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A OBRA COMPLETA DE RÚNMÌLÁ A SABEDORÍA DIVINA Autor: Mr. Cromwell Osamaro 1

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8/13/2019 Orunmila Obra Completa

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A OBRA COMPLETA DE ỌRÚNMÌLÁA SABEDORÍA DIVINA

Autor: Mr. Cromwell Osamaro

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8/13/2019 Orunmila Obra Completa

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INTRODUÇÃO ................................................................................................................. ................ .. 7CAPÍTULO I ...................................................................................................................... ............... .. 9

 A PRECOCE ASSOCIAÇÃO DO AUTOR COM ỌRÚNMÌLÁ....................................... ............9O CONVITE DIVINO....................................................................................... ................. ......16

CAPÍTULO II .................................................................................................................. .............. .... 1

ỌRÚNMÌLÁ E AS OUTRAS DIVINDADES..................................................................... ........18 A FUNDAÇÃO DO MUNDO................................................................................ ............... ....19 A CRIAÇÃO DA DIVINOSFERA:.................................................................................. ..........19

CAPÍTULO III ................................................................................................................. .............. .... !" A PRIMEIRA TENTATIVA DE ESTABELECER A VIDA NA TERRA....................................... .2OUTRAS DIVINDADES RETORNAM PARA O C!U........................................................... ...2"

 AS DIVINDADES RETORNAM PARA A TERRA..................................................... .............. .2"O DIN#EIRO VEM PARA O MUNDO............................................................................. ........2$O PRINC%PIO DOS CONFLITOS F%SICOS.................................................................. ..........2$O PRINC%PIO DA DESTRUIÇÃO DO MUNDO.................................................. ................ ....2$

 A DESTRUIÇÃO FINAL DO MUNDO........................................................................... ..........2&CAPÍTULO I# ............................................................................................................................ ....... !$

 A SE'UNDA MORADIA NA TERRA.............................................................. ............... .........26 A VINDA DAS OUTRAS DIVINDADES........................................................... ................. ......"1O MUNDO SE ESTABELECE................................................................................ ............... ."2

CAPÍTULO # ............................................................................................................................. ....... %%COMO O #OMEM VEIO DO C!U PARA A TERRA................................................. ..............""

 A INFLU(NCIA DO OBSTÁCULO DIVINO NO NOSSO DESTINO................................... ...."$ A FUNÇÃO DO AN)O 'UARDIÃO.................................................................. ................ ......"$ A FORÇA DO DESTINO EM NOSSAS VIDAS.................................................................... ..."& A POSIÇÃO DO ORÁCULO EM NOSSAS VIDAS....................................................... .........."* AS OR%'ENS DOS PROBLEMAS VIVENCIADOS PELOS SERES #UMANOS NA TERRA"8

CAPÍTULO #I ............................................................................................................................ ....... &"O RELACIONAMENTO DO #OMEM COM DEUS.......................................................... .......$

CAPÍTULO #II ........................................................................................................................... ....... &&O EFEITO DAS OFERENDAS SACRIFICAIS EM NOSSAS VIDAS............................... .......$$

CAPÍTULO #III .......................................................................................................................... ....... &7

O LU'AR DE +,U NO SISTEMA PLANETÁRIO....................................... ............... ............$*O SI'NIFICADO ESPECIAL DO BODE PARA +,U................................................... ...........&"

CAPÍTULO I' ............................................................................................................................ ....... (&O LU'AR DAS FEITICEIRAS NO SISTEMA PLANETÁRIO........................ ................ .........&$

CAPÍTULO ' ............................................................................................................................. ....... (7C-DI'O DE CONDUTA DE ỌRÚNMÌLÁ...................................................................... .........&*ELO'IOS DE ỌRÚNMÌLÁ PERSEVERANÇA................................................................ ....&8

 A EFICÁCIA DA PACI(NCIA NO IFISMO............................................................................ ...&9CONCEPÇÃO DE IFÁ DO BEM E DO MAL........................................................................ ...62

CAPÍTULO 'I ............................................................................................................................ ....... $(COMO AL'U!M PODE ENTRAR EM CONTATO COM ỌRÚNMÌLÁ.............................. ......6&

 A FUNÇÃO DA OR%ENTAÇÃO DIVINA EM NOSSAS VIDAS....................................... .........66 A IMPORT/NCIA DA F! DO DEVOTO NA RELI'IÃO DE IFÁ....................................... .......6*

CAPÍTULO 'II ........................................................................................................................... ....... $ A 'ENEALO'IA DE IFÁ................................................................................ ............... .........68ORDEM DE IDADE 'ENEAL-'ICA DE IFÁ ............................................................... .........69

CAPÍTULO 'III ) O* OLODU+ AP,*TOLO* D- R/NM0L ...................................... ......... ..... .... 7"E)IO'BE OU O'BE0ME)I............................................................................................. ........*

 A CABEÇA COMO UMA DIVINDADE............................................................. ................. ......*E)IO'BE VAI PARA A TERRA................................................................................ .............. .*2O NASCIMENTO DE E)IO'BE...................................................................... ................. ......*2OS TRABAL#OS TERRESTRES DE E)I0O'BE..................................................... ..............*"O MILA'RE NO MERCADO......................................................................................... .........*"

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O MILA'RE DO ALEI)ADO E DO CE'O...................................................................... ........*$O RESULTADO DA I'NOR/NCIA AOS AVISOS DE E)IO'BE..................... ................. ......*$COMO E)IO'BE SOBREVIVEU A IRA DOS MAIS VEL#OS............................................ ....*&COMO E)IO'BE ADUIRIU TRANILIDADE MENTAL........................................ ............*&E)IO'BE RETORNA PARA O C!U POR DENÚNCIA....................................................... ....*6O CASAMENTO DE E)IO'BE............................................................................................... *8

O SE'UNDO CASAMENTO DE E)IO'BE................................................ ............... ............*8COMO E)IO'BE A)UDOU UM LITI'ANTE A VENCER EM SEU CASO..............................8COMO E)IO'BE FE3 UMA MUL#ER EST!RIL TER UM FIL#O........................ ................ .8COMO E)IO'BE AU4ILIOU A MONTAN#A A RESISTIR AO ATAUE DE SEUS INIMI'OS.......................................................................................................................... ............... ......81COMO A MÃE DE E)IO'BE O SALVOU DE SEUS INIMI'OS......................................... ....82COMO E)IO'BE SE TORNOU O REI DOS OLODUS............................................ ..............82CONTROV!RSIA ENTRE E)IO'BE E OLOFEN............................................. ............... ......8$

 A BATAL#A DE E)IO'BE COM A MORTE............................................................... .............86CARACTER%STICAS NOTÁVEIS DE E)IO'BE............................................... ............... ......86O ENI'MA PARA OS A5O...................................................................................... ..............88POEMAS DE E)IO'BE PARA O PRO'RESSO E PROSPERIDADE...................................88

 APETEBI ABORRECE E)IO'BE............................................................. ............... ............89CAPÍTULO 'I# ........................................................................................................ ............... ......... 9"

O7EU 0 ME)I............................................................................................. .............. ............9OUTROS TRABAL#OS CELESTES DE O7EU........................................... ................. ......92COMO O PEI4E VEIO A SE MULTIPLICAR..................................................... ............... ......92O7EU0ME)I REVELA O RETORNO DAS DIVINDADES AO MUNDO.................. ..............9"O NASCIMENTO DE O7EU0ME)I.......................................................................... .............9$

 A VINDA DE )E5+SN PARA A TERRA.......................................................................... .....9&COMO ELE VEIO SER C#AMADO )E5+SN........................................................... ..........9&OS TRABAL#OS TERRESTRE DE O7EU ME)I....................................... ................ .........96PORUE OS FIL#OS DE O7EU ME)I NÃO USAM 'ORRO......................................... ....96COMO E)I0 O7E RESOLVEU O PROBLEMA DA MORTE........................................ ............9*COMO O7EU ME)I 'AN#OU BENEF%CIOS E PRESENTES.............................. ..............98O7EU ME)I SE TORNOU O REI DA MORTE................................................ ............... ......98COMO O7EU ME)I DEU NOME A UMA CRIANÇA DE ADENIMI........................... ............99

CAPÍTULO '# ....................................................................................................... ................ ........ 1""I5OR%0ME)I..................................................................................................... .............. ......1TRABAL#OS DE I5OR%0ME)I NO C!U....................................................................... .......1I5OR% ME)I FE3 DIVINAÇÃO PARA AUN CONTA DE CORAL.................................. ...11ELE TAMB!M FE3 DIVINAÇÃO PARA O C#UMBO..................................... ................ ......11E)IOO I5OR% FE3 DIVINAÇÃO PARA O LEÃO; A VACA E O BÚFALO.........................12I5OR% ME)I DEI4A O C!U PARA A TERRA................................................ ............... ........1"O NASCIMENTO DE I5OR% ME)I.......................................................................... .............1$I5OR%0ME)I BRI'A POR SENIOR%DADE NA TERRA........................................ ................1$COMO I5OR% ME)I SOBREPU)A TODOS OS SEUS IRMÃOS...................... ................ ...16COMO I5OR% ME)I SE TORNOU UM PODEROSO SACERDOTE DE IFÁ.......................18OS TRABAL#OS POSTERIORES DE E)IO'BE......................................... ............... ........18ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA UMA CRIANÇA APENAS.................................. ............... ......11

ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA ORARE:............................................................................ ......111ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA INIUN:........................................................... ............... ........111RECOMENDAÇÃO AOS FIL#OS DE I5OR%0ME)I..................................... ............... .........112

CAPÍTULO '#I ) -DI ) M-2I .............................................................................................. ............ 11!IDI ME)I AU4ILIA ODE LADO DE FORA A RECUPERAR PROSPERIDADE.......... .........112COMO O AMENDOIM VEIO A SE MULTIPLICAR............................................................. ...11"IDI ME)I; FE3 DIVINAÇÃO PARA O S(MEN E PARA A MENSTRUAÇÃO FEMININA.... .. .11"IDI ME)I COMO UM NOTÁVEL LUTADOR................................................................ ..........11$IDI ME)I PARTE PARA A TERRA........................................................................... ..............116IDI CURA UM ALEI)ADO E UM #OMEM CE'O.......................................... .............. .........119

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 A CURA DO CE'O E A #!RNIA MA'OADA............................................. ................. ........12 CAPÍTULO '#II )O3ARA )M-2I ............................................................................................. ...... 1!"

CONFUSÃO E DESENTENDIMENTO COMEÇARAM COM OS CINCO OLODUS DOCORPO 'ENEAL-'ICO DE IFÁ. ................................................................ ................ ......12

 A DIF%CIL TRAVESSIA DA PROSPERIDADE PARA O MUNDO....................................... ...121O ENCONTRO DE OBARA ME)I COM INIMI'OS................................................... ...........12*

OBARA ME)I TRANSFORMA PRETO EM BRANCO....................................... ................ ...128OBARA 0 DEMONSTRA IN'RATIDÃO PARA A MÃE....................................... ................ ...1"OBARA ME)I 'AN#A UM T%TULO DE C#EFIA................................................. .............. ...1"COMO OBARA ME)I PERSEVEROU EM SUA PROSPERIDADE.............................. ........1"1O ÚLTIMO 'RANDE MILA'RE E4ECUTADO POR OBARA ME)I............................ .........1"2

CAPÍTULO '#III ) O4ONRON) M-2I............................................................................. ............... 1%%ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA A FORMI'A ERIRA............................................................... .1"$ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA A ÁRVORE 'ENEAL-'ICA....................................... ...........1"$OONRON ME)I PARTE DO C!U PARA O MUNDO.................................................... ......1"$OONRON ME)I TORNA0SE O 'RANDE C#EFE DE ILA7E OO............................. ......1"6ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA APON PARA SER POSS%VEL TRA3ER PA3 A IF! UANDOESTAVA EM 'RANDE CONFUSÃO.............................................................. ................ ......1"*

 A SALVAÇÃO DE AERI5A7E.................................................................................... ........1"*O MAU DESTINO DA COROAÇÃO DE ADE'UA7E................................................... ........1"*

CAPÍTULO 'I' ) IRO*UN)M-2I ............................................................................................ ........ 1%ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA TODAS AS DIVINDADES ANTES DELAS PARTIREM DO C!UPARA A TERRA....................................................................................................... .............1"8ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA O CROCODILO......................................... .............. ..............1"9ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA O PEI4E E O RATO PARA OS MULTIPLICAR................ ......1"9IROSUN0ME)I VEM PARA O MUNDO......................................................................... ........1$IROSUN0ME)I FE3 DIVINAÇÃO PARA MIN#OCA............................................................. .1$1IROSUN 0 ME)I COMEÇA UMA NOVA VIDA NA TERRA ................................ ................ ...1$"

 A BENEVOL(NCIA DE IEROSUN0ME)I.................................................................. ............1$$ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA AIRO5OSEBO E A RAIN#A MÃE DO TRONO DE BENIN.. .1$&COMO IEROSUN0ME)I OBTEVE POPULARIDADE COM MA)ESTADE............................1$6ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA OLO5U DE O5U ........................................................... ......1$6ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA AS VENDEDORAS DE EO E AR DE ODERE..............1$*

IFÁ 0 ALLA7E TOMA A COROA DE ODERE.......................................................... ..............1$*O ÚLTIMO TESTE PARA IROSUN0ME)I..................................................... ................ ........1$8

CAPÍTULO '' ) O5ANRIN)M-2I ........................................................................ ................. ........ 1&O5UANRIN ME)I SE PREPARA PARA VIR AO MUNDO........................................ ...........1$9O5ANRIN ME)I AMARRA AS MÃOS DOS SEUS INIMI'OS............................. ................1&

 A E4PERI(NCIA DE O5ANRIN0ME)I COMO UM COMERCIANTE........................... ........1&2O5ANRIN0ME)I TESTA SUAS MÃOS NA A'RICULTURA........................................... ......1&"O5ANRIN0ME)I ASSUME UMA NOVA ESPOSA...................................................... ..........1&&O5ANRIN0ME)I P<S EM 4EUE AS MAUINAÇ=ES DE SEUS INIMI'OS................ ...1&6O5ANRIN0ME)I NO LIMIAR DA PROSPERIDADE......................................... ................ ...1&6O5ANRIN0ME)I SE TORNOU FAMOSO POR MEIO DE SEU FIL#O................................1&*O ÚLTIMO MAIOR TRABAL#O DE O5ANRIN0ME)I 0 ELE SALVOU A ESPOSA FAVOR%TADO OLOFEN DAS TRAMAS MAL!FICAS DE SUAS COMPAN#EIRAS............................1&8

ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA DUAS ESPOSAS DO MESMO MARIDO...............................1&9CAPÍTULO ''I ) 6/NDA)M-2I + -2I)O4O + 6/NDA 2A M-2I .......................................... ..... 1$"OS TABAL#OS CELESTES DE >'ÚNDA0ME)I......................................................... ........16"ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA A BOA............................................................ ................ ........16$ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA ODE..................................................................... ............... ...16&E)I0OO SEDU3 A ESPOSA DA MORTE................................................................... .........166

 A SE'UNDA ESPOSA DE E)IOO..................................................................... ................168E)IOO FO'E DO C!U PARA A TERRA................................................................. ...........169ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA O7I................................................................................... ......1*E)IOO SE INSTALA NA TERRA.................................................................... .............. ......1*1

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>'ÚNDA0ME)I CURA A ESTERILIDADE DAS ESPOSAS DO OLOFEN........................ ...1*"ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA A'UOFENIA O FOSSO CAÇADOR....................................1*8ELE TAMB!M FE3 DIVINAÇÃO PARA DOIS PESCADORES:........................ ................ ...1*9COMO >'ÚNDAME)I RECEBE O CODNOME DE >'ÚNDA0)A0ME)I.......................... ...1*9SEUS SUBRO'ADOS TOMARAM CONTA DA DIVINAÇÃO PARA O PR%NCIPE #ERDEIRODO REINO DE BENIN.................................................................................................... ......1*9

ELE AU4ILIOU O POVO DE O7O EM SUA 'UERRA COM ILES#A.............................. ...18>'ÚNDA0ME)I PARTE PARA O C!U................................................................ .............. ...181CAPÍTULO ''II 8 O*AM-2I.................................................................................. ............... ........ 1&

ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA O AL'ODOEIRO............................................. ................ ......18&OSAME)I SE PREPARA PARA VIR AO MUNDO............................................................... ..18&O NASCIMENTO DE OSAME)I.......................................................................... .............. ...186+,U FINALMENTE RECEBE SEU BODE DE OSAME)I.................................................... .188

 AS FEITICEIRAS DESCOBREM A VERDADE................................................ .............. ......189OSAME)I FA3 DIVINÇÃO PARA OS DE3ESSEIS OBA............................................. .........19OSAME)I ! ACUSADO DE SER UM FEITICEIRO................................................... ...........19OSAME)I DESCOBRE A CAUSA DOS SEUS PROBLEMAS........................................... ...191OSAME)I FINALMENTE A)USTA SUAS CONTAS COM A FEITIÇARIA COM UMCONV(NIO....................................................................................................... ................ ...191

CAPÍTULO ''III ) -TURA)M-2I .......................................................................... ................. ........ 19&ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA O AMENDOIM................................................................... .....19&FE3 DIVINAÇÃO PARA O #OMEM BRANCO UANDO ELE ESTAVA ANSIOSO PARASABER COMO PRODU3IR UM SER #UMANO VIVO.......................................... ..............19&ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA A SINCERIDADE E PARA A FALSIDADE........................ ......196OTUME)I PARTE DO C!U PARA A TERRA.............................................................. ..........196OTUME)I ABRE CAMIN#O PARA A PROSPERIDADE VIR PARA O MUNDO...................199

 A OR%'EM DO 'OLPE DE ESTADO CONTRA ANTI'UIDADE? AUTOR%DADE.......... ......199OTUME)I VAI AT! IMODINA PARA AU4ILIAR OS IMOLES............................................. ...21OTUME)I VAI A IMEA.......................................................................................... ..............2"

CAPÍTULO ''I# 8 IR-T-)M-2I + -2I)-D- + -2I)-L-M-R- ................................. ......... .............. !"(EDI ELEMERE REVELA COMO ỌRÚNMÌLÁ BATAL#OU POR PROSPERIDADE EMFAVOR DE SEUS SE'UIDORES............................................................................ ............2&E)I ELEMERE VEM PARA O MUNDO......................................................................... ........2*

SUCESSO DEPERTA A INIMI3ADE PARA E)I ELEMERE............................................ ......21$COMO O BODE SE TORNOU O ALIMENTO BÁSICO DE +, ...................................... ...21&

 A DIVINAÇÃO PARA 7E7E OLOMO MEFA MÃE DE SEIS FIL#OS.................................216CAPÍTULO ''# 8 -4A)M-2I ............................................................................................ ............ !17

ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA O 'ATO.......................................................... ............... ........218EAME)I SE PREPARA PARA VIR AO MUNDO.................................................... .............218EAME)I PARTE PARA TERRA......................................................................... .............. ...218EAME)I 'AN#A UMA COROA...................................................................................... ....219POEMA PARA CORRI'IR OS TRAÇOS DIF%CEIS DE EAME)I....................... ................219

CAPÍTULO ''#I 8 -TURU4PON)M-2I+ OLO3ON)M-2I .............................................. ............ !!1OLO'BON FE3 DIVINAÇÃO PAR EUN E PARA IFAA O TI'RE E O 'ATO DO MATO 221ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA E'#ERUN O PÁSSARO MAIS BONITO NO C!U BEM COMOPARA O U'UN OU ABUTRE............................................................................... ................222

ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA O CAÇADOR COM UMA ESPOSA TEIMOSA.......................22$OLO'BON0ME)I PARTE DO C!U PARA A TERRA............................................ ................22$ELE SEDU3IU A ESPOSA DE >'ÚN............................................................................ ......22&COMO >RÚNMÌLÁ DEI4OU O MUNDO..................................................... ................ ........22&

CAPÍTULO ''#II 8 O*-)M-2I ......................................................................................... ............. !!$ ATIVIDADES DE OSEME)I NO C!U........................................................................... ........228OSE0ME)I PARTE PARA A TERRA..................................................................................... .2"OSEME)I ASSUME A ARTE E A PRÁTICA DE IFÁ.......................................... ................ ...2""ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA AIN7ELE DE I5ERE.............................................. .............2""

 A EST-RIA DE MÁ SORTE DE OLOOSE..................................................................... ....2"$

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 A DIVINAÇÃO PARA OLUBADAN DE ÌBDN............................................. ................ ......2"&ELE FE3 DIVINAÇÃO PARA OLOÚN........................................................................ ........2"&

 A E4PERI(NCIA PESSOAL DE OSEME)I......................................................... .............. ...2"6OSEME)I VIVEU MUITO MAIS UE UALUER OUTRO OLODU..................................2"6

CAPÍTULO ''#III 8 OUN 8 M-2I ............................................................................................. ... !%7OFUNME)I REVELA UANTO TEMPO DEUS LEVOU PARA COMPLETAR SUA CRIAÇÃO

........................................................................................................................ ............... ......2"*COMO O PAPA'AIO SE TORNOU UM S%MBOLO DE NOBRE3A....................... ..............2"8ỌRÚNMÌLÁ CONVERTE A AUTOR%DADE DE TODAS AS OUTRAS DIVINDADES PARA S%MESMO......................................................................................................................... .......2"9OFUNME)I PARTE PARA A TERRA.................................................................. ............... ...2$O NASCIMENTO DE OFUNME)I........................................................................................ .2$OFUNME)I RETORNA PARA O C!U............................................................. ............... ......2$1OFUNME)I RETORNA PARA O C!U............................................................. ............... ......2$2

 A OR%'EM DA FRATERNIDADE SECRETA.................................................................. ......2$2 A SE'UNDA VINDA DE OFUNME)I PARA TERRA................................... ................. ........2$" A DIVINAÇÃO PARA ORAN'UN E A>'ÚN............................................... ................ ......2$"DIVINAÇÃO PARA A'ANBI; A MUL#ER EST!RIL DE IF!......................................... ........2$$

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INTRODUÇÃO 

A filosofia de Ifá é uma das mais antigas formas de conhecimento revelada a humanidade.Infelizmente as revelaçes de !r"nm#lá$ t%m desde o in&cio dos tem'os$ sido escondidas no mais

com'leto sigilo e a(ueles (ue 'oderiam dis'or de tem'o e 'ossuir horas de folga 'ara ad(uiri)los$n*o tinham recursos de ir atrás deles. +udo o (ue sa,emos ho-e de Ifá$ tem sido 'assado de geraç*oem geraç*o. uito do (ue o 'ovo conhece so,re Ifá é tam,ém revelado/ até mesmo ho-e em dia$ 'elo 'r0'rio !r"nm#lá$ 'or(ue ele regularmente surge 'ara seus seguidores em sonhos$ 'ara ensiná)los o (ue é necessário sa,er so,re sua o,ra. conhecimento de Ifá tem so,revivido essencialmente 'ela tradiç*o oral de um sacerdote de Ifá 'ara outro. enhum esforço consciente tem sido feito 'ara 'u,licar a o,ra de !r"nm#lá com'leta 'ara o '",lico consumidor. Até os sacerdotes de Ifá entreeles$ s*o fre(entemente relutantes em com'artilhar conhecimento 'or temor (ue se o mesmo setornar de dom&nio '",lico$ a fachada m&stica oculta a (ual eles o'eram será destru&da. Isto n*o étotalmente sua falta$ 'or(ue levaram 'elo menos 21 anos de a'rendizado 'ara 'roduzir umsacerdote eficiente.

as 'elo fato (ue este tra,alho era diretamente ins'irado 'elo 'r0'rio !r"nm#lá$ n*o seria fácil 'ara ninguém dis'or de tem'o$ esforços e dinheiro$ 'ara iniciar desta maneira numa aventurainterminável. A(uilo é dizer (ue a sociedade de Ifá chamada conhecimento é interminável$imutável e imortal. er)se)á de suas revelaçes (ue !r"nm#lá$ em,ora a mais nova de todas asdivindades criadas 'or eus$ era verdadeiramente a 'r0'ria testemunha de eus (uando começou acriar outras su,stncias orgnicas e inorgnicas. 7ste é o 'or(ue de ser consultado como o 8l9ri:'in. ;omente ele conhece a verdadeira natureza e r&gem de todos os o,-etos animados ouinanimados criados 'or eus.

7ste conhecimento tem lhe dado desta maneira incom'aráveis 'oderes (ue fazem)no o maiseficiente de todos os adivinhos$ (ue eram as 'rimeiras criaturas de eus.

;eus seguidores (ue s*o ca'azes de alcançar algo do conhecimento conse(entemente controlamenorme 'oder o (ual tem muitas vezes confundido muito em chamando na magia ou fetiche.

<or outro lado = e>'ress*o ?I@B encerra as revelaçes$ estilos devida$ e religi*o ensinada 'or!r"nm#lá. 7ste é o 'or(ue de ser fre(entemente dito (ue !r"nm#lá é a divindade mas Ifá é sua 'alavra.

sacerdote de Ifá é o 'edaço da ,oca de !r"nm#lá e até com'arativamente recentemente$ ele era oei>o em torno do (ual a vida diária da comunidade girava. a(ueles dias era res'eitável ira,ertamente até ele 'ara ,uscar soluç*o 'ara os 'ro,lemas da vida. Atualmente tem se tornadomoda consultar um sacerdote de Ifá em segredo a,soluto e furtivamente.

+r%s fatores t%m sido os res'onsáveis 'or esta es'etacular mudança de atitude.

'rimeiro é a chegada da civilizaç*o moderna e a educaç*o trazida desta forma. A segunda é ades'0tica influ%ncia das religies modernas as (uais eram usadas 'ela es'écie humana como armas 'ara con(uistas n*o a'enas das mentes mortais$ mas tam,ém 'ara manifestamente am,içes deterrit0rio.

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terceiro é o im'acto agregado das duas 'rimeiras forças. As crianças dos sacerdotes de Ifá$ n*omais dese-am ser associadas com a religi*o e ao modo de vida de seus 'ais$ aos (uais eles re-eitamcomo su'erstiçes 'ag*s.

uitos sacerdotes de Ifá dotados de ,rilhante conhecimento te0rico e 'rático do oráculo$ t%mmorrido n*o restando nada gravado de suas ri(uezas de conhecimento e e>'eri%ncia. volume delivros os (uais eu estou 'restes a me lançar s*o uma tentativa 'ara dei>ar um relato hist0rico dagrande o,ra de !r"nm#lá.

7les se destinam a 'rovocar de,ates 'ara o enri(uecimento do conhecimento de modo (ue asgeraçes vindouras conhecer*o so,re !r"nm#lá e seu acesso 'ara religi*o$ em tem'o$ ser orgulhoso 'or estar associado com ela. 7ste tra,alho se designa tam,ém 'ara assistir a estudantes da filosofiade Ifá na o,tenç*o mais 'rofunda do conhecimento o Ifismo$ t*o ,em (uanto gerar interesse nele.

+am,ém irá 'rover assist%ncia 'ara a(ueles (ue foram iniciados na religi*o $ mas (ue continuam aduvidar da veracidade da conce'ç*o inteira de !r"nm#lá.

@re(entemente (uando uma 'essoa vai a um sacerdote$ ele conta 'ara seu cliente os encantamentos

do !du es'ec&fico (ue se a'resentou 'ara ele. e'ois disso ele 'rescreve os sacrif&cios a seremfeitos sem 'reocu'ar)se em narrar ao (uestionador a hist0ria fundamental do sacrif&cio (ue ele está 'edindo 'ara fazer. 7les o fazem 'or (ue acreditam (ue a mente n*o iniciada n*o irá entend%)los.

cliente começa a (uestionar se o sacrif&cio é ou n*o relevante.

;e ele faz ou n*o o sacrif&cio$ torna a re'utaç*o do sacerdote de Ifá incerta e n*o as suas convicçesda necessidade disto. ais im'ortante é uma tentativa 'ara fazer a religi*o se classificar comomuitas religies novas$ como o -uda&smo$ cristianismo$ ,udismo e islamismo. 7stas outras religiestinham a vantagem da documentaç*o anterior. Duanto ao mais$ n0s veremos (ue Ifá é muito maisrico e mais antigo cor'o de conhecimentos.

E im'ortante notar (ue todavia este tra,alho n*o coloca reivindicaçes (uais(uer (ue se-am 'orconta com'leta da religi*o de Ifá. F dito (ue ninguém 'ode sa,er no total a ,ra com'leta de!r"nm#lá. 7ste tra,alho é 'ortanto o in&cio$ e a 'es(uisa continuará durante toda a vida do autor.7s'era)se (ue ela será atualizada de tem'os em tem'os tendo em vista a aus%ncia de 'es(uisas erevelaçes adicionais.

<or outro lado$ o escritor es'era com esses volumes de dezessete livros no todo$ desmistificar afilosofia da Geligi*o de Ifá. Hontrário a todas as a'ar%ncias e>ternas$ n*o há nada mágico so,re Ifá.A arte é análoga ao tra,alho de astrologia. :m astr0logo conta o futuro de um homem lendo ocom'ortamento das estrelas (ue estavam no céu na é'oca em (ue a 'essoa nasceu. o mesmo -eito(uando uma criança nasce$ os instrumentos 'rinci'ais de divinaç*o de Ifá s*o usados 'arasensi,ilizar sua ca,eça e escutá)la. instrumento irá declarar o nome do !du (ue é sua estrela guia.

sacerdote de Ifá irá ent*o revelar a hist0ria da vida do !du (ue surgiu 'ara ele e 'ode 'roclamarcom cem 'or cento de certeza (ue a vida da criança irá tomar alguns caminhos (ue a'arecem no!du. F uma coisa (ue acontece (uando o !du 'articular surge no -ogo (uando uma 'essoa éiniciada na religi*o de Ifá e na sociedade secreta g,oduJ.

<or e>em'lo$ se a cerimKnia do nome ou durante a iniciaç*o em ifá $ 7-iog,e é o !du (ue surgir $ a 'essoa 'ode convenientemente ser informada de (ue sua hist0ria de vida seguirá o caminha da vidade 7-iog,e.

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;e 'or e>em'lo o iniciado é negro e de estatura média$ ele 'ode ser informado (ue se ele é ca'az deseguir os Mto e eNO de 7-iog,e ele certamente 'ros'erará na vida e dis'ensará sua vida em serviçoshumanitários. ;e 'or outro lado = 'essoa é clara ou ,ai>a$ ele 'ode ser informado (ue ele n*o será 'rovavelmente muito 'r0s'ero a menos (ue consulte seu Ifá e e>ecute sacrif&cios es'eciais 'araremover os o,stáculos (ue 7-iog,e tinha em circunstncias similares. este caso 7-iog,e tinharetornado 'ara o céu 'ara se recu'erar antes da fortuna lhe sorrir na terra.

 o mesmo -eito$ se algum !du 'articular surgir no -ogo $ o sacerdote vai recomendar a 'erguntar seé 'ara realizar algum sacrif&cio e>ecutado 'elo !du em tais circunstncias. ;e o -ogo revelar (ue amorte da 'essoa é iminente$ o sacerdote sim'lesmente informará a 'essoa 'ara fazer um sacrif&cio(ue !r"nm#lá foi informado a fazer $ e o (ual ele recomendou a outros fazerem a fim de evitar o 'erigo da morte 'rematura em circunstncias similares.

F razoável imaginar 'ela análise anterior (ue longe de uma vida de mágico$ o sacerdote de Ifá ésim'lesmente um há,il intér'rete. Hontanto ele 'ode desenvolver uma mem0ria retentiva$ desde(ue a mair&a n*o 'ode ler e escrever$ ele tem somente (ue relatar os 'ro,lemas de um cliente comuma situaç*o corres'ondente ao (ue ocorreu a milhares ou milhes de anos atrás$ 'ara revelar 'ro,lemas constantes em uma informaç*o de ho-e e colocá)los na forma a'ro'riada. 7stas

consideraçes da o,ra de !r"nm#lá s*o uma tentativa de au>iliar os n*o iniciados$ ,em como osne0fitos$ a serem ca'azes de inter'retar as revelaçes de Ifá 'or eles mesmos$ a fim de 'erce,er (ueo sacerdote tenta fazer no discurso de sua 'rática a arte de Ifá.

E im'ortante o,servar do in&cio (ue !r"nm#lá n*o 'rocura 'ela convers*o dos fiéis. 7sta é umareligi*o do indiv&duo$ o (ual n*o confia na im'ortncia dos n"meros 'ara so,reviv%ncia. o in&cio!r"nm#lá ensina (ue a melhor maneira de com'reens*o é 'rezando seus conhecimentos$ o (ue écom'letamente eficaz 'ara seu tra,alho e 'ara a melodia de sua m"sica.

CAPÍTULO I A PR-COC- A**OCIAÇÃO DO AUTOR COM R/NM0L

<ara um homem (ue nasceu em uma fam&lia crist*$ ,atizado com o nome de Hlemente$ econfirmado com o nome de Pose'h na igre-a cat0lica$ e (ue nos 'rimeiros estágios de vida$ atémesmo contem'lei uma curta 'assagem no sacerd0cio$ é dif&cil imaginar como o escritor comosucedeu uma religi*o ?'rimitivaB como Ifá$ ou Ifismo. Isso talvez vai indicar a força atrativa (ue areligi*o tradicional de Ifá tem nas mentes de seus seguidores.

eu 'ai a'osentou)se como servidor '",lico na idade de 4L anos em 1Q51 a'0s o (ue ele ocu'ouna agricultura e 'ol&tica. as Ifá atraiu tornando)se assim t*o forte (ue ele eventualmente desistiuda agricultura 'ara um estudo inde'endente da ;ociedade Geligiosa de Ifá. Ro-e em 1QL3$ ele é ume>'eriente sacerdote de Ifá. 7u sem're discutia com ele (ue ,ordava a indol%ncia 'ara refugiar)sedeste modo no ?fetichismo id0latraB. 7le sem're res'ondia zom,ando de mim com a o,servaç*o(ue numa é'oca$ eu mudaria minha o'ini*o. 7ntretanto$ todo tem'o eu via 'essoas vindoagradec%)lo 'or salvar suas vidas$ das suas crianças e outros mem,ros de suas fam&lias ou 'or t%)losa-udado a 'revenir uma catástrofe (ue deles estava se a'ro>imando$ eu comecei a (uerer sa,er sehavia verdadeiramente algo miraculoso so,re esta a'arente religi*o mundana.7u tenho visto entusiásticos crist*o e muçulmanos vindo a ele e seus colegas 'ara au>iliar. 7u ve-o 'essoas vindo v%)lo de lugares distantes e 'r0>imos$ 'or(ue eles diziam (ue a n*o ser (ue elesfizessem assim num altar de Ifá$ eles n*o estariam livres de suas afliçes.

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7u tam,ém tenho visto deste mesmo modo 'essoas retornando dias$ semanas ou meses de'ois 'arae>'ressar 'rofunda gratid*o.

Hontudo eu estava sossegado demais na 'rática do cristianismo 'ara 'roferir algum 'ensamento 'ositivo deste crescimento contem'orneo. *o há contradiç*o no fato (ue eu estava começando ame 'erguntar so,re certas (uestes. Duando eu me a'osentei do serviço '",lico em 1QLS$ eu decididesco,rir mais so,re esta religi*o e uma irresist&vel ,usca 'or res'ostas a várias 'erguntas (ue ohomem tem tentado res'onder através dos anos. Dual é atualmente o relacionamento entre eus e oRomemT Dual é o relacionamento entre o céu e a terra e (ual é o relacionamento entre o homem eas divindades.

7u dese-ava de (ual(uer modo narrar o es'etacular 'rogresso t*o logo a'0s minha a'osentador&a doserviço '",lico em 1QLS. Ravia um homem UorV,á em seus noventa anos (ue tinha estadoassociado com meu 'ai desde minha infncia$ mas (ue eu n*o tinha visto 'or mais de onze anos.;eu nome é Hhefe !,alOlá$ ele mesmo um e>&mio sacerdote de Ifá em toda sua vida.

:m dia eu estava com'rando materiais 'ara reformar minha casa em Wenin$ (uando este senhor

a'ro>imou)se de mim e eu me a'ressei em cum'rimentá)lo.

7le 'erguntou so,re meu 'ai e eu informei o (ue ele estava muito ,em. 7le ent*o me 'erguntou seeu estava hos'edado em Xagos e eu informei (ue em,ora eu tivesse me a'osentado do serviço '",lico$ eu estava entretanto morando em Xagos. Huriosamente$ ele 'erguntou se eu -á entendia oidioma UorV,á e eu confirmei (ue a'esar de ter vivido em Y,=d=n e Xagos desde 1Q5Q$ eu até agoran*o falava uma sentença em UorV,á.

7le ,alançou sua ca,eça sim'atizando comigo. 7u o informei (ue eu n*o tinha necessidade destasim'atia desde (ue n*o estava me fazendo muita falta o n*o conhecimento da l&ngua UorV,á e (ueneste caso eu tinha uma es'osa UorV,á (ue 'oderia su'rir esta lacuna.

e'ois de uma 'rofunda refle>*o$ ele me informou (ue desde o tem'o em (ue eu era criança$ eletinha informado ao meu 'ai (ue !r"nm#lá tinha uma tarefa es'ecial 'ara mim$ e (ue ele lamentavana(uele dia$ 'ois !r"nm#lá tinha informado (ue se eu tivesse com'reendido sua linguagemUorV,áJ ele teria feito grandes coisas através de mim. 7u 'erguntei o (ue neste mundo !r"nm#láes'erava fazer 'or meu intermédio$ (uando eu nem mesmo acreditava nele. Duando estava saindo$disse)me 'ara olhar 'ara fora com cuidado de modo (ue eu n*o tivesse (ue estar entre o dia,o e omar azul 'rofundo$ antes de a'reciar o lugar de !r"nm#lá em minha vida.

Duando eu cheguei em casa$ contei ao meu 'ai o (ue o Hhefe !,alOlá me informou$ e eleconfirmou (ue eles tinham discutido o assunto constantemente desde (ue eu tinha oito dias de vida$(uando fizeram minha cerimKnia de nomeaç*o 'or meio da religi*o de Ifá.

Duando eu me a'osentei voluntariamente em março de 1QLS$ aos 45 anos$ eu desco,ri ra'idamentemais tarde (ue eu n*o tinha muito a fazer 'ara me manter ocu'ado$ desta forma decidi escrever umlivro de Rist0ria 7conKmica da igéria entre 1Q6S e 1QLS. 7u mal tinha andado um (uinto docaminho escrevendo o livro (uando a atraç*o 'or Ifá se tornou muito forte 'ara (ue eu ignorasse.7u n*o acreditava em mistérios e milagres$ mas confesso (ue em 1QL1 eu n*o 'ensava em algumaoutra coisa e>ceto como fazer outras 'essoas conhecer os segredos da Geligi*o de Ifá.

7u tenho entretanto desco,erto (ue n*o há nenhum mistério na religi*o de Ifá. F -usto (ue seuconhecimento tenha sido guardado 'or muito tem'o dei>ado nos cére,ros dos iletrados homens

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mais velhos$ (ue tendo gasto in"meros anos a'rendendo so,re o Ifá$ n*o s*o suficientementeafiados 'ara dividir com o conhecimento$ e>ceto a(ueles (ue 're'arados 'ara se su-eitar ao 'rocesso da a'rendizagem (ue tam,ém ir*o atravessar. esde (ue eu desco,ri (ue 'ara se tornar umsacerdote de Ifá$ o estudante tem (ue se tornar virtualmente em um servo)a'rendiz 'or alguma coisaentre 2S e 3S anos.

7m 'rimeiro lugar$ havia um ;r. WaZo IfaniZi$ um homem i[ale de de Irele no estado de ndo$(uem eu encontrei em 1Q6C (uando um 'arente o trou>e em minha casa 'ara a-udá)lo$ garantindoum tra,alho humilde 'ara fazer na fá,rica. <osteriormente eu o introduzi na Ind"stria 7n'ee Xtd.em Ilu'e-u$ Xagos$ onde ele fora em'regado como o'erador de má(uinas. 7le fez a(uele serviço 'ordois anos de'ois do (ue ele desistiu$ sem (ue eu sou,esse na é'oca 'or(ue ele desistiu do em'rego.Herca de sete anos de'ois ele me visitou em com'anhia de 'arentes (ue o trou>eram em 'rimeirainstncia até mim. 7u lhe dei ,i (ue ele a,riu e começou a falar divinando através do mesmo. eum modo im'aciente com sua es'ontnea leitura da sorte eu disse a ele 'ara comer seu o,i e tomarsua cerve-a (ue eu havia lhe dado e ir em,ora. 7le contudo disse uma ou duas coisas ) eu n*o lhedaria total atenç*o ) mas (ue se manifestaria com (uest*o de dias. :ma semana de'ois$ eu informeiao meu 'rimo so,re a visita e ent*o fui informado (ue ele tinha dei>ado seu tra,alho na fá,rica 'or(ue \r"nm#lá o (ueria 'ara a 'rática de Ifá em todo tem'o fundamental.

7le era a 'rimeira 'essoa (ue eu convidava 'ara me falar de !r"nm#lá (uando o chamado veio amim em 1QL1.

+am,ém recordei de outro -ovem (ue eu encontrei em 1Q6Q$ r. Idahosa Imasuen de Wenin. 7uviria a ter conhecimento de'ois (ue meu 'ai 're'arou meu 'r0'rio Ifá 'ara mim em 1Q44 (uandoeu estava no segundo ano 'rimário no ensino fundamental. +udo (ue eu 'osso relem,rar da(ueleincidente é (ue eu de re'ente me tornei inválido e n*o mais 'odia ficar em 'é so,re meus dois 'és.<or volta de seis semanas$ eu era um inválido$ andando de (uatro 'or toda 'arte em meus -oelhos.eu 'ai rece,eu um 'a'el de seu escrit0rio e me levou 'ara ver um médico ,ranco do Ros'ital]eral na Hidade de Wenin. 7u acho (ue o seu nome era r. ;tevenson$ (ue me e>aminou e sugeriu(ue eu deveria ser levado a Xagos 'ara e>ames médicos a'ro'riados. inha m*e n*o aceitou esta

idéia de minha ida a Xagos 'ara tratamento 'or medo de me am'utarem as 'ernas.

7u tinha me tornado muito irritável 'or (ue eu amava minha vida em sala de aula e minha 'artici'aç*o como um coroinha na igre-a cat0lica. 7u tam,ém era demasiadamente afeiçoado asminhas liçes de cate(uese so, as ordens do Irm*o Pames e <ius.

7u estava com saudade da(uelas 'e(uenas tarefas divertidas$ assim eu tam'ouco 'odia andar até aescola nem a igre-a. 7u n*o estava em 'osiç*o de 'artici'ar de alguma atividade escolar ou crist*.

7u tenho vaga lem,rança do (ue aconteceu de'ois$ eu tinha estado doente 'or e>atas seis semanas.eu 'ai tinha convidado alguns velhos homens (ue vieram a sua casa 'ara 're'arar algumassementes 'retas as (uais eles colocaram em uma ca,aça e encheram)na de 0leo e eu fui chamado

na(uele (uarto.

7u n*o 'osso me recordar totalmente o (ue aconteceu de'ois disso$ nem eu sei tudo o (ue tinhamfeito comigo. as eu 'osso relem,rar (ue mais tarde na(uela noite$ eu fui ca'az de 'ermanecerso,re os meus 'és novamente e andar 'ara fora da casa 'ara urinar. 7u 'orém n*o estava totalmentedes'erto$ assim sendo eu n*o 'rovo(uei nenhum alarme so,re a mudança em minha condiç*o f&sica.

 a manh* seguinte eu levantei normalmente e andei até o (uarto de meus 'ais 'ara lhes dar meutradicional ,om dia. 7les estavam sur'resos 'or me ver de volta so,re meus 'és. 7le resmungou

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alguma coisa (ue eu n*o com'reendi totalmente$ mas eu estava a'to a ir novamente 'ara a escolana(uela manh* e n*o tive reca&das desde ent*o.

Hontudo em 1Q55$ eu dei>ei o ensino secundário e estava tra,alhando na ^arri$ e ainda um cat0lico 'raticante. 7m agosto da(uele ano$ eu tive um ata(ue de malária. @ui tratado com ta,letes dee'acrine e ta,letes antimalária 'o'ulares e dis'on&veis na(uela é'oca. @oi um r. 7ze[Ne (uemme tratou. A malária 'ersistiu 'or alguns dias e (uando se tornou séria$ eu ca& doente 'or tr%s dias.7u estava na é'oca morando sozinho como um -ovem solteiro na Gua ]inuNa n_ 4 em ^arri. :matarde$ meu tutor em ^arri$ r.^ilfred sunde$ enfermeiro su'erintendente na radiografia noRos'ital geral de ^arri$ me visitou e me a'oiou em um 'e(ueno a-uste incKmodo. 7le 'erguntou seeu tinha tomado os medicamentos dados a mim no hos'ital e eu res'ondi afirmativamente. 7le meadministrou (uatro ta,letes de uma vez e se foi. Xogo de'ois (ue ele me fez tomar e saiu$ eucomecei a trans'irar 'rofusamente e logo me senti melhor. inha tem'eratura caiu e a fe,re tinhaa'arentemente cessado.

7ra um sá,ado e eu fui ca'az de ligar meu fog*o 'ara 're'arar uma refeiç*o. eu antigo amigo evizinho de 'orta$ r Pose'h [uofo tinha 'lane-ado ir a Wenin (uando ele retornou de seu tra,alhona :AH na(uela tarde. <or volta da uma da tarde$ ele veio em meu a'artamento 'ara desco,rir (ual

era = distncia. endo (ue virtualmente estava ,em$ ele sugeriu (ue eu 'oderia acom'anhá)lo aWenin no final de semana -á (ue eu n*o tinha estado em casa 'or semanas.

Pá (ue eu me sentia forte o ,astante 'ara a -ornada$ e 'rontamente concordei em ir com ele.

 a(uela é'oca$ o rio lo,o entre ;a'ele e Wenin estava cheio e o trecho de estrada entre o ramal`o[o e a cidade de log,o tinha se tornado intransitável. <essoas via-ando de ^arri e ;a'ele 'araWenin nessa é'oca tinham (ue desem,arcar no ramal de `o[o 'ara atravessar o rio de canoa$ 'egarum trans'orte a motor de log,o ao Wenin. 7u ainda lem,ro (ue n0s via-amos com a namorada doPose'h$ 7liza,eth$ uma garota :rho,o. Duando o Armels nos levou de ^arri ao ramal `o[o$ n0stodos descemos e tr%s de n0s desceu a ram'a do ,arco 'ara log,o. 7u estava começando a sentirvertigens (uando n0s su,imos a ,ordo de outro ve&culo a motor 'ara log,o. 7u devo reconhecer

(ue neste dia eu n*o lem,ro o (ue aconteceu entre log,o e Wenin.

7u fui informado de'ois (ue eu estava muito 'assivo em minhas reaçes durante o resto da -ornada 'ara Wenin$ sem falar com ninguém e sem re'licar (uando falavam comigo. Hhegando em Wenin$Pose'h e sua namorada me deram ,oa noite e 'artiram. 7u devia ter andado sem rumo um ,ocado e 'eguei a direç*o da 'rimeira estrada (ue eu vi.

7u n*o recu'erei a consci%ncia até mais ou menos 1S/SSh da noite (uando eu re'entinamente meachei no meio do nada.

Duando eu vi um -ovem numa ,icicleta vindo 'ela rua$ o 'arei e lhe 'edi 'ara me mostrar ocaminho 'ara o Holige Goad n_ 4$ resid%ncia dos meus 'ais em Wenin. -ovem desceu da

 ,icicleta e me 'erguntou (ual era o 'ro,lema comigo. 7u o informei (ue estava vindo de arri maseu n*o estava me sentindo totalmente ,em desde a minha sa&da 'ara Wenin.

7m uma e>clamaç*o de sim'atia ele me informou (ue eu estava cinco milhas além de Wenin emuma vila chamada `A. 7nt*o se ofereceu 'ara me levar a Wenin em sua ,icicleta. ;0 (ue comon*o conhecia a Hollege Goad$ ele 'arou assim (ue chegou na cidade 'ara 'erguntar a direç*o efinalmente desem,arcou)me na casa dos meus 'ais 'or volta das 11/15 h. Duando eu narrei comoele me achou na vila de [a 'ara meus 'ais$ minha m*e rom'eu em lágrimas. 7les recom'ensaramo -ovem de'ois (ue lhes falou 'ara cuidar ,em de mim.

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7u dormi 'rofundamente na(uela noite$ contudo eu tive novo surto de alucinaçes no dia seguinte.7stava novamente claro (ue eu estava sofrendo de 'aran0ia 'sic0tica es'asm0dica. esde (ue euestava doente e de licença 'or tr%s dias$ e (ue e>'irava na se>ta)feira 'recedente$ eu tinha (ueretornar a ^arri no domingo e ao doutor. inha m*e me acom'anhou a ^arri no domingo. amanh* seguinte minha m*e me acom'anhou até o hos'ital aonde ela fez um a'elo emocionado 'arame dei>ar uma semana em licença$ 'ermitindo)a me levar de volta a Wenin 'ara cuidadosade(uados. doutor se sentiu insultado e instruiu (ue eu deveria ser hos'italizado imediatamente 'ara o,servaç*o e tratamento. @ui dei>ado em uma cama no Ros'ital ]eral e amostras do meusangue foram tiradas 'ara o recente 'atologista I[omi.

7le diagnosticou (ue era o (ue mais tarde se chamou ?e'acrine <sZch\sisB. <elas 'r0>imas tr%ssemanas$ eu estava rece,endo tratamento no hos'ital com muito 'ouca ou nenhuma mudança emminhas condiçes. eu 'rimo e guardi*o ent*o fez um a'elo es'ecial ao doutor 'ara me li,erar 'ara tratamento tradicional em casa. Gelutante$ r.7ze[Ne concordou em colocar)me em licença 'or duas semanas e me informou 'ara voltar a se re'ortar a ele no fim deste 'er&odo.

inha m*e e eu via-amos de volta 'ara Wenin imediatamente. a chegada em casa$ meu 'ai meinformou (ue ele tinha com'letado minha cerimKnia de Ifá imediatamente$ 'or(ue !r"nm#lá disse

estar lamentoso 'or ter ficado 'or muito tem'o dentro do 0leo ) onze anos 1Q44  a 1Q55J. 7u devoconfessar (ue eu n*o tinha idéia do (ue ele estava falando. urante minha hos'italizaç*o ele tinhamais uma vez convidado o velho (ue 're'arou o estágio inicial da cerimKnia de Ifá. 7le me revelou(ue o velho tinha lhe dito (ue !r"nm#lá me 'erseguia no mundo 'or causa do 'ro,lema de máca,eça e (ue eu estava destinado a 'agar na terra 'or n*o reconhecer sua im'ortncia em minhavida. eu 'ai me disse (ue tudo foi assentado e (ue a cerimKnia era 'ara iniciar imediatamente.

+udo a(uilo era ]rego 'ara mim 'or(ue eu o recordo falando (ue se ele (ueria comer carne$ eucom'raria uma ca,ra 'ara ele a,ater mas n*o me falaria coisa alguma so,re algumas sementes 'retas -u-u (ue tinham ficado 'or t*o longo tem'o dentro de uma ca,aça com 0leo. <erdi a mem0rianovamente 'or algum tem'o e (uando recu'erei a consci%ncia$ meu ca,elo tinha sido ras'ado como 'arte da cerimKnia. velho (ue eu reconheci de'ois ser um sacerdote de Ifá$ estava -unto na sala de

visitas com meu 'ai e eles começaram a me contar so,re meu 'assado$ 'resente e futuro. 7lesmencionaram o meu nome iniciático e me disseram (ue minha vida ia em conformidade com a vidada(uele assentamento. @oi na(uele momento (ue eu comecei a acom'anhar o resto da cerimKnia$ ee>atamente sete dias de'ois fui 'ara ^arri. 7stava me sentindo suficientemente ,em 'ara voltar aotra,alho.

Duando eu retornei sozinho nesta é'oca 'ara visitar o r. 7ze[Ne$ eu era ca'az discursar de forma 'erfeita e inteligente com ele mais uma vez. 7le riu e mais tarde disse ao meu 'rimo (ue a medicinatradicional tinha o'erado maravilhas. Xogo de'ois estava de volta ao tra,alho e n*o tendoalucinaçes desde ent*o.

Hasei)me em 1Q5Q e tive uma filha da(uele casamento. Hasei)me so, as ,%nç*os da igre-a cat0lica

 'or(ue até esta data n*o 'odia ter nada a fazer com este \r"nm#lá$ (ue meu 'ai mantinha com ele.Honclu&do meus estudos em :`$ eu 'ersistia 'raticando o catolicismo com minha es'osa$ (uetam,ém é de uma fam&lia cat0lica. 7m ]alsgoN$ eu era de tal maneira devoto (ue o ca'el*o dauniversidade de ]lasgoN$ Geverendo attheN ooleZ e Wisho' ^ard de ]lasgoN tornaram)sevirtualmente meus 'ais no cristianismo. 7u gastei todo meu tem'o livre na ca'ela$ e fui sem're uma-udante nas missas. 7m um determinado estágio$ 'ensei seriamente = idéia do sacerd0cio.

"nico fator (ue ani(uilou minha admiraç*o 'elo sacerd0cio era (ue eu (ueria (ue minha es'osativesse um menino em adiç*o a minha filha. as a 'rovid%ncia divina n*o nos favoreceu com outra

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criança. Getornei 'ara casa em 1Q63 e continuava 'raticando o catolicismo$ atendendo a igre-a de;anto Agostinho em ;urulere e de'ois ;anto ominic em Ua,a.

inha es'osa no entanto n*o teve outra criança e meus 'ais estavam começando realmente aaumentar a 'ress*o 'ara eu 'egar uma segunda es'osa$ o (ue 'ara mim era fora de (uest*o$ sendoverdadeiro 'rinc&'io da igre-a cat0lica.

A (ue,ra veio em 1Q6Q$ (uando 'or frustraç*o 'or n*o 'oder ter mais uma criança$ 'ela im'ot%nciatem'orária$ eu (uase aca,ei com a minha vida num sá,ado = noite em agosto do mesmo ano. ssacerdotes de Ifá tinham me alertado durante o final da cerimKnia de iniciaç*o em 1Q55$ (ue se eun*o seguisse a religi*o de Ifá$ ele n*o estaria em 'osiç*o 'ara a-udar na tem'orária im'ot%nciase>ual$ (ue estava destinada a ocorrer em um estágio da minha vida.

eu 'ai me revelou (ue ele havia sido informado (uando eu tinha oito anos$ (ue eu estavadestinado a ter muitos filhos$ mas (ue !r"nm#lá n*o seria ca'az de introduzi)los se eu n*o seguisseos caminhos de Ifá.

<or outro lado$ eu 'referiria morrer a ter (ue a,andonar meu caminho crist*o.

7u fui miraculosamente salvo de me suicidar na(uele fat&dico sá,ado de agosto de 1Q6Q$ 'or voltadas tr%s da manh* (uando retornava = minha resid%ncia na 7strada 7lms$ 2$ no con-unto médico emUa,a.

Xogo (ue minha tentativa de suic&dio foi frustrada 'ela intervenç*o divina$ eu chorei 'elo resto danoite sem ter sono algum.

 a amanh* seguinte (ue era um sá,ado$ fui como de costume a Igre-a de ;to. ominic em Ua,a. aminha volta da igre-a$ eu encontrei um homem na entrada da minha resid%ncia vestido com o,-etosda realeza do Hhefe Wini. 7u lhe 'erguntei (ual era sua miss*o e ele res'ondeu (ue ele estava 'rocurando 'ela resid%ncia do antigo r. Idehen$ (uando foi enviado dos arredores de Ua,a = casa

de um homem de Wini dentro do com'osto médico$ (ue 'Kde a'ontar a resid%ncia do r. Idehen.7le se a'resentou como Hhefe Ig,inovia da Av. e['ene['en n_ L$ na cidade de Wenin.

7u o levei até minha sala de estar e lhe ofereci os tradicionais ,i e ,e,ida. Duando ele a,riu o o,ido -eito tradicional$ os -ogou no 'rato no (ual haviam sido 'resenteados e murmurou algo 'ara simesmo. esse &nterim$ eu telefonei ao r. Idehen (ue se descul'ou 'or n*o 'oder ver a(uelehomem imediatamente$ e (ue tinha um serviço a fazer na Hasa 7stado. 7le me 'ediu 'ara informarao homem (ue o veria mais tarde$ entre cinco e seis horas.

Hhefe Ig,inovia$ me 'erguntou se eu tinha !r"nm#lá e o informei (ue em,ora meu 'ai tivesse 're'arado um 'ara mim muitos anos antes$ eu era no entanto um crist*o$ como ele 'odia ver (ue euestava -ustamente retornando da igre-a com a ,&,lia e um rosário nas m*os. <ara meu total es'anto

ele tirou seu instrumento de divinaç*o de Ifá ['eleJ$ e 'erguntou lhe se era a minha casa (ue!r"nm#lá mandou)o visitar em Xagos.

+odavia eu -á tinha ouvido so,re as manhas destes ?falsos doutores nativosB. 7u comecei a me 'erguntar se ele estava vendo uma o'ortunidade de fazer dinheiro em cima de mim.

e'ois de -ogar tr%s vezes$ ele tornou a me dizer (ue se eu n*o acreditava (ue ele estava vindo 'arafalar comigo ele era o,rigado a me dar uma mensagem divina assim mesmo. 7le ent*o revelou (ueestava dormindo em sua casa na noite anterior$ (uando 'or volta das tr%s da manh* !r"nm#lá o

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acordou e lhe disse (ue uma de suas crianças estava entre a vida e a morte em Xagos e (ue eledeveria ir 'ara informá)lo 'ara retornar 'ara casa onde seu Ifá estava 're'arado$ e ,an(ueteá)lo comuma ca,ra$ s0 ent*o !r"nm#lá 'oderia revelar a causa e a cura 'ara seus 'ro,lemas de homem. 7mvista dos fatos acontecerem =s tr%s da manh*$ (uando ele su'ostamente teve seu sonho em Wenin$coincidiu com o momento em (ue eu tinha atentado contra minha vida na noite 'assada em Xagos.

iante do fato fi(uei mais interessado em sua e>'osiç*o e comecei a escutá)lo com elevada atenç*o.;em lhe revelar (ue me ocorreu na noite anterior$ ele me contou (ue (uais(uer (ue fossem os 'ro,lemas (ue eu tinha n*o eram 'rivados de soluç*o$ desde (ue eu fosse 'ara casa fazer osacrif&cio 'rescrito 'or !r"nm#lá. 7nt*o lhe 'erguntei se era !r"nm#lá a causa dos meus 'ro,lemas$ 'or ter me recusado a trilhar seus caminhos. 7le re'licou (ue !r"nm#lá n*o estava me 'unindo ouchantageando 'or se recusar a segu&)lo. 7le adicionou (ue o motivo 'or (ue !r"nm#lá insistia emser reconhecido 'or a(uele a (uem acom'anhava nesta terra $ é 'ara estar em 'osiç*o de au>iliá)lo afrustrar as ma(uinaçes maléficas dos seus inimigos.

7le tam,ém revelou (ue meus tem'orários 'ro,lemas se>uais$ 'recedidos 'or 1S anosa,solutamente sem filhos$ eram causados 'or inimigos (ue tramaram um -eito ,rusco de$ (uantomais longa e memorável a vida$ colocar um fim.

7u lhe 'rometi (ue estaria indo fazer o sacrif&cio e ele se foi. 7le recusou)se a aceitar algumdinheiro e>ceto o de seu trans'orte no valor de duas li,ras. 7u nunca mais o vi$ até 1S anos de'oisem 1QCQ$ na casa de 'arentes$ nem o tenho visto deste ent*o.

 a 'r0>ima segunda$ eu vitor&osamente solicitei 'ara sair de férias$ e imediatamente via-ei 'araWenin. <or volta de tr%s semanas antes da minha tentativa de suic&dio$ eu tinha sido totalmenteim'otente e a,solutamente inca'az de ter se>o$ am,os fora e dentro do casamento.

Hhegando em casa eu contei ao meu 'ai o (ue aconteceu e novamente ele convidou alguns dossacerdotes de Ifá (ue ainda estavam com vida$ 'ara me au>iliar na oferenda do sacrif&cio 'ara!r"nm#lá.

e'ois de t%)lo servido$ os sacerdotes se reuniram cinco dias mais tarde 'ara louvar Ifá$ 'erguntando)lhe (ual revelaç*o tinha 'ara fazer. (ue eu 'osso revelar do (ue me foi informadona(uele dia é (ue eu deveria manter meu altar de !r"nm#lá comigo se eu 'referia viver e comoestava morando em Xagos$ deveria levá)lo comigo.

Hasualmente o Hhefe !,alOlá$ (ue mais uma vez estava dis'on&vel$ me 'erguntou diretamente se euainda era um homem com'leto como eu estava ereto diante dele. 7u n*o 'odia remediar$ masres'ondi negativamente$ em,ora eu n*o tivesse discutido a(uele as'ecto dos meus 'ro,lemas 'reviamente com alguém em casa.

7le tam,ém me 'erguntou se eu tinha tentado o suic&dio e eu res'ondi afirmativamente. 7le me

assegurou (ue tendo so,revivido a a(uelas duas 'ré)destinadas 'rovaçes$ estas seriam as "ltimasneste 'er&odo$ contanto (ue eu 'arasse de negligenciar meu !r"nm#lá.

7le 'redisse uma mulher (ue eu teria um caso e ent*o ficaria grávida$ mas eu n*o aceitariares'onsa,ilidade ou tomaria susto. *o era 'ara eu tomar nenhum remédio 'ara minha condiç*o e oas'ecto sur'reendente foi (ue ele 'erguntou se minha es'osa estava 'or 'erto e eu lhe disse (uen*o. 7le ent*o me disse (ue se eu tivesse uma namorada em Wenin$ eu deveria convidá)la a dormircomigo na(uela noite. 7le me afirmou (ue !r"nm#lá lhe informou (ue eu recu'eraria minha 'ot%ncia na(uela noite. Wasta a'enas dizer (ue tudo (ue ele disse foi verdade conforme 'rediç*o.

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7u tenho tido muitas crianças entre 1QCS até o 'resente momento e minha vida tem sido umahist0ria de sucesso desde ent*o. :m dos sacerdotes 'resentes na(uele dia era o ;enhor IdahosaImasuen$ (ue é o maior contri,uinte 'ara os assuntos deste livro.

7u encontrei o terceiro dos meus 'rofessores de Ifá logo de'ois da minha a'osentador&a em 1QLS.7le é o Hhefe moruZi 7do['aZi$ (ue mora em ndo. 7le me visitou em 21 de maio de 1QLS$ emminha nova resid%ncia em A-ao$ shodi nos arredores de Xagos. 7le veio acom'anhado de um 'arente meu. ais uma vez$ de acordo com a tradiç*o Wini$ eu lhe dei ,i e (uando ele o a,riu e -ogou no 'rato$ ele me olhou com es'anto. 7u novamente fi(uei confuso$ 'or(ue eu tinha vistomuita sorte agourenta assim no 'assado. 7le me informou (ue !r"nm#lá tinha lhe 'edido 'ara medizer (ue 'essoas estavam vindo mandadas 'ara me matar a menos (ue eu fizesse um sacrif&cio 'araIfá imediatamente. 7le me disse (ue se eu fizesse o sacrif&cio 'oderia esca'ar da morte mas 'oderiaser v&tima de algum rou,o$ 'ara com'ensar 'ela minha vida.

7le chamou uma das minhas es'osas e lhe disse 'ara fazer sacrif&cio 'ara !r"nm#lá com umaes'ada 'ara evitar ser morta ou ferida com a mesma. 7la sendo filha de Wisho'$ nunca costumou darmuita atenç*o a tais coisas$ de modo (ue ela n*o fez o sacrif&cio$ a'esar de (ue eu adicionei uma

es'ada aos materiais com (ue fiz o sacrif&cio.

7>atamente sete dias de'ois de eu ter feito o sacrif&cio$ (ue foi em 1_ de -unho 1QLS$ (uarentaladres armados atacaram minha casa =s duas horas da manh*. 7les (ue,raram todas as 'ortas eremoveram tudo de valor da casa.

as 'ela graça de eus nenhuma vida foi 'erdida$ a'esar do l&der dos ladres mandar tr%s homensficarem nos a'ontando armas 'elas duas horas da o'eraç*o. *o sei como fui salvo$ eles estavam 'rovavelmente deslum,rados com os itens de valor (ue levaram.

:m deles tentou violentar minha es'osa a (ual tinha sido solicitado o sacrif&cio com a es'ada.Homo o estu'rador tentou rasgar a cinta (ue ela estava usando$ a es'ada a feriu na co>a. 7la foi

salva 'ela o'ortuna ordem de seu comandante 'ara se me>er en(uanto o tem'o estava correndo. @oineste caso (ue refletindo so,re os acontecimentos es'etaculares na minha vida (ue eu comecei aficar curioso se o caso ?'rima facieB n*o era 'ass&vel de investigaç*o a fundo dos mistérios de Ifá.Duando o Hhefe 7do['aZi inter'retou a hist0ria de !r"nm#lá $ ele me disse (ue todas as coisas (uetinham me acontecido desde (ue eu nasci$ coincidiam com a vida do 'r0'rio !r"nm#lá.

7ste livro é 'ortanto uma tentativa 'ara desmascarar a relaç*o m"tua e coeficiente entre a vida de!r"nm#lá e a vida dos sim'les mortais$ (ue de re'ente averiguam 'or si mesmos mais 'elos sim'lesacidentes designados$ tornando)se seguidores de !r"nm#lá.

O CON#IT- DI#INO

7u n*o sa,ia (ue a voz (ue n*o me dei>ou 'or fim a vida em 23bSLb1Q6Q$ era a(uela de !r"nm#lá.

7u s0 o reconheci em S3bS6b1QCQ$ (uando a voz falou comigo de novo em Ram,urgo$ Alemanhar&ental. 7u tinha estado na Alemanha 'ara um chec[ u' médico$ o (ual eu me dei conta (ue estavacom a sa"de desordenada. doutor tinha me dito 'ara ir devagar em (ual(uer (ue fosse o tra,alho(ue eu estava fazendo e eu estava contem'lando uma maneira de dar a mim mesmo mais um 'oucode ca'acidade de vida tra,alhando.

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7u fui 'ara cama mais cedo =(uela noite e 'or volta da uma hora da manh*$ um homem vestindouma t"nica ,ranca com um ra,o de cavalo na m*o me acordou. 7le tam,ém usava contas azuis emseu 'ulso direito. 7le se a'resentou com o :['in e um servo de eus. <erguntou)me se eu tinha mees(uecido (ue ele me acom'anhava neste mundo$ e revelou (ue eu tinha 'rometido no céu$ (uandoestava vindo 'ara a terra$ (ue eu serviria a es'écie humana até a idade de 45 anos$ de'ois deveriainiciar o serviço =s divindades. 7le me disse (ue eu n*o 'oderia dei>ar 'assar o 'rimeiro aniversáriode sua a'ariç*o$ 'ara me dedicar a serviço do '",lico.

+am,ém disse (ue se eu dei>asse os encantos do cargo anuviar minha vis*o$ eu 'agaria 'or istocom a minha li,erdade 'essoal. Antes de se afastar ele reiterou (ue eu n*o deveria chegar a metadedo 'r0>imo ano me encontrando ainda a fazer o tra,alho (ue tinha estado fazendo 'or 25 anos 'assados.

7u estava ,em confuso. 7u n*o sa,ia se foi uma a'ariç*o ou um sonho$ mas eu estava ,emacordado e n*o dormi mais 'elo resto da(uela noite. 7u voei de volta a Xagos mais tarde e indodireto a Wenin 'ara 'rocurar o conselho do meu 'ai no significado da(uela estranha e>'eri%ncia.

Duando eu revelei ao meu 'ai como o homem a'areceu 'ara mim e como ele chamou a si mesmo$

dizendo (ue era !r"nm#lá. 7le me avisou (ue a'esar de eu n*o estar 'ronto 'ara me a'osentar$ (ueseria melhor 'edir meu aviso de a'osentador&a imediatamente. Duando eu retornei a Xagos no diaseguinte$ ra'idamente chamei minha secretária e ditei meu aviso de a'osentador&a.

 ovamente em Paneiro 1QLS a mesma voz me ordenou a acordar e ver o ta,uleiro (ue ele tinha 'osicionado na minha frente. a(uela noite singular$ ele me deu o nome dos 16 lodus de!r"nm#lá e como marcá)los na ,ande-a de Ifá. 7le 'rometeu me dei>ar conhecer 'osteriormentecomo construir os nomes dos seus 24S odusJ. Hom a(uilo ele desa'areceu de novo das vistas e eume levantei ra'idamente 'ara anotar os 16 nomes e suas marcas.

7le a'areceu 'osteriormente 'ara mim 'ara me ensinar os nomes dos 24S dus e eu escrevi todosnum grande (uadro (ue eu tinha 'ara este dia.

+r%s dias de'ois do meu aviso de a'osentador&a ter vencido$ ele a'areceu mais uma vez 'ara medizer (ue me (ueria 'ara 'ermitir ao mundo sa,er so,re a sua funç*o no sistema 'lanetário. 7letam,ém me ensinou como reconhecer e ler o instrumento de adivinhaç*o chamado ['ele. Antesde 'artir $ me disse (ue uma vez (ue eu n*o entendo sua linguagem UorV,áJ$ eu deveria 'rocurar 'or um homem chamado WaZo IfaniZi 'ara me falar o (ue fazer. 7u n*o tinha visto WaZo 'or (uasesete anos. 7nt*o ra'idamente o chamei e lhe contei (ue !r"nm#lá me 'ediu 'ara consultá)lo. A(ueleera o in&cio da minha longa estada na interminável o,ra de !r"nm#lá e a filosofia de Ifá (ue forma a ,ase deste livro.

7u dese-o finalizar este ca'&tulo 'agando tri,uto a !r"nm#lá 'or ter me dado a o'ortunidadeadvertindo)me 'ara dei>ar o serviço '",lico em 1QLS.

7u hesitei 'or um longo tem'o$ 'or estar curioso em sa,er se era razoável viver do sinal e dochamado da voz de um desconhecido. *o foi fácil dei>ar o alto 'osto da ;ecretaria <ermanente no;erviço <",lico @ederal$ uma 'osiç*o (ue eu tinha ocu'ado 'or cinco anos. Duando todavia entendi(ue era a mesma voz (ue me im'ediu de fazer Rara(uiri em 1Q6Q$ eu assegurei a mim mesmo (uen*o 'erderia nada atentando 'ara os avisos da voz.

F significante mencionar (ue se tivesse deso,edecido =s instruçes$ como sa,er se eu teria esca'adototalmente dos eventos desagradáveis (ue ocorreram na igéria entre 1QL3 e 1QL5.

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a mesma forma eu agradeço ao "ltimo inistro com (uem tra,alhei$ (uem ind0cilmente eintransigentemente a-udou a firmar minha decis*o de me a'osentar do serviço '",lico.

CAPÍTULO II R/NM0L - A* OUTRA* DI#INDAD-*

 inguém deve confundir o mundo tentando igualar as divindades com eus. !r"nm#lá temrevelado claramente (ue todas as divindades menores foram criadas 'or eus 'ara assisti)lo nager%ncia do sistema 'lanetário e sem e>ceç*o$ todos deviam total lealdade 7le. As divindadesconsideram a si mesmas como servas de eus$ mandadas ao mundo 'ara a-udá)lo a fazer um lugarmais ha,itável 'ara colocar os mortais$ de modo (ue através deles $ o homem 'ossa ser ca'az dea'reciar como eus ama suas criaturas. Duando 'or e>em'lo uma sacerdotisa da divindade daságuas l0[unJ$ tomando)se 'ossu&da$ ela começa 'or cantando em louvor de eus e reconhecendosua su'remacia acima de toda a e>ist%ncia. Duando \g"n o engenheiro divinoJ 'ossui seusacerdote$ ele tam,ém começa 'or 'agando tri,uto a eus todo 'oderoso e agradecendo)o 'or fazer

o 'oss&vel 'or ele \g"nJ 'ara contar aos mortais (ue eles n*o deveriam sa,er de outro modo so,reeles mesmos.

mesmo é verdade 'ara a divindade da eletricidade ;=ng0J$ e 'ara cada uma das 2SS divindadecriadas 'or eus. 7les s*o ditos 'ara serem mem,ros do conselho ivino de eus.

o mesmo modo$ o sacerdote de Ifá começa sua atividade reconhecendo eus como o re'osit0riode todo conhecimento e sa,edor&a. *o 'ermitir ao homem 'or isso 'ensar (ue$ 'restar serviçosatravés de alguma das divindades$ é ser um su,stituto dos serviços de eus.

!r"nm#lá tem revelado 'ara seus seguidores (ue as 'rimeiras criaçes de eus s*o as divindadesmenores. 7les s*o os 'rimeiros ha,itantes do céu levando uma vida normal$ cada um na imagem(ue se 'areciam como 'r0'rio eus. A orte é uma das criaçes favor&tas de eus e ele era o (ue ,uscava a argila com (ue a imagem dos homens era moldada de'ois da(uelas divindades.

e'ois da moldagem da figura humana em ,arro$ era tem'o de lhe dar o hálito de vida$ de modo(ue eus falou a todas as divindades (ue estavam 'resentes 'ara fecharem seus olhos. +odosfecharam seus olhos$ e>ceto !r"nm#lá$ (ue sim'lesmente co,riu sua face com seus dedos semco,rir seus olhos. Duando eus estava insuflando o so'ro de vida no homem$ desco,riu (ue!r"nm#lá estava assistindo)o . Duando !r"nm#lá tentou fechar seus olhos de'ois de ter sido 'egoes'ionando$ eus chamou)o 'ara manter seus olhos a,ertos -á (ue nada es'etacular era feito semuma testemunha viva. 7ste é o 'or(u% !r"nm#lá é chamado :['in ou r&a +estemunha do 'r0'rioeusJ.

;egundo a criaç*o do homem$ era tem'o 'ara eus talhar a terra 'ara ser ha,itada. as o homemera tam,ém ainda muito -ovem e ine>'eriente nos caminhos do céu 'ara ser e>'osto = tarefa deesta,elecer um novo domic&lio com seu 'r0'rio discernimento. eus 'or isso 'referiu mandar asdivindades a terra 'ara esta,elecer com seu 'r0'rio discernimento e e>'eri%ncia.

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A UNDAÇÃO DO MUNDO

Duando eus manda uma mensagem a alguém$ 7le n*o lhe dá termos minuciosos como refer%ncia.7le conta com o mensageiro 'ara usar seu 'r0'rio senso comum ou discriç*o 'ara e>ecutar a tarefa.eus a'enas es'era resultados 'ositivos e é 'ermitido ao mensageiro fazer (uatro de dois e dois.

s 'rimeiros ha,itantes desta terra foram as 2SS divindades. A terra era ent*o chamadaII;@7GA$ até o momento (uando as divindades$ como é ho-e$ foram os "nicos comca'acidade es'iritual 'ara se comunicar entre o céu e a terra. 7les s*o ca'azes de sa,er ao mesmotem'o o (ue está acontecendo na terra e no céu com seus 'oderes e>travisionários. s ha,itantes docéu foram se tornando muito 'o'ulosos$ e o 'r0'rio eus$ (uem 'oderia no momento$ como <aini'otente (ue 7le é$ atender 'essoalmente as s"'licas de suas crianças no Héu$ instituiu tarefastornando)o su'er lotado 'ara 7le. <or essa raz*o$ 7le decidiu criar um novo @irmamento 'araivindades e Rumanos semelhantes viverem$ como um modo de des'ovoamento dos céus. averdade$ o (ue n*o divulgou as suas criaturas era (ue estava indo transfigurado no ar fino$ de modo(ue de'ois disso 'udesse somente ser comunicado com es'&rito.

A CRIAÇÃO DA DI#INO*-RA:

7ste tra,alho n*o está tentando desafiar todas os outros relatos de ?Hriaç*o do undoB$ (ue tem 'reviamente sido dados 'elos videntes$ ouvintes e 'rofetas. F tentando narrar o relato de !r"nm#láde como o fenKmeno geográfico agora referido como a terra$ veio a ser uma 'arte do sistema 'lanetário.

7m um dos encontros semanais do Honselho ivino$ eus 'erguntou as divindades$ (uais delasestavam 're'aradas 'ara ir a terra criar uma nova ha,itaç*o. eus os informou (ue todos (ue sea'resentassem voluntariamente 'ara ir estavam indo agir dentro de uma ordem do Honselho ivino 'ara esta,elecer na terra$ as leis naturais (ue fizeram do céu um lugar t*o ,onito 'ara se viver. 7leos informou (ue as mesmas regras iriam o'erar na terra.

Ravia a'enas dois con-untos am'los de regras (ue 7le lhes daria.

1 inguém tiraria vantagem indevida de ;ua de eusJ aus%ncia f&sica 'ara atri,uir a si mesmo;ua funç*o de <ai de todo o :niverso. +odos eles deveriam res'eito a 7le como o criador de tudo$ou se-a$ eles sem're dariam in&cio aos seus tra,alhos na terra 'restando o devido res'eita a 7lecomo seu <ai eterno$ e...

2 inguém deveria fazer aos outro o (ue n*o gostaria (ue os outros lhes fizessem regra a (ual éconhecida como ?Gegra ouradaB. Isto se destinava a (ue eles n*o fossem mortos sem um -ulgamento a'ro'riado 'elas divindades.

7les n*o furtariam as 'ro'riedades uns dos outros$ como no céu a 'uniç*o seria a morte.

7les n*o se 'or&am uns contra os outros$ um seduzindo a es'osa do outro ou fazendo outra coisa 'ara o outro (ue resultaria em sofrimento.

7les deviam se o'or ao &m'eto de vingança uns contra os outros$ -á (ue todos os desacordos m"tuosdeviam ser resolvidos através de um -ulgamento '",lico no Honselho das ivindades. Acima detudo$ eles deviam res'eitar sua regra divina (ue tudo (uanto alguém fizesse 'ara 're-udicar seue(uivalente divino$ a retri,uiç*o viria 'ara o agressor dez vezes mais. @inalmente$ 7le lhes

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informou (ue o segredo do sucesso estava em ouvir sem're a voz silenciosa da divindade chamada<erseverança.

CAPÍTULO III A PRIM-IRA T-NTATI#A D- -*TA3-L-C-R A #IDA NA T-RRA

'osto ao motivo deste con-unto de regras e regulamentos$ eus desenvolveu um 'lano 'arades'achar todas as divindades 'ara a terra simultaneamente sem nenhum aviso 'révio. :ma ,elamanh* 'ortanto$ eus chamou a sua criada Arug,a 'ara convidar cada uma das divindades$ em suasres'ectivas casas$ 'ara a'arecerem no 'alácio celeste na manh* seguinte 'ara um des&gnio es'ecial.

Arug,a 'Ks)se a caminho muito cedo na(uela manh*. Antes ent*o de (ual(uer modo$ eus tinha 're'arado uma cmara es'ecial com'letamente e(ui'ada com vários im'lementos com os (uais 7lecontava (ue as divindades e>ecutassem suas tarefas na terra. A mensagem de Arug,a 'ara cada umadas divindades foi clara.

?eu 'ai me enviou 'ara convidá)lo a se 're'arar 'ara uma tarefa es'ecial amanh* 'ela manh*.oc% deve começar se 're'arando 'ara 'artir em miss*o assim (ue a mensagem divina lhe for dada.oc% n*o deve retornar 'ara sua casa antes de em,arcar na miss*o.B

A maior&a das ivindades levou a mensagem ao ?'é)da)letraB e n*o se 'reocu'ou em se informarcom seus 'r0'rios conselheiros ou guardies em como começar a tarefa (ue eus tinha reservado 'ara eles. Arug,a visitou as casas das divindades 'or ordem de idade$ (ue significa (ue !r"nm#lá$ omais moço das divindades$ foi o "ltimo a ser visitado.

7ntretanto$ !r"nm#lá (ue estava ha,ituado a criar circunstncias de divinaç*o toda manh*$ foiavisado 'or Ifá a fazer um ,an(uete na(uele dia 'articular em anteci'aç*o a uma visita em suaresid%ncia. a hora (ue Arug,a alcançou a casa de !r"nm#lá$ -á era muito tarde da noite. *o tinhafeito nenhuma refeiç*o desde a manh*$ e Arug,a -á estava com muita fome (uando alcançou a casade !r"nm#lá. Antes de 'ermiti)la entregar a mensagem divina$ !r"nm#lá a 'ersuadiu a fazer umarefeiç*o. 7la comeu até se satisfazer e ent*o contou a !r"nm#lá (ue eus (ueria (ue elecom'arecesse em seu 'alácio no 'r0>imo dia$ -unto com as outras divindades 'ara uma miss*oes'ecial.

7m reconhecimento a hos'italidade de !r"nm#lá$ ela confidenciou a-udando)o revelando detalhesda miss*o (ue eus tinha reservado 'ara eles.

7la o avisou 'ara 'edir 'or tr%s favores es'eciais 'ara eus em adiç*o a (ual(uer instrumento (ueele coletaria da Hmara 7s'ecial 'ara sua miss*o. 7le deveria 'erguntar 'elo HAAX7$Alagemo em UorV,á e A77G`RI em WiniJ$ a galinha multicolor&da doméstica de eus$ e a ,olsa es'ecial do 'r0'rio eus A['onimi-e[un em UorV,á e Ag,av,o[o em WiniJ. 0s veremos osignificado deste 'edido es'ecial mais tarde. 7m uma "ltima ressalva$ Arug,a informou !r"nm#lá(ue se ele assim o dese-asse$ 'oderia tam,ém 'ersuadir eus em levá)la acom'anhando)o na suamiss*o. Hom estas 'alavras de aviso Arug,a 'artiu 'ara casa$ tendo com'letado sua tarefa.

 a manh* seguinte$ um a'0s o outro$ todas as divindades a'resentaram)se no <alácio ivino deeus. +*o logo (ue chegaram$ eus 'ediu 'ara cada um deles 'rosseguir na -ornada 'ara a terrasem regressar aos seus res'ectivos lares. :m a'0s o outro eles vieram e se moveram marchando em

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ordem 'ara 'artir 'ara a terra. As 'rimeiras divindades a chegarem na terra logo desco,riram (uen*o havia solo 'ara 'isar. +odo o lugar era alagado. Ravia uma "nica 'almeira (ue se encontrava nomeio das águas com suas ra&zes no céu$ (ue era o 'ort*o 'ara o mesmo. Homo eles estavamchegando$ e n*o tinham nenhum outro lugar 'ara ficar e>ceto nos ramos da 'almeira. 7ra ummomento realmente muito dif&cil.

Antes de 'artir do céu$ cada uma das divindades recolheu da Hmara 7s'ecial de eus todo omaterial e instrumentos de suas 'refer%ncias. ;*o os mesmos instrumentos (ue os iniciados no cultode cada uma das divindades usa na iniciaç*o nos dias de ho-e.

Duando !r"nm#lá chegou ao <alácio de eus$ todos os outros -á tinham ido.

7le a'resentou)se ao <ai +odo)<oderoso$ e igualmente seguiu marchando em ordem imediatamente 'ara a terra. 7le foi informado como os outros$ a recolher todo instrumento (ue ele achasse naHmara 7s'ecial. Hontudo$ todos os instrumentos dis'on&veis tinham sido coletados 'elos outros ehavia uma "nica in"til concha de caracol.

7le n*o tinha escolha mas agarrou)se a ela e ent*o su'licou a eus (ue -á (ue n*o tinha nada mais

 'ara resgatar da Hmara 7s'ecial$ 'ediu/

aJ Hamale*o ) a mas velha das criaturas na casa de eus 'ara aconselhá)lo em como tentarresolver os 'ro,lemas da fi>aç*o das ha,itaçes terrestres.,J ,enef&cio de ir a terra com a multicolr&da galinha doméstica divina de eus.cJ A ,olsa divina do 'r0'rio <ai +odo <oderoso$ 'ara recolher as coisas (ue ele estavalevando$ e...dJ 'rivilégio de ir 'ara a terra com Arug,a$ 'ara faz%)los lem,rar das regras do céu.

;eus (uatro 'edidos foram atendidos. Homo ele estava 'artindo$ ele coletou (uatro 'lantasdiferentes$ (ue um sacerdote de Ifá usa 'ara todos os seus 're'arativos. 7le tam,ém coletouamostras de 'lantas e animais (ue ele 'Kde colocar nas m*os. 7le guardou sua coleç*o na sacola

(ue eus lhe havia dado. A sacola ivina tinha a misteriosa ca'acidade de acomodar (ual(uercoisa$ n*o im'ortando o tamanho e tam,ém 'roduzir tudo o (ue era 'reciso 'ara isso.

Duando !r"nm#lá alcançou o 'ort*o 'ara a terra$ ele encontrou todas as outras divindades 'enduradas nos ramos da 'almeira. 7le tam,ém n*o tinha o'ç*o e>ceto se unir a eles.

e'ois de !r"nm#lá ter estado sentado ou 'arado nos ramos da 'almeira 'or algum tem'o$ Arug,arecomendou)o$ de dentro da sacola ivina onde estava escondida$ a 'egar a concha do caracol$ evirar a ,oca da mesma na água a,ai>o 'or(ue continha a ,ase do solo da terra e (ue faria o ch*ofirme 'ara 'isarem.

!r"nm#lá (ue tinha coletado a concha do caracol vazia da Hmara 7s'ecial de eus$ n*o sa,ia do

seu conte"do. F tam,ém 0,vio (ue se encontrou com somente a concha do caracol dentro daHmara 7s'ecial de eus 'or(ue todos os outros a tinham ignorado. enhum deles a n*o serArug,a sa,ia (ue continha o ;egredo da terra. Duando !r"nm#lá virou a ,oca da concha do caracol 'ara ,ai>o$ o escasso conte"do de areia caiu na água a,ai>o e esta começou a ,or,ulhar. entro de 'ouco tem'o$ grande (uantidade de areia começou a se em'ilhar ao redor da 'almeira. e'ois demuitos montes terem se formado$ Arug,a falou outra vez a !r"nm#lá de dentro da sacola. estavez$ recomendando)o a dei>ar cair = galinha nos montes da areia. Homo a galinha es'alhou osmontes$ a área da terra começou a e>'andir. F a mesma o'eraç*o (ue a galinha está e>ecutando atého-e. nde (uer (ue a galinha se-a encontrada$ v%)se usar os 'és 'ara dis'ersar a areia na terra.

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e'ois do solo ter sido e>'andido so,re uma e>tensa área$ as outras divindades (ue estavam 'asmas com a misteriosa 'erformance de !r"nm#lá. andaram)no descer e caminhar no solo 'araverificar se ele 'oderia su'ortá)los. ais uma vez Arug,a aconselhou !r"nm#lá 'ara com a sacola$soltar o camale*o 'ara caminhar 'rimeiro no solo. camale*o andou so,re o solo furtivamente$ 'ortemer (ue 'udesse desmoronar so, seus 'és. as o ch*o agentou firme$ e esta é a mesma 'rud%ncia andando marchando (ue o camale*o ficou acostumado$ até o dia de ho-e. 7ste é o 'or(uedo camale*o 'isar gentilmente no solo.

Xogo (ue !r"nm#lá teve certeza de (ue o solo estava suficientemente forte$ ele desceu da 'almeira 'ara a terra$ e sua 'rimeira tarefa foi trans'lantar as 'lantas (ue trou>e do céu. e'ois disso todasas outras divindades desceram 'ara a terra uma de'ois da outra. 7ste é o motivo 'or(ue a 'almeira$a 'rimeira a ser criada das (ue tinham suas ra&zes no céu$ é res'eitada 'or todas as divindades. F oante'assado de sua estir'e. +odas as divindades es'alharam)se da 'almeira 'ara esta,elecer seusvários domic&lios em diferentes 'artes da terra. !r"nm#lá sendo o mais -ovem de todas asdivindades morou e serviu a cada um dos mais velhos$ um de cada vez. 7le serviu \g"n$ =ng0$lo["n$ 7ziza$ etc.

 o decurso de sua servid*o$ uma das divindades a'oderou)se de Arug,a. 7le foi desta maneira

des'o-ado de sua Honselheira Hhefe e confidente.

F im'ortante neste estágio mencionar (ue o 'rocesso de iniciaç*o na religi*o de !r"nm#lá ouIfismo é uma tentativa 'ara recordar este 'rocesso da 'artida do céu e chegada no mundo 'ara seesta,elecer através da 'almeira. A mulher (ue carrega os I[in em sua ca,eça 'ara :g,odu échamada de Arug,a. F considerado um fato (ue !r"nm#lá nunca casou com Arug,a$ tam,ém n*o éaconselhável a nenhum iniciado de Ifá casar coma mulher (ue o acom'anha com o :]W:.Pustamente 'or isso n*o é aconselhável em'regar alguma es'osa 'ara a cerimKnia$ a fim da mulhern*o ser na verdade seduzida 'or algum tem'o de'ois da cerimKnia$ ou 'ela morte ou 'or outros.

A 'resença de Arug,a como "nica mulher em volta$ criou uma gama de 'ro,lemas 'ara asdivindades. :ma a'0s outra$ eles lutaram 'ara ret%)la. conflito 'or Arug,a logo trou>e a tona a

 'ior das divindades. A viol%ncia de alguns$ isto á$ =ng0$ ;an['ana$ \g"n$ etc.$ com,ates m"tuoscom todas as defesas a sua dis'osiç*o. Rouve total confus*o (ue se encheu de as'ereza entre eles. este momento$ !r"nm#lá foi o 'rimeiro a retornar ao céu 'ara fazer um relato a eus. 'a'el de 'rotetor de Arug,a 'erdeu)se 'ara as divindades 'or(ue ela tinha sido 'rivada da com'anhia de!r"nm#lá com (uem ela veio ao mundo.

+odas as outras divindades tinham se esta,elecido com os instrumentos (ue eles coletaram naHmara 7s'ecial de eus. e sua 'arte$ !r"nm#lá tinha 'erdido o uso de todas as coisas (ue eletrou>e$ inclusive até a ;acola ivina$ dos (uais sem os conselhos de Arug,a$ ele n*o sa,ia comousar. e'ois de ter levado uma vida de 'rivaçes e 'en"ria$ ele decidiu voltar 'ara o céu 'ara 'erguntar a eus 'or(ue a vida na terra era t*o dolorosamente diferente da vida no céu. Até as(uatro 'lantas (ue ele trou>e do céu n*o o a-udaram a'esar de elas serem usadas unicamente

durante a iniciaç*o de Ifá até ho-e$ e elas tam,ém s*o usadas 'ara alguns 're'arados medicinaisfeitos 'or !r"nm#lá.

Duando foi o momento de !r"nm#lá retornar 'ara o céu$ ele foi até o 'é da 'almeira e su,iu 'araseus ramos donde ele se transfigurou 'ara o céu. e volta ao céu$ ele foi o "nico das muitasdivindades a ver a "ltima forma f&sica do 'r0'rio eus.

eus ni'otente (ue era conhecido 'or nunca 'erder sua calma$ estava evidentemente a,orrecidodiante de !r"nm#lá. 7le a'resentou suas descul'as a eus 'or olhar os traços f&sicos$ do 'escoço

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em diante$ mas e>'licou as dificuldades (ue ele tinha e>'erimentado na terra nas m*o de seusirm*os divinos. 7le reclamou (ue sur'reendentemente$ as regras celestes n*o estavam sendoseguidas na terra. A'0s ter ouvido o relato revelado 'or !r"nm#lá$ eus convenceu)o a 'ermanecermomentaneamente no céu$ mas enviou o o,stáculo$ o mais 'oderoso de todas as divindades$7lenini em UorV,á e Ido,oo em WiniJ 'ara ir verificar o relat0rio de !r"nm#lá. Duando 7leninichegou a terra$ ele o,servou o es'etáculo do restante das divindades no cor'o a cor'o. 7le n*o ficoua'enas satisfeito (ue o relato de !r"nm#lá estava correto$ mas tam,ém ficou receoso (ue com a 'rivaç*o 'redominando na terra$ as divindades 'oderiam aca,ar guerreando umas contra as outras.

OUTRA* DI#INDAD-* R-TORNAM PARA O CU

+*o logo !r"nm#lá 'artiu 'ara o céu$ as outras divindades se recusaram a coo'erar umas com asoutras. ;eu irm*o mais novo (ue costumava servir a todos eles tinha 'artido e nenhum dos restantesestava 're'arado 'ara servir mais ninguém. A vida se tornou es'ecialmente intolerável$ visto (uen*o havia meio de fazer trocas comerciais. A necessidade 'or dinheiro tinha se tornado muitoevidente. :m a'0s o outro se -untaram de volta 'ara o céu 'ara relatar a miss*o im'oss&vel. 7lestam,ém decidiram (ue iriam solicitar a eus 'ara lhes dar Autor&dade ivina eJ como (ual eles

 'oderiam induzir as coisas a acontecer$ 'or em'regados mortais 'ara servi)los e 'or dinheiro como(ual fazer neg0cios uns com os outros.

Hhegando no céu$ eles 'ediram 'or estes favores e eus os deu todos a eles$ mas com'rometeu)sea des'achar dinheiro de'ois de eles retornarem 'ara a terra. e todos eles inclusive !r"nm#lá foiordenado retornar a terra 'ara com'letar a miss*o (ue haviam iniciado.

 este instante$ -á (ue o solo tinha se formado na terra$ foi 'oss&vel retornar 'ela rota terrestre. :m a um$ as divindades começaram a retornar 'ara a terra com seus servidores humanos. Homoeles estavam 'artindo nenhum deles se 'reocu'ou em desco,rir os elementos misteriososres'onsáveis 'elas dificuldades (ue eles tinha encontrado na terra. Eu$ ?a divindade do infort"nioB$

tinha -urado criar 'ro,lemas 'ara algumas divindades (ue falharam em angariar seu a'oio antes doretorno a terra.

U7`: 7PI revelará mais tarde como Eu a,riu as 'i'as das chuvas do céu 'ara ocasionar tr%sanos de aguaceiro o (ual im'ediu as divindades de retomar seus destinos no momento. Hontudoantes da 'artida$ !r"nm#lá 'rocurou a r&entaç*o de seu conselheiro (ue lhe disse 'ara n*o sera'ressado em assegurar o dinheiro (ue eus tinha 'rometido enviar ao mundo$ e oferecer sacrif&cioa Eu antes de sair do céu. !r"nm#lá fez conforme lhe tinha dito.

A* DI#INDAD-* R-TORNAM PARA A T-RRA

Antes de dei>ar o céu$ !r"nm#lá foi avisado 'or eus 'ara retornar ao 'é da 'almeira da (ual asdivindades desceram no 'rimeiro estágio$ 'or(ue foi o alicerce de sua e>ist%ncia na terra. Xogo (ueas divindades se 'useram a caminho em sua -ornada de retorno a terra$ uma forte chuva começou acair. A chuva continuou 'or muitos dias e noites. as !r"nm#lá tinha sido avisado 'ara n*o tentarse a,rigar da chuva antes do retorno 'ara a terra. 7m o'osiç*o da chuva moveu)se imediatamente 'ara construir uma ca,ana no 'é da 'almeira. +odos os outros n*o encontraram um -eito até de'oisda chuva ter 'arado$ isto é$ mil dias e mil noites de'ois. 7m seguida ao enfra(uecimento da chuva$eles encontraram na ,eira da estrada um adivinho chamado [iti ['u[e (ue os avisou (ue eles s0 'oderiam instalar)se ade(uadamente a'0s 'restar homenagem ao alicerce de sua r&gem o (ual é o

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 'é da 'almeira. +omou tem'o desco,rir a localizaç*o da 'almeira aonde !r"nm#lá tinha entretantoesta,elecido uma ha,itaç*o viável. isto (ue ele era o 'ro'rietário da 'almeira$ ele colhia os ,enef&cios de todos os sacrif&cios feitos 'or cada uma das divindades no 'é da 'almeira.

O DIN;-IRO #-M PARA O MUNDO

A'0s eles estarem razoavelmente instalados$ o 'a'agaio foi o 'rimeiro a desco,rir uma grande(uantidade de ,"zios (ue descendiam do céu 'ela margem da vastid*o de água (ue se'arava o céuda terra. 'a'agaio alertou as divindades$ (ue sem uma 're'araç*o ade(uada$ começaram a tirardinheiro do monte. e'ois eles veriam como a(ueles (ue tentaram e>tra&)lo$ estavam todos mortosem,ai>o de sua avalanche.

Eu ainda estava com seu -ogo 'ara destruir todas as divindades (ue se recusaram a admitir suainflu%ncia e autr&dade. Duando !r"nm#lá viu todas as outras divindades (ue correram de'ois (uefaltou o dinheiro 'ara retornar 'ara casa$ ele decidiu ir e desco,rir o (ue estava acontecendo comeles. 7le 'erce,eu (ue eles todos tinham 'erecido em,ai>o da avalanche de dinheiro. 7le ent*odecidiu (uestionar seu ?an-o guardi*oB no (ue foi res'onsável 'ela destruiç*o em massa. 7le foi

informado (ue alguns dos (ue -untaram o dinheiro com voracidade e avareza estavam 'restes a serdestru&dos 'ela raz*o de (ue o dinheiro sem're foi um 'rod&gio ávido. Dual(uer um (ue co,içoudesfrutar os ,enef&cios do dinheiro tinha (ue 'rimeiramente alimentado)o . 7le foi informado o (uefazer 'ara alimentar o dinheiro e como -untá)lo. 7le fez conforme lhe foi dito e se tornou a "nicadivindade (ue teve %>ito em fazer do dinheiro seu criado. 7ste é o motivo (ue no altar de Ifá secoloca dinheiro e ,"zios até ho-e.

O PRINCÍPIO DO* CONLITO* Í*ICO*

%>ito com (ue !r"nm#lá desco,riu o segredo do dinheiro trou>e)lhe a f"ria das divindadesremanescentes$ (ue lançaram m*o de iniciar ata(ues 'ara destru&)lo. <or meio de um sacrif&cio

es'ecial revelado 'or 7-iog,e$ !r"nm#lá fez seus inimigos estarem lutando entre si. Rouve total 'andemKnio na terra 'or causa da 'artilha do dinheiro. 7ntrementes as novidades chegaram ao céu(ue havia um tumulto geral na terra. eus enviou a orte 'ara ir ,uscar os res'onsáveis 'eloconflito de volta 'ara o céu$ mas ele tentou e fracassou. 7le s0 teve %>ito na retirada dos disc&'ulosdas divindades mas n*o as divindades em si.

Hom seus disc&'ulos destru&dos 'ela orte$ eles desco,riram (ue n*o 'oderiam realizar muito sema a-uda de seus au>iliares.

O PRINCÍPIO DA D-*TRUIÇÃO DO MUNDO

inheiro e morte -unto tiveram %>ito em do,rar a es'inha das divindades$ 'or (ue eles tinhamignorado totalmente as leis de céu (uando vieram ao mundo. @oi 'or fim a mais forte divindadeInfort"nio ou ,stáculoJ a vir e aca,ar 'or levá)los 'ara cima TJ. 7le dei>ou o 'alácio de euscom instruçes claras de voltar com o resto das divindades. 7le foi com sua A['o mini-e[un 'araca'turar e traz%)los de volta aos céus. 7ntrementes !r"nm#lá$ fez sua adivinhaç*o diária numamanh* e viu (ue uma catástrofe estava se a'ro>imando$ 7le foi avisado 'or Ifá a 're'arar um ,an(uete ela,orado 'ara uma 'oderosa visita (ue estava vindo do céu. 7le foi informado (uehaveria um sinal a'arecendo no hor&zonte tr%s dias antes da chegada do visitante. o dia da chegadado visitante ele agru'aria todos os seus seguidores e dançariam em corte-o de sua casa até o 'rédio

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administrativo 'refeituraJ aonde eles dançariam e cantariam em louvor ao ?AugustoB visitante. a?'refeituraB ele o convidaria 'ara um ,an(uete em sua casa. A(uela era a "nica maneira (ue ele 'oderia salvar a si mesmo de uma catástrofe iminente. 7le fez conforme lhe foi dito.

<or volta de sete dias de'ois ele viu uma estrela vermelha a'arecendo no céu e ele 'erce,eu (ue ovisitante estava a caminho. 7le fez a 're'araç*o (ue tinha sido avisado a fazer e foi no má>imo da 'rontid*o.

esconhecido 'ara ele$ o visitante -á estava no mundo. ivindade do Infort"nio$ o mais 'oderoso detodos eles$ estava 'or 'erto. ;ua 'rimeira escala foi na casa de \g"n. 7le encontrou \g"n em suaoficina e ra'idamente o transformou em folha e o em,olsou. 7le fez a mesma coisa com todas asoutras divindades durante os 'r0>imos tr%s dias. o terceiro dia ele tinha a'risionado a todos elesdentro de sua ,olsa e era hora de ir a !r"nm#lá. Duando ele estava seguindo 'ara a casa de!r"nm#lá$ ele encontrou uma 'rociss*o de cantores e dançarinos louvando. 7les lhe deram ,i 'aracomer e água fresca 'ara ,e,er$ chamando o de <ai de todos eles e amigo divino &ntimo de eus+odo <oderoso.

<ela 'rimeira vez desde sua chegada ao mundo$ Infort"nio sorriu. !r"nm#lá ent*o a'areceu e lhe

disse (ue desconfiava de ele estar muito faminto e tinha 're'arado um ,an(uete 'ara ele.

7le os seguiu até a casa do l&der da 'rociss*o entre cançes e danças. Hhegando na casa de!r"nm#lá$ o visitante celeste foi ela,oradamente ,an(ueteado com suas comidas mais im'ortantes eele estava muit&ssimo feliz. o final do ,an(uete comentou (ue se todas as outras divindadesfossem t*o magnnimas (uanto !r"nm#lá$ o céu n*o teria sido re'leto de novidades de atrocidadesna terra.

7le contou a !r"nm#lá e seus seguidores (ue eus n*o tinha destinado o mundo a ser um antKnimo$mas um sinKnimo do céu. 7le relatou (ue eus estava determinado a destruir o mundo ao invés de 'ermiti)lo continuar como um constrangimento = ,oa imagem e refle>o de eus.

7le (uis sa,er se !r"nm#lá com sua sa,edr&a 'oderia fazer um lugar melhor$ ele res'ondeu (ue atarefa n*o era fácil$ mas (ue ele continuaria a fazer o seu melhor.

Hom isto Infort"nio deu)lhe a ,olsa contendo todas as outras divindades e declarou (ue a 'artir da&$ele 'assava a ter autr&dade so,re todos eles.

Isto e>'lica 'or (ue os "nicos divinadores (ue tem %>ito nos caminhos do céu s*o a(ueles (ue tem oa'oio e a coo'eraç*o de \r"nm#lá a 'artir deste dia. ;er um sacerdote de \g"n$ sacerdote delo[in$ sacerdote de =ng0$ etc$ a n*o ser (ue eles tenham seu 'r0'rio Ifá$ eles n*o t%m as ,%nç*osdo céu. e outro modo eles se tornam v&timas de todos os ti'os de o,stáculos.

A D-*TRUIÇÃO INAL DO MUNDO

+*o logo as divindades recu'eraram sua li,erdade ent*o voltaram 'ara suas ,rigas fratricidas. 7lesestavam 'articularmente enfurecidos 'ois com'reendiam (ue foi !r"nm#lá (uem realizou seusalvamento das frias m*os do Infort"nio.

 ovidades de suas atrocidades continuavam a chegar aos céus. eus tinha sido informado (ue!r"nm#lá foi = "nica divindade (ue estava agindo 'elas leis do céu na terra. eus ent*o convocou a 'almeira a ir a terra 'rovidenciar uma 'lataforma 'ara \r"nm#lá retornar ao céu com seus

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seguidores. :ma noite !r"nm#lá foi convocado 'elo seu ?an-o guardi*oB seu du'loJ a organizar asu,ida na 'almeira a (ual tinha ra'idamente crescido na frente de sua casa. 7le tinha rece,ido tr%sdias 'ara se 're'arar. 7le su,iu na 'almeira e 'ediu 'ara todos os seus seguidores su,irem de'oisdele. isto (ue eles alcançaram o cume da 'almeira$ eles todos foram a,sorvido 'ara dentro do céu.Assim (ue todos eles estavam em segurança no céu$ seguiu)se um aguaceiro de chuva (ue alagou econsumiu o mundo.

A(uele foi o fim da divinosfera e a 'rimeira tentativa de criar uma ha,itaç*o na terra. <ode sero,servado 'elas amostras anteriores (ue o mal 'artici'ou muito 'ouco ou n*o fez 'arte dadestruiç*o do mundo.

CAPÍTULO IV A *-UNDA MORADIA NA T-RRA

!r"nm#lá revela (ue se 'assaram sete geraçes no céu antes (ue eus decidisse lançar)se em uma

segunda e>'eri%ncia 'ara a ha,itaç*o da terra.As divindades haviam argumentado (ue a 'rimeira tentativa falhou 'or(ue houveram cozinheirosdemais 're'arando a so'a. eus rendeu)se as sugestes das divindades e decidiu dar a cada umdeles a chance de e>'or suas a'tides. @oi 7lenini a divindade do infort"nio (uem 'ro'Ks (ue a\g"n$ o engenheiro$ seria dada a 'rimeira tentativa. \g"n aceitou o desafio e decidiu sem demora 'artir 'ara a miss*o. 7ste é o motivo 'or(ue ele é considerado como o desco,ridor de caminhos$ odes,ravador do universo.

Alag,ede \g"nJ o metal$ ferro divino$ foi ent*o enviado 'or eus 'ara 're'arar o caminho 'ara osoutros. Homo ferreiro da divinosfera o mundo das divindadesJ$ ele foi im'lantar a infra)estrutura 'ara os outros constru&rem no mundo. \g"n era contudo$ t*o egoc%ntrico (ue ele n*o viu motivo emconsultar mais alguém no céu 'ara se aconselhar antes da 'artida com seus seguidores em suamiss*o. 7le 'artiu 'ara a terra com seus 2SS seguidores sem se incomodar em fazer as devidas 're'araçes 'ara alimentá)los na terra. 7le achou (ue esta,elecer uma moradia num am,ientevirgem era como ir 'ara a guerra. \g"n tam,ém é uma divindade guerreira. Duando ele vai 'ara aguerra$ ele vai sem 'rovis*o alguma 'ara se alimentar. 7le come do (ue seu e>ército 'ilha$ ao longoda trilha. 7le veio 'ara a terra com a mesma su'osiç*o. Xogo eles chegaram = zona cinza TJ entre océu e a terra. A zona cinza é chamada Rades$ (ue é a casa dos Imere Ai[u em UorV,á e Ig,a[huanem WiniJ. A 'artir da& eles se lançaram 'ara a zona negra da fronteira$ aonde n*o havia luz do sol.7ra chamada 7re,u. uitos via-antes costumavam se 'erder na(uela zona$ na é'oca (uando as 'essoas via-avam livremente entre o céu e a terra. :ma vez (ue se a'ro>imavam da escurid*o do"tero feminino assim era 'ara os via-antes (ue estavam vindo 'ara o mundo. Hhegando na terra$ elecolocou os seus homens 'ara tra,alhar sem demora$ 're'arando resid%ncias tem'orárias e estradas.

 a manh* seguinte seus 2SS seguidores mortais 'erguntaram a ele o (ue eles iriam comer. Pá (uen*o havia comida 'or 'erto. 7le disse)lhes 'ara cortar lascas 'edaços de 'auJ do mato em volta 'ara comer. 7les comeram as lascas a'enas 'ara alegrar seus coraçes$ mas s0 aguçaram seus tu,osdigestivos. Hom 14 dias ele tinha 'erdido mais da metade de seus seguidores mortais 'ara ainaniç*o.

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7le foi dei>ado sem o'ç*o$ e>ceto ,aterem em retirada 'ara o céu com o restante enfra(uecido 'aracontar a eus (ue ele n*o tinha comida com a (ual alimentar seus seguidores. Assim foi como\g"n a,andonou sua miss*o e retornou ao céu.

7m seguida eus convidou a divindade da água lo["nJ 'ara ir ao mundo esta,elecer umamoradia 'rovis0ria. A ele tam,ém foram determinadas 2SS 'essoas 'ara acom'anhá)lo ao mundo.

Homo \g"n$ lo["n tam,ém 'artiu sem fazer as 're'araçes ade(uadas 'ara a viagem. Hhegandona terra$ os seguidores da divindade da água tam,ém lhe 'erguntaram o (ue eles iriam comer e elelhes deu água 'ara ,e,er$ a (ual falhou no fornecimento de nutrientes. Homo seus seguidoresestavam se tornando escassos devido = inaniç*o$ lo["n$ como \g"n$ retornou ao céu 'arainformar do fracasso de sua miss*o.

eus convocou um n"mero de outras divindades 'ara esta incum,%ncia$ mas eles 'olidamentedeclinaram em ir$ -á (ue eles duvidavam se teriam alguma chance de sucesso na miss*o a (ual tinhadesafiado os esforços de seus irm*o mais velhos \g"n e lo["n. eterminado a instalar umaha,itaç*o no mundo$ eus finalmente convidou !r"nm#lá a sa,edr&a divinaJ a fazer umatentativa. !r"nm#lá imediatamente ,uscou conselho dos irm*o celestes mais velhos (ue o

aconselharam a 'rocurar a assist%ncia de Eu. 7le fez sacrif&cio 'ara Eu$ (ue o recomendou ir aomundo com uma ,agagem contendo amostra de todos os g%neros aliment&cios$ 'ássaros$ ré'teis$animais$ etc.$ dis'on&veis no céu.

7le coletou todos os itens em sua sacola de adivinhaç*o chamada A['o)mini-e[un em UorV,á eAg,avo[o em WiniJ e 'egou seus seguidores 'ara levá)los com ele 'ara o mundo. 7sta misteriosasacola tinha caracter&sticas es'etaculares. @azer com (ue o (ue (uer (ue fosse colocado nela setornasse mais leve$ e 'roduzir tudo o (ue dela fosse e>igido.

Hontudo !r"nm#lá cometeu um engano inicial$ em n*o avisar seus colegas mais velhos$ \g"n elo["n$ (ue tinham feito anteriormente esforços em v*o 'ara se esta,elecer no mundo. Homo ele 'artiu do céu 'ara sua -ornada$ Eu foi zom,ar de \g"n e lo["n$ (ue !r"nm#lá havia ,uscado e

conseguido a li,eraç*o dele antes da 'artida 'ara o mundo$ e (ue ele estava indo 'ara ter 'lenosucesso onde eles tinham falhado. 7le revelou)lhes (ue suas falhas formam seu castigo 'or n*oterem ,uscado e n*o terem recrutado seu a'oio antes de ir 'ara a terra. 7le os fez se lem,rar do 'rovér,io celeste de (ue ? c*o segue a'enas a(ueles (ue o tratam com ,enevol%ncia.B

<or inve-a e raiva$ \g"n criou uma es'essa floresta 'ara o,struir o caminho$ ele tinha chegado antesao mundo.

Hhegando na(uele 'onto !r"nm#lá e seus seguidores n*o 'uderam 'rosseguir$ 'ois eles careciam deinstrumentos 'ara lim'ar seu caminho através da floresta. 7n(uanto es'eravam$ o rato ofereceu)se 'ara traçar o caminho 'ara a terra. 7le realmente traçou o caminho 'orém sendo um animal 'e(uenino$ o caminho (ue ele lim'ou n*o era largo e forte o suficiente 'ara 'ro'orcionar a

 'assagem ade(uada de uma figura humana.

@oi neste estágio (ue !r"nm#lá chamou \g"n 'ara a-udá)lo. \g"n com'areceu e re'reendeu!r"nm#lá 'or n*o t%)lo comunicado antes de 'artir 'ara o mundo. !r"nm#lá imediatamente sedescul'ou com \g"n e e>'licou (ue longe dele ignorá)lo$ ele tinha na realidade 'edido a EV 'arainformá)lo de sua iminente -ornada 'ara a terra. Duando \g"n relem,rou (ue Eu realmente vieraavisá)lo$ ele se calou e concordou em lim'ar a rota (ue ele havia ,lo(ueado. +odavia ele informou!r"nm#lá (ue -á na terra$ ele alimentaria seus seguidores com a mesma comida lascasJ com (ue ele

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\g"nJ tinha alimentado seus seguidores durante sua ,reve 'erman%ncia na terra. este modo afloresta foi removida e !r"nm#lá continuou sua -ornada com seus seguidores.

Antes de !r"nm#lá atingir o 7re,us$ a fronteira entre o céu e a terra$ lo[um tam,ém criou umo,stáculo$ um enorme rio 'ara interce'tar o caminho recém constru&do 'or \g"n 'ara o mundo.Duando ele e seus seguidores chegaram = margem do rio$ n*o 'uderam 'rosseguir em sua viagem.

e'ois de rondar durante algum tem'o$ lo["n surgiu e (uestionou !r"nm#lá 'or ter ousado 'artir 'ara o mundo sem t%)lo comunicado. ovamente !r"nm#lá se descul'ou e e>'licou (ue ele tinha naverdade$ antes da 'artida$ enviado EV 'ara avisá)lo de seu 'ro'0sito de via-ar 'ara a terra.

Gelem,rando (ue de fato Eu o tinha informado$ lo["n 'erdoou !r"nm#lá e secouinstantaneamente o rio 'ara (ue !r"nm#lá e sua e(ui'e 'rosseguissem 'ara o mundo.

Hontudo antes de 'artir lo["n recomendou a !r"nm#lá a fazer o (ue ele fez 'ara alimentar seusseguidores$ com água$ (uando chegassem ao mundo.

Hom essas 'rescriçes !r"nm#lá entrou no mundo. 'onto no (ual eles entraram era uma floresta

muito densa$ ent*o ele ra'idamente convocou seus seguidores 'ara construir ha,itaçes tem'orárias 'ara eles mesmos en(uanto ele estava ocu'ado 'lantando 'rodutos agr&colas (ue trou>e do céu.

e modo (ue estando sendo 'lantados$ Eu interveio e os fez desenvolver)se e 'roduzir frutas nomesmo dia do seu 'lantio. a manh* seguinte os 'rodutos agr&colas estavam todos 'rontos 'araserem colhidos. 7stes inclu&am milho$ um ti'o de ,ananeira$ inhames$ co(ueiros$ etc$ e umavariedade de frutas. s 'ássaros e animais (ue ele trou>e tam,ém se multi'licaram da noite 'ara odia através das ma(uinaçes de Eu e eles tam,ém estavam 'rontos 'ara o a,ate ao amanhecer.

<ela manh* os seguidores de !r"nm#lá se reuniram 'ara 'erguntar 'or sua comida$ em res'eito = 'romessa feita a \g"n no céu$ de alimentar seu 'ovo como ele havia feito$ !r"nm#lá deu lascas demadeira 'ara todos eles. e'ois ele tam,ém res'eitou a 'romessa feita a l0[un$ dando lhes água

 'ara ,e,er.

Isto é muito sim,0lico$ 'or (ue a 'artir da& a tradiç*o foi esta,elecida de (ue os seres humanosiniciariam seus dias mascando lascas 'ara lim'ar os dentes. Isto é seguido 'elo uso da água 'araen>aguar suas ,ocas.

7sta tradiç*o so,reviveu até os dias de ho-e se ,em (ue com 'e(uenas modificaçes$ como o uso daescova de dente e 'astas com as (uais ainda assim se a'ro>imam da mastigaç*o das lascas. A'0s aescovaç*o dos dentes a água ainda é usada 'ara en>aguar a ,oca.

A'0s ter dado as lascas e a água 'ara seus seguidores$ eles ainda estavam 'erguntando 'or suacomida. 7le lhes informou 'ara irem = fazenda (ue tinha ent*o florescido e colher os g%neros

aliment&cios 'ara comerem. 7les tiveram um dia no cam'o e começaram a comer todo ti'o dealimento 'ara alegrar seus coraçes. s animais e 'ássaros tam,ém estavam dis'on&veis ema,undncia 'ara 'ro'orcionar carne 'ara todos eles. ali em diante eles 'ermaneceram alegrementena terra como seus 'rimeiros ha,itantes.

ais tarde !r"nm#lá via-ou 'ara o céu 'ara informar seu sucesso a eus$ e todas as outrasdivindades começaram a ir 'ara o mundo uma a'0s a outra com suas comitivas de seguidores.

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 0s 'oderemos ver nos 'r0>imos ca'&tulos e volumes $ (ue os feitos de !r"nm#lá evocaram ainimizade 'ara ele das outras divindades. Isto é a interminável inve-a no mundo de ho-e entre osativos e os vaga,undos$ e>cel%ncia e indol%ncia$ sucesso e fracasso e todas as outras forças 'ositivas e negativas$ (ue afetam as vidas dos seres humanos.

Isto e>'lica 'or(ue a(ueles (ue se esforçam em ter sucesso se e>'em ao descontentamentoda(ueles (ue tentam e falham ou a(ueles (ue se recusam a tentar tudo. F im'ortante relem,rarneste estágio $ (ue tudo (ue n0s fazemos (ue nos ,eneficia na vida é em funç*o do roteiro divino$acom'anhado ao mundo 'or seu ancestral r&ginal (ue esta,eleceu uma ha,itaç*o humana na terra.

s ade'tos de Ifá s*o ho-e descendentes do 'rimeiro con-unto de seres humanos (ue seguiram!r"nm#lá ao mundo. mesmo é verdade de \g"n e seus seguidores$ =ng0 e seus seguidores$lo["n e seus ade'tos$ ;an['ana e seus fiéis$ etc.$ etc.

 esse &nterim$ !r"nm#lá foi ao céu 'ara informar do sucesso de seus esforços ao <ai +odo<oderoso. Hhegando$ !r"nm#lá re'ortou o sucesso de sua 'rimeira miss*o a eus e finalmente aoHonselho de ivindades. As novidades do seu sucesso forma rece,idas com murm"rios de inve-a emarcou o in&cio do encerramento da afinidade (ue e>istiu entre as divindades. este 'onto$ se

demonstra (ue ao contrário do (ue se tem acreditado Eu n*o é o cul'ado 'or todo o azar$ 'or(ueele é a'enas a 'ersonificaç*o do mal$ e n*o o mal em si.

 0s 'oderemos ver mais tarde (ue a'esar de n*o ter o 'oder de criaç*o$ ele tem ha,ilidade 'aramutilar (ual(uer coisa e (ual(uer um (ue foi criado$ o (ue é es'erado$ 'ois eus se a'resenta 'araneutralizar as forças das trevas as (uais Eu re'resenta. Assim Eu garante (ue longe de seremeliminadas$ as forças do mal continuam 'ros'erando.

7ste com,ate tem continuado 'ara e>'ressar 'or si mesmo a 're'onderncia do mal so,re o ,em naterra$ até o 'resente momento 'elo menos. 0s veremos mais so,re estes argumentos (uandoformos analisar a influ%ncia de Eu no firmamento.

 a ca,eça de muitas divindades 'erversas$ é a ivindade da orte (uem é res'onsável 'ela mortede todos os seres vivos criado 'or eus. a verdade n0s veremos (ue ele é a "nica divindade (ue sealimenta diretamente dos seres humanos a (ual era a mais contente entre todas as divindades(uando o homem foi criado 'or eus. 7le e>clamou na criaç*o do homem$ ?@inalmente eus criouum alimento ,ásico a'etec&velJ 'ara mimB

7le a'anha suas v&timas 'or meio das (uatro divindades mais agressivas. 'rimeiro deles é \g"n$(ue é res'onsável 'or toda destruiç*o (ue resulta da luta$ fogo$ guerras e acidentes. 7le dizima 'orgrandes (uantidades. Rá =ng0$ (ue tam,ém destr0i a'esar de faz%)lo s0 (uando suas v&timasinfringiram leis naturais. Rá ;an['ana (ue destr0i indiscriminadamente através das e'idemias edoenças divinas a (ual é a es'osa da morte e (uem destr0i 'ela eutanásia. +am,ém há a oiteivina$ (ue destr0i seres inocentes 'ela multid*o. +odas estas divindades s*o criadas 'or eus e

tem seu 'oder dado 'or 7le. 0s veremos (ue a mais 'oderosa de todas as divindades criadas 'oreus é o Infort"nio ou ,stáculo. 7le é a divindade mais chegada a eus$ 'or ser o res'onsável 'elo <alácio ivino.

uitas destas divindades assumiram imediatamente uma 'ostura agressiva no momento em (uesou,eram (ue !r"nm#lá tinha rou,ado a cena deles. 7les imediatamente votaram em ir e destruir omundo esta,elecido 'or !r"nm#lá.

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e sua 'arte$ ele ra'idamente convocou Eu 'ara au>iliá)lo$ o (ual disse 'ara n*o se 'reocu'ar. Eugarantiu a !r"nm#lá (ue as divindades ,elicosas destruiriam a si mesmas antes de destruir o mundocriado 'or ele. !r"nm#lá tam,ém foi = divindade ,stáculob7lenini e ,an(ueteou)o ela,oradamente 'ara angariar o seu su'orte e coo'eraç*o. 7n(uanto isso$ todas essas divindades começaram a fazer 'lanos 'ara sua viagem a terra.

U7`: 7PI nos revelará mais tarde como todos eles 'artiram 'ara o mundo e como se levou tr%sanos 'ara lá chegar.

!r"nm#lá tinha sido avisado 'ela divinaç*o 'ara se certificar$ (ue era 'or fim autr&zado a via-ar 'ara a terra. 7le tam,ém foi advertido (ue haveria uma chuva torrencial na terra (ue duraria mildias e noites. 7le desafiou a chuva e n*o 'rocurou nenhum a,rigo antes de chegar ao seu destino.

:ma a'0s a outra$ as divindades 'artiram 'ara a terra$ chegando na fronteira$ desco,riram (ueteriam (ue atravessar o "ltimo rio no céu com uma min"scula 'onte de corda$ a (ual s0 'oderiaacomodar um 'assante de cada vez. Xevaram ,astante tem'o 'ara atravessar o caminho 'oss&vel dorio. Hhegando ao 7re,us$ regi*o de trevas cont&nuas$ desco,riram (ue estava chovendo e todoscomeçaram a 'rocurar a,rigo aonde 'udessem 'ermanecer. +odos seus 'lanos 'ara destruiç*o do

mundo tinham)se eva'orado no ar rarefeito$ como resultado das dificuldades (ue eles encontraramno caminho tramadas 'or Eu . 7ntre as divindades amigáveis (ue estavam no caminho de!r"nm#lá$ estava :le casaJ e YgMdM feitiçariabencantamentoJ. :le$ (ue n*o faz movimento 'ediu a!r"nm#lá 'ara carregá)la em sua ,olsa divinat0ria. YgMdM$ (ue n*o tinha mem,ros informou a!r"nm#lá (ue a ,atalha (ue o es'erava na terra seria muito árdua$ 'ortanto ele o advertiu 'ara levá)lo engolindo)o$ au>iliando o ent*o em tudo a(uilo (ue ele disse (ue !r"nm#lá viria a 'assar.

!r"nm#lá atendeu os dois 'edidos.

e modo (ue avisado$ ele es'erava 'or tudo das divindades agressivas (ue 'artiram 'ara a terraantes (ue ele fosse. Duando ele chegou na margem do rio$ encontrou somente uma divindadees(uerda \siJ.

7ra a Gainha da @eitiçariabWru>aria chamada IZami soronga em UorV,á e IZenighee['e em WiniJ.

7la tam,ém estava fraca 'ara atravessar a 'onte. 7la tinha im'lorado a todas as outras divindades 'ara a-udá)la a atravessar a 'onte$ mas todos eles recusaram$ 'or(ue tradicionalmente tinham medodela.

Duando ela viu !r"nm#lá vindo$ ela lhe im'lorou 'ara a-udá)la$ mas ele lhe res'ondeu dizendo (uea 'onte 'odia a'enas com um "nico ocu'ante 'or vez. 7nt*o ela 'ro'Ks (ue !r"nm#lá a,risse sua ,oca 'ara ela voar 'ara dentro$ 'rometendo sair no final da a'onte. Hom o (ue !r"nm#lá foio,rigado a aceitar. 7le tinha ignorado o fato de (ue ela era a "nica divindade (ue -urou destru&)lo naterra. a ca,eceira da 'onte$ !r"nm#lá disse)lhe 'ara sair$ mas ela se recusou com ,ase em (ue seu

estKmago era o domic&lio ideal 'ara ela. 7le ,lefou (ue ela 'assaria fome dentro do seu estKmago$mas ela cancelou o ,lefe$ tomando um 'edaço de seu intestino e dizendo)lhe (ue toda sua comida ,ásica era a,undante dentro dele. Horaç*o$ f&gado$ intestinos$ etcJ

<erce,endo o risco em tinha se envolvido$ ele ra'idamente usou seu instrumento de divinaç*o 'ara ,uscar a soluç*o. 7le tirou uma ca,ra de sua sacola$ sacrificou e a cozinhou. 7stando o cozido 're'arado$ ele a convidou 'ara vir 'ara fora 'ara comer$ mas ela disse (ue ela s0 'oderia comer em 'articular. 7le ent*o conseguiu uma rou'a ,ranca e fez uma ,arraca im'rovisada com ela. 7la ent*osaiu e se escondeu dentro da tenda e comeu a carne de ca,ra.

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defender a si mesmos contra os maus des&gnios das divindades agressivas. Duando chegou no 'ontoem (ue !r"nm#lá e seus seguidores tinham usado todo seu dinheiro 'ara fazer sacrif&cios 'aradissi'ar as armaçes maléficas das demais divindades$ ele resolveu 'erguntar ao seu ?guardi*oB o(ue fazer a esse res'eito.

7le foi avisado a 're'arar um novo encantamento es'ecial$ referido como ],etug,etu em UorV,á$ou Ataighimua em Wini. e'ois de 're'ará)lo$ ele o utilizou em visita a \g"n e 'ediu)lhe 'araentregar todos os A8 (ue ele tinha so, sua cust0dia. Hom este encantamento é 'oss&vel invocar(ual(uer um conduzindo)o como ordenar o usuário. <or esta raz*o !r"nm#lá 're'arou oencantamento conforme o com,inado e fez visita a \g"n. Hhegando na casa de \g"n$ !r"nm#ládisse)lhe (ue ele veio 'ara levar todos os A8 com ele. ;em nenhuma hesitaç*o (ual(uer (ue se-a$\g"n foi até seu tesouro e o trou>e todo 'ara fora e o entregou 'ara !r"nm#lá. Hom o A8 em suasm*os !r"nm#lá foi 'ara casa e chegando engoliu a todos os A8.

Hinco dias de'ois$ \g"n (uis usar seu 'r0'rio A8 e foi ao seu tesouro ,uscá)lo. <ara seu es'antodesco,riu (ue n*o a'enas n*o localizava o seu 'r0'rio A8$ como tam,ém todos os 'ertencentes asdemais divindades tinham desa'arecido.

7le tentou relem,rar (uem o visitou durante os cinco dias$ mas -á (ue sua mem0ria havia lhefalhado$ ele decidiu checar com as divindades. 7le foi 'rimeiro a casa de !r"nm#lá 'erguntar se elefoi até sua casa coletar o seu A8. !r"nm#lá negou t%)lo visitado alguma vez$ e t%)lo dei>ado em 'az 'ara ca'turar os A8 dele. Hom o A8 divino desa'arecido$ !r"nm#lá e seus seguidorestiveram uma trégua e começaram a levar a vida alegremente e em 'az.

O MUNDO *- -*TA3-L-C-

Assim (ue ,ases firmes foram esta,elecidas 'ara a ha,itaç*o 'ermanente na terra$ mais ha,itantesdo céu começaram a fazer visitas fre(entes. A(ueles (ue tornaram o céu um lugar ina,itávelfugiram 'ara o mundo. utros sa&ram 'or curiosidade. A grande mair&a da(ueles (ue seguiram as

divindades ao mundo eram seus seguidores no céu.

7ste livro estará se restringindo a'enas aos familiares de !r"nm#lá e =(ueles (ue o seguiram aomundo.

Inicialmente$ foi 'oss&vel 'or muito tem'o caminhar a 'é do céu 'ara este mundo e voltar.

@oi um 'edido feito 'elo g%nero feminino a Eu (ue aca,ou com a 'assagem f&sica entre o céu e aterra. Anteriormente$ era 'oss&vel dei>ar o céu e chegar ao mundo ainda com as l&m'idaslem,ranças de tudo a(uilo (ue se dese-asse$ a fim de 'oder realizar na terra. @oi Eu e 7lenini (uem ,lo(uearam a mem0ria durante a 'assagem. Duando as divindades 'artiram do céu uma a'0s aoutra$ eles a,andonaram os seus seguidores e descendentes em uma vida sem rumo na terra.

 0s -á vimos o conflito (ue caracterizou a co)ha,itaç*o terrestre das divindades. medida (ue elasretornaram 'ara o céu$ uma a'0s a outra$ os conflitos se tornaram ainda mais ferozes entre os leigosmortais. (ue esclarece os com,ates$ guerras$ traiçes$ tumultos e destruiç*o m"tua (ue continuacom vida entre os ha,itantes da terra até os dias de ho-e. @oi assim desde o in&cio e assim 'ermanecerá até o fim dos tem'os. A cul'a n*o é totalmente dos homens$ é o refle>o do conflitointerminável entre o ,em e o mal.

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CAPÍTULO V COMO O ;OM-M #-IO DO CU PARA A T-RRA

Rá sem're a tend%ncia de ver o homem a,solutamente de uma 'ers'ectiva ,iol0gica. :m homem euma mulher unem)se e uma criança nasce deles$ a criança nova é vista como uma identidade

inde'endente. 0s -á vimos (ue no in&cio da colonizaç*o terrestre$ seres humanos via-avam 'araeste mundo so, as ordens de uma ou outra das divindades.

 0s veremos nos 'r0>imos ca'&tulos (ue a 'erman%ncia de um homem no mundo é sim'lesmenteuma continuaç*o de suas atividades no céu. 0s -á vimos (ue antes do homem vir viver no mundo$os ha,itantes do céu via-aram a 'é 'ara a terra$ com'letavam suas tarefas na terra e retornavam 'arao céu. @oi EV (uem ,lo(ueou a livre 'assagem entre o céu e a terra e fez do "tero feminino ocaminho de 'assagem entre os dois lugares.

7nt*o antes$ a 'élvis em todos os animais como nas 'lantas era na ca,eça$ mais es'ecificamente natesta e tam,ém n*o era reconhecida e nem res'eitada$ tanto nos animais como nos seres humanos. A 'élvis$ (ue era um organismo vivo no céu$ foi 'ara a divinaç*o e lhe foi dito 'ara fazer sacrif&cio

com um ,ode 'reto 'ara Eu e assim foi feito. e'ois disso Eu 'ediu a f%mea 'ara a,rir suas 'ernas e tirou a 'élvis 'ara fora de sua testa e a 'osicionou entre as 'ernas dela. 7le ent*o e>traiuuma 'arte do couro do cor'o do ,ode com o (ual a 'élvis havia lhe feito o sacrif&cio$ e Eu usou o 'ara revestir a 'élvis com'letamente no seu novo domic&lio entre as 'ernas femininas. e'ois dissoEV foi até a fronteira entre o céu e a terra e a ,lo(ueou 'ara sem're com uma escurid*o total.

A(uela 'arte do sistema 'lanetário a (ual se a'ro>ima na mitologia grega do chamado 7re,us. @oiEu (uem ,lo(ueou 'ermanentemente e ordenou (ue fossem guardados os 'ortes do céu$ 'ermanentemente ocu'ado 'or via-antes vindos da terra 'ara 'edir 'or crianças no céu$ a 'artir da&$(ual(uer um$ animais e seres humanos igualmente (ue (ueriam ter crianças a'elariam = 'élvis e o"tero de todas as f%meas foi feito 'ara sim,olizar a escurid*o e o mistério da 'assagem 'elo 7re,us. 'er&odo de gestaç*o (ue leva 'ara uma f%mea dar a luz a um -ovem$ tam,ém se a'ro>ima do

tem'o levado 'elas diferentes es'écies de fam&lias animais 'ara via-ar do céu$ do tem'o (ue umacriança leva.

 0s veremos como a atraç*o m"tua entre os 0rg*os re'rodutores de macho e f%mea veio acaracterizar a ,ase de toda a e>ist%ncia. 0s tam,ém desco,riremos nos 'r0>imos ca'&tulos como o '%nis e a 'élvis 'or um lado e o 0vulo e o es'ermatoz0ide no outro$ fizeram o sacrif&cio 'ara tornar 'oss&vel a eles coo'eraram 'ara dar a luz a uma criança do céu.

Antes de vir 'ara o mundo$ todos os seres humanos fazem seus 'r0'rios 'edidos ecom'rometimento no <alácio ivino de eus. Alguns 'referem fazer visitas ,reves ao mundo eretornar ao céu t*o ra'idamente (uanto eles vieram. utros 'referem retornar na fase inicial davida$ meia idade$ en(uanto outros 'referiam retornar na idade madura. Duando n0s fazemos nossos 'edidos no altar divino no <alácio de eus$ o servo favr&to de eus$ chamado Infort"nio$ a mais 'oderosa das divindades$ é a "nica 'resente. s UorV,á chamam)no 7lenini en(uanto os Wini ochamam de Ido)Woo. 7sta é a "nica força ca'az de ser o,stáculo = realizaç*o do nosso destino naterra$ 'or (ue ele está 'resente (uando n0s fazemos nossos votos de vida. A(ueles (ue s*ocuidadosos o suficiente em 'agar homenagem a ele antes de 'artida do céu rece,em uma licença 'ara ir ter com seus neg0cios na terra sem 'ro,lemas ou o,stáculo.

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A INLU<NCIA DO O3*TCULO DI#INO NO NO**O D-*TINO

INr&gog,e$ um dos du mais velhos disc&'uloJ de !r"nm#lá$ revelará mais tarde a influ%ncia emnossas vidas da divindade chamada Infort"nio. 7lenini Ido)WooJ é o guarda da Hmara interna do<alácio divino de eus$ aonde todos vamos nos a-oelhar 'ara fazer os 'edidos e -uramentos 'ara anossa 'erman%ncia no mundo. :ma vez tendo com'letado as 'rovid%ncias 'ara nossa 'artida$

seremos conduzidos 'or nossos ?an-os guardiesB = cmara interna$ aonde fazemos nossos 'r0'riosdese-os. eus n*o nos conta o (ue vai ou n*o vai acontecer conosco ou nos dar algum des&gnioes'ecial. +udo a(uilo (ue vemos$ dese-amos fazer ou transformar$ 7le sim'lesmente a,ençoadizendo/ ?) Due assim se-a minha criançaB

Duando INr&gog,e estava indo 'ara a terra$ ele fez um 'edido$ (ue (ueria modificar a face daterra$ eliminando todo mal e elementos viciosos. <ara ser ca'az de e>ecutar sua tarefa$ ele solicitoude eus um 'oder es'ecial so,re a vida e a morte. eus res'ondeu (ue seu 'edido estavaconcedido.

7nvolvido 'elo 'oder concedido a ele 'or eus$ 'artiu ra'idamente em sua -ornada 'ara a terra. ;euan-o guardi*o o relem,rou da necessidade de assegurar seus 'edidos com 7lenini a mais 'oderosa

divindade$ mas ele disse ao seu an-o (ue n*o havia força maior (ue eus e desde (ue ele tinhao,tido autr&zaç*o divina$ n*o via 'or(ue se -ustificar com alguma divindade inferior. Assim (uedei>ou o 'alácio divino$ 7lenini inverteu os dese-os de INr&,og,e. a chegada a terra$ eledesco,riu (ue ao contrário de seus 'edidos$ estava se encontrando 'or acaso em dificuldades. eio asa,er (ue tudo a(uilo (ue ele 'ediu estava acontecendo sem're ao contrário. Duando ele rezava 'ara 'essoas viverem$ eles morriam$ en(uanto a(ueles (ue ele dese-ava mortos$ viviam.

7le se tornou muito amargurado e desiludido$ 'or (ue ninguém se atrevia a ir até ele 'ara consultaro oráculo$ ou 'edir au>&lio$ desde a(uilo (ue havia feito$ 'agava muito caro 'or isso. A'0s 'assarfome dentro de sua frustraç*o 'or algum tem'o$ ele decidiu retornar ao céu.

Hhegando ao céu$ ele foi ao seu an-o (ue o relem,rou do aviso dado a ele antes da 'artida do céu.

@oi neste 'onto (ue ele concordou em ir ao oráculo$ aonde foi informado a fazer sacrif&ciosela,orados 'ara 7lenini$ a mais velha das divindades. 7le fez o sacrif&cio e retornousu,se(entemente 'ara a terra 'ara uma vida 'rodutiva e realizada.

A UNÇÃO DO AN2O UARDIÃO

'rinci'al ar(uiteto do nosso destino$ tanto no céu como na terra é o nosso an-o guardi*o. 7le nosinforma o (ue fazer antes da vinda do céu 'ara o mundo. Alguém (ue segue a direç*o e asinstruçes de seu an-o guardi*o nunca se 'erde. s UorV,á o chamam 7leeda e os Wini o chamam7hi. A(ueles (ue s*o meticulosos o ,astante 'ara ir ao oráculo no céu antes de vir 'ara o mundo$ e

fazer tudo a(uilo (ue lhes for avisado no -ogo 'ara fazer$ agenta melhor até mesmo mudanças deuma 'erman%ncia tran(ila e razoável na terra.

A(ueles (ue se recusam a acatar as 'rescriçes ou ent*o fazem a'enas metade$ encontram todo ti'ode 'ro,lemas em am,as as -ornadas$ na vida e no mundo. +odas as criaturas animadas 'or eus temseu an-o guardi*o individual. +anto as divindades inferiores e humanos igualmente s*oconhecedoras de ter seus guardies. 7sses guardies moram no céu e guardam vigia so,re nossasatividades na terra. Acredita)se na mitologia (ue a som,ra de uma 'essoa é a imagem do seuguardi*o. os seguindo aonde (uer (ue n0s vamos. casionalmente (uando n0s estamos

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adormecidos$ sonhamos com um evento 'or vir e algumas 'essoas atualmente est*o 'erce,endoestes eventos. 7stes livros est*o re'letos de 'assagens nas (uais o guardi*o de várias 'essoas lhesa'arece em sonhos 'ara guiá)los em suas atividades na terra. Isto acontece na mair&a dos casos(uando um indiv&duo está se desviando do caminho do seu destino e ele n*o é dado a ir consultar ooráculo.

F em tais circunstncias (ue o an-o recorre ao uso dos sonhos ou avisos através de amigos &ntimos e 'arentes$ 'ara nos advertir so,re eventos 'restes a acontecer. Duando o an-o desco,re (ue seu 'u'ilo n*o acredita em sonhos$ sem're 'ode falar com ele através de outras divindades. Rá muitose>em'los em (ue um vidente estranho chega 'ara uma 'essoa ao longo da -ornada em seu local detra,alho ou em sua casa 'ara alertá)lo de 'erigos 'restes a acontecerem e o (ue ele 'ode fazer 'aradesviá)los.

Assim todos os e>em'los s*o ar(uitetados 'or nossos an-os. <ara a(ueles (ue acreditam no oráculoe em sacrif&cios$ s*o fre(entemente avisados a fazer sacrif&cios 'or meio de seus an-os.

 0s iremos desco,rir através destes livros (uais materiais 'ara tais sacrif&cios s*o usados 'elosan-os 'ara rece,er r&entaç*o do Alto 'oder 'ara ter su'orte na realizaç*o dos vários o,-etivos de

nossas vidas.

'a'el mais im'ortante do guardi*o é usar o sacrif&cio feito 'or seu tutelado no céu 'arahomenagear todas as divindades com 'rovável desem'enho de funç*o em suas atividades diárias naterra. A(ueles (ue falham em fazer tais sacrif&cios no céu$ s*o os (ue se tornam 'o,res na terra. ssacrif&cios s*o feitos através de nossos an-os antes de 'artir do céu$ e a'ro>imando)se a semeadura $n0s semeamos$ fato (ue$ como a noite segue o dia$ 'roduz o ,enef&cio o (ual n0s colheremos de'oisno mundo.

F uma 'ar0dia da -ustiça divina$ louvar uma vida de 'er'étua 'rivaç*o e 'en"ria$ levando isso comointegridade moral. <o,reza n*o é sinKnimo de virtude$ 'or (ue a ninguém é dada = o'ç*o deescolher entre o'ul%ncia e 'en"ria.

 A verdade sim'les é (ue ninguém colhe a(uilo (ue n*o 'lantou$ ninguém vai 'egar seu 'acote de 'agamento donde ele n*o tenha tra,alhado. inguém vai tirar dinheiro de um ,anco no (ual ele n*otenha de'ositado ou tenha crédito.

 inguém es'era colher dividendos de uma com'anhia na (ual ele n*o tenha investido. 7 ninguémes'era o,ter um certificado ou di'loma de um curso ou estudo (ue ele n*o tenha realizado comsucesso. a mesma maneira$ ninguém es'era ter uma vida ,oa na terra$ se n*o fez o sacrif&cio antesde sua vinda do céu.

A ORÇA DO D-*TINO -M NO**A* #IDA*

Homo -á foi indicado$ a duraç*o de nossa 'erman%ncia na terra$ o ti'o de tra,alho (ue fazemos$ e ograu de nosso sucesso ou fracasso na vida s*o todos funçes de nossas 'r0'rias solicitaçesdestinadas. 0s veremos 'or e>em'lo os tra,alhos de INr&,og,e$ (ue se uma 'essoa escolhe 'agaruma visita rá'ida no mundo$ n*o haveria virtualmente nada (ue se 'udesse fazer 'ara 'rolongar avida de tal 'essoa na terra$ e>ceto em raras circunstncias$ aonde seu guia divino 'ode modificar odestino 'ro'enso. 7sta classe de 'essoas é (ue s*o chamadas I7G7 em UorV,á e Ig,o[huan emWini$ v%em 'ara o mundo 'or umas 'oucas horas$ dias$ semanas$ meses ou anos e morrem (uandochega = hora escolhida. @oi a'enas !r"nm#lá (ue desco,riu o segredo de como 'rolongar as vidas

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de tais 'essoas na terra$ (ue ocorre a'enas se os 'ais da criança s*o ca'azes de desco,rir 'elooráculo com ,oa anteced%ncia$ (ue o nascimento da criança será Imere.

<or e>em'lo uma 'essoa vem do céu com a determinaç*o de se tornar um fazendeiro na terra.e'endendo do ti'o de li,eraç*o de 'oderes celestes (ue ele o,teve$ ele 'oderá gostar deagricultura logo (ue ele se torne adulto no mundo e 'ros'erar imensamente. ;e 'or outro lado elefalhou na o,tenç*o da li,eraç*o dos 'oderes su'eriores no céu$ ele 'ode se tornar um 'rofissionalcom'letamente diferente no (ual ele nunca será ca'az de encontrar o fim$ tendo se desviado foradas suas escolhas vocacionais ou 'rofissionais. :m 'onto significante 'ara se ter em mente é (ueninguém alguma vez relem,ra suas frases no céu na 'artida 'ara a terra.. EV usa o 'er&odo dees'era no 7re,us e o 'rocesso da infncia 'ara a'agar ,lo(uearJ toda mem0ria do (ue n0s somosno céu e o (ue 'lane-amos fazer na terra.

 inguém veio alguma vez do céu$ e>ceto os Imere$ com 'edidos ruins 'ara si mesmos. +odo mundodese-a ter sucesso na(uilo (ue faz$ mas seu sucesso de'ende 'rinci'almente na (uantia deautr&zaç*o (ue rece,eu das altas divindades antes da vinda 'ara a terra. Algumas 'essoas fogemdo céu sem o,ter a li,eraç*o de ninguém. Rá 'essoas (ue divagam 'or toda 'arte no mundo 'or(uerer uma vida estável. Duase invariavelmente uma vida tran(ila es(uiva)se deles em toda 'arte$

 -á (ue eles n*o fizeram 'rogramaç*o 'ara isso. +ais 'essoas vem ao mundo 'ara censurar e cul'areus$ seu guardi*o ou suas ca,eças e com'anheiros humanos$ 'or suas falhas e infort"nios. aseles tem (ue cul'ar unicamente a si mesmos.

E como alguém 'artindo 'ara uma nova fazenda sem estar = altura do tra,alho e nem ter comida 'ara a -ornada.

 a chegada ao mundo$ um n"mero de 'essoas é afortunada tendo ,ons 'ais (ue v*o a algum ti'o deoráculo ou outro ti'o de sacerdote. ;0 os 'ais s*o ca'azes de desco,rir a tem'o o ti'o de criança(ue eles t%m$ eles 'odem iniciar suficientemente cedo a tarefa 'ara o 're'aro dos 'és da criança nocaminho certo do seu destino.

:m as'ecto muito im'ortante do destino de uma 'essoa é a divindade dominante de sua vida.

Homo indicado anteriormente$ ante'assados dos homens vieram a este mundo so, a liderança deuma ou outra divindade. F a alguém (ue veio so, a r&entaç*o de !r"nm#lá (ue será re(uerido (uese-a ,em sucedido servindo !r"nm#lá no mundo. mesmo é verdade 'ara todas as demaisdivindades como \g"n$ =ng0$ lo["n$ !Za$ etc.

o mesmo modo$ é a 'essoa (ue veio so, a r&entaç*o de r&sa la re'resentaç*o 'ersonificadade eusJ (ue irá 'ros'erar seguindo o caminho da religi*o moderna.

A tragédia da e>ist%ncia do homem é (ue (uando um seguidor de uma divindade o,serva osseguidores de outras divindades$ felizes e contentes em sua 'r0'ria facç*o$ ele acredita (ue ele seria

igualmente ,em sucedido$ a,andonando os serviços de sua 'r0'ria divindade 'elo serviço de outra.

Rá 'essoas (ue ou caem da frigideira 'ara o fogo ou 'assam através da vida como se estivessemenvolvidos em uma ,usca sem fim 'or um 'orto seguro.

A advert%ncia 'ara tais 'essoas é irem ao algum ti'o de oráculo$ eles t%m a funç*o e autr&zaç*o 'ara desco,rir suas divindades r&entadoras. +*o logo isto se-a desvendado uma 'ro'orç*oconsiderável do tamanho de seus 'ro,lemas terá sido resolvida.

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A PO*IÇÃO DO ORCULO -M NO**A* #IDA*

A consulta oracular divinaç*oJ é definida como a faculdade da 'revis*o. em da 'alavra em latim?ivinatus$ ivinareB 'rever. A arte e a 'rática da 'revis*o dos eventos futuros ou odesconhecidos$ 'or meio de oráculos ou ocultismos. :ma 'rofecia$ 'rediç*o ou aug"rio.

ivinaç*o é a arte de 'ossuir vis*o$ 'ers'icácia e 'erce'ç*o das sortes$ infort"nios e futuro. <odeser feito algo 'ela oraç*o de videntes crist*os ou através de um sacerdote de Ifá$ ou algum outrosacerdote de outra divindade$ ou através de algum outro ti'o de oráculo. <or \g"n$ =ng0$ lo["n$etc$ sacerdotes (ue 'rev%em o futuro (uando 'ossu&dos tam,ém s*o um divinador.

Hom refer%ncia em 'articular a ivinaç*o de Ifá$ é feita numa das (uatro maneiras 'elo sacerdotede Ifá.

<ode ser feira com um ,i de (uatro 'artes$ arremessado ao ch*o e inter'retando a 'roclamaç*o do!du surgido através das 'eças do ,i. alcance do oráculo 'elas (uatro 'artes do ,i é limitado es0 sacerdotes de Ifá altamente e>'erientes v%em e dizem muito so,re isto.

ivinaç*o é feita muito fre(entemente com o ['ele$ o (ual é ca'az de traduzir o alcance total dooráculo de Ifá. 0s veremos mais tarde (ue há 256 dus no cor'o de Ifá. Alguns 'rinci'aischamados lodus s*o em n"mero de dezesseis. s 24S restantes s*o chamados sim'lesmente!dus. +odos eles contudo s*o tratados 'or seus nomes individuais.

Duando o ['ele é lançado ao ch*o$ o sacerdote l% em voz alta o !du (ue tem a'arecido 'arainformar ao in(uiridor.

Xogo (ue o nome do !du é sa,ido$ o sacerdote traça imediatamente a tra-et0ria da(uele durelevante 'ara a (uest*o 'erguntada.

;u'onhamos (ue um homem se 're'arando 'ara via-ar do céu 'ara a terra vá a um sacerdote de Ifá

no céu 'ara consultar o oráculo e o sacerdote o'te 'or usar o ['ele$ ;u'onhamos ainda (ue de'oisde lançado seu o['ele$ g,e)ligun saia. sacerdote de Ifá sim'lesmente irá relem,rar o sacrif&cio(ue g,e)ligun fez antes da 'artida 'ara a terra no começo dos tem'os. ;e 'or outro lado g,e)ligun a'areceu numa divinaç*o terrestre 'ara um homem (ue (uer fazer uma viagem$ o sacerdotede Ifá tam,ém se lem,rará = e>'eri%ncia de g,e)ligun numa situaç*o similar (uando ele estavano mundo.

!du a'arecendo 'or meio deste instrumento oracular é similar =s estrelas as (uais os astr0logosl%em (uando nasce uma 'essoa. sacerdote de Ifá tem um conhecimento razoável do (ue cada !dufez no céu e durante sua vida na terra. ;e alguém 'or conseguinte vai ao oráculo e um !du em 'articular surge$ o sacerdote s0 relem,ra o evento em 'articular na vida e o tra,alho da(uele !du$ 'ertinente ao assunto em (uest*o e informa ao consulente 'ara fazer a mesma coisa (ue !r"nm#lá

fez em circunstncias similares. ;e ele recomenda sacrif&cio e é feito de acordo$ o consulentecertamente o,terá de certa forma o au>&lio (ue !r"nm#lá teve na mesma situaç*o.

A terceira forma de divinaç*o é o I[in ou I[en em WiniJ. 7ste é constitu&do 'or 16 caroços de 'almeira transferidos entre as duas 'almas das m*os. sacerdote de Ifá 'ede ao consulente 'aratocar sua ca,eça com os 16 I[in e o sacerdote começa em,aralhando os I[in entre as m*os.

:sando a 'alma es(uerda como ,ase 'ara os I[in$ ele tenta remov%)los todos com a m*o direita. ;e 'or e>em'lo ele remov%)los todos ficando dois I[in na 'alma es(uerda ele ent*o marca uma linha

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no !'On)Ifá Wande-a de IfáJ com IZerosun ou '0 divinat0rio. 7le tam,ém marca duas linhas sea'enas um I[in 'ermanecer na m*o es(uerda.

7le vai 'or meio deste 'rocesso fazendo oito vezes até 'reencher o !du e faz%)lo a'arecer na ,ande-a. 7ste 'rimeiro !du (ue surge na ,ande-a$ o (ual fornecerá as informaçes (ue o sacerdoteirá inter'retar de'ois.

e'ois da marcaç*o do 'rimeiro !du$ vai ,uscar confirmaç*o através do mesmo 'rocesso o,tendoo segundo !du. <ara com'letar o 'rocesso ele finalmente (uestiona se há algum o,stáculo noassunto do in(uiridor. ;e é revelado 'ela terceira marcaç*o na ,ande-a (ue há o,stáculos$ osacerdote continuará a 'erguntar a causa e o ti'o$ antes constatando o (ue tem sido feito a esseres'eito 'elo consulente. s detalhes deste 'rocesso será e>'licado neste livro mais tarde.

A (uarta e mais im'ortante forma oracular é uma (ue tem seu lugar (uando uma 'essoa está 're'arando seu 'r0'rio assentamento de !r"nm#lá ou (uando ele é iniciado em Ifá. Due é (uandoele se encaminha 'ara :g,odu. 'rocesso ad(uire a mesma forma anterior$ mas neste momento o 'rimeiro !du (ue sai no :g,odu$ se torna o nome do iniciado de !r"nm#lá. A vida hist0ricada(uele !du é narrada ao iniciado e sua vida irá e>'erimentar os mesmos 'ro,lemas e e>'ectativas

como a(ueles do !du.

A* ORÍ-N* DO* PRO3L-MA* #I#-NCIADO* P-LO* *-R-* ;UMANO* NA T-RRA

;e o guardi*o 'erce,e (ue o n"mero de inimigos (ue está determinado a destruir seu filho ou filha$ou frustrar sua fortuna sorte na vidaJ s*o muitos$ ele a,orda uma ou outra divindade 'ara seguir seufilho aJ ao mundo 'ara 'roteg%)lo aJ contra as ma(uinaçes de tais inimigos.

Hhegando a terra$ se uma 'essoa é afortunada de encontrar 'or acaso o condutor divinosuficientemente cedo na vida$ ele é ca'az de levar uma vida confortável. <or outro lado = 'essoa 'erde seu caminho e o'ta 'or uma religi*o (ue lhe trará os ,raços com'ridos do seu r&entador

divino$ ele ou ela torna)se v&tima de todas as dificuldades criadas 'elos inimigos declarados TJ.

7ste é o 'or(ue de nossos ante'assados conce,eram a 'rática da cerimKnia da nomeaç*o como ummeio de desvendando as 'ers'ectivas e 'ro,lemas (ue es'eram 'elo recém nascido$ a fim de iniciarcedo a remover os o,stáculos de seu caminho.

A(ueles (ue t%m vivido uma vida razoavelmente inofensiva no céu$ talvez venham ao mundo semmuitos 'ro,lemas. Rá 'essoas (ue s*o vistas ter sucesso sem muitas dificuldades na vida. +aise>em'los s*o contudo raros em nosso meio.

 ormalmente nos tornamos adultos no mundo 'ara desco,rir a n0s mesmos tendo dificuldades comnossos 'ais$ irm*os$ irm*s$ colegas$ contem'orneos$ associados$ maridos$ etc...$etc.$ sem conhecer

e>atamente o 'or(ue .

<essoas tomam anti'atia 'or outras a 'rimeira vista sem uma causa a'arentemente vis&vel. Aomesmo tem'o -ustamente (uando todas as es'eranças 'arecem ter aca,ado$ alguém a'arece do azul 'ara oferecer socorro. A(ueles (ue entendem os segredos da vida n*o s*o fre(entementesur'reendidos 'or esses acontecimentos$ 'or (ue o 'lano foi feito com anteced%ncia no céu.

 inguém vem ao mundo com mau destino. Ao contrário da idéia tida comumente (ue eus ordena$se-a (ual for o destino (ue nos aconteça na terra$ o <ai unicamente confirma tudo (ue n0s

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dese-amos 'ara n0s mesmos (uando com'arecemos no altar divino 'ara fazermos nossos 'edidos 'ela 'erman%ncia na terra.

F irreal imaginar (ue o todo misericordioso e amado eus discriminará ordenando a alguns a setornarem ,em sucedidos e outros a se tornarem falidos e frustrados na terra.

+odos vindo 'ara a terra 'edem 'or sucesso e 'ros'eridade. :ma ilustraç*o 'rática e>'licará estefenKmeno.

Homo -á demonstrado no ca'&tulo do destino$ nossa vida na terra é continuaç*o de nossa vida nocéu. Homo n0s tivemos muitos inimigos e amigos no céu$ assim n0s os temos na terra. <ortanto(uando uma 'essoa vai ante o altar divino 'ara fazer seus 'edidos 'ara sua -ornada a terra$ ele roga 'or todas as coisas ,oas da vida. Duando ele com'leta suas 'reces$ eus o marca com seu cetro deautr&dade e diz/ ?Due se faça 'ara voc%.B

Duase imediatamente um maledicente vem = frente do altar de eus no céu 'ara dizer (ue logo (uea 'rimeira 'essoa inicie a su,ir a escada do sucesso ele aJ o arrastar*o 'ara ,ai>o. ovamente eusavaliza com seu cetro os 'edidos do inimigo do 'rimeiro orador.

Xogo o amigo da 'rimeira 'essoa vem 'edir (ue todas as vezes (ue o inimigo sair 'ara atingir o 'rimeiro 'edinte$ ele aJ o defender*o. eus tam,ém confirmará os 'edidos da terceira 'essoa.

A corrente de 'edidos continua desta maneira$ sem (ue ninguém sai,a se as 'essoas anteriores s*o afavor ou contra ele aJ. 7les todos v*o 'ara o mundo$ e 'odem nascer como crianças dos mesmos oude 'ais diferentes. Homo eles se tornam adultos$ 'odem se ver como irm*os$ irm*s$ amigos$ colegasde escola$ colegas de tra,alho$ mem,ros de um mesmo clu,e$ namorados$ maridos$ es'osas ouent*o entre es'osas do mesmo marido.

7fosa estava tendo muitos 'ro,lemas no céu$ e ele concluiu a'0s sua via-em retornando da terra (ueera um lugar interessante 'ara viver. 7le decidiu 'or fim aos seus 'ro,lemas no céu$ via-ando 'ara a

terra.

7le foi antes ao ivino <alácio e fez vários 'edidos 'or 'ros'eridade e longevidade na terra. <ai+odo <oderoso a,ençoou seus 'edidos e ele estava convencido de (ue a(uilo era tudo (ue ele 'recisava.

Xogo (ue dioma ficou sa,endo (ue 7fosa estava 'artindo 'ara o mundo$ ele tam,ém -urou segu&)lo 'ara acertar suas contas com ele. @oi antes ao Altar ivino 'ara 'edir 'or sucesso na suaem'reitada de fazer 7fosa (uitar seu dé,ito de 3S[ na terra. adame A[uarosa (ue afiançou 7fosaem sua d&vida com dioma$ tam,ém veio ao ivino Altar 'ara 'edir (ue ela tam,ém viria aomundo 'ara au>iliar 7fosa a cum'rir sua tarefa de (uitar o dé,ito. s 'edidos dela tam,émrece,eram as ,%nç*os divinas.

guardi*o celeste de 7fosa$ sendo um an-o (ue o'era no es'&rito$ sa,ia o (ue dioma e A[uarosatinham reservado 'ara seu tutelado na terra$ o guardi*o de 7fosa avisou)o 'ara n*o dei>ar o céu sem 'agar seu dé,ito. 7le res'ondeu (ue se ele tivesse dinheiro suficiente$ n*o estaria indo 'ara a terra.

;em fazer sacrif&cio de es'écie alguma$ 7fosa 'artiu 'ara a terra.

 o entanto seu guardi*o foi a \g"n e a'elou a ele 'ara conduzir 7fosa no mundo. \g"n aceitou.

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7fosa nasceu 'osteriormente na terra numa fam&lia 'ol&gama. 7le era o (uarto filho da es'osa maisvelha da fam&lia 'rimeira es'osaJ. A irm* do 'ai de 7fosa tam,ém dera a luz a dioma$ en(uanto acolega da m*e de 7fosa deu a luz a A[uarosa. Assim as crianças cresceram$ viviam na mesmalocalidade$ mas eles estavam sem're discutindo entre eles.

:m dia$ 7fosa estava retornando dos cam'os de seu 'ai$ (uando viu uma armadilha colocada 'ordioma$ a (ual tinha 'ego um ]rass)cutter cortador de gramaTTJ. 7le o li,ertou e levou 'ara casacomo se tivesse sido 'ego em sua 'r0'ria armadilha.

Hhegando em casa ele convenceu sua irm* A[uarosa a vender o ]rass)cutter 'ara ele no mercado.7le foi vendido 'or 3S`. este meio tem'o dioma foi aos cam'os e viu todos os ind&cios (ue suaarmadilha tinha sido me>ida. 7m um e>ame detalhado ele desco,riu todos os sinais de (ue suaarmadilha tinha 'ego um ]rass)cutter$ 'or(ue todos as far'as dos 'elos do animal ainda estavam noch*o. 7le n*o estava ciente de (ue 7fosa tinha levado um ]rass)cutter 'ara casa. Duando diomachegou em casa$ contou sua a'reens*o a sua m*e$ (ue sa,ia (ue A[uarosa tinha levado um ]rass)cutter ao mercado 'ara vender no dia anterior. A mulher fez uma visita = casa de 7fosa e (uestionouA[uarosa so,re a r&gem do animal (ue ela vendera no mercado. 7la res'ondeu (ue 'ertencia a7fosa. Hhegando em casa a mulher contou a novidade a seu filho dioma$ (ue teve certeza de (ue

fora 7fosa o cul'ado da remoç*o do ]rass)cutter. o 'r0>imo confronto (ue houve entre os dois$7fosa n*o teve o'ç*o sen*o confessar (ue removera o animal$ mas (ue tencionava entregar odinheiro 'ara dioma. 7ste 'ediu seu dinheiro$ mas 7fosa disse (ue havia gasto. A(uele dé,ito de3S` se arrastou$ até (ue os mais velhos intervieram.

Xogo 7fosa adoeceu e morreu na se(%ncia. A[uarosa tam,ém ficou doente$ -ustamente antes de serdada em casamento e ela tam,ém morreu.

@oi a vez da m*e de 7fosa a'elar a todas as divindades 'ara destruir (uem (uer (ue fosse ores'onsável 'ela morte do seu filho. Assim dioma conse(entemente adoeceu e tam,ém morreu.

A tri'la tragédia 'rovocou uma reuni*o dos mais velhos da localidade$ (ue ordenaram (ue as mortes

deveriam ser investigadas. :m sacerdote foi convocado e a consulta ao oráculo revelou (ue todoseles -á tinham acertado a d&vida (ue eles trou>eram do céu 'ara a terra. 7le informou (ue a tragédias0 'oderia ter sido revertida se os seus 'ais ao invés de recorrerem aos mais velhos da noite$tivessem feito os sacrif&cios necessários$ os (uais o trio tinha falhado em fazer antes da vinda nocéu.

CAPÍTULO VI O R-LACIONAM-NTO DO ;OM-M COM D-U*

7sta (uest*o tem ocu'ado a atenç*o de 'ensadores através das eras. Alguns fil0sofos argumentam(ue a relaç*o entre eus e o homem é como a relaç*o entre um 'ai -á falecido e seus so,reviventes.

utros t%m argumentado (ue eus viveu uma vez$ mas (ue morreu há muitos mil%nios atrás e (ue éseu es'&rito (ue continua a r&entar as (uestes do sistema 'lanetário$ da mesma maneira (uealguns acreditam (ue as almas dos ancestrais continuam a ditar as 'rinci'ais regras de algumas(uestes.

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As revelaçes de !r"nm#lá confirmam (ue a e>ist%ncia de eus n*o 'ode e nunca 'oderá ser o,-etode de,ate. A maneira 'ela (ual ele tem ordenado o 'ro-eto do céu e de toda a terra e tam,ém a -ustiça divina 'ara a(ueles (ue contrariam as leis naturais$ s*o 'rovas in(uestionáveis 'ara as regrasintervencionais de eus em nossas vidas.

F minha vis*o (ue o conceito de uma 'ersonalizaç*o e 'ersonificar eus$ (ue está velandoconstantemente os assuntos de todas as suas criaturas onde (uer (ue elas 'ossam estar$ 'odeconclusivamente ser defeituosa. A idéia de um <ai im'iedosos (ue condena infratores 'ara sem'reao fogo eterno do inferno é sim'lesmente uma atrocidade e insustentável. ;e um sim'les mortal n*o 'ode ser im'iedoso o ,astante 'ara condenar uma criança má aos lo,os ou ao fogo a,rasador$ 'or(ue deveria alguém 'ensar do <ai como sendo ainda 'ior (ue um humano cruel.

As 'uniçes 'ara algumas contravençes as leis naturais s*o 'ostas a,ai>o$ elas n*o est*o ,aseadasna vontade de eus. <ortanto n0s n*o es,oçaremos 'ara eus uma figura de um disci'linador$ (uese assenta a -ulgar tudo e todas as ofensas cometidas 'or suas criaturas. As sançes 'enais 'orofender as leis da natureza s*o retri,u&das automaticamente. 7las s*o similares = a'licaç*o das leisterrestres.

A lei re'resenta reforço cum'rindo o ditado contra alguma ofensa inde'endente de ser ele ou n*ofilho da(ueles (ue fizeram a lei$ (ue está acima de algumas circunstncias normais. F desnecessáriodizer 'ortanto (ue eus n*o 'ode causar dano a es'écie humana$ é o modo (ue está decretado 'arafazer$ 'ara a(ueles (ue transgridem as leis naturais. Assim sendo$ nenhum dano ?feito 'or eusB aohomem dei>a de ser um dano feito a ele mesmo$ -á (ue a humanidade é uma 'ersonificaç*o do ;eu 'r0'rio ser.

eus é o mesmo 'ara tudo (ue e>iste$ o (ue inclui am,as as criaturas orgnicas e inorgnicas. 0stodos desem'enhamos um 'a'el ou outro 'ara fazer o Hor'o de eus todo tra,alhar com maisefici%ncia. As forças do ,em e do mal coe>istem dentro de ;ua com'osiç*o fisiol0gica$ assim comoeles e>istem dentro dos nossos cor'os microsc0'icos.

A relaç*o entre eus e n0s mesmos é análoga ao nosso relacionamento com os organismos vivos(ue funcionam dentro dos nossos cor'os. <ara atuarmos e vivermos como seres humanos$ n0stemos milhes de células agindo dentro dos nossos cor'os$ cada (ual re'resentando um 'a'eldistinto.

 *o há forma 'ela (ual influenciarmos diretamente o caminho destas células a e>ecutarem suasfunçes individuais$ e>ceto 'or meio de nossa conduta geral. <or e>em'lo$ (uando alguém ,ateuma de suas m*os na mesa 'ara marcar um 'onto$ esse alguém causou dano a centenas ou milharesde células vivas dentro de algum cor'o e há células (ue talvez tenham estado su'licando dentro dealgum cor'o 'or algum ti'o de li,ertaç*o.

o mesmo -eito$ (ual emoç*o 'ode 'ro'orcionar 'ara eus matar centenas ou milhares de suas

criaturas$ com'onentes da es'écie humana$ 'lantas e animais em um terremotoT

@az%)lo n*o lhe dá 'razer nem (uando o mundo destr0i a si mesmo nas guerras. ]uerras s*oconflitos intrafratricidas dentro do cor'o de eus$ visto (ue os conflitos fazem 'arte do 'rocesso davida.

 0s n*o temos como antever os 'edidos e as'iraçes dos organismos vivos dentro do nosso cor'o$e>ceto (ue suas condiçes refletem em nosso 'r0'rio visual e sa"de. ;e eles est*o saudáveis esadios$ fazem ,em o seu tra,alho e tam,ém se sentem saudáveis. Ao mesmo tem'o$ eus está feliz

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(uando as min"sculas células dentro de seu cor'o$ 'lantas$ animais$ água$ fogo$ sol e lua$ homens emulheres est*o todos e>ecutando suas funçes satisfatr&amente e com alegria.

!r"nm#lá 'or outro lado revela (ue eus uma vez teve e>ist%ncia f&sica e (ue era fre(entemente 'oss&vel 'ara au>iliares 'r0>imos$ =s divindades e seres vivos interagirem com ele$ como n0sa,ertamente interagimos com nossos 'ais. Homo o sistema 'lanetário e>'andiu em tamanho e 'o'ulaç*o$ a tarefa de dar ouvidos a todo mundo veio a ser em,araçosa$ ao 'onto (ue 7le decidiueva'orar no ar fino. Hontudo antes de faz%)lo deste modo$ ele designou as 2SS divindades 'araassumirem a res'onsa,ilidade de -ulgar e intervir nos assuntos do céu e da terra.

 *o é 'ortanto um acidente da histr&a (ue cada uma das variadas divindades tem seus 'r0'riosseguidores e ade'tos. s adoradores de \g"n$ !un$ lo["n$ r&á Xa$ =ng0$ Hristo$ Wuda$Wru>aria$ Puda&smo$ !r"nm#lá$ Asu''uru$ etc$ mas n*o t%m -ustificativa 'ara reivindicarsu'erir&dade em sues meios de adoraç*o acima dos outros$ 'or(ue de acordo com a revelaç*o de!r"nm#lá$ cada um destes ramos vai 'ara diferentes 'artes do mundo 'ara au>iliar as forças do ,ema 'redominarem so,re as forças do mal. denominador comum entre todos eles é (ue aconselhamseus seguidores a n*o fazerem mal algum e n*o destruir seus com'anheiros$ 'or(ue e contra as leisnaturais. 7les as divindades tam,émJ todos est*o su-eitos as leis naturais$ (ue seus seguidores

ent*o façam aos outros o (ue tam,ém dese-am 'ara si mesmos.

A(ueles (ue contrariam esta regra de ouro$ levam a sua gratificaç*o a'ro'riada a(ui mesmo na terra

+endo em vista o (ue -á nos foi mencionado$ é claro (ue a relaç*o entre eus e os homens écom'arada ao <ai (ue envia suas crianças 'ara fora de casa 'ara seguirem diferentes vocaçes 'arao 'rogresso de toda a fam&lia.

'ai envia a cada uma de suas crianças o discernimento 'ara determinarem como melhorcum'rirem suas tarefas. 7le está interessado a'enas no resultado final dos esforços de suas crianças.

eus nos criou com m*os$ 'és$ intelig%ncia e discernimento 'ara 'ossi,ilitar nos virarmos 'or n0s

mesmos dentro das am'las regras do con-unto de ética chamado de Xeis aturais.

eus n*o veda a ninguém fazer o ,em ou o mal$ 'or(ue está decretado nas leis naturais (ue assimcomo a noite segue o dia$ (ual(uer um (ue faz o ,em terá ,oa chegada em seu caminho e a(uele(ue faz o mal sem d"vida colherá os frutos do mal.

!r"nm#lá revela (ue eus a'enas ri em duas circunstncias$ uma (uando uma 'essoa 'erversa (uetramou o mal contra o seu 'r0>imo$ vai de -oelhos im'lorar a eus 'or um favor$ eus riimensamente. <or outro lado$ (uando 'essoas est*o tramando contra uma 'essoa com um coraç*olim'o$ e eles rezam a eus 'ara a,ençoar seus 'lanos maléficos$ eus se ri deles.

;e voc% 'lanta milho$ voc% sim'lesmente 'ode es'erar colher milho. inguém 'ode

 -ustificavelmente es'erar (ue a ser'ente d% a luz a uma ave. Isto é contra as leis divinas do universo.

7ste é o motivo 'elo (ue as divindades s0 'odem dar ouvidos 'ara a voz dos -ustos.

A(ueles (ue recorrem ao uso de remédios dia,0licos 'ara o,ter sucesso em suas intençesmaléficas$ n*o angariaram o su'orte das divindades.

 em eus e nem algum de seus servos coo'erará com alguém (ue reza 'or a-uda 'ara destruir ou 're-udicar seus amigos$ com'anheiros ou vizinhos.

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favores. 7nvolve o,rigatr&amente sacrif&cio f&sico. Rá sacrif&cios envolvendo a oferta de o,-etosanimados ou inanimados.

Duando alguém solicita algum ti'o de 'rogresso ou de lucro$ isto envolve alguma es'écie deinvestimento$ assim como um fazendeiro (ue sacrifica 'arte de suas sementes 'ara a 'lantaç*o noano seguinte$ a fim de colher uma safra no final do ano$ ou ent*o um negociante (ue investe suaseconomias ou seus fundos de em'réstimos em seus 'r0'rios neg0cios a fim de rece,er osrendimentos (ue ir*o satisfazer as suas necessidades recorrentes.

esta forma$ se alguém se com'orta ,em na divinosfera$ rece,erá deles o necessário$ o (ue iráfacilitar no 'edido de au>&lio a outrem. <or isso$ o "ltimo recurso na religi*o de Ifá é fazer umsacrif&cio.

!r"nm#lá diz (ue sacrif&cio é resgate$ (uais(uer (ue se-am os 'ro,lemas$ 'ode se dis'or de algumtem'o 'ara solucioná)los ou 'ara se dedicar a algo (ue venha a criar crédito$ assim (uando houver areal necessidade de fazer um sacrif&cio de acordo com o oráculo e o fizer 'rontamente$ haverá aconfiança de uma assist%ncia.

!r"nm#lá revela (ue antes de alguém 'artir do céu 'ara o mundo$ ele aconselha a conseguirautr&zaç*o das divindades r&entadoras. ;e a 'essoa aceitar o conselho dado 'ara fazer osacrif&cio$ certamente encontrará uma estadia tran(ila no mundo. as se ele se recusa$ a menos(ue faça o sacrif&cio de'ois de sua chegada ao mundo$ ele estará 'ro'enso a ter 'ro,lemas na terra.

 0s veremos nas vidas dos 256 !dus e lodus$ (ue virtualmente todos eles foram avisados a fazersacrif&cios antes de dei>arem o céu. 0s tam,ém veremos o (ue aconteceu com a(ueles (ue fizeramo (ue foi recomendado$ assim como 'ara a(ueles (ue falharam em faz%)lo.

+odos esses sacrif&cios envolvem a oferta de um ou mais ,odes 'ara Eu$ (ue 'ode ser muito "til 'ara a(ueles (ue fazem oferendas 'ara ele e trazer a destruiç*o da sorte da(ueles (ue se recusam afaz%)lo. 7sse é o motivo 'elo (ual algumas 'essoas se referem a ele como a divindade do su,orno$

 'or(ue ele n*o au>ilia a ninguém gratuitamente.

A diferença fundamental entre !r"nm#lá e as outras divindades é (ue de certa forma na é'oca em(ue eles foram criados 'or eus$ ele foi o "nico (ue reconheceu os 'oderes destrutivos de Eu econce,eu uma estratégia 'ara ter uma harmonia com ele. 7sta estratégia foi o sacrif&cio$ elecom'reendeu (ue Eu estava interessado a'enas em reconhecimento e comida. Eu fre(entementediz a !r"nm#lá/ ?eu amigo é a(uele (ue me res'eita e alimenta$ en(uanto (ue meus inimigos s*oa(ueles (ue desres'eitam e me fazem 'assar fome. 7u nem tenho uma fazenda ou um neg0cio 'r0'rio. inha fazenda é o universo e minhas mercadr&as s*o as criaturas de eus.B

eremos mais adiante (ue ele é ca'az de se infiltrar e mutilar (ual(uer coisa criada 'or eus. F 'oreste sim'les reconhecimento do 'oder dele e como ele tem feito uso disto 'ara sua 'r0'ria

vantagem$ (ue eus nomeou !r"nm#lá ?Alguém (ue é sá,io e sensatoB.

Ze[ume-i revelará adiante como a vida de um homem chamado do Agutan o 'astor celesteJ ouPeNEsVn como Ifá o chamaJ teve uma vida curta na terra 'or conta de sua recusa em fazer asoferendas a Eu antes de sua 'artida 'ara a terra. e'ois dando lhe nova chance de mudar suao'ini*o$ 'or fim Eu se infiltrou no seu re,anho e 'Ks fim a sua vida. Isto é a des'eito do fato (ue(uando PeNEsVn foi diante de eus 'ara fazer seus 'edidos 'ara a estadia na terra$ ele secom'rometeu em viver fisicamente no mundo 'or cem anos$ e -urou (ue durante a(uele 'er&odo eleestaria indo 'ara li(uidar (ual(uer vest&gio do mal e da m*o de Eu da face da terra.

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esmo assim ele foi advertido em fazer sacrif&cio 'ara Eu$ o (ual ele recusou enfaticamente afazer$ 'or (ue ele n*o 'odia imaginar a l0gica de fazer um sacrif&cio 'ara um vil*o (ue ele estavaindo com,ater. resto da est0ria é hist0ria e as forças do mal continuam a ter sucesso na face daterra.

7stas afirmaçes n*o s*o suficientes 'ara sentenciar Eu como o ?demKnioB (ue n*o faz o ,em$ ele 'ode ser um dis'ersador de ,oas novas$ de'endendo da atitude de alguém 'ara com ele.

a mesma forma$ na vinda 'ara o mundo$ ao homem é e>igido fazer ainda mias sacrif&cios 'aratudo o (uanto ele dese-ar ter. eremos (ue nenhum 'ro,lema na vida 'ode resistir = eficácia dosacrif&cio fornecido e feito 'ontualmente$ veremos tam,ém a vida das 'essoas (ue a'0s recusarfazerem os sacrif&cios iniciais$ foram o,rigadas a faz%)los em do,ro (uando se viram entre odemKnio e o 'rofundo mar azul.

Rá tend%ncia de se 'ensar fre(entemente (ue um sacerdote de Ifá (ue recomenda sacrif&cio comanimais como ca,ritos$ carneiros ou ,odes$ sim'lesmente (uer uma descul'a 'ara ter carne 'aracomer =s custas de um consulente desam'arado. Xonge disto Dual(uer sacerdote (ue recomendemais sacrif&cio do (ue é ordenado 'or (ual(uer motivo$ 'agará 'or ele dez vezes mais. o mesmo

modo$ !r"nm#lá igualmente recomenda aos seus sacerdotes a usar o seu 'r0'rio dinheiro 'arafinanciar sacrif&cios 'ara consulentes demonstravelmente destitu&dos. 7le a'regoa desta maneira(ue os sacerdotes ser*o recom'ensados dez vezes. eremos de fun)g,e$ como !r"nm#lá usouseus 'r0'rios materiais e dinheiro 'ara fazer sacrif&cio 'ara r&á Xa e como ele foiconse(entemente com'ensado duzentas vezes.

7>istem dois sacrif&cios 'rinci'ais os (uais n*o 'odem ser negligenciados$ s*o 'ara Eu e 'ara\g"n. escritor tem visto 'essoas a (uem foi recomendado fazer sacrif&cio assim 'ara Eu $ masrecusaram e a'enas 'oucos dias de'ois 'assaram 'or grandes dificuldades.

:m -ovem foi avisado a dar um ,ode a Eu a fim de evitar ser 'reso 'or um delito (ue ele n*ocometeu. 7le n*o se recusou a faz%)lo$ mas 'rometeu ao sacerdote de Ifá (ue faria (uando rece,esse

seu salário no final do m%s. sacerdote 'reveniu o -ovem de (ue o 'erigo 'revisto no oráculo eramuito iminente 'ara o sacrif&cio 'oder es'erar. -ovem (ue tam,ém era um homem AladuraJ$ mecontou á 'arte$ (ue sua igre-a tinha visto a mesma coisa 'ara ele$ mas (ue ele tinha sido avisado 'ara oferecer um -e-um e oraçes es'eciais.

sacerdote de Ifá$ um homem muito velho em seus QS anos$ contou lhe (ue se ele mesmo tivesse odinheiro$ faria 'or ele$ deste modo ele 'oderia indenizá)lo no final do m%s. escritor tam,ém seofereceu 'ara a-udá)lo$ mas como o homem orgulhoso cu-o 'edido é lei$ 'referiu es'erar até rece,erseu 'r0'rio salário.

7>atamente tr%s dias de'ois$ um ,atalh*o de 'oliciais armados invadiram a casa na (ual o -ovemmorava$ na ,usca de um ladr*o armado. +odo mundo sa,ia (ue o -ovem n*o tinha hist0rico de

com'ortamento criminoso. as ele foi inadvertidamente arrastado 'elos 'oliciais e levado em,ora.7le ficou em detenç*o 'or 23 dias. +*o logo o escritor foi informado do incidente$ ele via-ou aoWenin 'ar informar a m*e da v&tima so,re o sacrif&cio (ue ele tinha sido recomendado a fazer. escritor finalmente financiou e o sacrif&cio foi feito ra'idamente. +r%s dias de'ois do sacrif&cio tersido feito$ o -ovem foi solto$ a'0s o verdadeiro cul'ado ter sido ca'turado. :ma mera coincid%nciaalguém 'oderia imaginar.

Rá tam,ém o caso de outro homem (ue foi avisado 'elo sacerdote de Ifá a oferecer um galo e umc*o a \g"n 'elo oráculo$ ele fez num sá,ado de manh*. @oi recomendado a ele n*o via-ar a lugar

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nenhum antes de fazer o sacrif&cio. 7le deu dinheiro a sua es'osa 'ara com'rar o material sacrificiale foi visitar um amigo. a casa deste amigo ele rece,eu a not&cia de (ue a m*e de seu amigo estavaseriamente doente em uma vila chamada Igousodin$ mais ou menos a 16 [m de Wenin. 7s(uecendoo aviso (ue tinha sido dado e antes de fazer o sacrif&cio$ decidiu conduzir o seu amigo em seu 'r0'rio ve&culo até a vila de sua m*e.

 o caminho 'ara a vila$ ele encontrou um corte-o f"ne,re$ e ele dirigiu no meio da multid*o$matando dois dos oficiantes do funeral. ;eu carro n*o foi a'enas (ueimado$ como foi linchado 'aramorrer. 7stas lem,ranças s*o dolorosas$ 'or(ue a v&tima infeliz era um amigo (uerido.

e igual im'ortncia é o sacrif&cio 'ara seu 'r0'rio guardi*o 7leeda ou 7hiJ. 'r0'rio guardi*ode alguém é um 'ouco mais 'aciente e favorável. 7ntretanto todo sacrif&cio (ue alguém érecomendado a fazer 'ara ele deve ser feito até se im'licar em em'réstimo de dinheiro 'ara faz%)lo.

guardi*o n*o 'ede sacrif&cio a n*o ser (ue tenha um motivo 'ara usar o sacrif&cio 'ara satisfazer aoutra divindade cu-a 'roteç*o n*o 'ode ser angariada facilmente. Duanto a n*o alimentar o an-oguardi*o de alguém com os sacrif&cios 'rescritos$ e(uivale a sua 'r0'ria inaniç*o.

guardi*o é o conselheiro de alguém e advogado na divinosfera.

CAPÍTULO VIII O LUAR D- =>U NO *I*T-MA PLAN-TRIO

Eu é comumente mencionado como o mal. 0s fomos educados 'elas outras religies (ue ele eraum an-o de eus (ue caiu em desgraça e como conse(%ncia foi e>'ulso do 'ara&so. e modo mais 'reciso$ ele 'ode ser descrito como uma divindade mágica. 7m geral é considerado como o chefedas forças do mal na divinosfera$ ainda (ue nela e>istam$ além dele$ outras divindades mort&feras.

Gei da orte destr0i maciçamente \g"n$ =ng0 e ;a'ana n*o 'erdoam (uando s*o ofendidos etam,ém destroem com crueldade$ contudo eles s*o divindades agindo conforme sua 'r0'rianatureza e seus 'r0'rios direitos$ e n*o como agentes de Eu . A 'enalidade 'ara (uem os ofende é amorte. <or outro lado$ Eu 'ode criar o,stáculos no caminho de alguém$ somente 'ara dar a v&tima =o'ortunidade de reconhec%)lo a'0s o (ue ele 'ode transformar o infort"nio em ,oa sorte. 7le é umtra'aceiro$ mas a'enas 'ara a(ueles (ue o de'reciam$ ou diminuem. 7le é a divindade da confus*o eda incerteza.

+em havido um esforço consciente 'ara a'ro>imar Eu da divindade do mal$ como o X"cifer ,&,lico$ de (uem tam,ém se diz ter ca&do do céu em desgraça. as n0s 'odemos ver claramente (uea diferença entre eles é (ue um e>iste autonomamente ao lado de eus$ en(uanto o outro foi criado 'or eus e influenciado 'or Eu .

eremos em 7-iog,e$ como Eu veio a e>istir. F revelado (ue a escurid*o e>istiu antes da luz. Aescurid*o$ (ue é (ual(uer coisa (ue n*o 'odemos ver através$ ou com'reender 'rontamente$re'resenta a força do mal$ a (ual anuncia a e>ist%ncia de Eu. Assim como a escurid*o anuncia onascimento de Eu$ a Xuz anuncia o advento de eus. A luz re'resenta a verdade$ a ,ondade$ ao,-etividade$ a honestidade e o otimismo. ,em e o mal e>istem lado a lado e est*o em constante einterminável concorr%ncia. :m n*o é criaç*o do outro$ 'or (ue o ,em n*o 'ode ser gerado 'elo mal$assim como o mal n*o 'ode ser gerado 'elo ,em.

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 a luz dos acontecimentos$ a divindade chamada Eu a (ue estaremos nos referindo neste livro$ éuma entidade (ue n*o deve ser vista como inde'endente a eus. 7le veio a ser ao mesmo tem'o do(ue eus. A su'erir&dade de eus reside no fato de (ue Eu n*o 'ode criar$ assim como eus é a"nica autr&dade (ue tem este 'oder. as Eu 'ode mutilar$ transformar e causar danos (uando ele(uer$ e ele tam,ém 'ode ser construtivo e até im'arcial$ (uando é 'ersuadido a fazer isto. eus é a"nica ag%ncia (ue 'ode ser ,oa e distri,uir ,enef&cios e ,%nç*os do começo ao fim. 7le n*o tem (ueser su,ornado 'ara ser favorável aos seus filhos. Ao inverso$ Eu está sem're a'roveitando ao'ortunidade (ue tiver 'ara demonstrar (ue$ caso alguém n*o reconheça a sua autr&dade$ ele terámeios de o,rigar a esta 'essoa a faz%)lo$ criando)lhe 'ro,lemas deli,eradamente.

eremos tam,ém (ue Eu$ em sua ca'acidade de distri,uir o mal$ 'ode con(uistar as melhoresmentes$ tomar conta delas e mani'ulá)las de acordo com sua vontade. @oi esse Eu (ue tomou contada mente de X"cifer e o fez se voltar contra eus. @oi tam,ém ele (uem tomou conta de mente dePudas Iscariotes e o fez se voltar contra Pesus Hristo. F o mesmo Eu (ue volta o filho contra o 'ai$a es'osa contra o marido$ amigos contra amigos$ irm*os contra irm*os$ homens contra homens$naçes contra naçes$ a terra contra o céu$ etc.

+em se discutido (ue ele é (uem tem maior (uantidade de seguidores dentre (ual(uer comunidadede criaturas vivas. *o há ser criado 'or eus (ue Eu n*o 'ossa mani'ular$ começando com asdivindades (ue eus criou 'rimeiro$ 'ara au>iliá)lo na administraç*o do :niverso. Eu criou tantos 'ro,lemas 'ara elas (ue ele aca,ou usando)as conforme sua vontade. Duando estas divindades 'er'etraram o mal$ tanto umas contra as outras$ (uanto contra os indefesos mortais$ elas o estavamfazendo so, a influ%ncia de Eu e n*o como servidores de eus. Algumas destas divindades 'ensaram várias vezes (ue 'udessem ignorar Eu e 'rosseguir assim.

Honforme descrito no ca'&tulo anterior$ (ue tratava da criaç*o do mundo$ eus mandou suasduzentas divindades 'referidas 'ara a terra$ mas Eu veio com elas como a ducentésima 'rimeira2S1a.J divindade. +odas elas trou>eram consigo instrumentos recolhidos dentro do (uarto mais&ntimo da casa de eus$ e>ceto Eu$ (ue é um fenKmeno inde'endente. 7sses instrumentos$

ferramentas e miudezas (ue estas divindades trou>eram com elas 'ara o mundo$ consistem osmateriais com os (uais seus seguidores s*o iniciados 'ara seus cultos em diferentes fé e ordensreligiosas até ho-e. A diferença entre as outras divindades e Eu é (ue ele n*o tem religi*o 'r0'ria eninguém é iniciado 'ara seu culto e>clusivo. Hom e>ceç*o da 'edra 'rocurada na água corrente deum rio$ (ue é usada 'ara 're'arar seu altar e de seu animal favr&to$ o ,ode$ n*o há (ual(uer outroinstrumento ou ferramenta com a (ual Eu 'ossa ser associado. ;eu altar em geral é 're'aradoa'enas 'or a(ueles (ue 'referem recrutar a sua a-uda$ ante ao seu antagonismo$ e n*o (ue a eleeste-am servindo de alguma outra maneira discern&vel.

A verdade so,re o lugar de Eu na divinosfera é (ue esse é o lugar mais traiçoeiro e enganoso detodos. 0s iremos desco,rir mais tarde nesses livros$ (ue logo de'ois (ue ele veio ao mundo comessas divindades$ elas todas tentaram mant%)lo isolado e = 'arte. 7las se recusaram a reconhecer seu

 'oder e autr&dade. eremos tam,ém (ue 'ro,lemas ele criou 'ara todo o gru'o como estratégia 'ara o,rigá)los a reconhecerem seus 'oderes. esco,riremos (ue (uando todas as divindadesresolveram vir ao mundo 'ara definir sua 'r0'ria 'osiç*o na hierar(uia$ elas concordaram (ue cadauma feste-aria todas as outras em suas 'r0'rias casas$ seguindo uma ordem hierár(uica deAntigidade. r&á Xá estava indicado 'ara ser o 'rimeiro$ uma vez (ue tinha sido escolhidocomo re'resentante do 'r0'rio eus na terra. Eu de certo modo alertou)os de (ue ninguém 'oderia 'retender ser mais antigo do (ue ele$ 'or(ue ele estava lá antes (ue (ual(uer outro tivesse sidocriado. 7las o mandaram calar)se.

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r&á la ent*o começou a 're'arar a sua 'r0'ria festa. esse dia$ t*o logo a mesa foi estendida 'ara (ue comidas e ,e,idas fossem servidas$ EsV 'iscou seus olhos 'ara dois dos filhos de r&á la e eles foram imediatamente tomados 'or convulses. Duando a festa estava 'ara começar$gritos foram ouvidos vindos do Rarém de r&á la e todos a,andonaram a mesa de -antar 'aradesco,rir o (ue estava acontecendo. Antes (ue (ual(uer um deles 'udesse fazer alguma coisa$ asduas crianças morreram.

mesmo incidente$ em diversas variaçes$ aconteceu (uando chegou = vez das outras divindades.

 o final$ todos aca,aram concordando em dei>ar Eu iniciar com os ,an(uetes$ e de'ois disso todasas outras fizeram suas festas sem atrasos ou im'edimentos.

7sse incidente ilustra claramente (ue ninguém 'ode com'etir e confrontar Eu. esmo eus$ (ueter&camente tem 'oder 'ara eliminá)lo da su'erf&cie do sistema 'lanetário$ 'ermitiu (ue eletransitasse livremente entre os 'o,res e indefesos mortais. !r"nm#lá é a "nica divindade (ue sa,ecomo administrar Eu até ho-e. eremos em ,ge)di como Eu tornou)se um 'arceiro &ntimo de!r"nm#lá. 7le é a "nica divindade (ue sa,e como a'lacar Eu e o,ter dele o má>imo de 'roveito. 7é 'or isto (ue !r"nm#lá$ sa,endo (ue ele é o ar(uiteto do infort"nio$ está sem're a recomendar seus

seguidores 'ara (ue ofereçam fre(entes sacrif&cios a Eu.

Dual(uer um (ue dese-e ser ,em sucedido em 'lantar$ caçar$ negociar e etc$ é avisado 'or !r"nm#lá 'ara (ue comece dando a Eu o seu ,ode. eremos de'ois em ,ge)[anran como um estrangeirorecém)chegado (ue (ueria ser fazendeiro foi instru&do 'or seus vizinhos 'ara (ue 'lantasse nos 'ntanos$ (uando todos eles sa,iam muito ,em (ue durante as chuvas$ tudo o (ue tivesse sidosemeado nos 'ntanos seria destru&do 'elas enchentes. !r"nm#lá instruiu o fazendeiro 'ara (uedesse um ,ode 'ara Eu$ (ue reagiu sus'endendo as chuvas na(uele ano. +odos os outrosfazendeiros da cidade fizeram suas 'lantaçes no to'o das colinas e nos vales$ e suas 'lantaçessecaram 'ela falta de água. +odos eles ent*o tiveram (ue com'rar alimentos do novo fazendeiro$na(uele ano$ 'or(ue suas 'lantaçes no 'ntano tinham 'ro'iciado as mais ricas colheitas.

 o ano seguinte$ o novo fazendeiro foi aconselhado 'elos mais velhos da cidade a fazer sua fazendanas colinas$ en(uanto eles fariam as deles nos 'ntanos. visitante foi novamente a !r"nm#lá$ (uemais uma vez recomendou)lhe (ue desse um ,ode a Eu. e'ois de fazer a oferenda$ o fazendeirocomeçou a 'lantar nas colina. +endo aceito a oferenda$ Eu veio uma vez mais 'ara a,rir a rolhacom a (ual havia estancado o ,arril da chuva do céu no ano anterior. Homeçou a chover t*ofortemente (ue s0 a fazenda so,re as colinas floresceu imensamente. +odas as outras$ feitas nos 'ntanos$ foram destru&das 'elas enchentes. :ma vez mais a cidade inteira teve de com'raralimentos do recém)chegado durante todo o ano seguinte. 7stes dois acontecimentos fizeram donovo fazendeiro o mais 'r0s'ero homem da cidade. eremos mais tarde como aca,ou 'or sercoroado !,a de toda a regi*o$ (uando considerarmos os feitos de g,e)[anran$ um dos Odus de7-iog,e.

 este 'onto$ esta hist0ria tem o "nico interesse de demonstrar (ue Eu 'ode ser um a-udante valioso 'ara a 'essoa (ue n*o o su,estimar ou negligenciar. 7 é 'or isso (ue antes eu o descrevi comodivindade da raz*o ou a interaç*o entre o ,em e o mal. 7le age de diferentes modos. 7le 'odeinfluenciar a mente de um -uiz encarregado de um caso 'ara realizar ou im'edir um -ulgamento (ueafete a (ual(uer 'essoa$ de'endendo de (ue esta tenha ou n*o feito oferendas a ele. eremos de'oiscomo ele 'uniu um conceituado general do e>ército (ue tinha sido mandado 'elo rei em miss*o decon(uistar uma cidade inimiga. Antes de 'artir 'ara a guerra$ o general ,uscou um adivinho$ ondefoi instru&do a dar um ,ode a Eu. 7le estava$ no entanto$ t*o certo de sua ha,ilidade (ue n*o

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considerou necessário fazer (ual(uer sacrif&cio. A& ent*o ele seguiu 'ara a guerra$ mas foi avisado(ue ficasse consciente do infort"nio (ue viria de'ois de seus atos de ,ravura em ,atalha.

7le foi mesmo vitr&oso nas ,atalhas$ e (uando voltou ao rei 'ara narrar)lhe o seu sucesso$ Euinfluenciou um dos conselheiros reais a dizer (ue n*o seria suficiente narrar como ele tinhasu,metido o rei da cidade dominada$ mas (ue o ]eneral devia demonstrar como ele tinha agido.

7n(uanto ele dançava e demonstrava seus movimentos com a es'ada$ Eu tirou a es'ada da m*o do]eneral e ela caiu de suas m*os ferindo o rei$ (ue imediatamente caiu inconsciente.

]eneral foi imediatamente 'reso e acorrentado$ aguardando -ulgamento e e>ecuç*o. 7 foi duranteo tem'o de 'ris*o (ue o general lem,rou)se do sacrif&cio (ue ele tinha dei>ado de fazer a fim deevitar desastres de'ois de sua vit0ria na ,atalha. 7le ent*o mandou uma mensagem a sua es'osa$(ue imediatamente ofereceu um ,ode a Eu. +endo rece,ido o (ue dese-ava$ Eu foi em es'&rito a!r"nm#lá$ (ue era tam,ém o médico do rei$ r&entando)o 'ara (ue usasse um determinada folha 'ara fazer o rei reco,rar a consci%ncia. !r"nm#lá instantaneamente dei>ou seu 'alácio 'ara curar orei e t*o logo usou as folhas indicadas 'or Eu$ fez com (ue o rei voltasse a si. ovamente$ Eutomou conta da mente do conselheiro real (ue antes tinha dado a sugest*o (ue aca,ara gerando a

catastr0fica demonstraç*o de Xuca com a es'ada e fez lhe desta vez$ recomendar com'ai>*o. mesmo conselheiro a'elou ao rei (ue lem,rasse dos ,ons serviços (ue o general -á lhe 'restara no 'assado$ retomando o ditado de (ue ?:m servo leal n*o 'ode ser condenado com ,ase em um "nicoerro fortuito e n*o intencional.B ;ua sugest*o foi 'rontamente aceita 'elo rei e o general foi 'erdoado e finalmente homenageado 'or sua vit0ria.

7sta hist0ria$ como veremos de'ois$ ilustra claramente o (ue !r"nm#lá tem ensinado a seusseguidores/ (ue ninguém 'ode vencer uma ,atalha com Eu$ 'or(ue ele tem o 'oder de influenciartodas as criaturas e mani'ulá)las a sua vontade. Eu é ca'az de dominar um homem com um estalarde dedos. s homens 'odem a'enas evitar a c0lera de Eu$ alimentando)o ou a'lacando)o 'eriodicamente$ sem necessariamente terem de su,meter)se a ele. Eu é ca'az de voltar 'ais contrafilhos$ tornar o inocente cul'ado$ voltar es'osas contra os maridos$ ,ru>as contra os homens e

transformar fortuna em infort"nio$ de'endendo a'enas de (ue esse alguém tenha 'rocurado suaa-uda ou incorrido em seu des'razer.

'a'el de Eu como divindade do ,em e do mal 'ode ser claramente ilustrado nas revelaçes deIrosun)Irete$ (ue nos contar*o mais tarde como um sacerdote chamado ['ini fora advertido 'or Ifá 'ara (ue nunca dei>asse sua casa 'ara dar consultas fora$ sem antes oferecer$ cedo 'ela manh*$ uminhame assado a Eu$ 'or sete dias seguidos.

7le seguiu a advert%ncia ao 'é da letra 'or seis dias consecutivos. o sétimo dia$ foi intimado muitocedo$ 'ela manh*$ 'ara ir ao 'alácio real$ 'or(ue o rei 'recisava dele 'ara uma decis*o urgente. ;emes'erar 'ara dar 'rimeiro o inhame assado a Eu$ ele 'artiu a'ressadamente 'ara o 'alácio$ a'esarde ter intenç*o de faz%)lo t*o logo retornasse = sua casa. Eu ficou a,orrecido e decidiu fazer com

(ue o sacerdote 'agasse 'or ter dado maior defer%ncia ao rei do (ue a ele.

['ini foi ao 'alácio e lhe disseram (ue as coisas n*o iam indo ,em 'ara o rei. 7le disse (ue oss"ditos n*o estavam 'agando seus im'ostos 'ontualmente e$ com isto$ a fortuna do 'alácio vinhadiminuindo. rei (ueria (ue ele desco,risse 'or(ue isto estava acontecendo e como melhorar asituaç*o. A'0s a consulta oracular$ ['ini disse ao rei (ue fizesse o sacrif&cio e a situaç*o dariasinais de melhora na(uele mesmo dia. 7le 'redisse (ue a'0s o sacrif&cio$ caçadores trariam ao 'alácio na(uele dia/ uma ser'ente$ um veado vivo e not&cias de dois caçadores (ue tinhamconseguido a,ater um ,"falo e um elefante.

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rei seguiu ra'idamente as 'rescriçes e ficou es'erando (ue as 'rediçes de ['ini semanifestassem. +erminado o tra,alho$ ['ini voltou 'ara casa$ todas as suas 'rediçes iriam semostrar verdadeiras$ mas Eu estava determinado a im'edir (ue elas se manifestassem.

7n(uanto isso$ Eu se transfigura em um velho cidad*o e toma 'osiç*o na 'onte (ue dá acesso =cidade :,ode em UorV,áJ. Duando o homem com a ser'ente chega$ o anci*o diz a ele (ue$ no seu 'r0'rio interesse$ n*o vá ate o 'alácio$ 'or(ue o rei está fazendo certos sacrif&cios e os sacerdotes deIfá lhe tinham recomendado (ue (ual(uer caçador (ue viesse ao 'alácio com (ual(uer animal$ ou 'ara contar (ue tivesse a,atido (ual(uer caça era tradiç*o$ na(ueles tem'os$ (ue (ual(uer 'essoa(ue a,atesse um animal grande deveria contar ao rei 'ara render)lhe homenagemJ$ deveria elemesmo o caçadorJ$ ser usado como v&tima do sacrif&cio (ue estava sendo oferecido no 'aláciona(uele dia.

+*o logo o homem (ue trazia a sucuri ouviu as más not&cias$ agradeceu o velho homem e sentou)se 'erto da :,ode 'ara es'erar. homem com o veado vivo$ o (ue havia matado o ,"falo e o (uehavia matado o elefante tam,ém se refugiaram tem'orariamente 'erto da 'onte. +odos elesaca,aram 'assando a noite ali$ nem ousando entrar na cidade e muito menos ir até o 'alácio.

e'ois de es'erar em v*o (ue as 'revises de ['ini se tornassem verdadeiras$ o rei se a,orreceu e$na manh* seguinte$ mandou chamar ['ini mais uma vez. esta vez$ ['ini -á tinha dado oinhame a Eu$ em,ora com atraso.

Hhegando ao 'alácio$ o !,a acusou)o de incom'et%ncia e de ser mentiroso e tra'aceiro. 7le estavairremediavelmente em desgraça. e'rimido$ ['ini retornou a sua casa$ em,rulhou seu Ifá e -ogou)o no rio un$ 'or t%)lo enganado nas 'rediçes.

 o entanto$ t*o logo ele tinha dei>ado o 'alácio$ Eu$ (ue -á tinha rece,ido seu inhame$ foi contaraos caçadores (ue aguardavam na :,ode$ (ue os sacrif&cios na 'alácio haviam terminado$ e (ue ocaminho estava a,eto e (ue eles 'oderiam 'rosseguir até o 'alácio. +odos eles chegaram lá ao

mesmo tem'o 'ara renderem suas homenagens ao rei.

rei admirou)se de (ue todos eles tivessem chegado ao 'alácio ao mesmo tem'o e 'erguntou)lhesse 'or acaso todos teriam ido caçar no mesmo lugar. 7m res'osta$ eles lhe contaram$ sem medo$como tinham 'assado a noite na :,ode$ em,ora$ na verdade$ tivessem chegado = cidade na vés'era.

 esse momento$ o rei entendeu (ue as 'revises de ['ini tinham se cum'rido na &ntegra$ mas (ueas malévolas ma(uinaçes de um desconhecido tinham assustado os caçadores. rei mandoura'idamente um chamado a ['ini$ 'edindo)lhe descul'ar 'or incomodá)lo t*o cedo. isse)lheent*o (ue todas as 'revises tinham se realizado$ recom'ensou)o e conferiu)lhe um alto t&tulo.['ini mais tarde voltou 'ara casa = frente de um corte-o triunfal.

+*o logo chegou em casa$ correu 'ara o rio un 'ara recu'erar seu Ifá e$ ao chegar em casa$a'aziguou)o com a oferenda de uma ca,ra (ue o rei lhe havia dado. s leitores 'odem imaginarcomo$ falhando em dar um m&sero inhame assado a Eu$ tantos transtornos foram causados. E 'orisso (ue$ no culto de Ifá$ as 'essoas s*o sem're ensinadas a fazer as oferendas 'rescritas 'ara Eusem (ual(uer demora.

:m e>em'lo final é dado em Irosun)sa$ o do ,ar,eiro real (ue é alertado 'ara fazer sacrif&cio 'araEu a fim de evitar (ue as suas tarefas n*o consigam ser com'letadas. 7le se recusou a faz%)lo. esse &nterim o rei 'ede ao ,ar,eiro (ue venha ao 'alácio lhe cortar o ca,elo. Duando 'erce,eu (ue

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o ,ar,eiro tinha se recusado a fazer)lhe o sacrif&cio$ Eu se transforma em um velho cidad*o e vaiao ,ar,eiro 'ara cortar o ca,elo$ chegando e>atamente na hora (ue ele está de sa&da 'ara o 'alácio.

velho homem tenta convencer o ,ar,eiro a atend%)lo antes de sair. 7ste faz o (ue 'ode 'araconvenc%)lo a voltar mais tarde$ uma vez (ue está indo atender o rei$ mas n*o consegue.@inalmente$ decide$ 'elo 'reço de 5 [o,o$ cortar o ca,elo do anci*o. as a& 'erce,e (ue = medida(ue vai cortando)lhe o ca,elo$ este vai crescendo$ instantaneamente$ e a'esar de levar o dia inteirocortando o ca,elo do homem$ nem um "nico fio de ca,elo cai no ch*o.

 o fim do dia$ o velho acusa o ,ar,eiro de inefici%ncia e recusa)se lhe 'agar o com,inado 'or(ue oseu ca,elo e está mais com'rido do (ue estava antes de vir cortá)lo. 7 é nesse 'onto (ue o ,ar,eiro$tendo desa'ontado o rei na(uele dia$ entende (ue devia ter feito o tal sacrif&cio. (ue deve sero,servado nessas análises é (ue$ como todas as outras divindades$ Eu é invis&vel e 'ode influenciarsituaçes e fatos de diversas maneiras. F errado su'or (ue eus es'ere de n0s$ sim'les mortais$ (ueantagonizemos Eu$ 'or(ue n0s nem ao menos 'odemos v%)lo 'ara a,rir)lhe com,ate. 7le o'era emes'&rito e$ muitas vezes$ age 'or 'rocuraç*o. A regra do culto a Ifá é dar a Eu o (ue (uer (ue se-anecessário 'ara agradá)lo$ e$ =s outras divindades$ o (ue elas dese-arem$ e s0 assim alguém 'oderáter a chance de atingir os o,-etivos de seu destino.

medida (ue vivemos$ n*o temos meios de nos confrontar com forças invis&veis$ (uer elas tenham ,oas ou más influ%ncias em nossas vidas. erdade é (ue$ = medida (ue seguimos as regras de ouro$fazendo =s outras criaturas de eus a(uilo (ue es'eramos (ue elas façam 'ara n0s$ estamosdiretamente a serviços de eus. as isso n*o significa (ue n*o estaremos vulneráveis a outrasforças malignas$ inve-osas de nossas virtudes e determinadas a e>'ulsar os atri,utos da ,ondade daface da terra. !r"nm#lá revela (ue$ o modo como eus es'era (ue n0s rea-amos a estas forças domal n*o é fazendo o mal$ mas defendendo)nos delas.

A (uest*o agora é$ como os seres humanos (ue se (uei>am das maldades dos outros contra eles$ 'odem eles mesmos 'edir a,solviç*o total 'or 'raticar o malT

chefe de um escrit0rio (ue insiste (ue seus su,ordinados lhe 'aguem 'ro'inas antes de 'romov%)los$ chefes homens (ue insistem (ue seus su,ordinados do se>o feminino$ casadas ou n*o$ v*o comeles 'ara a cama antes de serem recomendadas 'ara rece,er seus direitos de rotina ebou 'rivilégios$o tra,alhador (ue e>ige 'ro'ina de uma concessionária antes de garantir isençes estatutárias ouc&vicas$ o 'olicial (ue rece,e 'ro'ina um caso$ de modo a alterar o curso da -ustiça$ o ,ancário (uecausa 're-u&zos ao '",lico fazendo o'eraçes de cm,io no mercado negro$ assim im'edindo (ueesse dinheiro se-a usado 'ara cum'rir o,rigaçes nacionais leg&timas$ a(ueles (ue usam meiosf&sicos e dia,0licos 'ara ,uscar a morte de alguém (ue este-a atra'alhando seu caminho de ganho$lucro$ 'romoç*o ou com'etiç*o$ (ual(uer 'essoa (ue falsifi(ue uma situaç*o = custa de outros 'araseu ganho 'essoal$ (ual(uer 'essoa (ue 'artici'e da con(uista de uma 'osiç*o ou indicaç*o$ emdetrimento de outros e 'ara seu 'r0'rio ,enef&cio$ (ual(uer um (ue rou,e seu vizinho a,ertamenteou n*o$ e (ual(uer funcionário '",lico (ue inflacione o custo de um 'ro-eto ou contrato 'ara

aumentar sua 'r0'ria comiss*o$ n*o 'ode es'erar invocar a graça de eus$ n*o im'orta (u*ofervorosas se-am suas 'reces. F um 'rinc&'io fundamental das regras da divinosfera (ue a(ueles (ue ,uscam a ,%nç*o das divindades$ devem faz%)lo se tiverem =s m*os razoavelmente lim'as. enhumhomem 'ode$ so, (ual(uer -ustificativa$ es'erar melhor -ustiça dos 'oderes su'eriores denegrindo aintegridade de outros$ (uando s*o$ eles mesmos$ cul'ados de ofensas semelhantes.

Duando nos enga-amos em (ual(uer 'rática (ue n*o se-a sadia$ estamos agindo como agentes domal e n*o como servidores de eus. ;e uma 'essoa dessa es'écie está rezando ou 'edindo algo ees'era (ue eus e suas divindades escutem suas 'reces$ está sim'lesmente es'erando e>trair água

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de uma 'edra Assim sendo$ é razoável concluir (ue desde (ue n*o s*o muitas as 'essoas (ue servema eus de maneira correta$ é l0gico (ue 'artamos 'ara a segunda melhor alternativa/ a de encontrareus através de seus agentes$ as divindades e conse(entemente a'lacando as forças do mal$ das(uais n0s mesmos n*o estamos livres. 7m outras 'alavras$ a(ueles (ue est*o verdadeiramentelim'os de coraç*o$ e eles s*o 'oucos e est*o longe$ 'odem ousar ignorar Eu e 'rosseguir. as namedida em (ue nadamos$ nos ,anhamos e ,e,emos da correnteza do mal$ n*o estamos em 'osiç*ode condenar Eu. F s0 através do ,em a,soluto (ue 'odemos lutar e nos 'recaver contra Eu. F 'orisso (ue no ovo +estamento$ (uando a multid*o (uer a'edre-ar aria adalena 'or 'rostituiç*o$como era costume entre os -udeus na(ueles tem'os$ Pesus 'ediu (ue (ual(uer 'essoa da(uelamultid*o (ue se considerasse livre de 'ecado$ atirasse a 'rimeira 'edra$ e ninguém atirou.

F assim (ue !r"nm#lá$ a divindade da sa,edr&a$ nos ensina (ue a melhor a,ordagem a Eu é tentara'aziguá)lo 'ara (ue ele n*o o,strua os caminhos de nossa vida$ 'or(ue n0s n*o somossuficientemente fortes$ nem f&sica$ nem es'iritualmente$ 'ara lutar contra ele.

O *INIICADO -*P-CIAL DO 3OD- PARA =>U

s leitores ver*o mais tarde neste livro$ (ue o ,ode é a 'rinci'al oferenda 'ara Eu. eremostam,ém (ue o ,ode e o cachorro$ -untos$ costumavam ser em'regados domésticos de !r"nm#lá nocéu. @oi = deslealdade do ,ode (ue o tornou v&tima sacrificial 'ara Eu. ais im'ortante$ todavia$ o ,ode tornou)se a 'rinci'al oferenda 'ara ele 'or causa de um dé,ito como Gei da orte. Irosun)Irete revela como o filho de um !du de !r"nm#lá chamado Imoton ou ?sa,e)tudoB a,orreceu o Geida orte. <ara testar o (uanto de sa,edr&a ele realmente tinha$ como seu nome indicava$ o Gei daorte deu)lhe um ,ode 'ara criar 'ara ele$ ordenando)lhe (ue ele trou>esse$ anualmente$ os filhotes(ue ele gerasse. 7n(uanto isso !r"nm#lá tinha 'ensado em com'rar uma ca,ra 'ara viver com o ,ode. Eu alertou)o (ue esta a,ordagem n*o seria aceitável 'elo Gei da orte. Eu disse a !r"nm#lá(ue lhe desse o ,ode 'ara comer e (ue ele sa,eria o (ue fazer (uando chegasse = hora.

Duatro anos mais tarde$ o Gei da orte mandou uma mensagem ao filho de !r"nm#lá 'ara (ue lhe

trou>esse o ,ode e suas crias. esse momento$ Eu 'ediu (ue lhe com'rasse outro ,ode (ue eletam,ém matou e comeu$ dei>ando um de seus mem,ros e a ca,eça. 7le usou a 'ara marcar 'egadasno ch*o$ simulando o movimento de uma grande (uantidade de ,odes. Eu tam,ém 're'arou cordassu'ostamente usadas 'ara amarrar uma (uantidade grande de ,odes. Eu em seguida acom'anhou!r"nm#lá 'ara res'onder ao enigma do rei da orte. Hhegando lá$ Eu e>'licou (ue (uando elesvinham vindo com as crias ao lado do ,ode$ um gru'o de ,andidos armados os atacou$ rou,ando o ,ode e seus filhotes. <ara su,stanciar a hist0ria$ Eu mostrou ao Gei da orte as cordas usadas 'araamarrar todos os ,odes. Acrescentou (ue eles tinham matado o ,ode r&ginal e 'or isso lhe tinhamtrazido a ca,eça e a 'ata.

Gei da orte ent*o se voltou 'ara Eu dizendo (ue ele teria de 'agar 'elo ,ode 'er'etuamente.Eu 'or sua vez$ reuniu as duzentas divindades e disse)lhes (ue da(uela data em diante$ se elas

(uisessem 'az e 'ros'eridade deveriam sem're lhe oferecer ,odes 'ara (ue ele resgatasse seudé,ito como Gei da orte. 7sse é o ,ode (ue todos n0s 'agamos a Eu até ho-e. Até onde este autor 'ode verificar$ todas as divindades conhecidas recomendam a seus seguidores oferecer$ 'eriodicamente$ sacrif&cio de ,odes a Eu.

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CAPÍTULO IX O LUAR DA* -ITIC-IRA* NO *I*T-MA PLAN-TRIO

A 'osiç*o das feiticeiras no sistema 'lanetário$ s*o atri,u&dos como os es'&ritos do mal (ue o'eramdurante a noite 'ara trazer sofrimentos e 'adecimentos aos seres humanos. Assim como ao

demKnio$ é es'erado de n0s (ue tenhamos medo das feiticeiras e nos mantenhamos = distnciadelas. o decorrer da minha investigaç*o$ eu vim a desco,rir (ue elas 'ertencem a uma esferacosmogKnica$ a (ual tem rece,ido o nome mais antigo ;enhoras da oite.

eremos em sa)e-i$ como elas vieram e se instalaram no mundo e como se tornaram mais 'oderosas$ ao 'onto (ue nenhuma outra divindade 'ode derrotá)las. 7las 'odem frustrar os esforçosde todas as outras divindades (ue falharam em lhes dar o reconhecimento ade(uado.

+am,ém desco,ri (ue elas n*o s*o totalmente más como fre(entemente s*o re'resentadas. Homotodo o con-unto de cor'os celestiais e terrestres$ há feiticeiras ,oas ou inofensivas e há feiticeirasmás ou negras e vermelhas.

7las administram 'rovavelmente o mais -usto sistema de -ustiça. 7las n*o condenam sem um -ulgamento a'ro'riado e im'arcial. ;e alguém se a'ro>ima delas com uma acusaç*o contra alguém$elas considerar*o todos os lados antes de chegar a uma decis*o. se)sa e same-i$ nos contar*ocomo elas vieram ao mundo e como so,re'u-aram todas as outras divindades.

!r"nm#lá nos conta 'or(ue e como elas n*o destroem ninguém a n*o ser (ue a 'essoa tenhaatravessado o -uramento feito entre r&á la$ !r"nm#lá e as feiticeiras. As feiticeiras n*o matamhomem algum (ue age sinceramente de acordo com o sistema de instituiç*o do 'ovo e ta,us 'roclamados 'or eus.

eremos como !r"nm#lá revelou (ue as feiticeiras foram a 'rinc&'io mais atenciosas (ue os merosmortais. @oram os seres humanos (ue as ofenderam 'rimeiro$ matando seu "nico filho. Acontece

deste modo (ue as feiticeiras e os mortais g,r& em UorV,á e g,oi em WiniJ vieram como irm*sao mundo ao mesmo tem'o. A mortal teve dez filhos en(uanto a feiticeira teve a'enas um.

:m dia a leiga estava indo ao "nico mercado dis'on&vel na(uele tem'o$ chamado ?[aA-ig,ome[on A[otaB 7[i Adag,on AderinnNin em WiniJ. 7stava situado na fronteira entre o céu ea terra. s ha,itantes do céu e da terra o usavam 'ara comércio comum$ de modo (ue a leiga indoao mercado$ 'ediu = feiticeira (ue cuidasse dos seus dez filhos durante sua aus%ncia. A feiticeiratomou conta muito ,em dos dez filhos da mortal e nada aconteceu a nenhum deles.

7nt*o foi a vez da feiticeira ir ao mercado. ;eu nome ent*o era IZami soronga em UorV,á eIZenoroho em Wini. +endo ela 'artido 'ara o mercado$ tam,ém 'ediu 'ara sua irm*$ 'ara cuidar deseu "nico filho durante sua aus%ncia. 7n(uanto ela estava fora$ as dez crianças da mortal sentiramvontade de matar um 'assarinho 'ara comerem. g,r& falou a suas crianças (ue se eles (uisessema carne de um 'assarinho$ ela iria ao mato ,uscar um 'ara comerem$ mas (ue eles n*o deveriamtocar no "nico filho da feiticeira.

7n(uanto a m*e foi ao mato$ suas dez crianças -untaram)se e mataram o "nico filho da feiticeira eassaram sua carne 'ara comer. medida (ue as dez crianças de g,r& assassinaram do filho dafeiticeira$ o 'oder so,renatural deu a ela um sinal de (ue nada estava ,em em casa. 7la ra'idamentea,andonou as com'ras no mercado e retornou 'ara casa a'enas 'ara desco,rir (ue seu filho tinhasido assassinado. 7la n*o conseguia com'reender nada$ 'or(ue sua irm* foi ao mercado e ela foi

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@oi a'enas !r"nm#lá$ (ue nunca se lançou em algo sem 'ensar ,em antes de agir$ ele sa,ia (ue eraa'enas a'ascentando as feiticeiras (ue ele 'oderia 'egar o (ue ele (ueria.

CAPÍTULO X C,DIO D- CONDUTA D- R/NM0L

e maneira ,astante interessante$ todas as divindades tem caracter&sticas e ta,us similares. ade'end%ncia da variaç*o do grau de agressividade$ eles todos aceitam a imuta,ilidade das leisnaturais$ as (uais te0logos e te0sofos t%m codificado dentro dos 1S mandamentos de eus. Isto n*oé dizer (ue algumas divindades n*o mataram (uando eles acreditaram ter fortes -ustificativas 'arafaz%)lo$ no momento em (ue c0digos terrestres e celestes admitiram a 'uniç*o ca'ital como medida 'ara sentenciar os ofensores ca'itais.

;em e>ceç*o$ todas as divindades tam,ém aceitaram a su'remacia de eus. o caso de !r"nm#lá$ele dei>ou na mem0ria de todos seus a'0stolos$ disc&'ulos$ sacerdotes e seguidores (ue ele é a'enas

um servo de eus$ e no melhor conceito de eus$ este é o 'or(ue ele é geralmente chamadoA-i,r&a 'eero e :['in.

A-i,r&a `'eero significa a "nica divindade (ue acorda de manh* 'ara ir saudar eus na Geuni*odo destino$ en(uanto (ue 7leeri :['in significa a divindade (ue se sentou como testemunho do 'r0'rio eus na corte do destino$ (uando o destino de todas as criaturas estava sendo designado.

eremos mais tarde como !r"nm#lá foi nomeado testemunha de eus (uando 7ste começou seutra,alho criativo. \g"nda)e-i nos revelará de'ois neste livro 'or (ue eus ordenou a todas asdivindades a retornarem 'ara o Héu de'ois de fundarem a terra. Duando a terra estava em estado dedesordem ele enviou 7lenini 'ara ca'turá)los todos e traz%)los de volta ao céu.

7-i)g,e$ o mais velho missionário de !r"nm#lá$ irá na se(%ncia revelar como ele retornou aomundo so, o nome de moonighorog,o 'ara ensinar ao 'ovo do mundo como 'roceder emconcordncia com os dese-os de eus. 7le demonstrou 'elos 'receitos$ e>em'los e açes comoviver e agir em concordncia com as leis naturais e como viver em 'az com eus. 7le tam,émdemonstrou (ue a verdadeira felicidade vem a'enas (uando alguém devota um 'ouco do seu tem'ode modo a,negado ao serviço dos outros. 7le tam,ém ilustra a virtude do amor ao 'r0>imo. ;emdizer (ue se alguém ama seu 'r0>imo$ n*o 'oderá seduzir a sua es'osa$ matá)lo$ alimentar rancorcontra ele$ rou,ar sua 'ro'riedade e enganá)lo.

<ortanto como um fil0sofo 'rático$ !r"nm#lá estima alguém (ue muito 'ode aumentar todo o amor 'or seu 'r0'rio vizinho$ o lado ,om muitas vezes está em ser rec&'roco. 7ntretanto$ !r"nm#lá ée>tremamente contra retaliaçes e vinganças 'or(ue as divindades sem're ficar*o ao lado dos -ustos.

A 'rimeira o,rigaç*o de um homem com ele mesmo$ é 'reservar)se através da divinaç*o e dosacrif&cio. ;e uma 'essoa forte está se envolvendo em alguma guerra a,erta ou discreta contraalguém (ue carece de 'oder 'ara com,ater estas forças invis&veis$ !r"nm#lá adverte recorrer =divinaç*o (uando na d"vida e fazer algum sacrif&cio 'rescrito aos altos 'oderes. :ma fez feito osacrif&cio$ o rece'tador irá (uase (ue imediatamente intervir nas ma(uinaçes do mal feitas 'elosinimigos conhecidos e desconhecidas.

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!r"nm#lá recomenda a seus seguidores a n*o se envolverem em 're'arados medicinais destrutivos$ 'or(ue os mesmos 'odem conduzi)los a sua 'r0'ria imolaç*o. Hontudo há alguns disc&'ulos de!r"nm#lá cu-a so,reviv%ncia no mercado é a 're'araç*o de remédios$ mas a'enas com 'ro'0sitosconstrutivos$ de salvaç*o e li,ertaç*o.

!r"nm#lá é o melhor 'rofessor da eficácia da 'erseverança. 7le ensina (ue en(uanto 'ode haverremédios (ue n*o se-am eficazes$ n*o há 'aci%ncia (ue fracasse em so,re'u-ar todas asdificuldades$ 'or(ue as divindades ir*o ao final socorrer a(ueles (ue 'erseveraram.

-LOIO* D- R/NM0L ? P-R*-#-RANÇA

!r"nm#lá recomenda 'erseverança em tudo o (ue seus seguidores fazem. 7les n*o 'oderiam em sua 'r0'ria vontade vingar alguma ofensa feita a eles 'elos outros. 7le n*o (uer seus seguidoresenvolvidos em açes dia,0licas$ es'ecialmente a(uelas (ue o,-etivam a destruiç*o de outras 'essoas. 7le avisa nos 'oemas$ (ue a(ueles (ue tomarem as almas de outros$ tam,ém 'agar*o comsuas 'r0'rias almas ou com as almas de seus filhos e netos. 7le insiste (ue a 'osiç*o dele é amelhor 'ara 'roteger seus filhos$ caso eles n*o resolvam tomar as leis da natureza em suas 'r0'rias

m*os. !r"nm#lá insiste em (ue se alguém 'lane-a a morte contra seus filhos$ ele certamente farácom (ue a cons'iraç*o n*o tenha sucesso.

Hontudo se seus filhos$ revidarem 'lane-ando tam,ém a morte ou a ru&na da(ueles (ue oofenderam$ !r"nm#lá re-eitará a -ustificaç*o dos argumentos nos casos de cada filho$ (uando asdivindades se reunirem em -ulgamento so,re a (uest*o. enhuma (uest*o é esta,elecida sem tersido determinada 'elas divindades. 7stas 'or sua vez$ n*o condenam ninguém sem um -ulgamentolim'o. as se alguém ad(uire 'or 'reem'ç*o ao -ulgamento divino 'ela lei do retorno$ olho 'orolho$ ele 'erde a -ustiça de sua causa. !r"nm#lá recomenda (ue seus seguidores tenhamconhecimento de (ual(uer um (ue (ueira 'lane-ar o mal contra eles$ sua 'rimeira reaç*o será ir aooráculo a fim de desco,rir se a 'essoa terá sucesso.

@re(entemente se o 'eso da cul'a está dentro da outra 'essoa$ será dito (ue o inimigo n*o ovencerá. ;e 'or outro lado$ o 'eso da cul'a se inclina levemente contra voc%$ voc% será r&entadodurante a consulta oracular no sacrif&cio o (ual deverá fazer a fim de (ue a cons'iraç*o maléficacontra sua força 'essoal n*o tenha sucesso.

Ao invés de fazer sacrif&cio$ algumas 'essoas 'referem ainda os atos vingativos através da ida aosfeiticeiros 'ara 're'arar remédios mortais$ com os (uais com,ater o inimigo. 7m alguns casos$ se!r"nm#lá v% (ue o remédio (ue seu filho está 're'arando contra seu inimigo fará a ele algum mal eo mesmo o,terá re'ercuss*o dolorosa no desenrolar$ ele neutralizará a força do remédio e o tornaráin"til.

iante desta situaç*o a 'essoa forte começa a se (uestionar se o feiticeiro o enganou. 7le n*o o fez.

!r"nm#lá tem a'enas demonstrado 'ara seus filhos (ue destruir algum inimigo é destruir a simesmo. ;e voc% a'onta um dedo na direç*o do seu inimigo$ os (uatro restantes$ os (uais s*o emmaior n"mero$ e sim,olizando o eco$ est*o a'ontando 'ara voc%. !r"nm#lá ilustrará (ue alguém (uealguém (ue cava a se'ultura de seus inimigos está ao mesmo tem'o cavando sua 'r0'ria. 7ste é omotivo de (ue a oraç*o fre(ente de !r"nm#lá é 'ara o ,em dos amigos$ inimigos$ feiticeiras$divindades$ irm*os e irm*s$ assim (ue 'or esta raz*o a(ueles (ue lhe dese-am mal talvez n*o oalcancem.

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7le defende (ue é fre(entemente muito recom'ensador 'ara voc% orar 'or um inimigo (ue está 'lane-ando o mal contra voc% do (ue (uando as divindades se unem 'ara solucionar o caso$ o 'esoda 'ro,idade estará a seu lado. F melhor ter o su'orte das divindades em uma certa situaç*o do (ueatrair so,re si a sua re'rovaç*o.

A -ICCIA DA PACI<NCIA NO II*MO

!r"nm#lá diz (ue (uando ele está com 'ressa$ sua ra'idez de aç*o n*o é mais rá'ida do (ue o 'assocom o (ual a 'e(uenina formiga ou o ágil caracol se move. 7le diz (ue sem're (uando ele está sedeslocando e uma árvore cai atra'alhando seu caminho$ ele es'era 'ela árvore ca&da$ até (ue elaa'odreça até o fim antes de ele continuar sua -ornada.

;e 'or outro lado uma 'edra ,lo(ueia o seu caminho$ ele irá aguardar até (ue a folhagem seamontoe até o cume da 'edra$ até ultra'assá)lo como uma 'onte fornecida 'elo amontoado defolhas. Até mesmo (uando ele resolve reagir$ n*o o faz de tal modo diretamente. 7le a'ela 'araalgumas das mais agressivas divindades como Eu$ \g"n$ ;an['ana ou =ng0$ fazendo sacrif&cios 'ara eles e e>ortando)os a agirem em seu favor.

!r"nm#lá diz (ue se ele reagem muito ra'idamente$ o fará de tal modo em tr%s anos e a'enas(uando sua 'aci%ncia tiver sido e>aurida. as (uando ele finalmente decide reagir$ o faz sem(ual(uer 'iedade.

g,e);uru 'ro'orciona a clara ilustraç*o de como !r"nm#lá age neste conte>to.

7ra uma vez uma 'rincesa residente em INo$ cu-a ,eleza era de tal modo cativante (ue todos oshomens n*o eram considerados (ualificados o ,astante 'ara ela. ;eu 'ai$ o !,a de INo$ tinha sidoinformado a n*o contratar casamento 'ara ela com ninguém e>ceto com um homem escolhido 'orela mesma. Duando o 'ovo de Ifé ouviu so,re sua fama e ,eleza$ eles decidiram dis'utar sua m*oem casamento. \g"n foi o 'rimeiro a fazer uma tentativa. @oi a INo e a vis*o da 'rincesa

deslum,rou o com'letamente e ele -urou n*o res'eitar nada nem ninguém 'ara con(uistar o seuamor 'ara si.

Duando \g"n declarou seu amor$ ela aceitou)o sem nenhuma hesitaç*o. 7ntretanto insistiu (ue elatinha (ue morar com seu 'retendente na casa de seu 'ai$ sugest*o a (ual \g"n 'rontamente aceitou.7la o entreteve 'rimorosamente 'or sete dias.

 o terceiro dia de sua chegada a INo$ a 'rincesa 'ediu a \g"n 'ara lhe contar so,re suas 'roi,içesa fim de reduzir)se =s chances de atrito entre eles.

Antes de \g"n dei>ar Ifé e ir 'ara INo$ ele tinha sido 'revenido a fazer sacrif&cio a seu an-oguardi*o e a Eu$ a fim de retornar de sua miss*o com vida 'ara casa. \g"n ga,ou)se de (ue

antigamente nenhuma ,atalha -amais tinha desafiado sua força e valor$ e ele n*o via motivo emfazer 're'araç*o sacrificial alguma (uando ele estava indo encontrar uma mulher. 7le n*o fez osacrif&cio.

7m res'osta a 'ergunta da 'rincesa$ \g"n informou)lhe (ue estava 'roi,ido de 0leo do caroço de 'alma Adin ou :denJ e menstruaç*o. 7m outras 'alavras ele é 'roi,ido de ver (ual(uer assentomanchado 'elo flu>o menstrual da mulher.

5Q

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Assim (ue os sete dias de hos'italidade cessaram$ a 'rincesa viu sua menstruaç*o. 7la ent*o 're'arou uma refeiç*o com Adin 'ara \g"n comer. Duando ela entregou a comida 'ara \g"ncomer$ ela deli,eradamente sentou em sua almofada sem 'roteger seu flu>o menstrual.

Duando \g"n se acomodou 'ara sa,orear a refeiç*o desco,riu (ue a so'a fora 're'arada com Adin.Duando ele levantou sua ca,eça furiosamente 'ara 'rocurá)la$ viu tam,ém (ue havia flu>omenstrual em seu assento.

7m f"ria \g"n lançou)se 'ara gol'eá)la e ela ra'idamente correu aos a'osentos de seu 'ai 'orsocorro. Duando seu 'ai viu \g"n 'erseguindo sua filha$ o !,a usou seu A9 'ara con-urá)lo a 'arar e ra'idamente ordenou \g"n a se transfigurar num malho usado 'elos ferreiros$ o (ual ele éaté ho-e. 7ste foi o fim da tentativa de \g"n em con(uistar a 'rincesa de INo 'ara sua es'osa.

A'0s es'erar em v*o 'elo retorno de \g"n com a 'rincesa 'ara Ifé$ seu irm*o mais novo sonZinsun em WiniJ decidiu seguir 'ara INo 'ara uma du'la miss*o$ a de localizar \g"n e se 'oss&vel decon(uistar a 'rincesa 'ara si. Antes da 'artida 'ara INo$ tam,ém foi avisado a ele 'ara fazersacrif&cio 'ara seu an-o guardi*o e oferecer um ,ode a Eu. 7le tam,ém se ga,ou (ue como 'ro'rietário de todos os remédios dia,0licos (ue e>istem$ seria degradante 'ara ele fazer algum

sacrif&cio 'ara (ual(uer outra divindade. 7nt*o ele 'artiu 'ara INo.

 a chegada a INo$ ele foi ra'idamente a'resentado = 'rincesa (ue lhe concedeu a rece'ç*o inicial ehos'italidade a (ual ela havia regalado anteriormente a \g"n. o terceiro dia da chegada desonZin ela tam,ém lhe im'lorou a desvendar (uais suas 'roi,içes a fim de minimizar os riscosde atrito. 7m res'osta$ sonZin (uis sa,er se ela tinha encontrado \g"n anteriormente. 7laconfirmou (ue sim$ mas (ue devido = rece'ç*o ordinária (ue ela deu a \g"n$ ele tam,ém se sentiuultra-ado em retornar 'ara casa e decidiu ,uscar uma nova resid%ncia distante de Ifé e INo. umadis'osiç*o de ,a-ulaç*o 'ro'osital 'ara os encher os olhos de sonZin de orgulho$ ela lhe contou(ue o os olhos de \g"n estavam tam,ém desagradáveis$ e (ue o olhar afável de sonZin lhe eramais agradável.

Hom o (ue sonZin foi desarmado e 'rosseguiu a revelar)lhe o (ue ele 'rescrevia a a,stenç*o$ 0leode 'alma e menstruaç*o. 7la tran(ilizou sonZin$ como havia feito com \g"n antes dele$ (ue elameramente fez a 'ergunta a fim de 'revenir o risco de algum desentendimento entre eles.

<ouco de'ois do término da lua de mel a 'rincesa ficou menstruada. 7la ent*o 're'arou uma so'agrossa com o fino 0leo de 'alma 'ara sonZin comer. 7la tam,ém foi a sua cama 'ara manchá)lacom seu flu>o.

Duando sonZin estava 'restes a iniciar a sua refeiç*o 'redileta$ ele desco,riu (ue fora 're'aradacom 0leo de 'alma. 7nt*o ele a,andonou a comida fazendo)a lem,rar (ue era seu interdito 0leo de 'alma em sua comida. 7la se descul'ou a,raçando)o e o atraindo 'ara a cama 'ara romancear. ast*o logo ele 'reste a deitar)se na cama$ 'erce,eu o flu>o$ acusou)a de tentar matá)lo.

Duando ele 'egou seu ,ast*o 'ara amaldiçoar a 'rincesa$ ela novamente correu 'ara os a'osentosde sue 'ai$ e ele 'aralisou sonZin com seu A9. !,a ordenou lhe a se transfigurar em um 'otede água$ o (ue ele é até ho-e. ais uma vez$ (ue assinalou o fim da tentativa de sonZin emcon(uistar a 'rincesa 'ara si.

A'0s aguardar em v*o 'or \g"n e sonZin retornarem 'ara casa$ o 'ovo de Ifé encarregou!r"nm#lá a ir 'rocurá)los. 7nt*o ele convocou seus ANo 'ara uma consulta oracular e eles lhedisseram (ue \g"n e sonZin n*o estavam mais. 7le foi advertido de (ue antes de ir a INo$ ele

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 'ara a es'écie humana$ sem aguardar ou e>igir nenhuma recom'ensa em retorno 'or seus serviçosgratuitos. Alguém teria 'ensado (ue seu com'ortamento n*o seria a'reciado$ mas tam,ém serviriacomo um ,rilhante e>em'lo aos outros. Ao contrário$ a(ueles (ue estavam no mundo antes deleestavam deste modo desa'rovando suas açes e começaram a enviar incessantes mensagens a eusno céu$ (ue monighorog,o$ ao invés de melhorar as condiçes do mundo$ estava na verdade 're-udicando o c0digo de conduta (ue ele encontrou$ tanto (ue ele estava tornando a vidainsu'ortável 'ara os outros.

7stes relatos se tornaram t*o comuns e fre(entes$ (ue eus (ue nunca condena sem averiguaç*o$enviou um 'olicial celeste ao mundo 'ara convocar monighorog,o a retornar 'ara o céu$ assim(ue fizesse uma com'leta investigaç*o do seu com'ortamento. 'olicial$ a'0s ter ocultado sua 'r0'ria identidade$ chegou cedinho a casa dele e se ofereceu como seu au>iliar. esde muito cedoaté o anoitecer o 'olicial viu (ue monighorog,o gastou todo seu tem'o no serviço aos outros$au>iliando no 'arto de mulheres grávidas$ curando as doenças$ fazendo consulta oracular 'ara osaflitos$ acertando discusses entre as 'essoas$ etc$ tudo sem gratificaç*o de es'écie alguma$ ele =svezes n*o tinha tem'o se(uer 'ara tomar seu café da manh*.

A'0s o,servar sua 'erformance durante o dia$ o 'olicial celeste$ ent*o revelou sua identidade

dizendo (ue eus o (ueria de volta ao céu. Duase (ue imediatamente monighorog,o se 're'arou 'ara sua -ornada de retorno ao céu. Xá chegando$ eus o re'reendeu 'or ter ido 'ara o mundo 're-udicar suas virtudes. Antes (ue ele 'udesse se e>'licar$ foi o 'olicial celeste (uem falou em suadefesa. 7le e>'licou (ue a(ueles (ue vinham se (uei>ar contra ele$ eram os (ue n*o estavamtran(ilos com a sua ,enevol%ncia$ 'ois sua 'ostura era uma ameaça 'ara suas 'r0'riase>or,itncias de com'ortamento. 7le adicionou ainda (ue a grande mair&a das 'essoas 'erderia asua regra mais 'reciosa se monighorog,o tivesse (ue ficar 'ermanentemente no céu.

Hom a(uele testemunho$ eus ordenou)lhe (ue voltasse ao mundo$ 'ara continuar seu ,omtra,alho$ mas (ue a fim de so,reviver =s ma(uinaçes maléficas de seus inimigos$ ele deverá deho-e em diante co,rar honorários razoáveis 'or seus serviços aos seres humanos. Assim foi como ossacerdotes de Ifá o,tiveram a autr&zaç*o de eus 'ara co,rar honorários razoáveis do (ue (uer

(ue façam.

eve ser lem,rado (ue 7-iog,e foi o 'rimeiro dos a'0stolos de !r"nm#lá a vir ao mundo. 7stae>'eri%ncia de 7-iog,e ilustra claramente (ue a(ueles (ue tra,alham em defesa dos ,ons o,-etivos$correm o risco de inve-a e agresses a,ertas de outros a'esar de ter se doado com ,enevol%ncia emagnitude.

A(ueles (ue insistem em fazer as coisas 'ela maneira correta incorrem em desagrado e c0lera dos(ue 'ermanecem no 'roveito do caos$ confus*o e tra'aças. A(ueles (ue fazem os seus tra,alhossem es'erar nenhum ,enef&cio e>tracurricular em retorno$ ser*o chamados 'or todos os ti'os denomes do descrédito$ e de fato falsas est0rias s*o fre(entemente inventadas contra eles$ 'or(ue anatureza ego&sta do homem n*o admite (ue as 'essoas d%em mais crédito a outrem do (ue s*o

ca'azes de admitir 'ara si mesmos.

<ara sua 'r0'ria 'az$ os menos idKneos t%m necessidades de iludir sua consci%ncia com umafachada$ falsas su'osiçes e -ustificativas.

F necessário (ue eles se conscientizem (ue os outros 'odem vir a fazer o (ue na verdade deveriaestar sendo feito 'or eles mesmo.

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;e eles e>igem 'ro'ina antes de fazer o seu tra,alho$ 'ara o (ual eles s*o 'or outro lado muito ,em 'agos$ eles tam,ém devem admitir (ue (ual(uer outra 'essoa o faça$ mas se eles re'entinamentedesco,rem (ue há mudanças nas regras adotadas a reaç*o será imediata$ um ata(ue.

7ste é o motivo 'elo (ual a(ueles (ue vivem 'or e em defesa da verdade sofrerem uma enormehostilidade e 'rivaç*o. as em contra'artida seu consolo reside numa recomendaç*o de eus amonighorog,o no céu$ em continuar o seu caminho escolhido em defesa da verdade. Acima detudo$ há a eterna satisfaç*o e integridade numa vida distinta.

;e cada um isoladamente$ ao invés de 'erder a sua ca,eça fosse ca'az de conservá)la$ a defesa econclus*o -usta (ue vem 'ara eles estar*o com certeza ao lado da verdade$ e é muito maisgratificante (ue todas as atraçes transit0rias (ue o dinheiro 'ode com'rar.

(uestionamento (ue muitos levantam é (uais os ,enef&cios materiais derivados da o,-etividadeética.

F moda com'arar a satisfaç*o material em termos n*o das necessidades imediatas do homem$ masde co,iça. homem (ue furta dos cofres '",licos é ca'az de o,ter um -ato 'articular$ em um meio

aonde 'essoas n*o conseguem se(uer o,ter tra,alho 'ara viver res'eitavelmente$ devendo seram,icioso ao e>tremo$ (uando e>istem linhas aéreas comerciais (ue o levariam aonde ele (uisesseir. escrit0rio '",lico (ue do,ra o custo l0gico ou funcional de um 'ro-eto s0 'or(ue é a comiss*o(ue ele es'era rece,er$ comete um crime im'erdoável contra a humanidade$ 'or(ue o custoagregado de sua 'erf&dia 'ara a sociedade irá 're'arar futuramente novas o'ortunidades desofrimento de grande n"mero de 'essoas.

Duando o &ntegro v% o inescru'uloso na sociedade e v% (ue s*o ostensivamente mais 'r0s'eros$ háuma tend%ncia em se (uestionar se é mérito ter intençes a,negadas. !r"nm#lá nos contará (ue ,enef&cios de fraude s*o um 'rogresso a'arente$ mas se alguém chegou 'erto o suficiente doo,-etivo de sua am,iç*o$ irá desco,rir (ue seu contentamento material é vazio e f"til e (ue ele n*o éo (ue 'arece ser. 7 se ele tiver sucesso com a sua co,iça$ a 'uniç*o será re'assada 'ara seus filhos e

netos até (ue se-a re'arado com'letamente o (ue ele indignamente e>traiu da sociedade.

Hom relaç*o a isto$ n0s veremos como !r"nm#lá esti'ula a satisfaç*o derivando de uma vida deacordo com as leis divinas e a 'o,reza es'iritual da(ueles (ue acreditam (ue 'odem se fazer 'elafraude. 7m,ora e>istam in"meros e>em'los nas 'alavras de !r"nm#lá$ nas (uais os sacrif&ciosforam feitos 'elos malfeitores a fim de alcançar %>ito em suas fraudes nefastas$ entretanto !r"nm#láos torna com'letamente sem efeito$ (ue cada ,om resultado alcançado será meramente ef%mero.

Assim (ue eus se manifestou 'ela luz 'ara vencer as forças das trevas e as forças do mal$ Eu -urou (ue levantaria uma ,atalha feroz 'ara o,ter ascend%ncia so, as criaturas de eus.

homem 'r0s'ero é alguém cu-a satisfaç*o final deriva do (ue ele tem e o (ue ele é$ e o 'o,re é

alguém (ue a'esar de 'ouca ri(ueza material$ segue insaciável na (uest*o de incessante a(uisiç*omaterial =s custas dos outros. <ara o (ue (ual seria a diferença entre um ladr*o comum e umcavalheiro se am,os as'iram a'enas =s metas monetárias =s custas da integridade alheiaT

 *o há -ustificativa 'laus&vel 'ara hi'otecar uma consci%ncia na (uest*o de ri(ueza 'ra legar aosfilhos$ en(uanto nega a essas crianças a dignidade de herdar seu ,om nome$ 'or(ue o melhor legado(ue um homem 'ode dei>ar 'ara seus filhos s*o os seus 'rinc&'ios e a sua identidade. As crianças 'odem ser orgulhosas de seu ,om nome$ mas n*o o ser*o de sua ri(ueza se todos sou,erem (ue elesa ad(uiriram inescru'ulosamente.

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CAPÍTULO XI COMO ALUM POD- -NTRAR -M CONTATO COM R/NM0L

A filosofia de Ifá IfismoJ n*o tenciona ser uma religi*o universal em termos de arrastar 'artidáriose convertidos. fundamental do Ifismo é unir os reencarnados e descendentes dos seguidores

r&ginais de !r"nm#lá e de seus lodus e !dus$ todos a caminho do céu.

 *o s*o todos (ue 'odem tornar)se um seguidor de !r"nm#lá$ a menos (ue se-a es'ecificamenteescolhido. !r"nm#lá n*o 'rocura convencer ninguém a ser 'arte de seu re,anho.

e fato$ muitas 'essoas v%em a ele (uando est*o tendo 'ro,lemas dif&ceis$ e ele fre(entementedemonstra desta forma (ue n*o e>istem 'ro,lemas insu'eráveis. ;e uma 'essoa é afortunada$ elaterá recursos iniciais de conhecimento se ele está realmente destinado a ser um seguidor de!r"nm#lá. :ma vez (ue uma 'essoa é escolhida como disc&'ulo$ ele deverá em'enhar)se em segu&)lo fervorosamente$ 'or (ue indiferente ao 'artidarismo usado 'ara atri,uir muitos dos 'ro,lemas a!r"nm#lá$ mas 'or(ue seu serviço indiferente n*o os colocam em 'osiç*o de !r"nm#lá 'odermane-ar os 'ro,lemas de seus seguidores efetivamente. Rá uma variedade de caminhos nos (uais

alguém 'ode vir a se associar com !r"nm#lá. o 'assado a relevncia da cerimKnia de nomeaç*o 'ara uma criança recém)nascida era 'ara 'ermitir aos 'ais sa,er (ual o caminho a criança seguiria na vida. ito dias a'0s o nascimento dacriança$ o sacerdote de Ifá e outros videntes$ (ue se es'ecializaram em astrologia do recém)nascidos*o convidados a ler a vida da criança. 7m algumas 'artes da frica$ o !du (ue surge 'ara a criançana cerimKnia do nome será 'osteriormente 're'arado 'ara ele como seu 'r0'rio Ifá. F a cerimKniaem (ue !r"nm#lá conta aos 'ais o ti'o de criança (ue eles tem$ se é um Imere em UorV,á ou 7leg,eem Wini$ (ue está fazendo uma curta 'assagem 'ela terra$ a'enas 'ara dei>ar os 'ais t*o logo ele setorne ,em (uisto 'or eles.

!r"nm#lá dirá aos 'ais o (ue fazer 'ara 'revenir o retorno da criança 'rematuramente ao céu. Duase

invariável$ Ifá é 're'arado 'ara a(uela es'écie de criança muito cedo na vida$ como um contra'esocontra a morte 'recoce.

<or outro lado$ algumas 'essoas 'assam 'or sérios 'ro,lemas no curso de suas vidas. ;e uma 'essoa é em 'otencial um sacerdote de Ifá$ !r"nm#lá 'ode surgir 'ara ele em sonho ou 'edir ao seuan-o guardi*o 'ara revelar lhe em sonho (ue ele está 'assando dificuldade 'or ainda n*o terdesco,erto a divindade (ue o acom'anha na terra.

;e tal 'essoa for alguém e>'eriente o suficiente nos caminhos da vida$ ele ent*o vai ao oráculo ondeserá confirmado a ele (ue ent*o irá se organizar 'ara ter seu 'r0'rio Ifá. Rá muitas 'essoas (uechegam a este 'onto de realizaç*o a'enas (uando -á est*o entre a vida e a morte.

+irando a ignorncia$ alguns ne0fitos (ue o,tém al&vio de seus 'ro,lemas logo de'ois de suainiciaç*o no Ifismo$ s*o tentados a concluir (ue !r"nm#lá recruta os seguidores criando 'ro,lemas 'ara eles. (ue certamente deve ser um ato de ingratid*o$ 'or(ue !r"nm#lá n*o cria 'ro,lemas 'ara seus seguidores. F a'enas (uando um an-o guardi*o desco,re no céu (ue seu 'rotegido estáindo e>'erimentar certos 'ro,lemas na vida$ (ue ele a'ela 'elo su'orte de !r"nm#lá$ a fim de ser am*o (ue assiste seu 'rotegido (uando os 'ro,lemas acontecerem.

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A UNÇÃO DA ORÍ-NTAÇÃO DI#INA -M NO**A* #IDA*

 este 'onto eu gostaria de 'ara ilustrar a 'arte em (ue uma divindade 'revalece agindo na vida dosmortais. AmaZo decide no céu vir ao mundo. 7le vai ao oráculo no (ue fazer a fim de ter uma 'erman%ncia de sucesso na terra. a consulta ele foi informado (ue ele estava indo 'ara ser ,emsucedido na vida. 7le tinha o ensino universitário estrangeiro e su,iu ra'idamente em seu em'rego

 'ara a 'osiç*o de chefe de seu de'artamento. Duando seus 'ais lhe falaram da revelaç*o de (ueseria necessário ser iniciado na religi*o de Ifá$ 'ara ter seu 'r0'rio !r"nm#lá$ ele reagiu dizendo aseus 'ais 'ara se im'ortarem com seus 'r0'rios neg0cios$ 'or(ue ele estava satisfeito com a igre-acat0lica.

;ete anos de'ois$ houve uma calamidade nacional a (ual o a'anhou em todos os ti'os de 'ro,lemas?inter aliosB. <rimeiro ele 'erdeu se grande em'rego e de'ois ele foi colocado na cadeia e ficoumuitos meses em detenç*o. @oi durante sua detenç*o (ue ele se lem,rou (ue tinha sido avisado seteanos antes e ele informou a seus 'ais 'ara se 're'ararem 'ara a cerimKnia. ais tarde ele foitentado -ustamente com outras rea(uisiçes e 'osteriormente com sua li,erdade.

7u tam,ém tinha ci%ncia de outro caso de um homem (ue estava gastando seu tem'o dentro e fora

da 'ris*o em comando de rou,os. 7le n*o era o ti'o de ladr*o temerário$ era 'ego fre(entementerou,ando coisas triviais como aves$ inhames$ ca,ras$ etc$ 'ela estrada ou nas fazendas. 7le nuncainvadiu uma casa das 'essoas. as uma vez ele foi encarcerado 'or um furto insignificante$ e(uando a situaç*o se tornou desagradável 'ara seus 'arentes$ ele decidiu desco,rir 'or(ue ele n*o 'odia ter uma vida estável. 7les foram avisados (ue !r"nm#lá era a "nica divindade (ue 'oderiasalvá)lo e ele deveria 'or essa raz*o ter seu 'r0'rio Ifá. Xogo de'ois da cerimKnia ele decidiu 'or si 'r0'rio$ mas influenciado 'elo conselho de Ifá$ a começar a sua 'r0'ria fazenda. 7le ent*o fezdinheiro suficiente 'ara a sua 'rimeira lavoura e de'ois 'ara construir a sua 'r0'ria casa$ casou comduas es'osas e criou muitas crianças. Ro-e ele é um cidad*o res'eitado e desde ent*o n*o tem sido 'reso ou a'reendido 'or nenhuma má conduta durante os "ltimos (uinze anos.

 o caso (uando alguém tem seu 'r0'rio !r"nm#lá$ esse alguém é fre(entemente avisado 'ara

fazer ou dei>ar de fazer certas coisas$ a fidelidade dele$ da (ual irá de'ender a 'erformance destealguém na vida. Homo e>em'lo um certo indiv&duo 'ode ser r&entado a desistir de um há,ito em 'articular 'or (ue ele é re'ugnante ao seu 'r0'rio !r"nm#lá ou ao seu an-o guardi*o. Alguns s*odestacados a desistir de certa 'rofiss*o ou vocaç*o 'or outras vocaçes ou 'rofisses$ outros ainda 'oder*o ser informados 'ara se divorciarem de suas es'osas ou de seus maridos$ outros s*oavisados a fazerem cerimKnias adicionais a fim de ter retroaç*o diante dos 'ro,lemas vindouros navida. Alguém 'ode sim'lesmente ignorar cada advert%ncia e comunicar a outrem do risco (ue corre.

7u sou,e de um homem nestas circunstncias$ recentemente falecido$ (ue assim (ue ele o,teve seu 'r0'rio Ifá foi avisado (ue deveria dei>ar de ,e,er álcool a fim de evitar um 'ro,lema incurável deestKmago mais tarde na vida. 7sse homem era muito ativo e 'Ks = 'rova em como seria$ ele n*o 'arou de ,e,er. ais tarde ele desco,riu uma "lcera estomacal e ainda assim tendo a "lcera ele

continuou a ,e,er. 7u$ todavia$ tenho clara lem,rança de como ele morreu em 1Q5C. 7le assistia asdanças da festa de Ano ovo em várias casas longe de seus 'ais$ aonde ele tinha ent*o uma grande(uantidade 'ara ,e,er. <or volta das tr%s da manh*$ ele teve um forte ata(ue cortante de estKmago$conse(entemente começou a vomitar sangue. 7nt*o foi removido ao hos'ital$ mas faleceu antes delá chegar.

+am,ém tenho conhecimento de diferentes homens de sucesso (ue tam,ém morreram 'or n*oserem ca'azes de aceitar e e>ecutar as recomendaçes dadas durante a sua iniciaç*o em Ifá.

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Duando 're'arava seu 'r0'rio !r"nm#lá$ ele foi avisado (ue 'ros'eraria tremendamente na vida$mas se ele (uisesse viver muito ele deveria ficar longe da sua es'osa. @icou muito furioso com oaviso$ (ue certamente a,riu isto 'ara sua es'osa$ (ue desde ent*o manteve o sacerdote de Ifá =distncia. 7le se tornou muito 'r0s'ero em seu tra,alho e 'elos muitos lucros secretos$ atingindo oá'ice de sua carreira 'iramidal. 7le estava cheio de es'0lios e vivia em fartura. o alto de seusucesso sua es'osa começou a criar muitos 'ro,lemas 'ara ele. 7nt*o se se'araram e ele em seguidaficou t*o doente (ue foi hos'italizado 'or a'ro>imadamente um ano$ tem'o durante o (ual suaes'osa n*o 'odia 'or outro lado$ visitá)lo no hos'ital.

7u ainda lem,ro claramente dele em seu estado de inconsci%ncia gritando em seu sono = noite eim'lorando a sua es'osa 'ara lhe 'ou'ar a vida$ e todos os ,ens (ue ele tinha. 7le morreu logode'ois e ho-e sua vi"va é a ,eneficiária do seu legado.

A religi*o de Ifá n*o é toda so,re hist0rias de má sorte. Rá hist0rias mais interessantes da(ueles (ueseguiram os conselhos e as linhas anunciadas 'elo seu !r"nm#lá e t%m so,revivido em 'az e 'ros'eridade.

7u sei de um magnata dos neg0cios$ altamente res'eitado$ infelizmente falecido$ (ue era um ardente

seguidor de !r"nm#lá. 7le alcançou o 'ináculo do sucesso em am,os e>cel%ncia moral e matéria.

7ra fre(entemente mencionado em Ifá de'ois disso.

Ainda está vivo outro octogenário (ue é um industrial 'ioneiro na igéria. 7le é filho de Ze[u)e-i$ cu-a vida em termos de integridade moral$ dignidade intelectual e destreza material t%m sidofonte de ins'iraç*o 'ara muitas geraçes.

'onto a ser enfatizado é (ue -ustiça$ a(uele (ue segue !r"nm#lá deve fazer ent*o as suas m*oslim'as. Ifá n*o 'ode garantir sucesso 'essoal de alguém em seus esforços e as'iraçes se essealguém tem o costume de o,struir o sucesso dos outros ou 'rocurar a (ueda ou a morte dos outros.e fato a(ueles (ue gastam suas vidas cons'irando o mal contra os outros talvez tenham sucesso

 'or algum tem'o$ no final todos os seus maus des&gnios s*o eventualmente afligidos so,re eles eseus filhos.

A IMPORT@NCIA DA DO D-#OTO NA R-LIIÃO D- I

 *o há necessidade de adorar a !r"nm#lá da mesma maneira como adoramos o 'r0'rio eus. +udo(ue !r"nm#lá ordena aos seus seguidores e (ue tragam os seus 'ro,lemas 'ara ele. 7le avisará 'elaconsulta oracular ou 'or sonhos (uais os sacrif&cios deve ser feitos de tem'os em tem'os. Assimcomo em outras religies$ há muitas 'essoas (ue 'ensam (ue !r"nm#lá é uma divindade mágica$(ue 'ode du'licar dinheiro 'ara eles$ ou (ue 'ode vingar in-"rias causadas 'elos outros. 7le fazestas coisas da sua 'r0'ria maneira sutil e no seu 'r0'rio 'asso. Alguns seguidores est*o com 'ressa

 'ara realizar os seus o,-etivos e (uando eles s*o atrasados em alcançá)los$ lançam seu altar de!r"nm#lá fora e 'rocuram alguma coisa 'ara acelerar a manifestaç*o de seus dese-os. (ue é umacoisa infeliz de se fazer$ 'or(ue todo a(uele (ue tem arremessado seu altar no rio ou no mato$ longedas frustraçes tem (uase (ue invariavelmente (ue 'iorado 'or isto. utros a,andonam seus altaresde'ois de serem iniciados na religi*o de Ifá e es'eram milagres acontecerem. centro de e(uil&,rioda 'rática de Ifá é o sacrif&cio$ e o costume. ;e alguém 'ega !r"nm#lá e o coloca dentro de umguarda rou'a ou o a,andona em um lugar onde n*o cuidará dele$ !r"nm#lá n*o estará em 'osiç*ode 'roteger a vida e os interesses de seu seguidor. +*o logo se com'lete a cerimKnia de Ifá o 'r0>imo 'asso é desco,rir (uais 'ro,lemas seu 'r0'rio !r"nm#lá encontrou entre o céu e a terra

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durante o seu tem'o. everia ent*o tentar resolv%)los ou anteci'á)los fazendo sacrif&cios de 'edidode 'recauç*o na cerimKnia. Dual(uer (ue se-a o 'ro,lema (ue alguém tenha$ 'ode ser levado a!r"nm#lá através do oráculo 'elo convite de um e>'eriente sacerdote de Ifá 'ara auscultá)lo nasocasies a'ro'riadas. :m seguidor de !r"nm#lá n*o 'erde a fé em suas ha,ilidades de solucionar os 'ro,lemas 'ro'orcionados 'elo irm*o de alguém através da divinaç*o e a e>ecuç*o de sacrif&cios detem'os em tem'os 'ara a(uele 'ro,lema.

'ro'0sito deste livro é r&entar 'arcialmente os seguidores de !r"nm#lá nos seus caminhos$ nomeio do (ual eles n*o 'odem 'erder sua fé. Rá ,ons e maus 'atronos de !r"nm#lá$ a(ueles (ue s*oinfelizes de vir ao mundo so, o 'atroc&nio de um !du de Ifá assim$ n*o devem se deses'erar. Ráum caminho 'ara melhorar suas chances$ 'ela a'ro>imaç*o de um sacerdote de Ifá$ 'or(ue!r"nm#lá 'ode tornar o infort"nio em fort"nio$ má sorte em ,oa sorte e má sa"de em ,oa sa"de. efato ele diz (ue o 'ro,lema mais dif&cil é (ue o alegra em solucioná)lo.

CAPÍTULO XII 

A -N-ALOIA D- I

Rá dezesseis 'rinci'ais a'0stolos lodusJ de !r"nm#lá. 7les est*o em ordem de idade como segue/

rdem de idade de acordo com rdem de idade de acordo comA 7scola de Ifé a 7scola de Zo$ ndo e Wini.

S1 7-i)g,e 7-i)g,e S1JS2 Ze[u)e-i Ze[u)e-i S2JS3 INr&)e-i INr&)e-i S3JS4 Idi)e-i Idi)e-i S4JS5 ,ara)me-i ,ara)me-i S5JS6 [onron)e-i [onron)e-i S6JSC Irosun)e-i Irosun)e-i SCJSL Nanrin)e-i Nanrin)e-i SLJSQ \g"nda)e-i \g"nda)e-i SQJ1S sa)e-i sa)e-i 1SJ11 7tura)e-i Irete)e-i 11J12 Irete)e-i 7tura)e-i 12J13 7[a)e-i 7turu['on)e-i 13J14 7turu['on)e-i se)e-i 14J15 se)e-i fun)e-i 15J16 fun)e-i 7[a)e-i 16J

A diferença na verdade está entre os lugares de 7tura b Irete e 7[ab fun. Hada escola tem muitas -ustificativas 'ara sua 'r0'ria ordem de idade. A diferença entre elas é meramente uma (uest*o detradiç*o. efeito ficará claro (uando mais tarde e>aminarmos a ordem de idade na fam&lia de Ifá 'ara os 'ro'0sitos da divinaç*o. 7les est*o no entanto$ de acordo com os nomes e n"meros dos !duna árvore da fam&lia de Ifá. esta con-untura é necessário concordar em mencionar as e>'licaçesclaras de !r"nm#lá 'ara a diferença entre as duas escolas e (ue motivos e>'licam 'arcialmente o 'or(ue da e>'osiç*o da ,ande-a de Ifá ao ar livre ser 'roi,ida.

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Rá muito tem'o = cidade de Zo foi fundada 'or roniZan$ cu-o nome era Peg,e$ o filho mais velhode lofen$ o dVd"Na de Ifé as 'essoas de !ZO decidiram encontrar g,e)Alara$ um disc&'ulo de!r"nm#lá em Ifé 'ara ensiná)los a marcar os dezesseis lodu de Ifá. g,e)Alara demarcou osdezesseis lodu 'ara eles numa ,ande-a de Ifá e eles decidiram carregá)la 'ara !ZO com as marcasnela. 7m seu caminho eles 'erderam 'arte das marcaçes e tentaram refazer as marcas 'elamem0ria. 7les conseguiram se recordar os nomes e n"meros corretos$ mas es(ueceram a se(%nciaa'0s o décimo !du. g,e)Alara retornou ao céu antes de eles 'oderem encontrá)lo novamente eeste é o motivo 'or(ue !ZO manteve esta se(%ncia desde ent*o.

 o relato das relaçes es'eciais entre os reinos de !ZO e Wenin$ os Wini a'renderam a arte de Ifán*o guega$ a arte de Ifá e(uivalente 'ara os WiniJ 'ara os ANo de !ZO.

Hada a'0stolo loduJ de !r"nm#lá tem (uinze disc&'ulos !duJ$ isto significa 'or efeito (ue há 16lodu e 24S !du na fam&lia de Ifá.

A ordem de idade dos 256 a'0stolos é listada na ta,ela neste ca'&tulo. 7ste livro foi organizado demodo (ue dever*o ser dezessete volumes no todo.

'rimeiro volume é devotado = vida e aos tra,alhos dos dezesseis lodu a'0stolosJ. Acontinuaç*o dos dezesseis volumes irá tratar do tra,alho dos 15 !du de cada lodu.

+odos os esforços ser*o feitos 'ara re'etir a hist0ria de vida de cada a'0stolo e disc&'ulo vindo docéu 'ara este mundo. relato celeste revela o (ue um !du em 'articular fez ou n*o no céu antes desua vinda 'ara o mundo. relato terrestre revela o (ue cada um deles fez 'or si mesmos e 'ara osoutros$ e o (ue foi feito 'ara eles en(uanto estavam na terra. Hada um deles será mencionado nolivro como sendo o 'r0'rio !r"nm#lá$ o (ue vai de acordo com a tradiç*o.

F muito im'ortante 'or(ue irá ser visto (ue se uma 'essoa é iniciada no Ifismo e um dos disc&'ulossurgir no :g,odu um conclave secreto no (ual se revela o nome do !du dominanteJ$ tem (ueseguir como a noite segue o dia$ (ue a hist0ria da vida do iniciado tomará o mesmo curso como a

(ue do seu !du 'atrono. 7ste livro$ 'ortanto irá ser de imenso ,enef&cio 'ara a(ueles (ue tem seu 'r0'rio !r"nm#lá e (ue 'odem de outro modo n*o ter a o'ortunidade de conhecer a hist0ria de seu!du 'atrono e I'so factoJ a sua 'r0'ria vida.

livro tam,ém irá conter o nome dos sacerdotes de Ifá (ue revelaram estes acontecimentoshist0ricos no caso de alguém se interessar em investigar os detalhes das am'las revelaçes 'ersonificadas em vários volumes. segundo volume irá começar com os detalhes do ráculo deIfá e a ci%ncia da divinaç*o.

ORD-M D- IDAD- -N-AL,ICA D- I

GG7 A @AkXIA 7 !GYX

1. 7-i)g,e 2. Ze[u)e-i 3. INr&)e-i 4. Idi)e-i  I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I

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5. ,ara)e-i 6. [onron)e-i C. Irosun)e-i L. Nanrin)e-i  I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I

Q. \g"nda)e-i 1S. sa)e-i 11. 7tura)e-i 12. Irete)e-i  I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I

13. 7[a)e-i 14. 7turu'on)e-i 15. se)e-i 16. fun)e-i  I I I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I  I I I I I I I I I I I I I I

J s demais !du s*o a com,inaç*o (ue ocorre entre os lodu$ sendo lidos da direita 'ara aes(uerda.

CAPÍTULO XIII - OS OLODU/ APÓSTOLOS DE ỌRÚNMÌLÁ-2IO3- OU O3-)M-2I

I I

I I

I I

I I

tra,alho mais memorável de 7-i),ge no céu foi a sua revelaç*o. Homo a Ha,eça (ue foi umadivindade$ veio a ter um cor'o 'ermanente. As divindades foram r&ginalmente criadas sem ca,eça$como s*o ho-e$ 'or(ue a Ha,eça$ ela mesma é uma divindade.

A CA3-ÇA COMO UMA DI#INDAD-

ANo (ue reverenciou as Ha,eças$ r&)omo Atete i Iron a(ui dita como r&J$ foram chamadasde Amure$ ANo 7,a ono$ (ue vivia no céu.

!r"nm#lá convidou Amure 'ara fazer uma 'rece 'ara o,terem uma figura f&sica com'leta$ 'or(uenenhuma das divindades tinha uma ca,eça na(uele tem'o. ANo disse a !r"nm#lá 'ara esfregaram,as as 'almas das m*os 'ara cima e orar 'ara o,ter uma ca,eça umusr& em UorV,á ou:hunmNun Ara,ona em WiniJ. @oi dito a ele 'ara fazer um sacrif&cio com (uatro o,i$ uma tigela de ,arro$ uma es'on-a e sa,*o. 7le deveria manter o o,i no seu altar de Ifá sem dividi)los 'or(ue umvisitante ines'erado 'oderia a'arecer.

r& Ha,eçaJ chamou tam,ém Amure 'ara orar e foi dito a ele 'ara servir seu guardi*o com os(uatro o,i$ ele n*o tinha dinheiro 'ara com'rá)los$ entretanto$ foi lhe dito (ue somente a'0s o

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sacrif&cio começaria a 'ros'erar. e'ois de fazer o seu 'r0'rio sacrif&cio$ !r"nm#lá dei>ou os(uatro o,i em seu altar de Ifá como havia sido dito a ele. ais tarde$ Eu anunciou no céu (ue!r"nm#lá tinha (uatro o,i ,onitos no seu altar e estava 'rocurando 'or uma divindade 'erfeita 'ara(ue,rá)los.

irigidos 'or \g"n$ todas as divindades foram visitar !r"nm#lá$ uma a'0s a outra. <orém$!r"nm#lá disse (ue nenhuma delas era suficientemente forte 'ara (ue,rar os o,i. As divindadessentiram)se fracas e dei>aram)no 'ertur,ado.

esmo r&á Xá foi visitar !r"nm#lá$ este o entreteve com diferentes e melhores o,i$ enfatizando(ue os o,i es'ecificados n*o foram feitos 'ara serem (ue,rados. Pá (ue eus era conhecido 'ornunca 'erder a sua calma$ ele aceitou os o,i frescos dados a ele 'or !r"nm#lá e foi em,ora.

@inalmente r& decidiu visitar !r"nm#lá$ uma vez (ue r& foi = "nica divindade (ue n*o havia aindatentado a,rir os misteriosos o,i$ es'ecialmente 'or(ue ele nunca tinha dinheiro suficiente 'aracom'rar os o,i re(ueridos 'ara servir de guardi*o. 7le ent*o foi = casa de !r"nm#lá.

Assim (ue !r"nm#lá viu r& chegando em sua casa. reconheceu e convidou)o 'ara entrar.

!r"nm#lá imediatamente 'egou o -arro de ,arro encheu com água e usou a es'on-a e sa,*o 'aralavar r&. e'ois de secá)lo$ !r"nm#lá carregou r& 'ara seu tem'lo e 'ediu a ele (ue a,risse os o,i(ue a tem'os estavam aguardando 'or ele.

e'ois de agradecer a !r"nm#lá 'or seu gesto honor&fico$ r& orou 'ara !r"nm#lá com os o,i 'ara(ue ele sentisse uma manifestaç*o e 'reenchimento. e'ois r& usou os o,i 'ara orar 'ara si e 'arater uma resid%ncia 'ermanente e cheia de seguidores. r& ent*o com toda força investiu contra oso,i (ue a,riram com um estrondo muito alto (ue ecoou 'or todo o céu.

uvindo o som da e>'los*o$ todas as divindades imediatamente ouviram (ue todos os o,i$ dotem'lo de \r"nm#lá haviam finalmente sido se'arados. 7stavam todos muito curiosos em sa,er(uem conseguira a,ri)los$ uma vez (ue haviam desafiado a todos inclusive eus r&á XáJ.

;u,se(entemente Eu anunciou (ue os o,i haviam sido divididos 'or r&$ ent*o todas asdivindades concordaram (ue a Ha,eça era a divindade certa 'ara faz%)lo.

Duase (ue imediatamente a m*o$ o 'é$ o cor'o$ o estKmago$ o 'eito$ o 'escoço$ etc$ todos (ueantigamente tinham identidades distintas$ decidir*o unir)se e viverem -unto = ca,eça$ eles n*otinham entendido antes (ue ela era t*o im'ortante. Puntos carregaram a Ha,eça 'ara cima deles e láno tem'lo de !r"nm#lá a ca,eça foi coroada como Gei do Hor'o. F 'or conta de todo este ritualfeito 'or !r"nm#lá em sua sorte (ue a Ha,eça tocou o ch*o. !r"nm#lá é o mais o mais novo$ o maisim'ortante e o mais 'o'ular de todas as divindades.

<ara o filho de 7-iog,e viver na terra$ tem (ue olhar 'ara o conhecido ANo e 're'arar numa caveirade (ual(uer animal um ,anho es'ecial 'ara si contendo sa,*o. 7-iog,e é a divindade 'atrona da

Ha,eça 'or(ue foi ele (uem fez no céu um sacrif&cio no (ual a Ha,eça foi coroada como o Gei doHor'o.

7-iog,e se tornou o lodu mais velho na terra mesmo ele sendo o mais novo. <ertence a segundageraç*o dos 'rofetas (ue se voluntariaram 'ara vir ao mundo com o o,-etivo de através dee>em'los$ fazerem um lugar melhor 'ara se viver. @oi um a'0stolo muito ,enevolente de !r"nm#lá$tanto no céu (uanto na terra.

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es'osa$ tendo feito a'enas 'ara vingar)se$ 'ois no mesmo dia$ mais cedo sua mulher colocou vinhoem seu co'o de ,e,er água$ mesmo sa,endo (ue era sua 'roi,iç*o. As divindades 'erguntaramcomo ele sa,ia e (uem contouT r&á Xá e>'licou (ue seu filho havia lhe dito.

+odos os olhares se voltaram 'ara a misteriosa criança. Hom 'oucas 'alavras foi decifrado oenigma. Puntaram as 'eças faltantes$ dizendo/

?7-i mog,e ni og,e eni[onB A traduç*o dizia/ ?eio ao mundo 'ara salvar a vida de seus 'ais$ 'orisso$ (ue cada um deles rece,eu o aviso salvando)se de uma destruiç*o m"tuaB.

+odos ficaram im'ressionados com a criança. o sétimo dia (uando seus 'ais foram dar o nome =criança decidiram chamá)lo de 7-iog,e$ ou u'la ;alvaç*o.

evido ao 'rimeiro tra,alho de 7-iog,e na terra é (ue durante a cerimKnia de iniciaç*o de :g,odu$todos os sacrif&cios materiais devem ser feitos em du'la/ duas ca,ras$ duas galinhas$ dois 'ei>es$dois ratos$ etc...

Duando 7-iog,e surge no :g,odu$ sal e vinho eram sem're adicionados a material de iniciaç*o em

comemoraç*o aos eventos transcorridos no dia de seu nascimento.

O* TRA3AL;O* T-RR-*TR-* D- -2I)O3-

medida (ue crescia o menino 'rod&gio realizou uma série de coisas misteriosas$ mas o 'rimeiromaior milagre (ue ele e>ecutou foi com a idade de (uinze anos$ (uando a sua m*e o levou ao -a)A-ig,ome[on$o "nico mercado e>istente na(uele tem'o e no (ual comerciantes do céu e da terrafaziam todo ti'o de neg0cios até a venda de utilidades 'ara a divinaç*o. +odos tinham algum ti'o deha,ilidade$ utilidade$ of&cio$ tecnologia$ etc$ 'ara vender$ vindo 'ara a(uele mercado 'ara negociá)las.

O MILAR- NO M-RCADO

7m seu caminho 'ara o mercado$ ele encontrou uma mulher. 7le 'arou)a e 'erguntou)lhe se tinhaum 'ro,lema. Homo ela se dis'Ks a falar$ ele 'ediu 'ara ela n*o se 'reocu'ar$ 'ois ele conhecia seus 'ro,lemas melhor (ue ela mesma.

7-iog,e contou)lhe (ue ela tinha estado grávida 'or tr%s anos$ mas (ue n*o tinha se desenvolvido.7le lhe 'ediu 'ara fazer um sacrif&cio com dezesseis carac0is$ uma galinha$ um 'om,o$ cinco o,isaudáveis e mel. 7le tam,ém lhe 'ediu 'ara usar um ,ode$ =[ar= ,olinhos de fei-*oJ e 9[O 'arafazer sacrif&cio 'ara Eu. A mulher 'rovidenciou os materiais 'ara o sacrif&cio e de'ois de feito7-iog,e garantiu)lhe (ue seus 'ro,lemas estavam aca,ados. 7le$ entretanto informou (ue a'0s ela

tivesse 'arido seguramente$ deveria levar uma 'e(uena ser'ente da fam&lia da -i,0ia$ chamada [aem UorV,á e ArumNoto em WiniJ 'ara dar de 'resente em agradecimento a !r"nm#lá. 7le 'ediu aela 'ara -untar caracol e ainda mais tudo o (ue 'udesse dis'or.

A mulher fez o sacrif&cio e seguiu seu caminho.

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O MILAR- DO AL-I2ADO - DO C-O

A 'r0>ima 'essoa (ue 7-iog,e encontrou em seu caminho 'ara o mercado foi um alei-ado chamadoAro. Homo ele disse antes 'ara a mulher grávida$ falou a Aro (ue ele tinha um 'ro,lema$ mas oalei-ado res'ondeu (ue n*o tinha 'ro,lema e (ue era o -ovem 7-iog,eJ (uem tinha.

7-iog,e retirou seu :ro[e ,ast*o de divinaç*oJ e a'ontou o nas m*os alei-adas e nas 'ernas.Instantaneamente o alei-ado levantou)se 'ara caminhar. @oi nesse instante (ue Aro se deu conta (uelonge de tratar com um garoto$ ele estava tratando com um sacerdote. Aro foi de -oelhos agradecer7-iog,e 'or curá)lo de uma deformidade com a (ual ele havia nascido. 7-iog,e avisou)o$ entretanto$ 'ara ir e servir !r"nm#lá$ mas (ue no futuro deveria evitar esconder seus 'ro,lemas$ 'or(ue elenunca sa,eria (uando eus res'onderia as suas oraçes. 7-iog,e disse (ue se alguém esconde suadoença$ adoença o esconderá dentro do ch*o.

Xogo 7m seguida$ 7-iog,e encontrou um homem cego e 'erguntou)lhe se ele tinha um 'ro,lema. homem cego res'ondeu (ue n*o tinha (uais(uer ti'os de 'ro,lemas. ovamente 7-iog,e estendeuseu :ro[e em direç*o aos olhos do homem e ele instantaneamente recu'erou a vis*o. homem foienvolvido em total alegria$ mas 7-iog,e o avisou 'ara 'rovidenciar sua iniciaç*o como um seguidor

de !r"nm#lá a fim de minimizar as suas dificuldade com a humanidade. 7le tam,ém o avisou aservir a sua ca,eça com um galo na chegada em casa. Hom o (ue 7-iog,e foi 'ara o mercado.

7-iog,e e>ecutou os milagres mencionados sem 'edir 'or nenhuma recom'ensa aos seus ,eneficiários.

O R-*ULTADO DA INOR@NCIA AO* A#I*O* D- -2IO3-

 o seu retorno 'ara casa$ sua m*e o dei>ou 'ara trás$ 7-iog,e ent*o encontrou 'or acaso um es(uiloao lado da estrada. 7le recomendou ao es(uilo fazer um sacrif&cio 'ara Eu com um ,ode a fim de(ue as 'alavras ditas 'or sua ,oca n*o 'udessem lhe trazer a destruiç*o.

es(uilo retrucou (ue se o -ovem (ueria carne 'ara comer$ ele n*o iria conseguir a dele. es(uiloé chamado tan em Wini e [ere em UorV,á. Wem 'r0>imo$ ele tam,ém viu um ,oá$ chamado[aa em UorV,á e Aru em Wini. 7le lhe disse (ue a morte estava de tocaia ao redor e (ue serialevado a ela 'or um vizinho muito falador. <ara evitar a calamidade$ ele recomendou a ser'ente aservir a sua ca,eça em um lugar secreto com um caracol. 7le estava 'roi,ido (ue alguém re'licasseas suas oraçes en(uanto estivesse servindo a sua ca,eça.

7 'or fim$ 7-iog,e encontrou um ar,usto es'esso 7ti em Wini e Illo em UorV,áJ e recomendou)lhea oferecer um ,ode a Eu$ a fim de evitar um 'ro,lema sem motivo. 7ncontrou tam,ém uma 'almeira 'ara (uem ele recomendou a dar um ,ode a Eu$ a fim de (ue mais nenhum 'ro,lemaviesse a (ue,rar o seu 'escoço. A 'almeira fez o sacrif&cio sem demora o Illo n*o fez.

A'0s a(uelas a-udas 7-iog,e foi 'ara casa. A -ornada do mercado A-ig,ome[on normalmentedurava 'erto de tr%s meses. +*o logo ele chegou em casa$ rece,eu uma mensagem (ue a mulher (ueencontrou em seu caminho de ida ao mercado estava entrando em tra,alho de 'arto. 7le correura'idamente 'ara a casa da mulher e a salvou com o uso de um encantamento o (ual a tradiç*o deIfá n*o 'ermite ser re'roduzida neste livro. F um dos encantamentos com os (uais os sacerdotes deIfá salvam as mulheres grávidas neste dia. 7la teve um menino. +*o logo a mulher se deitou nacama$ seu marido 'egou seu ,umerangue de caça e['ede em Wini e 7gion em UorV,áJ e saiu 'ara afloresta em ,usca de um ,oá$ ,em como carne com a (ual alimentar a sua es'osa. Duando o ,oá

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tomou conhecimento (ue a mulher (ue tinha estado grávida 'or tr%s anos deu a luz uma criança$ elecom'reendeu (ue o marido dela logo viria em ,usca dele$ como ele fora informado 'ela orientaç*ode 7-iog,e. :m tanto tardiamente$ ele correu 'ara a casa de Illo$ 'ara ali servir a sua ca,eça 'rivadamente. Illo lhe deu 'ermiss*o 'ara servir a sua ca,eça em sua casa.

+*o logo [aa sentou)se 'ara rezar 'ara sua ca,eça$ [ere veio = casa de Illo. Homo [aa diziasuas oraçes$ [ere as res'ondia com ?A9B. [aa o advertiu (ue n*o deveria res'onder A9 'araninguém em suas oraçes. 7le ent*o correu longe da casa de Illo. Ao mesmo tem'o [ere mudoude atitude e começou a cantar/ ?[aa$ -o[oo ['e['e re ['e

 este momento o homem com o ,umerangue (ue estava 'rocurando 'or [aa$ ouviu o es(uilogritando e começou a rastrear a sua 'osiç*o. Homo o es(uilo continuava a ,errar histericamente$[aa atirou nele e matou)o. Romem ent*o cortou uma for(uilha do es'esso ar,usto 'ara iluminaro seu interior. 7n(uanto fazia isto viu [aa no ch*o e o matou ao mesmo tem'o em (ue notou aolado da [aa morta$ um es(uilo morto e um caracol (ue a ,oá ia usar 'ara servir a sua ca,eça. 7le -untou todos eles e foi 'ara casa.

ar,usto havia sido cortado com uma foice (ue estava no cor'o de uma 'almeira$ ela se alegrou e

teve novo contato com a vida assim (ue o ar,usto foi cortado 'ois estava interrom'endo o ar frescode alcançá)la. 7sta foi = (uest*o$ a 'almeira foi = "nica (ue fez todos os sacrif&cios nos momentoscertos. este dia foi a ,oca do es(uilo (ue o matou$ tam,ém foi ele (uem informou ao homem ondea ,oá estava escondida e invariavelmente atraiu a morte 'ara ela.

Isto tam,ém e>'lica o 'or(ue (ue (uando surge no :g,odu 7-iog,e 'ara um homem alto e de tezescura$ significando 'ros'eridade assegurada 'ara esta 'essoa$ 'or causa da altura da 'almeira (uesozinha fez o sacrif&cio. ;e 'or outro lado sair 'ara um homem ,ai>o e claro$ a menos (ue ele façasacrif&cio n*o terá sucesso na vida. 7ste é o significado da omiss*o do ,ai>o Illo e o claro es(uilo eda ,oá em dei>arem de fazer os sacrif&cios 'rescritos.

COMO -2IO3- *O3R-#I#-U A IRA DO* MAI* #-L;O*

A ,enevol%ncia do -ovem 7-iog,e o tornou t*o 'o'ular (ue sua casa estava -orrando com oschamados dia e noite. 7le curou a doença$ fez sacrif&cio 'ara os 'o,res se tornarem ricos. A-udou no 'arto de crianças e au>iliou o 'arto de toda mulher grávida (ue 'recisou de sua assist%ncia.

7ssas atividades trou>e)lhe admiraç*o dos ,eneficiários de sua magnitude$ mas lhe trou>e ainimizade da maioria dos aNo mais velhos (ue n*o 'oderiam com'reender seu altru&smo e ,enevol%ncia. Xogo ele ficou intran(ilo e uma noite$ teve um sonho no (ual seu an-o lhe informou(ue alguns mais velhos estavam cons'irando contra ele. Duando ele levantou de manh*$ ele estavat*o confuso (ue decidiu ir 'ara a divinaç*o.

COMO -2IO3- ADUIRIU TRANBILIDAD- M-NTAL

7le foi aos seguintes sacerdotes de Ifá 'ara divinaç*o/A-ogodole efo ni mo ['e ifami\sigi sigi le e['o:see mi oo-ag,a ig,oA,u [ele [an lo ode ide

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7les o avisaram 'ara fazer sacrif&cio 'ara seu Ifá com um cesto de carac0is. Pá (ue ele n*o tinhadinheiro 'ara com'rar carac0is$ todas as 'essoas (ue ele tinha au>iliado anteriormente trou>eramtodos os carac0is re(uisitados 'ara ele. s carac0is foram (ue,rados e o li(uido deles foi coletado.s ANo coletaram folhas 7ro e as maceraram no li(uido dos carac0is 'ara 7-iog,e se ,anhar comele.

A'0s o sacrif&cio$ ele começou a viver em 'az. 7ste é o 'or(ue (uando 7-iog,e surge durante adivinaç*o$ a 'essoa é avisada 'ara oferecer carac0is 'ara Ifá. Duando sai no :g,odu a ca,ra 'ara acerimKnia n*o devera ser oferecida na(uele dia até 5 dias de'ois. (ue e 'ara ser oferecido na(ueledia g,odu s*o carac0is$ rato seco e 'ei>e seco. Duando a 'az de es'&rito retornou 'ara e-iog,ea'0s a cerimKnia ele se regozi-ou cantando/ :ru[o iro$ 7rero lu uru[o iro 7rero.

-2IO3- R-TORNA PARA O CU POR D-N/NCIA

Antes de 7-iog,e fazer o sacrif&cio$ os mais velhos (ue sentiram (ue ele estava o,struindo seu meiode so,reviv%ncia fazendo milagres de graça$ foram ao céu um a'0s o outro 'ara re'ortar a eus.

7les o acusaram de estragar o mundo e introduzir um novo c0digo de so,reviv%ncia o (ual eratotalmente alienado aos costumes da terra. <or outro lado$ 7-iog,e n*o tinha vida 'r0'ria$ 'or(uededicava todo seu tem'o a serviço dos outros. Duando crianças tinham convulses ele era chamadoa fim de curá)los$ o (ue com encantamentos. 7le fazia o 'arto de mulheres grávidas$ acalmavadis'utas das 'essoas e ia em socorro dos o'rimidos. al sa,ia ele (ue estas atividades humanitáriastinham incomodado os altos sacerdotes tradicionais a 'onto de até mesmo 'lane-arem matá)lo.

 este estágio lodumare salu,ua em WiniJ$ o <ai no Héu$ enviou 'ara 7-iog,e um HavaleiroHeleste 'ara ir ,uscá)lo. Havaleiro usou seu discernimento 'ara decidir uma estratégia 'araarrastar 7-iog,e 'ara o céu. Antes de chegar = casa de 7-iog,e$ ele retirou seu uniforme e colocou)oem sua mala e fingiu ser um 'edinte desem'regado 'rocurando 'or tra,alho. Hhegando a casa de7-iog,e muito cedo 'ela manh*$ su'licou 'ara (ue lhe fosse dado o em'rego de criado a fim de

 'ossi,ilitá)lo ganhar a vida. 7-iog,e lhe disse (ue ele n*o tinha em'rego 'ara oferecer$ 'ois sua 'r0'ria ocu'aç*o era 'restar serviços de graça =s 'essoas do mundo.

Homo estava 'restes a tomar seu café da manh* (uando o visitante chegou$ o convidou 'ara comercom ele$ mas o homem e>'licou (ue n*o estava (ualificado 'ara comer no mesmo 'rato (ue7-iog,e$ o visitante insistiu (ue ele comeria (ual(uer coisa (ue restasse de'ois (ue 7-iog,e tivessecomido. 7n(uanto transcorria esta discuss*o$ alguns novos su'licantes vieram chorando 'or au>&lio.

7les se (uei>aram (ue a "nica filha de seus 'ais teve convulses e (ueriam (ue 7-iog,e fosse erevivesse a criança. ;em fazer a sua refeiç*o matinal ele saiu$ seguido 'elo Havaleiro Heleste.

7le chegou a casa$ colocou seu -oelho es(uerdo no ch*o e re'etiu um encantamento$ a'0s o (ual ele

chamou 'elo nome da criança tr%s vezes e ela res'ondeu. A criança ent*o res'irou$ a,riu seus olhose 'ediu 'or comida. 7n(uanto ele estava com'letando a(uela o'eraç*o de cura$ outro su'licante oa,ordou im'lorando 'ara a-udá)los a salvar uma mulher grávida (ue tinha estado em tra,alho de 'arto durante toda = noite. 7le foi diretamente 'ara a casa da 'arturiente (ue estava (uase dando seu"ltimo sus'iro. Assim (ue chegou$ ele fez uma consulta oracular rá'ida e assegurou 'ara as 'essoas(ue a mulher se salvaria. 7le lhe deu IZerosum '0 divinat0rioJ e a água 'ara engoli)lo. 7n(uantoela engolia a água ele re'etiu um encantamento e a criança com toda a 'lacenta sa&ram ao mesmotem'o.

C6

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7-iog,e e seu visitante foram ent*o 'ara casa$ neste momento -á 'assava ,em do meio)dia e eleainda n*o tinha tomado seu des-e-um. Duando estavam chegando em casa encontraram um gru'o de 'essoas es'erando. As 'essoas tinham uma dis'uta 'ara a (ual o re(uisitavam 'ara resolver 'araeles. :m a'0s o outro ele au>iliou e a'lacou todas as dis'utas e as 'essoas foram -untas 'ara suascasas alegremente e reconciliadas. este momento ele ficou com'letamente livre 'ara 'oder comera sua refeiç*o$ o sol estava (uase se 'ondo. 7le sentou)se 'ara comer a comida 're'arada 'ara elemais uma vez e convidou novamente o visitante 'ara comer$ e este insistiu em comer de'ois dele.7n(uanto ele estava começando a comer$ o visitante foi até a sala e colocou o seu uniforme decavaleiro. A vis*o do cavaleiro em seu uniforme celeste fez 7-iog,e 'erce,er (ue ele era ummensageiro divino do céu. Imediatamente 'arou de comer e 'erguntou ao cavaleiro celeste (ual amensagem (ue tinha 'ara ele$ neste 'onto o cavaleiro lhe informou (ue eus (ueria (ue ele fosse aocéu mais uma vez. 7le ra'idamente se vestiu e 'artiu 'ara o céu com o homem.

+*o logo eles se colocaram fora de casa$ o cavaleiro o a,raçou e (uase (ue instantaneamente am,osestavam no 'alácio de eus. +*o logo eles chegaram$ a voz de eus 'ediu 'ara monighorog,o7-iog,e ) nome celeste antes de sua vinda 'ara o mundoJ dar e>'licaçes 'ara a criaç*o de muitaconfus*o no mundo e (ue ele tinha 'ertur,ado as outras divindades na terra. monig,orog,o sea-oelhou 'ara oferecer uma e>'licaç*o$ mas antes (ue ele dissesse uma 'alavra$ o mensageiro

enviado 'ara ca'turá)lo se ofereceu 'ara falar em seu lugar. cavaleiro e>'licou (ue o <r0'rio <ai+odo <oderoso n*o 'oderia ter feito o (ue monighorog,o fez na terra. 7le demonstrou (ue desdecedo monighorog,o n*o tinha se(uer tem'o 'ara comer uma refeiç*o a'ro'riada$ 'ois ele noserviço de lavrador da es'écie humana$ n*o rece,ia (ual(uer recom'ensa (ue fosse.

mensageiro e>'licou (ue era uma tentativa de se com'ortar na terra como eles faziam no céu$ o(ue a,orreceu as divindades am,iciosas da terra.

uvindo os detalhes das o,servaçes do mensageiro$ eus ordenou a monighorog,o levantar)sede sua 'osiç*o$ -á (ue ficou claro (ue todas as den"ncias feitas anteriormente contra ele eram frutode inve-a e ci"me. 7nt*o eus lhe ordenou a voltar ao mundo 'ara continuar as suas ,oas o,ras$mas (ue da& em diante ele deveria co,rar razoáveis honorários 'elos seus serviços$ mas continuaria

a a-udar os necessitados. 7-iog,e ent*o rece,eu a ,enç*o de eus e dei>ou o 'alácio.

Antes de retornar 'ara o mundo$ ele decidiu encontrar seus ANo celestes (ue fizeram a consultaoracular 'ara ele antes de 'artir do céu 'ela 'rimeira vez.

7le foi =/ 1 ) 7duNe [o[o me-in-a Non saraNon ['elen-e ['elen-e.  2 ) 7-o)me-in-a$ Non saraNon loro[u loro[u.

;ignificando/ 1J Duando duas folhas de cocoZam est*o ,rigando$ o vento as carrega 'or toda 'arte.  2J Duando duas ser'entes est*o lutando$ elas se enrolam uma com a outra.

7les o avisaram 'ara oferecer um outro ,ode a Eu$ lhe disseram ainda (ue ele encontraria 'or

acaso uma linda mulher na terra com (uem ele casaria. A'0s se casar com ela$ era 'ara ele dar umgrande ,ode mais uma vez 'ara Eu$ assim a(uela mulher lhe traria força e 'ros'eridade$ mas (uese ele a 'ermitisse 'artir ele retornaria 'ara a 'en"ria. 7le fez o sacrif&cio a Eu no céu e retornou 'ara a terra. Assim (ue cerrou seus olhos$ como tinha sido feito 'elo cavaleiro celeste$ ele estavalogo acordando de seu sono na terra. s su'licantes estavam começando a se 'erguntar 'or(ue7-iog,e dormira 'or tanto tem'o na(uela manh*.

CC

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O CA*AM-NTO D- -2IO3-

Duando 'or fim ele acordou$ a 'rimeira 'essoa (ue ele encontrou na(uela manh* foi uma ,elamulher clara chamada 7-i)Alo. 7le se a'ai>onou assim (ue colocou seus olhos nela e a mulher lhedisse (ue ela viera 'ara se oferecer em casamento 'ara ele.

A'0s casar)se com a mulher es(ueceu)se de dar o grande ,ode 'ara Eu$ como ele havia sidoinstru&do no céu a fazer. 7-i)Alo era filha de um chefe muito im'ortante de Ifé. 7la ficou logográvida e deu a luz a um menino (ue -á era inválido no "tero$ o 'ai (ue era ca'az de curar outrasinvalidezes$ n*o 'odia curar seu 'r0'rio filho. Assim é 'or(ue v%m dizendo (ue um doutor 'odecurar os outros$ mas n*o a si mesmo.

7-i)Alo estava t*o frustrada so,re o nascimento do inválido (ue se recusou a ficar com 7-iog,e 'aracuidar dele$ finalmente ela em'acotou as suas coisas da casa de 7-iog,e dei>ando a criança 'aratrás.

<osteriormente Eu$ \g"n e ,alifon visitaram 7-iog,e 'ara lhe 'erguntar 'or(ue ele n*o tinhasido visto do lado de fora de sua casa -á fazia algum tem'o. 7le res'ondeu (ue 7-i)Alo o tinha

dei>ado com uma criança inválida 'ara cuidar. 7nt*o$ eles se ofereceram 'ara ir ,uscar um ANo nocéu. s dois ANo eram desta vez/ 7duNe [o[o me-i e 7-o e-in-a$ (ue coincidentemente eram osANo (ue fizeram a divinaç*o 'ara 7-iog,e em sua "ltima via-em es'iritual ao céu. 7les orelem,raram do grande ,ode (ue eles haviam dito a ele 'ara dar a Eu de'ois de casar na terra$ afimde (ue sua es'osa n*o o a,andonasse. s ANo 're'araram um remédio 'ara lavar as 'ernas dacriança e a vida retornou instantaneamente a seus mem,ros. e'ois do (ue foi dado o ,ode a Eu.

7m seguida ao sacrif&cio e a cura da criança$ 7-i)Alo n*o voltou 'ara 7-iog,e$ 'or(ue neste meiotem'o ela tinha contra&do matrimKnio em luNeri. o entanto a 'orç*o do remédio usada 'aracurar o filho de 7-iog,e foi feita com um A9 'ara ele usar 'ara mandar a es'osa retornar 'ara ele$se assim ele o dese-asse. Pá (ue se deu conta de (ue ela -á casara com outro homem$ 7-iog,e 'referiu usá)lo 'ara chamar 7-i)Alo 'ara encontrá)lo em uma vereda longe dos inve-osos de Ifé. 7le

tam,ém usou o A9 'ara comandar luNeri$ (ue seduziu a sua es'osa$ a encontrá)lo na mesmavereda. +*o logo a du'la surgiu 'erante ele$ con-urou)os a se a,ai>arem e os uniu em um s0 cor'o eos trocou de 'osiç*o 'ara nunca mais se lem,rarem de nada.

O *-UNDO CA*AM-NTO D- -2IO3-

A 'rimeira es'osa de um verdadeiro filho de 7-iog,e nunca ficará muito tem'o com ele$ a menos(ue se-a de tez escura$ a 'r0>ima mulher (ue 7-iog,e encontrou era chamada INereb^ere$ (ue erauma feiticeira. +odavia$ n*o im'ortando o (uanto mais eles tentem evitar$ os filhos de 7-iog,ea(ueles 'ara (uem 7-iog,e surge durante a iniciaç*o de Ifá ou :g,oduJ aca,am maisfre(entemente do (ue n*o$ casando com uma mulher (ue faz 'arte do mundo da feitiçaria. ;e ele

tiver tr%s es'osas$ no m&nimo duas delas devem ser feiticeiras.

7-iog,e estava mesmo muito 'o,re (uando se casou novamente e eles estavam vivendo na fronteirada fome. +odas as vezes (ue eles matavam um rato$ !r"nm#lá dava a ca,eça 'ara a es'osa. Amesma coisa aconteceu com um 'ei>e$ uma galinha e ainda uma ca,ra. Hom o tem'o eles foramca'azes de dar uma ca,ra$ claro (ue seus lucros estavam começando a melhorar. <or fim eles setornaram t*o ,em financeiramente 'ara construir sua 'r0'ria casa$ educar os filhos e casar comoutras es'osas. este 'onto ele decidiu oferecer um agradecimento a seu Ifá.

CL

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7le ent*o com'rou uma vaca 'ara um grande ,an(uete 'ara o (ual ele convidou outros sacerdotes(ue eram mem,ros de sua fam&lia. urante o ,an(uete$ (uando a carne estava sendo re'artida entreos convidados = es'osa mais velha es'erou como de costume lhe ser dada a ca,eça da vaca. A'0ses'erar em v*o lhe ser dada = ca,eça$ a es'osa mais velha arrancou)a 'ara si. Duase (ueinstantaneamente$ alguns dos muitos sacerdotes vingativos a re'reenderam$ 'or(ue a ca,eça n*o era 'arte certa da vaca a ser dada a uma mulher. A ca,eça da vaca ent*o foi tomada dela.

7la ainda es'erou 'or algum tem'o 'ara dei>ar o marido interferir 'ara corrigir a situaç*o. Duandon*o houve reaç*o 'ositiva vinda dele$ ela se retirou da sala de ,an(uete 'ara o (uarto.

+r%s dias de'ois ela -untou seus o,-etos 'essoais fora da casa de 7-iog,e e foi morar com seu irm*ochamado Ir0[j$ (ue lhe deu seu santuário logo de'ois.

Hom a cerimKnia de agradecimento aca,ada$ 7-iog,e saiu em ,usca dela. e'ois de vasculhar todolugar em v*o ele foi a seu irm*o (ue confirmou ter lhe dado ref"gio.

endo onde estava INere$ 7-iog,e 'erguntou)lhe 'or(ue ela o dei>ara t*o sem cerimKnia$ comlágrimas nos olhos ela res'ondeu)lhe (ue (uando eles eram 'o,res ele sem're lhe dera a ca,eça de

(ual(uer animal$ eles 'odiam ter recursos 'ara matar 'ara comer e nenhum sacerdote ou mem,ro desua fam&lia os visitou neste 'er&odo. 7la 'erguntou 'or(ue isto era assim$ 'or(ue a'enas (uandoeles estavam numa situaç*o ,oa financeiramente o suficiente 'ara ,an(uetear uma vaca$ (ue elesvieram retirar)lhe o 'rivilégio do rece,imento da ca,eça. <or(ue nenhum mem,ro de sua fam&lian*o veio 'ara e>igir as ca,eças do rato$ 'ei>e$ galinha$ etc...

7m uma recitaç*o de um encantamento ela e>clamou/

Due homem 'ode ga,ar)se de ser t*o grande (uanto o elefante.Duem 'ode 'roclamar ser t*o grande (uanto o ,"falo.Duem 'ode se ga,ar de ser mais influente (ue o rei. em um 'ano de ca,eça 'ode ser mais largo do (ue a(uele usado 'elas mais velhas da noite. em a

corda t*o longa (uanto a(uela usada 'elas feiticeiras em o cha'éu 'ode ser mais famoso (ue uma coroa. a largura ou na am'litude$ a m*o n*o 'odeser mais alta (ue a ca,eça. cume de uma 'almeira é mais alto (ue as folhas na ca,eça da 'almeira.Aonde e>iste a realizaç*o de m"sica é o som do sino (ue toca mais alto (ue os outros instrumentosa 'almeira é a mais influente (ue as outras árvores na floresta.

Xogo (ue 7-iog,e ouviu este 'oema ele tam,ém estava em lágrimas e su'licou a sua es'osa 'ara 'erdoá)lo. A es'osa ent*o sentiu 'ena dele e aceitou retornar com ele 'ara casa so, a condiç*o de(ue ele aceitaria a'aziguá)la com uma 'eça de tecido ,ranco$ algum dinheiro e servir lhe a ca,eçade uma ca,ra.

Isto e>'lica 'or(ue 'ara (ual(uer um (ue é nascido 'or 7-iog,e no :g,odu é re(uerido servir aca,eça 'ara sua es'osa mais velha$ = altura de sua 'ros'eridade com uma ca,ra.

Duando sai na divinaç*o 'ara uma 'essoa (ue era nascida 'or 7-iog,e$ será 'erguntado a ele se -átem servido sua es'osa com uma ca,ra. 7le será informado (ue sua es'osa mais velha$ se amarela$ éuma feiticeira ,enevolente (ue 'oderá au>iliá)lo a 'ros'erar na vida$ 'rovidenciando ele de evitardes'rezá)la.

CQ

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<or outro lado$ se saiu no -ogo 'ara um homem cu-a es'osa saiu de sua casa$ ele será avisado 'ara ire lhe im'lorar 'ara retornar 'ara ele sem nenhuma demora$ afim de (ue ele n*o retorne 'ara a 'en"ria.

COMO -2IO3- A2UDOU UM LITIANT- A #-NC-R -M *-U CA*O

Xogo (ue ele se tornou 'r0s'ero$ ele foi ca'az de ter recursos 'ara convidar outros aNo 'aratra,alhar 'ara ele. Duando$ 'ortanto Wa,a Pag,a Xoorum veio a ele (uando tinha um caso$ 7-iog,econvidou outro aNo chamado A-ag,a Ag,ag,a A-ag,a -ag,a$ ni era toonJ difa fun Wa,a -ag,a -ag,a lo orun. aNo lhe disse 'ara fazer sacrif&cio a fim de se livrar do caso. 7le foi recomendado afazer sacrif&cio com duas galinhas$ um 'almo de linha tecida e gim em fartura :nien em Wini e7ruru em UorV,áJ.

7le 'rovidenciou todo material e o aNo 're'arou o sacrif&cio 'ara ele. As 'enas da galinha e assementes de gengi,re foram costuradas com fio em um colar usado em volta do 'escoço e foiremovido com o :ro[e no altar de Eu.

Duando finalmente o caso surgiu 'ara -ulgamento e sentenciamento$ Wa,a -ag,a ganhou a causa.

Duando 7-iog,e surgir na divinaç*o 'ara uma 'essoa (ue tem uma causa 'endente$ ele será avisado 'ara fazer o sacrif&cio acima$ o (ual$ todavia será feito 'ara ele 'or um aNo (ue sai,a como faz%)lo.

COMO -2IO3- - UMA MUL;-R -*TRIL T-R UM IL;O

7,iti o['ale lig,e$oNo le [uuru[u$Adifa fun olomo Ag,uti.

7stes foram os nomes dos outros ANo convidados 'or 7-iog,e (uando ele fez o -ogo 'ara mo-u$(uando ela veio a 7-iog,e 'or(ue n*o tinha filhos. 7-iog,e lhe disse)lhe (ue fizesse um sacrif&ciocom galinha$ uma angola$ e uma ca,ra. 7la fez o sacrif&cio sem demora$ de'ois de 're'arado$7-iog,e lhe disse 'ara carregar a oferenda até uma água corrente drenada Ag,ara em UorV,á erogho em WiniJ$ ela fez de acordo.

<ortanto Eu ficou a,orrecido 'or(ue ele n*o rece,eu nenhuma 'arte do sacrif&cio$ mas mo-uchamou lomo Ag,uti e ele re'licou a ela (ue -á havia feito vários outros sacrif&cios 'ara Euanteriormente sem utilidade alguma. Eu ent*o invocou a chuva 'ara cair a fim de im'edir o riodrenado de a'reciar o sacrif&cio. A chuva caiu so,re o rio lo["nJ$ a água divina$ (ue 'or sua vezcarregou o sacrif&cio ao céu. este meio tem'o$ no céu$ o filho de lodumare estava doente e osANo celestes tinham sido convocados 'ara curá)lo. 7n(uanto os ANo estavam fazendo a consulta

so,re a doença da criança$ 'ediram a lodumare 'ara ir de volta 'ara sua casa 'ara 'egar umsacrif&cio (ue estava vindo da terra 'ara eles usarem 'ara curar a criança.

Duando lodumare retornou 'ara sua casa$ ele viu o sacrif&cio de o-u. 7le levou o sacrif&cio 'araos ANo$ (ue adicionaram IZerosun '0 divinat0rioJ a ele de'ois do (ue eles tocaram de leve aca,eça doente da criança com o mesmo.

Duase (ue imediatamente$ a criança ficou curada. Assim (ue a criança ficou ,em$ lodumareconvocou l0[un 'ara 'erguntar)lhe 'or a(uele (ue fez o sacrif&cio (ue salvou seu filho. l0[un

LS

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COMO A MÃ- D- -2IO3- O *AL#OU D- *-U* INIMIO*

7fifi nii sho-u omo teeree te$['a +eere ,e e-o leZin$shudi 7ere[e$ shudi 7ere[e.

7stes s*o os nomes dos ANo (ue fizeram divinaç*o 'ara laZr&$ a m*e de 7-iog,e$ (uando 'essoas estavam fazendo comentários sarcásticos contra seus ,ons tra,alhos. 7la fez o sacrif&ciocom (uatro sacos de sal. e'ois do sacrif&cio algumas 'essoas (ue estavam desdenhando de seustra,alhos começaram a fazer comentários favoráveis so,re ele. 7sta é a causa de ninguém colocarsal na ,oca e fazer comentários ruins so,re seu 'aladar. Assim (ue a galinha vai se em'oleirar nosseus ovos$ ela modificará sua voz.

COMO -2IO3- *- TORNOU O R-I DO* OLODU*

e'ois de todos os dezesseis lodus terem vindo ao mundo$ foi o momento 'ara a'ontar a ca,eçaentre eles. 7-iog,e n*o foi o 'rimeiro lodu a vir 'ara o mundo. uitos outros tinham vindo antes

dele. Antes deles$ Ze[u)e-i (ue era o Gei da oite tinha sido 'roclamado o mais velho. Amaioria caiu em r&a lá filho de eus$ ou o re'resentante de eus na terraJ 'ara indicar o reidos lodu. r&a lá convocou todos e lhes deu um rato 'ara re'artir entre eles. Ze[u)e-i 'egou uma 'erna$ INr&)e-i 'egou a segunda 'erna$ Idi)e-i 'egou uma m*o e ,ara)e-i 'egoua m*o restante. As outras 'artes foram re'artidas em ordem convencional de idade. 7-iog,e sendomuito novo foi dada = ca,eça do rato. a se(%ncia r&a lá lhes deu um 'ei>e$ uma galinha$ um 'om,o$ uma angola e finalmente um ,ode$ os (uais foram todos re'artidos de acordo com a ordemesta,elecida com o rato. 7m cada caso a 7-iog,e foi dada = ca,eça de cada um dos animaissacrificados. @inalmente eus r&a láJ convocou)os 'ara vir a ele 'ara uma decis*o de'ois detr%s dias. Hhegando em casa 7-iog,e fez uma consulta oracular e lhe foi dita 'ara dar um ,ode aEu. e'ois de comido seu ,ode$ Eu lhe disse no dia indicado$ (ue ele deveria assar uma raiz deinhame e guardá)lo em sua sacola -unto com uma vasilha de água. Eu tam,ém o avisou 'ara ir

de'ois 'ara o encontro dos lodus ao 'alácio de eus.

 o dia recomendado$ os lodus foram convocá)lo 'ara a confer%ncia. A'0s o dei>arem$ ele tirouinhame$ descascou e o colocou dentro de sua ,olsa com uma ca,aça de água. o caminho 'ara aconfer%ncia ele encontrou uma velha mulher$ -usto como Eu 'reviu e de acordo com o aviso dadoele aliviou a velha do 'eso da madeira 'ara o fogo (ue ela estava carregando$ 'or(ue ela -á estavat*o cansada (ue mal 'odia andar. A'0s aceitar de maneira agradável a a-uda$ ela se (uei>ou (ueestava com uma fome terr&vel. Instantaneamente 7-iog,e retirou o inhame assado de dentro de sua ,olsa e o deu 'ara ela comer. e'ois de comer$ ela 'ediu 'or água e ele lhe deu a ca,aça dágua dedentro de sua ,olsa. Hom a refeiç*o terminada ele carregou a lenha en(uanto a velha senhoracaminhou ao seu lado.

7le n*o 'erce,eu (ue a mulher era a *e do eus @ilho. r&a láJ. 7ntretanto como ele deu aim'ress*o de estar com 'ressa$ a velha 'erguntou)lhe onde ele estava indo com tanta 'ressa. 7leres'ondeu (ue ele -á estava atrasado 'ara uma confer%ncia na (ual r&a lá iria a'ontar o rei entreos lodus. 7le disse (ue ela n*o estava tomando seu tem'o$ de (ual(uer maneira$ -á (ue ele eramuito novo 'ara as'irar = coroa dos dezesseis a'0stolos de !r"nm#lá.

 a sua res'osta a velha assegurou)lhe (ue ele estava indo 'ara ser feito o rei dos a'0stolos. Duandoeles chegaram = casa da mulher$ ela lhe disse 'ara de'ositar a lenha atrás da casa. 7-iog,e -á estavaidentificando a casa como a de r&a lá$ (uando ele com'reendeu (ue a mulher (ue ele tinha

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au>iliado era ninguém mais (ue a m*e dele. 7le ent*o se curvou em sinal de res'eito. A mulher lhedisse 'ara segu&)la até o interior da casa. Hhegando lá ela trou>e duas 'eças de rou'a ,ranca$ umaem seu om,ro direito e outra em seu om,ro es(uerdo. 7la ent*o inseriu uma 'ena vermelha de 'a'agaio na ca,eça de 7-iog,e e uma marcaç*o giz ,rancoJ em sua 'alma direita$ de'ois ela lhemostrou as 146 ta leg,e-eJ 'edras em frente e fora da casa de r&a lá e direcionou)o a ir esentar no to'o de uma 'edra ,ranca no meio. 7m seu novo en>oval$ ele foi se sentar lá$ en(uanto osoutros es'eravam em uma cmara de eus.

e'ois r&a lá 'erguntou aos outros 'or (uem eles ainda estavam es'erando e todos elesres'onderam (ue eles estavam es'erando 'or 7-iog,e. r&a lá ent*o 'erguntou)lhes 'elo nomedo homem (ue estava sentado lá fora. em mesmo eles 'uderam reconhec%)lo como 7-iog,e. r&a lá orientou)os a ir e 'restar res'eitos ao homem. :m a'0s o outro eles foram se 'rostrar e tocar och*o com suas ca,eças nos 'és da onde 7-iog,e estava sentado. 7m seguida r&a láformalmente 'roclamou 7-iog,e como o rei dos lodus da fam&lia de !r"nm#lá. Duase (ueunanimemente$ todos os outros lodus se (uei>aram a,orrecidos demonstrando sua desa'rovaç*o 'ela nomeaç*o do mais novo lodu 'ara chefiar entre todos eles. este 'onto eus lhes 'erguntoucomo eles re'artiram os animais (ue ele tinha dado a eles durante os sete dias no 'er&odo deavaliaç*o. 7les e>'licaram como eles os dividiram. 7le lhes 'erguntou a (uem foi dada a ca,eça de

cada um desses animais e eles confirmaram (ue tinham dado 'ara 7-iog,e. r&a lá ent*oe>clamou (ue foram eles (ue voluntariamente a'ontaram 7-iog,e 'ara ser o seu Gei$ 'or(ue (uandoa ca,eça está fora do cor'o$ o resto n*o tem vida. Hom a(uela o,servaç*o eles todos se dis'ersaram.

Duando eles dei>aram o 'alácio de ria lá$ todos eles decidiram 'render 7-iog,e em seus fortes ,raços. *o a'enas resolveram n*o se reconciliar com ele como tam,ém decidiram nem servi)lonem visitá)lo. Antes da dis'ers*o 7-iog,e com'Ks um 'oema o (ual ele usou como umencantamento/

-a nii [i oNo -aa$NuNu oni [oo No Non NuuI['e A[i[o [iiga a[i[a deenu$

I['e r&re [ii gun r&re deenu$7tuu [ii olo tu Non nimo$Inu lo otin ire efo e,ire Na.

Hom a(uele encantamento es'ecial$ es'erava neutralizar todas as ma(uinaçes maléficas contra ele.7le usou algumas es'écies de folhas 'ara este 'ro'0sito. A'0s a(uele incidente$ eles lhe disseram(ue antes n*o 'odiam aceitá)lo como rei$ ele teria de ,an(ueteá)los com/2SS ca,aças de inhame assado.2SS 'otes de so'a 're'arada com diferentes ti'os de carnes2SS cuias de vinho.2SS cestas de o,i$ etc$ dando lhe sete dias 'ara organizar o ,an(uete.

F desnecessário dizer (ue 'arecia uma tarefa im'oss&vel 'or(ue eles sa,iam (ue 7-iog,e n*o 'oderia ,ancar financeiramente um ,an(uete da(uele tamanho. 7-iog,e sentou)se lamentando desua 'o,reza$ e a 'ers'ectiva de se tornar um 'astor sem re,anho. 7ntrementes$ Eu veio a eles 'aradesco,rir a causa de sua melancolia e ele e>'licou (ue n*o tinha dinheiro dis'on&vel 'ara financiaresmeradamente o ,an(uete solicitado 'elos lodus$ antes de eles 'oderem aceitar se su,meter a ele.Eu re'licou (ue o 'ro,lema seria resolvido se 7-iog,e lhe desse mais outro ,ode. 7-iog,e n*o 'erdeu tem'o em dar o outro ,ode 'ara Eu. A'0s comer o ,ode$ Eu avisou)o a 're'arar a'enasuma de cada de todas as coisas necessárias 'ara o ,an(uete e 'ara fazer cento e noventa e novereci'ientes adicionais cheios de cada item e enfileirá)los fora do sal*o do ,an(uete no dia indicado.

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7-iog,e seguiu a recomendaç*o de Eu ade(uadamente$ neste meio tem'o$ cada um dos lodu tinhaestado fazendo 'ilhérias dele$ -á (ue eles sa,iam (ue n*o havia -eito 'ara 7-iog,e 'oder 'rovidenciar o ,an(uete.

 o sétimo dia$ eles começaram a visitá)lo um a um 'ara confirmar se ele estava certo com o ,an(uete$ -á (ue eles n*o ouviram o som do socar do 'il*o vindo da sua cozinha$ acreditaram (uen*o iria haver ,an(uete mais tarde. 7ntretanto$ tendo ainda fora os 'otes cheios$ Eu foi 'ara o sal*oe ordenou uma 're'araç*o s0 'ara multi'licar em 'otes cheios. Instantaneamente$ todas as ca,aças$ 'otes de so'a$ cuias$ cestas$ etc$ estavam cheias com 're'arados frescos e o ,an(uete estava 'ronto.

Assim (ue Ze[u)e-i chegou ao ,an(uete desco,riu o (ue estava acontecendo$ ele ficou atKnitoem ver (ue o ,an(uete estava 'ronto de'ois de tudo. ;em es'erar 'or um convite formal$ sentou)se 'ara servir a si mesmo a comida.

7le foi seguido ade(uadamente 'or INr&)e-i$ Idi)e-i$ ,ara)me-i$ [onron)e-i$ Irosun)e-i$Nanrin)e-i$ \g"nda)e-i$ sa)e-i$ tura)e-i$ Irete)e-i$ 7[a)e-i$ 7turu['on)e-i$ se)e-i e fun)e-i. Antes de 'erce,erem o (ue estava acontecendo$ eles tinham -antado tudo e ,e,ido 'ara a alegria de seus coraçes.

A'0s o ,an(uete$ todos eles carregaram 7-iog,e acima de suas ca,eças e começaram a dançar em 'rociss*o cantando/Ag,ee geege$ Ag,ee Wa,aa$ Ag,ee geege$ Ag,ee Wa,aa.

7les dançaram em 'rociss*o através da cidade. Duando chegaram = margem do oceano$ 7-iog,elhes disse 'ara colocá)lo no ch*o e ele cantou em louvor dos ANo (ue fizeram a divinaç*o 'ara ele edo sacrif&cio (ue ele fez. Hom o (ue ele foi coroado formalmente o rei dos a'0stolos de !r"nm#lá$com o t&tulo de A[o[o)lo["n.

 este momento$ ele sacrificou carac0is na margem do oceano e foi o "ltimo sacrif&cio (ue ele fezantes de se tornar 'r0s'ero e o trono começou a florescer e vice-ar.

CONTRO#R*IA -NTR- -2IO3- - OLO-N

7m sua 'osiç*o como o Gei dos lodu$ 7-iog,e ficou muito rico e famoso. <reocu'ado com a 'resença de um 'oderoso rei em seus dom&nios lofen$ o tradicional governador de Ifé$ reuniu ume>ército 'ara guerrear com 7-iog,e. 7ntrementes 7-iog,e$ teve um sonho no (ual ele viu (ue umata(ue so,re ele era iminente$ ent*o convocou um ANo chamado ole -agida$ lu'e <ero-a umfácil acordo vence a hostilidadeJ 'ara fazer o -ogo 'ara ele. @oi avisado a mandar vir um 'orcoes'inho [ha em Wini e Irere em UorV,áJ o (ual seria usado 'ara 're'ara uma refeiç*o$ mas ele foiavisado a n*o comer nada disto. +odos os outros 'resentes se regalariam com ele.

Honse(entemente a trama contra ele se reduziria a zero. *o muito mais tarde$ (uando lofen viu(ue 7-iog,e -á estava ,em 'r0>imo e se tornando cada vez mais 'o'ular do (ue ele$ recrutou outrotime das mais velhas da noite 'ara lutar com ele. 7le foi mais uma vez ao mesmo ANo o (ue oavisou 'ara ele mandar vir um ouriço A[i[a em UorV,á e 7[hui em WiniJ 'ara outro sacrif&cio. sacerdote de Ifá adicionou folhas im'ortantes e usou)as 'ara 're'arar tam,ém outro ,an(uete$avisando a 7-iog,e mais uma vez 'ara n*o comer.

A'0s o ,an(uete$ a(ueles designados 'or lofen 'ara atacá)lo dia,olicamente se tornaramigualmente assustados 'ara enfrentar 7-iog,e.

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A 3ATAL;A D- -2IO3- COM A MORT-

Agora ficou claro o (ue 7-iog,e 'assou na m*o de todos os inimigos 'oss&veis e imagináveis$ 'or(ue ele resistiu em defender os seus ,ons o,-etivos. 7le tinha so,revivido aos 'ro,lemas dosleigos e dos sacerdotes da mesma maneira de sua fam&lia$ dentre as divindades$ e do Gei. @oi$ ent*oa vez da morte tomá)lo em com,ate.

nome do ANo (ue fez o -ogo 'ara ele nesta ocasi*o foi I[u `ie -a nile lodumare Aron [ii-a nilelodumare. A morte e a doença n*o fazem guerra na casa de eusJ. 7-iog,e foi avisado (ue elemorreria antes do fim da(uele ano. Ga'idamente ele fez sacrif&cio com duzentos sinos e um ,ode 'ara Eu. sino sem're soará 'ois ele n*o morre. sino foi 're'arado 'or dois ANo 'ara ele estarsoando toda manh*$ com o (ue ele foi ca'az de so,reviver ao final do ano e muito além.

7ste é o ti'o de sacrif&cio (ue é feito (uando 7-iog,e surge no -ogo e 'rediz a morte do consulente.Duando a morte viu (ue 7-iog,e tinha so,revivido a ele na(uele ano$ fez uma nova tentativa comum 'r0>imo 'lano 'ara deter a res'iraç*o dele dentro de sete dias.

+*o logo a orte esta,eleceu sua m0r,ida estratégia$ 7-iog,e teve um sonho na(uela noite e a viu

 'airando ao seu redor. 7le ra'idamente convocou seus su,ordinados 'ara fazer a divinaç*o. ANochamado :na [e$ rororo moota$ lhe disse (ue a morte o tinha marcado 'ara ser a,atido em setedias. 7le foi informado a fazer sacrif&cio com um ,ode$ uma galinha e vinte o,i. ,ode e o galoforam dados a Eu e ele iria (ue,rar cada um dos vinte o,i 'ara Ifá durante o 'er&odo de vinte dias.7le estava a,rindo os o,i de Ifá e ent*o disse/ e dei>e viver 'ara (ue,rar o,i 'ara Ifá no 'r0>imodia. ;e-a (ual for o 'edaço de o,i 'ara o I[in ele nunca morre.

 o final ele viveu até os 'r0>imos (uinze anos.

CARACT-RÍ*TICA* NOT#-I* D- -2IO3-

7m um 'oema es'ecial$ 7-iog,e revela (ue se ele surgir no :g,odu 'ara uma 'essoa (ue é muitoclara$ a 'aternidade da mesma deverá ser meticulosamente e>aminada 'or(ue talvez ha-a algumtemor so,re isto. 7le enfatiza (ue se a verdade so,re a ascend%ncia do ne0fito n*o for e>aminada$ orisco de morte 'rematura é muito real. 7le diz (ue ninguém iria censurar a !r"nm#lá so,re a morte 'rematura de um iniciado se a verdade n*o é dita so,re a du'licidade de sua 'aternidade. 7le insiste(ue há meio da 'essoa$ es'ecialmente se ele é ,ai>o$ irá sem're ser 'r0s'ero na vida.

<or outro lado$ ele 'roclama enfaticamente (ue se ele surge no :g,odu 'ara uma 'essoa negra ealta$ ele deve ser o verdadeiro filho de 7-iog,e. 7le n*o a'enas irá 'ros'erar$ mas será famoso e 'o'ular. A 'essoa será sem d"vida honrada com um t&tulo alto ou tradicional mais tarde na vida$ 'ro'orcionando a ele caminho livre 'ara Ifá assisti)lo. A 'essoa n*o será dada a -ogos de tra'açassu-as ou am,ival%ncia.

7le diz (ue é o iniciado 'ara 7-iog,e (ue sofrerá traiç*o e o do,ro da conduta.

e um modo geral a criança de 7-iog,e tem muita dificuldade 'ara su'erar ,arreiras antes de ver ari,alta.+odas as crianças de 7-iog,e devem de (ual(uer modo se a,ster de comer carne de algunsanimais$ ant&lo'e$ ouriço 7[hui em Wini e A[i[a em UorV,áJ$ 'orco es'inho [haen em Wini e:ruree em UorV,áJ. s filhos de 7-iog,e dever*o tam,ém tentar evitar comer uma fruta 'arecidacom a ,anana e inhame vermelho a fim de 'revenir o risco de uma dor de estKmago.

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Duando 7-iog,e au>ilia alguém$ ele fará ent*o sinceramente. ;e 'or outro lado ele é afrontadoacerca de uma agress*o$ destr0i irre'aravelmente. @ilhos de 7-iog,e s*o 'or outro lado muito 'erseverantes e ,ondosos. Ainda assim ele é totalmente ca'az de mudar a sorte 'or(ue !r"nm#lán*o acredita nas im'ossi,ilidades$ como 'odem ser vistas no 'oema a seguir com'osto 'or 7-iog,e.

<essoas com 'ro'0sitos sérios n*o ouvem o 'ássaro cantando a canç*o do infort"nio.ificuldades e 'ro,lemas fazem surgir o melhor do homem.<aci%ncia e sacrif&cio fazem o im'oss&vel se tornar 'oss&vel.%)me um 'ro,lema dif&cil 'ara resolver (ue os céticos 'ossam assim crer$ me d% uma guerra 'ara 'romover (ue homens 'ossam 'erce,er ent*o a força das divindades.A'render com infort"nios 'assados é ser sá,io$ n*o a'render com os erros anteriores é insensatez.A 'essoa (ue falha em fazer sacrif&cio -ustifica o adivinho. o momento em (ue alguém ignora os conselhos torna o conselheiro um 'rofeta.

homem (ue a'rende com a dis'uta e o homem (ue n*o a'rende na dis'uta A-aag,on$ Aaga,onJeram os dois em'regados de 7-iog,e (ue fizeram o -ogo 'ara a regi*o de ri>a. 7les avisaram o 'ovoa fazer sacrif&cio com cinco c*es$ sete tartarugas e sete carac0is$ deste modo eles seriam fortes 'arase li,ertar dos conflitos incessantes.

7les foram -untos e fizeram o sacrif&cio$ dois de cada dos materiais sacrificiais foram oferecidos a\g"n$ (ue com sonZin est*o sem're fermentando conflitos 'ara a cidade. uas de cada uma dasv&timas sacrificiais$ e>cluindo os carac0is sonZin tem 'roi,iç*o de carac0isJ foi dado a sonZin.Duatro carac0is foram oferecidos = divindade da terra. s tr%s cachorros restantes foram 're'aradose levados a vagar ao redor na cidade.

F 'or conta deste sacrif&cio (ue alguns filhos de 7-iog,e s*o avisados a fazer criaç*o de c*es.

s c*es logo começaram a se re'roduzir e multi'licar. :ma vez \g"n estava trazendo 'ro,lemas 'ara a cidade e todos os c*es começaram a latir 'ara ele. Hom raiva$ \g"n 'erseguiu e matou umdos c*es 'ara comer. esta forma a,andonando sua miss*o.

<or sua 'arte$ algum tem'o de'ois$ sonZin se a'ro>imou da cidade 'ara causar o caos$ o ch*oli,eraria ent*o em a,undncia carac0is na linha de seu caminho. A vis*o dos carac0is sem're oa,orreceria e ele iria em,ora.

Assim foi como 'az e concordncia su,stituem o tumulto e a disc0rdia na cidade.

Isto e>'lica 'or(ue c*es latem 'ara sacerdotes de \g"n até ho-e.

 ormalmente (uando 7-iog,e surge no :g,odu durante uma iniciaç*o$ antes da cerimKnia secom'letar$ há certeza de (ue haverá chuva forte. sacerdote de Ifá (ue fez esta revelaç*o sugeriu(ue ele teve uma e>'eri%ncia 'essoal. 7le recorda (ue durante a sua 'r0'ria cerimKnia de iniciaç*o

em 1Q53$ n*o tinha havido chuva durante cinco meses em ndo. Até mesmo o semaNe de ndotinha convidado os fazedores de chuva 'ara induzir a chover$ mas n*o caiu nenhuma gota de chuvaforte.

Duando o sacrif&cio 'ara o seu Ifá$ (ue aconteceu 'ara ser 7-iog,e$ estava sendo 're'arado$ os ANolhe disseram (ue antes dos sacrif&cios estarem com'letos haveria uma chuva muito forte. a(uelemomento o calor do sol era t*o forte (ue ele sim'lesmente descartou a(uela 'rediç*o comoconversa tola. Antes (ue o sacrif&cio estivesse a meio caminho do término$ o tem'o tinha mudado.

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Duando ele foi informado a entregar o sacrif&cio no altar de Eu = chuva se tornou t*o forte (ue elen*o conseguia alcançar o altar 'or conta do aguaceiro. e acordo com o ANo moruZi 7d['aZi$a(uela foi = 'rimeira maravilha (ue !r"nm#lá fez 'ara ele. esde ent*o ele tem e>'erimentadomuitos outros momentos maravilhosos.

O -NIMA PARA O* A5O

A'0s ouvir o melhor das atividades de !r"nm#lá nos dias de 7-iog,e$ o rei de Ifé decidiu testá)lo -untamente com outros ANo na e>'ectativa de tolher a sua crescente 'o'ularidade. rei 'egou umaca,aça e nela colocou uma es'on-a e sa,*o usado 'or uma moça recém)casada na lua de mel. 7letam,ém adicionou canNood sunJ e um 'edaço de tecido de algod*o fino 'reto da kndia Asho7tuJ e amarrou a ca,aça com uma 'eça de rou'a. Gei ent*o a colocou no seu altar de Ifá$ de'oisdo (ue ele convocou os ANo 'ara vir e desco,rir o conte"do da ca,aça. +odos os ANo tentaram efalharam até (ue foi a vez de um ANo chamado/Adaro ee[uasha No [oo[utao[e olo,itun ofiZi she o['e.

g,o og,o og,o$

:m dos re'resentantes de 7-iog,e.

Assim (ue ele estava acomodado$ ele soou seu ,ast*o :ro[eJ na ,ande-a divina a['a[oJ e 7-iog,esurgiu. 7le ent*o nomeou os materiais a serem usados 'ara fazer sacrif&cio$ como es'on-a e sa,*ousados no ,anho de uma noiva no dia do casamento$ canNood osunJ e um tecido 'reto. rei haviarece,ido a res'osta (ue ele (ueria e ficou muito satisfeito. 7le ent*o recom'ensou o ANo com umt&tulo de chefia e (uatro es'osas$ duas negras e duas ,rancas.

PO-MA* D- -2IO3- PARA O PROR-**O - PRO*P-RIDAD-

7I ) ;hee inoo ni moo7PI ) Pi-i e['on ag,o o-i ) ee-aa.7+A ) aa taa[u nu$ aa +aarun daanu.7GI ) Wi a ,aarin$ adife ooZe la ag,o.AG: ) aarun [aasha$ maada mi.7@A ) 7fa ufe$ efa ono ouniti eru[oo.7P7 ) Wi aghoro ,a tii shoro$ aa[ii-e.7P ) :Naanmi aa-o$ eZin mi aa-o.7;A ) :Naami aasuon$ 7Zinmi aasuon.7 ) Inoo Nale aZo$ [uroiita.`XA ) 7lereni eleno diiro

  Alara$ 7leno diiro A-ero$ eleno odiro  ,a ado$ ooni [a siru 7leno diiru re.  semoNe aamu udu ghaaran  eleno diirure$ runmila ome [i[an  ee[un ro ra,e eleno diiru re.  +a ago$ +eeru niiso ni ile olo-a  ],elemi soomi eeon ni nuule Alade  Aasofun oluNare Zi aalesio.

LL

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+raduç*o

1. :ma 'essoa soma acrescenta$ adicionaJ ao (ue ele -á tem.2. *o im'orta o (uanto os test&culos de um carneiro ,alancem$ n*o 'odem ser se'arados do

seu cor'o.3. 7u so,reviverei =s m*os geladas da morte.4. :ma longa discuss*o leva alguém até Ifé.5. Duando eu como fogo$ eu o engolirei.6. A en>ada arrasta as dádivas domésticas 'ara dentro e 'ara fora de casa.C. Duando um sacerdote serve a sua divindade$ leva sete dias.L. 7u 'ros'erarei na vida tanto mais tem'o ficar.Q. 7u serei ,em sucedido na vida e doravante.1S. AZo s0 'ode ser inter'retada 'or seu conte"do.11. A'enas uma amostra 'e(uena de 'resentes res'eitáveis é 'resenteada aos Geis de Ara$ I-eto

e Wini. A'enas uma 'arcela res'eitável das dádivas é a'resentada.ádivas 'ara o oni de Ifé$ semoNa de ndo e !r"nm#lá s*o a'resentadas aos montes.As unhas do tigre n*o s*o usadas como faca 'ara lacerar o cor'o humano. carregador de dádivas descarrega sua ,agagem em frente ao reci'iente mais velho 'ara o

(ual é designado.Harregando e descarregando da mesma forma (ue o indo e vindo nunca termina na casa dasformigas e cu'ins.

A 'essoa será avisada a'0s uma cerimKnia es'ecial (ue vá com este 'oema$ (ue 'rogresso e 'roezassem're ficar*o com ele. +er muita ca'acidade de crença 'erante os ANo 'ode au>iliar a e>ecutaresta cerimKnia es'ecial 'ara o filho de 7-iog,e.

A4P-T-3I A3ORR-C- -2IO3-

7-iog,e era conhecido 'or ser 'articularmente 'aciente e tolerante. :m dia$ uma de suas es'osas

irritou)o tanto (ue ele decidiu sair de casa em f"ria.

 o caminho ele encontrou os seguintes agentes de destruiç*o$ um a'0s outro$ Eu$ @eiticeira$A,i[u$ oença e orte. Hada um 'erguntando onde ele estava indo com tanta f"ria e fumaça. 7mres'osta ele lhes disse (ue estava saindo de casa 'or(ue sua es'osa (ue n*o estava lhe 'ermitindoter 'az de es'&rito. Hada um deles se com'rometeu a retornar com ele 'ara casa 'ara negociar com aes'osa ofensora.

noite 7-iog,e 'artiu 'ara casa$ a es'osa ofensora teve ent*o um sonho no (ual a assustaram tanto(ue ela decidiu ir a um divinador na manh* seguinte. 7la foi avisada (ue o infort"nio$ doença emorte s",ita estavam em seu encalço 'or(ue !r"nm#lá a tinha denunciado 'ara os altos 'oderes.

7la foi informada a varrer e lim'ar a casa$ lavar suas rou'as e 're'arar um ,an(uete em m"lti'losde cinco$ ti'os de so'a$ inhame assado$ carnes$ vinho$ o,i$ água$ etc$ de encontro ao retorno do seumarido e a'resentar o ,an(uete de -oelhos 'ara t*o logo ele retornasse 'ara casa.

7-iog,e esteve fora 'or cinco dias$ como ele retornou no (uinto dia$ todas as cinco divindades oseguiram até sua casa.

LQ

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Assim (ue eles chegaram = entrada 'rinci'al de sua casa$ ele lhes disse 'ara es'erar e ele foi 'elaentrada dos fundos. 7m lágrimas es'osa ofensora se a-oelhou 'ara a,raçá)lo e im'lorar 'or seu 'erd*o.

7la lhe deu um -antar farto$ e um 'ara todos os dias (ue ele esteve fora. ;endo um homem com umcoraç*o mole como era$ 7-iog,e -untou o ,an(uete e deu)o as cinco divindades (ue estavames'erando fora. A'0s comerem$ eles se direcionaram 'ara atacar a mulher$ mas 7-iog,e lhes disse(ue ela tinha se arre'endido 'or suas transgresses$ 'osto (ue fora ela (uem 're'arara o ,an(uete(ue eles tinham -ustamente a'reciado. 7le relem,rou)lhes de uma regra divina de (ue ninguém 'ode matar a(uele (ue os alimentou.

Assim foi como ele salvou sua es'osa da destruiç*o.

Duando 7-iog,e surge na divinaç*o 'ara uma mulher casada lhe será 'edido 'ara 're'arar o ,an(uete acima mencionado em m"lti'los de cinco$ 'or ela ter ofendido seu marido tanto (ue asdivindades da destruiç*o a tem 'erseguido em f"ria.

CAPÍTULO XIV O-4U ) M-2I

II II

II II

II II

II II

@oi Ze[u (uem revelou como !r"nm#lá ensinou a es'écie humana como desviar)se da ameaça damorte 'rematura. Duando o homem foi criado$ a morte viu a nova criatura como o seu melhoralimento ,ásico. orte$ 'ortanto foi = "nica divindade (ue se alegrou com a criaç*o do homem 'oreus. 7n(uanto as outras divindades viram o homem como ser inferior criado 'ara servi)los$ morteos viu como 'rovis*o de alimento. 7le$ entretanto aguardou o homem se multi'licar e de'ois dissofoi aos seus domic&lios ca'turá)los 'ara usar como comida. Harecendo de meios de autodefesa edei>ado sozinho 'ara o com,ate final$ o homem se resignou com o fato do incessante ata(ueviolento da morte. 7les n*o tinham ninguém 'ara (uem a'elar$ 'or(ue era a l0gica$ como oshomens viam os animais inferiores como comida 'ara se alimentarem$ a orte olhava 'ara ohomem$ como carne 'ara alimentá)lo. Xogo (ue com'reendemos a 'redominante filosofia dae>ist%ncia das 'lantas e animais$ (ue s*o criados 'ara servir ao 'ro'0sito no sistema 'lanetário$ n0sn*o ser&amos in-ustamente 'ertur,ados 'ela inevita,ilidade da morte.

a mesma forma como usamos 'lantas e animais 'ara satisfazer nossa rotina e dese-os ,ásicos$ n0stam,ém estamos = merc% da mais 'oderosa divindade. +endo nos dado um 'a'el 'ara e>ercer nosistema 'lanetário$ o (ual inclui 'rovis*o de alimento 'ara os altos 'oderes$ eus tem nos dadointelig%ncia 'ara nos defendermos da melhor maneira (ue 'ossamos$ 'or meio do a'aziguamento ou 'elo desvio. Isto é claramente ilustrado nas revelaçes de Ze[u (ue seguem/

:[u UeeIru[u Uee7[u me-i XooruNe7-a me-i A-o[o Xoorelule AdiZe

QS

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Idereg,e Aa,a muredeAg,o gha[a$ 7-i Xa,a odumetaA[o 7lila toun to oshu[aare.

A morte se alegrou com a criaç*o do homem.7le 'ilhou os seres humanos 'ara comer = vontade.ois ratos se divertindo na terraois 'ei>es se divertindo na águaA galinha tem seus ovos$ indo em'oleirar)seA ca,ra tem entregue muitos ca,ritos. 'oderoso carneiro de tr%s anos gordo ,oi doou com carne ro,usta+odos foram criados 'ara a'aziguar a morte.

7ste con-unto de criaçes dada a orte nem a a'aziguou$ nem a satisfez. orte continuou a focar oseu olhar fi>o na carne humana.

Duando finalmente o homem se a'ro>imou de !r"nm#lá 'ara a divinaç*o em como controlar a

ameaça da morte$ ele lhes disse (ue nenhum sacrif&cio -á 'oderia desviar a atenç*o da orte dohomem. ;ua carne constitu&a o "nico alimento (ue 'oderia satisfazer seu a'etite divino. +odo oresto$ ratos$ 'ei>es$ carne de aves$ ca,ritos$ carneiro e até mesmo vacas eram a 'rinci'al comida dossacerdotes das divindades.

7les lhes 'erguntaram se nada 'oderia 'ará)lo de se alimentar com sua 'r0'ria comida 'referida.7ntretanto ele lhes disse (ue a melhor maneira de desviar uma divindade maléfica era fazersacrif&cio 'ara ela com o (ue lhe era 'roi,ido. !r"nm#lá em sua ca'acitaç*o como :['in Atestemunha do 'r0'rio eus na criaç*oJ é o "nico (ue sa,e o (ue cada uma das outras divindades é 'roi,ida.

7le ent*o avisou os 'ara 're'arar inhames amassados ,o,o em Wini e 7No em UorV,áJ 'ara ser

carregado de 'e(uenas 'edras. +am,ém lhes recomendou a trazer um 'e(ueno filhote de ave vivo.

7les -untaram os materiais e todos os homens reuniram)se na sala de confer%ncia aonde a mortecostumava usar 'ara 'egá)los um a'0s o outro. !r"nm#lá recomendou)os a comer o inhame assado$mas -ogar fora =s 'e(uenas 'edras. +am,ém a amarrar o 'intinho so,re a entrada da casa de Eu$sem matá)lo.

Duando a orte se a'ro>imou da cmara de confer%ncia 'ara mais um ata(ue$ ele tro'eçou nas 'edras (ue os homens estavam descartando de suas comidas. Duando ele colocou as 'edras na ,oca 'ara e>'erimentar a comida (ue os homens estavam comendo$ ele n*o 'ode mastigá)las. 7le$ ent*o$se (uestionou se a(ueles (ue eram ca'azes de comer o,-etos t*o duros deveriam ser a mais terriveldas criaturas$ (uem 'oderia so,re'u-á)los$ so, 'rovocaç*o ficavam muitos irritados.

esta forma a orte estava contem'lando o (ue fazer em seguida$ (uando o 'intinho na entrada dacasa de Eu começou a chorar/ :[u Zee.

uvindo o choro do 'intinho$ orte correu 'ara fora$ 'or(ue lhe era 'roi,ido o som de um 'intinho. orte ent*o$ dei>ou o homem em 'az e eles se alegraram$ agradecendo a !r"nm#lá 'ordemonstrar)lhes o segredo da orte.

Q1

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@oi desde a(uele tem'o (ue a orte inventa outros caminhos através de 'rocuradores ou caçadoresdo homem. esde ent*o$ a orte n*o 'ode matar o homem diretamente$ 'or(ue ele é de outraforma uma divindade coraç*o de 'intinho.

7le até mesmo tem estado contando com seus mais agressivos e vingativos irm*os$ como \g"n$ adivindade do ferro (ue mata 'or acidentes fatais$ =ng0$ o trov*o divino (ue mata através derelam'e-ar$ ;an['ana$ (ue mata 'or meio de e'idemias como a var&ola e saram'o$ ou as divindadesnoturnas (ue assassinam através da feitiçaria$ etc...Duando estas divindades n*o s*o rá'idas osuficiente na ,usca de comida 'ara a orte$ o Gei da orte usa oença$ (ue é sua es'osa$ 'ara lhetrazer comida. as isto foi de'ois (ue o homem tinha a'rendido o segredo de como desviar ocaminho da orte. Antes$ 'orém orte caçava o homem 'or si mesmo.

Duando Ze[u)e-i$ 'or conseguinte surge durante a divinaç*o$ a 'essoa 'oderá ser informada (uea orte o está rondando$ mas (ue ele deverá fazer sacrif&cio 'ara Eu com inhame assado misturadocom sal e 0leo de 'alma e carregado de sei>os. +am,ém é 'ara amarrar um 'intinho vivo no altar deEu 'ara afugentar a orte.

Duando Ze[u)e-i$ entretanto surge na divinaç*o 'ara uma criança recém)nascida$ os 'ais ser*o

avisados a fazer sacrif&cios similares como a chuva fez antes de vir ao mundo de modo (ue acriança se-a elevada acima dos vários inimigos 'oderosos$ (ue está destinado a ter durante o seutem'o de vida. 7ste ti'o de sacrif&cio re(uer encantamentos es'eciais (ue s0 'odem ser feitos 'elosade'tos do Ifismo.

OUTRO* TRA3AL;O* C-L-*T-* D- O-4U

Hom o a'elido de 7didu `'ere`'ere -umuna$ ele fez divinaç*o 'ara a chuva no céu antes de elevir ao mundo. Hhuva era chamada -ogidigidi +iinshe omo o[unrin run. 7le avisou Hhuva a fazersacrif&cio$ 'or(ue estava indo 'ara a'arecer no meio dos inimigos na terra$ Hhuva foi avisada afazer sacrif&cio com um ,ode$ rou'a 'reta e um fei>e de 'orretes. Hhuva fez o sacrif&cio antes de vir

 'ara a terra.

Homo ele estava 'reste a nascer$ seus mais agressivos mais velhos -á estavam na terra. 7ram o sol$ ,rilho e estiagem. Antes da chegada da Hhuva$ todos eles tinham -urado (ue n*o haveria de ser olugar da Hhuva na terra. 7n(uanto isto a Hhuva começou a ameaçar. Pá (ue tinha feito o sacrif&cio 'ara Eu$ ele 'artiu em sua -ornada 'ara a terra. Eu ent*o e>'Ks a rou'a escura com os (uais achuva fez o sacrif&cio e estendeu)a 'ara formar uma grossa camada de nuvens so,re o céu. Rouveescurid*o total na terra. Eu ent*o deu a Hhuva muitos 'orretes (ue ele usou 'ara fazer o sacrif&cio erecomendou)lhe a usá)los 'ara derrotar (ual(uer um (ue se atrevesse a ficar em seu caminho.A(ueles 'orretes eram o aguaceiro (ue a Hhuva usa 'ara ,ater em am,os$ reis e escravos$su'eriores e inferiores igualmente$ a 'artir deste dia.

esta forma ele foi ca'az de su,-ugar o orvalho$ a seca$ o calor$ a 'oeira e árvores$ etc. s (uaistodos eram seus inimigos.

COMO O P-I'- #-IO A *- MULTIPLICAR

INo oZe7mi oZeZe o[onte ,oshe,i o-u loomo.

Q2

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Ze[u)e-i fez consulta oracular 'ara o 'ei>e (uando ele estava vindo do céu. <ei>e era filha doGio no céu. 7le avisou a <ei>e 'ara fazer sacrif&cio a fim de ser 'lenamente ca'az de ter filhos naterra. 7la foi or&entada a fazer sacrif&cio com uma ca,ra$ galinha e 'om,o. 7la fez e veio ao mundoaonde começou a ter filhos aos m"lti'los de cem na(uele tem'o.

O-4U)M-2I R-#-LA O R-TORNO DA* DI#INDAD-* AO MUNDO

:-i odo nimo g,u iZi odo$I,i ono meeNa mo g,u -i edun$A[e[e ge igi nu ug,oAg,oun re gegeregeIZoZo ag,o ni rin[onre `onrelule gi g,rironmu romu o-a tontontonlule eti g,ironmuGonmu o-a titi ronronronAdifa fun runmila ni ig,a to ti[o

Gun ,oNa [ole aZe.

som do 'il*o ressoa do lugar onde está assentado.7u estava em 'é no caminho e ouvi o machado derru,ando a árvore. machado estava derru,ando uma árvore na floresta e o som ecoou muitas milhas distante.o mesmo modo (ue o carneiro se movimenta$ seu test&culo oscila da es(uerda 'ara a direita. homem vivendo em uma casa 'r0>imo ao mercado escuta o ru&do da 'raça do mercado.

7stes foram os nomes dos ANo (ue fizeram a consulta oracular 'ara Ze[u)e-i no céu$ (uando eleestava vindo 'ara o mundo. 7les lhe recomendaram a fazer sacrif&cio com um ,ode 'ara Eu eoferecer ca,ra$ galinha$ 'om,o$ um 'ano ,ranco e ,"zios 'ara lo["n$ a divindade da água. 7le fezos sacrif&cios. As duzentas divindades :g,arunmole em UorV,á e Ihenuri em WiniJ decidiram

visitar a terra 'ara desco,riu como os ha,itantes estavam 'assando. Duando chegaram na fronteirado céu e da terra no -a A-i,ome[on$ eles encontraram duas mulheres chamadas -a e A-e. 7stasmulheres 'ersonificavam dinheiro e 'ros'eridade. Homo veremos mais tarde$ (uase todas asduzentas divindades n*o fizeram o sacrif&cio antes da 'artida no céu nem se deram ao tra,alho deo,ter autor&zaç*o de Eu$ (ue eles todos des'rezavam como a um desconhecido.

 em ,em eles haviam 'artido do céu$ Eu soltou a corda da chuva do céu. A chuva logo começou acair 'esadamente$ e todas as outras divindades 'rocuraram a,rigo em um 'onto ou outro. !r"nm#lá$(ue tinha sido avisado 'elo divinador a n*o 'arar no caminho até a chegada na terra$ n*oim'ortando o (uanto chovesse 'esadamente$ 'rocedeu a sua -ornada sozinho$ na com'anhia dasduas mulheres. Duando eles alcançaram a terra$ seus filhos lhes deram rou'as 'ara trocar. A eles foidado um vestuário ,ranco.

A chuva caiu continuamente 'or tr%s dias$ contudo !r"nm#lá contraiu matrimKnio com as duasmulheres A-e e -a e eles tiveram filhos$ mas as outras divindades ainda n*o tinham chegado.

A'0s es'erar em v*o 'ela chegada das outras divindades$ seus filhos e seguidores na terradecidiram ir 'rocurar 'or eles.

7nt*o$ (uando os ha,itantes da terra encontraram as divindades e as 'ersuadiram a seguir com elesaté em casa$ eles recusaram a oferta$ com ,ase em (ue eles estavam ,em confortáveis em suas

Q3

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novas resid%ncias e am,ientes. <or sua 'arte$ !r"nm#lá tinha estado 'raticando a arte de Ifásatisfator&amente na terra e havia recrutado muitos noviços. 7le tam,ém a,riu um comércio com aa-uda de A-e e -a$ (ue tinham se tornado suas es'osas. 7las mesmas o fizeram e>cedentementerico.

7sta revelaç*o e>'lica 'or(ue os altares de algumas outras divindades s*o colocados fora de casa a 'artir deste dia$ e>ceto !r"nm#lá$ -unto com A-e e -a lo["nJ (ue seguiram)no ao mundo.

s outros s*o colocados em vários locais aonde eles se refugiaram da chuva (uando estava vindo aomundo. motivo 'elo (ual lo["n e !r"nm#lá s*o servidos com rou'as ,rancas a 'artir deste dia$é 'or(ue foi = rou'a (ue eles trocaram ao chegarem na terra a'0s serem encharcados 'ela chuvadurante sua -ornada.

A revelaç*o tam,ém e>'lica 'or(ue dos filhos de Ze[u)e-i n*o serem autor&zados a usarsom,rinhas$ 'or(ue seu 'atrono divino n*o se refugiou da chuva (ue encharcou durante sua vindado céu. ;e o no Ifá dihaJ é cuidadosamente 're'arado 'ara o filho de Ze[u)e-i (ue é a(uele(ue saiu no :g,oduJ ele será muito rico e 'r0s'ero na vida$ 'revenindo eles s*o ca'azes de 'roi,iro uso de som,rinha e nunca dei>ar a chuva 'ará)lo em 'rosseguir com o (ue está tencionando fazer.

;ua 'ros'eridade é fre(entemente influenciada 'elas es'osas$ se forem sortudos de casar com amulher certa cedo na vida. A melhor 'rofiss*o 'ara os filhos de Ze[u)e-i é a criaç*o em umafazenda ou no comércio. 7ste foi o aviso dado a Ze[u)e-i antes de ele 'artir do céu$ (ue elecomercializaria ovelhas ou teria gran-a$ aves$ 'orcos$ ca,ras$ vacas ou (ual(uer coisa destas.

aria a eles um ,om começo na vida$ a'esar de (ue eles deveriam ir a terra se graduar na faculdadede em'reendimentos econKmicos.

O NA*CIM-NTO D- O-4U)M-2I

'ai de Ze[u e-i era t*o 'aciente (uanto o monte de entulhos$ en(uanto (ue sua m*e era t*oenérgica (uanto a -unç*o de tr%s estradas. 7m outras 'alavras$ seu 'ai era um homem leigo e suam*e era uma feiticeira (ue costumava se transfigurar no mundo astral ou f&sico 'ara se reunir comas mais velhas da noite. Duando os 'oderes da es'osa se tornaram t*o arrogantes 'ara ele$ ele foi aodivinador e foi informado 'ara fazer um sacrif&cio com uma ser'ente [aa em UorV,á eArunmNoto em WiniJ. 7le fez o sacrif&cio e sua es'osa logo ficou grávida.

:ma noite ela estava 'ara entrar em tra,alho de 'arto$ ela mais uma vez se transformou em umafeiticeira. Duando ela acordou$ Eu tinha colocado a ser'ente com a (ual seu marido fez osacrif&cio$ atrás da casa. 7n(uanto isso$ ela se sentiu como (ue afável em si. 7la ent*o foi ao ,anheiro (ue ficava atrás da casa$ o (ual era tradicionalmente afastado. 7m seu caminho 'ara o ,anheiro$ viu a co,ra$ (ue foi dei>ada 'or Eu. @ugiu de medo$ o mais longe da casa até (ue chegou

a um cruzamento tri'lo. @oi lá (ue ela entrou em tra,alho de 'arto$ e 'ariu um menino sem au>&lio.

7la estava t*o feliz 'ela du'la salvaç*o$ (ue ela teve em uma "nica noite$ (ue a criança foi nomeadaZe[u e-i. 7la tinha esca'ado da morte so,revivendo ao ata(ue da ser'ente$ e ao mesmo tem'o$ achegada de uma criança ao (ual ela havia es'erado 'or anos.

Duando Ze[u e-i surge no -ogo 'ara uma mulher$ (ue tem o dese-o 'or um filho ela seráaconselhada (ue é a res'onsável 'or sua infertilidade 'or (ue n*o é a'enas mais forte$ mas tam,ém

Q4

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v% mais longe (ue seu marido. ;erá avisada a se su,meter a autor&dade do marido se elaverdadeiramente (uer ter um filho.

;e surgir este -ogo 'ara um homem (ue está ansioso 'ara sua es'osa ter um filho$ lhe será dito (uesua es'osa n*o está t*o dese-osa (uanto ele 'or um filho. A fim de convenc%)la a ter um filho$ eleusará uma ser'ente 'ara fazer o sacrif&cio a seu 'r0'rio Ifá se ele tiver um$ ou fará os 're'arativos 'ara ter seu 'r0'rio$ a fim de re'rimir os dia,0licos 'oderes su'eriores de sua es'osa.

A #INDA D- 2-5=*EN PARA A T-RRA

+am,ém foi Ze[u e-i (uem revelou como PeNEsVn veio a este mundo. s ANo (ue fizerem adivinaç*o 'ara ele antes de 'artir do Héu eram chamados/W& a,a `'e [u ni `'on['oAlaZiZe$ looma aundifa fun do Agutantinshe o[on,i omo olodumare,e laa arinrin ig,atema omo araZe.

;ignificando/Duando a noite é chamado = distncia$ é um ser vivo (ue res'onderá o chamado. filho de eus(ue foi chamado PeNEsVn no céu foi informado a fazer sacrif&cio com uma ovelha e um 'anovermelho a fim de so,reviver = trama (ue estava sendo encu,ada 'elos seres humanos contra ele naterra. 7le tam,ém foi informado a dar um ,ode a Eu o (ual ele as'eramente se recusou a fazer$ 'or(ue tinha -urado ir ao mundo 'ara destruir as forças do mal re'resentadas 'or Eu. 7ntretantoconcordou em fazer o sacrif&cio com a ovelha e a rou'a vermelha. ANo lhe avisou (ue se ele n*ofizesse o sacrif&cio 'ara Eu$ eram os agentes do mesmo (ue o matariam e diminuiriam a medida desua vida e seus tra,alhos missionários na terra. :ma vez (ue ele tinha feito o sacrif&cio da ovelhaele acordaria de'ois de tr%s dias e sua re'utaç*o so,reviv%ncia a ele$ a'0s seu retorno ao céu.

Duando ele chegou ao mundo$ estava 'reste a começar seu tra,alho de 're'araç*o dos o,-etivos$ overdadeiro caminho da vida no céu e o amor de eus 'elas suas criaturas$ Eu lhe surgiu em sonhoe o advertiu (ue nem mesmo o 'r0'rio eus tinha sucedido em liminar. A influ%ncia de Eu nosistema 'lanetário inteiro. Eu lhe disse em sonho (ue se n*o lhe desse seu ,ode ele teria falhadoconsigo mesmo$ 'or(ue ele introduzia seus seguidores 'ara destru&)lo. PeNEsVn mais uma vez serecusou a servir Eu 'ela raz*o (ue a ,enevol%ncia nunca 'oderia se render ao mal. PeNEsVn foiverdadeiramente assassinado tr%s anos a'0s ter começado seu tra,alho na terra.

COMO -L- #-IO *-R C;AMADO 2-5=*EN

;ua m*e tinha ido secretamente a !r"nm#lá na vés'era da 'artida de do agutan 'ara a terra e o 'ersuadiu a fazer o sacrif&cio 'ara Eu$ o (ual seu filho se havia recusado a fazer. 7la foi = cidade de!r"nm#lá com o ,ode logo de'ois do 'or do sol. !r"nm#lá lhe disse (ue ele teria (ue colherduzentas e uma folhas diferentes no mato com as (uais lavaria a ca,eça de seu filho no altar de Eu.Pá (ue n*o era 'oss&vel lavar a ca,eça de ninguém ausente$ n*o havia -eito de fazer o sacrif&cio.

Duando a mulher insistiu (ue !r"nm#lá im'rovisasse algum a-uste$ ele res'ondeu dizendo (ue asfolhas na floresta -á estavam adormecidas e n*o deveriam ser 'ertur,adas. 7sta e>'ress*o em

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UorV,á significa PeNEsVn$ com o (ual !r"nm#lá disse (ue seria o nome de do agutan$ tiinsheo[on,i omo lodumare$ (uando viesse 'ara a terra. Homo PeNEsVn estava verdadeiramente 'artindo 'ara terra na manh* seguinte$ n*o houve o'ortunidade 'ara fazer o sacrif&cio 'ara Eu enunca foi feito.

Duando este du surge no -ogo 'ara uma criança conce,ida$ os 'ais ser*o avisados (ue o filho estávindo ao mundo como um reformador$ mas a menos (ue um sacrif&cio es'ecial se-a feito$ como doagutan foi avisado 'ara fazer no céu$ ele n*o vivera 'ara e>ecutar sua tarefa e (ue sua 'o'ularidades0 irá florescer a'0s sua morte.

O* TRA3AL;O* T-RR-*TR- D- O-4U M-2I

7le fez o -ogo 'ara lo,a/Aanu 7[u$ 7-a$ AdiZe$ 'elu eNureAmushe a Ze olo,a$AZe lo,a [u dududu.

^on lo ,ere loNo 7-i oZe$`ini laama mu shaZe lo,a`aZe re adide.

lo,a fogoJ estava doente e mor&,undo$ rato$ 'ei>e e galinha foram oferecidos como sacrif&cio$A ca,ra de'ois foi usada 'ara fazer sacrif&cio 'ara reviver o fogo$A'esar destes sacrif&cios$ sua doença se tornou muito mais séria.

!r"nm#lá foi ent*o (uestionado o (ue 'oderia ser feito 'ara revitalizar lo,a fogoJ. A'0sdivinaç*o$ ele revelou (ue o "nico modo de trazer o fogo de volta a vida era usando o 0leo de 'alma$ tr%s 'eças de o,i secos$ folhas secas de 'alma e um galo 'ara 're'arar um sacrif&cio es'ecial

 'ara se ,anhar.

A'0s ter sido feito o sacrif&cio$ !r"nm#lá o levou a uma encruzilhada e lavou)o. A'0s o ,anho$lo,a foi levado de volta 'ara casa. As tr%s 'eças de o,i$ as folhas secas e o 0leo foram mo&dos -untos e marcada a ca,eça de lo,a$ logo mais tarde$ =ng0 li,erou raios do céu$ os (uaiscon-uraram lo,a a voltar = vida e inflamaram fogo e ele ra'idamente desatrelou um inc%ndio. 7steé o motivo 'or(ue !r"nm#lá é louvado com a cantiga$ 'oema o (ual diz (ue ele era a "nicadivindade (ue trazia de voltar = vida 'ara @ogo (uando ele estava t*o doente e fraco (ue ele nem 'odia (ueimar nada e nem ninguém.

as !r"nm#lá lhe disse (ue ele nunca lhe 'agaria com ingratid*o e se lem,raria sem're o (ue fez 'ara ele. 7ste é o motivo 'or(ue até ho-e$ (uando fogo entra na casa$ e !r"nm#lá está ele se

consome todo. o m&nimo n*o irá tocar o altar de !r"nm#lá.

;em're fazendo um c&rculo ao redor do altar. A cantiga é o encantamento usado 'elos sacerdotes deIfá 'ara a'agar o fogo$ (uando está ameaçando fazer algum estrago.

PORU- O* IL;O* D- O-4U M-2I NÃO U*AM ORRO

Xig,o lere Xig,o$

Q6

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Xig,o haa re eri$Xig,o naa tieri 7lede :le$Xig,a naa ri aNr&$Airi eron e[on -eun modum modun.

Rá eficácia na coragem$7 vigor (ue multi'lica$Due 'ermite 'orcos domésticos se multi'licarem sossegados.F tam,ém vigor (ue multi'lica.A ovelha (uando eles chegaram = cidade.7stes s*o nomes dos ANo (ue fizeram divinaç*o 'ara Ze[u e-i.

7les lhe avisaram 'ara fazer sacrif&cio a fim (ue sua força se multi'licasse. 7le foi avisado 'arafazer sacrif&cio com a carne de caça e 'orcos domésticos$ angola e duas ovelhas$ 'ara (ue a força deseus 'arentes se multi'licasse. 7le fez o sacrif&cio.

s sacerdotes 're'araram uma das ovelhas com remédios$ adicionando as folhas a'ro'riadas e oIZerosun de Ze[u e-i. e'ois disso$ eles colocaram a ovelha no 'é de uma 'almeira$ aonde foi

 ,anhada com o 're'arado de folhas. Ao 'r0'rio Ze[u e-i foi dito tam,ém 'ara tornar seu ,anhocom as folhas ao 'é da mesma 'almeira. @oi uma 'almeira -ovem a (ue tinha -ustamente começadoo crescimento. A'0s o ,anho$ o 'ote e seu conte"do foram em,orcados 'ara co,rir a -ovem 'almeira. 7ra es'erado (ue a -ovem 'almeira lançasse o 'ote 'ara o lado (uando ela crescesse.

Assim foi como Ze[u e-i floresceu de'ois de ter crescido ao lado do cha'éu da 'o,reza aos 'ésda 'almeira. 7ste é o 'or(ue os filhos de Ze[u e-i n*o devem es'erar colocar cha'eis em suasca,eças.

Ze[u e-i ent*o levou 'ara casa a ovelha lavada. A segunda ovelha e os demais animais foram 're'arados e cozidos no ch*o da sua casa.

Assim foi como a ca,eça de Ze[u e-i se tornou t*o forte. 7le 'ermitiu (ue a ovelha 'eram,ulasse na cidade$ en(uanto cuidava ,em dela. Homo a ovelha gradualmente começou a semulti'licar Ze[u e-i tam,ém começou a multi'licar. 7le teve muitas es'osas e filhos. DuandoZe[u e-i surge durante uma iniciaç*o no :g,odu a 'essoa será avisada (ue sua ca,eça n*o estáforte. 7le deveria 'or esta raz*o ser levado a uma encruzilhada$ 'or um sacerdote instru&do (ueconhece o no Ifá dihaJ a'ro'riado$ com um galo$ tr%s 'eças de `olanut e folhas secas de 'almeira e ,anhado lá. 7le tam,ém será avisado (ue ele é um a,i[u e (ue ele estará 'ara ser ,anhado 'or ANo em uma encruzilhada. ;e ele é ca'az de fazer o sacrif&cio ele 'ros'erará na terra.

7le deverá ser avisado a começar a vida com a criaç*o de ovelhas ou 'orcos$ a (ual se desenvolveráem grandes dimenses.

COMO -2I) O- R-*OL#-U O PRO3L-MA DA MORT-

Assim (ue Ze[u e-i começou a 'ros'erar$ a morte foi em seu rastro 'or(ue é fre(ente dizer (uea morte n*o assassina uma ca,ra (ue n*o está acomodada na vida. a mesma forma$ orteraramente vai aos 'o,res e vaga,undos. E (uando uma 'essoa começa a su,ir numa árvore e (ue$ aorte vai ao enlaço.

QC

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7ste é o 'or(ue !r"nm#lá diz (ue o caminho da 'ros'eridade é muitas vezes tortuoso e severo.

 este momento$ Ze[u e-i começou a ter sonhos horri'ilantes. 7le ent*o convocou alguns deseus re'resentantes 'ara fazer adivinhaç*o 'ara ele.

s ANo convocados eram chamados/['a g,oung,o ounshiNa-u du ona7se me-e-i oni-i-a du ona.

7les lhe avisaram 'ara fazer sacrif&cios com (uatro galinhas$ (uatro ratos e (uatro 'ei>es a fim deso,reviver =s ma(uinaçes da orte contra ele. 7le fez o sacrif&cio e 7-i ) Ze viveu até a velhice.

7 está desco,erto (ue ele n*o morreu verdadeiramente. 7le retornou a 'é 'ara céu.

COMO O-4U M-2I AN;OU 3-N-ÍCIO* - PR-*-NT-*

<ara ser ca'az de desfrutar os frutos de seus esforços sem incKmodo e o risco de retornar 'ara a

 'en"ria$ Ze[u e-i tinha feito mais um sacrif&cio. e'ois de oferecer um rato e um 'ei>e 'aradesviar a morte e a doença$ ele foi avisado 'ara oferecer um 'orco 'ara Ifá e uma segunda ca,ra 'ara sua ca,eça. 7le fez o sacrif&cio e se tornou t*o a,astado (ue ele 'r0'rio n*o 'oderia acreditar(ue ele sozinho governou seus ,ens. s filhos de Ze[u e-i s*o fre(entemente muito 'r0s'eros$ 'or causa do sacrif&cio feito 'ara eles no começo dos tem'os.

s ANo (ue fizeram a(uela divinaç*o 'ara ele eram chamados/7ro[e ile aa,eru gegere$7ro[e ile a,idi ,iri['e.

7le tam,ém deu um ,ode a Eu$ um galo a \g"n e uma tartaruga 'ara sanZin. Assim ele tinhacom'rado a 'ros'eridade de todas as divindades 'rinci'ais.

O-4U M-2I *- TORNOU O R-I DA MORT-

As divindades estavam acostumadas a se reunirem de cada cinco dias. um desses encontros$ elesenviaram uma 'ro'osta (ue cada uma das divindades demonstrariam suas 'roezas 'ara os outrosverem. <or sua vez Ze[u e-i ga,ou)se (ue ele era o "nico (ue sa,ia como 'revenir vermes deentrar em o,-etos 'odres$ e como fazer um animal morto muito mais famoso do (ue foi na vidae(uivalente. 7le foi informado 'ara demonstrar estas ca'acidades declaradas no 'r0>imo encontro$no dia seguinte$ Ze[u e-i foi ao mercado e com'rou uma ca,ra$ a (ual ele andou ao redor dacidade com uma corda em volta do seu 'escoço. <or toda caminhada$ a ca,ra a'enas fez oinofensivo usual som do (ual ninguém tomou conhecimento. o dia seguinte Ze[u e-i sacrificou

a ca,ra e removeu o couro 'ara secar. +*o logo estava suficientemente seco$ ele fez um tam,or docouro. A'0s 're'arar o tam,or$ ele começou a tocar e seu som foi ouvido 'or toda cidade tanto (ueas 'essoas começaram a (uestionar o (ue ele estava fazendo.

 o dia a'ontado$ ele foi ao encontro com seu tam,or engra>ado com um sa,*o 'reto$ o (ual foies'ecialmente 're'arado 'ara e>'ulsar feiticeiros de seus am,ientes. 7le ent*o foi chamado 'ara 'rovar os 'ontos (ue ele fez no encontro anterior. 7le re'licou 'erguntando se ninguém ouvia o somda ca,ra viva (ue ele e>i,iu ao redor da cidade recentemente. A maior&a dos mem,ros confirmou(ue eles ouviram o choro da ca,ra$ mas muitos outros disseram (ue n*o ouviram o som.

QL

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7le 'erguntou de novo se ninguém ouvia o som do tam,or (ue tinha sido tocado durante os dois"ltimos dias. +odos confirmaram ouvirem o som do tam,or$ mas eles 'erguntaram como este 'rovava suas (ualidades.

7le ent*o esclareceu (ue o sa,*o su-o na face do tam,or era o animal 'odre (ue n*o tinha vermes$en(uanto o tam,or re'resentava o animal morto (ue ressoou mais alto (ue o animal vivo. +odos osmem,ros ent*o com'reenderam os 'ontos e ele foi imediatamente feito o Gei da orte. ;e Ze[ue-i sai nos I[ins 'ara o homem$ ele será avisado 'ara oferecer uma ca,ra morta a Ifá ) matando aca,ra antes de oferecer. F uma oferenda es'ecial 'or(ue !r"nm#lá dese-a fazer uma revelaç*osecreta 'ara o homem. ;e surge 'ara uma mulher$ ela e muito 'rovável de se tornar grávida ou estátendo sua menstruaç*o.

;e as duas 'ro,a,ilidades n*o s*o e>'licáveis$ ela será avisada a oferecer um galo 'ara \g"n 'ara 'revenir um 'rovável acidente 'ara 'render o derramamento sangue dentro de tr%s a cinco dias. 7laserá avisada de (ue há uma velha mulher atra'alhando ela e (ue está im'ortunando)a com feitiços.

7la ent*o ofereceria uma galinha$ nove ovos 'ara a noite$ 'ara neutralizar as ma(uinaçes maléficas

da velha mulher. 7le ou ela tam,ém 'odem ser avisados (ue se ainda n*o 'erderam algum dinheiroem ,reve aconteceria$ mas ela n*o seria in-ustificadamente a,orrecida 'or isto$ 'or(ue a 'erda é ummeio 'ara re'arar$ harmonizar 'ara mais graves calamidades.

COMO O-4U M-2I D-U NOM- A UMA CRIANÇA D- AD-NIMI

Xiim[o$ iimii[o le rin mi[ooi e-iog,e Zio she teere [aariXimi[o miimi[o erimi[oi iNr&me-i Zio sha,e e firiZanXiimi i[o miimii[o$ ierimii[oo

i edime-i$ Zio g,i[u tuei$ tueiXimi[o mimi[o$ ierimi[o$io,ara me-i Zio shr& te ,eleXimi[o mimi[o$ ierimi[oi o[anran me-i Zio shose g,eregeXimi[o mimi[o$ ierimi[oo-e No o ,on Nooda shoromi.emo tii mii[o ia fi oNunZe[ume-i Zio oNun nu[on mimiaZe `o,em ,emmo toun,a ti ,i ni Na [ati teun a an['e ladenimi.

Duando sai na divinaç*o 'ara uma mulher grávida$ a criança certamente será uma menina$ (ue se

chamará Adenimi$Ze[u 'erguntou a seus seguidores$Duem tem um cor'o ro,usto e a'rumado$7les res'onderam$E 7-iog,e.7le res'ondeu$7-iog,e é alto$ mas esguio. dia logo continuou 'or (uatro outros lodus$<ara cada um deles Ze[u res'ondeu/

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7le os avisou 'ara fazerem o sacrif&cio afim de (ue as 'essoas do mundo 'udessem honrar eres'eitá)los$ mas t*o es'ecialmente (ue as 'essoas talvez n*o olhassem desdenhosamente 'ara elesna face.

ais im'ortante$ o sacrif&cio era destinado a dar)lhes 'oder e energia$ a (ual as faria indis'ensáveisaonde (uer (ue eles fossem.

A Xua disse (ue ela era t*o ,ela e 'o'ular 'ara se 'reocu'ar com algum ti'o de sacrif&cio. A7scurid*o disse (ue -á era naturalmente dotada com caracter&sticas ade(uadas 'ara im'or res'eito emedo aonde (uer (ue fosse$ e tam,ém se recusou a fazer sacrif&cios. ;ol foi o "nico a fazer osacrif&cio.

Hontudo a Xua havia feito antes o sacrif&cio 'ara o amor$ sendo esta a raz*o das 'essoas sealegrarem com a vis*o da lua nova. Ao sol foi dado o fei>e de vassouras$ com as (uais ele haviafeito o sacrif&cio$ 'ara segurar na m*o sem're com o conselho de (ue deveria a'ontar 'ara a face de(ual(uer um (ue se atrevesse olhá)lo fi>amente. A(uelas vassouras s*o os raios do sol$ os (uaisdanificam os olhos de (ual(uer um (ue tente olhar diretamente a face do sol. 7le é$ no entantoadmirado 'elo calor (ue gera e é usado 'ara uma variedade de 'ro'0sitos em toda 'arte do sistema

 'lanetário.

 inguém liga muito 'ara a escurid*o e n*o é usada 'ara nenhum 'ro'0sito tang&vel$ 'or n*o terfeito o sacrif&cio. <ela mesma raz*o$ a Xua é a'enas admirada$ mas tam,ém n*o é adorada como o;ol$ nem usada 'ara nenhum 'ro'0sito 'rodutivo.

I5ORÍ M-2I - DI#INAÇÃO PARA A4UN FCONTA D- CORALG

Antes de 'artir do céu$ a Honta de Horal tam,ém foi a INor& e-i 'ara divinaç*o$ contudo eleindicou 3 de seus su,ordinados 'ara fazerem a divinaç*o 'ara o Holar. 7les eram/ A@: UI UIA`7 UIUI e UI UI 7WI AXA.

7les fizeram divinaç*o 'ara o Holar A[un em Uoru,a e Ivie em WiniJ (ue era chamado lonoA[eriNaZe no céu. 7les o avisaram 'ara fazer sacrif&cio a fim de (ue 'udesse viver 'ara sem're naterra como instrumento de adorno e no,reza$ e a fim de ele ser tratado com res'eito e dignidade. 7lefoi fazer o sacrif&cio com 1 ,ode$ 1 rato$ 1 'ei>e$ 1 galinha ,ranca$ 'ano ,ranco e fio ,ranco. 7lefez o sacrif&cio antes de vir 'ara o mundo$ aonde foi naturalmente rece,ido com -",ilo. esde a suavinda 'ara a terra$ tem merecido o res'eito de todos. 7le está associado como um s&m,olo real$aristocrático e de adorno cerimonial.

-L- TAM3M - DI#INAÇÃO PARA O C;UM3O

 o céu 2 aNo (ue estavam tra,alhando 'ara INor& e-i$ fizeram divinaç*o 'ara o chum,o -e emUoru,a e ze em WiniJ$ (uando ele estava sendo usualmente vulcanizado como in"til no céu.

s 2 ANo eram `aun gere ANo Ile Aran e Afjsile ANo se `aran usi$ Adifa @un A-e inimini ig,ati ],o,o run @i -u Imere ^o -e$ -á (ue ele tinha um f&sico maleável$ foi avisado de (uen*o viveria muito (uando chegasse na terra. ;eria considerado como um A,i[u$ (ue morreria t*ologo chegasse. a divinaç*o os ANo lohe disseram 'ara fazer sacrif&cio com 1 'ato$ 1 galo e 1a,utre. 7le fez o sacrif&cio e foi 'ara o mundo aonde viveu tanto (ue ele so,reviveu a todos a(ueles

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(ue es'eravam (ue ele morresse -ovem. Assim é 'or(ue foi com'osto um 'oema em louvor a sualongevidade$ a (ual é cantada 'elos ANos até ho-e.:gun):gun `ii `u XeNe$ `angeaadag,a maadarig,o ange

;ignificando/ a,utre n*o morreu na infncia eu viverei até a velha idade avançada 'or(ue nem ochum,o a'odreceu$ nem o lat*o enferru-a.

Duando INarZ e-i surge na divinaç*o ou no :g,odu 'ara uma 'essoa doente$ este sacrif&cioes'ecial ono IfáJ será 're'arado 'ara ele$ afim de (ue a 'essoa 'ossa viver muito.

7ste é o "ltimo tra,alho (ue é dito 'ara ser feito 'or 7-i[o[o INor& antes de ele vir 'ara o mundo.7le com'Ks o seguinte 'oema antes de finalmente vir 'ara o mundo/7-i[o[o INor&Alade te-u momi [oo$ Nomi ireWo omode ,aa te-u$ moma ri aN0Wo omode ,aa te-u$ aamofa7-i [o[o INr&

Alade tee-u momi [o No omi ire 7-i [o[o INr&Pengen Pengen PengenANaade dode Ig,odo

-2I4O4O I5ORÍ - DI#INAÇÃO PARA O L-ÃOH A #ACA - O 3/ALO.

le*o$ a vaca e o ,"falo nasceram do mesmo 'ai$ (ue era o rei dos animais no céu. Duando ele 'artiu 'ara o mundo$ se fez necessário 'ara um de seus filhos re'assá)lo como rei dos animais. le*o nesse item correu ao adivinho de seu 'ai$ 7-i `o[o INor& 'ara divinaç*o. 7le foi avisado 'arafazer sacrif&cio como segue/Pogar dez 'edaços de carne de elefante no rio

;ervir sua ca,eça com 1 camale*o 'ara Euar um ,ode e contas 'ara Eu.

7le fez o sacrif&cio sem demora alguma e foi garantido (ue ele certamente tomaria o t&tulo de seu 'ai. esse meio tem'o$ a vaca sendo a mais velha dos tr%s irm*os$ n*o se incomodou em ir 'ara adivinaç*o$ -á (ue a lei de 'rimogenitura no céu a ca'acitava 'ara tomar a coroa de seu 'ai. <ortantoele foi neste meio tem'o coroado como o rei dos animais.

Xogo mais tarde a es'osa da vaca foi ao rio e viu uma grande massa de carne e a 'egou. Homo elaestava indo 'ara casa com a carne$ Eu transformou em carne fresca de elefante com sangueescoando lentamente dela. Ao mesmo tem'o$ Eu atraiu a atenç*o do le*o 'ara a 'eça de carne noto'o do 'ote de água$ na (ual a es'osa da vaca estava carregando 'ara casa. <ersuadiu o le*o a

seguir a mulher até sua casa. Xogo de'ois$ a es'osa da vaca$ rainha agora$ foi 'u,licamente acusada 'elo le*o de rou,ar sua carne.

esde (ue furto é 'unido com a morte no céu$ a vaca sou,e das conse(%ncias e ra'idamentea,dicou ao trono e esca'ou 'ara a terra com sua es'osa.

7m seguida ao re'entino desa'arecimento do rei vacaJ do trono$ o ,"falo foi o 'r0>imo convocadoa se tornar o rei$ -á (ue ele nunca es'erava se tornar rei$ ele tam,ém se dirigiu ao trono sem se 'reocu'ar em ir ao divinador. Horreto desde o 'rinc&'io$ ele era um rei muito cruel. ;em're (ue

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dois ou mais animais 'ediam)lhe 'or decis*o de dis'utas m"tuas$ ele chifrava o (uei>oso e o réumorreria. ;eu re,anho começou ent*o a fugir dele. Duando o le*o viu (ue o ,"falo tinha sidocoroado rei$ ele foi de volta a 7-i[o[o INor& 'erguntar 'or(ue sua 'rediç*o de (ue ele se tornaria rein*o tinha vindo a ser verdade. 7-i[o[o INor& avisou 'ara e>ercitar a 'aci%ncia$ mas (ue se ele(uisesse (ue a 'rediç*o se manifestasse ra'idamente$ ele deveria conseguir ter seu 'r0'rio Ifá$de'ois do (ue ele certamente se tornaria rei dentro de um 'er&odo de 3 meses. le*o 'rovidenciouseu 'r0'rio Ifá e foi INor& me-i (ue surgiu 'ara ele no :g,odu.

 este &nterim a comunidade de animais (ue estava 'er'le>a 'elo reinado agressivo e destrutivo do ,"falo$ tam,ém foram a 7-i[o[o INor& 'ara consultar o (ue fazer 'ara 'or fim ao reinado de terrordo ,"falo.

7le os recomendou (ue a'enas teriam 'az e tran(ilidade se eles tivessem %>ito na restituiç*o deseus re,anhos$ as tr%s crianças da floresta (ue tinham 'recocemente sido ,anidas 'elo rei ,"falo.7ram elas/ten ) mo Ilaragoro ) mo lode]u ) mo I-arere.

7le tam,ém lhes avisou (ue seu verdadeiro rei ainda estava se escondendo dentro de uma cavernana floresta. 7le lhes deu uma descriç*o com'leta do lugar e os animais ra'idamente foram até lá.Duando chegaram na caverna eles viram o le*o e o es'ancaram com'letamente 'ara ocultá)lo aoinvés de se unirem a ele 'ara com,ater a ameaça do ,"falo. 7ntretanto eles se -untaram em ume>ército e e>'ulsaram o ,"falo do trono e ele tam,ém fugiu 'ara a terra.

@oi de'ois da e>'uls*o (ue o le*o foi trazido = cidade em 'rociss*o triunfal com um 'ano enroladono seu 'escoço. 7n(uanto isso eles foram 'ara ten (ue teimou em ser carregado em algunsom,ros. goro tam,ém insistiu em ser levado 'ara casa em algumas ca,eças$ en(uanto -u foilevado de volta 'ara casa em algumas m*os 'or (ue eles dei>aram a cidade 'reci'itadamente.

le*o tinha estado no trono 'or (uatro dias sem 'roferir uma 'alavra. 7le estava assustado de seraçoitado de novo como eles o fizeram na caverna. Duando o le*o foi es'ancado e lhes disse aondeseu falecido 'ai dei>ara todos os instrumentos de autor&dade$ incluindo o seu ,ast*o dia,0lico.

Homo ele estava formalmente 'roclamado rei$ todos os animais se a-oelharam 'ara cum'rimentá)lotradicionalmente.

I5ORÍ M-2I D-I'A O CU PARA A T-RRA

7n(uanto no céu INor& e-i era o mais velho dos lodu de !r"nm#lá. @oi 'rotelaç*o ecom'lac%ncia (ue levaram)no = 3p 'osiç*o (uando foi 'ara a terra. Duando !r"nm#lá retornou de

sua 1p e "nica viagem a terra$ ele convocou seus 16 filhos 'ara acom'anhar o filho de outrasdivindades a terra$ 'ara construir lá uma resid%ncia 'ermanente. 7m seguida hi'0teses ele 'ro'Ks(ue fossem um a'0s outro$ ao invés de uma "nica descida. INor& e-i foi o 'rimeiro a sair 'aradizer (ue ele era t*o "til no céu (ue ainda n*o era hora de dei>á)lo$ além disso$ ele o,servou$ um ,om general n*o manda seus melhores soldados em 'rimeiro na ,atalha. 7le ent*o 'ro'Ks (uemonighorog,o$ (ue se tornou 7-iog,e na terra$ fosse o 'rimeiro a ir. :m modo de lison-ear 7-ig,e$ ele descreveu$ como sendo o "nico lodu suficientemente sociável 'ara interagirverdadeiramente com as outras divindades$ e (ue ele seria o melhor em,ai>ador da fam&lia de

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!r"nm#lá. 7-iog,e ofereceu)se 'ara ser o 'rimeiro a enca,eçar o caminho$ desde (ue ele tivesseuma ,oa raz*o 'ara ir a terra.

Homo n0s -á revelamos so,re a coroaç*o de 7-iog,e como o Gei do ia$ t*o logo ele chegou naterra$ 'or ter chegado em 'lena luz do dia.

Homo 7-iog,e n*o trou>e not&cias de suas averiguaçes na terra$ tam,ém foi INor& (ue 'ro'Ks a!r"nm#lá (ue Ze[u e-i fosse o 'r0>imo a ir 'ara a terra.

Homo -á foi mostrado so,re Ze[u)e-i$ ele nasceu = noite e foi conse(entemente coroado comoo Gei da oite. Duando ele começou a ouvir as novidades de como a vida estava 'ros'erando naterra$ INor&)e-i decidiu seguir seus dois irm*os. Assim (ue ele decidiu 'artir 'ara a terra$ osseguintes ANo fizeram a divinaç*o 'ara ele/ A[=[ar= [a moni tu[a$ Nara Niri$ -u egun$ I,a afodemi$ u a['o[o$ A['oNa no mu[o. <essoas 'otentes fazem outras 'otentes. :m altar divino estásem're co,erto em mistérios. eu 'ai me disse 'ara carregar a sacola de sucessos no meu 'escoçoe assim eu n*o entregaria a sacola da 'ros'eridade 'ara ninguém. 7stes s*o os nomes dos tr%s ANo(ue fizeram a divinaç*o 'ara INor&)e-i antes de sua 'artida.

7les o avisaram 'ara dar um ,ode a Eu e um galo 'ara sua ca,eça ou tudo (uanto ele sa,ia (ue elecomeria. 7le deu o ,ode a Eu$ um camale*o 'ara sua ca,eça e um carneiro 'ara Ifá. 7le tam,émfoi a !r"nm#lá o eus <oderosoJ 'ara o,ter sua ,enç*o.

Duando ele estava dei>ando o 'alácio divino$ ele 'ediu a eus o A['omini-e[un sacolamisteriosaJ. +endo rece,ido a mesma ele desceu 'ara o mundo.

O NA*CIM-NTO D- I5ORÍ M-2I

;eu 'ai era um indigente$ en(uanto sua m*e uma sacerdotisa divina. A m*e se chamava Pettialguém desmazeladoJ e seu 'ai era chamado A[o)[o. 7n(uanto no ventre$ ele atraiu 'resentes e

 ,enevol%ncia de tudo e todos 'ara seus 'ais. 7n(uanto sua m*e o carregou no "tero$ elafre(entemente n*o era 'ermitida a 'agar (ual(uer serviço 'restado ou mercador&as as (uais elacom'rava. 7la fre(entemente dizia (ue a criança em seu ventre era um grande sacerdote de Ifá$ e(ue deveria ser res'eitado.

 o dia em (ue nasceu$ ele chorou na frente da casa de seu 'ai$ mas o choro ecoou atrás da casa. 7lefre(entemente era dei>ado s0 'or causa do mistério (ue envolvia sua vida. ]eralmente see>traviava na floresta$ aonde usava todos os ti'os de folhagem 'ara esfregar sua ca,eça. 7le tinhaum chocalho em si 'ara (ue seus 'ais 'udessem conseguir encontrá)lo. @re(entemente au>iliava as 'essoas so,re seus 'ro,lemas. uma dessas ocasies ele recomendou a seus 'ais 'ara servirem suasca,eças mutuamente$ a fim de (ue eles 'udessem 'ros'erar. 'ai deveria usar uma galinha 'araservir a ca,eça da m*e$ en(uanto a m*e usaria um galo 'ara servir a ca,eça do 'ai. A'0s o

sacrif&cio$ seu 'rogresso foi e>ce'cional.

I5ORÍ)M-2I 3RIA POR *-NIORÍDAD- NA T-RRA.

 a chegada ao mundo$ ele desco,riu (ue seus dois irm*os mais novos$ 7-iog,e e Ze[u)e-i$ (uevieram a terra antes dele$ tinham res'ectivamente sido coroados reis do ia e da oite.

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esde o 'rinc&'io ele estava determinado a firmar a sua senior&dade celeste na terra so,re seus doisirm*os. Igualmente seu signo$ 2 dentro e 2 fora$ estava destinado a o'or)se as autor&dades de g,e eZe[u.

I I I I

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I I I I

e sua 'arte$ eles estavam igualmente determinados a im'or sua autor&dade terrestre so,re INor&.

 uma tarde INor& estava sentado na frente de sua casa (uando viu uma grande 'rociss*o sea'ro>imando. 7le viu (ue todos se curvavam em rever%ncia a um homem num cavalo$ na liderançada 'rociss*o. Duando chegara onde INor& estava sentado ele viu (ue era 7-iog,e$ 'ara (uem todasa(uelas reverencias estavam sendo feitas.

Duando ele viu 7-iog,e$ n*o do,rou seus -oelhos 'ara cum'rimentá)lo$ como todos os outrosestavam fazendo. 7le a'enas agitou o seu 'r0'rio ra,o de cavalo ro[eJ$ 'ara cum'rimentar

e-iog,e como s*o ha,ituados a fazer . 7le n*o viu 'or(ue tinha (ue se a-oelhar 'ara seu irm*o maisnovo$ 'or(ue n*o havia tradiç*o (ual(uer$ e>em'lo do irm*o mais velho$ um rei colocando seu -oelho no ch*o 'ara cum'rimentá)lo.

7-iog,e$ ent*o 'arou o corte-o e ordenou (ue se INor& se achava t*o im'ortante 'ara n*ocum'rimentá)lo como todos os outros estavam fazendo. 7le no futuro se fecharia em sua 'r0'riacasa durante o dia$ se n*o 'udesse se ver estando so, a autor&dade do rei do dia. INor& ent*o serecolheu 'ara dentro de sua casa em f"ria.

 o cair da noite ele saiu de casa 'ara andar ao redor. Duando ele foi = encruzilhada 'r0>imo de suacasa ele viu novamente outro corte-o$ no (ual enca,eçava$ Ze[u me-i$ com um ,rilho ofuscante(ue era t*o ,rilhante (uanto os raios do sol. ovamente ao invés de se a-oelhar 'ara cum'rimentar

Ze[u e-i como todos os outros estavam fazendo$ e amenos a,anou seu ro[eJ 'ara ele. asuma vez$ Ze[u lhe disse (ue se ele n*o se su-eitasse a autor&dade do rei da noite$ ele se a,steria desair de sua casa a noite.

7le ent*o retornou 'ara casa. esta maneira ele estava efetivamente 'roi,ido de sair de sua casa dedia ou de noite na(uela situaç*o. 7le nunca 'oderia sair de sua casa 'ara ir ,uscar seu '*o diário.

Duando Eu viu (ue a condiç*o de INor& estava se tornando insustentável$ ele se transfigurou emum chefe e foi até INor& 'ara avisá)lo a convidar seus dois irm*os 'ara uma reuni*o 'ara decidirsuas diferenças a ,enevol%ncia de Eu (ue 7-i[[o INor& deu)lhe antes de 'artir do céu.

INor& aceitou a recomendaç*o do chefe e convidou g,e e Ze[u$ 'ara encontrá)lo aos 'és da

 'almeira onde as divindades desceram do céu$ e através da (ual !r"nm#lá$ retornou ao céu. 7lesfinalmente se encontraram na(uele 'onto 'ara discutir seus 'ro,lemas. +anto g,e$ (uanto Ze[uinsistiram em assegurar sua su'erior&dade terrestre so,re INor&. @oi finalmente acordado (ue INor&ocu'aria a terceira 'osiç*o.

7le aceitou a 'osiç*o relutantemente. e fato é mostrado (ue ele voltou aos ANo celestes (ue oavisaram 'ara dar um carneiro 'ara Ifá 'ara 'ossi,ilitá)lo com tanta ou mais autor&dade (ue seusdois irm*os . 7le fez o sacrif&cio no céu antes de voltar a terra. A significncia es'ecial desta 'arteda vida de INor& é (ue (uando surge no ug,odu$ a 'essoa deve ser a terceira criança de sua fam&lia.

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7le deve ter reencarnado anteriormente$ ou ele deve ter morrido logo a'0s nascer$ e ter nascido denovo através dos mesmos 'ais.

 esta se(%ncia l0gica$ eu contaria (ue eu tenho uma criança (ue foi dado o seu 'r0'rio Ifá logoa'0s seu nascimento (uando ele estava a 'onto de morrer. @oi)me revelado 'or Ifá$ oito anos atrás 'or(ue ele 'erdeu sua senior&dade. 7les me 'erguntaram se eu tive uma criança antes. @oi (uandolem,rei (ue a 'rimeira criança nascida de sua m*e foi um 'ar de g%meos am,os machos. 'rimeirodas duas crianças a a'ontar morreu cinco dias a'0s o nascimento no hos'ital geral na cidade deWenin no estado de WendelJ da igéria. ois anos de'ois sua m*e teve outro menino e foi estacriança 'ara (uem Ifá havia sido 're'arado. 7le ficou ,em de'ois de com'letada a cerimKnia. ;euIfá é INor& e-i.

COMO I5ORÍ M-2I *O3R-PU2A TODO* O* *-U* IRMÃO*

e volta a hist0ria de vida de INor&$ vários anos de'ois os ANo (ue fizeram divinaç*o 'ara ele nocéu$ decidiram visitar a no,reza do mundo. A(ueles (ue n*o sa,iam seus nomes seriam levados de

volta 'ara o céu 'ara se retirar.

7les começaram a visitar os monarcas reinantes e a(ueles (ue n*o 'uderam desco,rir seus nomeseram forçados a retornar 'ara seus ancestrais no céu e todos os seus 'ertences terrestres eramconfiscados e colocados numa sacola misteriosa. a(uele tem'o muitos monarcas reinantesmorreram um a'0s o outro em circunstancias misteriosas.

e'ois de tratar com os reis$ seu 'r0>imo 'onto de visita era a casa de INor&)e-i$ (ue estavaservindo sua ca,eça$ (uando eles chegaram. 7nt*o antes$ assustado em como a morte estava aatingir os monarcas reinantes$ INor&$ consultou o seu Ifá$ (ue lhe disse ra'idamente a dar um ,ode aEu$ a fim de so,reviver ao teste (ue logo estava vindo 'ara ele. @oi)lhe dito 'ara adicionar A[ará$7[u e ca,aça de vinho de 'alma e tr%s ,ordes 'ara sacrif&cio a Eu.

7le tam,ém deveria servir sua ca,eça com uma Angola$ de'ois de fazer o sacrif&cio a Eu. 7le fezo sacrif&cio$ sem demora.

A'0s ter rece,ido suas oferendas Eu construiu um 'e(ueno (uios(ue num es'aço livre 'r0>imo daentrada da casa de INor&.

 o dia fat&dico (uando os cavaleiros TJ celestes estariam 'ara visitar INor&$ Eu organizoura'idamente e[u$ a[ará e vinho de 'alma em muitas unidades no (uios(ue. e'ois disso es'erou lá 'or algum intruso.

Xogo em seguida$ (uando os cavaleiros celestes estavam 'assando 'or lá Eu$ os convidou 'ara

 ,an(uetearem$ onde eles -antaram e ,e,eram vinho dentro do (uios(ue 'ara a alegria de seuscoraçes. medida (ue avançava a comilança ,an(ueteJ$ Eu lhes 'erguntou (ual era o o,-etivode sua miss*o no mundo $(uando eles tinham tanto 'ara fazer no céu. 7m res'osta$ eles disseram aEu$ (ue eles estavam em via-em a 'ara casa de INor&)e-i$ 'ara lhe a'licar o teste de sua vida.

;e ele fosse ,em sucedido em sa,er seus nomes$ eles o fariam um homem muito rico. ;e elefalhasse$ eles fariam retornar 'ara o céu. Eu$ mentiu 'ara eles (ue INor& era um homem 'erniciosoe (ue ele ficaria feliz em v%)lo morto 'or(ue ele tam,ém era 'resunçoso.

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Eu de (ual(uer modo os 'ersuadiu a contar)lhe seus nomes logo (ue eles tivessem matado INor&$ele ao menos sa,eria a Identidade dos homem (ue finalmente tiveram sucesso em eliminar ohomem 'ernicioso da face da terra.

mais velho dos tr%s deles 'egou tr%s ,astes dentro do (uios(ue e deu umas 'ancadas em suas 'ernas dizendo/

:`AG7$ A`A`A GA`A I +I`A ) o (ual ele disse o seu nome. 'r0>imo usou osegundo ,ast*o dizendo/^AGA ^IGI P: 7]:.

"ltimo 'egou o terceiro ,ast*o e usou em suas 'ernas revelando seu nome como/IWAGA @ 7I): A`<`<. Eu$ lhes assegurou de (ue o homem 'ernicioso teria de ir 'arao céu 'ara ser ca'az de sa,er seus nomes.

Assim$ (ue eles dei>aram o (uios(ue$ Eu$ se transformou em outra 'essoa e entrou na casa deINor& 'ela 'orta dos fundos e ra'idamente alertou a a'ro>imaç*o dos cavalheiros assassinos do céu.EsV ent*o lhe deu seus nomes 'or ordem de idade. e'ois disso Eu$ sentou)se com INor&)e-i 'ara

aguardar a chegada dos cavalheiros celestes.

 *o muito tem'o de'ois$ eles chegaram. Assim (ue eles surgiram em sua casa INor& os a,raçou$ meensinando seus nomes com ar de familiaridade$ um a'0s o outro en(uanto sacudia m*osintimamente com eles.

Assim foi como ele fez/ A`A`A GA`A I +II`A$ P:G7 G77 ^AGA IGI P: 7]: )P 7+A.IWAGA@ 7I : A`<`<)P:G7G7)7`7G:W.

7le ent*o os motivou a se sentarem en(uanto ele ia dentro do (uarto 'ara trazer)lhes ,i$ de'ois deagradecendo)lhes 'rofundamente 'or terem vindo a-udá)lo a servir sua ca,eça. +anto logo INor&

entrou Eu lhes 'erguntou se eles eram ANo e eles res'onderam (ue sim.

 este meio tem'o eles 'enduraram sua sacola misteriosa de tesouros em um 'rego no lado da 'arede da sala de estar. Duando Eu viu (ue eles tinham 'endurado a sacola$ ele lhes disse (ue tr%sdias antes um adivinho tinha dito a INor& (ue tr%s ANo de um 'a&s desconhecido o visitaria. Duandoele estivesse servindo sua ca,eça. divinador avisou 'ara INor& 'ara usar tr%s aNo 'ara servir seuIfá$ afim de (ue ele 'udesse 'ros'erar. Hom o (ue eles 'egaram seus sa'atos assustados$ dei>ando 'ara trás a sacola de tesouros.

Duando INor& saiu do (uarto com os ,i$ Eu lhe disse (ue os visitantes haviam 'artido$ eleentretanto disse a Eu$ 'ara ir chamá)los de volta. Eu chamou)os 'ara retornar e 'egar sua sacola.

as eles res'onderam (ue como recom'ensa 'or sa,er seus nomes eles dei>aram a sacola 'ara trás 'ara o ,enef&cio de INor&)e-i. 7nt*o Eu contou a INor& (ue os visitantes tinham ido em,ora en*o tinham dese-o de voltar. Eu chamou atenç*o 'ara a sacola dei>ada 'ara trás 'or eles revelando(ue era a sacola da 'ros'eridade 'ara enri(uec%)lo.

A 'rimeira vista a sacola do lado e>terior dava a im'ress*o de estar 'ingando sangue$ mas (uandoeles viraram)na foi visto (ue continha todos os ti'os de itens 'ara ri(ueza$ lates$ metais$ sereshumanos e animais de todos os ti'os e muito mais.

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INor&)e-i$ ent*o agradeceu a Eu com outro ,ode ro,usto. e'ois disso ele convocou todos osaNo inclusive seus dois irm*os$ 'ara um ela,orado ,an(uete no final do (ual ele cantou em louvoraos adivinhos celestes e houve alegria e folia.

esta maneira$ a'esar de INor&)e-i 'erder a ,atalha 'ela senior&dade$ 'ara seus dois irm*os maisvelhos na terra$ ele se tornou e>cessivamente mais 'r0s'ero do (ue os dois. ;e INor&)e-i surgir no:g,odu$ o iniciado seguramente será muito 'r0s'ero mais tarde na vida contanto (ue n*o a,andoneseu Ifá e retenha fechada uma 'arte com Eu através de im'ortantes sacrif&cios.

COMO I5ORÍ M-2I *- TORNOU UM POD-RO*O *AC-RDOT- D- I.

+endo se tornado rico ele começou a atrair a inve-a de todos os outros. 7nt*o ele foi divinador 'araum ANo chamado Atari g,ig,o mu araZen ,i o-e o ,ico ou a 'ena na ,oca de um tio[an é t*o 'oderoso como o chum,oJ.

ANo avisou 'ara fazer um sacrif&cio de um carneiro ro,usto 'ara as mais velhas da noite$ e um ,ode 'ara Eu. 7le fez os dois sacrif&cios. A'0s os sacrif&cios as mais velhas da noite tra,alharam

nele durante sete noites 'ara torná)lo 'oderoso e invenc&vel. a sétima noite elas lhe deram (uatroolhos com os (uais ver de noite.

;imultaneamente$ Eu convocou os 'oderosos donos da luz do dia$ 'ara 're'ará)lo 'or C dias. osétimo dia eles deram a INor& 4 olhos com en>ergar (ual(uer acontecimento no dia$ este é o 'or(ueele é considerado o lodu mais 'oderoso$ lodu de dia e de noite$ o (ue o faz conse(entemente 'oderoso com os reis do dia 7-iog,eJ e da noite Ze[uJ.

O* TRA3AL;O* PO*T-RIOR-* D- -2IO3-.

+*o logo ele se tornou 'oderoso e rico ele foi cercado 'or muitos su,ordinados$ (ue foram treinados

 'or eles na arte 'rática de Ifá. +endo concedido com seu conhecimento 'ara os su,ordinados elesassistiram)no fazendo divinaç*o 'ara (ual(uer um (ue viesse 'ara ele 'or socorro.

'rimeiro de seus re'resentantes era [iti to ,ere,ere maZe ) (ue fez divinaç*o 'ara ni INor&7Zo (uando sua sorte estava 'reste a ser transformada de 'en"ria 'ara 'ros'eridade. 7le avisou niINor& 7Zo$ 'ara fazer sacrif&cio com a,undncia de milho e fei-es 'or(ue ele iria 'ros'erar antesdo fim a(uele ano.

7le estava 'ara acrescentar ao sacrif&cio 1 galo e 1 'om,o ,ranco. 7le fez o sacrif&cio$ a'0s osacerdote de Ifá dividiu o milho e o fei-*o em 2 'orçes cada$ dando lhe uma 'orç*o 'ara (uelevasse com ele onde (uer (ue fosse. Ao mesmo tem'o recomendou)lhe a se movimentar de umlocal 'ara o outro. e acordo com a recomendaç*o do sacerdote/ ni INor& 7Zo$ começou a via-ar

 'elos arredores até (ue um dia ele chegou a um lugar onde os 'ássaros da floresta estavam reunidosem confer%ncia. ;0 (ue ao chegar no lugar do encontro os 'ássaros e>igiram comida dele e ele lhesdeu milho. Duando eles terminaram de comer o milho eles 'ediram mais comida e ele lhes deufei-*o. A'0s comer fei-*o eles 'erguntaram se ele tinha alguma coisa 'ara dei>ar e ele e>'licou (uen*o tinha mais nada a oferecer.

7m gesto de gratid*o os 'ássaros lhe asseguraram (ue ele se tornaria rico de'ois de corrido um ano.:m 'ássaro chamado Alu[o ANe em WiniJ$ retirou duas de suas 'enas as dando 'ara ele$ en(uanto

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o 'a'agaio tam,ém tirou duas de suas 'enas vermelhas dando 'ara ele. utro 'ássaro chamado[in o 'av*o tam,ém tirou duas de suas 'enas e lhe deu. e'ois disso ele seguiu sua -ornada.

 *o muito longe de'ois ele encontrou \g"n$ o grande guerreiro retornando do tra,alho com 2SScativos a sua frente e 2SS cativos a sua traseira todos carregando os es'0lios da guerra. Duando eleencontrou o com,oio 'arou 'ara cum'rimentar \g"n$ mas disse (ue a'esar de seu visual ,elicoso$ele carecia de dignidade e no,reza.

Eu ra'idamente ins'irou \g"n$ 'ara e>igir de ni INor& 7Zo 'ara como servir de dignidade eno,reza$ ent*o ni INor& 7Zo$ ordenou a todos os seguidores de \g"n 'ara fecharem seus olhos$ eeles assim fizeram.

7le ra'idamente colocou duas 'enas de Alu[o vermelha na corJ$ na ca,eça de \g"n.

e'ois do (ue$ ele 'ediu aos seguidores de \g"n 'ara verem o novo visual de seu mestre e senhor.Duando eles viram as duas 'enas vermelhas na ca,eça de \g"n$ todos os seus seguidorese>clamaram \g"n Uee...

(ue até ho-e é seu cum'rimento tradicional. Duando \g"n 'ediu a todos os seus seguidores 'aracomentarem so,re o seu visual$ todos ent*o comentaram (ue ele estava no,re e honorável. \g"nusa duas 'enas vermelhas até ho-e 'ara com'letar seus o,-etos.

\g"n ent*o entregou os 2SS 'risioneiros em sua frente -unto com o (ue eles carregavam 'araniNor& 7Zo$ como recom'ensa. ni INor& 7Zo ent*o seguiu sua -ornada.

7le foi 'r0>imo ao 'alácio de X@7$ (ue estava sentado em seu trono$ mais uma vez ele disseao rei (ue a'esar de ele estar vendo muita 'ros'eridade$ seu visual carecia de ma-estade e no,reza.

Duando o rei 'ediu a ni INor& eZo$ (ue demonstrasse o (ue era ma-estade e no,reza$ colocou as 'enas de [in na coroa de lofen$ ele disse 'ara a audi%ncia 'alaciana comentar do novo visual do

rei e todos eles gritaram A,a IZeoo. 7les todos confirmaram (ue ele 'arecia ma-estoso.

lofen ent*o deu 'arte de seu reino 'ara ni INor& 7Zo administrar e ele continuou sua -ornada.

7le foi 'r0>imo onde r&a qla estava sentado em seu trono divino. ovamente ele disse a r&a qla (ue a'esar dele ter autor&dade so,re todo o :niverso$ sua a'ar%ncia dei>ava a dese-ar adignidade e ma-estade. Duando r&a qla lhe disse 'ara demonstrar como dar a im'ress*ohonorável e ma-estoso$ ele disse 'ara todas as divindades 'resentes fecharem seus olhos e niINor& 7Zo colocou duas 'enas de 'a'agaio na ca,eça de r&a qla. 7les todos ,radaram$ Waa taalaa oo.

r&a se sentiu t*o contente (ue ele deu 1S unidades de cada um dos tesouros valiosos da terra.

 o final de sua viagem$ ni INor& 7Zo$ se tornou um homem muito rico$ muito mais rico (ue(ual(uer um do gru'o em volta.

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-L- - DI#INAÇÃO PARA ORAR-:

terceiro dos seguidores de INor&)e-i$ foi Aro i I['in$ (ue fez divinaç*o 'ara rare$ um 'o,re(ue estava sofrendo atrás da linha da inaniç*o$ tendo 'assado 'en"ria 'or um longo tem'o$ seu an-olhe a'areceu numa noite 'ara recomendá)lo a ir a !r"nm#lá 'ara consultar. 7nt*o foi a 7-i INor& (ue 'ediu 'ara Aroni `'in 'ara fazer divinaç*o 'ara ele. 7le foi recomendado a esforçar)se 'ara fazer

os 're'arativos 'ara seu 'r0'rio !r"nm#lá$ tam,ém lhe foi dito 'ara dar um ,ode a Eu e criar umc*o desventurado de'ois de fazer todos os sacrif&cios. 7le saiu 'ara 'rocurar dinheiro com o (ualfaria as coisas (ue foram 'edidas 'ara fazer.

A tradiç*o na cidade na(uele tem'o era (ue (uando morria o rei$ todos os homens adultos da cidadecom'rariam um c*o e o amarrariam na encruzilhada.

`o[&ro$ o le*o$ viria do céu 'ara levar em,ora um dos c*es. esse &nterim o ,a da cidade morreu etodo homem adulto começou a amarrar seus c*es em diversas encruzilhadas da cidade. rare seguiuo e>em'lo dos outros e tam,ém amarrou o seu miserável c*o na encruzilhada. 7le fez isto a'enas 'ara satisfazer o costume do 'ovo 'or(ue estava certo de (ue o visitante celeste n*o estariainteressado em seu miserável c*o.

Duando `o[iro finalmente visitou a cidade$ ele ca'turou o c*o de rare. a manh* seguinte todomundo achou seu c*o onde eles estavam amarrados e>ceto rare$ cu-o c*o tinha sido 'ego 'or`o[iro.

costume do local era (ue a 'essoa cu-o c*o fosse 'ego seria coroada o novo rei da cidade.Duando o fazedor de reis `ing a[eis$ finalmente verificou (ue era o c*o de rare (ue foraca'turado$ ele foi convocado 'ara um conclave secreto e o 're'araram 'ara a coroaç*o.

A'0s o (ue ele foi coroado como novo rei$ um ,an(uete de agradecimento foi oferecido no (ualhouve alegria geral$ e ele cantou em louvor ao ANo (ue fez divinaç*o 'ara ele.

-L- - DI#INAÇÃO PARA 4INIUN:

s (uatros seguidores de 7-iNor& foram Alastuhe `ute Atushe Arare `ure$ (ue fez divinaç*o 'ara`II: inossauroJ$ (uando outros animais maiores estavam tentando de'ortá)lo de seu 'a&snatal. 7le foi avisado na divinaç*o 'ara fazer sacrif&cio com um carneiro$ uma ca,ra e um ,ode.

e'ois do sacrif&cio o sacerdote avisou)o a ir a terra dis'utada e cercá)la com sua urina. A'0s istoele ficou em 'é no t&tulo 'ara a terra. 7le foi 'ara ficar lá e o,servou o seu su,se(entedesenvolvimento.

7le atualmente fez como lhe foi dito e circulou a terra com sua urina$ 'arou no meio e gritou (ue

(ual(uer (ue achasse certo contestar a 'osse de sua terra encontraria sua luta.

utros concorrentes$ desafiando seu t&tulo$ tinham sido vistos 'or `iniun$ durante longo tem'o elesforam a seu encalço 'ara matá)lo. Dual(uer um (ue cruzou o c&rculo de urina caiu e morreuinstantaneamente.

Duando os outros viram o (ue estava acontecendo fugiram a,andonando `iniun 'ara herdar a casade seu 'ai em 'az. 7ste é 'or(ue `iniun é descrito como 7I +: I+ ]WA :UI ^ 7GA` ]W.

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Duando surge na consulta oracular 'ara alguém lutando 'ela 'osse e 'ro'riedade de alguma coisa a(ual 'or direito lhe 'ertence$ será dito 'ara fazer um sacrif&cio similar a este e certamente vencerá adis'uta.

R-COM-NDAÇÃO AO* IL;O* D- I5ORÍ)M-2I.

 o auge de sua 'ros'eridade um sacerdote de Ifá$ visitou INor&)e-i$ o sacerdote era chamado 7IAPA WA A^A I APA WAU/ significando/ o c*o volta 'ara a casa com a 'essoa com a (uem elesaiu 'ara um 'asseio. 7le deu a INor& o seguinte aviso na forma de um 'oema/Ifá +etu omi `o Nomi ririe o['e te-u momi rire 7-i [o[o INor&.eu Ifá tem cuidado ,em de mim$7u tam,ém cuidarei ,em do meu Ifá$A 'almeira divina me 'rotege como eu tam,ém servirei !r"nm#lá com todo o meu coraç*o.

Duando INor&)e-i surge a um novo iniciado na religi*o de Ifá no :g,odu$ a 'essoa serárecomendada a servir !r"nm#lá sinceramente 'or(ue$ !r"nm#lá tam,ém cuidava ,em dele sem're.

CAPÍTULO XVI - EDI - MEJI  I I

I I I I

I I I I

 I I

7di e-i$ é um dos lodu 'oderosos na fam&lia de Ifá. 7le é muito agressivo e ,elicoso. 7n(uantono céu$ era mais conhecido 'or sua ,elicosidade do (ue 'or seu sacerd0cio. o entanto ele era umsacerdote de Ifá eficiente. o relato de suas várias atividades no céu$ ele n*o fez muito da 'rática deIfá. Ao invés disso$ a(uela 'arte de seus tra,alhos estava 'rinci'almente cheia 'elos su'licantesJ.

<or e>em'lo$ (uando dé e>terior ou foraJ foi a ele 'ara divinaç*o$ sua fortuna estava decaindo$foi um dos assistentes de Idi e-i (uem o au>iliou.

IDI M-2I AU'ILIA OD- FLADO D- ORAG A R-CUP-RAR PRO*P-RIDAD-.

su'licante chamado 7^G7 AWGk <7+7`I X I@A @: 7 IP +I^AGA 7;:.

As tr%s es'osas de de o tinham dei>ado$ (uando ele se tornou muito 'o,re 'ara satisfaz%)lasmaterialmente$ os nomes de suas tr%s es'osas eram/

1. IG7 ou -ogo ,rin(uedoJ I`: em WiniJ2. Zia ou 'razerJ oZanmNan em WiniJ3. :-o ou dançaJ ou :g,e mNen em ,iniJ.

@oi o su'orte e a coo'eraç*o eficaz de suas tr%s es'osas (ue deu a dé sua identidade. Duando elaso dei>aram ele se tornou muito insens&vel 'ara seu ,rilho$ sua vida. @oi sem dizer do (ue o Xado de@ora s0 se tornava atrativo (uando há ,rincadeiras ao ar livre$ grace-os$ m"sica e danças. As 'essoas

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saem 'ara ,rincar e dançar. <razer é manifestado 'rinci'almente na e>'ress*o de 'essoas fora desuas casas.

<ara ter de volta suas es'osas o sacerdote de Ifá avisou 'ara de fazer sacrif&cio de uma ca,ra ea,ater a segunda ca,ra 'ara um ,an(uete em sua casa. 7ra 'ara ele assar inhame no fogo e foigarantido (ue$ en(uanto o inhame estava assando$ suas es'osas retornariam 'ara ele uma a'0s aoutra. 7le fez o sacrif&cio conforme foi dito. A'0s o sacrif&cio ele 're'arou um 'ote de inhame ecolocou no fogo. s convidados 'ara o ,an(uete estavam chegando e -antando a carne$ (uando Eu$chegou em Ire e falou 'ara ela (ue foi um erro ela ter dei>ado seu marido s0 'or(ue sua fortunasofreu um ecli'se tem'orário. 7le afirmou (ue até ecli'ses eram 'assageiros e ef%meros$ de -áestava novamente na 'ros'eridade em grande caminho.

+anto o (ue muitas 'essoas -á estavam ,an(ueteando em sua casa diariamente. Eu adicionouna(uele momento a um dos tais ,an(uetes (ue estava em andamento. Eu visitou as outras duasmulheres e lhes contou a mesma hist0ria. As es'osas ent*o decidiram ir e verificar a est0ria e elas 'rocurariam o inhame cozinhando e -untariam as m*os e 're'arariam a comida.

Xogo de'ois$ todas elas ficaram satisfeitas em ficar com dé 'or ,em. Hom o retorno de suas

es'osas a 'ros'eridade de de floresceu novamente. Duando Idi e-i$ surge 'ara uma 'essoa cu-afortuna esta aca,ando$ o sacerdote de Ifá lhe dirá 'ara fazer um ,an(uete com duas ca,ras$ um 'ormeio de Ifá 'ara ,an(uetear as mais velhas da noite$ a outra 'ara fazer o ,an(uete 'ara o 'ovo emvolta dele e sua 'ros'eridade certamente retornará 'ara ele.

COMO O AM-NDOIM #-IO A *- MULTIPLICAR.

;R7IU7 `II WA7 P`: X I@A @: 7`<A$ +IX +: 7W7 WI]WA .

7le fez divinaç*o 'ara o amendoim$ (uando 'artia do céu 'ara multi'licar 2SS crianças na terra.

7['a ou amendoim n*o tinha filhos e estava ansioso 'ara 'rocriar. 7la foi a Idi e-i (ue lhe avisoua'0s a divinaç*o 'ara fazer sacrif&cio.

]alinha$ ]alo$ Gato$ <ei>e e 1 ,olsa de dinheiro. 7la fez o sacrif&cio a'0s o (ual levada 'ara afazenda 'ara ser lavrada. 7la su,se(entemente teve 2SS crianças$ a fam&lia amendoim se tornoumuito 'r0s'era.

IDI M-2IH - DI#INAÇÃO PARA O *<M-N - PARA A M-N*TRUAÇÃO -MININA.

;7G G7X7WGA D:7 H7 ; +7<;/ 'lantas e animais n*o 'rocriavam$ damaneira (ue n0s conhecemos ho-e. A'0s a criaç*o dos homens e das mulheres$ eles a'enas viviam

 -untos sem sa,er como 'rocriar. 0s -á vimos uma sino'se de como Eu re'osicionou a 'élvisfeminina da testa 'ara o meio das 'ernas da mulher. A mulher n*o sa,ia o (ue fazer com a sua 'élvis e o homem n*o sa,ia (ue seu '%nis estava destinado 'ara além da res'iraç*o.

es'erma e a menstruaç*o (ue tinham ent*o identidades se'aradas foram divinados 'ra casa de Idie-i$ onde eles encontraram seus criados chamados.]A @Gk ; ;I`I @;7 ; U7]W7@I A]W77 ]W77 7PI ; X7W7IW 7@: WAX7 7 G:: G::

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A^ X I@A @: A+ : 7`:: 7 WIJ AW:@: A;7 : 7R7 7 WII.

;%men e menstruaç*o am,os estavam ansiosos 'ara sa,er como 'rocriarem. eus os tinha criadoenviando)os 'ara usar sua 'r0'ria intelig%ncia$ 'ara dar um -eito de como 'rocriar. Am,os foramavisados 'ara fazer sacrif&cio com um ,ode$ ao s%men foi dito 'ara adicionar efun gizJ$ galo ,ranco$ 'ano ,ranco$ 'om,o ,ranco e o[ro (uia,oJ. enstruaç*o 'or outro lado era 'ara adicionargalo vermelho e sun 'ara seu 'r0'rio sacrif&cio.

<rovidenciaram todo o material sacrificial e os sacerdotes usaram 'ara 're'arar um remédio 'araeles comerem.

e'ois disso foi dito ao es'erma 'ara ir viver com o homem$ en(uanto (ue 'ara a menstruaç*o foidita 'ara visitar a mulher e ficar com ela 'or cinco dias a'0s o dia 3S de cada m%s.

Assim é como nos transformamos a criança de es'erma e menstruaç*o$ através do homem e mulher.

7ste é o ti'o de remédio cu-o sacerdote de Ifá 're'ara 'ara (uem esta ansioso 'or 'rocriar.

IDI M-2I COMO UM NOT#-L LUTADOR.

Homo foi e>'licado anteriormente Idi e-i era famoso ou '",lico no céu mais 'or suacom,atividade do (ue 'or sua 'rática de Ifá. ;ua 'e(uena tarefa diária consistia em desafiar asdivindades mais fortes do céu 'ara lutarem e (uase invariavelmente$ ele sem're saia vitor&oso. 7leera ha,ituado a sair de casa de manh* 'ara gritar/ X]WA ) .

:m dia (uando ele gritou Xoog,an)oo. 'r0'rio rei da morte saiu 'ara desafiar Idi e-i 'ara umacom'etiç*o de luta romana com uma res'osta sarcástica e menos'rezante$ Idi e-i$ disse ao rei damorte$ (ue ele n*o estava acostumado em lutar luta romana com um ser maneta$ 'or(ue ele n*oteria o'ortunidade de mostrar a sua su'erior&dade de sua força. 7le insistiu (ue aceitaria de criaturas

com mais de uma ca,eça.

+*o logo as novidades circularam$ (ue Idi e-i s0 lutaria com 'essoas carregando mais de umaca,eça$ uma divindade com duas ca,eças saiu 'ara encontrá)lo.

Assim (ue ele aceitou o desafio ele arrancou uma de suas duas ca,eças dei>ando com uma.7>'licando seu o,-etivo declarando (ue ninguém tinha o direito de carregar mais de uma ca,eça$estava determinado a forçar mais dos ha,itantes do céu a criaturas com uma ca,eça.

 o dia seguinte$ a divindade com tr%s ca,eças saiu 'ara desafiar Idi e-i$ e ele arrancou suas duasca,eças dei>ando)o com uma. 'rocesso continuou até ele encontrar 'or acaso a divindade comnove ca,eças. 7sta foi a 'rimeira a sair de manh* 'ara desafiar Idi e-i$ gritando Xoog,an)oo...

Duando Idi)e-i aceitou$ ele ra'idamente arrancou oito das ca,eças e>tras da divindade$ mal fezseu o'onente cair no ch*o e ent*o ele estava em 'é novamente 'ara com'rometer Idi e-i$ 'ara asegunda luta.

 este meio tem'o A-ala$ 'or outro lado conhecido como Ag,ede)\g"n$ (uem é o modelador deca,eças do céu$ alegrou)se (ue en(uanto I-i estava no céu ele teria tra,alho em a,undncia 'arafazer.

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7le estava no local de -ulgamento de com'etiçes$ (uando A-ala viu (ue a dis'uta estava setornando forte$ ele tem um o>imoro figura de linguagem (ue re"ne 'ro,lemas a'arentementecontradit0rios.J 'ara Idi

r&entado com uma e>'ress*o (ue A-ala conhecia como 'ara 'artir mais das 'artes do cor'o salvo acoluna verte,ral. A(uele foi o sinal 'ara Idi atacar seu o'onente 'ela coluna verte,ral.

Idi$ imediatamente rece,eu a mensagem erguendo seu o'onente na coluna verte,ral$ e ele caiu noch*o. A'0s destroçar seu o'onente Idi$ foi 'ara casa com as es'osas e as 'ro'riedades de todosa(ueles (ue su,-ugou$ como era de costume no céu. A "ltima divindade (ue ele destruiu foi o Alarádo céu.

Hhegando em casa Idi convocou todos os ANo do céu e lhes disse 'ara revelarem o nome da es'osade Alará $a "ltima mulher (ue ele herdou de suas contendas.

;eu nome era WXA ^: I ) significa$ minha es'osa favor&ta.

eclarar seu nome literalmente conotaria um dese-o de seduzir a mulher a (ual a'anhou a 'essoa

revelando seu nome com Idi.

 inguém mencionou seu nome da(uela forma$ 'ois (ual(uer um (ue o fizesse era desafiado 'araoutra lança$ fi>ando a luta em ch*o 'edregoso. +odos a(ueles (ue 'assaram 'or esta 'rova de fogofalharam e Idi confiscou todos os seus o,-etos 'essoais neste 'rocesso$ até (ue veio = vez deXI]RAGAWA@7$ (ue tinha sido avisado na divinaç*o 'ara oferecer uma ave 'ara sua ca,eça$ e 're'ará)la com 7[o. 7le tinha sido avisado 'ara dar as 'atas da ave 'ara seu 'rimeiro visitante namanh* seguinte ao sacrif&cio 'ara sua ca,eça.

<or vez ele foi 're'arar outro sacrif&cio$ 'ara Eu com 'udim de (uia,oTJ e outros o,-etosescorregadios. 7le tam,ém foi avisado 'ara insistir (ue ele s0 lutaria no alto de uma ,ande-a de Ifáchamada A['a[o$ na manh* da ,atalha de lig,ara,afe com Idi$ o "ltimo enviou seus tr%s filhos/

Hhamados I,oru$ I,oZe$ I,osise 'ara visitar lig,ara,afe e convocá)lo 'ara visitá)lo 'or(ue eleestava muito doente.

Duando os garotos chegaram = casa de lig,ara,afe$ ele lhes disse 'ara informar a seu 'ai (ue ovisitaria$ t*o logo colhesse algumas folhas do mato 'ara seu tratamento.

Homo os garotos estavam 'restes a 'artir$ ele lem,rou da 'ata da ave$ (ue lhe tinha sido avisado 'ara dar 'ara (uem (uer (ue fosse o 'rimeiro visitante na(uela manh*.

7le ra'idamente chamou os garotos de volta e convidou)os a comer algo antes de retornarem 'aracasa. 7les comeram 7[o e as 'atas da ave$ de'ois de comerem o mais velho dos tr%s filhos de Idi

recordou a seus outros dois irm*os (ue ninguém matava um anfitri*o a'0s ter gozado de suahos'italidade. 7m outras 'alavras/ a lei no céu era (ue ninguém deveria matar uma 'essoa a'0scomer sua comida. Hom a(uilo eles resolveram revelar todos os segredos de seu 'ai 'aralig,ara,afe se salvar das ma(uinaçes de seu 'ai. 7les lhe ensinaram o meio correto de 'ronunciaro nome de WolaNunmi$ ,em como o local no ch*o rochoso no (ual 'rendeu o ['arere$ ou es'etarao ch*o da cmara 'rivada de seu 'ai (ue é no dreno de água :rara men em ,ini e r&ole emUor",aJ$ em cu-o 'onto uma r* era usada 'ara o sacrif&cio toda manh*. 7les tam,ém lhe disseramcomo 'osicionar seu A['a[o$ avisando o (ue assim (ue seu 'ai 'arasse$ (ue ele deveria 'roclamar(ue havia ca&do$ com isto os garotos foram 'ara casa. Duando lig,ara,afe$ foi = casa de Idi ele se

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(uei>ou so,re sua doença$ mas lhe disse (ue antes de fazer alguma coisa 'ara curá)lo$ ele 'rimeirorevelaria o nome de sua es'osa como 'rova de sua ha,ilidade. lig,ara,afe$ ra'idamente 'erguntou)lhe$ n*o era a antiga es'osa de Alara chamada de WolaNo `'e :Na Peon ANon aNo$ (ueé a "nica mulher (ue atrai o sacerdote de Ifá Idi ficou a,orrecido e desafiou lig,ara,afe 'ara umadis'uta no C_ dia. lig,ara,afe re'licou (ue n*o havia motivo 'ara es'erar 'or sete dias$ 'or(ue eleestava 're'arado 'ara lutar ali e 'or isso sem mais nenhuma 're'araç*o$ Idi$ entretanto insistiu (uen*o estava ,em o suficiente 'ara lutar$ eles deveriam mant%)la sus'ensa até o C_ dia.

@oi com,inado e com a(uilo$ lig,ara,afe tirou as folhas (ue 're'arou 'ara Idi$ deu)as a ele$dizendo)lhe como usá)la e saiu da casa. Antes de 'artir lig,ara,afe notificou (ue o nome deWolaNimi$ verdadeiramente (ue se falhasse em restitu&)la 'ara Alara$ ele 'erderia sua 'r0'ria vida 'or causa de sua saudaç*o.

 o C_ dia$ lig,ara,afe retornou a casa de Idi 'ara lutar$ t*o logo começou a dis'uta$ Idi sentou)seno A['a[o de lig,ara,afe$ o (ual se tornou dif&cil 'ara o "ltimo no manusear sem sa,er o (uefazer em seguida$ lug,ara,afe tirou seus instrumentos divinat0rios e consultou)os e foi avisado 'ara ra'idamente oferecer um ,ode a Eu$ a (ual ele fez fritando a carne e colocando em frente aIdi$ (ue ent*o estava faminto de seu assento na ,ande-a de Ifá. 7le tam,ém foi avisado 'ara usar um

 'om,o 'ara sacrificar o (ual ele assou)o com 0leo de 'alma a'0s o (ue amarrou o num ,ar,antesus'endendo)o acima da onde estava sentado Idi. leo do 'om,o estava 'ingando na ca,eça deIdi. Duando este olhou 'ara cima e viu o 'om,o assado.

Duando Idi se levantou 'ara alcançar a carne$ lig,ara,afe ra'idamente 'u>ou seu A['a[oli,erando)o de Idi. Idi viu ent*o a encantadora carne de ,ode na frente dele. Assim (ue ele selevantou 'ara arrancá)la 'ara comer$ seu o'onente finalmente retirou seu A['a[o. +*o logo Ididesco,riu o (ue lig,ara,afe tinha sucesso em recu'erar seu A['a[o$ ele admitiu (ue seu o'onentetinha 'assado em todas as 'rovaçes$ mas (ue havia uma final 'ara ir. 7le convocou)o a cravar sualança no ch*o de sua cmara secreta. lig,ara,afe ra'idamente viu a água drenada e ele fincou alança ali e 'rendeu. o final da dis'uta Idi 'roclamou (ue seu tra,alho no céu tinha sidocom'letado$ tendo encontrado alguém t*o forte$ es'erto$ e inteligente (uanto ele mesmo.

7le ent*o decidiu (ue era o momento de 'artir do céu 'ara a terra. Homo todos os outros tr%scom'anheiros lodus tinham feito antes dele.

Duando Idi e-i surge no :g,odu$ ele deverá ser avisado de fazer sacrif&cio afim de (ue n*o sofra 'ro,lemas com crianças. Duando sai na divinaç*o$ a 'essoa deverá ser avisada 'ara guardar)se dediscutir so,re uma mulher. 7le deverá ser alertado de oferecer um ,ode a Eu$ a fim de ter sucessona discuss*o inevitável. 7le tam,ém deverá fazer oferenda 'ara sua ca,eça e 'ara \g"n.

Duando surge na divinaç*o com ['ele a 'essoa devera ser avisada (ue está se 're'arando 'arauma -ornada na (ual deverá a,ster)se de em'reender. as se é necessário ir$ ele deverá servir \g"n$antes de em,arcar. 7le será convocado a 'artici'ar de conversas nas (uais ele n*o deverá travar sem

 'rimeiro servir \g"n.

IDI M-2I PART- PARA A T-RRA.

Idi era t*o conceituado (ue ele nem se incomodou em fazer (ual(uer divinaç*o mais im'ortanteantes de em,arcar em suas façanhas. 7le n*o via o 'or(ue deveria ir 'ara a divinaç*o com sacerdotede Ifá inferior ou divindades.

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<or outro lado ele estava sem're certo (ue sua ha,ilidade e 'oder o acom'anhariam através detodos os desafios. Duando ele concluiu (ue era hora de 'artir do céu 'ara a terra$ decidiu via-ara'enas com seus dois instrumentos essenciais de 'oder e autor&dade$ a 'edra de raio e o forte ventoescaldante.

7stes s*o instrumentos usados 'ela divindade do trov*o =ng0J$ e a divindade do metal \g"nJ$am,os os instrumentos estavam em,utidos dentro de suas ca,eças. Duando seus seguidores viram)no 'artir 'ara a terra sem nenhuma 're'araç*o maior$ alguns deles se -untaram e fizeram se lem,rar(ue ele nunca teria uma es'osa de sua escolha como teve no céu.

7les lhe disseram (ue -ustamente 'or isso -á (ue estava rumando 'ara ir através da vida na terra sema es'osa de seu 'r0'rio dese-o$ ao menos (ue ele fizesse sacrif&cio de um ,ode 'ara Eu e umaangola 'ara seu guardi*o.

7le retor(uiu (ue se ninguém era ca'az de su,-ugá)lo no céu$ (uem (ue 'oderia se o'or a ele ou 'ará)lo em seu caminho.

7le -urou (ue estava indo e>ecutar na terra feitos similares como gravou no céu. 7les lhe disseram

 'ara recordar a influ%ncia rom'ente de todas as outras divindades$ as (uais detinha degradado nocéu. 7le seria im'otente 'ara su,-ugá)las na terra$ -á (ue elas chegaram lá antes dele. 7ntre seusre'resentantes (ue lhe davam alerta estavam/

A,ini Xr&gi)mo igi ri mu$7do ['ini ni mon-e 7do o[e ni mo mu.[uro ni ag,ig,o.

7le nasceu na terra 'ara um 'ai (ue era sacerdote de \g"n e uma m*e (ue a sacerdotisa era de=ng0. 7le saiu do "tero com uma 'edra de raio e um alto forno$ os (uais foram reservados 'ara elecrescesse.

 a idade de 1S anos ele -á estava lutando com adolescentes (ue eram alguns anos mais velho do(ue ele. inguém 'oderia tocar alguma vez o ch*o com suas costas. ;e tornou t*o violento (ue todomundo estava com medo dele. @oi a'elidado de o invenc&vel.

7n(uanto isso$ ele tinha ido guardar os ,astes (ue tinha trazido do céu num lugar secreto onde serefugiou 'ara usá)los de tem'os em tem'os. :m dia viu seu 'ai se 're'arando 'ara servir suaca,eça com um c*o. isse ao 'ai (ue era 'roi,ido servir a ca,eça com 1 c*o. 7le levou ao lugaronde guardou seu alto forno e a,ateu o c*o. Duando o 'ovo 'resente contestou sua aç*o$ lhes disse 'ara ir ao lugar onde ele sacrificou o c*o e verificar se eles n*o encontrariam uma ca,ra viva lá.

c*o tinha sido transfigurado em 1 ca,ra viva e foi trazida a seu 'ai 'ara servir sua ca,eça. umasegunda ocasi*o ele e sua m*e estavam 're'arando 'ara vir servir a sua ca,eça com uma ovelha.

as uma vez ele disse$ (ue era 'roi,ido servir a ca,eça com uma ovelha. 7nt*o a levou 'ara ondedei>ou sua 'edra de raio e sacrificou)a. 7le foi de novo contestado 'elos mais velhos ao redor e lhesdisse (ue onde sacrificou a ovelha eles achariam 0leo de 'alma com um galo. 'ovo coletou o 0leoe o galo$ e a m*e ofereceu)os a sua ca,eça$ en(uanto ele a or&entou 'ara ,e,er o 0leo.

 este estágio ele contou a seus 'ais (ue veio do céu 'ara relem,rá)los de suas divindades 'atronas/\g"n e =ng0$ os (uais haviam ignorado. 7nt*o ele deu o alto forno 'ara seu 'ai re'roduzir todas asaçes manufaturamento do ferro e aço e deu a 'edra de raio 'ara sua m*e usá)la em suas tarefascomo uma sacerdotisa de =ng0.

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7ste re)desco,rimento de seus caminhos de destino ra'idamente os transformou em uma du'lafamosa e 'r0s'era. @oi Idi (uem ensinou o mundo como servir \g"n e =ng0 e acreditar (ue ele foio 1_ du (ue trou>e a cerimKnia das duas divindades 'ara a raça humana. e'ois (ue ele 'artiu dacasa de seus 'ais e vagou no coraç*o do mundo. nde (uer (ue ele fosse ninguém 'ode su,-ugá)lo.

as estava muito temeroso (ue ninguém (uisesse casar)se com ele nem fazer homem algumconviver com ele. Duando ele desco,riu$ (ue tinha se tornado efetivamente ostracizado$ a,andonoutodas as cidades$ vilas e ha,itaçes humanas e construiu um a,rigo 'ara si 'r0'rio no coraç*o dafloresta. Assim (ue iniciou sua vida na floresta foi considerado um homem mau.

7m seu novo lar$ 'lantou árvores de [ola$ árvores de noz nogueiraJ e 'ereiras. 7las logo crescerame começaram a 'roduzir frutos. :ma noite seu an-o guardi*o$ surgiu em sonho 'ara lhe dizer (ueestava sofrendo tantas 'rivaçes 'elos sacrif&cios (ue se negou a fazer no céu. guardi*o lhe disse(ue em,ora fosse ficando tarde$ visto (ue ele era um homem velho$ ele$ no entanto faria osacrif&cio.

;em sa,er (ue estava falando com ele$ decidiu na manh* seguinte$ consultar seus I[in divinat0rios efoi seu 'r0'rio sinal de Ifá (ue surgiu$ com'reendeu (ue foi seu guardi*o (uem sugerira 'ara ele

durante a noite. o 'rocesso de venda de suas frutas$ foi ca'az de com'rar 1 ,ode 'ara Eu$ e 1angola 'ara seu Ifá$ mais tarde a'esar de tardiamente fez seu sacrif&cio. e'ois de 'roceder com osacrif&cio$ novamente consultou seu Ifá$ (ue lhe disse (ue alguma coisa enérgica iria acontecer nacidade e (ue ele teria (ue desem'enhar uma funç*o decisiva. esse &nterim a filha mais velha do,a estava tendo um 'arto dif&cil.

+odos os sacerdotes e sacerdotisas das outras divindades haviam falhado na tentava de fazer nascero ,e,%. Duando n*o houve outro aNo ao redor 'ara ser convocado$ Eu invadiu a mente de um dosconselheiros do ,a$ (ue imediatamente recordou (ue Idi 'oderia ser convocado 'ara tentar suam*o no 'ro,lema. Idi foi ra'idamente chamado e chegando ao 'alácio 'egou sua sacola dedivinaç*o A['o ini-e[un$ e a'anhou algumas folhas. 7nt*o 're'arou as folhas e acrescentou seuIZerossun '0 divinat0rioJ$ de'ois disso re'etiu a seguinte entoaç*o 'ara (ual os sacerdotes de Ifá

usam neste dia 'ara au>iliar a mulher em 'arto tra,alhoso.

A^ XAA@I GAW7 +AA@I A7 X` ]WAA 3J7 A P: ]A GA ^: 3JG:` +AA `<7 W 3JI@A AW7^ `<A A 3JAXA Gk;A +I ]W7 X7 ;I: 3J7+: X W ]W G Gk+7 7P7 ^AU7.

7n(uanto ele estava re'etindo este encantamento usava as folhas 'ara lavar o a,dKmen da mulherde'ois fazendo ,e,%)la até o fim. Assim (ue mencionou a "ltima estrofe do 'oema a criança$ -untocom sua 'lacenta sa&ram ao mesmo tem'o. "nico motivo 'elo (ual eu tive 'ara revelar esta

encantaç*o$ é 'ara demonstrar o significado dos encantamentos em geral.

;erá relem,rado (ue foi Idi no céu (uem deu a 'ossi,ilidade 'ara o <%nis do homem e a <élvis damulher 'roduzirem uma criança. a terra ele a'enas recordou a vagina (ue era a'enas indicadacomo 'assagem 'ara o nascimento da criança$ trazendo)a 'ara fora do "tero.

A ess%ncia total do encantamento é 'ara recordar a raz*o do ser no celeste e seu 'a'el$ e da& emdiante o seu 'oder de ser convocada 'ara com'ortar)se como dese-ado.

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+*o logo a mulher deu a luz = criança$ sete dos chefes do 'alácio ficaram maravilhados (ue umhomem (ue foi ta>ado de lunático$ tinha t*o grandes 'oderes. ;eu mérito foi a'reciado e a'enasa'0s ter feito o sacrif&cio 'ara com'ensá)lo$ o ,a lhe deu uma (uantidade de dinheiro ,em como$1 homem e 1 mulher$ -á (ue ele estava t*o velho 'ara re'roduzir$ ele disse ao homem e a mulher 'ara viverem com ele como marido e mulher 'ara o resto de sua vida.

:ma vez seu mérito tendo sido reconhecido sua casa foi fre(entada 'elo 'ovo (ue tinha todo osti'os de 'ro,lemas e ele foi ca'az de au>iliá)los. 7le realmente rece,eu o t&tulo dado 'elo ,a eeste lhe disse 'ara transferir seu a,rigo 'ara a cidade de Ile Ifé. a cerimKnia de inauguraç*o emsua nova resid%ncia$ ele cantou em louvor ao seu aNo no céu$ lamentando 'or ignorar seus avisos$na canç*o ele avisava ao 'ovo 'ara fazer seus sacrif&cios descritos$ a fim de evitar sofrer todos osti'os de fato$ 'or(ue ele tinha 'lantado a safra (ue outros estavam vindo 'ara colher$ -á (ue n*oestava dei>ando ninguém na terra 'ara colher sua herança. Idi é reconhecido 'or ter arre,anhadomuitos seguidores a'0s ter retornado 'ara o céu.

IDI CURA UM AL-I2ADO - UM ;OM-M C-O.

+endo finalmente se esta,elecido$ Idi logo 'egou alguns au>iliares e assistindo em seus tra,alhosdivinat0rios entre as 'essoas estavam/II II WAGA`A+A$ G ]WIGI ]WIGI$ `:`: ]WIGI$ A]AA W:X7 AG7G7P7$ @: : WA `P7.

Holheram frutos e fizeram divinaç*o 'ara um homem alei-ado e um homem cego$ (ue eram muito 'o,res. @oram a Idi e-i 'ara au>iliá)los e lhes disse 'ara dar um ,ode a Eu$ o alei-ado tinha vistouma ca,eça de ,ode em algum lugar. esde (ue ele nem imaginava como eles 'oderiam arran-ardinheiro 'ara com'rar um ,ode vivo ele moveu)se lentamente 'ara coletar a ca,eça onde ele tinhavisto anteriormente.

;u,se(entemente eles ofereceram a ca,eça de um ,ode a Eu$ e a 'romessa de lhe trazer 1 ,ode

vivo (uando fossem 'r0s'eros o suficiente 'ara conseguir um. este &nterim eles continuaram aviver na 'en"ria. is'ostos a finalizar seus sofrimentos eles traçaram um 'lano 'ara cometer umsuic&dio m"tuo. :m dia eles 'artiram 'ara o rio$ o cego refugou$ dizendo (ue n*o 'odia ver seucaminho 'ara o rio. 7le ent*o sugeriu (ue 'rimeiro o alei-ado 'ularia no rio$ 'ara (ue o ,arulho deseu im'acto na água mostrasse (ual a direç*o 'ara se -ogar no rio.

Hom a(uela sugest*o o alei-ado se arrastou e 'egou uma imagem de lama feita 'elas formigas:lelefe em ,iniJ$ se dirigiu 'ara a ,eira do rio$ fez seus "ltimos votos de des'edida 'ara o amigo elançou a imagem de lama no rio$ desta maneira saltando 'ara enganar seu amigo cego. homemcego chamou)o muitas vezes$ mas n*o houve res'osta. 7nt*o com'reendeu (ue ele tinha se -ogado$de'ois lamentando (ue estava indo morrer na miséria e na 'rivaç*o$ conse(entemente sofrendo 'ara o fim. 7le começou a tatear o ch*o com sua ,engala em direç*o a (ual o alei-ado estava

su'ondo haver se lançado no rio. Hhegando lá usou sua ,engala de tatear continuamente no ch*oduro$ continuou ,atendo (ue marcou$ n*o sa,endo (ue de fato furou as 'ernas do alei-ado de (uematé a(ui as 'ernas dormentes reco,raram a vida. antigo alei-ado era ca'az de ficar em 'é. Homo ocego estava tateando o ch*o em direç*o ao rio$ estava gritando (ue um homem 'ara morrer 'recisava fazer uma "ltima tentativa. 7n(uanto o alei-ado estava levantando$ ele gritou (ue umhomem cego estava tentando matá)lo$ e assim ficou em 'é e esta'eou o homem cego$ (ue tam,éminstantaneamente recu'erou a vis*o.

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Homo eles estavam res'onsa,ilizando cada um o outro$ se a,raçaram e começaram a se alegrar$am,os caminharam 'ara casa 'ela 'rimeira vez com'letamente curados$ e 'rocuraram 'or dinheiro 'ara com'rar o ,ode o (ual eles ofereceriam a Eu$ sem nenhuma demora. @inalmente eles foramagradecer ao velho Idi 'ela divinaç*o eficaz (ue ele fez 'ara am,os.

A CURA DO C-O - A ;RNIA MAOADA.

UI @7G7G7 I @7 ) @ez divinaç*o 'ara Idi e-i$ (uando nova criança nasceu na sua casa.

7le convocou Aru[u[u +aa[u$ aNo ono Alara e Aru[u[u +aa[u$ aNo ono I-ero. ANo Alara tinhahérnia$ en(uanto ANo I-ero era cego. Idi convocou os dois 'ara 'artici'arem da divinaç*o$ decerimKnia do nome da nova criança. ANo I-ero AdeveJ$ foi o 'rimeiro a chegar e ele 'rosseguiumais uma vez 'ara a divinaç*o com I[in 'ara a criança$ como ANo Alara estava vindo e ele ouviu osom dos I[in$ imediatamente declarou do lado de fora (ue o ANo (ue estava divinando sem es'erá)lo tinha Rérnia. Adeve ouvindo a 'roclamaç*o do aNo recém)chegado$ disse (ue o ANo (uedeclarou seu 'ro,lema era ele mesmo cego de um olho. Adeve 'erguntou 'ara o aNo de fora dacasa$ o (ue ele devia fazer 'ara curar sua hérnia. @oi dito 'ara servir seu 'ai falecido com um

carneiro. 7m res'osta o ANo cego 'arcial 'erguntou de dentro o (ue ele deveria fazer 'ara curar oolho cego. 7le foi recomendado de servir sua ca,eça com um galo. aNo caolho foi 'ara casa semver seu colega. Adeve tam,ém a,andonou sua tarefa divinat0ria$ e foi 'ara sua casa servir seu 'ai. Duando ele estava servindo seu 'ai com um carneiro$ o animal escoiceou um de seus mem,rostraseiros e 'isou sua hérnia$ o 'us da hérnia dos test&culos arre,entou e começou a vazar$imediatamente desmaiou e caiu de cama 'ara re'ousar sem terminar o sacrif&cio. o momento em(ue ele levantou da cama a hérnia tinha ido.

Duando o outro ANo caolho$ foi 'ara casa 'ara servir sua ca,eça com um galo$ ele estava rezando 'ara sua ca,eça e soltou um de seus dedos (ue acertou seu olho ruim e no meio de uma dor severaele recu'erou o uso de seu olho cego. e suas res'ectivas casas cada um deles$ a'0s ser curado desuas afliçes$ decidiram ir agradecer Idi e-i$ em sua casa. s dois ANo se encontraram 'ela

 'rimeira vez (uando estavam cruzando o 'ort*o logo na chegada da casa de Idi e-i. A'0s asa'resentaçes formais$ eles se a,raçaram e -untos decidiram com'letar a divinaç*o 'ara a novacriança.

Hhegando lá am,os agradeceram a !r"nm#lá 'elos seus 'r0'rios milagres.

 CAPÍTULO XVII -OBARA -MEJI  I I

I I I I

I I I I

I I I I

CONU*ÃO - D-*-NT-NDIM-NTO COM-ÇARAM COM O* CINCO OLODU* DO CORPO-N-AL,ICO D- I.

Hom os 'rimeiros (uatro lodus ]W7$ U7`:$ I^Gk$ IIJ$ se seus signos s*o marcadosdo,rados acima ou a,ai>o$ eles conservar*o suas identidades. @oi com ,ara (ue do,rando os seus

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sinais inferiores$ começou a dar uma nova nomenclatura. ;e o sinal de ,ará é do,rado de ca,eça 'ara ,ai>o$ ele se torna [anran. F assim com os 11 lodus restantes de !r"nm#lá$ 'ortanto foi,ará e-i$ (uem determinou (ue antes de dar comida 'ara !r"nm#lá$ o ofertante é o,rigado aim'lorar)lhe a aceitar a comida.

;e é rato$ 'ei>e$ galinha$ ou ca,ra$ o ofertante deverá im'lorar a !r"nm#lá de -oelhos antes de ele 'oder aceitar alguma comida.

7ste é 'or(ue (ue é dito (ue n*o é dif&cil im'lorar 'elo favor da divindade 'atrono de alguém.,ara e-i é famoso 'or seu interesse 'elas 'o,res criaturas de eus. As 'essoas se iludem com afilosofia frágil e frustrada de (ue há virtude na 'o,reza material. 7le demonstrou (ue o destino dascriaturas era sua 'r0'ria escolha e (ue se ou n*o uma 'essoa 'ermanecesse 'o,re era mérito de seusesforços 'essoais. Duando o cKco via-ou do céu 'ara a terra$ com sua outra irm*$ a 'almeira real$am,os foram = divinaç*o com um aNo chamado P77 @I I R77. nome de ,ara e-i no céuera Peen fi di hee.

7le fez divinaç*o 'ara eles e os avisou 'ara fazer sacrif&cio 'rescrito na terra$ am,as irm*s secasaram de (ue é foraJ. A coconut$ muitos frutos com os (uais fez dela a favor&ta de todas as

 'essoas.

<or outro lado = 'almeira real$ a'esar de ser muito mais ,ela (ue sua irm* coconut$ 'ermaneceu umo,-eto de meia decoraç*o 'ara seu marido$ carente de algum significado 'ara mais alguém. 7latam,ém fez divinaç*o 'ara a r* (uando estava vindo 'ara o mundo. Avisou 'ara a r* fazer o mesmosacrif&cio 'rescrito 'ara as irm*s 'almeiras. 7la o fez$ e começou a se multi'licar$ assim (ue chegoua terra. e'ois de a-udar muitos outros no céu$ ele viu muitos 'o,res na terra$ e decidiu vir 'ara omundo 'ara levar)lhes a 'ros'eridade.

<rimeiro ele foi = divinaç*o com um sacerdote de Ifá chamado :GG7 ` XAAA]WA$]W]W ^ X AAXA ^7`7 ^7`7. :rore$ avisou 'ara fazer um sacrif&cio com(uatro 'om,os e 1 'eça de 'ano ,ranco afim de (ue a felicidade e ri(ueza o acom'anhasse 'ara

 ,eneficiar o mundo.

A DIÍCIL TRA#-**IA DA PRO*P-RIDAD- PARA O MUNDO.

Duando o rei da orte teve not&cia (ue a(uele "nico ANo$ estava vindo em com'anhia da 'ros'eridade e da ri(ueza 'ara a terra$ decidiu 'arar (uem (uer (ue fosse. *o sa,endo e>atamentesa,er (uem era$ decidiu colocar todos os ANo no céu$ 'ara testar so, 'ena de orte. +inha 14 deseus conselheiros com ele. este meio tem'o o Gei da orte vestiu a rou'a de sua es'osa (ue é adoença e tornou)se t*o doente (ue seu cor'o até mesmo viu a rou'a dos antigos$ começou atransmitir uma dor muito desagradável. 7le tam,ém 're'arou uma (uantidade de ,i$ (ue naverdade eram ovos$ e 'e(uenos ,arris de vinho$ contendo urina de carneiro 'ara testar seus

convidados. 7nt*o convidou os ANo celeste um a'0s o outro 'ara vir curá)lo. eu a cada um delessete dias 'ara curá)lo$ caso falhassem n*o retornariam 'ara casa.

Assim (ue algum ANo visitante chegou$ orte deu)lhe ,i 'ara a,rir como uma 'rova de suagrande ha,ilidade$ muitos deles falharam no teste de a,rir o ,i$ e eram imediatamente colocadosna cadeia. s 'oucos (ue 'assavam no teste do ,i$ revelando)lhe o (ue realmente era$ um ovo. *o so,reviveriam ao real teste de cura$ 'or(ue a maior&a deles (ue tentou administrar remédios aorei da morte$ com mais indis'osiç*o ele dava a im'ress*o de ficar. 7le -á tinha uma série de ANoHelestes em sua 'ris*o$ (uando veio a vez de ,ara)e-i.

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Duando ,ara e-i$ rece,eu o convocado do Gei da orte$ ele de outra forma chamado P77 @IIR77$ ou dei>e)me sentar sossegadamente$ ou inofensivamente como era chamado no céu.

ecidiu consultar seu Ifá$ (ue o aconselhou a dar 1 ,ode a Eu e 1 ca,ra a seu an-o guardi*o$ ele 'rovidenciou os sacrif&cios ra'idamente. Duando estava 'artindo 'ara o <alácio do Gei da orte$vestiu seu colar mágico :7J$ o (ual era seu 'rinci'al instrumento de autor&dade Aé$ tam,ém foiadvertido a dar uma escada de m*o a cada um dos seus an-os guardies e 'ara Eu$ o (ue ele fez.

Duando chegou na casa da orte$ ,ateu na 'orta$ e foi dito 'ara revelar antes de a,rir a 'orta on"mero de 'essoas (ue estavam na sala e o (ue eles estavam fazendo na(uele momento. 7lefinalmente olhou em sua ,ola de cristal de seu colar e revelou (ue haviam 14 deles na sala$ cada umsegurando um co'o de vinho$ do (ual estavam ,e,endo. A 'orta ent*o a,riu e ele foi li,erado 'araentrar na sala.

@inalmente o Gei da orte surgiu 'arecendo seriamente doente$ assim (ue ele tomou seu assento$orte ordenou (ue ,i e inho fossem dados a eles. Duando ,i foi servido$ P77 I@I R77$disse aos outros 'ara (ue,rá)los. :sando um encantamento es'ecial com o (ual ele evocou)os 'elos

seus nomes celestes$ con-urou ,i e o inho$ (ue se eles fossem realmente ,i e inho como eusos criou$ ele a'oiaria como tal$ de outro modo ele ante seus olhos modificaria nas suas verdadeiras ereais identidades.

Ga'idamente todos os venenos 're'arados e contidos imediatamente vieram = tona e a ,ase de urinade ovelha foi ao fundo$ ao mesmo tem'o os ,i foram transformados em ovos. 7le ent*o 'rotestouo Gei da orte 'or tratá)lo t*o 'ouco acolhedor. orte se descul'ou e o acalmou trazendo)lhe ,i einhos a'ro'riados. orte ent*o a'elou a des'eito de sua indis'osiç*o inicial$ 'ara a-udar na curade sua doença. 7le re'licou dizendo (ue tinha de comer e ,e,er 'rimeiro$ 'or(ue estava com fomede sua longa viagem.

Duando ,ara)e-i foi sendo servido com comida Eu$ se transfigurou em um ra'az sonolento e

 'arou no 'ort*o$ antes de comer a comida$ ele retirou seu o['ele instrumento de divinaç*oJ$ e seu 'r0'rio Ifá surgiu . (ue fez 'erguntar se a comida era segura e ,oa 'ara a sa"de.

7le ent*o convidou o ra'az 'ara comer da comida. garoto engoliu toda a refeiç*o e seu conte"do.7m retorno o garoto disse a ,ara) e-i 'ara livrar)se do 'ote de ,arro$ o (ue na verdade era oreci'iente com o (ual seus UaNaJ$ eram normalmente tratados. Duando ele saiu 'ara se livrar do 'ote$ o garoto avisou 'ara consentir em curar o Gei da orte. Duando retornou 'ara a sala daorte$ voluntariamente se ofereceu 'ara fazer o má>imo 'ara curá)lo 7le tam,ém concordou emn*o retornar 'ara casa em C dias se ele falhasse em realizar a tarefa$ 'or sua vez. ,ara e-iafirmou (ue desde (ue n*o havia dé,ito sem um crédito corres'ondente. 7le (uis sa,er arecom'ensa (ue es'era ele se fosse ,em sucedido$ em curar o Idoso Gei da orte de sua doença$ eorte 'rometeu)lhe entregar metade de seus 'ertences$ se ele conseguisse. <elo mesmo sinal$ o

garoto tam,ém 'erguntou a ele o (ue faria 'ara (ue conseguisse a-udá)lo e ,ará 'rometeu dar)lhemetade de tudo como um 'r%mio. Gei da orte estava acostumado a remover seu vestido dedoença durante a noite$ (uando ia 'ara a cama colocando)a a'enas novamente ao 'rimeiro 'ensamento da manh*.

 a(uela 'rimeira noite$ assim (ue ele foi 'ara a cama$ EsV usou a escada de m*o com o (ual ,arafez sacrif&cio 'ara su,ir ao (uarto da orte.

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Duando Eu estava fazendo a(uilo$ con-urou a orte 'ara dormir 'rofundamente. Assim (ue aorte caiu celestemente adormecido$ Eu$ como o garoto$ ordenou a ,ará 'ara su,ir na escada vercomo chamar o velho homem (ue 'arecia 'articularmente sadio e seu cor'o estava sem doença.

 a 'r0>ima manh*$ orte$ convocou ,ará$ 'ara começar o serviço de curá)lo. 7m res'osta$ ,arácolheu todas as folhas dis'on&veis e adicionou iZerossun$ seu '0 divinat0rio$ e 're'arou)os 'ara aorte se levantar 'or sete dias. orte$ contudo$ n*o se ,anhou com o 're'arado. ,ara estava nestemeio tem'o dando sem're o (uinh*o do le*o$ de alguma comida dada a ele 'ara o garoto.

 o 6_ dia o rei da orte disse a ,ara (ue ele n*o estava rece,endo nenhuma melhora$ e (ue aocontrário estava tendo noites insones. a(uela noite Eu mais uma vez con-urou a orte 'ara uma 'esada e doce dose de sono e im'ulsionou ,ara e o UaN a se infiltrar 'or meio da escada invis&velno (uarto da orte.

Duanto eles entraram no (uarto o ra'az disse 'ara ,ará (ue a cesta continha a vestimenta dedoença da orte. :ma vez fora$ Eu encantou o caminho 'ara o rio 'ara ficar livre de todas ascriaturas vivas$ 'or(ue é 'roi,ido a todo ser vivo ver a(uele 'ote. e'ois disso$ eles seguiram 'aralevar o 'ote ao rio no (ual foi atirado em seguida$ amanheceu$ e o dia fat&dico tinha chegado$ assim

(ue era dia claro$ uma multid*o da hoste celeste havia se acumulado 'ara testemunhar o fato de,ara)e-i. 7n(uanto isso orte tinha se ,anhado e estendeu sua m*o 'ara o 'ote contendo suavestimenta de doença$ mas n*o estavam aonde eram 'ara serem achadas. @alhando em achar suavestimenta$ orte decidiu se trancar no (uarto. A'0s es'erar em v*o o rei da orte sair do (uarto$,ara mandou ,uscá)lo 'or(ue estava ansioso 'ara sa,er o (ue estava acontecendo. e'ois de ,atermuitas vezes na 'orta do (uarto da orte$ o velho homem se vestiu e saiu.

7le tomou seu assento no seu trono$ com seu cor'o ,rilhando$ radiante e trans'arentemente 'arecendo ,em e saudável. ,ara ent*o 'ediu a orte 'ara tornar '",lico o resultado dos seusesforços e ele afirmou (ue seu tratamento tinha lhe dado um claro an"ncio da sa"de.

orte$ ent*o foi 'ara dentro 'ara trazer em do,ro todos os tesouros 'ara dar a ,ara$ o garoto

UaNsed recomendou a ,ara ,errar 'or(ue o Gei da orte tinha voltado em suas 'alavras. ,ara 'or essa raz*o ,radou$ o seu choro foi am'liado e re'etido 'or Eu$ o (ual soou fazendo muitosandares do céu tremerem. incidente fez tremer o Gei da orte e ele ent*o foi ao (uarto 'ara -untar metade de todos o seu 'ertence em uma cai>a de o,is e levou)os 'ara fora. Antes de ele sair ogaroto ZaNsed tinha avisado ,ara (ue deveria aceitar a'enas uma cai>a de `olanatus do Gei daorte.

@inalmente$ orte saiu com duas cai>as ) uma cai>a de lat*o contendo ,esteiras e uma cai>a de ,i 'edindo a ,ara 'ara escolher uma das duas e ,ara escolheu a cai>a de ,i e foi 'ara casa.7n(uanto isso Eu se transfigurou em um velho homem e estava es'erando 'or ,ará no caminho.

,ará 'rocurou em v*o 'elo garoto UaNs e como n*o o localizou$ dei>ou alguns dos 'ertences 'ara

seu 'r0'rio guardi*o e continuou sua -ornada.

Antes de chegar em sua casa$ ele encontrou um velho homem em uma chou'ana im'rovisada$ a(ual n*o estava na(uele 'onto (uando foi em sua miss*o. velho homem disse 'ara ,ará mostrar)lhe a recom'ensa de sua miss*o. 7le começou a se 'erguntar se era Eu$ em seu -ogo novamente.<ara confirmar seus 'ressentimentos$ ele retirou seu Asé e con-urou o velho homem 'ara setransformar no (ue realmente é. velho homem transformou)se instantaneamente no garotoUaNsed e de'ois em Eu e em seus o,-etos reais todos. ,ara ent*o lhe agradeceu 'ela a-uda (uelhe deu durante sua miss*o im'oss&vel. 7le tirou a cai>a de ,i e lhe disse 'ara (ue 'egasse

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(ual(uer (ue fosse a 'orç*o (ue ele (uisesse deles. 7m res'osta Eu lhe disse (ue 'or onde (uer(ue ele fosse lhe seria dado uma 'arte$ como ele fez generosamente durante suas façanhas.

Hhegando em casa ,ara e-i deu outro ,ode a Eu e 1 ca,ra a seu an-o guardi*o$ e ent*oconvidou seus amigos 'ara um ,an(uete sendo o "nico ANo (uem teve sucesso em frustrar asma(uinaçes do Gei da orte. <or essa raz*o$ (uando ,ará e-i surge na divinaç*o 'ara uma 'essoa e orte está o,servando 'ara ,ater em sua 'orta$ ele deverá ser avisado 'ara fazer algumsacrif&cio (ue ,ará fez antes de 'artir 'ara o seu teste da orte.

 este estágio ,ara me-i decidiu (ue era o momento de 'artir 'ara a terra. Antes de 'artir do céuele foi ao seu sacerdote de Ifa 'ara fazer divinaç*o.s aNo eram chamados.

^osomi ['elem,e ['elem,eromi mimi mimiXa[e :ri :di [o[o ni ['a eronlem,e lem,e aae,e ,eouni mo -u olo-a titu rin rin rin.

7les disseram (ue 'ara ter sucesso em con(uistar 'ros'eridade no mundo$ ele deveria fazersacrif&cio com 1 ca,ra 'ara o seu Ifá$ adicionando cai>a de cesta de o,i e dar 1 ,ode 'ara Eu$ elefez o sacrif&cio e 'artiu 'ara a terra.

7le nasceu de um 'ai (ue tinha a'enas a m*o direita$ en(uanto sua m*e era cega de um olho$ a'esarde suas defici%ncias f&sicas seus 'ais tinham inimigos em a,undncia. @oi ,ará (uem instituiu ossonhos no mundo$ 'or(ue en(uanto no "tero ele estava mostrando fre(entemente 'erigos 'restes aacontecer. 7n(uanto no "tero as mais velhas da noite viram (ue uma criança estava 'reste a nascer$(ue traria 'ros'eridade 'ara a terra$ elas estavam determinadas a faz%)la nascer morta. :ma noiteele disse 'ara seu 'ai (ue 're'arasse um remédio em um sa,*o e(uivalente a 35 [ 'ara tomar ,anhoa fim de desvair o ata(ue violento das mais velhas da noite. 7le avisou a seu 'ai (ue assim (ue asfolhas fossem coletadas$ ele deveria dei>á)las da noite 'ara o dia no altar de Eu. 7le foi mo%)las na

manh* seguinte e misturando no sa,*o 'ara tomar ,anho.

,ara me-i$ 'or fim nasceu seguramente$ eles n*o tiveram mais 'ro,lemas com as mais velhas danoite. Duando nasceu seus 'ais consultaram um sacerdote de Ifá 'ara o dia do nascimento$ os ANose chamavam/Afen-u momo are [ii [on fene fene['o,i g,ite g,ite Za alumenite onaZe mag,anio ni g,e ite orun.

,ara me-i$ era o "nico filho de seus 'ais. 7le cresceu ra'idamente 'ara ser muito es'erto. 7stava

fre(entemente contando =s ri(uezas (ue a,surdamente faria de todos os aNo mais velhos de Ifá$ eeles n*o estavam contentes com ele. a tenra idade ele fre(entemente com'arecia aos encontrosdos mais velhos$ aonde ele (uase sem're rou,ava a cena. Ravia um encontro sem're de aNo maisvelhos mantidos 'or 1C dias no 'alácio do rei em Ifé. -ogo de aZo era fre(entemente -ogado a'0so encontro$ mas o -ogo sem're terminava com a morte de um dos filhos do rei.

'rimeiro encontro 'resenciado 'or ,ara e-i teve muito 'ara ,e,er e a'0s chegar ,e,eu $ ele sega,ou (ue no 'r0>imo encontro ele revelaria (uais eram os nomes da(ueles (ue eram osres'onsáveis 'elas mortes 'eri0dicas dos filhos do rei. Ravia um chefe 'oderoso chamado shin$

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(ue estava clandestinamente fazendo todas as atrocidades. e'ois da 'roclamaç*o do -ovem ,arae-i o encontrou e afirmou (ue se ele falhasse em cum'rir sua tarefa ele seria e>ecutado.

Honvencido de (ue ,ara me-i n*o 'oderia revelar seus nomes$ os cons'iradores ,olaram um 'lanode como matá)lo$ eles sentaram em um ar,usto no caminho 'ara concluir seu 'lano e a m*e de,ara me-i (ue eles n*o conheciam$ estava retornando 'ara a fazenda e ouviu 'or acaso o homemfirmando seus 'lanos e>ecráveis contra seu filho. A'0s ouvir os detalhes do 'lano ela correu 'aracasa 'ara consultar seu sacerdote de Ifá de como salvar a vida do seu filho "nico. A m*e foi avisada 'ara 're'arar tr%s inhames amassados$ tr%s 'otes de so'a e enviá)los 'ara a margem do rio onde elaestava 'or tomar seu ,anho. 7n(uanto estivesse se ,anhando$ ela desco,riria o (ue deveria fazer 'ara salvar a vida do seu filho.

7la voltou 'ara casa$ e fez conforme foi dito. o caminho colocou o inhame 'ilado e a so'a namargem e foi tomar ,anho no rio. 7n(uanto se ,anhava um homem chamado ['olo$ veio ao rio ecum'rimentou)a. homem ra'idamente tomou seu ,anho saindo com 'ressa. Duando a mulher lhe 'erguntou o 'or(ue ele estava com 'ressa$ ele lhe disse (ue estava a'ressado 'ara assistir ao dia doencontro no 'alácio do rei.

7la convidou)o 'ara comer um 'ouco da comida (ue ela dei>ou na ,eira do rio antes de vir. Pá (uen*o havia comida servida ao longo dos encontros no 'alácio do rei o (ue e>'lica o 'or(ue elesestavam matando seus filhosJ$ ['olo sim'lesmente ficou muito feliz 'or comer antes de 'artir.

7n(uanto comia$ relem,rou (ue um im'ortante evento estava 'ara ter lugar na confer%ncia do rei$ 'or(ue eles estariam indo matar o lo(uaz e 'resunçoso ,ara e-i$ -á (ue n*o sa,ia (ue a seç*o dos -ogadores de aZo (ue eram res'onsáveis 'ela morte dos filhos do rei$ conforme se ga,ava. 7leterminou revelando 'ara a mulher (ue ele ['olo$ era na verdade um dos cons'iradores$ 'or(ue orei era t*o avarento (ue ele nunca servia alguma comida ou refrescos ao longo dos encontros.  'r0>imo homem a vir em seguida foi ,u[o$ (ue a a-udou de mesma maneira. e'ois de comer oinhame 'ilado$ ele contou a mulher os detalhes de sua miss*o na(uele dia$ e acrescentou (ue era umda(ueles assassinos dos filhos do rei$ 'or causa de sua avareza.

+am,ém revelou como um dos cons'iradores$ estavam determinados a assassinarem o tagarela evaidoso ,ara e-i na confer%ncia$ 'osto (ue ele nunca sa,eria seus nomes. 7le ent*o$ sea'resentou a mulher como ,u[o ) mo lu,e,ere tu,e ) e os outros eram/ Ag,o ) omo-o-oguole e['olo)ami soso run.

+erminou contando (ue eles eram os tr%s cons'iradores (ue estavam matando as crianças do lofena'0s o -ogo ele aZo. 7le revelou (ue ,ara)e-i tinha vaidosamente 'rometido revelar o nome deshin$ como o "nico cons'irador en(uanto na realidade shin n*o estava indo tomar assento naconfer%ncia na(uele dia) e (ue o filho mais velho de shin chamado Aremo$ estava indo 'ara tomaro lugar de seu 'ai$ en(uanto shin estava indo sentar ao lado. <or fim ele revelou (ue um assentoes'ecial estava sendo 're'arado 'ara ,ara e-i$ so, o (ual estaria um ,uraco co,erto com uma

esteira. indiscreto ,u[o seguiu em revelar (ue a "nica maneira (ue ,ara e-i 'oderia evitar osfatos (ue o aguardavam era indo com um c*o e um 'acote de e[o e =[ar=. ;e ele -ogasse o e[o e o=[ar= na esteira em ,ai>o da cadeira reservada$ seu c*o iria 'or ele. 7m suas 'r0'rias o,servaçes amulher destacou (ue seria ,oa ocasi*o 'ara ,ara)e-i falecer 'or(ue a cidade seria um lugar mais 'ac&fico sem ele$ com o (ue ,u[o 'artiu 'ara o 'alácio do Gei.

Ag,o foi o "ltimo a chegar ao rio$ ele tam,ém 'assou 'elo mesmo ritual de revelaç*o a'0s comer oinhame 'ilado e confirmou o (ue ['olo e ,u[o haviam revelado antes dele. 7le tam,ém revelou

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o 'or(ue tencionavam matar ,ara e-i. e'ois de comer sua 'arcela de inhame 'ilado Ag,oseguiu 'ara a confer%ncia.

Xogo em seguida$ a m*e de ,ara)e-i$ 'artiu 'ara casa 'ara dar instruçes a seu marido e filho ares'eito do (ue veio a sa,er no rio. 7la ra'idamente transcorreu através da se(%ncia de eventoscontando a ,ara e-i$ o (ue fazer. 7le deveria ir com seu c*o chamado WoghoZe a-e e-o,i. 7laavisou 'ara -ogar o 7[o e o [ar= de,ai>o da cadeira 're'arada 'ara ele$ e chamar o c*o 'ara ir ,uscá)los. ;e o c*o ca&sse no ,uraco ele levantaria e 'erguntaria 'or uma 'essoa chamado ,u[o.Assim (ue a 'essoa se identificasse ele deveria ser oferecido em sacrif&cio 'ara Eu$ em seguida 'erguntaria 'or uma 'essoa chamado Ag,o e se ele se identificasse$ ele deveria ordenar (ue eledeveria ser oferecido 'ara o altar '",lico dos ante'assados.

<or fim ele 'erguntaria$ 'ela 'essoa chamada ['olo e t*o logo ele se identificasse$ deveria ordenar(ue uma flecha seria 'erfurada através de sua ,oca e an"s a ser oferecido em sacrif&cio 'ara adivindade da terra.

Duando 'erguntado 'or(ue os tr%s homens deveriam ser mortos$ revelaria (ue a(ueles eram oscons'iradores res'onsáveis 'elas mortes dos filhos do lofen$ a'0s -ogar aZo com eles. A'0s este

e'is0dio$ ordenaria ao homem no trono 'ara desocu'á)lo$ 'or(ue ele era um im'ostor e (ue deveriadar ao seu 'ai shin$ (ue na(uele momento estaria fumando um cachim,o longo chamado 7[iti,e )ao lado da sala. Duando ,ara)e-i estava 'artindo 'ara a confer%ncia$ vestiu uma rou'a de seu 'aichamada g,ariZee e seu ,oné chamado Xa,agaden$ ele foi com seu c*o chamado WoghoZe ato-u mao[o$ chegando a 'rinci'al entrada e>terna 'ara o sal*o da cidade$ os moradores começaram a cantarseu louvor com gritos 'ara ,ara e-i afen-u)omo.

Duando adentrou a sala foi direcionado ra'idamente a ocu'ar a cadeira colocada ao lado 'ara ele. este momento ficou (uieto e tirou seu 'acote de e[o e =[ar= e lançou em ,ai>o da cadeiraindicada$ direcionando seu c*o 'ara ir até eles. ;eu c*o foi$ mas caiu direto através da esteiraco,rindo o 'rofundo ,uraco carregado com ganchos e es'inhos 'or ,ai>o.

Invertendo a ordem na (ual ele estava 'ara levar a ca,o as suas tarefas diárias$ começou 'orordenando ao homem sentado no trono 'ara desocu'á)lo de uma vez e dar caminho ao chefe shin$seu 'ai. homem do trono ra'idamente vagou)o e seu 'ai se direcionou 'ara ocu'ar seu lugar.

7le ent*o chamou o outro homem chamado ,u[o e ordenou a se identificar$ tam,ém chamou oshomens chamados ['olo e Ag,o 'ara levantarem e se identificarem. 7les todos levantaram deacordo. ,ara e-i ordenou (ue ,u[o devesse ser sacrificado 'ara Eu$ Ag,o no altar '",lico dosancestrais masculinos e ['olo 'ara m*e terra r&oleJ.

Duando shin (uestionou a ofensa feita 'elos tr%s homens$ ele relem,rou de sua 'romessa de no 'r0>imo encontro revelar os cons'iradores (ue eram res'onsáveis 'elas mortes dos filhos delofen$ a'0s -ogarem AZo. 7le confirmou (ue os tr%s homens eram c"m'lices$ cul'ados. e'ois de

dizer a(uilo os tr%s homens foram de acordo usados 'ara sacrif&cio. s cul'ados na realidade eram/o ,ode$ o carneiro e a r*.

7nt*o toda a confer%ncia 'rorrom'eu em um estrondoso a'lauso e ovaç*o a ,ara e-i. 7le foicarregado no alto dos om,ros em 'rociss*o a,erta 'ara fora. Antes de chegar em casa$ os 'ais deletinham -urado cometer suic&dio se seu "nico filho 'erdesse a vida em seu encontro. Assim (ue seu 'ai ouviu os gritos$ concluiu (ue seu filho estava morto e tirou sua 'r0'ria vida. Duando sua m*eviu o filho sendo carregado nos om,ros acima da ca,eça de uma 'rociss*o triunfal$ ela retirou a suaca,eça da corda na (ual tinha colocado em 're'araç*o 'ara o suic&dio.

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7nt*o ela usou a corda -aJ 'ara agradecer a sua 'r0'ria m*e. 7ste é o 'or(ue da corda (uealgumas 'essoas usam 'ara o altar de suas m*es falecidas em algumas 'artes do <a&s Uor",a eWenin até os dias de ho-e. 7ste é o 'or(ue dizem (ue a *e de ,ara e-i é (uem o salvou dasfrias m*os da orte.

Duando ,ara e-i$ surge no :g,odu durante uma cerimKnia de iniciaç*o será dito a 'essoa (ueseu 'ai ainda está vivo$ o fim de seu 'ai esta na m*o. A 'essoa deverá ser 'roi,ida totalmente de ,e,er vinho.

7le tam,ém deverá evitar fazer 'arte em 'artilhar herança de uma 'essoa falecida. +r%s dias a'0ssurgir no :g,odu e>atamente ele deverá 're'arar o altar de Eu 'ara o seu Ifá. e'ois disso deverácom'rar uma galinha da guiné 7U7+:J$ 'ara sua m*e se viva servir a 'r0'ria ca,eça. ;e -á forfalecida$ deverá usá)la 'ara servir o altar de sua m*e$ ou no seu ded*o es(uerdo. 7le tam,ém deveráservir sua ca,eça com duas galinhas da guiné. A'0s o (ue ele 're'arará os altares 'ara asdivindades \g"n e 7ziza 'ara si 'r0'rio.

;e ,ara e-i$ saiu 'ara uma divinaç*o de I[in$ a 'essoa será recomendada a servir ra'idamente

sua ca,eça com um 'om,o ou uma ave da guiné$ se surge 'ara uma mulher grávida ela 'ode seravisada (ue dará a luz a g%meos.

Duando ,ara e-i$ surge na divinaç*o 'or ['ele$ a 'essoa deverá ser avisada de servir \g"n e7ziza cada um com uma galinha e galo. 7le deverá ser avisado a n*o entrar em nenhumacontri,uiç*o financeira com alguém. 7le deverá tomar cuidado tam,ém com os a-untamentos 'ermanentemente em algum clu,e ou encontros$ com medo (ue sua morte 'rematura irá se or&ginarde lá.

O -NCONTRO D- O3ARA M-2I COM INIMIO*.

A'0s a(uele incidente$ ,ara e-i tornou)se naturalmente muito famoso$ sua 'o'ularidade logocomeçou a 'rovocar inve-a e inimizade$ e ele 'erce,eu logo (ue o sucesso 'rovocava inve-a e 'rovocava animosidade$ a (ual gerava inimizade.

]eralmente as 'essoas n*o gostam da(ueles (ue os e>cedem. s mais velhos sacerdotes divinos 'ara (uem ,ara a'areceu$ 'ara haver rou,ado a e>i,iç*o n*o 'erderiam tem'o em cons'irar sua(ueda. esse meio tem'o o an-o guardi*o surgiu 'ara ele em sonhos e deu)lhe uma 'revis*o dasma(uinaçes dos cons'iradores.

Duando se levantou convocou 2 aNo 'ara fazer divinaç*o 'ara ele. ;eus nomes eram.ni ,ara$ ola ,ara$ 7shishi ,ara$ 7e[u oo[u [u so otin 7Ze ,ara$ [ii [u si asi :ho em WiniJ J1 ) vKo (ue n*o atinge a am,iç*o$ nunca morre dentro de uma garrafa de vinho e$

2 ) vKo o (ual voa alto no ar$ e (ue n*o é seduzido 'elos engodos do n&vel mais ,ai>o$ n*o éa'anhado em uma armadilha grudada.

7les avisaram ,ara e-i 'ara fazer sacrif&cio com um galo e 1 galinha$ ele fez o sacrif&cioconforme e>'licado. 7le triunfou so,re seus inimigos$ de'ois (ue haviam tentado na terra e falhado.7les tam,ém denunciaram 'ara os mais velhos do céu. este meio tem'o um sacerdote de Ifáandarilho estava visitando Ifá$ e ele 'arou 'ela casa de ,ara e-i$ (ue ofereceu ela,oradahos'italidade 'ara o visitante.

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nome do ANo era 7ro[e :le A,iditirigi$ (uando o homem fez a li,aç*o divinat0ria$ alertou ,ará(ue um mensageiro estava sendo enviado do céu 'ara ,uscá)lo$ foi avisado 'ara dar um ,ode 'araEu e 1 ca,ra 'ara Ifá. *o a'enas fez o aNo fazer os sacrif&cios 'ara ,ara$ mas fez tam,ém atradicional marcaç*o no Ifá em Zor",a e diha em WiniJ 'ara ele.

7le 're'arou um remédio 'ara ele tomar diariamente$ durante cinco dias. +io[an veio do céu 'ara 'render ,ará e-i. Duando +io[an voou no to'o da casa de ,ará$ chamou)o 'ara ir 'ara o céu.

7m uma res'osta encantacional ,ara$ lhe disse (ue seu 'ai antes de sua morte$ estava 'artindo 'ara o céu 'ara res'onder a um chamado 'rematuro (ue havia levado ,ará 'ara longe destemundo$ e (ue seu 'ai lhe disse (ue n*o era 'ara ele 'artir deste mundo até uma árvore chamada Aroem Zor",a e :ruaro em ,ini 'roduzir folhas$ e (ue até as ra&zes de uma 'lanta 'arasita chamadaAfuma em Uor",a e ;7 em Wini tocassem o ch*o e dei>assem cair suas folhas. ,ará e-icoletou as tr%s 'lantas e as deu a +io[an$ 'ara dar ao Gei da orte$ (uem mandara 'ara ele no céu.

Duando o +io[an entregou a mensagem no céu 'ara o Gei da orte$ ele ordenou (ue ,ara e-i se 'erdesse na terra sem conhecer seu caminho de volta 'ara o céu. 7ste é o 'or(ue se diz (ue ,arae-i viveu na terra 'or 26S anos e no final teve (ue 'edir 'ara eus aceitá)lo de volta no céu.

;e as crianças de ,ara e-i s*o ca'azes de 're'arar seu no Ifá$ eles 'oder*o viver até a idadeavançada.

O3ARA M-2I TRAN*ORMA PR-TO -M 3RANCO

"ltimo maior teste sofrido 'or ,ara e-i antes vendo a ri,alta ocorrida$ (uando seuscom'anheiros ANo o enga,elaram 'ara tomar ,e,ida no 'alácio do Gei. Isto e>'lica 'or(ue osfilhos de ,ará s*o 'roi,idos de ,e,erem (ual(uer ,e,ida alco0lica.

A'0s ,e,er ele começou a fazer 'ronunciamentos os (uais ele n*o 'oderia corres'onder. o meio

das 'roclamaçes ele fez em seu estado de em,riaguez é (ue ele 'oderia servir a ca,eça de lofen$visto (ue foi 'roi,ido 'ara algum ANo faz%)lo ent*o.

7le tam,ém se ga,ou de (ue 'oderia lavar um 'ano 'reto e torná)lo ,ranco. As 'roclamaçes de,ara e-i foram ra'idamente re'ortadas ao Gei (ue o convocou 'ara e>ecutar as 'roezas em Cdias$ falhando seria e>ecutado.

Hhegando em casa$ ele contou a sua m*e o (ue aconteceu no 'alácio do Gei$ sua m*e gritou echorou em desgosto$ 'or ousar fazer cada elogio vazio$ os (uais ninguém havia feito anteriormente.7le e>'licou (ue tinha ,e,ido (uando fez as 'roclamaçes. A "nica 'essoa acostumada a servir aca,eça do lofen era um homem chamado [ete$ havia tam,ém um homem chamado Aro$ (ue erao "nico ca'az de lavar o 'reto e dei>á)lo ,ranco. A m*e de ,ara e-i foi tratar como amiga o

segundo deles.

 o sétimo dia o lofen e>'Ks 1S 'eças de 'ano 'reto e deu)as a ,ará 'ara lim'á)los no rio etorná)las ,rancas. Antes de seguir 'ara o rio sua m*e -á estava es'erando 'or ele. Gei envioumensageiros 'ara acom'anhá)lo e 'ara verificar a o'eraç*o. Duando o gru'o chegou = m*e de,ara estava cantando 'ara invocar Aro 'ara a'arecer. Duando o 'ei>e Aro ouviu a m"sica$ semoveu 'ara onde ,ara e-i estava lavando o 'ano 'reto$ tornando)o dele$ engoliu)o e vomitou)ofora e estava ,ranco neve.

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Assim (ue ,ara viu (ue o 'ano tinha se tornado ,ranco$ ele trou>e 'ara fora escorrendo e mostrouás testemunhas enviados 'elo Gei 'ara verificar a o'eraç*o de lavagem. +odos eles se moveram emcon-unto 'ara o 'alácio e todos inclusive o Gei estavam atKnitos 'elo milagre e>ecutado 'or ,aráe-i.

A 'r0>ima atividade era a cerimKnia 'ara servir a ca,eça do Gei lofen$ o homem acostumado aservir a ca,eça do rei anualmente era chamado 7Nu)o[ete. 7le tinha a tradiç*o de ir a sua 'r0'riadivinaç*o e sacrif&cio antes de e>ecutar o sacrif&cio anual 'ara a ca,eça de lofen. este ano em 'articular tinha ido a divinaç*o e recomendado a dar um Wode a Eu. 7le falhou em fazer osacrif&cio.

Duando chegou o momento 'ara ele servir a ca,eça de lofen como sem're$ a cerimKnia falhou emse manifestar. 'onto culminante do festival foi invariavelmente 'ela rou'a com a (ual acerimKnia foi feita 'ara se transformar em ,ranca.

+endo em vista o sacrif&cio (ue 7Nu)[ete se recusou de fazer 'ara Eu$ a rou'a 'reta se recusou amodificar a sua cor 'ara ,ranco. 7stava claro (ue a(uele festival foi um fracasso e o sacrif&cio 'araa ca,eça n*o aconteceu. ormalmente o festival da ca,eça de lofen era invariavelmente seguido

de 'az$ 'ros'eridade e 'rogresso 'ara o Gei e o Geino. as a'0s a cerimKnia malograda da ca,eça$as coisas na(uele ano criaram dificuldades 'ara o rei e o 'a&s.

A(uele foi o ano em (ue os filhos do rei estavam morrendo a'0s -ogar aZo com seus visitantes. *ohaviam chuvas e comida$ 'rodutos agr&colas 'egaram fogo. Rouveram muitos casos de natimortos emulheres grávidas (ue a,ortaram. 7ste era o resultado das coisas em Ifá$ (uando foi momento 'araoutro festival. Ao 'asso (ue a 'rocura era 'or uma nova 'essoa 'ara servir a ca,eça do lofen$,ara)e-i ga,ou)se de (ue 'oderia faz%)lo.

Antes de fazer alguma coisa a m*e foi = divinaç*o e foi avisada a dar um ,ode a Eu (ue foi feitoimediatamente$ su,se(entemente ela convidou 7Nu)[ete 'ara ensinar seu filho o encantamentocom o (ual servir a ca,eça do lofen.

^I `I WA WGk X@7`Gk X@7 @I`I WAGA W AUA X@7`AUA X@7 ]WA` @^ A AXA` I ::WAGA WGk X@7Gk X@7 @IWAGA WAUA X@7AUA X@7 ]WAWAGA @^`A AXAAXA I: :.

Duando foi a hora de servir a ca,eça do Gei$ ,ara o fez sem um transtorno aca,ando tocando o 'ano ,ranco (ue ele trou>e do rio AlaJ$ e com au>&lio invis&vel de Eu$ assim (ue ,ara o tocouele ra'idamente se tornou 'reto. A(uilo foi o suficiente 'ara indicar (ue os maus dias estavam nofim. ano seguinte demonstrou ser muito 'r0s'ero 'ara o Gei e o <a&s. ,ara foi tam,émam'lamente recom'ensado.

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O3ARA ) D-MON*TRA INRATIDÃO PARA A MÃ-.

e'ois de ver ,ará 'assar 'or todos estes 'rocessos e tri,ulaçes$ ele acusou a m*e de estarflertando. A m*e ficou t*o a,orrecida (ue achou (ue era a hora de retornar 'ara a casa de seusancestrais. Antes de a,andonar a sua vida ela declarou (ue desde ent*o$ a m*o com a (ual [eteserviu a ca,eça de lofen deveria ser utilizada 'ara cavar a terra$ o (ue o coelho faz até os dias de

ho-e. 7la 'roclamou (ue a rou'a ,ranca$ a (ual o de 'ei>e Aro 'roduziu$ de ho-e em diante$ deveriaser usada 'ara em,rulhar o cadáver humano. 7sta 'arte de ,ara e-i é usada 'ara causar grandedevastaç*o (uando há -ustificaç*o 'ara tal.

 *o é 'oss&vel entrar em detalhes disso neste livro.

O3ARA M-2I AN;A UM TÍTULO D- C;-IA.

;eguindo a morte de sua m*e$ ele tinha (ue a'render a tomar conta de si mesmo. 7le tinha 'aradode ,e,er e -á n*o estava t*o em 'osiç*o de fazer declaraçes e 'roclamaçes (ue o a'anhassem em 'ro,lemas.

7le tinha a'rendido de sua m*e as virtudes e sacrif&cio. Duando ele$ entretanto desco,riu (ue a'esarde todas as suas façanhas$ ainda era muito 'o,re$ resolveu 'or fim aos seus 'ro,lemas. 7nt*oconvocou um ANo chamado Ishe toon shemi [o ni sha Alarin ni \g"n *o há 'o,reza (ue n*otenha fimJ$ e foi recomendado de fazer sacrif&cio 'ara seu Ifá$ com uma ca,ra$ o,i$ mel*o$ sua ca'ae fazer um ,an(uete de inhame 'ilado com a carne da ca,ra. +am,ém era 'ara ele dar um ,ode 'araEu. ANo tam,ém avisou (ue n*o deveria ir a lugar algum no dia (ue era 'ara fazer o sacrif&cio.

 este &nterim$ o rei convocou ele entre outros aNo$ 'ara ir ao seu 'alácio 'ara uma com'etiç*oes'ecial de divinaç*o. aNo lhe disse 'ara fazer o sacrif&cio na(uele dia$ mas n*o res'onder aconvocaç*o do rei.

7nt*o ele fez o sacrif&cio 'ara seu Ifá$ mas n*o 'oderia achar um ,arril de ,i e el*o elegede ou[a[amisi em Zor",a e eZen em ,iniJ. 7le tam,ém deu um ,ode a Eu.

Duando os outros aNo vieram 'ara chamá)lo a res'onder a convocaç*o do rei ele recusou)se aacom'anhá)los 'or(ue estava fazendo um sacrif&cio es'ecial 'ara o seu Ifá.

Duando os aNo chegaram ao 'alácio do Gei$ 'ediu a cada um deles 'ara revelar o conte"do de umasala$ a (ual ele tinha trancado no 'alácio. :m a'0s o outro aNo tentou$ mas n*o 'uderam revelar oconte"do da sala. 7nt*o veio um aNo chamado guega (ue revelou (ue a sala tinha 2S1 'essoas(ue era a res'osta correta.

Gei ent*o entrou e deu de 'resente uma cesta de o,i e um mel*o 'ara cada um dos aNo. 7le

tam,ém enviou a 'arte de ,ará e-i a'esar de sua aus%ncia.

s aNo tinham es'erado um longo tem'o no 'alácio de lofen sem terem nenhuma comida e ,e,ida 'ortanto estavam muito famintos. 7m seu caminho 'ara casa$ decidiram chamar 'or ,arae-i$ (uem nesse &nterim$ tinha colocado um enorme ,an(uete na mesa$ com inhame 'ilado e carnede ca,ra. Homo se a refeiç*o fosse a res'osta de suas 'reces$ todos sentaram$ comeram$ ,e,eram 'ara a alegria de seus coraçes. Duando ,ará e-i 'erguntou o (ue lofen lhes deu$ todos lheres'onderam (ue rece,eram o,i$ mel*o e tam,ém lhes deu a sua 'r0'ria 'arte$ com o (ue ele ficou

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muito feliz$ 'or(ue eles eram os dois materiais (ue faltavam 'ara com'letar o sacrif&cio 'ara seuIfá.

Duando os outros 'erguntaram 'or(ue ele estava t*o feliz$ com tais 'resentes ostensivamente semvalor$ ele re'licou (ue eram os materiais usados 'ara fazer o sacrif&cio 'ara o seu 'r0'rio an-oguardi*o.

Hom a(uela o,servaç*o$ todos os aNo entregaram seus 'r0'rios 'resentes de o,i e mel*o 'ara ele.+anto (ue 'oderia ter um ,om esto(ue delas. Antes de dei>á)lo$ eles o informaram (ue lofen(ueria a todos 'ara visitá)lo mais uma vez em L dias. A'0s a 'artida dos aNo ele serviu sua ca,eça eseu ifá$ com alguns dos meles e cestas de o,i$ mas (uando os cortou a,rindo com uma faca$ eledesco,riu (ue longe de conterem o,i e sementes de mel*o$ cada um delas estava re'leto com osmais variáveis ti'os de tesouros$ indo do dinheiro 'ara contas e etc. e -0ias (ue ele -untou dascestas$ foi ca'az de costurar uma toga de contas$ um 'ar de sa'atos de conta e um cha'éu de contas 'ara ele mesmo e um tra-e 'ara um cavalo$ (ue se'arou neste meio tem'o 'ara o seu 'r0'rio uso.

 o oitavo dia (uando haveriam de ver o lofen mais uma vez$ ele (uis ter a certeza de (ue seria a"ltima 'essoa a chegar no 'alácio do rei.

Antes do encontro$ lofen havia decorado o trono semelhante ao seu$ 'ara sentar o homem mais ,em vestido na ocasi*o. Duando os aNo começaram a chegar$ nenhum deles teve coragem deocu'ar o trono es'ecial ao lado do rei. +odos tomaram seus assentos nas laterais da sala. Duandoguega o vencedor da "ltima dis'uta chegou = sala em sua rou'a esfarra'ada$ ele se sentou no ch*o(ue é onde é feita a divinaç*o até ho-e. @inalmente ,ara)e-i chegou com uma comitiva de 'a-ens acom'anhando)o. A'0s oferecer otradicional agradecimento ao lofen$ olhou em volta e viu o trono decorado ao lado do rei e foidireto 'ara sentar nele. +*o logo todos estavam sentados$ lofen lhes 'erguntou o (ue eles fizeramcom o mel*o e a cesta de o,i (ue ele deu a cada um deles de'ois do "ltimo encontro.

:m a'0s o outro res'onderam (ue visto (ue eles n*o eram dados a comer estas coisas$ deram 'ara,ara)e-i de (uem era alimento ,ásico.

lofen ent*o como ,ara e-i veio com seu vestido real$ o rei ent*o retirou seu instrumento deautoridade Aé$ e chamou guega (ue a des'eito de ser o vencedor do teste de lofen de L diasantes$ foi sua ignorncia (ue o manteve na 'o,reza e o fez sentar no ch*o. 7le ent*o amaldiçoou(ue guega (ue sem're viveria na 'o,reza e em tra'os. @inalmente ordenou (ue ,ara)e-icrescesse sem're acima de seus colegas e seria ,em sucedido nos tronos e 'ros'eridade.

COMO O3ARA M-2I P-R*-#-ROU -M *UA PRO*P-RIDAD-.

+endo o,tido todos os dese-os 'ara mais um dia$ ,ara)e-i rece,eu um visitante chamado 7funZemi a,or& ,e,ele$ (ue o avisou a fazer sacrif&cio$ afim de (ue sua 'ros'eridade recém chegadadurasse até o final de sua vida.

7le foi avisado a fazer o sacrif&cio com uma vaca$ tendo as cores 'reta$ marrom e ,ranca e umaca,ra da mesma cor$ 'ara seu Ifá. 7le tam,ém deveria oferecer um ,ode a Eu com as mesmascores. 7le fez os sacrif&cios.

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7ste é o 'or(ue ,ara e-i$ viveu tanto tem'o em o'ul%ncia e como viu todos os seus filhos setornarem velhos. ca,elo grisalho em sua ca,eça e seu cor'o vieram a ser t*o ,ranco comoalgod*o$ a sua ri(ueza se sustentou até o final de sua vida. 7ste é o "ltimo maior sacrif&cio es'ecialnoIfa ou dihaJ 'ara o (ual toda 'essoa nascida 'or ,ara e-i$ deve fazer$ a fim de ter longavida na 'ros'eridade.

O /LTIMO RAND- MILAR- -'-CUTADO POR O3ARA M-2I.

Rouveram 3 'ntanos do céu$ os (uais amedrontavam todas as 'rinci'ais cidades Uor",a. 7les eramchamados /

1 ) ,u[o omo lu,e,e ) o ,ode.2 ) 7-o omoni rongo ) a co,ra.3 ) 7[u[u ale$ monimene ) o 'om,o.

ta loon ,a aZe ati orun -aa ) 7les estavam vindo 'ara devastar a terra 'elo rei das feiticeiras docéu. casionaram a morte de muitos homens e mulheres em vários lugares e havia 'andemKnio em

todo redor. s tr%s sa(ueadores celestes a'anhavam suas v&timas em circunstncias misteriosas e(uase sem're 'arecendo estar colhendo nas 'ersonalidades im'ortantes 'ara ser cidad*os "teis dascidades. 7ventualmente$ eles 'areciam ter sido dado o 'rinci'al des&gnio de trazer ,ara)e-i devolta ao céu.

Duando 'or fim eles 'artiram no rastro de ,ara)e-i$ seu 'r0'rio guardi*o a'areceu)lhe em sonhoe alertou)o do 'erigo iminente da morte.

7le n*o se 'reocu'ou in-ustamente so,re a morte$ no entanto estava ainda desfrutando de sua 'ros'eridade ganha com muito esforço. 7nt*o decidiu consultar seu Ifá$ 'or meio da divinaç*o comI[in$ seus su,alternos domésticos chamados :ro[e e ro[e lhe disseram ra'idamente 'ara fazersacrif&cio com um galo$ um coelho e inhame amassado ,o,o em ,ini e erNo em Zor",aJ$ o (ual

ele iria carregar 'or si mesmo a uma encruzilhada. 7le tam,ém deu um ,ode a Eu. 7le fez ossacrif&cios 'rofundamente.

Duando ele carregava as oferendas sacrificais 'ara a encruzilhada$ Eu levantou)se e disse aos 3mensageiros do céu (ue ,ara) me-i (ue eles estavam ,uscando$ estava na encruzilhada. s tr%shomens ra'idamente se direcionaram 'ara encontrá)lo$ en(uanto ,ara e-i$ estava oferecendo 'reces de'ois de colocar o sacrif&cio na 'osiç*o. Eu tam,ém o alertou da a'ro>imaç*o dosassassinos do céu. Hom o (ue ,ara e-i se 'Ks em 'é e correu em segurança 'ara sua cassa.

,u[o$ omo olu,e,e tinha 'roi,iç*o de galo$ e-o omoni rogonti tinha 'roi,iç*o de inhameamassado o,o,oJ$ en(uanto omoni mene tinha 'roi,iç*o de coelho. A(ueles foram os materiaiscom (ue ,ara e-i fez sacrif&cio na encruzilhada. Duando os tr%s homens maus chegaram =

encruzilhada$ Eu a'areceu de novo 'ara eles$ dizendo)lhes (ue a refeiç*o do ch*o era o ,an(uete(ue ,ara e-i estava enviando 'ara as 2SS divindades. Ihanuri em ,ini e ug,a urumole emUoru,aJ.

Eu convenceu)os a com%)la 'or(ue ,ara a,andonou a comida (uando os viu se a'ro>imando.

A'0s comerem$ eles continuaram determinados a 'erseguir ,ara e-i até sua casa 'ara ca'turá)lo. esse &nterim no caminho$ as 'orçes de comida 'roi,ida tinham começado a reagir neles. 7m suaa'ro>imaç*o 'ara a casa de ,ara e-i$ eles começaram a ca&rem mortos uns a'0s o outro. +udo

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-L- - DI#INAÇÃO PARA A ORMIA -RIRA.

[onron me-i$ fez divinaç*o 'ara a formiga antes de vir 'ara a terra. A formiga era t*o 'e(uena (ueele se (uestionou como seria ca'az de tra,alhar 'ara so,reviver na terra. @oi ent*o a [onron )e-i$ tam,ém conhecido como ` @77G7 7 7PI @77G7. 7le avisou a formiga (ue lhe seriadado o gerenciamento da comida da casa se ele fizesse o sacrif&cio$ foi recomendado a faze)lo com

2 'om,os$ 2 ratos e 2 'ei>es a fim de o,ter o controle so,re todos os materiais domésticos domundo. 7le fez o sacrif&cio e 'artiu 'ara a terra.

7sta situaç*o e>'lica 'or(ue a formiga caminha e se alimenta livre em toda comida e materiaisdomésticos até ho-e. 7las se movimentam na casa livremente sem im'edimento e o (ue comernunca é 'ro,lema 'ara elas. Due é a manifestaç*o do sacrif&cio (ue elas fizeram no céu.

-L- - DI#INAÇÃO PARA A R#OR- -N-AL,ICA.

"ltimo grande tra,alho associado a [onron me-i antes de sua vinda 'ara a terra$ foi e>ecutado aseu favor 'or um dos seus seguidores chamado 7funfun lele o ventoJ. a(uele tem'o todas as

?arvoresB estavam 're'aradas 'ara vir 'ara o mundo. Antes de 'artirem foram a [onron me-i 'arao (ue fazer a fim de ter uma miss*o ,em sucedida no mundo. isto (ue [onron e-i tam,émestava se 're'arando 'ara ir ao mundo$ ele estava ocu'ado fazendo seus 'r0'rios 're'arativos$ent*o 'ediu a um de seus su,ordinados$ 7funfun lele 'ara consultar o oráculo 'ara as árvores.7funfun lele em concordncia divinou 'ara eles$ recomendando)os de fazer o sacrif&cio 'ara 7ucom 1 ,ode e servir suas ca,eças com galos$ 'om,os e o,i$ e servir \g"n com 1 galo e 1 tartarugaHágadoJ e um ,arril de vinho e inhame assado e servir =ng0 com 1 galo$ orog,o e vinho.

+odas as outras árvores se recusaram de fazer o sacrif&cio com e>ceç*o de Ag,on a 'almeira realJ$:rua em ,iniJ. e'ois disso todos eles 'artiram 'ara o mundo.

uitos anos de'ois (uando todos eles tinham frutificado na terra$ novidades chegadas do céu$ (ue

havia muita maldade na terra. As divindades encarregaram =ng0 'ara ir ao mundo ver o (ue estavaacontecendo. 7funfun lele o ventoJ (ue fez divinaç*o 'ara as árvores$ foi informado 'araacom'anhar =ng0 em sua miss*o a terra.

Hhegando a terra$ a comiss*o celeste desco,riu (ue muitas árvores tinham sido contaminadas 'elosmaus caminhos do mundo. :ma a'0s a outra$ o trov*o e a força do vendaval$ destru&ram todas asárvores. Duando chegaram ao a,rigo da 'alma real ou :rua$ e ele começou a cantar em louvor aodivinador (ue fez consulta 'ara ele no céu$ relem,rando o sacrif&cio e agradecendo o seu sucesso naterra. A 'almeira real foi = "nica árvore cu-a vida foi 'ou'ada. 7ste é o 'or(ue até os dias de ho-e$ oAg,on :ruaJ é a "nica árvore (ue está segura contra algum ata(ue de troves e vendavais.

O4ONRON M-2I PART- DO CU PARA O MUNDO.

Gelem,rando (ue seus colegas tinham 'artido 'ara a terra$ ele tam,ém resolveu o,ter 'ermiss*o deeus 'ara emigrar do céu. 7le foi ao divinador ANo chamado/ Aso[on de-i$ (ue lhe recomendou afazer sacrif&cio antes de ir rece,er seus instrumentos de autoridade AéJ de eus. @oi recomendado 'ara fazer sacrif&cio com um rato$ um 'ei>e$ uma galinha$ uma ca,ra$ um ,ode e um 'om,o. 7le fezo sacrif&cio de acordo e foi ao 'alácio ivino 'ara fazer seus 'edidos 'ara a terra.

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;eu 'lano or&ginal era via-ar em com'anhia da ca,aça e do 'ote de ,arro$ mas o aNo lherecomendou via-ar sozinho 'or uma rota diferente. 7m seu caminho 'ara o mundo$ ele veio aatravessar uma fazenda na fronteira. a fazenda estava uma armadilha a (ual ca'turou um ant&lo'e$(ue estava começando a se decom'or$ ele removeu o ant&lo'e da armadilha e matou)o$ e começou a 're'arar fogo na fazenda 'ara secar a carne do ant&lo'e.

Duando ele estava arrumando a carne no secador$ o dono da fazenda veio e 'rovocou)o. 7le$entretanto e>'licou (ue fez 'ara 'revenir a decom'osiç*o total da carne. Duando o fazendeirocom'reendeu o gesto de [onron me-i$ agradeceu)lhe e lhe deu uma 'ata do ant&lo'e (ue é = 'artedo animal cu-o sacerdote de Ifá (ue sacrificou um animal 'ega até ho-e.

7ste é 'or(ue [onron me-i é descrito como o Ifá (ue foi dado = m*o livre 'ara 'ros'erar na vida.<or esta raz*o os filhos de [onron me-i s*o recomendados a gostar da lavoura$ 'or(ue ele veioatravés do cam'o. Duando em seguida ele nasceu no mundo$ cresceu 'ara ser um fazendeiro$ masno in&cio foi muito desafortunado. 7le decidiu ir ao divinador$ aonde foi avisado 'ara fazer um tra-e 'ara si mesmo tendo todos os ,olsos so,re ela$ 'reenchendo com um o,i e um orog,o. 7leesfregaria seu cor'o com um frango e 'ara ter uma ,engala chamada o['arere em Uor",a ousogan em ,ini. 7le deveria coletar materiais do to'o de duas colinas 'r0>imas uma da outra$ assim

como das duas calhas finais da casa$ tudo 'ara ser usado 'ara invocar 7u$ 'ara afugentar osanimais intrusos de sua fazenda. 7le fez o sacrif&cio de acordo.

e'ois de ser a'aziguado 7u 'lantou armadilhas invis&veis ao redor da fazenda de [onron)me-i$(ue ca'turou os animais um a'0s o outro. +endo se livrado dos animais intrusos$ sua fazendacomeçou a frutificar. 7le tam,ém fez muito dinheiro revendendo a carne dos animais nasarmadilhas 're'aradas 'or 7u.

Hom o dinheiro lucrado ele resolveu casar. A'0s o casamento sua es'osa n*o teve filhos 'or umlongo tem'o. Hontudo a es'osa sonhou com [onron me-i dançando 'ela cidade com uma multid*oseguindo)o.

7le decidiu ir ao divinador 'ara desvendar ao significado do sonho. aNo lhe avisou 'ara 're'arardois ,astes com 'onteiras agudas e 'egar uma 'arcela de 'imenta taNeNe em Zor",a a['o[otanem ,iniJ$ eles foram usados 'ara fazer sacrif&cio 'ara 7u im'lorando)lhe 'ara transformá)la sortuda 'ara ,oa fortuna. 7le ra'idamente fez o sacrif&cio e as coisas começaram a mudar 'ara melhor emtodas as facetas de esforços humanos.

as a mulher n*o conseguiu ficar grávida$ aos 'oucos fez ele sa,er (ue a mulher era destrutiva emaléfica feiticeira. 7stes fatos foram su,se(entemente revelados a ele em um sonho 'elo seu an-oguardi*o e desco,riu (ue o an-o era res'onsável 'or tornar im'oss&vel sua es'osa ter um filho.

an-o lhe informou em um 'oema (ue uma co,ra gera uma co,ra$ como uma feiticeira gera umafeiticeira$ do "tero de sua m*e. A co,ra herda a ,olsa de veneno$ -ustamente tal (ual a feiticeira$

feitiçaria das m*es dos intestinos.

A mulher 'or fim o dei>ou$ e logo de'ois$ seus 'ais tam,ém morreram. Duando este du surge nadivinaç*o de i[in$ o in(uisidor deverá ser (uestionado se há um mem,ro falecido de sua fam&lia (uen*o teve o funeral final. 7le ou ela$ tam,ém dever*o ser (uestionados se há uma mulher em suafam&lia (ue n*o está tendo crianças.

;e o homem tinha uma es'osa infértil$ ele será avisado (ue a mulher certamente o dei>ará 'or(ueseu casamento 'ara ela n*o foi autorizado 'or seu an-o guardi*o.

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A'0s a 'erda de sua 'rimeira es'osa e de seus 'ais ele decidiu mudar de resid%nciatem'orariamente e foi a um sacerdote de Ifá chamado/ `'onrin['on a,idi tirigi$ 'ara a divinaç*o.@oi avisado a fazer sacrif&cio a fim de evitar se 'erder na floresta com um ,ode a 7u$ e 1 'orco aoseu Ifá$ e levar 16 em,rulhos de 9[O e =[ar= 'ara a sua viagem. +am,ém deveria via-ar com doiscachorros$ ele fez o sacrif&cio e dei>ou IlaZe :le$ sua resid%ncia fi>a 'ara IlaZe [o$ aonde 'rocurou se recu'erar tem'orariamente$ antes$ 'orém$ e sem sa,%)lo a viagem entre os dois lugaresse tornou um tortuoso 'esadelo. A(ueles via-antes entre os dois lugares um tanto misteriosamentenunca chegavam aos seus destinos e ninguém sa,ia com e>atid*o o (ue acontecia com eles.

 a metade de sua -ornada 'ara IlaZe [o$ seus dois c*es ficaram famintos e ele lhes deu uma 'orç*o de 9[O e =[ar= 'ara comer. Duando os c*es estavam comendo$ uma misteriosa Woá co,raJ$surgiu do nada atacou os dois c*es e os engoliu.

+endo engolido os dois c*es a Woá ficou desam'arada e [onron e-i deu uma forte estocada ematou)a. 7le dei>ou a ser'ente lá e foi 'ara IlaZe [o. Duando ele lhes contou o (ue tinha 'assado$foi ent*o (ue todos com'reenderam (ue foi Woá$ (ue estava engolindo os via-antes entre as duascidades.

'ovo seguiu)o até o local 'ara matar a Woá$ ele a'enas 'egou a 'e(uena 'edra esta,elecida noestKmago da co,ra IZn sunmaleJ e o 0leo$ levando a carne 'ara as 'essoas da cidade.

A(uela e>'eri%ncia singular 'ro-etou)o em uma fama de 'o'ularidade como sacerdote de Ifá$ ao 'asso de (ue na cidade lhe foram dadas muitas mulheres em casamento.

O4ONRON M-2I TORNA)*- O RAND- C;-- D- ILA- O4O.

Hhegando a IlaZe [o$ ele desenvolveu uma sociedade secreta com os mais velhos sacerdotes dacidade$ 'ara fazer 'or ela o (ue eles n*o 'uderam fazer 'or anos de tentativas. :m da(ueles ANo

era chamado -i[utu g,ede ;orun ) r&n g,ere g,ere [aaZe.

homem recomendou)o a fazer sacrif&cio com um ,ode 'ara 7u$ 1 ca,ra 'ara Ifá$ 1 coelho 'ara anoite e 1 galo 'ara sua ca,eça 'or(ue ele estava 'rovavelmente 'ara rece,er uma 'romoç*o. @oiavisado 'ara tocar um tam,or e dançar fora da sua casa. omento era vés'era de escolha dochefe da cidade. ;endo um visitante ele nunca as'irou = chefia da cidade$ mas ele fez sacrif&ciosmesmo assim.

A'0s e>ecutar o sacrif&cio$ ele mandou as 'essoas tocarem sinos e tam,ores$ deu :ro[e 'ara suases'osas e todos eles dançaram até o raiar do dia. +odos os sacerdotes divinos da cidade levantaram)se 'ara 'artici'ar da dança.

 a manh*$ foi conclu&do (ue ele estava 'ara ser o 'r0>imo grande chefe de IlaZe [o e houveregozi-o e -",ilos gerais. e'ois disso ele recrutou um n"mero de su,ordinados sacerdotes de Ifá$(ue 'raticaram arte de Ifá em seu nome.

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-L- - DI#INAÇÃO PARA A4PON PARA *-R PO**Í#-L TRA-R PA A I UANDO-*TA#A -M RAND- CONU*ÃO

 ovamente Ifé estava 'assando 'or uma carestia severa. Rouve uma grande seca e todos osfazedores de chuva da redondeza tinham tentado em v*o$ 'rocurar nuvens de chuva. 7n(uanto issoeles ficaram sa,endo de [onron e-i e foram a ele. <or outro lado ele era um fazendeiro e n*o

am'liou a arte de Ifá. Antes de res'onder ao convite ele foi = divinaç*o e foi recomendado de fazersacrif&cio antes de 'artir 'ara Ifé.

Hhegando em Ifé$ ele viu realmente a devastaç*o 'rovocada 'ela estiagem. +endo rece,ido sua 'arte dos sacrif&cios$ 7u (ue era o res'onsável 'elas estiagens desatarra>ou a rolha da chuva docéu e ,em na hora de sua chegada$ a'0s sim'lesmente usar iZerosun e o encantamento a'ro'riado$ achuva começou a cair. Hhoveu continuamente 'or tr%s dias e o 'ovo de Ifé começou a agradecer emlouvor de [onron me-i$ (ue e>ecutou o milagre.

encantamento usado 'or [onron me-i foi/

A ,atalha do calor nunca con(uista a colher$ e a colher nunca (ue,ra dentro da so'a.

A *AL#AÇÃO D- A4-RI5A-.

ois dos seus sacerdotes su,ordinados eram ;he[utu olagua$ -o o['a a[i[o iZere re odidi$ (uefez divinaç*o 'ara a m*e de A[eriNaZe$ (uando inimigos estavam dese-ando a morte da garota.

A m*e foi avisada a fazer o sacrif&cio de dois galos e ela o fez ra'idamente. s galos foram usados 'ara fazer sacrif&cio 'ara \g"n e 7u. 7n(uanto isso$ A[eriNaZe estava adormecida em uma noite$(uando um mal es'&rito veio em forma de co,ra 'ara entrar no (uarto en(uanto ela estavadormindo. Duando a co,ra estava (uase 'ara atravessar a 'orta$ Eu ra'idamente soltou a ,arra deferro (ue su'ortava a 'orta e caiu na co,ra esmagando)a até a morte. ,arulho da (ueda do o,-eto

de ferro 'esado acordou a m*e e (uando ela viu o (ue aconteceu se a-oelhou e cantou em louvor de[onron me-i (ue fez o sacrif&cio dela. Duando este du surge normalmente na divinaç*o$ = 'essoaserá avisada (ue seu 'ai ou sua m*e tinham feito sacrif&cio -ustamente 'ara ele ou ela e (ue tinhamanifestado agora.

;e surge irregularmente a 'essoa deverá ser avisada a falar 'ara sua m*e fazer sacrif&cio (ue corre 'erigo iminente de morte.

O MAU D-*TINO DA COROAÇÃO D- AD-UA-.

7+I XA^ G:]7. I+A AAG7 GIP7 A+A foram os sacerdotes (ue fizeram divinaç*o

 'ara AdeguaZe$ o "nico filho do rei$ (ue nasceu (uando seu 'ai -á era muito velho. sacerdoterecomendou a AdeguaZe t*o logo seu 'ai morreu$ 'ara fazer sacrif&cio as mais velhas da noite comuma ca,ra e oferecer um ,ode a Eu$ afim de (ue talvez so,revivesse a cerimKnia de coroaç*o.

;endo -ovem ele n*o gostou do resultado das oferendas sacrificiais$ logo ele n*o entendeu 'or(uedeveria fazer o sacrif&cio 'ara uma mera cerimKnia tradicional..

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e'ois disso$ a'0s o funeral de seu 'ai$ os ministros convocaram)no a 'rovid%ncia 'ara suceder notrono. A cerimKnia estava 'ara começar com uma reclus*o em isolamento em um conclave secreta 'or 14 dias.

 uma noite as feiticeiras$ (ue normalmente n*o gol'eavam sem dar a 'r0>ima v&tima anteci'ar$ 'revenindo)se$ visitaram)no e esfregou seu cor'o com suas m*os. a manh* seguinte ele ficoudoente. A des'eito de sua indis'osiç*o ele ainda n*o estava convencido de (ue deveria e>ecutar osacrif&cio.

;ua m*e foi = "nica a avisá)lo (ue -á era muito tarde 'ara fazer alguma coisa. o sétimo dia doconclave ele morreu$ mas sua morte n*o foi anunciada formalmente.

;o, a 'roteç*o de um to(ue de recolher GJ seu cor'o foi levado 'ara casa e a cerimKnia decoroaç*o foi com'letada a'0s o funeral 'elo seu filho menor (ue foi feito rei.

Duando este du surge na divinaç*o 'ara uma 'essoa (ue está 'lane-ando tomar um novocom'romisso$ ele deverá ser avisado (ue há sucesso o aguardando$ mas (ue a morte está entre ele ea realizaç*o de seu sucesso. 7le deverá$ contudo fazer sacrif&cio 'ara as mais velhas da noite e 'ara

Eu a fim de remover o 'erigo de morte de seu caminho.

CAPÍTULO XIX - IROSUN-MEJI 

 I I

 I I

I I I I

I I I I

uito 'ouco é conhecido dos tra,alhos celestes de Irosu)e-i. 7le está associado a dois tra,alhos 'rinci'ais e um de menor im'ortncia no céu.

-L- - DI#INAÇÃO PARA TODA* A* DI#INDAD-* ANT-* D-LA* PARTIR-M DO CUPARA A T-RRA

 o céu ele era chamado A['e-o :[u$ (ue é$ o homem (ue 'ode alterar o curso da morte. 7le avisouas 2SS divindades antes de 'artirem do céu (ue$ chegando na terra$ deveriam a,ster)se de im'orregras infle>&veis e normas$ 'or(ue leis r&gidas criavam afastamentos e evases. Xhes avisou 'ara ,uscarem o a'oio de Eu$ oferecendo um ,ode a ele. 7les se recusaram a faz%)lo 'or(uetradicionalmente des'rezavam a divindade tra'aceira. !r"nm#lá foi o "nico (ue deu o ,ode a Eu.e'ois disso todos 'artiram 'ara a terra.

Assim (ue eles se esta,eleceram na terra$ o 1_ decreto eles 'romulgaram$ sendo (ue t*o logo algumdeles começasse criar ca,elos grisalhos$ a(uela divindade retornaria 'ara o céu.

Honforme o decreto$ (uem (uer (ue tivesse ca,elos ,rancos morria. @inalmente foi a vez de!r"nm#lá ter ca,elos grisalhos. Assim (ue os ca,elos grisalhos se tornaram 'redominantes em suaca,eça$ as outras divindades recordaram)no (ue era sua vez de morrer. 7le concordou com eles (ueera chegada a hora 'ara ele retornar 'ara casa no céu.

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 esse &nterim$ ele consultou seu Ifá$ (ue avisou a fazer sacrif&cio com um ,ode 'ara Eu e tam,éminhame seco triturado e misturado com cinzas e amarrar o '0 em uma sacola feita de ráfia$ naentrada 'rinci'al de sua casa. e'ois disso$ ele deveria servir Ifá com um 'orco e alimentar todas asdivindades restantes com ele. 7le fez todos os sacrif&cios e 're'araçes como foi avisado.

7nt*o chegou o dia do ,an(uete o (ual se su'unha ser uma festa de des'edida 'ara ele antes de 'artir 'ara o céu. +radicionalmente era 'roi,ida a entrada na casa de algumas das divindades comum gorro na ca,eça. Assim (ue alguns deles alcançaram a entrada da casa de !r"nm#lá$ ele tinha(ue remover seu gorro na(uele 'onto$ Eu esfregou o ca,elo dos visitantes com o '0 de dentro dasacola na entrada e ficaram imediatamente grisalhos. 7le colocaria seu gorro na ca,eça a'0satravessar a entrada. A(uele ritual foi feito 'or cada uma das divindades visitantes$ mas sem oconhecimento delas todas.

Assim (ue a refeiç*o estava terminada$ todos 'erguntaram a !r"nm#lá (uando ele iria morrer. 7leres'ondeu (ue ele tinha com'letado seus 're'arativos 'ara morrer na(uela noite$ 'or(ue estavamuito satisfeito em 'artici'ar no grande volume de mortes (ue estava 'reste a tomar lugar. 7les se 'erguntaram o (ue dizer com mortes em massa$ -á (ue ele era a "nica divindade conhecida marcada 'ara morrer.

7le ent*o e>'licou (ue -á (ue n*o era o "nico (ue tinha ad(uirido os ca,elos grisalhos$ concluiu (uetodos eles deveriam ter de morrer simultaneamente. 7le lhes disse 'ara remover seus gorros de suasca,eças$ e desco,riram$ 'ara es'anto geral$ (ue todos na cmara tinham ficado com'letamentegrisalhos.

7m face da 'er'le>idade resultante$ eles ra'idamente a'rovaram unanimemente a resoluç*o (uedesde ent*o$ a'enas a(ueles (ue eram velhos o suficiente 'ara morrer$ morreriam. A resoluç*odestacou (ue a a'ar%ncia grisalha dos ca,elos nas ca,eças de alguém$ -á n*o constitu&a o 'adr*o 'ara medir o tem'o 'ara a morte. A(uele foi como !r"nm#lá modificou o m0r,ido decreto dasdivindades$ 'or(ue se a(uela lei tivesse 'ersistido$ ninguém teria vivido mais de 4S ou 5S anos naterra.

-L- - DI#INAÇÃO PARA O CROCODILO

7n(uanto no céu$ o crocodilo sem're foi uma criatura indefesa. 7le tinha ,oca a (ual comer$ falar edefender)se. Duando se 're'arava 'ara vir 'ara o mundo$ foi a !r"nm#lá 'ara divinaç*o so,re o (uefazer 'ara ser feliz na terra. 7le foi avisado a fazer um sacrif&cio com uma serra de ferro e um ,odea Eu. A'0s o sacrif&cio estar feito$ ele rece,eu uma segunda ,oca a (ual era sua cauda feita da serrade ferro sacrificial. Hom a segunda ,oca$ ele era ca'az de se defender e lutar 'or sua comida. asfoi advertido em n*o ser ingrato com seu divinador.

7ste é o motivo (ue chegando na terra$ o crocodilo sendo um anf&,io$ usaria sua cauda 'ara derrotar

e de,ilitar suas v&timas$ e ent*o usar sua verdadeira ,oca 'ara arrastar sua v&tima na água. crocodilo 'ode engolir (ual(uer coisa$ mas n*o as sementes de !r"nm#lá I[inJ. dia (ue eleengoli)las$ ele certamente morrerá.

-L- - DI#INAÇÃO PARA O P-I'- - O RATO PARA O* MULTIPLICAR

7le fez divinaç*o 'ara o rato e o 'ei>e com o seguinte encantamento (uando eles estavam vindo 'ara a terra.

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7-e-i laasun lere$ 7-e-i laasun$7-i lomo e[u sun lo[o odeta$7-i lomo e-a sun loni$ odeta.

achos e f%meas se acasalam 'ara multi'licar$ois ratos devem acasalar na terra 'ara gerar um 3_ rato$ois 'ei>es devem acasalar na água 'ara gerar um 3_ 'ei>e.

7les (ueriam desco,rir o (ue fazer a fim de se multi'licarem na terra. 7le lhes avisou 'ara fazersacrif&cio com uma galinha$ um 'acote de inhames$ uma ca,aça de água$ um mel*o fermentado:,o,o ogiri em Uoru,a e 7v,arie em Wi,iJ$ e todos os condimentos usados 'ara 're'arar umaso'a.

7le usou os materiais 'ara servir seu Ifá$ im'lorando 'ara a,ençoar os ofertantes com filhos. 7letam,ém 're'arou vegetais 'ara eles fazerem so'a 'ara seu consumo$ com 'arte das avessacrificiais$ es'ecialmente a moela. A so'a era 'ara ser consumida 'or eles$ ,em como seusmaridos. Xogo em seguida$ am,os o rato e o 'ei>e$ ficaram grávidas e deram a luz dentro de tr%s

meses$ logo se multi'licando a 'assos largos.

;e este du surgir 'ara uma mulher (ue está ansiosa 'ara ter uma criança$ as folhas 'ro'&cias s*ocoletadas 'ara 're'arar uma so'a com a moela da galinha usada 'ara fazer sacrif&cio 'ara Ifá$ e elacertamente ficará grávida.

IRO*UN)M-2I #-M PARA O MUNDO

s sacerdotes de Ifá$ (ue fizeram divinaç*o 'ara ele antes de sua 'artida do céu eram chamados/Ariro soNo gini gini mo[o$IraNo ,ese leZin eran$

-u imo [iraNo matu eron se.

7les o avisaram 'ara fazer sacrif&cio com um galo e uma tartaruga 'ara a divindade do infort"nio7lenini ou Ido,oJ e um ,ode 'ara Eu. +am,ém foi recomendado a dar uma galinha da ]uiné 'araseu an-o guardi*o. 7le se recusou a fazer algum dos sacrif&cios$ e ent*o veio ao mundo aonde estava 'raticando a arte de Ifá. Duando cresceu$ era t*o 'o,re (ue n*o 'odia ter recursos 'ara casarsossegado e ter um filho. sofrimento se tornou t*o severo 'ara ele (ue a'esar de suas frustraçes$decidiu -ogar suas sementes de Ifá fora.. esse &nterim$ teve um sonho no (ual seu an-o guardi*osurgiu)lhe falando (ue ele era o "nico res'onsável 'or seus 'ro,lemas 'or(ue tinha teimosamenterecusado a fazer o sacrif&cio 'rescrito. Duando acordou de manh*$ decidiu consultar seu Ifá e foient*o (ue com'reendeu (ue foi seu guardi*o (ue surgiu 'ara ele na noite e ra'idamente 'rovidenciou fazer sacrif&cio 'ara seu Ifá e deu um ,ode a Eu. Ifá avisou)o 'ara retornar 'ara o céu

 'ara informar a eus como falhou em o,ter 'ermiss*o em 'rimeiro lugar. <ara seu retorno ao céu$foi avisado a ir com um galo$ uma tartaruga$ um 'acote de inhames$ uma ca,aça de água$ uma de0leo$ 'imenta$ (uia,o e ra'é. 7le -untou todas as coisas e em'acotou)as em sua ,olsa divinat0riaA`IIP7`: ou A]WAW`J.

A'0s via-ar até o limite entre o céu e a terra$ ele teve (ue atravessar sete colinas antes de chegar aocéu. Xá chegando foi direto ao 'alácio divino$ onde encontrou o guarda da HwAGA IIA ) adivindade do infort"nio ou ZeZe muNo$ a m*e dos o,stáculos. 7le se a-oelhou na cmara divina e 'roclamou (ue viera em toda humildade 'ara renovar seus dese-os terrestres. UeZe muNo inter'Ks)

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7le fez divinaç*o e avisou)a 'ara fazer sacrif&cio com uma 'orç*o de cinzas$ sal e ramos secos de 'almeira$ folhas secas$ adicionando um ,ode a Eu. 7le tam,ém avisou)a n*o a,andonar seu maridoa fim de evitar a ca'acidade f&sica (ue 'oderia alei-á)la.

7la nem fez o sacrif&cio$ nem 'restou atenç*o ao seu aviso de n*o se divorciar do marido. Assim(ue encontrou um homem mais ,onito chamado run;olJ na terra$ ela des'rezou seu maridooficial$ ,aseando (ue sua resid%ncia era su-a e desconfortavelmente fria$ ela soltou arremessouJ umsus'iro de al&vio no encontro com o sol dizendo (ue finalmente tinha encontrado o marido certo.7m desafio aos avisos de Irosunme-i$ ela começou a viver com o sol$ seu novo marido.

 *o muito de'ois$ a casa do sol começou a es(uentar. tem'o se tornou t*o (uente e seco (ue elan*o estava acostumada ao calor intenso$ o (ual dei>ou)a muito desconfortável. Homeçou aim'ortunar seu novo marido e dei>ou sua casa 'ara 'rocurar um lugar mais fresco. Duando o sol 'erce,eu (ue ela estava a,andonando)o$ 're'arou uma vaca de fogo e visitou)a em seu esconderi-o.Duando ele estava saindo$ ele disse)lhe 'ara acom'anhá)lo$ o (ue ela concordou em fazer.

Duando eles alcançaram um 'onto muito seco ele 'erguntou)lhe se alguém da casa 'oderia ouvirum choro da(uele 'onto. 7la res'ondeu (ue o lugar n*o estava dentro do alcance da voz ficando

temerosa sem sa,er o (ue iria acontecer ent*o. 7le 'erguntou 'or(ue ela o tinha dei>ado e o estavaignorando. 7la re'licou (ue sua casa havia se tornado muito (uente e (ue n*o era acostumada aam,ientes muito a(uecidos.

7le ent*o retirou seu ,ast*o de fogo e colocou as folhas secas no ch*o em chamas. fogo sees'alhou e envolveu)a. Duando ela estava 'ara ser consumida 'elo fogo$ se lem,rou de seu e>)marido no céu chuvaJ. 7la im'lorou a chuva 'ara salvá)la do fogo desencadeado nela 'elo sol como seguinte 'oema/

-oo arata o-o:no ['i['a ,ele-eo-o arata o-o

-o dudu ,olo-o-o arata o-o

Duando chuva a ouviu chorando do céu$ foi movido de sim'atia 'or ela$ e (uase imediatamente achuva começou a cair e logo e>tinguiu o fogo (ue destru&a sua ess%ncia. A chuvarada 'ro'orcionadaimediatamente a aliviou e ela começou a se regozi-ar.

+odavia$ tendo em vista o sacrif&cio (ue se recusou a fazer 'ara Eu$ ela n*o estava totalmente livredo 'erigo. Duando se moveu 'ara retornar 'ara casa$ ela n*o sa,ia (ue havia um ,uraco no ch*ocontendo algumas ,rasas dentro o (ual n*o a'anhou chuva.

7la caiu com seus dois 'és e m*os no ,uraco em chamas e seus mem,ros ficaram (ueimados. Hom

o (ue ela 'erdeu seus mem,ros e se tornou inválida. Assim é como a minhoca veio a e>istir ecomeçou a raste-ar so,re seu a,dKmen desde a(uele dia. (ue e>'lica 'or(ue a minhocadesa'arece dentro da terra em ,usca de solos "midos durante a estaç*o seca e s0 raste-a felizdurante as chuvas. <ortanto o ditado diz (ue uma mulher nunca a'recia um ,om marido até ela tertido motivo 'ara e>'erimentar um segundo.

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IRO*UN ) M-2I COM-ÇA UMA NO#A #IDA NA T-RRA

+endo es(uecido seus 'edidos no céu$ ele n*o e>atamente encontrou uma vida fácil no começo. 7leficou a 'rocurar 'or algum tem'o antes de achar seu rumo a'esar do sacrif&cio (ue tinha feito.A(uilo era devido o efeito da maldiç*o da m*e dos o,stáculos. 7le se tornou um via-anteoni'resente se movendo de uma cidade a outra 'ara 'raticar sua arte de Ifá.

urante uma de suas viagens$ se casou com uma mulher chamada oromo['eImiomotie em WiniJ(ue era ha,ituada a flertar a cerca de todas as vezes (ue ele estava fora de casa. 7la$ contudo ficougrávida$ e durante o tra,alho de 'arto$ n*o 'odia dar a luz. e'ois de tentar de tudo ele ficou 'er'le>o. a(uele momento$ outro sacerdote de Ifá chamado AdaNara se Nara$ veio visitá)lo. 7rafamoso 'elas suas divinaçes (ue aconteciam imediatamente. Duando ele fez divinaç*o no 'or(ue amulher tinha dificuldade no 'arto$ ele revelou (ue ela havia cometido adultério de'ois ficandográvida e (ue ela n*o 'ariria a menos (ue confessasse sua aç*o criminosa.

Duando a mulher foi interrogada intimamente$ confessou ter tido um caso com dois homens antes edurante sua gravidez. e'ois de sua confiss*o ela 'ariu facilmente. o sétimo dia$ Irosunme-irece,eu novamente a visita de AdaNara se ^ara 'ara a cerimKnia de divinaç*o do nome. 7le

desco,riu (ue tinha uma ,oa criança$ mas avisou)o (ue sacrif&cio deveria ser feito com um galo eum ,ode a fim de minimizar os 'ro,lemas (ue a criança estava 'ro'ensa a encontrar na vida.

A criança foi nomeada Ifamude Ihasaindo em WiniJ. Duando a criança cresceu ele 're'arou um ,umeranguee['edeJ 'ara si.

sacerdote de Ifá havia alertado (ue a criança será avisada a nunca ir a floresta no dia de descanso$a fim de diminuir o risco de ter a vis*o de seu an-o guardi*o na floresta. ;ua m*e tam,ém erachamada eZi.

:m dia$ seu 'ai estava longe da fazenda$ en(uanto sua m*e fora ao mercado dei>ando)o sozinho emcasa. @ora = malandragem$ ele su,iu através do telhado da casa e escondeu)se segurando seu

 ,umerangue. <ara seu total es'anto$ as ca,ras na casa a'areceram em diferentes tra-es 'ertencendoa sua m*e.

Duase em harmonia as ca,ras começaram a cantar/

:-a ,ele ,ele ta[o[oeZi lo o-a7ran Nule og,edo ['ashe,a7Ze Nule eg,edo ['a seZe:-a ,ele ,ele ta [o [o

significado da canç*o é (ue as ca,ras estavam reclamando (ue Irosunme-i e sua es'osa eZi

eram t*o sovinas (ue eles n*o 'oderiam davam)se ao lu>o deJ oferecer alguma das centenas deca,ras e galinhas (ue eles tinham na casa 'ara seus ante'assados.

Ifamude ficou t*o atKnico com o incidente (ue ele ra'idamente desceu$ 'egou a arma de seu 'ai noaltar de \g"n e matou a ca,ra cantando. restante das ca,ras correram mato adentro com as rou'asde eZi as (uais elas vestiam.

Duando eZi retornou do mercado$ ela desco,riu (ue todas as ca,ras tinham desa'arecido comtodas as suas rou'as. Duando ela viu a ca,ra morta (ue n*o 'ode correr 'ara longe$ ela (uestionou

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ao filho o (ue tinha acontecido e Ifamude narrou os eventos 'ara ela. 7le e>'licou (ue o motivo den*o ter 'erseguido as ca,ras até a floresta era 'or(ue era um dia de descanso. Duando ele era 'roi,ido de entrar na floresta.

Duando seu marido retornou da fazenda ele tam,ém foi informado do (ue tinha acontecido eagradeceu aos seus ante'assados 'or 'ou'arem a vida de seu filho na circunstncia a (ual seencontrava$ (uase imediatamente 'egou uma ca,ra colorida de cinza$ duas galinhas e um 'ei>e 'arafazer o sacrif&cio 'ara seus ante'assados.

Duando este odu surge na divinaç*o o su-eito será avisado a tomar cuidado com o risco de rou,o efurto a sua volta.

A 3-N-#OL<NCIA D- I-RO*UN)M-2I

Irosunme-i sem're estava 're'arado 'ara au>iliar alguém em dificuldade. :m dos ,eneficiados 'orsua ,enevol%ncia foi um caçador chamado de$ (uem lhe solicitou 'or assist%ncia em coletar dafloresta o (ue tinha matado em sua e>'ediç*o de caça. 7le fez o favor sem ressalva.

utro foi o fazendeiro chamado g,e$ (uem tam,ém lhe solicitou 'or a-uda na colheita de seus 'rodutos agr&colas da fazenda. 7le tam,ém fez o favor sem d"vida. *o a'enas a-udou o caçador nacoleta de seus animais de caça da floresta$ mas tam,ém o au>iliou a assá)los e cortá)los.

7n(uanto estava assando os animais$ o fogo acidentalmente (ueimou seus olhos e lhe deu umadesfiguraç*o 'ermanente. Xogo de'ois$ estava colhendo 'ara o fazendeiro$ e os raios do sol ofuscouseus olhos e dei>ou)os vermelhos. 7stes dois acidentes turvou e afetou seus sentidos. A'esar desteinconveniente$ o fazendeiro e o caçador claramente recom'ensaram)no com ingratid*o grosseira.

segundo deles foi encontrar sua amante e (uestionou)a 'or continuar a a-udar um homem (uem(uase n*o via. 7les 'erguntaram se ela n*o 'egaria um homem com'leto 'ara casar.

urante sua 'r0>ima visita a sua amante$ ela tratou com frieza$ e finalmente lhe disse (ue n*o maisestava dis'osta a casar com ele 'or causa de seu defeito ocular$ contudo revelou)lhe (ue seusamigos de e g,e haviam vindo escandalizá)lo 'erante ela.

7le ent*o a'elou ao seu an-o guardi*o e sua ca,eça 'ara desem,araçá)lo do sofrimento (ue trou>e odefeito a sua a'ar%ncia. A noite seguinte$ alguém a'areceu 'ara ele em sonho e lhe disse 'ara fazersacrif&cio com uma ca,ra e algumas folhas com as (uais deveria lavar sua ca,eça e olhos 'or setedias. 7le estaria lavando sua ca,eça na água do esgoto :roramen em WiniJ de sua casa.

Ao final da o'eraç*o de lavagem de sua ca,eça e olhos os defeitos 'ara seus olhos haviamdesa'arecido e ele estava t*o ,onito e t*o alinhado (ue em outras ocasies. 7le ent*o retornou a sua

amante (ue ficou t*o feliz de v%)lo com sua nova a'ar%ncia.

Xogo em seguida eles se casaram e foram felizes e 'r0s'eros. 7n(uanto isso$ ele decidiu 'roferiruma 'raga aos seus ingratos amigos com o seguinte encantamento/

Ino ioma ['an-u oderun ioma ['an-u ode

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(ue significava (ue dai 'ara sem're$ o caçador seria identificado 'ela vermelhid*o de seus olhosen(uanto o fazendeiro seria sem're açoitado 'elos raios do sol antes de ele 'oder tirar algum ,eneficio de sua fazenda.

7le viveu 'ara ser muito 'r0s'ero e famoso.

-L- - DI#INAÇÃO PARA AIRO5O*-3O - A RAIN;A MÃ- DO TRONO D- 3-NIN

Arigala rigala fez divinaç*o 'ara AiroNose,o$ o homem (ue era muito 'o,re 'ara ter condiçes defazer o sacrif&cio 'rescrito 'ara ele a fim de 'ros'erar na vida.

AiroNose,o 'or sua vez fez divinaç*o 'ara a es'osa do ,a de Wenin (uando ela estava ansiosa 'ara ter um filho. a(uele e>ato momento$ a mulher havia -ustamente começado sua menstruaç*o.

Assim (ue ela entrou na casa de AiroNose,o$ ele lhe disse (ue ela estava em seu 'er&odo mensal$ e(ue se ela fizesse sacrif&cio ficaria grávida no m%s seguinte e carregaria adiante um menino (ueascenderia ao trono do Wenin. @oi avisada a fazer sacrif&cio com um ,ode$ um galo$ um 'ato$ uma

galinha$ e dezesseis ,"zios. 7la ra'idamente fez o sacrif&cio.

Honforme a 'rediç*o verdadeira de AiroNose,o$ ela engravidou logo em seguida esu,se(entemente teve um menino (ue estava sendo 're'arado 'ara tornar)se o 'r0>imo ,a deWenin.

Duando seu 'ai se -untou aos seus ancestrais$ o 'r&nci'e real se tornou ,a do Wenin.

+odos esses anos AiroNose,o ainda n*o tinha 'odido ganhar dinheiro suficiente 'ara fazersacrif&cio o (ual estava entre ele e a 'ros'eridade. :m dia$ AiroNose,o estava 'assando 'elo 'alácio do ,a do Wenin e a rainha m*e o viu de longe.

7la correu ra'idamente e agradeceu)lhe reverentemente em seus -oelhos ) uma ocorr%ncia muitoincomum$ ver a m*e do ,a agradecer alguém de -oelhos.

Duando o ,a viu sua m*e agradecendo alguém com a a'ar%ncia miserável de -oelhos$ mandou ,uscar sua m*e e o homem. ;olicitou a m*e e>'licar tais res'eitos régios 'ara um 'le,eu (ue eraclaramente um 'o,re. A m*e$ entretanto esclareceu (ue a'esar de ser um 'o,re$ era na verdade ohomem (ue tinha tornado 'oss&vel a ela t%)lo (uando seu falecido 'ai n*o tinha filhos meninos.

,a ent*o$ se voltou 'ara AiroNose,o e 'erguntou)lhe 'or(ue ele era inca'az de a-udar a simesmo$ se ele realmente tinha o 'oder 'ara au>iliar os outros a 'ros'erar na vida. 7le e>'licou (ueestava desventurado 'or(ue ele n*o tinha condiçes 'ara e>ecutar o sacrif&cio$ feita 'reviamente edadas 'or Arigala rigala. <erguntou (ual o sacrif&cio envolvido$ e ele revelou (ue era um rato e a

carne de um 'orco. ,a 'erguntou)lhe se ele acreditava (ue fazendo o sacrif&cio com estes doisanimais verdadeiramente resolveria seus 'ro,lemas$ e ele confirmou (ue ele faria ent*o.

;o, 'ena de morte$ o ,a decidiu au>iliá)lo a se tornar visivelmente 'r0s'ero a'0s o sacrif&cio. @oient*o dadas a ele acomodaçes es'eciais no 'alácio real em g,e numa 'arte da cidade do Wenin.

,a ent*o solicitou duzentos ratos e um 'orco do mato vivo$ os (uais foram agru'ados antes do 'Kr)do)sol na(ueles muitos dias. 7 claro (ue na(uele tem'o a 'alavra do monarca do Wenin era alei.

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 a(ueles dias n*o haviam 'orcos domésticos no im'ério do Wenin$ ent*o$ um 'orco selvagem tinhasido a'anhado da floresta.

AiroNose,o 'egou a'enas um dos ratos adicionou o,i 'ara servir seu falecido 'ai. Ravia umaárvore da vida A[o[o em UorV,á e um [hinmNin em ,iniJ na 'arte de trás do 'átio do 'alácio real.7le amarrou o 'orco a árvore$ aguardando o sacrif&cio no dia seguinte. a(uela noite$ choveucelestemente$ e o 'orco cavou o solo em redor da arvore.

Duando cavou na terra$ o 'orco involuntariamente desenterrou 'otes de tesouro a'arentementeenterrados lá 'or um rei morto. A'0s garim'ar os 'otes de tesouro$ o 'orco cortou a corda com a(ual estava amarrado$ soltou)se e correu de volta 'ara a floresta. a manh* seguinte$ AiroNose,osaiu 'ara ins'ecionar o 'orco a'enas 'ara desco,rir (ue ele tinha esca'ado$ dei>ando a mostra os 'otes do tesouro (ue tinha desenterrado. s 'otes estavam com'letamente cheios de dinheiro$contas$ rou'as$ etc... 7le removeu todos os tesouros 'ara sua casa. 7nt*o usou algumas das contas 'ara fazer um tra-e$ sa'atos$ ,oné e um colar 'ara si. endeu alguns do restante e usou o lucro 'aracom'rar um cavalo 'ara si.

Duatro dias a'0s o sacrif&cio$ ele se vestiu em seu novo 'aramento e montou no cavalo 'ara o 'alácio 'ara demonstrar ao ,a (ue seu sacrif&cio tinha se manifestado. endo)o$ o reicum'rimentou)o e 'roclamou)o um eficiente sacerdote de Ifá. 7le foi ent*o indicado comodivinador real e viveu em o'ul%ncia e ascens*o muito de'ois no reino do Wenin.

COMO I-RO*UN)M-2I O3T-#- POPULARIDAD- COM MA2-*TAD-

;ua associaç*o com o rei do Wenin lhe trou>e 'o'ularidade em todas as cidades vizinhas e vilasatravés do reino. 7le estava em uma divinaç*o ao redor (uando encontrou um sacerdote de Ifáchamado AdaZoo[o$ (ue fez divinaç*o 'ara Irosunme-i chamado tam,ém 7le[o dere. 7le foiavisado a fazer sacrif&cio com sete ratos$ sete 'ei>es$ sete galinhas$ um ,ode$ um 'orco$ uma ca,ra e

tr%s cachorros. 7le fez o sacrif&cio adicionando 5.SSJcinco dinheiros.

A'0s o sacrif&cio$ todos os ,a de 'erto e de longe começaram a enviar 'resentes a ele 'or contados serviços (ue 'restou. 7ntre os 'resentes ofertados a ele havia$ escravos humanos$ vacas$ ca,ras$dinheiro$ etc... @oi como sua 'ros'eridade se tornou ilimitada.

-L- - DI#INAÇÃO PARA OLO5U D- O5U

Ueri Zei$ afasho didu ,ora$ era seu a'elido (uando foi fazer divinaç*o 'ara o loNu. 7lerecomendou ao loNu a fazer sacrif&cio a fim de ter 'oder e influ%ncia. @oi avisado a fazer 2sacrif&cios$ um com carneiro e outro com carne de vaca$ ca,ra $ 'orco$ cachorro$ tartaruga$ 'ato e

um coelho$ a fim de evitar ter 'ro,lemas vindos de uma mulher amarela. 7le fez o 'rimeirosacrif&cio$ mas se recusou a fazer o segundo$ a'esar de ter feito o sacrif&cio com carne de vaca.

7n(uanto isso$ as @orças Armadas de Zo se lançaram em ata(ue contra Nu$ um evento o (ual erauma caracter&stica comum no relacionamento entre as duas cidades na(uele tem'o. As forçascom,atentes de Zo estavam cercadas 'elo e>ército de Nu$ e todos foram tomados 'risioneiros. Gei de Zo foi ent*o ao divinador e foi avisado 'ara fazer o sacrif&cio (ue o loNu se recusou afazer incluindo 2S1 ovos$ 45 coelhos e 41 ca,aças de 0leo. Gei de Zo ra'idamente fez osacrif&cio.

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Ravia uma mulher amarela na cidade de Nu (ue era t*o 'oderosa (ue seus dese-os eram lei$ mastinha se a'ai>onado com o loNu de Nu. A mulher se sentiu desfeitada$ ra'idamente decidiu fazero loNu entender como era alto o 'reço 'or ofend%)la. 7la 're'arou uma mistura de vinho e osun e -ogou)a na 'oderosa casa de loNude Nu$ en(uanto ele estava dormindo. A mulher na verdade erauma feiticeira e era a "nica ca'az de e>ecutar a(uela atividade 'si(uicamente.

 este momento$ as tro'as de Zo atacaram Nu e no andamento massacrou o e>ército de Nuinteiro e tomou o loNu como seu cativo. Duando o loNu foi levado 'risioneiro de guerra ante oGei de Zo$ o "ltimo concordou em levá)lo de volta 'ara sua casa em seu dom&nio. loNu$ deoutro modo$ um rei muito 'resunçoso$ res'ondeu (ue ele n*o tinha casa 'ara retornar.

7le ent*o 'ronunciou um encantamento 'ara 'r0'ria imolaç*o e morreu instantaneamente. A mulheramarela (ue tam,ém foi ca'turada foi usada 'ara os ancestrais.

-L- - DI#INAÇÃO PARA A* #-ND-DORA* D- -4O - ?4AR? D- OD-R-

Raviam duas mulheres na cidade de dere. :ma 're'arava 9[O mingauJ$ en(uanto a outra

 're'arava =[ar= ,olinhos de fei-*oJ 'ara vender. Duando seus neg0cios começaram a declinar$am,as decidiram consultar Irosun)e-i 'ara divinaç*o. a(uela é'oca ele tinha tr%s sacerdotes deIfá alo-ados tem'orariamente com ele$ denominados/ Ada roo[o$ Ada roodo e Ada toro IZangan.@oram eles (ue fizeram divinaç*o 'ara as duas mulheres na casa de Irosun)e-i.

A'0s a divinaç*o$ os tr%s sacerdotes recomendaram)nas (ue seus neg0cios frutificariam se elas 'udessem fazer sacrif&cio. A 'rodutora de 9[O foi dito 'ara fazer sacrif&cio com 1 galinha$ 2 'om,ose 1 caracol. Am,as fizeram os sacrif&cios.

e'ois$ seus neg0cios se tornaram muito 'r0s'eros e os dois itens se tornaram alimentoselementares$ e desde ent*o$ 'essoas dificilmente tomam 9[O sem =[ar=. Al=[ar= era uma mulherclara en(uanto (ue 7le[o era muito 'álida (uase ,rancaJ.

;e 'erigo é mostrado aZe oJ na divinaç*o$ o sacrif&cio é feito com um galo marron ou vermelho$um 'ano vermelho o (ual a 'essoa -á tenha em sua casa$ e 'imenta. Xa,aredas de fogo e>tintas 'orágua s*o usadas 'ara lavar o rosto da 'essoa$ a fim de evitar uma catástrofe (ue 'ode faz%)la chorar.

;e surgir normalmente ureJ ele será avisado (ue uma mulher clara surgirá no seu caminho com(uem deverá finalmente casar$ e cu-o 'rimeiro filho será um menino. 7le$ entretanto será avisado 'ara fazer sacrif&cio com uma ca,ra.

;e 'or outro lado surgir 'ara uma 'essoa ansiosa 'or ter filhos$ uma ovelha é oferecida a Ifá e a 'essoa certamente começará a t%)los.

I ) ALLA- TOMA A COROA D- OD-R-

 este estágio de sua vida$ Irosun)me-i tinha se tornado muito 'r0s'ero e sua 'o'ularidade tinha sees'alhado aos (uatro ventos. esse meio tem'o tinha um n"mero de outros sacerdotes de Ifá aosseus serviços. :m dos aNo era chamado -i `utu `utu ],ede.

 uma manh* Ifá AlaaZe veio 'ara divinaç*o. aNo fez divinaç*o 'ara ele e lhe disse 'ara fazersacrif&cio ra'idamente 'or causa de uma dis'uta. 7le avisou 'ara fazer sacrif&cio com sete claras$ a

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Am,os foram avisados a fazer sacrif&cio com uma folha de 'almeira$ uma 'ena de 'a'agaio e umcarneiro 'ara seu an-o guardi*o e tam,ém dar um ,ode a Eu. Ale é muito calmo$ 'aciente e muito ,om ouvinte e ra'idamente fez os sacrif&cios. @efe 'or sua vez$ muito veloz$ velhaco e cheio de 'resteza. 7le era t*o conceituado (ue n*o considerou necessário fazer nenhum sacrif&cio. Am,os 'artiram 'ara a terra ao mesmo tem'o. Hhegando na fronteira entre o céu e a terra$ eles seguiramseus caminhos. Ale foi muito ,em sucedido na terra$ aonde ele se tornou o 'a'el ncora de eus dascriaturas vivas. 7les tinham sido avisados no céu (ue 'oderiam viver 'ara sem're se fizessem osacrif&cio. esde (ue foi s0 Ale (ue fez o sacrif&cio$ a 'roduç*o (ue todas 'lantas e animais vindosao mundo tinham 'rimeiro (ue 'restar homenagens a ele tocando)o ou sua ca,eça no ch*o 'ara Ale.

@efe 'or outro lado n*o 'ode viver muito na terra. ;ua resid%ncia era ef%mera$ 'or(ue ele 'ermaneceu se movendo entre o céu e a terra. 7ste é o 'or(ue o ch*o tem uma esta,ilidade ee>ist%ncia 'ermanente na terra$ en(uanto o vento n*o é a'enas invis&vel$ mas n*o tem e>ist%nciaconhecida. ;ua 'resença s0 'ode ser sentida$ mas n*o vista.

O5UANRIN M-2I *- PR-PARA PARA #IR AO MUNDO

endo (ue muitos de seus irm*os mais velhos no céu tinham 'artido$ tam,ém decidiu (ue era omomento de ir e ver como as coisas eram na terra. 7stava muito assustado 'elas hist0rias azaradascontadas 'elos outros$ e decidiu (ue antes de vir 'ara a terra$ tinha (ue fortificar a si mesmo.

7le a,ordou um sacerdote de Ifá no céu chamado shu['a$ omo alasho Aran[i-e$ (ue lhe fezdivinaç*o. @oi avisado 'ara fazer sacrif&cio com 3 ratos$ 3 'ei>es$ 3 ca,ras$ 3 ,odes e 2 cachorros$como segue/

2 ,odes 'ara Eu ,adara1 ,ode 'ara Eu ) Pelu1 ca,ra 'ara r&a1 ca,ra 'ara Ifá

1 ca,ra 'ara ;arah1 cachorro 'ara \g"n1 cachorro 'ara ,alifon1 galo 'ara :-a Ati[iri-i1 galo 'ara soZin1 galo 'ara 7nimitZ. 7le foi avisado (ue ele iria 'assar 'or tr%s -ulgamentos en(uanto na terra e (ue a(ueles sacrif&cioseram necessários a fim de so,reviver a eles. @oi avisado (ue levaria uma vida 'r0s'era$ mas (ueorte sem're estaria em seu rastro com um 'orrete. +am,ém na rota de sua vida$ estava o risco deuma longa e inca'acitante doença. <or trás dos dois -ulgamentos estaria o ,em vindo so'ro da 'ros'eridade e da sa"de. 7le fez todos os sacrif&cios.

<or conta do ela,orado sacrif&cio (ue ele 're'arou 'ara Eu$ começou a ver os ,ons efeitos atémesmo antes de 'artir 'ara a terra. +*o logo Eu comeu seu ,ode$ ele removeu o crnio do c*o dado 'ara \g"n e colocou)o na entrada da casa do Gei da orte. 7n(uanto isso \g"n estava 'rocurando 'elo crnio do cachorro (ue ele havia comido e encontrou)o na casa do Gei da orte$ (ue na(uelemomento estava fora em seu tra,alho rotineiro e diário na terra em ,usca de comida. \g"n viu 'orfim o Gei da orte em algum lugar na terra e deteve)o. esnecessário dizer (ue \g"n é muito fortee muito mais 'erverso (ue orte. \g"n acusou orte de rou,o e ingratid*o$ dizendo (ue ele n*o

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estava satisfeito com a carne humana (ue ele ia ,uscar 'or meio de acidentes todo dia$ mas haviatam,ém começado a dese-ar ardentemente sua 'r0'ria comida favorita$ o cachorro.

;a,endo (ue ele estava indefeso no com,ate com \g"n$ orte desa'areceu como ele é acostumadoa fazer. \g"n$ 'or outro lado$ n*o tinha a ca'acidade de desa'arecer. 7le$ entretanto correuvelozmente de volta ao céu 'ara encontrar orte em sua casa.

Duando \g"n encontrou orte em sua casa$ começou a atacá)lo com sua arma matchetJ. orte$(ue é uma divindade alta e gorda$ considerando o castigo muito 'ara ele$ gritou 'ara todos os c*esno céu 'ara estarem unidos. ;eus seguidores -untaram 2S1 cachorros e assaram sete delesimediatamente 'ara \g"n$ (ue tinha nesse meio tem'o destru&do muitas vidas e 'ro'riedades nocéu.

7n(uanto \g"n 'unia o orte$ sua es'osa$ a divindade da oença foi ferida na de,andada geral en*o 'ode seguir Nanrin e-i na terra$ como havia 'lane-ado fazer. @oi durante a confus*o no céu(ue Nanrin e-i afastou)se sorrateiramente do céu em sua -ornada 'ara a terra.

Duando a 'oeira ,ai>ou e \g"n havia dei>ado o orte em 'az$ Ari[u e A-e longa vida e

 'ros'eridadeJ tiveram a o'ortunidade de acom'anhar Narun e-i ao mundo. F im'ortanteo,servar como sacrif&cios ela,orados feitos 'or Nanrin e-i começaram a se manifestar$distraindo a atenç*o dos o,stáculos (ue o 'ertur,ariam na terra. 7ste é o motivo 'or(ue os filhos eseguidores de Nanrin e-i s*o dotados com ri(ueza$ vida longa e 'ros'eridade$ desde (ue elesse-am ca'azes de fazer o mesmo sacrif&cio (ue ele fez antes de 'artir do céu 'ara a terra.

O5ANRIN M-2I AMARRA A* MÃO* DO* *-U* INIMIO*

Xogo antes de 'artir do céu$ ele encontrou outros sacerdotes de Ifá chamados/ron['on +olo +oloIri arimo nirin ,iri ,iri ,iri

-o ['a ag,alag,a ninu o[ode le eerasho mu ,ura.

7les avisaram)no 'ara fazer sacrif&cio a fim de evitar ser v&tima de uma cons'iraç*o en(uantoestivesse na terra. 7le deveria dar outro ,ode a Eu$ na vés'era de sua 'artida. e'ois disso$ elefaria um ,an(uete com uma ca,ra colorida 'ara os mais velhos ANo do céu e eles lhe dariam suas ,%nç*os$ 'rometendo)lhe su'orte eterno en(uanto estivesse na terra. <or fim ele foi até eus 'ara ,enç*o e li,eraç*o com uma 'eça de 'ano ,ranco$ um grande giz ,ranco$ uma 'ena de 'a'agaio edois o,i ,rancos.

eus rece,eu as oferendas e lhe deu seus ,ons dese-os$ desta forma li,erando)o formalmente 'ara ira terra.

7le veio 'ara a cidade de Zo e gostou de sua ha,ilidade como um sacerdote de Ifá$ a'esar de ocomércio ser atividade secundária.

7le foi inicialmente 'r0s'ero em am,as as vocaçes$ mas sua 'ros'eridade logo começou a invocara inve-a dos muitos sacerdotes de Ifá mais velhos.

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s mais velhos logo começaram a cons'irar contra ele. 7les fizeram uma divinaç*o coletiva 'ara o(ue fazer 'ara diminuir a 'o'ularidade de Nanrin)me-i. 7les 'or fim o'taram em ir até ele 'aradivinar no (ue fazer 'ara destru&)lo.

7le lhes disse 'ara fazerem sacrif&cio com uma ca,ra 'ara seu Ifá e 1 ,ode 'ara Eu. 7n(uanto issoEu advertiu)o (ue o sacrif&cio estava sendo feito contra ele$ e ele tran(ilizou Eu (ue ele tinhavisto durante a divinaç*o e (ue ele sa,ia o (ue fazer 'ara 'or suas ma(uinaçes em che(ue. 7lesn*o voltaram 'ara os sacrif&cios.

 esse meio tem'o$ foi é'oca 'ara o festival anual de algumas das divindades na cidade. scons'iradores convidaram Nanrin)e-i 'ara acom'anhá)los nas cerimKnias. 7les haviam cavadoum ,uraco no ch*o no caminho 'ara o 'onto de encontro da cerimKnia$ (ue é o altar da divindade.

7les es'erando)no 'egar a(uele caminho$ en(uanto tomaram uma rota diferente. 7ra comum aosvisitantes 'ara o altar ir e vir 'or caminhos diferentes. e'ois (ue sua trama havia se revelado aos 'oucos 'ara ele$ Nanrin)e-i avisou)os (ue estava 'roi,ido de visitar (ual(uer outro altar$ a n*oser o de !r"nm#lá$ mas eles re'licaram ameaçando e>'ulsá)lo da cidade se ele n*o 'udesse estar 'resente na cerimKnia$ 'or(ue era uma o,rigaç*o c&vica 'ara todos os ha,itantes de Zo.

Hom a(uela ameaça$ ele decidiu consultar Ifá no (ue fazer$ e seu Ifá 'ediu a ele um sacrif&cio deuma ca,ra colorida de cinza e 1 ,ode 'ara Eu.

7le fez o sacrif&cio$ e se 'Ks a caminho 'ara o altar$ aonde os visitantes eram o,rigados a 'ermanecer 'or 14 dias.

7ra costume 'ara todos eles irem em gru'os$ mas retornar 'ara casa se'aradamente. o 14_ dia$todas as cerimKnias estavam no fim e foi hora de dis'ersar. s cons'iradores disseram a Nanrin)e-i (ue sendo um ne0fito$ ele deveria seguir o caminho na -ornada de retorno 'ara casa. Assim foicomo eles es'eravam atra&)lo a cair no ,uraco (ue tinham camuflado no caminho.

Duando ele se a'ro>imou do local do ,uraco escondido$ Eu transformou o crnio do ,ode com o(ual fez o sacrif&cio$ em um o,stáculo no ch*o. 7le ,ateu seu 'é no 'rego instalado 'or Eu$ saltouso,re o ,uraco$ e continuou seguramente na sua -ornada 'ara casa. 'ovo se regozi-ou (uandochegou s*o e salvo em casa. 7n(uanto isso Eu co,riu o ,uraco cavado 'elos cons'iradores e 're'arou um outro fora do 'ort*o 'rinci'al do altar.

e'ois (ue Nanrin)e-i havia a muito 'artido$ os cons'iradores decidiram 'artir um a'0s outro.

;em ter motivo 'ara sus'eitar da 'resença de outro ,uraco -usto fora do 'ortal do altar$ Eu haviacolocado o crnio do ,ode com um 'rego 'r0>imo ao acesso 'ara o ,uraco. 1_ cons'irador ,ateuseu 'é contra o o,stáculo instalado 'or Eu e caiu direto no ,uraco. Eu ent*o 're'arou o o,stáculoe o ,uraco 'ara o 'r0>imo cons'irador$ até todos eles estarem seguramente dentro do t"mulo sem

fundo cavado 'or Eu. :ma vez (ue o "ltimo cons'irador estava no ,uraco$ Eu selou)os como senada tivesse feito antes lá. Assim foi como os cons'iradores desa'areceram de vista sem a menorindicaç*o do (ue lhes aconteceu.

A 'artir da(uele dia$ foi ordenado 'or !r"nm#lá (ue (uem (uer (ue fosse ,uscar salvaç*o em umaltar sagrado$ deveria fazer ent*o com um coraç*o lim'o$ 'or alguns mal intencionados talvez n*ovoltassem com vida.

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Xogo em seguida$ houve com'leto 'andemKnio em Zo$ (uando muitas fam&lias começaram a 'rocurar 'or seus maridos$ filhos e 'arentes desa'arecidos. A cidade decidiu ir em massa =divinaç*o. 7les de novo foram a Nanrin)e-i$ (ue a'0s a divinaç*o revelou (ue o Gei da ortetinha enviado mensageiros do céu 'ara ca'turar todos a(ueles (ue retornavam do altar$ (ue tinhammás intençes. 7le revelou)lhes (ue foi 'or conta da(uela vis*o (ue havia lhes dito antes de eles 'artirem 'ara o altar$ a oferecerem uma ca,ra 'ara seu Ifá 'ara acalmar o Gei da orte e um ,ode 'ara Eu$ 'ara afastar o 'erigo$ mas eles n*o voltaram 'ara fazer o sacrif&cio. 7le tam,ém avisou(ue era ca'az de 'ou'ar as vidas da(ueles (ue$ estavam a(uela altura$ t*o assustados 'ara ir aoaltar$ 'ois o sacrif&cio ainda tinha (ue ser feito. 7 foi s0 ent*o (ue Eu li,erou o caminho 'ara oscele,rantes restantes retornarem seguramente 'ara casa.

Duando a alegria estava so,re tudo$ Nanrin)e-i$ fez um grande ,an(uete no (ual se regozi-oucom uma canç*o em louvor aos sacerdotes (ue fizeram divinaç*o 'ara ele no céu$ desta forma/

s mais velos de Zo foram avisados 'ara fazer sacrif&cios$as eles ignoraram)no.7u fui avisado a fazer sacrif&cio similar$7u escutei e fiz o sacrif&cio.

7u errei meus 'assos e so,revivi$<or(ue eu fiz o sacrif&cio.utros erraram seus 'assos e morreram$<or(ue eles falharam em fazer seus sacrif&cios.A(ueles (ue fazem o sacrif&cio$Infalivelmente rece,em salvaç*o.

A -'P-RI<NCIA D- O5ANRIN)M-2I COMO UM COM-RCIANT-

;eu 1_ -ulgamento como sacerdote de Ifá a,alou)o tanto (ue 'ensou em a,andonar a 'rática eassumiria uma vocaç*o menos satisfat0ria. @icou assom,rado 'elo sucesso e vit0rias (ue o inimigo

o,teve na arte e 'rática de Ifá$ e decidiu limitar suas atividades 'ara comerciar com o seguinte 'oema/],i [odo Xegun ma-a],a aghen mu ,r&:ma sho lugo,odoPagun fe maZaPa aZo -ere tu modon

7le estava negociando com a água divina$ mas sem ter feito as 're'araçes ade(uadas antes delançar)se no neg0cio$ seus esforços falharam lamentavelmente e ele 'erdeu todo seu dinheirotornando)se 'esadamente endividado. 7le ent*o convocou o 'a'agaio 'ara au>iliá)lo$ mas o 'a'agaio lhe disse (ue ele tam,ém estava em dé,ito até o 'escoço. 'a'agaio 'ro'Ks (ue$ -á (ue

ninguém concorda em dar assist%ncia financeira a devedores$ eles começariam$ 'or am,os 'raticando a arte de Ifá. ecidiram 'artir de Zo 'ara outra cidade aonde n*o fossem conhecidos.

Nanrin)e-i tinha um sa,*o da ,oa sorte o (ual n*o a-udou em seu comércio. as (uando o deu 'ara outra 'essoa usar$ foi t*o eficaz e a(uele (ue usou voltou 'ara e>'ressar sua gratid*o commuitos 'resentes.

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;ua sociedade com o 'a'agaio saldou a d&vida e -untos tiveram sucesso na assist%ncia a muitas 'essoas no 'rogresso em suas atividades de comércio. 7ste é o 'or(ue o ditado diz (ue o doutor 'ode curar$ mas n*o a si mesmo.

O5ANRIN)M-2I T-*TA *UA* MÃO* NA ARICULTURA

7le foi um fazendeiro de sucesso. Hom'arando sua e>'eri%ncia no comércio$ ele registrou umacolheita im'ressionante. :m ano ele teve uma colheita de inhame muito 'rodutiva e (uando osinhames estavam sendo estocados$ teve um desacordo com sua m*e. Duando ela dividiu o celeiro deinhame entre suas duas es'osas e sua m*e$ a "ltima reclamou do tamanho do celeiro re'artido 'araas es'osas. 7le tinha duas es'osas$ (ue desconhecido dele$ eram am,as feiticeiras. ;ua m*e tinhafre(entemente acusado)o de dar mais atenç*o 'ara suas es'osas do (ue 'ara a m*e (ue o trou>e aomundo. A re'artiç*o do celeiro de inhame reacendeu os ressentimentos da m*e e ela novamente(uei>ou)se dolorosamente.

 a desordem resultante$ ele em'urrou sua m*e (ue irrom'eu em lágrimas acusando)o de ,ater nela.7la dei>ou a fazenda e chorou todo o caminho 'ara casa.

Duando ela chegou na cidade$ encontrou a reuni*o das mais velhas na sala da cidade. 7las 'erguntaram)lhe 'or(ue estava chorando e ela e>'licou (ue seu filho tinha ,atido nela na fazenda 'or causa de suas es'osas. 7ntre as mais velhas da cidade estavam alguns dos inimigos mortais deNanrin)e-i$ (ue tam,ém 'ertenciam ao culto das feiticeiras. 7las vinham 'rocurando em v*oencontrar falha com ele como descul'a 'ara condená)lo na associaç*o das feiticeiras.

 ormalmente$ a norma da associaç*o é (ue nenhuma v&tima é 'unida sem o ,enef&cio de -ulgamento -usto e sentença.

 a verdade é ,om sa,er (ue n*o im'orta$ entretanto (uantas feiticeiras talvez odeiem uma 'essoa$elas n*o desferir*o ata(ue até (ue a 'essoa tenha sido -ulgada e esta,elecida a cul'a. 7n(uanto a

 'essoa n*o 'ode ser acusada e condenada$ elas n*o tocar*o nele. este caso$ sua 'r0'ria m*e tinhafornecido a (uest*o 'rima facie contra ele.

esconhecido dele$ suas duas es'osas a muito tra,alhavam em con-unto com seus inimigos noclu,e das feiticeiras 'ara destru&)lo$ mas ele havia se a,stido de 'ro'iciar)lhes alguma -ustificativa 'ara faz%)lo.

A seguir a (uei>a '",lica levantada contra ele 'or sua m*e ) o (ue se esclarece 'or(ue é im'ortante 'ara as 'essoas resistir = urg%ncia de tornar '",lico seu ressentimento doméstico$ 'or recear (uealgum ouvinte mal intencionado talvez os am'liasse no mundo das feiticeiras ) a (uest*o foia'resentada na 'r0>ima reuni*o.

urante as deli,eraçes$ suas duas es'osas confirmaram a alegaç*o de sua m*e e ele foisumariamente -ulgado e condenado. Alve-ado na aus%ncia$ 'or(ue ele mesmo n*o era um feiticeiro.7le foi a'ontado 'ara ser morto. a(uela noite$ entretanto$ seu Ifá deu)lhe em seus sonhos$ umavis*o esotérica de seu -ulgamento e sentenciamento. A'avorado 'elo sonho ele consultou Ifá namanh* seguinte$ se o sonho assinalava a a'ro>imaç*o de 'erigo$ e ent*o foi confirmado. 7le foiavisado a dar um ,ode a Eu imediatamente e a,ster)se de ir a fazenda no dia do descanso e culto$até nova ordem$ 'ara evitar cair v&tima em uma cons'iraç*o desleal. 7le fez o sacrif&cio.

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 esse meio tem'o$ uma de suas es'osas sugeriu (ue eles fossem = fazenda no 'r0>imo dia dedescanso$ 'or(ue n*o havia g%neros aliment&cios em casa. A(uele era o dia em (ue ele estava se 'ro'ondo a fazer o sacrif&cio.

7le disse = es'osa (ue ele n*o estava em condiçes de dei>ar a casa na(uele dia$ 'or(ue estava indofazer um sacrif&cio. Duando a(uela trama cam,aleou$ imediatamente seus inimigos adotaram outraestratégia. 7les convocaram)no e disseram (ue -á (ue ele fre(entemente ia a floresta 'ara a'anharfolhas 'ara sua 'rática de Ifá$ deveria ser iniciado no culto secreto GJ da floresta. 7leconcordou em ser iniciado e foi avisado a ir -untamente com um galo$ giz ,ranco$ 'ena de 'a'agaioe 'imenta aligator 'e''erJ$ na floresta 'ara a cerimKnia de iniciaç*o. 7ra 'ara ele ser conduzidovendado ao altar de culto de ro. 7le imediatamente consultou Ifá 'or um conselho e ele foiavisado a das outro ,ode a Eu$ (uem im'ediria a m0r,ida trama da cidade e ele -á estava 'ronto 'ara a cerimKnia e iniciaç*o ao culto de ro.

 o dia indicado$ o sacerdote chefe do culto conduziu)o em uma 'rociss*o noturna da cidade emdireç*o ao altar da floresta$ no meio de um to(ue de recolher em toda cidade. Xogo (ue elesdei>aram os sacerdotes da cidade$ foi lhe dito 'ara 'arar e sua venda foi removida. 7les avisaram)no 'ara esticar suas m*os 'ara tocar o céu. 7le res'ondeu (ue as m*os de uma criança n*o 'odiam

esticar 'ara tocar o céu. e'ois foi lhe dito 'ara fechar seu 'unho e colocá)lo na ,oca de umaca,aça. 7le res'ondeu novamente (ue o 'unho de um adulto n*o 'oderia entrar na ,oca de umaca,aça.

@oi ent*o lhe dito (ue nenhum ne0fito 'ara o culto$ (ue falhou em e>ecutar as duas 'roezas$ -amaisretornou 'ara casa vivo. 7le foi imediatamente em'urrado 'ara frente a'arentemente 'ara sersacrificado ao altar. esse meio tem'o$ Eu estava 'osicionado 'ara intervir$ tendo instalado umo,stáculo invis&vel no ch*o contra o (ual ele ,ateu seu 'é$ machucando)se$ e desa'areceuinvisivelmente. 7le miraculosamente se encontrou em sua casa.

7n(uanto ele estava cuidando o ferimento$ o,servou (ue os homens do altar$ seguiram)no até suacasa$ aonde encontraram sua m*e e 'erguntaram)lhe 'elo seu 'aradeiro. 7la lhes disse (ue ele

estava indis'osto. 7les a 'ressionaram e ordenaram)lhe a'resentar seu filho$ 'or(ue foi ela (uem 'reci'itou a retaliaç*o$ (uei>ando)se na cidade (ue ele tinha ,atido nela na fazenda. 7les lhedisseram (ue como resultado de sua acusaç*o$ o filho tinha sido a'ontado 'ara a e>ecuç*o ritual.

7la ent*o se a-oelhou 'ara im'lorar)lhes 'ara n*o e>ecutar seu filho$ 'or(ue ela o tinha 'erdoado.7m vista de seus a'elos a'ai>onados$ eles lhe disseram 'ara convencer o filho a a'resentar umaca,ra 'ara ser sacrificada na sala da cidade 'ara um ,an(uete 'ara os mais velhos. A'0s o ,an(uete$eles até insistiram (ue Nanrin)e-i deveria ser a'ro'riadamente iniciado na @loresta de Hulto$ -á(ue ele tinha visto 'arte dos segredos do altar. A cerimKnia foi com'letada em seguida$ sem nenhumincidente e lhes deram uma 'ena de 'a'agaio 'ara usar de tem'os em tem'os$ como um status deassociaç*o.

<or fim$ eles revelaram)lhes (ue suas duas es'osas foram =s c"m'lices (ue instigaram o culto defeiticeiras contra ele$ a'esar de (ue o catalisador foi = den"ncia de sua m*e.

 o entanto$ foi sua m*e (uem tam,ém a'elou 'or sua vida.

s feiticeiros ent*o 'egaram uma de suas es'osas$ na sua 'r0'ria mentira e a mulherconse(entemente morreu em seu sono. 7le 'or fim fez o mesmo com a segunda es'osa.

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Duando este du surge durante uma cerimKnia de iniciaç*o$ a 'essoa será alertada a nuncamaltratar sua m*e e tomar cuidado com suas duas 'rimeiras es'osas$ se ele é casado$ ou seus dois 'rimeiros casamentos$ 'or(ue as mulheres s*o 'rovavelmente feiticeiras. 7le tam,ém deverá seravisado a n*o se 'ermitir ser iniciado em nenhum culto secreto$ a menos (ue ele faça o sacrif&ciosolicitado.

O5ANRIN)M-2I A**UM- UMA NO#A -*PO*A

;uru la fi Na oNo7ni to fe ['a e-a lodo$ ['elu aNon ni latifi suru ['elu e.

A ,usca do dinheiro honesto re(uer 'aci%ncia.

Atrair 'ei>e com uma rede tam,ém envolve muita 'aci%ncia.

7stes s*o os nomes dos ANos (ue fizeram a divinaç*o 'ara a 'rincesa de Ado omo eNi AdoJ$

(uando ela estava indo começar neg0cios de comércio. @oi lhe dito (ue ela era es'osa de !r"nm#lá$(uem a a-udaria a ter sucesso nos neg0cios.

 esse interim$ Nanrin)e-i visitou o 'alácio. 7le estava atra&do 'ela 'rincesa e 'ediu ao 7Ni deAdo 'ai da garotaJ 'ara dá)la em casamento. ,a res'ondeu (ue n*o faria o,-eç*o se sua filhaconcordasse em casar com ele. ,a ofertou a Nanrin)me-i um t&tulo de chefia se ele tivessesucesso em fazer os neg0cios de sua filha frutificarem. Nanrin)e-i$ contudo 'rometeu a-udar agarota$ mas declinou o oferecimento do t&tulo de chefia.

 a(uele 'onto o 7Ni convocou sua filha 'ara 'ronunciar)lhe sua 'ro'osta marital de Nanrin)e-i.Duando a 'rincesa foi (uestionada se concordaria em casar com Nanrin)e-i$ ela 'rontamenteconfirmou (ue estava interessada e aceitaria ser sua es'osa. Rouveram muitos outros 'retendentes

na cidade (ue tinham colocados seus olhos na 'rincesa. Assim (ue as novidades correram em volta(ue o ,a tinha 'rometido em casamento sua filha$ eles reagiram decidindo 'arar$ 'agandohomenagem e res'eito ao ,a.

Hhegando em casa$ Nanrin)e-i consultou Ifá$ em como fazer a 'rincesa ter sucesso em seusneg0cios de comércio. !r"nm#lá avisou)o 'ara fazer sacrif&cio com 16 'om,os$ 16 'atos$ 16galinhas da guiné$ 16 maletas de dinheiro$ 16 'eças de tecido$ 16 'edaços de sa,*o e um ,ode 'araEu. Nanrin)e-i iniciou o sacrif&cio$ dando o ,ode a Eu. 7le coletou folhas im'ortantes dafloresta e usou 4 de cada coisa 'rescrita 'ara o sacrif&cio 'ara 're'arar uma travessa de sa,*o.ei>ou os 12 'om,os restantes 'ara serem criados em casa e deu o sa,*o a 'rincesa 'ara ser usado 'ara tomar ,anho.

 o dia seguinte$ ela via-ou 'ara -a A-ig,o e[on. Antes de chegar ao mercado$ Eu tinha -untadotodos os artigos valiosos 'ara cima de uma ,arraca central no mercado. +endo feito a(uilo$ Eutam,ém deu uma volta com 1 sino na m*o$ anunciando através do mercado (ue a 'rincesa de Adotinha ,elos e duráveis artigos 'ara vender. 7la vendeu todas as mercadorias com ,enef&cio e>tra ea(uelas (ue n*o 'uderam com'rar$ im'loraram)lhe 'ara vir com mais artigos ao mercado no 'r0>imo dia.

Assim foi como seus neg0cios floresceram até (ue 'or fim se tornou t*o rica (uanto seu 'ai. 7la foiuma es'osa amável 'ara Nanrin)e-i e eles tiveram muitos filhos.

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O5ANRIN)M-2I P* -M '-U- A* MAUINAÇJ-* D- *-U* INIMIO*

7le logo começou a se (uestionar se havia -ustificativa 'ara todos os 'ro,lemas (ue estavaad(uirindo de seus inimigos. <ortanto decidiu ir a divinaç*o 'ara consultar o (ue fazer so,re isso.7le foi a um sacerdote chamado Ala['ata AniZe ]ongonron 'ara desco,rir o (ue fazer 'ara amarraras m*os de seus inimigos.

@oi avisado 'ara fazer sacrif&cio com tr%s ratos$ tr%s 'ei>es$ uma ca,ra$ um ,ode$ 1S carac0is ecarne de vaca. 7le deveria usar o osso da mand&,ula e a l&ngua de uma vaca$ e folhas im'ortantesera 'ara serem adicionadas na 're'araç*o de um ae com o encantamento (ue o choro de 1 vaca n*oagru'aria uma confer%ncia de seres humanos. 7ste é o Ae com o (ual Nanrin)e-i neutralizou os 'lanos de seus inimigos$ e é uma das 're'araçes im'ortantes 'ara os filhos de Nanrin)e-i.

O5ANRIN)M-2I NO LIMIAR DA PRO*P-RIDAD-

7ntre os ANo (ue o visitaram durante o ,an(uete (ue foi com o sacrif&cio feito com a vaca$ estavaum 'oderoso sacerdote chamado somusore A,ir @iun. Duando o ,an(uete estava no fim$ foi (ue o

ANo a,riu o "ltimo o,i o,i)taZenJ. A'0s lançar o o,i no ch*o$ avisou a Nanrin)e-i (ue haveriauma chuvarada a (ual estava carregando ri(ueza 'ara ele do céu$ 'or(ue sua 'ros'eridade aindaestava lá fora.

@oi avisado ainda a fazer outro sacrif&cio com um 'orco$ um 'om,o$ oito ovos$ duas galinhas e umgalo. 7le novamente fez o sacrif&cio 'ara a noite$ \g"n e Eu. :m m%s de'ois de feito o sacrif&cio$uma chuva muito forte caiu.

ali em diante$ a gravidez de sua es'osa (ue n*o tinha se desenvolvido 'or muitos meses$ dere'ente se desenvolveu e ela 'ariu logo em seguida. A chuvarada caiu durante toda = noite e namanh* seguinte$ tr%s 'essoas vieram visitá)lo através da chuva.

s visitantes reclamaram de estarem famintos. 7le avisou sua es'osa 'ara 'rovidenciar inhametriturado 'ara ser 're'arado. e'ois na(uela tarde$ Nanrin)e-i foi visitar seus amigos$ mas antes(ue ele retornasse 'ara casa$ um dos tr%s visitantes morreu. o dia seguinte morreu outro dosvisitantes e o terceiro tam,ém morreu no 4_ dia. 7le enterrou cada um deles.

7ntretanto$ os visitantes tinham ido = casa de Nanrin)e-i com muitos tesouros$ os (uais foramdei>ados nos fundos da casa$ a'0s suas mortes. :m deles tinha uma ,agagem de contas$ o segundotinha muitas rou'as$ en(uanto o terceiro tinha muito dinheiro.

7ntretanto estava claro (ue os es'erados 'resentes do céu tinham chegado$ mas Nanrin)e-i n*osa,ia so,re os 'acotes.

+ornou)se conhecido (ue os visitantes tinham estado na chuva 'or cinco dias$ durante os (uaisninguém lhes ofereceu ref"gio. 7m seguida = morte dos visitantes$ ele convocou o ANo (ue fezdivinaç*o 'ara fazer outra so,re o significado desses eventos. ;em nenhum conhecimento 'réviodos fatos$ o ANo lhe disse (ue ele tinha tr%s 'artes de dinheiro$ contas e rou'as em sua casa. Assimfoi como ele sou,e (ue havia tr%s 'acotes na sua casa. Ga'idamente organizou uma ,usca eencontrou os 'acotes na sala ocu'ada 'elos visitantes estrangeiros. 7nt*o agradeceu o ANo (ue lhefez divinaç*o e sacrif&cio e lhe deu uma 'arcela dos 'resentes entre alegria geral. Assim foi como a 'ros'eridade veio 'ara ele.

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O5ANRIN)M-2I *- TORNOU AMO*O POR M-IO D- *-U IL;O

Nanrin)e-i tinha uma anti'atia 'ela chefia da instituiç*o. 7le tinha em um n"mero de ocasiesresistido ,ravamente a oferta de t&tulos de chefia.

isto (ue a concess*o de t&tulo era o divisor de águas 'ara a 'ros'eridade na(uele tem'o$ ele erarelativamente socialmente desconhecido. ;eu casamento com a 'rincesa$ entretanto lhe trou>e ocomeço da iluminaç*o social.

 esse meio tem'o$ um sacerdote de Ifá itinerante cum'riu a rotina de visitar a casa de Nanrin)e-i. Homo era tradiç*o$ o visitante tinha (ue fazer divinaç*o 'ara ele. visitante foi chamadoAiZa shuru ]ongon ]ag,on. 7le disse a Nanrin)e-i (ue seu filho estava vindo 'ara se tornar oloNu de Nu. @oi avisado 'ara evitar se tornar tem'eramentalmente e 'reservar tanto (ue afortuna de seu filho talvez n*o se destroçasse. 7le foi avisado a fazer sacrif&cio com dois cachorros$tr%s ,odes$ tr%s ca,ras$ tr%s 'orcos$ oito ratos$ oito 'ei>es e oito carac0is. 7le fez o sacrif&cio$ afinalde contas$ seu filho se tornou loNu de Nu.

e'ois disso ele via-ou 'ara Nu. loNu de Nu tendo nesse meio tem'o$ feito divinaç*o 'arasa,er o (ue fazer 'ara 'ros'erar no fim de sua vida.

7le foi avisado 'ara fazer sacrif&cio 'ara a ca,eça da sua m*e com uma ca,ra e um 'orco$ afim de(ue sua m*e talvez n*o se o'usesse a sua 'ros'eridade. 7le 'egou uma ca,ra$ mas n*o conseguiuum 'orco 'ara com'rar. A m*e 'egou a ca,ra$ mas n*o serviu sua ca,eça com ela. Invés disso$ elacom'rou uma galinha 'ara servir sua ca,eça.

 o dia seguinte$ ela secretamente levou a ca,ra ao mercado$ vendeu)a$ e guardou o dinheiro.

<osteriormente$ o loNu finalmente conseguiu um 'orco. 7le o levou ra'idamente 'ara sua m*eservir sua ca,eça$ mas ela retrucou (ue ninguém servia a ca,eça em 'lena luz do dia$ ent*o o loNu

retornou 'ara seu 'alácio na e>'ectativa (ue sua m*e servisse sua ca,eça com o 'orco = noite.

A m*e novamente n*o serviu sua ca,eça com o 'orco$ ao invés disso ela usou um c*o$ com o (uala,ateu 'ara usar 'ara 're'arar a carne 'ara seu marido.

7la serviu a comida 'ara seu marido de noite$ (uando seria dif&cil reconhecer a carne de cachorro.Duando seu marido se sentou 'ara comer$ a filha de sua es'osa lhe disse 'ara n*o com%)la 'or(ueela sentiu o cheiro do cachorro na comida. Gelem,rando o aviso (ue lhe havia sido dado 'ara n*o 'erder sua calma em face da 'rovocaç*o$ ele imaginou a aç*o de sua es'osa$ se 'erguntando (uaiseram suas intençes.

 a manh* seguinte sua es'osa m*e do loNuJ convidou seu marido 'ara esvaziar o reci'iente com

o (ual ela tinha 'assado os des'e-os humanos na noite. 7le recusou)se a faz%)lo com a e>'licaç*o(ue a'esar de ele t%)lo feito com 'razer (uando ela estava recém)casada$ ele n*o imaginou (ue ore'etiria (uando am,os -á estivessem velhos. 7le ent*o a acusou de 'rovocá)lo na tarde anterior$tentando)o a comer com carne de cachorro$ a (ual ele teria comido$ se n*o fosse a interfer%ncia desua enteada. ;ua es'osa res'ondeu chamando)o de o filho de um cachorro.

Isto o a,orreceu muit&ssimo (ue n*o teve 'az de mente 'ara e>ecutar o (ue ia fazer 'ara seu filho.

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 o entanto$ ele 'ediu a seu filho 'ara trazer seus instrumentos de divinaç*o 1 I[inJ com o resultadodo (ual ele avisou ao filho (ue foi recomendado a servir sua a do 'aiJ ca,eça com um elefante$ um ,"falo e um tigre. 7le ra'idamente ordenou aos caçadores de Nu 'ara irem a floresta e ca'turaremestes animais. Antes do meio dia eles retornaram com os mais -ovens dos tr%s animais. Nanrin)e-i e>traiu algum sangue da 'ele dos tr%s -ovens animais e li,ertou)os de volta a floresta.

Hom o sangue ent*o e>tra&do$ ele 're'arou um remédio 'ara seu filho marcar o cor'o. a chegada aNu$ Nanrin)e-i tinha notado (ue seu filho$ o loNu$ n*o se 'rostrou 'ara cum'rimentá)lo$como a tradiç*o mandava. A'esar disso ele fez 'ara seu filho o (ue tinha (ue fazer$ a des'eito doem,araço (ue ad(uiriu de sua m*e e filho.

Duando ele estava se 're'arando 'ara retornar 'ara casa$ ele e>'Ks seus instrumentos divino deautoridade A7J e 'roclamou (ue dali em diante$ os cidad*os 'uros de Nu sem're 'ros'erariam$mas (ue sua 'ros'eridade viria a'enas no entardecer de suas vidas$ a'0s rece,er de suas es'osas efilhos$ o ti'o de tratamento (ue ele rece,eu de Nu.

Acredita)se (ue como resultado desta maldiç*o 'ronunciada 'or Nanrin)e-i$ os ricos e famososfilhos de Nu encontravam dificuldades em viver até a velhice sem fazer um sacrif&cio es'ecial

 'ara Ifá$ 'ara revogar a maldiç*o.

+am,ém se acredita (ue esta maldiç*o é res'onsável 'elo fato (ue o Ala[e de A,eo[uta$ (ue erafilho do loNu$ -á havia se tornado t*o influente (uanto o loNu de Nu. @oi = coroa do loNu(ue foi dada su,se(entemente ao Ala[e de A,eo[uta$ o (ue e>'lica o 'or(ue o loNu é dito n*oter coroa.

O /LTIMO MAIOR TRA3AL;O D- O5ANRIN)M-2I ) -L- *AL#OU A -*PO*A A#ORÍTA DOOLO-N DA* TRAMA* MALICA* D- *UA* COMPAN;-IRA*

Gei de Ifé tinha muitas es'osas$ mas uma delas con(uistou a chave de seu coraç*o. 7sta invocou

naturalmente a inve-a e o 0dio de suas com'anheiras. 7las tiveram sucesso usando meios dia,0licos 'ara faz%)la estéril. 7nt*o o Gei convocou Nuanrin)e-i 'ara ir ao seu 'alácio em Ifé 'ara a-udarsua es'osa favorita a ter um filho. A mulher era chamada 7nini['ola. Hhegando a Ifé$ ele fezdivinaç*o 'ara a mulher$ advertindo)o a fazer sacrif&cio com um cachorro e 1 galo 'ara \g"n e 1 ,ode 'ara Eu. 7la foi avisada a n*o 'ermitir a ninguém ver os animais antes do sacrifico ser feito.

Hom a intenç*o de fazer o sacrif&cio$ ela es(ueceu o as'ecto sigiloso necessário. e'ois de com'raros animais sacrificiais$ ela dei>ou)os no -ardim a,erto do harém do 'alácio. esse meio tem'o otigre do rei desa'areceu e n*o estava em lugar algum 'ara ser encontrado.

:ma recom'ensa foi oferecida 'ara o tigre ser devolvido vivo 'ara o 'alácio.

@oi nesse 'onto (ue ela fez o sacrif&cio. Homo era a tradiç*o$ as ca,eças das v&timas sacrificiaistinham (ue ser dei>adas no altar da divindade servida. A'0s oferecer os sacrif&cios 'ara \g"n e Eu$as ca,eças do ,ode$ c*o e galo foram dei>adas nos 2 altares. +odas essas coisas foram feitas 'ara ocom'leto desconhecimento de suas com'anheiras. ais tarde na(uela noite$ as com'anheirascom,inaram de ter a ca,eça de um tigre recém sacrificado e de'ositá)lo ao altar de \g"n$ dessaforma 're'arando o terreno 'ara acusar 7nini['ola de usar o tigre do Gei 'ara o ritual de sacrif&cio.

 a manh* seguinte$ a'0s a vis*o da ca,eça do tigre no altar de \g"n$ as com'anheiras foram relatarao Gei (ue alguém tinha usado seu tigre desa'arecido 'ara fazer sacrif&cio. 7le 'erguntou 'ara todas

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as mulheres do harém e as acusaçes a'ontavam 'ara sua es'osa favorita. 7le ent*o a convocou 'ara interrogat0rio$ acusando)a de assassinar seu tigre e avisando)a de (ue a 'ena era a morte. 7lafoi ra'idamente confinada em grilhes.

 esse meio tem'o$ Eu havia se transformado em um servo dos deuses (ue retirou a ca,eça do tigredo altar$ recolocando as ca,eças de cachorro. urante o -ulgamento seguinte$ Eu influenciou umdos conselheiros do lofin 'ara 'ro'or ao rei (ue antes de condenar a mulher$ a ofensa deveria serverificada e a ca,eça do tigre mostrada. Honcordando com a 'lausi,ilidade da sugest*o$ o reiindicou duas 'essoas 'ara ir ao altar de \g"n e voltar com o (ue (uer (ue fosse (ue eles vissem lá.7les trou>eram as ca,eças deca'itadas de c*o e galo.

7m vista do (ue eles trou>eram$ 7nini['ola confirmou (ue a(uelas eram as ca,eças do c*o e o galocom os (uais ela fez o sacrif&cio 'ara \g"n. Duando 'erguntou (ual era o 'ro'0sito do sacrif&cio$ela e>'licou (ue fez o sacrif&cio 'ara ser ca'az de ter um filho.

7la foi imediatamente desacorrentada. :ma investigaç*o foi conduzida 'ara achar a or&gem daacusaç*o da ca,eça de tigre$ e a mulher (ue tramou a cons'iraç*o foi sumariamente e>ecutada.

 o final da(uele m%s$ 7nini['ola ficou grávida e conse(entemente teve um menino. 7lafinalmente se alegrou e agradeceu a Nanrin)e-i 'or resolver o seu 'ro,lema.

-L- - DI#INAÇÃO PARA DUA* -*PO*A* DO M-*MO MARIDO

A[iri,oto tinha duas es'osas (ue tiveram uma desavença$ 'oucos dias de'ois$ o filho da es'osamais nova IZaNoJ ficou doente. Duando a criança estava 'reste a morrer$ elas foram = divinaç*ocom Nanrin)e-i$ (ue 'ediu a um ANo visitante 'ara fazer divinaç*o. A ANo era chamada/A[iti['a dig,a mu :ri[o ) A corda continha Ir0[j:ro[o dig,a mu A[iti['a ) Ir0[j continha a corda

7le 'ediu a es'osa mais velha IZaaleJ 'ara narrar a dis'uta entre ela mesma e sua com'anheira$com uma amiga em seu caminho ao mercado.

7la ra'idamente recordou)se (ue num dia de mercado$ a'0s um desentendimento com IZaNo$ eladecidiu ir ao mercado com uma amiga. e'ois de contar 'ara sua amiga como IZaNo a ofendeu$ aamiga recomendou)lhe a es(uecer a -ovem mulher 'or(ue ela era ainda muito ine>'eriente 'araa'reciar a enormidade de suas açes.

ANo lhe disse (ue as feiticeiras$ acidentalmente$ estavam mantendo uma reuni*o no alto do Ir0[jao lado da estrada do mercado$ ao mesmo tem'o em (ue ela narrava a est0ria 'ara sua amiga.

@oi antes de ela voltar de viagem do mercado (ue o filho de sua com'anheira ficou doente$ 'or(ue

as feiticeiras intervieram nesta (uest*o.

ANo disse 'ara fazerem um sacrif&cio = noite com um coelho 'ara ser desenterrado no 'é de Ir0[jno caminho 'ara o mercado. 7le recomendou)as a ir ao 'é de Ir0[j aonde elas encontrariam um 'e(ueno monte$ no (ual tinha um coelho. 7le avisou)as 'ara desenterrar o coelho$ matá)lo e usá)lo 'ara o sacrif&cio.

7las realmente fizeram como foram recomendadas$ e mataram o coelho e o usaram 'ara osacrif&cio. Xogo em seguida a criança doente ficou ,em.

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Duando este du surge 'ara uma mulher$ ela deverá ser avisada 'ara a,ster)se de contar suasdiscusses domésticas$ es'ecialmente com sua com'anheira$ no caminho 'ara o mercado.

;e surgir 'ara uma criança doente$ está claro (ue a doença foi acusada 'or uma discuss*o (ue suam*e teve com sua com'anheira. 7las ser*o avisadas 'ara fazer sacrif&cio com um coelho 'ara asmais velhas.

CAPÍTULO XXI - !"ÚNDA-MEJI / EJI-OKO / !"ÚNDA JA MEJI  I I

 I I

  I I

I I I I

\g"nda e-i foi um dos mais 'oderosos divinadores$ tanto no céu como na terra. 7le eraconsiderado 'or ter a força de \g"n e a intelig%ncia de !r"nm#lá em seu tra,alho. @oi ele (uem

revelou a est0ria da segunda tentativa de fazer as divindades colonizar a terra. ,ara Wodi um dosdisc&'ulos de !r"nm#lá revelará mais tarde os detalhes da 'rimeira tentativa de colonizar a terra ecomo foi fundada.

\g"n$ a divindade do ferro e a mais velha das divindades criadas 'or eus era tam,ém fisicamentemais forte (ue todas as 2SS divindades. 7le fre(entemente era referido como o es,ravador deHaminhos$ 'or(ue guiou a segunda miss*o de reconhecimento do céu 'ara a terra. iz \g"nda)e-i$ (ue foi 'or conta dos atri,utos f&sicos de \g"n (ue eus a'ontou)o 'ara a,rir uma trilha 'araa segunda ha,itaç*o na terra. 7le era conhecido 'or ser egoc%ntrico$ vaidoso e (uase nuncaconsultava alguém 'ara aconselhar)se.

7le confiava (uase (ue e>clusivamente em suas ha,ilidades 'rodutivas e força f&sica. (ue e>'lica

o 'or(ue n*o se incomodou em ir a divinaç*o ou consultar alguém (uando foi indicado 'or eus 'ara em'reender a tarefa de esta,elecer ha,itaç*o na terra.

Assim (ue rece,eu de eus a ordem de 'rosseguir$ ele o fez (uase (ue imediatamente. eus lhe deu4SS homens e mulheres 'ara acom'anhá)lo na miss*o. Hhegando a terra$ n*o demorou em desco,riras conse(%ncias de n*o fazer os 're'arativos ade(uados antes de virem do céu.

;eus seguidores mortais logo ficaram com fome$ e e>igiram comida. Pá (ue vieram 'ara o mundosem nenhum su'rimento$ ele a'enas 'oderia recomendar)lhes a cortar gravetos de uma floresta 'r0>ima 'ara comer. 'rocesso de se alimentar com gravetos n*o os satisfez e logo seusseguidores começaram a morrer de fome. A'reensivo 'or 'erder todos os seus seguidores 'orinaniç*o decidiu retornar 'ara o céu e comunicar o <ai +odo <oderoso (ue sua miss*o eraim'oss&vel.

7m seguida eus convocou lo["n$ a divindade da água 'ara guiar a segunda miss*o 'ara a terra.7le tam,ém é igualmente orgulhoso e cheio de alto confiança. +am,ém lhe foi dado 2SS homens e2SS mulheres 'ara acom'anhá)lo. 7le tam,ém n*o fez nenhuma consulta nem divinaç*o com osmais velhos celestes antes de vir 'ara a terra. Hhegando ele tam,ém n*o teve ind&cio de comoalimentar seus seguidores. 7le a'enas 'ediu)lhes 'ara ,e,erem água (uando ficassem com fome. Pá(ue a água n*o 'odia alimentá)los com efici%ncia$ começaram a morrer de fome. Xogo em seguida$ele tam,ém retornou com seus seguidores (ue so,reviveram ao céu 'ara informar o fracasso de sua

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miss*o. eus ent*o convocou !r"nm#lá$ acom'anhado 'or 2SS homens e 2SS mulheres 'araesta,elecer uma ha,itaç*o na terra. !r"nm#lá 'onderou se ele 'oderia ter sucesso na miss*o a (ualtinha desafiado os esforços dos mais velhos e das divindades mais fortes como \g"n e lo["n.eus 'ersuadiu)o a fazer o seu melhor$ 'or(ue era necessário des'ovoar o céu$ esta,elecendo umaha,itaç*o satélite na terra. ;eu servo fiel ['ele avisou !r"nm#lá a n*o recusar a tarefa 'or(ue comas 're'araçes ade(uadas$ ele estava convencido (ue o sucesso o aguardava.

Hom as 'alavras de 'ersuas*o de seu ['ele favorito$ !r"nm#lá concordou em 'artir na miss*o$mas a'elou a eus em lhe dar a indulg%ncia 'ara se 're'arar em alguns dias antes de 'artir.!r"nm#lá im'lorou as divindades mais velhas do céu 'ara assisti)lo no 'lane-amento de sua miss*o.7les lhe garantiram (ue ele teria sucesso em esta,elecer uma ha,itaç*o na terra. \g"nda)e-i$ umde seus 'r0'rios filhos 'ediu)lhe seis cauries e avisou)o 'ara coletar um de cada dos animais e 'lantas comest&veis no céu$ 'ara a miss*o. 7le tam,ém avisou 'ara dar um ,ode 'ara Eu e a'elar 'ara Eu segu&)lo 'ara a terra na miss*o.

A'0s fazer todos os sacrif&cios 'rescritos$ ele foi finalmente li,erado 'or eus. Antes de 'artirim'lorou a eus 'ara 'ermitir (ue :le$ Na em WiniJ a divindade da ha,itaç*o$ fosse com ele.as eus lhe disse (ue n*o era ;ua intenç*o divina des'achar duas divindades 'ara terra ao mesmo

tem'o$ -á (ue 7le 'retendia mandá)las uma a'0s outras. eus$ entretanto assegurou a !r"nm#lá (ueele teria sucesso na terra$ e enviaria seu servo ['ele 'ara voltar ao céu e ,uscar :le NaJ$ 'araau>iliá)lo. 7le ent*o 'artiu 'ara a terra.

+*o logo !r"nm#lá 'artiu$ Eu foi contar a \g"n (ue !r"nm#lá estava via-ando 'ara terra 'ela rotaa (ual ele \g"nJ esta,eleceu. \g"n imediatamente foi ,lo(uear a rota com uma es'essa floresta.Duando os 'artidários de !r"nm#lá se a'ro>imaram da floresta$ n*o sa,iam o (ue fazer. 7le enviouo rato 'ara 'rocurar um caminho através da floresta. Antes (ue o rato retorna)se$ \g"n a'areceu a!r"nm#lá e interrogou)o 'ela ousadia em 'rosseguir 'ara a terra sem informá)lo. 7le$ entretantoe>'licou (ue havia enviado Eu 'ara informá)lo e (uando \g"n relem,rou (ue foi Eu (uemrealmente avisou)o$ imediatamente lim'ou a floresta 'ara !r"nm#lá 'rosseguir em sua -ornada.Antes de dei>á)lo$ \g"n avisou !r"nm#lá (ue a'enas outra o,rigaç*o ele lhe devia$ era alimentar

seus seguidores com os gravetos da mesma forma (ue ele fez$ e ent*o \r"nm#lá 'rometeu fazer.

 esse meio tem'o$ Eu tam,ém informou a lo["n (ue !r"nm#lá estava em seu caminho 'ara aterra 'ara ter sucesso aonde eles falharam. lo["n reagiu 'rovocando um largo rio 'ara ,lo(uear oavanço. Duando !r"nm#lá veio = margem do rio$ des'achou um 'ei>e 'ara 'rocurar uma 'assagematravés do rio. 7n(uanto aguardava 'elo retorno do 'ei>e$ lo["n a'areceu e interrogou)o 'or(ueele ousou em,arcar em uma viagem 'ara a terra sem o,ter sua 'ermiss*o.

!r"nm#lá e>'licou (ue longe de desdenhar lo["n$ ele tinha na verdade enviado Eu 'ara informá)lo de sua miss*o na terra. Duando lo["n com'reendeu (ue Eu tinha vindo a ele$ retirou a água 'ara !r"nm#lá 'rosseguir em sua -ornada. Hontudo alertou !r"nm#lá (ue ele estava so, a o,rigaç*odivina de alimentar seus seguidores como ele lo["nJ$ com água. !r"nm#lá 'rometeu acatar o

conselho de lo["n. ;em mais o,stáculos em seu caminho$ !r"nm#lá 'rosseguiu sua -ornada. Hhegando ao mundo$ ele ra'idamente avisou a todos os seus seguidores masculinos 'ara lim'ar omato e construir ca,anas tem'orárias co,ertas com esteiras AghenJ. Duando a(uela tarefa foicom'letada$ retiraram os 'rodutos agr&colas e sementes (ue ele trou>e 'ara seus seguidores 'lantarem no mato (ue tinham lim'ado. Ao anoitecer todos eles se retiraram 'ara dormir em suasca,anas. Eu$ (ue tinha rece,ido um ,ode antes da miss*o 'artir do céu$ foi tra,alhar nas sementes 'lantadas e nos animais. Duando eles levantaram ao amanhecer$ desco,riram (ue todos os 'rodutosagr&colas tinham n*o a'enas germinado$ mas tinham 'roduzido frutos$ 'rontos 'ara a colheita. 7stes

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inclu&am inhames$ 'lantaçes$ milho$ vegetais$ frutas$ etc. Ao mesmo tem'o toda a criaç*o (ue elestrou>eram do céu tinham se multi'licado durante a noite. A(uele foi o 'rimeiro milagre o'erado 'or!r"nm#lá na terra$ como uma manifestaç*o direta dos sacrif&cios (ue ele fez antes de vir do céu.

Duando seus seguidores ent*o 'ediram 'or comida antes de se lançarem ao tra,alho rotineiro dodia$ ele lhes disse$ em res'eito = in-unç*o de \g"n$ 'ara cortar gravetos do mato ao lado 'aracomer. 7les fizeram como lhes foi dito. A'0s mastigarem os gravetos 'or um longo tem'o$ lhesdisse 'ara ,e,erem água como ele foi advertido em fazer 'or lo["n. 'rocesso de acatar asinstruçes dadas a ele 'or lo["n e \g"n é seguido até os dias de ho-e 'or toda a humanidade$ 'ormeio da rotina de começar o dia com a mastigaç*o de gravetos ou escovaç*o dos dentes een>aguando a ,oca com água.

+endo atendido aos dese-os de seus mais velhos$ !r"nm#lá disse ao seu 'ovo 'ara se alimentar comos animais e 'lantas (ue a,undavam no 'ovoado. 7les tinham sucesso em 're'arar o terreno 'arauma ha,itaç*o 'ermanente na terra. ;atisfeito (ue nada ent*o ficou em seu caminho 'ara o sucessona terra$ ['ele 'ro'Ks a !r"nm#lá (ue era hora de enviá)lo 'ara informar a eus (ue a terra -áestava ade(uadamente ha,itável o suficiente 'ara :le -untar)se a ele. !r"nm#lá concordou$ mas lhedisse (ue ele 'rimeiro convocaria Eu 'ara acom'anhá)lo na terra antes de 'edir 'or :le. +endo

 'rometido anteriormente acom'anhá)lo assim (ue fosse convocado$ Eu imediatamente concordouem acom'anhar ['ele a terra.

Antes da chegada !r"nm#lá 'ediu a seus seguidores 'ara construir uma ca,ana 'ara Eu na entradado 'ovoado. +*o logo EsV instalou)se em seus a'osentos$ !r"nm#lá enviou um ,ode a ele. 7le ficoumuito feliz em comer a sua comida 'referida$ a (ual imaginou (ue n*o estaria dis'on&vel na terra.Duando ['ele veio conferir se Eu estava ,em$ o 'rimeiro lhe disse)lhe 'ara 'edir a !r"nm#lá 'ara 'erdoá)lo 'or causa das dificuldades iniciais (ue criou antes do mesmo 'artir do céu$ incitando\g"n e lo["n contra ele. !r"nm#lá 'erdoou e im'lorou a Eu 'ara ficar na terra 'ara ser seu 'ostode ouvinte$ 'rometendo sem're alimentá)lo. A'0s aguardar em v*o 'elo fracasso de e retorno 'ara océu de !r"nm#lá e seus seguidores$ lo["n decidiu no céu retornar a terra 'ara desco,rir como amiss*o estava indo. Duando lo["n chegou a terra$ encontrou Eu (ue lhe disse (ue !r"nm#lá tinha

tido sucesso em tornar a terra ha,itável. Duando lo["n encontrou !r"nm#lá$ 'ediu)lhe 'ara 'erdoar 'or conta dos o,stáculos iniciais criados 'or ele. !r"nm#lá lhe disse (ue as descul'as n*oeram necessárias 'or(ue o sucesso n*o é gratificante sem dificuldades iniciais. Hontudo !r"nm#ládisse 'ara lo["n concordar em viver com ele na terra. 7le ent*o concordou em faz%)lo$ masinsistiu (ue teria (ue ir ao céu 'ara 'edir ao <ai +odo <oderoso 'ara 'ermiti)lo retornar com seusseguidores. lo["n chegou ao céu e eus 'ermitiu)lhe retornar a terra com seus seguidores.

Duando \g"n ouviu (ue lo["n havia 'artido 'ara acom'anhar !r"nm#lá na terra$ ele tam,émdecidiu ir e ver as coisas 'or si mesmo. Duando ['ele viu \g"n 'artindo do céu 'ara a terra$alertou \r"nm#lá (ue imediatamente instruiu seus seguidores a dar outro ,ode a Eu 'ara evitaralgum cho(ue entre eles. Duando \g"n chegou$ Eu ainda estava comendo seu ,ode e estava muitoocu'ado 'ara se incomodar. 7le sim'lesmente indicou a \g"n 'ara seguir 'ara onde !r"nm#lá

morava. Assim (ue !r"nm#lá viu \g"n$ se a-oelhou 'ara cum'rimentá)lo$ sendo seu irm*o maisvelho. \g"n retri,uiu a altura descul'ando)se com !r"nm#lá 'elas dificuldades iniciais (ue criou 'ara ele. ovamente !r"nm#lá e>'licou (ue as descul'as eram desnecessárias 'or(ue sem a(ueles 'ro,lemas duros$ 'rovavelmente n*o teria tido indicio de como alimentar seus seguidores. !r"nm#láent*o 'ersuadiu \g"n em ficar na terra com ele$ 'or(ue sem ele \g"nJ era im'oss&vel 'ara algumatecnologia se desenvolver na terra. !r"nm#lá e>'licou (ue sa,ia a'enas fazer divinaç*o$ mas (uen*o sa,ia como inventar ou fa,ricar. ;entindo)se lison-eado$ \g"n ra'idamente concordou emretornar ao céu 'ara ter 'ermiss*o de eus 'ara voltar com seus seguidores 'ara a terra. \g"n 'orfim retornou com seus seguidores.

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@oi na(uele estágio (ue !r"nm#lá finalmente enviou ['ele 'ara trazer :le do céu. Duando ['elenarrou a mensagem de !r"nm#lá 'ara eus$ o <ai +odo <oderoso$ instantaneamente convocou :le 'ara seguir 'ara a terra 'ara au>iliar !r"nm#lá. Eu foi novamente o 'rimeiro agente (ue :leencontrou chegando a terra. Eu encaminhou)o 'ara encontrar !r"nm#lá em sua ca,ana. Xonge dedesafiar :le como fez com lo["n e \g"n$ Eu im'lorou a :le (ue ele sem're seria mais ,emsucedido (ue seus irm*os mais velhos e sem ele ninguém teria satisfaç*o com'leta na terra$ 'or(ueele era caracteristicamente 'aciente e inofensivo. Duando :le encontrou !r"nm#lá$ 'restou)lheres'eito$ fazendo)o ca'az de vir e au>iliá)lo na terra. !r"nm#lá retrucou 'roclamando com seuinstrumento de autoridade AeJ (ue/

;e res'eito lhe fosse 'restado$ seria sem're estendido a terralo["n sem're moraria na água tendo em vista o rio (ue usou 'ara ,lo(uear sua a'ro>imaç*o aterra$ mas (ue ele seria o distri,uidor de ri(uezas e 'ros'eridade 'ara a es'écie humana\g"n sem're seria usado 'ara 'roduzir grandes feitos$ mas (ue ele 'r0'rio sem're tra,alhariaagitadamente noite e dia e n*o teria 'az de mente.

7le ent*o disse aos tr%s 'ara seguirem em seus caminhos em se'arado. s tr%s dei>aram osa'osentos de !r"nm#lá. 7les mal haviam se movido 'ara fora do a'osento$ (uando su,itamente :le

desfaleceu morto. Assim (ue caiu morto seu cor'o desa'areceu da vista e em seu lugar umaconstelaç*o de casas$ 'rédios$ e resid%ncias surgiram no ch*o. esta forma$ :le tinha setransfigurado em casas res'eitáveis 'ara todos os ha,itantes e>istentes e futuros morarem. !r"nm#lára'idamente dei>ou sua ca,ana co,erta de esteiras e foi 'ara ficar no melhor e mais agradávela'osento 'roduzido 'ara ele 'or :le. \g"n ficou a,orrecido e se recusou a ficar em (ual(uer umdos a'osentos 'rovidenciados 'or :le. 7nt*o construiu sua 'r0'ria casa caindo aos 'edaços$chamada izegede$ a (ual onde ele está até ho-e.

lo["n tam,ém se sentiu 'rovocado e voltou)se 'ara a água 'ara constituir)se nos oceanos$mares e rios dessa terra. s homens e as mulheres trazidos 'ara a terra 'or !r"nm#lá$ lo["n e\g"n$ logo começaram a casar entre si e multi'licar)se 'elos (uatro ventos desta terra. F im'ortanterelem,rar (ue o fim da vida e reencarnaç*o 'osterior dos seguidores (ue inicialmente vieram com

!r"nm#lá$ \g"n$ lo["n$ e outras divindades tornaram)se os sacerdotes e filhos destas divindadesaté ho-e e 'ara a eternidade. A(ueles (ue desviaram o caminho do re,anho$ ou (ue n*o foram 'rivilegiados em desco,rir sua fam&lia$ s*o os homens e mulheres (ue 'assam 'or todos os ti'os dedificuldades na terra.

 este estágio ['ele 'artiu 'ara o céu$ mas avisou a !r"nm#lá 'ara 'rocurar 'or ele de'ois dealgum tem'o no caminho 'ara a fazenda. <or fim transformou)se em uma árvore cu-o os frutos s*ousados até ho-e 'ara 're'arar o instrumento divinat0rio ['ele. 7le disse a !r"nm#lá como usar assementes (ue ele traria dali em diante 'ara divinaç*o.

O* TA3AL;O* C-L-*T-* D- 6/NDA)M-2I

 o céu ele era chamado 7-i)[o. 7le fez divinaç*o 'ara o tigre com este encantamento ) noshemuro[o ni-o to onlo o[o ode ) (uando o tigre (uis começar a caçar. 7le avisou ao tigre 'ara fazer osseguintes sacrif&cios$ dar um ,ode a Eu$ e servir Ifá com 1 galinha$ 'ei>e e rato 'ara (ue fosseca'az de caçar com sucesso. sacrif&cio era necessário 'ara evitar caçar em v*o$ ou sofrer umatraso chamado amu,oJ em UorV,á e oso,onomasunu em WiniJ. 7le se recusou a fazer osacrif&cioe no dia seguinte 'artiu 'ara a floresta 'ara caçar. tigre tinha dois as'ectos. Duandoalgum o,-eto celeste caia atrás dele$ ele instintivamente corria longe em 'avor. 7m segundo lugar$(uando ele 'ula so,re algum animal (ue tenha matado$ é 'roi,ido de com%)lo. Hhegando a floresta$

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ele viu um ant&lo'e e matou)o ,e,endo o seu sangue. Assim (ue dei>ou o ant&lo'e cair no ch*o$ouviu o som de um galho de árvore (ue caiu so,re ele. <or esse susto ele saltou so,re o ant&lo'e elargou imediatamente.

7m seguida ele matou um ant&lo'e 'reto chamado em UorV,á de 7du e guonziran em Wini. aisuma vez$ o 'esado o con-unto de frutas maduras 'endeu da árvore so,re ele (ue saltou so,re a 'resa$ dei>ando)a 'ara trás. esse momento$ o tigre estava ficando cansado e com fome$ n*o tendocomido nada desde manh*. Duando o sol estava 'ara se 'or ele estava se 're'arando 'ara ir 'aracasa (uando viu um veado. 7le novamente teve sucesso em matar o veado$ mas -usto antes de tentar 'egá)lo$ um monte de frutas de 'almeira caiu no ch*o atrás dele e ele novamente 'ulou so,re oveado tendo (ue a,andoná)lo. 7le ficou deses'eradamente frustrado e foi 'ara casa. Eu erao,viamente res'onsável 'or seu infort"nio incomum.

7m seu caminho 'ara casa avistou um coelho e 'erseguiu)o até (ue o coelho entrou em seu ,uraco.Duando o coelho estava entrando no ,uraco$ o tigre segurou)o em sua cauda e começou a 'u>á)lo.as o coelho 'rendeu suas garras no ,uraco com tanta firmeza (ue o tigre s0 conseguiu a'enasesfolar a traseira e>'osta do coelho. coelho ent*o se arrastou livre em segurança 'ara o ,uraco.

7ste é o 'or(ue = 'arte de trás do coelho é ,ranca até ho-e$ o (ual o distinguem de todos os outrosanimais mam&feros do seu tamanho. 7ste "ltimo incidente levou o tigre a fazer relaç*o entre seufracasso em fazer sacrif&cio e sua e>'ediç*o de caça frustrada. Hhegando em casa$ informou suaaventura infrut&fera. <ara determinar a veracidade da sua est0ria uma e(ui'e de ,usca foi = florestae realmente viu e trou>e 'ara casa os tr%s animais mortos 'elo tigre. s animais foram trazidos 'or\g"nda)e-i. @oi ent*o (ue ele foi a \g"nda)e-i 'ara fazer os sacrif&cios.

A'0s fazer os sacrif&cios ele foi = floresta no dia seguinte e matou um veado o (ual trou>e 'ara casasem nenhum incidente. esde ent*o$ o tigre se tornou um caçador ha,ilidoso e foi e>'ressar a suagratid*o a \g"nda)e-i.

-L- - DI#INAÇÃO PARA A 3OA

A'0s criar as varias es'écies das fam&lias das co,ras$ eus distri,uiu armas 'ara cada uma delas emforma de veneno$ mas es(ueceu de dar alguma 'ara a Woá$ (ue é chamada em UorV,á [a e Aru emWini. A Woá começou a se (uei>ar 'or(ue ele carecia de armas com as (uais ca'turar a comida. 7leent*o foi a \g"nda)e-i 'ara divinaç*o 'ara au>iliá)lo no (ue fazer 'ara so,re'u-ar suasdificuldades. A flecha foi um dos sacerdotes em'regados (ue moravam com \g"ndá)e-i e foi ele(uem fez divinaç*o 'ara Woa. nome com'leto da flecha era [ofi doo$ [o reZin Za ,o oloo[o )dafá fun o[a$ eleNu ) o,o,o$ significando a flecha com a (ual a Woá mata um animal envolvido 'elo seu estKmago. A Woa era descrita como um ré'til de 'ele de veludo.

ANo avisou)o 'ara fazer sacrif&cio com tr%s flechas min"sculas$ o,i$ e 1 galinha. 7le trou>e os

materiais no dia seguinte e o ANo usou a galinha 'ara servir Ifá 'or ele. Hom o sangue da galinha$folhas e IZerosun$ o ANo 're'arou uma 'oç*o medicinal 'ara ele ,e,er. 7le tam,ém foi avisado 'ara ir com os o,is e servir sua ca,eça com eles na estrada. 7le foi dei>ar a 'arte dos o,is numescondido na estrada e se escondeu em um ar,usto 'r0>imo 'ara es'iar alguém (ue furtaria os o,is.7le estava 'ara 'egar nas tr%s flechas. @oi avisado 'elo risco de seu tem'eramento incontrolável$ o(ue e>'lica o 'or(ue a Woa 'ermanece a co,ra mais 'aciente até os dias de ho-e. A(uele diacoincidiu com o dia em (ue eus estava indo fazer 'arte de um encontro das divindades o (ualtradicionalmente começava com a (ue,ra de o,i. eus es(ueceu de trazer alguns o,is (uando elesaiu de casa. 7le estava acom'anhado 'elo seu servo favorito$ o coelho (ue carregava sua sacola

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divina A['emini-e[un ou Ag,av,o[oJ. Duando eus viu a 'arte na estrada ele 'ediu ao coelho 'ara -untá)la. @oi au>iliado a ver (ue continha o,i os (uais ele es(ueceu de trazer de casa. Duandoos o,is estavam sendo colocados na sacola divina$ a Woá saiu 'erguntou 'or(ue eus tam,ém 'egaria sua comida (uando ele havia es(uecido de lhe dar algum veneno. 7le se (uei>ou (ue tinhasido 're-udicado 'or(ue carecia de armas com as (uais ca'turar sua comida.

eus imediatamente sim'atizou com ele e e>'licou (ue n*o es(ueceu. Avisou ao coelho 'ara e>'ortudo o (ue resta)se na sacola divina$ e ele saiu com um ae. A Woá tinha e>'licado (ue !r"nm#lá 're'arou 3 flechas 'ara ele e eus 'egou as 3 flechas e a,ençoou)as. eus ordenou a Woá 'ara a,rirsua ,oca engoli)las e lhe disse (ue todas as vezes (ue ele visse alguma v&tima$ as flechas sairiamautomaticamente 'ara suas narinas e as lançaria em sua v&tima. *o era 'ara ele correr so,re suav&tima$ mas aguardar no local$ 'ara se voltar 'ara ele. 7nt*o engoliria a v&tima e as flechasretornariam 'ara seu estKmago 'ara uso 'osterior. Antes de 'artir$ eus a'resentou o coelho 'araela e advertiu 'ara nunca usar suas armas no coelho. Duando eus chegou na rua da confer%ncia$desco,riu (ue eles haviam dei>ado a sacola divina 'ara trás no lugar aonde ele deu armas 'ara Woá.eus ficou relutante em des'achar o coelho 'ara 'egar a sacola$ 'or medo (ue a Woá faminta talvez 'osse im'ulsionada a usar as novas armas ad(uiridas nele. as o coelho assegurou a eus (ue elecoletaria discretamente a sacola sem 'rovocar a Woá.

Duando o coelho chegou lá começou a 'rovoca a Woá. Acusou)a de ser 'reguiçosa 'or aguardar nolocal$ (uando deveria estar se movendo ao redor 'ara 'rocurar 'or comida. coelho 'rovocou aWoá atormentando tanto (ue até mesmo começou a 'u>ar a cauda da Woá$ a (ual era 'roi,ido.encido 'elo tem'eramento$ as flechas em seu estKmago se moveram 'ara suas narinas e elelançou)as = vontade 'ara atingir o coelho$ (ue ent*o ra'idamente removeu a sacola divina e correude volta 'ara encontrar eus na confer%ncia. Duando o coelho voltou 'ara eus informou (ue eletinha sido atacado 'ela Woá. eus disse ao coelho (ue ele tem 'rovocado muito a Woá 'ara ficarsu-eito a sua f"ria e avisou o coelho (ue sua real 'roclamaç*o era (ue ele o coelhoJ retornaria 'araa Woá 'ara morrer. coelho voltou com grande esforço 'ara a(uele local e morreu assim (uechegou lá e a Woá o engoliu. 7ste incidente assegurou a Woá (ue a arma dada a ele 'or eus eraefetivamente eficaz. 7le ent*o ficou muito feliz.

 o final do encontro$ eus teve (ue carregar sua sacola 'ara casa ele mesmo. Hhegando ao localaonde a Woá se assentava ela instantaneamente se 'rostrou 'ara agradecer)lhe 'ela assist%ncia dada.eus$ entretanto 'erguntou)lhe 'or contrariar sua ordem de n*o atacar o coelho$ seu servo$ e a Woáe>'licou como 'rovocada. eus falou)lhe (ue estava 're'arado 'ara 'erdoá)la na(uela ocasi*o 'or(ue ela agiu so,re 'rovocaç*o.

eus$ entretanto 'roclamou (ue desde ent*o$ a 'r0'ria Woá morreria no mesmo dia em (ue eleatacá)se e matá)se um coelho. esde ent*o nomeou o es(uilo 'ara estar narrando a localizaç*o daWoá como um sinal de aviso aos animais. Assim (ue eus 'artiu$ monte de es(uilos cercou a Woá ecomeçou a gritar 'ara ela com estas 'alavras/[aa reeoo ) 7leNu o,o,o

^aa Nooo ) 7leNu o,o,o

esde a(uele dia o es(uilo tem se tornado o mais duro inimigo de Woá.

-L- - DI#INAÇÃO PARA OD-

de é a 'alavra UorV,á 'ara o e>terior$ (ue é o lado de fora do 'átio da casa. Rouve um tem'o nocéu em (ue houve fome e todo lugar se tornou sem vida. 'ovo ficou muito faminto 'ara envolver)

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 o (uinto dia$ sonZin$ o irm*o divino de !r"nm#lá decidiu visitar 7-i)o[o. Hhegando a casa de7-io[o$ o encontrou recluso aguardando a morte. sonZin lhe disse 'ara arran-ar coragem e firmar)se. 7le se ofereceu 'ara ir e confrontar orte.

sonZin 'ediu a 7-i)o[o 'ara se vestir com o (ue ele usava 'ara se transfigurar$ assim como seu ,ast*o de divinaç*o :ro[eJ e seu ,oné. 7le vestiu a rou'a e o ,oné$ segurando o ,ast*o em suam*o. Duando sonZin chegou na casa de orte$ ele ra'idamente reconheceu a casa 'or(ue eralavada diariamente com sangue humano.

Ao entrar na casa$ sentou)se na sala de entrada e e>igiu ver o Gei da orte 'or(ue ele tinha vindolhe 'restar visita. Duando foi dada a descriç*o do visitante ao Gei da orte$ ele sou,e (ue fora 7-i)o[o (uem enviara sonZin 'ara ir e 'rovocá)lo. Irado$ orte deu instruçes 'ara o visitante ser 'reso$ e>ecutado e es(uarte-ado em 'edaços 'e(uenos.

s seguidores da orte 'egaram sonZin e surraram)no e cortaram)no em 'e(uenos 'edaços e 'eças. A 'edido de orte$ os 'edaços do cor'o de sonZin foram es'alhados na encruzilhada.

7m tem'o$ seus e>ecutores voltaram 'ara a casa e sonZin estava sentado 'lacidamente es'erando 'or eles. Assim (ue viram)no$ ele insistiu (ue n*o des'erdiçassem seu tem'o 'or(ue ele veio ver oGei da orte. 7státicos com o susto e 'asmos$ os mensageiros re'ortaram a orte (ue o visitanteestava de volta na casa antes deles e de'ois (ue eles haviam matado)o e es(uarte-ado em 'edaços.orte ordenou)lhes 'ara matá)lo novamente e atirar seus 'edaços no rio 'ara alimentar aos 'ei>es.

ais uma vez$ eles mataram e es(uarte-aram seu cor'o em vários 'edaços 'e(uenos e lançaram)osno rio. Duando retornaram 'ara casa 'ara informar a realizaç*o da miss*o$ encontraram sonZinnovamente na sala neste momento soltando fumaça 'or(ue era muito dif&cil ver o Gei da orte. 7leindagou se o @eroz orte estava com receio de ver uma divindade mais nova.

Duando informaram orte de sua misteriosa ressurreiç*o$ ele lhes disse 'ara cortá)lo mais uma vez$

cozinhar os 'edaços e -ogá)los no incinerador 'ara serem (ueimados até cinzas. as antes (ue elesretornassem 'ara casa$ sonZin mais uma vez estava aguardando)os na sala es,rave-ando (ueentraria de 'enetra se orte continuasse se recusando a v%)lo.

;em sa,er e>atamente o (ue fazer dele$ orte enviou seus mensageiros 'ara 'edir a sonZin 'aradizer a seu irm*o (ue ele havia cedido 7'i'aZemi 'ara ele em 'az. Duando eles narraram amensagem a sonZin$ ele ,errou (ue 'ara n*o criar uma confus*o no céu$ orte deveria enviar umde seus mensageiros 'ara acom'anhá)lo a entregar a mensagem 'ara seu irm*o. orteimediatamente concordou e enviou um de seus guarda)costas 'ara acom'anhar sonZin e levar amensagem a 7-i)o[o.

sonZin tam,ém enviou uma mensagem 'ara orte insistindo (ue ele lhe trou>esse o,i. s o,i

foram ra'idamente enviados$ mas sonZin insistiu (ue orte deveria sair 'ara a,ri)los ele mesmo.orte 'or fim saiu e a,riu os o,i dando um 'edaço 'ara sonZin$ en(uanto ele mesmo comia outro 'edaço. sonZin foi 'ara casa com os 'edaços de o,i restantes a'0s agradecer orte 'or suahos'italidade condizente.

e volta a casa$ 7-io[o n*o tinha 'alavras suficientes com as (uais e>'ressar sua gratid*o 'arasonZin 'or sua incom'arável 'roeza$ 7-io[o ent*o convocou o marim,ondo (ue fez divinaç*o 'ara ele 'ara cantar em louvor em meio a comidas e ,e,idas.

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Ala ,oun ,oun lofo ['iriri ['arara e sonZin acrescentou o refr*o/

7semi lu[u ['aa$ didi mode lu[u ['aa didimode;ignificando/

 *o fui eu mesmo (ue orte matou$ mas a minha imagem de lama (ue orte matou 'or(uesonZin fre(entemente desa'arecia (uando os carrascos de orte estavam matando)o. Hom o (ue$7-i)o[o tomou 7'i'aZemi como sua es'osa.

A *-UNDA -*PO*A D- -2IO4O

7le fez divinaç*o 'ara o galo e 'ara o 'a'agaio (uando am,os 'rocuravam es'osas 'ara casar. 7leos avisou 'ara dar um ,ode a Eu$ 'ara (ue o costume de 'assar e>crementos em seus (uartos n*oos 'rivassem da honra de casar com es'osas res'eitáveis. Am,os argumentaram (ue o sacrif&cio eradesnecessário -á (ue era seu costume 'assar restos em (ual(uer lugar (ue eles dormissem.

Rouve tam,ém uma linda virgem (ue foi a ele 'ara divinaç*o 'ara sa,er como conseguir um

marido res'onsável. 7la foi avisada a fazer sacrif&cio 'ara evitar o infort"nio de com'rometer)se emdois casamentos frustrados antes de esta,elecer)se em um terceiro. 7la achou desnecessário fazer osacrif&cio 'or(ue sua ,oa sorte e intelig%ncia nata eram suficientes 'ara ver através das dificuldades.

 *o muito tem'o de'ois ela encontrou o galo (ue estava muito ,em a'essoado. 7la caiu mais umavez 'or ele e concordou em casar. 7la se mudou 'ara sua casa sem nenhuma demora. esta forma$ adu'la (ue se recusou a fazer o sacrif&cio$ havia casado em desafio ao aviso do sacerdote de Ifá. amanh* seguinte a noiva desco,riu (ue seu marido havia es'alhado e>crementos em toda sua cama.A mulher ficou com'letamente desgostosa. 'ovo imediatamente começou a ridicularizá)la 'orcasar com um marido (ue dese-ava e>cremento em sua cama. 7la n*o 'odia su'ortar oconstrangimento$ e ent*o$ dei>ou o galo t*o ra'idamente (uanto se casou com ele.

:m 'ouco de'ois$ ela encontrou o 'a'agaio$ outra 'essoa muito ,onita. A'ai>onou)se 'or eleimediatamente e concordou em casar)se. Duando ela 're'arou sua 'rimeira refeiç*o$ o 'a'agaio lhedisse (ue teriam (ue fazer suas refeiçes em se'arado. 7la ficou curiosa 'ara desco,rir o 'or(ue omarido im'Ks tal em,argo. Duando 're'arou milho 'ara o 'a'agaio$ ela a'enas comeu os miolosmacios do milho e a,andonou o resto. s des'o-os ficaram es'alhados em todo o (uarto.

7m outra ocasi*o a'0s servir sua refeiç*o$ ela foi esconder)se 'ara o,servar o modo do 'a'agaio sealimentar. iu (ue ele estava comendo com seus 'és e es'alhando os restos de comida ao seu redor.Duando mais tarde ela enfrentou o 'a'agaio (uestionando)o so,re o 'or(ue de ele es'alhar acomida ao seu redor$ o 'a'agaio res'ondeu (ue a vida era muito curta (ue n*o era seu costumecomer a 'arte velha de alguns alimentos. <erguntado 'or(ue comia com seus 'és$ ele e>'licou (ueera costume do seu 'ovo fazer de tal forma. ovamente considerou a situaç*o demais 'ara ela e

 'ela segunda vez$ ela dei>ou o 'a'agaio. A 'rediç*o do sacerdote de Ifá tinha ra'idamente semanifestado.

 este estágio decidiu ir novamente consultar o oráculo e foi avisada 'ara dar um ,ode a Eu e umcarneiro 'ara o Ifá de seu 'ai. 7la deu o ,ode a Eu mas n*o teve recursos suficientes 'ara com'araum carneiro 'ara Ifá. @oi avisada a se acalmar$ ela haveria de casar com um sacerdote de Ifá.

Ao mesmo tem'o$ 7-io[o sonhou (ue estava casando com uma segunda es'osa. 7le consultou Ifá$ eseu 'r0'rio du surgiu. Honvocou seus su,ordinados$ :ro[e e rofa 'ara inter'retar o significado.

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7les lhe disseram (ue uma mulher estava vindo até ele e (ue era uma 'rincesa. @oi avisado a dar um ,ode a Eu e um carneiro a Ifá. 7le fez os sacrif&cios no dia seguinte.

Ao mesmo tem'o$ a 'rincesa dei>ou a casa de seu 'ai com destino desconhecido 'ara consultar doisANo chamados 7lemo :go e soro :gomugo. 7la saiu de casa com uma ,olsa contendo 9[O$=[ar=$ e[uru$ e adun. :m 'ouco antes de chegar = cidade de Ito[o aonde vivia 7-io[o$ ela sentiunecessidade de defecar. esconhecido 'ara ela des'e-ou e>cremento no to'o de uma 'aciente ,oá a(ual estava deitada no ch*o e a folha com a (ual lim'ou seu nus$ caiu em um caracol 'or 'erto.A'0s se aliviar$ ela continuou sua -ornada. s dois ANo tinham vindo visitar 7-io[o.

Duando chegou na cidade de Ito[o$ ouviu os dois ANo fazendo divinaç*o e tocando o ch*o com suafaca divina$ A-a em Uoru,a e Aza em WiniJ$ e entoando cnticos de encantamento. 7la retirou desua ,olsa algo 'ara comer e (uando estava começando a comer$ Eu esticou suas m*os em direç*o aela e toda comida (ue estava comendo ficou 'resa em sua garganta. Duando começou a sufocar$ elacorreu 'ara 'edir socorro na casa de 7-io[o. Duando entrou$ ela gesticulou 'edindo 'or água. 7leslhe deram com a caneca de água de Ifá e Eu ra'idamente retirou suas m*os de sua garganta e elareviveu imediatamente. 7la foi ent*o levada a tomar assento. ;entindo revigorada$ agradeceu a Ifácolocando sua ca,eça no ch*o.

7les fizeram divinaç*o 'ara e lhe disseram (ue era uma 'rincesa. 7les tam,ém lhe disseram (ue elativera dois casamentos a,ortados e estava se 're'arando 'ara um terceiro. @oi tam,ém avisada (ueseu 'ai tinha seu 'r0'rio Ifa$ 'ara o (ual ela fora 'reviamente avisada 'or meio de divinaç*o aoferecer um carneiro$ mas havia falhado em faz%)lo. 7les lhe disseram (ue ela fez um sacrif&cio 'araEu mas n*o 'ara Ifá e ela confirmou suas revelaçes. Hontudo$ eles insistiram (ue ela ainda teria(ue servir Ifá com um carneiro antes de 'oder se assentar.

7la tam,ém foi informada de (ue dei>ou res&duo humano em um ar,usto na estrada antes de suachegada a cidade de Ito[o. 7les revelaram (ue a náusea (ue ela sofreu antes de entrar na casa foi 'or(ue !runmila estava realmente a,orrecido com ela 'or ter dei>ados e>crementos na ,oá (ue iriaser usada 'ara servi)lo$ e co,rir o caracol com o (ual ele iria acalmar sua vida$ com as folhas (ue

ela usou 'ara lim'ar seu nus.

7la desconhecia estes relatos$ mas se ofereceu 'ara ir e mostrar aos ANo o local aonde se aliviara.

Duando eles chegaram ao local$ todos viram (ue a ,oá ainda estava deitada so, os e>crementos emais adiante um caracol deitado so,re as folhas (ue ela usou 'ara lim'ar seu nus. As duas coisasforam carregadas 'ara casa 'ara serem usadas 'ara servir Ifá. Antes a comida usada 'ara o sacrif&ciofoi cozida$ e -á estava escura. 'rincesa foi dado inhame 'ilado 'ara comer. e'ois ela -untou)se a7-io[o 'ara servir a ca,eça dele com a ,oá. 7la 'assou a noite com 7-io[o. Xogo em seguida ela 'erdeu sua menstruaç*o e ficou grávida. 7la teve uma menina 'ara (uem foi dado o nome de AZo.

Duando surge este du 'ara uma mulher solteira na divinaç*o$ ela deverá ser avisada a fazer

sacrif&cio 'ara (ue n*o case com dois maridos antes de se assentar na vida com um terceiro. ;e ela -á for casada$ será avisada (ue tam'ouco está na casa de seu terceiro marido ou está se 're'arando 'ara dei>á)lo$ mas deverá fazer sacrif&cio.

-2IO4O O- DO CU PARA A T-RRA

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Duando ele 'or fim constituiu seu 'lano 'ara fugir 'ara o mundo$ n*o 'oderia vir como os outrosatravés do "tero. 7le fugiu do céu 'ara a terra com seus 'ertences. @oi = divinaç*o 'ara umsacerdote de Ifá chamado lor& ire oZin['in nig,a [ara ofun r&a loorun. 7le estava se 're'arando 'ara ir a eus 'ara 'egar a ,andeira de seu an-o guardi*o e foi avisado 'ara fazer sacrif&cio com um 'orco$ uma ca,ra$ uma ovelha$ um carneiro$ um ,oi$ uma tartaruga macho e uma tartaruga f%mea$uma 'ata e um 'ato. A'0s fazer o sacrif&cio$ 'artiu 'ara o 'alácio divino de eus.

Hhegou ao 'alácio (uando eus estava tomando seu café da manh*. F 'roi,ido a (ual(uer 'essoaver eus (uando estava comendo e 7-io[o n*o sa,ia (ue 7le estava fazendo sua refeiç*o. eus lheentregou uma 'e(uena ,andeira de seu an-o guardi*o de 7-io[o$ mas ele ignorou a 'e(uena e 'referiu rou,ar a ,andeira maior (ue viu lá$ e 'artiu. A (ue ele surru'iou$ 'ertencia ao an-o do Gei.

+*o logo ele 'egou a ,andeira maior$ ra'idamente em,arcou em uma longa -ornada 'ara a terra. 7le -á estava escalando o se>to morro (ue conduzia a terra$ (uando eus desco,riu (ue 7-io[o tinha 'artido com a ,andeira errada. eus enviou um mensageiro 'ara chamá)lo de volta.

Antes (ue o mensageiro 'udesse alcançá)lo$ ele -á tinha entrado no mundo. mensageiro retornou 'ara re'ortar a eus (ue 7-io[o tinha esca'ado 'ara o mundo$ assim ele foi dei>ado 'ara 'ros'erar

imensamente na terra. Antes de 'artir do céu$ tinha sido alertado 'elos ANo a n*o se 'ermitir tornar)se descontrolado$ e foi avisado (ue 'ara ele 'ros'erar deveria a'render a ser 'aciente e até mesmomoderado$ 'ara evitar o risco de ser rodeado 'or 'essoas mal intencionadas.

-L- - DI#INAÇÃO PARA OI

Assim (ue ele chegou ao mundo$ a 'rimeira 'essoa 'ara (uem ele tra,alhou foi uma mulherchamada Zi. A,emale 7[o[an$ A,o-u regun regun$ adifa fan oZi tolo ile ig,a. A mulher tinhacasado com muitos maridos sem ter nenhum filho. Duando ela estava se 're'arando 'ara casar comum sacerdote de Ifá chamado Ig,a$ encontrou 7-io[o (ue fez divinaç*o 'ara ela. 7le recomendou)lhe a fazer sacrif&cio com 2S ratos$ 2S 'ei>es$ um 'om,o$ um ,ode$ um galo e uma galinha. s ovos

encontrados nas v&sceras da galinha seriam usados 'ara 're'arar um remédio 'ara ela. 7la era afilha do r&a la de Ita['a.

7la fez os sacrif&cios e 'artiu 'ara uma cidade$ aonde encontrou um sacerdote de Ifá chamado Ig,ae casou)se com ele. @icou grávida no m%s seguinte e deu = luz a dois 'ares de g%meos. e'ois de 'arir (uatro crianças 'ara Ig,a$ ela dei>ou)o com as crianças 'ara 'rocurar outro marido$ 'or(ue ohomem acreditava (ue tinha tido filhos suficientes.

7la foi novamente = divinaç*o e foi dito 'ara fazer sacrif&cio com um 'ar de 2S coisas diferentes.7la fez o sacrif&cio e 'artiu 'ara a cidade de 7Ni)Ado aonde casou com um homem [e)Ila$ (uen*o tinha es'osa.

Xogo ficou grávida e deu = luz a tr%s 'ares de g%meos durante o seu segundo casamento.Duando ohomem 'ro'Ks (ue eles -á tinham tido filhos suficientes$ ela tam,ém a,andonou)o em ,usca deoutro marido.

ais uma vez ela foi = divinaç*o e foi avisada a fazer sacrif&cio com um 'ar de 4S materiaisdiferentes. A'0s e>ecutar o sacrif&cio$ via-ou 'ara I-ero aonde ela casou em um vilare-o chamadoI[oro$ cerca de tr%s milhas da cidade de I-ero. 7la teve (uatro 'ares de g%meos 'ara o novo maridode I[oro. 7la era clara$ mas nenhuma de suas crianças tinha herdado sua tez.

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 esse meio tem'o$ uma das (uatro crianças (ue ela teve com seu 'rimeiro marido$ 'ersuadiu seu 'ai a ir com ele em ,usca de sua m*e. Ao mesmo tem'o$ o marido I[oro lhe disse (ue ele n*oestava interessado em ter mais filhos. 7la insistiu (ue (ueria mais filhos$ e (uando o marido n*o seme>eu$ ela dei>ou)o 'ara I-e,u.

7m I-e,u$ novamente ela foi = divinaç*o e fez sacrif&cio. 7la encontrou outro marido 'ara (uemteve seis 'ares de g%meos. ais uma vez a desavença seguiu)se (uando o homem se recusou a sedeitar com ela 'or temer ter mais filhos. +odas as outras es'osas do homem tinham)no dei>ado 'or(ue n*o tinham filhos. Assim (ue elas viram Zi dando a ele filhos$ todas voltaram 'ara ele.

as Zi estava novamente a caminho$ era a vez de A,eo[uta. Duando estava chegando emA,eo[uta$ encontrou um caçador (ue estava retornando da floresta com cinco animais diferentes.7la ouviu 'or acaso o caçador se lamentando em lágrimas (ue ainda (ue tivesse matado cincoanimais na floresta$ n*o tinha es'osa em casa (ue 're'araria a carne. Zi ra'idamente concordouem ir com ele 'ara sua casa. Duando o marido fez divinaç*o 'ara sua nova es'osa esta,elecida$ elefoi avisado (ue a mulher o dei>aria se ele tomasse uma segunda es'osa.

Hom a(uele alerta$ o homem n*o 'retendia ter outra es'osa 'or(ue Zi teve sete 'ares de g%meos

 'ara ele até mesmo em idade avançada. Agora ela era muito velha e morou em A,eo[uta até o fimde sua vida.

Duando surge na divinaç*o 'ara uma mulher estéril$ ela será avisada a fazer sacrif&cio$ mas (ue elaterá muitos filhos de vários maridos.

-2IO4O *- IN*TALA NA T-RRA

Xogo a'0s chegar na terra$ ele decidiu ir a divinaç*o com tr%s ANo chamados :gun sor&re sor&re['ari$ A[ala Ig,o sor&re sor&re$ og,i-o-oso)run$ mede sor&re. Duando ele chegou em sua casa$encontrou AlamiZo$ o Hhefe dos Haçadores de Ito[o (ue tam,ém veio 'ara divinaç*o.

Am,os$ o caçador e \g"nda)me-i foram avisados a fazer sacrif&cio contra os 'ro,lemas deingradit*o dos ,eneficiários de sua generosidade. \g"ndame-i foi avisado a dar uma ca,ra 'reta 'ara seu Ifá e um ,ode 'ara Eu. 7le fez o sacrif&cio. <or outro lado$ o caçador foi avisado aoferecer um ,ode 'ara Eu e servir \g"n com um cachorro$ uma tartaruga e um galo. 7le n*o fez osacrif&cio.

caçador era muito eficiente em sua 'rofiss*o$ e n*o considerou necessário fazer (ual(uersacrif&cio. uitos anos mais tarde$ o caçador teve um sonho (ue o a'avorou e ele foi = divinaç*o.@oi novamente relem,rado do sacrif&cio (ue tinha anteriormente sido avisado a fazer$ e insistiu (uen*o tinha necessidade do au>&lio de nenhum sacrif&cio. s 'r0>imos ANo (ue ele a,ordou sechamavam r&re sumi sisee e ada ,o la tise r&re$ Non difa fun AlamiZo tiishe ror& ode nila Illa

rangun. 7le mesmo se chamava AlamiZo e era o chefe dos caçadores na cidade de Illa rangun.

Avisaram)no (ue se n*o e>ecutasse o sacrif&cio$ sua ,ondade e ,enevol%ncia encurtariam sua vida. esse instante$ ele foi avisado a dar tr%s ,odes 'ara Eu$ uma ca,ra 'ara !r"nm#lá$ uma ca,ra 'arasua ca,eça$ um cachorro$ um galo$ uma tartaruga 'ara \g"n e seis ovos e um coelho 'ara as maisvelhas da noite. 7le ainda assim n*o fez nenhum dos sacrif&cios.7n(uanto isso$ ele saiu de casa em uma e>'ediç*o de caça com seu instrumento$ um ,oomerang7['ede em Wini e A[ata'o em Uoru,aJ. Ao cair da noite chegou = cidade de I'jg"n. 'ovo deI'jg"n havia tido um 'ro,lema ameaçador causado 'or um 'ássaro misterioso o (ual costumava ir

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a cidade e dei>ar um rastro de homens mortos atrás de si. 'ássaro era chamado Ag,e em Uoru,aou :[hio[hio em Wini. 7m todo lugar ele ,radava ?['jg"nB tr%s vezes$ 'artia e logo em seguidavinte 'essoas morreriam na cidade.

'ássaro havia desafiado a 'er&cia dos melhores caçadores da regi*o. a "ltima vez$ elesofereceram um ,ode 'ara Eu (ue lhes garantiu (ue o caçador (ue mataria o 'ássaro estava vindo 'or si 'ara a cidade.

Duando AlamiZo acordou na manh* seguinte$ foi convocado 'elo Alto Hhefe da cidade$ (ue lhefalou a res'eito do 'ro,lema do 'ássaro misterioso. Duando eles estavam sentados do lado de forada casa do Hhefe discutindo$ o 'ássaro mais uma vez surgiu. ]ritou ?<jg"nB uma vez$ mas antes degritar a segunda vez$ AlamiZo mirou e matou)o. A novidade logo se es'alhou ao redor e trou>ealegria e regozi-o geral na cidade.

7n(uanto o 'ovo ainda estava feste-ando$ Eu rodeou 'ara instigar um -ovem homem da cidade a 'rotestar aos mais velhos 'ara e>'ulsar AlamiZo da cidade com ,ase em (ue um caçador (ue eraca'az de matar (ual(uer 'ássaro misterioso com um tiro n*o 'ou'aria toda a cidade se alguém seatrevesse a ofend%)lo no futuro. Hhefe reconheceu as o,-eçes erguidas 'elo -ovem e rendeu)se

ao seu dese-o$ e>'ulsando AlamiZo da cidade de I'jg"n.

<er'le>o 'ela reviravolta dos acontecimentos$ AlamiZo foi 'ara a 'r0>ima cidade chamada IZintaaonde novamente foi convocado a resolver um antigo 'ro,lema de um misterioso 'ássaro (uecostumava carregar montes de mortos 'ara a cidade. 'ássaro$ chamado Alu[o em Uoru,a e ANeem Wini$ costumava visitar a cidade 'eriodicamente. Assim (ue entrava na cidade$ 'ermanecia naentrada da cidade e gritava ?'og,onB tr%s vezes a'0s trinta 'essoas morreriam. Duando ele estavasendo informado a res'eito da calamidade end%mica$ o 'ássaro chegou e tomou 'osiç*o na árvoreda vida A[o[o ou I[hinmNinJ na entrada da cidade. AlamiZo es'erou o 'ássaro gritar ?<og,onBduas vezes antes de mirar. 7le alve-ou o 'ássaro e derru,ou)o no ch*o$ morto. ais uma vez$ toda acidade feste-ava e cantava em louvor ao caçador (ue e>ecutou o fato milagroso.

Xogo em seguida$ Eu novamente instigou o 'ovo da cidade contra ele e foi com'elido 'ara fora dacidade. 7le -á estava começando a 'agar o 'reço de sua teimosia.

7le via-ou 'ara a 'r0>ima cidade de IZe$ aonde foi cum'rimentado com al&vio e e>'ectativa 'or(ueeles tinham ouvido o (ue ele tinha feito nos dois lugares aonde tinha visitado anteriormente. 7stavaseguro (ue n*o iriam 'agá)lo com o ti'o de ingratid*o mostrada a ele nos lugares anteriores (ue elevisitou. 7les lhe contaram de um cervo Ag,onrin em Uoru,a e 7rhue em WiniJ (ue costumavavisitar a cidade de tem'os em tem'os 'ara 'ermanecer no to'o de um monte 'ara ,radar ?<aluraB$com o (ue conduzia a morte de (uarenta 'essoas e a destruiç*o de muitas construçes. *o muitode'ois$ o cervo tomou 'osiç*o no monte e assim (ue ele a,riu sua ,oca 'ara gritar ?<aluraB$ foiacertado 'or AlamiZo.

7le 'retendia se esta,elecer na cidade de IZe$ mas en(uanto os feste-os 'rosseguiam$ Eu gerou orumor (ue AlamiZo (ue costumava enviar o cervo = cidade$ o (ue e>'licava ser ele o "nico caçador(ue foi ,em sucedido em se do cervo.

Homo se a(uela incitaç*o n*o fosse suficiente$ Eu se transformou em um visitante de Ilu I'jg"n eIZinta e (uestionou)os se ele alve-ou o cervo sem olhá)lo e se a flecha retornou 'ara ele. 7lesconfirmaram (ue as mesmas coisas aconteceram em IZe. 7le 'erguntou se n*o era 'oss&vel 'ara um"nico homem destruir toda a 'o'ulaç*o de um lugar. Hom o (ue o visitantebEu começou umaguerra cantando e eles e>'ulsaram)no da cidade de IZe `uode -ere$ [uode -ere$ [uede -ere.

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A'0s ter sido e>'ulso da cidade de IZe$ ele decidiu esconder seu ,oomerang a fim de ocultar sua 'rofiss*o. 7le tam,ém era divinador$ ent*o escolheu 'raticar a arte ANo a (ual tam,ém fazia muito ,em. 7le adentrou sorrateiramente na cidade de I-esha$ e n*o sendo reconhecido$ conseguiu casarcom a filha do Na de I-esha. A 'rincesa lhe deu (uatro filhos. ;ua es'osa havia -ustamente tido o(uarto filho (uando estourou a guerra entre Zo e I-esha. e>ército invasor de Zo estavadesferindo a devastaç*o so,re o 'ovo de I-esha. Na de I-esha reuniu seu 'ovo e comunicou)lhes 'ara 'artici'ar de uma divinaç*o em massa 'ara desvendar como refrear a ameaça do e>ércitoinvasor.

 a assem,léia$ Eu se transfigurou em um sacerdote de Ifá visitante$ (ue revelou ao 'ovo de I-esha(ue 'resente entre eles$ mas desconhecido$ estava um famoso caçador de Ito[o (ue e>ecutoumaravilhas em I'jg"n$ IZnta e IZe. homem anunciou (ue o caçador havia ocultado sua 'rofiss*oe identidade desde (ue veio a I-esha 'or conta da ingratid*o demonstrada a ele 'or a(ueles lugares. Eu transformado em ANo tam,ém anunciou (ue o homem com o sufi>o ?IZoB em seu nome ecasado com uma 'rincesa$ era o "nico (ue com sua misteriosa arma$ 'oderia refrear o avanço dastro'as de Zo. Duando todos os olhos se voltaram em direç*o de AlamiZo$ o visitante acrescentou(ue o 'r0'rio homem tinha um 'ro,lema$ o (ual o seguiu em todo o caminho do céu e tinha

 'ersistido na terra. 7le havia se recusado teimosamente a fazer o sacrif&cio 'rescrito. ;e ele fosse ,em sucedido em faz%)lo$ se tornaria o mais famoso 'ersonagem de I-esha. ;e ele continuasse serecusando a faz%)lo$ terminaria cometendo suic&dio se enterrando vivo.

Hom a(uelas revelaçes AlamiZo levantou e o ANo visitante lhe disse$ a'0s concordar (ue falhouem faz%)los$ (ue o sacrif&cio tinha se multi'licado. 7nt*o lhe foi re(uerido 'ara dar tr%s ,odes 'araEu$ uma ca,ra 'ara Ifá$ uma ca,ra 'ara sua ca,eça$ dois cachorros$ duas tartarugas e dois galos 'ara \g"n$ e um coelho$ galinha e ovos 'ara as mais velhas da noite.

AlamiZo ent*o em lágrimas disse (ue tinha feito muitos favores 'ara a humanidade$ e tinha sido 'ago com muita ingratid*o$ (ue ele n*o se -ulgava estar so, nenhuma o,rigaç*o de continuar a sercaridoso com ninguém. este estágio$ as mulheres da cidade (ue tinham muitos de seus maridos na

guerra$ voluntariamente contri,u&ram com dinheiro 'ara com'rar os materiais 'ara o sacrif&cio. ssacrif&cios foram imediatamente feitos$ e na manh* seguinte$ ele retirou seu ,oomerang donde haviaescondido$ tocou)o levemente$ fechou seus olhos e lançou tr%s flechas na direç*o do e>ércitoinvasor. Hada lance matou 2SS soldados de Zo e as tr%s flechas retornaram 'ara ele. Duando oe>ército de Zo viu (ue sua 'ot%ncia estava sendo dizimada 'or um atacante invis&vel$ entraram em 'nico e deram meia volta em seus calcanhares em de,andada. A 'az retornou imediatamente aIlesha. Xogo em seguida o Gei de Ilesha morreu e visto (ue tinha uma "nica filha$ e AlamiZo (ueera o seu marido$ foi coroado o Na de I,o[un I-esha. 7le foi um dos (ue deu o nome de I,o[un)I-esha significando$ onde alguém fica a,orrecido 'or fazer favores. @inalmente ele se alegrou ecantou em louvor aos seus ANo. ;eu reinado foi muito 'ac&fico e 'r0s'ero.

6/NDA)M-2I CURA A -*T-RILIDAD- DA* -*PO*A* DO OLO-N

Gei de Ifé estava 'reocu'ado (ue suas tr%s es'osas haviam sido grávidas muito dese-adas$ masn*o 'uderam dar = luz. 7le havia 'rocurado o au>&lio de todos os sacerdotes de Ifá 'or 'erto emv*o. esse &nterim$ ouviu de um sacerdote de Ifá chamado \g"nda)me-i (ue estava vivendosozinho em um vilare-o na estrada de I-esha chamado Ilu)\g"n. 7le foi forçado a se retirar 'ara ovilare-o (uando foi declarado ?'ersona non grataB na cidade de Ito[o aonde havia vivido desde (ueveio ao mundo. ;eu sucesso como sacerdote de Ifá foi aclamado em todo o redor$ mas tam,ém oe>'Ks a inimizade dos ANo mais velhos (ue viviam em Ito[o antes dele.

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A'0s desfrutar a sua hos'italidade$ eles resolveram lhe contar o 'or(ue foi convocado 'elo Gei$ afim de (ue ele talvez n*o terminasse na cadeia como todos os outros convocados antes. <rimeiro$lhe deram os nomes das tr%s filhas do Gei (ue haviam 'rometido casar a'enas com o homem (uesou,esse seus nomes. isseram)lhe (ue se ele (uisesse casar com novas es'osas$ 'oderia ter as tr%sgarotas 'ronunciando seus nomes como/ I,oru$ I,oZe e I,jsise. 7ste acontecimento e>'lica o 'or(ue !r"nm#lá n*o 'ro&,e o casamento com mais de uma es'osa da mesma casa ou fam&lia.

A seguir$ revelaram o (ue o Gei o (ueria$ (ue era inter'retar o significado das estranhas desco,ertasnas v&sceras dos tr%s animais mortos 'elos tr%s caçadores reais no mesmo dia. Pá (ue eles mesmosn*o sa,iam o significado$ foi avisado a se 're'arar 'ara esclarecer o enigma o (ual havia desafiadoa com'et%ncia de todos os ANo do reino de Ifé$ e (ue foram lançados na cela. 7les alertaram no amanter seus segredos. 7le agradeceu 'or lhe contarem tanto o (uanto fizeram e su'licou)lhes 'aracontarem ao Gei (ue ele estava servindo sua ca,eça$ mas a'areceria no dia seguinte.

Xogo (ue eles 'artiram$ retirou suas sementes divinat0rias e consultou Ifá. @oi avisado a dar um ,ode a Eu e via-ar com o,is e 'lanta madura 'ara sua -ornada. 7le tam,ém foi avisado a sergeneroso com (ual(uer um (ue encontrasse no caminho 'or(ue a soluç*o dos enigmas lhe seriadado no caminho 'ara Ifé. 7le fez conforme lhe foi dito.

7le 'artiu 'ara Ifé muito cedo no dia seguinte. Assim (ue adentrou o "ltimo trecho de floresta antesde Ifé$ encontrou uma velha mulher sentada a ,eira da estrada. A mulher 'arecia muito triste efaminta. 7la chamou)lhe im'lorou 'or comida 'or(ue n*o comia há tr%s dias. 7le lhe deu sua ,anana da terra madura assada e água de sua ,olsa. A'0s comer e ,e,er$ ele lhe deu o,i 'ara ficarcom ela$ ,em como o restante da ,anana da terra madura em sua ,olsa. A velha mulher agradeceu)lhe. Duando estava 'reste a dei>ar a velha mulher$ ela lhe 'erguntou aonde ele estava indo e eleres'ondeu (ue havia sido convocado 'ara uma miss*o no 'alácio do rei em Ifé.7la lhe disse (ue elefoi convocado 'ara Ifé 'ara/

1) Gevelar o motivo 'elo (ual as tr%s es'osas do lofen (ue tinham estado grávidas 'or um longotem'o$ ainda n*o haviam 'arido

2 significado do 7lefante$ W"falo e Hervo (ue foram res'ectivamente alve-ados 'or r&si +asi$r&isi +aasi e Atama +aasi$ mas (ue vieram morrer no 'átio do 'alácio3 A mensagem enviada 'elos tr%s misteriosos o,-etos encontrados nas v&sceras dos tr%s animais$ e4 ;e ele escolhesse novas es'osas$ revelar os nomes das tr%s filhas crescidas do lofen.

7la alertou)o (ue a 'rimeira 'roeza (ue ele e>ecutaria seria se livrar de uma velha feiticeira (uefre(entemente se sentava na entrada do 'alácio do rei e (ue tinha o 'oder de destruir a mem0ria econhecimento de todos os ANo vindos ao 'alácio$ o (ue e>'licava o 'or(ue os outros ANoconvocados antes haviam falhado. A velha senhora avisou)o a ordenar a e>ecuç*o da(uela mulherantes de entrar no 'alácio 'or(ue ela era a res'onsável 'or todos os infort"nios cercando o reino.

;ua 'r0>ima tarefa seria ordenar a li,ertaç*o de todos os ANo a'risionados e 'roclamar (ue era

 'roi,ido manter algum ANo em correntes ou cadeias$ 'or(ue (ual(uer cidade aonde um ANo eramantido 'reso sem're estaria em grande tumulto. e'ois disso$ ele entraria no 'alácio. As 'rimeiras 'essoas a rece,%)lo seriam as tr%s filhas do Gei. 7las cum'rimentariam)no de -oelhos e eleres'onderia chamando)as 'elos seus nomes$ I,oru$ I,oZe$ I,jsise.

7m seguida encontraria o lofen$ e solicitaria a ele 'ara inter'retar o du)ifá (ue estava na tá,ua edizer)lhe o 'or(ue suas tr%s es'osas grávidas n*o 'ariam 'ara mais de tr%s anos. 7le deveriacomeçar revelando ao Gei (ue suas tr%s es'osas n*o estavam de todo grávidas. :ma delas tinha um

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ant)hea'J didimade em Uoru,a e :lelefe em WiniJ em seu estKmago. A segunda delas tinha umformigueiro em seu estKmago$ en(uanto (ue a terceira tinha um inhame dágua em seu estKmago.

7nt*o ele se movimentaria 'ara desvendar os acontecimentos dos animais e os estranhos achadosem seus estKmagos. 7le deveria faz%)lo dizendo (ue o Gei tinha tr%s caçadores$ (ue ele deu 'ermiss*o usar 'ara a caçada$ o sa,*o (ue 'ara seu uso e>clusivo. @oi o uso ,em sucedido do sa,*o 'ara a caçada (ue fez o Gei da floresta a,astecer o "tero de suas es'osas com a(ueles materiais$ -á(ue ele 'rovia animais da floresta 'ara crianças humanas. 7ra 'ara ele dizer em seguida (ue o7lefante$ W"falo e Hervo (ue vieram morrer em seu -ardim$ a'0s serem alve-ados na floresta$ foramo "ltimo aviso do Gei da floresta$ (ue era suficiente.

<or fim ele foi inter'retar os conte"dos das v&sceras dos animais como segue/aJ A criança humana viva$ carregando uma coroa e contas$ achada no estKmago do elefante era umamensagem (ue o tem'o estava se a'ro>imando (uando ele -á n*o mais teria mais velhos em seusdom&nios 'ara aconselhá)lo e>ceto 'essoas -ovens ,J significado do 'rato de Ifá achado no estKmago do W"falo era a mensagem de eus (ue!r"nm#lá é a divindade (ue 'oderia sem're consultar 'ara revelar)lhe o futuro ecJ A ca,aça com Ae encontrada no estKmago do cervo significava (ue o ,a novamente reinaria

em seus dom&nios e (ue seria t*o famosos (uanto o lofen.

Duando ele se 'rostrou 'ara agradecer a velha senhora$ n*o conseguiu v%)la novamente. 7la haviaeva'orado no ar fino. 7le ent*o 'rosseguiu em sua -ornada e logo chegou ao 'alácio.

Duando ele chegou ao 'alácio$ a se(%ncia de eventos foi levemente invertida. As tr%s garotasestavam do lado de fora estendendo suas rou'as 'ara secarem. +*o logo as viu$ cum'rimentou)ascom um ar familiar chamando)as 'or seus nomes uma a'0s as outras. 7le cum'rimentou)as uma auma com ?Wom dia$ I,oru$ Wom dia I,oZe e Wom dia I,jsiseB. 7las ra'idamente dei>aram asrou'as (ue estavam estendendo do lado de fora e a,raçaram)no com as 'alavras (ue finalmenteteriam dado a um marido. Imediatamente se ofereceram em casamento e (uando ele lhes disse (uetinha uma tarefa no 'alácio do Gei$ elas lhe disseram (ue elas eram as filhas do Gei e seguiriam)no

 'ara a'resentá)lo ao seu 'ai como seu marido.

Duando ele chegou na entrada do 'alácio do lofen$ ficou em 'é do lado de fora e 'ediu ao ,a 'ara sair. 7le 'roclamou (ue a mulher idosa (ue sentava na entrada deveria ser es'ancada 'aramorrer de uma vez$ 'or(ue sim'lesmente era ela a res'onsável 'or todos os infort"nios envolvendoo Gei e o reino nos tem'os recentes. A mulher foi imediatamente surrada 'ara morrer e arrastada 'ara longe.

e'ois disso ele se encaminhou com o Gei 'ara o interior da cmara do 'alácio$ aonde o lofenmostrou)lhe o du)Ifá (ue surgiu na divinaç*o$ o (ual 'or acaso era o seu 'r0'rio Ifá. 7le ent*odisse ao lofen (ue tinha dezesseis ANo fechados na cela do 'alácio 'or n*o serem ca'azes detraduzir o du. 7le lhe disse (ue n*o foi devido = car%ncia de ha,ilidade 'or 'arte dos ANo$ mas o

resultado de um feitiço ruim lançado so,re eles 'ela feiticeira (ue tinha -ustamente sido e>ecutada.7la sentou na entrada 'ara a'agar todo conhecimento$ mem0ria e ha,ilidade de 'redizer o futuro de(ual(uer ANo (ue 'assasse 'or ela. 7ste é o motivo 'or(ue a(ueles ANo es(ueceram o (ue dizer(uando chegaram no 'alácio. 7le disse ao Gei (ue era 'roi,ido manter um sacerdote de Ifá 'reso e(ue ele deveria li,ertá)los logo.

Gei imediatamente ordenou (ue todos os ANo deveriam ser desenclausurados e trazidos 'ara acmara e>terna do 'alácio. e'ois disso$ ele olhou novamente o du)Ifa no ch*o e 'erguntou 'eloscaçadores Geais chamados/

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IJ r&si +aasi$ (ue tinha recentemente alve-ado um elefante na floresta (ue veio morrer no 'átio do 'alácio$ carregando uma criança humana com uma coroa em sua ca,eça e contas em seus mem,ros.Duando o caçador surgiu 'ara se identificar$ voltou)se 'ara o lofem e disse)lhe (ue a menos (uefizesse sacrif&cio$ o tem'o era iminente (uando todos os mais velhos de seus dom&nios morreriam 'or sua vez dei>ando)o 'ara ser aconselhado 'elos mais -ovens.

IIJ r&isi +aasi$ (ue no mesmo dia alve-ou um ,"falo na floresta (ue veio ao 'átio do 'alácio 'aramorrer no mesmo local e carregava um 'rato de Ifá com 32 sementes em seu estKmago. 7le sevoltou 'ara o Gei e disse)lhe (ue era uma mensagem de !r"nm#lá$ (ue ele sem're consultaria Ifá 'ara solucionar todos os seus 'ro,lemas. ivinando com a(uelas sementes$ sem're acharia soluç*o 'ara todos os seus 'ro,lemas.

IIIJ Atama Atasi (ue tam,ém alve-ou um cervo na floresta (ue veio ao 'alácio 'ara morrer nomesmo local e carregando um Ae moldado ghor&,o-e em Zoru,a e 7[huae em ,iniJ. Ainda sedirigindo ao Gei$ ele disse (ue o significado (ue nenhum outro Gei de'ois dele e(ui'araria suafama$ influ%ncia e autoridade.

7le ent*o (uestionou o Gei 'or 'ermitir o sa,*o da ,oa sorte 're'arado 'ara ele$ ser usado 'aracaçada 'elos seus tr%s caçadores. 7le adicionou (ue o Gei da @loresta enviou os tr%s animais 'araalertá)lo a 'arar de 'ilhá)los com encantamentos. 7le ,radou se o Gei n*o sa,ia (ue era 'or(ue ele 'referia animais = crianças (ue suas es'osas haviam 'arado de ter filhos$ e todas as tr%s (ue estavamgrávidas tinham seus fetos transformados em ant)hea'J e formigueiro e inhame dágua. 7le revelou(ue t*o logo ele 'arasse de usar o sa,*o 'ara caçar$ suas es'osas dariam a luz a crianças humanasnormais.

\g"nda e-i foi 'resenteado com louvor e carregado no alto em 'rociss*o ao redor da cidade. 7lefoi 'roclamado o mais eficiente sacerdote de Ifá (ue tinha sido visto nos tem'os recentes. e voltaao 'alácio$ disse ao Gei (ue 'ara a 'az retornar 'ara Ifé$ ele tinha (ue acalmar os ANo a'risionados$com'ensando a cada um deles com uma ca,ra. Gei concordou. 7m a'reciaç*o 'or sua salvaç*o$

todos os ANo entregaram suas ca,ras 'ara \g"nda e-i$ mas ele declinou em aceitá)las. isse)lhes 'ara servirem seus Ifá com elas$ mas de'ois de matar a ca,ra$ era 'ara eles dizerem (ue era ele$\g"nda e-i$ (ue matou a ca,ra e n*o eles. A(uela havia se tornado a tradiç*o de Ifá até este dia$da (ual$ a'0s sacrificar um animal 'ara !r"nm#lá$ a 'essoa sacrificando)o dirá$ 7esemi loo['aa$\g"nda -ame-i loon['a$ e tocando de leve a oferenda sacrificada com a faca.

 esse &nterim$ o rei decidiu agradecer \g"nda me-i com uma canç*o/-udu loon shaNo Alarata Xeg,e-e loon shaNo I-ero$[on shosho ata mode loon daun looni$['e mo dami dami dami$ orere$ oorere dami dami dami orereoo

ami dami dami orere dami dami dami orereami loNo u[u$rere dami dami dami oo orereami loNo o-o-o$rere dami dami dami orere$Ig,ese orun mi$ ose arin. Gei recom'ensou)o 'lenamente com 'resentes$ 'rometendo em casamento suas tr%s filhas (uehaviam 'roclamado)o seu marido. 7le tam,ém foi feito o Waaljg"n de Ifé$ o 'r0>imo Hhefesu'remo$ t&tulo 'ara o Gei.

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-L- - DI#INAÇÃO PARA AUO-NIA FO O**O CAÇADORG

fosso caçador costumava escavar grandes ,uracos 'ara ca'turar animais. Duando algum animalca&a no ,uraco cavado no ch*o$ n*o seria ca'az de su,ir nele. o dia seguinte$ ele viria e ca'turaria

a v&tima. 7ra um neg0cio muito 'r0s'ero 'ara ele e costumava fazer divinaç*o e sacrif&cio nele todoano. ,uraco é chamado fen em Uoruva e :Ze em Wini.

 este ano em 'articular$ ele foi a \g"nda me-i 'ara divinar 'ara a fim de ser ,em sucedido nascaçadas neste ano. 7le foi solicitado a dar um ,ode 'ara Eu$ mas li,ertar 'rimeiro duas 'resas a'0so sacrif&cio e matar a terceira 'resa. 7le fez o sacrif&cio e escavou o ,uraco 'ara o 'r0>imo ano decaça. A 'rimeira v&tima foi uma Woá [a ou AruJ o (ual ele 'u>ou 'ara fora e li,ertou. A'0s serli,ertada$ a Woá olhou 'ara trás e 'rometeu retornar 'ara a-udar um dia. Aguofenia se (uestionoucomo uma Woá 'oderia alguma vez ser "til 'ara ele.

 o dia seguinte$ o ,uraco ca'turou um coelho o (ual ele novamente li,ertou. coelho tam,émolhou 'ara trás a'0s ser ca'turado e 'rometeu retornar 'ara a-udar algum dia. 7le disse ao coelho

 'ara seguir o seu caminho 'or(ue n*o 'odia atinar como um coelho lhe 'oderia ser de algumaforma.

 o dia seguinte$ o ,uraco ca'turou um gato do mato$ og,o ou A,onJ. Ao invés de matá)loconforme fora avisado a fazer$ ele li,ertou)o$ 'or(ue es'erava alguma coisa maior. e'ois disso o ,uraco n*o ca'turou mais nada.

 esse meio tem'o ele começou a 'assar 'or 'rivaçes.

e'ois de algum tem'o$ o coelho visitou Aguofenia e achou sua casa 'o,re e re'leta de 'en"ria. coelho decidiu au>iliá)lo cavando um ,uraco da casa de Aguofenia ao tesouro do Gei dentro do 'alácio. <or meio do ,uraco$ o coelho foi ca'az de esvaziar o tesouro do Gei 'ara dentro da casa de

Aguofenia. Xogo em seguida ele se tornou muito 'r0s'ero e sua casa começou 'ros'erarra'idamente com o'ul%ncia.

gato do mato$ g,o$ (ue fora li,ertado 'or Aguofenia ao invés de ter sido morto como foraavisado a fazer$ tam,ém o visitou. g,o 'erguntou)lhe como conseguiu sua nova 'ros'eridade e eletraiu seu ,enfeitor revelando (ue o milagre fora e>ecutado 'elo coelho. g,o ra'idamente foire'ortar o acontecido ao Gei (ue mandou chamar Aguofenia ao seu 'alácio 'ara se e>'licar. Geitinha notado o rou,o no seu tesouro e agora estava certo (ue Aguofenia era o c"m'lice.

A'0s entrevistar Aguofenia$ (ue negou a acusaç*o$ o Gei 'rometeu confrontá)lo com testemunhasdurante sete dias$ durante os (uais g,o era 'ara estar 'resente 'ara confirmar suas alegaçes.Aguofenia chorou em casa deses'erado$ sa,endo (ue a 'ena inevitável era a morte. 7m seu

caminho 'ara casa ele encontrou a Woá (ue lhe disse 'ara n*o se 'reocu'ar 'or(ue a situaç*oa'resentava a o'ortunidade 'ara retri,uir o ,em anterior feito a ele.

 o sétimo dia$ g,o$ um coletador de vinho$ devia coletar algum vinho do ar,usto antes de ir ao 'alácio. A Woá tomou 'osiç*o$ ocultando sua cauda no caminho o (ual g,o estava indo trilhar 'araas 'almeiras. Assim (ue g,o 'isou no ra,o da Woá$ a "ltima lançou suas flechas neleinstantaneamente. Duando im'lorou a Woá 'ara retirar as flechas de seu cor'o ela lhe disse (ue eramuito tarde -á (ue g,o sa,ia (ue era 'roi,ido 'ara (ual(uer um tocar sua cauda. 7le ainda foicoletar seu vinho e a'ressou)se 'ara casa 'ara se 're'arar 'ara a sess*o na corte do 'alácio.

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7le tomou seu ,anho$ se vestiu$ e 'artiu 'ara o 'alácio. Duando estava chegando$ o veneno contidonas flechas da Woá derrotou)o e ele dei>ou seu o,-etivo 'ara morrer no local aonde a Woá alve-ou)o.

 esse meio tem'o$ o tri,unal do 'alácio estava sentado e todos estavam es'erando g,o a'arecer.A'0s es'erarem em v*o 'or um longo tem'o$ alguém veio mais tarde informar (ue g,o dei>ou)secair morto no caminho 'ara o 'alácio. Gei ent*o concluiu (ue o ancestral e as divindades tinhamdeterminado seu 'r0'rio -ulgamento e ele estava 're'arado 'ara a,dicar de sua decis*o. 7le 'resumiu (ue ,o morreu 'or (ue deveria ter mentido. Aguofenia foi ent*o inocentado ee>onerado. @oi neste estágio (ue Aguofenia cantou em louvor de \g"ndame-i$ o coelho e a Woá.

7m seu louvor 'roclamou (ue o sacrif&cio manifestado era 'ara a(ueles (ue e>ecutavam)no$ mas(ue ninguém deveria ignorar o aviso de um divinador$ como ele fez falhando em matar o g,o aterceira v&tima de seu ,uraco armadilha. 7le continuou/?Duem 'oderia ter acreditado (ue uma formiga 'oderia au>iliar o elefante$Due a minhoca 'oderia salvar a Woá constritor das garras da morte. coelho e a ,oá foram sem're =s ,enfeitoras de sua vida. a verdade amor com amor se 'aga a outro.

Homo o mal gera o mal 'ara outroB.

-L- TAM3M - DI#INAÇÃO PARA DOI* P-*CADOR-*:COMO 6/NDAM-2I R-C-3- O CODNOM- D- 6/NDA)2A)M-2I

Ravia dois amigos (ue eram s0cios no neg0cio de lago artificial 'ara 'ei>es.:m deles chamado nitinha o lago en(uanto o outro chamado oni tinha o instrumento ou a vara de 'escar o 'ei>e.ni u,u$ 7nughaoniug,a$ 7nu,u

Am,os foram = divinaç*o com \g"ndame-i e ele os avisou a dar um ,ode a Eu. 7les o fizeram.

e'ois disso$ foram ao lago$ mas ca'turaram um "nico 'ei>e grande. ni o 'ro'rietário do lagoinsistiu em ficar com o 'ei>e 'or(ue ele 'ossu&a o lago. oni a 'ro'rietária da vara argumentou (uesem seu instrumento$ n*o teriam ca'turado o 'ei>e. 7le tam,ém insistiu (ue se dava o direto deficar com o 'ei>e. :ma violenta discuss*o estava feita. Ao mesmo tem'o$ \g"nda e-i foi alertado 'or Eu a ir na direç*o do lago. 7le encontrou os dois amigos lutando e foi ca'az de a'aziguar a(uest*o deles declarando (ue am,os tinham o direito a uma 'arte da caça.

7le ent*o usou um cutelo 'ara re'artir o 'ei>e em duas metades iguais da ca,eça ao ra,o$ dandouma metade 'ara cada um deles$ Am,os ent*o ficaram satisfeitos. Assim foi aonde ele o,teve seucodinome de \g"nda -a e-a me-i em resumo$ \g"nda -a e-i$ (ue é $ \g"nda (ue dividiu um 'ei>eem duas metades iguais.

*-U* *U3ROADO* TOMARAM CONTA DA DI#INAÇÃO PARA O PRÍNCIP- ;-RD-IRO DOR-INO D- 3-NIN

 este estágio de sua vida$ \g"ndame-i decidiu (ue -á era hora de se retirar da 'rática ativa. 7lehavia se tornado t*o 'r0s'ero e famoso (ue tinha muitos su,ordinados ANo tra,alhando 'ara ele.A'0s o incidente do lago de 'ei>es decidiu (ue a'enas divinaria 'ara o Gei de'ois disso. ;e alguémmais viesse até ele$ solicitaria a seus seguidores 'ara divinar. 7stes seguidores$ no entanto eramigualmente eficientes na arte e 'rática de Ifá.

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7ntre cada su,ordinado estavam os seguintes/A,e [e[ere mu$ loode IZango7'on olude Nole dere dere dere+aa ,i ta ANo omodeIrele ,i irele$ ANo ag,a lag,aA,ug,eg,e sorun ANo a-ero [in saA-aa [u$ omu r& lug,og,oAdiZe [u$ o[o ose me-i si eZin tior&No tior&NoANon lo difa fun Aganmurere+iinshe omo oZe$ o,a ado aluNale[e

A 'e(uena faca é usada 'ara todas as tarefas menores]randes test&culos (ue se estendem até o ch*o -ovem sacerdote de Ifá é t*o 'reciso (uanto 'imenta<aci%ncia e tran(ilidade s*o atri,utos de um e>'eriente sacerdote de Ifá sacerdote com um tumor na ca,eça é o divinador de Alara sacerdote com um tumor no 'escoço é o divinador de A-ero cachorro morto de'ositou sua ca,eça no cutelo usado 'ara levá)lo a morte

A galinha agonizante usou seus dois 'és 'ara cavá)lo.

7stes foram os ANo su,ordinados de \g"nda e-i (ue fizeram divinaç*o 'ara Aganmurere$ oherdeiro do trono do Geino de Wenin$ aonde o rei se adornava com contas. 7les avisaram o 'oss&velherdeiro 'ara servir \g"n com um cachorro$ um galo e uma tartaruga 'or conta de uma guerraiminente. 7les tam,ém avisaram a servir a divindade do solo com uma ovelha$ e servir seu an-oguardi*o com uma ca,ra ,ranca$ a fim de ter um reinado 'ac&fico.

 esse meio tem'o$ o 'ovo de +aa['a$ uma 'rov&ncia do reino de Wenin$ se re,elou contra o tronode Wenin. Aganmurere comandou as tro'as invasoras (ue su,-ugaram o 'ovo de +aa['a. As tro'asWini foram vitoriosas e Aganmurere su,se(entemente su,iu ao trono de seu 'ai e se tornou orongun ou o rog,ua de Ado.

7le tinha um reinado razoavelmente 'ac&fico 'or(ue nenhuma guerra foi feita em solo Wenindurante o seu reinado. 7le tam,ém teve o crédito em e>'andir o im'ério 7do 'ara 7[o$ Isidahomeou ahomeZJ Iga ou ]a na velha Hosta do uro$ e o oeste do Hongo$ Itogo$ ec. 7le tam,éminformou haver trazido sal 'ara Wenin de Isidahome 'ela 'rimeira vez.

ais tarde em sua vida$ ele convocou \g"nda e-i e seus su,ordinados 'ara Ado aonde e>'ressousua gratid*o com ela,orados 'resentes 'ara eles.

-L- AU'ILIOU O PO#O D- OO -M *UA U-RRA COM IL-*;A

:m certo dia$ en(uanto vivia em Zo$ ele teve um sonho (ue o a'avorou. 7le convocou tr%s de seussu,ordinados 'ara fazerem divinaç*o a res'eito do sonho/7[un lu u[i Zoo[u lu u[i I-eshaAi[i[i le eruse ale ano XooZo oohun.dafafun runmila$ :[u elegidig,e gidide.7[un é o cum'rimento tradicional de Zoo[i é o cum'rimento tradicional de I-esha:m cum'rimento e>'ressando um mal feito no dia anterior n*o dará alegria.

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7stes foram os nomes dos seguidores$ (ue fizeram divinaç*o 'ara \g"nda e-i (uando$ como aes'ada de amocles$ o 'erigo de uma mortandade em massa estava 'airando so,re o mundo. Geida morte havia co,erto o homem forte da terra de um ti'o cruel de destruiç*o em massa. s tr%sANo avisaram \g"nda e-i a fazer sacrif&cio com uma ca,ra do mato inteira 7du em Uoru,a eguonziran em WiniJ galo e 5[ em 2S1 lugares. 7le tam,ém foi avisado a dar um ,ode a Eu. 7ledeveria usa a 'ele da ca,ra do mato 'ara fazer um tam,or grande e dar um galo a \g"n.

;u,se(entemente$ a guerra estourou entre Zo e I-esha$ o (ue ocasionou um to(ue de recolher de24 horas im'osto em Zo. *o foi 'ermitido a ninguém sair. 7ntretanto se fez necessário fazerdivinaç*o 'ara o Alaafin de Zo$ mas ninguém se atrevia a sair. Eu foi a \g"nda e-i em suaca'acidade como um dos divinadores reais e lhe disse 'ara ir ao 'alácio 'ara divinar 'ara o Gei. 7leficou muito assustado em ir$ mas Eu 'ersuadiu)o a tocar o tam,or (ue ele havia -ustamente feito da 'ele da ca,ra do mato diretamente até o 'alácio.

Hantando com os nomes dos ANo (ue fizeram divinaç*o$ ele cantou e tocou até o 'alácio. Duandochegou ao 'alácio$ Rostilidade havia terminado com a retirada do e>ército invasor de I-esha.

<az e tran(ilidade ent*o retornaram a Zo.

6/NDA)M-2I PART- PARA O CU

a mesma forma como veio ao mundo sem 'assar através de um "tero feminino$ ele 'artiu 'ara océu na idade avançada sem 'assar através do t"mulo. Homo -á foi mencionado o Gei da orte haviainventado um sistema 'ara eliminar os 'oderosos ANo na terra. 7les seriam convocados ao céu uma'0s o outro a curar o Gei da orte (ue estava ?doenteB. 7m seguida ao fim da guerra I-esha)Zo$ele teve um sonho no (ual se encontrava no céu mas n*o 'odia retornar 'ara a terra. 7le convocoudois de seus mais eficientes seguidores chamados/:ro[e mi laNo ligonrin$ e

ro[e milaNo le eturuZe

<ara fazer a inter'retaç*o do sonho. 7les lhe disseram (ue o Gei da orte estava enviando umamensagem 'ara ele ir ao céu 'ara divinar. 7les lhe disseram (ue a tarefa a (ue seria convocado 'arafazer era cansativa e árdua$ mas -á (ue nenhuma tarefa era im'oss&vel 'ara !r"nm#lá$ eleso,reviveria se fizesse =s 're'araçes ade(uadas. @oi dito a dar um ,ode 'ara Eu em casa etam,ém dar um 'e(ueno ,ode incluindo =[ar=$ 9[O$ eNo ,o,o em WiniJ água e algod*o em rama$ 'ara Eu na floresta. 7le deveria fazer o segundo sacrif&cio na floresta em seu caminho 'ara o céu.

7le fez o 'rimeiro sacrif&cio em casa e foi se 're'arar 'ara sua -ornada ao céu 'ara encontrar o Geida orte. o dia seguinte$ foi visitado 'elos dois homens vestidos no uniforme de cavaleiros docéu. 7le n*o sa,ia como eles haviam chegado até sua casa$ a'enas encontrou)os em sua sala de

visitas. isseram)lhe (ue era re(uisitado 'elo Gei da orte 'ara ir e curá)lo no céu. 7le se ofereceua rece,%)los$ mas se recusaram 'or(ue estavam so, as ordens de n*o comer ou ,e,er de ninguém(ue visitassem. 7le lhes 'erguntou como estavam indo via-ar 'ara o céu e eles disseram (uesu'ostamente sa,eria o (ue fazer e desa'areceram de suas vistas.

<ara via-ar 'ara o céu$ ele tinha (ue vestir sua rou'a m&stica com a (ual 'oderia desa'arecer. Assim(ue estava com'letamente 're'arado$ foi em seu cKmodo misterioso e imediatamente se achou no"ltimo 'ort*o 'ara o céu.

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Antes de adentrar$ foi até a floresta 'ara fazer o segundo sacrif&cio. Duando se esta,eleceu em um 'onto da floresta 'ara fazer o sacrif&cio viu uma velha mulher com seus mem,ros atolados no ch*oe seus olhos escoando um l&(uido desagradável como se a 'onto de morrer. utras 'essoascostumavam v%)la e 'assar 'or ela$ mas ele 'arou e a-udou)a. 7le retirou seus 'és e m*os li,ertandodas amarras com as (uais estavam 'resos ao ch*o$ e a'anhou o algod*o em rama 'ara seu sacrif&cio 'ara lim'ar seus olhos. endo (ue o,viamente a mulher estava faminta$ lhe deu o 9[O e =[ar= 'aracomer e água 'ara ,e,er. A mulher lhe 'erguntou 'elo ,ode em sua ,olsa e ele lhe deu.

7le ent*o continuou em sua -ornada satisfeito (ue ele tinha servido Eu na floresta. Antes de chegar= casa do Gei da orte$ ele encontrou uma linda garota (ue lhe 'erguntou se a reconhecia.<erguntou se ele n*o viu uma velha senhora na floresta. A garota mentiu (ue a mulher era sua m*e$mas era de fato ela$ agora transformada em uma garota de ,oa a'ar%ncia. 7le lhe 'erguntou ondeestava indo e ele res'ondeu (ue estava indo res'onder a um chamado do Gei da orte. 7la revelou(ue era a m*e do Gei da orte e ele ficou assustado.

7la lhe disse (ue o Gei da orte n*o estava doente e tudo o (ue ele (ueria era a'enas destruir todosos ANo eficientes da terra$ 'or(ue eles estavam esgotando sua fonte de su'rimento de comidasalvando os seres humanos de morrer.

7la acrescentou (ue estava indo au>iliá)lo 'or conta dos favores (ue ele fazia 'ara as 'essoasincluindo ela mesma.

7la revelou (ue todas as manh*s$ o Gei da orte tinha o há,ito de vestir a rou'a de sua es'osa$ (ueé o tra-e da oença oença sendo a es'osa do Gei da orteJ com a (ual se fazia ver como se eleestivesse 'reste a morrer. A vestimenta era costumeiramente amarrada atrás de sua 'erna. uitosdoutores haviam sido anteriormente convocados 'ara curá)lo$ mas todos eles tinham falhado. enhum deles foi ca'az de so,reviver = 'rova 'reliminar 'ela (ual orte testava suas ca'acidades.7ra lhes solicitado 'ara fincar uma lança ['aorere em Uoru,a e sogan em WiniJ no ch*o dacmara interna do Gei da orte.

esconhecido deles$ o ch*o era revestido de 'edras. Duando a lança n*o 'odia fincar no solo osANo eram amarrados 'ara e>ecuç*o. 7la revelou (ue trinta ANo da terra -á tinham sido amarradosda(uela forma.

7la avisou)o (ue era ca'az de fincar a lança no ch*o$ (ue tinha (ue gol'eá)la na ,oca de um drenode água no interior da cmara$ o (ual era o "nico 'onto fofo na sala. 7le 'oderia reconhecer o local 'ela 'resença de um sa'o gigante na(uele 'onto. 7le n*o deveria ter medo de atingir o sa'o$ 'or(ueele desa'areceria assim (ue mirasse 'ara fincar. ;e ele n*o visse o sa'o$ encontraria uma velhamulher sentada e fiando algod*o em rama$ com seu 'é co,rindo o 'onto fraco. 7le n*o deveria termedo de acertar seu 'é$ 'or(ue ela o removeria (uando fizesse mira.

<or fim ela lhe deu as seguintes recomendaçes/

I J 7le n*o deveria 'artir o o,i ruim (ue seria 'resenteado a ele antes de ver o Gei da orteII J 7le deveria insistir em ver o Gei da orte desacom'anhadoIIIJ 7le deveria e>igir a li,ertaç*o dos 3S ANo nas correntes antes de aceitar alguma recom'ensa eIJ 7le n*o deveria aceitar nenhum 'resente f&sico 'or(ue a 'ol&cia celeste n*o 'oderia 'ermiti)lolevá)los em,ora. 7la ent*o lhe deu uma ca,aça 'e(uena de sua ca,eça com a (ual ele 'oderia ,aterno ch*o 'ara ca'turar o (ue (uer (ue fosse dado a ele. 7le deveria usar a ca,aça 'ara desa'arecer devolta 'ara sua casa.

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7le ent*o com'reendeu a manifestaç*o do sacrif&cio (ue ele tinha feito$ do contrário n*o havia -eitode ter 'odido acessar estas informaçes vitais.

Antes de a garota desa'arecer ela 'rometeu (ue sem're viria em seu socorro nos momentos cr&ticosdurante sua e>'loraç*o.

;em mais a'reenses de'ois disso$ 'rosseguiu 'ara a casa do Gei da orte aonde foi rece'cionado 'elos cavaleiros da guarda da orte.

Assim (ue se encontrou dentro da casa$ eles disseram)lhe (ue a tradiç*o era 'ara ele fincar umalança no ch*o antes de tomar seu assento. 7le foi em direç*o = cmara interna aonde tam,oresestavam ressoando e começou a dançar ao som da m"sica com a lança na m*o. 7le dançou ao redorda sala e sem nenhum aviso$ assustou a velha senhora sentada 'r0>ima ao dreno de água e 'or aç*orefle>iva ela retirou seu 'é da ,oca do dreno e ele fincou a lança direto na(uele 'onto (ue se 'rendeu no ch*o. 7le ganhou a'lausos e louvores de todos a(ueles (ue estavam 'resentes.

@oi ent*o lhe dado o,i 'ara rece'cioná)lo. 7le se recordou do aviso da -ovem e insistiu (ue antes dea'reciar (ual(uer entretenimento$ tinha 'rimeiro (ue ver (uem o convocou 'ara e>ecutar a tarefa

 'ara a (ual o chamaram ali. 7le e>igiu ver o Gei da orte sozinho.

7le foi ent*o 'ermitido a ver o Gei da orte sozinho. orte reconheceu)o como o homem (ueseduzira sua es'osa muitos anos antes$ e louvou)o 'or fugir com ela. 7le elogiou)o tam,ém 'orcurá)lo de sua a'arentemente incurável indis'osiç*o. \g"nda e-i gargalhou hilariante ecum'rimentou o Gei da orte. 7le lhe disse (ue estava ciente (ue tinha (ue 'agar o dé,ito (ue elese com'rometeu 'ara morrer no final$ mas (ue ainda n*o veio fazer dentro dos termos do Gei daorte. 7le se esta,eleceu 'ara neg0cios sérios e orte disse (ue estava a'enas simulando a doençavestindo a rou'a de sua es'osa e (ue n*o havia nada de errado com ele.

\g"nda e-i ent*o se a-oelhou 'ara desamarrar a rou'a das 'ernas do Gei da orte e com a(uilo$ele removeu a rou'a da oença e orte 'arecia saudável e com ,oa a'ar%ncia. \g"nda e-i

ameaçou (ueimar a rou'a$ mas orte se negou 'or(ue ela realmente 'ertencia a sua es'osa$ ealertou)o a n*o contar o seu segredo a ninguém no céu.

e'ois disso$ \g"nda e-i foi até a cmara e>terna com o Gei da orte tendo a'arentementecurado)o. 7le foi novamente louvado e a'laudido 'elo anfitri*o celeste (uando este tomou seuassento no trono.

Antes de tomar seu assento$ \g"nda e-i ,ateu sua ca,eça e houve urro alto o (ual sacudiu as ,ases do céu e todo mundo im'lorou)lhe 'ara se acalmar. 7le ent*o ordenou a li,ertaç*o imediatade todos os trinta ANo (ue foram colocados na cadeia antes dele. ;a,endo o (ue \g"nda e-i eraca'az de fazer$ orte ra'idamente ordenou a li,ertaç*o dos trinta ANo da terra$ mas visto (ue elesse recusaram a fazer sacrif&cio antes de 'artirem da terra$ -á n*o 'oderiam mais retornar 'ara a terra.

orte deu)lhe muitos 'resentes sa,endo (ue era im'oss&vel 'ara ele levá)los 'ara fora do céu. A'0scom'lementar os 're'arativos 'ara o seu retorno 'ara casa$ ele se cercou com os 'resentes (uerece,era e retirou a ca,aça (ue a garota lhe dera. 7le ,orrifou seu conte"do em todos os 'resentes eele lhes disse$ incluindo os trinta ANo 'ara se 're'ararem 'ara irem 'ara casa.Hom a(uele encantamento todos eles desa'areceram e imediatamente estavam sentados na sala deestar da casa de \g"nda e-i$ na terra.

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7le (ue com'rou comida cozida 'ara comer n*o se 'reocu'a em conhecer o fazendeiro (ue a 'roduziu.

grande rato doméstico n*o 'ermite ao gato 'ermanecer em casa.

same-i foi avisado a fazer sacrif&cio 'or(ue estava indo 'raticar sua arte de Ifá em meio defeiticeiros. @oi avisado a dar um ,ode 'ara Eu$ uma galinha de angola guineJ 'ara seu Ifá e um 'om,o 'ara sua ca,eça. 7le n*o e>ecutou o sacrif&cio$ 'ois estava com 'ressa de seguir 'ara omundo.

A'esar de um dos dezesseis filhos de !runmila (ue decidiu vir ao mundo$ contudo ele n*oencontrou o caminho a tem'o$ 'or causa do ,ode (ue ele falhou em dar 'ara Eu. ;eu an-oguardi*o n*o 'ode guiá)lo 'or(ue tam,ém n*o fez o sacrif&cio 'ara ele. ;ua ca,eça t*o 'ouco veioem seu au>&lio$ 'or(ue tam,ém n*o ofereceu sacrif&cio. <or isso ele ficou 'eram,ulando nocaminho até ele chegar = ,eira de um rio no céu antes de atravessar 'ara o mundo. a ,eira do rio$ele encontrou a m*e das feiticeiras$ IZami soronga (ue tinha estado ali 'or um longo tem'o 'or(ue ninguém aceitou a-udá)la a atravessar o rio.

7la tam,ém estava indo ao mundo$ mas estava t*o fraca 'ara atravessar a 'e(uena frágil 'onteso,re o rio. A 'onte era chamada de <onte 7[o[o.

IZami soronga im'lorou)lhe 'ara levá)la através do rio$ mas ele e>'licou (ue a 'onte n*ocom'ortava dois 'assageiros ao mesmo tem'o. 7la ent*o 'ro'Ks (ue ele deveria a,rir a sua ,ocatanto (ue ela 'udesse entrar nela. 7le concordou e ela tomou o es'aço dentro de seu estKmago.

Duando ele chegou a terra no final da 'onte$ disse a ela 'ara sair$ mas ela se recusou com ,ase em(ue seu estKmago a 'rovia com uma refeiç*o conveniente. ;eus 'ro,lemas com as feiticeirashaviam começado. Duando ela se recusou a desem,arcar$ ele 'ensou (ue 'oderia ,lefar dizendo (ueela morreria de fome dentro de seu estKmago$ mas ela disse (ue n*o morreria 'or tanto tem'o (ueele tivesse f&gado$ coraç*o e intestinos$ 'or(ue a(ueles eram seus 'etiscos 'referidos.

7le com'reendeu (ual 'ro,lema estava enfrentando$ (uando a mulher mordeu seu f&gado. 7nt*oretirou seus instrumentos divinat0rios e consultou Ifá 'ara resolver o im'asse. 7le foi avisado 'orIfá a fazer um sacrif&cio urgente com uma ca,ra$ um 'ote de 0leo e um 'ano ,ranco$ o (ual retirariara'idamente de seu A['o mini-e[un.

7le ra'idamente cozinhou o f&gado$ coraç*o e intestinos da ca,ra e disse a IZami (ue a comida -áestava 'ronta. Duando ela fare-ou o aroma convidativo da comida$ saiu do seu estKmago.7entretanto lhe disse (ue era 'roi,ido a ela comer so, as vistas de (ual(uer um. 7le ent*o fez umatenda com o 'ano ,ranco e ela foi 'ara ,ai>o da tenda e sa,oreou a refeiç*o. Duando estavacomendo same-i correu longe e ra'idamente 'rocurou um "tero 'ara entrar e vir 'ara o mundo.

+*o logo IZami terminou a refeiç*o$ ela 'rocurou same-i ao redor$ mas ele n*o estava em 'artealguma. 7la começou a gritar seu nome sasa$ sasa$sasa$ (ue é o lamento das feiticeiras atého-e. 7la ainda está 'rocurando 'or same-i até ho-e.

O NA*CIM-NTO D- O*AM-2I

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same-i correu 'ara o "tero da 'rimeira mulher (ue ele cruzou (uando estava correndo longe deIZami soronga. al sa,ia ele (ue estava a'enas correndo da frigideira 'ara cair no fogo$ 'or(ue amulher (ue estava 'ara se tornar sua m*e era um mem,ro do culto de IZami soronga.

7le veio 'ara socorrer o marido cu-a es'osa tinha com'letado as 're'araçes 'ara oferec%)lo comosacrif&cio 'ara as mais velhas da noite.

Duando ele nasceu$ chorava até tarde da noite$ mas ninguém sa,ia o (ue era res'onsável 'elo seuchoro noturno. 'ai era um homem leigo (ue n*o tinha conhecimento do (ue fazer. Assim (ue elechorava a noite os 'ais 'recisavam levantar 'ara 'acificá)lo. 7ra a'enas a m*e (ue sa,ia o segredodo 'or(ue a criança estava sem're chorando durante a noite.

A criança costuma chorar 'ara interrom'er o 'rocesso ritual de sacrificar o 'ai 'ara um ,an(uete noculto das feiticeiras. A(uele 'rocedimento continuou até a criança estar velha o suficiente 'ara falar.A'0s ele crescer o suficiente 'ara ser ca'az de falar$ ao invés de a'enas chorar durante a noite$ elegritaria a 'alavra IZami soronga a (ual imediatamente acordaria a m*e e ela desta forma seafastaria a,ru'tamente da cerimKnia ritual noturna de tentar sacrificar o marido. Isto acostumava aacontecer em um dia 'articular toda semana.

 uma noite$ as feiticeiras 'ressionaram a m*e 'ara e>'licar o 'or(ue ela costumava dei>ar seusencontros a,ru'tamente sem're (ue estavam orando com a ca,ra ela costuma transformar o maridoem uma ca,ra$ antes de tentar matá)lo$ as feiticeiras n*o matam seres humanos sem 'rimeirotransformá)los em animaisJ. 7la e>'licou (ue seu filho coincidentemente costuma gritar o nome defeiticeira m*e IZami sorongaJ$ no momento dos 'rocedimentos. 7la foi instru&da a ir com seufilho no 'r0>imo encontro o (ual era a assem,léia geral e dia de ,an(uete. +odas as feiticeirashaviam contri,u&do com dinheiro 'ara servir suas ca,eças a(uela noite. Duando o dia chegou$ elasserviram as ca,eças de todos os seus mem,ros. Duando chegaram onde same-i estava sentadotam,ém serviram sua ca,eça$ mas ele n*o comeu da ca,ra usada 'ara servir suas ca,eças 'or(ue elen*o contri,uiu 'agando os custos da com'ra dela$ -á (ue n*o tinha sido iniciado no culto.

 a manh* seguinte ele levantou e foi a seu 'ai avisá)lo 'ara servir sua ca,eça com uma ca,ra$ 'orcausa do sonho (ue teve. 7le lhe disse 'ara faz%)lo de modo (ue talvez melhora)se 'or(ue ele tinhaestado doente 'or muito tem'o. 'ai aceitou o conselho do 'e(ueno menino e com'rou uma ca,ra 'ara sua ca,eça. A'0s o sacrif&cio$ same-i 'ediu a sua m*e 'ara 'rovidenciar um 'ote de argilaa,erto e cheio de 0leo. 7le -untou as 'artes da ca,ra e todas as so,ras n*o comest&veis da carne ecolocou)as no 'ote adicionando 0leo e sal t*o ,em (uanto areia do ch*o re'resentada ho-e 'eloiZerosunJ ele ent*o foi de'ositar o 'ote no incinerador otitan em UorV,á e oti[u em WiniJ. A(uelefoi o 'rimeiro oferecimento 'or algum ser humano 'ara as mais velhas da noite e tam,ém é comooferendas s*o feitas a elas até ho-e. A'0s o sacrif&cio todos foram dormir$ mas 'ela manh* seguintesua m*e n*o acordou. esde ent*o seu 'ai ficou ,em. As coisas começaram a se esclarecer 'ara elea'0s a morte de sua m*e e 'or fim disse a seu 'ai (ue sua m*e era a res'onsável 'or suaindis'osiç*o$ e narrou como costumava v%)la em seus sonhos.

F 'or esta raz*o singular (ue alguns sacerdotes de Ifá se referem a same-i como um feiticeiro$ masele nunca foi. esde ent*o as 'essoas começaram a res'eitá)lo. Dual(uer um (ue (uisesse servir suaca,eça sem're convidava same-i 'ara e>ecutar o sacrif&cio 'ara ele ou ela. 7le era ca'az derealizar reunies com as feiticeiras certas do tem'o (ue sua m*e tocou sua ca,eça com o ,ast*o o(ue o tornou 'ossi,ilitado de acom'anhá)la nas reunies das feiticeiras. esde ent*o ele foi ca'azde se encontrar com elas$ mas n*o 'odia comer com elas 'or(ue n*o era formalmente iniciado. A 'artir desse dia$ é 'oss&vel com o au>&lio de 're'araçes similares$ 'ara um noviço encontrar)secom feiticeiras$ sem ser formalmente iniciado em seu culto.

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=>U INALM-NT- R-C-3- *-U 3OD- D- O*AM-2I

;eu 'rimeiro tra,alho como sacerdote de Ifá foi au>iliar uma mulher grávida em seu tra,alho de 'arto. Eu tinha estado 'or muito tem'o aguardando)o 'ara iniciar seu sacerd0cio antes de

encontrá)lo 'ara resgatar seu ,ode. Assim (ue se tornou um homem$ ele se casou como uma -ovem$moça ,onita (ue tam,ém era uma feiticeira. A casa (ue vivia era tam,ém ha,itada 'or feiticeiras.+oda a cidade na (ual ele morava era um local infestado de feiticeiras. Eu o em'urrou ao localcomo 'uniç*o 'or sua est"'ida recusa em lhe dar um ,ode. Duando ele foi = cidade desco,riu (uetodo mundo tinha dei>ado a cidade em direç*o a fazenda$ de tal forma (ue ele aguardou durantetodo o dia seguinte em (ue a cidade -á estava desolada e>ceto de uma mulher grávida (ue estava emtra,alho de 'arto. ;endo a "nica 'essoa ao redor$ ele au>iliou a mulher a dar a luz.

 *o tendo comido desde o dia anterior ele estava realmente faminto e (uando tentou achar algumacoisa na casa 'ara comer$ se dirigiu 'ara o de'0sito de comida aonde inadvertidamente dei>ou cairum ovo (ue se (ue,rou em 'edaços. 'r0>imo o,-eto (ue ele tocou imediatamente mudou a 'igmentaç*o de suas duas m*os 'ara al,ino ,ranco. 7ste acontecimento assustou)o tanto (ue ele

correu 'ara a floresta.

Duando os ha,itantes da cidade retornaram da fazenda a recém mulher 'arida lhes contou dovisitante (ue veio a cidade. Assim (ue eles ouviram so,re sua chegada$ começaram a 'rocurá)lo$ 'ois estavam certos de transformar a 'r0>ima v&tima sacrificial no culto das feiticeiras. este meiotem'o$ ele encontrou um caçador na floresta (ue lhe disse (ue a cidade de (ue veio estavatotalmente ha,itada 'or feiticeiras. 7le tam,ém lhe disse (ue o 'ovo estava o 'rocurando na(ueleinstante e (ue sua vida estava em 'erigo. <ara se desviar do 'erigo$ foi solicitado a dar um ,ode aEu imediatamente.

7le ent*o 'rovidenciou um ,ode de sua ,olsa divinat0ria e deu)o a Eu. A'0s sacrificar o ,ode$ ocaçador 'egou folhas da floresta e lavou a ca,eça de same-i com elas. same-i n*o sa,ia da onde

o homem 'egou água e nem o 'ote com o (ual lavava as folhas. 7nt*o com'reendeu (ue Eu havia 'rovavelmente se transfigurado no caçador. caçador lavou a suas m*os com a su,stncia ,emcomo todo seu cor'o. Imediatamente suas m*os recu'eraram a sua 'igmentaç*o normal.

 este meio tem'o$ a criança recém 'arida (ue falou do dia em (ue nasceu$ narrou como same-iveio = cidade e como a cor de suas m*os mudou. Hom a(uela marca de identificaç*o todo o 'ovoachava (ue seria fácil 'rend%)lo assim (ue o ca'turassem$ mas a'0s o ,anho (ue o caçador lhe deu$seu cor'o inteiro começou a escurecer tanto (uanto antes.

Duando ele tentou esca'ar da área$ Eu lhe disse 'ara n*o se esconder 'or(ue era necessáriodesmentir a informaç*o dada so,re ele ao 'ovo$ 'ela criança recém nascida$ com medo (ue asfeiticeiras 'erseguissem)no aonde (uer (ue fosse até (ue o matassem. Eu enfatizou (ue ele -á era

um alvo e (ue uma vez (ue as feiticeiras marcavam alguém 'ara a e>ecuç*o$ n*o havia esca'at0ria$e>ceto através de che(ue)mate e sacrif&cio. Hom o (ue ele concordou e seguiu EsV 'ara a cidade.

Duando chegou = cidade$ a mulher identificou como o homem (ue (ue,rou o ovo e 'oluiu seuremédio. Duando elas o (uestionaram$ ele negou. 7las avisaram)no 'ara mostrar suas duas m*os as(uais tinham dito (ue haviam se tornado ,rancas do remédio (ue ele tocou. 7las desco,riram (ue assuas duas m*os tinham a mesma cor do resto do seu cor'o$ t*o negras (uanto o carv*o. 'ovoent*o se voltou 'ara a mulher 'ara ela e>'licar como sa,ia (ue era o estrangeiro (uem cometeu aofensa e ela revelou (ue foi seu filho mais velho (ue disse.

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Pá (ue ficou claro (ue a mulher havia mentido$ acusaram)na de ingratid*o grosseira 'or tentardestruir o homem (ue veio au>iliá)la no esforço de conseguir dar a luz em tem'o$ (uando ninguémestava em casa. As mais velhas ra'idamente modificaram o veredicto de morte 'ela e>ecuç*o damulher e seu filho. same-i su'licou em v*o 'ara 'ou'ar a vida dos dois$ mas elas disseram 'aran*o des'erdiçar suas 'alavras$ 'or(ue nada havia como 'erdoá)las em sua 'r0'ria tradiç*o. A m*e ea criança foram e>ecutadas 'or(ue é 'roi,ido so, 'ena de morte 'ara alguém mentir na cidade.

<ara agradecer same-i 'ela assist%ncia (ue 'restou em sua aus%ncia$ ela recom'ensaram)no com 'resentes com'ostos 'or um homem$ uma mulher e uma ca,ra$ todos feiticeiros. Hhegando em casaele ofereceu a ca,ra 'ara Ifá e deu outro ,ode 'ara Eu 'ara e>'ressar sua gratid*o 'or ter vindo emseu socorro no momento cr&tico. 7le ent*o fez um ,an(uete em louvor a !r"nm#lá.

A* -ITIC-IRA* D-*CO3R-M A #-RDAD-

urante o encontro seguinte das feiticeiras elas desco,riram (ue foi Eu (uem au>iliou same-i afalsificar os acontecimentos da hist0ria (ue lhes foi dada 'ela mulher e 'ela criança e>ecutadas$ e

ent*o decidiram (ue same-i deveria morrer antes do final da(uele ano. 7le viu em seu sonho edecidiu convocar os seguintes ANo 'ara divinaç*o/A-i,ola ni saNo [i maa[i$ mee[i'olo mi [o Zongidi le NaA[idan mi Ata mode-o [o ,a mu ni run$ ni moni dede.

Duando consultaram Ifá 'ara ele$ seu du surgiu. 7les lhe disseram (ue a morte estava 'oracontecer antes (ue a(uele ano aca,asse e (ue nada 'oderia ser feito 'ara 'ará)lo. A'0s estas másnot&cias$ ele ficou sozinho e começou a chorar. Duando a es'osa viu (ue o fim do seu marido estava 'or vir$ ela em'acotou seus 'ertences e 'artiu.

Hhegando ao mercado ela encontrou dois sacerdotes chamados leu [en ,i a-a e olurin [urin omaeru[unse soro soro. 7les a (uestionaram se 'or acaso n*o seria a es'osa de same-i e elaconfirmou$ mas adicionou (ue as feiticeiras haviam lançado uma sentença de morte so,re seumarido e (ue havia sido confirmado na divinaç*o (ue ele morreria antes (ue o ano aca,asse$ e (ueera 'or conta da irreversi,ilidade da situaç*o (ue ela estava 'artindo.

7les a 'ersuadiram a retornar com eles 'ara sua a casa e garantiram a ela (ue estavam convencidos(ue haveria de ter um remédio 'or(ue !r"nm#lá n*o se rende =s im'ossi,ilidades. 7les aindaencontraram !same-i chorando com seus olhos ,ai>os. Duando lhes contou o du (ue surgiu$ eles 'erguntaram se ele estava chorando 'or(ue o significado dele era a(uele$ e (ue era o ano em (ue 'ros'eridade estava vindo em seu caminho$ se ele 'udesse fazer o sacrif&cio necessário. 7les lhedisseram (ue ele teria um novo filho na(uele ano$ construiria sua 'r0'ria casa e teria dinheiro

 'lenamente$ se ele 'udesse dar/I J Wode 'ara EuII J <orco 'ara Ifá eIIIJ <om,o 'ara lo["n.

7le ra'idamente com'rou as coisas e eles o au>iliaram a fazer o sacrif&cio. 7le indenizou osvisitantes e eles 'artiram da casa.

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7 no final da(uele m%s sua es'osa 'erdeu sua menstruaç*o e ficou grávida. *o muito tem'o de'oissua 'o'ularidade aumentou muito e seu tra,alho se tornou muito 'r0s'ero e dinheiro veio a ele detodas as direçes. +*o logo sentiu (ue tinha dinheiro suficiente$ ele com'rou sua 'r0'ria casa.

A'0s com'letar sua casa$ sua es'osa deu = luz. 7le adentrou o novo ano com o'ul%ncia econtentamentos sem 'recedentes.

<ara e>'ressar sua gratid*o aos divinadores (ue lhe trou>eram a 'ros'eridade$ ele deu um 'orco euma ca,ra a ifa$ e um ,ode a Eu e um galo e um 'om,o 'ara lo["n. <ara o ,an(uete eleconvocou os dois 'ares de ANo (ue lhe fizeram divinaç*o e a'0s a vit0ria e comemoraç*o$ elecantou em louvor aos ANo e divindades e todos se alegraram 'or ele so,reviver a suas dificuldades.

O*AM-2I A DI#INÇÃO PARA O* D--**-I* O3A

fuu fuu Xere odo giri$ odule alara Isa omo o-i,olu. Nole sa[a sa[a$ Nole so[o so[o. <eregrino ni'resente$ ou vento$ (ue faz o (ue ele gosta e entende o (ue ele faz$ era o nome desame-i.

7le foi ao 'alácio do Alara$ ,a muito 'oderoso (ue era famoso 'or destruir ANo famosos =vontade. 7le contou a Alara (ue orte havia com'letado as 're'araçes 'ara se'ultar alguém emsua casa e (ue a(uele fato estava selado 'ara ele$ o Alara$ 'or(ue as mais velhas da noite haviam)nolevado a -ulgamento e o condenado a morte e (ue nada 'oderia salvá)lo$ e>ceto o sacrif&cio comuma ca,ra$ uma galinha$ um coelho e o talo de uma ,anana da terra. Alara Isa se recusou a encarar o -ovem ANo com seriedade. endo (ue o aviso foi ignorado$ same-i dei>ou o 'alácio.

7le tam,ém foi a A-ero$ loNo de No$ o Illa de rangun$ o Na ,o[un de I-esa$ o 7Ni de AdoA-uNale[e e o restante dos dezesseis ,a do mundo conhecidos na(uele tem'o. :m a'0s o outro$todos o ignoraram. 7les n*o sa,iam muito a res'eito das feiticeiras e sua influ%ncia so,re o mundo eassim n*o sa,iam (ue crédito e 'eso dar ao aviso de same-i. 7le se sentiu so, o,rigaç*o divina de

alertar os ,a de sua morte iminente$ fazendo sua 'arte. 7nt*o retornou 'ara casa e ao chegartam,ém foi até dois ANo 'ara divinaç*o e foi dito (ue orte tam,ém estava em seu caminho e (uea se'ultura tinha sido 're'arada 'elas mais velhas da noite em sua casa. 7le tam,ém foi avisado afazer sacrif&cio com uma ca,ra$ uma galinha$ um coelho e o talo de uma ,anana da terra 're'aradacomo um cai>*o. 7le ra'idamente fez o sacrif&cio.

:m m%s de'ois a morte re'entina do Alara Isa foi anunciada e um a'0s outro$ todos os dezesseis,a (ue ele tinha advertido$ se -untaram aos seus ancestrais. Duando os re'resentantes da noite (ueestavam consumindo os ,a$ chegaram até a casa de same-i$ viram (ue ele havia constru&dofortificaçes ao seu redor e dei>aram)no ileso. 7les se regalaram com o ,an(uete (ue ele havia 're'arado 'or intermédio do sacrif&cio feito$ mas -á (ue eles tinham feito uma se'ultura em suacasa$ enterraram o crnio da ca,ra e o cai>*o do caule da ,anana da terra em cima dele$ e dei>aram

sua casa. 7le viveu até a idade avançada.

O*AM-2I ACU*ADO D- *-R UM -ITIC-IRO

 uma noite$ ele sonhou (ue foi chamado a -u&zo 'erante a confer%ncia das divindades e acusado deuma ofensa secreta. a manh* seguinte ele foi até um ANo chamado Asare Xo$ ANa A-oZo$ 'aradivinaç*o. @oi avisado a fazer sacrif&cio com um carneiro$ dez carac0is$ um coelho e um 'ei>e 'araIfá$ a fim de (ue talvez alguém n*o levantasse uma falsa acusaç*o contra ele. 7le fez o sacrif&cio.

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I[aare foi o 'rimeiro a anunciar ?AZa r&sa NeeeeB e tuutu gritou ?AZa r&sa 'onmi tu tu tu tu ?.Hom o (ue$ as intrusas com'reenderam (ue havia guardas vigiando o lago. 7las ra'idamente derammeia volta e correram 'ara casa.

Duando as feiticeiras vieram 'erguntaram aos guardas (uem eram os intrusos e eles res'onderam(ue eram mem,ros da fam&lia de r&a Xá. 7las -uraram 'unir r&a Xá 'or infringir a 'roclamaç*o (ue ele mesmo fez$ 'or 'ermitir sua fam&lia de usar o lago.As feiticeiras avançaram cantando/7ni Asoro$ omo eron[ aafo,o oniZan$+o r&a +aaZare$ Aari-e$ Aarimu.<andemKnio é 'ermitir 'erder ho-e+odos os 'ássaros da floresta ir*o falar como seres humanos. 0s devoraremos r&a Xá suas es'osas neste dia.

Duando r&a Xá ouviu a canç*o de guerra das feiticeiras = distncia$ fugiu da sua casa 'aratomar ref"gio com \g"n. \g"n ficou 're'arado 'ara fazer a guerra com os invasores e sentou)se defronte a sua casa aguardando a chegada das feiticeiras. Assim (ue elas chegaram no 'ort*o de \g"n$ele arremessou seu f0sforo e lançou fa&scas de fogo. as elas engoliram \g"n com seus

instrumentos &gneos e r&a Xá esca'ou 'ela 'orta dos fundos. 7le tomou ref"gio no 'alácio de=ng0 e o mesmo fato aconteceu a ele. r&a Xá correu 'ara a casa de todas as outras divindadesmas todos elas foram engolidas 'elas feiticeiras invasoras.

r&a Xá 'or fim correu 'ara a casa de !r"nm#lá e ele 're'arou um esconderi-o em seu altar 'araescond%)lo. 7le fez r&a Xá se esconder so,re o altar e co,riu)o com sua ca,eça se 'ro-etandoatravés do 'ano ,ranco. 7ste é ho-e a im'ortncia 'ara a elevaç*o (ue se 'ro-eta so,re a co,ertura ,ranca no altar de !r"nm#lá. E chamada de r&te.

same-i ent*o retirou sua tá,ua divinat0ria A['a[oJ e 're'arou seu '0 divinat0rio e marcou seu 'r0'rio Ifá e com :ro[e$ ele so'rou)o so,re sua casa ,radando 7ro$ 7ro$ 7ro$ (ue está em 'az$ 'az$ 'azJ/ Duando as feiticeiras alcançaram a encruzilhada fechada 'ara sua casa 'erderam seu rumo e

ficaram confusas. as enviaram seus dois ,atedores 'ara orientar o seu avanço 'ara aonde (uer (uer&a Xá estivesse. s dois ,atedores encontraram !r"nm#lá frente a sua casa e disseram (ue eleshaviam seguido os 'assos de r&a Xá até sua casa. 7le confirmou (ue ele de fato estavaguardando)o$ mas a'elou a eles (ue ele -á estava t*o 'álido e sem vida (ue se o matassem na(uelascondiçes$ n*o haveria carne nele. 7le os convenceu a darem sete dias 'ara engordá)lo antes de omatarem. 7le ent*o se ofereceu 'ara 'artilhar da carne de r&a Xá.

7le falou 'ara eles um encantamento o (ual é 'roi,ido ser mencionado ou falado 'or(ue invocadevastaç*o. resumo é (ue ele con-urou)os 'ara aceitarem (ual(uer e>'licaç*o (ue ele desse 'orocultar r&a Xá. ;o, a influ%ncia do encantamento eles concordaram e retornaram 'ara a ,ase.

 a manh* seguinte same-i fez divinaç*o e ele foi avisado a dar uma galinha ,ranca 'ara Ifá e um

 ,ode 'ara Eu. 7le ra'idamente fez sa,endo (ue as feiticeiras encurtariam o com'romisso deseguir)se dias e noites. 7le tam,ém foi avisado a 're'arar um ,an(uete com coelhos 'ara asfeiticeiras e 're'arar vinho de 'alma envenenado com IZerosun e o encantamento so,re o (ual n*o 'oderia ser mencionado.

7le tam,ém 're'arou uma área cercada = frente da sua casa e colocou um ti'o de goma adesiva$chamada Aare em Uoru,a$ e :ho em Wini$ 'ara ,esuntar a cerca. 7le 're'arou dezesseis assentos demadeira$ tam,ém ,esuntados com a goma$ e colocou)os dentro do cercado.

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<or outro lado same-i disse (ue se ela visse alguma comida 're'arada em um 'ote e de'ositada naencruzilhada$ na ,eirada estrada ou no to'o de um incinerador$ ela deverá sa,er (ue é de um filhode !r"nm#lá e deverá aceitar a comida e dei>ar o ofertante sozinho. 7ste é o 7tutu Izo,o em WiniJ(ue !r"nm#lá fre(entemente adverte os seus seguidores a fazer de noite (uando est*o com 'ro,lemas com as feiticeiras. 7ste é o motivo 'or(ue o IZerosun marcando same-i éfre(entemente traçado na tá,ua de divinaç*o (uando oferendas s*o feitas 'ara a noite.

encantamento$ (ue n*o 'ode ser mencionado a(ui$ e (ue os sacerdotes de Ifá re'etem (uandoest*o fazendo uma oferenda 'ara a noite$ é 'ara faz%)los se lem,rar (ue as oferendas 'ertencem a!r"nm#lá e (ue devem se lem,rar do -uramento (ue ministraram a sua m*e na(uele dia fat&dico.

significado destas revelaçes é (ue nenhuma outra divindade é ca'az de resistir =s feiticeiras(uando elas decidem atacar. 7las 'odem su,-ugar todos eles$ com e>ceç*o de eus e !r"nm#lá$ 'orcausa do -eito (ue eles as mani'ularam na(uela noite fat&dica. Alguém (ue acredita (ue encantos eoutros 're'arados dia,0licos 'odem su,-ugar a feitiçaria está a'enas se iludindo$ a menos (ue elas(ue,rem contrato (ue sua m*e registrou na(uela noite e (ue salvou)as da e>tinç*o total.

CAPÍTULO XXIII - ETURA-MEJI  I I

I I I I

 I I

 I I

Xahila Ilala hu. 7ste é o signo chamado tume-i$ 'or(ue ele é o "nico no céu (ue fez divinaç*o 'araWa,a Imole$ antes de dei>ar o céu 'ara este mundo. 7le foi 'ara divinaç*o com tume-i (ue no céuera chamado 7ni Wa,a Iaa,a.

7ni a ,a la a,a$ 7eni a,aa laa,a$7ni a,a la ,aa lan'e ni ,a,a$ adifa fun ImoleA,eNu gere-e tio-o[osi i,i[on tio maa[ere aZe -e.

;ignificando/A 'essoa (ue voc% encontra uma vez encontra de novo$ e encontra de'ois como um velho na cidade$é chamado um homem velho. Due era o nome do ANo tume-iJ (ue fez divinaç*o 'ara a ca,eçados Imoles 'ara 'ossi,ilitá)las herdar a 'ros'eridade da terra com o m&nimo de esforço$ de uma 'osiç*o sedentária.Wa,a Imole$ foi avisado a fazer sacrif&cio com (uatro galinhas$ (uatro galos$(uatro 'om,os e (uatro carac0is$ e ele fez o sacrif&cio.

Duando ele chegou ao mundo$ com,ateu 'or um longo tem'o antes (ue ele fosse ca'az de realizar oseu destino$ mas (uando 'or fim encontrou tume-i novamente na terra$ fez o mesmo sacrif&cio 'ara ele em uma gruta e lhe disse (ue seu re,anho iria se multi'licar$ mas (ue a recom'ensa de seusacrif&cio seria colhida 'elos seus descendentes e seguidores. 7le foi avisado (ue dinheiro viriasem're com muito 'ouco ou nenhum esforço. A(ueles (ue (uerem conhecer a verdade so,re eussem're chega até ele 'or uma mensagem.

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-L- - DI#INAÇÃO PARA O AM-NDOIM

Duando amendoim estava vindo 'ara o mundo$ foi tume-i$ (uem fez divinaç*o 'ara ela.Amendoim estava ansiosa 'ara ter muitos filhos na terra a fim de (ue sua fam&lia talvez gozasse deeterna 'o'ularidade. as ela foi recomendada a fazer sacrif&cio 'ara (ue a'0s ter muitos filhos$seus irm*os e irm*s n*o se voltassem 'ara destru&)los.7la foi avisada a servir Ifá com um carneiro e

Eu com um ,ode. 7la se recusou a faz%)lo$ e 'artiu 'ara o mundo.

Hhegando ao mundo$ ela foi realmente muito 'rodutiva 'or(ue tinha muitos filhos ao mesmotem'o. esse meio tem'o$ Eu informou o coelho (ue havia tam,ém tido seus filhos e estava 'rocurando 'or comida com (ue alimentá)los$ e (ue amendoim havia tido filhos$ mas escondeu seus -ovens no su,solo. Eu tam,ém atraiu a atenç*o do ouriço e[un em Uoru,a ou rere em WiniJ 'arao valor nutritivo dos filhos de amendoim. ;eguindo o conselho de Eu todos eles começaram acomer os filhos de amendoim. Duando ela desco,riu (ue estava ficando sem filhos$ foi até um ANochamado Pemi ;udi 'ara divinaç*o. ANo tam,ém a avisou 'ara servir Ifá com um carneiro e Eucom um ,ode. A'0s os sacrif&cios$ Eu foi ao fazendeiro adverti)lo 'ara colocar armadilhas ao redorde sua fazenda a fim de ca'turar os animais intrusos (ue estavam devastando sua fazenda. fazendeiro de acordo cercou sua fazenda com armadilhas as (uais ca'turaram muitos dos animais

intrusos. Duando os animais viram (ue amendoim havia sido efetivamente fortificado$ desistiram dafazenda$ e o amendoim e seus filhos foram dei>ados 'ara desenvolver)se e so,reviver 'ara setornarem um rentável 'roduto agr&cola 'ara a humanidade. As sementes de amendoim tam,émso,reviveram 'ara manter sua geraç*o florescendo até ho-e. e'ois amendoim foi agradecer!r"nm#lá 'or au>iliá)la a so,reviver ao ata(ue violento de seus 'arentes.

- DI#INAÇÃO PARA O ;OM-M 3RANCO UANDO -L- -*TA#A AN*IO*O PARA *A3-RCOMO PRODUIR UM *-R ;UMANO #I#O

tra,alho mais im'ortante feito no céu 'or tume-i é a revelaç*o de como o homem ,ranco tentoua'render de eus como 'roduzir um ser humano. homem ,ranco havia se tornado de tal maneira

evolu&do na terra no cam'o das invençes (ue ele 'ensou (ue deveria coroar seus feitos indo atéeus 'ara a'render dele como 'roduzir um ser humano. Duando chegou no céu$ consultou um ANochamado AZeg,e [ooshe g,ere gede$ ?enhum es'elho 'ode ser am'lo o suficiente 'ara ver ocom'rimento de um ano inteiroB. `afiriron [adun loon difa fun oZi,o tooma [o ushe ona omoloNo r&aJ. homem ,ranco foi avisado a dar um ,ode 'ara Eu$ mas ele se recusou a faz%)lo 'or(ue n*o acreditava em fazer sacrif&cios fetiches.

;em fazer o sacrif&cio ele foi até o 'alácio de eus e 'ediu 'ara ser ensinado como 'roduzir um serhumano. Pá (ue eus nunca recusa nenhum 'edido feito a ele$ avisou o homem ,ranco 'ara ir ,uscar lama 'ara o tra,alho$ o (ue ele fez. eus tinha um es'elho grande em sua oficina com o (ualele o,servava até (uando dar forma em algum o,-eto. 7le e>aminou o refle>o do o,-eto do es'elhoe a'rovou)o como 'erfeito antes de confirmá)lo como estando em 'onto de e>istir.

Hom a lama trazida 'elo homem ,ranco$ 7le moldou a imagem de um ser humano e o homem ,ranco o,servou)o. A'0s moldar a imagem$ eus dei>ou)o 'ara secar e neste meio tem'o foi 'arasua cmara interna 'ara atender a outros 'edidos.

Assim (ue eus saiu$ Eu veio até a oficina na forma de um 'olicial celeste e 'erguntou ao homem ,ranco se ele n*o 'oderia re'licar a imagem 're'arada 'or eus. visitante confirmou (ue ele 'odia. Eu ent*o lhe disse 'ara ir 'ara casa com a imagem$ 'or(ue ela falaria de'ois de seca.

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Hom a(uela 'arte do aviso enganoso$ o homem ,ranco 'artiu com a imagem humana. 7ntretanto(uando chegou em casa = imagem n*o 'odia falar de'ois de seca. 7ste é o 'or(ue o homem ,rancoé inca'az de moldar alguma imagem falante até ho-e. @oi 'or conta do sacrif&cio (ue o homem ,ranco se recusou a fazer. Duando tume-i surge na divinaç*o 'ara alguém ansioso 'ara fazeralguma coisa$ ele deverá ser avisado 'ara e>ercitar muita 'aci%ncia a fim de (ue talvez 'ossa 'egara ,ase da (uest*o.

-L- - DI#INAÇÃO PARA A *INC-RIDAD- - PARA A AL*IDAD-

Hom o seguinte 'oema ele advertiu a ;inceridade e a @alsidade no céu (uando elas estavamdiscutindo

so gegege o,e[edeNu gere-e gere-e$ ofi i,o[a mole7ni to,a Zole da ohun Nere NereAamaZo luNare she.

7u arremesso um 'ro-étil7 ele acerta um tra'aceiroDue fez um longo tra-e<ara ocultar sua traiç*o.Duem (uer (ue se esconda 'ara 'raticar<erversidades contra os outros+erá o mal envolvendo)o a,ertamente.

;inceridade e @alsidade estavam discutindo entre si. ;inceridade argumentava (ue ele era mais 'oderoso (ue @alsidade. <or outro lado @alsidade argumentava (ue ele era mais forte (ue;inceridade.

tume-i avisou)os (ue o 'oder de @alsidade é 'assageiro e ef%mero e (ue ;inceridade$ a'esar devagarosa e frágil$ vence @alsidade no final. 7le ent*o cantou/

Xo-o[on$ Xo-o[onAle['o si[a Xo-o[on

 *o im'orta como maldade é 'oderosaPustiça so,re'u-a a maldade no final.

OTUM-2I PART- DO CU PARA A T-RRA

Ravia dois amigos no céu (ue concordaram em 'artir 'ara a terra ao mesmo tem'o. r& Ala (ueera chamado de tume-i na terraJ e r& Atosi. 7les foram = divinaç*o com dois ANo chamadosdog,o [on AreZi e dog,o [on ro orun. 7les foram avisados a fazer sacrif&cio com um carneiro 'ara cada um de seus an-os guardies. carneiro era 'ara ser usado 'ara ,an(uetear as divindades.

7les tam,ém foram avisados a fazer sacrif&cio com um ,ode 'ara Eu$ incluindo um cutelo emingau giriJ. r& Ala fez o sacrif&cio$ mas r& Atosi se recusou a fazer (ual(uer sacrif&cio. 7leinsistiu (ue assim (ue eus desse 'ermiss*o 'ara alguém ir 'ara o mundo$ ele seria um des'erd&cio

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de valoroso dinheiro e esforços 'ara fazer algum sacrif&cio adicional 'ara as divindades mais ,ai>as. Am,os 'artiram 'ara o mundo.

e'ois (ue cresceram na terra$ voltaram a ser amigos &ntimos. ;uas 'rofisses era catar lenha 'aravender. Herto dia$ tume-i insistiu (ue am,os deveriam ir a divinaç*o 'ara desco,rir como 'ros'erar em seu comércio. ;eu amigo$ (ue era chamado AlaroZe na terra$ argumentou (ue era umaaç*o in"til des'erdiçar valoroso dinheiro$ (ue eles ganharam da venda da madeira$ na divinaç*o.7les foram até um ANo chamado <eremu she[e 'ara divinaç*o. tume-i -untou todas as suaseconomias (ue totalizavam 65[ e arrastou seu amigo 'ara acom'anhá)lo 'ara a divinaç*o. Hada umdeles tinha um instrumento matchetJ com o (ual a'anhavam lenha no mato e um galo 'ara acordá)los de manh* 'ara se 're'ararem 'ara suas tarefas diárias.

 a divinaç*o$ cada um deles foi avisado a fazer sacrif&cio com um cutelo$ um galo$ e uma rou'a na(ual ele via-ou 'ara o mato. AlaroZe ,rincou (ue o ANo (ueria 'rivá)los de seus "nicos 'ertences einsistiu (ue ele nunca faria tal sacrif&cio de auto 'rivaç*o.

Duando tume-i chegou em casa$ decidiu (ue retornaria ao ANo 'ara fazer o sacrif&cio. 7le 'egouseu cutelo$ seu "nico e favorito galo e o tra-e 7talu,o em Wini e Wamte em UorV,áJ restando a'enas

sua res'iraç*o nele. 7le tam,ém foi com todo o dinheiro guardado com ele em casa.

7le tam,ém foi avisado a adicionar a almofada (ue ele costumava carregar a lenha da floresta 'arao mercado.

ANo fez o sacrif&cio (ueimando a almofada e a rou'a e dei>ou o cutelo no altar de Eu. Atravésde um encantamento$ o ANo contou 'ara Eu (ue tume-i tinha feito o sacrif&cio com todos osinstrumentos com os (uais ele seguia a vocaç*o (ue ia contra o seu destino e im'lorou a Eu 'ara 're'arar seus 'és 'ara trilhar no caminho certo de seu destino. 7le ent*o sacrificou o galo no altarde Eu. e'ois do sacrif&cio$ tume-i foi 'ara casa com as m*os vazias$ sem a menor idéia do (uefazer em seguida.

 a manh* seguinte$ AlaroZe veio até ele 'ara o dia de rotina na floresta de catar madeira. Duandoeles chegaram ao mato$ tume-i coletou madeira com as suas m*os 'or(ue n*o tinha cutelo 'arausar. ;eu amigo catou mais madeira com o cutelo (ue ele recusou a usar 'ara o sacrif&cio.

@oi momento de 'egar a corda com a (ual amarrar sua madeira. 7le 'ediu ao seu amigo 'araem'restar seu cutelo 'ara a(uele 'ro'0sito$ mas AlaroZe recusou)se a au>iliá)lo$ com ,ase em (uese n*o tinha seu 'r0'rio cutelo$ ele n*o teria (ue em'restar. ;eu amigo concluiu sua 'r0'ria tarefa e 'artiu 'ara casa$ dei>ando tume-i 'ara ?assar em seu 'r0'rio sumoB.

e'ois (ue seu amigo dei>ou)o$ ele usou seus dentes 'ara cortar a corda 'ara amarrar sua lenha.Duando estava cortando a corda com seus dentes$ ele viu uma tartaruga gigante$ arre,atou)a$ e usoua corda 'ara amarrá)la. 7le ent*o foi catar outra corda com a (ual amarrar sua madeira. Duando ele

conseguiu a segunda corda$ viu ainda outra tartaruga e novamente amarrou)a. 7le amarrou a 'rimeira tartaruga no meio de seu fardo de madeira e amarou a segunda tartaruga no to'o da ,agagem. 7le ent*o carregou a lenha 'ara casa com uma tartaruga claramente vis&vel no to'o da ,agagem$ en(uanto a outra tartaruga estava oculta dentro do fei>e de lenha. o momento (ue 'artiu 'ara casa$ -á estava escuro e ele estava muito faminto.

e volta ao céu$ a filha de lo["n$ a divindade da água$ estava tendo um 'arto dif&cil e tinha sidoavisado (ue eles 'recisavam de uma tartaruga 'ara fazer sacrif&cio a fim dela ter um 'arto seguro.lo["n havia enviado uma 'e(uena miss*o ao mercado de o-a a-ig,ome[on 'ara 'egar uma

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tartaruga a todo custo. A(uele mercado era fre(entado 'elos ha,itantes do céu e da terra. Aomesmo tem'o$ a es'osa do Ala$ a divindade da 'ros'eridade$ tam,ém estava doente no céu e a 'onto de morrer. Ala foi avisado na divinaç*o a fazer sacrif&cio com uma tartaruga 'ara (ue talvezsua es'osa ficasse ,em. 7le tam,ém tinha enviado mensageiros ao mercado 'ara 'egarem umatartaruga a todo custo. s mensageiros celestes tinham rastreado o mercado inteiro durante todo odia 'ara com'rar alguma tartaruga dis'on&vel$ mas n*o 'uderam 'egar nenhuma 'ara com'rar.

Duando eles retornaram ao céu 'ara informar o fracasso da miss*o$ a'elaram a eus 'or suaassist%ncia divina$ (uem enviou o 'olicial celeste 'ara tomar 'osiç*o na fronteira entre o céu e aterra e localizar algum local aonde e>istissem tartarugas. este meio tem'o$ Eu tinha causadotodas as tartarugas vivas a se enterrarem no su,solo e todas foram o,scurecidas na invisi,ilidade.

@oi na(uele 'onto (ue tume-i estava retornando do mato com uma tartaruga no to'o de seu fardode lenha. a 'osiç*o (ue eles ocu'aram$ os 'oliciais celestes viram tume-i indo 'ara casa comuma tartaruga. 7les co,riram a distncia e sem tem'o a,ordaram tume-i e se ofereceram 'aracom'rar a tartaruga. A ,arganha 'ela tartaruga ent*o começou e havia atingido um 'onto (ue elesestavam 're'arados a 'agar 2SS homens$ 2SS mulheres$ 2SS sacolas de dinheiro$ 2SS trou>as derou'as$ 2SS al(ueires de contas$ 2SS ca,ras$ 2SS carneiros$ 2SS vacas$ etc.$ (uando Eu surgiu na

forma de um caçador neutro. 7le avisou aos mensageiros celestes 'ara retornarem 'ara casa 'aratrazerem a recom'ensa ofertada a fim de (ue talvez 'ersuadisse o vendedor a concordar.

s re'resentantes de lo["n foram os 'rimeiros a retornar e lhes foi dada = 'rimeira tartaruga emtroca das recom'ensas (ue eles trou>eram. Eu ent*o 'erguntou a tume-i se ele tinha outratartaruga 'ara vender e ele res'ondeu (ue tinha dei>ado uma dentro de seu fardo de lenha. Assim(ue os re'resentantes de lo["n 'artiram$ Eu recomendou)o 'ara ocultar seus 'resentes em umaca,ana 'r0>ima. e'ois disso eles tomaram 'osiç*o 'ara aguardar a chegada dos re'resentantes deAla. Xogo em seguida os re'resentantes de Ala chegaram com sua recom'ensa as (uais eles de ,omgrado e ra'idamente 'agaram e coletaram a segunda tartaruga$ se alegrando 'or(ue haviam vencidoos re'resentantes de lo["n. Hom a 'artida dos mensageiros celestes$ tume-i levou todas as suascoisas 'ara a ca,ana e os humanos cativos foram ra'idamente colocados 'ara construir uma

resid%ncia 'ara seu novo mestre. +odavia$ Eu alertou)o a ir e vender sua lenha e se alimentassecom o (ue 'roviesse disso. 7le vendeu a 'or 65[ e Eu lhe disse 'ara utilizar o dinheiro 'aracom'rar sua comida do dia a dia 'ara comer. A(uele foi = "ltima de sua lenha comercializada.

;ua vida foi imediatamente transformada de 'en"ria 'ara fartura e ele se tornou facilmente ohomem mais rico das redondezas. 7le agora tinha um novo esta,elecimento 'ara si com muitases'osas$ servos e comerciantes so, seus chamados e ordens.

:m dia$ seu amigo com'reendeu (ue n*o tinha visto tume-i no mato 'or muito tem'o. ecidiu ire 'rocurar 'or ele. Hhegou ao seu 'ort*o com sua almofada e cutelo e sentiu o ar da 'ros'eridade 'or toda = volta$ com muitas construçes 'ontilhando todo o esta,elecimento. 7le estava confuso.;ua 'rimeira reaç*o (uando n*o viu o costumeiro caçador tume-i foi 'ensar (ue ele

 'rovavelmente havia sido desa'ro'riado 'elos ricos ocu'antes. Duando estava caminhando aoredor$ o 'orteiro interce'tou)o$ e ele e>'licou (ue estava 'rocurando 'or seu s0cio$ tume-i. <orousar mencionar o nome de seu Xord$ o 'orteiro começou a ,ater nele. 7le entretanto insistiu (ue ohomem era seu amigo e eles levaram)no 'ara dentro 'ara encontrar seu mestre.

Duando ele viu tume-i$ n*o 'ode reconhec%)lo. Hontudo ele insistiu (ue estava 'rocurando 'or seuamigo$ com (uem costumava comercializar lenha. tume-i 'erguntou)lhe se ele reconheceria ohomem se o visse. Hom o (ue tume-i começou a verter lágrimas e se identificou. 7le revelou (uefoi o dia (ue ele a,andonou)o na floresta a'0s se recusar a em'restar)lhe 'ara usar seu cutelo (ue

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ele desco,riu sua recém)desco,erta fortuna. tume-i recordou)lhe (ue sua 'ros'eridade era 'roveniente do sacrif&cio (ue ele fez. 7le tam,ém 'erguntou)lhe se estava 'ronto 'ara fazer seu 'r0'rio sacrif&cio e ele res'ondeu afirmativamente mas se a,orreceu 'or(ue ele n*o tinha dinheiro.

 a(uele estágio$ tume-i lhe deu dinheiro com (ue fazer seu sacrif&cio e a'anhou cinco homens$cinco mulheres$ cinco ca,ras$ cinco sacolas de dinheiro$ etc.$ 'ara agradecer ao ANo (ue fezdivinaç*o e o sacrif&cio 'ara ele e im'lorou)lhe 'ara fazer o sacrif&cio atrasado de seu amigo. 7letam,ém deu cinco ,odes 'ara Eu 'ara agradecer)lhe 'ela assist%ncia (ue ele lhe 'restou.

A'0s o sacrif&cio$ tume-i levou)o 'ara lhe dar uma casa. 7 morar com seu 'r0'rio sé(ito deseguidores. Am,os viveram -untos e 'ros'eraram imensamente em seguida. 7les ficaram muito&ntimos de <eremu she[e$ o ANo (ue fez divinaç*o e sacrif&cio 'ara eles.

OTUM-2I A3R- CAMIN;O PARA A PRO*P-RIDAD- #IR PARA O MUNDO

F im'ortante enfatizar (ue foi Eu (uem causou a doença na filha de lo["n e na es'osa de Ala.@oi ele tam,ém o res'onsável 'or esconder todas as tartarugas 'oss&veis do céu e da terra. 7le

inventou su,terf"gios 'ara criar uma atmosfera favorável 'ara au>iliar tume-i.

Duando os 'oliciais celestes retornaram 'ara o céu$ informaram a eus o alto custo 'ara com'raruma sim'les tartaruga da terra. eus se 'erguntou (ue era 'rovavelmente 'or causa da 'o,reza 'redominante na terra (ue elas tinham se tornado t*o e>or,itante. eus ent*o ordenou ao guardadordo tesouro no céu 'ara a,rir os 'ortes do tesouro 'ara dinheiro 'artir 'ara a terra. :ma constelaç*ode dinheiro ent*o 'artiu 'ara a terra.

ais uma vez$ Eu foi até tume-i e lhe avisou (ue dinheiro estava vindo em grande escala 'ara aterra$ mas (ue eles s0 entrariam na casa do anfitri*o (ue fosse ca'az de ornar sua casa com o (ueeles comiam e gostavam. EuV avisou tume-i 'ara esticar um 'ano ,ranco em frente a sua casa eo,ter muito inhame amassado 7No em Uoru,a e ,o,o em WiniJ 'ara -ogar ao redor de sua casa.

A'0s alertar tume-i 'ara se 're'arar 'ara a a'ro>imaç*o de visitantes celestes$ Eu foi encontrargrande n"mero de dinheiro no caminho$ e alertou (ue o 'ovo do mundo estava 'or demaisdesorganizado 'ara 'rovidenciar acomodaçes ade(uadas 'ara eles. 7le lhes avisou (ue haviaa'enas um homem chamado tume-i (ue era ca'az de lhes dar hos'italidade condizente.

;em se deter em nenhum outro lugar$ eles marcharam 'ara a casa de tume-i$ aonde realmenteencontraram uma atmosfera familiar 'ara se desenvolverem. Assim foi como tume-i se tornou omais 'r0s'ero 'ersonagem no mundo conhecido na(uele tem'o. Duando tume-i surge nadivinaç*o 'ara um homem 'o,re$ ele será avisado 'ara ter seu 'r0'rio Ifá e fazer o sacrif&cionecessário de'ois do (ue sua fortuna sem d"vida florescerá.

A ORÍ-M DO OLP- D- -*TADO CONTRA ANTIUIDAD-+ AUTORÍDAD-

A 'r0>ima revelaç*o de tume-i é como aconteceu (ue am,os o -ovem e o velho t%m algum ti'o deautoridade. +radicionalmente$ antiguidade e idade s*o atestadas de sa,edoria e autoridade. :ma 'essoa -ovem n*o é 'ermitida$ e n*o se atreve a interferir (uando os mais velhos est*o deli,erando.tume-i tem nos dito como a tradiç*o foi alterada 'ara tornar 'oss&vel 'ara 'essoas mais novas adis'utarem 'or 'osiçes e influ%ncia$ com seus mais velhos. 7le nos conta (ue (uando uma 'essoa

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 -ovem PuventudeJ e as 'essoas mais velhas IdososJ estavam indo 'edir a eus 'or A7$ elesforam = divinaç*o com tr%s ANo chamados/

tin lotin e-o We,ida n*o alco0lica doce agradávelJ,ilo,i :Na o,re ,i7mulemu ara -on-o inho alco0lico.Xoon difa fun mode i'a'oA,ufun ag,alag,a I'a'o.

Am,os avisaram a fazer sacrif&cio$ de'ois do (ue eles 'artiram 'ara o céu.

Duando chegaram no céu$ eus lhes disse 'ara retornarem de'ois de sete dias com 21 ,"zios cada.A(uilo foi antes (ue Eu fechasse a rota entre o céu e a terra$ cu-os detalhes n0s veremos nos 'r0>imos livros. Ainda era 'oss&vel na(uele tem'o via-ar indo e vindo entre o céu e a terra. Idoson*o teve dificuldade em coletar 2S1 ,"zios. Puventude a'enas 'ode -untar 5S ,"zios. o diaindicado$ eles 'artiram se'aradamente 'ara o céu.

 este meio tem'o$ Puventude encontrou Idoso no caminho e se ofereceu 'ara au>iliá)lo em carregar

o fardo de ,"zios$ 'ara o Idoso$ (ue ficou grato 'or este ti'o de gesto. Puventude$ entretanto$ avisouao Idoso (ue n*o 'oderia via-ar em seu 'asso lento. Puventude$ 'or conseguinte$ via-ou em um 'asso rá'ido$ mas 'rometeu es'erar 'elo Idoso nos 'ortes do céu. Puventude se movimentou muitorá'ido e logo chegou ao céu.

Antes de alcançar o céu$ Puventude amarrou seus 5S ,"zios -unto com os 2S1 ,"zios do Idoso emum 'acote sim'les e 'artiu com eles em direç*o ao 'alácio divino de eus. Hhegando ao 'alácio$ele entregou a (uantidade de 251 ,"zios como se fosse seu 'r0'rio 'r%mio 'ara uma alta autor&dade.eus$ entretanto lhe avisou 'ara aguardar a chegada do Idoso.

Duando o Idoso em seguida chegou$ agradeceu a Puventude 'or au>iliá)lo a carregar sua 'arcela e 'or aguardá)la. as (uando ele e>igiu seus ,"zios de Puventude$ o "ltimo negou alguma vez t%)lo

au>iliado com o 'esado fardo e insistiu (ue todo ele lhe 'ertencia. 7le na realidade acusou o Idosode tentar 'rivá)lo de sua 'arte. seguinte argumento atraiu a intervenç*o de eus (ue 'erguntou(uanto cada um deles coletou. Romem -ovem e>'licou (ue saiu de casa com 251 ,"zios 'or(ueestava ansioso 'ara ter a autoridade mais forte. Duando o fardo foi contado$ realmente continha 251 ,"zios. eus ent*o decidiu (ue os ,"zios 'ertenciam ao Povem homem e ele lhe deu o A;7.

7ste incidente e>'lica 'or(ue os -ovens s*o ca'azes de a'oderar)se da autoridade e controlar o 'oder de seus mais velhos em várias comunidades de seres humanos até os dias de ho-e. Antesda(uilo$ alguém tinha (ue o,ter o status de um idoso antes de as'irar alguma força de autoridade.7sse é o 'or(ue -ovens 'essoas 'artici'am do governo até ho-e$ a'oderando)se do 'oder de seusmais velhos no mundo. 7sta n*o é a situaç*o no céu aonde ais elhos ainda gozam de su'remacia.

Duando surge na divinaç*o$ a 'essoa deverá ser avisada a n*o 'ermitir a ninguém carregar sua ,olsa 'ara ele se estiver via-ando$ 'odendo correr o risco de 'erd%)la. sacerdote de Ifá (ue é ores'onsável 'or esta revelaç*o$ Hhefe moruZi edi['aZi$ confirmou (ue se manifestouassom,rosamente 'ara um homem (ue uma vez veio até ele 'ara divinaç*o.

ANo moruZi 7do['aZi uma vez visitou outro ANo chamado AdeniZi$ (ue estava fazendodivinaç*o 'ara um sacerdote uslim AlfaJ chamado UEsVful Adeniran$ de :si em 7[iti área dendo$ estado da igéria. 7di['aZi é da cidade de Wenin$ en(uanto (ue Adeniram era de :si em7[iti e AdeniZi era de Imesi em 7[iti.

2SS

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Duando 7do['aZi chegou até a casa de AdeniZi$ ele encontrou o du tume-i na tá,ua de Ifá ecomo era tradiç*o no Ifismo$ o anfitri*o 'ediu a 7do['aZi 'ara inter'retar o Ifá na tá,ua.

7do['aZi disse a UesVfu 'ara fazer sacrif&cio com uma tartaruga$ clava e cutelo$ a fim de evitar 'erder seu dinheiro ou sua vida durante uma viagem (ue se a'resentasse. UesVfu fez o sacrif&cioantes de 'artir em viagem 'ara a cidade de Ig,omina no estado de `Nara.

;eu tra,alho era muito lucrativo e ele o,teve um lucro l&(uido de 6SS.SS dos 'agamentos feitos 'elos seus clientes. 7le ent*o deu o dinheiro 'ara seu anfitri*o guardar 'ara ele até a data de sua 'artida. e'ois disso$ ele fez mais algum dinheiro com (ue guardou consigo.

 esse &nterim$ seu anfitri*o$ (ue estava em dé,ito com muitos credores$ gastou 6SS.SS de UesVfu 'ara 'agar 'arte de seus dé,itos. e'ois (ue UesVfu anunciou a data de sua 'artida$ o anfitri*ocomeçou a se 'erguntar como ele iria conseguir o dinheiro 'ara devolver 'ara seu convidado. <orfim$ disse (ue n*o havia nada (ue ele 'udesse fazer 'ara levantar o dinheiro$ ele decidiu (ue a "nicasoluç*o era (ueimar UesVfu 'ara morrer em seu sono.

 a vés'era de sua 'artida$ seu anfitri*o havia confirmado seus 'lanos m0r,idos. a(uela noite$ elese manteve no corredor ad-acente ao (uarto do convidado no (ual UesVfu estava. as UesVfu 'artici'ou de oraçes es'eciais até muito tarde na(uela noite. <or volta das S2/SSh da manh* a 'aci%ncia do anfitri*o terminou e ele decidiu (ue dormindo ou n*o$ era hora de levar a ca,o seusdes&gnios nefastos.

7le se moveu sorrateiramente 'ara o (uarto com a arma na m*o 'ara assassinar UesVfu 'or trás. :m 'ouco antes levantou a m*o 'ara ,ater e sentiu um ta'a em sua face e sua (ueda atraiu todos osmem,ros da hos'edaria inclusive o 'r0'rio e atKnito UesVfu. Eu interviu 'or conta do sacrif&ciofeito 'or UesVfu.

anfitri*o mais tarde e>'licou as circunstncias (ue levaram)no a tal decis*o deses'erada e a'elou

 'ara UesVfu 'erdoá)lo$ mas ao mesmo tem'o agradeceu a eus 'or interrom'%)lo em levar adianteseus 'lanos. UesVfu 'erdoou seu anfitri*o e lhe disse 'ara es(uecer o dinheiro.

7le 'artiu 'ara casa na manh* seguinte e foi narrar o incidente ao ANo 7do['aZi.

7ste desvio 'rático da vida real foi trazido 'ara ilustrar como a inter'retaç*o do cor'o de odu de Ifá 'ode ser e>atamente 'erfeita.

OTUM-2I #AI AT IMODINA PARA AU'ILIAR O* IMOL-*

F revelado (ue tume-i via-ou 'ara Imodina e (ue ele foi o (ue ensinou 'ara Alufas$ a arte (ue eles

 'raticam até o dia de ho-e. Antes da 'artida$ eles foram = divinaç*o com um gru'o de ANochamados/

Gu Gu Gu XahaGu Gu Gu Xohun holoo lo hunAg,ada mofi dodo ni fi lu ag,ada.ANon loon difa fun tume-i ni-otofe

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<or toda a 'arede da caverna a mulher marcou 31 gol'es indicando (ue ela 'assou fome 'or 31dias$ antes de se tornar um fantasma. 7ntretanto tume-i 'reservou o cor'o da mulher em umsecador es'ecial.

 esse meio tem'o$ tume-i havia começado a fazer sua 'r0'ria fazenda com (ue 'roduzia ,oacolheita. +*o logo omodu e seus seguidores retornaram do cam'o de ,atalha$ eles devastaramtodas as fazendas ao redor inclusive a (ue era de tume-i. 7le ent*o fez divinaç*o em como salvarsua fazenda$ e foi avisado a fazer sacrif&cio 'ara Eu com um ,ode$ um galo$ uma corrente e umaclava. 7le ra'idamente fez o sacrif&cio.

7m seguida ao retorno de omodu$ ele desco,riu da morte de sua m*e$ e de'ois de ver as marcasde sua m*e na 'arede$ com'reendeu (ue a desam'arada mulher morreu de fome. Duase (ueimediatamente ele 'roclamou (ue todos os seus seguidores deveriam 'assar fome 'or 31 dias 'arachorar a morte de sua m*e.7le tam,ém 'roclamou (ue o sacrif&cio de -e-uar 'or trinta e um dias emcomemoraç*o a morte de sua m*e deveria se tornar uma o,rigaç*o anual.

Acredita)se 'iamente (ue o tutelado dado aos Imole 'or tume-i e>'lica a &ntima similaridade entre

a divinaç*o de Ifá e a ivinaç*o Alfa. As marcas s*o as mesmas a'esar dos nomes serem diferentes.7les tam,ém s*o em m"lti'los de dezesseis.

A'0s o sacrif&cio feito 'or tume-i 'ara Eu$ o "ltimo o,teve meios 'ara tra,alhar 'ela comida (uelhe tinha sido dada. Duando os seguidores de omodu retornaram 'ara a fazenda de tume-i 'aradestru&)la de uma vez 'or todas$ Eu tinha usado a corrente com (ue ele fez o sacrif&cio 'ara colocaruma armadilha invis&vel ao redor da fazenda. Assim (ue eles tiveram um im'acto na fazenda$ aarmadilha lançou)os e ca'turou sete deles$ (ue desa'areceram no céu. s sete restantes cairam noch*o. onde os sete começaram a rezar com suas m*os e faces voltadas em direç*o ao céu 'araim'lorar a eus 'ara trazer de volta seus sete colegas (ue desa'areceram.

OTUM-2I #AI A IM-4A

A'0s a morte de sua m*e$ omodu se dirigiu 'ara 'r0>imo de Ime[a 'ara se esta,elecer$ e foitam,ém seguido 'or tume-i (ue agora tinha um grande sé(ito seguindo)o. Duando tume-ichegou a Ime[a ele encontrou omodu (ue lhe disse (ue tinha estado tentando resolver osseguintes 'ro,lemas do 'ovo de Ime[a/I J <ara livrar o am,iente da cidade de um dinossauro localmente chamado de [eneunJ (ue estavaaterrorizando a vida dos moradores das cavernas e rochas ao redorII J <ara solucionar o 'ro,lema de esterilidade (ue 'revalecia no lugar e IIIJ Geduzir a altura da rocha$ (ue estava sus'ensa so,re a cidade como um 'enhasco.

tume-i tinha um reci'iente chamado Ado (ue continha seus instrumentos de autoridade. Hom eles

 'odia fazer e desfazer. 7m 'rimeiro lugar ele retirou 'arte do conte"do de uma vara e ordenou atodas as rochas (ue rodeavam a cidade de Ime[a a destru&rem uma regi*o des'ovoada eimediatamente todas as rochas foram esmigalhar)se no ch*o e ao mesmo tem'o$ todos osdinossauros foram esmagados até a morte. Assim é como a geraç*o de dinossauros se tornou e>tintaem Ime[a e rocha se desintegra em cascalho.

Assim (ue tume-i e>ecutou estes fatos de reduzir a altura das 'edras e eliminar a ameaça dosdinossauros$ uma garota instintivamente veio de -oelhos e curvou sua ca,eça no ch*o 'araagradecer)lhe. utros na cidade imitaram)na$ e desde ent*o esta garota se tornou uma das

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seguidoras de tume-i. tume-i disse 'ara omodu (ue antes de resolver a terceira (uest*o deesterilidade$ ele gostaria de ver o Gei da cidade.

7le foi avisado (ue s0 era 'oss&vel ver o Gei uma vez no ano. a(uele 'onto$ tume-i disse a um deseus seguidores 'ara trazer um sei>o (ue ele tinha trazido todo o caminho de Ifé. Assim (ue elecolocou o sei>o no ch*o$ ele se multi'licou em 2SS sei>os. Duando os guardies viram o milagre$ se -untaram ao redor de tume-i e seus seguidores. ;em tem'o$ uma multid*o tinha se -untado. 7ledisse a cada um deles 'ara escolher uma das 2SS 'edras em lançar em direç*o ao 'alácio do Gei.

7le lhes disse (ue a o'eraç*o era necessária a fim de fazer o Gei vir 'ara fora. Duando ele lançou ossei>os o vento carregou)as caindo no telhado da resid%ncia do Gei. Duando o som dos sei>os caindoem seu telhado se tornou insu'ortável$ o Gei decidiu sair 'or si e verificar o (ue estavaacontecendo. Duando o Gei saiu$ viu tume-i e seus seguidores e o Gei foi ra'idamente informadoso,re as maravilhas -á feitas 'elos visitantes.

Gei tam,ém confirmou a eles (ue seu maior 'ro,lema no 'a&s era uma childlessnessJ. tume-i 'erguntou)lhe (ue recom'ensa lhe daria se fosse ,em sucedido em resolver o 'ro,lema. 7le 'rometeu (ue ele e seu 'ovo de geraç*o em geraç*o continuariam a cantar em louvor de !runmilá.

 este estágio$ tume-i tam,ém 'ediu ao Gei 'ara lançar um dos sei>os na direç*o de seu 'aláciocomo os outros tinham feito anteriormente. tume-i tam,ém 'ediu a um de seus seguidores 'araacertar omodu com uma clava (ue ele tinha com ele. e'ois de ,ater em omodu$ tume-i 'erguntou)lhe se o efeito foi doloroso e ele confirmou (ue foi realmente doloroso.

tume-i ent*o lhe 'erguntou 'or(ue ele foi esconder Amina$ a es'osa de Audu seu segundocomandante. omodu confessou (ue ele s0 fez 'or(ue amava a mulher. a(uele 'onto$ Audu$ (ueestava 'resente na(uele momento$ retirou sua adaga e a'unhalou)o. omodu foi ferido fatalmente$mas tume-i retirou um coco)ZamJ e deu 'ara omodu comer e o ferimento de adaga cicatrizouimediatamente. tume-i$ entretanto indicou 'ara a Audu a caverna onde sua es'osa estavaescondida e ele foi lá e encontrou sua es'osa e se a,raçaram. A es'osa ra'idamente se a-oelhou 'araim'lorar 'or 'erd*o com a e>'licaç*o (ue havia sido avisada (ue ele fora morto em com,ate

durante a guerra. marido disse)lhe (ue foi um visitante estrangeiro (ue direcionou 'ara aonde elaestava escondida. Duando ela foi avisada dos tra,alhos maravilhosos -á feito 'elo visitante$ofereceu)se 'ara encontrá)lo a fim de (ue a a-uda)se a ter um filho.

Am,os foram encontrar tunme-i (ue lhe disse 'ara se alegrar 'or(ue ela iria engravidar e (ue seu 'rimeiro filho seria uma menina. A mulher 'erguntou como 'oderia e>'ressar sua gratid*o a!r"nm#lá se sua 'rediç*o acontecesse. o m%s seguinte$ Amina ficou grávida de'ois de tunme-iter dei>ado Ime[a em continuaç*o a sua e>curs*o. ais tarde ela teve uma criança (ue foi (ue elesnomearam Ifátumo$ significando Ifá é suficiente 'ara confiar$ (ue mais tarde foi modificado 'ara@átima. Assim (ue Amina ficou grávida todas as outras mulheres em Ime[a$ começaram a ficargrávida. as tunme-i avisou ao Gei de Ime[a (ue as divindades n*o estavam felizes com o modocom (ue omodu escondeu a es'osa de Audu e (ue antes nenhuma mulher so, seu reinado ficaria

grávida$ ela tinha (ue ser escondida das vistas do '",lico da mesma maneira. +odo mundo de'oisdisso (ue (uis (ue sua es'osa ficasse grávida$ tinha (ue escond%)la de olhos '",licos. Assim écomo a convenç*o de vestir véus 'elas mulheres começou em Ime[a. esde a(uele tem'o todos osvisitantes de Ime[a s*o solicitados a lançar 'edras como tunme-i or&entou os Imoles a fazer$ aos 'és da rocha (ue uma vez estava sus'ensa como um 'enhasco so,re a cidade.

F dito (ue tunme-i viveu no 'a&s de Aimon 'elo total de vinte anos. A'esar de (ue seus seguidores 'referiram 'assar o resto de suas vidas lá$ os costumes e tradiçes da área foram longe demais e denatureza diversa 'ara tunme-i contri,uir 'ara sua estada 'ermanente. 7ste é o 'or(ue se diz no

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ifismo (ue !r"nm#lá 'referiu o 'ovo de Ime[a$ mas -á (ue era um 'a&s aonde 'osiç*o e fortunacarregavam mais influ%ncia (ue a idade$ ele 'referiu retornar 'ara Ifé. 7le estava 'articularmente 'ertur,ado 'ela aceitaç*o (ue reforçou as normas e morais de vida na(uela área inteira$ o (ue deuorgulho do lugar 'ara re-eitar a 'o,reza e leses cor'orais como 'rovas de -ustiça.

o mesmo modo (ue um homem rico$ ele (uis tudo 'ara estar confortável na vida$ visto (ueninguém dese-a uma vida de 'rivaç*o e 'en"ria no tri,unal do destino. As divindades forammandadas 'ara o mundo 'ara viverem em 'az umas com as outras$ como elas faziam no céu e 'araa,ominar a viol%ncia e a disc0rdia. tunme-i retornou 'ara o céu logo a'0s sua volta 'ara Ifé.

CAPÍTULO XXIV # IRETE-MEJI / EJI-EDE / EJI-ELEMERE 

 I I

 I I

I I I I

 I I

:m dos tra,alhos mais im'ortantes feito 'or 7-iede no céu foi fazer divinaç*o 'ara o 'om,o e 'arao 'ntano antes de eles 'artirem do céu. 7le tam,ém fez divinaç*o 'ara os frutos secos da 'alma$IroneZin$ Imom)edin em WiniJ. 7le era chamado ug,a[un ou ug,aZe[e$ Ze[e$ Ze[e$ Ze[e$ difáfun$['a [uru$ ou eZeleJ A,ufun 7G7 'ntanoJ ati IronZin restos do fruto da 'almaJ. 7le advertiutodos os tr%s a fazerem sacrif&cio a fim de viver 'acificamente e saudavelmente na terra. 7les foramfazer o sacrif&cio com o ovo$ seus vestuários$ e[a$ 9[O e eN0 ou ,o,oJ. A'enas o 'om,o e osrestos de fruto de 'alma$ fizeram os sacrif&cios como foram orientados.

'ntano 7re em UorV,áJ ou 7[huoro em WiniJ se recusou a fazer o sacrif&cio. e'ois eles 'artiram 'ara o mundo. Hhegando ao mundo o 'om,o teve uma vida muito 'ac&fica e saudável$ e a

cada momento ela voava sem're gritaria$ :g,a[un$ :g,a[un$ de Ifá @un$ ['a['a [uuru$ unZon$Ifáni$ [ureZin$ [ureZin$ [ureZin$ (ue é o lamento de triunfo da 'om,a até ho-e$ em (ue estáagradecendo a !r"nm#lá 'or ter feito divinaç*o e sacrif&cio 'ara ela$ (ue fez sua 'erman%nciasaudável e (ue o 'rogresso se deita a sua frente.

<or outro lado os restos do fruto de 'alma IronZin ou Imon 7din em WiniJ$ ficou seco e ,em$en(uanto (ue o 'ntano (ue se recusou a fazer sacrif&cio 'ermaneceu doente e encharcado até ho-e.

Duando este du surge na divinaç*o$ o consulente deverá ser avisado a 'egar suas rou'ascostumeiras 'referivelmente 'retas$ adicionar um 'om,o$ ovo$ 9[O$ e[á$ e eNo ou o,o,oJ 'arasacrif&cio a fim de ficar ,em$ se ele estiver indis'osto na(uele momento. +odos os materiais 'ara osacrif&cio ser*o em,rulhados na rou'a 'reta e o em,rulho é usado 'ara esfregar seu cor'o da ca,eça 'ara o ded*o e (ueimar num 'ntano do rio e ele certamente ficará ,em.

-DI -L-M-R- R-#-LA COMO R/NM0L 3ATAL;OU POR PRO*P-RIDAD- -M A#OR D-*-U* *-UIDOR-*

A'0s eus ter com'letado seu tra,alho de criaç*o$ 7le decidiu criar a árvore da 'ros'eridadechamada$ 7]7 Igi 7ge em UorV,áJ ou 7rhan uNa em WiniJ em outras 'alavras$ a árvore da

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ri(ueza. <ara 'roteger a árvore$ eus a'ontou a Woá$ o carneiro$ e o galo 'ara agir como osguardies. Assim (ue a árvore da ri(ueza cresceu$ todas as duzentas divindades :g,a rumolé emUorV,á ou Ihenuri em WiniJ tentaram em v*o colher 'ros'eridade da árvore. +odos falharam 'or(uen*o se incomodaram em desco,rir o segredo 'ara colher seus frutos. @oi = vez de !r"nm#lá fazeruma tentativa. as antes de se atrever na árvore$ decidiu ir a divinaç*o com o seguinte sacerdote deIfá/A['onmi$ No :le 7-á$['a-i,a$ No :le ['aro$Alug,og,o$ uu[u i ;hegun$gugu Xutu$

;ignificando/1. A 'essoa (ue tira água do rio$ destr0i a casa do 'ei>e.2. A'enas um homem 'aciente 'ode ser ,em sucedido em matar um 'e(ueno animal chamado[huo[hua (ue constr0i 2SS casas$ mas vive em uma delas.3. F o 'rimeiro 'ro-étil forte (ue destr0i o mal.

7stes foram os tr%s sacerdotes de Ifá (ue fizeram divinaç*o 'ara !r"nm#lá antes de ele tentar su,ir

na árvore da ri(ueza. 7geJ.

7le foi avisado a destruir sua casa no céu antes (ue 'udesse levar sua 'ros'eridade 'ara o mundo.7le foi avisado a construir uma casa com folhas es'eciais 7de ahe em WiniJ no altar de Eu e 'araos ANo 'ara destru&)la com 1 ,ode. 7ste é o 'or(ue (uando este du surge na divinaç*o = 'essoa 'ode ser (uestionada se está construindo uma casa$ e se ele ent*o confirmar$ será avisado asus'ender a construç*o da casa 'or algum tem'o.

A'0s fazer o sacrif&cio inicial$ ele foi ainda a outro sacerdote de Ifá chamado g,olug,o do$don un Xodon run Gun$ de outro modo conhecido como Agogo Xila$ a,erun$ ZamunZa$ aNonloon difa fun \r"nm#lá nig,ati$ Zagun ege igi agunla.J$ foi avisado a fazer sacrif&cio com grande(uantidade de milho$ grande (uantidade de 'edaços de inhame e grande (uantidade de ratos. 7le

deveria fazer o sacrif&cio 'ara Eu com 1 ,ode e 1 escada$ ele deveria ir somente com os materiaissacrificiais em uma sacola (uando fosse ao 'é da árvore da ri(ueza.

Hhegando ao recinto da árvore$ a co,ra Woá foi a 'rimeira a se armar 'ara atacar. Homo ele foi dito 'ara fazer$ ra'idamente lançou um rato 'ara Woá (ue o engoliu imediatamente. galo ent*o ,ateusuas asas em 're'araç*o 'ara cantar$ mas ele ra'idamente lançou uma grande (uantidade de milho eele se sentou 'ara comer a comida. Hom estes movimentos$ as ameaças da Woá e do galo forameliminadas. carneiro foi o 'r0>imo a atacá)lo. ais uma vez ele lançou os 'edaços de inhame 'ara o carneiro e este começou a comer$ ainda com sua ,olsa em seu lado$ !r"nm#lá su,iu na árvorecom a escada instalada 'or Eu e colheu todos os frutos do to'o da árvore.

+endo comido todo o milho (ue (uis$ o galo 'rocurou ao redor 'or !r"nm#lá e o viu no to'o da

árvore da ri(ueza. 7le ent*o ,ateu suas asas e cantou dizendo !r"nm#lá ]egoo or. Due é o canto dogalo até ho-e$ e significa (ue !r"nm#lá foi 'rimeiro a su,ir na árvore da ri(ueza. 7m res'ostas$!r"nm#lá cantou$ [ege$ Igi agulá$ Ifá gegé$ Igi oola l\g"n [ege Igi agulá.

Duando este du surge durante a iniciaç*o no :g,odu$ o iniciado deverá ser mandado 'lantar tr%sárvores como segue/1. :m galo 'ara 'lantar árvore 7ge chamado isa em WiniJ.2. A ca,eça de uma Woá 'ara 'lantar 7, alaho em WiniJ.

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3. :m carneiro 'ara 'lantar :['\g"n ['eregun$ e uma 'edra retirada do leito de um rio correnteé usada 'ara 're'arar Eu 'ara ele.

7ste é o segredo (ue !r"nm#lá é ca'az de fazer seu filho rico e 'r0s'ero.

-2I -L-M-R- #-M PARA O MUNDO

e'ois de ad(uirir o segredo da 'ros'eridade$ 7-i 7lemere decidiu (ue era hora de vir 'ara omundo. 7le foi até dois sacerdotes de Ifá chamados 7-i NeNeNe$ g,o-o$ e -o giiri$ oun g,ati ,aoNuro. 7stes foram os dois ANo (ue fizeram divinaç*o 'ara ele. 7les avisaram)no a fazer sacrif&cio 'ara evitar 'ro,lemas em ter filhos no mundo. @oi avisado a servir seu Ifá com uma ca,ra e dar um ,ode 'ara Eu. 7le ra'idamente fez o sacrif&cio e 'artiu 'ara o mundo.

Hhegando ao mundo$ foi a uma cidade chamada [e mesi aonde 'raticou a arte de Ifá. 7le foimuito 'r0s'ero$ mas n*o teve um filho. ais tarde casou com uma mulher (ue lhe deu uma filha.7ntretanto ele 'ermanecia ansioso 'ara ter mais filhos. Herto dia decidiu consultar seu Ifá no 'or(uen*o era ca'az de ter um filho$ como ele era de outro modo t*o 'r0s'ero (ue costumava fazer

ela,orados sacrif&cios durante seu @estival Anual de Ifá. 7le costumava convidar todos os ANo dasredondezas 'ara 'artici'ar de seus festivais anuais.

e'ois da divinaç*o$ seu Ifá lhe disse 'ara fazer sacrif&cio com um cervo inteiro Ag,onrin emUoru,a e 7rhue em WiniJ. *o sendo um caçador$ via-ou 'ara uma vila 'r0>ima de :do aondecostumava 'raticar sua arte de Ifá$ como sua ,ase. Duando chegou = vila$ encontrou uma mulherchamada `'oroZe (ue era casada mas des'rovida de filhos e foi a divinaç*o no (ue fazer 'ara terfilhos. 7le fez divinaç*o 'ara ela e assegurou (ue ela teria um filho$ se 'udesse fazer sacrif&cio comuma galinha e um coelho. A mulher ra'idamente 'rovidenciou o coelho e a galinha 'ara o sacrif&cio.7-i)7de usou ent*o a galinha 'ara fazer sacrif&cio 'ara Ifá e 're'arou o coelho 'ara ofertar 'ara asmais velhas da noite. 7le lhe disse 'ara de'ositar o sacrif&cio 'r0>imo a um ,uraco marcado denoite.

e'ois de fazer o sacrif&cio 'ara ela$ 'artiu 'ara a floresta 'ara 'egar algumas folhas 'ara seutra,alho. 7le foi com seu es'elho hi'n0tico de cristal. Duando estava catando as folhas$ viu umcervo = distncia através de seu es'elho e o con-urou a vir até aonde estava 'ara 'oder ca'turá)lo.7ra um veado muito grande. animal o,edeceu a seu comando e ele agarrou)o. +*o logo o veadocom'reendeu (ue estava em 'erigo$ começou a lutar com seu caçador. a ,atalha (ue se seguiu$am,os ca&ram em um ,uraco fundo. entro do fosso$ encontraram uma grande co,ra (ue tam,émca&ra v&tima do ,uraco. :ma vez dentro do ,uraco$ ele era ca'az de matar o veado com um ,ast*o$mas n*o 'oderia carregá)lo 'ara a su'erf&cie. 7le gritou 'or a-uda$ mas ninguém o ouviu$ tanto (ueteve (ue 'assar a noite no ,uraco.

 a manh* seguinte$ ele olhou no seu es'elho$ e viu um gru'o de crianças em seu caminho 'ara a

floresta 'ara averiguarem suas armadilhas e ent*o ele cantou 'ara eles/

mode :dooZa g,amila$Atano$ a,o$Aaariti-e$ aaritimu$7la minu lofin Zi$7la minu lofin Zi runmila$7la minu lofin Zii ooo.

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Duando as crianças ouviram a sua canç*o (ue era um chamado de ;;$ elas foram em direç*o ao ,uraco 'ara es'iar e se 'erguntaram o (ue 'oderiam fazer 'ara au>iliá)lo a sair do ,uraco$ destemodo eles 'artiram frustrados. 7ra a hora em (ue os adultos iam 'ara as suas fazendas. Duando eleos viu através de seu es'elho e novamente cantou.

Ag,a :do moZa g,amilaAg,a :do moZa g,amila

;ua canç*o atraiu os homens e eles foram ao ,uraco 'ara es'iá)lo. Duando viram)no$ eleszom,aram$ (uestionando 'or(ue um outor (ue era ca'az de salvar os outros era inca'az de salvara si mesmo do ,uraco. 7les ridicularizaram)no com 'alavras (ue ele sem're 'edia a eles 'ara fazersacrif&cios com galinhas$ ca,ras e ,odes$ e sem fazer nenhum esforço 'ara a-udá)lo$ eles 'artiram.

e'ois$ foi hora das mulheres irem ao mercado. e'ois de v%)las através de seu es'elho$ elecantou)lhes.

,inrin :do moZa g,amila

,inrin :do moZa g,amila

Duando elas ouviram seu lamento 'or au>&lio$ foram averiguá)lo e reconheceram)no. 7las tam,ém 'rovocaram)no (ue se ele era t*o eficiente$ como ele se ga,ava de ser$ ele n*o 'recisaria de a-uda deoutros 'ara sair do ,uraco. 7las ent*o ridicularizaram)no com todas as carnes e dinheiro (ue eletinha tomado delas no 'assado e tam,ém 'artiram sem estenderem uma m*o em a-uda.

e'ois `'oroZe (uem ele tinha avisado 'ara de'ositar seu sacrif&cio 'r0>imo a um ,uraco estavavindo 'ara de'ositar seu sacrif&cio. 7le a viu através do es'elho. A'0s de'ositar seu sacrif&cio ela sevoltou 'ara voltar (uando ele cantou do ,uraco.`'oroZe mon a,alu:du mun

7['o -ere [ti'aImon g,a mila etc etc etc.

Duando ela ouviu a canç*o retornou ao ,uraco e o viu dentro dele. 7la (uestionou como ele chegoulá e ele e>'licou (ue caiu no ,uraco en(uanto tentava ca'turar o veado (ue lhe foi solicitado 'arafazer sacrif&cio. 7le a'elou 'ara au>iliá)lo a sair do ,uraco. 7la se (uei>ou (ue n*o tinha nada com(ue au>iliá)lo a sair. 7le ent*o a avisou 'ara remover seu 'ano de ca,eça e desc%)lo no ,uracoen(uanto segurava firme no final dele. Duando ela estendeu o 'ano de ca,eça ele n*o conseguiualcançar a 'rofundidade do ,uraco. 7le ent*o con-urou o 'ano de ca,eça 'ara se esticar 'ara ,ai>o eele o,edeceu a seu comando até se agarrar nele. 7le 'rimeiro amarrou o 'ano de ca,eça nas 'atasdo veado morto. A mulher se 'erguntou se ela 'oderia 'u>á)lo -unto com o veado$ mas ele insistiu(ue ele n*o 'oderia sair sem o veado. 7le ent*o cantou a seguinte canç*o/

Wami g,e ,ara],eg,e leZinole g,eg,e7sta canç*o é utilizada 'elos sacerdotes 'ara movimentar Ifá de uma 'osiç*o 'ara outraJDuando ele estava 'reste a sair com'letamente do ,uraco$ as 'atas do veado das (uais o 'ano deca,eça estava atada soltaram e o resto do cor'o caiu de volta no ,uraco. Ao mesmo tem'o$ `'oroZesentiu ,ater em suas costas e a rou'a (ue ela vestia foi arrancada de seu cor'o e ela ficou nua.

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escravid*o$ en(uanto (ue o ,andido (ue vivia aonde 7-ielemere vivia$ 'egou lomo 'ara vender emescravid*o.

+odo este tem'o$ 7-ielemere ainda n*o tinha tido filhos. a é'oca de seu festival anual ele deudinheiro 'ara sua es'osa 'ara com'rar 'ara ele um escravo 'ara usar como sacrif&cio humano 'araseu Ifá -unto com outros materiais e animais. Duando sua es'osa chegou ao mercado$ ela viu lomo(ue a'esar da estatura ,ai>a$ no entanto$ tinha um ,om cor'o. 7la gostou dele imediatamente ecom'rou)o. Duando estava alcançando a casa com seu com'rador$ lomo viu a árvore carregada decoroas de contas$ e coral na entrada da comunidade aonde eles estavam entrando. Duando chegaramna casa$ ele tam,ém viu o cor'o humano seco amarrado na entrada 'rinci'al da casa$ (ue estava 'intada com um material de cor 'reta. lomo estava satisfeito (ue esta era a casa de seu 'ai 'or(ue ,atia com a descriç*o dada a ele 'or sua m*e.

Duando 7-ielemere viu o -ovem escravo$ dei>ou)o so, a cust0dia de uma velha mulher (ue vivia 'r0>imo a ele. A mulher deveria tomar conta dele 'or sete dias antes do festival. a manh*seguinte$ 7-ielemere 'artiu 'ara a floresta 'ara coletar folhas e outros instrumentos 'ara o festivalvindouro. A velha mulher deu ao -ovem escravo um monte de frutos de 'alma 'ara (ue,rar$ e esteincidente e>'lica o 'or(ue é 'roi,ido (ue,rar frutos de 'alma em nenhuma casa onde uma

cerimKnia de iniciaç*o de Ifá está tendo lugar 'ela duraç*o de sete dias. +am,ém e>'lica 'or(ue é 'roi,ido 'ara um sacerdote de Ifá (ue,rar frutos de 'alma ele mesmo.

Duando garoto estava (ue,rando os frutos de 'alma$ começou a cantar a canç*o (ue relem,rava oseventos acontecidos no seu nascimento$ como ele foi informado 'or sua m*e. Duando a velhamulher ouviu a canç*o$ ficou determinada a contar a 7-ielemere so,re isso. Duando ele retornou dafloresta$ ela narrou 'ara ele a canç*o do -ovem escravo. A mulher su,se(entemente 'ro'Ks a7-ielemere a ocultar)se no dia seguinte$ a'0s fingir ter sa&do de casa 'ara ter a 'ossi,ilidade deouvir a canç*o do ra'az.

 a manh* seguinte ele dei>ou a casa so, a a'ar%ncia de estar indo 'ara a floresta com sua ,olsa 'ara coletar folhas. 7ntretanto retornou 'ara casa 'ela 'orta dos fundos. esse meio tem'o$ foi dada

ao garoto outra 'orç*o de frutos de 'alma 'ara (ue,rar e (uando ele estava sentado (ue,rando osfrutos de 'alma$ ele começou a cantar novamente/

eu nome é lomo nome da minha m*e é `'oroZe@ilha de A-ero [in osa o 'a&s de I-eroHasada com 7Ni de Ado.inha m*e `'oroZe me contouA hist0ria de como a ,usca 'or um filhoXevou)a 'ara divinaç*o 'ara :doAonde ela encontrou um sacerdote de Ifá

Due fez divinaç*o e sacrif&cios 'ara ela.Duando ela estava 'ara entregar sacrif&cio 'r0>imo ao ,uraco7la ouviu um lamento de a-uda = distncia.e dentro do ,uraco.lhe$ era o sacerdote de IfáDue fez sacrif&cio 'ara elaDue estava dentro do ,uraco.Duando ela o a-udou

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e garante (ue a casa<ara (uem eu fui 'or fim vendido como escravo7 aonde eu agora (ue,ro estes frutos de 'almaF na verdade a resid%ncia de meu 'ai.7-ielemere de [emesi;e eu morrer dentro de seis dias7u n*o terei vivido em v*o<or(ue eu vou morrer o 'eito de meu 'ai.

Duando 7-ielemere ouviu a sim'l0ria canç*o do -ovem escravo$ estava em lágrimas$ e se 'erguntouse o garoto era 'roduto do amor (ue ele fez 'or acaso com a mulher 'r0>ima ao ,uraco no (ual elecaiu muitos anos antes$ en(uanto ,uscava um veado com (ue fazer o sacrif&cio a fim de ter umfilho. 7nt*o ele foi 'ara seus a'osentos aonde solicitou 'ara o garoto ser trazido até ele 'ararecantar a canç*o a (ual tinha a'enas ouvido em segredo. 7le ordenou ao garoto so, 'ena de morteinstantnea a cantar a canç*o mais uma vez. 7stando em seus -oelhos$ o garoto cantou novamente$desta vez em lágrimas. A'0s ouvir o refr*o da canç*o$ 7-ielemere decidiu testar a veracidade dahist0ria. 7le motivou um auto forno 'ara ser 're'arado. Duando as chamas do fogo estavam

alcançando o teto da resid%ncia$ disse ao garoto a'0s friccioná)lo com seu '0 divinat0rio 'aracaminhar nas chamas. 7le con-urou o fogo 'ara consumir o garoto se ele estivesse contanto umahist0ria falsa$ mas 'ara co,rir seu cor'o com o giz da vit0ria se ele era na verdade seu filho. ;em(ual(uer hesitaç*o$ o garoto caminhou nas chamas$ e dançou e cantou dentro do fogo até (ue elasestivessem com'letamente e>tintas.

A'esar da(ueles fatos milagrosos$ 7-ielemere ainda n*o estava satisfeito. 7le tam,ém tinha 're'arado um grande 'ote de água fervendo no (ual ele lançou o garoto em um ritual similar.7n(uanto estava dentro do 'ote de água fervendo$ o garoto começou a cantar.

mi are domi tutu.Due é ?gua (uente havia se tornado água geladaB$

en(uanto ele estava dançando dentro do 'ote de água fervendo.

<or fim ele chamou seu 'ai 'ara retirá)lo do 'ote 'or(ue ele estava ficando com frio. ;eu 'ai ent*oo a,raçou e desco,riu (ue seu cor'o estava frio como gelo. 7le e>clamou 'razerosamente (ue tinhaencontrado um filho 'erdido$ e aceitou)o como seu verdadeiro filho. ;u,se(entemente o dia do@estival amanheceu$ e todos os ANo dos lugares 'r0>imos haviam se reunido. Antes ent*o7-ielemere havia dado um ,ode 'ara Eu$ (ue ent*o influenciou a cerimKnia de e>ecuç*otradicional. 7nt*o veio o momento 'ara oferecer as v&timas sacrificiais$ ca,ras$ carneiros$ galinhasetc haviam sido sacrificadas. Duando foi hora do sacrif&cio humano o garoto tinha sido amarradoaguardando a e>ecuç*o. as o e>ecutor so, a influ%ncia de Eu$ (ue sa,ia (ue o garoto era de fatofilho de !runmila$ cegou o fio da faca tanto (ue ela n*o 'udesse cortar o 'escoço da v&tima. e>ecutor se rendeu dizendo (ue Ifá tinha se recusado a aceitar a v&tima. 7le ent*o soltou o garoto$

colocou)o de 'é e desafiou os ANo a o,servá)lo lado a lado com o anfitri*o$ 7-ielemere 'ara ver sen*o havia aguçada semelhança entre eles. s ANo identificaram e concordaram na semelhança. sANo ent*o concordaram (ue o garoto deveria ser dei>ado livre 'ara o 'ai na(uela vez.

 este meio tem'o a divindade chamada 7gi cu-o 'a'el era carregar o crnio de todas as v&timasdegoladas 'ara o céu chegou 'ara e>ecutar sua funç*o. s ANo ent*o cantaram 'ara ele/

7gi mog,r& e[u.r& e[u lomag,a$

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ama g,r&e nio.7gi mog,o rie-a$r&e -a lomang,a$ama g,r&enio.7gi mog,r&eronr& eron loomang,aama g,r&enio.

s ANo estavam tocando as ca,eças do 'ai e do filho com o crnio de cada animal. e'ois disso7gi 'artiu 'ara o céu.

 a(uele momento 7-ielemere retirou seus instrumentos de autoridade A7J e 'roclamou (ue a 'artir da(uele dia !runmila -á n*o mais ofereceria um ser humano como sacrif&cio 'ara Ifá. Istomarcou o fim de sacrif&cio humano no Ifismo.

Duando terminou a cerimKnia$ 7-ielemere 'erguntou a seu filho o 'aradeiro de sua m*e `'oroZe e ofilho narrou (ue a m*e tinha sido vendida como escrava na cidade de seu 'ai. 7le ra'idamentedecidiu ir a ,usca da mulher 'ara traz%)la 'ara casa viva 'or ,em.

'ai de `'oroZe$ o A-ero de I-ero tam,ém oferecia um sacrif&cio humano em seu festival anual.7le tinha tam,ém ordenado 'ara um escravo ser usado 'ara sacrif&cio na(uele ano. mensageiro(ue foi ao mercado$ coincidentemente tam,ém com'rou `'oroZe 'ara seu 'ai. Duando foi trazidaao 'alácio de seu 'ai$ foi mandada lavar a casa em 're'araç*o 'ara o festival. !,a tinhaes(uecido (ue ele tinha uma filha com o nome de `'oroZe. Duando ela estava esfregando o ch*o$começou a cantar a hist0ria de sua vida$ de seu 'ai$ como ela 'artiu de casa$ aonde ela casou$ (uemdes'osou$ como teve um filho$ e como foi 'resa 'or ,andidos e vendida como escrava.

A mulher (ue estava tomando conta da escrava chamou o !,a 'ara ouvir a canç*o da escrava.e'ois de ouvir a canç*o$ o 'ai chamou)a 'or seu nome `'oroZe e ela lhe res'ondeu. e'ois dissoo !,a chamou sua m*e 'ara identificar `'oroZe. endo)a am,os ca&ram em lágrimas se alegrando

 'elo rea'arecimento da filha (ue ele tinha a muito dado como morta. 7la foi imediatamenteli,ertada da servid*o e vestida a'ro'riadamente como uma 'rincesa. A-ero tam,ém 'roclamou(ue a 'artir da(uele dia$ seres humanos n*o mais seriam usados 'ara sacrif&cio no seu reino.

 esse meio tem'o$ 'rincesa `'oroZe informou seus 'ais (ue seu outro 'ro,lema era como localizaro 'ai de seu filho e como achar seu filho. Ao mesmo tem'o$ 7-ielemere tinha dei>ado [emesi em ,usca de `'oroZe. 7le se vestiu de farra'os e aguardou na ,eira da estrada. 7m seu caminho 'ara orio$ `'oroZe viu 7-ielemere e reconheceu)o logo a'esar das rou'as esfarra'adas (ue estavavestindo. 7m outra ocasi*o ele retornou como vendedor de lenha e `'oroZe reconheceu)onovamente (uando estava retornando seus escravos da fazenda$ mas em cada uma das ocasies elaresistiu = tentaç*o de revelar seu entusiasmo.

e'ois disso$ 7-ielemere foi = floresta$ 're'arou folhas de 'almeira e se vestiu com elas como ummascarado e começou a dançar seguindo em direç*o a I-ero. @oi (uando A-ero e seus familiaresviram o mascarado dançando ao redor deles e (uando `'oroZe viu o mascarado ela disse 'ara seus 'ais (ue a(uele era !r"nm#lá$ mas eles discordaram dela 'or(ue !r"nm#lá n*o estava acostumado ase vestir como um mascarado. A'0s assisti)lo durante algum tem'o a distancia$ `'oroZe saiu 'ara o -ardim do 'alácio de seu 'ai 'ara admirar o mascarado. mascarado ent*o começou a dançar emvolta dela. Duando ele veio 'erto dela$ o mascarado agarrou)a e fugiu com ela. Assim (ue elesficaram longe das vistas ele removeu sua máscara e se identificou 'ara `'oroZe e a'elou 'ara elaretornar 'ara casa com ele.

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A fim de evitar o risco 0,vio de ser interce'tado no caminho ele vestiu `'oroZe como o mascaradoe seguiu a como escolta 'ara sua cidade natal. Duando ele chegou a sua casa em [umesi$ elerevelou o mascarado e `'oroZe a,raçou seu filho lomo (ue saiu 'ara se alegrar seus velhosamigos em comemoraç*o ao seu reencontro com sua m*e. <oucos dias de'ois o 'ovo da cidadecom'reendeu (ue 7-ielemere tinha tomado uma segunda es'osa. `'oroZe esta,eleceu)se com ele eteve cinco outros filhos em adiç*o a lomo. :ma vez a fam&lia estando com'letamente reunida elesviveram uma vida 'r0s'era 'or muito tem'o.

*UC-**O D-P-RTA A INIMIAD- PARA -2I -L-M-R-

Hontudo 7-i 7lemere tinha se tornado muito rico e famoso e conse(entemente es'ecialmenteindicado como um dos (uatro divinadores reais de Zo. s outros tr%s moravam no céu e7-ielemere era o "nico morando na terra. s nomes dos outros tr%s eram/

I J ['otere ANo de mani[inII J taarata ANo Imina Ale

IIIJ Ag,ara mi-a gidi gidi ANo de Ila['oro.

7les costumavam ir a divinaç*o no 'alácio do lofen a cada os cinco dias. Gei tinha ficado t*oa'reensivo a res'eito da com'et%ncia e 'o'ularidade de 7-ielemere$ (ue ele decidiu tramar suadestruiç*o. Gei criou um ,uraco 'ara ser cavado no ch*o de seu 'alácio em um 'reci'&cio fundo$co,rindo a ,oca do ,uraco com uma esteira estendida so,re ele. Honse(entemente convidou7-ielemere 'ara visitá)lo no 'alácio. Assim (ue ele chegou ao 'alácio$ foi levado a sentar)se naesteira estendida so,re o ,uraco fundo. al se sentou na esteira caiu ent*o no ,uraco$ encontrando)se imediatamente no céu. 7n(uanto no céu$ caminhando desorientadamente ao redor$ ele cruzoucom um de seus com'anheiros ANo celeste$ com (uem costumava fazer divinaç*o no 'alácio doAlafin.

homem 'erguntou)lhe o (ue ele estava fazendo no céu e ele res'ondeu (ue ele veio 'ara retri,uirao terceiro deles uma visita. +odos os tr%s ANo celestes logo se -untaram e sacrificaram uma ca,ra 'ara ,an(ueteá)lo$ e (uando o ,an(uete chegou ao fim$ ele conseguiu se a'rontar 'ara retornar 'araa terra. as seus colegas convenceram)no a 'assar a noite com eles e ele concordou. a manh*seguinte$ (uando estava dando 'artida a sua -ornada de retorno$ os ANo 'resentearam)no com umaca,ra mostrando 'ara ele um atalho 'ara a terra. 7le instantaneamente se encontrou de volta em suacasa terrestre. Assim (ue chegou em casa$ ,an(ueteou seus amigos e seguidores com a ca,ra (uetrou>e do céu.

+r%s dias de'ois$ era hora 'ara a 'r0>ima visita de divinaç*o ao 'alácio do Alaafin$ mas na(uelaocasi*o ele se recusou a ir ao 'alácio. Assim (ue os tr%s ANo do céu a'areceram no 'alácio$ elesn*o viram 7-ielemere. Duando (uestionaram ao Alaafin 'or(ue !r"nm#lá n*o estava 'resente$ ele

re'licou (ue 7-elemere havia fugido da terra. 7ntretanto os ANo insistiram (ue um mensageirodeveria ser enviado 'ara 'rocurar 'or ele em sua casa. ois mensageiros foram enviados a sua casaantes (ue ele res'ondesse. Duando ele 'or fim a'areceu tomou sua 'osiç*o ha,itual. Antes (ue odia de tra,alho começasse formalmente$ ele revelou como tinha sido tratado 'elo Alaafin (uatrodias antes. Alaafin n*o tinha defesa 'ara a acusaç*o$ tanto (ue foi imediatamente multado em(uatro ca,ras e (uatro ,arris de vinho.

Gei 'agou a multa e a divinaç*o do dia foi feita de acordo. Duando os ANo se ergueram 'araretornar 'ara suas res'ectivas casas e destinos$ eles entoaram uma canç*o como segue/

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['oteere ANo de omani[intaarata$ ANo Imina AleAg,arami-a gidiANo de Ila['oro7-i elemere$ aNo de ZoANa merenrin loon shaNo$ aNa merenrin loda faatunlofensheinde -omiin$ -omiin$sheide -omiin$ -omiin.

;ignificando$ n0s viemos fazer divinaç*o 'ara o Alaafim$ mas ele nos recom'ensou com ingratid*o$relem,rando (ue uma ,oa aç*o merece outra$ en(uanto (ue uma má aç*o destr0i umrelacionamento m"tuo.

COMO O 3OD- *- TORNOU O ALIM-NTO 3*ICO D- =>E

 o auge de sua 'ros'eridade$ todos os ANo decidiram se reunirem na casa de 7-i 7lemere$ 'or(ueele costumava fazer ela,orados ,an(uetes. 7le tinha um moinho de 0leo na floresta aonde 'roduzia0leo de 'alma. A-a e ,u[o eram seus dois servos. um determinado dia a'0s a divinaç*omatutina$ ele foi advertido a n*o ir ao moinho na(uele dia. 7ra o dia do encontro dos ANo. as suaes'osa logo desco,riu (ue n*o havia 0leo 'ara usar 'ara 're'arar o ,an(uete da(uele dia. 7ledecidiu correr ao moinho 'ara 'egar 0leo de 'alma 'ara o ,an(uete do dia. Antes de 'artir$ elealertou seus dois servos 'ara n*o dizer a ninguém onde estava indo.

Antes de retornar do moinho$ os ANo começaram a chegar$ um a'0s o outro. Duando eles 'erguntaram aos dois servos so,re a localizaç*o de seu mestre$ ,u[o res'ondeu (ue ele tinha idoao moinho de 0leo. 7le havia ignorado com'letamente as instruçes do seu mestre em n*o revelarsua miss*o 'ara ninguém. as A-a$ entretanto veio em au>&lio da imagem do seu mestre acusando

,u[o de estar mentindo. 7le corrigiu (ue seu mestre tinha a'enas ido a floresta atrás da casa 'ara 'egar folhas 'ara usar em um sacrif&cio es'ecial 'ara a reuni*o do dia. A-a se afastousorrateiramente através da 'orta dos fundos da casa$ com uma rou'a ,ranca na m*o e foi avisar seumestre o (ue havia acontecido. A-a lhe contou (ue ele tinha sido tra&do 'or ,u[o.

7-i ede$ ent*o colocou a rou'a ,ranca trazida 'elo leal A-a$ dizendo)lhe 'ara retornar 'ara casa 'aralim'ar com'letamente a cmara de confer%ncia. +*o logo A-a seguiu 'ara casa$ ele tam,ém foi comalgumas 'eças de inhame e fruto seco de 'alma IronZin em UorV,áJ e Imom edin em WiniJ.

Hhegando em casa ele cum'rimentou seus convidados$ mas eles se recusaram a res'onder. Hontudoele se descul'ou 'or n*o estar em casa 'ara rece,%)los$ mas e>'licou (ue a'enas saiu 'ara coletarmateriais 'ara fazer um sacrif&cio es'ecial 'ara o interesse coletivo. 7le revelou (ue Ifá recomendou

o sacrif&cio como resultado da divinaç*o matutina (ue ele fez na(uele dia. sacrif&cio seria feito 'ara Eu lavando a ca,eça de todos eles no altar de Eu com a ca,eça cortada de um ,ode. 7le se(uei>ou (ue o "nico material (ue faltava 'ara o sacrif&cio era o ,ode. isto (ue o ,u[o era o 'r0'rio$ todos os olhos se voltaram em sua direç*o. ,u[o foi ca'turado imediatamente e usado 'ara o sacrif&cio. 7ste acontecimento e>'lica 'or(ue/

1. F comum se dizer (ue foi a ,oca do ,ode (ue o matou.2. a(uele dia o ,ode se tornou o instrumento 'o'ular de sacrif&cio 'ara Eu.

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3. A-a ou o c*o nunca é usado 'or !r"nm#lá 'ara nenhum sacrif&cio 'or conta de sua lealdadedeclarada 'ara seu mestre.

Duando este du surge na divinaç*o$ o consulente deverá ser avisado 'ara tomar cuidado com seuservo (ue está 'lane-ando tra&)lo ou mentir contra ele.

A DI#INAÇÃO PARA F-- OLOMO M-AG MÃ- D- *-I* IL;O*

Duando um colega de 7-iede visitou)o em um dia de descanso$ uma mulher (ue tinha 'erdido tr%sdos seus seis filhos$ visitou)o 'ara divinaç*o. nome do ANo visitante era 7['u['u dedede. A'0s adivinaç*o a mulher foi avisada a fazer sacrif&cio 'or(ue a morte ainda estava muito 'r0>imo ao seuencalço$ e (ue ela corria o risco de 'erder o restante dos seus filhos 'ara as frias m*os da morte. sacerdote de Ifá disse)lhe 'ara fazer sacrif&cio com o 0leo da fruta da 'alma$ uma es'on-a$ sa,*o$um 'ente$ (uia,o$ 'imenta$ 0leo$ um rato$ um 'ei>e e um coelho e dar um ,ode 'ara Eu.

sacrif&cio 'ara Eu foi feito e o restante dos sacrif&cios foi 're'arado 'ara ser entregue 'or elamesma 'ara a m*e da morte no céu. 7la carregou o sacrif&cio 'ara o céu na é'oca em (ue ainda era

 'oss&vel ir da terra 'ara o céu e voltar. Hhegando ao céu$ UeZe lomo efa encontrou a m*e damorte em casa. Duando (uestionada so,re o o,-etivo de sua miss*o$ e>'licou (ue veio ao céu 'araim'lorar 'or sua a-uda em 'ersuadir seu filho$ orte$ a n*o tomar mais nenhum de seus filhos.

A m*e da orte disse a mulher 'ara sentar e aguardar o retorno de seu filho (ue estava em umamiss*o na terra. Assim (ue ela sentou$ 'erguntou a velha mulher se -á n*o era a hora de cozinharcomida 'ara comer. A m*e da orte e>'licou (ue antes de cozinhar$ ela tinha (ue aguardar 'elachegada de seu filho com seus humanos ca'turados$ (ue eles cozinhariam 'ara comer$ mas a velhamulher (uei>ou)se (ue n*o havia condimentos na casa 'ara 're'arar a so'a. A visitante ent*omostrou o sacrif&cio (ue ela trou>e da terra (ue continham todos os condimentos tradicionais 'ara 're'arar uma so'a. UeZe lomo efa ent*o começou a 're'arar a so'a 'ara a casa. Duando a so'aestava sendo 're'arada$ a visitante o,servou (ue o ca,elo da velha senhora estava mal cuidado. 7la

 'ro'Ks (ue ela 'oderia trançar o ca,elo dela$ mas a m*e da orte e>'licou (ue n*o tinha sa,*o ees'on-a 'ara tomar ,anho e (ue n*o havia 0leo do fruto de 'alma e 'ente 'ara escovar seu ca,elo.UeZe lomo efa ent*o tirou todos os materiais 'or(ue eles estavam entre as coisas contidas emseu sacrif&cio. A velha senhora tomou seu ,anho com o sa,*o e es'on-a e de'ois de comerem elescomeçaram a trançar seu ca,elo.

A'0s trançar o ca,elo a velha senhora lhe disse 'ara adentrar a casa 'or(ue seu filho estava 'restesa chegar dentro em 'ouco. *o muito de'ois$ orte retornou com um ser humano o (ual foi = "nicacaça (ue ele trou>e da terra. A sua m*e ,rigou com ele 'or voltar com a'enas uma v&tima a'0s estarlonge 'or um longo tem'o. orte e>'licou (ue todos os outros tinham feito sacrif&cios e (ue o"nico homem insensato (ue se recusou a fazer o sacrif&cio foi a(uele (ue ca'turou. A m*e ent*o lhedisse 'ara admirar seu novo visual$ mas 'ara fazer sua refeiç*o 'rimeiro. A'0s comer$ a m*e lhe

disse (ue foi um visitante da terra (ue veio 'ara a'elar a ele 'or a-uda (ue lhe deu seu novo visual e 're'arou a comida (ue ele comeu. 7la ent*o e>'licou (ue a mulher veio 'ara solicitar a salvaç*o deseus tr%s filhos restantes$ tendo 'erdido tr%s deles 'ara a orte.

 este 'onto UeZe lomo efa saiu e ao avistar orte ela começou a tremer. orte tran(ilizou)a 'ara n*o tremer$ 'or(ue se (uisesse matá)la$ teria feito muito antes de retornar 'ara casa no céu$tendo em vista sua grande vantagem. @oi ent*o (ue ela sus'irou de al&vio e -untou com serenidadesuficiente 'ara e>'licar seus 'ro,lemas. A'0s ouvi)la$ orte lhe disse 'ara mencionar os nomes deseus tr%s filhos restantes e ela deu os seguintes nomes/

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1. ota 'edraJ2. Aale soloJ3. A,iri ;ho[o li[horo em WiniJ uma 'lanta fle>&vel (ue cresce com 'e(uenos ganchos em todoseu cor'o e tem um grande tu,érculo.

A'0s ouvir seu a'elo orte 'rometeu (ue nunca ele tocaria novamente em nenhum de seus filhosrestantes. 7ste é o 'or(ue !r"nm#lá diz/1. ota 7e[u2. Ale eerun3. A,iri ;ho[o 7erare 7shi.

;ignificando/1. A 'edra n*o morre.2. ;olo n*o fica doente.3. ano n*o 'assa 'ara a(uele (ue n*o v% a 'lanta de A,iri ;ho[o.

7ste é o 'or(ue os tr%s n*o morreram 'or causa do sacrif&cio feito 'or sua m*e. Duando este Ifásurge na divinaç*o$ a 'essoa deve ser (uestionada se ele ou ela tem seis filhos. +endo$ a 'essoa será

recomendada a fazer sacrif&cio 'ara evitar 'erder tr%s deles 'ara a orte$ se ainda n*o tiveracontecido.

CAPÍTULO XXV # EKA-MEJI 

I I I I

 I I

I I I I

I I I I

nome de 7[ame-i no céu era I[ere IZamsi. 7le era um ANo muito 'oderoso no céu$ tendo muitosseguidores so, seus cuidados. 7ntre tais seguidores estavam$ 7['o)`eune e 7ninuo `eun (uefizeram divinaç*o 'ara :tu['a. 7ntre outras 'alavras$ foi o 'e(ueno 0leo e a 'e(uena linha (uefizeram divinaç*o 'ara a lam'arina (uando ele estava vindo 'ara colher = recom'ensa dos sereshumanos. A lam'arina foi avisada a fazer sacrif&cio com um galo e 1 galinha e ele o fez. e'oisdisso rece,eu um escravo humano 'ara servi)lo eternamente. 7ste é o motivo até ho-e (ue um serhumano é (uem rea,astece ou reacende a lam'arina (uando está a 'onto de se e>tinguir. Duando alam'arina estava 'reste a a'agar$ o 'ovo fre(entemente chama um menino ou uma menina 'ararea,astecer ou reacend%)la. ;e n*o houver ninguém ao redor$ a 'essoa deverá faz%)lo 'or si mesma$tudo em 'rol da lam'arina. Im'ortante como comida$ ar e 'az s*o 'ara o cor'o$ eles agem 'or simesmos en(uanto (ue 'or sua vez$ a lam'arina é a "nica (ue é sem're servida 'or seres humanos.

7ste é 'or(ue (uando 7[ame-i surge na divinaç*o 'ara uma 'essoa ela é avisada a fazer umsacrif&cio similar. ;e o consulente é um homem ele será avisado (ue uma mulher está vindo 'ara secasar com ele 'or vontade e (ue a mulher o servirá o,edientemente e lealmente até o fim de suavida. ;e é uma mulher ela será avisada (ue encontrará um novo marido (ue virtualmente a servirácomo um escravo e n*o 'ensará em casar com nenhuma outra mulher de'ois disso.

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-L- - DI#INAÇÃO PARA O ATO

:m dos su,alternos de 7[ame-i chamado I,a Gere foi o sacerdote de Ifá (ue fez divinaç*o 'ara:no fogoJ. utro sacerdote I[eleNii foi um dos (ue fez divinaç*o 'ara o gato (uando ele estavavindo ao mundo 'ara caçar. gato foi avisado 'ara fazer sacrif&cio com uma faca e uma tesourasegura ANan em ,ini e 7emu em UorV,áJ acrescentando galo e 'om,o. @oi 'edido a ele 'ara fazer

sacrif&cio afim de (ue nenhuma v&tima (ue ele agarra)se 'udesse esca'ar. e'ois de fazer osacrif&cio$ ele veio 'ara o mundo. <ara sua caçada$ ele desenvolveu uma estratégia. fogo emconsideraç*o de (ue le fez sacrif&cio tornou)se a ,ola de luz dentro de seu glo,o ocular. Assim (ueele olhava uma v&tima tomaria uma 'osiç*o e focalizaria a luz ,rilhante em seus olhos 'ara ofuscara v&tima e dizer ootishe,o I[eleNi e 'ular so,re a v&tima e agarrá)la. Assim é como o gato caçaaté ho-e.

 a divinaç*o a 'essoa deverá ser avisada 'ara faze sacrif&cio afim de (ue tudo (ue ele estáas'irando alcançar 'ossa frutificar.

-4AM-2I *- PR-PARA PARA #IR AO MUNDO

r&ginalmente ele costumava a ser o mais novo disc&'ulo ?:B de !r"nm#lá. 7le usualmentesentava entre os disc&'ulos e n*o com os 15 a'0stolos olodusJ. Duando ele estava se 're'arando 'ara vir ao mundo foi a um sacerdote de Ifá chamado :[ere$ ],ag,uru$ anu)ANo -i. 7le avisou 'ara fazer sacrif&cio com um ,ode 'ara Eu$ e um carneiro 'ara seu Ifá. e'ois disso$ Eu a!r"nm#lá e lhe disse (ue I[ere IZansi 7[ame-iJ era eficiente e e>'eriente o suficiente 'ara ser umlodun. Assim é como ele se tornou um dos 16 lodus.

A maneira (ue Eu fez foi contar 'ara r&a la (ue os dus mais velhos eram su,ordinados a7[ame-i e r&a la sancionou)o 'ara dei>ar o gru'o de dus e se -untar aos lodus.

-4AM-2I PART- PARA T-RRA

Antes de finalmente dei>ar o céu ele foi a dois ANos 'ara divinaç*o e eles eram chamados ANi Are$7se r&n 7-o 7ure 7-o na-aNa. 7les avisaram 'ara dar outro ,ode a Eu$ 1 galinha da angola 'araseu Ifá e 1 'om,o 'ara sua ca,eça$ a fim de evitar o 'erigo de ter 'ro,lemas insu'eráveis na terra.7le fez os sacrif&cios e 'artiu 'ara o mundo$ em sua nova caracter&sticas como um dos lodus.

Hhegando ao mundo desco,riu (ue 'or causa de sua 'ouca idade na genealogia dos a'0stolos nocor'o literal de Ifá$ estava fre(entemente su,estimados 'elos lodus$ (ue davam 'ouca ounenhuma im'ortncia ao (ue ele dizia. 7le tam,ém estava tendo 'ro,lemas em manter)se dentro deum determinado orçamento. 7le n*o tinha es'osa e nem filhos. esse meio tem'o$ Eu criou novos 'ro,lemas 'ara eus desfazendo sua arte criativa e 'ro-etos. Homo eus estava acostumado a fazer$

ele decidiu ir disfarçado 'ara desco,rir o (ue estava causando seus 'ro,lemas. 'rimeiro ANo (ueele encontrou foi 7[ame-i. Antes de fazer divinaç*o 'ara ele e sem sa,er (ue era o <ai +odo<oderoso$ 7[ame-i e>igiu uma ,olsa de dinheiro ou e(uivalente a 5S ` como honorários dedivinaç*o. 7le disse ao consulente (ue Eu era o res'onsável 'or destruir seu tra,alho$ e (ue eletinha (ue oferecer 1 ,ode em sacrif&cio. eus res'ondeu (ue ele n*o 'oderia -untar o dinheiro 'aracom'rar o ,ode. 7[ame-i retirou um ,ode de sua casa e usou)o 'ara servir a Eu 'ara osu'ostamente destitu&do consulente$ (ue ele n*o 'ode reconhecer como eus todo 'oderoso. 7lemeramente fez o favor com ,ase em humanitarismo e com'ai>*o. consulente ent*o agradeceu

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7[ame-i$ e 'erguntou 'ela resid%ncia restante dos ANos mais velhos. 7 mostrou)lhe a direç*o dacasa em (ue 7-iog,e vivia na cidade. visitante 'artiu 'ara a casa de 7-iog,e 'ara divinaç*o.

Hhegando na casa de 7-iog,e sua reaç*o ao 'edido de eus 'ara divinaç*o foi (ue ele n*o tinhatem'o 'ara divinaç*o na(uele momento im'ortante. Hom a(uela recusa$ eus deu meio volta eretornou 'ara o céu. Antes de ele chegar em casa$ Eu tinha largado de suas artes e 'ro-etos$ e ascoisas tinham voltado ao normal$ tendo a'risionado)o. +r%s dias de'ois 7le se vestiu em seu tra-ecom'leto como o eus +odo <oderoso e novamente 'artiu 'ara a terra. Duando 7[ame-i o viutremeu e se arre'iou. 7le disse a 7[ame-i 'ara n*o se a'avorar 'or(ue veio 'ara re'assar o custo dosacrif&cio 'ara ele 3 dias antes. A'0s com'ensá)lo 'elo ,ode$ eus ordenou (ue da& ent*o ninguémdeveria contestar (ual(uer coisa (ue 7[ame-i dissesse. Assim foi como 7[ame-i rece,eu seuinstrumento de autor&dade ?AeB de eus (ue tornou 'roi,ido 'ara (ual(uer sacerdote de Ifá oudivinador (uestionar o (ue (uer (ue ele 'roclamasse. eus tam,ém lhe disse (ue ele teria toda a 'ros'eridade (ue ele dese-a)se en(uanto estivesse na terra. e'ois disso$ teve grande (uantidade dedinheiro$ es'osas e filhos.

-4AM-2I AN;A UMA COROA

Duando chegou ao mundo$ 7[ame-i foi um dos mais novos lodus e$ 'or conseguinte n*o tinhacoroa 'ara si mesmo. Duando desco,riu (ue todos os outros lodus -á tinham coroas$ decidiu ir adivinaç*o 'ara sa,er o (ue fazer 'ara ter sua 'r0'ria coroa. 7le foi até um sacerdote de Ifá chamado7fuZe iile$ (ue o avisou a fazer sacrif&cio com um rato$ um galo e uma tartaruga. A'0s o sacrif&cioter sido feito$ ele foi convidado 'elo Gei de Ifé 'ara solucionar um (ue,ra ca,eça (ue ele fezvitor&osamente. <ara recom'ensá)lo$ lofen lhe enviou uma Horoa de Hontas$ rou'as$ sa'atos euma ,engala.

uito cedo na manh* seguinte$ ele vestiu sua nova rou'agem$ na (ual ele 'arecia t*o es'l%ndidocomo 'ara ganhar a admiraç*o de suas es'osas. A'0s tra-ar formalmente sua nova rou'agem$ eledecidiu fazer um agradecimento ao Gei. Duando ele 'or fim surgiu no 'alácio$ sua nova rou'agem

irritou os lodus mais velhos. 7le foi rece,ido cordialmente 'elo Gei$ mas retornou 'ara casa 'reocu'ado com a reaç*o dos lodus.

Hhegando em casa$ ele convocou um ANo chamado Ag,e nide$ ANo lode Ig,odo$ 'aradivinaç*o. ANo avisou)o 'ara fazer sacrif&cio 'or uma longa vida e 'ros'eridade. 7le lhe disse 'ara dr um ,ode 'ara Eu$ e um c*o 'ara \g"n e um ,ode castrado incluindo oito ovos 'ara as maisvelhas da noite. e'ois de fazer o sacrif&cio ele n*o teve mais 'ro,lemas com os lodus maisvelhos. 7le ao final das contas viveu até a idade avançada.

PO-MA PARA CORRIIR O* TRAÇO* DIÍC-I* D- -4AM-2I

F dito (ue (uando 7[ame-i a'arece 'ara alguém no :g,odu durante a cerimKnia de iniciaç*o a 'essoa é 'rovável a e>'erimentar tremendos 'ro,lemas na vida$ a menos (ue ele se-a ca'az deconseguir um sacerdote de Ifá eficiente 'ara tornar claros os o,stáculos inevitáveis 'ara ele.!r"nm#lá foi ca'az de faz%)lo 'ara seu filho 7[ame-i com o seguinte 'oema/

A,imon[on nule oniArole[a a,i I[e-ireAro li[aun [aun g,ara`ai ,i[on tii,imon me-i loode

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Duando 7[a me-i surge no ug,odu$ significa (ue o su-eito terá dificuldade na vida e em viver nomeio de inimigos 'oderosos$ (ue sem're ir*o se esforçar 'ara destru&)lo a menos (ue todos osmateriais mencionados acima se-am coletados 'ara o 'ro'0sito de 're'arar o no)Ifa diha emWiniJ 'ara facilitar sua 'assagem através da vida.

CAPÍTULO XXVI # ETURUKPON-MEJI/ OLO"BON-MEJI I I I I

I I I I

 I I

I I I I

7turu['on me-i 'or outro lado conhecido como olog,on)me-i revela como a faculdade daintelig%ncia veio 'ara o mundo. 7sta revelaç*o esta contida nos nomes dos ANo ou dos sacerdotesde Ifá (ue eram seus divinadores celestes. ;eus nomes foram revelados no seguinte 'oema/log,on log,on [ii taa [o[o omi.

moron moron ee[i[a Ze['e de.['itan ee['itan mun 7[iti$:,ore -ade leeNa.;ignificando/

 inguém 'ode ser ha,ilidoso o suficiente<ara em'acotar a água com sua rou'a. inguém 'ode ser inteligente o suficiente<ara contar a areia da terra. enhum sá,io 'ode ser suficientemente conhecedor de 'rovér,ios<ara revelar seus 'r0'rios segredos 'or meio de 'ará,olas.F tam,ém log,on me-i (ue revelou como !r"nm#lá e as outras divindades retornaram do mundo.

Antes de fornecer os detalhes desta revelaç*o. F im'ortante mencionar alguns dos tra,alhosconhecidos (ue ele fez no céu.

OLO3ON - DI#INAÇÃO PAR -4UN - PARA IAA FO TIR- - O ATO DO MATOG

<ara o 'ro'0sito deste ca'&tulo$ n0s iremos nos referir ao +igre como 7[un e ao gato do mato comog,o. g,o teve um sonho aterror&zante e decidiu ir a !r"nm#lá 'ara divinaç*o. 7[un e g,onasceram dos mesmos 'ais. A'0s divinar !r"nm#lá disse a g,o (ue era necessário fazer sacrif&cio 'ara sua ca,eça com uma galinha da angola 'or(ue seu irm*o$ 7[un$ estava tramando matá)lo 'aracomer. 7le tam,ém foi avisado em a,ster)se de servir a ca,eça de outras 'essoas$ n*o im'ortando a 'ro>imidade do relacionamento. Acima de tudo$ ele deveria ser muito cuidadoso e vigilante comtodos os acontecimentos ao seu redor. 7le fez o sacrif&cio.

7[un tam,ém foi a !r"nm#lá 'ara divinaç*o no (ue fazer 'ara ser ca'az de matar seu irm*o g,o 'ara comer. 7le foi avisado a dar um ,ode a Eu. A'esar de ele ter 'rometido ante !r"nm#lá fazer osacrif&cio$ no entanto ele mudou seu 'ensamento no caminho 'ara casa. Argumentou consigo (ue acarne de um ,ode (ue ele foi solicitado a sacrificar era t*o rica (uanto = do frágil g,o. 7le$ 'orconseguinte se recusou a fazer o sacrif&cio. 7[un$ entretanto a,ordou outros animais e 'rometeu sea,ster de matar (ual(uer um deles se 'udessem atrair g,o 'ara sua armadilha. 7le ent*o disse lhes 'ara 'ersuadirem g,o em concordar a vir e servir sua 7[unJ ca,eça$ desta forma criando a

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o'ortunidade de ca'turá)lo. leo'ardo$ tam,ém nascido dos mesmos 'ais como os dois$ seofereceu 'ara convencer g,o.

 este meio tem'o$ 7[un amarrou uma ca,ra com a (ual servir sua ca,eça. e'ois disso$ esfregouse cor'o com 0leo do fruto da 'alma 'ara 'arecer doente.Duando o leo'ardo chegou até a casa deg,o$ ele lhe disse (ue seu irm*o 7[un estava muito doente e (ue o divinador tinha avisado (uea'enas ele$ g,o$ 'oderia salvá)lo servindo sua ca,eça. A'esar de ele ter se lem,rado daadvert%ncia dada a ele 'or !r"nm#lá 'ara n*o servir a ca,eça de ninguém$ ficou relutante emrecusar o favor ao seu irm*o. Hontudo se encaminhou 'ara a casa de seu irm*o 'ara servir suaca,eça. Hhegando lá$ encontrou todos os outros animais se a'iedando com 7[un. Ravia umaatmosfera de indescrit&vel melancolia e 'arecia como (ue se 7[un estivesse realmente a 'onto demorrer. Hontudo$ olhando direto nos olhos de 7[un$ g,o com'reendeu de uma vez o (ue seuirm*o estava 'retendendo. 7le imediatamente 'ro'Ks (ue a v&tima sacrificial a ca,ra$ deveria sersacrificada 'or outro animal a'0s o (ue ele utilizaria a ca,eça deca'itada da ca,ra 'ara nomear aca,eça de 7[un de acordo com a tradiç*o. ;ua sugest*o foi aceita$ e a Riena sacrificou a ca,ra edeu a ca,eça 'ara g,o. Duando g,o estava orando com a ca,eça da ca,ra na m*o$ ele estavadançando constantemente 'ara trás en(uanto a'ontava a ca,eça da ca,ra em direç*o aonde 7[un sesituava. Duando ele fez isto$ estava cantando. 7le louvou !r"nm#lá (ue fez divinaç*o 'ara ele.

esta @orma/

log,on log,on [ii she,i -o$Ifa ,olo ,olo niitee 7[un$difafun funmi lu Ifaa.og,o$ moru.7Ziin eZiin lamu-o$ 7Ziin -o are.

Duando ele cantou$ ele 'ermaneceu dançando 'ara trás. A'0s agradecer a honra a distncia$ eleesfregou sua 'r0'ria ca,eça com o crnio da ca,ra e correu 'ara longe. Duando 7[un viu aines'erada reviravolta dos fatos$ acusou os outros animais ao redor dele 'or serem coniventes com afuga de g,o. 7le imediatamente atacou e devorou alguns deles. A'esar de g,o ter so,revivido a

estratégia maléfica de 7[un 'or causa do sacrif&cio (ue ele fez$ en(uanto os 'ro-etos de 7[un contrag,o falharam em se materializar 'or causa do sacrif&cio (ue se recusou a fazer.

-L- - DI#INAÇÃO PARA -;-RUN O P**ARO MAI* 3ONITO NO CU 3-M COMOPARA O UUN OU A3UTR-

log,on log,on shoro log,on:fa ZeZe shoro aZedafa fun egherunA,ufun :gun.;ignificando/

'rudente venera a sa,edor&aA ra'osa 'ratica a caçada.

7stes foram os nomes dos ANo (ue fizeram divinaç*o 'ara 7gherun$ (uando ela estava indo secasar com o A,utre. s 'ássaros mais aceitáveis tinham feito 'ro'ostas iniciais de casamento a ela$mas ela declinou)as todas. :gun começou a se 'erguntar como uma ,ela garota 'oderia assimnotor&amente recusar todos os 'retendentes aceitáveis 'ara sua m*o em casamento. 7le decidiudesafiá)la achando uma estratégia 'r0'ria 'ara chantageá)la até a su,miss*o. 7le foi = floresta 'ara

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 'egar um monte de frutos de 'alma frescos na ,eira da estrada e ent*o foi se esconder 'ara vigiarcom cuidado os frutos. <or sua vez 7gherun n*o 'oderia nunca resistir = tentaç*o de colher frutos de 'alma aonde (uer (ue ela os encontrasse. a(uele dia em 'articular$ ela tinha ido ao mercado. 7mseu caminho de volta viu os atrativos frutos de 'alma na ,eira da estrada e n*o 'ode resistir =urg%ncia de catá)los do monte.

e'ois de catar tantos frutos de 'alma (ue ela 'oderia carregar convenientemente$ estava 'restes a 'artir (uando :gun começou a acusá)la de rou,o$ uma ofensa (ue acarretava a sentença de morte.7la começou a im'lorar a :gun (ue n*o sur'reendentemente$ recusou todos suas s"'licas.

7la ent*o 'erguntou o (ue ele (ueria dela em troca da indignidade e o risco de ser chamada em -u&zo diante dos mais velhos$ aonde a 'uniç*o 'ara a(uilo era a morte. este 'onto$ :gun 'roclamou (ue o "nico castigo efetivo 'ara o crime era casar)se com ele.

7la concordou em casar)se com ele$ mas :gun insistiu (ue ela tinha (ue ir com ele imediatamenteaté sua casa. 7la n*o teve escolha = n*o ser aceitar. 7la n*o 'oderia viver com o constrangimento doconhecimento '",lico$ assim sendo 7gherun tinha aceitado 'or fim casar com o horroroso a,utre$de'ois de re-eitar a 'ro'osta de muitos admiradores eleg&veis.

e'ois de 'assar muitas noites sem dormir ela decidiu ir a !r"nm#lá 'ara divinaç*o. A'0s adivinaç*o$ !r"nm#lá lhe disse 'ara fazer sacrif&cio com dois galos (ue ela 'roduziuimediatamente.:m dos galos deveria ser a,erto e oferecido como sacrif&cio em uma encruzilhada.@oi avisada 'ara de'ositar o galo ela mesma na encruzilhada e a'0s se esconderia 'or 'erto 'aravigiar o sacrif&cio. :gun tinha sa&do de casa 'ara ir 'rocurar comida com (ue alimentar sua noiva. Fde conhecimento comum (ue o A,utre n*o 'ode resistir = vis*o de carne morta. Duando ele estavaretornando 'ara casa$ veio 'ela estrada$ aonde viu o galo sacrificial. 7le voou até o 'onto e 'ousou 'aa com%)la. e'ois de comer 'ara a alegria de seu coraç*o$ em,rulhou o restante 'ara ser levado 'ara casa 'ara sua es'osa. Duando ele foi 'ara casa$ 7gherun saiu do esconderi-o 'ara acusá)lo derou,o. Duando ele argumentou (ue um marido n*o 'ode ser acusado de rou,o 'or sua es'osa$ elacontra,alançou e>'licando (ue cada argumento s0 'ode ser admiss&vel dentro uma casa

matrimonial de um casal$ e (ue até mesmo ent*o tinha (ue ser averiguado diante de um grandetri,unal dos mais velhos. 7la insistiu (ue n*o fez o sacrif&cio na encruzilhada 'ara ele$ o (uesignifica (ue ele tinha rou,ado.

Hom'reendendo (ue sua 'osiç*o era deses'erada$ :gun (uis sa,er o (ue ele 'recisava fazer 'ara 'agar a ofensa. 7m res'osta$ 7gherun e>'licou (ue o (ue ele tinha (ue fazer era rescindir ocasamento im'osto a ela so, coas*o e 'roclamar 'u,licamente (ue ela n*o mais era sua es'osa.:gun n*o teve escolha$ mas 'ara li,ertar egherun do v&nculo do casamento 'ela 'roclamaç*o (ueela estava livre 'ara dei>á)lo e retornar 'ara sua casa. 7gherun imediatamente voltou = casa de ugun 'ara remover todos os seus 'ertences 'ara levá)los 'or ,em.

@oi da(uele dia (ue começou o ditado/

ii mon Ig,atii 7gherun do :gunii mon Ig,ati 7gherun [o :gun

;ignificando/

 inguém sou,e (uando 7gherun casou com o A,utre e (uando ela o dei>ou.

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Duando este du surge na divinaç*o = 'essoa será avisada (ue ele ou ela irá casar com alguém so,coas*o$ mas a(uele casamento n*o irá durar$ se o sacrif&cio for feito.

-L- - DI#INAÇÃO PARA O CAÇADOR COM UMA -*PO*A T-IMO*A

Ravia um caçador (ue tinha um acordo secreto com as mais velhas da noite em au>iliá)lo nas suase>'ediçes de caçada. 7las 'roviam 'ara ele suas caças so, a condiç*o (ue sem're as 'ermitiria asugar o sangue de (ual(uer animal (ue ele matasse. 7n(uanto isso$ sua es'osa estava ansiosa 'arasa,er o 'or(ue ele costumava vir 'ara casa com animais deca'itados. 7la decidiu segu&)lo até afloresta 'ara desco,rir o (ue estava acontecendo com as ca,eças e o sangue dos animais (ue eleestava matando. 7le n*o sa,ia (ue a es'osa costumava acom'anhá)lo até a floresta.

7m uma das ocasies$ as mais velhas da noite lhe disseram 'ara 'revenir (ual(uer um (ue estivesseseguindo)o até a floresta 'ara desistir de faz%)lo. Hhegando em casa ele falou a sua es'osa so,re oalerta e ela fez de conta como se n*o tivesse nada a ver com ela.

7m sua 'r0>ima e>'ediç*o de caça$ a es'osa seguiu sua trilha até a floresta atrás dele. Hhegando na

floresta ele começou a caçada. Duando terminou a caçada$ foi até a reuni*o das mais velhas da noitee elas drenaram todo o sangue e colocaram)no em um 'ote de ,arro. este estágio as mais velhas danoite 'erguntaram)lhe se em desafio a suas instruçes$ ele veio com algum es'i*o. 7le negou tervindo com alguém. Insistiram (ue alguém veio com ele e lhe disseram 'ara averiguar. 7lasremoveram as folhas com (ue sua es'osa se co,riu e ordenaram)lhe (ue sa&sse. Duando o caçadordesco,riu (ue era sua es'osa$ ele im'lorou a elas 'ara 'ou'ar sua vida e 'erdoá)la. 7las lhedisseram (ue n*o havia 'erd*o no mundo das feiticeiras.

7las disseram lhe 'ara levantar e avisaram)na (ue -á (ue era t*o curiosa 'ara (uerer sa,er o (ue elasestavam fazendo com o sangue dos animais mortos 'elo seu marido$ ela teria (ue 'agar o 'reço desua transgress*o. 7las coletaram todo o sangue drenado dos animais alve-ados 'elo marido na(uelanoite e fizeram)la ,e,er. A'0s ,e,er o sangue$ ela começou a 'adecer de 'aralisia$ ou 'erda de

sangue. @icou t*o doente (ue o marido n*o tinha tem'o 'ara dedicar 'ara a sua caçada. 'ovo danoite tinha retirado seu a'oio dele 'or causa da aç*o de sua es'osa. 7le de'ois foi a'ascentar asmais velhas da noite e de'ois de 'agar a multa esti'ulada$ elas concordaram em modificar a 'uniç*oda mulher$ 'roclamando (ue da& ent*o$ a mulher veria o sangue a'enas uma vez no m%s (ue é amenstruaç*o (ue todas as mulheres tem até ho-e.

 a divinaç*o$ um homem será avisado (ue ele tem uma es'osa (ue é mais 'oderosa (ue ele mesmoe está 'lane-ando 're-udicar seus neg0cios. ;e ele fizer o sacrif&cio com um ,ode 'ara Eu$ os 'lanos tanto ser*o e>'osta ou ela o dei>ará antes de e>ecutar seus 'lanos nefastos.

OLO3ON)M-2I PART- DO CU PARA A T-RRA

s tr%s aNo referidos no in&cio deste ca'&tulo foram a(ueles (ue fizeram divinaç*o 'ar log,on)me-i antes de ele vir 'ara a terra. 7le foi avisado a fazer sacrif&cio com um 'ato 'ara seu Ifá$ umatartaruga 'ara sua ca,eça$ e um ,ode 'ara Eu. 7le foi solicitado a fazer sacrif&cio 'or(ue iria 'araser ,eneficiário de toda a intelig%ncia das divindades chegando ao mundo. Assim é como eleganhou o nome de log,on)me-i a'0s fazer o sacrif&cio.

Hhegando ao mundo$ ele estava virtualmente a serviço de todas as divindades 'rinci'ais. 7le serviucada um deles em sua vez$ e foi ca'az de a'render suas maneiras secretas. Duando o,teve a

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li,erdade$ eles su,meteram)no a muitos testes nos (uais ele 'assou 'or(ue tinha a'rendido muitocom eles. 7ste é o 'or(ue alguém (ue é nascido 'or 7turu['on)me-i no :g,odu deverá 'rocurartodas as divindades 'rinci'ais em adiç*o ao hamelZJ Ifá$ =ng0$ \g"n$ lo["n$ 7ziza$ ;an['ana$etc$etc. 7le se tornará t*o eficiente (ue os outros começar*o a a'render com ele. 7le teve muitosfilhos$ casa$ e clientes.

-L- *-DUIU A -*PO*A D- 6/N

:-a ou 7fae em WiniJ esteve casada com \g"n 'or um longo tem'o sem ter um filho. :m dia$7turu['on)me-i foi = floresta 'ara 'egar folhas 'ara seu tra,alho. 7ncontrou uma mulher nafloresta$ (ue desconhecido 'ara ele$ era a es'osa de \g"n. motivo 'elo (ue ela n*o 'odia ter umfilho era 'or(ue estava ha,ituada a comer o sangue dos animais mortos 'elo seu marido da floresta.

7la imediatamente retri,uiu a afeiç*o de 7turu['on)me-i e concordou em casar com ele$ masinsistiu em 'ermanecer na floresta.

Hontudo ela disse 'ara ele (ue seu marido formal fre(entemente a alimentava com sangue animal

e carne e disse)lhe (ue ele n*o continuaria a alimentá)la com a mesma (ualidade de alimento.+odavia ele a,ateu uma ca,ra e 're'arou um inhame 'ilado com so'a 'ara ela comer e adicionouIZerosun. Duando ele a'resentou a comida 'ara ela$ ele cantou um 'oema como segue/

Alaghere$ aZa ose ari$^a Za g,i e-e oni$Aisode laari i,i$ANo on-e leeZi oo.

7nt*o ele se ocultou e a mulher saiu 'ara 'egar a comida. 7la comeu e devolveu os 'otes aonde7turu['on)me-i dei>ou a comida. Assim foi como ele a alimentou 'or sete dias. @oi no sétimo dia(ue ela o seguiu até em casa da floresta.

Hhegando em casa$ ela ficou doente. +endo desco,erto (ue :-aa tinha sido seduzida$ \g"ncomeçou a amaldiçoá)la. ;eu novo marido convocou seus ANo 'ara divinaç*o e ele foi avisado a ire 'agar um dote dela. 7ste é o 'or(ue é necessário 'ara (ual(uer filho de !r"nm#lá 'agar um dote 'or uma mulher (ue ele tenha seduzido. <ara 'agar o dote$ ele deveria fazer um sacrif&cio com um ,ode$ um galo$ uma tartaruga e cachorro. 7le deveria 're'arar uma ca,ana cercada com folhas de 'alma$ cozinhar a carne lá e dei>ar a comida 'ara seu marido formal a'anhá)la na ca,ana. 7le fezconforme foi dito$ no mesmo local aonde :-aa viveu tem'orariamente na floresta.

Duando \g"n chegou lá$ ele viu a comida dentro da ca,ana e sem se 'reocu'ar em encontrar (uemseduziu sua es'osa$ ele comeu a comida$ satisfeito (ue o sedutor 'agou 'or ela.

 o final da(uele m%s$ :-aa ficou grávida e teve um filho 'ela 'rimeira vez em sua vida.

COMO 6R/NM0L D-I'OU O MUNDO

]udu ]udu A,o-u g,eregede$-o ,a,a aluNe taa gudugudu$log,on log,on [oota [o[o omi$mo ran$ [oo mooZe Ze['e ile.

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Alaa raa raa$ emo ,i,i ale g,e ['e[un$A-e [uru -=[ar= ni moru [o eere$difa fun \r"nm#lá ,a,a shaNo l\si$Ig,e ri o[un tinZin tinZin.

tam,or de grande sem,lante.A água usada 'ara ,anho$ o ,anheiro$Ges'inga nas 'aredes e no ch*o$o ,anheiro. enhum homem é suficientemente sá,io$<ara contar a areia da terra. inguém via-a longe o ,astante$<ara conhecer a dimens*o da terra.7le (ue come =[ar= e moZin moZin$Honhece a so,ri(uetJ dos fei-es.

7stes foram os ANo (ue fizeram divinaç*o 'ara !r"nm#lá (uando ele estava retornando 'ara o céu

através do mar. Duando ele 'artiu 'ara o mar [unJ seus seguidores 'erguntaram 'or ele. Agora(ue voc% está dei>ando)nos 'ara melhor$ (uem n0s iremos chamar de nosso 'ai. 7le lhes disse 'arase referirem a alguém (ue eles achassem conveniente como seus 'ais. 7le decidiu retornar 'ara océu 'ara nunca mais voltar ao mundo fisicamente de novo. 7ntretanto ele lhes disse (ue enviariainstrumentos através da árvore da vida 'almeiraJ através do (ue ele sem're falaria 'ara eles.

CAPÍTULO XXVII # OSE-MEJI  I I

I I I I

 I II I I I

segunme-i é conhecido 'or ter feito alguns tra,alhos es'etaculares no céu. 7le era a'enas not0rio 'or sua dis'osiç*o 'ara ,riga. 7ra o "nico (ue$ entretanto$ revelou como dinheiro veio do céu 'ara aterra. 7le revelou como um ANo chamado G`: AG `;7 ::`: fez divinaç*o 'ara dinheiro (uando estava se 're'arando 'ara 'artir do céu. mesmo ANo fez divinaç*o 'ara asdivindades no (ue fazer 'ara serem ca'azes de conseguirem os ,enef&cios (ue a(uele dinheiro 'udesse dar. significado do ANo é -oelho do alei-ado n*o se do,ra. Hada uma das divindadesfoi avisada a fazer sacrif&cio com dezesseis 'om,os$ dezesseis galinhas$ dezesseis ratos$ dezesseis 'ei>es$ dezesseis ,olinhos de fei-*o =[ar=J e dezesseis 9[O. 7m vez de fazerem o sacrif&cioindividualmente como foram advertidos a fazer$ decidiram -untar as m*os e fazer um "nico. A'0s odinheiro ter 'artido 'ara o mundo em forma de ,"zios$ crescendo do céu até atingir o ch*o.

Xogo (ue identificaram o im'acto do dinheiro no ch*o$ as divindades foram -untas e 'onderaramem como levá)lo 'ara suas várias casas 'ara gastar. !r"nm#lá entretanto alertou)os 'ara n*o retirar odinheiro até 'rocederem nova divinaç*o e sacrif&cio. \g"n desafiou !r"nm#lá a ficar em casa efazer sua divinaç*o e sacrif&cio en(uanto (ue o restante deles ia escavar o dinheiro. 7le se 'erguntouo (ue seria necessário 'ara fazer divinaç*o e sacrif&cio antes de comer a comida servida na mesa.!r"nm#lá aceitou a contestaç*o e lhes disse (ue n*o tinha a intenç*o de acom'anhá)los na

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escavaç*o do dinheiro$ e na(uele determinado momento$ nem im'or seu dese-o e (ue eram livres 'ara continuar sem ele.

\g"n 'egou sua en>ada e 'á (ue fa,ricou 'ara a(uele 'ro'0sito e 'artiu 'ara o monte de dinheiro.Hhegando lá$ cavou muito o monte de dinheiro$ retirando de um lado tudo o (ue foi ca'az dee>trair. Duando ele cavou fundo no monte$ a camada de cima cedeu$ e a avalanche caiu so, \g"n eesmagou)o vivo so, os escom,ros$ restando (uatro 'edaços de ,"zios em seu 'eito.

;an'ana foi o 'r0>imo a ir ao monte$ e terminou da mesma forma com 16 ,"zios em seu 'eito.+odas as outras divindades tiveram e>'eri%ncia similar incluindo =ng0 e lo["n. Duando eles n*oretornaram 'ara casa$ !r"nm#lá começou a se 'reocu'ar com o (ue tinha acontecido. ecidiu ir everificar 'or si o (ue estava im'edindo)os de voltar. Hhegando desco,riu todos mortos e -untou eamarrou em 'artes se'aradas o n"mero de ,"zios (ue ele achou no 'eito de cada um deles.

esta forma é dito (ue a avareza é (ue mandou de volta a 'rimeira geraç*o das divindades (ueha,itavam a terra$ 'ara o céu. segunme-i$ entretanto adverte (ue se a (uest*o de dinheiro n*o écontrolada com discriç*o e 'aci%ncia$ virá uma avalanche so, o 'rocurador e irá destru&)lo.

7ste é o 'or(ue todos a(ueles (ue correm atrás de dinheiro com co,iça e avareza ser*o destru&dosso, uma avalanche de dinheiro.

 este meio tem'o$ !r"nm#lá decidiu (ue n*o havia lugar de acesso ao dinheiro do modo como osoutros fizeram e foram 'ara casa sem alcançar o monte. 7le 'referiu a,ordar a situaç*o com suascaracter&sticas secretas.

Hhegando em casa$ consultou Ifá (ue lhe disse 'ara fazer sacrif&cio com dois 'om,os$ duas escadasde m*o e (uatro ferrolhos. Ifá lhe disse 'ara fi>ar os ferrolhos em cada um dos (uatro cantos domonte$ e servir o monte com os dois 'om,os. 7le foi avisado a -ogar inhame amassado ,o,o emWini e 7No em Uoru,aJ ao redor do monte 'or(ue o 'om,o e o inhame amassado eram as comidas 'rediletas de dinheiro e foi avisado a 'osicionar as escadas no monte e começar escavando do á'ice

 'ara a ,ase.

7le fez conforme foi avisado 'or ifá e (uando ofereceu o sacrif&cio$ ele falou um encantamentodizendo ao dinheiro (ue ninguém mata a(uele (ue lhe oferta comida$ e im'lorou ao dinheiro 'aran*o matá)lo como fez com os outros$ tendo oferecido sua comida a ele. e'ois disso escalou omonte com as escadas e escavou)o em 'e(uenas (uantidades até (ue levou tudo 'ara sua casa. @oi a 'artir da& (ue !r"nm#lá começou a assentar no to'o do dinheiro (ue é o 'or(ue seu altar éfre(entemente decorado com um trono de ,"zios. <ara consultar !r"nm#lá em divinaçes sérias$ osacerdote de Ifá tem (ue assentá)lo 'rimeiro em um trono de ,"zios.

A'0s levar o monte de dinheiro 'ara sua casa$ convocou os filhos mais velhos das divindadesmortas e deu 'ara casa dum deles o n"mero de ,"zios (ue achou no 'eito de seus res'ectivos 'ais.

F o n"mero de ,"zios (ue !r"nm#lá deu 'ara os filhos das divindades mortas (ue eles usam 'aradivinaç*o até ho-e.

s filhos de \g"n usam (uatro ,"zios 'ara divinaç*o$ en(uanto os filhos de ;an'ana e =ng0 usamdezesseis ,"zios 'ara divinaç*o.

7ste é o 'or(ue em (ual(uer momento (ue segunme-i a'areçe na divinaç*o 'ara alguém$ a 'essoaserá advertida a 'rocurar 'or dinheiro com cuidado e discriç*o a fim de (ue n*o 'ossa destru&)lo.

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ATI#IDAD-* D- O*-M-2I NO CU

7le era or&ginalmente um dos a'0stolos mais velhos de !r"nm#lá (ue é o 'or(ue é chamadoArug,o)ifá o mais velho a'0stolo de IfáJ. 7le foi$ contudo muito 'oderoso e traiçoeiro. <ore>em'lo$ seus 'ais costumavam dei>ar seus irm*os e irm*s mais novos so, seus cuidados sem're(ue eles iam ao mercado ou até a fazenda. 7le$ entretanto era ha,ituado a instigar as crianças a

 ,rigarem entre si$ e as crianças costumavam manter muitas in-"rias no 'rocesso.

:ma vez (uando seus dois irm*os mais novos lug,odo A[o,ieJ e @efe 7hohoJ foram dei>adosso, seus cuidados$ ele incitou @efe$ o mais novo$ contra lug,odo$ e eles começaram a lutar. odecurso da luta$ @efe usou um cutelo 'ara atingir a 'erna de lug,odo e ele ficou alei-ado (ue é o 'or(ue o "ltimo n*o tem 'ernas 'ara caminhar. 7le ent*o se tornou a divindade dos infantes$ (ue éservido 'elas crianças 'e(uenas até ho-e.

<or sua 'arte$ nunca estava fazendo o ,em e (uando cresceu 'ara se tornar um adulto$ era a'enasnotado 'or con(uistar lutas nos (uatro cantos do céu. +odos o temiam. ;eu nome era A-a[adi. ;eus 'ais 'reocu'ados em (ue ele se tornasse um ser incKmodo$ advertindo)o a ir 'ara divinaç*o e ele foia um velho sacerdote de Ifá (ue o avisou a fazer sacrif&cio com um ,ode 'e(ueno e o osso de uma

coluna verte,ral de uma co,ra 'ara Eu$ uma ca,ra 'ara sua ca,eça e um carneiro 'ara Ifá$ matandoo carneiro antes de oferec%)lo. ;ua ca,eça deveria ser lavada com a ca,eça do carneiro adicionando2S1 folhas.

7le foi advertido (ue (uando sua ca,eça estivesse sendo lavada$ cantaria o seguinte encantamento/

],og,orog,o ni i[a she Zo-u r&Ala-a lesVnmare la -u orun$\si[a ANodi loni `eZe miin mara$7leda mi$ -e[imi ,eg,e -o.

As m*os s*o mais com'ridas (ue a ca,eça$

Duando estendidas 'ara cima. arco)&ris corta o céu com'letamente$7 n*o em metades.F um 'ássaro ruim (ue tenta$<revenir os outros 'ássaros$e voar no céu.eu an-o guardi*oe d% 'ros'eridade da& 'ara frenteHom meus contem'orneos.

<or causa de sua total confiança em sua força$ n*o se incomodou a fazer o sacrif&cio. 7le cresceu 'ara se tornar um homem muito alto e forte. 7ra um lutador invenc&vel. +oda manh* sa&a de sua

casa no céu 'ara desafiar cada uma das divindades 'ara uma com'etiç*o de luta$ na (ual ele erainvariavelmente vitorioso. A(uele era o 'ro'0sito 'ara (ue ele foi avisado a adicionar a vérte,ra daco,ra 'ara sacrificar 'ara Eu 'ara a,randar sua força. Due é tam,ém 'or(ue os filhos desegunme-i s*o advertidos a evitarem carne de co,ra.

;erá relem,rado (ue (uando nasceu$ seu 'ai 're'arou um remédio com um machado e uma coroade um galo e incrustou)os em sua ca,eça. E o 'or(ue cresceu 'ara ser um guerreiroinvenc&vel.Homeçou suas com'etiçes de luta com \g"n (ue ele derrotou com facilidade. 7le 'rosseguiu com cada uma das outras divindades e foi vitorioso so,re todos eles. as ele mal foi

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ca'az de ter recursos 'ara ter comida 'ara comer 'or(ue todas as ,oas divindades do céu ficaramcom medo dele.

:m dia seu an-o guardi*o$ (ue n*o estava feliz com sua situaç*o$ estava determinado a fazer algumacoisa 'ara de,ilitá)lo afim de (ue ele 'udesse 'ros'erar. ;eu an-o guardi*o foi im'lorar 'ara Eucom um ,ode e uma vérte,ra de uma co,ra 'ara su,-ugar A-a[adi. Eu comeu o ,ode e ela,orouuma estratégia 'ara negociar com ele.

Duando foi novamente hora do desafio de luta anual no céu$ todos os anfitries celestes sereuniram$ e as divindades tinham tomado suas res'ectivas 'osiçes 'or ordem de idade. ais umavez$ A-a[adi foi o 'rimeiro a sair 'ara ser desafiado. Homo usualmente$ ele se destacou 'or umlongo tem'o e ninguém se atrevia a sair 'ara desafiá)lo. Homo era a tradiç*o$ se ninguém desafiasseum lutador$ ele era livre 'ara desafiar alguém. 7le a'ontou na direç*o na (ual \g"n$ divindade daguerra e mais velho e mais 'oderosa de todas as divindades estava sentado$ e desafiou)o 'ara a,rir acom'etiç*o.

\g"n n*o teve o'ç*o e aceitou o desafio. Assim (ue se colocou na arena$ A-a[adi 'ulou so,re ele era'idamente ergueu \g"n com toda sua força no ar$ mas (uando ele largou \g"n 'ara dei>ar cair no

ch*o$ Eu focalizou seu gás misterioso nele e milagrosamente$ ele caiu no ch*o 'rimeiro de'ois\g"n caiu so,re ele. A'esar de \g"n n*o sa,er como aconteceu (ue seu desafiante fosse lançado aoch*o 'rimeiro.

7n(uanto no ch*o$ chamou \g"n 'ara deca'itá)lo com sua es'ada. 7le se lamentou (ue n*o tendoca&do no ch*o ainda em um desafio de luta$ n*o 'oderia medir a 'rofundidade da indignidade deestar aos seus 'és novamente. Duando \g"n retirou sua es'ada 'ara deca'itá)lo$ Eu interviu eanunciou (ue se alguém se atrevesse a deca'itar A-a[adi haveria tri,ulaçes sem fim e cataclismos 'or todo o céu.

<ara demonstrar ao (ue ele estava destinado$ Eu causou um tremor no ch*o de todo céu. céu e och*o do céu começram a se fechar um so,re o outro e imediatamente$ houve escurid*o total.

7ntretanto$ eus viu a confus*o (ue foi gerada e gritou 'ara 'erguntar (uem estava 'ertur,ando a 'az do céu. eus foi informado (ue \g"n tinha -ustamente derru,ado A-a[adi$ o lutador invenc&velno desafio anual de com,ate. eus imediatamente ordenou (ue o (ue (uer (ue tivesse sido feito 'ara acalmar A-a[adi seria feito 'ara recom'or a tran(ilidade ao céu. ovamente$ Eu interviu eanunciou (ue era 'roi,ido 'ara A-a[adi cair ao ch*o e (ue 'ara a'ascentar o ch*o no (ual ele caiu$as seguintes e>'iaçes seriam 'resenteadas a ele/

2SS Romens2SS ulheres2SS acas2SS Ha,ras

2SS Harneiros2SS H*es2SS Wolsas de dinheiro$ e2SS de todos os itens de ri(ueza.

As e>'iaçes foram ra'idamente 'rovidenciadas e Eu resmungou na orelha de A-a[adi (ue eledeveria aceitar as oferendas. Xogo (ue as aceitou$ o ch*o e o céu se moveram de volta 'ara seuslugares. Rouve luz novamente e a calma retornou aos (uatro ventos do céu.

22Q

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Hhegando em casa com suas novas a(uisiçes de ri(ueza$ deu um forte ,ode 'ara Eu 'araagradecer)lhe 'or ter vindo em seu au>&lio. 7le tam,ém deu a maior das vacas e a maior das ca,rase carneiro 'ara seu an-o guardi*o. @oi neste 'onto (ue seme-i com'reendeu (ue seus dias delutador estavam aca,ados no céu e (ue era hora de seguir 'ara a terra. 7ntretanto 'rometeu (ueen(uanto estivesse na terra$ ele continuaria com seus desafios de luta.

O*-)M-2I PART- PARA A T-RRA

seme-i 'artiu do céu 'ara a terra sem falar com ninguém. *o fez divinaç*o nem sacrif&cio. 7lenasceu 'ara 'ais (ue tinham 'erdido a es'erança de ter algum filho. 7le nasceu com ca,elosgrisalhos em sua ca,eça e viveu até a idade avançada na terra$ mas s0 a'0s seu retorno ao céu fezsacrif&cio. 0s veremos mais tarde como ele fez isso.

Duando cresceu$ 'rovou ser um terror entre seus colegas da mesma idade. ;eus 'ais morreram(uando ele ainda era um garoto e viveu 'or seus 'r0'rios recursos de'ois disso. 7le tam,ém n*o 'raticou a vocaç*o de Ifá nem alguma 'rofiss*o res'eitável. 7ra um lutador itinerante. as n*oestava tendo uma vida feliz. 7le mal 'odia dar)se ao lu>o de alimentar a si mesmo 'or(ue n*o fez

nada do (ue era ca'az 'ara ganhar a vida.

:m dia$ saiu 'ara seu desafio de luta$ sendo o "nico 'rofissional conhecido$ foi ao 'alácio do Alará 'ara desafiá)lo a uma dis'uta de com,ate. 7le derrotou o Alará na dis'uta$ mas n*o teverecom'ensa na vit0ria. 7le ent*o foi 'ara I-ero aonde tam,ém desafiou o A-er0 'ara uma luta. 7letam,ém foi vitorioso so,re o A-er0$ mas n*o conseguiu recom'ensas 'ela façanha. 7le foi 'ara oNoaonde ele desafiou o loNo. A seguir se moveu 'ara Wenin aonde desafiou o ,á)Ado. 7le fez omesmo com todos os 16 ,á do mundo conhecido na(uele tem'o.

A'0s seu roteiro de luta$ ele estava retornando 'ara casa de m*os vazias (uando encontrou tr%ssacerdotes de Ifá na ,eira da estrada entre Ado e Ifé e foi 'arado 'or eles.

s aNos eram chamados/she [ele$ g,a \g"nnag,a-a$ g,a go-i7[o-i tunla$ g,a agri['a o,u[o$ significandoAlguém (ue summersaultedJ e o,tém vinte recom'ensasAlguém (ue se move adiante e o,tém 4S recom'ensas.Alguém (ue ganhou um ,ode há tr%s dias atrás.

7le foi avisado a'0s a divinaç*o (ue estava sofrendo 'or(ue n*o estava seguindo a 'rofiss*o (uedele era es'erado fazer na terra. 7les asseguraram$ entretanto (ue ele 'ros'eraria no final de suaescolhida 'rofiss*o de lutador$ mas a'enas de'ois de fazer o sacrif&cio (ue tinha dei>ado de fazer nocéu. *o os levou a sério 'or(ue n*o 'odia imaginar como via-aria ao céu 'ara fazer o sacrif&cio.

 a(uela é'oca$ Eu tinha fechado a rota entre o céu e a terra. s ANo lhe disseram (ue ele n*o 'oderia contar com ninguém (ue tivesse desafiado em uma luta 'ara a-udá)lo com alguns 'resentes.

7ntretanto foi advertido a dar o (ue (uer (ue ele 'udesse conseguir 'ara seu falecido 'ai (ue osalvou de seu a'uro. Hhegando em casa$ ele ofereceu um galo 'ara seu 'ai e im'lorou)lhe 'araau>iliá)lo a colocá)lo na trilha de seu destino.

23S

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7n(uanto isso seu 'ai foi ao seu an-o guardi*o ao céu e se (uei>ou (ue seme-i n*o estava indo ,em na terra. ;eu an-o guardi*o disse (ue era 'or ele ser muito ,elicoso. ;eu 'ai e seu an-oguardi*o decidiram 'ersuadir as coisas ,oas do céu a ir e visitar seme-i na terra.

+radicionalmente assim (ue um galo canta de manh*$ é sinal (ue todas as coisas ,oas da vida est*odei>ando o céu em sua visita diária ao mundo. gru'o consiste de filhos$ 'az$ ri(ueza$ domicilio$dinheiro$ sa"de e 'ros'eridade. +odos eles dei>am o céu nas 'rimeiras horas da manh* 'ara visitar(uem (uer 'ossa rece,%)los na terra. 7les visitam a (uarta 'arte do céu ha,itada 'elos an-osguardies de todos os moradores da terra antes de 'artirem do céu de manh*.

'ai de seme-i 'assou a(uela noite com o an-o guardi*o de seu filho no céu. as 'r0>imo =shoras da manh* seguinte$ a'0s o galo cantar$ as coisas ,oas do céu foram informadas 'elos an-osguardies (ue eles estavam 'artindo 'ara a terra e 'erguntou se tinham alguma mensagem 'ara seus 'u'ilos. guardi*o de seme-i saiu e a'elou a eles 'ara visitarem seu 'u'ilo na terra. +odos foramunnimes em res'onder (ue n*o ousariam visitá)lo 'or(ue ele os destruiriam. Gelem,raram seuan-o guardi*o do (uanto ,elicoso ele era no céu e a confus*o (ue causou antes de 'artir 'ara a terra.7les insistiram (ue ,em e mal n*o 'odem viver -untos e>ceto como com,atentes e (ue ardor efrieza n*o 'odiam viver -untos$ assim como luz e trevas n*o vivem no mesmo am,iente no mesmo

tem'o. 7n(uanto insistia nos antagonismos e desonra da(ueles (ue o teriam ,eneficiado$ eles nuncairiam em sua direç*o. Hom estes 'ronunciamentos$ as ,oas novas do céu 'artiram 'ara a terra.

e'ois disso seu 'ai começou a chorar so,re a infelicidade da situaç*o de seu filho. 7le ent*oa'elou mais uma vez a seu an-o guardi*o (ue revelou (ue o fez 'ara 'assar a noite com ele afim de(ue 'udesse ser uma testemunha do (ue tinha estado e>'erimentando desde (ue A-a[adi 'artiu 'araa terra. ;eu an-o guardi*o disse (ue tinha 'or anos estado 'ersuadindo as ,oas novas do céu a visitarseme-i$ mas (ue eles haviam consistentemente se recusado a fazer 'elas -ustas razes (ue tinhamdado. Homo resultado das 'ersistentes s"'licas de seu 'ai$ o an-o guardi*o resolveu criar uma novaestratégia 'ara 'roceder com a situaç*o. 7le disse ao 'ai 'ara retornar 'ara sua casa e (ue veria seufilho antes (ue o galo cantasse na 'r0>ima manh*. 'ai n*o entendeu a im'ortncia do (ue o an-oguardi*o disse. Xogo (ue o 'ai de seme-im 'artiu$ o an-o guardi*o foi = es'osa da morte e deu

seus 'resentes de o,i. ;erá relem,rado (ue oença é a es'osa do Gei da orte. Assim como as ,oas novas do céu visitaram a terra diariamente$ oença$ es'osa do Gei da orte$ visita o mundodiariamente. orte em si n*o vai ao mundo$ ele envia emissários.

an-o guardi*o de seme-i 'ersuadiu a senhora orte a encontrar seu 'u'ilo na terra e convocá)loao céu 'or(ue tinha alguma coisa im'ortante 'ara fazer 'ara ele. A velha mulher concordou ementregar a mensagem no mesmo dia.

7n(uanto isso na terra$ seme-i foi su,itamente 'ego 'ela doença$ o (ue era uma novidade 'or(uenunca tinha estado indis'osto até o momento. <r0>imo = tarde da(uele dia$ a doença ficou séria eele entrou em coma. Pá (ue ninguém gostava dele$ n*o tinha ninguém 'ara atend%)lo. a realidade$o 'ovo ficou feliz (uando sou,e de seu coma. Xogo antes da meia noite$ ele se tornou um fantasma$

e ninguém ainda sa,ia (ue tinha morrido$ 'or(ue n*o havia ninguém 'ara atend%)lo visto (ue n*otinha es'osa e nem seus 'r0'rios filhos.

Assim (ue a vida se afastou dele$ surgiu imediatamente no céu diante do seu an-o guardi*o$ (ueantes tinha dito ao seu 'ai 'ara retornar 'ara sua casa a'0s anoitecer na(uele dia. ;eu 'ai foi de'oisdisso a'resentado na casa de seu an-o guardi*o (uando seme-i voltou ao céu. @oi ent*o (ue seu 'aicom'reendeu o (ue seu an-o guardi*o (uis dizer$ (uando disse (ue ele veria seu filho antes (ue ogalo canta)se na manh* seguinte. Am,os deram as ,oas vindas a ele e em seguida o galo cantou$ seuan-o guardi*o orientou)o a se esconder so, a esteira (ue ele tinha 're'arado 'ara a ocasi*o.

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Xogo a'0s o galo cantar$ as coisas ,oas do céu estavam novamente visitando a casa de cada an-oguardi*o. Duando chegaram ao 'ort*o de seu an-o guardi*o$ este chamou cada um deles 'or seusres'ectivos nomes$ filhos$ com'anheiros$ ri(ueza$ sa"de$ 'ro'riedade$ dinheiro$ etc e im'lorou)lhesmais uma vez 'ara visitar seu 'u'ilo seme-i na terra 'or(ue ele estava sofrendo lá. ais uma vez$eles disseram (ue n*o estavam acostumados a cantar a mesma canç*o dia sim e dia n*o. 7les lhedisseram (ue seu 'u'ilo lutador era muito vingativo 'ara 'roceder a uma rece'ç*o de acordo 'araalgum deles e (ue tinham 'rometido nunca ir 'r0>imo = estrada aonde ele vivia na terra$ muitomenos visitar sua casa. 7les disseram em un&ssono (ue n*o era seu costume visitar ninguém (ue osdestruiria$ -á (ue o homem era muito ,elicoso. 7les adicionaram (ue alguém (ue se atrevia aderru,ar Geis e <r&nci'es e divindades igualmente em dis'utas de lutas$ os esmagaria facilmenteentre seus dedos.

;eu 'ai ent*o gritou (ue o homem so, a esteira 'odia escutar o (ue as divindades agentes da fortunaestavam dizendo a res'eito dele. 7le ficou 'asmo em,ai>o da esteira. @oi s0 ent*o (ue elecom'reendeu (ue tinha estado 'rocurando os finais im'r0'rios na vida. Xogo (ue as anfitri*s da ,enefic%ncia 'assaram$ ele saiu 'ara 'erguntar a seu an-o guardi*o e seu 'ai o (ue devia fazer e foiavisado a fazer o sacrif&cio (ue falhou em fazer antes de dei>ar o céu. 7le foi avisado a darimediatamente um ,ode a Eu (ue lavaria sua ca,eça e suas costas 'ara reduzir aos 'oucos sua

força dia,0lica e f&sica. 7le fez o sacrif&cio desta vez 'or(ue as ca,ras (ue ele dei>ou 'ara trás nocéu tinham se multi'licado enumeramente. 7le tam,ém foi avisado 'or seu an-o guardi*o 'araoferecer a maior de suas vacas ao 'olicial celeste em um ,an(uete.

A'0s isso seu an-o guardi*o lhe disse 'ara 'egar um caminho es'ecial 'ara retornar 'ara a terra.Assim (ue ele colocou seus 'és no caminho$ 'iscou seus olhos na terra e imediatamente recu'erou aconsci%ncia. +r%s dias de'ois$ ficou ,em e a'esar do (ue havia tomado conhecimento inicial$ (ueele relem,rou vividamente$ mais uma vez começou a se 're'arar 'ara seu roteiro de lutas$ mas antesretirou uma de suas ca,ras e sacrificou 'ara seu 'ai e deu um de seus carneiros 'ara Ifá (ue é are'resentaç*o terrestre de seu an-o guardi*o e fez um grande ,an(uete com ele. 'ovo ao redor se 'erguntou o (ue tinha mudado seu visual visto (ue ele n*o estava consciente de haver feito nenhumsacrif&cio anteriormente. 7le tam,ém deu um ,ode a Eu. ois dias de'ois da(uilo$ 'artiu 'ara o

 'alácio de Alara. 7m seu caminho$ encontrou um velho sacerdote de Ifá$ (ue era uma transfiguraç*ode Eu e o homem 'retendia ser um adivinho. velho homem lhe disse (ue ele estava indo 'ara umdesafio de luta$ mas (ue a'esar de 'oder derrotar seus o'onentes$ deveria fazer de conta (ue caia noch*o logo (ue se envolvesse com eles e (ue deveria tomar cuidado com os eventos (ue seseguiriam$ com o resultado da(uilo ele n*o deveria se arre'ender. homem lhe disse claramente(ue assim (ue ele gritasse ]idig,o$ ]idig,o (ue é a assinatura musical 'ara uma 'artida de lutalivre$ deveria fingir cair no ch*o.

7le começou com o 'alácio de Alara$ aonde ele gritou ]idig,o$ ]idig,o$ e o chamado trou>e oAlara. Assim (ue eles se engancharam um no outro$ seme-i largou o Alara e ra'idamente caiu noch*o antes (ue o rei ca&sse nele. 7m harmonia com a advert%ncia (ue o velho sacerdote de Ifá EuJtinha lhe dado$ 'ermaneceu ca&do no ch*o sem se levantar.

 esse meio tem'o Eu criou uma confus*o sem 'recedentes na cidade. A cidade toda foi envolvidatotalmente 'elas trevas e o ch*o começou a tremer. s galos começaram a ,otar ovos e as galinhascomeçaram a cantar. As mulheres (ue estavam grávidas começaram a ter falsos tra,alhos de 'arto eos animais da floresta estavam correndo desordenadamente na cidade$ en(uanto os animaisdomésticos começaram a esca'ar 'ara a floresta.

Duando o Alara viu o (ue estava acontecendo$ im'lorou a seme-i 'ara levantar do ch*o. ais umavez$ o mais velho sacerdote de Ifá (ue seme-i encontrou no caminho$ surgiu n*o se sa,e donde e

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interferiu. homem disse ao Alara (ue era 'roi,ido ao filho de !r"nm#lá cair no ch*o e (ue 'araele se levantar$ é necessário acalmá)lo com 1SS de cada com'onentes da massa humana$ -ovens emulheres solteiras$ vacas$ ca,ras$ galinhas$ galos$ sacolas de dinheiro etc.

<or 'avor$ o Alara$ ra'idamente ordenou a cada casa na cidade a 'rovidenciar a e>'iaç*o. Xogo (ueeles foram reunidos$ seme-i levantou e o velho homem 're'arou IZerosun '0 divinat0rioJ eso'rou no ar$ e luz$ 'az$ e tran(ilidade ra'idamente tomaram o lugar das trevas$ confus*o etumulto. seme-i ent*o ordenou aos 'resentes humanos 'ara carregarem a e>'iaç*o 'ara sua casaem Ifé e começar a construir ma nova resid%ncia antes (ue ele retornasse 'ara casa.

 a manh* seguinte ele foi ao 'alácio do A-ero `in sa aonde a mesma coisa aconteceu seguida deuma visita similar ao Illa rongun$ loNo$ oni$ ,a Ado etc$ aonde ele conseguiu recom'ensassemelhantes. o final de sua miss*o$ se tornou um homem e>cedentemente rico e a 'ros'eridadeveio 'ara seu caminho 'ara sem're.

7ste incidente marcou o in&cio do 'agamento em dinheiro 'ara divinaç*o$ 'or(ue lançando o['ele instrumento divinat0rio no ch*o significa a (ueda (ue seme-i teve nas m*os dos reis$ 'arao (ue eles 'agaram e>'iaç*o.

7ste é o 'or(ue (uando seme-i surge na divinaç*o$ a 'essoa deverá ser avisada a a,ster)se de fazeralguma coisa (ue envolva uma demonstraç*o de força. ;erá avisado (ue ele n*o está 'ros'erandona vida e (ue 'ros'eridade n*o vira em seu caminho a menos (ue mude seus caminhos 'ara recorrer= cautela e discriç*o em todas as suas atividades.

O*-M-2I A**UM- A ART- - A PRTICA D- I

Xogo (ue ele se tornou rico$ seme-i decidiu desistir de lutar. Pá (ue ele n*o conhecia outra 'rofiss*o$ ele decidiu dar em'rego a um n"mero de re(uisitados sacerdotes de Ifá 'ara viverem comele. Honseguiu alguns dos mais eficientes ANo no mundo ao redor tam,ém 'ara viver com ele ou

 'ara fazer visitas de divinaç*o em seu lugar. :m dos sacerdotes de Ifá era se [ele ,a,a laro ile!runmila.

-L- - DI#INAÇÃO PARA A4IN-L- D- I5-R-

A[inZele era um famoso chefe na cidade de INere. :ma noite teve um sonho no (ual viu umhomem com um chifre$ carregando uma arma em seu om,ro$ e guardando o 'ort*o de uma casacom nenhum cKmodo$ cheio de tesouros. 'r0'rio A[inZele foi atra&do 'or outro ,ZstanderJ$ (ueo advertiu a tentar a,rir a casa 'or(ue sua fortuna estava armazenada nela. Duando se moveu 'ara o 'ort*o da casa$ o homem chifrudo a'ontou a arma 'ara ele 'arando)o$ tentou 'ersuadir o 'orteiro adei>á)lo a entrar na casa$ mas o homem estava indomado. 7le acordou arfando sem fKlego.

 a manh* seguinte$ ele foi = casa de se `ele$ mas foi avisado (ue ele tinha ido a Ifé 'ara visitarseme-i o lutador. Hhegando lá falou ao sacerdote de Ifá a res'eito do sonho e ele fez divinaç*oso,re isto. 7le foi avisado (ue a ,oa sorte e a morte estavam de tocaia ao redor dele$ mas (ue se elefizesse o sacrif&cio necessário = fortuna viria dentro de seu alcance e ele evitaria a morte 'rematura.7le foi avisado a fazer sacrif&cio com 1S ratos$ 1S 'ei>es$ 1S 'om,os$ 5 galinhas e 5 galosJ$ 1Sgalinhas da angola$ 2 ca,ras e 3 ,odes$ 1 'orco macho e 1 f%mea e 1 carneiro. 7le fez o sacrif&cio.

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Avisado de (ue foi Eu (ue ele viu no sonho (ue estava situado no to'o de sua fortuna. 7le foide'ois disso servir Eu es'irrando o sangue do ,ode$ n*o a'enas no altar de Eu mas a 'e(uenadistncia em todo redor do altar.

A'0s o sacrif&cio$ (uando Eu se moveu de seu altar 'ara comer o ,ode (ue lhe foi dado fora de sua ,ase$ ele inconscientemente desceu da fortuna de A[inZele na (ual estava sentado$ e seu an-oguardi*o 'u>ou a fortuna 'ara a casa de A[inZele. e'ois disso$ as coisas começaram a melhorar aoredor dele.

:ma noite houve uma forte ventania e ele se sentiu ,em com ele mesmo. 7le levantou 'ara ir a 'rivada do lado de fora de sua casa. 7stava caindo uma chuva muito forte. Duando estava na latrina$ouviu um grande som e (uando se levantou 'ara desco,rir o (ue estava acontecendo$ viu o telhadoda latrina desmoronar. 7le -á estava do lado de fora da 'orta (uando uma árvore esmagou a latrinaso, seus escom,ros ca&dos. as ele -á estava realmente fora da latrina e ficou grato a eus 'or 'ou'ar sua vida do acidente.

 a manh* seguinte$ ele desco,riu (ue foi a velha árvore de o,i de trás de sua casa (ue tinha sidoarrancada 'ela raiz 'ela força da ventania (ue acom'anhou a tem'estade da noite anterior. Duando

foi e>aminar a árvore ca&da$ viu (ue entre as ra&zes estava uma cesta de o,-etos de metal$ (uecontinham muitas contas$ dinheiro e uma coroa$ (ue tinha sido enterrada lá 'elos seus ancestrais.7le levou a cesta 'ara sua casa e o conte"do o fez muito rico. 7le foi ca'az de fazer uma rou'a decontas 'ara si e de'ois foi coroado o rei de INere.

 a realidade 'ara o sonho (ue teve$ ele foi ,em sucedido em desco,rir sua fortuna escondida e emevitar o incidente (ue o mataria. Duando este du surgir na divinaç*o$ a 'essoa deverá a ser avisadaa fazer sacrif&cio afim de (ue os o,stáculos (ue est*o ,lo(ueando sua 'ros'eridade 'ossam cessar.

A -*T,RIA D- M *ORT- D- OLO4O*-

lo[ose era um dos ANo (ue moravam com seme-i. :m dia decidiu fazer uma viagem 'raticandoIfá. 7le iria acom'anhado 'or sua es'osa$ mude. Antes de 'artir$ seme-i insistiu (ue deveria 'edir a seus colegas 'ara fazerem divinaç*o 'ara ele. s seguintes sacerdotes de Ifá (ue tam,émviviam com seme-i$ foram reunidos 'ara divinar 'ara ele.-uri$ [oog,i [oofo$A-e ['o :Za maa,i$un tooshe g,ag,a to fi ile re sile$un too,a tiri [oofi rera$

olho (ue viu$ mas (ue n*o desco,riu.7le (ue 'ersistiu no sofrimento$as n*o se a,orreceu com isto.

Infort"nio acontece a muita gente$ mas (ue n*o tirou deles suas casas.+udo a(uilo (ue um homem e>'erimenta7le su'ortará dignidade.

s (uatro ANo advertiram lo[ose a oferecer um ,ode 'ara Eu antes de via-ar$ afim de (ue talvezn*o 'erdesse todos os seus ,ens 'or conta da viagem e sua es'osa 'ara um homem mais 'oderoso.

7le se recusou a fazer o sacrif&cio 'or(ue confiava em sua com'et%ncia e ca'acidade e 'artiu nae>'ediç*o com sua es'osa.

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7le era a'esar de tudo um sacerdote de Ifá muito eficiente e aonde (uer (ue fosse$ era ,em sucedidoem causar um ,om efeito em seus anfitries (ue com'ensavam)no com muitos ,enef&cios erecom'ensas.

<or fim$ foi a um homem chamado Agunfan$ (ue era t*o 'oderoso (ue ele era um oni'resenteguerreiro. Duando ele viu lo[ose agarrou em com,ate e a'oderou)se de todos os seus 'ertences ede sua es'osa 'ara ele. A'0s isso e>'ulsou lo[ose da cidade. 7le ent*o voltou 'ara casa de m*osvazias e sem sua es'osa.

Duando este du 'or conseguinte surgir na divinaç*o 'ara uma 'essoa (ue está se 'ro'ondo aem,arcar em uma viagem$ deverá ser avisado a fazer o sacrif&cio contra o risco de 'erder sua 'ro'riedade 'ara uma 'essoa vingativa sem ser ca'az de revidar.

A DI#INAÇÃO PARA OLU3ADAN D- 03?D?N

Gei de Y,=d=n tinha um filho teimoso chamado [o[o mani[o (ue estava sem're causando 'ro,lemas nos dom&nios de seu 'ai. Herta vez$ o filho ficou adoentado e estava a 'onto de morrer.

+endo ouvido falar da fama de seme-i em Ifé$ o Gei enviou mensageiros 'ara irem a divinaç*oneste lugar. <or conta da im'ortncia da mensagem$ seme-i reuniu os seguintes sacerdotes de Ifá 'ara divinaç*o/

`ii Aro-u No Ig,oWia,a de dan ton$ ofeni Zio daa.

;e alguém é 'aciente na floresta$7ncontrará 'or acaso um varredor Due fará movimentos com tran(ilidade.

7le avisaram (ue um ,ode deveria ser oferecido 'ara Eu uma vez (ue 'udesse salvar da morte edas m*os das forças do mal (ue estavam determinadas a levá)lo 'ara longe da terra. sacrif&cio foira'idamente feito e antes (ue os mensageiros retornassem 'ara Y,=d=n$ [o[omani[o -á estava sesentindo melhor.

Duando este du surge 'ara uma 'essoa adoentada$ ela deverá ser alertada a fazer sacrif&cio 'orcausa de suas maneiras teimosas. A 'essoa será alertada (ue tem um filho teimoso (ue n*o ouveconselhos. 7le tam,ém será avisado a 're'arar Ifá 'ara o filho se ele (uiser viver muito. ;e a 'essoan*o tem filhos ainda$ deverá 're'arar Ifá 'ara o 'rimeiro filho (ue venha a ter.

-L- - DI#INAÇÃO PARA OLO4/N

Duando lo["n veio ao mundo$ era t*o ,ela (ue n*o se 'reocu'ava em desco,rir (ual era o seudestino. 7la estava sofrendo e homens estavam com medo de se arriscar a se a'ro>imar. 7la ent*oouviu falar de seme-i e foi até ele 'ara divinaç*o.

seme-i convocou um de seus ANo chamado Pe-e -e-e mule 'ara fazer divinaç*o 'ara ela. 7la foiadvertida a fazer sacrif&cio com uma ca,ra 'ara seu an-o guardi*o$ um ,ode 'ara Eu$ e uma sacolade dinheiro$ e uma 'eça de 'ano ,ranco 'ara o lugar do mercado. 7la imediatamente fez todos ossacrif&cios. 7la tam,ém foi avisada (ue o motivo de n*o 'oder casar e ter filhos era 'or causa das

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mais velhas da noite (ue tinham seus olhos so, ela e tinham a envolvido inteiramente com um véu(ue a fez 'arecer re'ugnante aos homens a'esar de sua ,eleza. <ara descarregar o mal marcadonela$ o ANolhe disse 'ara ir ,uscar um 'ote e um galo. ANo coletou folhas chamadas 7Ne INo7,e Asiv,ogo em WiniJ 'ara lhe 're'arar um ,anho. 7la teve garantia (ue assim (ue começasse ase ,anhar com o 'ote$ todos os seus inimigos começariam a morrer um a'0s o outro. @oi lheensinado um encantamento 'ara re'etir todas as vezes (ue ela estivesse tomando ,anho com o 'ote.

 *o muito de'ois$ os homens e as mulheres (ue ela tinha confiado como seus confidentes &ntimos e 'r0>imos começaram 'or sua vez a morrer. <ouco de'ois da(uilo$ o !,a da cidade convocou)a 'arase tornar sua es'osa e ela concordou. 7la logo engravidou$ e teve muitos filhos. ;uas atividadescomerciais se tornaram 'r0s'eras e ela a'resentou)se como 'rinci'al distri,uidora de fortuna e 'ros'eridade 'ara seu marido e seus dom&nios.

A -'P-RI<NCIA P-**OAL D- O*-M-2I

seme-i tinha se tornado muito famoso e 'r0s'ero. 7le n*o estava a 'ar (ue uma de suas es'osasera uma feiticeira e (ue estava 'lane-ando destruir sua fama e fortuna. 7le teve um sonho assustador

numa noite em (ue estava 'reso em cadeias. 7le ent*o convocou dois de seus mais eficientes ANo 'ara fazerem divinaç*o 'ara ele. 7les se chamavam 7shi ;aare e 7shi Poson e lhe avisaram 'arafazer mais um sacrif&cio a fim de evitar o 'erigo de -ulgamento e a'risionamento. @oi avisado a darum ,ode 'ara Eu$ um 'orco 'ara Ifá e uma ca,ra 'ara sua ca,eça.

 este meio tem'o$ sua es'osa mais nova foi ao mercado e alertou os vendedores de cha'éus$vendedores de galinhas$ vendedores de ca,ras$ rou'as$ 'orcos$ e os vendedores de todos osutens&lios imagináveis no mercado$ 'ara tomarem cuidado com suas mercadorias 'or causa de umladr*o cu-a descriç*o (ue ela deu se en(uadrava com a identidade de seu maridoJ (ue estava nacidade 'lane-ando sa(uear. 'ovo do mercado começou a se (uestionar donde a mulher veio e elesforam informados (ue ela veio de [e +ase em Ifé aonde seu marido vivia.

As novidades foram re'assadas ao Gei de Ifé (ue ordenou ao e>ecutor real 'ara ficar 're'arado 'arauma e>ecuç*o sumária do ladr*o$ de'ois 'osicionou a 'ol&cia local 'ara ca'turar o ladr*o assim (ueele se movimentasse 'ara sa(uear.

@oi neste estágio (ue seme-i fez o sacrif&cio 'ara Eu$ Ifá$ sua ca,eça$ \g"n$ e a noite. A'0s osacrif&cio$ a mulher (ue foi$ de outro modo = es'osa de Eu e>'ulsa do céu$ donde ela esca'ou 'arao mundo$ rou,ou uma série de materiais do mercado e ocultou)as na casa de seu marido seme-iJ.

 esse &nterim$ os 'ro'rietários das coisas rou,adas sa&ram em ,usca da casa do ladr*o com adescriç*o anterior dada 'ela mulher. +endo comido seu ,ode$ Eu ra'idamente colocou um véumisterioso ao redor da casa de seme-i o (ue tornou dif&cil 'ara (ual(uer um com'arar a a'ar%nciae>terna da casa com a descriç*o dada 'ela mulher. 'ro,lema assim reduzido e o n*o

conhecimento (ue foi sua es'osa (ue o começou$ ele continuou a viver com ela e ela lhe deu cincofilhos. A'0s armar muitas ma(uinaçes e falhado$ ela desistiu e viveu em harmonia com o marido.

O*-M-2I #I#-U MUITO MAI* U- UALU-R OUTRO OLODU

s lodus$ (ue s*o$ os dezesseis 'rinci'ais a'0stolos de !r"nm#lá$ estavam acostumados a irem aorio 'ara lavar os sinais da idade de seus cor'os. A'0s tais ,anhos$ eles fre(entemente saiam com a

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a'ar%ncia de muito mais novos de (ue sua idade. 7m um desses encontros semanais$ os lodusconcordaram na data em (ue eles iriam ao rio 'ara sua sess*o anual de lim'eza de 'ele.

Getornando 'ara casa da confer%ncia$ seme-i convocou um de seus ANo chamado ]ere ]ere;halu ]ere$ 'ara fazer divinaç*o 'ara ele so,re a viagem (ue estava 'or vir ao rio. 7le foi avisado aoferecer um ,ode a Eu 'or causa dos ,enef&cios (ue o aguardavam no rio. 7le fez o sacrif&cio semnenhuma demora.

 o dia indicado$ todos os 16 lodus se encontraram no rio e começaram a dar seus mergulhos 'orordem de idade. A cada um deles foi solicitado dar tr%s mergulhos. Duando foi a vez de seme-i$sendo o 15_ lodu$ ele mergulhou a 'rimeira vez e saiu do rio com um 'ei>e seco na m*o es(uerdae um 'ei>e fresco na m*o direita. 7le deu o 2_ mergulho e emergiu com um 'ano ,ranco em suam*o es(uerda e um 'reto em sua m*o direita. 7m seu 3_ e final mergulho saiu com 2SS ,"zios nam*o es(uerda e contas na m*o direita.

s outros lodus acusaram)no de ter 'raticado magia$ mas ele contestou dizendo (ue nem sa,iacomo fazer divinaç*o$ (uanto mais magia.

Hhegando em casa ele reuniu seus ANo su,alternos e lhes disse 'ara inter'retarem seus achados norio. 7le foi informado (ue os 'ei>es indicavam (ue ele viveria muito$ o suficiente 'ara gozar todasas coisas ,oas da vida. 'ano dizia (ue ele viveria em 'az e em harmonia até o final de sua vida$(ue seria muito longa. "ltimo achado significava (ue ele teria uma vida de 'ros'eridade ea,undncia. 7le na verdade viveu uma vida 'lena e longa muito mais (ue os outros lodus na terra.

CAPÍTULO XXVIII # O$UN # MEJI 

I I I I

 I II I I I

 I I

funme-i$ (ue era chamado rangun eZin 7[un no céu era o filho mais velho de !r"nm#lá. 7leera na verdade o 'rimeiro du 'ara vir ao mundo$ mas n0s veremos as circunstncias nas (uais eleretornou 'ara o céu 'ara se tornar o "ltimo dos lodus 'ara vir ao mundo. @oi ele (ue$ revelou (uelevaram 6 dias 'ara o eus +odo <oderoso com'letar seu tra,alho criativo$ a'0s o (ue eledescansou no C_ dia. 0s leremos mais dessa hist0ria em ,reve. 7n(uanto isso vamos e>aminaralguns outros tra,alhos im'ortantes associados a funme-i no céu.

OUNM-2I R-#-LA UANTO T-MPO D-U* L-#OU PARA COMPL-TAR *UA CRIAÇÃO

di,i re[u re[u leredi,i ridi ridiPe a-e a[a['o \g"n`o,o eledareI,i re[u re[udi,i re[u re[u leredi,i ridi ridi

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Pe a[a['o !r"nm#lá`o,o eledaareI,i re[u re[u leredi,i ridi ridiPe a-e ug,a 7rumole`iNon,o eleedaa NonI,i re[u re[u

'ro,lema dif&cil (ue foi resolvido 'acientemente no final/

7ra o nome do ANo (ue fez divinaç*o 'ara \g"n$ lo["n$ !r"nm#lá$ e todas as outras divindades.

7le os advertiu a fazerem sacrif&cio 'ara seus an-os guardies durante um 'er&odo de seis dias$ a fimde descansarem em 'az e tran(ilidade no C_ dia.

!r"nm#lá (uestionou 'or(ue o sacrif&cio deveria levar C dias ao invés de 1 dia. ANo res'ondeu(ue lodumare eusJ levaria seis dias 'ara criar a terra$ oceanos$ atmosfera$ 'lantas$ animais ehumanidade. otivo 'ara eus criar todas as matérias orgnicas e inorgnicas antes de criar a

es'écie humana era 'ara 'rovidenciar a,rigo 'ara o homem$ água 'ara ele ,e,er$ comida 'aracomer$ ar 'ara res'irar e 'ara ele se esta,elecer numa rotina de vida no céu a 'artir do C_ dia. 7lerevelou (ue eus descansou no C_ dia a'0s com'letar a criaç*o da divinosfera. 7le informou)os (ueem harmonia com o (ue foi esta,elecido anteriormente 'or eus na criaç*o$ levariam seis dias 'aracom'letar a cerimKnia de iniciaç*o de (ual(uer sacerdote divino$ e ele deveria lim'ar a casa edescansar no C_ dia. F a'enas através desse 'rocesso (ue o sacrif&cio se manifestará.

!r"nm#lá novamente 'erguntou se a cerimKnia levando C dias n*o criaria discuss*o e confus*odurante a 'e(uena e>tens*o da cerimKnia. ANo res'ondeu (ue é 'roi,ido haverem dis'utas edisc0rdia durante a cerimKnia de iniciaç*o na casa de um sacerdote. Ai [oro Xule aNo. rangundeZiin e[un ee['aa.

COMO O PAPAAIO *- TORNOU UM *ÍM3OLO D- NO3R-A

@oi funme-i (uem revelou no céu como o 'a'agaio foi transformado em um 'ássaro honorável ecomo ele ad(uiriu suas 'enas vermelhas. 7le assim o fez através do seguinte 'oema/

Idemu dide ^ereNe$ni ,atti anni A-e ile eni dide ninde$AZaa ile eni dide ninde$mo ile enii dide ninde$ significando/

ulti'licado em 'e(uena (uantidade.

7le (ue o,teve m"lti'la ri(ueza.7le (ue teve tam,ém m"lti'las es'osas.Assim como ele (ue teve muitos filhos (ue tem se multi'licado.

7ste é o encantamento com o (ue a divinaç*o foi feita 'ara o 'a'agaio$ antes (ue todas asdivindades viessem a desco,ri)lo$ n*o a'enas como um instrumento de decoraç*o$ mas tam,émcomo um s&m,olo de autoridade e influ%ncia. 7le foi avisado a fazer sacrif&cio com uma 'eça de 'ano vermelho$ um galo vermelho$ 'ano 'reto$ um 'om,o$ uma galinha e osun. 7le fez o sacrif&ciona casa de Eu. e'ois disso Eu convocou o 'a'agaio 'ara uma o'eraç*o transformadora.

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Eu ,esuntou o 'ano vermelho com osun e envolveu)o ao redor das 'enas da cauda do 'a'agaio e 'rendeu)as em seu nus. o final da o'eraç*o$ todas as 'enas da cauda do cor'o do 'a'agaioficaram vermelhas. Duando Eu foi (uestionado so,re o significado da o'eraç*o$ res'ondeu 'roclamando (ue da& em diante$ todas as divindades s0 'oderiam ser ca'azes de ter autoridade e vero futuro$ 'or meio do uso das 'enas vermelhas do 'a'agaio. 7le os orientou a com'rarem as 'enasvermelhas do 'a'agaio 'ara se adornarem e enfeitarem. (ue e>'lica 'or(ue n*o há divindade (uen*o use as 'enas do 'a'agaio até ho-e$ sendo a luz com (ue eles v%em no futuro. esde ent*o o 'a'agaio se tornou um 'ássaro no,re ,em como alguém afortunado.

R/NM0L CON#-RT- A AUTORÍDAD- D- TODA* A* OUTRA* DI#INDAD-* PARA *ÍM-*MO

funme-i tam,ém revela como !r"nm#lá foi ,em sucedido em coletar e converter 'ara seu 'r0'riouso$ todos os instrumentos de autoridade A7J dado 'or eus 'ara todas as divindades. 7le fezassim no seguinte 'oema/

[iti ['u[e$

ANo e,a)ono$Adifafun !r"nm#lá$ ig,atii felog,a aZa g,og,o$7rumole loNo \g"n

\g"n$ a divindade do metal e a mais velha de todas as divindades$ era o detentor de todo o Aeinstrumentos de autoridadeJ dado a eles 'or eus. Isto significava (ue (ual(uer um deles (ue(uisesse usar seus instrumentos de autoridade teria (ue ir 'or si mesmo a \g"n.

7n(uanto isso !r"nm#lá$ a sa,edoria divina$ inventou uma maneira de tomar todos de \g"n. 7ste éo motivo 'elo (ual ele foi = divinaç*o 'ara [eti['u[e$ o adivinho da estrada$ (ue lhe disse (ue eleseria ,em sucedido se ele fizesse o sacrif&cio com uma ovelha$ um 'om,o$ e 1 ra,o de cavalo. 7le

fez o sacrif&cio de acordo.

A'0s o sacrif&cio ele saiu 'ara uma visita na casa de \g"n. Hhegando disse a \g"n (ue veio 'araretri,uir uma visita. A'0s a troca costumeira de gentilezas$ disse a seu anfitri*o com o seguinteencantamento (ue na verdade veio 'ara 'egar todos os 'oderes das divindades (ue estavam so, suacust0dia/

:ma criança 'e(uena n*o recusa o leite materno.A ave n*o recusa o convite 'ara o milho. '%nis n*o recusa o convite 'ara a vagina. inguém 'ode ignorar a 'icada de uma co,ra. inguém resiste = necessidade de tossir.

 inguém ignora a 'icada de um escor'i*o.A terra n*o 'ode recusar os raios do sol. 'ano n*o 'ode recusar o ata(ue violento de uma agulha. inguém 'ode im'edir o gato de caçar o rato. inguém deso,edece o chamado da natureza.esta forma voc%$ \g"n n*o 'ode resistir = vis*o de um cachorro.

Assim (ue ele com'letou a recitaç*o do encantamento$ sem nenhuma hesitaç*o (ue fosse$ \g"n foia seu recinto secreto e trou>e 'ara fora todos os Ae e timidamente entregou)os 'ara !r"nm#lá.

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Hom os 'oderes seguros em suas m*os$ !r"nm#lá tomou seu caminho. Assim (ue chegou em casaele engoliu todos os Ae. +odo esse tem'o$ \g"n agiu como se estivesse em transe. *o ocorreu aele 'erguntar a !r"nm#lá 'or(ue ele foi tirar os 'oderes dele.

Hinco dias de'ois$ \g"n com'reendeu (ue os 'oderes n*o estavam mais em seu 'oder. A'0s revirarsua casa 'ara localizar os 'oderes$ ele relem,rou (ue a "nica divindade (ue o tinha visitado nos"ltimos cinco dias foi !r"nm#lá. 7le decidiu visitar !r"nm#lá 'or(ue ele n*o sa,ia como e>'licar a 'erda dos 'oderes sem (ue nenhuma das divindades veio 'edir 'elos seus 'r0'rios. Duando elechegou = casa de !r"nm#lá$ ele (uestionou o (ue ele foi fazer em sua casa durante a "ltima visita.as enfaticamente \g"n 'erguntou a !r"nm#lá se foi ele (ue veio retirar as forças de todas asdivindades dele.

Duando !r"nm#lá com'reendeu (ue \g"n n*o tinha nenhuma recordaç*o clara do (ue aconteceu(uando tomou os 'oderes dele$ decidiu investir em uma alucinaç*o mental tem'orária de \g"n.

!r"nm#lá negou se(uer ter visitado \g"n$ (uanto mais ter 'ego algum 'oder dele. Wastantede'rimido \g"n caminhou de volta 'ara casa desiludido. Assim foi como \g"n 'erdeu todos os 'oderes das divindades 'ara !r"nm#lá (ue a'esar de mais novo -á havia se tornado mais 'oderoso

(ue (ual(uer um deles. Duando \g"n dei>ou sua casa$ !r"nm#lá cantou a seguinte canç*o/

;higo shigo agoton$u[omi ton [io to shiiZere$;higo shigo agoton$

Due é 'or(ue$ no surgimento desse du na divinaç*o o consulente é advertido a fazer sacrif&cio afim de evitar o risco de 'erder um trunfo muito (uerido 'ara uma trama secreta.

OUNM-2I PART- PARA A T-RRA

 o céu$ ele era chamado rongun eZine[un. 7le era conhecido 'or ser altamente tem'eramental er&s'ido (uando 'retendia vir 'ara a terra. ;eu an-o guardi*o lhe disse (ue a menos (ue fizessealguma coisa 'ara amenizar seu tem'eramento$ n*o iria ter um tem'o fácil na terra. 7le ent*odecidiu ir = divinaç*o e foi a uma divinadora (ue n*o tinha lá,ios. 7la era chamada :g,in eenoNoeenose$ 7-o [odu [odu$ significando/ caracol (ue n*o tem m*os e nem 'ernas$ caracol (ue semove so, seu a,dKmen.

7la advertiu rongun eZine[un a fazer sacrif&cio 'ara 'ros'erar na terra 'or(ue ele estava indo 'ara ser um homem 'rovido de muitas funçes desde (ue fosse ca'az de ter controle de seutem'eramento. 7la advertiu)o 'ara servir seu Ifá com 16 carac0is$ (ue suavizariam e diminuiriamsua agressividade. 7le tam,ém foi advertido a servir Eu com um ,ode. 7le fez os sacrif&cios erece,eu as ,%nç*os de eus e de seu An-o ]uardi*o antes de 'artir 'ara a terra.

O NA*CIM-NTO D- OUNM-2I

7le nasceu como filho de um rei$ (ue o chamou Ada)A,aZe. Ainda (uando criança$ teve umamostra de (ue tudo (ue ele dizia se tornava verdade. 7le era o "ltimo filho do rei$ e tudo o (ue ele 'edia lhe era dado. Duando se tornou um homem$ se tornou muito ditador$ e n*o estava acostumadoa ouvir nenhum conselho. ;eus dese-os eram lei e ele insistiu em fazer = sua maneira a todo tem'o.

24S

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A'0s a morte de seu 'ai ele se tornou o rei em seu lugar. ;eu reinado foi marcado ar,itrariedadese>tremas e tens*o. ;eu 'ovo estava so, severo estresse e agonia mental. Duando veio a se tornarmuito dif&cil 'ara o ,em estar$ seu 'ovo se reuniu e lhe disse desafiante (ue eles n*o 'odiam maistolerá)lo como seu rei. Homo se em'resta manifestaç*o 'ara o enredo ser lançado contra ele$ eletam,ém decidiu a,dicar de seu trono. +odo este tem'o$ ele n*o teve es'osa e nem filhos.

OUNM-2I R-TORNA PARA O CU

7le estava t*o desgostoso com o (ue os ha,itantes fizeram na terra (ue decidiu retornar 'ara o céu 'ara investigar seus 'ro,lemas. urante sua -ornada de retorno ao céu encontrou a mulher semlá,ios$ (ue fez divinaç*o 'ara ele antes (ue atingisse o céu$ mas n*o a reconheceu 'or(ue tinha 'erdido toda a mem0ria do (ue ocorreu anteriormente no céu. o entanto$ ele n*o teria ignorado aadvert%ncia dada antes da sua 'artida na 'rimeira vez. 7le estava sur'reso 'or ver a criaturaincomum n*o tendo nem 'ernas$ nem m*os e correu a'avorado. A mulher chamou)o de volta e ele en*o correu se a'ro>imou da mulher relutantemente.

as'ecto re'ugnante da mulher era 'or(ue estava afligida com le'ra. 7m ver a sua condiç*o ele

e>clamou ?ee['aB atKnito. F a e>clamaç*o tradicional até o dia de ho-e assim (ue funme-i surgena divinaç*o. A mulher$ entretanto im'lorou)lhe 'ara fazer divinaç*o 'ara ela 'or(ue$ sus'eitava(ue ele era um sacerdote de Ifá. A mulher disse)lhe (ue duas coisas ela (ueria muito em sua vida$era como curar a sua doença e ter um filho. 7le ent*o retirou seus instrumentos de divinaç*o econsultou 'ara ela.

A'0s a divinaç*o$ ele lhe informou (ue se 'udesse fazer os sacrif&cios necessários$ ela ficaria ,em etam,ém teria filhos. @oi lhe solicitado fazer sacrif&cios com tr%s ca,ras$ tr%s galinhas$ tr%s 'om,os$tr%s carac0is$ tr%s ratos$ tr%s 'ei>es$ tr%s orog,os$ tr%s o,i e tr%s medidas de com'rimento 1S$Q14metrosJ de 'ano ,ranco.

@oi neste estágio (ue ela 'erguntou a funme-i se ele com'reendia (ue estavam no céu$ aonde ela

n*o 'odia o,ter estes materiais. funme-i convidou)a a retornar com ele 'ara a terra afim de (ue 'udesse fazer o sacrif&cio 'ara ela lá. e'ois disso ele carregou)a em seu retorno.

Xogo em seguida$ eles atingiram uma encruzilhada tri'la r&tametaJ. Antes (ue eles 'assassem aencruzilhada = mulher lhe disse (ue devido a sua condiç*o ela n*o estava a'enas 'roi,ida de viverna cidade$ mas tam,ém via-ar a luz do dia. a(uele 'onto eles encontraram um homem (ue era umins'etor da encruzilhada chamado Ashi'a. Hom o au>ilio de Ashi'a$ eles cortaram caminho 'elafloresta e constru&ram uma ca,ana lá. A 'edido da mulher$ a ca,ana n*o tinha 'orta e o "nicocaminho conhecido 'ara a entrada da ca,ana era o 'onto em (ue a árvore da vida A[o [o emUoru,a e I[hinmNin em WiniJ estava 'lantada$ ,em como o local no (ual uma folha de 'alma estavaamarrada na ca,ana. Antes de dei>á)la 'ara a'anhar os instrumentos 'ara o sacrif&cio$ funme-i 'erguntou)lhe como ele seria ca'az de v%)la -á (ue a ca,ana n*o tinha entrada. 7la ensinou)o a

re'etir o encantamento$ de'ois do (ue ele colocaria suas costas 'ara a 'arede so, a folha de 'alma eo 'ort*o se a,riria. 7le deveria dizer ?ro Zin [iimu eZon$ ee['a ai[oro lule aNoB. Antes dedei>á)la$ funme-i desco,riu (ue ela s0 tinha um seio. A(uela ca,ana era chamada Ile)di 'o'ularmente conhecida como Ile-i.

Gesumindo sua -ornada 'ara o céu$ funme-i visitou seu confidente &ntimo chamado A['ena (uetinha estado 'rocurando 'or uma es'osa. A'0s contar)lhe a condiç*o da mulher 'erguntou se eleestava 're'arado 'ara casar com alguém tendo a(uelas deformidades. ;ur'reendentemente$ A['enaconcordou em se encontrar com a mulher. e'ois disso funme-i 'ediu a A['ena 'ara coletar todos

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os materiais 'ara o sacrif&cio e am,os retornaram 'ara a ca,ana. A'0s o sacrif&cio$ funme-ia'resentou formalmente A['ena = mulher.

Antes (ue a mulher concorda)se em se tornar = es'osa de A['ena$ ela retirou uma misteriosa varana (ual ele foi feito -urar nunca revelar sua condiç*o. 7la tam,ém disse (ue se alguém mais viesse 'ara a ca,ana 'ara v%)la 'or alguma raz*o$ ele deveria ser ofuscado 'ara 'reveni)lo de ver suacondiç*o. A "nica e>ceç*o era funme-i e todos os outros sacerdotes de Ifá de'ois dele. Antes de(ual(uer um v%)la$ o mesmo -uramento deveria administrado a ele ou a ela$ n*o revelar suacondiç*o.

OUNM-2I R-TORNA PARA O CU

Assim (ue o sacrif&cio foi feito$ a mulher alei-ada ficou curada de sua le'ra$ assim como sua -uventude e ,eleza feminina se tornaram notáveis. e'ois do (ue funme-i decidiu a,reviar sua -ornada 'ara encontrar a causa de todos os seus misteriosos 'ro,lemas. Hhegando ao céu elera'idamente se dirigiu 'ara casa da sacerdotisa de Ifá alei-ada (ue tinha divinado 'ara eleanteriormente. A mulher n*o foi encontrada em lugar algum. ;eu an-o guardi*o lhe disse (ue a

mulher -á tinha 'artido 'ara a terra e avisou)o 'ara fazer tudo 'ara localizá)la$ 'or(ue era a "nica(ue 'oderia fazer sua 'ros'eridade na terra. @oi ent*o (ue ele com'reendeu (ue era a mulher (ueele tinha -ustamente colocado na ca,ana na terra. 7le ra'idamente retornou ao mundo.

funme-i foi o 'rimeiro dos lodu ou a'0stolo de !r"nm#lá a ser tornar um rei na terra$ 'or(ue elefoi o 'rimeiro a vir 'ara a terra. 7le caiu em desgraça 'or causa de suas tend%ncias ditatoriais.

urante sua segunda vinda 'ara a terra ele se tornou o "ltimo dos 16 lodus da genealogia de Ifá$de'ois de 7-iog,e e outros (ue tenham vindo. A(uilo$ entretanto n*o foi até ele resta,elecer contatocom a mulher (ue 'or sua vez fez divinaç*o 'ara ele. A'0s a divinaç*o$ a mulher avisou 'ara fazersacrif&cio com dois 'om,os$ 'ano 'reto$ ,engala$ inhame 'ilado$ o,i e ,"zios em uma encruzilhada(ue se tornaria novamente um rei. 0s veremos mais tarde como o sacrif&cio ,eneficiou funme-i.

A ORÍ-M DA RAT-RNIDAD- *-CR-TA

casamento da garota alei-ada com A['ena 'ros'erou imensamente. 7les foram avisados (uedeveriam de ter 16 filhos entre eles. <ouco é conhecido$ entretanto dos outros filhos com e>ceç*odos dois mais velhos (ue eram chamados g,o a'elidado de UaZa e o 'r0>imo chamado de nia'elidado de UoZo. 7les cresceram como gatos e cachorros sem're ,rigando um com o outro. Hertavez resolveram usar de meios dia,0licos 'ara destruiç*o m"tua. Duando seus 'ais desco,riram (ueestavam correndo o risco de destruir um ao outro$ colocaram)os em uma ca,ana (ue foianteriormente ha,itada 'or sua m*e e fizeram)nos -urar so, o encanto de sua m*e chamada 7dan.

 o -uramento eles 'rometeram nunca cons'irar ou fazer alguma coisa um contra o outro. A(uela foi= 'rimeira cerimKnia de iniciaç*o em uma fraternidade secreta.

nome g,oni é derivado dos nomes dos dois fundadores g,o e ni. F considerada a ser a 'rimeira sociedade secreta na terra de acordo com !r"nm#lá.

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A *-UNDA #INDA D- OUNM-2I PARA T-RRA

Duando ele chegou ao mundo na segunda vez$ começou a 'raticar a arte de Ifá$ se es'ecializandoem 're'arar encantamentos de ,oa sorte 'ara os outros.

<or isso$ é dito dele$ fun lofueni No$ fun lofueni mo$ fun lo fueni AZa$ significando/ Due

funme-i é res'onsável 'or 'rover assist%ncia ao 'ovo dese-oso de ter o ,enef&cio do dinheiro$casamento e nascimento de filhos. 7le era um eficiente ,enfeitor nestas (uestes. o entanto$ eleestava sendo des'rezado e ridicularizado 'elo 'ovo (ue o viu (uando caiu da graça 'ara o gramado.

7le$ entretanto re'licou 'ara estes zom,adores alertando o 'ovo 'ara n*o atormentá)loindevidamente 'or(ue ainda tinha meios de esfolar e es'ancar a face do 'rovocador.

A des'eito de seu aviso$ muitos su-eitos es'ertos continuaram a des'rezá)lo e atormentá)lo. 7lecomeçou a destruir a(ueles (ue estavam a,alando)o. Duando o 'ovo começou a sentir a f"ria de suareaç*o$ começaram a ficar a'avorados. 7n(uanto isso ele decidiu ir a divinaç*o$ aonde foi avisado adesistir de sua 'ostura agressiva. s ANo (ue fizeram divinaç*o 'ara ele na(uela ocasi*o foram/

AfuZe mo a-e7Non ,ale loNo-ididere ANo ag,ado7lomon ,iritiWa,alaNo 7du.

7les lhe disseram 'ara fazer sacrif&cio 'or 'az$ 'ros'eridade$ ri(ueza$ e vida longa.

7les fizeram todos os sacrif&cios 'ara ele e ele se tornou t*o rico (ue terminou sendo o rongun deIlla rongun. 7le tam,ém viveu até a idade avançada. Hom tudo é dito$ (ue seu amigo A['ena (uecasou com uma mulher alei-ada se esta,eleceu 'or fim em Itag,olu aonde o altar e>iste até ho-e.

A DI#INAÇÃO PARA ORANUN - A46/N

,o to ,o tr& e[u7[utele to soro fun toni o-o oro-u-ona gooni o-o oro-uAdifa fun orongun. A,ufun a[\g"n.

macaco 'reso no telhado$@ica faminto 'or neglig%ncia$

F o nome do ANo (ue fez divinaç*o 'ara rongun e A[\g"n (uando eles estavam dis'utando o

trono de seu falecido 'ai.

Duando eles lutavam a 'onto de se destruir um ao outro$ os ministros intervieram. 7les decidiramdar o trono a seu tio. ;eu tio n*o durou muito no trono e em seguida = sua morte$ os dois irm*osa-ustaram suas contas amigavelmente. <or fim os ministros decidiram dar o trono ao mais velho dosirm*os$ rongun$ en(uanto (ue o mais novo A[ongun$ foi feito 'orta voz da cidade$ sem esteconsentimento nenhuma decis*o de alguma im'ortncia$ era dada em alguma ocasi*o. rongun teveum 'ac&fico e longo reinado com o su'orte de seu irm*o A[ongun.

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8/13/2019 Orunmila Obra Completa

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DI#INAÇÃO PARA AAN3IH A MUL;-R -*TRIL D- I

fun tututu ,i ele-iAmu-i [utu Nenu$I,i +itu maa [an-ururun ale Non maa nissin.

Adifa fun agan,i ile ife ni-o toon fi omi o-u shu,ere omo tuuru tu.

fun$ o ,ranco$ é t*o frio (uanto a água da chuva.We,er água do 'ote é mant% lo lim'o toda manh*

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