os 3 porquinhos texto
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Adaptação do texto infantilTRANSCRIPT
Os três porquinhos Adaptação – Sandro Coimbra
Personagens:
Heitor, Prático, Cícero e Lobão.
Cícero e Heitor cantam enquanto Prático trabalha
A melhor coisa do mundo
É ficar sem fazer nada
Acordar só pro almoço
Comer uma panelada
Encher minha barrigada
Suspirar, espreguiçar e dar uma descansada.
À tardinha tirar um cochilo
Numa sombra descansar
Ah, como é boa essa minha vida
É só comer, dormir, brincar
Como é boa essa minha vida
Comer, dormir e brincar
Agora preste atenção
Uma coisa prá você eu vou contar
Não espalhe meu segredo
Eu não gosto é de trabalhar.
PRÁTICO: Ahhh!! Esses meus irmãos... Eles só querem brincar e se divertir.
Eles não querem saber de trabalhar. Se peço para buscar lenha, para cozinhar
o feijão, dizem que estão com dores nas costas... não podem fazer força! Se
peço para tirar água do poço, dizem que a mão está machucada... Não
agüento mais esta vida. Até hoje eu tomei conta dos dois, mas agora chega!
Eles já estão bem crescidinhos. Já podem tomar conta de seus focinhos! Essa
moleza vai acabar... A se vai...
CÍCERO: Ei, Prático, por que não vem brincar com a gente?
HEITOR: É mesmo... deixe isso ai pra amanhã, não, não, deixa pra semana
que vem, pro mês que vem...1
CÍCERO: Olha, nós podemos brincar de índio... (imita)
HEITOR: De pular corda...
CÍCERO: Ou jogar bola...
PRÁTICO: Nada disso seus preguiçosos... Alguém tem que fazer o trabalho de
casa... e, como sempre, sobra prá mim!
HEITOR: Como ele é chato! Só pensa em trabalhar!
CÍCERO: Você não se cansa, não?
PRÁTICO: Estou cansado é de tomar conta de vocês dois... Só eu é que
trabalho! Mas, agora eu tomei uma decisão... vou construir uma casa. Chega
de morar debaixo de uma árvore... vou construir uma casa e morar sozinho.
Acho bom vocês fazerem a mesma coisa!
CÍCERO: Uma casa só prá você?
HEITOR: Que egoísta!
PRÁTICO: Egoísta coisa nenhuma! Só eu que trabalho nessa casa. Faço a
comida, cuido da horta, tiro água...
CÍCERO: Mas você é o irmão mais velho!
PRÁTICO: não! Eu sou o irmão mais bobo! Aliás, eu era! Agora chega! É cada
um por si. Heitor você pode construir sua casa aqui!
HEITOR: Mas eu que vou construir? Isso é uma injustiça! Eu queria brincar!
PRÁTICO: é você mesmo! Deixe de brincadeira e vai trabalhar. E você, Cícero,
vai construir sua casa aqui.
CÍCERO: Irmão mais velho e chato! Justo agora que nós estávamos nos
preparando para uma brincadeira legal!
PRÁTICO: E tem mais uma coisa... Ouvi dizer que o lobo acaba de se mudar
para a floresta. É bom fazerem uma casa bem forte, bem resistente... com uma
porta bem trancada.
HEITOR: Lobo, aqui? Há, há, há...
CÍCERO: Essa é boa! Conta outra, conta!
HEITOR: Nessa floresta nunca teve lobo!
PRÁTICO: Não é piada, não. Quem me contou foi a dona Coruja. Ela sabe
tudo o que acontece durante a noite.
HEITOR: Um lobo, aqui? Será que ele é mau? (debochando)
CÍCERO: eu tenho medo de lobo mau! (debochando)
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HEITOR: eu sou o lobo e vou te pegar!
CÍCERO: oh, NAÃO! Que medo!!!! (corre)
PRÁTICO:
Se por aqui mora um lobo
É bom ficar prevenido
Esse bicho é perigoso
Feio, falso, enxerido
Não acredite no lobo
Nem se ele jurar
Com o lobo não se brinca
É melhor não confiar
Lobo tem a boca grande
Olho arregalado, um narigão
É mais forte do que um touro
Derruba tudo com um soprão
Toda hora ele tem fome
E as garras sempre afiadas
É capaz de devorar um pernil
Com apenas duas dentadas
Faça muito bem sua casinha
Pense no amanhã em seu futuro
Quando o lobo bater na sua porta
Você deve estar seguro
HEITOR: Eu vou te pegar, leitãozinho!
CÍCERO: O lobo não me pega, o lobo não me pega.
PRÁTICO: Isso! Fiquem debochando... quero só ver, quando aparecer o lobo
de verdade!
HEITOR: Se ele aparecer eu dou um soco na cara dele.
CÍCERO: Eu dou um pontapé no traseiro!
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HEITOR: Eu pego o rabo dele e dou um nó!
CÍCERO: eu pego o nariz e vou torcendo, torcendo, torcendo... até ele pedir
água.
PRÁTICO: Muito bem, seus valentões! Agora é hora de trabalhar!
Vamos começar a construir nossas casas.
OS DOIS: Trabalhar? Ah, não!
HEITOR: Vamos brincar de bandido e mocinho?
CÍCERO: Ou então de esconde-esconde?
PRÁTICO: Nada disso! Agora é hora de trabalho. Deixe a brincadeira prá
depois. Heitor, como é que você vai fazer a sua casa?
HEITOR: eu? Bem... acho que... vou fazer com aquele monte de palha ali.
PRÁTICO: De palha? Mas palha é muito fraquinha, não resiste nada, nem um
ventinho...
HEITOR: é de palha mesmo, prá acabar logo e eu poder brincar bastante.
PRÁTICO: Ai, ai, ai,... e você, Cícero? Como vai ser a sua casa?
CÍCERO: eu? Tá falando comigo? Vou morar com o Heitor. Não pode? Sei lá,
então, pego um monte de palha... Palha já foi? Criançada o que é barato e fácil
de fazer? Casinha de madeira! É isso aí. Junto uns gravetos e monto uma casa
num piscar de olhos!
PRÁTICO: Vocês deveriam fazer uma casa de tijolos. Tijolo é bem resistente e
não cai facilmente.
CÍCERO: Olha aqui, se for prá sofrer que eu sofra logo. Vamos fazer estas
casas de uma vez prá gente poder brincar. Vem Heitor. Vamos começar!
PRÁTICO: Vocês são dois preguiçosos! Eu vou fazer minha casa é de tijolos e
cimento. Quando o lobo aparecer não vai conseguir entrar de jeito nenhum!
HEITOR:
Vou fazer minha casa
Bem bonita, bem legal
Vai ter uma portinhola
Uma janela e um vitral
Vou fazer ela de palha
Bem no meio do terreiro
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Prá voltar prá brincadeira,
Bem depressa, bem ligeiro
Num instante fica pronta
Minha casa, meu lar
Trabalhar não é comigo
Meu negócio é brincar
Já virei um construtor
Posso até me empregar
Mas trabalhar não é comigo
Meu negócio é brincar (3x)
Pronto, minha casa ficou linda! Acabei primeiro! Acabei primeiro! Demorei só
um pouquinho! Nossa, o Prático ainda está no comecinho... Agora posso
brincar o dia inteiro. Hei Cícero, acaba logo prá gente brincar! Vamos brincar?
CÍCERO: Brincar? É comigo mesmo. Já estou quase acabando!
Meu irmão espere um pouco
Pra começar a brincadeira
Minha casa vou fazer
Já tenho aqui a madeira
Desse lado eu bato um prego
Prendo parafuso nela
Nessa tábua passo cola
Na janela eu ponho tela
Num instante fica pronta
Uma casa, uma mansão
Acabei minha tarefa
Vou brincar com meu irmão!
Já virei um construtor
Mas, não nasci prá isso
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Trabalhar não é comigo
Quero distância do serviço!
CÍCERO: Pronto! Agora nós já podemos brincar! Olha como a minha casa ficou
bonita!(Sacode) Olha como ficou forte!
HEITOR: Nossa o Prático é lerdo mesmo! Há, há, há!
CÍCERO: Hum, ele quer uma casa de tijolos... Tá com medo do lobo?
PRÁTICO: Podem rir! Mas, quando o lobo bater em sua porta, vamos ver o que
vai acontecer.
HEITOR: Vamos, Cícero, vamos nadar no rio, enquanto o Prático fica aí,
trabalhando.
CÍCERO: Vamos, mano, vamos nos refrescar. Tá um calor! (saem)
PRÁTICO:
Eu quero uma casa segura
Morar com tranqüilidade
Faço uma boa estrutura
Que resista a tempestade
Com pedra, tijolo e cimento
Tudo muito bem assentado
A parede vai subindo
Logo, logo vem o telhado
Trabalhar com dedicação,
Boa vontade e perseverança
Prá morar bem sossegado
Com conforto e segurança
Quem faz mal a sua casa
Um grande susto vai levar
Vem a chuva, vem o sol
E o vento prá derrubar.
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PRÁTICO: Bem, minha casa está pronta! Ficou firme, forte segura! Agora eu
posso nadar no rio com meus irmãos. Primeiro o trabalho, depois a diversão.
(sai)
LOBO (ENTRANDO):
Meu nariz não falha nunca
Se estou perto de um leitão
Eta faro apurado
Que me indica a direção
Um porquinho bem assado
Ah, que bela refeição
Pode se a pururuca
Prá comer com feijão
Churiço, sarapatel
Meu banquete é uma festança
Bistequinha mal passada
Prá encher a minha pança!
Do pernil faço lingüiça
Costeleta empanada
Com focinho, orelha e pé
Dá uma bela feijoada.
Com focinho, orelha e pé
Eu faço uma feijoada!
Hum! Tem casinhas aqui... Meu faro não me engana... Três chiqueirinhos1
Hum! Tem alguém aí? ( Bate palmas) Parece que não tem ninguém... Mas
onde é que estão os moradores? Eles vão ter uma surpresinha... He, He, He...
vou me esconder e esperar que eles apareçam... Onde posso me esconder?
Aqui! Vou me disfarçar de poste. Não, não, na floresta não tem poste...De
galho caído no chão! Não... Hum, de flor! É isso! Me disfarço de flor, e quando
eles vierem cheirar eu NHAC! Pego um! É só colocar essas folhas nas
orelhas... e pronto. Já sou uma margarida! (Cheirando) Hum... hum... Eu sou
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muito esperto mesmo! Espera! Estou sentindo um cheirinho de leitão... eles
estão chegando.
OS DOIS:
Quem tem medo de lobo mau,
Lobo mau, lobo mau
Ele só come mingau
Come mingau, come mingau
Ninguém tem medo de um bicho assim
Tão fraquim, tão fraquim
Se correr ele não pega
Se ficar ele não come
Porque a gente some (2x)
Quem tem medo do lobo mau
Lobo mau, lobo mau
Ele é cara de pau,
cara de pau, cara de pau...
Esse lobo é um careta
Um careta, um careta
Ele gosta de chupeta
De chupeta, de chupeta...
HEITOR: Olha, Cícero, que flor bonita nasceu no nosso quintal
CÍCERO: Nossa, deve ter um perfume muito bom.
PRÁTICO: Mas quando a gente saiu não tinha flor nenhuma! Que flor é essa
que nasce de repente? Não sei, não!
CÍCERO: eu quero cheirar. Eu adoro flores.
HEITOR: eu também quero cheirar.
PRÁTICO: Esperem! Ela está seca. Vamos regar a planta primeiro. Vamos
regar com água bem geladinha...
LOBO: Água? Hum, hum. Não!
PRÁTICO: Pensando bem, é melhor colher essa flor e por no vaso. Vou buscar
o facão.
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LOBO: Facão? Hum, hum. Não!
CÍCERO: Já sei! Vamos brincar de bem me quer, mal me quer.
HEITOR: Legal! Eu sou o bem me quer e você é o mal me quer. ( Arranca uma
pétala) Bem me quer...
CÍCERO: Mal me quer ...(Arranca outra)
HEITOR: Bem me quer...
CÍCERO: mal me quer...
HEITOR: Essa flor tá muito esquisita... Bem me quer
CÍCERO: Ela tá ficando feia... Mal me quer...
LOBO: Bem te quero!!!
OS DOIS: É o lobo!!!!!
LOBO: vem cá porquinho, bem te quero! (agarra Cícero, Prático entra com um
porrete e bate na cabeça do lobo que solta Cícero e cai atordoado)
PRÁTICO: Mal te quero! Não te falei? Olha o lobo aí!
CÍCERO: Ele me pegou! Ai, eu tô com medo!
HEITOR: Eu também tô!
PRÁTICO: Cada um corre prá sua casa que o lobo tá acordando. (saem) Eu
deveria ter batido mais forte!
LOBO: Hein? O que foi? O que aconteceu? Quem sou eu? Acho que eu sou
um passarinho (imita). Não, eu não tenho asas. Já sei sou uma cobra! (imita)
Cobra não tem patas, eu tenho! Acho que eu sou uma tartaruga (imita) Não...
Quem sou? Esqueci quem sou eu! (bata na cabeça) Lembrei, eu sou um lobo.
E não sou um lobo qualquer, sou o lobo mal!!! Claro, aquele porquinho bateu
na minha cabeça! Agora já me lembrei! Porquinhos... Hum...
Ah, fugiram, né? Eu encontro! (cheirando encontra a casinha de Heitor)É aqui!
Abra essa porta! Eu mandei abrir essa porta!
HEITOR: (cabeça prá fora) Não abro seu lobo bobo. Vai embora daqui!
LOBO: Não abre? Há, há, há... É o que nós vamos ver...
HEITOR: Vai embora seu lobo vira-lata!
LOBO: Vira –lata? Eu? Não, eu sou é vira casa... eu vou soprar, soprar e sua
casa vou desmanchar.
HEITOR: Só porque você quer! Essa casa é feita de palha!
LOBO:Prá pegar esse porquinho
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Não precisa esforço, não.
Quando encho o meu peito
Logo vem um bom soprão
Sempre fui bom caçador
Lá nas terras que morei
Não dispenso um bom jantar
Muita fome eu já passei
Essa casa foi tão mal feita
Não resiste nenhum vento
Com meu sopro poderoso
Eu consigo o meu intento
Mando tudo pelos ares
E agarro o meu almoço
Como tudo até o pé
E não sobra nenhum osso
LOBO: Então vamos soprar (assopra e a casa cai) Há, há, há...
HEITOR: Minha casinha! Socorro, Socorro! ( correria)
CÍCERO: ( abrindo a porta) Heitor, depressa, entre aqui!
LOBO: Ah, fugiu de mim.... mas, eu te pego leitão, eu te pego... Agora ficou
melhor. Em vez de um vou pegar dois porquinhos! Abra essa porta!
CÍCERO: some daqui seu lobo bobo!
LOBO: Me dá seu irmãozinho que eu sumo, há,há, há, abra essa porta leitão.
CÍCERO: Pode ir embora que eu não vou abrir.
LOBO: Abre logo que eu estou ficando irritado.
CÍCERO: Não abro, não abro e não abro!
LOBO: eu vou soprar e essa porcaria eu vou derrubar...
CÍCERO: essa casa é muito forte! Ela é de madeira, não é de palha, não.
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LOBO: Vamos ver (enche o pulmão) Fuuuuuuuuuuuu............
fuuuuuuuuuuuu........... ( a casa de madeira cai e começa a correria) é forte, é?
Agora eu te pego.
OS DOIS: Socorro ! O lobo quer me pegar! E agora?
PRÁTICO: ( da janela) eu não devia, mas vou deixar os dois entrarem. Os dois
preguiçosos. Entrem aqui, depressa! (entram)
Lobo: Ah, se esconderam nessa porcaria de casinha! Pois ela também vai pro
chão. O negócio ficou melhor... em vez de dois, vou pegar três porquinhos!. Já
diz o ditado: um é pouco, dois é bom...mas, três é demais! Abre essa porta!
PRÁTICO: Abre o quê?
LOBO: Você já viu a força do meu sopro!
PRÁTICO: e você já viu essas paredes? Essa casa é de tijolos e não vai cair.
LOBO: então vamos ver. (enche os pulmões) Fuuuuuuuuuuuuu,
fuuuuuuuuuuuuu (engasga, tosse etc) Não é que a danada não cai? Vamos de
novo? Fuuuuuuuuuuuuuu, fuuuuuuuuuuuuuuuu, fiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (cai cansado)
OS TRÊS: quem tem medo do lobo mau...
LOBO: mas o que aconteceu? Nunca falhou! Que humilhação!
PRÁTICO: Essa você perdeu seu lobo bobo!
LOBO: É triste admitir, mas essa eu perdi... Vou embora daqui... Vou prá outra
floresta.... vou pegar a Chapeuzinho e a vovozinha... (sai)
HEITOR: Viva! O lobo foi embora!
CÍCERO: Agora podemos brincar novamente
PRÁTICO: Não sei não. Esse lobo me parece bem esperto!
HEITOR: Deixa de bobeira, Prático, ele sumiu para sempre.
CÍCERO: É isso mesmo, nessa casa nós estamos seguros!
PRÁTICO: Irmãozinhos, em lobo não se pode confiar.
Meu irmão é muito esperto
E só pensa em trabalhar
Mas o lobo foi embora
Agora vamos brincar
Então ouça um conselho
Que agora eu vou te dar
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Fique sempre bem alerta
Que o lobo vai voltar
Se o lobo aqui voltar
Vou estar bem preparado
Dou um soco em sua fuça
Ele sai desesperado
Vê se aprende a lição
E deixe a preguiça de lado
Reconstrua sua casa
Prá viver bem sossegado
Não se esqueça do soprão
Do lobo atrapalhado.
LOBO: (vestido de carneiro) BÉ... BÉ... BÉ...
HEITOR: Olha, mano... um carneirinho...
CÍCERO: Que gracinha... Acho que ele se perdeu da mãe.
LOBO: ééééé! Éééééé!
CÍCERO: Coitadinho dele... tão pequenininho e tão perdido.
PRÁTICO: Pequenininho? Esse carneiro parece mais uma girafa!
LOBO: Carneirinho, carneirão,neirão, neirão.
Quer um colinho...
De leitão, leitão, leitão...
Faz uma semana que ele não come
E precisa mastigar!
LOBO: Béééé, béééé! Quer mamar, quer mamar!
HEITOR: ele quer mamar. Tá com fominha...
LOBO: Tô com fominha... quer lombinho...
OS TRÊS: Lombinho?
LOBO: néééé’... quer colinho... Colinho!
PRÁTICO: Quer colinho, é? Sei...
LOBO: Bebê que mamã... (braços para Prático)
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PRÁTICO: Pare com isso! Eu não sou sua mãe!
LOBO: Mamã, Mamã...
HEITOR: ele gostou de você Prático!
CÍCERO: a gente podia adotar esse carneirinho.
LOBO: É! É! É! Eu qué mamã...
PRÁTICO: vamos ver uma coisa... quantos anos você tem?
LOBO: 25
OS TRÊS: 25?
LOBO: dias, 25 dias. Bébébé.
PRÁTICO: Qual sua comida preferida?
LOBO: costelinha mal passada.
OS TRÊS: Costelinha mal passada?
LOBO: néééé... Bananinha assada...
OS DOIS: Coitadinho dele!
PRÁTICO (A PARTE): É um lobo na pele de cordeiro. Ele pensa que me
engana, mas não engana não. Pode enganar meus irmãos que são bobinhos,
mas eu? Eu sei que é o lobo disfarçado! Eu vou dar um susto nele. (pega uma
seringa enorme.) Muito bem carneirinho... você pode ficar morando aqui.
LOBO: Oba! É hoje! Hum.... Nééé....
PRÁTICO: Mas antes nós temos que aplicar uma vacina no bumbum prá não
ficar resfriadinho.(mostra a seringa)
LOBO: Injeção? Desse tamanho? Ah, não! Aqui não!
PRÁTICO: Vem neném, vem neném... neném vem...
LOBO (perdendo a paciência): Vou! vou é pegar um leitão (correria. os três se
escondem na casinha) Assim não dá! Esse porquinho velho sempre estraga
tudo!
OS DOIS : Lobo safado! Quase engana a gente!
PRÁTICO: Vem! Aqui a injeção ó!
LOBO: O jeito é sumir daqui mesmo! Vou embora, adeus! (sai)
PRÁTICO: (saindo da casa) Será que ele foi embora mesmo?
HEITOR: Nossa, Prático. Quase que ele pega a gente.
CÍCERO: Eta lobo esperto! Mas, parecia um carneirinho mesmo!
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PRÁTICO: eu falo prá vocês! O lobo é um bicho muito traiçoeiro. Ele fica
espreitando, olhando, e quando você menos espera ... NHAC! Ele dá o bote!
Daqui a pouco ele aparece disfarçado de outra coisa.
HEITOR: Mas, agora ele não me engana mais!
CÍCERO: (valente) Se ele voltar aqui eu dou um pé no traseiro dele.
HEITOR: e eu dou um soco na cara dele.
PRÁTICO: Agora ficaram valentes, né? Então vamos combinar, quando ele
aparecer disfarçado, a gente finge que acredita e vamos dar uma lição nele.
OS DOIS: Isso! Isso mesmo!
PRÁTICO: Nós vamos fazer assim, oinc, oinc, oinc.
LOBO: (disfarçado de velha com uma cesta na mão) Onde será que eu estou?
Ah, eu estou perdida nessa floresta... será que ninguém vai me ajudar?
CÍCERO: Uma pobre velhinha perdida!
HEITOR: Puxa que dó! Vamos ajudá-la . Prá onde a senhora está indo
vovozinha?
LOBO: Pro açougue...he, He, He, quero dizer prá casa da minha netinha... vou
levar umas maçãs prá ela. Ah, que fome! Que lombo! He, He, He... Será que
vocês me deixam entrar prá comer... Quero dizer prá tomar um copo d’água?
CÍCERO:( a parte) Velhinha, é? Com esse nariz? Com essa boca? Hum...
LOBO: Que porquinhos gostosos. Quero dizer charmosos. Como estão
gordinhos, He, He, He.
HEITOR: qual seu nome vovozinha?
LOBO: meu nome? É... é... é... Lobilda.
OS TRÊS: Lobilda?
LOBO: Não! Eu... eu... disse Marilda!
OS DOIS: Ah, bom!
LOBO:
Marilda a amorosa
Desde criança tem um grande coração.
Na escola, era danada
E só queria correr atrás de leitão
Depois a barriga cresceu
O rango que é bom encolheu
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Marilda ficou manhosa
Escandalosa
Bem grandiosa
E venenosa!
A Marilda curiosa
Pernil-ciosa
Mal-liciosa
E mentirosa
Não deixa ela nervosa
Fica horrorosa
Bem perigosa
Fica gulosa!
CÍCERO: ( A Heitor): LOBILDA? Ele não desiste...bem que o Prático avisou...
vamos fazer de conta que a gente a acredite mesmo que é uma velhinha. Olha
o rabo aparecendo por debaixo do vestido... é um lobo atrapalhado mesmo!
LOBO: Olha, eu te dou uma maçã e você me dá um pernil. Não... quer dizer...
torresmo...não! Toucinho! Nãooooooooo! Um copo d’água... fiquei cansada de
tanto andar... He, He,He.
CÍCERO: Heitor , vá buscar um copo de água prá ela.( Heitor sai)
LOBO: Não! Eu quero entrar!
CÍCERO: Quer entrar prá que?
LOBO: Prá te pegar!
CÍCERO: Prá me pegar?
LOBO: é prá te pegar no colo... fazer carinho...prá... prá descansar minhas
velhas pernas, estou muito cansada...(senta-se) Me ajude, por favor! Venha cá,
porquinho. Vem no colinho da vovó!
CÍCERO: Eu????? (tremendo)
LOBO: Não tenha medo... eu só quero um pernilzinho... quer dizer, fazer um
carinho... vamos aproveitar que estamos sozinhos...
CÍCERO: Sabe o que é, vovozinha...
LOBO: Anda logo!
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CÍCERO: Vamos deixar prá outro dia...
LOBO: Você está me deixando nervoso... nervosa... venha cá.
CÍCERO: Eu não vou, não.
LOBO: ah, não vem? Então eu vou aí.
CÍCERO: Vovó tenha calma. A senhora está cansada.
LOBO: Que vovó o que? Eu sou o lobo, e agora você não me escapa! (correria
até pegar Heitor). Finalmente eu peguei um leitão. Hum... hummmmm. Que
jantar! Que almoço... que orelhas!
CÍCERO: Socorro! O lobo me pegou!
LOBO: cala a boca, leitãozinho!
(Heitor volta montado sobre Prático, formando assim, um porco enorme,
assustador com um porrete na mão).
PRÁTICO: (voz grossa): Larga meu sobrinho!
LOBO: Que larga o quê...agora ele é meu!
PRÁTICO: Vai encarar, velhota?
LOBO: (vendo o porção) Minha nossa! Que tamanho de porco!!!! (solta Cícero)
Era brincadeira (com medo) Eu sou uma velhinha muito brincalhona... adoro
brincar com porquinhos... bilú... bilú...
PRÁTICO: Adora brincadeirinhas... então vamos brincar... Sobrinho, que tal
tirar o vestido da velhinha?
LOBO: Por favor, eu estou sem minhas roupas debaixo....
PRÁTICO: Tira o vestido da velhinha sobrinho. (Cícero tira a roupa do lobo que
fica só de cueca morrendo de medo) O quê? Você não é uma velha? É um
lobo!
LOBO : Lobo, eu? De jeito nenhum...
PRÁTICO: é, um lobinho medroso...
LOBO: Lobinho, eu? Que humilhação... que vergonha!
PRÁTICO: Agora, sobrinho amarre as patas desse lobinho, que nós vamos
levá-lo para o zoológico!
CÍCERO: É prá já, titio. (amarra)
LOBO: Não, isso não. Tudo, menos o zoológico. Ficar preso em uma jaula? A
criançada fica rindo de mim, me jogando pipoca, jogando palito de sorvete.
Não! Piedade!
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PRÁTICO: Agora o melhor de tudo (desmancha o Porcão) Era brincadeirinha!
LOBO: que trapaceiros me enganaram direitinho!
NÃO TEM FINAL PORQUE NÃO HAVIA A ÚLTIMA PÁGINA PARA EU
COPIAR.
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