61: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

diferentes entre si. O maior De (5,90cm) foi observado aos 261 diasapós a semeadura e a maior altura das plantas (50,60cm) aos 235 diasde idade. Observa-se que já a partir dos 46 dias de idade (Tabela 29)os porta-enxertos atingiram o diâmetro de enxertia (O,56cm),resultado este semelhante ao que se consegue quando o porta-enxertoé formado em viveiro, onde aos 50 dias após a semeadura atingediâmetro entre 0,45cm e 0,50cm.

5.3. Efeitos da adubação na formação de mudas de cajueiro- anão­precoce

Visando eliminar a incidência de informações sobre ouso eficiente de adubos na formação de mudas de cajueiro,realizaram-se quatro ensaios p","'a avaliar os efeitos da adubaçãoorgânica e mineral, bem como da inoculação de fungosmicorrízicosarbusculares (FMA) sobre o desenvolvimento de mudas doporta- enxerto CCP 06 de caj ueiro anão precoce. Os ensaios foramconduzidos em casa de vegetação localizada no Campus do Piei, daUFC, por alunos do curso de pós-graduação em Agronomia, área deconcentração em solos e nutrição de plantas, com a colaboração daEMBRAP AI CNP AT.

O experimento I, com 16 tratamentos e cincorepetições, teve duração de 60 dias. Foram testadas 14 espécies defungos micorrízicos arbusculares (Tabela 30) em substrato (S)constituído de Areia Quartzosa e Latossolo Vermelho-Amarelo, naproporção 2:1.

No experimento lI, com 11 tratamentos e ClDCO

repetições, foram testadas cinco dosagens de húmus de minhoca comoadubação orgânica. Além do substrato (S), foi usado o substrato (SE),recomendado pela EMBRAPA/CNPA T para formação de mudas decajueiro anão precoce. As plantas foram inoculadas com o fungoGlomus macrocarpum (Tu!. & Tu!.), selecionado no experimento I.Foram avaliados os parâmetros altura de plantas, diâmetro do caule,peso da matéria seca da parte aérea, colonização radicular, teores defósforo e nitrogênio da parte aérea e área foliar (Tabela 31).

63

Page 62: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

A inoculação com o fungo Glomus macrocarpum nãoproporcionou nenhum benefício no incremento dos parâmetrosanalisados, já que não houve efeito micorrízico entre o fungo e aplanta. O húmus de minhoca, pelos incrementos observados nosparâmetros analisados, revelou-se como boa alternativa na produçãode mudas de cajueiro anão precoce.

o substrato (SE), recomendado pelaEMBRAPA/CNPAT, mostrou-se superior ao substrato (S) somentenos tratamentos que não receberam dosagem de húmus, sendo inferiorcom relação aos parâmetros analisados nos tratamentos que receberama dosagem máxima de húmus (200g por quilograma de substrato).

64

Page 63: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 30 - Relação dos fungos testados no experimento I,pertencentes ao banco de inóculo do Setor deMicrobiologia de Solos do Departamento de Solos daUFC. Fortaleza, 1993.

FMA (1) -

FMA (2) -

FMA (11) -

FMA (8) ­

FMA (9) ­

FMA (10) -

FMA (3) ­

FMA (4) ­

FMA (5) ­

FMA (6) ­

FMA (7) -

Glomus simlOsum (Gerdemann & Bakshi) Almeida &Schenck (isolamento 1)

Scutellispora heterogama (Nicol. & Gerd.) Walker &Sanders (isolamento 1)

Glomus macrocarpum (Tul. & Tul.)

Scutellispora sp.

Glomus versiforme (Karsten) Berch

Glomus sp. (esporas em raízes)

Glomus sinuosum (Gerdemann & Bakshi) Almeida &Schenck (isolamento 2)

Gigaspora margarita Becker & Hall

Acaulospora laevis Gerdemann & Trappe

Glomus sinuosum (Gerdemann & Bakshi) Almeida &Schenck (isolamento 3)

Scutellispora heterogama (Nicol. & Gerd.) Walker &Sanders (isolamento 2)

FMA (12) - Glomus fasciculatum (Thaxter) Gerd. & Trappeemendo Walker & Koske

FMA (13) - Glomus mossae (Nicol. & Gerd.) Gerdemann &Trappe

FMA (14) - Glomus sp. (esporos em cachos)

65

Page 64: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 31 . Altura das plantas, diâmetro do caule, peso da matériaseca da parte aérea, teor de N e teor de P da parteaérea e área foliar do experimento 11, média de cincorepetições. Fortaleza, 1993.--Altura

Diâm.Tratamentos

dasdoPesoTeorTeorÁrea

plantas

caulesecode Nde Pfoliar(cm)

(cm)(g)(%)(%)(dm2)

T1

19.10a0.59 ab4.26 ab1.502 ab0.094 ab 4,12 a

T2

17,50 a0.57 ab3.97 a1.146 a0.088 ab 4.09 a

T3

18.00 a0,60 ab4.19 ab1.138 a0.090 ab 4.15 a

T4

18,20 a0,49 a4.23 ab1.608 b0.079 a4,28 a

T5

19,50 a0.58 ab4,91 ab1.582 c0.088 ab 5.11 abc

T6

18.20 a0.59 ab5.32 ab1.704 b0,107 ab 5,80 abc

T7

19,80 a0.58 ab5.02 ab[,670 b0.098 ab 5.10 abc

T8

19.00 a0.58 ab4.66 ab1.884 bc0.113 ab 4,93 ab

T9

19,90 a0.59 ab4.81 ab1.868 bc0.126 b5,14 abc

TlO

21.90 a0.66 ab5.77 b2.092 c0.173 c6,74 c

TU

19,60 a0.68 b5.29 ab2.146 c0.202 c6,39 bc

CV

11,8812,9010.2910.2117.4116,11

• Tratamentos seguidos da mesma letra náo diferem entre si ao nível de 5% de

probabilidade pelo teste de Tukey.

TI - substrato (SE), natural. ii..a.. - FMA'"

T2 - substrato (S), pasteurizado, fI.a .. - FMA

T3 - substrato (S), pasteurizado. fI.a., + FMA'

T4 - substrato (S), pasteurizado, 50 g/kg (S) - FMA

TS - substrato (5), pasteurizado. 50 g/kg (5) + FMA

T6 - substrato (5), pasteurizado, 100 g/kg (S) - FMA

T7 - substrato (5), pasteurizado, 100 g/kg (5) + FMA

T8 - substrato (S), pasteurizado, 150 g/kg (5) - FMA

T9 - substrato (5), pasteurizado. 150 g/kg (5) + FMA

TIO - substrato (5), pasteurizado, 200 g/kg (5) - FMA

T 11 - substrato (5), pasteurizado. 200, g/kg (5) + FMA50 g/kh (S) a 200 g/ks (5) dosagens de húmus de minhoca aplicados.ii.a. - substrato náo adubado com húmus.

- FMA = não inoculado; + FMA = inoculado.

66

Page 65: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

No experimento IH, com nove tratamentos e cincorepetições e uma duração de 60 dias, foram testadas sete espécies defungos micorrízicos arbusculares, tendo sido utilizado um substrato (S)constituído de uma mistura de Areia Quartzosa e Latossolo Vermelho­Amarelo na proporção de 2:1, com 2 mg/kg de fósforo e pH 5,10. Asplantas receberam adubação mineral com solução de Hewitt, isenta defósforo. Os resultados desse experimento encontram -se na Tabela 32.No experimento IV, com 12 tratamentos c cinco repetições e umaadubação de 50 dias, utilizou-se, além do substralo (5), um substrato(SE) recomendado pela EMBRAPA/CNPAT para a formação demudas, constituído de uma mistura de Arcia Quartzosa e Vertissolo,na proporção de 2:1, com 26 mg/kg de fósforo de pH 5,3. As plantasforam inoculadas com o fungo micorrízico arbuscular Glomusmacrocarpum Tulasne & Tulasne, previamente selecionado. Fez-se aincubação do substrato (5) com o objetivo de elevar o pH para a faixaentre 6,5 e 6,8, ideal para o crescimento do fungo, bem como elevaros níveis de cálcio e magnésio. Os tratamentos receberam umaadubação básica de 60 ml!kg de potássio na forma de doreto depotássio e 50 mg/kg de nitrogênio na forma de uréia, baseada naanálise química do substrato (S). Como fonte de fósforo solúvelempregou-se o superfosfato triplo nas dosagens de 30, 40, 90 e 120mg/kg. O substrato controle (SE) foi adubado com 1,5g desuperfosfato triplo e 1,2g de cloreto de potássio, por quilograma desubstrato. Avaliaram -se os seguintes parâmetros: altura das plantas,diâmetro do caule, número de folhas, área foliar, matéria seca daparte aérea, conteúdo de fósforo da parte aérea e percentagem decolonização radicular.

A inoculação das plantas com os fungos micorrízicosarbusculares e a adubação fosfatada não proporcionaram efeitosestatisticamente significativos no desenvolvimento das mudas nos doisexperimentos. O substrato (SE), embora dotado de boa fertilidadenatural, não se mostrou superior ao subslralo (S) utilizado no presentetrabalho (Tabela 33).

67

Page 66: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 32 . Altura das plantas, diâmetro do caule, matéria seca daparte aérea e colonização radicular das plantas doexperimento I, média de cinco repetições. Fortaleza,1993.

Altura

MatériaDiâmetroda

seca dadoColonizaçãoplanta

parte aéreado cauleradicular(em)

(g)(mm)(are sen %)

T 1 Substrato (S) .••

3,70 a6,3 a34,44 abcNatural 20,20 a

Não inoculado

T2 Substrato (S)

NihilPasteurizado 21,60 a 3,12 a5,7 a

Não inoculado

T3 Substrato (S)

Pasteurizado 23,80 a3,59 a5,8 a36,12 abc

Inoculado (FMA)1

T 4 Substrato (S)

Pasteurizado 19,80 a3,62 a5,7 a40,99 a

Inoculado (FMA)2

T5 Substrato (S)

4,01 a6,0 a28,88 bcPasteurizado 24,10 a

Inoculado (FMA)3

T 6 Substrato (S)

3,50 a5,5 a32,24 abcPasteurizado 22,20 a

Inoculado (FMA)4

T7 Substrato (S)

3,79 a6,0 a38,01 abcPasteurizado 23,40 a

Inoculado (FMA)5

68

Page 67: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 32 - Continuação.

Altura

MatériaDiâmetroda

seca dadoColonizaçãoplanta

parte aéreado cauleradicular

(cm)(g)(mm)(arc sen %)

T8 Substrato (S)

17,30 dcPasteurizado 23,20 a 3,52 a5,6 a

Inoculado (FMA)6

T9 Substrato (S)

27,34 cbPasteurizado 23,20 a 3,68 a5,4 a

Inoculado (FMA) 7

CV(%)

14,4621,5710,5816,13

FMAl - Glomus sinuosum Almeida & Schenck. isolamento 1.

FMA2 - Scutellispora heterogma (Nicolson & Gerdemann ) Wlaker & Sanders.

FMA3 - Glomus macrocarpum (Tuslane & Tuslane).

FMA4 - Scutellispora sp.

FMA5 - Glomus versiforme (Karsten) Berch.

FMA6 - Glomus sp (esporos em raízes).FMA 7 - Glomus sinuosum Almeida & Schenck, isolamento 2.

• Tratamentos seguidos da mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de

probabilidade.

69

Page 68: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 33 • Altura da planta, diâmetro do caule, número de folhase área foliar da parte aérea, matéria seca da parteaérea, conteúdo do fósforo, infecção radicular dasplantas, média de 5 repetições. Fortaleza, 1993.

Altura

(ca)

Diâmetro

do caule

(M)

Número

de

foLhas

Área

faL ;ar

(dm2)

Matéria

seca

(9)

Conteúdo

P

(%) **

CoLonizaçãoradicuLar**are sen %

T1 (SE, NP, SC, A, Nl)

21,00 11 6,81 11 12,80 a 4,67 a 4,89 abc 2,00 abcd* NihiL

T2 (S, NP, SC, NA, Nl)

20,00 a 6,82 a 13,20a 5,02 11 5,78 abc 1,37 de NihiL

T3 (S, NP, SC, NA, I)

22,10 a 7,23 a 11,60 11 5,46 11 6,29 a 1,23 e 20,20 a

T4 (s, P, CC, NA, I)

22,90 11 6,96 11 12,80 a 5,13 a 6,09 ab 1,43 de 17,20 ab

T5 (s, P, sc, A)

19,00 a 6,22 a 13,10 11 4,58 a 4,77 bc 1,51 de 12,60 cb

T6 (5, P, sc, NA, 1)

21,50 a 6,81 11 12,2011 4,77 a 5,79 abc 1,46 de 7,60 c

T7 (s, P, CC, A, -P, Nl)

19,10a 6,75 a 11,80a 4,35 a 4,92 abc 1,66 cde

T8 (s, P, cc, A, -P, 1)

19,00 a 6,94 a 11,60 a 4,43 a 5,08 abc 1,42 de

T9 (s, P, CC, A, P1, 1)

20,50 a 7,24 a 12,20 a 4,90 11 5,72 abc 1,72 bcde

T10 (s, P, CC, A, P2, I)

19,70 a 7,10 a 11,60 a 4,81 a 5,47 abc 2,23 a

70

NihiL

NihiL

14,40 ab

19,00 ab

Page 69: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 33 - Continuação.

---Diâmetro

NúmeroÁreaMatériaConteúdoColonizaçãoAltura

do cauledefoliarsecaPradicular**

(em)

(mm)folhas(dm2)(9)(%) **are Sen %

T11 (S, P, CC, A, P3, 1)

21,50 a

7,55 li14,20 a5,63 li5,77 abe2,41 a15,20 ab

T12 (S, P, cc, A, P4, 1)

20,10 a

7,38 a12,40 a4,82 a4,64 c2,64 a15,80 ab

CV%

10,327,6213,5514,9412,1118,0021,33

• Tratamentos seguidos da mesma letra não diferem enstre si ao nível de 5% de

probabilidade .

•• Parâmetros transformados onde y = arc sen x. onde x corresponde ao conteúdo de

fósforo na parte aérea e a infecção radicular expressos em percentagem.

S - substrato

A - adubado

NA - não adubado

SE - substrato controle

P - pasteurizado

NP - não pasteurizado

CC - com calagemNI - não inoculado

- P - sem fósforo

PI - 30 mg/kg de P

P2 - 60 mg/kg de P

P3 - 90 mg/kg de P

P4 - 120 mg/kg de P

se - sem calagemI - inoculado

71

Page 70: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

6. ENTOMOLOGIA

No Nordeste brasileiro o ano de 1993 caracterizou-se

pela baixa precipitação, ocasionando várias implicações para aagricultura regional. No caso do cajueiro, no que se refere às pragasesse período pode ser considerado atípico. As pragas consideradas deimportância econômica como a broca-das-pontas do cajueiro,Anthistarcha binocularis;. traça - das- castanhas, Anacampsis sp.; pulgão­da-inflorescência do cajueiro, Aphis gossypii; tripes-da-cinta­vermelha, Selenotltrips rubrocinc/us; os desfolhadores (lagartasCicinnus callipius, Thagona sp., Cerodirphia rubripes, Eaclesimperialis magnifica, Megalopyge lana/a, o besouro vermelho,Crimissa cruralis apresentaram baixa população, com apenas focosesporádicos e localizados. Por ou tro lado, as condições climáticas,associadas às práticas agronômicas inadequadas, proporcionaram umsurto das brocas do gênero Marshallills em várias fazendas dos estadosdo Ceará, Pará e Rio Grande do Norte.

O proscopiídeo mané-magro, S/iphra robusta tambémocorreu em altas populações em áreas isoladas, principalmente nosestados do Ceará e Rio Grande do Norte, causando desfolharnento de100%.

O desenvolvimento de um manejo para as principaispragas do cajueiro em 1993 teve seus resultados em parteprejudicados pela seca, com a conseqüente ausência de pragas.Todavia, desenvolveu - se e testou - se uma metodologia para avaliar afenologia da planta. Neste primeiro ano, verificou-se que o parâmetrofloração se adequa às necessidades de manejo integrado.

6.1. Biologia das principais pragas do cajueiro

O cajueiro, Anacardium occidentale L., é atacado poruma centena de artrópodes fitófagos, sendo, no entanto, cerca de 20de importância econômica. Destes, apenas dois, Eacles imperialismagnifica Walker e Aleurodicus cocois (Curtis), tiveram sua biologiaestudada na íntegra. Os resultados deste projeto revelaram os seguintesperíodos, em dias, para Thagolla sp.: ovo - 5, larva - 18,34 - 24,51,pupa - 5,97, pré-oviposição - 3,32, número de ovos por fêmea ­133,58, longevidade dos adultos - 6,36 - 7,05; para Cerodirpharubripes (Draudt): ovo - 14,95, larva - 46,46 - 58,46, pré-pupa -

72

Page 71: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

11,18 - 12,0, pupa - 25,64 • 26,08, pré-ovoposição - 3,5, número deovos por fêmea - 275,08, longevidade dos adultos - 8,85 - 9,64; paraAnthistarcha binocularis Meyrick foi apenas possível fazer a biologia

parcial, sendo o período larval de 33,6, pupa - 0,7, longevidade dosadultos 6,5 dias para insetos criados em partes da inflorescência e35,5, 10,0, 6,3 dias para período larval, pupa e longevidade,respectivamente, em insetos criados em inflorcscências inteiras.

6.2, Influência de níveis de desfolha e retirada de panículas naprodudvidade do cajueiro enxertado

Verificou-se o efeito de níveis e épocas de desfolhaem cajueiro anão, Anacardium occidentale L. Foram simulados ataquesde insetos mediante desfolhas artificiais c arranquio das folhas. Osdados de seis experimentos indicam que o cajueiro pode sofrerredução na sua área foliar até 60% no período vegetativo, 40% noperíodo de frutificação e 20% quando a desfolha efetua-se nos dois

períodos (vegetativo e reprodução), sem haver perdas significativas naprodutividade. Pode também perder todas as folhas após o primeiropico de produção, sem haver redução na produtividade.

O cajueiro, Anacardium occidentale L., é atacado porcerca de 100 artrópodes fitófagos. Vários são responsáveis por danosàs estruturas de frutificação. Os estudos efetuados para verificar oreflexo da despaniculação artificial, como método para simular o danode praga, na produtividade do cajueiro, mostraram que trêsdespaniculações de 10% já foram suficientes para causar uma reduçãode 29,27% na produtividade do cajueiro anão.

6.3, Efeitos de produtos seletivos no controle das pragas do cajueiro

O objetivo deste trabalho é comparar a eficiência deprodutos seletivos de diferentes grupos (fosforados, carbamatos epiretróides) com produtos biológicos, determinando suas dosagens efreqüência de aplicações para uma futura incorporação em um sistemade manejo integrado de pragas.

Os principais resultados obtidos serão relatados asegUlr:

a) Controle químico do pulgão-da-inflorescência do cajueiro comprod u tos se\eti vos

73

Page 72: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Na Tabela 34 apresenta-se a flutuação da população dopulgão-da-inflorescência Aphis gossypii c do predador Scymnus sp.quando usados diferentes defensivos. Pode ser observado que no iníciodo ensaio a população do pulgão estava alta, continuando a crescerpor duas semanas e decrescendo em seguida. O predador apresentoucomportamento semelhante. A redução na população do predadorpode ter ocorrido em funç.ão da ação dos defensivos, falta de alimentoou associação destes dois fatores.

TABELA 34 - Flutuação da população do pulgão-da-inflorescência edo

predadorScymnusquandousadosdiferentesdefensivos. Pacajus, CE, 1992.

Dias apósTratamentos

li pulv.l/2i pulv.1/31 pulv.l/CP21 3

71337143713

1. Testemunha

p3/53.162,S59.462.550.0 40.621.921,96,36,3541

9,021.028.015.011.0 15.01.03,01,00,02. Dimetoato

P50,056,346.959.443.8 34,46,30,00,00,05

6,08,016.06.014.0 13.02.00,00,00,0

3. Triazofós

P59.440,640,656.328.1 25.018.812,5 12,56,3

53.05,03,01.00,05.08,02,05,05,0

4. Vamidotion

P53.153.153.159,434,4 31.315.66,30,00,0

53,09,09.012.07.012.07.03,02,00,0

5. Tiometon

P50,040.643,837,56.36.33.10,00,00,0

S

3.04.04,03.02,04,00,00,00,00,0

6. Fosfamidon

P59.421.915.621.90.00,00,00,00,00,0

S

2,00.02.01.00.00.00,01,00,00,0

Data da amostragem

20/7241728173/87/811/818/821/825/831/8

1/ Pulverização

2/ Contagem prévia antes da pulverização31 Nesta linha encontram-se as contagens para pulgão4/ Nesta linha encontram-se as contagens para .§fymnus

74

Page 73: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Estatisticamente, somente o fosfamidon e o tiometondiferiram da testemunha. Todavia, o inseticida fosfamidon apresentouuma eficiência acima de 80% neste trabalho, mostrando - se, noentanto, tóxico ao predador Scymnlls sp. Por outro lado, os produtosmoderadamente tóxicos (mortalidade de 31% a 50%) e o vamidotionforem considerados inofensivos (mortalidade de 0% a 10%) aopredador (Tabela 35).

b) Controle de pragas no período de floração e frutificação docajueiro

Dos treze produtos testados, deí' foram eficientes nocontrole do tripes, Selenothrips rubrocillctllS nas condições em que foirealizado o ensaio. Os inseticidas fcnthion, fenvalerate, fenitrothion,carbaryl, cyfluthrin, metamidophos, dimctoato, triazofós,apresentaram eficiência acima de 94% no controle de S. rubrocinctus(Tabela 36). No controle do pulgão, os produtos dimetoato efenitrothion mostraram -se eficientes. Entretanto, apesar de outrosprodutos testados não controlarem A. gossypii em cajueiro, apenasdeltamethrin (Decis 25 CE) causou aumento na população do pulgão­da-inflorescência do cajueiro. Os graus de infestação referentes aotripes e pulgão estão resumidos na Tabela 37.

c) Efeito de phosphamidon e dimetoato na população do pulgão-da­inflorescência do caj ueiro

Phosphamidon, utilizado na dosagem de 223,Og deingrediente ativo por hectare, e dimetoato, nas dosagens trações:89,32g; 178,60g; 267,80g; e 446,50g de ingrediente ativo por hectare,foram eficientes no controle de Aphis gossypii em cajueiro,utilizando-se um volume de calda de 203 Ilha. Os produtos testadosmostraram-se eficientes após 3, 7 e 10 dias após a pulverização(Tabela 38 e 39).

d) Efeito de phosphamiJon e metamidophos na população de Aphisgossypii em cajueiro

Phosphamidon, usado na dosagem de 360,80g deingrediente ativo por hectare, e metamidophos nas dosagens: 216,48g;432,96g; 649,44g; e 1.082,40g do ingrediente ativo por hectare, foram

75

Page 74: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

eficientes no controle de Aphis gossypii em cajueiro, com um volumede calda de 328 Ilha (Tabela 40 e 41).

e) Eficiência de inseticidas no controle da mosca-branca do cajueiro,A/eurodicus cocois (Curtis, 1846).

Na Tabela 42 são apresentadas as flutuações dapopulação de A. cocois em cajueiros quando pulverizados comdiazinon, acephate, fenvalerale, metam idophos e fenitrothion.Observa-se que no início do experimento todos os cajueirosapresentavam 100% de infestação (contagem prévia). Após estaamostragem foi realizada a pulverização. Ouatorze dias após aprimeira aplicação dos produtos, o decréscimo da população do insetonão foi significativo. A partir da segunda pulverização apenas ofenitrothion diferiu da testem unha; na terceira pulverização odiazinon, fenvalerate e fenitrothion diferiram estatisticamente datestemunha. Todavia, apenas o fenvaleratc e o fenitrothionapresentaram eficiência acima de 80% (Tabela 43).

Com base nos resultados obtidos nos experimentoscitados (itens 5.1. a 5.5.) conclui -se que:

- os inseticidas vamidotion, triazophos, dimetoato c tiometon podemser usados em programas de manejo de pulgão- da- inflorescência docajueiro, A. gossypii na presença do predador Scymnus sp ..Todavia, o fosfamidon somente deverá ser usado em situação emque o predador não esteja presente;

- os inseticidas fenthion (211g do i.a./ha), fenvalerate (50g doi.a./ha), fenitrothion (316g do i.a./ha), carbaryl (572g do i.a./ha),cyfluthrin (84g do i.a./ha), fenitrothion (316g do i.a./ha),metamidophos (379g do i.a./ha), dimetoato (169g do i.a./ha) etriazofós (169g do i.a./ha) apresentaram eficiência acima de 80% nocontrole de S. rubrocinctus; e

- dentre os produtos testados no controle de A. cocois (mosca branca),diazinon (423g de i.a./ha), fenvalerate (79g de i.a./ha) efenitrothion (881g do La./ha) apresentaram eficiência superior a71,43%.

76

Page 75: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 35 • Efeito de diferentes defensivos sobre o pulgão- da-inrlorescência, Aphis gossypii

Glover e do predador Scym/llls sp., e ocorrência de 'meIa', Pacajus, CE, 1992.

Pulgão Scymus

Trataentos cpll

Médi a2/%E31"Mela"41I. RM51cp11Média21% RÓIkg/ha

1. Testell'lJnha

53,136,8 a71--58,8 a71--910,6 a71--945 a71

2. DillletOllto

50,027,4 a2151,3 a1366,7 ab 43805 a

3. Triazofós

59,426,7 ab3532,5 ab4533,8 abc29822 a

4. Vamidotion

53,128,1 a2446,3 a2136,8 ab O879 a

5. TiOlleton

50,015,3 bc5618,1 bc6931,9 bc43984 a

6. Fosfalidon

59,46,6c84 10,6c82 20,4 100739 a

cvm

--34,7 --35,6 ---41,4 --32,7

11 Contagel prévia, ou seja, a infestação antes da pulverização.

21 Média das observa~s feitas durante o transcorrer do ensaio após a pulverizaçlio.

31 Percentagell de eficiência baseada na infestaçlio média.

41 Percentagell de panlculas COlll ".ela".

51 Percentagell de redução da "Iltla" em re lação 11 testellunna.

61 Percentage~ de redução de Scymnus em relação a testellUnha, 3 dias após a primeira pulverização.

71 As llédias, na coluna, seguidas da mesma letra nlia diferiram estatisticalllente, entre si, ao nível de 5% de

probabil idade pe lo teste de Tukey.

77

Page 76: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 36 - Eficiênci~ de diferentes produtos no controle dotripes, Selenothrips ruborcinctl/s. Icapuí, CE, 1992.

Tratamentos

1. Testemunha (sem controle)2. Fenthion (Lebaycid 500 CE)3. Deltamethrin (Decis 25 CE)4. Fenvalerate (Belmark 75 CE)5. Fenitrothion (Sumithion 500 CE)6. Bacillus thuringiensis (Dipel PM)7. Carbaryl (Sevin 850 PM)8. Cyfluthrin (Baytroid 50 CE)9. Fenitrothion (Agrifenil 500 CE)

10. Metamidophos (Stron 600 CE)11. Carbaryl (Agrivin 850 PM)12. Dimetoato (Agritoato 400 CE)13. Triazofós (Hostathion 400 BR)14. Tiometon (Ekatin 250 CE)

11 Grama do ingrediente ativo por hectare.

21 Treze dias após a pulverização.

78

g.i./ha11

211,002,00

50,00316,00

7,38572,0084,00

316,00379,00572,00169,00169,0079,00

13 DAP21

0,0095,0032,00

100,0094,5019,53

100,00100,00100,00100,00100,00100,00100,0039,00

Page 77: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 37 • Grau de infestaçáo apresentado pelo tripes e pulgão em cajueiro tratado comdiferentes defensivos. Icapuí, CE, 1992.

Tripes

Pulgão-- 13 DA3/13 DA3/13 DA3/ 13 DA3/ 13 DA3/

TrataaentO$

g. i./ha1/ cp2/11PCP11P21P31P41P

28/08

16/0928/0816/0930/0914/1029/10

1. TesteMunha(sen controle)

-39,0623,443,131,5615,6317,1217,19 a'04/

2. Fenthion (Lebaycid 500 CE)

211,00 53,131,561,564,6934,3831,2540,63 a

3. Deltalethrin (Decis 25 CE)

2,00 42,1917,193,133,1315,6345,3112,50 bcd

4. Fenvalerate (~llll8rk 75 CE)

50,00 56,250,003,130,006,2515,6317,19 ab

5. Fenitrothion (Sumithion 500 CE)

316,00 51,561,560,003,131,5612,5017,19 ab

6. Bacillus thuringiensis (Dipel PH)

7,38 45,3121,881,563,137,8121,881,56cd

7. earbaryl (Sevin 850 PH)

572,00 40,630,000,000,001,5614,0626,56 ab

8. Cyfluthrin (Baytroid 50 CE)

84,00 50,000,000,004,699,3820,3123,44 ab

9. Fenitrothion (Agrifenil 500 CE)

316,00 51,560,000,000,004,697,810,00d

10. Meta.idophos (Stron 600 CE)

379,00 56,250,000,001,560,001,5112,50 bcd

11. Carbaryl (Agrivin 850 PH)

572,00 53,130,001,564,699,3818,750,00d

12. Di.toato (Agritoato 400 CE)

169,00 43,750,001,560,003,130,0023,44 ab

13. Triazofós (Hostathion 400 aR)

169,00 51,560,000,006,2528,1332,816,25 bcd

14. TiOleton (Ekatin 250 CE)

79,00 34,3812,503,133,130,003,1317,19 ab

1/ Grall do ingrediente ativo por hectare.

2/ Contagetlprévia (antes da pulverização).3/ Treze dias após a 11, 2', 31 e 41 puLverização.4/ As l!édias,na coLuna, seguidas da meslIIlILetra não diferira., entre si, ao nível de 5X de probabilidadeptlo teste de Tukey.

79

Page 78: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 38 - Efeito de phosphamidon e dimetoato na população dopulgão - da - inflorescência do cajueiro. Pacajus, CE,1993.

Grau de infestação (%)Tratamentos

g.i.a./haCP

3 DAP7 DAP13 DAP

1. Testemunha

-35.42 a39.58 a41.67 a43,75 a

2. Phosphamidon (Dimecron 500)

223.3041,67 a0.00 b0.00 b0,00 b

3. Dimetoato (Agritoato 400)

89,3222,92 a8.33 b4.16 b4,16 b

4. Dimetoato (Agritoato 400)

178.6037.50 a8.33 b4.16 b10.41 b

5. Dimetoato (Agritoato 400)

267.8031.25 a2.0g b2.08 b0,00 b

6. Dimetoato (Agritoato 400)

446.5022.92 a0.00 b6,25 b8.33 b

F

1.38 n.s.25.53""14,94 ••17,13" •

Coeficiente de variação (%)

8,8310.3411,8612,26

g.i.a./ha = grama do ingrediente ativo por hectare.

CP = contagem prévia,

DAP = dias após a pulverização.

As médias, nas colunas, seguidas da mesma letra. não diferiram estatisticamente, entre si,

pelo teste de Tukey,ao nível de 5% de probabilidade.

TABELA 39 - Eficiência de phosphamidon e dimetoato no controledo pulgão-da-inflorescência do cajueiro. Pacajus, CE,1993.

Tratamento g.i.a. / ha 1

1. Testemunha

2. Phosphamidon (Dimecron 500)

3. Dimetoato (Agritoato 400)

4. Dimetoato (Agritoato 400)

5. Dimetoato (Agritoato 400)

6. Dimetoato (Agritoato 400)

223.30

89.32

178,60

267,80

446,50

3 DAP2 7 DAP213 DAP2

0.00

0,000,00

100.00

89,5090,50

87.30

81.5063,20

96.50

83,4086,00

96,30

87.00100,00

96.80

84,7093,10

1 Grama de ingrediente ativo por hectare.

2 Três, sete e treze dias após a pulverização.

80

Page 79: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 40 - Efeito de phosphamidon e metamidophos na populaçãodo pulgão-da-inflorescência do cajueiro. Pacajus, CE,1993.

g.i.a./ha = grama do ingrediente ativo por hectare.

CP = contagem prévia.

DAP = dias após a pulverização.

As médias, nas colunas, seguidas da mesma letra, não diferiram estatisticamente, entre si,

pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

TABELA 41 - Eficiência de phosphamidon e metamidophos nocontrole do pulgão-da-inflorescência do cajueiro.Pacajus, CE, 1993.

Tratamento g.i.a./ha1

1. Testemunha

2. Phosphamidon (Dimecron 500)

3. Metamidophos (Stron 600)

4. Metamidophos (Stron 600)

5. Metamidophos (Stron 600)

6. Metamidophos (Stron 600)

360.80

216,48

432.96

649.44

1.082,40

3 DAP2 7 DAP213 DAP2

0.00

0.000,00

100,00

100.0090,50

67.50

85.4063,20

80.20

77.6086,00

94.10

100,00100,00

100.00

70,6093,10

1 Grama de ingrediente ativo por hectare.

2 Três, sete e treze dias após a pulverização.

81

Page 80: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 42 • Grau de infestação da mosca branca, Aleurodicuscocois em cajueiro tratado com diferentes produtos.Icapuí, CE, 1993.

Grau de infestação (%)Tratamento

i.a./hal1

(g)

CP2114 DA pp31 14 DA 2ip4114 DA 2ip51

1. Diazinon

423,00100.0056.25\ n.s.18.75 ab18,75 b61

2. Acephate

285.00100.0046.8828.13 ab25,00 ab3. Fenvalerate

79.00100.0050.0021.88 ab12,50 b

4. Metamidophos

634.00100.0046,8831.25 ab25,00 ab5. Fenitrothion

881.00100.0046.886.25 b3,13 b6. Testemunha

100,0065.6359.38 a65,63 a

Pulverização

02/07lf>/0730/0713/08

Coeficiente de variação (%)

21.4355.7547,85

11 Grama de ingrediente ativo por hectare.

21 Contagem prévia.

31 41 5/ 14 dias após a P. 21 e 3i pulverização.61 As médias, nas colunas. seguidas da mesma letra. não diferiram estatisticamente, entre

si, pelo teste de Tukey. ao nível de 5'7<,de probabilidade.

TABELA 43 • Percentagem de eficiênciaquímicos no controle decajueiro. Icapuí, CE, 1993.

de diferentes produtosAleurodicus cocois em

Eficiência ('7<)

Tratamento g.i.a./ha114 DA lip21J4 DA 2·p3114 DA 3ip41

1. Diazinon

423.0014.2958.4271,43

2. Acephate

285.0028.5752.6361,903. Fenvalerate

79,0023.8153.1580,95

4. Metamidophos

634.0028.5747.3761,915. Fenitrothion

881,0028,5789,4795,236. Testemunha

0.000.000,00

Pulverização

16/0729/0712/08

11 Grama de ingrediente ativo por hectare.21 31 41 14 dias após a li. 2i e 31 pulverização.

82

Page 81: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

7. FITOPATOLOGIA

Levantamento conduzido pelo CNP AT nos Estados daBahia, Ceará, Rio Grande do Norte c PiauÍ revelaram que umpercentual de 5% a 10% das castanhas de caj u produzidas apresenta asamêndoas impróprias para o processamento industrial, em virtude dadeterioração fúngica. Até o presente, cerca de 21 diferentes fungos jáforam identificados. As espécies de Aspergil/u.s e Penicil/ium têm sidoisoladas mais freqüentemente (Tabela 44). Merece destaque a presençada espécie A. flavlls, muito embora a ocorrência da toxina (aflatoxina)normalmente produzida por este fungo não tenha sido ainda detectadaem amêndoas de cajueiro.

As pesquisas desenvolvidas indicam que a penetraçãodos fungos nas amêndoas ocorre ainda em condições de campo,agravando-se posteriormente com os métodos inadequados dearmazenamento sob alta temperatura, estocagem a granel, semventilação e elevada umidade ambienta!.

Com relação à aceroleira (Malpighia glabra L.) ficouconstatada, em recente levantamento realizado pelo CNPAT, a ampladispersão de nematóides das galhas (Meloidogyne incognita e M.javanica) tanto em mudas quanto em plantas adultas em campo. Emnove municípios do Estado do Ceará e em dois do Rio Grande doNorte, estes fitopatógenos vêm causando severas infestações naaceroleira, podendo se transformar em futuro próximo, em sérioproblema para a cultura (Tabela 45). Tem sido observada a utilizaçãode mudas infectadas com nematóides das galhas para a formação deplantios comerciais.

83

Page 82: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 44 - Fungos identificados associados a amêndoas decajueiro nos Estados da Babia, Ceará, Piauí e RioGrande do Norte. EMBRAPA/CNPAT. Fortaleza, CE,1993.

FungosR. G.

Babia Ceará Piauí do Norte

1. Absidia corymbifera ++

2. Aspergillus flavus+

3. A. japonicus+

4. A. erytrocephalus-+

5. A. niger++

6. A. oryzae+

7. A. ochraceus-+

8. A. parasiticus-+

9. A. ustus-+

10. Curvularia lunata++

11. Cladosporium cladosporioi des++

12. Cylindrocladium parvum-+

13. Colletotrichum gloesporioides-+

14. Fusarium solani++

15. Nigrospora oryzae-+

16. Penicillium citrinum++

17. P. purpurogenum

-+

18. Pestalotiopsis sp.++

19. Syncephalastrum racemosum

-+

20. Talaromyces trachyspermum

-+

21. Tritirachium sp.-+- + = ocorrência confirmada- = ocorrência não confirmada ainda

84

+ ++

+ ++ +

+

+ ++ +

++ ++ ++ +

+ +

Page 83: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 45 . Ocorrência de espécies de nematóides das galhas emacerola nos municípios dos Estados do Ceará e RioGrande do Norte.

Municípios Plantas adultas

Barreira (CE)

M. incognita eM. javanica

Cascavel (CE)

M. incognita

Maracanaú (CE)

M. incognita eM. javanica

Mossoró (RN)

M. incognita

Pacajus (CE)

M. incognita eM. javanicaParaipaba (CE)

M. incognita eM. javanica

São Luiz do Curu (CE)

M. incognita

Serra do Mel (RN)

M. incognita

Trairi (CE)

M. incognita

Tururu (CE)

M. incognita

Uruburetama (CE)

M. incognita Mudas

M. incognita eM. javanica

M. incognita

M. incognita eM. javanica

M. javanica

M. incognita

8. TECNOLOGIA AGROJNDUSTRIAL

8.1. Caracterização física, química e sensorial do fruto epseudofruto do cajueiro

Este projeto tem a finalidade de apoiar o programa demelhoramento genético do CNPÀT na seleção de plantas para os

85

Page 84: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

estudos de uniformização dos caracteres descj áveis dos futuros clones.Duas linhas de trabalho vêm sendo desenvolvidas paralelamente, acaracterização biométrica e tecnológica das castanhas e acaracterização física, química e sensorial dos pedúnculos de diversosclones e ortetes de cajueiro.

Características biométricas e tecnológicas da castanha de caju

Neste trabalho, as características biométricas incluíram

peso, com primen to e diâmetro, e os indicadores tecnológicoscompreenderam relação peso da amêndoa! peso da castanha, facilidadede abertura, facilidade de remoção da película, estado de sanidade eperfil de classificação das amêndoas. Os dones avaliados foramCP 06, CP 09, CP 76 e CP 1001, por meio de castanhas colhidas nasafra de 1992.

Os dones CP 76 apresentaram maior peso e tamanhoque os demais danes, mostrando-se também mais promissores doponto de vista tecnológico, com alta percentagem de amêndoasinteiras após o corte (99,72) e menor quantidade de amêndoasquebradas mesmo após a despeliculagem. Cerca de 51,7% de suasamêndoas corresponderam ao W240 e 23,5% ao tipo W320,caracterizando-se por amêndoas de tamanho médio.

o done CP 09 apresentou amêndoas maIOres, com

quase 40% delas classificadas acima de inteira especiaí., fato que podeser explicado por sua maior relação amêndoa/castanha (31,27%). Noentanto, esse done apresentou maior quantidade de amêndoasquebradas e alto percentual de amêndoas brocadas.

Características físicas, químicas e senso.iai§ dos pedímculos

Na safra de 1992 foram repetidas as determinaçõesrealizadas no ano anterior, que, em sua maioria, apresentaramvariações significativas de um ano para outro. No entanto, asprincipais características dos pedúncu!os de cada dane estudadoforam confirmadas.

86

Page 85: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Os pedúnculos do done CP 76 possuem maior peso emaiores dimensões que os demais dones (Tabela 46). Foi confirmadatambém sua superioridade no teor de sólidos solúveis e vitamina C(Tabela 47), além de suas características sensoriais como alto saborcaracterístico, doçura e impressão global, baixa acidez e adstringência(Fig. 2).

O suco dos pedúnculos de gênero microcarpum tambémapresentam ótimas características para consumo, devido a sua elevadarelação Brix/acidez (78,0) e reduzido teor de taninos (0,12%). Aanálise sensorial realizada confirmou sua elevada doçura, baixa acideze adstringência.

TABELA 46 • Valores médios de peso, comprimento e diâmetros dospedúnculos de 5 clones de cajueiro, determinados emduas safras consecutivas (1991 e 1992).

ClonesDetermi- nação

CP 06CP 09CP 76CP 1001 Microcarpum

Peso(g)

122,42 b105,35 c139,31 a96,94 c34,79 d

Comprimento (cm)75,91 a58,36 c75,89 a64,90 b42,09 d

Diâmetro inferior (cm)53,77 b54,00 b59,55 a53,27 b35,01 c

Diâmetro superior(em)

38,56 c44,03 b46,18 a39,82 c28,53 d

87

Page 86: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 47 • Valores médios das determinações químicas e físicoquímicas em pedúnculos de 5 c10nes de cajueiro,definidos em duas safras consecutivas (1991 e 1992).

ClanesDetermi­nação CP 06 CP 09 CP 76 CP 100] Microcarpum

pH 4,22 c 4,20 c 4,47 b 4,42 b 4,82 a

0,26 a 0,21 b

9,70 bc 10,37 a

45,04 57,52

0,19 c 0,14 d

10,92 c11,25 c

59,21 78,0

10,19 ab 9,19 c

12,08 a11,71 bSólidos solúveis(0 Brix) 10,12 d

Acidez

(%)Ac.málico 0,19 c

Brix/

acidez 53,26

Ac. redutor

(%) 9,46 c

Ac. ascórbico

(mg/100ml) 183,03 b 149,14 c 272,73 a 146,55 c 73,09 d

Taninos(%) 0,36 b 0,44 a 0,37 b 0,34 c 0,12 d

88

Page 87: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

.'

_'O..-"--- "",

-- ----- .--

\\\\\\\\\,\\\\\\\

na

Gortar*l

-- - CP06----- - CP 09

-- - CP76

-- - CP1OO1

•••••• - MicroçarpiuIII

FIG. 2 - Características sensoriais do suco dos pedúnculos de 5clones de cajueiro determinadas por meio da ADQ.

89

Page 88: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

8.2. Produção de suco de caju clarificado

Este projeto tem por objetivo desenvolver eaperfeiçoar tecnologias para a padronização da caj uína produzida empequena e média escalas, bem como obter um processo que viabilize aprodução do suco clarificado em escala industrial, o qual poderá serutilizado na elaboração de suco concentrado, refrigerantes, vinhos,xarope e "blends" com outras frutas.

Os trabalhos envolveram ensaios de clarificação,filtração e tratamento térmico do suco de caju, testando-se diversosagentes clarificados e dois tipos de filtros. As gelatinas líquidas de usoenológico apresentaram maior eficiência de clarificação, eliminando aturbidez do suco de caju (Abs 660 igual a zero) com apenas100 ml/hl). Observou-se que, para todas as gelatinas testadas, existeum limite de remoção de taninos de 48 -50%, atingido já em pequenasconcentrações. A utilização isolada de PVPP apresentou níveis deremoção de taninos semelhantes ao da gelatina somente emconcentrações economicamente inviáveis, além de não reduzir aturbidez do suco (Tabela 48). No entanto, o uso combinado degelatina com PVPP elevou significativamente o percentual de remoçãode taninos do suco de caju, atingindo valores de 66%.

Foi ainda determinado o tempo mínimo de 30 minutospara se atingir a esterilização do suco clarificado em garrafas de500ml sob imersão em água em ebulição. Nessas condições, a ediçãode 1,Og de caramelo/100! de suco clarificado foi suficiente paradesenvolver a cor característica do produto.

90

Page 89: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 48 - Efeito de PVPP na clarificação do suco de caju com esem adição de gelatina (tempo de contato 15minutos).

Sem adição de gelatinaCom adição de gelatina(O)

Concen-

ReduçãoTurbidez ReduçãoTurbideztração

de(Abs) de(Abs)taninos

(Abs a 660nm)taninos(Abs a 660nm)

O

-1.112 -1.112

25100,710 550,000

50111.315 47-0,000

10030,60,021 45-0,000

150140,286 62-0,000

200100,680 66-0,000

250201,192 48-0,000

30014,50,042 60-0,000

350301,494 57-0,001

400250,139 58-0,001

450301,196 61-0,001

500350,719

550501,038

600551,013

(0) Concentração de gelatina no suco = 200 ml/hl

8.3. Produção industrial de vinho de caju

Este projeto tem como objetivo identificar técnicas econdições para as diversas etapas do processamento, que influenciamna vinificação do suco de caju, bem come estudar a obtenção deprodutos assemelhados a vinho seco, suave, licoroso, espumante ecooler. Como matéria-prima foram utilizados o suco de caju naturalda safra 1992, suco concentrado a 650Brix e duas misturas entre eles.Os tratamentos envolveram suplementação ou não com um bio­ativador vitamínico-nitrógeno - ENOVIT, sulfitação ou não,

91

Page 90: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

inoculação com dois tipos de leveduras secas (Zymasil e Montrachet) eclarificação ou não com bentonita/ celulose ati vada/ caseínato,

Mediante dos resultados das análises físico-químicas,de compostos voláteis a análise sensorial verificou-se que somente osvinhos elaborados a partir do suco natural apresentavam característicasfavoráveis de vinificação, Dentre eles foram identificados cincovinhos que obtiveram médias de qualidade acima de 50%, revelando asuperioridade da levedura Montrachet, a necessidade de clarificação esulfitação e a não necessidade de suplementação ao suco de caju. ATabela 49 e a Fig. 3 apresentam o comportamento desses vinhos emrelação a algumas características físico- químicas e aos examessensoriais, respecti vamen te.

92

Page 91: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

1ícn

w•.•• 115,00zcc:zi 11,00a::w•...~

11,00

cn

cc: ',00c

••-CÕ

7,00~w :215,008USTATIVO

VI!LW.. Ol.FATIVO Q.F./CIUST. a.GERAL.

VINHO

- VINHO 2

EXAMES SENSORIAIS

-- VINHO 3

-.- VINHO 4

VINHO 5

FIG. 3 . Valores médios de 5 vinhos escolhidos para os diversosexames sensoriais.

93

Page 92: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

9. COMERCIALIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE RECURSOS

As restrições orçamentárias impostas pela política decontenção de gastos do Governo Federal suscitaram, na EMBRAP A,um esforço de diversificação das fontes de financiamento à pesquisaagropecuária brasileira. No CNP A T, c em cumprimento à diretriztraçada pela Diretoria Executiva da empresa, a atividade de captaçãode recursos tem sido praticada com forte intensidade.

Em 1993, os recursos arrecadados pelo CNP A T,

provenientes da ação da Unidade, equivaleram -se àqueles alocadospara custeio pelo orçamento ordinário da EMBRAP A (Tabela 50).

TABELA 50 - Demonstrativo da captação de recursos -financeiros.EMBRAPA/CNPAT, Fortaleza, CE, 1993

US$ 1,00

Fontes

- Recursos orçamentários(Tesouro, BIRD m, PROTERRA)

- Recursos captados(DENACOOP, venda de produtose serviços)

- Contrapartida de parceiros

Total

Fonte: AOF I CNP AT

94

US$

478.572

278.364

185.000

941.936

%

50,8

29,5

19,7

100,0

Page 93: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Vale ressaltar que a contrapartida de parceIrosrepresentou 40% dos recursos captados em 1993. Embora esta fontenão represente ingresso real de recursos financeiros no caixa doCNPAT, ela tornou possível a realização de importantes pesquisas viadesembolso dos parceiros em suas propriedades, fazendo face aoscustos de pessoal de campo, deslocamentos, insumos e equipamentos,etc. requeridos pelos pesquisadores do Centro, no desen volvimento desuas atividades.

A ação de comercialização e captação de recursos noCNP AT deverá receber nos próximos exercícios atençãopormenorizada, em razão dos investimentos que o Centro vemrealizando para colocar à disposição dos usuários novas tecnologias,beneficiando um número maior de produtos, inclusive com osprocessos tecnológicos de aproveitamento agroindustriaiscorrespondentes; em razão, ainda, de melhor aproveitamento da áreade comercialização e captação de recursos, que passará a contar comum projeto de marketing destinado a produzir melhores resultadoscomerciais, abrangendo áreas geográficas e mercadológicas commaiores potenciais que as trabalhadas até então, onde o caju e suaagroindústria se constituíram no principal nicho de mercado.

As ações de comercialização e captação de recursoscitadas foram desenvolvidas de acordo com a seguinte estratégia:

1. Ações na Área Governamental - Nesta área foram mantidosentendimentos com o Banco do Nordeste - BNB, Superintendênciado Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE,DENACOOP/MARA, Prefeitura Municipal de Icapuí, CE,Prefeitura Municipal de Pacajus, CE, Prefeitura Municipal deItarema, CE, Prefeitura Municipal de Serra do Mel, RN, Secretariade Agricultura e Reforma Agrária do Ceará, Secretaria deAgricultura do Rio Grande do Norte, Secretaria de Agricultura doPiauí, Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial, PrefeituraMunicipal de Penedo, AL, Associação de Apoio às Comunidadesde Campo do Rio Grande do Norte - AACC, DepartamentoNacional de Obras Contra as Secas, Universidade Federal do Ceará- UFC, Universidade Estadual do Ceará - UECE.

95

Page 94: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

2. Ações Junto ao Setor Privado - Neste setor destacaram-seentendimentos e negociações com: Sindicato das Indústrias doAçúcar, Doces e Conservas do Estado do Ceará - SINDICAJU,Sindicato dos Produtores de, Caju - SINCAJU, CaucaiaAgropecuária S.A. - CAPISA, Companhia de Promoção Agrícola ­CAMPO, Companhia de Produtos Alimentícios do Nordeste ­COPAN, Itaueira Agropecuária S.A., Serviço de Apoio às Micro ePequenas Empresas do Estado do Ceará - SEBRAE, Caju da BahiaS.A. - CAJUBA, Construtora MeIo, Mossoró Agropecuária S.A. ­MAISA, diversos produtores, Companhia Exportadora de CastanhaCEC, Federação da Agricultura do Estado do Ceará - FAEC,Algodoeira São Miguel, Caju do Brasil S.A. - CAJUBRAS,Companhia Agroindustrial Vale do Curu - AGROV ALE.

3. Ações na Área Internacional - O relacionamento técnico- comercialcom o exterior foi expresso mediante consultoria, treinamento etroca de correspondência com os seguintes países: RepúblicaPopular de Moçambique, República da Guiné-Bissau, Venezuela(pARMA VEN), África do Sul (Universidade de Pretória),Ministério da Agricultura do Peru, Ministério da Agricultura doEquador, Ministério de Agricultura do Malawi, Costa Rica(Associação do Centro Ecológico Ia Pacifica), Bolívia (InstitutoBoliviano de Tecnologia Agropecuária), Haiti (SHEEPA - SocietéHaitienne d'Etudes d'Execution de Projetos Agricoles), India(National Research Center for Cashew), Tanzânia (CashewResearch Project), Itália (Oltramare), Chilaw (Wayamba Plantation- PUT Ltda).

10. CLIMATOLOGIA

O ano de 1993 apresentou situação deficitária dechuvas, pois as características do El Nifío, presentes em janeiro,persistiram por toda a estação chu vosa de fevereiro a maio,provocando déficit de chuva na região norte do Nordeste, em tornode 63% em relação à normal climatológica (Climanálise, SCT -INPE,maio/93).

96

Page 95: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

No Estado do Ceará, além de a intensidade de

precipitação ter sido bem abai xo do esperado, a distribuição ocorreude forma muito irregular, com desviQs em relação à média, variando

de 24% a 83% (Monitor Climático, FUNCEME - v. 7, n2 74, 1993).

Nos municípios do Estado do Ceará que têm na

cajucultura sua principal atividade produtiva, assim como em locaisonde o CNPAT desenvolve ações de pesquisa e transferência detecnologia, incluindo também os Estados do Piauí e Rio Grande doNorte, o desvio da chuva observada em relação à normal variou de

26,6% a 84% (Tabela 51).

Esta anomalia, que pode ser considerada como uma das

piores secas que atingiu a região Nordeste nas últimas décadas, temreflexos significativos na redução da produção de castanha de caju nasafra de 1993, onde, segundo o IBGE, a safra colhida no Nordeste foide apenas 62.400t, representando apenas 64,5% da safra colhida em1992 (94.700t), que, por sua vez, já foi muito mais baixa que asnO.OOOt colhidas em anos anteriores .

." ...",~Análises isoladas de algumas regiões dos principais

estados produtores - Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte - mostraramreduções drásticas da safra, variando em alguns casos de 70% a 90%.

97

Page 96: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 51 - Normais cUmatológicas de precipitação dos principaismunicípios produtores de caju nos estados do Ceará,Piauí e Rio Grande do Norte, comparadas com asprecipitações observadas em 1993. Fortaleza, CE,1993.

Muni cípio Norma lObservadaDesvio

(mm)

(mm)(%)

Acaraú (CE)

1085540-50,3

Aracati (CE)

870209-76,0

Beberibe (CE)

842467-44,6

Camocim (CE)

996486-51,3

ICllpuí (CE)

890322-63,8

ltl.lpipoca (CE)

1060612-42,3

pacajus (CE)

994301-69,7

Russas (CE)

809173-78,6

Trairi (CE)

1411472-66,6

Canto do Buriti (PI) - ltl.lueirll(1)

790580-26,6

Chorozinho (CE) - CIPA

796295-63,0

lcapui (CE) - COPAN

730297-59,3

Pl.lcajus (CE) - CNPAT!EEP

1106369-66,6

Serra do Mel (RN) - AACC

657105-84,0

Fonte: Fundação Cearense de Meteorologia - FUNCEME

Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical - CNP AT

(1) Dados referentes ao período out-92/abr-93 - período chuvoso da região.

11. ECONOMIA

A produção do cajueiro em 1993 foi bastanteprejudicada pela seca que assolou o Nordeste. O LevantamentoSistemático da Produção da Fundação IBGE aponta que a safra decastanha desse ano foi de apenas 62.421 t, concentradas nos Estados doPiauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Esse volume representa menosde 48% da safra média colhida nos últimos cinco anos. A participaçãodesses estados em relação ao volume produzido foi de 48%, 36% e

98

Page 97: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

16%, respectivamente, Com isso, observa-se que o Piauí ultrapassou oCeará que há décadas liderava a produção do caju na região.

o baixo desempenho da cajucultura nesse contextoclimático desfavorável, entretanto, apenas potencializou a debilidadeestrutural por que passa essa atividade, uma "vez que se observa asenectude de plantas, a inaptidão de parte da área onde se encontracultivado o cajueiro, e, notadamente, a ausência do uso de tecnologiascapazes de reverter essa situação.

Para isso, o CNP AT desen vai \Teu e tem promovido adifusão de uma gama de tecnologias capazes de elevar a quantidadedos produtos e/ou promover o abaixamento dos cuslOs de produção, e,desse modo, concorrer para a elevação da renda dessa atividadeeconômica.

A realidade do campo, no entanto, é que ocomprometimento da oferta de matéria- prima desencadeou sériascomplicações para a indústria proccssadora de castanha, que teve suaociosidade e custos elevados, pro\!ocando desemprego e diminuição dedivisas.

A baixa produtividade agrícola implicou elevação docusto unitário da castanha, impingindo o aquecimento das negociaçõesentre os produtores e a indústria em torno dos preços da matéria­pnma.

A escassez de af erta realçou também o conflitoexistente em função da liberação das cotas de exponação de castanhacrua no ano anterior, associado à rnobilização dos representantes dosegmento agrícola, ü que implicou elevação dos preços pagos aosprodutores.

A participação da EMBRAP A como uma dasinstituições ligadas ao Governo Federal, que atuou na intermediaçãodos conflitos distributivos da cadeia agroindustrial junto à CâmaraSetorial do Caju no decorrer de 1992, de certa forma já estavaprenunciando a mudança de estrutura do CNPCa, que teve ampliada asua missão, passando a enfocar todos os elos da cadeia de produtosligados à agroindústria tro.picaL

A extinção do CNPCa sugeriu uma avaliação da sua.produção técnico-científica de modo a vislumbrar os benefícioscolocados para a sociedade. A taxa interna de retorno foi igual a

99

Page 98: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

40,38% e a relação benefício/custo atingiu 4,66, o que comprova aelevada rentabilidade do investimento em pesquisa. As tecnologiasobjeto desse estudo resumiram-se à produção de mudas de cajueiroanão precoce por meio da enxertia por borbulhia, da substituição decopas de cajueiro pela enxertia e do cajueiro anão precoce enxertado.

A transformação do CNPCa em CNPAT implicoutambém repensar a área de economia. Essa reestruturação deu origema área de estudos dos negócios da agroindústria, que foi antecedidapela participação da chefia e pesquisadores do CNP A T no Programade Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial desenvolvido pelaFaculdade de Economia, Administração e Contabilidade daUniversidade de São Paulo.

De início, a incorporação de estudos relacionados aosegmento industrial desencadeou a realização de um trabalho emconjunto com o SEBRAE, no qual se traçou o perfil da micro epequena empresa da agroindústria de frutos tropicais do Ceará.

12. DIFUSÁO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

As atividades de difusão e transferência de tecnologiado CNPAT foram desenvolvidas visando promover o envolvimento deextensionistas, industriais, autoridades, COOyc1'ativas e associações deprodutores interessdos em desenvolver a agricultura em basesmodernas de exploração,

As ações contempladas nesse processo de transferênciade tecnologias centraram-se na realização de Treinamentos, Dias deCampo, Visitas Técnicas, Reuniões Técnicas, Palestras, Seminá ias,Exposições ...

100

Page 99: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

EVENTOS PROMOVIDOS E REALIZADOS

Treinamentos

Curso: Treinamento em cultura de goiabaParticipantes: 25 técnicos (pesquisadores, extensionistas e professores),

Curso: Reciclagem em produção de caj uParticipantes: 22 técnicos (20 extensionistas da EMA TER/RN e 02pesquisadores da EMP ARN),

Dias de Campo

Na Fazenda Itaueira, localizada no Município de Canto do Buriti, PI,para mostrar a viabilidade do cajueiro anão precoce enxertado nosemi-árido nordestino, Participaram da atividade 150 pessoas,incluindo produtores rurais dos Estados do Ceará e Piauí,extensionistas e técnicos da rede de assistência técnica oficial eprivada, autoridades dirigentes e técnicos de órgãos/instituiçõesligadas à caj ucultura,

Na Fazenda Capisa, localizada no Município de Pio IX, PI, paraparticipar da divulgação das pesquisas c resultados do cajueiro queviabilizam a sua expansão e recuperação nas condições dos cerrados.Participaram desse evento 150 pessoas, incluindo Prefeitos Municipais,Secretários de Agricultura, agentes financeiros e produtores.

Na Fazenda Belém, loca.lizada em lcapuí, CE, de propriedade daCOP AN, com a finalidade de mostrar as novas tecnologias adequadasà expansão e recuperação do caj ueiro. O evento contou com 150pessoas ligadas ao setor produtivo do caju, destacando-se produtoresdos municípios de Icapuí, Aracati e Pacaj us (Estado do Ceará),produtores de caju dos municípics da Serra do Mel (Estado do RioGrande do Norte), técnicos, extensionistas e pesquisadores.

No Campo Experimental de Pacajus aconteceram três Dia.s de Campo,com a finalidade de apresentar resultados de pesquisa para aviabilização e expansão do cajueiro na Região Nordeste, O total departicipantes nesse evento foi de 240 pessoas, incluindo Prefeitos,

101

Page 100: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Secretários Estaduais e Municipais de Agricultura dos Estados doPiauí e Rio Grande do Norte, técnicos, extensionistas e pesquisadores.

Visitas Técnica§

Entre o período de janeiro a dezembro de 1993, foramrealizadas 20 visitas ao CNPAT (Campo Experimental de Pacajus),contando com a participação de 40 pessoas.

Reuniõe§ Técnicas

Foram realizadas seis reuniões no CNP AT, comdiretores de cooperativas, associações de produtores, técnicos eextensionistas, para motivação da agricultura no Estado.

Seminário

"Sistema especialista em pragas e doenças do caju"Quélzia Maria Silva MeIoCNPAT, Fortaleza, 10.5.93

"Desenvolvimento de um manejo integrado de pragas"Ervino Bleir,:herCNPAT, Fortaleza, 24.5.93

"A lei de p:itentes e proteção de cultivares: implicações para ãagricultura nordestina"Levi de Moura Barros

CNPAT, Fortaleza, 7.6.93

"Deterioração fúngica de amêndoas de castanha de cajueiro"Francisco das Chagas Oliveira FreireCNPAT, Fortaleza, 9.8.93

102

Page 101: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

"Tecnologia e distribuição de renda"Daniel Rodrigues de Carvalho PinheiroCNP AT, Fortaleza, 16.8.93

"Projeto Áridas - variabilidade climática c desenvolvimentosustentável no Nordeste semi-árido"Paulo César Espíndola FrotaCNPAT, Fortaleza, 30.8.93

"Comercialização e captação de recursos - experiência do CNP AT"Francisco Férrer BezerraCNPAT, Fortaleza, 13.9.93

"Avanços em nutrição mineral do cajueiro"Vítor Hugo de OliveiraCNPAT, Fortaleza, 4.10.93

"Calagem em cajueiro"Fred Carvalho BezerraCNPAT, Fortaleza, 11.10.93

"Moçambique - culturas alimentares, culturas industriais"Américo N. Langa e João VicenteSecretaria de Agricultura de MoçambiqueFortaleza, 18.10.93

"Fatores genéticos que afetam a qualidade de dones do cajueiro"João Ribeiro CrisóstomoCNPAT, Fortaleza, 25.10.93

"Estudos básicos em polinização do cajueiro"Breno Magalhães Freitas - Eng2 - Agrll em curso de Pós- GraduaçãoUniversity of Wales, Reino UnidoFortaleza, 25.10.93 .

"Produção de adubo orgânico por vermecompostagem (minhocultura)"Roberval MeIo LopesUFC, Fortaleza, 29.11.93

103

Page 102: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

"Micropropagação: técnica moderna de produção comercial de mudasde espécies tropicais de interesse econômico"Silvio Lopes Teixeira - ConsultorCNPAT, Fortaleza, 03.12.93

"Estrutura organizacional: aspectos conceituais e proposta de aplicaçãono CNP AT IEMBRAP A"José Ednilson de Oliveira CabralCNPAT, Fortaleza, 13.12.93

Painel

"Fruticultura x Agribusiness"Carlos Roberto Machado Pimentel e Mohammad Menhaz ChoudhuryCNPAT/CPATSA, Auditório da FIEC, 22.4.93

"Balanço de entrada e saída de recursos do Nordeste"Adriano S. Bezerra de MenezesBNB, Fortaleza, 21.5.93

Consultas Técnicas

Nesse serviço, cujo objetivo é o atendimento deconsultas específicas por correspondência, o CNP AT respondeu, noano de 1993, a 610 consultas sobre a cultura do cajueiro. Deve-seobservar que, de acordo com a Tabela 52, a Região Sudeste contribuiucom 49% das consultas efetuadas ao CNPAT, destacando-se

principalmente o Estado de São Paulo e Rio de Janeiro, com maiorvolume de solicitações.

104

Page 103: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

TABELA 52 - Números de consultas t~cnicas atendidas pelo CNPAT(1989/93).

Região/ estado

19891990199119921993

Norte

256172761820Acre

7-7

Amazonas4014128

Pará16510169118

RondOnia33-3832

Roraima16211

Amapá10-1011

Nordeste

1.8881151.984317155Alagoas

16781351711Bahia

6794872410844Ceará

773805522Maranhão

1725176268Paraíba

165131682414Pernambuco

276202913926Piauí

21742212913Rio Grande do Norte

62970139Sergipe

111511968

Centro - Oeste

1.029801.11510096Distrito Federal

17612190113Goiás

503405294240Mato Grosso

190112153023Mato Grosso do Sul

109101242210Tocantins

51757510

Sudeste

4.2612864.589418303Espírito Santo

248162592015Minas Gerais

1.111841.17510469Rio de Janeiro

6254667013095São Paulo

2.2771402.485164124

Sul

799348264336Paraná

522155373124Rio Grande do Sul

1261213472Santa Catarina

1517155510

Totais

8.2315328.781896610

Fonte: ADT/CNPAT 105

Page 104: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

Unidades de demonstraçijo

No ano de 1993, utilizando-se recursos do BIRD,EMBRAPA/DENACOOP, foram implantadas 34 UnidadesDemonstrativas, distribuídas no Estado do Ceará, Piauí e Rio Grandedo Norte. Foram instaladas 12 Unidades nos municípios cearenses deMilhã, Itapipoca, Itarema e Trairi, enquanto no Piauí foramcontempladas 10 Unidades, distribuídas nas localidades de Teresina,Campo Maior, Piripiri, Parnaíba, Picos, Valença, São Pedro e Pedro11. No Estado do Rio Grande do Norte, o total de Unidades foi 12,abrangendo geograficamente os municípios de Mossoró, Serra do Mel,Caraúbas, Touros e Severiano MeIo. Convém ressaltar que, devido àfalta de chuvas na região, ocorreu um alto índice de mortalidade dequase 100% das mudas enxertadas e 80% das mudas de "pé-franco".

Notícias e reportagens

"BNB financia revitalização da cajucultura no Ceará"Jornal Notícias BNB, 8.10.93

"IEL promove workshop em dezembro para cajucultores"Jornal da FIEC, nov 193

"Estados e empresários lançam o Projeto Caju"Jornal Diário do Nordeste, 7.11.93

"EMBRAP A muda e amplia parcerias"Jornal ° POVO, ago/93

"Pesquisa medirá potencial da agroindústria tropical"Jornal O POVO, 4.6.93

"EMBRAP A amplia área de estudos agroindustriais"Jornal O POVO, 11.4.93

"EMBRAPA cria Centro de Agroindústria Tropical"Jornal O POVO, 4.6.93

"Agroindústria precisa de mais pesquisa"Jornal O POVO, 20.4.93

106

Page 105: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

"EMBRAPA elege as três prioridades no Nordeste"Jornal Tribuna do Ceará, 20.4.93

"Fruticultura versus agribusiness é tema de painel amanhã na FIEC"Jornal ° POVO, 21.4.93

"EMBRAPA financia NUTEC para vinho de caju"Jornal Diário do Nordeste, 21.4.93

"Agribusiness exige tecnologia c pesquisa"Jornal O POVO, 23.4.93

"Agribusiness faz um terço do PIB"Jornal O POVO, 23.4.93

"Recuperar é formar com maior rapidez"° POPULAR, Jornal de Brasília, Jornal do Tocantins, 29.9.93

"Hora de decidir"Jornal Diário do Nordeste, 3.1.93

"CNPCa opta por agribusiness"Jornal Diário do Nordeste, 12.2.93

XXXIXSecretarh:~Fortaleza,

Festa doGrande do

do Rio

VI FETEC ~ Feira de Oê

pela Fundação Parque Tecnol6gicoGrande/PB, 30.9 a 5.10.93.

Campina Grande, promovidada Paraíba, em Campina

X Semana da Agronomia, promovida pela Universidade Federal doCeará, em Fortaieza/CE, de 24.11 a 25.11.93.

107

Page 106: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

13. INFORMAÇÁO

A Área de Informação - AINFO do CNP AT tem porfinalidade apoiar a execução das pesquisas do Centro, armazenando edisseminando informações especializadas, de modo a atender àdemanda da pesquisa na área de agroindústria tropical.

Atualmente, o acervo da AINFO/CNPAT conta com:

Li vros 862

Periódicos 185

Teses 182

Folhetos 1.172

Separatas 1.462

No que se refere à Comutação Bibliográfica, temos:

Comutações solicitadas pela AINFO 318

Comutações atendidas à AINFO 228

Comutações solicitadas por outrasinstituições 45

Comutações atendidas a outras intituições 35

14. PRODUÇÁO TÉCNICO-CIENTíFICA

BARROS, L. de M.; PIMENTEL, C.R.M.; CORR.ê:A, M.P.F.;MESQUIT A, A.L.M. ~ecomendações técnicas para a cultura docajueiro anão precoce. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993. 65p.(EMBRAPA-CNPAT. Circular Técnica, 01).

108

Page 107: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

BLEICHER, E.; FURTADO, l.P.; MELO, Q.M.S. Efeito dasimulação de dano de inseto pela despaniculação naprodução de cajueiro-anão-precoce. Fortaleza: EMBRAPA­CNPAT, 1993. 2p. (EMBRAPA-CNPAT. Pesquisa em Andamento,11).

BLEICHER, E.; MELO, Q.M.S. Artrópodes associados ao cajueiro noBrasil. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993. 33p. (EMBRAPA­CNPAT. Docúmentos, 09).

BLEICHER, E.; MELO, Q.M.S.;biológico do pulgão daFortaleza: EMBRAP A - CNP AT,Pesquisa em Andamento, 10).

ABREU, A.R.M. de. Controleinflorescência em cajueiro.

1993. 3p. (EMBRAPA-CNPAT.

BLEICHER, E.; MELO, O.M.S.; FURTADO, I.P. Sugestões detécnicas de amostragem para as principais pragas do cajueiro.Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993. 5p. (EMBRAPA-CNPAT.Comunicado Técnico, 06).

BLEICHER, E.; MELO, Q.M.S.; OLIVEIRA, l.S.R. de. Métodos deamostragem das pripcipais pragas que ocorrem no período defrutificação do cajueiro. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993.22p. (EMBRAPA-CNfAT. Boletim de Pesquisa, 07).

CAJU INFORMATIVO. Fortaleza: EMBRAPA-CNPCa, v.6, n.1,mar. 1993.

CORR~A, M.P.F.; BUENO, D.M.; PARENTE, J.l.G.; PEREIRAFILHO, J.E.; ROSSETTI, A.G. Borbulhia: a enxertia econômicapara o cajueiro. Informativo, Fortaleza, n.1, abr. 1993.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical.Cajueiro anão precoce. Fortaleza, 1993. folder.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical.Destaque 1993. Fortaleza, 1993. 14p. il.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Agroindústria Tropical.CNPAT 1993. Fortaleza, 1993. 6p.

109

Page 108: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

FRANCO, F.G.S.; ARAÚJO, J.P.P. de. O mundo do cajulino.Fortaleza: EMBRAPA, 1993. 20p. il.

GARRUTI, D. dos S.; CORDEIRO, E.R. Características biométricase indicadores tecnológicos da castanha em quatro dones decajueiro anão precoce. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993. 4p.(EMBRAPA-CNPAT. Pesquisa em Andamento, 12).

INFORMATIVO. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, n.1, abro 1993.

INFORMATIVO. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, n.2, abro 1993.

OLIVEIRA, F.N.S.; RAMOS, A.D.; BUENO, D.M. BANDEIRA, C.T.Avaliação de práticas de manejo na cultura do cajueiro comum.Fortaleza: EMBRAPA-CNPCa, 1993. 2p. (EMBRAPA-CNPCa.Pesquisa em Andamento, 08).

OLIVEIRA, F.N.S.; RAMOS, A.D.; LIMA, A.A.C.; SOBRAL,C.A.M.Cultivo intercalar de Jeguminosas para adubação verde na culturado cajueiro anão precoce. Fortaleza: EMBRAPA-CNPCa, 1993.2p. (EMBRAPA-CNPÇa. Pesquisa em Andamento, 07).

OLIVEIRA, F.N.S.; RAMOS, A.D.; PARENTE, J.I.G.; BEZERRA,F.C. Sistemas de manejo de solo litorâneo cultivado comcajueiro-anão-precoce. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993. 3p.(EMBRAPA-CNPAT. Pesquisa em Andamento, 09).

PARENTE, J.I.G.; BUENO, D.M.; CORR~A, M.P.F.;MONTENEGRO, A.A.T. Rejuvenescimento de cajueiro adultopela substituição de copa via enxertia. Fortaleza: EMBRAPA­CNPAT, 1993. 4p. (EMBRAPA-CNPAT. Comunicado Técnico,05).

PAULA PESSOA, P.F.A. de; BANDEIRA, C.T. Goma do cajueiro:nova alternativa de renda para a cajucultura nordestina. CajuInformativo, Fortaleza, v.6, n.1, mar. 1993.

PIMENTEL, C.R.M. Situação atual e alternativas para expansão dacajucultura no Rio Grande do Norte. Fortaleza: EMBRAPA­CNPAT, 1993. 18p. (EMBRAPA-CNPCa. Documentos, 07).

110

Page 109: (õ)C~V - cnpat.embrapa.br · Agrometeorologia Ph.D. Botânica M.Sc. Fitotecnia M.Sc. Climatologia M.Sc. Economia Rural Ph.D. Entomologia M.Sc. Economia Rural M.Sc. Solos e Nut. de

PIMENTEL, C.R.M,; PAULA PESSOA, P.F.A. de; LIMA, L.A. de A.Análise estrutural e disponibilidade de tecnologia para acajucultura brasileira. Fortaleza: EMBRAPA-CNPA T, 1993. 31p.(EMBRAPA-CNPCa. Documentos, 08).

PINHEIRO, F.F.M.; CRISÓSTOMO, J.R.; PARENTE, J.I.G.; MELO,F.I.O.; ALMEIDA, J.I.L. de. Desenvolvimento de caracteres dapanícula e fmtificação de duas populações de cajueiros comum eanão precoce. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993. 24p.(EMBRAPA-CNPAT. Boletim de Pesquisa, 08).

RAMOS, A.D.; LOPES, A.S.; FREIRE, J.M.; CRISÓSTOMO, L.A.;OLIVEIRA, F.N.S.; AQUINO, A.R.L. de. Recomendações paracOlTeção do solo e adubação do cajueiro. Fortaleza: EMBRAPA­CNPAT, 1993. 14p. (EMBRAPA-CNPAT. Documentos, 10).

RAMOS, A.D.; OLIVEIRA, F.N .S. Recomendações técnicas para omanejo de solos cultivados com cajueiro no Ceará e Piauí.Fortaleza: EMBRAPA-CNPCa, 1993. 2p. (EMBRAPA-CNPCa.Comunicado Técnico, 04).

RELATÓRIO TÉCNICO ANUAL DO CENTRO NACIONAL DEPESQUISA DE CAJU 1991-1992. Fortaleza: EMBRAPA-CNPCa,1993.

ROSSETTI, A.G.; BONASPETTI, E.; CORR~A, M.P.F.; Substituiçãode copa em cajueiros jovens como alternativa para pomaresimprodutivos. Informativo, Fortaleza, n.2, abr. 1993.

SILVA, V.V. da. Aspectos agroeconômicos sobre a cultura docajueiro. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1993. 124p. Obracoordenada por Valderi Vieira da Silva .

.,,