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Capítulo 16 Professora Christie

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Capítulo 16

Professora Christie

• Localização geográfica estratégica, no Sudoeste da Ásia (ponto de encontro entre a Ásia, Europa e África).

• Predomínio de climas áridos e semiárido;

• As áreas mais úmidas são restritas ao litoral, ao vale dos rios e aos oásis.

Características gerais

Jordânia

Canal de Suez

Constituído para servir de ligação entre o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo, o Canal de Suez é uma enorme via de circulação de navios e possui grande importância econômica e social, pois nele ocorre o fluxo de 14% do transporte mundial e cerca de 15.000 navios por ano. O canal possui mais de 190 km de extensão, 170 metros de largura e 20 metros de profundidade. O objetivo da obra foi principalmente o transporte marítimo, pois sem a sua existência, por exemplo, uma embarcação saindo da Itália com destino à Índia, teria que contornar todo o continente africano pelo Cabo da Boa Esperança.

Motivos dos conflitos no Oriente Médio

Intolerância religiosa: esta região é

berço de três grandes religiões

monoteístas:

Judaísmo, Cristianismo e Islamismo

Importantes reservas de petróleo

Escassez de água

O Império Turco Otomano pendurou até o século XX, quando começou a desmembrar. Após o final da Primeira Guerra Mundial, franceses e britânicos , dominaram este território: Síria e Líbano ficaram para os franceses e Palestina, Mesopotâmica e Transjordânia (atual Jordânia), para os ingleses.

A criação do Estado de Israel

• Após a Segunda Guerra Mundial, os conflitos se intensificaram no Oriente Médio devido a formação do Estado de Israel.

• A ONU aprovou em 1947 o plano de partilha da Palestina, que previa a formação de dois Estados: um árabe e outro judeu.

• O povo judeu ficaria com 53% do território e os palestinos 47%.

Fundamentalismo Islâmico

Entende-se por fundamentalismo islâmico uma interpretação particular e literal da lei do Corão, aplicada a fins políticos. Em oposição às ideias leigas, modernas e ocidentais, essa interpretação afirma que, a fim de formar um Estado islâmico puro, os valores da tradição e religião islâmica devem desempenhar um papel central na vida econômica, social e política. Vários movimentos fundamentalistas iniciados na década de 70 procuraram e ainda procuram lutar para obter e manter o controle do Estado nos países com maioria da população de religião muçulmana e ali aplicar seus princípios. Em alguns casos, essa luta resultou em revoltas populares, como no Irã em 1979.

Do ponto de vista teológico, o fundamentalismo é uma manifestação religiosa onde os praticantes de uma determinada crença promovem a compreensão literal de sua literatura sagrada. Não se limitando à realidade do mundo oriental, o fundamentalismo religioso aparece entre alguns grupos cristãos que empreendem uma compreensão literal da Bíblia. Entre os muçulmanos, este tipo de manifestação apareceu somente no início do século XX.

Divisão entre Xiitas e Sunitas • Tudo isso se iniciou no ano de 632, quando a morte do profeta

Muhammad (Maomé) abriu espaço para uma disputa sobre quem poderia ocupar a posição de principal líder político de toda a comunidade islâmica existente.

Preferem uma interpretação mais rígida do Alcorão e não reconhecem os conselhos e exemplos provenientes de qualquer outro livro. Para eles, o mundo islâmico deve ser politicamente controlado por membros diretos da família do profeta Maomé.

Seguem o Corão e a Suna – livro que conta a trajetória do profeta Maomé – como referencial na resolução das questões não muito bem esclarecidas pelo Alcorão. Seguindo tal livro sagrado, os sunitas somente reconhecem a ascensão dos líderes religiosos que fossem diretamente escolhidos pela população islâmica. Ao todo, os sunitas representam cerca de 80% da comunidade islâmica espalhada pelo mundo.

Conflitos no Oriente Médio Guerra Irã-Iraque

O conflito conhecido como Guerra Irã-Iraque ocorreu entre os anos de 1980 e 1988. Sob uma perspectiva histórica, as rivalidades que culminaram na Guerra Irã-Iraque estão atreladas a uma das etapas do antigo conflito árabe-persa pelo controle das terras férteis da Planície da Mesopotâmia. Os dois países, que possuem fronteiras em comum, estão localizados na região da Mesopotâmia, palco de inúmeras disputas territoriais desde a Antiguidade.

O maior elemento dessas disputas é de ordem natural: a configuração do relevo, em áreas planas e com a presença de solos férteis, o que favorece a prática agrícola e também por conta da sua rede hidrográfica formada por grandes rios perenes, a se destacar os rios Tigre e Eufrates, algo raro em uma área onde predomina os climas árido e semiárido. Nesta Guerra, os EUA apoiaram o Iraque de Saddan Russein. Em 1979 ocooreu no Irã a Revolução Islâmica em que o líder baixou uma série de medidas contra os interesses das grandes potências ocidentais.

Conflitos no Oriente Médio

Um dos motivos da invasão alegado pelo presidente iraquiano, Saddam Hussein, foi que o Kuwait estava prejudicando o Iraque no comércio de petróleo, vendendo o produto por um preço muito baixo. Com isso, o Iraque estaria perdendo mercado consumidor e precisando baixar o preço de seu petróleo no mercado internacional. Para diminuir os prejuízos, o Iraque pediu uma indenização milionária ao governo do Kuwait. O governo do Kuwait não aceitou a reivindicação de indenização e não efetuou o pagamento.

Guerra do Golfo

A ONU (Organização das Nações Unidas) condenou a invasão e emitiu um documento exigindo a retirada imediata das tropas iraquianas do Kuwait. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos deslocaram tropas e aviões para a Arábia Saudita, preparando-se para uma ação militar.

Como o Iraque não retirou seu exército do Kuwait, a ONU autorizou a invasão militar do Iraque por um grupo de países (Inglaterra, França, Egito, Síria, Arábia Saudita), liderados pelos Estados Unidos. O ataque ao Iraque teve inicio em janeiro de 1991 e durou um mês e meio.

O Iraque foi derrotado (o cessar fogo foi aceito em abril de 1991) e teve que retirar suas tropas do vizinho Kuwait, além de sofrer com o embargo econômico imposto pela ONU.

Milhares de soldados e civis morreram ou ficaram mutilados nesta guerra e os prejuízos econômicos também foram gigantescos. Porém, Saddam Hussein continuou no poder do Iraque e reorganizou, com o passar dos anos, a economia e o exército iraquiano.

Guerra do Afeganistão

A invasão do Afeganistão, liderada pelos americanos, teve início em 7 de outubro de 2001, à revelia das Nações Unidas, que não autorizaram a invasão do país. O objetivo declarado da invasão era encontrar Osama bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda, destruir toda a organização e remover do poder o regime talibã, que alegadamente lhe dera apoio.

A invasão marca o início da guerra contra o terrorismo, declarada pelo governo Bush, após os atentados de 11 de setembro.

Conflitos no Oriente Médio

Guerra do Iraque

A Guerra no Iraque de 2003, foi desencadeada pelos Estados Unidos da América com o objetivo de derrubar o regime de Saddam Hussein para assim desarmar o Iraque e libertar o povo iraquiano. Esta foi a justificação dada pelo presidente norte-americano, George W. Bush para o ataque depois de meses de ameaças, motivadas pela alegada posse, por parte do regime iraquiano, de armas de destruição maciça.

Os Estados Unidos da América consideraram que o Iraque era uma grave ameaça à sua segurança e à da região do Médio Oriente e atuaram mesmo sem a aprovação das Nações Unidas. Países como a França, a Alemanha e Rússia opuseram-se a esta ação militar, mas outros como a Inglaterra, a Espanha e Portugal colocaram-se do lado norte-americano. Por todo mundo houve manifestações pela paz envolvendo milhares de pessoas.

Conflitos no Oriente Médio

O território de Israel

• Em junho de 1967, Israel invadiu a Faixa de Gaza, a península do Sinai no Egito, a Cisjordânia e as colinas de Golã na Síria, tornando-se, assim, uma potência ocupante e marcando o início de um conflito relâmpago cujas consequências perduram depois de 40 anos.

• A denominada Guerra dos Seis dias mudou radicalmente o rosto do Oriente Médio e deu uma nova dimensão à questão palestina e às relações entre Israel e seus vizinhos.

• Israel devolveu a Península do Sinai ao Egito em 1979

A GUERRA DOS SEIS DIAS

A questão da água no Oriente Médio O Oriente Médio possui as maiores reservas de petróleo em todo o mundo (cerca de 60%), mas é a região que possui a menor quantidade de água potável disponível para consumo doméstico e para atividades industriais e agrárias. Em razão disso, esse imprescindível recurso natural foi, é e será um dos principais elementos de acirramentos das disputas geopolíticas na região.

Na verdade, os analistas políticos são quase que unânimes em afirmar que a água (no caso, a ausência dela) será a principal causa dos conflitos do século XXI, a começar pelo Oriente Médio. Essa região conta com 5% da população mundial, mas apenas 1% das reservas de água no planeta.

Apesar de outros fatores geopolíticos também estarem envolvidos, como a posse por território e o conflito entre diferentes troncos étnico-religiosos, a água é um dos principais elementos em disputa. Nesse contexto, estiveram em disputa o acesso e o controle do curso do Rio Jordão, dos lençóis freáticos da Cisjordânia e do Mar da Galileia. Outro foco de tensão envolve a Turquia, a Síria e o Iraque quanto ao uso dos rios Tigre e Eufrates, que nascem na cidade de Anatólia – território turco – e deságuam no Golfo Pérsico. Esses dois cursos d’água são extremamente importantes para o abastecimento desses países. No entanto, como a Turquia dispõe do uso e do controle da montante dos rios (isto é, dos locais onde eles surgem), isso pode afetar as outras duas nações.

Diante desses fatos, evidencia-se o caráter geopolítico da água que, mais do que um simples recurso natural, é um dos mais cobiçados elementos territoriais em todo o mundo.

O petróleo no Oriente Médio

A economia dos países que compõem o Oriente Médio está vinculada diretamente com a extração e o refino do petróleo. Às vezes, essa é praticamente a única fonte de receita para determinados países. Como a região é constituída basicamente por desertos com climas adversos, impróprio para agricultura, a maior riqueza que eles possuem é, sem dúvida, o petróleo.

Dentre as diversas jazidas de petróleo do Oriente Médio, a concentração maior do recurso está no Golfo Pérsico e na Mesopotâmia, os quais juntos possuem cerca de 60% de toda reserva do planeta.

Dentre os países do Oriente Médio, os maiores produtores de petróleo são Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Catar e Bahrain.

É bom destacar que a limitação econômica em relação ao petróleo pode impedir que os países se desenvolvam em outras atividades produtivas, como a industrial. Dessa forma, grande parte das nações do Oriente Médio não é considerada industrializada, salvo Israel que detém índices melhores em relação a seus vizinhos.

O petróleo e as desigualdades

sociais

Os fatores responsáveis pela falta de desenvolvimento econômico na região estão relacionados ao petróleo: as rendas desse recurso estão concentradas no poder de empresas transnacionais que atuam na região e no controle estatal, em geral integrado a oligarquias representadas por príncipes, monarcas e sheiks.

Assim, as riquezas geradas pela exploração do petróleo beneficiam apenas uma pequena elite.

Além disso, as divisas do petróleo acabam sendo investidas na própria cadeia produtiva do petróleo (prospecção, extração, comércio, refinamento, produção de derivados etc.), não ocorrendo uma diversificação da estrutura industrial a partir dos ganhos com a venda do petróleo bruto. Cabe ressaltar também as flutuações no valor do barril do petróleo que impedem um planejamento econômico equilibrado e de longo prazo, ainda mais nesses países que dependem exclusivamente da sua extração.

Países não produtores de petróleo

• Síria e Líbano possuem portos no Mar Mediterrâneo que servem de ponto de embarque de petróleo, além de serem cortados de oleodutos pelos quais é transportado este recurso.

Países cuja a economia não está ligada à exploração de petróleo, a agropecuária é a atividade que se destaca. As regiões de maior atividade agrícola são as áreas litorâneas e também nos vales fluviais.

• Na Turquia e em Israel, a atividade agrícola é expressiva, chegando até mesmo exportar alguns produtos.

• Estes países também são exceção na atividade industrial.