origem da língua inglesa
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HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA
Origem da Língua Inglesa
Durante a Idade Média, o inglês desenvolveu-se no sul da Grã-Bretanha. Ele
tem origem da língua germânica ocidental. O inglês se origina de muitos
dialetos do germânico ocidental falado pelos jutos, anglo e saxões que
invadiram a ilha da Grã-Betranha. O idioma sofreu influências das línguas
nórdicas com as invasões promovidas pelos vikings.
Depois de 1066, com a conquista normanda, o idioma recebeu influência da
língua francesa. Isso deu origem ao inglês medieval. O inglês moderno se
desenvolveu com a Grande Mudança Vocálica. O movimento aconteceu no
século XV, na Inglaterra. O idioma continua a adotar muitas palavras
estrangeiras e a inventar novas palavras. Um grande número de palavras
inglesas foi construído a partir de raízes latinas e gregas.
Como conseqüência da influência do Império Britânico, que atuou de forma
militar, econômica, política , científica e cultural nos séculos XVIII, XIX e início
do século XX, e atuação até hoje dos Estados Unidos, o inglês é considerado
como segunda língua oficial de todo o planeta.
Inglês
O Inglês está incluído no ramo ocidental das línguas germânicas, que por
sua vez é uma subfamília das línguas indo-européias. A língua inglesa
pertence ao grupo anglo-frisão e conta com uma quantidade significativa de
vocabulário proveniente do Francês, Latim, Grego e outras línguas.
O Inglês evoluiu das línguas germânicas trazidas para a Bretanha pelos
Anglos, Saxões, Jutos e outras tribos germânicas. Há três etapas
fundamentais em sua evolução: o inglês antigo ou anglo-saxão, que vai do
ano 449 ao 1100; o inglês médio, até o ano 1500; e o inglês moderno,
com duas etapas: clássica, de 1500 a 1660, e contemporânea, de 1660 a
nossos dias.
Aproximadamente 341 milhões de pessoas falam Inglês como sua língua
nativa e mais 267 milhões de pessoas falam o Inglês como segunda língua
em mais de 104 países, incluindo o Reino Unido, Irlanda, Estados Unidos,
Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Samoa, Andorra, Antígua e
Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Bermuda, Botswana, Ilhas
Virgens, Brunei, Camarões, Ilhas Caimãs, Dinamarca, entre outros.
Uma amostra dos países onde o Inglês é língua oficial - idioma
multicultural
Alfabeto Inglês
Pronúncia do Inglês
Os sons aqui representados são do Inglês Britânico. Outras variações do
Inglês diferem consideravelmente na pronúncia, especialmente as vogais e
ditongos.
Obs: Vowels - Vogais / Dipphtongs and triphtongs - Ditongos e Tritongos
Obs: Consonants - Consoantes
O Inglês Antigo (Old English)
O Arcaico ou Anglo-Saxão - entre os séculos V e XI
Se caracteriza pela fase compreendida ente 450 D.C. e o final do século XI.
Por volta do século V em diante, as terras da Inglaterra foram invadidas por
tribos germânicas – Anglo-Saxões e Jutes. O dialeto anglo-saxão foi
incorporado aos demais exercendo domínio, assim o vocabulário inglês vai
sendo grandemente influenciado ao longo do tempo. Na verdade não se
trata de uma única língua, mas de uma variedade de dialetos, havendo
neste período quatro dialetos:
Northumbrian: faldo no norte do rio Humber.
Mercian: falado na Midlands do East Anglia até a divisa de Welsh.
Kentish: faldo no sudeste.
West Saxon: falado no sul e no sudoeste.
Através do contato com o império romano e da evangelização de Santo
Agostinho de Canterbury, o idioma sofreu influência do Latim até o século
XI. Mais tarde fora influenciada pelos invasores escandinavos que falavam o
Old Norse, que, provavelmente, assemelhava-se ao dialeto falado pelos
povos anglo-saxões. Vários desenvolvimentos internos dentro do Old
English reduziram o papel de inflexões por algum tempo e o contato com o
Old Norse acelerou esse processo, especialmente nos dialetos falados no
norte daquela região. O período Old English terminou com a invasão dos
Normandos, quando a língua foi influenciada por um número maior de
falantes que usavam o Norman dialect. Essa conquista foi de tamanha
relevância, pois novas palavras incorporaram-se à língua falada pelas
pessoas comuns, isto é, por servos e escravos. Mais tarde, muitos dos
novos termos passaram a ser usados na corte e no militarismo adquirindo,
portanto, um elevado status social.
Em geral, a diferença entre o Old e o Modern English está na forma escrita,
na pronúncia, no vocabulário e na gramática. De acordo com Baugh
(1981), qualquer pessoa que não tenha uma especialização voltada ao Old
English é incapaz de compreender qualquer texto da época. Por exemplo, a
palavra stãn corresponde a stone no inglês atual. No entanto, a maior
diferença entre esses dois períodos está na gramática, especificamente, no
campo sintático e no campo analítico. Esse período finda com a batalha de
Hastings, em 1066, onde o rei William – o conquistador – derrotou o exército
dos anglos – saxões e impôs suas leis seu sistema de governo e sua língua
– a francesa. A partir desse evento se estabelece o segundo o período – o
Middle English.
O Inglês Médio (Middle English)
Do século XI ao XVI
O Inglês médio se caracteriza pela fase compreendida entre o início do
século XII até o fim do século XV. Nela, temos o reinado da Dinastia Tudor,
quando o Inglês perdeu muitas de suas flexões nominais e verbais, e muitas
palavras francesas incorporaram-se ao léxico. A partir da conquista
normanda, começam a entrar na língua inglesa muitas palavras
escandinavas e nórdicas, designando objetos da vida cotidiana. No século
XIV, a língua dos anglos adquire prestígio graças à evolução da vida urbana,
que foi acompanhada pela fundação de universidades e o desenvolvimento
duma próspera vida econômica e cortesã. O uso da língua dos anglos
permanece consagrado nas obras de Geoffrey Chaucer e na impressão
tipográfica realizada por William Caxton.
Quando pensamos no Middle English nos vêm à mente imagens de
castelos com altas torres, rodeadas por uma grande muralha, isso porque os
castelos são características do sistema social normando conhecido como
feudalismo. Entretanto, o elemento mais importante desse período foi, sem
dúvida, a presença e influência da língua francesa no inglês. Essa
verdadeira transfusão de cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica,
que durou três séculos, resultou principalmente, num aporte considerável de
vocabulário – nada mais. Isso demonstra que, por mais forte que possa ser
a influência de uma língua sobre outra, essa influência, normalmente, não
vai além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a
pronúncia ou estrutura gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os
normandos das ilhas britânicas e os habitantes do continente, provocam o
surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século XV, o
Inglês já havia prevalecido. Até mesmo como linguagem escrita, o Inglês já
havia substituído o Francês e o Latim como língua oficial para documentos.
Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos
administrativos, políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em
Inglês. Em alguns casos, entretanto, já existiam palavras de origem
germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou passaram a coexistir
com as equivalentes de origem francesa, em principio como sinônimos, mas
com o tempo adquirindo conotações diferentes. Além da influência do
Francês sobre seu vocabulário, o Middle English se caracterizou, também,
pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais
atônicas em final de palavra e pelo início da Great Vowel Shift, que se
caracteriza pela acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês,
inclusive os ditongos sofreram alterações e certas consoantes deixaram de
ser pronunciadas. Esse período traz uma onda de inovações no Inglês, que
foi denominada Modern English.
O Inglês Moderno
A partir do século XVI
O Inglês moderno se caracteriza pela fase compreendida do ano de 1475
d.C. até os dias atuais. Nela, houve a unificação da língua com base no
dialeto da região londrina.
A transição do Inglês médio ao moderno foi marcada por uma rigorosa
evolução fonética na pronúncia das vogais, o que ocorreu entre os séculos
XV e XVI. No início deste período, a difusão da língua e a influência que
recebeu são responsáveis por significativo crescimento do léxico. Entre os
séculos XVII e XVIII ocorreram as mudanças gramaticais mais importantes.
Mas o maior desenvolvimento e difusão aconteceu no século XIX, não
sendo mais interrompidos desde então. No Inglês, entraram numerosos
americanismos e africanismos como conseqüência da expansão colonial
britânica.
A partir de 1500 começa o período da expansão geográfica do Inglês;
primeiro nas regiões vizinhas da Cornuália, Gales, Escócia e Irlanda, onde
substitui quase completamente o Céltico e nas ilhas Shetlands e Orcadas
substitui a língua descendente do Norueguês Antigo chamada Norn.
Enquanto o Middle English se caracterizou por uma acentuada diversidade
de dialetos, o Modern English representa um período de padronização e
unificação da língua, porém sem uma pronúncia única ou uniforme, pois os
sons variam de lugar para lugar e de grupo social para grupo social. Essas
mudanças continuaram durante o período representado numa típica
fonologia do inglês moderno. Mas, se as mudanças ocorridas na
pronúncia não foram acompanhadas de reformas ortográficas, isso revela-
se em um caráter conservador da cultura inglesa.
Outro ponto significativo é o uso da acentuação com o advento da imprensa
com influência direta do Latim e Grego. Mais tarde, em contato com outras
culturas e dialetos, a língua inglesa se desenvolve em muitas áreas onde
os ingleses haviam colonizado, fazendo, assim, pequenas mas
interessantes contribuições para o vocabulário do inglês, como por exemplo,
os nomes dos dias da semana no Inglês moderno que vieram dos nomes
dos principais deuses anglo-saxões: Thursday (dia de Thor – o deus do
trovão), Friday (dia de Frey – deusa da fertilidade). Esse nome vem da
palavra escandinava Frigedaeg, conforme a revista Aquarius, 1995; e
Sunday (o dia do deus sol) e assim sucessivamente. Como registra a
História, os caldeus e os egípcios, muitos séculos antes de Cristo, já
dividiam a semana em sete dias. Os antigos romanos, no tempo do
imperador Augusto (63 a. C. – d.C. 14), usavam o termo “settimana” para
designar a semana com sete dias.
É significativo observar que o Modern English se inicia com a Renascença,
período de reformas, descobertas, exploração etc. Nesse período, os
pensadores e artistas, voltaram aos Clássicos e com eles muitas palavras
latinas e gregas foram adotadas e muitos desses termos “inkhorn”
sobrevivem ainda nos dias atuais.
Uma de suas características consiste no fato de que Londres (já
colonização celta, chamada pelos romanos de "Londinium", mais tarde
também denominada Lundemburgo), se torna definitivamente centro da
evolução lingüística que se segue, como sede do governo e do Parlamento,
como maior cidade do pais e centro comercial. A segunda característica
deste período de transição é a influência da imprensa no sentido da
unificação lingüística. A terceira é o florescimento dos estudos clássicos, o
interesse pela antigüidade Grego e Romana: o Renascimento, que nascido
na Itália, exerceu forte influência na Inglaterra.
O chamado período de transição conduz o Inglês à plena maturidade com a
Bíblia do Rei James e, principalmente, com a obra de William Shakespeare
(1564 - 1616). Este período revela uma gradual superposição do Inglês ao
Latim, como língua dos cientistas. Francis Bacon e william harvey
publicaram suas obras em latim. Issac Newton depois que publicou em
Latim sua obra fundamental Principie Mathematica, em 1687, voltou-se para
a sua língua materna. Opticks surgiu em 1704 em Língua Inglesa. entre os
séculos XVIII e XIX, os filólogos e dicionaristas se esforçaram em ordenar e
reunificar a estrutura da moderna Língua Inglesa, entre eles destaca-se
Samule Johnson (1709-1784), compilador de uma grande edição de
Shakespeare e criador do Dictionary of English Language (Dicionário da
Língua Inglesa).
A partir de 1800, surgiram dicionários para o Inglês americano, entre eles
o de Noah Webster (atualmente Merriam Websters). Por volta da metade do
século, surgiu em Londres uma Philogical Society, com o objetivo de criar
um novo didionário mais abrangente. Foram coletados mais de 5 milhões de
citações textuais (dos quais 1/3 foi utilizado na obra), e vários editores
dedicaram seus esforços a esta edição, que começou a surgir em 1882 e só
terminou em 1928, com um total de 15.300 páginas: o Oxford English
Dictionary (OED). Embora o Inglês tenha adotado palavras de inúmeras
línguas, a grande maioria de palavras com raízes inglesas são de origem
germância ou românica, sendo que a maior influência é a do germânico na
língua do cotidiano e na língua do homem simples. Além do mais, as línguas
de origem germânica eram muito parecidas no período do Inglês antigo, de
tal modo que inúmeras palavras teriam soado de maneira totalmente igual,
fossem elas de raízes anglo-saxônicas ou escandinavas. Podemos afimar
que este período é caracterizado, principalmente, pela padronização e
unificação da linguagem. Portanto, desde o início da era Cristã até os dias
atuais seis idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old
English, Norman French, Middle English e Modern English.
veja onde o idioma Inglês é falado - em azul escuro países onde é a
primeira língua, azul claro onde é considerado segunda língua
O Inglês do Século XX e o Inglês Americano
O Inglês não tem uma Academia da Língua que fixe as normas do idioma.
É um idioma que tem passado da síntese para a análise, da declinação e
flexão para a ordem sintática, das desinências para as raízes e,
estruturalmente, é quase monossilábico, exceto nos termos científicos
derivados das raízes gregas e latinas. Devido a sua enorme difusão,
apresenta vários dialetos, com categoria de línguas nacionais. Entre eles, os
dialetos irlandês e o escocês (também chamado lallans).
O Inglês Americano
Abrange as variedades faladas no Canadá e nos Estados Unidos. Em 1940,
distinguiam-se três grandes dialetos: o setentrional, localizado na Nova
Inglaterra e no estado de Nova York, cujo expoente mais conhecido é o
nova-iorquino. O dialeto „midlandês‟, falado ao longo da costa de New
Jersey a Delaware, e o dialeto sulista, falado de Delaware até a Carolina do
Sul. Alguns lingüistas acreditam que o inglês „negro‟ é uma língua e não
uma variedade de dialeto, devido ao fato de, em todas as regiões onde é
falado, apresentar a mesma fonética, sintaxe e léxico. De qualquer forma, o
intercâmbio com o inglês americano enriquece o britânico e vice-versa.
Hoje, o Inglês é a mais importante língua internacional. Utilizeo Tradutor
Online para traduzir, palavras, frases e até textos inteiros de Inglês para
Português.
INGLÊS BRITÂNICO x INGLÊS AMERICANO
O inglês é falado de maneiras diferentes nos dois lados do Atlântico. Com o
passar dos anos, as diferenças entre o inglês britânico e o americano
levantaram debates e discussões fervorosos. O inglês britânico moderno é
altamente influenciado pelo inglês americano, fazendo com que muitos
contrastes desapareçam. A pronúncia é, em alguns casos, bem diferente, mas
a grande maioria dos cidadãos americanos e britânicos entendem facilmente
uns aos outros. Antes de focarmos as diferenças mais importantes entre os
dois principais tipos de inglês, ressaltamos que estas diferenças são de
importância mínima, e, com a internacionalização em andamento do nosso
mundo moderno, pode-se afirmar que elas estão diminuindo.
Durante a maior parte do século XIX, alguns cidadãos
ingleses defendiam a opinião de que os americanos
estavam "maculando" ou "corrompendo" sua língua-mãe.
Se interpretarmos "maculando" e "corrompendo" por
"mudando", então estes puristas ingleses estavam mesmo
corretos. No entanto, eles não entendiam que a mudança é
o destino inevitável de todas as línguas vivas.
Ainda assim, as suas reações parecem compreensíveis. Talvez os
orgulhosos cidadãos do país colonizador se consideravam os "guardiões" da
língua inglesa. Porém, mesmo os próprios "guardiões" não estavam imunes a
ataques dos seus irmãos "Ianques"*. O político americano John Hays, por
exemplo, criticou abertamente o inglês britânico como sendo afetado e
pomposo, ao mesmo tempo que elogiou a variante americana como sendo
incisiva e direta.
Até mesmo nos dias atuais você ainda irá ouvir pessoas comparando o
inglês britânico e o americano e discutindo qual é o "melhor tipo de inglês". Tais
discussões, todavia, revelam no final das contas nada mais que uma
preferência pessoal de alguém. Defender que uma variedade qualquer de
inglês é superior a outra é o mesmo que dizer que carne assada é melhor que
frango à milanesa.
Há alguns autores, por exemplo, que sustentam que a versão falada do
inglês americano está se tornando cada vez mais dominante por diversas
razões. Um exemplo que ilustra por que o inglês americano tem um maior
impacto sobre o inglês britânico que vice-versa: quando você vai para o Reino
Unido e liga a TV, você vê muitos programas e filmes americanos os quais,
obviamente, são transmitidos em sua versão original, ou seja, americana.
Consequentemente, em especial os jovens que assistem TV irão aprender
muito do vocabulário e expressões idiomáticas norte-americanos, que são
facilmente internalizados e utilizados como se fossem de sua própria língua.
Além do mais, o inglês britânico moderno é muito mais passível de ser
influenciado pelo inglês americano do que o contrário, pois, se você mora nos
E.U.A. e assiste TV, raramente verá um programa ou filme britânico.
Hoje em dia, o inglês se tornou uma Língua Franca**, falado com muitos
sotaques por muitas pessoas no mundo. Em vista dessa diversidade cultural
anglo-falante, a noção de que o inglês britânico é o "melhor tipo de inglês" é
claramente ultrapassada. O inglês britânico é simplesmente uma dentre as
muitas variedades singulares de inglês que existem hoje. Para completar,
as poucas diferenças que existem entre o inglês britânico e o americano
tendem muito mais a enriquecer a comunicação do que a torná-la mais lenta.
Antes de entrarmos em detalhes sobre o tema inglês britânico, vamos
primeiramente clarificar o termo inglês britânico. Para atendermos às nossas
propostas, iremos utilizar o termo inglês britânico para nos referirmos somente
ao inglês falado na Inglaterra. Tal distinção é necessária pela simples razão de
que o termo inglês britânico pode ser mal interpretado. Talvez ele possa ser
entendido como um termo genérico para todas ou qualquer variedade de inglês
falado nas Ilhas Britânicas (veja mapa abaixo), que são formadas por
Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda.
A idéia de que estes países formam uma cultura ou grupo lingüístico
homogêneno é errônea. Os irlandeses, escoceses e galeses provavelmente
ficariam ofendidos caso fossem chamados de ingleses. Diferentemente da
Inglaterra, cuja maioria dos habitantes são de origem anglo-saxônica, as
populações da Irlanda, Escócia e País de Gales são predominantemente de
origem celta***. A única maneira de sermos justos ao Inglês Irlandês, Escocês
ou Galês seria discutirmos separadamente cada um deles.
Vocabulário
*Ianque - Originalmente significava uma pessoa que vem ou vive em qualquer
um dos estados do norte dos E.U.A., especialmente Nova Inglaterra.
Atualmente também significa qualquer pessoa de origem norte-americana.
**Língua Franca - Uma língua universal. O termo Língua Franca vem do Latim
e se refere originalmente a uma língua utilizada como meio de comunicação
entre povos de diferentes línguas (como o Latim já foi utilizado certa vez.)
***Celtas - Um dos antigos povos Indo-Europeus da Europa Ocidental e
Central que mais tarde migrou para os países conhecidos hoje como Irlanda,
Escócia e País de Gales, bem como para partes da França, Espanha e
Portugal.
Diferenças de Vocabulário
Pergunte a alguém da Inglaterra o que é um fag e esta pessoa lhe
responderá que é um cigarro. Fazer a mesma pergunta a um americano, no
entanto, poderá lhe colocar numa situação um tanto quanto embaraçosa. Veja
bem, em inglês americano, fag é um termo altamente pejorativo e ofensivo para
homossexual.
O exemplo acima mostra que, às vezes, a mesma palavra
possui significados diferentes na Inglaterra e nos E.U.A.
Assim, se você estiver na Inglaterra e quiser comprar doces,
você terá que pedir sweets. Nos Estados Unidos, uma pessoa
pede dessert (sobremesa) depois do jantar, ao passo que
uma pessoa na Inglaterra pedirá um sweet ou uma dessert
(ambos os termos significando sobremesa.)
Há uma história de um inglês que visitava Nova Iorque pela primeira vez e
parou um homem para perguntar--lhe como se chegava ao underground*. A
resposta que ele recebeu do nova-iorquino foi bastante direta e rude. "Não sei.
Por que você não tenta se matar?" O nova-iorquino achou, de modo errôneo,
que o inglês estava interessado em se encontrar com o próprio Lúcifer. Pouco
sabia o nova-iorquino que no inglês britânico, o underground (também
conhecido como tube) é nada mais nada menos que o subway**.
*underground para o
inglês britânico é uma
palavra com dois
significados - pode
tanto significar metrô
como subsolo,
subterrâneo
Diferenças de Ortografia
O inglês britânico tem uma tendência a manter a ortografia de muitas
palavras de origem francesa, enquanto os norte-americanos tentam escrever
de um jeito mais próximo ao modo como eles pronunciam as palavras, e eles
removem letras que não são necessárias.
Se acontecer de você estar lendo um jornal inglês e ver program escrito p-r-
o-g-r-a-m-m-e, ou color escrito c-o-l-o-u-r, tenha certeza de que o que você viu
não foi um erro de digitação ou o descuido de um revisor desleixado. O inglês
britânico e o inglês americano possuem uma gama de diferenças ortográficas.
As mais signifcativas são:
- Algumas palavras que terminam em -ter no inglês americano, como theater
(teatro) ou center
(centro), são grafadas com -tre no inglês britânico: theatre, centre.
- Algumas palavras que terminam em -or no inglês americano, como labor
(trabalho) e honor (honra), são grafadas com -our no inglês britânico,
resultando em labour, honour.
- Muitos verbos terminados em -ize no inglês americano são geralmente
grafados com -ise no inglês britânico. Assim, realize (perceber, dar-se conta)
se torna realise.
- O -l final em palavras como travel (viajar) é repetido no inglês britânico, o que
resulta em palavras como traveller e travelling.
- Algumas palavras terminadas em -og no inglês americano, como dialog
(diálogo) e catalog (catálogo), são grafadas com -ogue no inglês britânico:
dialogue, catalogue.
Veja abaixo a seleção de algumas palavras específicas com diferentes
ortografias no inglês americano e no inglês britânico. Na terceira coluna,
apresentamos a palavra equivalente em português:
American
English British English Portuguese
analyze analyse analisar
aluminum aluminium alumínio
catalog catalogue catálogo
center centre centro
check (noun) cheque cheque
color colour cor
defense defence defesa
enroll enrol
inscrever-se,
matricular-se,
alistar-se
fulfill fulfil realizar, cumprir,
satisfazer
honor honour honra
gray grey cinza
jewelry jewellery jóia
labor labour trabalho, mão-de-
obra
liter litre litro
meter metre metro
neighbor neighbour vizinho
offense offence ofensa
organize organise/organize organizar
pajamas pyjamas pijama
paralyze paralyse paralisar
practice/practise
(verb) practise praticar
program programme programa
realize realise perceber
skillful skilful hábil
theater/theatre theatre teatro
tire tyre pneu
traveled travelled viajado, viajou
whiskey (Scotch) whisky,
(Irish) whiskey uísque
Diferenças de Pronúncia
Talvez a maior das diferenças entre o inglês britânico e o
americano esteja na pronúncia. No inglês britânico, muitas vogais
possuem sons diferentes e geralmente não são nasalizadas.
Algumas diferenças importantes são:
- Vogais tônicas geralmente são mais longas no inglês
americano. Em packet (pacote), por exemplo, o "a" é mais longo.
- No inglês britânico, o "a" em palavras como can't, class e fast é pronunciado
na parte de trás da boca, ao passo que no inglês americano, ele é pronunciado
na parte da frente da boca.
- No inglês britânico, a consoante /r/ é pronunciada somente antes de uma
vogal (por exemplo, em red e bedroom). Em todos os demais casos, o /r/ é
silencioso, soando mais similar ao som "ah" (por exemplo, em car, learn, over).
No inglês americano, o /r/ é sempre pronunciado onde quer que esteja em uma
palavra.
- No inglês americano, o "t" entre vogais é pronunciado como
um "d" suavizado, fazendo com que as palavras writer e rider
tenham pronúncias similares. Os falantes britânicos geralmente
pronunciam o "t" como /t/.
- "The pot is hot" (O pote está quente.) - no inglês britânico, o
"o" em palavras como pot e hot é pronunciado com os lábios
arredondados.
Estas são apenas algumas das muitas diferenças de pronuncia que existem
entre o inglês britânico e o americano. O inglês britânico possui também um
ritmo diferente, fazendo com que tenha uma pronúncia mais "cortada" e
enfática. O inglês americano, por outro lado, tende a ter uma pronúncia mais
arrastada.
Tenha em mente que mesmo em um país pequeno como a Inglaterra, você
irá se deparar com muitos sotaques regionais diferentes. Um dos mais
famosos, do qual já falamos na seção "Inglês pelo Mundo", chama-se inglês
Cockney. O inglês Cockney é a variedade que fala um amplo segmento da
classe trabalhadora londrina. Uma das características mais imediatamente
reconhecíveis da pronúncia Cockney é a supressão do h no início das
palavras. Deste modo, a frase "I have a horrible hangover" (Estou com uma
ressaca terrível) soa como "I've an 'orrible 'angover." Curiosamente, a estrela
internacional de rock Mick Jagger às vezes adota o sotaque Cockney para
cantar suas músicas.
Diferenças Gramaticais
a - Present Perfect x Passado Simples
No inglês americano, o Passado Simples pode ser usado
com already, just e yet. No inglês britânico, utiliza-se o
Present Perfect com estes advérbios:
(BrE) (NAmE)
I have already given her the
present. I already gave her the present.
I've just seen her. I just saw her.
Have you heard the news yet? Did you heard the news yet?
b - Have x Have got
No inglês britânico pode-se utilizar have got ou have para expressar a idéia
de posse, em qualquer tipo de frase. No inglês americano somente have pode
ser utilizado em frases negativas e interrogativas.
(BrE) (NAmE)
They have/have got two computers
Have you got a computer? Yes,
I have.
Do you have a computer? Yes, I
do.
c - Preposições e partículas
Algumas preposições e partículas são empregadas de modos diferentes no
inglês britânico e no inglês americano:
American English British English Portuguese:
checking something (out) check something conferir algo
different from/than different from/to
diferente de
do something over/again do something again
fazer algo
novamente/outra vez
in a course on a course
em um curso
live on X street live in X street morar na rua
look around the church look (a)round the
church
reconhecendo/visitando
a igreja
meet somebody (by
chance) / meet with
somebody (planned)
meet somebody encontrar-se com
alguém
Monday through/ to friday Monday to friday de segunda à sexta-
feira.
on a team in a team em um time
on the weekend at the weekend no fim de semana
ten after/past four (time) ten past four quatro e dez
ten to/of/before/till four ten to four dez para as quatro
stay home stay at home ficar em casa
d - Forma do Advérbio:
No inglês americano informal não se usa com muita frequência a forma do
advérbio terminada em -ly:
He looked at me really strangely. (BrE)
He looked at me really strange. (NAmE)
e - Modal Shall
No inglês americano, o modal shall não é utilizado no lugar de will quando
temos a primeira pessoa do singular do futuro:
I shall/will be here tomorrow. (BrE)
I will be here tomorrow. (NAmE)
Shall também não é empregado em oferecimentos corteses:
Shall I open the window? (BrE)
Should I open the window? (NAmE)
f - Verbos Irregulares
No inglês britânico o passado simples e o particípio de muitos verbos pode
ser formado com -ed ou -t, como, por exemplo, burned/burnt. No inglês
americano somente as formas terminadas em -ed são utilizadas:
They burned/burnt the documents. (BrE)
They burned the documents. (NAmE)
Quando o particípio é utilizado como adjetivo, o inglês britânico prima pela
terminação em -t, ao passo que no inglês americano prefere-se a terminação
em -ed (com a exceção de burnt):
a spoilt child (BrE)
a spoiled child (NAmE)
burnt toast (BrE and NAmE)
g - Go x Come and...
Freqüentemente se omite a conjunção "and" nessas expressões:
Go and take a look outside. (BrE)
Go take a look outside. (NAmE)
h - Ao Telefone
Hello, is that David? (BrE)
Hello, is this David? (NAmE)