ojornal 10/10/2010

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As operações policiais na semana que passou revelam que Arapiraca continua na preferência dos ladrões de cargas co- mo ponto de esconderijo de distribuição do material roubado. A polícia intensifica o combate aos assaltantes. Página A21 CMYK Agreste é rota preferida dos ladrões de cargas Eleição mantém diversos setores da economia aquecidos Houve pequena desaceleração, mas segmentos específicos ainda lucram com a disputa no segundo turno R$ 2,00 L L JORNA O JORNA O www.ojornalweb.com ALAGOAS Maceió, domingo, 10 de outubro de 2010 | Ano XVII | Nº 21 | www.ojornalweb.com | Exemplar de assinante Yvette Moura Página A25 Páginas A9, A10 e A11 Crianças com deficiência visual encontram na Escola de Cegos Cyro Accioly uma porta escancarada para a inclusão social. Entre me- ninos e meninas com essa deficiência, a escuridão ganha cores definidas no acolhimento, carinho e amor que recebem. Página A19 Quatro meses depois das enchentes, pessoas que perderam suas casas convivem com a incerteza do futuro Desabrigados vivem sem perspectivas As cores que o amor revela na escuridão Mais Pró-Amor no Dia das Crianças Mayana Neiva e a atrapalhada Desirée A sustentabilidade se aprende desde criança Como ocorreu no primeiro turno da eleição deste ano, as ferramentas da Inter- net continuam sendo usadas na segunda etapa do pleito. A principal aposta é no Twitter, através do qual os candidatos in- teragem com seus eleitores. Página A3 No 2º turno, campanha na Internet prossegue Atual campeã do Circuito Nacional de Vôlei de Praia, a “alagoana” Talita conce- deu entrevista a O JORNAL e falou de projetos. A jogadora iniciou a carreira no CRB e sonha em buscar uma medalha na Olimpíada de 2012, em Londres. Esportes Talita diz que sua meta é medalhar nas Olimpíadas Lula Castello Branco

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Agreste é rota preferida dos ladrões de cargas CMYK Houve pequena desaceleração, mas segmentos específicos ainda lucram com a disputa no segundo turno Mayana Neiva e a atrapalhada Desirée Mais Pró-Amor no Dia das Crianças A sustentabilidade se aprende desde criança Exemplar de assinante Páginas A9, A10 e A11 Página A25 RR$$ 22,,0000 Maceió, domingo, 10 de outubro de 2010 || Ano XVII || Nº 21 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || Yvette Moura Lula Castello Branco

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Page 1: OJORNAL 10/10/2010

As operações policiais na semana quepassou revelam que Arapiraca continuana preferência dos ladrões de cargas co-mo ponto de esconderijo de distribuiçãodo material roubado. A polícia intensificao combate aos assaltantes. Página A21

CMYK

Agreste é rota preferidados ladrões de cargas

Eleição mantém diversos setores da economia aquecidosHouve pequena desaceleração, mas segmentos específicos ainda lucram com a disputa no segundo turno

RR$$ 22,,0000

LLJORNAO JORNAO

www.ojornalweb.com

ALAGOASMaceió, domingo, 10 de outubro de 2010 || Ano XVII || Nº 21 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm ||

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Página A25

Páginas A9, A10 e A11

Crianças com deficiência visual encontram na Escola de Cegos Cyro Accioly uma porta escancarada para a inclusão social. Entre me-ninos e meninas com essa deficiência, a escuridão ganha cores definidas no acolhimento, carinho e amor que recebem. Página A19

QQuuaattrroo mmeesseess ddeeppooiiss ddaass eenncchheenntteess,, ppeessssooaass qquuee ppeerrddeerraammssuuaass ccaassaass ccoonnvviivveemm ccoomm aa iinncceerrtteezzaa ddoo ffuuttuurroo

Desabrigadosvivem sem

perspectivas

As cores que o amorrevela na escuridão

Mais Pró-Amor no Dia das Crianças

Mayana Neiva e aatrapalhada Desirée

A sustentabilidade seaprende desde criança

Como ocorreu no primeiro turno daeleição deste ano, as ferramentas da Inter-net continuam sendo usadas na segundaetapa do pleito. A principal aposta é noTwitter, através do qual os candidatos in-teragem com seus eleitores. Página A3

No 2º turno, campanha na Internet prossegue

Atual campeã do Circuito Nacional deVôlei de Praia, a “alagoana” Talita conce-deu entrevista a O JORNAL e falou deprojetos. A jogadora iniciou a carreira noCRB e sonha em buscar uma medalha naOlimpíada de 2012, em Londres. Esportes

Talita diz que sua meta é medalhar nas Olimpíadas

Lula Castello Branco

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JORNALO JORNALO

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

PolíticaQuem ficou no 1º turno tem até 2de novembro para prestar contasInformação é do TSE; obrigação também se estende para vices e suplentes

Da Editoria de Política,com TSE

Todos os candidatosque disputaram o pri-meiro turno das eleições2010 no domingo passa-do e que não vão concor-rer ao segundo turno têmaté 2 de novembro paraprestar contas à JustiçaEleitoral dos recursos re-cebidos e gastos na campanha. A obrigação da prestação decontas se estende, inclusive, aoscandidatos a vice e a suplente.Quem renunciou ou desistiu dacandidatura tem de prestar con-tas até o período que partici-pou do processo eleitoral.

Esse também é o último dia

para a apresentação das con-tas dos comitês financeiros e

dos partidos políticos.As contas de comitê fi-nanceiro único e de par-tido político que tenhacandidato ao segundoturno, relativa à movi-mentação financeirarealizada até o primei-ro turno também deveser entregue até o dia 2

de novembro.Os candidatos e vices que

disputarão a presidência daRepública e o governo doDistrito Federal e de oito esta-dos (Alagoas, Amapá, Goiás,Paraíba, Piauí, Rondônia,Roraima e Pará), no próximodia 31, devem apresentar as

contas até 30 de novembro. Atéesta data, o comitê financeiro eo partido político que tenhacandidato na disputa do segun-do turno também deve apre-sentar prestação de contas com-plementar, que abrange a arre-cadação e aplicação de recursosde toda a campanha eleitoral.

As contas de candidatos apresidente da República sãoanalisada pelo Tribunal Su-perior Eleitoral (TSE) e dosdemais (governador, senador,deputado federal, deputadoestadual/distrital) no TribunalRegional Eleitoral (TRE) doEstado por onde o candidatoconcorre. A decisão que jul-gar as contas dos candidatoseleitos tem de ser publicada

até oito dias antes da diplo-mação. O último dia para adiplomação dos eleitos é 17de dezembro.

SANÇÕES - A não presta-ção de contas impede a obten-ção de certidão de quitação elei-toral no curso do mandato aoqual o candidato concorreu. Oscandidatos ainda podem res-ponder por abuso do podereconômico. O partido, por si,ou por intermédio de comitêfinanceiro que descumprir asnormas de arrecadação e gas-tos de recursos da campanhaeleitoral perderá o direito aorecebimento da quota do fundopartidário do ano seguinte aoda decisão.

Enchentes: DNIT repassou na sextamais R$ 100 milhões a AL e PE

O Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transpor-tes (DNIT) repassou aos esta-dos de Alagoas e Pernambuco,na tarde da última sexta-feira,os R$ 100 milhões que serão uti-lizados na reestruturação de es-tradas estaduais e vicinais, nosacessos a municípios e distri-tos, além da reconstrução depontes e contenção de encostas

em áreas atingidas pelas chuvasdo mês de junho.

Os recursos foram transfe-ridos por meio das Notas deEmpenho 2010NE000297 e2010NE000298. A previsão eraenviar os recursos na próximasemana, mas o DNIT anteci-pou a transferência para a úl-tima sexta-feira.

Cada estado recebeu R$ 50

milhões. Estes recursos sãocomplementares aos R$ 72 mi-lhões liberados pelo DNIT emjulho para a realização de obrasemergenciais restabelecendo otráfego em rodovias e pontesatingidas pelas chuvas. O DNITintegra o gabinete de crise doGoverno Federal que, imedia-tamente após as chuvas, este-ve nas regiões alagadas em reu-

nião com os governadores paradefinir as providências a seremadotadas na recuperação dosestragos.

A responsabilidade pela fis-calização da aplicação dos recur-sos está a cargo do DNIT, com in-terveniência da ControladoriaGeral da União (CGU), queacompanha, passo a passo, a exe-cução das obras emergenciais.

Pauta [email protected]

PSOL E PCB

E fica a expectativa para as reuniões, esta semana, do Psol edo PCB para definir o posicionamento das legendas sobre o se-gundo turno das eleições em Alagoas. Ambas tiveram candidatosa governador no primeiro turno. No caso do Psol, a prioridade,inclusive do candidato Mário Agra, era a candidatura ao Senadoda vereadora Heloísa Helena, que acabou em terceiro lugar na dis-puta. Já o PCB, do candidato Tony Cloves, ganhou destaque pelodiscurso radical adotado pelo candidato e pelo partido contra osconcorrentes mais fortes da disputa. Em entrevistas, Cloves já vemadiantando que deve ficar neutro na disputa do segundo turnoentre Ronaldo Lessa (PDT) e Teotonio Vilela Filho (PSDB).

SABATINAS...

A Comissão Pastoral da Terra largou na frente na "mara-tona" de sabatinas pela qual os dois candidatos ao governoque estão no segundo turno - Ronaldo Lessa (PDT) eTeotonio Vilela Filho (PSDB) - passarão até a eleição. A CPTfez convites para entrevistas durante a edição da Feira daReforma Agrária, na Praça da Faculdade, entre os dias 13 e16 deste mês.

... DA CPT

O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) será o primeiroentrevistado, na manhã do dia 13, e o governador TeotonioVilela Filho (PSDB) participa do bate papo no dia 14. O pro-grama "Café Camponês" pretende debater temas ligados areforma agrária, produção rural e movimentos sociais.

ANTECIPAÇÃO

Por meio da Portaria 613/2010, assinada pelo desembar-gador-presidente Estácio Luiz Gama de Lima, o TribunalRegional Eleitoral (TRE), a exemplo do Tribunal SuperiorEleitoral (TSE), antecipou para amanhã o feriado referente aoDia do Servidor Público, que é comemorado dia 28 de outu-bro. A medida se dá, segundo o TRE, por causa da realizaçãodo segundo turno das eleições 2010 no dia 31 deste mês e dodesenvolvimento das diversas atividades de preparação e delogística que ocorrerão na semana que antecede o pleito.Quanto ao dia 28, o horário de expediente será normal nasede do TRE, em Maceió, e em todos os cartórios eleitoraisda capital e do interior.

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“Campanha virtual” continua no2º turno das eleições deste anoCandidatos não dispensam o Twitter na hora de interagir com eleitores

Gilson MonteiroRepórter

A rede so-cial Twitter foio meio de co-municação usa-do pelo sena-dor FernandoCollor (PTB)para agradeceraos eleitores

pelos 389.337 votos obtidos nadisputa pelo governo do Es-tado. O recado, postado namanhã da última segunda-feira, dia seguinte à eleição,mostra que, muito mais do queuma forma de pedir voto, a in-ternet revelou-se um eficientecanal de aproximação entrecandidatos e eleitores, colocan-do a rede mundial de compu-tadores como mais uma impor-tante, e não menos indispensá-vel plataforma de campanhaeleitoral.

Durante todo o primeiroturno, tornou-se comum o diá-logo instantâneo entre candi-

datos, majoritários ou propor-cionais, e eleitores, sobre o queestava acontecendo no cenáriopolítico. E a disputa virtual nãodeverá ser abandonada agorano segundo turno, quando adisputa se resume a apenasdois candidatos. Segundo oscoordenadores de campanhados candidatos que disputamneste segundo turno oExecutivo em Alagoas, a inter-net continua o “kit” de mídiadas duas candidaturas.

No Twitter, ferramenta re-cente, que ainda não existia empleitos anteriores, o candidatoRonaldo Lessa (PDT) tem 1.126seguidores, como são chama-dos os internautas que acompa-nham determinadas páginas; otucano Teotonio Vilela Filho(PSDB) alcançou, até o momen-to, 1.588 seguidores.

O jornalista Joaldo Caval-cante, da coordenação de cam-panha do candidato RonaldoLessa, avalia que as redes so-ciais, como o Twitter, não che-garam a angariar votos, mas

mostraram sua eficiência comoum importante canal de comu-nicação entre o candidato e oseleitores internautas.

“Foi uma experiência novapara todos, eleitores e candi-datos. No caso do Twitter, essaferramenta ajudou muito a dis-seminar o dia-a-dia do candi-dato, para onde iríamos, tiráva-mos dúvidas do eleitor, comen-tários a respeito do que era vei-culado no horário eleitoral daTV. Muitos formadores de opi-nião, inclusive, se pautavampelo que viam nas redes sociaisno final da noite ou no inicio damanhã”, avalia o jornalista.

“Quanto a angariar votos,acho que ainda não foi por aí.A internet, que em Alagoasdeve chegar a umas 600 milpessoas, tem um público dife-renciado, e apenas parte dessetotal acessa as redes sociais,esse público é formado por pes-soas que tem um nível de esco-laridade e de politização maior,que tem um padrão de vida di-ferenciado. Acho que internet

serviu mais para democratizaro debate”, avalia Joaldo Ca-valcante.

TUCANOS - Um dos resul-tados observados no uso da in-ternet pela coordenação decampanha da coligação enca-beçada pelo tucano TeotonioVilela Filho foi a repercussãodo horário eleitoral, por meiodos vídeos disponibilizados nosite Youtube.

“O Twitter foi a grande ar-ma da campanha deste ano.Seja para criticar, elogios, in-formar sobre denúncias de ir-regularidades cometidas peloscandidatos adversários, o twit-ter foi muito usado nesta cam-panha. Outro resultado positi-vo foi que os vídeos do horá-rio eleitoral foram disponibili-zados no youtube, e era muitoacessado. Alguns programastiveram milhares de acesso. Foiuma ferramenta muito impor-tante em nosso marketing elei-toral”, teoriza o coordenadorda campanha, Marco Fireman.

AA33Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Contexto

EXPRESSAS

A Krona Nordeste anuncia para 21 que vem o início daconstrução de sua fábrica em Alagoas, para produção de tubose caixa d´agua de PVC.

Eleita deputada federal, a ex-prefeita Célia Rocha(PTB) está percorrendo os municípios onde foi votadapara agradecer o eleitor. Foram 96 municípios.

Na semana passada, apenas os vereadores João Santos eAdalberto Saturnino compareceram à Câmara Municipal.

Mas, duas andorinhas só não fazem Verão – logo,também não faz sessão e a Câmara mais uma vez nãose reuniu.

O mal da ressaca da eleição não atinge apenas a Câmarade Vereadores de Arapiraca; em Maceió a Câmara Municipaltambém não se reúne há tempo.

Roberto Vilanova - [email protected]

NÚMEROS DE RISCO

Alagoas tem 2 milhões 33 mil e 483 eleitores, mas nem todosforam votar, e entre os que foram tem 232 mil e 360 eleitores queanularam o voto para governador.

São números oficiais, que foram divulgados pelo TribunalRegional Eleitoral (TRE).

Dos mais de 2 milhões de eleitores, o TRE registrou o com-parecimento às urnas de 1 milhão 583 mil e 844 eleitores – e, des-ses, 1 milhão 351 mil 484 votaram para governador.

Mais de 200 mil optaram por anular o voto para o governodo Estado.

Ou seja: dos mais de 2 milhões de eleitores, o TRE registrouapenas 1 milhão 351 mil e 484 votos válidos.

Mas o pior vem com o gigantesco número de abstenções – que,no primeiro turno, somou 22,11% ou 449 mil 639 eleitores.

O número de abstenções foi maior que a votação dada a Lessae Collor, individualmente, e quase a totalidade dos votos para TéoVilela – que obteve oficialmente 534 mil 962 votos e Lessa 394mil 155 votos.

Somando os 449 mil e 639 eleitores que se abstiveram devotar, com os 232 mil e 360 eleitores que anularam os votos paragovernador tem-se: 781 mil e 999 eleitores que podem ser con-quistados no segundo turno.

Uns, pelo convencimento de irem votar; outros, pelo con-vencimento e não anularem o voto.

São números frios que refletem a realidade preocupante dasruas, pois significam que quase a metade do eleitorado do Estadonão se interessou pela eleição majoritária.

É o perigoso tanto faz como tanto fez.

ALÔ

O senador FernandoCollor (PTB) telefonoupara a ex-prefeita e agoradeputada federal CéliaRocha (PTB), e os dois con-versaram por meia hora.Collor foi direto ao dizerque o candidato do PTBpara governador éRonaldo Lessa.

CHANCE

O candidato a gover-nador pela “Frente deOposição”, RonaldoLessa, vai aproveitar omáximo o “guia eleitoral”para desfazer a imagemque ficou embaçada noprimeiro turno sobre aquestão do registro de suacandidatura.

Equipe de Lessa diz que Twitter serve de canal de comunicação com eleitores Assessoria de Vilela afirma que microblog é “grande arma da campanha”

Especialista avalia que disputa é “laboratório”Especialistas consideram as

eleições 2010 uma espécie de “la-boratório” do uso das ferramen-tas disponíveis na rede, comoTwitter, Orkut e websites em umprocesso eleitoral. Para a especia-lista em marketing eleitoral, e di-retora da Associação Brasileirade Consultores Políticos, Gil

Castilho, a internet não chega aser determinante numa campa-nha eleitoral, pelo menos noBrasil, mas se revelou um canaleficiente de mobilização, sobre-tudo para a militância político-partidária.

“Independente de o Estadoter uma exclusão digital acen-

tuada, como é o caso de Alagoas,e outros, a internet ainda não de-cidirá a eleição. Mas o que temosobservado, é que as redes sociaisse revelaram um meio eficientede mobilização. Tornou-se muitocomum o diálogo entre a militân-cia, a abertura do debate. É umafunção que vai sendo descober-

to, neste primeiro momento,onde as eleições gerais de 2010acaba representando um grandelaboratório da utilização dessasnovas ferramentas numa cam-panha eleitoral. Posteriormenteé que poderemos dizer o que semostrou mais ou menos eficien-te”, teoriza a especialista. (G.M.)

Candidato Tony Cloves vira fenômeno no TwitterUm episódio emblemático

no Estado da repercussão doscandidatos no universo virtualfoi a visibilidade conseguida pelocandidato a governador do PCB,Tony Cloves, no Twitter. O can-didato, relegado ao esquecimen-to dos que não pontuavam naspesquisas de intenção de votos,virou fenômeno no microblog,no decorrer de debate entre oscandidatos a governador na TVPajuçara, afiliada da Rede Recordde Televisão.

Enquanto o debate do dia 20de setembro estava em anda-mento, Cloves se tornou fenô-

meno no microblog, que lotoude comentários sobre o desem-penho do candidato. Duranteum bom tempo, o candidato li-derou o ranking dos mais co-mentados no Twitter. EnquantoTony Cloves lançava suas farpascontras os adversários, ao vivopela TV, “twitteiros” alagoanosnão pararam de comentar e aprestar atenção no candidato, atéentão pouco expressivo.

Vários internautas do Estadochegaram a deixar recados nomicroblog em língua estrangei-ra, chamando a atenção de in-ternautas de outros países. O

candidato não só atribuiu suanotoriedade ao twitter e demaisredes sociais, como acredita queconseguiu votos após o sucessoentre os “twitteiros”.

“Acredito que entres os can-didatos majoritários eu fui oque mais se destacou na inter-net. Depois do sucesso no de-bate, que repercutiu no Twitter,o Brasil inteiro quis saber quemera Tony Cloves. Consegui umespaço muito grande graças àinternet. Ganhei essa projeçãoe acredito que, com certeza,consegui mais votos graças aessa projeção pela internet”,

afirma o candidato, que alémde ser sucesso no Twitter, tam-bém tem várias comunidadesno Orkut.

“Comecei a usar o Twitterdepois da campanha, e acheimuito útil. E agora já tem mui-tas comunidades no Orkut como ‘Obama do Sertão”, isso medeu uma visibilidade muitogrande. A internet se mostrouum termômetro muito impor-tante no processo eleitoral, quesó tende a crescer”, teoriza o can-didato, que obteve 8.758, ou0,65% dos votos válidos na dis-puta majoritária. (G.M.)

Eleitos deste ano aprovaram o uso de ferramentasPara alguns candidatos da

disputa proporcional, a inter-net foi mais do que um canalde interação entre candidatose eleitores. O deputado esta-dual e candidato eleito a de-putado federal Rui Palmeira(PSDB), se surpreendeu com ogrande número de eleitoresque solicitavam material decampanha pelo twitter.

“Foi bem interessante essaprimeira experiência com a in-ternet numa campanha eleito-ral em maior escala. Foi umgrande canal de interação como eleitor sim, mas o que maisnos surpreendeu foi o grande

número de eleitores internau-tas que nos pediam materialde campanha pelo twitter.Eram cerca de dez pedidos dia-riamente, e a equipe de campa-nha ia até a casa de o eleitor en-tregar o material. Foi uma sur-presa, e que muito nos ajudounesse processo. Foi uma ferra-menta muito eficiente”, ava-liou o deputado

“Mas além dessa questãodos pedidos do material decampanha, essas redes sociaistambém foram importante naaproximação com a sociedade.O twitter ajudou muito a es-palhar entre os internautas

nossa agenda de campanha, odia-a-dia de nossa campanha”,concluiu o candidato eleitocom 118.363 votos.

A assessoria de campanhado candidato eleito a deputa-do federal, João Lyra (PTB),aproveitou a página do candi-dato na internet para aprofun-dar informações que não ca-biam no espaço da TV ou doRádio.

“Foram colocados vídeos noYoutube que, no horário eleito-ral não couberam na íntegra,ou mesmo vídeos inéditos, quesó estavam disponíveis na rede.No site aproveitamos para co-

locar as propostas do candida-to na íntegra, aprofundandoessa informação. A internet semostrou muito eficiente nessaaproximação do eleitor com ocandidato, e certamente tende-rá a crescer nas próximas elei-ções”, informou a assessoria docandidato.

“O melhor da internet é queela ofereceu um espaço ilimi-tado para a campanha. Tantono site quanto nas redes so-ciais tudo era disponibilizado24 horas, sem limite de tempoe espaço, isso expandiu muitoas ações de marketing”, con-clui a assessoria. (G.M.)

FICHA ESTÁ LIMPA

Lessa diz que foi prejudicado no primeiro turno, masno segundo turno tudo será diferente.

PORTA FECHADA

Pinto de Luna obteve 24 mil 180 votos, mas se queixapor ter sido “discriminado”. Ele isenta o PT e culpa acoligação pela discriminação sofrida.

JURA

- “Minha gratidão aodoutor João Lyra é eterna”– disse o prefeito CíceroAlmeida (PP), ao comen-tar que “vibrou muito”com a vitória de JoãoLyra. “Foi o meu candida-to a deputado federal” –jurou Cícero Almeida.

FICA

Derrotado na disputapor uma vaga na CâmaraFederal, o ex-superinten-dente da Polícia Federal, ocearense José Pinto deLuna, continuará domici-liado em Maceió e anun-ciou que vai atuar comoadvogado na área federal.

LÍDER

Em Palmeira dos Ín-dios, o grande vencedorda eleição é “in memória”.Trata-se do conselheiroGeraldo Sampaio, falecidono começo do ano e que,mesmo no túmulo, con-seguiu dar à filha Patrícia(PT), candidata a deputa-da estadual, 2 mil 663votos.

FORA

Mas, Patrícia foi aúnica dos quatro can-didatos à AssembléiaLegislativa mais votadosem Palmeira, que não con-seguiu se eleger. RicardoNezinho (1 mil 291 votos),Flávia Cavalcante ( 1 mil266 votos) e FernandoToledo (1 mil e 76 votos)se elegeram.

EM QUEDA LIVRE

Arapiraca, que já contou com cinco representantesna Assembléia Legislativa, agora só tem dois deputa-dos: Ricardo Nezinho e Severino Pessoa.

TREINO INTENSIVO

Ocorre que o deputado Ricardo Nezinho é, hoje, ocandidato a prefeito da preferência do prefeito LucianoBarbosa, em 2012.

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- Você surpreendeu nasurnas?

- Me surpreendi com osmais de 38 mil votos que rece-bi. Eu não esperava que o povoalagoano fosse ser tão genero-so comigo. O que mais me or-gulha não é o mandato con-quistado, mas este apoio popu-lar. São mais de 38 mil votos,todos limpos.

- E quais seriam os moti-vos desta votação?

- Primeiro: o tra-balho que venhofazendo há mais de15 anos na televi-são. Segundo: o fa-to de não ter come-tido os erros dopassado. Em 2006,eu aparecia comoum dos favoritos,cometi uma sériede erros e termineinão me elegendo.Também utilizeiuma ferramentapoderosa: a inter-net. O que era legal,em todas as redessociais, eu utilizei.Percorri a pé, cida-des e ruas, enquan-to tive forças físi-cas, dando priori-dade a grande Maceió.

- Existiram parceiros nessacaminhada?

- É claro. Fiz parcerias compessoas idôneas, de bem, e queassim como eu queriam o bemde Alagoas. Posso citar o depu-tado federal João Lyra (PTB),que foi um parceiro determi-nante nessa minha caminha-da; o [ex-]deputado José Tho-maz Nono, o ex-deputado Ge-orge Clemente, que deu umaforça muito grande em SãoMiguel dos Campos, além deuma equipe pequena, masmuito aguerrida eque tinha certezada nossa vitória. Enessa equipe, eramexemplos, minhaesposa e minhas fi-lhas, todas nas ru-as, fazendo panfle-tagens e pedindovotos. A minhagarra, a minha dis-posição e a vonta-de de vencer foramdeterminantes emtoda campanha.

- Comemoroumuito?

- Claro. O me-lhor de tudo nessahistória é poderchegar a Assemble-ia sem ambições,de cabeça erguida, sem devernada a ninguém, e com votoslimpos, conquistados em umacampanha rua a rua, ondeapresentei meus planos, mi-nhas ideias para resolver nos-sos desafios.

- E quais surpresas nós ti-vemos na bancada federal?

- Alagoas só tem a ganharcom a bancada que foi eleita.É uma bancada com a sensibi-lidade de uma mulher comoCélia Rocha (PTB), alguém querepresenta o Agreste e o Sertãocom muito afinco; a experiên-

cia de um homem empreen-dedor como João Lyra, quevem da iniciativa privada semse descuidar com o povo maissimples e a juventude de umanovidade na política como odeputado Rui Palmeira(PSDB), que vem de uma famí-lia tradicional, mas se mostrouum destaque na Assembleia.Já no Senado você tem a gratasurpresa que foi a vitória deBenedito de Lira (PP), que foio grande vencedor desta cam-

panha – que fez umacampanha muitointeligente e vi-brante, que uniu obom humor a pres-tação de contas dotrabalho. Sem con-tar a manutençãodo mandato do se-nador Renan Ca-lheiros (PMDB).Resumindo: Ala-goas só tem a ga-nhar.

- Você foi oúnico comunica-dor eleito entretantos que foramcandidatos. Qualfoi o diferencial?A profissão aju-dou?

- Ser um comunicador au-menta mais a minha responsa-bilidade. Como jornalista, co-mo radialista, como apresenta-dor do Fique Alerta, na TVPajuçara, ganhei muita visibi-lidade, mas sei que não possojogar isso fora. Sem essa visi-bilidade eu não teria como ele-ger da forma como elegi, deuma forma limpa, sem com-pra de votos, sem cadastros, ecom muita campanha. Eu re-presento uma categoria, os jor-nalistas, os radialistas e comisso eu tenho uma responsabi-lidade muito grande. As pes-

soas depositam nagente muita con-fiança e muita es-perança, uma coi-sa, às vezes, alémdo normal, comose tivéssemos su-per poderes pararesolver todos osproblemas. O co-municador nãotem. A gente de-nuncia e cobra. Co-mo deputado euvou atuar em duasfrentes: vou de-nunciar e vou exi-gir que a lei sejacumprida.

- Quais as prio-ridades?

- Segurança. Eutenho vários projetos nessaárea, mas não posso descartarque também vou priorizar aEducação. Vou fazer de tudopara ser um deputado diferen-ciado, para mostrar aos demaisparlamentares que nós não po-demos ter uma Assembleiadesmoralizada, onde a popu-lação não respeita. Uma As-sembleia que não é alvo de go-zação, de piada e de chacota.Uma Assembleia que tem aconta de energia cortada, queé apontada como centro deroubalheira...Eu vou fazerminha parte para que a popu-

lação tenha uma outra visãodo que é o trabalho de um de-putado. A visão de que Assem-bleia é um poder. E é umpoder que pode ser mais pre-sente na vida de todos, poistudo passa por aque-la casa.

- Você assumiuem 2008 na “ban-cada dos suplen-tes” que tiveram aoportunidade deassumir os manda-tos dos deputadosafastados pela O-peração Taturana.No entanto, dentrodaquele grupo, sóvocê teve uma vo-tação expressiva.Onde foi que eleserraram?

- Primeiro: la-mento. Porque comeles eu tive a chan-ce de conviver compessoas especiais, aexemplo do Dino Filho, doManoel Sant’anna e do GeorgeClemente [que não foi candi-dato], entre outros. Passada

aquela fase, já que eu tinha aplena convicção de que aqui-lo era um momento, era pas-sageiro, era um mandato quenão era muito legítimo. E tudoque passei ali me ensinou bas-

tante. As provações,humilhações, pro-vocações me fize-ram aprender. Re-solvi então traba-lhar de verdadepela minha eleição.Eu não aceitei o re-sultado de 2006,pois eu poderia terido mais além domeu desempenho.Agora creio quecada caso é um ca-so. Lamento muitopor eles, mas fizminha parte.

- Qual sua ava-liação da atualMesa Diretora?

- A Assembleiatem hoje um presi-

dente como Fernando Toledo,por quem eu tenho um apreçomuito grande. Ele é uma pes-soa de fino trato, que encontra

dificuldades para gerir aquelaCasa. Até porque, a bem daverdade, a parte financeira daAssembleia é uma caixa-preta.Porque sempre que aconteceum problema se remete ao anode 1994. Como nãoestava lá eu aindanão tenho o conhe-cimento se o débitoé do passado. Eucomo deputadonão sei, nem a po-pulação...mesmoassim avalio o tra-balho da Mesa Di-retora atual comoregular. Esperouma Mesa que pos-sa trabalhar bemmais.

- E você já temposição sobre aeleição da MesaDiretora para obiênio 2011/2012?

- Já teremosconversas neste fimde semana. Muitas reuniões esondagens já estão acontecen-do, mas o fato de estarmos àbeira de um segundo turno faz

com que essas negociações nãoocorram em um ritmo aindamais acelerado. Essa indefini-ção atropela um pouco qual-quer decisão. Já fui procura-do por três grupos que foramformados para disputar aMesa Diretora,mas tudo issopassa pelo crivo de quem seráo próximo governador. Afinal,o governo tem uma influênciamuito grande, como sempreteve, na escolha do futuro pre-sidente da Assembleia.

- Jeferson Morais é candi-dato a presidente?

- A princípio não, mas sehouver um consenso, garantoque estou pronto. Agora a per-gunta tem que ser: com o meuperfil de tratar as coisas, euseria um bom presidente paraos deputados? Eu creio quenão.

- E a eleição para o gover-no?

- É a mais acirrada dos úl-timos 30, 40 anos. Agora temosdois candidatos que lutarammuito e estão na disputa do se-gundo turno. O Téo em quemvotei e o Ronaldo Lessa. Acre-dito na vitória de Téo, mas nãopodemos subestimar a forçapolítica de Lessa. Quem vai de-terminar o resultado é o guiaeleitoral. O alagoano vai saberescolher o melhor. Tomara queseja um governador com forcapolítica suficiente para acabarcom os problemas de Alagoas,especialmente garantir maissegurança ao cidadão. Nós es-tamos bem perto de viver umclima de guerra civil.

- Seria o crack?Este, talvez, seja o princi-

pal problema do Brasil. O go-verno federal não se mostroucompetente e não consegue fe-char nossas fronteiras. E ocrack não é uma droga feitaaqui, ela vem de fora, e preci-sa ser barrada na fronteira. Éuma porta aberta para o tráfi-co de armas e de drogas.Então, o combate tem que serfeito aqui. Hoje, dificilmente,você vê um “cheira-cola” nasruas de Maceió. Eles sumiram.Melhor: eles viraram os“nóias”. Eles cheiravam colapara matar a fome, agorafumam crack. O jovem é atraí-do para o vício e depois queexperimenta não conseguemais deixar. Ele começa a gas-tar o pouco que tem, depoispassa a fazer pequenos furtosdentro de casa, daí é um pulopara começar a roubar na rua.Quando não consegue é que acoisa piora, pois existe uma leino tráfico, o traficante não per-doa quem usa e não paga.

- E isso termina como?- Traficante não aceita calo-

te. Morre como exemplo. Asmortes que estamos

vendo são fruto docrack. É a drogaque desbancou amaconha. É umadroga nova quevicia muito rápidoe se espalha, eudiria que é a cocaí-na do pobre. Eudiria hoje que decada 10 mortes emMaceió, nove temrelação direta como mundo das dro-gas. E dessas novemortes, as novesão cometidas comarmas de fogo. Oproblema do crackestá no Santos Du-mont, passando naPajucara, Farol,

Bebedouro, Ponta Verde. Estána periferia e nas coberturasdos mais ricos. O crack matamais do que imaginamos.

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Alexandre H. LinoRepórter

Odeputado estadual Jeferson Morais (DEM) recebeu 38.043 votos na eleição desteano e conquistou de vez o mandato que exerceu como suplente diversas vezesnos últimos quatro anos. Ele avalia que soube consertar os erros cometidos em

2006 para conquistar uma das 27 vagas na Assembleia Legislativa. De família humilde,Morais afirma que trabalhou muito na vida para chegar onde chegou.

Jornalista, radialista e um dos mais famosos apresentadores da história da TV alagoa-

na, ele diz que resolveu entrar na política “para cumprir o que considera como uma mis-são”. Preocupado com os mais pobres, o deputado estadual aponta para necessidade demoralização da política, sem esquecer de que o trabalho tem que ser aliado a Educação,sem se esquecer da atuação com parceiros, do poder público e da iniciativa privada.

Bem humorado, ele conversou por mais de uma hora com O JORNAL na última quin-ta-feira, ainda comemorando a expressiva votação que o fez ser o candidato mais votadoem Maceió. Na entrevista falou sobre seus projetos, especialmente na área de segurança,bem como analisou a atual Mesa Diretora a eleição para o futuro presidente daAssembleia e o segundo turno para o governo de Alagoas.

AA44 Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

ENTREVISTA/JEFERSON MORAIS

“Vou exigir que a lei seja cumprida”

“Me surpreendi

com os mais

de 38 mil votos

que recebi”

“Alagoas só

tem a ganhar

com a bancada

que foi eleita”

“A parte

financeira da

Assembleia

é uma

caixa-preta”

“Estamos bem

perto de viver

um clima de

guerra civil”

Fotos: Marco Antônio

Page 5: OJORNAL 10/10/2010

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JORNALO JORNALO

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] AA55

Michel Temer critica oimpasse na Ficha LimpaCongresso em Foco

O candidato a vice-presi-dente da República na chapa dapetista Dilma Rousseff, deputa-do Michel Temer (SP), criticoua falta de decisão do SupremoTribunal Federal (STF) quanto àaplicação da Lei da Ficha Limpapara as eleições deste ano.Segundo Temer, ao arquivar orecurso do ex-candidato a go-vernador de Distrito Federal Joa-quim Roriz (PSC) – que, parafugir dos efeitos da lei, renun-ciou à candidatura e pôs a espo-sa em seu lugar –, o STF nãoagiu em sintonia com a socie-dade.

“É importante termos umadecisão sobre a matéria. Aodeixá-la sem resposta, o Supre-mo cria uma insegurança jurí-dica em relação ao próprio sis-tema eleitoral, uma vez que vá-rios candidatos eleitos estãosub judice”, disse Temer aoCongresso em Foco, lembran-do que a proposta, por ser deiniciativa popular referendadapelo Legislativo e pelo TribunalSuperior Eleitoral (TSE), tem orespaldo da opinião pública edos poderes – a despeito doimpasse no Judiciário.

A indefinição do STF levouo Congresso em Foco a proporum abaixo-assinado pedindoaos ministros da corte que defi-nam o mais rápido possível sea Lei da Ficha Limpa vale ounão para as eleições deste ano,acabando, assim, com tamanhainsegurança jurídica.

Temer comentou também ainiciativa do site. “A internet éum campo livre, aberto para a

população, como outros cam-pos que têm surgido nos últi-mos anos. É importante ter essetipo de espaço para esse apelopopular”, disse Temer, paraquem a manifestação popularpor meio da internet é “útil”.

CONTRA O ABORTO -As declarações foram dadasdepois de gravação que Temerfez, em seu gabinete pessoalna Câmara, para o programareligioso do deputado BispoRodovalho (PP-DF) na TVGenesis. Por decisão da JustiçaEleitoral, Rodovalho foi desti-tuído do cargo por infidelida-de partidária, mas a MesaDiretora ainda não analisouseu caso e as informações par-lamentares ainda constam dapágina eletrônica da Câmara.Na condição de presidente daCasa, Temer tem poder hierár-quico sobre o colegiado.

Segundo Temer, o progra-ma servirá para a elaboração deseu perfil no programa deRodovalho. Presidente nacio-nal do PMDB, Temer disse quea questão do aborto – tema quetem atormentado a presiden-ciável petista, cujo eleitoradocatólico e evangélico se posicio-na contra práticas abortivas –foi abordada na conversa com

o deputado pelo DistritoFederal. “Registrei minha posi-ção contra o aborto, mas acres-centei que não é bom misturarquestões de fé com assuntos deEstado”, ressalvou o deputado,lembrando os preceitos consti-tucionais que definem o caráterlaico (alheio à religião) doEstado.

Na defesa de Dilma – que,em abril de 2009, admitiu ser afavor do aborto em entrevista àrevista Marie Claire –, Temerfoi enfático e otimista. “Dilmaserá presidente do Brasil, detodos os setores da sociedade.É muito perigoso misturar ostemas [religião e aborto]”, pon-derou, acrescentando que a le-gislação vigente, que proíbe oaborto, deve ser mantida.

Temer disse ainda que, ape-nas depois das eleições os depu-tados iniciarão o diálogo parasua sucessão na Presidência daCâmara. Quanto à eleição pre-sidencial, o deputado disse queos mais de 700 mil votos obti-dos no Rio de Janeiro pelo ex-governador fluminense Antho-ny Garotinho (PR) – ameaçadopelo Ficha Limpa, aliás – podemservir a Dilma. “Acho que elepode ajudar com esses votos.Não sei se eram, inclusive, votosevangélicos”, disse Temer.

Especialista culpa crise do LegislativoO constitucionalista Luís

Roberto Barroso afirma que aexpansão do ativismo judicialtem suas raízes na crise de re-presentatividade do Legis-lativo. As afirmações foramfeitas em artigo publicado narevista eletrônica da Ordemdos Advogados do Brasil(OAB).

Segundo ele, a justiça cons-titucional tem avançado sobreatribuições dos poderes Le-gislativo e Executivo em gran-de parte dos países ocidentaisdesde o final da SegundaGuerra. Barroso cita casoscomo a eleição presidencialdos Estados Unidos em 2000,que acabou sendo decididapela Suprema Corte.

O ativismo judicial, navisão do professor de direitoconstitucional da Univer-sidade Estadual do Rio de

Janeiro (Uerj), se expressa emcondutas como a aplicação daConstituição em situações nãoexplícitas no texto da normae a declaração de inconstitu-cionalidade de atos normati-vos do legislador.

Para Barroso, o ativismo écontrabalançado pela auto-con-tenção judicial – quando oJudiciário procura restringir suainterferência nas ações de ou-tros poderes. “O movimentoentre as duas posições costu-ma ser pendular e varia em fun-ção do grau de prestígio dosoutros dois poderes”, afirmou.

Na avaliação do constitu-cionalista, o aumento do ati-vismo da STF é reflexo de“uma persistente crise de re-presentatividade, legitimida-de e funcionalidade do Legis-lativo”. Segundo ele, a soluçãoseria a adoção de uma refor-

ma política para fomentar alegitimidade partidária e rea-proximar a classe política dasociedade civil.

PRODUÇÃO - O deputa-do João Campos (PSDB-GO)não concorda com a opiniãode inércia do Legislativo parajustificar a ação do Judiciário.Para ele, o parlamento brasi-leiro tem uma produção le-gislativa de qualidade signifi-cativa apesar dos embaraços,como a edição de medidasprovisórias “sem nenhum cri-tério” pelo Executivo.

“É como se as pessoas qui-sessem destacar áreas nasquais o legislativo ainda nãodeu a resposta. E, a partirdisso, justificar o ativismo ju-dicial e classificar o legislati-vo como omisso”, criticou oparlamentar.

Deputados criticam ativismo judicialParlamentares afirmam que Supremo Tribunal Federal está legislando ao prolatar decisões que contrariam as leis

Agência Câmara

No mês passado, o STF(Supremo Tribunal Federal) li-berou os juízes para senten-ciar traficantes com penas al-ternativas, derrubando proi-bição contida na Lei Anti-drogas (11.343/06). Às véspe-ras da eleição, o STF derruboua obrigatoriedade de o eleitorapresentar dois documentospara votar, prevista na Lei12.034/09. Além disso, o tribu-nal discute a validade da Leida Ficha Limpa para as elei-ções deste ano.

Para o deputado João Cam-pos (PSDB-GO), o Judiciáriopraticamente legisla em suasdecisões. Ele citou o caso dasúmula vinculante que disci-plinou o uso de algemas so-mente em casos excepcionais,quando há ameaça concreta àsegurança alheia. A decisão foitomada com base em umúnico caso e se tornou prece-dente jurídico para todas as si-tuações.

“É uma inversão de papéis.Daqui a pouco, alguém é presopela polícia, o judiciário de-mora a julgar e é a Câmaraquem dará a sentença?”, ques-tionou o parlamentar. Segundoele, o ativismo judicial vemmais da necessidade de afir-

mação do Judiciário junto à so-ciedade do que por outras cir-cunstâncias, como uma crisede funcionalidade do Legis-lativo.

READEQUAÇÃO - O de-putado Regis de Oliveira (PSC-SP) não acha que esteja haven-do a substituição de um poderpelo outro. “A gente pode cri-ticar, por exemplo, a súmuladas algemas. Isso pode causarmal-estar inicial, mas é frutodo espaço dado pelo Legis-lativo e da interpretação judi-cial”, explicou o parlamentar.

Segundo ele, a democraciabrasileira passa por um mo-mento histórico de readequa-ção de funções dos poderes.“O Legislativo tem sido titu-beante em algumas decisões. OJudiciário, então, tem invadi-do essa esfera e imposto suasdecisões”, disse Oliveira. Parao deputado, a politização doJudiciário é uma atitude posi-tiva.

Oliveira cita, como exem-plo, o caso de decisões judi-ciais sobre direito a remédiose internações, independente-mente de análise orçamentá-ria. O Judiciário, segundo ele,é obrigado a “interpretar” aConstituição nas normas rela-tivas ao direito à saúde.

Na opinião do deputadoJosé Genoíno (PT-SP), a relaçãoentre os três poderes precisa deum novo formato, que deve serdefinido por uma reforma po-

lítica. “O Legislativo precisa termais iniciativa, pois a falta deiniciativa deixa um vácuo parao Judiciário”, argumentou.

Genoíno avalia que é ne-

cessário equilibrar a relaçãoentre os poderes para diminuira tensão na aplicação das atri-buições do Estado. “Às vezes,o Congresso não resolve e

acaba transferindo [a solução]para o Judiciário. Mas há tam-bém agentes do Legislativo queacabam judicializando a polí-tica”, afirmou o parlamentar.

Nacional

Como exemplo de decisões conflitantes entre os poderes, João Campos cita a súmula vinculante que disciplinou o uso de algemas em presos

PRINCIPAIS DIVERGÊNCIAS NOS ÚLTIMOS ANOS- Cassação de José Dirceu: na visão de membros do Congresso, o Supremo invadiu a es-

fera interna corporis da Câmara para determinar como se faria o procedimento de cassação,por ter visto ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa;

- Limitação poderes da CPI: O Supremo defendeu que as CPIs não tem poder políticopara revogar, cassar, compartilhar, ou, de qualquer outro modo, quebrar sigilo legal e con-stitucionalmente imposto a processo judiciário;

- Restrição ao uso de algemas: O STF editou súmula vinculante para disciplinar o usode algemas somente em caso de resistência, de receio de fuga ou de perigo à integridadefísica;

- Fixação de prazos para Congresso legislar: Acórdão do Supremo estabelecendo prazode 18 meses para o Congresso editar lei complementar para regulamentar a criação de mu-nicípios. Na visão do Legislativo houve violação da separação e da harmonia entre ospoderes;

- Nepotismo: a edição da súmula 13, que proibiu o nepotismo. Segundo o Congresso, oSTF criou norma jurídica nova, invadindo a competência do Legislativo.

Temer diz que postura do Supremo cria “insegurança jurídica”

Page 6: OJORNAL 10/10/2010

AA66

JORNALO JORNALO

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

OpiniãoA Fórmula 1 entrou no rol dos grandes esportes

entre o final dos anos 70 e o início dos anos 90. Tem-pos de Nikki Lauda, Ricardo Patrese, Gerard Berger,Nigel Mansel, Alain Prost e os brasileiros AyrtonSenna e Nelson Piquet. Esses podem ser considera-dos os anos de ouro do automobilismo mundial.Pilotos de primeira linha que não tinham medo dasretas e das curvas e não tiveram a chance de convi-ver com a alta tecnologia dos carros de hoje em dia.

E, falando nos tempos atuais, temos uma lista depilotos que não empolgam e que muitas vezes fazemcom que os resultados sejam muito previsíveis. O“circo da Fórmula 1” gira hoje praticamente emtorno de cinco ou seis nomes que se revezam em pó-dios, com corridas com pouca emoção, onde apenas odetalhe define o resultado. Aos poucos, a tecnologiavem tomando o espaço da genialidade e sendo res-ponsável pelos títulos.

E os pilotos brasileiros? De dois gênios caminha-mos para um piloto mediano e outro que beira a me-diocridade, sem contar os nanicos, que muitas vezesnem se classificam para as corridas. Felipe Massa

bem que tenta, mas ainda não conseguiu apresentaruma constância que o faça seguir a história dos pilo-tos campeões mundiais. Rubinho, o mais experienteem atuação, conta nos dedos as vitórias que obteve.

Mesmo assim, não perdemos a esperança de re-viver o passado. Acordamos cedo, muitas vezes demadrugada, para acompanhar todos os lances dascorridas. Torcemos por pilotos de outros países, comoFernando Alonso ou Jenson Button, e até aquelesque não sabemos pronunciar os nomes, ou viramosfãs de escuderias como se fossem os nossos amadosclubes de futebol. Tudo no intuito de, mais uma vez,levantar o título.

Por enquanto, é fácil dizer que, com o que esta-mos assistindo, com resultados quase que pré-fabri-cados, fica difícil imaginar um cenário diferente. AFórmula 1 precisa reciclar-se, renovar-se, para nãoperder espectadores e ganhar mais e mais adeptos.Com pilotos previsíveis como Sebastian Vettel, MarkWebber e Lewis Hamilton, estamos longe de assistira essa mudança. É esperar para que a próxima cor-rida seja a nossa.

O circo sem graça

Ponto de vista

San

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“Compondo o cenário de onze municípios”

O Chico e suas culturas

Zoroastro Neto

Professor universitário

Américo Vespúcio, assessor científico docomandante Gonçalo Coelho, chegou à foz de umenorme rio que desaguava no mar em 04 de out-ubro de 1501, depois de aportar de Lisboa e de terdescoberto o Cabo Santo Agostinho (PE) e os riosSão Miguel e São Jerônimo. A data era dia de SãoFrancisco, santo em cuja homenagem os naveg-adores europeus batizaram aquele rio, que osíndios o chamavam de Opará, ou rio-mar.

Cantou Luiz Gonzaga, “riacho do Navio, correpro Pajeú, o rio Pajeú vai despejar no SãoFrancisco, e o rio São Francisco vai bater no meiodo mar./ Ah! Se eu fosse um peixe, ao contrário dorio, nadava contra as águas e nesse desafio, saía ládo mar pro riacho do Navio. Pra ver o meu brejin-ho fazer umas caçada, ver as ‘pegá’ de boi, andarnas vaquejadas, dormir ao som do chocalho e acor-dar com a passarada, sem rádio e nem notícia dasterras civilizada”.

E nesse cenário, o orgulho de ser sertanejo falamais alto, e na certeza de que teremos políticaspúblicas para aquela região renovamos nossasesperanças numa sociedade justa e com possibili-dades de desenvolvimento, pois o Velho Chico (ouRio da Unidade Nacional, Rio dos Currais, NiloBrasileiro e Rio das Borboletas) foi importantíssimopara a interiorização do país com o movimento dosbandeirantes.

Dito isto, depois de 509 anos, o registro históri-co do rio e daquela região está sendo publicizadoem mais uma pesquisa realizada por dois notáveisestudiosos alagoanos, que não mediram esforçospara tal ação. Transcrevo, aqui, o que li no sitewww.jusbrasil.com.br sobre os autores da obra - ORio São Francisco, um ninho de cultura, “[...] ele,

um historiador dedicado a estudar a vida dos per-sonagens que protagonizaram a nossa história; ela,uma museóloga que trabalha na conservação daidentidade de povos e cultura. Ambos, em parce-ria, se dedicam a resgatar a história dos quatro can-tos de Alagoas”.

Certamente, caro leitor, estamos falando deDouglas Apratto e Carmen Lúcia Dantas, quelançam, no próximo dia 7, o resultado de dois anosde pesquisas e estudos, sob a chancela do Sebrae-AL, que registram as diversas etnias e culturas doVelho Chico, que estende-se por 240 km, compon-do o cenário de onze municípios, atravessando ser-ras e cânion, possibilitando crescimento sócio-histórico, econômico e religioso.

Cantado em verso e prosa, o compositorFrança, do grupo Mastruz com Leite, escreve eresume o nosso sentimento pelo rio São Francisco:“Lá vem o rio matando a sede do Sertão; Lá vem orio, é São Francisco, nosso irmão. PiraporiaJanuária perguntou para onde eu ia, vou emboraMinas Gerais! Que saudade tô chegando na Bahia!Em Xique-Xique eu vou com meu barquinho nave-gar em Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, MorparáPetrolina, Juazeiro, onde anda o meu amor! Foi praSobradinho mais cedo balançando no vai e vem dovapor. Oi balancê, balanço, oi balancê, balançou; omeu amor foi embora no balancê do vapor! PauloAfonso, a cachoeira vai gerando energia, alagandoAlagoas numa boa. Sergipe é só alegria. Lá dePenedo eu vou, eu vou dizer em Própria que emPão de Açúcar tem muita moça pra namorar. SãoFrancisco que saudades, tô começando a chorar;quando chega em Barreiros as suas águasdesaguam para dentro do mar”.

Marcial LimaProfessor

Da pobrezae do gostar

“Ser pobre écompactuar com

a perenizaçãoda pobreza”

Wagner Moura foi entre-vistado no Roda Viva da TVCultura. Lúcido, mostrou-sesintonizado com seu tempo.Isento de alumbramentos, fez-se ver consciente, na medidaexata de seu papel de artista,numa sociedade propensa àidolatria. Pés no chão,acautelou-se das propostasvindas de Los Angeles; convic-to, não se prendeu à exclusivi-dade com a Rede Globo.Transparente, assumiu seupapel político. Eleitor históricodo PT, disse que votaria emMarina, por não aceitar os tan-tos senões que contaminaramaquele partido. Assumindo ovoto, analisou, sobriamente, odiscurso, a prática e a históriada candidata. Ao concluir,citou uma frase - atribuída aBrecht - mas que nos pareceser de Toynbee: “O maior cas-tigo para quem não gosta depolítica é ser governado pelosque gostam”.

O engano é de somenosimportância, pois frase credita-da a Fernando Pessoa, encon-tra-se em Camões e, antes, eradito de velhos marinheiros.Observemos, ainda, que umacitação, descontextualizada,pode trair seu sentido original.Fiquemos, então, nos limitesdo Aurélio. Gostar: apreciar,sentir prazer, dedicar; dar-sebem, acomodar-se ou ser com-patível com; aprovar, ter voca-ção ou jeito. No entanto, o quenos veio à mente diante da ci-tação de Wagner Moura?Lembramo-nos do filósofoPedro Demo em seu livro“Pobreza Política – a pobrezamais intensa da pobreza brasi-leira”. Para ele, pobreza não é,apenas, carência material; serpobre não se limita a não ter,mas ser coibido de ter.Pobreza, em essência, vem aser repressão, resultado da dis-criminação sobre o terreno dasvantagens e oportunidades so-ciais.

Pobreza está na acomoda-ção, na omissão, na carência deuma percepção maior, na in-disposição para a luta, na limi-tação dos desejos, na naturali-zação das incoerências, natransferência de responsabili-dades. “A pobreza é exacerba-da em sociedades que concen-tram vantagens e oportunida-des”. Não está só na fome: estána humilhação, na subserviên-cia. “Pobre é quem faz a rique-za do outro, sem a ela ter aces-so. Pobreza é, sobretudo, injus-tiça”.

Ousaremos, portanto, asomar com nosso conterrâneode Passo de Camaragibe, suge-rindo que gostar pode envere-dar pelo significado de dedicartempo de reflexão, acompa-nhar, discernir, questionar, agircontra ou a favor, problemati-zar. O gostar pode nos levar deencontro aos que confundemprojetos de estado com puraarenga pelo poder. Pode noscontrapor à endogenia de polí-ticos que se limitam ao interes-se pessoal ou de grupo. Gostarpode se traduzir em votos eações do cotidiano que levemao fechamento de portas aosvivaldinos, aos truculentos, aosarautos da “moralidade”.

As atividades desenvolvidas pelo homem provocam alterações nas ca-racterísticas do meio físico, biótico e antrópico, as quais podem ser benéficase adversas. Essas modificações são denominadas de impactos ambientais.

Como impacto ambiental, entende-se qualquer alteração significativa nomeio em um ou mais de seus componentes provocados por uma ação humana.

Embora impacto ambiental seja sempre referido a uma ação do homem,podem também, resultar de fenômenos naturais.

Os impactos ambientais podem ser positivos ou negativos, ou seja, serbenéficos ao homem e ao meio ou causar-lhe danos. É necessário que essesimpactos sejam identificados e avaliados antes que as intervenções dohomem no meio ocorram, para que sejam adotadas medidas visando a mini-mizá-los ou a evitá-los.

O Estudo de Impacto Ambiental é um estudo que serve para anali-sar/identificar os mais variados impactos ambientais para implantação de di-versos empreendimentos ou obras. No entanto para sua elaboração algunsproblemas são identificados.

Começaríamos pela distinção entre o papel dos técnicos que elaboraramos estudos e o público.

A função dos autores do estudo é descrever objetiva e cientificamente asmudanças que poderão ocorrer devido à implantação de um dado projeto. Afunção do público é decidir se essas mudanças, com base nas informaçõesapresentadas nos estudos, em suas expectativas ambientais, sociais e econô-micas, são aceitáveis (boas) ou não (más), isso mostra que um EIA (Estudo deImpacto Ambiental) não pode ficar restrito às empresas de consultoria, órgãode controle ambiental e Conselhos Estaduais de Meio Ambiente. Há perma-nente necessidade de participação da comunidade. Outra questão é a avalia-ção do custo ambiental. Quanto vale, em termos de ecossistema, um recursohídrico, um manguezal ou uma determinada espécie de vegetação? O queterá maior valor econômico, social, cultural e ambiental: preservar uma áreaou introduzir na mesma uma dada tecnologia?

Dentre os principais motivos do fracasso dos estudos de impactos am-bientais podemos citar: erros de generalização de critérios de conclusão, pra-zos irreais para realização do trabalho, dados científicos incompletos ou nãoconfiáveis, falta de informações atualizadas, má apresentação dos resultados,falta de coordenação e de uma síntese articulada, adequada, das informaçõesobtidas. A esses motivos podemos acrescentar, entre nós, a falta de séries his-tóricas, que permitam evitar, com maior correção, o comportamento de certasvariáveis ambientais.

Os erros de generalização de critérios de conclusão podem manifestar-sede vários modos, como por exemplo, através de avaliações que não contri-buem para uma decisão efetiva sobre o projeto.

Uma dificuldade frequentemente observada no Brasil é o acesso a relató-rios e outros tipos de informações existentes. Há muitas informações úteis ede boa qualidade, mas não há catálogos, não há acesso às mesmas. Outrafonte importante de informações são dissertações e teses nas universidades,muitas não publicadas. Ainda que haja catálogos de teses, não há, por vezes,uma boa divulgação a seu conteúdo.

Os EIA deveriam ser distribuídos a grandes bibliotecas, as decisões finaisdevem ser divulgadas rotineiramente em Diário Oficial e, também, em revistascientíficas. Aliás, os órgãos de controle ambiental deveriam ter publicações queperiodicamente divulgassem as decisões sobre os projetos analisados, etc.

As audiências públicas deveriam ser mais dinâmicas e não tão defensi-vo-expositivo-contestatórias, com debates meramente políticos, como ocorrehoje em dia.

Estou convencido de que nenhum sistema de EIA será efetivo, se nãodispusermos de planos diretores municipais, de zoneamento, enfim, de polí-ticas de desenvolvimento, do plano de gerenciamento costeiro. É por isso,face à realidade nacional, que muitas vezes nos perguntamos se o que neces-sitamos, frente a alguns projetos de desenvolvimento, não seria a aplicaçãoda legislação de uso do solo, de controle de poluição, da preservação de ma-nanciais. Quando esses processos estiverem efetivamente implantados, o EIAatingirá plenamente seus objetivos.

Alder FloresAlder Flores, advogado, químico, esp. em Direito,Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

“Sejam identificados e avaliadosantes que as intervenções dohomem no meio ocorram”

O EIA e suasdificuldades

Em face da necessidade de um novo planejamento para a sociedade, queinclua medidas de proteção aos escassos recursos naturais do planeta e quepromova uma melhor convivência entre as atividades econômicas do ser hu-mano (de produção de bens e serviços necessários à sobrevivência) e o meioambiente, tem surgido cada vez mais necessidade de controle e planejamen-to dessas atividades. A contabilidade enquanto ciência tem muito a oferecernesse âmbito.

Esclarecendo essa questão, a Contabilidade Ambiental não se trata deuma nova contabilidade, mas de um conjunto de procedimentos técnicos uti-lizados pela contabilidade para registrar e informar os procedimentos deproteção ao meio ambiente adotados pela pessoa jurídica que desenvolve ati-vidades que podem provocar danos ambientais. No Brasil, há apenas doistipos de contabilidade: a contabilidade das pessoas jurídicas de direito priva-do e a das de direito público. Através dos registros, a contabilidade gera in-formações que se refletem na demonstração patrimonial e na demonstraçãoeconômica, para que o contador analise e decida o que deve ser feito a fim deproteger esse patrimônio.

Uma pessoa jurídica é constituída para desenvolver determinada ativi-dade. Se essa atividade provocar danos ao meio ambiente, o Estado, enquan-to agente de defesa da sociedade, estabelece normas para evitar esses danos.As normas de proteção e de punição aos agentes que provocam danos am-bientais estão previstas na Constituição Federal, no Código Civil, na Lei dePolítica Nacional do Meio Ambiente, no Código Florestal, na Lei de PolíticaNacional de Educação Ambiental, na Lei de Proteção à Fauna, etc.

Assim, as pessoas jurídicas devem se ajustar a essas normas. É aí queentra em cena a Contabilidade Ambiental, sugerindo às empresas enquadra-das nessas atividades de risco que abram na demonstração de resultados umcentro de gastos, para identificar os recursos aplicados no combate a essesriscos; e, sugerindo, também, que sejam identificados na demonstração patri-monial os ativos imobilizados e os materiais em estoque que serão consumi-dos para esse fim. Tudo isso para que o contador possa fazer as suas análisese verificar se haverá diminuição de riscos financeiros futuros por incidentesambientais; e para que ele possa fazer as análises de riscos para quem tiverinteresse em aplicar recursos financeiros nesses empreendimentos.

É importante que o contador, ao se deparar com empresas que podemcausar danos ao meio ambiente, se preocupe com alguns aspectos e verifiqueque providências a empresa está tomando ao assumir determinados riscos, eo que ela está fazendo para evitá-los.

Vamos tomar como exemplo o caso de uma empresa que constrói umabarragem (como poderia bem ser o de um curtume ou de empresas petrolífe-ras, entre outras). Nesse caso, é necessário que o contador averigue determi-nadas questões, como: o que a empresa está fazendo para evitar um possívelincidente ambiental? Quais as obrigações futuras dessa atividade? O quepode acontecer se ocorrer alguma falha em sua execução, ou algum eventonatural imprevisto? Quais as possíveis consequências disso? Essa empresaestá retendo recursos financeiros para constituir reserva para pagar eventuaisindenizações? Ou os lucros estão sendo distribuídos sem essa preocupação?Que consequência esse fato trará para a sociedade? A empresa está prepara-da para assumir esses riscos? Avaliando metodicamente essas questões, ocontador poderá orientar os investidores se o seu capital está bem aplicadoou não; se essa empresa está fazendo as devidas provisões para garantir fu-turas indenizações, otimizando sua gestão ao mesmo tempo em que se previ-ne quanto a riscos futuros, preocupando-se com sua responsabilidade socialquanto ao meio ambiente.

Assim, a Contabilidade Ambiental procura conscientizar os operadoresda contabilidade para prestar as melhores e mais completas informaçõessobre os gastos aplicados na proteção do meio ambiente. Dessa forma, àguisa de reflexão para os contadores, em seus trabalhos, é importante fazeranálises desses riscos, de acordo com a atividade que cada empresa irá ouestá desenvolvendo, seja no que tange aos seus ativos e passivos.

Contabilidade ambiental:um assunto para reflexão

“Verifique que providências aempresa está tomando aoassumir determinados riscos”

Salézio DagostimContador, especialista em Finanças e professor da EscolaBrasileira de Contabilidade

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Magistrados e membros do MPpodem perder prisão especialProjeto com paracer favorável da CCJ vai a votação no plenário do Senado

Agência Senado

O Plenário do Senado po-derá votar brevemente projetode lei complementar que extin-gue a prisão especial concedi-da a integrantes do PoderJudiciário e membros doMinistério Público. A proposi-ção (PLS 151/2009-comple-mentar), de autoria do senadorMarcelo Crivella (PRB-RJ), re-voga dispositivos das leis com-plementares 35/1979, 40/1941 e

75/1973.Em abril do ano passado, o

Senado já havia aprovado pro-jeto semelhante (PLC 111/2008)que acabou com a prisão espe-cial, exceto para juízes e inte-grantes do MP.

Na justificativa do projeto,Marcelo Crivella observa queo instituto da prisão especial,além de representar “discrimi-nação odiosa”, contribui tam-bém para que o Estado perma-neça descumprindo a lei quan-

to a aspectos relacionados acondições materiais das prisõese de assistência ao detento.

“Por essas razões, entende-mos ser imperioso eliminar esseestigma e, ao invés de manteruma previsão exaustiva de be-neficiários da ‘prisão especial’,considerar apenas a condiçãode ‘preso especial’”, argumen-ta Crivella.

A proposta mantém a con-dição de “preso especial” so-mente para aqueles que, por

força da natureza de sua ocu-pação ou de outras circunstân-cias específicas, a serem aferi-das pelo juiz, possam ser ex-postos a risco extremo, casosubmetidos ao aprisionamentocoletivo.

O projeto recebeu parecerfavorável da Comissão deConstituição, Justiça e Cida-dania (CCJ) em setembro doano passado. O relator na CCJfoi o senador DemóstenesTorres (DEM-GO).

MEMÓRIA NACIONAL

Brasil recebe cópias de documentos deLuiz Carlos Prestes guardados pela Rússia

Agência Brasil

BRASÍLIA- O governo daRússia entregou na sexta-feiraao Arquivo Público Nacionalcópias de documentos deLuiz Carlos Prestes que es-tavam no Arquivo do EstadoRusso de História Política eSocial. Foram entreguescópias de três manuscritos dePrestes da época em que eleesteve em Moscou, entre osanos 1931 e 1934. Entre osdocumentos estão um textoem que Prestes comenta asituação do Brasil com baseem notícias de jornais bra-sileiros.

O primeiro vice-ministrode Relações Exteriores da

Rússia, Andrey Denisov, disseque os documentos fazemparte da história comum deBrasil e Rússia. Além disso,ele disse que essa entrega“ocorre em um momento emque as relações entre Brasil eRússia estão tão próximas”.Os documentos, para De-nisov, poderão ser muitoúteis. “Caminham para in-dicar novos cursos e interess-es para pesquisadores”, afir-mou.

A viúva do líder comu-nista, Ana Maria Prestes, disseque os documentos repre-sentam um legado para todaa sociedade brasileira. “Olegado de Prestes pertence atodo o povo brasileiro. Não

pertence a mim, nem aosmeus filhos, nem netos, nempessoa alguma”, disse.

Luiz Carlos Prestes Filhodisse que a entrega das cópiasdos documentos do pai abremum caminho importante narelação da história do Brasil eda Rússia. “Nesses arquivosda Rússia vamos ter de-scobertas relativas ao quegrandes escritores e poetasrussos e líderes políticos rus-sos escreveram sobre o tema”,comentou.

O diretor do ArquivoNacional, Jaime Antunes, in-formou que também foi en-tregue hoje uma listagem comoutros documentos russosrelacionados a Prestes e que

na próxima semana serãofeitas tratativas para que oArquivo Nacional recebacópias desses documentos.

“Sabemos que há maismaterial da década de 1960. Aideia é que nessa proposta deretomada de conversas entreo Arquivo Nacional e o ar-quivo da Rússia nós pos-samos obter, além desses doc-umentos já listados, a identi-ficação de mais arquivos rela-cionados ao Prestes que pos-sam ser digitalizados e envi-ados ao Arquivo Nacional”,explicou. Antunes disse aindaque, assim que os arquivosforem digitalizados, estarãoa disposição do público noArquivo Nacional.

JORNALISTAS

PEC do diploma podeser votada no dia 20Agência Senado

O substitutivo à propostade emenda à Constituição(PEC 33/09) que torna obri-gatório o diploma de Comu-nicação Social para o exercí-cio da profissão de jornalistaé um dos 70 itens da pautado Plenário, que reinicia asvotações no dia 20. A propos-ta é de autoria do senadorAntônio Carlos Valadares(PSB-SE) e o substitutivo, aser votado em primeiro turno,foi apresentado em dezem-bro de 2009 na Comissão deConstituição, Justiça e Cida-dania (CCJ), onde a matériateve como relator o senadorInácio Arruda (PCdoB-CE).

A PEC, que acrescenta osparágrafos 7º e 8º ao artigo220 da Constituição, estabe-lece que a profissão de jorna-lista é privativa do portadorde diploma do curso superiorde Comunicação Social, comespecialização em Jornalismo,expedido por instituição ofi-cial de ensino. A exigência dodiploma não é obrigatória aocolaborador, assim entendi-do aquele que, sem relaçãode emprego, produz trabalhode natureza técnica, científicaou cultural, relacionado coma sua especialização, para serdivulgado com o nome e qua-lificação do autor. Aexigênciado diploma também não éobrigatória para aquele que, àdata da promulgação da PEC33/09, comprove o efetivoexercício da profissão de jor-nalista, bem com aos jornalis-tas provisionados que já te-nham obtido registro profis-sional regular perante o órgãocompetente.

STF - Em sessão em 17 dejunho de 2009, por 8 votos a1, o Supremo Tribunal Federal(STF) derrubou a exigênciado diploma de jornalista parao exercício da profissão. Ade-

cisão foi tomada no julgamen-to do Recurso Extraordinário(RE) 511961, interposto peloMinistério Público Federal(MPF) e pelo Sindicato dasEmpresas de Rádio e Televi-são do Estado de São Paulo(Sertesp) contra acórdão doTribunal Regional Federal da3ª Região (TRF-3), que afir-mou a necessidade do diplo-ma, contrariando uma deci-são da primeira instâncianuma ação civil pública.

No recurso, o MPF e oSertesp sustentaram que o in-ciso V do artigo 4º do De-creto-Lei 972/69, que estabe-lece a exigência do diplomapara o exercício da profissão,não foi recepcionado pelaConstituição de 1988. O dis-positivo foi revogado com adecisão do tribunal. Votaramcontra a exigência do diplo-ma de jornalista o relator, mi-nistro Gilmar Mendes, as mi-nistras Cármen Lúcia Antu-nes Rocha e Ellen Gracie, eos ministros Ricardo Le-wandowski, Eros Grau, Car-los Ayres Britto, Cezar Pelusoe Celso de Mello. O ministroMarco Aurélio votou favora-velmente à exigência do di-ploma. O julgamento nãocontou com os ministrosJoaquim Barbosa e CarlosMenezes Direito, ausentesjustificadamente da sessão.

Em seu relatório, InácioArruda explica que a defesada regulamentação profissio-nal e do surgimento de cursosqualificados aparece já no pri-meiro congresso de jornalis-tas, em 1918, e teve três mar-cos iniciais no século passado:a primeira regulamentação,em 1938; a fundação daFaculdade Cásper Líbero, em1947 (primeiro curso de jorna-lismo do Brasil); e o reconhe-cimento jurídico da necessida-de de formação superior, em1969, aperfeiçoado pela legis-lação de 1979 (Decreto 83.284).

UNVERSIDADES

Credenciamento temnovas regras do MECAgência Brasil

As novas normas para cre-denciamento e recredencia-mento de instituições de ensi-no superior devem atingir cercade 40% das 144 universidadesque fazem parte do sistema fe-deral de ensino. Esse é o per-centual de universidades quenão têm pelo menos quatro cur-sos de mestrado e dois de dou-torado, segundo a secretária deEnsino Superior do Ministérioda Educação (MEC), MariaPaula Dallari Bucci.

Nessa conta, estão inclusi-ve instituições federais recém-criadas que ainda não implan-taram seus programas de pós-graduação.

As universidades terão até2016 para se adaptar às novasexigências estabelecidas em re-

solução do Conselho Nacionalde Educação (CNE) e homolo-gadas na última terça-feira peloministro da Educação, Fernan-do Haddad. Entre os critériosque precisarão ser cumpridospara recredenciamento estão aexistência de programas depós-graduação, com um míni-mo de quatro cursos de mestra-do e dois de doutorado, alémde bons resultados nas avalia-ções do MEC.

As instituições de ensinosuperior do Brasil são classifi-cadas em três categorias: facul-dade, centro universitário e uni-versidade. Cada tipo tem dife-rentes níveis de autonomiapara criar cursos ou ampliarvagas. As universidades quenão cumprirem as novas medi-das podem ser “rebaixadas” acentros universitários.

AA77Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Nacional JORNALO JORNALO

Marcelo Crivella diz que prisão especial é “discriminação odiosa”

Luiz Carlos Prestes viveu em Moscou entre os anos 1931 e 1934 A viúva Ana Maria Prestes observa cópias dos documentos

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Evo Morales sanciona leicriticada pela imprensa

LAPAZ — Uma polêmicalei contra o racismo foi sancio-nada na sexta-feira pelo presi-dente da Bolívia, Evo Morales,em meio às críticas por partedos sindicatos de jornalistasem relação à nova regra, que,a seu ver, deixa os meios decomunicação em estado vul-nerável.

“Aprovamos a lei contra oracismo e a discriminação, quebusca a igualdade entre os bo-livianos e bolivianas”, decla-rou o presidente depois de as-sinar a nova norma.

Morales advertiu que anova lei visa a “descolonizar aBolívia e evitar a discriminaçãodos povos indígenas”.

A nova lei, no entanto, foialvo de protestos dos parla-mentares opositores que a de-nunciam como um atentadocontra a liberdade de expres-são.

Cerca de 60 jornalistas tam-bém estão em greve de fomeem todo o país, e dezenas deprofissionais da comunicaçãorealizam protestos em La Pazcontra essa lei.

Os jornalistas criticam o ar-tigo 16 desta lei que pune até

com a suspensão da concessãode meios de comunicação queincorrerem em discriminação.

Também protestam contrao artigo 23 que suspende aimunidade dos jornalistas, quepoderão ser julgados ante ajustiça por racismo.

JORNAIS – Na quinta-feira, um dias antes da sanção,a maioria dos jornais bolivia-nos saiu sem notícias em suasprimeiras páginas, apenas bre-ves proclamações sobre a li-berdade de expressão. Mas oprotesto incomum não teveefeito imediato entre os pro-ponentes da nova lei, incluin-do a maioria de parlamenta-res governistas e o presidenteEvo Morales, de origem indí-gena, que, em coletiva de im-prensa, declarou que “chegoua hora de acabar com o racis-mo” e renovou as garantias àliberdade de expressão.

Proprietários de jornais eparte das organizações de jor-nalistas do país optaram peloprotesto quando a bancada go-vernista no Senado anunciouque não previa suavizar as san-ções aos veículos “racistas”

contidas no projeto de lei apro-vado previamente pela Câ-mara de Deputados.

Os únicos textos nas pri-meiras páginas dos jornais LaPrensa e El Diario eram os di-zeres “não existe democraciasem liberdade de expressão”.Já o Página Siete publicou umabreve justificativa de sua rejei-ção da lei antirracista.

A maioria dos jornais dorestante do país se somou aoprotesto, mas o La Razón, ojornal de maior circulação deLa Paz, e o estatal Cambio pu-blicaram edições normais.

Os jornais rejeitaram espe-cialmente os artigos que pre-vêem o fechamento de meiosde comunicação que cometamdelitos racistas reiterados eoutro que responsabiliza os jor-nalistas por eventuais mensa-gens racistas, anulando a imu-nidade de que eles gozam gra-ças à Lei de Imprensa de 1925.

“A ameaça de que algummeio de comunicação seja fe-chado é uma possibilidademais própria das ditaduras queda democracia”, disse o PáginaSiete, justificando sua páginaem branco.

Chile se prepara para resgatar mineirosSoterrados desde 5 de agosto, 32 chilenos e um boliviano começarão a ser retirados da mina na terça-feira

COPIAPÓ – O Chile estáem polvorosa desde a últimasexta-feira, quando o ministroda Saúde do Chile, JaimeMañalich, afirmou que o res-gate dos mineiros soterradoscomeçará na próxima terça-feira.

O resgate poderia ser an-tecipado, ou adiado, segun-do ele, dependendo da neces-sidade, ou não, de revestircom metal as paredes dotúnel vertical para facilitar apassagem da cápsula Fénix.

O engenheiro responsávelpelas operações disse que de-verá ser necessário efetuaruma explosão controlada nofundo da mina, para alargaro fim do poço de socorro e fa-cilitar as manobras.

À superfície da mina deSão José, as autoridades pre-param-se para a chegada dosmineiros. As famílias estão an-siosas pelo momento em quefinalmente vão poder reen-contrar os 33 heróis, como sãoconsiderados no Chile.

Neste fim de semana eramesperados mil jornalistas noacampamento Esperança, alémdos eventuais “turistas”. Asegu-rança foi reforçada. Para assistirà última fase dos trabalhos esta-rá não apenas o presidente chi-leno, Sebastián Piñera, mas tam-bém o seu homólogo boliviano,Evo Morales. Um dos mineirospresos é oriundo da Bolívia

DESCANSO - As autori-dades chilenas informaram nasexta-feira que as instalaçõesda denominada zona de des-canso, onde os 33 mineiros so-

terrrados desde o dia 5 deagosto poderão repousar erever seus familiares, já estãopreparadas para recebê-los.Segundo o ministro de MinasLaurence Golborne, nasexta-feira faltava so-mente ser construída azona de triagem, localonde os trabalhadoresisolados receberão opronto-atendimentologo após serem içados.

A zona de descan-so, onde médicos estãoa postos para receberos mineiros, foi cons-truída pela empresaTecno Fast Atco. A en-trega oficial da instalação foirealizada na sexta.

Os módulos contam cominstalação térmica e acústica,

tecnologia anti-tremor e podemser levantados em curto espa-ço de tempo.

A zona de descansoé composta por 19 mó-dulos, divididos por 5salas para que os mi-neiros possam encon-trar seus parentes, umasala de imprensa, umespaço privado para opresidente do país euma área recreativa.

A zona de triagemserá construída após aconfirmação do local deonde os mineiros serão

retirados do subterrâneo.Aempresa estima que a estrutu-ra fique pronta em dois dias. Atriagem será composta por umasala de primeiros-socorros e umapoliclínica.

JORNALO JORNALO

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Internacional

Na zona de descanso, os mineiros reencontrarão seus familiares

Zona de

descanso

tem 19

módulos

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ENCHENTES

Pessoas atingidas pela cheia no mês de junho padecem com o medo, a incerteza e a esperaElisana TenórioLáyra Santa RosaRepórteres

Medo de ser abandonado pelo poder público, pela sociedade e pela própria fa-mília. Medo de nunca mais ter uma casa própria, uns trocados no bolso ou acerteza de que o amanhã será melhor do que o hoje. A falta de perspectivas

no presente, aliada ao futuro duvidoso, está provocando um nervosismo coletivo entrecentenas de alagoanos que viveram o drama da cheia e continuam espremidos nos abri-gos públicos ou acampamentos que foram levantados de forma emergencial. Passadosquatro meses do temporal que atingiu 19 municípios alagoanos, a imagem que fica éque o cenário para as vítimas continua feio, mesmo observando as obras de reconstru-

ção estão em andamento – e isto inclui escolas, pontes, vias e tantas outras coisas.Apesar de o público dar a certeza de que até 31 de dezembro muitos desabrigados jáestarão em suas casas, eles continuam pessimistas e desesperados. Semana passada, aequipe de reportagem de O JORNAL visitou três cidades que foram atingidas pela forçadas águas: Branquinha, União dos Palmares e Santana do Mundaú. Cada local vive si-tuações parecidas em muitos aspectos e distintas e vários outros. Em todos eles, as pes-soas ainda não conseguiram realizar o que mais querem: possuir casas novas e ter umpouco de suas vidas de volta. Também em todos, o medo e a desconfiança, assim comoa garra e o improviso estão presentes. A partir de agora, segue-se uma espécie de ba-lanço sobre a atual situação: cotidiano humano, dados governamentais, opiniões de es-tudiosos do assunto e a perspectiva para um futuro de incertezas dessas pessoas.

Continua nas páginas A10 e A11

JORNALO JORNALO

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Depois de 4 meses, ainda há muito a fazer

As imagens da destruiçãoainda são vistas

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AA1100 Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Reconstrução segue a passos lentosOs números da destruição

são proporcionais à força daságuas dos rios Mundaú eParaíba. De repente, como se aságuas estivessem tomadas poruma força sobrenatural, umaforte correnteza invadiu as cida-des destruindo casas, pontes,estradas, escolas, ferrovias, e avida de muitas pessoas. Basta-ram horas de chuva intensa pa-ra que tudo se acabasse rapida-mente, provocando seqüelas fí-sicas, emocionais, sociais e fi-nanceiras a pessoas pertencen-tes a classes sociais distintas.

Até hoje, poder público, ini-ciativa privada e pessoa físicacontinuam correndo atrás doprejuízo. Dados do Programada Reconstrução, montado pelogoverno do Estado, apontampara o seguinte quadro: 19 mu-nicípios atingidos; 17.937 casasdestruídas; 105 escolas atingi-das; oito cidades com forneci-mento de energia prejudicado.

Ao todo, foram computadas2.944 pessoas desabrigadas emAlagoas.

A situação foi consideradamais grave em Branquinha –onde sequer sobrou um únicoórgão público erguido –, Que-brangulo e Santana do Mun-daú. Mas isso não significa dizerque os demais municípios atin-gidos pelo temporal não te-nham se complicado. Pelo con-trário, em Murici, por exemplo,foi erguido o maior abrigo pú-blico, com 3 mil famílias desa-brigadas.

De uma hora para outra, foipreciso criar estratégias emer-genciais para que tudo não setornasse ainda mais grave. Equi-pes de resgate para socorrer de-saparecidos; cestas básicas paranão deixar ninguém passandofome; carros pipas para suprira sede do povo; abrigos públi-cos para não deixar a populaçãono meio da rua. Enfim, foi mon-

tado um “kit emergencial” parasocorrer quem perdeu tudo oupraticamente tudo.

O país se solidarizou. Che-garam donativos de todas aspartes. A Força Armada Brasi-leira se distribuiu por vários es-tados nordestinos – incluindoAlagoas – para fazer resgates eprestar socorro médico. Os hos-pitais de campanha foram mon-tados estrategicamente paraprevenção e combate a doen-ças consideradas comuns nessasituação, como as de pele e asde veiculação hídrica.

No entanto, passados os pri-meiros meses, o caos continua.Afinal, até agora, nenhuma casafoi entregue. No lugar delas,foram instaladas 1.841 barracas.E ainda precisarão ser erguidasoutras. Pelos cálculos do Progra-ma da Reconstrução será preci-so 2.431 barracas para compor-tar a população de desabriga-dos. (E.T. / L.S.R.)

Escolas fabricadasem 13 municípios

O processo de reconstru-ção das escolas também segueum processo lento e paulati-no. Uma empresa paranaen-se com especialidade em pré-moldado é a responsável pelasobras. Branquinha, Quebran-gulo, Rio Largo, União dosPalmares, Viçosa, Atalaia, Ca-jueiro, Capela, Jacuípe, Ma-triz do Camaragibe, São Joséda Laje, Santana do Mundaúe Viçosa saíram na frente e jácomeçaram a levantar as ins-tituições de ensino que terão,cada uma, seis salas de aula.

Aprevisão do Projeto Re-construção é de que as obraslevem até 60 dias para seremconcluídas. Portanto, a expec-tativa é de que no final de no-vembro, as primeiras escolascomecem a funcionar.

Paralelo a isso, acontecemsituações isoladas. Por exem-plo, a restauração de escolasque foram parcialmente des-truídas pelo temporal ou fi-caram ocupadas pelos desa-brigados, já que estes estãosendo transferidos proviso-riamente para as barracas.

Em Santana do Mundau,começará a ser construídauma escola de madeirite - basede cimento com madeira –com 14 salas de aula. SegundoPoliana Santana, as obrasdevem durar 30 dias e jádevem ser concluídas no finaldeste mês.

Na área de Educação,ainda segundo Poliana Santa-na, a única pendência que fi-cará para o próximo ano seráa construção das escolas com12 salas de aula.

O temporal atingiu 105instituições de ensino, deixan-do 68.197 alunos fora da salade aula. Até agora, duas esco-las em União dos Palmares –que totaliza 3.823 estudantes– e escolas municipais deSantana do Mundaú (com3.070 alunos) ainda continua-vam fechadas.

O Programa Reconstruçãoafirma que, ao todo, serãoconstruídas 75 unidades deensino.(E.T. / L.S.R.)

Boa nova até fimdo ano é garantia

Apesar do clima pessimis-ta, a coordenadora do Progra-ma da Reconstrução, PolianaSantana garante que, até o fi-nal deste ano, uma boa-novachegará para os desabrigadosem forma de lar seguro. Aex-pectativa é de que todos ga-nhem a tão sonhada casa pró-pria até 31 de dezembro.

Talvez a única exceção sejaSantana do Mundaú. A cida-de enfrenta uma situação maisgrave porque no local há umagrande dificuldade para se en-contrar um lugar seguro paraconstruir conjuntos habitacio-nais ou qualquer outro tipode edificação.

“Asituação de Santana doMundaú é mais delicada, poistoda cidade foi construída emárea considerada de risco. Háuma grande dificuldade deencontrar terreno disponívelpara construção. Para se terideia, o CPRM [Serviço deGeologia do Brasil] só autori-zou edificar 32 quilômetrosdos 100 quilômetros existentesna Fazenda Jussara, que foidesapropriada para erguer ascasas dos desabrigados”, expli-cou Poliana Santana.

Na prática, a impressão éque, aos poucos, se vai ven-cendo os entraves burocráti-cos. Ou seja, as casas dos de-sabrigados começam a serconstruídas. As obras já foraminiciadas em três municípios:Quebrangulo, Rio Largo eCajueiro. Vale ressaltar, que arapidez da construção é pro-porcional a escolha do terreno.

A superintendente de Po-lítica Habitacional da Seinfra,Marisa Perez, confirmou queo comitê criado pelo governopara agilizar o processo de re-construção das moradias tinhaaprovado a construção de11.029 unidades habitacionais.Dessas 7.701 casas já foramcontratadas pela CaixaEconômica. (E.T. / L.S.R.)

Yvette Moura

Branquinha foi o município mais afetadopelas enchentes: nenhumprédio público sobrou

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AA1111Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Escolas viraramcasas para vítimas

Apesar da crise política,no momento, porém, o quemais aterroriza a popula-ção desabrigada é a possi-bilidade real de ter que dei-xar os dois abrigos públi-cos existentes [Ma-ternidade Santa Ana, ondehá sete famílias, e EscolaEstadual MonsenhorCloves Duarte de Barros,com 35 famílias] para sedeslocarem para as barra-cas, que, inclusive, já estãomontadas.

As famílias estão ame-drontadas com essa possi-bilidade. Elas têm pavorde serem abandonadas, es-quecidas, largadas pelopoder público. Por isso,reagem de forma impetuo-sa quando alguém cogitaessa possibilidade. SuelyMaria da Conceição, de 29anos, com cinco filhosentre 1 a 12 anos, afirmaque não deixa o local sobhipótese alguma.

“Minha filha já tevepneumonia duas vezes; sefor para aquelas barracasvou terminar de matá-la.Só garanto uma coisa: sódeixo isso aqui (o colégio)se for para ir para minhacasa”, garante.

A casa de Suely, agora éa sala de aula. Ela divide oespaço físico com os filhose a família de Maria Cícerada Conceição. Ambas per-deram tudo na cheia e sóacreditam que a vida irámelhorar quando estive-rem numa casa nova.

A vida no abrigo deSantana do Mundaú seguesem grandes problemas.De uma forma ou de outra,as pessoas se ajeitam comopodem. Maria Aparecidajuntou um trocadinhospara alisar o cabelo. “Agente não pode perder avaidade, não é?”, argu-mentou. (E.T. / L.S.R.)

Famílias vivem há22 anos em abrigo

Essa não foi a primeira en-chente que deixou desabriga-dos em União dos Palmares.Em 1988, uma enchente cau-sou bastante destruição nomunicípio. Cerca de cem fa-mílias permanecem até hojenum desses abrigos provisó-rios, na antiga colônia prisio-nal Santa Fé. É lá que elesmantém a esperança de con-seguir a casa prometida.

Assim como aconteceudessa vez, sem ter onde abri-gar tantas famílias, o governodo Estado autorizou o usodos pavilhões prisionais paraabrigar parte das vítimas daenchente. Era uma medidaprovisória, até que novascasas fossem construídas, masaté hoje nenhuma casa foi er-guida.

As famílias vivem em si-tuação de calamidade. Nãoexiste fornecimento de águaou banheiros. Tudo é feito noriacho Canabrava, que ficapróximo a antiga unidade pri-sional. Para tomar água, é ne-cessário ir até o distrito deSanta Fé, onde existe o abas-tecimento de um Chafariz.São histórias como as dessasfamílias que preocupam asnovas vítimas da enchente.

IDH VAI CAIR - Asitua-ção é preocupante. A enchen-te destruiu exatamente as ci-dades mais pobres do Estado.Nos municípios onde osÍndices de DesenvolvimentoHumano (IDH) e os indicado-res sociais já eram baixos, agoraa situação deve piorar. Os pre-juízos reais não dão para seremcalculados e a previsão feitapor economistas é de um qua-dro de completa miséria.

De acordo com o econo-mista e professor da Univer-sidade Federal de Alagoas(Ufal), Cícero Péricles, os mu-nicípios atingidos pela enxur-rada eram os que apresenta-vam o quadro de menor de-senvolvimento no Estado.“Essa região atingida é carac-terizada por sua pobreza eco-nômica e concentração de ter-ras. O desenvolvimento vinhaacontecendo nesses municí-pios, de forma mais lenta. Sóque com a situação de des-truição, aqueles que tinhamalguma coisa acabaram per-dendo tudo”, falou. “Temosregiões como Arapiraca ondeo crescimento é iminente. Asoutras, da Zona da Mata, quea situação já era de pobreza,agora depois da enchente asituação deve ficar aindapior”, falou.

O economista colocou ain-da que a enchente acaboufreando o desenvolvimentoda região. “O governo Federalvinha investindo em políticassociais para essas pessoas.Com isso, muitos ampliaramsuas casas, seu comercio. E,de uma hora para outra, per-deram tudo. Muitos que ti-nham situação de classemédia baixa ou pobreza e pas-sam a ingressar a miséria”,colocou Cícero Péricles.

Para ele, enquanto os de-mais municípios vão seguir narecuperação dos índices, as ci-dades atingidas vão ter que re-começar. “Essa tragédia deixaa região ainda mais dependen-te de recursos públicos. O pe-ríodo será de estagnação eco-nômica”, falou. (E.T. / L.S.R.)

Energia e estradas ainda têm prejuízos

O temporal também deixouparte das cidades atingidas noescuro. Em Alagoas foram oitomunicípios totalmente afetadospela interrupção de energia:Murici, Quebrangulo, Rio Largo,São José da Laje, União dosPalmares, Branquinha, Santanado Mundaú e Paulo Jacinto. Atu-almente, a situação não está nor-malizada na área rural – o que re-presenta 1% - de Santana doMundaú e São José da Laje.

Já a malha viária teve váriostrechos prejudicados. Ao todo,foram afetados 64 km de estra-das estaduais que, em algunspontos precisam recuperadas eaté reconstruídas; 345km de es-tradas vicinais; 135 mil m² devias urbanas, além da construção

de 54 pontes e a restauração deoutras 11. Para as obras que já co-meçaram, estão sendo investi-dos R$ 160 milhões enviadospelo Governo Federal.

Na última sexta-feira come-çou a ser construída a ponte decesso à Ilha Angelita, em RioLargo.

Mas a recuperação começoulogo após a enchente. As equipescontratadas pelo Departamentode Estradas de Rodagem de Ala-goas (DER/AL) foram divididaspor áreas espalhadas nas regiõesdo Vale Mundaú, Vale do Paraí-ba e região norte de Alagoas. Aexpectativa é que até o final doano os serviços estejam concluí-dos e a maior parte da malhaviária recuperada. (E.T. / L.S.R.)

Desabrigados voltam às áreas de risco

As águas do rio Mundaú des-truíram, em pouco mais de meiahora, ruas, casas e parte da cida-de de União dos Palmares. Se-gundo estudos das zonas de risco,após o rompimento de uma bar-ragem em Bom Conselho, escor-reram de uma só vez cerca de600 milhões de m3 de água, de-vastando e destruindo tudo.

Quatro meses após a gran-de enxurrada, o cenário de des-truição permanece o mesmo nomunicípio do Quilombo dosPalmares. Onde haviam ruas ecasas, restaram apenas terre-nos baldios, já que a prefeituraresolveu limpar a “bagunça”feita pelo Mundaú, no últimomês de junho. Os escombrosdos imóveis que foram a baixoforam retirados com ajuda demáquinas. Na margem do riosobraram apenas as lembrançasde uma cidade literalmente en-golida pela força do Mundaú.

Para a maioria dos mora-dores da cidade, enchente nãoera nenhuma novidade. Emmenos de 25 anos, o rio subiutrês vezes, duas com propor-ções menores do que a mais re-cente, mas que também causa-ram destruição. Acostumadoscom o descaso do Poder Públi-co e, descrentes com o futuro,muitos moradores de Uniãodos Palmares resolveram re-construir suas casas, só que embarracas de lona, no mesmolugar do antigo endereço.

Na Rua Juazeiro, que fica na

margem do rio, cinco famíliasque eram vizinhas, aproveita-ram lona recebida após a en-chente e restos de madeira, paraconstruir barracos na tentativade ter um lugar onde morar atéque as novas casas sejam cons-truídas. Segundo as famílias, otemor de serem deslocados paraabrigos públicos e sofrerem como esquecimento, fez com queeles preferissem se arriscar àmargem do rio.

“Preferimos continuar aqui,do que sair e perder um peda-ço de terra para as nossas casas.Sabemos que se formos paraos abrigos vamos acabar sendoesquecidos e não queremosisso”, disse Maria Cícera Perei-ra, de 37 anos. “Nasci nesse lu-gar. Acasa que rio levou era daminha família há muitos anos,agora não restou nada”.

Nos cinco barracos ergui-dos vivem pelo menos vintepessoas. Todos perderam rou-pas, documentos e todos os per-tences de casa. No momentoda enchente, só conseguiramsalvar suas vidas. “Quando orio começou a subir corremospara um morro. Foi lá onde fi-camos até o nível do rio baixare decidimos construir os bar-racos aqui. A prefeitura nãoveio nos procurar para retirare mesmo que viesse não íamossair”, contou Antônia Márciada Silva, de 30 anos, que divi-de seu barraco com outras oitopessoas. (E.T. / L.S.R.)

E a vida segue nos acampamentos

A cidade de Branquinha foi,sem dúvida, uma das mais des-truídas na enchente de junho.Pelo menos 80% das construçõesdo município vieram abaixo coma força das águas. Com umagrande quantidade de desabriga-dos e sem local para ficar, umanova cidade de barracas foi mon-tada num acampamento, en-quanto as casas não são erguidasnum ponto alto do município,que é a mais segura, distante al-guns quilômetros do RioMundaú.

A expectativa é que a novaBranquinha esteja pronta, no má-ximo, em dois anos. Enquantoisso, as famílias de desabrigadostentam recomeçar a vida nascasas improvisadas de lona. As307 barracas já estão prontas ehabitadas. Elas foram montadasdando uma impressão de con-junto habitacional, uma de fren-te para outra. Da rodovia, umafaixa erguida na entrada mostrao local da nova morada dos de-sabrigados.

Entre os espaços pequenos eincômodos, histórias de tristezae superação se misturam. Todosque estão ali tiveram parte desuas vidas levadas pela força dorio Mundaú. “Está sendo muitodifícil recomeçar a vida numabarraca. Perdi tudo que tinha.Parece que estou vivendo umpesadelo. Choro todos os diasao lembrar o que aconteceu”,disse Luciana Barbosa Silvestre,de 25 anos. “Divido essa barra-ca com meu marido e duas fi-lhas. Não temos privacidade ne-nhuma e nem o direito de cozi-nhar nossa comida. Não vejo ahora de ganhar minha casa.Ninguém merece passar porisso”, lamentou.

Durante o dia na Vila deBarracas, a maioria dos morado-res passa o tempo jogando con-versa fora na porta. O calor in-tenso e o abafado provocado pelalona, não permite a permanên-cia dentro das novas “casas”.“Faz muito calor nessa barraca,sem contar que o espaço é aper-tado. Comigo vivem oito pes-

soas e mal conseguimos ficardentro. Eu preferia estar nos abri-gos. Isso aqui é muito ruim”, afir-mou o trabalhador rural, JoséAparecido Paulino, de 42 anos.“AUsina está parada e com issosobra tempo livre para ficar aqui.Mas, esse negócio de não ter oque fazer está me deixando ner-voso. Nesse abrigo não pode-mos fazer nada, até a comida jávem pronta”.

Também morando numa dasbarracas, o casal Malba CristinaCandido, de 42 anos e CarlosAlberto Brasil, de 60, tentam su-perar a perda da filha de doisanos. No dia da enchente, o casaldeixou sua casa que foi invadi-da pela água. Como o rio nuncaalcançava a prefeitura, eles re-solveram passar a noite no pré-dio. Porém, para a surpresa detodos, o nível do Mundaú subiutanto que acabou destruindo oprédio.

Afamília que dormia, tentoucorrer para pegar os filhos, coma grande quantidade de água, acriança de dois anos não conse-guiu se salvar e foi arrastada. Ocorpo não foi encontrado atéhoje. “Ador de perder uma casaé pequena diante a de perderum filho. O sofrimento que es-tamos vivendo é gigante. Todosos dias lembro da minha filha”,disse o pai. “Agora estamos ten-tando reconstruir o que foi leva-do pelo rio. Temos outros dois fi-lhos pequenos e queremos reco-meçar ao lado deles. A situaçãoé muito difícil. Viver nessas bar-racas é complicado”.

As barracas onde as famíliasvivem comportam até oito pes-soas e são equipadas com col-chões e filtros para água. Naparte comum foram construídosuma cozinha comunitária e la-vanderia. Para a limpeza pes-soal, banheiros químicos foraminstalados. Não falta água e nemenergia. Uma barraca para açõesda Defesa Civil também foi mon-tada no local, mas no dia da vi-sita de O JORNAL ao acampa-mento, ninguém estava presen-te.(E.T. / L.S.R.) Canteiros de obra: governo garante moradias até o fim deste ano

Abrigos são como conjuntos: barracas

armadas umas de frente para as outras

Fotos: Yvette Moura

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Cidades JORNALO JORNALO

O que é essencial na vida dos pequenos

Exemplos como o de PedroHenrique e Clarisse dão aospais e educadores infantis a cer-teza de que a tecnologia e osbrinquedos eletrônicos invadi-ram o mundo infantil e fazemparte da lista dos presentes fa-voritos para o Dia das Crianças.

Adesenvoltura das criançascom o mundo cibernético étanta que espanta ou orgulhaos próprios pais, tão acostuma-dos a narrar “as coisinhas quesó meu filho sabe fazer”.

Controle remoto, telefonecelular, TV digital, lap top, jogoseletrônicos, brinquedos quefuncionam à pilha ou a contro-le remoto e expressões como e-mail ou “baixar um jogo pelaInternet” não são mais palavrasde gente grande faz tempo.

À medida que a criançaavança no mundo da tecnologia– ou seria a tecnologia avançano mundo infantil – nasce umapreocupação dos pais e respon-sáveis: até que ponto é saudá-vel deixar os brinquedos tradi-cionais, aqueles do tempo dosavós como o jogo de chimbra,a coleção de carrinhos e o tratocom as bonecas para entrar em

um campo cada vez mais avan-çado da eletrônica?

A pergunta não é das maisfáceis de ser respondida. Apsi-cóloga Poliana Amorim, disseque “brincar é assunto sério. Éatravés das brincadeiras infan-tis que a criança se socializa. Olúdico interfere positivamenteno processo de aprendizagem,estimulando a evolução cogni-tiva, social e afetiva, além de re-presentar uma via de auto-ex-pressão.

Ainda segundo a psicóloga,para Jean Piaget [renomado fi-lósofo suíço reconhecido emtodo o mundo por seu trabalhopioneiro no campo da inteli-gência infantil], a atividade lú-dica é o berço obrigatório dasatividades intelectuais da crian-ça, sendo por isso, indispensá-vel à prática educativa.

Os conceitos sobre educa-ção defendidos por Piaget in-fluenciaram a psicologia e apedagogia mundiais, e umadas afirmações defendidas porele desde o século passado eraexatamente esta: “Brincar é es-sencial na vida da criança”.(V.C.)

Imaginação para além do divertimento

Porque crianças gostam é de brincarCom tecnologia ou como antigamente, brincadeira é coisa séria; o importante é saber dosar com bom senso

Valdete CalheirosRepórter

Os irmãos Pedro Henrique,de 4 anos, e Clarisse, de 3, já es-colheram o que querem ganharde presente na próxima terça-feira, de 12 de outubro, quandoserá comemorado o Dia dasCrianças. O menino quer um“carro que muda de cor, quan-do entra na água” e a menina“uma boneca”.

Os dois são filhos do casal de

administradores de empresasHenrique Pereira Torres e KalineLages. Embora tenham pedidopresentes “comuns”, PedroHenrique e Clarisse, apesar dapouca idade, são crianças adep-tas às mudanças do mundo vir-tual e curtem bastante os brin-quedos tecnológicos.

O pai, Henrique Torres, ga-rante que os filhos dividemmuito bem o tempo dedicadoaos brinquedos convencionais eos brinquedos movidos à pilha

ou controle remoto. “Acho essainteração com os brinquedos mo-dernos bastante proveitosa. Creioaté que estimula a inteligência, oraciocínio e desperta a curiosi-dade. O segredo é saber dosar acontribuição da tecnologia namedida certa. O que não dá épara esconder a tecnologia dascrianças. O computador está aí.Não faz parte da nossa imagi-nação. É real. Cada vez mais, elesestão inseridos no cotidiano, atémesmo no cotidiano infantil”.

O administrador de empre-sas Henrique Torres afirmou queo equilíbrio no uso do computa-dor e outros equipamentos ele-trônicos é tanto que os dois filhospediram de presente no Dia dasCrianças brinquedos “normais”.

Entre os pontos positivos, opai de Pedro Henrique e Clarissecita o fato de o convívio com atecnologia se dar bem mais cedo.“As crianças de hoje têm bastan-te intimidade com o computa-dor. Diferentemente de um adul-

to que à época da infância se-quer tinha como chegar perto deum”, compara.

Pedro Henrique contou,com um largo sorriso no rosto,que tem aula de informática naescola e que todos os amigui-nhos sabem mexer com o com-putador. “Gosto muito de jogarquando estou no computador”,disse o menino, sem tirar a mãodo mouse e os olhos do moni-tor do lap top.

Ele disse achar engraçado os

bonecos dos jogos eletrônicos fa-larem. Apesar do entusiasmocom a máquina, o menino temna ponta da língua argumentosque parece ouvir cotidianamen-te dos pais.

“Meu pai e minha mãedizem quando posso brincar nocomputador. Quando eles estãousando, eles não deixam. Comoeu gosto também de carrinho,vou brincar de outra coisa”, con-tou, com a ingenuidade caracte-rística da pouca idade.

Queimado, amarelinha, pi-que-esconde, pipa, elástico, passaanel, pião, pega-varetas, quebra-cabeça, jogo da memória, bonecossuper-heróis, são apenas algu-mas das recreações infantis quefizeram sucesso nas gerações pas-sadas, podendo ter sua nomen-clatura variada de acordo comas regiões do país. Essas ativi-dades tinham como objetivo ape-nas interagir e divertir, porém,conseguia ir muito além do queo simples divertimento. Essasbrincadeiras estimulavam oraciocínio lógico, a memória, acoordenação motora, desenvolviahabilidades, o espírito de equipe,incentivavam valores como o re-speito ao próximo e a empatia.

“Com o advento da tecnolo-gia essas diversas formas de brin-car estão sendo cada dia mais,substituídas e consideradas an-

tiquadas por boa parte das cri-anças”, opinou Poliana .

Desta forma, a psicólogaavalia, que os avanços tecnológi-cos proporcionaram inúmerastransformações na sociedade, re-fletindo também no modo comoas crianças brincam e interagemcom o mundo. “A tecnologia éum ramo do conhecimento queatrai e seduz inclusive as crianças.Existem alguns fatores que fazemcom que este recurso seja cadadia mais utilizado pelo públicoinfantil, como por exemplo, a cres-cente violência que atinge as so-ciedades, a inserção da mulherno mercado de trabalho e espaçoscada vez mais limitados paraatividades recreativas. É prefer-ível, que os filhos na ausência dospais estejam ‘a salvo’ em seuslares, quando não estiverem na es-cola”. (V.C.)

O segredo está no equilíbrio das coisasO ponto de equilíbrio entre

o certo e o errado está no fatode os pais estabelecerem limi-tes. “Os pais devem manter-seatentos e conhecer a fundo oconteúdo desses jogos, alémde monitorar o tempo que seusfilhos gastam voltados paraessas atividades. A alienaçãonunca é benéfica. As pesqui-sas indicam sérias consequên-cias à saúde biopsicossocial dascrianças, é preocupante os pro-blemas relacionados à visão,dores musculares, doenças dosono, isolamento social e se-dentarismo, tudo isso decor-rente do uso excessivo dessasatividades”, alertou.

Desta forma, como em qual-quer outro aspecto da educaçãoinfantil, compete aos pais usa-rem o bom senso. “Não adian-ta simplesmente excluir a crian-ça desse novo recurso, isolan-do-a de forma drástica dos es-tímulos tecnológicos. Destaforma só estariam mantendo-as fora do contexto da vida real,mas por outro lado não se devesubestimar seus efeitos no de-

senvolvimento da criança”.A psicóloga Poliana Amo-

rim, que também atua no com-bate à violação dos direitos hu-manos, desenvolvendo traba-lho socioeducativo no Projo-vem Adolescente no municí-pio de Atalaia, afirmou que oequilíbrio, e os limites sabia-mente colocados são essenciaispara a garantia de que a crian-ça irá usufruir o máximo datecnologia, sem acarretar ne-nhum prejuízo físico ou emo-cional, uma vez que elas preci-sam de oportunidades para sededicarem à outras formas deentretenimento.

“Cabe aos pais a mediaçãoentre esse assédio tecnológicoe o modo como as crianças bus-cam diversão. Os pais preci-sam, antes de tudo, reconhe-cer a importância das ativida-des lúdicas para o desenvolvi-mento saudável de seus filhos,participando ativamente desteprocesso. Assim, estarão con-tribuindo também para o for-talecimento dos laços afetivosfamiliares”. (V.C.)

O maravilhoso mundo digital

A psicóloga PolianaAmorim, que atua em umCentro de Referência Espe-cializado de AssistênciaSocial (Creas), afirmou quea procura por lan houses,sites de jogos e entreteni-mentos online faz com queo mercado digital-eletrôni-co venha se tornando cadavez mais forte, tendo emvista também que os pre-sentes preferidos atualmen-te pelas crianças são os tec-nológicos, seja um celular,um aparelho de MP3 e/ouMP4, um computador,vídeo games e outros re-cursos de última geração,que não param de evoluirde modo cada vez mais sur-preendente.

“A geração atual desco-briu uma nova forma de sedivertir e de se relacionarsocialmente, através, porexemplo, das redes sociais.As crianças dominam cada

dia mais cedo essas ferra-mentas, usufruindo com ha-bilidade dos recursos dispo-níveis na era digital”, desta-cou.

Apesar das vantagensdas brincadeiras eletrônicas,aos pais que ainda se sen-tem inseguros em liberar oacesso dos filhos aos brin-quedos eletrônicos e com-putadores, segue uma dicada psicóloga Poliana Amo-rim. “Apesar de o ideal seras crianças desenvolveremsuas capacidades psicomo-toras aliadas a gastos deenergia, preferencialmenteao ar livre, como andar debicicleta e praticar esportes,essa nova forma de brincartambém apresenta vanta-gens educativas. Muitosdesses softwares estimulama concentração, a memoriza-ção, a coordenação motora,o raciocínio lógico e a de-terminação”, avaliou. (V.C.)

Pedro adora computadores, masnão abandonou os carrinhos e outras“brincadeiras deantigamente”

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Será no próximo dia 13 afesta de premiação do PrêmioMaceió/Boas Ideias - GrandesNegócios/Histórias de Suce-sso, uma produção da Idiiasde Comunicação, empresa deassessoria do jornalista Cláu-dio Bulgarelli. O prêmio, queserá transmitido ao vivo pelainternet através do portalw w w. o l h a m e u c a s a m e n -to.com.br, acontecerá no salãode convenções do MaceióMar Hotel.

A noite servirá tambémpara o lançamento do livroBoas Idéias - Grandes Ne-gócios, Histórias de Sucesso,

que conta a história das em-presas e personalidades pre-miadas.

A idéia de lançar um prê-mio homenageando Maceió e,consequentemente empresas epersonalidades, surgiu depoisdo sucesso do Primeiro PrêmioDestaque, realizado em dezem-bro de 2009, premiando mais de50 empresas e personalidades.

O Objetivo é premiar em-presas nos ramos do comércio,indústria, construção civil, res-tauração, hotelaria, educação,alimentos e bebidas, comunica-ção e várias outras atividades,além de personalidades liga-

das a arquitetura, medicina,odontologia e advocacia.

O resultado foi uma im-portante lista com mais de40 nomes, entre empresas epersonalidades, seguindo osseguintes critérios de ava-liação para a escolha: pes-quisa via internet com ummailing list de mais de 500pessoas, pesquisa em veícu-los de comunicação e Inter-net sobre noticias e referen-ciais das empresas a atémesmo veiculação publici-tária na mídia local. Assim,se chegou aos nomes dospremiados.

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Prêmio Maceió destaca personalidadesEvento organizado pelo jornalista Cláudio Bulgarelli também servirá para lançamento de livro sobre premiados

Uma trajetória com muitos textosClaudio Bulgarelli, iniciou

sua atividade profissionalcomo jornalista e escritor.Nessa época, lançou um livrode poesias chamado Liber-dade Apagada, quando o paísainda se encontrava sob a di-tadura militar. Depois, foi ocu-par o cargo de sub-editor decultura no jornal A Tribuna deVitória.

Nesse mesmo ano mudou-se para a Europa, onde viveuna França, Suíça e Itália.

Em 1991 voltou ao Brasil,e escolheu Maceió para morar.Organizou campanhas ecoló-gicas e começou a escrevermatérias especiais para OJORNAL.

Em 2001, antes de voltarnovamente para a Europa, or-ganizou o primeiro prêmio dainternet em Alagoas, fato iné-dito na época, já que a inter-net estava só engatinhando.

Depois, de volta à Europa,se envolveu com o movimen-

to pacifista e acabou indo paraBagdá, em março de 2003, diasantes de começar a guerra doIraque. Foi como voluntárioque acabou virando corres-pondente do Fantástico, du-rante as duas primeiras sema-nas de guerra.

Na volta lançou um livrocom fotos da guerra chama-do “Uma guerra daquelas”.Agora, sete anos depois, pre-para escreve o seu romance,com temas mais amplos.

Investigação, crimes, paixão e intrigasO livro “Caminhos da

Guerra”, que jornalista CláudioBulgarelli, começa a escrever,traz como base a sua experiên-cia no Iraque.

Ele tenta provar que muitosdos jornalistas, mortos emserviço nas ultimas guerras,

foram misteriosamente elimi-nados pelos serviços secretosde seus próprios governos,através de uma conspiraçãoque visava “deletar” aquelesque tinham descoberto fatosalém dos permitidos. Assim,ele se depara com uma dura

verdade: a participação diretaou indireta dos Estados Unidos,através da CIA (Central deInteligência Americana), aserviço do NAC (New Ame-rican Century) da estranhamorte de quase todos os corre-spondentes na guerra.

Esta será a segunda edição doPrêmio Maceió

Jornalista CláudioBulgarelli: experiênciaao redor do mundo

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O professor Gedivaldo Bastos estimulando a locomoção de Débora

Izabelly Santos está matriculada em uma escola regular e recebe apoio da Escola Cyro Accioly

O braille produz conhecimentoO código braille é compos-

to por uma combinação de pon-tos dispostos em uma célula detrês linhas e duas colunas.Através da combinação dessessímbolos, o deficiente visualpode realizar a leitura e a escri-ta de qualquer tipo de texto.

Atualmente, existem má-quinas de escrever adaptadaspara a confecção de textos embraille e computadores comprogramas adaptados de voz

(dosvox) que conseguem trans-formar um simples comandode voz em um texto adaptadoa esse mesmo código. O siste-ma braille abriu um campo depossibilidades que irrompecom as limitações impostas pelocorpo. Mesmo sem a visão domundo material, os cegospodem produzir conhecimen-to, realizar projetos e, princi-palmente, sentir o mundo à suamaneira.

ESCOLA - AEscola Estadualde Cegos Cyro Accioly, localiza-da na Rua Pedro Monteiro, nobairro do Centro, atende a todasas pessoas que tenham qualquertipo de deficiência visual. Aesco-la oferece tratamento com psicó-logas, aulas com professores deeducação física, teatro e informá-tica, além do reforço do materialescolar.

* Sob a supervisão da Editoria de Cidades

Exemplo de vida a ser seguidoLimitação é uma palavra que

não existe na vida de IzabellySantos, de 8 anos, que nasceuprematura, teve deslocamentode retina e perdeu a visão. Maisconhecida como Belinha, ela édescrita pelos amigos como in-teligente e fácil de fazer amiza-des. Ela está matriculada na al-fabetização de uma escola regu-lar e recebe o apoio da escola decegos com aulas de reforço,orientação e mobilidade, alémde educação física e aulas de hi-droterapia e ecoterapia para me-

lhorar o equilíbrio.Amãe de Belinha, Siene dos

Santos, não vê limitações na vidada menina. “Ela é bem articula-da; tudo me pergunta, e façoquestão de responder. Acom-panho minha filha 24 horas pordia. Nós somos como irmãs; par-ticipo de todo processo de suaindependência, porque pensonum futuro sem a minha pre-sença”, explicou.

“Muitos pais não aceitam ofilho da maneira que são. Elestêm vergonha; ficam sem que-

rer sair de casa. Quando saem,ou é muito cedo ou muito tardepara que ninguém veja ou façamuitas perguntas. Mas essespais precisam entender que elasdevem ter uma vida normal e,futuramente, uma profissão”,completou Siene.

Amenina tem um cotidianobem parecido ao das criançasque enxergam. Izabelly disseque seus dias são atarefados eque, além das inúmeras aulasque frequenta, também gostade boneca e andar de bicicleta.

Atividade física é fundamental O professor Gedivaldo Bastos

realiza um trabalho de estimula-ção com Débora Vitória, de 6anos, no objetivo de fazê-la andar.Segundo ele, a atividade físicatem destaque no desenvolvimen-to das crianças cegas.

A menina Débora não pas-sou pela fase do engatinhar; porisso, ela tem muita dificuldadede locomoção. “A Débora caiu.Com isso, ela adquiriu um trau-ma que dificulta ainda mais. Anossa batalha é que ela tenha au-toconfiança em si mesma”, disseo professor.

Além do trabalho de estimu-lação, a menina também faz tra-tamento com fisioterapeuta, eco-terapeuta, fonoaudiólogo e psi-cólogo. Todos trabalham foca-dos na parte motora e emocio-nal, visando ao equilíbrio paraque ela tenha mais força na horade levantar e andar.

Devido ao trauma da quedaque levou, Débora se recusa atocar em objetos que não conhe-ce. “A visão do cego é o tato.Então, ela se recusa a tocar emtudo que lhe é estranho. Mas,segundo a mãe, Débora se en-contra bem mais relaxada emcasa. Ela melhorou muito, res-pondendo cada vez melhor aostrabalhos com o arco e a bola,equipamentos que estimulam osom”, completou Gedivaldo Bas-tos.

Apoio escolar ajuda na inclusãoA Escola Estadual de Cegos

Cyro Accioly dá o suporte ne-cessário aos alunos deficien-tes visuais, como: leitura e es-crita Braile; aulas de orientaçãoe mobilidade, que favorece aindependência, autoconfiançae integração social; aulas deAtividades da Vida Autôno-ma (AVA) onde são desenvol-vidas atividades ligadas aosafazeres do cotidiano.

A escola promove trabalhosintensos para o desenvolvi-mento autônomo de cada pes-soa que busca a inclusão no

meio sociocultural. O apoioeducacional vai desde estimu-lação psicológica a orientaçãode tarefas.

De acordo com a coorde-nadora da escola, Josira Silva,a criança, quando passa a fre-quentar as atividades, torna-se uma pessoa curiosa e acabaperdendo o medo do mundoexterno. “A criança é alfabeti-zada no braile e recebe toda abase e preparação para que, apartir dos 4 anos, seja incluí-da numa escola regular. E de-pois ainda continua recebendo

o apoio da escola na reabilita-ção e pedagogia”, disse a coor-denadora da escola.

Cerca de 50 alunos estãoinseridos nesse sistema. Se-gundo Josira, as crianças queperdem a visão gradativa-mente necessitam de um a-companhamento psicológicopara aceitar a nova condiçãode vida. “Já a adaptação dequem nasce com a deficiênciaé mais fácil, porque ela nuncaenxergou, não existe o senti-mento de perda ou de limita-ção”, destacou.

Vencendo os obstáculos, crianças cegas superam preconceitos e conseguem ter uma vida normal

Fabyane AlmeidaEstagiária*

Superação é uma palavra co-nhecida no universo das criançasque possuem deficiência visual.Para elas, dificuldades semprevão existir, mas apoio, estímuloe acompanhamento da famíliasão essenciais para vencer os obs-táculos diários. Muitas crianças

cegas sofrem com o preconceitoda sociedade, que não os recebecom a atenção que merecem.Algumas são discriminadas den-tro da própria casa e tornam-secrianças retraídas, com o desen-volvimento abaixo do esperado.

Para Alex Leite, de 12 anos, ofato de ele não poder ver não otorna uma pessoa infeliz. Alex éum dos que vêm se superandoe hoje já consegue ter indepen-

dência apesar da deficiência vi-sual.

A deficiência de Alex Leitefoi identificada assim que ele nas-ceu, e o rápido diagnóstico con-tribuiu para o seu crescente de-senvolvimento. Segundo MariaVieira de Lima, mãe de Alex, émuito gratificante vê-lo superan-do seus limites. “Meu filho nas-ceu com a deficiência visual.Quando ele tinha 1 ano, eu o

trouxe para a escola de cegos,onde aprendeu a ser uma pes-soa independente”, disse.

Avida do garoto é cheia de so-nhos. Ele está matriculado nosexto ano do Ensino Fundamen-tal e participa de provas orais.Quando sente dificuldade com osassuntos, o menino pede ajuda àEscola de Cegos Cyro Accioly, quelhe oferece apoio. Alex vai da es-cola para sua casa acompanhado

apenas dos amigos. “Eu sempreo deixei bem à vontade, orientan-do que descobrisse as coisas, parabuscar a sua independência. E oAlex possui uma força de vonta-de de querer vencer que contribuipara isso. Ele afirma que já estáapto para andar só, mas eu aindame sinto insegura com a violên-cia na cidade”, completou a mãe.

Andar de bicicleta, nadar napiscina, jogar videogame e brin-

car no computador são as coisasque o Alex mais gosta de fazer emseu tempo livre quando não estáestudando braile. “Eu sei cozi-nhar, já sei andar só. Vou ao su-permercado, mas tenho medo deque me derrubem na escola, pelofato de ela ser grande e ter mui-tos alunos. Agora, que ganheiuma bengala nova, vai ficar maisfácil de me locomover”, disseAlex.

JORNALO JORNALO

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UniversidadesAA1199

Fabyane Almeida/ Estagiária

Lula Castello Branco

Lula Castello Branco

A escuridão que ganha cores

A escuridão que ganha cores

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Tenente Rocha, responsável pela desativação: sozinho com o perigo

JORNALO JORNALO

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Municí iosp

Pergunta feita pela população é sempre a mesma: “Os fuzileiros navais encontraram a mina?” Jorge BarbozaRepórter

MARAGOGI - A presençade treze fuzileiros navais emMaragogi, juntamente com ocapitão André Pereira Meire, es-cavando na Praia do Antunes,fazendo detecções no centro dacidade, com aparelhos que a po-pulação, logicamente, não co-nhecia, sem dúvida essa movi-mentação de militares em buscade artefatos bélicos, alterou odia a dia de nativos e visitantesna turística, mas pacata,Maragogi.

O assunto do dia é semprea mina: “Já encontraram a mi-na?”, “Como foi lá, repórter,nada da mina?” Bem, nada damina. Mas alguém está preocu-pado com isso? Alguém temmedo que ela estoure, que essaoperação da Marinha não sejatão segura?

“As enchentes de junho atra-palharam muito mais o movi-mento de turistas”, disse o pro-prietário do Villagio Miramar, oalemão Peter Reitermann, fa-zendo sua caminhada pela Praiado Antunes, a poucos metrosdas escavações que haviam co-meçado na quarta-feira. “Eu so-brevivi à Segunda Guerra. Esti-lhaços de bombas passaram aci-ma da minha cabeça e nãomorri. Não é essa mina que vaime deixar preocupado. A en-chente de Barreiros foi pior.”

“Nem deviam ter explodi-do aquela primeira mina queacharam. Deviam ter somenteretirado a pólvora”, diz José

Clóvis dos Santos, o “Bel” dapeixaria situada na orla de carapara outra possível mina aquá-tica. “Uma pena terem botadodinamite e explodido. Faziatanto tempo que estava embai-xo do chão. Já estava desativa-da. Deviam tê-la colocado emcima de um pilar para todomundo ver.”

O pescador João Franciscodos Santos diz ter “uns 74 anos”e se lembra da movimentaçãodo Exército Brasileiro cavando

trincheira em Maragogi. “Ospescadores encontravam baleei-ra cravada de bala e muita coisavinha do mar nessa época.Tinha até canhão armado que ocapataz levava para a Capitaniados Portos. Tinha muito solda-do do Exército. Quando davamoito horas da noite, ninguémpodia mais andar na rua. A luzacabava e a gente ia para casadormir.”

SOZINHO - O tenente

Stanley Rocha será responsávelpela desativação dos artefatos.É ele quem ficará sozinho coma mina, quando a população porperto for evacuada a 150 m dedistância. “É um trabalho sim-ples, tem de ter cuidado, mas ésimples. Tem a possibilidade deexplodir, de alguma coisa darerrada, mas pode dar certo. Jáfizemos testes. A possibilidadeé remota. De 5 a 1, sendo 5 apossibilidade mais remota, es-tamos no 4.”

Desativação altera rotina de MaragogiMINAS AQUÁTICAS

Visivelmente cansados e aborrecidos, militares enfiados em um buraco de 10m x 20m: nada das minas

Fotos: Jorge Barboza

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JORNALO JORNALO

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Ara iracaAA2211

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Veículos também estão entre os produtos cobiçados por criminosos Valdecks Pereira diz que BR-101 e AL-110 são pontos críticos

Depósito de cargas roubadas foi “estourado” pela Polícia Militar, na última semana, em Arapiraca Militares chegaram ao ponto de descarga de produtos roubados após monitorar veículo através de GPS

PRF diz que não há onda de violência em rodoviasARAPIRACA - Embora a

Polícia Civil afirme que é crescen-te o número de roubo de cargase mercadorias no Agreste, aPolícia Rodoviária Federal ga-rante que não há picos de crimi-nalidade nas rodovias. De acor-do com a PRF, os assaltos dimi-nuíram nos últimos anos e oscasos relatados seriam pontuais.As causas da redução estariamligadas ao aumento do patrulha-mento da malha viária.

“Não há aumento da crimi-nalidade na região Agreste, por-que não existe um ponto consi-derado crítico. Os crimes acon-

tecem em todo o Estado e nãoapenas em uma determinadaárea. A Polícia Rodoviária Fe-deral está patrulhando toda amalha viária para evitar que essee qualquer outro tipo de delitoseja praticado. Os assaltos nãosão comuns, eles são pontuais”,explicou o inspetor JeffersonSantos.

Segundo ele, a BR-101, entreas cidades de Teotônio Vilela ePorto Real do Colégio, conta comtrês postos da PRF. “Os postosestão equipados e os policiaistrabalhando, mas isso não querdizer que não exista roubo de

cargas nas rodovias. O que podeser feito para coibir os crimes éreforçar as unidades, após umasolicitação da Polícia Civil. Pelonosso mapeamento, a área nãoé considerada crítica”.

Jefferson Santos defendeu otrabalho de parceria entre as po-lícias. Para ele, é de forma inte-grada que os índices de crimi-nalidade serão reduzidos. “É ne-cessário que as polícias desen-volvam ações conjuntas, porquesó assim conseguiremos dimi-nuir os índices. A partir do tra-balho ostensivo da PRF, do tra-balho judiciário da Polícia Civil

é que teremos uma mudança defato”, acrescentou o inspetor.

A PRF explicou que adota osistema de patrulhamento 24horas nas rodovias através deuma programação nos postosque faz com que os agentes pas-sem a maior parte do tempo nasrodovias. Para isso, são selecio-nados pontos estratégicos e fis-calizações em locais diferentes.“A PRF faz o seu trabalho, maso ideal é que seja feita uma inte-gração de forças através do tra-balho conjunto de órgãos de se-gurança pública do país e doEstado”, observou o inspetor.

Na rota do roubo de cargas e veículosArapiraca é apontada pela polícia como ponto de receptação de produtos roubados em cidades vizinhas

Eduardo AlmeidaRepórter

ARAPIRACA- O Pelotão deOperações Especiais (Pelopes)do 3º Batalhão “estourou”, naúltima semana, em Arapiraca,dois depósitos de cargas e veí-culos roubados, o que revelouuma situação preocupante paraas autoridades: o município setornou rota de “desova” de mer-cadorias. De acordo com aPolícia Civil, esta modalidade écrescente e a falta de fiscalização

nas rodovias é a principal res-ponsável pelos elevados índi-ces.

Os roubos, segundo a polícia,comumente acontecem em cida-des vizinhas e os produtos são le-vados para Arapiraca devido àfacilidade de acesso e de distri-buição. Os pontos consideradosmais críticos são a BR-101, entreTeotônio Vilela e Porto Real doColégio, e a AL-110, entre Arapi-raca e São Sebastião. Nestes tre-chos, embora existam postos defiscalização, os criminosos con-

seguem praticar assaltos e ainda“escoar” os produtos.

“Três fatores contribuem paraque Arapiraca se torne rota de‘desova’ de mercadorias rouba-das. O primeiro deles é a locali-zação, pois a cidade está no cen-tro do Estado, com acesso paratodas as regiões. O segundo é afalta de fiscalização nas rodoviasestaduais e federais. E o terceiroé a dimensão do município, oque faz com que os produtospassem despercebidos pelas po-lícias”, observou o delegado re-

gional Valdecks Pereira.Conforme o delegado, fica-

ria inviável para os criminososesconder as cargas roubadas nosmunicípios onde ocorreram osdelitos, porque as mercadoriaschamariam a atenção da polí-cia. Ele explicou ainda queArapiraca foi escolhida por serconsiderada região metropoli-tana. Os depósitos encontradosna última semana têm como ca-racterísticas a proximidade àsrodovias, o que facilita a entra-da e a distribuição dos produtos.

Pereira disse que o númerode inquéritos instaurados pelaPolícia Civil para investigar rou-bos de cargas, em Arapiraca,ainda é pequeno. Segundo o de-legado, como os crimes aconte-cem em outros municípios, asinvestigações são conduzidaspelos distritos de cada região. Odelegado ressaltou a importân-cia de denúncias de qualquerato suspeito para que a políciaconsiga reprimir não só o roubode mercadorias como a recep-tação.

“A Delegacia Regional deArapiraca não tem autonomiapara instaurar inquéritos de cri-mes que aconteceram em outrosmunicípios, exceto quando omaterial é apreendido na cida-de. Não temos estatísticas ofi-ciais sobre o número de inqué-ritos, mas eles ainda não repre-sentam muito. No entanto, no-tamos que é crescente o núme-ro de denúncias de receptaçãode mercadorias roubadas”,acrescentou o delegado ValdecksPereira.

Caminhoneiros temem assaltos

ARAPIRACA - Na estra-da há quase seis anos, o cam-inhoneiro Tito Segundo deOliveira, 26 anos, garante queAlagoas é um dos estados doNordeste que apresenta omaior índice de assaltos acaminhoneiros. A má con-servação das rodovias e afalta de policiamento seriam,de acordo com ele, os princi-pais responsáveis pelosnúmeros. Ele conta que já foiassaltado e que temeser novamente ví-tima da ação debandidos.

“Há três anos,tive R$ 600 leva-dos em assalto, nacidade de Flo-resta, em Pernam-buco. Alagoas ePernambuco sãoos estados ondenós, caminhonei-ros, corremosmais riscos. Oscriminosos comu-mente utilizammotos, porqueisso facilita a fuga. Se com-parado a estados como Piauíe Maranhão, a segurançaaqui deixa a desejar. Somosobrigados a conviver com omedo, e não temos a quemrecorrer”, explicou o cam-

inhoneiro.O caminhoneiro Rodrigo

da Silva Cavalcante, 22 anos,presta serviço para uma em-presa de material de con-strução e revela que circulapor Alagoas, Bahia ePernambuco. Embora nuncatenha sido alvo de bandidos,ele conta que evita viajarpelas rodovias alagoanas no

período noturno,quando o númerode policiais dimi-nui, tornando oscaminhões alvosfáceis para crimi-nosos.

“Se já é difícilencontrar policiaisdurante o dia, ima-gine à noite. Viajarse torna uma ativi-dade de risco. Aprova é que oscaminhone i rosseguem em com-boios para os seus

destinos. Nunca fui as-saltado, mas confesso quetenho bastante medo, princi-palmente em Alagoas. Os bu-racos também nos obrigam areduzir a velocidade, o queaumenta os riscos de assaltos.É preciso aumentar a segu-rança nas rodovias”, expôsRodrigo.

Alagoas é

apontada

como o

Estado com

maior risco

de assaltos

Fotos: Eduardo Almeida

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BAIXO SÃO FRANCISCO

Trabalhadores ruraisiniciam plantio de arrozDa Editoria de Municípios

Os agricultores da região doBaixo São Francisco iniciaram oplantio de sementes de arrozpara garantir a safra 2011. Em2010, eles receberam 200 tone-ladas de sementes da Secretariade Estado da Agricultura, pormeio do Programa AlagoasMais Alimentos.

Em Igreja Nova, os arrozeirosesperam mais uma vez uma pro-dutividade acima da média.Segundo o agricultor Manoel Ro-que dos Santos, que já plantoudois lotes, e que pretende plan-tar mais dois no distrito irrigadode Boacica, a produtividade deveficar em torno de 7 mil quilospor hectare.

"Ao todo, nos quatro lotes,eu devo colher 140 mil quilos",afirmou, dizendo também queos agricultores que iniciaram oplantio no início de setembroestão com uma boa germina-ção das sementes distribuídaspelo Governo.

Asafra vai de janeiro a abrilde 2011 e, de acordo com Ma-noel Roque dos Santos, essa seráa primeira vez que parte da pro-dução vai ser comprada poruma cooperativa montada pelospróprios produtores da região.Ainstalação dos equipamentosjá ocorreu e vai permitir quehaja o beneficiamento e o em-pacotamento no próprio muni-cípio de Igreja Nova.

"O arroz já vai poder sair de

lá direto pra os supermercados",comemorou Manoel. Outra ex-pectativa dos agricultores é que aUsina de Beneficiamento de Arrozinstalada na cidade de Igreja Novatambém compre parte da produ-ção a partir de 2011.

"Um dos objetivos do Pro-grama de Sementes, vinculadoao Alagoas Mais Alimentos, é

garantir o acesso a sementesadaptadas às regiões e em épocaapropriada de plantio. Outro éfortalecer a agricultura familiare o setor produtivo rural. E ve-mos que isso está ocorrendo noBaixo São Francisco", destacoua secretária de Estado da Agri-cultura e do DesenvolvimentoAgrário, Inês Pacheco.

PRÉ-UNEAL

Instituição comemora os resultados obtidos com pré-vestibular comunitário, que oferece aulas gratuitasDa Editoria deMunicípios

AUniversidade Estadual deAlagoas está comemorando o re-sultado obtido com o pré-Uneal- pré-vestibular que a instituiçãooferta à comunidade. Os aprova-dos celebraram a vitória juntocom os alunos extensionistas dainstituição, que viram seus tra-balhos reconhecidos. Eles sãomembros do projeto de exten-são que oferece aulas gratuitaspara o vestibular a estudantesde escolas públicas.

Segundo a coordenadora doPré-Uneal, Maria José HoulyAlmeida, esta é a quarta vez

que o Pré-Uneal apresenta re-sultados satisfatórios, comaprovações significativas emtodos os campi da instituição.

Para a equipe, o resultadopositivo não surpreendeu. "Foiesperado, pois fizemos um tra-balho muito intenso para os alu-nos saírem daqui pelo menospreparados e, principalmente,confiantes para o vestibular.Estou muito feliz", diz com umsorriso estampado no rosto ocoordenador do Pré-Uneal doCampus IV, Rafael Correia.

Em Arapiraca, 37,16% dosalunos do Campus I foram apro-vados. "O aluno Jerlann CleytonSimões da Silva, 17 anos, que

cursou o 3º ano do ensino médiona Escola Estadual QuintellaCavalcanti, foi aprovado em 1ºlugar no curso de História.

Maria José Houly destacatambém os estudantes WillianeBarbosa Silva, aprovada em 3ºlugar em Pedagogia, MariannaIzabelly Souza Nascimento, queficou em 3º lugar no curso deAdministração de Empresas, eVanessa Moreira de Brito, apro-vada em 12º lugar em Direito.

No Campus III, em Palmeirados Índios, os alunos do Pré-Uneal também fizeram bonito.Wolffgang Amadeu Rodriguesobteve o 2° lugar em CiênciasBiológicas e Silmara Oliveira da

Silva, o 2° lugar em Pedagogia.Ainda não foi divulgado o re-sultado do Campus V em Uniãodos Palmares.

Para a diretora do CampusIV, Maria Betânia Rocha, os 70%dos aprovados entre os alunosdo Pré-Uneal mostram o esfor-ço da coordenação e dos profes-sores, que são os próprios univer-sitários do Campus IV, em minis-trar bem as aulas. "Esse resulta-do é fruto do espírito de coope-ração, solidariedade e dedica-ção. Todos estão de parabéns",destaca.

Das 15 vagas ofertadas parao curso de Letras/Espanhol doCampus IV, nove são os feras do

Pré-Uneal. Em Letras/Português,três foram aprovados; já Le-tras/Inglês, dois alunos do Pré-Uneal conseguiram aprovação;Ciências Contábeis teve outrosdois aprovados, e Matemáticateve uma aprovação para aUneal de Arapiraca.

Em Santana do Ipanema, tam-bém houve muita celebração.Nove alunos do cursinho ingres-sam este ano na Universidade.Destes, três frequentarão as aulasde Pedagogia; dois irão paraZootecnia e quatro estudarãoCiências Biológicas.

O Pré-Uneal tem objetivo depreparar gratuitamente os estu-dantes de baixa renda da rede pú-

blica para concursos vestibulares,além de contribuir para a demo-cratização do acesso ao ensino su-perior e oferecer ao estudante uni-versitário momentos de atuaçãocomo professor-monitor em salade aula.

O curso pré-vestibular da Uni-versidade Estadual de Alagoas jáatendeu até o momento 1.700 alu-nos da rede pública, sendo 600alunos no Campus de Arapiraca.No campus de Palmeira dos Ín-dios, o projeto preparou 300 alu-nos. No Campus de São Miguel,500 alunos; no Campus de Uniãodos Palmares, 200 jovens já foramassistidos e, em Santana doIpanema, 100 estudantes.

AA2222 Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Agricultores iniciaram o plantio das sementes no Baixo São Francisco

Facilitando o acesso à universidade

Uneal divulgou o resultadodo vestibular 2010 na última semana

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Mulheres rurais também serão beneficiadas com assistência técnica

O Ministério do Desenvolvi-mento Agrário(MDA) inicioumais uma etapa da execução danova Lei de Assistência Técnicae Extensão Rural (ATER) com apublicação no Diário Oficial daUnião de nove chamadas públi-cas para atender às OrganizaçõesProdutivas de Mulheres Ruraisem Territórios da Cidadania ecomunidades quilombolas emprocesso de regularização fun-diária pelo Incra. Aprestação deserviços está orçada em cerca deR$ 23,9 milhões.

As cinco chamadas para Or-ganizações Produtivas de Mu-lheres Rurais, orçadas em R$19.491.840,00, vão beneficiar11.860 agricultoras familiares, ex-

trativistas, pescadoras e indíge-nas. Os serviços de ATER pre-vistos vão qualificar as cadeiasprodutivas do artesanato e daprodução agroecológica, a auto-organização e o processo de ges-tão e comercialização.

Para comunidades quilom-bolas são quatro chamadas. Ostrabalhos estão orçados em R$4.464.054,89 e vão beneficiar 4.640famílias em 82 comunidades. Aschamadas públicas estão dispo-níveis no portal do MDA(www.mda.gov.br) e as entida-des terão 30 dias para apresen-tar projetos, contados a partir depublicação no Diário Oficial daUnião (www.in.gov.br).

Aseleção das propostas será

baseada em critérios exclusiva-mente técnicos, valorizando a en-tidade que tenha experiência ematividades de ATER que apre-sente metodologia de trabalhocompatível com a Política Na-cional de Assistência Técnica eExtensão Rural para AgriculturaFamiliar (Pnater), o currículo daentidade e da equipe técnica. Sópoderão apresentar propostas asentidades previamente creden-ciadas nos Conselhos Estaduaisde Desenvolvimento Rural Sus-tentável (CEDRS). A prestaçãode serviços será fiscalizada pelasDelegacias Federais do Ministériodo Desenvolvimento Agrário(DFDA) nos estados. O públicobeneficiado e o valor da presta-

ção dos serviços já foram deter-minados pelo MDA.

Acoordenadora-geral de Or-ganização Produtiva e Comer-cialização da Diretoria de Políticapara as Mulheres Rurais e Qui-lombolas do MDA, RenataLeite, explica que “as chamadaspara as mulheres pretendemqualificar e dar sustentabilida-de à produção por meio de ges-tão mais eficiente dos proces-sos produtivos e econômicos,baseada na cooperação, na so-lidariedade e na igualdade deacesso a políticas públicas deapoio a produção, comerciali-zação e na socialização do tra-balho doméstico e dos cuida-dos.”

Credenciamento de entidades

A nova ATER começou aser implementada em julhode 2010, com a abertura de24 chamadas públicaspara a prestação deserviços em Terri-tórios da Cidada-nia direcionadasà agricultura fami-liar, às comunida-des quilombolasem processo de re-gularização fun-diária pelo Incra eà mulheres rurais.A nova ATER foicriada pela Lei12.188/10, que ins-titui a Pnater e oPrograma Nacio-nal de AssistênciaTécnica e Extensão Rural naAgricultura Familiar e Refor-

ma Agrária (Pronater). O MDA, em

conjunto com osConselhos Estadua-is de Desenvolvi-mento Rural Sus-tentável (CEDRS),está credenciandoinstituições encarre-gadas de executar aassistência técnica.Para se cadastrar, ainstituição poderáter ou não fins lu-crativos, deverá atu-ar no estado em quesolicitar o creden-ciamento e ter pes-

soal capacitado parafazer esse trabalho. Deverá, ain-da, estar legalmente constituí-da há mais de cinco anos, casonão seja entidade pública.

CAMPUS ARAPIRACA

Evento acontece entre os dias 12 e 15 e é aberto a empresas privadas, instituições públicas e sociedade

Da Editoriade Municípios

Com o tema central “O En-genheiro Agrônomo e os novosParadigmas Profissionais”,oCampus Arapiraca realiza, en-tre os dias 12 e 15, a III Semanada Agronomia, que oferta du-zentas vagas. O evento tem comolocal o Auditório do Campus eé destinado à comunidade aca-dêmica, sociedade civil, empre-sas públicas e privadas e institui-ções públicas.

De acordo com os coorde-nadores do evento, os profes-sores Edmilson Santos Silva e

José Vieira Silva, a palestra deabertura, na terça-feira, 12, apartir das 9 horas, será feitapelo professor Jonas Dantasdos Santos, do Conselho Re-gional de Agronomia do Esta-do da Bahia, que falará sobreo tema central.

Uma programação diversifi-cada, contemplando palestra,me-sarredonda e minicursos enfo-cando temas relevantes da área,foi elaborada para os três diasdo evento. “O objetivo é promo-ver um ciclo de debates paraaprofundar temas atuais relacio-nados à Agronomia e a deman-da do mercado de trabalho.

Assim como, trazer as grandesdúvidas do público alvo para adiscussão”, afirmam os coorde-nadores.

Todos os painéis ocorrerãono horário das 8 às 12 horas e osminicursos, das 14 às 18 horas.Um almoço na cantina da sedeArapiraca está definido para odia 12, em comemoração ao Diado Agrônomo.

Enfatizando que a Agro-nomia vem aprimorando seusconhecimentos no Estado parafins de melhoria no setor agro-pecuário, os professores Edmil-son Santos e José Vieira desta-cam a importância da agrope-

cuária como base do sustento eda economia do agreste alagoa-no. Essa área,no Agreste e noSertão, vem sofrendo bastantedevido às secas, pragas e doen-ças, comprometendo as planta-ções e pastagens, dentre outrostantos males.

“A expansão da Ufal para oAgreste alagoano tem comomissão promover ou fomen-tar o desenvolvimento localcom a introdução de conheci-mento técnico e capacitaçãopara a população em sua áreade abrangência. A nossa uni-dade de Pesquisa/Extensãotorna-se um instrumento na

promoção das mudanças só-cio-econômicas e essas mu-danças passam pela discus-são sobre os temas que fazemparte do cotidiano da região”,afirmam os coordenadores.

A agricultura brasileira éuma das mais ricas e diversifica-das do mundo e a cada momen-to o agronegócio se destaca comosendo a garantia de sustentaçãoda economia do país. “O alunodo Curso de Agronomia neces-sita estar apto para enfrentar omercado de trabalho e conse-quentemente fazer funcionar asustentabilidade econômica doBrasil, o agronegócio. Eventos

com essa finalidade são impor-tantes para estudantes e profis-sionais”, enfatizam EdmilsonSantos e José Vieira.

A III Semana da Agrono-mia tem como parceiros a Pró-reitoria de Extensão (Proex),Centro de Ciências Agrárias(Ceca ), Secretaria de Estadoda Agricultura e do Desenvol-vimento Agrário de Alagoas(Seagri), Secretaria Municipalde Agricultura de Arapiraca,Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas(sebrae) e Conselho Regionalde Engenharia e Arquitetu-ra/AL.

AA2233Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Ufal realiza Semana da Agronomia

MDA estácredenciandoinstituições

para executar aassistência

técnica

Chamada de assistência técnicaatende comunidades quilombolas

Comunidades quilombolassão contempladas pelo MDA

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AA2244 Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Por Aroldo MarquesE-mail: [email protected]

Grand

Monde

VERA´S BOUTIQUE

Com excelência na arte dereceber sua clientela, as vendasfluem como um perfume no ar...Na foi a toa que a revista Vejadestacou em suas páginas aVera s Boutique, quando em des-file outono/inverno 2010 numcafé filantrópico do Rotary Clubde Arapiraca. Vera s uma requin-tada loja de propriedade da em-presária da moda Vera Lucia queé a atual presidenta da CDLArapiraca. Amatéria publicadana Veja nacional fala do progres-so de Arapiraca enfatizando omercado da moda tendo Vera´scomo referência de sucesso, de-tentora em Record de vendasdestacando suas renomadas grif-fes: Triton, VR Menswear,Cantão, Colci, Aramis e Ellus,que dizem o por quê do suces-so quando o repórter faz compa-ração a chiquérrima Daslu. Nãopela imponência da Daslu, maspelo trato e finesse que o elencode capacitadas funcionárias tra-tam os seus clientes... Para en-tender melhor é bom fazer umvisita a Vera´s e constatar o dife-rencial no atendimento, na qua-lidade e originalidade das suasmarcas... Chique mesmo é seroriginal!

PARA SINTETIZAR

Acidade de Arapiraca é umadas 22 metrópoles do futuro, se-gundo matéria publicada, na re-vista Veja nacional. A reporta-gem destaca o crescimento al-cançado pelo município nos úl-

timos anos, a exemplo de diver-sos aspectos do desenvolvimen-to econômico e social. Apublica-ção traça um panorama de comoas cidades localizadas no inte-rior do Brasil estão se tornandometrópoles. "Apublicação da re-vista Veja mostra, mais uma vez,que estamos no caminho certo,fazendo as intervenções necessá-rias, com a participação da inicia-tiva privada e o apoio dos diver-sos segmentos da sociedade,para melhorar cada vez mais aqualidade de vida do arapira-quense", afirmou o prefeitoLuciano Barbosa.

A ONDA É A PRAIA!

Com um convite bem colo-rido, com as cores do azul pisci-na do mar das Alagoas, a lindagarotinha Bárbara AraújoNascimento, filha do conceitua-do médico ortopedista GustavoFrancisco e da enfermeira e pro-fessora do curso de enfermagemda UFAL, Cristiane AraújoNascimento, em breves horas,mais precisamente as 9h30minda manhã deste domingo dia 10de outubro, estará recebendosuas amiguinhas e convidadospara brindar os seus sete(07) ani-nhos de vida. Como Bárbaramesmo diz "Se brincadeira é asua praia, você não pode perdera minha festinha!" Então, estare-mos lá no salão de festa doResidencial Ouro Verde come-morando a idade nova da belacriança que é Bárbara... Votos desucesso e muita felicidade...Parabéns!!!

INTERNACIONAL

Paris! A Cidade Luz, umadas mais bonitas do mundo.Difícil é fazer um top five da ci-dade quem tem alguns dos me-lhores endereços endereço doplaneta. Nesse clima a famíliaPessoa em nome dos irmãos em-presários Genildo, Jadielson,Jarbas Pessoa e o amigo-irmãoEdvaldo, todos com suas respec-tivas esposas fizeram uma tourde 15 dias pela Europa onde pu-deram vivenciar momentos defelicidade e encantamento, e deuma convivência impar entreeles. Hotéis clássicos e contem-porâneos, museo do Louvre,Jardin Du Luxembbourg, caste-los medievais... E o passeio noRio Sena... Todos voltaram en-cantados!

PERFIL

O destaque vai para o efici-ente decorador Lula, de Palmeirados Índios, um dos Homens deSucesso - Troféu Imprensa SocialRose Carrel, sempre bem solici-tado para ornamentar as melho-res festas do sociedade alagoano.Lula compõe o staff dos bem-sucedidos profissionais alagoa-no na arte de decoração... Naopinião das banqueteiras e dosrenomados arquitetos Lula é o si-nônimo de bom gosto, eficiênciae responsabilidade. Parabéns eObrigado pelo carinho!

DESFILE

Aempresária do mundo fas-

hion Nizete Freire, proprietáriado complexo Tentação Fashion,que distribuir para Alagoas asgriffes: Kokid, Colméia,Cardigan, Handara e Zignum,vai apresentar em mega-desfileno dia 23 de outubro, essas mar-cas para sua grande clientela detodo o Estado de Alagoas, emfesta no parque Ceci Cunha... ODesfile Tentação fashion já marcao calendário de eventos na cida-de de Arapiraca. Aguardem de-talhes!!!

LAGO DA PERUCABA

O prateado Lago daPerucaba é um dos lugares maislindo de Arapiraca, que ofereceapenas dois points: a 1000 GrausPizzaria e o Botequim da Baxa,foi construído já na gestão doprefeito Luciano Barbosa, quevem trabalhando uma admirá-vel gestão... Mas como pergun-tar não ofende gostaria de saber,até mesmo para informar aosmeus leitores quando serão con-cluídos os projetos do aprazívellugar... a imprensa que não co-chila no ponto já anda detonadomatérias ruins sobre o descasodesses projetos... Cobra com certarazão a despoluição das águasdaquele balneário... Até porqueo verão está chegando e o arapi-raquense não tem mar.

PARABENIZANDO

Daqui os meus parabéns aoscandidatos eleitos, em particu-lar, aos arapiraquenses RicardoNezinho, Severino Pessoa, Célia

Rocha e Almir Lira que é umapessoa muito querida em nossasociedade... Meus cumprimentostambém vão para o amigoMarquinho Madeira, o indus-trial João Lyra e para o Ronaldodo INSS, que conquistaram a vi-tória nas Urnas nesse pleito. Essenovo quadro político decertoagradece a sociedade pelo votode confiança e vai à luta com ob-jetivo de uma sociedade melhor,com qualidade de vida e semdesigualdade social. É o que es-peramos!

SUPLENTE

Avitória do empresário e ve-reador Severino Pessoa (PPS)para a Assembléia LegislativaEstadual (ALE) abre vaga naCâmara Municipal de Arapiracapara o primeiro suplente da co-ligação do (PMDB) FernandoBarbosa.

Com a entrada do novo par-lamentar no Legislativo arapira-quense o prefeito Luciano Barbo-sa (PMDB) continua mantendoa maioria na Câmara Municipalde Arapiraca. Dos 13 vereadoresapenas Moisés Machado e JosiasAlbuquerque ambos do (PMDB)não fazem parte do bloco de sus-tentação política a administra-ção de Barbosa.

O novo vereador arapira-quense é médico veterinário, éfilho do Médico Djaci Barbosa, éum dos sócios do Hospital AfraBarbosa em Arapiraca e primoda ex-prefeita e atualmente de-putada federal eleita, Célia Rocha(PTB).

O "BOOM" É BOM?

Nessas corridas em buscardo progresso muitas coisas vãoficando para trás, e tem genteque pára no tempo, não assimi-la e até mesmo não aceita as ino-vações. Em Arapiraca não é di-ferente, mesmo sabendo que aevolução sócio-cultural é lenta.Pois então, daqui para o final doano muitos acontecimentos so-ciais virão com aberturas denovas casas sociais, a questãoeducacional vai mudar com mui-tos cursos que serão implantadosnas faculdades, o crescimentoimobiliário... E aí, aquelas pes-soas que só pensam e ganhar di-nheiro sem qualidade de presta-ção de serviços vai "dançar" deíndio. O bom trato social e a qua-lidade de vida é o "x " da sus-tentabilidade social. È legal en-riquecer com valores espirituaispara que o material não "atro-pele" o curso da história!!!

FORTALECIDO

O vice-prefeito de Arapiracae secretário de Estado daEducação, Rogério Teófilo (PPS)saiu fortalecido nessa eleição emArapiraca. Foi um dos respon-sáveis pela expressiva votaçãode Teotonio Vilela Filho (PSDB)na terra de Manoel André.Teófilo também apoiou a ex-prefeita Célia Rocha (PTB) nasua expressiva vitória para aCâmara dos Deputados. Comméritos, asfalta o seu caminhopara chegar a Prefeitura deArapiraca em 2012.

O empresário Jarbas Lúcio, o radialista Nelson Filho e o Juiz de Direito José Firmino, em revival da Jovem Guarda

Vera Lúcia recebe elogios do Prefeito Luciano Barbosa em suas ações administrativas na pasta de presidenta da CDL

Claudir Aranda e Sônia Barbosa Valeriano( leia-se Clube dosFumicultores ) Um registro especial da boa sociedade arapiraquense

Renovada e com muito talentoDira Lino é a cantora da horano circuito cultural alagoano

A bela Bárbara Nascimento é aaniversariante mais festejada

do dia. Parabéns!

Os empresários Jadielson Pessoa, Genildo Pessoa, Tio Djalma esuas respectivas esposas... Gozando a felicidade de viver bem!

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JORNALO JORNALO

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia

Segundo Carlos Oliveira, incremento na mão de obra chega a 40% Luciana Caetano destaca a oportunidade de faturamento extra Guedes: na comparação com anos não eleitorais, lucro é bem maior

Característica da eleição garante faturamento a atividades específicasDe que forma o 2° turno mo-

vimenta a economia alagoana?Na opinião dos especialistas, oimpacto gerado ainda é muitopouco, pois apenas segmentosespecíficos do varejo têm acessoao faturamento extra.

“O ‘boom’explosivo fica res-trito as gráficas, as agências depublicidade e as serigrafias, que,a cada dois anos, têm acesso a fa-turamento extra. Por isso, nãohá aquecimento significativopara os demais segmentos dovarejo. Talvez alguns ambulan-tes e, de forma sutil, o setor têx-til. Para os demais, a repercussãonão existe, pois a circulação derenda é muito restrita”, explicaa economista Luciana Caetano.

Na opinião do presidente da

Federação do Comércio de Bens,Serviços e Turismo do Estado deAlagoas (Fecomércio/AL), Wil-ton Malta, o aumento da circu-lação de renda também está res-trito a setores específicos, comofrisou a economista Luciana Cae-tano.

“Em primeiro lugar, o espa-ço de 20 dias é muito curto; nãodaria para aquecer o mercado. Aexceção de alguns segmentos es-pecíficos, apenas uma pequenaparcela do comércio informal ébeneficiada com o processo elei-toral. Para os demais ramos, nãohá representatividade significa-tiva”, atestou.

BANDEIRAS - Eleição éuma das melhores épocas do ano

para ter acesso a uma granaextra. De analfabetos a gradua-dos, é relativamente fácil se en-gajar na campanha e aumentara renda pessoal. Os valores pagos– em forma de salários, diárias econtratos informais – variammuito: vão de R$ 10,00 por idaa alguns milhões de reais.

Os trabalhadores informaispodem ser encontrados em em-presas específicas – gráficas, se-rigrafias, produtoras de vídeo,agências de publicidade – ou notrabalho informal, quer sejacomo ambulantes, como distri-buidores de material de campa-nha ou como pessoas que ficamsegurando bandeiras nas viaspúblicas.

Quanto menos qualificado

for o trabalhador, menor será oseu salário. No entanto, este cri-tério não é único adotado. Osvalores também variam bastan-te, dependendo do candidato.Por exemplo: alguns aspirantesa deputado estadual pagaramR$ 15,00 para uma pessoa pas-sar um horário segurando suabandeira. Por outro lado, tevecandidato que pagou R$ 80,00para a mesma função, com jor-nada de 8 horas diárias.

A estudante de publicidadeThassya Camêllo decidiu quepassará o 2° turno fora do cir-cuito eleitoral. Depois de doismeses dedicados quase que ex-clusivamente a campanha dedois candidatos a deputados fe-derais que saíram vitoriosos, ela

confessa que está satisfeita como dinheiro extra que adquiriu:R$ 2.800,00.

Tudo começou em agosto,quando ela se tornou “sombra”de um candidato. Durante o mês,ela percorreu com eles os quatrocantos do Estado para pedirvotos e distribuir panfletos, bot-tons, adesivos, santinhos e de-mais material de campanha.

“A equipe era formada portrês meninas – eu e mais duas.Claro que foi cansativo, masvaleu à pena. Por um mês de tra-balho, recebi R$ 1.600,00”, disseThássya.

No mês seguinte, ela passoua desempenhar uma nova tare-fa, a de coordenadora social deoutro candidato a deputado fe-

deral. Para isso, pediu demissãodo trabalho anterior e ‘botou amão na massa’ integralmente.“Esse trabalho era melhor por-que eu podia fazer os meus pró-prios horários, além, é claro, deser menos cansativo”, justificoua estudante de publicidade.

Para quem não sabe, o cargode coordenador de rede social éo profissional que tem acesso aosmicro-blogs, como o Twitter oua páginas pessoais como Orkute Facebook. “Minha função erabasicamente a de enviar mensa-gens, pedindo votos para os can-didatos, divulgar sua agenda eexpor suas propostas”, explicouThássya, acrescentando que ga-nhou R$ 1.200,00 por um mêsde trabalho.

SEGUNDO TURNO

Mesmo registrando desaceleração, segmentos específicos lucram com segunda rodada de votaçãoElisana TenórioRepórter

O segundo turno das elei-ções deste ano para eleger onovo presidente da Repúblicae o novo governador doEstado mantém o mercadoaquecido para segmentos es-pecíficos do comércio varejis-ta. Depois do “boom” lucrati-vo verificado na primeiraetapa do pleito, gráficas, pro-dutoras de vídeo, serigrafiase agências de publicidade con-tinuam investindo pesado paraconseguir uma ‘raspinha’ dafarta fatia disponibilizadapelas campanhas.

Alagoas segue a tendêncianacional. A partir de agora, es-pecialistas do ramo prevêemuma desaceleração de 60% nofaturamento, se for compara-do com a fase anterior. No en-tanto, se a comparação acon-tecer com este período em

anos não eleitorais, o aqueci-mento econômico mais quedobra.

O ramo gráfico é um dosmais beneficiados em épocaseleitorais. Afinal, vale investirpesado em todos os recursospossíveis – revistas, jornalzinhos,panfletos, folders, santinhos, ade-sivos – para conquistar o eleitor.Prova disso é o acréscimo naquantidade de substrato [pro-duto que se usa no papel] que asindústrias gráficas precisam dis-ponibilizar: 120% no primeiroturno. E para agora, a expectati-va é de que ocorra um acréscimode 80%.

O empresário Carlos Oliveira- proprietário de uma das gráfi-cas mais antigas de Maceió, aGrafitex, e membro da Associa-ção Brasileira dos Gráfiocos(Abragraf) - explica que o 2° tur-no tem características diferentesdo 1°. “Diminui a quantidadede candidatos, mas aumenta a

quantidade de impressos, poistodo o trabalho fica concentradonesses dois candidatos. É a horado tudo ou nada”, ressaltouCarlinhos, como mais é conhe-cido no ramo.

Para se ter umaideia da dimensão dotrabalho, apenas aGrafitex utilizou 86 to-neladas de papel noprimeiro turno. Paracada candidato – a em-presa prestou serviçoa dois majoritários evários outros propor-cionais - foram produ-zidos mais de 5 mi-lhões de santinhos.

Para que os contra-tos fossem cumpridos,a empresa contratoufuncionários temporários paraexercerem variadas funções, qua-lificadas ou não. Da parte logís-tica, que incluem, por exemplo,os empacotadores e arrumado-

res, houve um acréscimo de 40%na mão de obra.

Para os funcionários tidoscomo especializados, que basica-

mente são os operado-res de equipamentos,o aumento no índicede contratação ficouem torno de 2% a 3%.“Na composição finalde preço, 60% a 65%foram destinados àmatéria-prima e de60% a 65% para a mãode obra”, explicouCarlos Oliveira.

E o melhor é que oincremento da mão deobra deve perdurar atéo final do ano. O em-

presário ressalta que, assimque o processo eleitoral estiverconcluído [o que acontecerá nopróximo dia 31], todas as aten-ções do mercado estarão volta-das para a iniciativa privada.

“As mídias publicitária e im-

pressa estão praticamente para-das para o setor privado. Aspeças só começarão a entrar apartir de novembro, pois osmeses de agosto, setembro e ou-tubro são exclusivamente volta-dos para o segmento político.Por isso, o acúmulo de trabalhoé bastante alto. E, por issomesmo, estaremos mantendo osfuncionários extras até dezem-bro”, disse Carlos Oliveira.

BAIXA NO FATURAMEN-TO - O empresário FernandoGuedes - da Preview VídeoDigital – também confessa que ofaturamento no 2° turno é infe-rior ao 1° em aproximadamen-te 60%. No entanto, ele ressaltaque desde que o pleito teve iní-cio, à margem de lucro da pro-dutora aumentou consideravel-mente, se for comparar com anosnão eleitorais.

Sem revelar detalhes de va-lores de planilhas e margem de

lucro, ele apenas fez a seguinteconsideração: “Tivermos que re-forçar a equipe. Aumentamosem 100% o número de trabalha-dores temporários, que foramcontratados por três meses.

O empresário explica que osvalores pagos aos profissionaiscontratados são bastante diver-sificados: vão desde salário mí-nimo a mega investimentos in-dividuais que, por exemplo, cos-tumam ser pagos a determina-dos publicitários, marqueteirose demais profissionais do ramo,com alta qualificação.

Como explicação para o de-clínio da economia local no 2°turno, Fernando Guedes explicaque, como agora a disputa ficarestrita aos dois candidatos ma-joritários, a demanda de serviçosnas produtoras que não traba-lharam com esse segmento aca-bou. “Agora, apenas duas produ-toras continuam na eleição”, en-focou.

Eleição mantém setores aquecidos

No primeiro

turno, a

gráfica

utilizou 86

toneladas

de papel

Fotos: Larissa Fontes/Estagiária

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A abertura de concurso servirá, basicamente, para melhorar o atendimento nas agências do INSS, espalhadas por todas as regiões do País

Previdência privada capta R$ 3,9 bi

Aprevidência privada aber-ta fechou o mês de agosto comarrecadação de R$ 3,9 bilhões,um crescimento de 27,33% nacomparação com o mesmoperíodo do ano passado, quan-do R$ 3,08 bilhões ingressaramno sistema. Os dados são daFederação Nacional de Previ-dência Privada e Vida (Fena-previ).

Os planos VGBL- indicados paraquem não declaraimposto pelo mode-lo completo - re-sponderam por80,04% dos novos re-cursos em agosto,com captação de R$3,1 bilhões, alta de31,04% ante agostode 2009. Segundo aentidade, o desem-penho do VGBL de-ve-se à populariza-ção do produto.

Já o PGBL - plano adequa-do para quem faz a declaraçãocompleta do Imposto de Rendae que permite deduzir até 12%do valor a ser pago à ReceitaFederal - cresceu 21,07% noperíodo, com arrecadação deR$ 523,7 milhões. Ainda de

acordo com a Fenaprevi osplanos tradicionais fecharamagosto com R$ 259,3 milhõesem captação (alta de 2,90%),enquanto os outros produtosde previdência, como o FAPI,PGRPe VGRP, arrecadaram R$1,3 milhão com retração de

10,74%.Com o resultado

de agosto, os ativosdo mercado de prev-idência complemen-tar apresentaramcrescimento de22,39% ante o mesmomês de 2009 e pas-saram a somar R$205,4 bilhões.

A Bradesco Vidae Previdência lider-ou o ranking de ar-recadação em agos-to, com 33,69% do

total, seguida pela BrasilPrev(ligada ao Banco do Brasil), com22,19%, e Itaú Vida e Previdên-cia (16 72%).

No acumulado de janeiro aagosto de 2010, os planos deprevidência arrecadaram R$27,1 bilhões, crescimento de17,92% em relação ao mesmoperíodo do ano anterior, confor-me os dados da Fenaprevi.

CONCURSO

Oferta, no entanto, ainda é insuficiente para suprir o déficit de mão de obra da instituição, que é de 10 mil servidoresBRASÍLIA - O Instituto Na-

cional do Seguro Social (INSS)se prepara para lançar concursopúblico com 2,5 mil vagas atédezembro deste ano. Aexpecta-tiva é do presidente da Associa-ção Nacional dos Servidores daPrevidência e da Seguridade So-cial (Anasps), Paulo César Régisde Souza, segundo o qual o

quantitativo de vagas não cor-responde a sequer 25% do défi-cit da instituição.

De acordo com ele, hoje a de-fasagem no quadro de recursoshumanos da Previdência é decerca de 10 mil funcionários. “Ospostos vão suprir cargos abertospor aposentadorias, óbitos e de-missões, mas ainda vamos enfren-

tar muita carência. É urgente umpedido para, pelo menos, outras2,5 mil vagas”, disse o presidente.

Ele ressaltou ainda a neces-sidade de contratação de profis-sionais para atender ao Plano deExpansão da Rede de Atendi-mento do INSS, que prevê a ins-talação de 720 novas agências daPrevidência em cidades com

mais de 20 mil habitantes de todoo país. “Por enquanto, o que oscandidatos podem fazer é come-çar a se preparar. As expectativasde crescimento dentro do órgãosão boas”, afirmou o presidente.

SOLICITAÇÃO - O pedidode autorização para o lançamen-to do certame do INSS está em

análise no Ministério do Plane-jamento, Orçamento e Gestão(MP). Do total de oportunida-des, 2 mil serão para o cargo detécnico - que exige nível médio- e 500 para o de analista, paraquem concluiu graduação. Apósa autorização, o instituto deveráescolher a empresa organizado-ra e elaborar o edital. A previ-

são é de que as oportunidadessejam para todo o Brasil.

Em 2008, o INSS lançou editalcom 1,4 mil vagas de técnico e 600de analista. Organizado pelo Cen-tro de Seleção e de Promoção deEventos da Universidade de Bra-sília (Cespe/UnB), o processo ofe-receu salários iniciais que varia-ram de R$ 1.989,87 a R$ 2.243,78.

AA2266 Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Com o resultado deagosto, os

ativos passaram a

somar R$ 205,4bilhões

INSS deve lançar edital com 2,5 mil vagas

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Júlio Vasconcellos diz que uma boa atitude é buscar informações e referências dos sites em redes sociais

Segurança depende do usuárioBernardo Carneiro, diretor

da Site Blindado S/A, empresaespecializada em soluções desegurança web, recomenda cui-dados antes de cadastrar dadospessoais em sites de compra.

“Em telas que solicitam in-formações confidenciais, inclu-sive as de pagamento, verificarse o endereço no browser foi al-terado para HTTPS e se o cadea-do do browser foi ativado”, re-comenda. Além disso, é impor-tante verificar se o site e o siste-ma de pagamento têm algumcertificado de segurança.

“O portal pode oferecer con-dições incríveis, mas precisa as-segurar que os dados do cartãode crédito que o consumidorpassa ao efetivar uma comprasão criptografados. Isso é pos-sível por meio dos selos de se-gurança exibidos no site”, diz.

Antes da compra, avalie sevocê confia nas marcas dos pro-dutos que estão à venda no site.“Você tem que se lembrar daqui-lo que nossas mães nos ensina-ram: compre boas marcas. No-mes conhecidos dão mais con-fiança”, diz Pedro Guimarães.

Oswaldo Bruno conheceu ossites de compra coletiva pela

rede, mas não compra qualquercoisa. “Gosto de comprar tema-kis, sorvetes, e rodízios para mime para minha esposa”, diz. Se ar-rependeu uma única vez, quan-do comprou um voucher de te-maki mas resolveu comer rodí-zio ao chegar ao restaurante.

“Me dei mal, pois somandoo que paguei lá com o que pa-guei no site acabei nao tendovantagem alguma e ainda perdio desconto. Mas foi erro meu,apesar do rodízio ser um dospiores que já fui”, conta. Elecriou uma planilha no Excelpara não se perder em meio atantas compras.

“Na correria do dia a dia po-demos nos perder ou até mesmoesquecer de alguma compra quefizemos, ainda mais que com-pro para mim e para minha mu-lher. Não tenho valor fixo; se sur-girem dez ofertas boas em ummês eu compro todas”, diz.

Aadvogada Gisela, fã de tra-tamentos estéticos, evita comprasque não sejam nessa linha.“Minha amiga outro dia me faloude uma promoção de seis garra-fas de champagne por R$ 60: euvi e pensei não, não estou preci-sando”, afirma ela, que se per-

mite fazer uma sessão de belezapor semana. “Eu acho que se vocêcomeçar a gastar muito vira umvício, como uma liquidação. Sevocê não for com um orçamen-to determinado, compra tudoporque acha barato”, diz.

EXIJA SEUS DIREITOS -A advogada Mariana FerreiraAlves, do Idec, ensina: “O con-sumidor que faz a compra pelainternet tem sete dias a partirdo recebimento do produto emque ele pode se arrepender, re-cebendo tudo o que ele pagoude volta. Gasto nenhum”.

Para ela, contatos da empre-sa como telefone e endereçodevem constar no site e infor-mações claras sobre o númerode produtos a serem vendidos.

“Em alguns casos, a infor-mação não é tão clara em rela-ção à quantidade de pessoas quedevem aderir àquele produtopara valer o preço da promoção.Só assim o consumidor poderácriar uma expectativa”, garante.

Se houver problemas, a orien-tação é procurar o Procon. Pes-quise no site do Ministério daJustiça e descubra onde está oProcon mais perto da sua região.

MUNDO VIRTUAL

Nova possibilidade de adquirir produtos pela Internet, recém-chegada ao Brasil, muda hábito dos consumidores

G1

A advogada Gisela teve quese disciplinar a fazer metas deconsumo para não gastar dinhei-ro demais em promoções pelainternet. Oswaldo montou umaplanilha eletrônica especialmen-te para não esquecer os prazosdos muitos serviços que comprana rede para ele e para a espo-sa. Afonoaudióloga Camila, tra-dicionalmente avessa às com-pras online, superou o receio de-pois da indicação de amigos,agora adquire tratamentos esté-ticos em salões que só viu emanúncios virtuais.

Todos eles desco-briram um estilo decompras que faz suces-so nos Estados Unidosdesde 2008 e só recen-temente chegou aoBrasil: os sites de com-pra coletiva, em queempresas anunciamofertas diárias com des-contos de 50% a 90%em serviços como sa-lões de beleza, teatrose spas, para serem ven-didas a um númeromínimo de pessoas em apenas 24horas

O modelo que cresce no mer-cado brasileiro é inspirado nonorte-americano Groupon, cria-do há dois anos. Quem lideroua estreia nacional foi o empresá-rio Júlio Vasconcellos, em par-ceria com Emerson Andrade eAlex Tabor, donos do site PeixeUrbano.

Aempresa foi criada em mar-ço no Rio e já atende 11 cidades:São Paulo, Rio de Janeiro, Curi-tiba, Brasília, Belo Horizonte, Go-iânia, Porto Alegre, Recife, Nite-rói, Campinas e Florianópolis.“O objetivo é chegar a 30 cida-

des nos próximos dois meses”,prevê Vasconcellos.

De olho no potencial de cres-cimento do mercado, vários no-vos sites do mesmo tipo surgi-ram no Brasil, como o Imperdívele o ClickOn. Conhecer as ofertasé fácil: elas estão espalhadas pelaweb em emails, banners, e prin-cipalmente nas redes sociais. Mascomo saber se o site é sério e sea compra será bem-sucedida? OG1 ouviu consumidores, empre-sários e especialistas que dãodicas de segurança.

PERGUNTE AOSAMIGOS - “Fiqueidesconfiada. Parecetão bom que você nãoacredita”, conta advo-gada Gisela Salles, 42anos, sobre a primeiravez que recebeu umanúncio de oferta deum site de compra co-letiva em seu email.Receosa, não deu aten-ção. Tempos depois,decidiu dar uma se-gunda chance à novi-

dade quando uma amiga lhedeu de presente o cupom paraum jantar de até R$ 60 que haviacomprado por R$ 15. “Fui meiocom o pé atrás, com uma atitu-de meio ‘desculpa, mas eu tenhoum voucher’. Levei meu namo-rado e deu tudo certo, daí meanimei a comprar”, diz.

A fonoaudióloga CamilaSalata, 31, nunca gostou de com-prar nada pela internet. “Prefirover o produto pessoalmente, es-colher”. Só perdeu a resistênciapela indicação da irmã, que faloubem do site depois de comprarum presente para a mãe.

Desde então, já comprou ses-sões de estética e jantares em res-taurantes. Em uma das compras,

teve um problema na emissãodo cupom e usou o grupo dosite no Facebook para resolver oproblema. Hoje ela se diz felizcom as compras, mas usa a in-ternet só para as compras cole-tivas. “Ainda não gosto não, pre-firo olhar o produto. Só compronesse caso porque os preços meatraíram”, diz.

VÁ ÀS REDES SOCIAIS -Para Júlio Vasconcellos, doPeixe Urbano, procurar refe-rências aos sites em redes comoOrkut, Facebook e Twitter po-de evitar um negócio infeliz.

“É uma oportunidade dever se tem muita gente usan-do o site, a opinião de quem jácomprou. Se a loja é grande,

conhecida, tem mais chancesde ela ser OK”, diz.

Pedro Guimarães, do siteImperdível, diz que pesquisara abrangência do site de com-pras é uma boa estratégia parafugir de empresas falsas.Criado em maio, o Imperdívelestá em 13 cidades e quer che-gar a 25 até o fim de 2010.

“Há uns 15 sites de com-pra coletiva no mercado, massó quatro têm abrangênciageográfica porque só quatrotêm estrutura para isso, o queé muito importante para so-breviver nesse negócio”, diz odono da empresa, que tematualmente cerca de 30 funcio-nários.

AA2277Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Compra coletiva pode ser boa opção

Gisele Salles, advogada, teve que aprender a definir metas de consumo para evitar gastos descontrolados com as compras virtuais

Sites

oferecem

descontos

diários de

50% a 90%

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Eles são um dos principaispontos de discórdia entre mo-radores de condomínio, prin-cipalmente nos residenciaisrecém construídos e que estãoem processo de ocupação. É ocaso de Janaíra Barros, 62, em-presária, e dona de um casalde gatos siameses. Ela mudou-se recentemente para um con-domínio de luxo na PontaVerde e já recebeu um comu-nicado de que, em outras pa-lavras, os gatos não são bem-vindos.

Para quem é contra ou afavor da criação de animaisem condomínio, vale a penaassistir ao DVD “Os direitosdos animais em condomínios”,lançado pela ONG Terra VerdeViva.

O documentário fornecesubsídios jurídicos que podemlançar por terra muitas con-venções e regimentos internosna cidade.

A alternativa mais concilia-dora encontrada em condomí-nios é a proibição - apenas -da circulação do animal pelaárea comum, ou seja, corredo-res, elevadores etc. “Foi destaforma que evitamos os emba-tes na Justiça. Tanto um ladoquanto o outro aceitou essaproposta”, disse o síndico docondomínio Marfim, CharlesVanderson Sales, após a pri-meira assembléia realizada noedifício.

Confira algumas das prin-cipais informações contidas nodocumentário:

PROIBIÇÃO - Convençõesde condomínio e regulamentosque proíbem a permanênciade animais dentro do imóveldo condômino vão de encon-tro ao direito de propriedadeque é assegurado pelaConstituição, nos seus artigos5 e 170.

NA JUSTIÇA - Quando ocaso vai para os tribunais, re-comenda-se que o dono façauma espécie de dossiê do ani-mal, apresentando um laudofornecido pelo veterinário, in-dicando que o animal está va-cinado e tem boa saúde e nãorepresenta risco para os de-mais.

AMEAÇAS - No caso deameaças graves praticadas porvizinhos ou síndicos, o que ca-racteriza crime de constrangi-mento ilegal, a orientação éque o proprietário do animalfaça um boletim de ocorrên-cia na delegacia mais próxi-ma. É possível ainda entrarcom uma ação judicial indeni-zatória por danos morais.

MAUS TRATOS - Donosque deixam seus cachorros fe-chados em varandas ou áreasde serviço, sem alimentação,

águao uassis-t ê n -c i a ,estão co-metendocrime demaus tratos.Em casos ex-tremos, aJustiça podeinclusive de-terminar a aber-tura do imóvelpara que o ani-mal seja retirado.

ENVENENAMEN-TO - Também constitui crimeambiental e deve ser registra-do na delegacia mais próxima.O proprietário pode entrarcom ação de danos morais,além de solicitar o ressarci-

mento de des-pesas médicas que tenhamsido feitas na tentativa de sal-var a vida do anima tentativade salvar a vida do animal.

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Imóvel: juro no país é dos mais altos do mundoAssim como ocorre no

mercado de crédito emgeral, o spread e as taxasde juros dos empréstimosimobiliários do Brasil estãoentre os mais altos domundo. Spread é a diferen-ça entre a taxa que a insti-tuição financeira paga aocaptar o dinheiro e a quecobra ao repassá-lo para ocliente.

As duas conclusõesfazem parte de um estudoda consultoria ATKearney.

É o primeiro levantamen-to do gênero realizadodesde que as concessõesdesses empréstimos dispa-raram no País.

A pesquisa compara asituação em cinco nações:além do Brasil, EstadosUnidos, Espanha, Rússia eChile. Aqui, o spreadmédio no segmento imo-biliário é de 5,05 pontosporcentuais ao ano, ante3,1 na Rússia, 4,8 nos EUA,3 pontos no Chile e 2,2 na

Espanha. No caso do juro,os resultados foram de,respectivamente, 11,3%,14,5%, 5%, 4,9% e 3,4%.

Nos últimos meses, ocrédito imobiliário deu umsalto no Brasil, a despeitodo custo elevado na com-paração com outros países.Segundo dados do BancoCentral (BC), esses emprés-timos cresceram 51% nos12 meses terminados emagosto, ante a expansão de19% do crédito total da

economia. Bancos e espe-cialistas do setor imobiliá-rio preveem que o cresci-mento continuará acelera-do.

Primeiro, por causa daestabilização da economia.Em segundo, por causa dasmudanças regulatórias de2004. Ali se instituiu a alie-nação fiduciária. Na práti-ca, um banco pode retomarcom mais facilidade o bem(imóvel) em caso de ina-dimplência do devedor.

Governo federal lançará índicepara evitar bolhas no mercado

O forte aquecimento domercado imobiliário obrigouo governo federal a trabalharna criação de mecanismospara evitar bolhas como a queprovocou uma quebradeiranos bancos americanos a par-tir de setembro de 2008, de-sencadeando a maior crise fi-nanceira internacional emquase 80 anos. O primeiropasso será monitorar comlupa a inflação do setor e lan-çar o Índice Nacional dosPreços de Imóveis, já em 2011,em parceria com o IBGE.

Paralelamente, ciente deque este é um mercado emfranca expansão - nos 12meses encerrados em junho,o crédito para a casa própriacresceu 50,6% - a equipe eco-

nômica está discutindo novasformas de financiamentopara o setor. Estima-se que,em 2013, sejam necessáriosR$ 100 bilhões adicionais àsfontes atuais.

O trauma provocado pelacrise americana levou mui-tos países a discutirem a ne-cessidade de monitorar a in-flação de ativos como imó-veis para evitar surpresas.

“Bolhas no mercado imo-biliário são difíceis de iden-tificar mas, quando estouram,provocam grandes estragos”,explicou uma fonte da equi-pe econômica.

O mercado americano en-trou em crise, entre outrosmotivos, por ser pouco regu-lamentado. Foram criados tí-

tulos lastreados em hipote-cas imobiliárias que eram ne-gociados no mercado. Numcenário de juros baixos, osimóveis se valorizaram. Mas,quando as taxas começarama subir, houve aumento dainadimplência nas hipotecase, com isso, os preços dosimóveis desabaram e afeta-ram todo o mercado finan-ceiro, levando à quebra degrandes bancos.

Medidas para diversificarcrédito - Os técnicos do go-verno brasileiro destacamque o mercado nacional temboas regras prudenciais.Mesmo assim, é preciso criarinstrumentos, como o novoíndice de preços de imóveis,para um monitoramento

mais próximo. Hoje, noBrasil, não há indicadores ofi-ciais para medir preços deimóveis. Índices são feitos es-poradicamente por sindica-tos regionais. Apenas o custodo material de construçãotem acompanhamento men-sal.

Segundo João Crestana,presidente do Secovi-SP, onovo índice pode ser positi-vo para dar um parâmetrosobre o comportamento dospreços de imóveis no país:“Não existe um índice hojeque dê a média dos preçosno país. Até porque esse tra-balho é muito difícil. Umimóvel varia de acordo comlocalização e demanda”, ex-plicou.

JORNALO JORNALO

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

ImobiliárioAA2288

Imóveis.com

EM FOCO

O gerente da Caixa Econômica Federal,Mariano Teixeira, que assumiu este ano a agên-cia Espaço 20, na Ponta Verde, continua inter-nado na UTI Neuro da Santa Casa de Maceió.Mariano sofreu recentemente um forte acidentevascular cerebral (derrame). Considerado umdos maiores especialistas em financiamentoimobiliário de Alagoas. Mariano Teixeira estáfazendo falta aos clientes da Caixa Econômicae ao seu círculo de amigos, dos quais faz parteeste Colunista. O que todos esperam é quevolte o mais rápido possível ao nosso convívio.

Theodomiro Jr. [email protected]

BOMBA NOS CONDOMÍNIOS!Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu

precedente para que os condomínios cobrem juros maiores doque 1% ao mês, limite previsto pelo Código Civil de 2002, emcaso de atraso no pagamento das cotas condominiais. O valor,no entanto, deverá ser aprovado em convenção de condomíniopor, no mínimo, dois terços dos integrantes. De acordo com adecisão, o novo limite é de 10% ao mês. Para Solange Santos,gerente do Departamento Jurídico do Sindicato da Habitação(Secovi Rio), a medida é uma contrapartida para superar as per-das com a redução da multa por atraso, de 20% para 2%, co-locada em prática em 2003, com base no Código Civil.

“VAI FALTAR DINHEIRO”

É com essa frase taxativa que o presidente doInstituto para o Desenvolvimento da Cultura doCrédito (IDCC), Fernando Blanco, refere-se às perspec-tivas para o mercado de crédito imobiliário brasileironos próximos anos.

PARA DILMA OU SERRA

“O Brasil precisa investir no pré-sal, na infraestrutu-ra, precisa fazer Copa do Mundo e Olimpíada. Ondevamos encontrar recurso para tudo isso?”, indaga o es-pecialista, que durante anos trabalhou em comitês decrédito de grandes bancos. Vamos deixar a perguntapara a Dilma ou para o Serra responderem. Isso é umabomba para o próximo presidente da República.

EXPLICANDO

No Brasil, há basicamente duas fontes para os em-préstimos do setor imobiliário: os depósitos da cader-neta de poupança e os recursos do Fundo de Garantiado Tempo de Serviço (FGTS). Mantido o atual ritmo deexpansão dos negócios, estima-se que ambas as fontesvão secar, no máximo, até 2012. A partir daí, o mercadoterá de desenvolver alternativas para manter o ritmode crescimento.

SAI O FIADOR; ENTRA O SEGURO

Com a nova Lei do Inquilinato, que pôs fim a obri-gatoriedade de apresentação de um fiador - posta emprática em janeiro deste ano -, as contratações de se-guro-fiança para a locação de imóveis ganharam im-pulso e estão batendo recordes.

NÚMERO RECORDE

De acordo com dados da Superintendência deSeguros Privados (Susep), nos primeiros sete mesesdeste ano, a modalidade arrecadou R$ 106 milhões emvendas, recorde para o período, com expansão de 4,4%na comparação com igual período de 2009. Só emjulho, a venda do produto somou R$ 6,2 milhões, mon-tante 50% maior do que o volume de recursos movi-mentados em janeiro.

CLASSE D EM ALTA

Com um poder de consumo de R$ 381,2 bilhões so-mente em 2010, o grande desejo da classe D é a casaprópria. Segundo pesquisa da consultoria QuórumBrasil, 72% das famílias com renda de R$ 800 a R$1.020 por mês ambicionam comprar um imóvel. Essaspessoas que hoje estão na base da pirâmide compramcomputador, moto e até carro. O que as impede decompra imóvel ainda são as restrições de renda.

CRIAÇÃO DE ANIMAIS

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DVD tenta porum fim às brigas em condomínio

Documentário analisa as leis em vigor que garantem

direitos aos donos de animais

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JORNALO LO

DoisJORNA

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || ee--mmaaiill:: ccuullttuurraa@@oojjoorrnnaall--aall..ccoomm..bbrr BB11Confira as promoçõesna Revista da TV

CCiiddaaddee rriibbeeiirriinnhhaa éé mmoorraaddaa ddee ddoonnaa CCllééoo,, aarrtteessãã qquuee ttrraannssffoorrmmaa ggrrããooss ddoolleeiittoo ddoo SSããoo FFrraanncciissccoo eemm ppeeççaass aarrtteessaannaaiiss.. MMuunniiccííppiioo aallaaggooaannoo ttaammbbéémmaabbrriiggaa oo CCeennttrroo ddee AArrtteessaannaattoo,, AArrtteess ee CCuullttuurraa ddoo XXiinnggóó;; oo MMuusseeuu ddoo SSeerrttããoo,,gguuaarrddiiããoo ddaa mmeemmóórriiaa ddoo ccaannggaaççoo ee ddoo sseeuu mmaaiioorr ssíímmbboolloo,, LLaammppiiããoo;; ee mmaaiissrreecceenntteemmeennttee,, aa CCaassaa ddoo PPaattrriimmôônniioo,, iinnaauugguurraaddaa nnoo mmêêss ppaassssaaddoo ccoomm aa mmiissssããoo ddee pprreesseerrvvaarr aa lleemmbbrraannççaa ddee eexxttiinnttooss ssiisstteemmaass ddee ttrraannssppoorrtteess

PPÁÁGGIINNAASS BB22,, BB33,, BB77 EE BB88..

Piranhas: seu rio, suas areias, seus tesouros

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB22

Fotos: Alessandra Vieira

Elô BaêtaRepórter

De Opara o chamavamseus primitivos habitan-tes. Navegando por

suas águas, o florentinoAmérico Vespúcio o descobriu.São suas margens redutos demuitas gentes, de várias raças,de variados costumes. Res-pirando a alma dos seus ante-passados, vivem os seus recan-tos. Resguardando angústia eesperança, sobrevivem os seusviventes. Muitos são seus mis-térios. Tantos são seus mitos,suas lendas. Uma gama de his-tórias dele emerge. Em uniãosegue o seu curso com os mui-tos cantos banhados por ele. Éde Velho Chico que o chamammuitos. É como São Franciscoque o conhecem tantos. É comorio da unidade nacional a suareferência no Brasil, noNordeste, no mundo.

Mas, dessa vez, não sãoelas, sua origem, suas doces episcosas águas, suas cenas len-dárias e mitológicas. Não sãoeles, seus povos - ribeirinhos -ou o homem que o descobriu,o tema em questão. Agora, umdos seus encantos abre-se dassuas areias. Areias que soamcomo a grande descoberta.Areias inspiradoras. Areias querepousam em um dos 11 ala-goanos lugares nascidos assuas margens. Encravado emuma rocha. Visto por atentosolhos com graciosidade comose uma lapinha fosse.Lembrado por bons olhos his-tóricos como um expressivoceleiro de resguardo dos durospassos cangaceiros de Lampiãoe seu bando no seu solo.

Foi lá, na bucólica Piranhas,onde um belo dia, de um deter-minado mês, 12 anos atrás, aprofessora de artes plásticas, apaulista Cleonice Gonçalves -carinhosamente chamada dedona Cléo - pôs os pés pela pri-meira vez. Gostou, ficou e nãosó pisou como resolveu tocar asareias do Velho Chico commãos criativas de artesã. Apar-tir daí, pegá-la, moldá-la e

transformá-la em tudo o quelhe vem à mente tornou-se umofício dos mais prazerosos einusitados.

Com gosto, ela dá asas a suaimaginação. Põe em prática oseu pensar. Cria o molde daspeças com gesso. Vai até o rio.Com zelo, apanha bons boca-dos dela. Transporta até o can-tinho onde tudo nasce, na suaresidência. Mistura a são-fran-ciscana matéria-prima que agu-çou o seu olhar com resina. Dara forma que vier à tona. Usasolda para tirar o brilho.Delicadamente, leva a peça atéuma forma de borracha de sili-cone - idealizada por ela.Espera esfriar. E, em menos detrês horas, lá estão eles, os fru-tos. Muitos, variados, originais.

IMAGINÁRIO - São cin-zeiros em forma de peixe -quem sabe em lembrança àpiranha de 12 dentes superio-res e de mais outros tantos infe-riores, largos e afiados, comescamas lembrando o doura-do em muitos pontos, que,segundo reza a lenda, foi pes-cada por um caboclo em umriacho chamado das Piranhas,dando origem ao nome dacidade -; uma gama de ima-gens religiosas em louvor e gló-ria à Nossa Senhora de Fátima,à Nossa Senhora do PerpétuoSocorro, à Nossa Senhora daSaúde - a padroeira da cidade;a São Francisco, levando a suabênção ao rio; ao Senhor doBonfim, repousante de umaatraente igreja construída àaltura suficiente para se avistarPiranhas de todo no seu miran-te, com acesso por uma escada-ria de 365 degraus; canoas detolda - embarcações das maistípicas do rio; miniaturas daigreja matriz da cidade e demuitos dos seus pontos histó-ricos...

Pertencentes ao artesanatopiranhense, lá estão elas, expos-tas em um dos redutos cultu-rais da cidade: o Centro deArtesanato, Artes e Cultura doXingó Eviládio José de Souza,instalado no prédio que, como

galpão da rede ferroviária deoutrora, assistia ao bate-batede muitos instrumentos namanutenção e em reparos dosvagões e locomotivas que cor-riam nos trilhos transportan-do passageiros entre a alagoa-na Piranhas e a pernambucanaPetrolândia. Por lá, as peças sãomostradas com orgulho pelosvendedores do local como umtrabalho manual dos mais ori-ginais do município.

Com simplicidade, a artesãfala sobre a habilidade manu-al que a tornou uma referênciana cidade quando se fala nasareias do Velho Chico. “Em SãoPaulo fazia peças com pó demármore, mas, como nãoencontrei por aqui, fiz um testecom a areia do rio e deu certo.Muitos turistas que veem poraqui gostam de levar pedras.Então pensei: Se eles gostamde levar pedras de lembrançada cidade, por que não levarpeças feitas da areia do SãoFrancisco? Isso me incentivoua produzir ainda mais. Eles sesurpreendem, pensam que sãofeitas de pedra-sabão”, contadona Cléo, que também trazna bagagem um delicado eminucioso olhar para a restau-ração de peças, sobretudo bar-rocas.

Oito anos já se passaram -e ela garante continuar pormuito tempo - em que a areiado Velho Chico escorre porentre os seus dedos para seramaciada e acariciada por elapor prazer e vocação. Faltandopouco para completar umadécada de vida, o artesanatoproduzido por dona Cléo - que,durante algum tempo, foi pas-sado adiante em aulas à comu-nidade de Piranhas e aos alu-nos do Programa Xingó -tornou-se culturalmente e artis-ticamente respeitado em meioao ar histórico do singelo muni-cípio e em muitos dos redutosde resguardo da sua em memó-ria.

Continua nas páginas B3, B7 e B8.

Artesã encontrou no Velho Chico

o cenário criativo das suas peças

Dona Cléo molda as areias são-franciscanas, transformando-as em variadas peças, há cerca de oito anos

Imagens de santos são as mais procuradas no

Centro Cultural e de Artesanato de Piranhas

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07h00 - Info10h30 - Brasil Caminhoneiro11h00 - Info12h00 - Liga dos Campeões Magazine12h30 - Band Esporte Clube13h00 - Horário Eleitoral13h20 - Band Esporte Clube (Continuação)14h00 - Fórmula Truck

- Etapa de Santa Cruz do Sul/RS15h30 - Campeonato Brasileiro18h00 - Terceiro Tempo19h15 - O Formigueiro 20h30 - Horário Eleitoral20h50 - Família Dinossauros21h00 - Domingo no Cinema

- Menina dos Olhos21h10 - Busão do Brasil21h25 - Bones22h00 - Debate - Eleição 2010 23h30 - Canal Livre00h15 - Band Eleições 201001h00 - Mundo Fashion01h30 - Show Business02h55 - Cine Band

- Viva Maria!04h30 - Vida Vitoriosa

Variedades

TTVV AABBEERRTTAAEDUCATIVA Canal 3

01h15 - IURD05h25 - Bíblia em Foco05h55 - Desenhos Bíblicos 06h45 - Nosso Tempo - IURD07h15 - Desenhos Bíblicos08h00 - Record Kids09h00 - Ponto de Luz10h00 - Alagoas da Sorte 11h00 - Informativo Cesmac11h30 - Conexão 12h00 - Tudo é Possível13h00 - Horário Eleitoral

- Presidência da Republica

13h20 - Horário Eleitoral - Governador

13h40 - Tudo é Possível (Continuação)16h00 - Programa do Gugu 20h00 - Domingo Espetacular20h30 - Horário Eleitoral

- Presidência da Republica20h50 - Horário Eleitoral

- Governador23h00 - A Fazenda00h00 - Serie Heroes01h15 - IURD

TV GAZETA

05h45 - Santa Missa 06h45 - Sagrado06h55 - Gazeta Rural 07h25 - Pequenas Empresas08h00 - Globo Rural09h00 - Auto Esporte09h.30 - Esporte Espetacular 12h30 - Aventuras do Didi13h00 - Horário Político I

- Presidente 13h20 - Horário Político I

- Governador13h40 - Os Caras de Pau14h15 - Temperatura Máxima

- Selvagem

15h43 - Globo Notícia 15h46 - Futebol 2010

- Campeonato Brasileiro: Cruzeiro x Fluminense 18h00 - Domingão do Faustão20h30 - Horário Político II

- Presidente20h50 - Horário Político II

- Governador 21h10 - Fantástico23h35 - Hipertensão 00h30 - Domingo Maior

- As Panteras - Detonando02h20 - Festival de Música SWU03h10 - Sessão de Gala

- Ultravioleta

Canal 7 TV BANDEIRANTES Canal 38

TV ALAGOASA emissora não forneceu sua sua programação.

Canal 5 TV PAJUÇARA Canal 11

06h00 - Via Legal06h30 - Brasil Eleitor07h00 - Palavras de Vida08h00 - Santa Missa09h00 - Viola Minha Viola10h00 - Campeonato Brasileiro Série C12h00 - ABZ do Ziraldo12h45 - Curta Criança13h00 - Um Menino Muito Maluquinho13h30 - Catalendas14h00 - Dango Balango14h30 - TV Piá15h00 - Stadium

16h00 - A'Uwê17h00 - Ver TV18h00 - De Lá pra Cá18h30 - Cara e Coroa19h00 - Papo de Mãe20h00 - Conexão Roberto D'Ávila21h00 - EsportVisão22h30 - Nova África23h00 - Cine Ibermédia00h45 - A Grande Música01h45 - DOC TV02h45 - Curta Brasil

JORNALO JORNALO

BB33Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

A terra-mãe das peças emareia do rio São Francisco dedona Cléo tem mais a revelarsobre a história, a memória ea cultura das Alagoas.Historicamente conceituadacomo a “cidade dos volantes”- das mais visadas pelos can-gaceiros e visitada por Lam-pião - e turisticamente defini-da como a “cidade lapinha”,Piranhas já tem o respeito deter sido tombada como patri-mônio nacional. Com 123 anoscompletados em 3 de junhodeste ano - Dia da suaEmancipação Política -, a terradas cantorias e danças doReisado do povoado de Piau;dos cantos, louvações e loasentoadas aos presépios do pas-toril Menino Jesus; dos efer-vescentes blocos carnavalescosOs trovadores e As borboletas;

da arte em couro da tilápia, dobordado rendendê, da bandade música do mestre ElizioJosé de Souza e de outras e querecebeu a visita do imperadorD. Pedro II, transpira historici-dade por todos os poros doseu Centro Histórico.

Em meio ao silêncio dassuas ruas, as muitas lembran-ças - talvez ainda com o saboramargo - das andanças deVirgulino Ferreira da Silva, oLampião, e de seu bando porlá não arriscam sair da memó-ria da sua gente com devidosregistros em um largo espaçocelebremente dedicado aostempos do cangaço: o Museudo Sertão. Bem falado e bemvisitado pela gente alagoana,brasileira e de outras partes domundo e ocupando um bomlugar como a casa de memória

dos homens cangaceiros e ser-tanejos, o museu remonta aoano de 1881, quando o prédioque o abriga foi construídopara ser a Estação Ferroviáriado município.

Simplório e organizado, oseu acervo conta um pouco detudo. Peças de trens dos sécu-los XIX e XX lembram os tem-pos em que os trens levavamsonhos e riquezas ao Sertãoalagoano. Embarcações, pedrasdo rio São Francisco e até umapiranha da espécie Taxidemiafazem um retorno aos sobera-nos tempos do rio. Um espa-ço dedicado à imagem de BomJesus dos Navegantes louva asfestas de fé da região.Utensílios domésticos de ferroe barro tentam contar o dia-a-dia dos bem abastados doSertão no passado. Cangalha

com cacuá, carro de boi (decarneiro), cadeiras de coronele de campanhas, um poucofalam sobre os costumes doscom nenhum, os com pouco eos com muito poder nas casti-gantes terras sertanejas.

Latas unidas por cordas,potes e outros vasilhames tra-zem a doce lembrança dosaguadeiros, os vendedores deágua. Um tempo em que aágua era vista como artigo delei - por não sair nas torneirasdas casas -, transportada debicas e chafarizes públicos embilhas, barris, vasos ou potespor escravos e índios, que nãoabriam mão dos amuletos con-tra mau-olhado e superstiçõespara fazê-la chegar aos maisabonados. (E.B.)

Continua nas páginas B7 e B8.

Embarcações, locomotivas e outras peças do passado também fazem parte do simplório, porém, organizado acervo do Museu do Sertão

Vasilhames de transporte de água lembram a presença dos aguadeiros Bordado rendendê: arte típica das históricas terras piranhenses

Fotos: Alessandra Vieira

Cidade lapinha de memória, história e cultura

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JORNALO JORNALO

BB44

Es açop

Este é um Seminário de elevado nível e quedeve ser freqüentado por todos aqueles que seinteressam pela problemática da reforma agrá-ria no Brasil. É o segundo que se realiza e nova-mente em Maceió. Espaço abre parceria com oNúcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito,Sociedade e Violência do Centro UniversitárioCESMAC para dar informações circunstancia-das sobre o evento, além de trazer informes

sobre o lançamento do livro do Professor e Juizde Direito Carlos Cavalcanti, Leonardo Barretoe Leonardo Gominho. Para o livro e sobre osautores, Espaço chama a atenção para o pronu-ciamento dos professores Paulo Lobo e ZenoVeloso. Espaço tem em Carlos Cavalcanti umjuiz honrado e um excelente professor univer-sitário, homenageando, tambpem, os demaisautores.

Sávio de Almeida

UMAS POUCAS PALAVRAS

Ouvidoria e reforma agrária

Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

O constitucional é o campo da igualdade e ela sempre tem as ma

exigências, transformando-se no dide poder comer, dormir, viver. É ne

comum que as diferenças se fundamrepostas no pacto, sinal de que a

luta incessante para que existaliberdade, o que pode parecer fra

mas refere à tensão permanencaracteriza, sempre necessit

afirmação continuada pela prát

Paulo Lobo Neto

Esta obra é o direito das sucessões emação e movimento. Reúne reflexões dou-trinárias e a experiência prática do dia a

dia de uma vara de sucessões na comarca deMaceió, onde atuam os autores.

Carlos Cavalcanti de Albuquerque Filho éjuiz de direito experiente, com ativa participa-ção como professor de cursos jurídicos, comexpressiva produção intelectual no direito defamília e das sucessões, que sempre constituí-ram sua predileção profissional e acadêmica.Foi Presidente do Instituto Brasileiro deDireito de Família, seção de Alagoas (IBD-FAM-AL).

O livro demonstra, com dados convincen-tes, que é possível solucionar os conflitosemergentes das sucessões com uso proveitosoe adequado da conciliação e da mediação.Parte da argumentação de que as questões liti-giosas entre sucessores, no inventário, podeme devem ser objeto de conciliação, antes dadecisão judicial. Essas questões sofrem a inci-dência das regras gerais do Código deProcesso Civil que privilegiam a conciliação,como modo comprovadamente eficiente depacificação social, como tem difundido o CNJ.Não há razão para que as regras da concilia-ção não incidam nesses casos. A prática daconciliação na 21ª Vara Cível/Sucessões daComarca de Maceió tem resultado em estu-pendo êxito, pois, na grande maioria doscasos, os sucessores e interessados terminamconciliando.

Os autores retiram da experiência as situa-ções mais comuns de conflitos na sucessão,procurando traçar o quadro doutrinário ondese inserem, além da orientação dominante najurisprudência.

A obra é de leitura leve, porque os temasestão bem expostos e são acompanhados degráficos e quadros que ajudam à compreensãodos temas, indicando as soluções correspon-dentes.

Destaque-se a interlocução do direito dassucessões com o direito de família, porque édifícil a aplicação do primeiro sem o correto

domínio do segundo. O Brasil tem obtidorepercussão notável nos estudos do direito defamília, que é, sem exagero, um dos maisavançados do mundo, na atualidade. Os auto-res descrevem e comentam as tendênciasnesse campo, com proficiência e bons argu-mentos.

A realidade das entidades familiares plu-rais, que “briga” com o fundo moral das leis,traz à tona o problema das famílias simultâ-neas, como as denominam os autores. Sãoassim consideradas a família matrimonial e aunião concubinária, que coexistem, fazendobrotar os problemas de titularidades patri-moniais, mal resolvidas, que vão refletir nojuízo sucessório. Nesse campo nebuloso, oSTJ incluiu a convivência da união estávelcom outra união, não admitindo a simulta-neidade de entidades familiares. A dubieda-de do tratamento à união concubinária, dadopelo Código Civil, tem levado a decisõesjudiciais contraditórias: é entidade familiarou não, é mera sociedade de fato, ou é umrelacionamento ilícito que não gera direitos?Os autores tomam posição clara em favor danatureza familiar da união concubinária,buscando definir o que compõe o regime debens matrimonial e o que compõe o acervopatrimonial concorrente da união concubiná-ria.

Outra situação geradora de situações con-flituosas é a da pessoa que vive só, que osautores denominam de família unipessoal,que começa a frequentar os tribunais. A exis-tência de testamento ou a falta de testamento,principalmente quando essas pessoas não dei-xam herdeiros necessários, não impede a eclo-são dos conflitos, que podem ser resolvidosmediante a conciliação.

A última parte do livro é destinada à conci-liação no juízo sucessório, no plano teórico eprático, com interessantes sugestões de proce-dimentos e de redação de acordos.

No curto espaço de uma apresentação, sãoesses os pontos que, certamente, podem esti-mular a leitura desta obra, que recomendo aosprofissionais e estudantes de direito e, por suaredação fluente, ao grande público.

Livro reúne as reflexões doutrinárias e a

experiência prática de uma vara de sucessões

Zeno Veloso

Este livro surge como uma novida-de, ou com uma forma nova de exporum tema muito antigo, importantíssi-mo, e referto de dúvidas e questões. Foiescrito numa linguagem simples e dire-ta, sem fugir do rigor terminológico, eoutra coisa não se poderia esperar deuma obra pensada e criada em Alagoas,sob a inspiração dos imortais GracilianoRamos e Pontes de Miranda. Tive o pri-vilégio de ler antecipadamente o texto,que, sem dúvida, será de grande utilida-de para os operadores jurídicos, espe-cialmente juízes, advogados, estudan-tes. Entretanto, todos os protagonistasdo Direito terão prazer e proveito comsua leitura.

Acompanho há muitos anos, comrespeito e admiração, a trajetória vito-riosa de Carlos Cavalcanti de Albu-querque Filho, magistrado e professor,

cujos escritos e lições têm grande reper-cussão. Os coautores, Leonardo BarretoFerraz Gominho e Leonardo FerrazGominho, por sua vez, deram provasde seu conhecimento da matéria, pro-duzindo, com o primeiro citado, umaobra harmônica, lógica, coerente, méri-tos inestimáveis, nem sempre alcança-dos em obras coletivas.

Ao longo do trabalho, numa sequên-cia didática, como sabem fazer os verda-deiros professores, os autores abordamos institutos principais do Direito dasSucessões. Mas não se limitaram ao queé doutrina comum, jurisprudência pací-fica, nem se restringiram a falar doóbvio. Aliás, expor o simples com sim-plicidade é uma arte que muitos poucosdominam. Escreveu-se este livro semfugir dos pontos complexos, espinho-sos, a respeito dos quais muita gentenem fala ou passa perto, com receio deentrar numa zona de perigo, num espa-

ço conflituoso. Como se verá nas páginas seguintes,

com determinação e coragem, foi tratadaa exclusão da herança, externando-se aimportante opinião de que o MinistérioPúblico tem legitimidade para ingres-sar com ação declaratória de indignida-de, sobretudo no caso em que o herdei-ro ou legatário foi autor de homicídiodoloso contra o de cujus. Os autoresintegram a avançada corrente de que ocompanheiro é herdeiro necessário,assim como o cônjuge, e apontam ainconstitucionalidade do art. 1.790,inciso III, do Código Civil, argumen-tando que houve a equiparação consti-tucional da união estável ao casamento.Defendem, com ousadia, que o direitoreal de habitação não se deve limitar aocônjuge e ao companheiro, devendo serreconhecido a outros herdeiros, desdeque comprovada a hipossuficiência.Entendem que é inconstitucional o art.

1.641, inciso II, do Código Civil, queimpõe o regime da separação de bensno casamento quando pelo menos umdos nubentes tem mais de sessentaanos, e mestre João Baptista Villela jáafirmou que essa imposição constituimais um dos ultrajes gratuitos que anossa cultura inflige à terceira idade.Asseguram que a entidade familiarunipessoal, ou família de uma só pes-soa, é uma realidade social em nossopaís, e mostram as peculiaridades dessasituação no direito sucessório.Concordam com a possibilidade da ces-são, gratuita ou onerosa, de direitoshereditários por termo nos autos doinventário, pois se o legislador preten-deu dar segurança ao negócio jurídicoexigindo a forma de escritura pública,pela mesma razão deve ser possível aformalização perante o juiz do inventá-rio, lavrando-se o respectivo termo.

A última parte do livro trata da con-

ciliação no juízo sucessório, sendo aquestão abordada com pioneirismo eproficiência. Diante dos graves confli-tos que surgem por causa da partilhade bens e direitos, na sucessão, e dadesagregação dos laços familiares eafetivos, os autores mostram a conve-niência e a utilidade da conciliaçãopara a solução de crises, afogar asmágoas, aplacar ressentimentos. Aconciliação pode infirmar ou diminuira incidência do drama perverso que oditado popular atesta: “Os pais sematam para deixar uma fortuna aosfilhos, e os filhos se matam na disputada herança dos pais”.

Como se depreende, este não é umlivro qualquer, muito ao contrário.Gostei da obra, muitíssimo, e vouencerrando este prefácio, sintético,curto, como os prefácios têm de ser,para que todos cheguem logo ao princi-pal.

Nova forma de expor um tema muito antigo

Page 31: OJORNAL 10/10/2010

BB55m.br

O que faz a Ouvidoria Agrária Nacional

Articula a discussão entre partes visando agarantia de direitos e a não violência

tensão da ais concretasreito absolutoesta base dom e devem serliberdade é a

a a própria se de efeito,nte que a ando de ica social.

Luiz Sávio de Almeida

No I Seminário Nacional de Capacitação em DireitoAgrário realizado no ano de 2008, em Maceió, elaborou-se a chamada Carta de Maceió na qual se falava da rea-lização de um segundo evento, também em parceriacom a Ouvidoria Agrária Nacional do Ministério doDesenvolvimento Agrário. Em face da necessidade derealização conjunta do evento, foram conduzidas ges-tões iniciais com a referida Ouvidoria. Calha que oCentro Universitário CESMAC estava interessado emincrementar estudos e pesquisas sobre violência, socie-dade e direito, inclusive montando um núcleo de pes-quisa. Foi quando através de negociações assistidaspelos professores Carlos Cavalcanti e Afrânio RobertoPereira de Queiroz foi vista a possibilidade de realiza-ção do II Seminário, desta feita como lançamento, tam-bém, das atividades do Núcleo de Estudos e Pesquisassobre Direito, Sociedade e Violência, pertencente àque-la instituição universitária.

Ao mesmo tempo, estaria sendo prestado um excelen-te serviço ao campo do direito em Alagoas, na medida emque a questão agrária e a problemática jurídica a ela asso-ciada pontuariam uma pauta de discussão sobre nossasociedade. Não se pode negar, que o agrário está no ínti-mo da problemática social brasileira contemporânea eque a estrutura de base, a normativa e a operacional dodireito devem discutir em profundidade o modo como os

quadros se representam. Estava formada uma situaçãoprivilegiada onde se uniriam o interesse da sociedadecivil e do estado, no estudo da questão agrária, únicaforma de dar sentido ao estudo do direito: ele e a historiaque corre. Desencarnar um direito da condição socialonde prevalece equivale a retirar-lhe o sentido e fazê-loperder sentido, virar letra morta pois perderá o enuncia-do que deve carregar para a estruturação da comunitas.

O sentido de que meu direito termina quando come-ça o de outro, deve ser refeito, pois o sujeito do proces-so deve ser posto coletivo; o direito de qualquer um vaialém do individual e termina na estrutura comunitária;este é o caminho enfático do direito quanto à questãosocial, dono de uma amplitude que somente pode terresguardo no direito constitucional, aquele que lidacom a igualdade de fato e não como retórica de umpacto em abstrato. O constitucional é o campo da ten-são da igualdade e ela sempre tem as mais concretasexigências, transformando-se no direito absoluto depoder comer, dormir, viver. É nesta base do comum queas diferenças se fundam e devem ser repostas no pacto,sinal de que a liberdade é a luta incessante para queexista a própria liberdade, o que pode parecer frase deefeito, mas refere à tensão permanente que a caracteri-za, sempre necessitando de afirmação continuada pelaprática social. A condição agrária nacional sempre este-ve a enunciar um problema jamais resolvido. Ele éurgente e o Seminário vai ter como fundamento a dis-

cussão do papel do direito nesta resolução. É daí, quebasicamente se tem dois grandes grupos de discussãoabertos na temática: o direito e o conflito, a estruturaagrária nacional e sua caracterização política.

Este é um evento de rara magnitude, sendo reali-zado de 13 a 15 de outubro do corrente ano, no Centrode Convenções Gustavo Leite devendo abranger todaa comunidade acadêmica de Alagoas, e os estudiososda questão agrária. . Por convite da Ouvidoria, esta-rão presentes todos os Juízes e Promotores ligados àsVaras Agrárias no Brasil, além de cientistas e juristascomo o Coordenador do Fórum Nacional Agrário doConselho Nacional de Justiça, Juiz de Direito MarceloBerth. Não é preciso comentar o significado da pre-sença de tão ilustres convidados e nem como se terá oreforço e prestígio acadêmico para a discussão dodireito em Alagoas.

O Seminário tem por objetivo geral discutir a ques-tão agrária nacional e a função do direito como instru-mento de mudança social. Por outro lado, passará pelosseguintes pontos específicos: Discutir a realidade agrá-ria, bem como a fundiária do Brasil; debater a caracteri-zação do conflito agrário no Brasil; pensar o direitocomo instrumento da mudança social no campo. Comose pode notar, ele vai além do interesse imediato dacomunidade estudiosa do direito, para entrar no âmbitoda sociedade, história, economia e política. É hora departicipar e discutir.

Um pouco sobre o II Seminário Nacional de Capacitação em Direito Agrário

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB66

Quarta-feira

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Literatura Artesanato

Hoje

�� Nas duas próximas quartas-feiras (13 e 20), dentro das comemorações dos 55 anos de ati-vidades da Associação Teatral das Alagoas (ATA), o projeto Quarta no Arena apresen-ta seu sétimo espetáculo da temporada, às 19h30. A Troca, texto baseado na tragédiacarioca A Serpente de Nelson Rodrigues, traz à tona discussões sobre amor, família etraição. Ingressos: R$ 6 e R$ 3. Mais informações: (82) 3315-5656 / 3315-5665.

Sábado

� A peça Caderno de Memórias - Uma comédia romântica será encenada nos dias 16 (às 21h) e 17 (às20h) deste mês, reabrindo o palco do centenário Teatro Deodoro. O espetáculo, que fez tem-porada no Rio de Janeiro, com texto de Jean Claude Carrière e direção de Moacyr Góes, tam-bém marca o retorno da atriz Dira Paes aos palcos. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia),à venda na Loja Levi's (Maceió Shopping). Mais informações: (82) 3325-2373/9601-2828.

EmBreve

Em Cartaz

�� Todas as sextas (19h30) e sábados (17h) do mês de outubro a peça. A Gota D´Água, deChico Buarque e Paulo Pontes, sob direção de David Farias. A peça está sendo ence-nada pelos alunos do módulo III do Curso técnico de formação do ator/atriz da Ufal,no Teatro Sala Preta, localizado no Espaço Cultural - Praça Sinimbú. Entrada Franca.

�� Arnaldo Antunes é o home-nageado do programaAplauso que vai ao ar apartir das 10h pela RádioEducativa FM. O músico,poeta, compositor e artistavisual participou de gru-pos de música, poesia,videos, performance e inte-grou, de 1982 a 1992, abanda Titãs, uma das maisimportantes do rock bra-sileiro na década de 80.Arnaldo é um dos princi-pais compositores brasilei-ros da atualidade, é autorde sucessos como Pulso,Alma, Socorro, Não vou meadaptar, Beija eu, Velhainfância, entre outros.

�� A Associação Comunitária eBeneficente Vila Ana Maria(ABEVILA), ONG localiza-da em Paripueira, exibiráno projeto CineteatroParipueira o filme A Era doGelo 3 em homenagem aoDia das Crianças, a partirdas 19h, no Paripueira PraiaClube. Entrada franca.

�� O Quintal Restaurante,Música e Bar (Praça SãoPedro, 460, em Garça Torta- próximo ao restauranteLua Cheia) vai apresentarduas super atrações a par-tir das 15h. O cantor e com-positor Bruno Hitan, acom-panhado do percussionis-ta Tony Haquiles, vai fazerum som com muito rock,pop rock e MPB. Em segui-da, Ricardo Lopes Trio,com Ricardo (guitarra),Felix Baygon (baixo) eMárcius Campello (bate-ria), fará uma apresentaçãotocando standards de jazze Bossa Nova. Participaçãoespecial do saxofonistaamericano Atiba Taylor.Couvert: R$ 5. Nais infor-mações: (82) 9939-0391.

�� O espetáculo de dança afroOní Xé a Àwúre, baseadona Lenda de Oxalufã, dePierre Verger, e dirigidopelo dançarino, professore coreógrafo Edu Passos,estreia no Teatro Deodoro(Centro), a partir das 20h,com entrada gratuita. Emseguida, o espetáculo seráapresentado em diversosbairros de Maceió com exi-bições públicas mostran-do o resultado das oficinasministradas por Edu com60 jovens durante o perío-do de maio a julho.

�� Zizi Possi leva o seuCantos & Contosao palco do TeatroGustavo Leite(Centro Cultural ede Exposições - Ja-raguá), no dia 7 denovembro, às 20h.Ingressos vão estarà venda em breveno stand Sue Cha-musca (MaceióShopping). Maisinformações: (82)3235-5301 / 9925-7299 / [email protected].

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected] BB77

Em memória aos cangacei-ros, na casa de resguardo dascoisas do Sertão, lá estão paracontar e fazer história algunsadornos pessoais do “rei docangaço”: sua cigarreira, seucantil, alguns de seus punhais,ousadas correspondências porele escritas a próprio punho.Por lá, livros também falamsobre o seu reinado no solonordestino; sobre a sua guer-reira trajetória ao lado deMaria Bonita; sobre o seutempo em Piranhas. O telégra-fo da Estação Ferroviária domunicípio, de onde foi envia-

do o telegrama denunciandoo coito de Lampião em 1938,também repousa em uma desuas vitrines de vidro, como seorgulhoso o fosse sempre pelofeito.

Como um dos bons lega-dos sobre a história do canga-ço, o soldado piranhense JosiasValão tem espaço reservadono museu pela sua convivên-cia das mais próximas com al-guns dos militares que coman-daram o ataque à Grota de An-gicos, exterminando Virgulino,sua companheira Maria Bonitae mais nove cangaceiros do

seu bando, e pela missão assu-mida - ainda um jovem volan-te - de arrumar as cabeçasdegoladas dos cangaceiros nasescadarias do Palácio D. PedroII (onde funciona a prefeiturada cidade) para que fotossobre o fato pudessem correro mundo na posteridade.

Em um passado bemremoto vistas como peças des-cartadas no endurecido mun-do do cangaço, as cangaceiras- eternas companheiras deseus homens em andanças nasempoeiradas veredas do Nor-deste brasileiro - também rece-

bem homenagens no Museudo Sertão. A presença femini-na no bando de Lampião vemà tona nas figuras da guerrei-ra Dadá, do cangaceiroCorisco; da princesa Durvinha,de Virgínio e Moreno; da enig-mática Lídia, de Zé Baiano; ede outras tantas, até chegar aoregistro do fim definitivo docangaço, nos anos 40, sob aoferta de 50 contos de reis dogoverno da Bahia para a cap-tura de Lampião e dos home-ns por ele liderados. (E.B.)

Continua na página B8.

Museu foi idealizado como resguardo da memória do homem sertanejo

Meios de transporte ruraisganham espaço na casa

Fotos: Alessandra Vieira

Cangaceiros: visitantes eternizados na cidade

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VariedadesBB88 Domingo, 10 de outubro de 2010 || wwwwww..oojjoorrnnaallwweebb..ccoomm || e-mail: [email protected]

Acidade também foi agra-ciada com uma ação vinda doInstituto do Patrimônio Histó-rico e Artístico Nacional(Iphan), abrindo as portas daCasa do Patrimônio de Pira-nhas no município, no últimomês de setembro, na edifica-ção que no passado era o abri-go do almoxarifado da Esta-ção de Trem. No espaço - quenasceu com a missão de pre-servar o passado dos extintossistemas de transporte -, umagigantesca maquete do pátioferroviário e do porto dePiranhas no ano de 1885, cons-truída pelo artista sergipanoAntônio Soares, mostra o tra-çado sinuoso por onde o trem

subia o platô, vencendo osquase 200 metros de altura em11 km de extensão. Saudosalembrança do ressoar dos for-tes apitos das locomotivas,com inconfundível fumaçasaindo de suas chaminés, nacidade em convite aos passa-geiros para mais uma viagempelos sertões alagoano e per-nambucano.

É lá onde também estãoexpostas as mais nobresembarcações do rio SãoFrancisco, doadas ou ideali-zadas por artistas do históri-co município. As famosas eversáteis no transporte demercadorias e pessoas canoasde tolda; a primeira balsa a

navegar pelas águas são-fran-ciscanas fazendo a travessiade Alagoas a Sergipe; o Valériade Sinimbu, primeiro navio avapor que trafegou no rio; oSão Salvador e a Chata Ha-vana; o Comendador Peixoto,a mais famosa embarcação dahistória do Baixo SãoFrancisco pela sua longevida-de como meio de transporte,que, do início do Século XX -quando entrou em cena - atéos anos 60, fazia o trajetoPenedo/Piranhas. Lembrançasmuitas, do apogeu à memória,da história das águas, dasareias, das margens e das gen-tes do São Francisco em umsignificativo patrimônio. (E.B.)

Canoas de tolda: destaque no rio por sua versatilidade no transporte de mercadorias e pessoas

Comendador Peixoto: navio destaque na história do Baixo São FranciscoCentro histórico: organização,charme e arquitetura preservada

Gigantesca maquete do pátio ferroviário e do porto de Piranhas no ano de 1885, construída pelo artista sergipano Antônio Soares, está à mostra na Casa do Patrimônio de Piranhas

Fotos: Alessandra Vieira

Casa de viajantes piranhenses e são-franciscanos

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JORNALO JORNALO

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