origens da arte contemporânea. marcel duchamp e seus ready-mades roda de bicicleta (1913) fonte...
TRANSCRIPT
Origens da Arte contemporânea
• Marcel Duchamp e seus ready-mades
Roda de bicicleta (1913) Fonte (1917)
Um Contemporâneo em meio ao Modernismo
• visão fenomenológica da arte (“coeficiente da arte”)
• singularidade da obra de arte em meio à multiplicidade de todos os outros objetos (o que faz uma obra ser uma obra?)
• Colocam em xeque o papel das instituições na definição da arte
• o interesse pelo corriqueiro, a disposição de abarcar o acaso (como herança do Dadaísmo e também como reconhecimento de que na vida as coisas simplesmente acontecem) e um novo sentido do visual. Tudo isso levou a arte a duas direções: o Pop e o Minimalismo.
Pontos de partida
• Pop Art
• Minimalismo
Jackson Pollock e sua action painting, 1947
Pop Art
- EUA, começo da década de 60 - Artistas que se destacaram: Roy Lichtenstein, Andy Warhol, Claes Oldenburg, James Rosenquist- Proposta: utilização de temas extraídos da banalidade dos EUA urbanos; quebra com os
estilos emocionalmente carregados dos expressionistas abstratos; dependência das técnicas da cultura visual de massa; trabalhos feitos em série.
“a imprensa popular, a tela grande de cinema, com seus closes em preto-e-branco e tecnicolor, os espetáculos extravagantes dos anúncios e, finalmente, a introdução, via televisão, deste apelo espalhafatoso ao nosso olhar dentro de casa, tudo isso tornou disponível à nossa sociedade, e também ao artista, um imaginário tão disseminado, persistente e compulsivo que tinha que ser notado”
(afirmação do crítico
Henry Geldzahler in ARCHER, 2001)
James Rosenquist, President Elect, 1961
James Rosenquist Hey! Let"s Go for a Ride Lithograph 1972
ROY LICHTENSTEIN (1923-1997)
O beijo
Emergimos lentamente
TOM WESSELMANN Fumador
ROY LICHTENSTEIN Moça
Andy Warhol, 100 Cans, 1962
Andy Warhol
Andy Warhol
Andy WarholAs vinte e cinco Marilyns
Outras tendências, linguagens e desdobramentos
Arte conceitual
“a idéia se torna uma máquina que faz a arte e a filosofia da obra está implícita na obra, não sendo ilustração de nenhum sistema filosófico”.
Sol LeWitt
A Arte Conceitual opera na contramão dos princípios que norteiam o que seja uma obra de arte. Em vez da permanência, a transitoriedade; a unicidade se esvai frente a reprodutibilidade; contra a autonomia, a contextualização; a autoria se esfacela frente às poéticas da apropriação e a função intelectual é determinante na recepção (FREIRE, 2006).
“desmaterialização da obra de arte”crítica norte-americana Lucy Lippard
A transgressão proposta pela Arte Conceitual dirige-se para além de formas, materiais ou técnicas, é, sobretudo, uma crítica desafiadora ao objeto de arte tradicional.
“Uma e três cadeiras”, 1965 (Joseph Kosuth, EUA)
Renè Magritte, “A traição das imagens”, 1929
Brasil e outros países da América Latina (ditadura autoritária e repressora)
caráter político e libertárioconotação política e social do objeto
escolhido
artistas: Arthur Barrio, Hélio Oiticica, Guilherme Vaz, Cildo Meireles, Nelson
Leirner, entre outros
Cildo Meireles
INSERÇÕES EM CIRCUITOS IDEOLÓGICOS: 1. PROJETO "COCA-COLA" (1970)
Gravar nas garrafas de refrigerantes (embalagens de retorno) informações e opiniões críticas, e devolvê-las à circulação. Utiliza-se o processo de decalque (silk-screen) com tinta branca vitrificada, que não aparece quando a garrafa está vazia e sim quando cheia, pois então fica visível a inscrição contra o fundo escuro do liquido Coca-Cola.
• Era um trabalho que, na verdade, não tinha mais aquele culto do objeto, puramente; as coisas existiam em função do que poderiam provocar no corpo social.
• Na verdade, as "Inserções em circuitos ideológicos" nasceram da necessidade de se criar um sistema de circulação, de troca de informações, que não dependesse de nenhum tipo de controle centralizado.
• o importante no projeto foi a introdução do conceito de 'circuito'
• A questão do anonimato envolve por extensão a questão da propriedade. Não se trabalharia mais com o objeto, pois o objeto seria uma prática, uma coisa sobre a qual você não poderia ter nenhum tipo de controle ou propriedade
• Enquanto o museu, a galeria, a tela, forem um espaço sagrado da representação, tornam-se um triângulo das Bermudas: qualquer coisa, qualquer idéia que você colo car lá vai ser automaticamente neutralizada.
• Não mais trabalhar com a metáfora da pólvora - trabalhar com a pólvora mesmo
Cildo Meireles
Nelson Leirner
Porco Empalhado,1966
porco empalhado em engradado de madeira
Questionando o próprio sistema e seus valores
“O artista Nelson Leirner mandou esse porco empalhado e enjaulado para o Salão Nacional de Brasília e foi aceito. Agora vai mandar aos membros do júri a seguinte pergunta: ‘Qual o critério dos críticos para aceitarem esse trabalho no Salão de Brasília’?”
Jornal da Tarde, 1967
Hélio Oiticica
Lygia Clark
Lygia Clark, Bienal de São Paulo/1998
Outras formas, recursos e movimentos
• VIDEOARTE Nam June Paik (coreano) • PERFORMANCE Fluxus (Lituânia)
• BODY ART
A ênfase da arte começa a se deslocar do produto final para o processo de sua feitura
(ARCHER)
Joseph Beuys, “Como explicar imagens a uma lebre morta”, 1965 (performance)
A Arte Contemporânea apresenta quebras de parâmetros em diferentes aspectos que dizem
respeito:
• ao espectador
• ao conceito de arte
• aos modos de apresentação da arte
• aos processos de construção das obras
• à relação com o tempo
• à relação com o espaço
Todo esse conjunto de transformações propõe:
a criação de um novo olhar para o mundo à nossa volta e, consequentemente, para a arte produzida por este mundo.
A arte é expressão de uma sociedade, não podemos, portanto, admitir que uma sociedade se transforme e sua arte permaneça a mesma.