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ALEXSANDRA ALVES PEREIRA OS BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE KEGEL E DE CONES VAGINAIS EM PACIENTE COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: estudo de caso PARACATU- MG 2011

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ALEXSANDRA ALVES PEREIRA

OS BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE KEGEL E

DE CONES VAGINAIS EM PACIENTE COM INCONTINÊNCIA

URINÁRIA DE ESFORÇO: estudo de caso

PARACATU- MG

2011

FACULDADE TECSOMA FATEC

ALEXSANDRA ALVES PEREIRA

OS BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE KEGEL E

DE CONES VAGINAIS EM PACIENTE COM INCONTINÊNCIA

URINÁRIA DE ESFORÇO: estudo de caso

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a

Faculdade Tecsoma como requisito parcial a

obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador (a) Temático: M Sc. Michelle Faria Lima

Orientador (a) Metodológico: M Sc. Cecília Maria

Dias Nascimento.

PARACATU-MG

2011

Pereira, Alexsandra Alves

Os benefícios da utilização dos exercícios de Kegel e de cones vaginais em paciente com incontinência urinária

de esforço. / Alexsandra Alves Pereira. Paracatu, 2011.

69f.

Orientador: Michelle Faria Lima

Monografia (bacharelado) – Faculdade Tecsoma – FATEC, Paracatu – Minas Gerais, Bacharelado em

Fisioterapia.

Bibliografia

1. Incontinência Urinária. 2. Kegel. 3. Cones Vaginais. I. Lima, Michelle Faria; II Faculdade Tecsoma. III.

Titulo

CDU 615.8

ALEXSANDRA ALVES PEREIRA

OS BENEFÍCIOS DA UTILIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE KEGEL E DE CONES

VAGINAIS EM PACIENTE COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO:

estudo de caso

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma,

Paracatu/Minas Gerais, como pré-requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em

Fisioterapia.

Banca Examinadora:

Orientador Geral:

___________________________________________________________________

M Sc. Michelle Faria Lima

Faculdade Tecsoma

Orientador Metodológico:

____________________________________________________________________

M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento

Faculdade Tecsoma

Paracatu, 07 de novembro de 2011

Dedico aos meus queridos pais, João Alves Pereira

e Mercedes Aparecida da Silva Pereira, ao meu

irmão Willian Charles Pereira, me deu força para

seguir em frente e me fizeram acreditar que sou

capaz. Sem vocês a minha vitória não seria possível.

Em especial dedico ao meu avô Antônio José da

Silva que infelizmente não se encontra mais

conosco, mas que me fez ver a vida com um olhar

mais terno e me ensinou que caráter é uma virtude

que devemos carregar por toda vida.

AGRADECIMENTOS

A Deus, por estar presente em minha vida a todo instante, amparando-me nas horas em

que mais precisei.

Aos meus pais, que se dedicaram exclusivamente aos meus sonhos, me dando amor e

carinho.

Ao meu irmão Willian, que sempre foi meu fiel amigo e que sempre acreditou em

mim.

Aos meus amigos Ricardo, Suelen, Dany, Paty, Cíntia e Amanda. Obrigada pelo

apoio, pelos bons e maus momentos compartilhados, pelas palavras de conforto e de

superação.

À minha paciente M. A. S que se entregou e se dedicou ao tratamento.

À minha colega Chênia pelo companheirismo e grande ajuda.

A todos os meus colegas de classe, agradeço por tudo!

A todos os professores que colaboraram com meu crescimento profissional, em

especial à Michelle pela dedicação e colaboração prestados a mim durante esses quatro anos

de luta.

Nossos planos de vida, não são

para passarmos à frente dos outros,

mas para passarmos adiante de nós

mesmos.

SRI SATHYA SAI BABA

RESUMO

A incontinência urinária de esforço é toda perda de urina que ocorre de forma involuntária

quando a pessoa realiza pequenos esforços como tossir, rir, espirrar, pegar peso dentre outros.

Este estudo foi realizado com uma mulher de 47 anos, portadora de rim único, com

diagnóstico clínico de incontinência urinária de esforço, sendo como tratamento dessa,

exercícios de Kegel e utilização de cones vaginais em 24 sessões, com duração de cinquenta

minutos cada, tendo como objetivo verificar a eficácia dos mesmos no fortalecimento da

musculatura do assoalho pélvico. Após a intervenção fisioterapêutica a paciente relatou não

apresentar mais perdas de urina ao realizar pequenos esforços, concluindo assim, que os

exercícios de Kegel associados ao uso de cones vaginais têm eficácia no tratamento da

incontinência urinária de esforço além de aumentar a alto estima e promover qualidade de

vida.

PALAVRAS-CHAVE: Incontinência Urinária. Kegel. Cones Vaginais.

ABSTRACT

The urinary incontinence of effort is all loss of piss that occurs of involuntary form when the

person carries through small efforts as to cough, to laugh, to sneeze, to catch weight amongst

others. This study it was carried through with a woman of 47 years, carrier of only kidney,

with clinical diagnosis of urinary incontinence of effort, being as treatment of this, exercises

of Kegel and use of vaginal cones in 24 sessions, with duration of fifty minutes each, having

as objective to verify the effectiveness of the same ones in the strengthening of the musculature

of the pelvic wooden floor. After the physiotherapy intervention the patient told not to present

more losses of piss when carrying through small efforts, being thus concluded , that the

exercises of Kegel associates to the use of vaginal cones have effectiveness in the treatment of

the urinary incontinence of effort beyond increasing the high one esteem and to promote

quality of life.

KEYWORDS: Urinary incontinence. Kegel. Vaginal cones.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Agenesia renal unilateral.........................................................................................19

Figura 2 - Musculatura perineal................................................................................................20

Figura 3 - O períneo em forma de losango...............................................................................21

Figura 4 – Cones Vaginais........................................................................................................29

Figura 5 – Exercício de propriocepção....................................................................................31

Figura 6 – Exercício de Kegel 1................................................................................................32

Figura 7 – Exercício de Kegel 2................................................................................................33

Figura 8 – Exercício de Kegel 3................................................................................................33

Figura 9 – Exercício específico para a musculatura pélvica 1..................................................34

Figura 10 – Exercício específico para a musculatura pélvica 2................................................34

Figura 11 – Exercício específico para a musculatura pélvica 3................................................34

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados Comparativos referentes diário miccional no período de 01/04/2011 a 29/06/2011

com exceção das terças e quintas quando era realizada a intervenção

fisioterapêutica....................................................................................................................37

Tabela 2 – Dados referentes a graduação dos cones vaginais durante o tratamento....................41

Tabela 3 – Dados comparativos do questionário relacionado as causas da perda urinária aplicado na

avaliação inicial e na avaliação final..........................................................................43

LISTA DE SIGLAS

cm - centímetros

g - gramas

IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IU - Incontinência Urinária

IUE - Incontinência Urinária de Esforço

ml - mililitros

mmHg - milímetros de mercúrio

MG - Minas Gerais

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14

1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 16

1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 17

1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 17

1.2.2 Objetivos específicos ....................................................................................................... 17

2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 18

2.1 ANATOMIA ...................................................................................................................... 18

2.1.1 Agenesia Renal Unilateral ............................................................................................... 19

2.1.2 Assoalho Pélvico ............................................................................................................. 19

2.1.3 Períneo ............................................................................................................................. 21

2.2 FISIOLOGIA ...................................................................................................................... 22

2.2.1 Continência ...................................................................................................................... 22

2.2.2 Micção ............................................................................................................................. 22

2.2.3 Incontinência Urinária ..................................................................................................... 23

2.3 FATORES DE RISCO ....................................................................................................... 23

2.4 CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA ................................................. 24

2.4.1 Incontinência Urinária de Urgência ................................................................................. 24

2.4.2 Enurese ............................................................................................................................ 24

2.4.3 Incontinência Urinária Contínua ..................................................................................... 24

2.4.4 Incontinência Mista ......................................................................................................... 25

2.4.5 Incontinência Urinária de Esforço ................................................................................... 25

2.5 TRATAMENTO CIRÚRGICO .......................................................................................... 26

2.6 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .......................................................................... 26

2.6.1 Biofeedback ..................................................................................................................... 27

2.6.2 Terapia Comportamental ................................................................................................. 27

2.6.3 Estimulação Elétrica ........................................................................................................ 28

2.6.4 Terapia Farmacológica .................................................................................................... 28

2.6.5 Cones Vaginais ................................................................................................................ 29

2.6.6 Exercícios de Propriocepção ........................................................................................... 30

2.6.7 Exercícios de Kegel ......................................................................................................... 31

3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 36

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 39

5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 47

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 48

APÊNDICES ........................................................................................................................... 51

ANEXOS ................................................................................................................................. 70

1 INTRODUÇÃO

Girão e colaboradores (2009) salientam que a incontinência urinária é toda perda de

urina que ocorre independente da vontade, já a incontinência urinária de esforço é a perda de

urina que ocorre aos esforços.

De acordo com Pauls (2002) e Saldanha, Davanzzo e Driusso (2007), os sintomas da

incontinência urinária se agravam progressivamente com a idade, particularmente nas

mulheres que atingem o período pós-menopausa, podendo ocorrer por vários fatores como

diminuição da taxa de estrogênio, obesidade, envelhecimento, gestação, cirurgias vaginais,

tabagismo, infecção, bebidas, patologias das vias urinárias inferiores, diminuição das

atividades tônicas dos esfíncteres dentre outras.

A pessoa continente deve identificar a necessidade de expelir a urina, procurar e

alcançar o lugar adequado para urinar em um período de tempo que seja suficiente além de

reter a urina até que o lugar seja alcançado e ser capaz de expelir a urina ao chegar lá

(PAULS, 2002).

A IU pode ser vista como uma incapacidade que afasta a pessoa do convívio social,

reduz a auto-estima e a mobilidade, provoca distúrbios do sono além da possibilidade da

pessoa apresentar distúrbios sexuais. Isso faz com que seja de difícil aceitação para o

incontinente e para as pessoas de seu convívio, mudando seu estilo de vida ocasionando uma

diminuição da qualidade de vida e predispondo à depressão (SALDANHA; DAVANZZO;

DRIUSSO, 2007).

Girão e colaboradores (2005) descrevem que o tratamento conservador da IU é

realizado através de técnicas que promovem o fortalecimento da musculatura do assoalho

pélvico fortalecendo os componentes esfincterianos. Arnold Kegel, em 1948, foi o primeiro a

utilizar exercícios para a musculatura do assoalho pélvico com a finalidade de aumento do

tônus o qual reflete no mecanismo da continência urinária. Polden e Mantle (2005) afirmam

que, para a reabilitação da musculatura do assoalho pélvico, é utilizada uma série de cones de

mesmo tamanho e de pesos variados para manter a força e a resistência da mesma.

15

Além disso, a utilização dos exercícios de Kegel e de acessórios como cone vaginal é

fácil e prático de fazer. A pessoa pode fazer os exercícios sem que ninguém perceba e em

qualquer lugar como lavando roupa, fazendo almoço ou assistindo à televisão. Esses

exercícios, além de fortalecer a musculatura do assoalho pélvico prevenindo ou corrigindo a

incontinência urinária, contribuem para a melhoria do aspecto psicológico do paciente e com

a sua reinserção no convívio social (SOUZA; RIBEIRO;HEGG 1998).

O objetivo geral da pesquisa foi avaliar o efeito do tratamento fisioterapêutico em

paciente com incontinência urinária de esforço utilizando cones vaginais associados a

exercícios de Kegel. E os objetivos específicos foram quantificar a perda de urina através do

diário miccional, averiguar o ganho de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico

com exercícios de Kegel e uso de cones vaginais e avaliar a melhora da paciente com

incontinência urinária de esforço submetida ao tratamento fisioterapêutico.

Foi realizada a pesquisa do tipo estudo de caso, sendo feita 24 sessões e ao final do

tratamento os dados foram analisados e interpretados para obtenção dos resultados.

16

1.1 JUSTIFICATIVA

Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais

frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida

quanto em mulheres mais jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar,

além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso

faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a

contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em

volta uretra, sejam mais frágeis nas mulheres.

A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser

comprometida nas seguintes situações: comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou

do assoalho pélvico; gravidez e parto; tumores malignos e benignos; doenças que comprimem

a bexiga; obesidade; tosse crônica dos fumantes; quadros pulmonares obstrutivos que geram

pressão abdominal; bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do

portador; procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.

Os tipos mais comuns de incontinência urinária são: Incontinência urinária de esforço

– o sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;

Incontinência urinaria de urgência – mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela

vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina antes

de chegar ao banheiro; Incontinência mista – associa os dois tipos de incontinência acima

citados e o sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela

uretra.

São dados importantes para o diagnóstico o levantamento da história dos pacientes e a

elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as características e freqüência da

perda urinária. Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco

invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço.

O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas

exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Atualmente, a cirurgia de

Sling, em que se coloca um suporte para restabelecer e reforçar os ligamentos que sustentam a

17

uretra e promover seu fechamento durante o esforço, é a técnica mais utilizada e a que produz

melhores resultados.

Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é farmacológico e fisioterápico.

O farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de várias drogas que contêm substâncias

anticolinérgicas para evitar a contração vesical. Esses remédios provocam efeitos colaterais,

como boca seca, obstipação e rubor facial.

Sabendo que o tratamento da incontinência urinária de esforço pode ser feito também

através de exercícios, nesse estudo de caso foram utilizados os exercícios de Kegel e

acessórios como o cone vaginal no tratamento da paciente. A pessoa pode fazer os exercícios

sem que ninguém perceba e em qualquer lugar como lavando vasilha ou assistindo à televisão.

Além de fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, esses exercícios previnem e corrigem a

incontinência urinária, melhorando o psicológico e promovendo a reinserção do paciente no

convívio social.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Avaliar o efeito do tratamento fisioterapêutico em paciente com incontinência urinária

de esforço utilizando exercícios de Kegel associados a cones vaginais.

1.2.2 Objetivos específicos

Quantificar a perda de urina através do diário miccional.

Averiguar o ganho de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico com

exercícios de Kegel e uso de cones vaginais.

Avaliar a melhora da paciente com incontinência urinária de esforço submetida

ao tratamento fisioterapêutico.

18

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ANATOMIA

O sistema urinário é composto pelos rins que têm a função de produzir a urina, os

ureteres, que são responsáveis pelo transporte de urina para a bexiga urinária, sendo

armazenada aí por um período de tempo, e a uretra, que faz o transporte de urina para o meio

externo (SPENCE, 1991).

O rim é um órgão par, abdominal, localizado posteriormente ao

peritônio parietal, o que identifica como retroperitoneal. Os rins

estão situados à direita e à esquerda da coluna vertebral, ocupando

o lado direito uma posição em relação ao esquerdo, em virtude da

presença do fígado à direita. O órgão no homem tem a forma de

um grão de feijão, apresentando duas faces, anterior e posterior, e

duas bordas, medial e lateral (DANGELO; FATTINI, 2006,

p.138).

Os rins são órgãos que retiram o excesso de água, sais, resíduos resultantes do

metabolismo de proteínas de origem do sangue enquanto voltam nutrientes e produtos

químicos para o sangue. Eles direcionam os resíduos que estão no sangue para a urina através

dos ureteres para a bexiga (MOORE; DALLEY, 2001).

Já a bexiga é um órgão onde ocorre o armazenamento da urina que sofre controles

superiores e faz a descarga da mesma em intervalos convenientes. É um órgão mais anterior

das vísceras pélvicas sendo dividido em ápice, corpo, fundo e colo (SPENCE, 1991).

A uretra feminina mede aproximadamente 4 cm de comprimento e está localizada

anteriormente à vagina. Ela é um tubo muscular, que tem como forro uma membrana mucosa

apresentando como função o transporte da urina que está na bexiga urinária para o meio

externo (SPENCE, 1991).

Girão e colaboradores (2005) afirmam que, para que ocorra a micção, há contração

ativa da musculatura detrusora, em seguida, abertura do colo vesical e da uretra e, por último,

o relaxamento da musculatura do assoalho pélvico. Quando a micção termina há contração do

esfíncter voluntário e fechamento do colo.

19

2.1.1 Agenesia Renal Unilateral

Figura 1 – Agenesia renal unilateral

Fonte: http://www.i-am-pregnant.com/Birth/Birth-defects/Renal-Agenesis

A Agenesia Renal Unilateral é um defeito congênito a que pertence as anomalias

congênitas, e que deve ser compreendida geneticamente para um resultado terapêutico

exigindo uma série de cuidados (MOURA; SILVA, 2005).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (2006), Agenesia Renal

Unilateral é a ausência de um rim. Normalmente a pessoa pode apresentar seu rim maior que

o normal por causa da hipertrofia compensatória, isso ocorre para suprir a função do rim

ausente podendo também apresentar um aumento da pressão arterial sistêmica, mas no geral

essa pessoa pode ter uma vida normal sem maiores complicações.

2.1.2 Assoalho Pélvico

O assoalho pélvico é formado por um grupo de tecidos que cobre a abertura da pelve.

Os músculos pélvicos têm como função sustentar a bexiga além de manter tono de repouso

contínuo e da capacidade de contração voluntária. São os músculos pélvicos que têm a função

de sustentação da bexiga, e o elevador do ânus que dá suporte primário aos órgãos pélvicos,

20

não apenas levantando o colo da bexiga, mas ajudando também a manter a força quando há

aumento na pressão intra-abdominal ou intra-uretral (PAULS, 2002).

Os músculos do assoalho pélvico são compostos por fibras do tipo I que são de

contração lenta e possuem maior vascularização, possuindo assim uma maior resistência. E

fibras do tipo II, que são de contração mais rápida, apresentam grande quantidade de reservas

de enzimas glicolíticas sujeitas a solicitação quando há uma necessidade de contração rápida e

mais forte (BARACHO, 2002, citado por, JUNCKLOS, 2005).

Figura 2 – Musculatura perineal

Fonte: SOBOTA, 2006

21

2.1.3 Períneo

Figura 3 – O períneo em forma de losango

Fonte: http://www.sabermulher.com.br/images/galeria/perineo1.1.jpg

O períneo fica entre o triângulo urogenital anterior, sendo a região que contém os

órgãos genitais externos e que é dividido por uma linha transversal que está entre os túberes

isquiáticos, e o triângulo anal na parte posterior que contém o ânus (SPENCE, 1991).

22

2.2 FISIOLOGIA

2.2.1 Continência

Continência ocorre quando a pessoa tem a capacidade normal de acumular urina e

fezes tendo controle consciente sobre o lugar e o tempo para que ocorra a eliminação da urina

ou defecação. Quando os bebês nascem não têm esse controle, passam a desenvolver com a

maturidade neurológica que ocorre geralmente por volta dos três ou quatro anos de idade, já

no adulto o volume que é acumulado, a freqüência da micção e de defecação tem variação

(POLDEN; MANTLE, 2005).

De acordo com Guarisi e colaboradores (2001) a reposição de estrogênio tem efeitos

benéficos, causando a melhora da maturação das células que formam a vagina, a uretra e a

bexiga com isso preservando a função urinária.

2.2.2 Micção

Girão e colaboradores (2005) falam que, para que ocorra a micção há contração ativa

da musculatura detrusora, em seguida abertura do colo vesical e da uretra e por último o

relaxamento da musculatura do assoalho pélvico. Quando a micção termina há contração do

esfíncter voluntário e fechamento do colo.

A mulher possui uma uretra curta, por isso não é exigido que o músculo detrusor

contraia-se muito, com a força da gravidade auxiliando na obtenção do esvaziamento da

bexiga urinária (POLDEN; MANTLE, 2005).

A frequência da micção tem uma variação que pode ocorrer devido a fatores como

idade, biótipo constitucional, a raça, a quantidade de partos vaginais que essa paciente teve

dentre outros (SOUZA; RIBEIRO; REGG, 1998).

23

2.2.3 Incontinência Urinária

Polden e Mantle (2005) relatam que a incontinência urinária foi definida pela

Sociedade Internacional de Incontinência (ICS) como perda involuntária da urina sendo visto

como um problema social ou higiênico.

Monteiro e Filbo (2007) afirmam que a IU é mais comum em mulheres, acometendo até 50%

delas em alguma fase da vida, causando embaraço e desconforto sobre o assunto ou que

consideram a incontinência urinária como algo inevitável e que faz parte do envelhecimento.

2.3 FATORES DE RISCO

Girão e colaboradores (2005) afirmam ainda que, dentre os principais fatores de risco

estão, a idade, pois acreditam que há uma perda geral do tônus muscular , a obesidade, por

provocar aumento da pressão abdominal e diminuir o gradiente de pressão vesical e uretral, o

tabagismo, causador do hipoestrogenismo que provém do cigarro além de aumentar a tosse e a

paridade que, apesar da literatura não ser unânime com relação aos riscos da incontinência

urinária, é aceito que partos vaginais com período de expulsão prolongado podem dispor

antecipadamente a mulher à incontinência urinária de esforço.

24

2.4 CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA

A incontinência urinária é classificada de acordo com os achados urodinâmicos e

devido aos sintomas apresentados pela pessoa, exceto em criança (SALDANHA;

DAVANZZO; DRIUSSO, 2007).

2.4.1 Incontinência Urinária de Urgência

Já incontinência de urgência (IUU) ou urge-incontinência a pessoa sente um forte

desejo de urinar podendo ou não ser acompanhado por perda involuntária de urina. Há uma

perda que pode ser algumas gotas ou todo o conteúdo por causa da hiperatividade do músculo

detrusor (SALDANHA; DAVANZZO; DRIUSSO, 2007).

2.4.2 Enurese

É qualquer perda de urina que ocorre de forma involuntária, caso ocorra durante o

sono, devemos acrescentar na frente de enurese a palavra noturna (RODRIGUES, 2008).

2.4.3 Incontinência Urinária Contínua

É a incontinência urinária que ocorre continuamente de forma ininterrupta

(SALDANHA; DAVANZZO; DRIUSSO, 2007).

25

2.4.4 Incontinência Mista

É aquela incontinência urinária que ocorre de forma involuntária associada à urgência

e também junto com espirro, tosse , esforço ou exercício (RODRIGUES, 2008).

2.4.5 Incontinência Urinária de Esforço

A incontinência urinária é classificada conforme os achados urodinâmicos e devido a

sintomatologia apresentada sendo as principais a incontinência urinária de esforço (IUE) que

tem como caracterização o aumento da pressão intra-abdominal ocorrendo assim a perda

urinária (SALDANHA; DAVANZZO; DRIUSSO, 2007).

Entre as mulheres, a incontinência urinária de esforço é bem comum, principalmente

durante e após as gestações, não sendo incomum entre a população feminina com menos de

40 anos, contrariando o que a maioria das pessoas acreditam (RODRIGUES, 2008).

Como citado por Girão e colaboradores (2005) a incontinência urinária de esforço é a

perda de urina que ocorre aos esforços podendo ocorrer por frouxidão da parte suburetral da

vagina ou de seus ligamentos que fazem a sustentação. A parede anterior da vagina que firma

o ligamento pubouretral possui função central com relação ao suporte do assoalho pélvico e

ao esforço, a parede vaginal anterior é tracionada contra a uretra por contrações rápidas do

músculo pubococcígeo criando um efeito de selar na mucosa da uretra.

A IUE tem grande importância prática em ginecologia, apesar de possuir uma

literatura bem vasta especializada, muitos aspectos ainda continuam obscuros, principalmente

com relação ao diagnóstico diferencial e aos procedimentos terapêuticos de maior eficácia

(SOUZA; RIBEIRO; HEGG,1998).

Conforme explanado por Girão e colaboradores (2005) a teoria mais conhecida é a

transmissão da pressão da região abdominal para a uretra proximal, fazendo com que a uretra

proximal se desloque para a posição infra púbica no momento do esforço levando a uma falha

26

da transmissão de pressão consequentemente aumento da pressão vesical em maior proporção

do que da pressão uretral.

De acordo com Driusso e Chiarello (2007), a incontinência urinária de esforço é

classificada em grau I ou leve, grau II ou moderada e grau III ou severa. A IUE leve é a

incontinência que ocorre apenas quando a pessoa faz um esforço vigoroso e em pé. A IUE

moderada é a incontinência que ocorre somente quando a pessoa faz esforço relativo. Já a IUE

severa é a incontinência que ocorre e não tem relação com esforço, posição ou atividade.

2.5 TRATAMENTO CIRÚRGICO

O tratamento cirúrgico da IUE é baseado em corrigir a hipermobilidade do colo

vesical quando há alteração da anatomia do assoalho pélvico, ou quando há aumento de

resistência da uretra quando tem lesão esfincteriana intrínseca da uretra. Caso haja uma

associação de ambos, há a necessidade de usar técnicas para correção em conjunto dos dois

componentes da incontinência (RODRIGUES, 2008).

A cirurgia pélvica radical e a cirurgia ginecológica pode ocasionar prolapso dos órgãos

situados na região da pelve ou à denervação da unidade esfincteriana (ZANATTA, 2003).

2.6 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

O tratamento fisioterapêutico da IUE é muito importante devido ao fato de ser um

método não invasivo e com resultados muito satisfatório sendo uma medida preventiva para

evitar procedimento cirúrgico (SALDANHA; DAVANZZO; DRIUSSO, 2007).

Foi descrito por Girão e colaboradores (2005) que utilização do diário miccional é de

grande importância por auxiliar no diagnóstico correto, além de permitir a avaliação da

gravidade dos sintomas e dos efeitos do tratamento. A paciente é orientada a fazer durante o

preenchimento do diário a anotação da freqüência da micção, quantidade de líquido ingerido,

volume urinado, número de perdas urinárias, perdas noturnas e urgência miccional.

27

Teixeira e colaboradores (2005) mencionam que o tratamento fisioterapêutico da IU

alivia desconfortos, mas o sucesso do tratamento depende tanto do profissional quanto da

paciente com relação a empenho e motivação.

Devido à resistência de muitas mulheres ao procedimento cirúrgico, vem abrindo

espaço no mercado para o profissional fisioterapeuta graças aos métodos de tratamento não

invasivo e que tem resultados satisfatórios (RAMOS; OLIVEIRA, 2010).

Concordando com Felicíssimo e colaboradores (2007) além do empenho e da

criatividade, o fisioterapeuta deve utilizar recursos visuais e verbais para que possa haver uma

otimização dos resultados.

2.6.1 Biofeedback

O biofeedback é um método de treinamento que utiliza dispositivos eletrônicos como o

peritônio que é colocado dentro da vagina e que transmite alterações de pressão com relação

às forças de contração da musculatura pélvica, e que tem como função o fortalecimento dessa

musculatura (PAULS, 2002).

Não é sempre que é exigida aparelhagem eletrônica sofisticada para que possibilite

fazer o biofeedback. A pessoa realizar o método utilizando um espelho para fazer a

observação se os músculos pélvicos se contraem de forma correta, dessa forma a resposta ao

exercício é mais eficaz (POLDEN; MANTLE, 2005).

2.6.2 Terapia Comportamental

A terapia comportamental é baseada na mudança comportamental diária que visa

evitar incidente de perda de urina. Essa terapia tem como princípio a mudança de hábitos

miccionais, orientação com relação à alimentação e incentivo ao atraso do esvaziamento da

bexiga embora continue fazendo ingestão de mesma quantidade de líquidos (SALDANHA;

DAVANZZO; DRIUSSO, 2007).

28

Para esse tipo de tratamento é de muita importância a escolha da paciente. Ela deve

estar preparada e entender as instruções além de ser colaborativa, pois a reeducação da bexiga

é uma das formas de tratar da frequência e da compressão sem vazamento. Quando há perda

de urina por anos a mulher cria o hábito de ir ao banheiro para esvaziar a bexiga de modo que,

se ocorrer algum imprevisto há uma quantidade menor de urina na bexiga (POLDEN;

MANTLE, 2005).

2.6.3 Estimulação Elétrica

A estimulação elétrica utiliza corrente farádica ou de interferência, correntes essas

liberadas por meio de eletrodos externos ou internos reunindo fibras musculares. Esse método

tem como objetivo estimular fibras aferentes para que haja o armazenamento de urina pela

bexiga através da alteração da sensação da mesma. E também visa dar estímulo à atividade do

músculo detrusor para que haja contração da bexiga por meio de estimulação eferente (

PAULS, 2002).Como afirma Girão e colaboradores (2005), o estímulo elétrico é capaz de

aumentar o fluxo sanguíneo do assoalho pélvico e dos os músculos que ficam na uretra.

Também melhora o desempenho da função da fibra muscular, hipertrofiando-a e causando

modificação do seu padrão do seu efeito de atuar, por aumentar o número de fibras rápidas.

2.6.4 Terapia Farmacológica

Não existe um medicamento que seja capaz de curar a incontinência urinária, até

mesmo porque os fármacos só funcionam enquanto a paciente faz uso deles, interrompendo o

uso, os sintomas retornam (SOUSA, 2004).

29

2.6.5 Cones Vaginais

Figura 4 – Cones vaginais

Fonte:http://bancoimagens.institutosaopaulo.com.br/img/000147/BANCO%20DE%20IMAGENS/PA

DRAO/COMERCIAL/000147PADProB-1.jpg

Os cones vaginais são dispositivos com formato anatômico, de mesmo tamanho e de

pesos diferentes que são colocados dentro da vagina para dar resistência aos músculos do

assoalho pélvico, à medida que contraem (SALDANHA; DAVANZZO; DRIUSSO, 2007).

Como mencionado por Girão e colaboradores (2005), os cones vaginais são uma

forma simples, fácil e prática para fazer a identificação e o fortalecimento da musculatura do

assoalho pélvico tendo como princípio o biofeedback. Plevnik, em 1985, foi a primeira pessoa

a falar de cones para a tonificação da musculatura do assoalho pélvico demonstrando que era

possível as pacientes tomarem consciência e adquirir o conhecimento de como contrair essa

musculatura ao reter os cones vaginais com pesos crescentes.

Geralmente os cones são em um grupo de cinco, que aumentam de peso

gradativamente de acordo com a cor, variando de 20 a 70 gramas. A mulher introduz o cone

com maior peso que consiga reter dentro do canal vaginal por no mínimo um minuto e, logo

em seguida, avança para o cone seguinte mais pesado aumentando a duração e a dificuldade

dos exercícios (PAULS, 2002)

30

Como foi dito por Girão e colaboradores (2005), os cones são indicados nos casos em

que a mulher sofre de incontinência urinária de esforço leve ou moderados com um índice de

sucesso que pode ter variação de 60% a 78%. Diferentemente dos exercícios de Kegel a

mulher, ao utilizar os cones, contrai a musculatura de forma voluntária fazendo com que a

pessoa consiga diferenciar a musculatura do assoalho pélvico da musculatura abdominal.

A paciente é orientada para inserir o cone no canal vaginal como se fosse um

absorvente interno com um fio de nylon que deve ser deixado externamente, sendo capaz de

mantê-lo durante determinado tempo por no mínimo duas vezes por semana fazendo

atividades não forçadas de vida diária (MOREIRA et al., 1997, citado por, SCHUSTER,

2006).

Para Figueiredo e colaboradores (2008), para que ocorra sucesso no tratamento e a

pessoa obtenha um resultado positivo, o programa de exercícios deve ter uma duração mínima

de três meses. Efeitos colaterais devido à utilização dos cones não são freqüentes e, quando

acontecem, são de forma leve, com raridade obriga a paciente a interromper o tratamento. A

incidência de efeitos colaterais gira em torno de 10 % e pode apresentar como sintoma dor no

local, infecções, hemorragia ou aumento da produção de muco.

2.6.6 Exercícios de Propriocepção

Abaixo segue exercício de propriocepção:

É um tipo de exercício que tem como finalidade a conscientização da musculatura do

assoalho pélvico, já que essa musculatura não é usualmente treinada pelas mulheres. Como

exemplo de exercício de propriocepção, temos o caso em que a paciente fica sentada ou em pé

imaginando que está urinando e procura interromper a micção para não deixar que a urina

escape (CARVALHO; HOLANDA, 2008).

31

Figura 5 – Exercícios de propriocepção

Fonte:http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/abordagem_fisioterapeutica_incontinencia_urin

aria_de_esforco_na_mulher_idosa.pdf

2.6.7 Exercícios de Kegel

Arnold Kegel em 1948 descreveu inicialmente os exercícios do assoalho pélvico como

forma de tratamento de incontinência urinária de esforço. Era solicitado à paciente a

realização de 300 a 400 contrações por dia da musculatura do assoalho pélvico. Em seguida,

em 1956, Kegel alterou sua terapêutica, acrescentando o conceito de esforço gradativo no

tratamento da incontinência obtendo um índice de resultado positivo que era superior a 70%

(PAULS, 2002).

De acordo com Matheus e colaboradores (2006) quando há contração associada a

grupos musculares abdominais, glúteos e adutores de coxa há uma mascaração da real força

de contração dos músculos do assoalho pélvico. Isso faz com que a paciente acredite que está

trabalhando esses músculos, enquanto na realidade está apenas fortalecendo outros grupos

musculares.

O fortalecimento dessa musculatura trás uma série de benefícios para a paciente

portadora de incontinência urinária. Dentre eles estão a prevenção e o tratamento da

incontinência urinária, evita a bexiga caída, prepara a musculatura para o parto, além de

proporcionar uma melhora na satisfação sexual tanto de mulheres quanto de homens

(LAZZARINI; CARVALHO, 2009).

32

Korelo e colaboradores (2011) afirmam que a musculatura do assoalho pélvico é uma

musculatura que deve ser trabalhada como qualquer outra musculatura, pois é ela que garante

a continência.

Somente o fisioterapeuta tem a capacidade de avaliar a paciente como um todo e

decidir a necessidade de exercícios específicos ou mais gerais, caso seja afirmativo, planeja e

implementa um protocolo de reabilitação (POLDEN; MANTLE, 2005).

Abaixo seguem alguns exercícios de Kegel:

A paciente em posição ortostática, com as pernas semiflexionadas e ligeiramente

afastadas, mãos na região glútea, fazendo pressão enquanto realiza a contração da

musculatura pélvica (CARVALHO; HOLANDA, 2008).

Figura 6 – Exercício de Kegel 1

Fonte:http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/abordagem_fisioterapeutica_incontinencia_urin

aria_de_esforco_na_mulher_idosa.pdf

A paciente em posição ortostática, com as pernas semiflexionadas e ligeiramente

afastadas, continuar em contração estática ou isométrica da musculatura pélvica

(CARVALHO; HOLANDA, 2008).

33

Figura 7 – Exercício de Kegel 2

Fonte:http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/abordagem_fisioterapeutica_incontinencia_urin

aria_de_esforco_na_mulher_idosa.pdf

A paciente sentada com as pernas cruzadas e em posição ereta das costas, realiza

contração da musculatura pélvica (CARVALHO; HOLANDA, 2008).

Figura 8 – Exercício de Kegel 3

Fonte:http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/abordagem_fisioterapeutica_incontinencia_urin

aria_de_esforco_na_mulher_idosa.pdf

Abaixo seguem alguns exercícios que são específicos para a musculatura pélvica:

A paciente em decúbito dorsal, mantendo as pernas semiflexionadas e os pés no chão,

expirar, elevar a pelve colocando-a em retroversão e em seguida elevar a região do glúteo

mantendo a retroversão. Fazer o repouso de forma lenta inspirando, até a região lombar

encostar-se ao solo (CARVALHO; HOLANDA, 2008).

34

Figura 9 – Exercício específico para a musculatura pélvica 1

Fonte:http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/abordagem_fisioterapeutica_incontinencia_urin

aria_de_esforco_na_mulher_idosa.pdf

A paciente em decúbito dorsal, região glútea ligeiramente elevada, pernas flexionadas

e cruzadas, pés no solo; sustentar uma bola entre as faces interna do joelho. Fazer a elevação

do glúteo o mais alto possível expirando, voltar à posição inicial inspirando (CARVALHO;

HOLANDA, 2008).

Figura 10 – Exercício específico para a musculatura pélvica 2

Fonte:http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/abordagem_fisioterapeutica_incontinencia_urin

aria_de_esforco_na_mulher_idosa.pdf

A paciente em decúbito dorsal, região glútea apoiada no chão, colocar bola entre as

pernas e elevar as duas pernas semi-estendidas (CARVALHO; HOLANDA, 2008).

Figura 11 – Exercício específico para a musculatura pélvica 3

Fonte:http://www.uva.br/sites/all/themes/uva/files/pdf/abordagem_fisioterapeutica_incontinencia_urin

aria_de_esforco_na_mulher_idosa.pdf

O tema da liberdade sexual se sobressaiu com o passar dos anos. O sexo que antes era

um assunto evitado, através dos meios de comunicação teve ampla divulgação, inclusive na

música e na arte em geral. Houve generalização da prática do sexo, e consequentemente os

35

olhos das mulheres se voltaram para a satisfação não só profissional mas também pessoal que

incluía também a satisfação sexual (BASTOS, 1991).

Foi visto que a sexualidade podia influenciar tanto na saúde mental quanto física,

causando sérios problemas emocionais que podiam ser desencadeados nas mulheres por

problemas pessoais, conflitos conjugais e falta de conhecimento sobre a própria sexualidade

altera consequentemente a sua resposta sexual (LAZZARINI; CARVALHO, 2009).

São caracterizadas como disfunções sexuais a falta, o excesso, o desconforto ou a dor

no ato que fará em muitas das vezes com que a pessoa fique desestimulada ou procure evitar

uma relação mais íntima (BASTOS, 1991).

36

3 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de um estudo quantitativo do tipo estudo de caso, estudo

esse feito de um caso real, com definição e tese de hipótese em uma fundamentação que é

teórica com utilização de uma abordagem que é quantitativa (LAKATOS; MARCONI, 2011).

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE- em 2010,

Paracatu tinha uma população de 84.718 habitantes (IBGE, 2010). É um município bastante

conhecido por ser um dos maiores centros econômicos e culturais do noroeste mineiro

(MELLO, 2007).

Antes do planejamento do tratamento tornou-se necessário a avaliação criteriosa da

paciente, com finalidade de identificar as suas necessidades.

A avaliação foi realizada através da ficha de avaliação ( anexo 1) e de um

questionário que tinha a finalidade de verificar quando ocorria as perdas urinárias ( anexo 3).

Nesta ficha de avaliação verificou-se que a paciente tinha perda de urina apenas a

esforços, não possuía gotejamento, protuberância arredondada na pelve devido ao excesso de

gordura abdominal com circunferência de 88 centímetros, além presença de cicatriz e de

estrias.

Também foi constatado que a paciente era portadora de rim único, diabética com

controle alimentar, hipertensa com uso de medicação e infecção urinária de repetição.

Esta pesquisa visa verificar os efeitos da fisioterapia na incontinência urinária através

de exercícios de Kegel e da utilização de cones vaginais, tendo como critério de inclusão, uma

mulher com idade inferior a 50 anos. O estudo foi realizado em Paracatu-MG na Associação

de Idosos Silvio Lepesqueur.

Participou deste estudo uma pessoa do sexo feminino com 47 anos de idade portadora

de rim único e com incontinência urinária de esforço. Os atendimentos fisioterapêuticos foram

realizados no estágio supervisionado da disciplina de Fisioterapia Aplicada à Ginecologia e

Obstetrícia na Associação de Idosos Silvio Lepesqueur.

37

Antes da intervenção fisioterapêutica a paciente assinou o termo de consentimento

livre e esclarecido para a participação na pesquisa (anexo A). Posteriormente, a paciente foi

submetida a uma avaliação inicial realizada por uma ficha de avaliação (anexo B), realizada

em uma única sessão, sendo feita uma anamnese.

Depois de verificar as necessidades da paciente, um protocolo de tratamento com a

utilização de exercícios de Kegel e de cones vaginais, tendo como objetivo promover o

fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. O tratamento foi realizado em duas

sessões semanais, com duração de cinquenta minutos cada sessão, sendo que quinze minutos

eram separados para a utilização dos cones, totalizando vinte e quatro sessões. Foi entregue à

paciente um questionário contendo sete questões para serem respondidas (apêndice C) e um

diário miccional para ser levado para casa e preenchido excluindo todas as terças e quintas.

Foi utilizado como material uma bola “dente-de-leite”, um tatame, cones vaginais da marca

Femcone, um estetoscópio e um esfigmomanômetro da marca Missouri.

Para o tratamento foram utilizados exercícios de Kegel e cones vaginais, sendo que a

sessão era iniciada com a aferição da pressão arterial, em seguida era realizado alongamento

ativo global em três séries mantidas por vinte segundos, exercícios de Kegel, cones vaginais e

alongamento final. No final da sessão aferia a pressão arterial.

Foram utilizados quatro cones vaginais de mesmo tamanho e de pesos diferentes,

sendo o primeiro de 20 g, o segundo de 32 g, o terceiro de 45 g, terminando com o quarto de

57 gramas, totalizando dezoito sessões, sendo que a paciente podia levar o cone para exercitar

em casa.

Devido ao diagnóstico clínico de IUE mais um quadro de infecção urinária, só foi

possível a realização da terapia com os cones após a liberação da médica relatando não

apresentar mais a infecção urinária com os sintomas da mesma ausentes.

Para que houvesse a progressão dos cones era pedido a paciente para caminhar por 3

minutos com o cone no canal vaginal, caso ela conseguisse sustentar era colocado o seguinte

de maior peso, até que ela sentisse como se o cone escorregasse.

Era realizada contração da musculatura pélvica com o uso do cone fazendo exercícios

como simulação de subir escadas e agachamento com apoio em barra realizado em 3 séries de

15 repetições com intervalo de 20 segundos entre elas.

Para a comparação da perda urinária foi entregue a paciente um diário miccional

(apêndice B) para que ela pudesse observar o quanto de liquido era ingerido por dia e o

quanto era perdido na urina.

38

Ao final do tratamento foi realizada uma reavaliação utilizando os mesmos métodos da

avaliação inicial e os resultados foram analisados e representados em tabelas produzidos no

programa Micfrosoft Excel 2007, concluindo assim o trabalho.

Os cones foram doados à paciente ao final do tratamento para que ela pudesse manter

o ganho do fortalecimento da musculatura perineal.

39

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram realizadas 24 das 29 sessões previstas, a paciente apresentou 5 faltas

justificadas. Avaliação inicial realizada no dia 15/03/2011, e a avaliação final no dia

30/06/2011. Os resultados e as discussões serão apresentados abaixo:

Tabela 1 – Dados Comparativos referentes diário miccional no período de 01/04/2011 a 29/06/2011

com exceção das terças e quintas quando era realizada a intervenção fisioterapêutica

continua Data Frequência

Da micção

Quantidade

De liquido

Ingerido

Volume

urinado

Número de

Perdas

urinárias

Perdas

noturnas

01/04/2011 15 2,4 litros 1,9 litros 3 2

02/04/2011 14 2.2 litros 1,6 litros 2 2

03/04/2011 15 1,9 litros 1,2 litros 3 2

04/04/2011 16 1,8 litros 1,2 litros 3 2

06/04/2011 14 2.2 litros 1,7 litros 3 2

08/04/2011 15 2,3 litros 1,7 litros 3 1

09/04/2011 14 2,1 litros 1,6 litros 3 2

10/04/2011 15 2,2 litros 1,7 litros 3 2

40

Tabela 1 – Dados Comparativos referentes diário miccional no período de 01/04/2011 a 29/06/2011

com exceção das terças e quintas quando era realizada a intervenção fisioterapêutica

continuação Data Frequência

Da micção

Quantidade

De liquido

Ingerido

Volume

urinado

Número de

Perdas

urinárias

Perdas

noturnas

11/04/2011 15 2,3 litros 1,9 litros 3 2

13/04/2011 14 1,9 litros 1,5 litros 3 2

15/04/2011 14 2,1 litros 1,6 litros 2 1

16/04/2011 13 2,2 litros 1,7 litros 2 1

17/04/2011 14 1,9 litros 1,3 litros 3 1

18/04/2011 12 2,2 litros 1,8 litros 2 2

20/04/2011 13 2,3 litros 1,9 litros 2 1

22/04/2011 12 2,4 litros 1,7 litros 2 1

23/04/2011 13 2,5 litros 1,9 litros 2 1

24/04/2011 12 2,2 litros 1,7 litros 2 0

25/04/2011 11 2,3 litros 1,6 litros 2 0

27/04/2011 11 2,1 litros 1,7 litros 2 0

29/04/2011 12 1,9 litros 1,5 litros 1 1

30/04/2011 11 1,7 litros 1,3 litros 1 0

01/05/2011 12 2,0 litros 1,6 litros 2 1

02/05/2011 11 2,1 litros 1,6 litros 0 0

04/05/2011 10 1,9 litros 1,5 litros 0 0

06/05/2011 09 1,9 litros 1,6 litros 0 0

07/05/2011 10 2,3 litros 1,8 litros 0 0

08/05/2011 10 2,1 litros 1,8 litros 0 0

09/05/2011 09 2,3 litros 1,9 litros 0 0

11/05/2011 11 2,2 litros 1,8 litros 0 0

13/05/2011 09 1,9 litros 1,6 litros 0 0

14/05/2011 08 1,8 litros 1,4 litros 0 0

15/05/2011 10 2,1 litros 1,7 litros 0 0

16/05/2011 09 2,4 litros 1,9 litros 0 0

18/05/2011 09 2,3 litros 1,9 litros 0 0

20/05/2011 08 2,1 litros 1,7 litros 0 0

21/05/2011 07 2,2 litros 1,8 litros 0 0

22/05/2011 08 2,0 litros 1,7 litros 0 0

23/05/2011 09 1,9 litros 1,5 litros 0 0

41

Tabela 1 – Dados Comparativos referentes diário miccional no período de 01/04/2011 a 29/06/2011

com exceção das terças e quintas quando era realizada a intervenção fisioterapêutica

conclusão Data Frequência

Da micção

Quantidade

De liquido

Ingerido

Volume

urinado

Número de

Perdas

urinárias

Perdas

noturnas

25/05/2011 08 2,2 litros 1,7 litros 0 0

27/05/2011 08 2,3 litros 1,9 litros 0 0

28/05/2011 08 2,4 litros 1,8 litros 0 0

29/05/2011 09 2,3 litros 1,7 litros 0 0

30/05/2011 08 2,1 litros 1,6 litros 0 0

01/06/2011 09 2,2 litros 1,7 litros 0 0

03/06/2011 08 1,9 litros 1,4 litros 0 0

04/06/2011 08 2,5 litros 1,9 litros 0 0

05/06/2011 07 1,8 litros 1,4 litros 0 0

06/06/2011 08 1,9 litros 1,3 litros 0 0

08/06/2011 08 2,0 litros 1,6 litros 0 0

10/06/2011 08 2,2 litros 1,7 litros 0 0

11/06/2011 07 2,1 litros 1,8 litros 0 0

12/06/2011 09 2,4 litros 1,9 litros 0 0

13/06/2011 08 2,3 litros 1,9 litros 0 0

15/06/2011 08 2,1 litros 1,7 litros 0 0

17/06/2011 09 2,3 litros 1,9 litros 0 0

18/06/2011 08 2,2 litros 1,8 litros 0 0

19/06/2011 07 1,9 litros 1,4 litros 0 0

20/06/2011 08 2,2 litros 1,8 litros 0 0

22/06/2011 08 2,1 litros 1,7 litros 0 0

24/06/2011 09 2,3 litros 1,9 litros 0 0

25/06/2011 09 2,2 litros 1,8 litros 0 0

26/06/2011 07 2,2 litros 1,7 litros 0 0

27/06/2011 09 2,1 litros 1,7 litros 0 0

29/06/2011 08 2,2 litros 1,8 litros 0 0

De acordo com os dados da tabela acima podemos observar que a frequência da

micção da paciente era aumentada chegando a até 16 vezes por dia. No final do tratamento o

número de micções diminuiu aumentando na quantidade de urina eliminada por vez. Isso se

deu também devido ao fato dela ter sido orientada a segurar a urina por mais tempo.

42

A quantidade de líquido ingerido por ela foi de 1, 8 litros a 2,5 litros por dia, sendo

considerado como líquido não apenas água, mas café, suco, leite e refrigerante. Já o volume d

de urina eliminada por dia foi de 1,3 litros a 1,9 litros. A diferença que ocorreu pode ser

devido à quantidade de líquido que perdemos no suor, na respiração e nas fezes.

Para mensuração da quantidade de urina eliminada por dia foi utilizado uma garrafa

plástica descartável de 2 litros enumerada de 50 em 50 mL para quantificar a quantidade de

urina eliminada.

O número de perdas urinárias no início do tratamento chegou a 3 vezes por dia

confirmando a incontinência e ao final do tratamento não ocorria mais perdas, comprovando a

melhora dos sintomas da IUE.

As perdas noturnas no início do tratamento chegaram a duas vezes por noite, a partir

do dia 02/05/2011 a paciente não apresentou mais perda de urina, também servindo de base

para alívio dos sintomas da incontinência.

Como visto por Oliveira e Garcia (2011), em um estudo realizado com idosas de 60 a

83 anos com queixa de incontinência urinária, observou redução significativa na frequência de

micções noturna, alívio dos sinais e sintomas, além da redução do número de pacientes com

dificuldade de retenção e perda de urina involuntária.

Nolasco e colaboradores (2007) fizeram uma revisão de literatura que se baseou na

busca de livros e artigos nacionais e internacionais publicados entre 1985 a 2006 nos idiomas

português, inglês e espanhol. Foi observado que a cinesioterapia do assoalho pélvico se

tornou um complemento importante para os variados programas de tratamento utilizados na

fisioterapia uroginecológica com resultados muito positivos.

De acordo com Sousa (2004) que fez um estudo em 7 pacientes com idade entre 46 e

69 anos sendo duas sessões semanais de 50 minutos cada, durante 10 semanas usando

43

cinesioterapia vieram confirmar que é um método baixo custo, simples e satisfatório para

curar ou pelo menos melhorar os sintomas da IU.

Segundo Oliveira; Rodrigues; Paula (2007) que realizaram uma pesquisa bibliográfica

de livros, artigos e teses concluindo que a fisioterapia com as diversas técnicas empregadas

tem fundamental importância tanto na prevenção quanto no tratamento da IUE, contribuindo

para a reabilitação da pessoa na sociedade.

Tabela 2 – Dados referentes a graduação dos cones vaginais durante o tratamento

Data Gramas

12/04/2011

14/04/2011

26/04/2011

28/04/2011

03/05/2011

05/05/2011

10/05/2011

12/05/2011

19/05/2011

24/05/2011

26/05/2011

31/05/2011

02/06/2011

07/06/2011

09/06/2011

14/06/2011

16/06/2011

28/06/2011

20

20

32

32

32

32

32

45

45

45

45

45

57

57

57

57

57

57

Fonte: Dados coletados pela autora

Na tabela acima podemos verificar que houve progressão dos cones, já que

Inicialmente foi utilizado cone de 20 gramas por 2 sessões evoluindo para o de 32 gramas

que foi utilizado por 5 sessões, em seguida evolui-se para o cone de 45 gramas que foi

44

utilizado durante 5 sessões, após evolui-se para o cone de 57 gramas por 6 sessões. Podemos

verificar que com a progressão dos cones há fortalecimento da musculatura perineal, já que

eles levam a pessoa a trabalhar esses músculos proporcionando uma melhor qualidade de

vida.

Oliveira, Rodrigues e Paula (2007), em uma pesquisa bibliográfica com livros, artigos

e teses concluíram que há uma relação mútua entre a capacidade de segurar no canal vaginal

os cones mais pesados e a redução da perda da urina.

Um estudo realizado por Dreher et al. (2009), com um protocolo de exercícios com

cones vaginais realizado no domicílio da paciente três vezes na semana, duas vezes ao dia por

oito semanas, na qual se observou o fortalecimento do assoalho pélvico.

No estudo de Cizino (2003), após a realização de 15 sessões verificou-se e foi

comprovada a eficiência dos cones vaginais no fortalecimento perineal e melhora dos

desconfortos da incontinência urinária, porém ressaltou que o tratamento deve ser contínuo

não havendo paradas longas para não alterar a resposta dessa musculatura.

Belo e colaboradores (2005), após a realização de um protocolo feito com 75 mulheres

com sintomas de incontinência urinária que consistia na utilização de cones por 15 minutos

por dia com a associação de exercícios de Kegel durante 16 semanas. Houve aumento de

tônus muscular e diminuição da perda urinária.

45

Tabela 3 – Dados comparativos do questionário relacionado as causas da perda urinária aplicado na

avaliação inicial e na avaliação final

Há perda de urina quando Avaliação inicial Avaliação final

Tosse

Espirra

Ri

Sobe escadas

Carrega peso

Agacha-se

Na relação sexual

4

4

3

4

4

3

4

0

0

0

0

0

0

0

Fonte: Dados coletados pela autora

Na tabela 3 pode-se observar que na avaliação inicial a paciente apresentava perda

involuntária de urina ao tossir, espirrar, rir, subir escadas, carregar peso, agachar-se, e também

na relação sexual. Podemos perceber que essas perdas a incomodavam muito, já que em 5 dos

7 ítens foi obtido nota máxima que pode ser verificada no questionário aplicado (anexo C). Já

na avaliação final nota-se que a paciente não apresenta mais perda de urina em nenhuma das

atividades relatadas anteriormente, repercutindo de forma positiva em seu emocional,

qualidade de vida e convívio social.

Rett e colaboradores (2007) em um estudo de qualidade de vida com 26 mulheres no

período de outubro de 2003 a junho de 2004 com queixa de IU realizaram exercícios para o

fortalecimento do assoalho pélvico associados ao biofeedback obteve-se melhora na qualidade

de vida.

Oliveira e colaboradores (2007) em um estudo de qualidade de vida com 34 mulheres

com IU, estudo esse que durou de janeiro de 2002 a agosto de 2004 concluíram que os

sintomas da IU diminuíram a qualidade de vida comprometendo o sono, a disposição além de

piorar o estado emocional.

Carvalho e Holanda (2008) em um estudo com 20 mulheres na terceira idade com IU,

com protocolo de 20 sessões de exercícios perineais afirmam que mesmo com variações

46

individuais, a IU repercute negativamente na saúde física, em aspectos emocionais,

psicológicos e sociais.

No oriente, as mães passam para as filhas exercícios para ter uma relação saudável

com as partes íntimas. O tantra e o taoísmo recomendam exercícios para o fortalecimento da

musculatura perineal com o objetivo de prevenir a anorgasmia, a incontinência urinária e o

prolápso do útero e da bexiga (FLUCKIGER, 2002 citado por JUNCKLOS, 2005).

47

5 CONCLUSÃO

Conclui-se com o presente estudo que a intervenção fisioterápica na incontinência

urinária de esforço por meio dos exercícios de Kegel e da utilização de cones vaginais foi

eficaz no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e considerando os relatos da

paciente a resposta foi muito significativa.

Em relação à incontinência urinária de esforço os resultados finais foram satisfatórios

pois a paciente relatou não haver mais perda de urina ao tossir, espirrar, rir, subir escadas,

carregar peso, agachar-se e nas relações sexuais.

Contudo, os exercícios de Kegel associados a cones vaginais tiveram um bom

resultado fortalecendo a musculatura perineal, pois além de ter atuado como um fator a mais

influenciando diretamente na auto-estima, o tratamento fisioterapêutico interferiu

positivamente na qualidade de vida da paciente.

48

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51

APÊNDICES

APÊNDICE A – EVOLUÇÃO DA INTERVENSÃO FISIOTERAPÊUTICA

15/03 terça-feira 15 horas e 20 minutos.

Foi realizada a avaliação e colhemos dados para melhor traçar o tratamento fisioterapêutico

para a paciente.

P.A: 120/80 mmHg.

17/03 quinta-feira13 horas e 30 minutos.

A paciente não compareceu à sessão, sem justificativa.

22/03 terça-feira 15 horas e 15 minutos.

Paciente em BEG.

Inicialmente realizamos alongamento ativo global, em 3 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício de propriocepção, em pé, paciente com as pernas semiflexionadas, e suas mãos

sobre a musculatura pélvica, orientamos quanto a respiração, e durante a inspiração foi feita

contração da musculatura pélvica, e na expiração, feito o relaxamento ( 3 de 15 segundos).

Paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, realizando exercício de ponte,

fazendo a contração da musculatura pélvica e realizando relaxamento em contato com o solo,

sempre orientando a paciente quanto a respiração, exercício realizado em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo para adutores, com auxílio de bola, em 3 séries de 15 repetições. (Paciente em

decúbito dorsal, pernas semiflexionadas, com bola entre os joelhos, enquanto pressiona a

bola, faz contração da musculatura pélvica, e relaxamento ao soltar a bola).

52

Paciente em pé, com pernas semiflexionadas, e pés afastados, com as mãos nos joelhos,

fazendo contração da musculatura pélvica, durante 3 minutos, realizando 10 contrações.

Para finalizar alongamento ativo global, em 3 séries mantidas por 20 segundos.

P. A. inicial: 120/80 mmHg.

P. A final: 120/80 mmhg.

24/03 quinta-feira 13 horas e 30 minutos.

A paciente não compareceu à sessão devido a uma consulta que ela tinha com o médico.

29/03 terça-feira 15 horas e 10 minutos.

Paciente em BEG, e colaborativa.

No início da sessão realizamos alongamento ativo global, em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício de propriocepção, em pé com as pernas semiflexionadas e as mãos sobre a

musculatura pélvica, e na expiração relaxamento em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte, paciente e, decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, no exercício

de ponte fazendo contração da musculatura pélvica e relaxamento feito em contato com o

solo, em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte, paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas e a bola

entre elas, fazendo a contração na elevação do quadril e relaxamento em contato com o solo,

em 3 séries de 15 repetições.

Paciente sentada com a mão sobre a região da musculatura pélvica, e pernas cruzadas,

realizando contração da musculatura pélvica na inspiração, e relaxamento na expiração, em 3

séries de 15 repetições.

Foi realizadas orientações a paciente sobre o diário miccional.

Para finalizar foi realizado alongamento ativo global em duas séries mantidas por 20

segundos.

P.A. inicial: 120/80 mmHg

P.A final: 110/70 mmHg.

53

31/03 quinta-feira 13 horas e 40 minutos

Paciente em BEG, e colaborativa.

No início da sessão realizamos alongamento ativo global, em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Foi realizado exercício de propriocepção, em pé, com as pernas semiflexionadas, e as mãos

sobre a musculatura pélvica, durante a inspiração é feita a contração da musculatura pélvica e

na expiração relaxamento, em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte, paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, no

exercício de ponte fazendo contração da musculatura pélvica, e foi feito relaxamento em

contato com o solo, 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte, paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, com a bola

entre elas, o exercício de ponte fazendo contração da musculatura pélvica, e foi feito

relaxamento em contato com o solo, em 3 séries de 15 repetições.

Paciente sentada, com a mão sobre a região da musculatura pélvica, e pernas cruzadas,

realizando contração da musculatura pélvica na inspiração e relaxamento na expiração, em 3

séries de 15 repetições.

Finalizamos a sessão com alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Orientamos a paciente, como colher urina para o diário miccional.

A paciente relatou entusiasmada em continuar o tratamento fisioterapêutico.

P.A. inicial: 120/80 mmHg.

P.A. final: 110/70 mmHg.

05/04 terça-feira 15 horas

Paciente em BEG, e colaborativa.

Para iniciar a sessão foi realizado alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício de propriocepção, posição ortostática e as pernas semiflexionadas, e as mãos em

musculatura pélvica e durante a inspiração foi feita contração da musculatura pélvica e na

expiração relaxamento, em 3 séries de 15 repetições.

Exercício de ponte com auxílio da bola dente de leite, fazendo contração da musculatura

pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Exercício de ponte, sem bola entre as pernas em 3 séries de 15 repetições.

54

Paciente sentada com as pernas cruzadas e com a mão sobre a região da musculatura pélvica,

foi realizada contração da musculatura pélvica na inspiração e relaxamento na inspiração.

Foi dada orientações à paciente quanto aos cones vaginais.

P.A. inicial: 120/80 mmHg.

P.A. final: 120/80 mmHg.

12/04 terça-feira 15 horas e 10 minutos.

Paciente em BEG e colaborativa.

No início da sessão realizamos alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício ativo de ponte, paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, no

exercício de ponte de ponte fazendo contração da musculatura pélvica e relaxamento feiro em

contato com o solo em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte, paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas e a bola

entre elas fazendo a contração na elevação do quadril e relaxamento em contato com o solo

em 3 séries de 15 repetições.

Paciente sentada, com a mão sobre a região pélvica ( musculatura), e as pernas cruzadas

realizando contração da musculatura pélvica na inspiração e relaxamento na expiração em 3

séries de 15 repetições.

Realizamos alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

A paciente fez caminhada por 3 minutos para verificar se conseguia sustentar o cone.

Paciente faz uso de cone vaginal de 20 gramas durante 5 minutos.

Paciente finalizou a sessão colaborativa e entusiasmada com o tratamento fisioterapêutico.

P.Ainicial: 110/70 mmHg.

P.Afinal: 110/70 mmHg.

14/04 quinta-feira 13 horas 35 minutos.

Paciente em BEG.

Para iniciar a sessão foi realizado alongamento ativo global em séries mantidas por 20

segundos.

55

Exercício ativo de ponte, paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas durante a

inspiração faz movimento de ponte e contração da musculatura pélvica e relaxamento feiro

em contato com o solo em 3 séries de 15 repetições.

Paciente sentada com a mão sobre a musculatura pélvica e pernas cruzadas realiza contração

da musculatura pélvica e relaxa, em 3 séries de 15 repetições.

Foi realizado alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos para finalizar a

sessão.

Paciente fez uso do cone vaginal de 20 gramas durante 5 minutos.

P.A. inicial: 120/80 mmHg.

P.A. final: 120/80 mmHg.

19/04 terça-feira 15 horas.

A paciente não compareceu, falta justificada por consulta médica.

26/04 terça-feira 15 horas

Paciente em BEG.

Para iniciar a sessão foi realizado alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício ativou de ponte, paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, durante a

inspiração faz movimento de ponte e contração da musculatura pélvica e relaxamento feito

com contato no solo em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com a bola entre as pernas, paciente em decúbito dorsal elevando as pernas,

durante essa elevação faz contração da musculatura pélvica e aperta a bola, e voltando as

pernas ao solo faz o relaxamento da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte com as pernas flexionadas e uma das pernas apoiadas na outra,

realizando a elevação da pelve fazendo a contração da musculatura pélvica e voltando o

contato com o solo realizou relaxamento, exercício realizado em 3 séries de 10 repetições.

Alongamento ativo global realizando em 2 séries mantidas por 20 segundos.

A paciente fez caminhada por 3 minutos com o cone de 32 gramas, sentindo sensação de

escorregamento.

Foi realizado exercício de contração (5 segundos de contração e 5 segundos de relaxamento)

com uso do cone vaginal de 32 gramas em 3 séries mantidas por 20 segundos.

56

Foi dadas orientações à paciente quanto o uso do cone vaginal.

P.Ainicial: 110/70 mmHg.

P.A. final: 110/70 mmHg.

28/04 quinta-feira 13 horas e 35 minutos.

Paciente em BEG.

Iniciamos a sessão com alongamento ativo global realizando em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício de ponte ( ativo), paciente em decúbito dorsal com as pernas flexionadas, durante a

inspiração faz movimento de ponte e contração da musculatura pélvica e relaxamento feito

com contato no solo em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com bola entre as pernas, paciente em decúbito dorsal elevando as pernas,

durante essa elevação faz contração da musculatura pélvica e apertando a bola, e voltando as

pernas ao solo faz relaxamento da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte com as pernas flexionadas e uma das pernas apoiada na outra

realizando elevação da pelve fazendo contração da musculatura pélvica e votado para o solo

realizando relaxamento, exercício realizado em 3 séries de 10 repetições.

Para finalizar alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Foi realizado exercício de contração com o uso do cone vaginal de 32 gramas em 3 séries de

15 repetições.

P.A inicial: 130/70 mmHg.

P.A final: 130/70 mmHg.

03/05 terça-feira 15 horas.

A paciente estava em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global, realizado em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício de ponte (ativo) com a paciente em decúbito dorsal com as pernas flexionadas,

durante a inspiração faz movimento de ponte e contração da musculatura pélvica e

relaxamento feito em contato no solo em 3 séries de 15 repetições.

57

Exercício ativo com a bola entre as pernas, paciente em decúbito dorsal elevando as pernas,

durante essa elevação faz contrações da musculatura pélvica e apertando a bola, e voltando as

pernas ao solo fazem relaxamento da musculatura pélvica, 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte, com as pernas flexionadas, e uma das pernas flexionadas, e uma das

pernas apoiada na outra, realizando elevação da pelve, fazendo contração da musculatura

pélvica e voltando para o solo realizando relaxamento, 3 séries de 10 repetições.

Para finalizar alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Foi realizado exercício de contração com o uso de cone vaginal de 32 gramas em 3 séries de

15 repetições. Durante a contração com o cone foi feito exercícios de agachamento.

P.A inicial: 110/70 mmHg.

P.A final: 110/70 mmHg.

05/05 quinta-feira 14 horas.

A paciente estava em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global realizado em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício de ponte (ativo) com a paciente em decúbito dorsal com as pernas flexionadas,

durante a inspiração faz movimento de ponte e contração da musculatura pélvica e

relaxamento feito em contato no solo em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com a bola entre as pernas e a paciente em decúbito dorsal elevado as pernas,

durante a elevação faz contração da musculatura pélvica e apertado a bola, e voltando as

pernas ao solo faz relaxamento da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte com as pernas flexionadas e uma das pernas apoiada na outra

realizando a elevação da pelve, fazendo contração da musculatura pélvica, e voltando para o

solo realizando relaxamento, em 3 séries de 10 repetições.

Alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício de contração com uso do cone de 32 gramas, durante a contração foi realizado

exercícios de agachamento e simulação de paciente subindo escada, realizados em 3 séries de

15 repetições.

P.A. inicial: 120/80 mmHg.

P.A. final: 120/80 mmHg.

58

10/05 terça-feira 15 horas.

A paciente estava em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global, realizado em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício de ponte (ativo) com a paciente em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas,

durante a inspiração faz movimento de ponte e contração da musculatura pélvica e

relaxamento feito em contato com o solo em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com bola entre as pernas e a paciente em decúbito dorsal elevando as pernas,

durante a elevação faz a contração da musculatura pélvica e apertando a bola, e voltando as

pernas ao solo faz relaxamento da musculatura pélvica, em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte com as pernas flexionadas e uma das pernas apoiada na outra

realizando elevação da pelve, fazendo contração da musculatura pélvica, e voltando ao solo

relaxamento, realizado em 3 séries de 10 repetições.

Alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício de contração com uso do cone de 32 gramas, durante a contração foi realizado

exercícios de agachamento, e simulação da paciente subindo escada, realizados em 3 séries de

15 repetições.

Foi realizado também simulação da paciente tossindo e espirrando em 10 repetições.

P.A. inicial: 120/80 mmHg.

P.A. final: 130/80 mmHg.

12/05 quinta-feira 13 horas e 35 minutos.

Paciente BEG e colaborativa.

Para iniciar a sessão realizamos alongamento ativo global realizados em 3 séries mantidas por

20 segundos.

Exercício ativo de ponte, paciente em decúbito dorsal com as pernas flexionadas, durante a

inspiração realiza contração da musculatura pélvica e logo relaxamento em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo com bola entre as pernas estendidas em decúbito dorsal elevando as pernas e

fazendo contração da musculatura pélvica e logo relaxamento as pernas em contato com o

solo, realizado em 3 séries de 15 repetições.

59

Exercício ativo de ponte e um dos pés apoiado na outra perna, fazendo contração da

musculatura pélvica na elevação, e na inspiração relaxamento voltando ao contato com o solo,

em 3 séries de 15 repetições.

Alongamento ativo global realizado em 2 séries mantidas por 20 segundos.

A paciente fez caminhada por 3 minutos com o cone de 45 gramas, sentindo sensação de

escorregamento.

Nesta sessão foi feita a troca para cone de maior carga, cone de 45 gramas.

Foi realizada contração com uso do cone, exercício de agachamento e simulação de paciente

subindo escada, todos os exercícios realizados em 3 séries de 10 repetições.

Foi feito orientações à paciente quanto o uso do cone em casa.

P.A inicial: 110/70 mmHg.

P.A final: 120/80 mmHg.

17/05 terça-feira 15 horas.

A paciente não compareceu, falta justificada por consulta médica.

19/05 quinta-feira 13 horas e 30 minutos.

Paciente em BEG.

Iniciamos a sessão realizando alongamento ativo global, em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício ativo de ponte realizando contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo com pernas apoiada em outra, realizando contração da musculatura pélvica,

em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com bolas entre as pernas estendidas, fazendo a contração da musculatura

pélvica durante a elevação das pernas, e relaxamento em contato com o solo, em 3 séries de

15 repetições.

Exercício ativo de propriocepção, paciente sentada e com as pernas cruzadas, realizando

contração da musculatura pélvica, na inspiração e relaxamento na expiração em 3 séries de 15

repetições.

Alongamento ativo global, realizado em 2 séries mantidas por 20 segundos.

60

Contração da musculatura pélvica com o uso do cone com carga de 45 gramas, durante os

exercícios de agachamento, caminhada e simulação de subir escadas, todos realizados em 3

séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 100/70 mmHg.

P.Afinal: 110/70 mmHg.

24/05 terça-feira 15 horas

Paciente em BEG.

Para iniciar a sessão iniciamos com alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício ativo de ponte, fazendo contração da musculatura pélvica, em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo de ponte, com a perna apoiada na outra, fazendo contração da musculatura

pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com bola entre as pernas estendidas durante a elevação das pernas realiza

contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de propriocepção, paciente sentada e com as pernas cruzadas realizando

contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Alongamento ativo global realizado em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Contração da musculatura pélvica com o uso de cone de carga de 45 gramas, fazendo

simulação de subir escadas, realizando exercício de agachamento, exercícios realizados em 3

séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 110/70 mmHg.

P.A. final: 110/70 mmHg.

26/05 terça-feira 13 horas e 30 minutos.

A paciente se apresentou em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global, em 3 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício ativo de ponte fazendo contração da musculatura do assoalho pélvico em 3 séries de

15 repetições.

Exercício ativo de ponte com a perna apoiada na outra, fazendo contração da musculatura do

assoalho pélvico, em 3 séries de 15 repetições.

61

Exercício ativo com bola entre as pernas estendidas, durante a elevação das pernas, realiza

contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de propriocepção, paciente sentada e com as pernas cruzadas realizando a

contração da musculatura do assoalho pélvico em 3 séries de 15 repetições.

Alongamento ativo global realizado em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Contração da musculatura pélvica com o uso do cone de 45 gramas, fazendo simulação de

subir escadas, exercícios de agachamento, exercícios realizados em 3 séries de 15 repetições.

Foi realizada uma caminhada com a paciente usando cone e durante essa caminhada foi feita

orientações quanto a respiração, caminhada realizada durante 5 minutos.

P.A. inicial: 110/70 mmHg.

P.Afinal: 110/70 mmHg.

31/05 terça-feira 13 horas e 30 minutos.

Paciente em BEG e colaborativa com a continuidade do tratamento.

Para iniciar a sessão foi realizado alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício ativo de ponte com as pernas apoiadas em outra, durante a elevação contração da

musculatura pélvica e logo em seguida relaxamento realizado em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com bolas entre as pernas estendidas fazendo contração da musculatura

pélvica durante a elevação, e o relaxamento em contato com o solo realizado em 3 séries de

15 repetições.

Exercício ativo de propriocepção com a paciente sentada e pernas cruzadas, realizando

contração da musculatura pélvica na inspiração e o relaxamento durante a expiração em 3

séries de 15 repetições.

Foi realizado alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Foi realizada contração da musculatura pélvica com uso do cone de carga de 45 gramas

realizando exercícios de agachamento, simulação de subir escadas em 3 séries de 15

repetições.

Simulação de paciente espirrando e tossindo em 10 repetições.

P.A. inicial: 120/70 mmHg.

P.A. final: 110/60 mmHg.

62

02/06 quinta-feira 13 horas e 30 minutos.

A paciente se apresentou em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício ativo de ponte com as pernas apoiadas em outra, durante elevação contração da

musculatura pélvica, e logo em seguida relaxamento realizado em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte, realizando contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo com a bola “dente de leite” entre as pernas estendidas, fazendo a contração da

musculatura pélvica durante a elevação e o relaxamento em contato com o solo, em 3 séries

de 15 repetições.

Exercícios ativos de propriocepção com a paciente sentada e com as pernas cruzadas,

realizando a contração da musculatura pélvica na inspiração e relaxamento durante a

expiração em 3 séries de 15 repetições.

Foi realizado alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

A paciente fez caminhada por 3 minutos com o cone de 57 gramas, sentindo sensação de

escorregamento.

Foi realizada contração da musculatura pélvica com uso do cone de 57 gramas, durante a

contração foi realizado exercícios de agachamento e simulação de paciente subindo escada,

realizados em 3 séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 110/70 mmHg.

P.A. final: 110/70 mmHg.

07/06 terça-feira 15 horas.

Paciente colaborativa e demonstra satisfeita com evolução dos sintomas.

Inicialmente foi realizado alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício ativo de ponte, realizando contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo de ponte sendo que uma perna é apoiada em outra, realizando a contração da

musculatura pélvica, realizado em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de propriocepção, paciente sentada com pernas cruzadas realizando contração

da musculatura pélvica durante a inspiração e relaxamento na expiração, em 3 séries de 15

repetições.

63

Exercício ativo com bola entre as pernas estendidas, contração da musculatura pélvica durante

a elevação e relaxamento com as pernas em contato com o solo.

Alongamento ativo global realizado em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Foi realizada contração da musculatura pélvica com o uso do cone de 57 gramas realizando

exercícios como simulação de subir escadas e agachamento com apoio em barra realizado em

3 séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 110/70 mmHg.

P.A final: 100/70 mmHg.

09/06 quinta-feira 13 horas e 45 minutos.

A paciente se apresentou em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício ativo de ponte com as pernas apoiadas em outra, durante a elevação contração da

musculatura pélvica e logo em seguida relaxamento realizado em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte realizando contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo com a bola “dente de leite” entre as pernas estendidas fazendo a contração da

musculatura pélvica durante a elevação e o relaxamento em contato com o solo em 3 séries de

15 repetições.

Exercício ativo de propriocepção com a paciente sentada e com as pernas cruzadas, realizando

a contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Foi realizado alongamento ativo global realizado em 2 séries de 20 segundos.

Também foi realizado contração da musculatura pélvica com o uso do cone de 57 gramas,

realizando exercícios de simulação de subir escadas e agachamento com apoio na barra,

realizados em 3 séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 110/80 mmHg.

P.A final: 120/80 mmHg.

14/06 terça-feira 15 horas

A paciente se apresentou em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20 segundos.

64

Exercício ativo de ponte com as pernas apoiadas em outra, durante a elevação contração da

musculatura pélvica, e logo em seguida relaxamento realizado em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com a bola “dente de leite” entre as pernas estendidas, fazendo a contração da

musculatura pélvica durante a elevação e o relaxamento em contato com o solo em 3 séries de

15 repetições.

Exercício ativo de ponte realizando contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15

repetições.

Exercício ativo de propriocepção com a paciente sentada e com as pernas cruzadas realizando

contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15 repetições.

Foi realizado alongamento ativo global realizado em 3 séries de 20 segundos.

Também foi feita contração da musculatura pélvica com o uso do cone de 57 gramas,

realizando exercícios de simulação de subir escadas e agachamento com apoio na barra,

realizados em 3 séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 110/70 mmHg.

P.A. final: 100/80 mmHg.

16/06 quinta-feira 13 horas e 35 minutos.

Paciente em BEG.

Para iniciar a sessão realizamos alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20

segundos.

Exercício ativo de propriocepção com a paciente sentada e pernas cruzadas, realizando

contração da musculatura pélvica durante a inspiração e relaxamento durante a expiração em

3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte sendo as pernas apoiada uma na outra durante elevação do quadril

realiza contração da musculatura pélvica e em contato com o solo relaxamento, exercício

realizado em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte realizando contração da musculatura pélvica na inspiração e

relaxamento na expiração em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo para adutores de coxa realizado com auxílio da bola, fazendo contração da

musculatura pélvica durante a elevação e relaxamento com as pernas de volta ao solo,

exercício realizado em 3 séries de 15 repetições.

65

Exercício ativo com pernas estendidas e bola entre elas fazendo contração da musculatura

pélvica durante a elevação e relaxamento com as pernas de volta ao solo exercício realizado

em 3 séries de 15 repetições.

Realizamos alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20 segundos.

Foi feito o uso de cone de carga de 57 gramas realizando contração da musculatura pélvica,

durante a simulação de subir escadas e agachamento com apoio na barra realizados todos em

3 séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 120/80 mmHg.

P.A final: 120/70 mmHg.

21/06 terça-feira 15 horas.

A paciente não compareceu, falta justificada por consulta médica.

28/06 terça-feira 15 horas

A paciente se apresentou em bom estado geral e colaborativa.

A sessão foi iniciada com alongamento ativo global em 3 séries mantidas por 20 segundos.

Exercício ativo de ponte com as pernas apoiadas em outra durante a elevação contração da

musculatura pélvica e logo em seguida relaxamento realizado em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo com a bola “dente de leite” entre as pernas estendidas fazendo a contração da

musculatura pélvica durante a elevação e o relaxamento em contato como o solo em 3 séries

de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte realizando a contração da musculatura pélvica em 3 séries de 15

repetições.

Foi realizado alongamento ativo global realizado em 2 séries de 20 segundos.

Também foi realizada contração da musculatura pélvica com o uso de cone de 57 gramas

realizando exercícios de simulação de subir escadas e agachamento com apoio na barra,

realizados em 3 séries de 15 repetições.

P.A. inicial: 110/70 mmHg.

P.Afinal: 120/80 mmHg.

66

30/06 quinta-feira 13 horas

A paciente se apresentou em bom estado geral e colaborativa.

Foi realizada a reavaliação da paciente que foram anotados em folha em anexo à ficha.

Logo após a reavaliação, foi feito exercício ativo de adutores de coxa realizado com o auxílio

da bola “dente de leite” fazendo a contração da musculatura pélvica ao apertar a bola e

relaxamento em seguida em 3 séries de 15 repetições.

Exercício ativo de ponte realizando a contração da musculatura pélvica durante a elevação em

3 séries de 15 repetições.

Para finalizar a sessão foi realizado alongamento ativo global em 2 séries mantidas por 20

segundos e realizamos orientações à paciente quanto a continuidade do tratamento até a

próxima semana.

P.A. inicial: 120/80 mmHg.

P.A. final: 110/70 mmHg.

67

APÊNDICE B – DIÁRIO MICCIONAL

Diário Miccional

Data Frequência

Da micção

Quantidade

De liquido

Ingerido

Volume

urinado

Número de

Perdas

urinárias

Perdas

noturnas

68

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO

Questionário

Para todas as perguntas responda de acordo com a escala abaixo:

Nada (0).

Pouco (1)

Médio (2)

Muito (3).

Completamente (4)

1) Há perda de urina ao tossir?

( ) Sim. ( ) Não.

Se a resposta for sim quanto incomoda ( ).

2 ) Há perda de urina ao espirrar?

( ) Sim ( ) Não.

Se a resposta for sim quanto incomoda ( ).

3 )Há perda de urina ao rir?

( ) Sim. ( ) Não.

Se a resposta for sim quanto incomoda ( ).

4 ) Há perda de urina ao subir escadas?

( ) Sim. ( ) Não.

Se a resposta for sim quanto incomoda ( ).

5 ) Há perda de urina ao carregar peso?

( ) Sim. ( ) Não.

Se a resposta for sim quanto incomoda ( ).

6 ) Há perda de urina ao agachar-se?

( ) Sim. ( ) Não.

Se a resposta for sim quanto incomoda ( ).

7 ) Há perda de urina na relação sexual?:

69

( ) Sim. ( ) Não.

Se a resposta for sim quanto incomoda ( ).

70

8 ANEXOS

ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)

Eu, ______________________________________________________RG__________,

abaixo qualificado (a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui

devidamente esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Os Benefícios da Utilização

dos Exercícios de Kegel e de Cones Vaginais em Paciente com Incontinência Urinária de

Esforço, desenvolvido pela aluna Alexsandra Alves Pereira, do curso Bacharelado em

Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, quanto aos seguintes aspectos:

A Incontinência Urinária de Esforço é um sério problema de saúde pública sendo de

causa multifatorial e que afeta pessoas de diferentes faixas etárias. Esta doença pode limitar a

independência e a qualidade de vida do indivíduo, causando até o isolamento social e a

fisioterapia atua fortalecendo a musculatura perineal (DRIUSSO, 2007).

Será realizado um programa de fortalecimento muscular perineal (Exercícios de Kegel

e uso de cones vaginais), duas vezes por semana no período de maio/2011 a julho/2011. Este

estudo tem o intuito de analisar os efeitos do fortalecimento da musculatura do assoalho

pélvico na Incontinência Urinária de Esforço.

O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação em qualquer fase da

pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e cuidado. É garantido o

sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e

informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de publicação e produção

do trabalho de conclusão de curso para o grau de bacharel.

Declaro, outrossim, que depois de esclarecida pela pesquisadora e ter entendido o que

me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.

71

Paracatu, de 2011

QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Objeto da pesquisa

(Nome):................................................................................................................................

RG:........................... Data de nascimento....... /....... /...................... Sexo: M ( ) F ( )

Endereço:....................................................................................................... nº...................

Bairro:.................................................................................. Cidade:...................................

CEP:.................................................... Tel:..........................................................................

_________________________________________________________________

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR

DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de

Consentimento Livre Esclarecido, cumprindo todas as exigências contidas no Capítulo IV da

Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e

esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa.

Paracatu, de 2011.

_____________________________________________________________

Alexsandra Alves Pereira

72

ANEXO B - FICHA DE AVALIAÇÃO DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA

FICHA DE AVALIAÇÃO EM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

DADOS PESSOAIS:

Nome: _____________________________________________________________________

End.: ______________________________________________________________________

Data de Nascimento _______/________/_____________ Sexo_________________________

Naturalidade___________________________________ Raça _________________________

Profissão: ___________________________________________________________________

Número de gestações ________________ Número e tipos de partos___________________

HISTÓRIA ATUAL:

HISTÓRIA PREGRESSA:

ANAMNESE:

1- Queixa Principal ___________________________________________________________

2- Duração dos sintomas _______________________________________________________

3- Tipos de sintomas __________________________________________________________

4- Tempo de aparecimento______________________________________________________

5- Situação em que ocorre a perda________________________________________________

6- Fator desencadeante_________________________________________________________

7- Fatores que melhoram ou pioram os sintomas ____________________________________

8- Hábitos de vida ____________________________________________________________

9- Medicação ________________________________________________________________

ACHADOS DIAGNÓSTICOS:

Horário e volume da ultima micção: _____________________________________________

Elimina pequenas quantidades de urina com frequência? _____________________________

Gotejamento de urina? ________________________________________________________

Dor ou desconforto na região abdominal inferior? ___________________________________

Protuberância arredondada na pelve? _____________________________________________

73

EXAME FÍSICO:

ABDOMINAL:

Estado da pele:

Cicatriz e aderência:

Estrias:

Zonas dolorosas:

Hérnias:

ASSOALHO PÉLVICO:

Mucosa hiperêmica

Irritação local

Corrimento

Hemorróidas

Cicatriz

Episiotomia

PALPAÇÃO:

Tônus da musculatura perineal

Tônus do glúteo, abdome e adutores.

Alteração de sensibilidade

AVALIAÇÃO DE OUTROS SISTEMAS:

EXAMES COMPLEMENTARES:

Assinatura dos estagiários: _____________________________________________________