oficinas e prÁticas urbanas

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OFICINAS E PRÁTICAS URBANAS Abertura | 18/02 | 10h Ricardo Trevisan | Coordenador ENANPARQ e presidente da ANPARQ Ângela Gordilho | ANPARQ, Residência AU+E PPGAU-UFBA Liza Maria Souza de Andrade Caio Frederico e Silva Coordenação - Oficinas e Práticas Urbanas Representantes da Universidade de Brasília: Olgamir Amancia Ferreira | Decana de Extensão - UnB Marcos Thadeu Queiroz Magalhães | Diretor - FAU/UnB Luciana Saboia | Coordenadora PPG - FAU/UnB Carlos Luna | Coordenador de Extensão - FAU/UnB Palestra | 18/02 | 10h30min Resistências e prática urbanas: a experiência do Escritório de Integração da PUC/Minas entre 2015 e 2020 Alícia Duarte Penna Eduardo Moutinho Ramalho Bittencourt Tiago Castelo Branco Lourenço Viviane Zerlotini da Silva

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OFICINAS E PRÁTICAS URBANAS

Abertura | 18/02 | 10h

Ricardo Trevisan | Coordenador ENANPARQ e presidente da ANPARQ

Ângela Gordilho | ANPARQ, Residência AU+E PPGAU-UFBA

Liza Maria Souza de Andrade

Caio Frederico e Silva

Coordenação - Oficinas e Práticas Urbanas

Representantes da Universidade de Brasília:

Olgamir Amancia Ferreira | Decana de Extensão - UnB

Marcos Thadeu Queiroz Magalhães | Diretor - FAU/UnB

Luciana Saboia | Coordenadora PPG - FAU/UnB

Carlos Luna | Coordenador de Extensão - FAU/UnB

Palestra | 18/02 | 10h30min

Resistências e prática urbanas: a experiência do Escritório de

Integração da PUC/Minas entre 2015 e 2020

Alícia Duarte Penna

Eduardo Moutinho Ramalho Bittencourt

Tiago Castelo Branco Lourenço

Viviane Zerlotini da Silva

O acesso às Oficinas será realizado pelo site do VI Enanparq. Os interessados devem estar na plataforma com 15 min de antecedência e aguardar a sala abrir (clicar no link da Oficina e aguardar a entrada).

OF-1 - DA TORRE À CATEDRAL - NARRATIVAS PEDESTRES

O objetivo principal desse exercício é compreender como o caminhar pode ser útil à arquitetura como instrumento cognitivo e projetual, um meio para se reconhecer no ambiente e inventar novas modalidades de intervenção nos espaços públicos metropolitanos, para pesquisá-los e torná-los visíveis. Além disso, promove o fomento de habilidades de representação oral e gráfica com apresentação de novos instrumentos de observação e escuta da realidade (cartografias qualitativas).

OF-2- HABITAR ÁGUA: UM [RE]HABITAR EM TEMPOS DE URGÊNCIA

Em qual mundo queremos habitar? Propor esta questão nos parece uma tarefa mais do que urgente ao nos reconhecermos herdeiros do extrativismo e do colonialismo. Ela é a força motriz do método de projeto Terceira Margem. Antes de desenhar e construir convidamos os habitantes a fazer uma série de exercícios sensoriais e lúdicos de [re]conexão com a Terra, que resultam na demanda real de projeto. Trata-se de sentir esse organismo vivo do qual fazemos parte através da reativação da nossa relação com seus elementos. A Terra é um ser que tem coração e respira e [re]sentir essa possibilidade pode metamorfosear os nossos modos de habitar, e também de desenhar e construir os ambientes em que vivemos. Fragmentos da oficina Habitar Água serão aqui propostos com o objetivo de nos afastar dos automatismos e funcionalismos e nos aproximar das relações que nos fazem vibrar com esse elemento.

OF-3 - JARDINS DO CERRADO: PROJETO E AÇÃO EM BRASÍLIA

O objetivo desta oficina é promover um ambiente de reflexão sobre a importância e as ameaças que o cerrado vem sofrendo, bem como as possibilidades de ação, no âmbito da Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo, em diálogo interdisciplinar com outros saberes, para salvaguardar o bioma. Adaptado para o ambiente virtual, o evento terá a duração de 2hs e contará com a apresentação, seguida de debate, de duas frentes de trabalhos extensionistas e voluntários – uma no âmbito do paisagismo naturalista do cerrado e outra no âmbito da restauração ecológica - que têm sido desenvolvidos em Brasília/DF, por diversos atores – UnB, ICMBio, Escritório Jardins do Cerrado –, para valorizar e salvaguardar o cerrado. Serão apresentados os trabalhos realizados no Jardim de Louise do IB-UnB, Jardim do ICC Sul-UnB, Jardim da Rotatória da SQN 410/411 e os experimentos no Parque Nacional de Brasília, todos realizados com a participação de estudantes e da comunidade.

OF-4 - PATRIMÔNIO CULTURAL, DIREITO À CIDADE E INVENTÁRIO PARTICIPATIVO.

Na oficina iremos refletir sobre o patrimônio cultural à luz do direito à cidade, tendo como foco a valorização de outros patrimônios possíveis a partir da abordagem de inventários participativos. Iniciaremos com uma apresentação da experiência da Rede Paulista de Educação Patrimonial (REPEP) com o Inventário Participativo Minhocão Contra Gentrificação que foi elaborado em São Paulo entre 2015 e 2019. Em seguida, estruturamos 4 momentos de produção colaborativa entre os participantes sobre as abordagens de: inventariar, trabalho de campo, entrevista/trabalho de escuta, e compreensão da dimensão social do patrimônio. Por fim, faremos um debate coletivo sobre as reflexões construídas durante a oficina. Assim, esperamos contribuir para a democratização do patrimônio cultural e a produção de abordagens participativas na luta pela conquista de direitos coletivos na construção das cidades.

OF-5 - A PRODUÇÃO DO HABITAT DO SABER CAMPONÊS NO ASSENTAMENTO PEQUENO WILLIAM – MST

Pretende-se proporcionar a ecologia de saberes entre estudantes e professores com os camponeses do Rancho de Terra, localizado no Assentamento Pequeno William – MST. A oficina está estruturada em dois momentos: (1) apresentação da evolução histórica do assentamento, da comunidade solidária e do planejamento espacial do território com as práticas agroecológicas vitoriosas dos moradores para driblar a escassez hídrica e a falta de recursos para produzir alimentos; (2) expor os projetos participativos dos espaços socioprodutivos, as tecnologias de saneamento não tradicionais e autoconstrução da habitação com bioconstrução em taipa de mão, também conhecida como pau-a-pique ou taipa de sebe, barrado, casa de sopapo. A ecologia de saberes foi potencializada com a participação dos camponeses na pós-graduação do Curso de Especialização Reabilita do PPG-FAU/UnB. A Extensão “ao contrário” no meio rural a partir do saber popular e a apropriação da realidade camponesa permite o aprendizado em conteúdo, ainda não explorados nos currículos dos cursos de arquitetura e urbanismo.

OF-6 - CONSERVAÇÃO DE RUÍNAS SETECENTISTAS EM MINAS GERAIS, BRASIL: REVALORIZAÇÃO E DIFUSÃO DO COMPLEXO DE EXPLORAÇÃO AURÍFERA DO FORTE DE BRUMADINHO, SERRA DA CALÇADA.

A oficina tem por objetivo explicar as características histórico-culturais da Serra da Calçada, entendendo aquela paisagem como cultural formada por diversas camadas históricas, como um palimpsesto. Entendendo a preservação não como apenas uma mera fruição estética, mas como uma abertura que remete à luta histórica do ser contra a ocultação, para o exercício de sua plenitude. A tecnologia utilizada para a dinâmica da exploração do minério nos séculos XVII-XVIII, patrimônio proto industrial, será objetivo também sob o ponto de vista da Decolonização devido à presença maciça de negros escravizados naquele ofício.

OF-7- CAMINHOS PARA OUTROS MUNDOS: UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A BRANQUITUDE NO ESPAÇO DE BRASÍLIA

O mundo que se vive é um de tantos, tantos que já foram, outros que virão. A realidade material que experimentamos é produto de processos violentos de dominação, estratégias de manutenção do poder colonial. Sua lógica se estrutura na separação que fundamenta a diferença entre existências, localizando nas mãos brancas esse poder. Carregando a vida de uma energia de morte, desencanta impondo as amarrações que configuram esse emaranhado de dor que alimenta e sustenta esse sistema. Tentar desatar esse nó é o objetivo desta oficina, buscando por saídas possíveis para o carrego imposto pelo poder colonial, branco. Pretendemos, então, dissecar o que é a branquitude e suas formas de dominação, compreendê-las como processos históricos, que possuem em sua origem a ilusão fundadora deste mundo colonial. A partir de uma criação poética/política/ética, contestar o mundo herdado, criando a possibilidade de imaginar outros possíveis, tendo Brasília como cenário para esta transmutação.

OF-8 - A CIDADE EM DISPUTA: OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

A proposta de oficina decorre das atividades lúdico-didáticas desenvolvidas pelo Projeto de Pesquisa e Extensão Cartilha da Cidade, integrante do Grupo de Pesquisa Arquitec (Arquitetura, Inovação e Tecnologia) do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU-USP), com o objetivo de contribuir à educação urbana - erroneamente considerada restrita a apenas alguns agentes urbanos, como os pertencentes ao campo de conhecimento da Arquitetura e do Urbanismo -, entendida como construção coletiva e crítica fundamental à formação cidadã. A oficina baseia-se em um jogo que aborda as Operações Urbanas Consorciadas (OUC), instrumento urbano previsto no Estatuto da Cidade, que evidencia a cidade como espaço de disputas de interesses, significados e poderes, além de teatro de contradições e embates.

OF-9 - MORADIA SOCIAL E CONVERGÊNCIAS SOCIOECOLÓGICAS 2021

Propõe-se trabalhar significados da moradia no contexto da multiplicidade do público que a demanda, a ação do Estado e visões alternativas. Refletir sobre processos de territorialização de grupos organizados, considerando coexistências socioecológicas em meio a impactos persistentes. Construir coletividades e conectividades por meio do reconhecimento do lugar das práticas comunitárias emergentes. Considerar as coletividades como resultados de construções históricas e cotidianas num contexto de diferenças e adversidades, numa perspectiva de constituição de grupos, processo que repercute no fortalecimento político e afetivo entre as pessoas e destas com o lugar. Quanto às conexões, valoriza-se o debate que varia entre as escalas da família, dos núcleos habitacionais e do contexto social. Utilizam-se o caminho das Metodologias Integrativas como abordagem múltipla que facilita a imersão em linguagens diferentes da racionalidade lógico-verbal. Esperam-se resultados no campo da subjetividade, com reflexões quanto ao papel de cada um na articulação social abrindo-se para criatividade coletiva.

OF-10 - PERCEPÇÃO E COMUNICAÇÃO: A PAISAGEM DESDE A PERSPECTIVA DA CRIANÇA

A oficina tem como objetivo sensibilizar a percepção de adultos profissionais da arquitetura e urbanismo para os olhares e anseios das crianças no âmbito espacial, colocando também o desafio da interlocução entre os grupos. O que as crianças estão querendo dizer? Como estão dizendo? Nós realmente estamos entendendo? Durante o encontro, os participantes serão convidados a refletir sobre a paisagem urbana a partir do olhar de uma criança pequena a partir da exibição do curta “Caminhando com Tim-Tim”. A seguir, serão apresentados ao contexto de uma praça urbana, para que possam pensar em estratégias de intervenção a partir de questões apontadas, simulando uma prática comum no campo da arquitetura e urbanismo. Por fim, pretende-se discutir os projetos arquitetônicos dos espaços públicos de brincar, que são pensados por adultos, e como podemos construir cidades mais acolhedoras por meio do diálogo e participação das crianças.

OF-11 - AGROECOLOGIA URBANA EM BRASÍLIA

Através de uma roda de conversa, busca-se apontar para possibilidades outras na relação com o território, com foco em questões socioambientais. Refletir sobre a perspectiva da agroecologia na cidade a partir de experiências existentes, com foco nas comunidades urbanas que sustentam a agricultura, no caso especifica do instituto Horta Girassol. Observaremos as dimensões relacionadas à produção e consumo consciente do alimento em Brasília, buscando assim incentivar o reconhecimento de camadas pouco perceptíveis da ecologia da cidade.

OF-12 - RECONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA E LEITURAS DE LUGARES, ESPAÇOS E IMAGENS.

O momento atual nos estimula a repensar a forma que habitamos os lugares, sejam públicos ou privados. Assim, colocam-se algumas questões: será que durante a pandemia da COVID-19, revisamos a maneira como nos colocamos, permanecemos e cultivamos esses lugares e espaços projetados, ou será que não estávamos, de fato, habitando-os, e descobriremos ainda os verdadeiros sentidos do habitar? Deste modo, esta oficina objetiva levantar reflexões sobre relações apreendidas entre o estar em um espaço e como este pode ser expresso por meio de imagens. A partir da experiência individual, o espaço arquitetônico pode inspirar o surgimento de múltiplas experiências e gestos pertencentes ao campo da memória. Pretende-se instigar a visualização da casa como ponto de partida para o devaneio a outros lugares e sensações, de maneira a incorporar o imaginário nesta experiência, questionando sobre o sentir, as texturas, memórias, olfatos e experiências que podem ser presenciados no habitar.

OF-13 - CAMINHAR_MAPEAR_HABITAR COMO PROCESSOS COLABORATIVOS

Esta oficina propõe uma experiência de caminhada virtual no espaço da Rodoviária de Brasília e imediações, por meio do uso das plataformas digitais Google Street View e My Maps, com o objetivo de criar registros dos percursos realizados, mediante a marcação de pins e inserção de dados, identificando referências vinculadas não apenas à qualidade do espaço físico (dimensão, escala, gabarito, texturas, cores, etc.), mas também colhendo pistas, ou evidências, do grau (e da qualidade) da interação entre as pessoas e o espaço. Interessa-nos reconhecer formas de qualificação dos lugares pela mobilização dos sentidos; diversificar os modos de interação entre representações e práticas de apropriação do espaço; explorar métodos de leitura sensível da realidade como suporte à projetação; criar mapeamentos e inventários colaborativos dos percursos vividos. Os resultados apontam para discussões acerca de diferentes racionalidades perceptíveis no território, envolvendo um campo de dimensões simbólicas, como entradas fundamentais para a projetação.

OF-14 - JOGO DE TABULEIRO "GERA!"

O jogo de tabuleiro “Gera!” é uma tecnologia social desenvolvida para guiar uma atividade lúdica de discussão de cenários alternativos para os espaços livres urbanos, uma ferramenta criada para acolher percepções do público e defender a autonomia do povo na transformação do espaço que habita. A natureza cooperativa do “Gera!” é representada pela vitória da coletividade à medida que os jogadores solucionam os problemas postos no tabuleiro e propõem melhorias urbanas para o lugar em discussão. No cenário contrário, representado pelo acúmulo de problemas sobre o tabuleiro, todos os jogadores partilham a derrota. Em época de pandemia de Covid-19, novas questões demandam atenção específica para áreas urbanas em que se sobrepõem a degradação ambiental e a precariedade habitacional. Por esse motivo, propõe-se um exercício coletivo de planejamento do território que estimule a busca de soluções para os problemas relacionados a essa crise.

OF-15 - PRÁTICAS COMUNICATIVAS EM SITUAÇÕES DE CONFLITOS SOCIOTERRITORIAIS: TRAMAS DE EXPERIÊNCIAS E TROCAS METODOLÓGICAS DE CONSTRUÇÃO COLETIVA

A oficina pretende discutir sobre os cruzamentos entre comunicação e território nas práticas coletivas em contexto de conflitos socioespaciais a partir de dois eixos: (I) Trocas de conhecimentos e metodologias participativas na relação universidade/comunidade; e (II) Ferramentas de mobilização social e engajamento comunitário em torno de pautas de interesse comum. Baseada na construção partilhada de uma cartografia multimídia das atuações de grupos de pesquisa, assessorias técnicas, coletivos ativistas, movimentos sociais e associações de bairros populares, a metodologia sugerida pretende acionar momentos de compartilhamentos de experiências entre os participantes de modo a construir leituras e reflexões críticas sobre o tema em questão. Esta oficina surge a partir da atuação do Coletivo Trama, que articula os campos da Arquitetura, Urbanismo, Comunicação, Educação e Arte por meio de pesquisas, oficinas e criações compartilhadas, aproximando experimentos multilinguagens às lutas socioterritoriais em Salvador/BA. Informações complementares: https://bit.ly/3rQ4ZEK

OF-16 - EXPERIMENTAÇÕES EM PROCESSOS COLABORATIVOS - CONSTRUINDO O PLANO DE MANEJO DO PARQUE DISTRITAL DE SÃO DEBASTIÃO

Com intuito de ativar espaços urbanos com potencialidades pré-existentes, pretende-se elaborar, colaborativamente, um plano de ação para futuras intervenções coletivas. Os processos colaborativos têm o poder de fortalecer grupos locais pelo uso do espaço urbano. A partir da ativação do espaço, as relações entre indivíduos também podem ser ativadas. Assim, espaços ativos em territórios urbanos segregados, muitas vezes marginalizados, podem contribuir para que interações sociais aconteçam. Nesse contexto, a oficina visa à construção de um planejamento prévio de atuação em um processo comunitário para construção coletiva do Plano de Manejo do Parque Distrital de São Sebastião no Distrito Federal, utilizando-se ferramentas específicas para incentivar práticas solidárias e em favor de toda a população local.

OF-17 - CARTOGRAFIA DAS CONTROVÉRSIAS: A ATHIS NO BRASIL

Esta oficina tem como objetivo a construção de uma cartografia das práticas das Assessorias Técnicas de Habitação de Interesse Social (ATHIS) realizadas em territórios autoconstruídos (favelas, ocupações urbanas etc.) no Brasil. Tal cartografia é de grande relevância por permitir mapear e relacionar as diversas configurações da assessoria técnica no país, principalmente aquelas pautadas por processos participativos e compartilhados. As oficinas serão desenvolvidas junto a importantes grupos de ATHIS do Brasil, por meio de entrevistas e pesquisas na internet, buscando elencar: (1) formação dos grupos envolvidos (assessores e grupos sociais); (2) instrumentos metodológicos usados em campo; (3) conceitos e discursos que as subsidiam, como por exemplo, construção da cidadania e da autonomia dos envolvidos; (4) seus avanços e impasses na construção de uma política habitacional mais justa e democrática para o país. Tais informações deverão ser transformadas em peças gráficas (linha do tempo, mapas etc.), por meio de plataforma colaborativa, para que, ao final da oficina, sejam identificadas as tangências e divergências entre as práticas cartografadas.

OF-18 - ABSTRAÇÃO IMAGÉTICA E EXPLORAÇÃO DE CONCEITO NO ESPAÇO

A estrutura desta oficina foi baseada em um workshop seguido de um seminário dos arquitetos Eva Prats e Ricardo Flores na Faculdad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo da Universidad de Buenos Aires. Entitulado “Through the canvas: architecture inside dutch paintings” Prats e Flores tinham a intenção, com este trabalho, de gerar reflexões sobre a atmosfera doméstica, o espaço e a história da casa ocidental a partir de pinturas de Pieter de Hooch do século XVII. O desenvolvimento da presente oficina tem a intenção de exercitar aspectos que consideramos essenciais na prática projetual: conceito, imaginação e autoconhecimento. Entendemos que a forma que aprendemos a projetar tem impacto direto na arquitetura que produzimos. Propõe-se a tradução das imagens do tarô em formas espaciais após uma “tiragem individual”. Trata-se de um diálogo com o inconsciente dos participantes, buscando ir além de aspectos racionalizantes, comuns nos processos de desenvolvimento de projeto dentro das academias.

OF-19 - O PROCESSO DE DOCUMENTAÇÃO DAS CIDADES, E CRIAÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS, POR MEIO DO MÉTODO (IN)VISIBLE CITIES

Vivenciar a cidade é um processo de percepção coletivo e temporal, que se reverbera a partir do entendimento de sua morfologia, percebido pelos indivíduos que a utilizam como parte das relações geradas por meio de contato mediado ou direto, garantindo a singularidade de sua percepção. Apesar de precisarmos de “pontos de referência” para evocar a imagem da cidade, o processo de construção mental é individual, advindo das práticas sociais coletivas da memória como fenômeno social, percebendo signos e significados. A fim de ofertar o conhecimento sobre o processo de documentação histórico e temporal, propõe-se a utilização do método Visible Cities, compartilhado por aula expositiva dialogada sobre a percepção geográfica e mental para fins de documentação, por meio da percepção individual sobre a coletiva, permitindo a elaboração da prática de roteirização e utilização de software de edição de vídeos e filmagem pelo celular.

OF-20- A PAISAGEM ENQUANTO UM DIREITO: DA DIMENSÃO ESTÉTICA À POLÍTICA.

A oficina parte da premissa de que, cada vez mais, as dimensões da vida coletiva (culturais, espirituais, simbólicas) e da natureza são reduzidas a mercadorias dentro do capitalismo global, e que este, mais que um modo de produção, é hoje um regime cultural e civilizatório; ou seja, se estende aos domínios que dificilmente se concebem como capitalistas, da família, da concepção de tempo livre às relações com os que nos estão mais próximos, da avaliação do mérito científico à avaliação moral dos comportamentos que nos afetam. Dentro do atual cenário, que nos coloca um desafio originado em um momento de pandemia e confinamento social, a proposta dessa oficina é refletir sobre qual é o papel e a importância de pensar e discutir a paisagem em um cenário urbano, bem como novas formas de atuação dos profissionais de arquitetura e urbanismo em seus campos de trabalho.