os desafios da avaliação institucional numa instituição ... - ufrgs.br · os desafios da...
TRANSCRIPT
Os desafios da Avaliação Institucional numa Instituição Multicampi
Rita de Cássia Cardozo da Luz, Jaqueline de Menezes Rosa
Comissão Própria de Avaliação – Coordenadoria de Processos Avaliativos
Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) – Campus Canoas
92.425.900 – Canoas – RS – Brasil
[email protected] – [email protected]
Abstract: This article presents the evolution of the institutional evaluation
process, with a brief history from the year of 1998 when occurred the
voluntary participation of ULBRA (Universidade Luterana do Brasil) in
PAIUB (Programa de Avaliação Institucional das Universidades
Brasileiras) and demonstrate the significant growth in the number of
respondents with the results obtained in the years of 2014 and of 2015
considering the challenges of performing Institutional Evaluation in
multicampi institution. The results were possible to obtain with the process
restructuration, consisting in the formation of volunteer teams and with the
creation of engagement strategies involving the academic community in the
state of Rio Grande do Sul and the University e-learning branch in Brazil.
Resumo: Este artigo visa apresentar a evolução do processo de avaliação
institucional, com um breve histórico desde o ano 1998, quando da
participação voluntária da ULBRA (Universidade Luterana do Brasil) no
PAIUB (Programa de Avaliação Institucional das Universidades
Brasileiras), bem como demonstrar o significativo crescimento do número
de respondentes com os resultados obtidos nos anos de 2014 e 2015,
considerando os desafios de se realizar a Avaliação Institucional numa
instituição multicampi. Tais resultados foram possíveis a partir da
reestruturação do processo com a formação de equipes voluntárias e a
criação de estratégias de engajamento envolvendo a comunidade acadêmica
nas Unidades ULBRA no Rio Grande do Sul e EAD do Brasil.
1 - Introdução
Conforme consta no PDI (2013), a Universidade Luterana do Brasil, de acordo com os
princípios legais e normativos, assume o compromisso permanente de rever as suas
funções e o papel exercido pela Educação Superior, sua capacidade de atender as
demandas de conhecimento e formação advindas do processo socioeconômico,
científico e tecnológico. E, diante de um cenário no qual a inovação e a busca de saberes
interdisciplinares configuram novas condições para o conhecimento, assume como
desafio a garantia de uma formação acadêmica sustentada na perspectiva investigativa e
problematizadora, a fim de contribuir na melhoria do impacto de seus egressos na
sociedade.
Este panorama remete desenvolver processos educativos que promovam os
estudos contemporâneos e de caráter inovador no Ensino Superior, sobretudo, quando a
Universidade almeja se constituir em um espaço de estudo, de produção e divulgação do
saber como promotor de melhor qualidade de vida. O saber, em sua abrangência e
complexidade de um processo de significação e aplicabilidade, incita considerar as
necessidades e motivações dos alunos, a utilização das tecnologias e a formação
permanente do educador (IMBERNÓN, 2000). Para tanto, a leitura de diferentes
insumos de processos avaliativos, tanto internos como externos, possibilita à
Universidade o feedback de seus processos acadêmicos.
O processo de Avaliação Institucional realizado anualmente contribui
significativamente no planejamento de ações que visam à melhoria e a qualificação dos
processos institucionais. A opinião dos acadêmicos, docentes, gestores e demais
colaboradores possibilita a proposição de ações de melhoria para minimizar os pontos
frágeis e maximizar os pontos fortes. A efetividade do processo de avaliação na
Instituição é indicadora de regularidade perante o MEC e de apoio aos processos de
desenvolvimento institucional, porque a avaliação dos agentes envolvidos oportuniza a
análise dos diferentes processos acadêmicos e administrativos. Face aos resultados
obtidos, obtém informações que alavancam estratégias de melhoria mediante os
objetivos institucionais. Além disto, a avaliação interna articulada com a avaliação
externa possibilita a implementação dos indicadores de qualidade em sintonia com a
realidade local e exigência legal. Os indicadores evidenciam as necessidades para a
consecução das finalidades educacionais, objeto de negócio, bem como a elevação dos
conceitos atribuídos pela comunidade interna e externa e, por consequência, o
reconhecimento do mercado, encantamento e fidelização dos clientes.
A Comissão Própria de Avaliação oferece instrumentos de análise,
acompanhamento e avaliação das atividades acadêmicas e administrativas, dos serviços
que subsidiam o desenvolvimento da IES e o estabelecimento de diretrizes em prol da
missão institucional. Neste sentindo, a avaliação realizada oportuniza à equipe gestora
(Reitoria, Pró-Reitorias, Diretorias, Coordenadorias e Coordenações de Ensino, de
Cursos e de Polos; professores, NDE - Núcleo Docente Estruturante) a análise dos
processos, tendo por base o Relatório final disponibilizado pela CPA, sobretudo ao que
se refere à
avaliar a Universidade como uma totalidade integrada que
permite a autoanálise valorativa da coerência entre a missão e as
políticas institucionais efetivamente realizadas, visando à
melhoria da qualidade acadêmica e o desenvolvimento
Institucional. (CONAES, 2004, p. 20).
O grande desafio dos Processos de Autoavaliação Institucional da Universidade
Luterana do Brasil, e que se está concretizando aos poucos, tem sido difundir e
consolidar a cultura da avaliação de forma igualitária em todas as unidades do Brasil,
aumentando o número de participantes respondentes em todos os segmentos,
despertando-os à conscientização sobre a importância de realizar a Autoavaliação.
Paralelo a este desafio, acompanha o planejamento e a tomada de decisões baseados nos
indicadores da AI, de modo a garantir que as não conformidades apontadas pelos
públicos pesquisados sejam solucionadas a partir da análise dos seus resultados. Assim,
a socialização dos resultados dos processos avaliativos, bem como das ações realizadas
visando corrigir as fragilidades, contribuirá para a geração de ainda mais credibilidade
aos processos avaliativos, colaborando para que o desafio seja vencido.
2 - Identificação da Instituição
A Universidade Luterana do Brasil – ULBRA é uma instituição de ensino superior
privada multicampi, confessional e comunitária, cuja Mantenedora AELBRA
(Associação Educacional Luterana do Brasil) congrega escolas de Educação Básica e
estabelecimentos de Ensino Superior.
Foi criada em 1972 como Faculdade Canoense de Ciências Administrativas, com
o Curso de Administração de Empresas. Novos cursos resultaram na criação das
Faculdades Canoenses (1974) que com o crescimento, transferiu-se, em 1981, para um
campus próprio, que hoje é o Campus da ULBRA, em Canoas, atingindo em janeiro de
1988 o status de Universidade.
A ULBRA no Rio Grande do Sul possui Campi em nove municípios: Cachoeira
do Sul, Canoas, Carazinho, Gravataí, Guaíba, Porto Alegre, Santa Maria, São Jerônimo
e Torres, conforme ilustrado pela Figura 1, atendendo 24.665 alunos nos 147 cursos de
Graduação e Pós-Graduação na modalidade Presencial e mais 12.178 alunos na
modalidade de Educação a Distância de Graduação e Pós-Graduação, que para
desenvolver seus programas em EAD, conta com a qualificação e comprometimento de
80 polos em diferentes pontos do território nacional, conforme apresentado na Figura 2,
sendo que 17 deles encontram-se no Rio Grande do Sul.
Figura 1 - Abrangência da ULBRA RS
Acrescente-se, ainda, os alunos matriculados em cursos de Pós-graduação Lato
Sensu e em programas de Pós-graduação Stricto Sensu (6 mestrados e 4 doutorados).
A Associação Educacional Luterana do Brasil é mantenedora também de um
grande complexo universitário em nível nacional, responsável administrativa e
pedagogicamente por quatro Centros Universitários e dois Institutos de Ensino Superior
nos Estados do Amazonas, Goiás, Pará, Rondônia e Tocantins, com 16.195 alunos em
cursos de nível superior, conforme ilustra a Figura 2.
Figura 2 - Abrangência da ULBRA nacionalmente
3 - A evolução do Processo Autoavaliativo na ULBRA
O processo sistematizado de Autoavaliação da ULBRA teve início, quando da
participação voluntária no PAIUB (Programa de Avaliação Institucional das
Universidades Brasileiras), a partir de 1998. Em 2000 foi realizado o documento
denominado “Diagnóstico Institucional”, que identificou aspectos gerais e estruturais da
Universidade. Por meio deste diagnóstico, a Universidade fez uma reorganização
pedagógica e administrativa, implantando uma nova visão na gestão educacional. Em
janeiro de 2001, foi oficializada a Comissão Permanente de Avaliação Institucional, que
coordenou o processo interno, consolidando-o no Documento de Avaliação
Institucional.
Em 27 de abril de 2004, a ULBRA instituiu, pela Portaria nº 441/04, a Comissão
Própria de Avaliação (CPA), para sistematizar e conduzir o processo interno de
avaliação da Universidade. A criação da CPA atendeu às novas diretrizes do MEC que,
em 14 de abril de 2004, instituiu a Lei n° 10.861, criando o Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior (SINAES). E, em 14 de julho de 2006, a Comissão foi
reestruturada através da Portaria nº. 564/06. O processo de Autoavaliação Institucional
de 2005 foi realizado atendendo às dez dimensões dos SINAES e seus resultados
enviados ao MEC em 2006.
Em 2009 foi reestruturada a Comissão Permanente de Avaliação Institucional e
criada a Comissão de Planejamento e Autoavaliação Institucional-COPEAI composta,
de acordo com o Art. 7º da Portaria 2.051/2004, por representantes da sociedade civil,
de professores, funcionários e alunos de cada Unidade de Ensino.
A partir das análises dos resultados dos Processos Avaliativos e de avaliações
dos ciclos dos SINAES e outros mecanismos de qualificação realizados pelo MEC, são
propostas modificações e implantadas novas soluções na Instituição. Dentre elas,
destaca-se no ano de 2014, a elaboração do Regimento Interno da Comissão Própria de
Avaliação da Universidade. O referido documento alterou a designação anterior,
COPEAI (Comissão de Planejamento e Autoavaliação Institucional), para Comissão
Própria de Avaliação – CPA da ULBRA. A composição da Comissão foi realizada a
partir de edital de candidatura e eleição dos membros dos segmentos representantes. A
ULBRA, sendo uma instituição Multicampi atuante no Rio Grande do Sul em nove
municípios (Canoas, Cachoeira do Sul, Carazinho, Gravataí, Guaíba, Porto Alegre, São
Jerônimo, Santa Maria e Torres) constituiu em cada unidade uma Subcomissão CPA,
representando o núcleo local de Autoavaliação Institucional. Em 2015, concluída esta
etapa nas unidades presencial e EAD da ULBRA, a partir de eleição entre os pares, que
são membros das Subcomissões, foi constituída a Comissão Própria de Avaliação da
ULBRA, conforme Artigo 4º da Resolução nº10 de 12/06/2014, com o objetivo de
reestruturar e aprimorar todo o processo avaliativo dando suporte e orientação às
subcomissões das Unidades.
As Subcomissões de cada unidade têm suas atividades articuladas com as ações
da CPA Institucional, conforme planejamento e calendário proposto, participando
ativamente dos processos de desenvolvimento da avaliação interna. Assim sendo, as
necessidades, desenvolvimento e solicitações referentes aos processos de Avaliação
Institucional são organizadas pela Comissão Própria de Avaliação ULBRA.
O Processo de Autoavaliação da Universidade de 2015, assim como os processos
anteriores de 2013 e 2014, cujos resultados relacionados à evolução de respondentes
estão apresentados nos quadros e gráficos comparativos deste trabalho, foram realizados
nas Unidades ULBRA RS (Cachoeira do Sul, Canoas, Carazinho, Gravataí, Guaíba,
Porto Alegre, Santa Maria, São Jerônimo e Torres) e nos polos EAD de todo o Brasil.
Ambos os processos focalizaram a sua consulta aos diferentes segmentos que formam a
comunidade acadêmica em consonância com os cinco eixos que contemplam as dez
dimensões dispostas no art. 3º da Lei n° 10.861, que institui o SINAES (Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior).
3.1 - Etapas da Autoavaliação
O Processo de Avaliação Institucional está dividido em quatro grandes fases:
sensibilizar, avaliar, planejar e divulgar. As etapas secundárias que permeiam as quatro
grandes fases do Processo de Autoavaliação podem ser visualizadas através da Figura 3:
Figura 3 - Etapas secundárias do processo avaliativo
3.2 – Metodologia
Os Processos de Autoavaliação Institucional ocorrem no segundo semestre de cada ano,
sendo que a fase de aplicação dos questionários em 2015 aconteceu de 8 de setembro a 9
de outubro. Participaram da avaliação de 2015 10.028 representantes dos Segmentos:
Discente, Docente, Gestores e Técnico Administrativos de uma população total de
39.856 entre todos os Segmentos, das Unidades ULBRA RS e EAD Brasil.
Para se identificar o nível de satisfação dos respondentes foi elaborado um
questionário estruturado, formado por 51 questões fechadas, onde todos os participantes
foram submetidos às mesmas alternativas de respostas, e uma questão aberta. As
questões registradas foram organizadas por Segmentos a partir dos cinco (05) eixos que
contemplam as dez (10) dimensões dispostas no art. 3º da Lei n° 10.861, que institui o
SINAES, conforme ilustrado no Quadro 1. Os instrumentos utilizaram uma escala de 5
pontos de satisfação simples. Neste modelo atribuiu-se uma pontuação de 1 a 5,
utilizando os parâmetros apresentados no Quadro 2, com cálculo de média ponderada.
Desta forma foi obtido o RM (Ranking Médio) para cada Questão, Eixo e Dimensão.
Quanto mais próximo de 5 o RM estiver, maior será o nível de satisfação dos
respondentes e quanto mais próximo de 1, menor.
DIMENSÕES
Eixo 1Planejamento
Institucional Dimensão 8 - Planejamento e Autoavaliação
Dimensão 1 - Missão e Plano de Desenvolvimento institucional
Dimensão 3 - Responsabilidade Social na Instituição
Dimensão 2 - Políticas para o Ensino, a Pesquisa e a Extensão
Dimensão 4 - Comunicação com a Sociedade
Dimensão 9 - Política de Atendimento aos Discentes
Dimensão 5 - Políticas de Pessoal
Dimensão 6 - Organização e Gestão da Instituição
Dimensão 10 - Sustentabilidade Financeira
Eixo 5Infraestrutura
Física Dimensão 7 - Infraestrutura Física
Políticas de
Gestão Eixo 4
EIXOS
Desenvolvimento
Institucional Eixo 2
Políticas
Acadêmicas Eixo 3
Quadro 1- Eixos e Dimensões considerados na Avaliação Institucional
1 Totalmente Insatisfeito(a)
2 Insatisfeito(a)
3 Parcialmente Satisfeito(a)
4 Satisfeito(a)
5 Totalmente Satisfeito(a)
MG Média Geral
AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 2015/2
Quadro 2 - Legenda do Instrumento de Pesquisa da AI 2015/2
Todas as questões fechadas tiveram caráter obrigatório de resposta, ou seja, o
participante só poderia validar seu instrumento caso tivesse preenchido todas as
questões. Além disso, em cada formulário foi disponibilizado um espaço para críticas e
sugestões do respondente, através da questão aberta. Acredita-se que esta parte da
avaliação seja de grande importância para uma reflexão das atividades da Universidade
e o estabelecimento de ações de melhorias dos pontos destacados pela comunidade
acadêmica.
Os Instrumentos de Pesquisa utilizados nesse Processo de Avaliação
Institucional foram construídos de acordo com o perfil do Segmento participante,
diferenciados entre Aluno Graduação EAD, Aluno Graduação Presencial, Aluno Pós-
Graduação EAD, Aluno Pós-Graduação Presencial, Colaborador Técnico-
administrativo, Gestor e Professor, visando buscar dados específicos de acordo com o
segmento participante.
3.3 - Coleta de Dados
A coleta de dados se deu através de formulário eletrônico disponibilizado na plataforma
de autoatendimento, que é acessado por discentes, docentes e colaboradores técnico-
administrativos, com login de usuário CGU (Cadastro Geral ULBRA) e senha
individuais. Os formulários são elaborados e disponibilizados de acordo com o perfil do
respondente, ou seja, do Segmento que esse representa. A CPA não utiliza de
mecanismos que impeçam qualquer integrante da Comunidade Acadêmica de acessar
sistemas, plataformas, documentações ou informações, tornando a participação da AI
obrigatória. Pelo contrário, a Comissão Própria de Avaliação procura utilizar formas de
conscientização que despertem o sentimento de pertencimento nos integrantes da
Comunidade Acadêmica, levando os seus indivíduos a participarem de forma
espontânea e consciente, colaborando assim para a consolidação da Cultura da
Avaliação.
Visando viabilizar a participação de todos os indivíduos que integram os mais
distintos setores da Instituição bem como os PCDs (Pessoas com Deficiência), tanto
alunos como colaboradores, no processo avaliativo, a CPA utilizou de alternativas
específicas para esses públicos, como por exemplo, formulários impressos para os
colaboradores de alguns setores específicos da Universidade que não dispusessem de
acesso à plataforma de autoatendimento ou com inabilidade para utilizá-la, como
paisagismo, manutenção e higienização. Nesse caso a coleta de dados ocorreu numa
reunião agrupando todos esses colaboradores que foram auxiliados pelos membros da
CPA no preenchimento do instrumento. Para atendimento aos PCDs a CPA contou com
o auxílio do PPA (Programa Permanente de Acessibilidade) que disponibilizou
intérpretes e ledores para o atendimento individual a cada respondente na sede do PPA.
3.4 - Plano Amostral
Amostra Ideal: Número mínimo de respondentes calculado para a amostra ser
representativa da população considerando um erro máximo de estimação de 5% e um
índice de confiança de 95%. Erro Máximo de Estimação: Valor máximo em pesquisas
científicas: 5%. Assim, os grupos Professores, Colaboradores, Gestores, Alunos de
Graduação Presencial e Graduação EAD possuem amostras representativas de toda a
população, ou seja, para esses grupos os resultados obtidos na pesquisa podem ser
generalizados para toda a população. A amostra foi calculada segundo a fórmula e
convenção apresentados no Quadro 3.
Fórmula Convenção
n = amostra
p = proporção amostral
e = erro máximo
N = tamanho da população
z = valor tabelado (1,96) Distribuição Normal
Quadro 3 - Fórmula e Convenção para o cálculo amostral
O Quadro 4 apresenta os dados gerais das Unidades da Região Sul e EAD
relativos à População, Amostra e Respondentes, foco de análise da AI 2015.
Público PopulaçãoAmostra Mínima
Desejável
Amostra Pesquisada
RespondentesErro
Graduação Presencial 24044 378 5915 0,50%
Pós graduação presencial 621 238 81 10,20%
Graduação EAD 11386 372 2092 1,90%
Pós graduação EAD 792 259 40 15,10%
Gestores 194 129 162 3,10%
Professores 1116 286 739 2,10%
Colaboradores 1703 314 999 2,00%
Resumo do Plano Amostral
Quadro 4 - Resumo do Plano Amostral - AI 2015
4 - Apresentação dos Resultados
Este trabalho apresenta um comparativo dos dados gerais de população versus
respondentes, identificados nas Avaliações Institucionais realizadas nos três últimos
anos, para a modalidade Presencial nas Unidades do RS e EAD de todo o Brasil.
O Quadro 5 apresenta o total de população e de respondentes no Processo de
Autoavaliação Institucional dos anos 2013, 2014 e 2015. Por intermédio dos dados
apresentados nesse quadro é possível identificar um crescimento muito significativo no
período analisado.
Quadro 5 - População x Respondentes: 2013 - 2014 - 2015
O Gráfico 1 ilustra a evolução do número de respondentes em relação à
população nos anos de 2013, 2014 e 2015.
Gráfico 1 - Evolução do percentual de respondentes em relação à população
O Quadro 6 apresenta o total de população e de respondentes por Segmento no
Processo de Autoavaliação Institucional dos anos 2013, 2014 e 2015. Por meio dos
dados apresentados nesse quadro é possível identificar que os maiores percentuais de
participação encontram-se fora do Segmento Discente, ou seja, entre Gestores e
Professores em 2013 e 2014 e entre Gestores e Colaboradores em 2015, considerando a
média ponderada.
Quadro 6 - População x Respondentes por Segmento
O Quadro 7 demonstra a evolução de participação por Segmento nos três últimos
anos. O crescimento mais significativo de participação pode ser identificado na
Modalidade EAD no Segmento Alunos de Pós-Graduação, que registrou um percentual
de 915,45% de 2013 para 2014 e também o maior crescimento médio no período:
312,69%. O segundo maior crescimento foi identificado igualmente na Modalidade
EAD, 484,31% de 2013 para 2014, no Segmento Alunos de Graduação, que também
registrou a segunda maior média de crescimento no período: 292,79%. Entretanto,
ressalta-se que esses percentuais, significativos nos dois casos, são influenciados pelo
tamanho das amostras de respondentes que em 2013 eram muito baixas.
O Quadro 7 mostra ainda que de 2013 para 2014 houve um crescimento de
167,40% no número de respondentes, de 2014 para 2015 de 2,01% e de 2013 para 2015
o crescimento foi de 172,78%. Dessa forma, é possível identificar um crescimento
médio de 114,06% no período analisado.
Quadro 7 - Evolução de Participação por Segmento
O Gráfico 2 ilustra a evolução de participação nas Avaliações Institucionais de
2013, 2014 e 2015 por Modalidade de Ensino. No entanto, através das informações
apresentadas no Quadro 8 é possível identificar uma evolução mais significativa da
Modalidade EAD que apresentou uma média de 291,31% de crescimento ao ano no
período analisado.
Gráfico 2 - Evolução de Respondentes por Modalidade de Ensino
Quadro 8 - Crescimento por Modalidade de Ensino
Outros fatores também contribuíram para a qualificação do processo como um
todo, como por exemplo:
- a reformulação de diferentes instrumentos de pesquisa, a fim de atender as
necessidades legais;
- a divulgação mais expressiva dos resultados das AIs bem como a identificação
das ações concretizadas a partir dos resultados das mesmas;
- a participação dos dirigentes do DCE (Diretório Central de Estudantes) e dos
CA (Centros Acadêmicos) dos cursos nas ações desenvolvidas na fase de sensibilização;
- a realização de vários encontros de caráter reflexivo e propositivo e de
Seminários envolvendo os Segmentos representados, as subcomissões CPA, a reitoria,
pró-reitorias e diretorias de todas as Unidades RS e EAD Brasil visando o
fortalecimento da cultura da avaliação, o que foi de grande valia em virtude da
integração alcançada entre todos os setores participantes e dos resultados apresentados
tornarem-se saberes compartilhados;
- a realização de um ciclo de encontros com os NDEs, tanto presenciais quanto
EAD, com representatividade de todos os cursos, visando a continuidade do
alinhamento de metas e ações da CPA e da Instituição;
- a aproximação e integração com a Ouvidoria, para ações globais em conjunto,
aliando forças para que as necessidades comuns fossem identificadas facilitando a
elaboração de um plano de ação para a correção dos pontos frágeis e a potencialização
dos pontos fortes;
- o trabalho em alinhamento ao PPA, fundamental para que se pudesse
oportunizar a inclusão de PCDs no processo avaliativo, ou seja, a participação de
alunos, professores e demais colaboradores com algum tipo de deficiência física,
auditiva, visual ou intelectual.
5- Conclusão
Os resultados identificados quanto à evolução do número de respondentes nos processos
de Autoavaliação Institucional realizados em 2014 e 2015 são frutos do trabalho de
reestruturação desenvolvido pela CPA Institucional iniciado em 2013, cujo ápice
ocorreu em 2014 e contou com a formação de subcomissões CPA exclusivas para cada
Unidade, constituídas através de eleição democrática dos representantes de cada
Segmento que as compõem (Professores, Alunos, Colaboradores, Coordenadores,
Tutores e Sociedade Civil) e que atuaram em sinergia com a CPA Institucional, formada
por representantes dessas subcomissões.
Ficaram evidenciados o significativo aprimoramento do processo avaliativo,
com o engajamento e a participação efetiva de todas as subcomissões CPA, alinhadas ao
empenho dos participantes dos diversos grupos de trabalho dos diferentes setores e
unidades, inclusive Reitoria, Pró-reitorias, Diretorias e Gerências, o que possibilitou o
alcance desse desempenho.
A Comissão Própria de Avaliação tem em seu Plano de Ação a meta de
intensificar a atuação de seu projeto junto à comunidade acadêmica. Acredita que
quanto mais a comunidade participar, maior será o desenvolvimento de ações que
possam qualificar os objetivos da Instituição. Neste sentido, a CPA percebe que a
realização de diferentes práticas de comunicação sensibiliza e, sobretudo, envolve os
agentes participantes junto ao processo de avaliação e planejamento. Os dois processos
incitam o debate, a criação de novas estratégias voltadas à qualidade do Ensino
Superior.
Nas reuniões organizadas pela alta gestão, nos encontros do Planejamento
Estratégico, nas reuniões da CPA e suas respectivas subcomissões, a participação dos
professores e alunos, através de Conselho de Curso, bem como com as formas de
comunicação, a Instituição integra os resultados da Autoavaliação Institucional com o
processo de Planejamento e fortalece o processo avaliativo.
Conduzidos por esses resultados e pelo diagnóstico das evidências apresentadas,
a CPA ULBRA destaca a articulação dos dados resultantes do processo avaliativo na
Gestão da Instituição, nos processos de Planejamento Institucional, fortalecendo a
cultura da avaliação e, consequentemente, a busca permanente da excelência na
formação de estudantes qualificados e empreendedores.
A CPA ULBRA acredita que os resultados dessa evolução reflitam o esforço
coletivo da constante busca do desenvolvimento institucional, permeado pelo
sentimento de pertencimento ao processo de desenvolvimento através do trabalho de
aproximação e coerência entre o discurso e a prática.
6- Referências
COMISSÃO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR.
CONAES. Diretrizes para a Avaliação das instituições de educação superior.
Brasília: Ministério da Educação, 2004.
IMBERNÓN, Francisco. Amplitude e profundidade do olhar: a educação ontem,
hoje e amanhã. In: IMBERNÓN, Francisco (org.). A educação no século XXI. Porto
Alegre: Artmed, 2000. p. 89-90.
ULBRA. Autoavaliação Institucional. Canoas, 2015.
ULBRA. Projeto Pedagógico Institucional. Canoas, 2013.