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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3Cadernos PDE
I
IMPLEMENTAÇÃO DE ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ENTRE JOVENS E ADULTOS, A PARTIR DA METODOLOGIA DA
PROBLEMATIZAÇÃO
Cleonice da Silva Santos1
Tania Aparecida da Silva Klein2
RESUMO: O artigo relata resultados de uma experiência de implementação de atividades de Educação Ambiental com os alunos do Ensino Fundamental EJA, a partir da aplicação da Metodologia da Problematização. Seguindo o Arco de Maguerez, a base da pesquisa é a observação da própria realidade, levantamento de uma problemática a ser estudada, elaboração de hipóteses de solução e retorno a realidade com possibilidades de intervenções práticas e executáveis. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho foi o de implementar a proposta na escola participante da pesquisa e acompanhar os alunos em cada fase proposta pela Metodologia da Problematização. Na primeira etapa, a partir da observação da realidade foram enumerados os problemas ambientais relacionados à poluição e falta de água, bem como o descarte de lixo a céu aberto. Após a teorização, as atividades propostas pelo grupo incluíram a oferta de oficinas de produção de sabão e sabonetes com o uso de óleo vegetal usado e confecção de objetos de decoração com garrafas pet descartadas. Os resultados observados indicaram grande participação e envolvimento, tanto dos alunos, como da comunidade externa. Além do empenho e satisfação individual, foi possível identificar a discussão e reflexão com aplicação de conceitos científicos. É possível, portanto, constatar que a Metodologia da Problematização é uma alternativa com grande potencial pedagógico, promovendo uma aprendizagem mais significativa, possibilitando o resgate de valores de cidadania, o desenvolvimento de atitudes e intervenções no ambiente e a melhoria da qualidade de vida.
Palavras chave: Metodologia da problematização. Educação ambiental. Educação de Jovens e Adultos.
ABSTRACT: The articlesr reports results of an implementation of environmental education activities experience with the students of Primary Education - Phase 2 - CEEBJA from the application of the Methodology of Curriculum. Following the Arch of Maguerez, it is based on the observation of reality itself to, from the preparation of solution cases, return to this reality with possibilities of practical and implementable interventions. The objectives were to list and analyze the environmental problems that predominate in school and around the community, encouraging students to find solutions. From the observation of reality were listed environmental problems related to pollution and lack of water and the disposal of waste in the open. After theorizing the group by the proposed activities included the provision of soap production workshops and soaps using used vegetable oil and production of decorative objects with plastic bottles discarded. The results found that working with this methodology is an alternative with great teaching potential, promoting a more meaningful learning, enabling the rescue of citizenship values, the development of attitudes and interventions in the environment and improving the quality of life.
Keywords: Methodology of the problematization. Environmental education. Youth and Adult Education.
1 Professora de Ciências da Rede Estadual de Ensino do Paraná.
2 Professora Adjunta do Departamento de Biologia Geral da Universidade Estadual de Londrina.
INTRODUÇÃO
A Educação Ambiental se faz essencial, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo. Ao se propor a Educação Ambiental entre os jovens e adultos, é
interessante considerar a história de vida dos educandos, na qual as problemáticas
ambientais fizeram e fazem parte direta ou indiretamente.
Reiterando que a Educação de Jovens e Adultos deve primar por uma
educação que atenda às necessidades destes educandos, sendo necessária uma
adequação metodológica, visando proporcionar reflexões e informações,
contribuindo para o desenvolvimento da autonomia, de forma a provocar
transformações na sua vida social e na sua atuação como cidadão (PARANÁ, 2006,
p.28;29).
A realização deste projeto surgiu a partir da vivência dos diversos problemas
ambientais enfrentados pela escola e a comunidade no município de Kaloré, PR,
como a falta de rede de esgoto, lixo a céu aberto, escassez de água em épocas de
seca, entre outros. Sendo estes alunos quem mais têm condições de diagnosticar a
situação, pois convivem com o problema, sendo os maiores interessados em
resolvê-los.
Para a implementação do projeto na escola, optou-se pela Metodologia da
Problematização, como suporte para o trabalho com Educação Ambiental. Seguindo
o Arco de Maguerez, se tem como base a observação da própria realidade para, à
partir da elaboração de hipóteses de solução, retornar a esta realidade com
possiblidades de intervenções práticas e executáveis.
Desta forma, o objetivo principal deste trabalho foi o de implementar a
proposta em uma turma do Ensino Fundamental – Fase 2 – CEEBJA, na escola
participante da pesquisa e acompanhar os alunos em cada fase proposta pela
Metodologia da Problematização, estimulando os alunos na busca de soluções e
aplicação prática.
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Educação de Jovens e Adultos
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96, em seu artigo
37, dispõe que ‘’a Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na
idade própria’’. A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade
educacional, tem “compromisso com a formação humana, de modo que os
educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e
compromisso político, para o desenvolvimento da autonomia intelectual”(PARANÁ,
2006, p.27).
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos a
EJA precisa ter uma estrutura flexível, ser capaz de contemplar inovações que
tenham conteúdos significativos, bem como assegurar o acesso, a permanência e o
sucesso do educando nos estudos. Os conteúdos devem estar sempre articulados à
realidade, considerando seus projetos de vida, colaborando para que os alunos
ampliem seus conhecimentos de forma crítica, possibilitando a reflexão em busca
dos seus direitos e a melhoria da qualidade de vida (PARANÁ, 2006, p.28;29).
No Brasil a Educação de Jovens e Adultos ainda enfrenta muitos desafios,
com muitas pessoas com pouca ou nenhuma escolaridade, sujeitos que por
inúmeras causas, foram excluídos do saber sistematizado. Esses sujeitos estão
resgatando seus direitos, buscando a escolarização, pois a necessidade do estudo,
cada vez mais se impõe na sociedade que os exclui do acesso ao emprego e a uma
vida digna. (DALLEPIANE, 2006, p.67).
Neste contexto Vilanova, R.; Martins, I. (2008, p.344) reiteram que:
[...] o compromisso com uma educação plena deve buscar o equilíbrio entre os conhecimentos úteis para a vida cotidiana e aqueles que conjuntamente com estes levam a uma visão ampla das ciências e que, efetivamente, permitem uma inclusão verdadeira e completa na sociedade. Estas considerações sugerem a necessidade de um maior diálogo entre a Educação de Jovens e Adultos e a Educação em Ciências, entendidas nas suas dimensões de campos de investigação e intervenção, no sentido de problematizar objetivos e práticas e, conjuntamente, caminhar buscando superar limites e efetivar uma proposta de formação comprometida com a emancipação e participação plena dos sujeitos em sociedade [...].
1.2 Sustentabilidade e Educação Ambiental
Os principais problemas ambientais, sociais e econômicos são decorrentes do
manejo inadequado dos resíduos sólidos. De acordo com a Lei nº 12.305/10 que
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a destinação final adequada dos
resíduos, acontece com a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação
e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança,
minimizando os impactos ambientais.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, no seu Art. 3o, prevê a prevenção e a
redução na geração de resíduos, com a prática de hábitos de consumo sustentável e
instrumentos para proporcionar o aumento da reciclagem, da reutilização dos
resíduos sólidos e a destinação adequada dos rejeitos, definidos como:
[...] rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada; resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível [...] (BRASIL, 2010).
Segundo Reigota (2007, p.222), o conceito de sustentabilidade requer uma
dimensão política, social, cultural e biológica, além de simplesmente física, exigindo
uma produção de conhecimentos e de princípios ético-políticos nos espaços das
práticas sociais cotidianas. De acordo com Dietz & Tamaio (2000 apud HIGUCHI;
AZEVEDO, 2004, p.69) para promover uma cidadania ambiental crítica e
responsável nos educandos, devemos considerar que as pessoas aprendem de
forma integrada, isto é, pensando, falando e fazendo, portanto, compete ao
educador essa mediação no processo de transformação.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
conhecida como Rio +20 realizada em 2012, renova o compromisso firmado na Rio
92, na qual o desenvolvimento sustentável apresenta três pilares centrais: o
desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e a inclusão social , onde
Pereira (2009, p.117) considera que:
[...] o desenvolvimento sustentável depende do equilíbrio dinâmico entre os três pilares. O desenvolvimento económico refere-se à geração de riqueza, a proteção ambiental diz respeito aos impactos no sistema natural e social e a inclusão social aborda os problemas relacionados com a má distribuição de rendimento, saúde e oportunidades [...]
A realidade atual exige uma reflexão cada vez maia ampla, e isto se produz
na inter-relação dos saberes e das práticas coletivas, que criam ações solidárias
diante da preocupação com o desenvolvimento sustentável, representando
possibilidades de garantir mudanças sociopolíticas, que não comprometam os
sistemas ecológicos e sociais que sustentam as comunidades (JACOBI, 2003,
p.191).
Na prática, a sustentabilidade envolve várias áreas do conhecimento humano,
dentre elas, a mais lembrada talvez seja a ambiental, não deve ser entendida como
algo externo à cultura, à sociedade ou ao próprio homem, pois ela está interligada
com o comportamento e a ação de cada um de nós. Sendo corretamente utilizada,
aponta caminhos, resgata vivências e experiências, convidando a todos para uma
ação coletiva, solidária e corajosa (NEVES, 2008).
De acordo com a Lei Federal nº. 9.795, de 27 de abril de 1999, a Educação
Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo, em caráter formal e não formal.
A Educação Ambiental procura a sensibilização quanto às questões que
envolvem o meio ambiente nos seus diversos aspectos, buscando a participação
ativa das pessoas, estimulando o exercício pleno e consciente da cidadania,
fomentando o resgate e o surgimento de novos valores capazes de tornar a
sociedade mais justa e sustentável. (DIAS, 2004, p.32).
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente,
no Rio de Janeiro em 1992, foi fundamental para a educação ambiental brasileira.
Nessa conferência, se concebeu a educação ambiental, em suas dimensões teóricas
e práticas, visando que:
[...] a educação ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões socioeconômicas, política, cultural e histórica, não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar
as condições e estágio de cada país, região e comunidade sob uma perspectiva histórica. Assim sendo, a educação ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade no presente e futuro [...] (PARANÁ, 2008, p.22).
A reflexão da educação ambiental como um elemento fundamental na
promoção de mudanças de comportamentos visa à cidadania ambiental, incluindo
um processo e formação teórico-metodológico crítico, embasado num compromisso
ético. Desse modo, considera-se o individuo parte constituinte de uma realidade
coletiva, onde os direitos e deveres são dimensões de um mesmo processo.
Portanto, a educação ambiental deve estimular as habilidades individuais e sociais
que permitam ações coletivas na busca da conscientização ambiental (HIGUCHI;
AZEVEDO, 2004, p.69-70).
Para Guimarães (2004, p. 32-33) a Educação Ambiental Crítica, objetiva
promover ambientes educativos mobilizadores, com ações de intervenção sobre a
realidade e seus problemas socioambientais. Evidenciando que esse processo
educativo não pode ficar somente dentro dos muros de uma escola, precisa se voltar
para além das salas de aula. Nesta perspectiva, Quintas (2004, p.133) propõe:
[...] uma educação ambiental crítica, transformadora e emancipatória. Crítica na medida em que discute e explicita as contradições do atual modelo de civilização, da relação sociedade natureza e das relações sociais que ele institui. Transformadora, porque ao pôr em discussão o caráter do processo civilizatório em curso, acredita na capacidade da humanidade construir outro futuro a partir da construção de outro presente e, assim, instituindo novas relações dos seres humanos entre si e com a natureza. É também emancipatória, por tomar a liberdade como valor fundamental e buscar a produção da autonomia dos grupos subalternos, oprimidos e excluídos [...]
1.3 Metodologia da Problematização e Educação Ambiental
A lei nº. 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a Educação
Ambiental, estabelece no seu primeiro capítulo, artigo quinto que um de seus
objetivos fundamentais é:
[...] o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania [...]
Neste contexto, Verona (2009, p.290) considera que os princípios da
Educação Ambiental e da Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez
se unem, reafirmando ser essa uma forma eficiente de se trabalhar a temática
ambiental na escola.
A Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez apresenta um
amplo potencial para ser desenvolvida na Educação ambiental, uma vez que permite
a ruptura da transmissão de informações e dá lugar à construção do conhecimento,
tendo o aluno como agente de sua própria aprendizagem (VERONA, 2009, p. 292).
Dessa maneira, a resolução de problemas ambientais locais, deve fugir a
tendência desmotivadora da percepção dos problemas globais, e partir do princípio
que é indispensável que o cidadão participe de ações educativas comprometidas
com a compreensão e transformação da sua própria realidade. (LAYRARGUES,
1999, p.134 -135)
Concedendo sustentação a essa prática pedagógica, os quatro pilares da
educação enunciados por Delors (2010, p.31-33), saber conhecer, saber fazer, saber
conviver e saber ser, oferece oportunidades de compreender os fenômenos naturais,
assim como de ter acesso às diferentes formas de sociabilidade, permitindo ao
aprendiz ser um agente participativo.
Segundo Quintas (2004, p.128) “o que dificulta, muitas vezes, a participação
das comunidades no enfrentamento de problemas ambientais que lhes afetam
diretamente, é a sensação de impotência frente à sua magnitude e à desfavorável
correlação de forças subjacente”.
A escola tem papel fundamental como agente precursor no processo de
discussão dos problemas ambientais e na busca de soluções. Neste contexto,
buscamos a utilização da Metodologia da Problematização, que é uma proposta de
ensino, de estudo e de trabalho, para ser utilizada sempre que seja oportuno, em
situações em que os temas estejam relacionados com a vida em sociedade
(BERBEL, 1998, p.142).
“A Metodologia da Problematização apresentada graficamente por Charles
Maguerez como Método do Arco, foi apresentado por BORDENAVE e PEREIRA,
em seu livro Estratégias de Ensino Aprendizagem, em 1977” (apud BERBEL, 1998,
p.14).
Envolvendo cinco etapas – observação da realidade (problema de estudo),
pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade (prática). A
Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez mostra-se como um
caminho, sendo este constituído por um “conjunto de métodos, técnicas,
procedimentos ou atividades selecionadas e organizadas em cada etapa” (BERBEL,
1998, apud VERONA, 2009, p.51).
Figura 01: Arco de Maguerez (BORDENAVE; PEREIRA, 1982, apud VERONA, 2009, p.51)
O esquema apresentado na figura 01 pode ser mais bem explicitado seguindo
cada etapa:
Observação da Realidade - o estudo se dá a partir de um determinado aspecto da
realidade, num processo de apropriação de informações pelos alunos, onde estes
são orientados a observar a realidade, de maneira atenta, com seus próprios olhos,
para assim identificar fatores que estejam se mostrando preocupantes,
problemáticos ou inadequados (BERBEL, 1998, p.36). A partir de tal levantamento
deve-se escolher, em conjunto com os alunos envolvidos, um desses aspectos que,
por sua vez, será convertido em um problema passível de ser investigado por meio
das demais etapas da metodologia em questão (VERONA, 2009, p.79).
Para Berbel (2002, p.02) o problema, em geral, surge de algo que necessita
ser superado, através da Metodologia da Problematização, sendo assim :
[...] o problema não é algo abstrato é algo extraído da realidade observada. Então, dificilmente vamos encontrar uma resposta pronta para um problema que estamos encontrando neste momento, nesta realidade. Problematizar a realidade é muito diferente de formular um problema no sentido abstrato. Problematizar a realidade vai demandar estudos de diferentes aspectos que, conjugados,
permitirão elaborar as hipóteses de solução. Isso porque a realidade é complexa, é multidimensional. A problematização requer que o participante do estudo localize e circunscreva suficientemente a situação de modo que a formulação conduza realmente à busca de solução. É possível até que não encontremos a solução completa, mas encontraremos, sem dúvida nenhuma, elementos para abrir um caminho para a solução [...]
Pontos-chave - são considerados a partir de reflexões sobre as questões
básicas que se apresentam para o estudo, podendo contribuir para a explicação e
solução do problema (VERONA, 2009, p.52). Esses pontos são fundamentais para
que o aluno se sinta provocado a buscar na teoria as informações, compreensões
ou soluções ( MIRANDA; HAUPT, 2013, p.103).
Teorização – é nessa etapa que o aluno deve fazer uma investigação,
buscando as informações que respondam às questões apresentadas nos pontos-
chave (GODEFROID, 2010. p.33). Sendo necessárias as consultas em textos ou
fontes que abordam o assunto, são fundamentos e teorias que permitem explicar,
refletir e analisar as situações-problema em foco. É interessante que o professor
acompanhe e auxilie os alunos neste momento, incentivando a participação e a
busca de informações que possam ajudar na resolução do problema
(HENGEMÜHLE, 2008, apud MIRANDA; HAUPT, 2013, p.103).
Hipóteses de solução - partindo das informações fundamentadas
teoricamente é importante que o docente proponha novas situações-problema,
proporcionando reflexões de modo a provocar a descoberta da relação entre a teoria
e a realidade (MIRANDA; HAUPT, 2013, p.103). Como afirma Berbel (2011, p.33),
cabe ao professor “conduzir o processo metodologicamente, estimular as atividades
dos alunos, apoiar e valorizar as iniciativas na direção do foco maior que é a solução
ao problema em estudo”.
Segundo Verona (2009, p.217) as etapas anteriores servirão de base para os
alunos elaborem de modo criativo possíveis soluções para o problema, sendo essas
questões que irão orientar a intervenção na realidade. De acordo com Berbel (1998,
p.144), deve-se procurar responder: “O que precisa acontecer para que o problema
seja solucionado? O que precisa ser solucionado? O que precisa ser providenciado?
O que pode realmente ser feito?”.
Aplicação à realidade – nesta fase, o aluno volta à realidade inicial, para por
em prática aquilo que foi observado, discutido, questionado, refletido e teorizado
(GARCIA; LORENCINI, 2010, p.09). É a fase que possibilita a intervenção, a
execução de ações nas situações associadas à solução do problema. “Desse modo,
todo o estudo ganha sentido, já que servirá de fundamentação/sustentação para
uma ação prática concreta na realidade” (BERBEL, 2011, p.34).
Nesta concepção, partir de uma prática social existente, fazer uma análise
reflexiva sobre um dos problemas ali detectados e depois retornar para e realidade
da qual o problema foi extraído, com ações e práticas conscientes e
intencionalmente transformadoras, é realmente uma proposta de trabalho ativo, que
envolve de forma crítica uma proposta de transformação da realidade (BERBEL;
GAMBOA, 2011, p.283).
De acordo com Berbel (2011, p.34) a Metodologia da Problematização:
[...] coloca o aluno diante de problemas e/ou desafios que mobilizam o seu potencial intelectual, enquanto estuda para compreendê-los e ou superá-los. Os estudantes necessitam de informações, mas são especialmente estimulados a trabalhar com elas, elaborá-las e reelaborá-las em função do que precisam responder ou equacionar. Nesse caminho, é possível que ocorra, gradativamente, o desenvolvimento do espírito científico, do pensamento crítico, do pensamento reflexivo, de valores éticos, entre outras conquistas dessa natureza, por meio da educação, nos diferentes níveis, contribuindo para o desenvolvimento da autonomia na formação do ser humano [...]
2 METODOLOGIA DE PESQUISA
O projeto foi desenvolvido com 20 alunos do Ensino Fundamental – Fase 2 –
CEEBJA, no Colégio Estadual Abraham Lincoln, no município de Kaloré, PR.
A proposta de implementação na escola, foi apresentada, no início do ano
letivo de 2015, à direção, à equipe pedagógica e aos professores.
Antes da implementação das etapas da Metodologia da Problematização, foi
desenvolvida uma atividade de sensibilização e reflexão sobre a problemática
ambiental com os alunos.
A seguir as ações foram desenvolvidas, de acordo com a Metodologia da
Problematização, com etapas norteadas pelo Arco de Maguerez:
a) Observação da Realidade - Foram aplicados questionário, com parentes,
vizinhos e amigos que residem na comunidade.
b) Pontos-chave – Realizada a pesquisa, os dados foram tabulados e analisados
pelos alunos do projeto. Sendo estes, expressos em tabelas e gráficos, de modo a
facilitar a interpretação dos resultados. Com base nos resultados obtidos sobre os
problemas ambientais encontrados na comunidade, os alunos participaram de
debates para escolher o problema ambiental foco do trabalho.
c) Teorização – Realizou-se nessa fase, o estudo teórico com pesquisas na
internet, livros, revistas e palestras com profissionais da saúde e da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente, para melhor entendimento quanto aos conhecimentos
científicos em relação aos problemas detectados.
d) Hipóteses de solução - momento em que se decidiu com os alunos através de
consenso, as ações viáveis a serem executadas na comunidade.
e) Aplicação à realidade - Os alunos apresentaram os resultados das pesquisas
e propostas de ações de intervenções, para os alunos do Ensino Médio Noturno, e
membros da comunidade, buscando apoio e auxílio nas atividades.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Atividades de Sensibilização
As atividades tiveram início com um momento de sensibilização, com a
apresentação do clip musical Earth Song (Michael Jackson, 1998), logo a
apresentação foi realizado a análise das imagens e a interpretação da letra da
música traduzida. Em outro momento foi apresentado o vídeo: A história das coisas
(Annie Leonard, 2007), o vídeo: Carta do ano 2070 (Cronicas de los Tiempos,
2002) e textos reflexivos, acompanhados de questionamentos orais e escritos
sobre as consequências da ação humana na degradação ambiental.
Durante a realização da atividade de sensibilização sobre a temática ambiental,
foi possível identificar o interesse dos alunos, a maioria participou das discussões
em grupo, colocando diferentes pontos de vista. Mesmos os alunos com dificuldade
de se expressar, deram suas opiniões, mostrando bastante interesse pelo tema em
questão.
3.2 Metodologia da Problematização
a) Observação da realidade
O questionário foi aplicado a 50 pessoas com questões sobre Educação
Ambiental, dentre alunos da EJA e pessoas da comunidade. Quando questionados
sobre o que é meio ambiente, 54% das pessoas se referiram à natureza, 20 %
disseram estar relacionado ao lugar onde moramos e 26 % não responderam. Em
relação ao termo sustentabilidade, 32% se referem à “proteção da natureza”, 36% se
referem ao “futuro melhor”, 24% disseram não saber e 8 % não responderam.
Ressaltamos, que a grande maioria dos pesquisados possuem uma representação
de meio ambiente de caráter romântica e reducionista, que de acordo com
Rodrigues e Malafaia (2009, p.47), consideram a natureza, como um meio ambiente
em equilíbrio e belo, como se o homem não fizesse parte, tendo uma visão ecológica
reduzida às dimensões físicas e biológicas.
Os problemas ambientais mais citados no município foram poluição das
águas, lixo a céu aberto, queimadas e falta de rede de esgotos. Em relação à
origem da água que faz o abastecimento do município, 82% das pessoas
responderam ser de minas ou nascentes, 4% disseram ser de rios e 14% disseram
não saber a origem da água. Sendo que dos pesquisados 84% afirmam ter
problemas com o abastecimento de água no município, principalmente em época de
falta de chuvas.
Quanto ao tratamento de esgoto utilizado em suas casas, todos os 50
pesquisados responderam utilizar fossas sépticas, não possuindo o município
sistema de rede de esgoto. Verificou-se também que a cidade não possui nenhum
serviço de disposição e tratamento do lixo, sendo este depositado em um terreno a
céu aberto “lixão”. Ao serem perguntados sobre a forma que armazenam o lixo em
suas residências, 88% das pessoas responderam que armazenam tudo junto, ou
seja, não separam materiais orgânicos dos recicláveis, pois não existe coleta
seletiva no município. Não cumprindo assim, as exigências da Lei nº 12.305/2010,
que dispõe sobre o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos.
Em relação ao consumo mensal de óleo de cozinha, 56% dos pesquisados
afirmam consumir acima de 5 litros, 40% de 3 a 4 litros e 4% responderam que o
consumo de óleo fica entre 2 a 3 litros mensais. Os dados apresentados mostram
um alto consumo de óleo nas famílias dos entrevistados, que segundo Azevedo,
Rabbi, Neto e Hartuiq (2009) devem ser em média uma lata (900 ml) de óleo por
morador/mês, sendo que as famílias dos alunos apresentavam no máximo 4
pessoas.
Com relação ao descarte do óleo, observou-se que 44% das pessoas
responderam jogar no ralo da pia, que conforme Rabelo e Ferreira (2008) acabam
provocando incrustação nas paredes das tubulações, obstruindo as redes, causando
sérios prejuízos. Sendo que 35% dos entrevistados descartam na fossa séptica com
o intuito apenas de evitar danos financeiros, sem a consciência dos grandes danos
ambientais que estão provocando. Pode-se observar também que 15% descartam o
óleo diretamente no solo, o que conforme Rabelo e Ferreira (2008) podem causar a
sua impermeabilização, deixando-o poluído e impróprio para uso.
Quando perguntados se possuem o conhecimento que ao jogar o óleo de
cozinha usado, na pia, na fossa ou em outros locais, estão contribuindo com a
poluição dos rios e nascentes da cidade, 64% responderam possuir o conhecimento
e 36% não possuírem. Sendo possível observar que entre os 64% (32 pessoas) que
possuem o conhecimento sobre os danos causados pelo descarte inadequado do
óleo, somente 8 dessas pessoas destinam o resíduo para a reciclagem.
Desconsiderando o fato de cada litro de óleo despejado no esgoto ou
inadequadamente em outros locais, tem capacidade para poluir cerca de 25 mil litros
de água (Instituto Ambiental Reciclar,2009).
Com relação à participação em oficinas e procedimentos para melhorar o
meio ambiente e a sua comunidade, todos os questionados aceitaram participar.
Uma vez que a reciclagem de resíduos vem ganhando espaço cada vez maior, não
simplesmente porque representam matérias-primas de baixo custo, mas
principalmente, porque os efeitos da degradação ambiental decorrente de atividades
industriais e urbanas estão atingindo níveis cada vez mais alarmantes (Pitta Junior et
al., 2009).
Com base nos resultados, os alunos participaram de um debate e escolheram
como o problema ambiental foco do trabalho a poluição da água, sendo este
considerado como mais grave no município.
b) Pontos- chave
Logo após a aplicação do questionário foi realizada a tabulação e análise dos
resultados, verificando os dados obtidos para cada questão em estudo. Os gráficos
foram elaborados em planilhas eletrônicas, com os alunos no laboratório de
informática do colégio, para facilitar a visualização, análise e comparação de cada
item. Os pontos-chave levantados pelos alunos foram a falta de água nos períodos
de seca , a poluição da água e o lixo a céu aberto.
c) Teorização
Nessa fase, foi realizada pesquisas na internet, em livros, em revistas, vídeos
e documentários, além de palestras com profissionais, para melhor entendimento
quanto aos conhecimentos científicos em relação à poluição da água e suas
consequências.
d) Hipóteses de solução
Com base nos estudos e levantamento bibliográfico no item anterior,
evidenciou-se que, o descarte inadequado do óleo comestível usado no município, é
um dos principais agentes poluidores da água. Neste contexto, foi estabelecido entre
os alunos as ações e atividades a serem realizadas na comunidade. As quais foram:
coleta de óleo comestível usado na comunidade; oficinas de fabricação de sabão e
sabonetes com óleo usado, oficinas de reciclagem; estabelecimento de parcerias
com a Prefeitura Municipal, CRAS e departamentos de Saúde e Meio Ambiente.
e) Aplicação à realidade
Houve a coleta do óleo usado pelos alunos, que foi armazenado em
recipientes no laboratório de ciências do colégio. Em seguida, os alunos participaram
de um curso sobre aa fabricação da massa base dos sabonetes com o óleo
purificado; após realizou-se, o desenvolvimento do sabão neutro em barra e líquido
na primeira oficina. Num outro momento os alunos aprenderam a utilizar e
manipular a massa base de sabonete, nessa oficina foi realizada a manipulação e a
confecção dos sabonetes artesanais. Tais procedimentos contaram com a orientação
de uma profissional da área de farmácia da comunidade (farmacêutica Dayane D.
dos Santos).
Estas atividades tiveram grande repercussão dentro e fora do colégio, onde a
coordenação do CRAS que já disponibiliza vários cursos no município convidou os
alunos, que acompanhados da farmacêutica, ministraram oficinas de sabão e
sabonetes para um grupo de senhoras da “melhor idade” no Clube da Cultura
Municipal.
Os alunos participaram também de oficinas de reutilização de garrafas PET,
na confecção de flores e objetos decorativos. Sendo que os produtos finais foram
destinados aos alunos para uso no cotidiano e ao colégio, com o intuito de reduzir
gastos e contribuir na proteção ao meio ambiente e no desenvolvimento sustentável.
Observou-se também grande preocupação dos alunos e comunidade quanto
ao problema do lixo, depositado de maneira inadequada a céu aberto no município,
preocupados com a situação, os alunos resolveram escrever uma carta e recolher
assinaturas na comunidade, para reivindicar junto à câmara municipal de vereadores
uma solução para o problema, uma vez que é dever do Estado e Município segundo
a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
oferecerem destino adequado a esses resíduos.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização deste projeto pode-se constatar que a metodologia da
problematização é uma alternativa com grande potencial pedagógico, promovendo
uma aprendizagem mais significativa, possibilitando o resgate de valores de
cidadania, o desenvolvimento de atitudes e intervenções no ambiente e a melhoria
da qualidade de vida.
A pesquisa realizada apresentou grande evidência social, possibilitando aos
alunos da Educação de Jovens e Adultos, perceberem sobre a crescente
importância do processo de reciclagem nos dias atuais, bem como o problema da
poluição da água no município e o descarte inadequado do óleo vegetal usado, que
se torna cada vez mais grave e preocupante. Não podemos mais ter uma relação
com a natureza de meros expectadores, pois somos parte integrante, e temos o
dever de minimizar os impactos e buscar alternativas de melhoria de condições de
vida.
As atividades de reaproveitamento do óleo e as oficinas de reciclagem de
garrafas PET obtiveram grande aceitação entre os alunos da EJA, tendo em vista,
que esses alunos são em sua maioria senhoras e donas de casa, que encontraram
nestas atividades, uma excelente forma de reaproveitamento e economia doméstica,
mostrando como pequenas ações podem refletir positivamente na preservação do
meio ambiente.
Formando uma população consciente da sua própria realidade, capaz de
diagnosticar os problemas e buscar soluções práticas cabíveis, além de contribuir
com a diminuição dos danos aos recursos hídricos locais. Assim, o presente projeto
não apenas teve o intuito do desenvolvimento dos produtos, mas do desempenho de
um trabalho de educação ambiental entre os alunos, e o resgate da população ao
estímulo da conscientização ecológica e à melhoria da qualidade de vida,
exercitando para atitudes que visam o desenvolvimento sustentável.
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