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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1. FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: Resolução de problemas envolvendo área e perímetro de figuras planas.
Autora: Leonice Pelário da Silva
Disciplina/Área (ingresso no PDE): Matemática
Escola de implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual
Juracy Rachel Saldanha Rocha
Município da escola: Marialva
Núcleo Regional de Educação: Maringá
Professor Orientador: Lilian Akemi Kato
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Maringá
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo investigar o processo de
aprendizagem dos conceitos de área e perímetro de figuras planas por meio da
resolução de problemas. Para tanto, esta unidade didática está constituída de
atividades e conceitos envolvendo situações-problema de área e perímetro de
figuras planas, em contribuição para amenizar as dificuldades encontradas
pelos alunos na compreensão dos conceitos envolvidos no desenvolvimento
dos cálculos de área e perímetro de figuras planas.
Palavras-chave: Área. Perímetro. Resolução. Problemas.
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público alvo: 9º Ano do Ensino Fundamental.
2. APRESENTAÇÃO
Esta unidade didática tem por objetivo propor atividades para investigar
o processo de aprendizagem dos conceitos de área e perímetro de figuras
planas por meio da resolução de problemas e desenvolver, com os alunos,
atividades de resolução de problemas, envolvendo área e perímetro de figuras
planas, que privilegiem a construção dos raciocínios necessários para a
compreensão dos conceitos matemáticos.
A geometria, parte integrante da matemática, é considerada fundamental
para o desenvolvimento do ensino aprendizagem, por auxiliar e facilitar o
trabalho envolvendo situações de resolução de problemas de área e perímetro
de figuras geométricas planas. Além disso, a geometria viabiliza o processo da
compreensão dos cálculos e conceitos matemáticos. Segundo os parâmetros
curriculares, a geometria também contribui para desenvolvimento do raciocínio
lógico e dedutivo do aluno, oportunizando-o a uma ampla visão de mundo.
Nesta proposta, apresentamos a resolução de problemas, como sendo
um meio condutor ao raciocínio do aluno, favorecendo o conhecimento
adequado ao conteúdo de área e perímetro de figuras geométricas planas,
sendo um incentivo a ampliar seu conhecimento, procurando sempre relacionar
os fatos do cotidiano do aluno ou do seu próprio trabalho, tornando-o criativo
para extrair, do seu meio, situações-problemas, levando-o a refletir, tirando
suas próprias conclusões e tornando-se crítico e capaz de compreender o
mundo que o cerca.
As dificuldades encontradas pelos alunos perante a compreensão dos
conceitos e cálculos geométricos e afinidades com a geometria plana,
conciliada com a importante prática da resolução de problemas, foi o que nos
levou a contribuir através da apresentação dos conceitos e das atividades
elaboradas envolvendo área e perímetro de figuras geométricas planas, por
meio da resolução de problemas, seguindo as quatro etapas sugeridas por
Polya (2006), são elas: compreensão do problema, construção de uma
estratégia de resolução, execução de estratégia e revisão da solução.
Tanto os alunos do ensino fundamental como os do ensino médio
apresentam dificuldades na compreensão dos conceitos geométricos e na
interpretação do enunciado de situações-problemas, dificultando o
desenvolvimento dos cálculos de área e perímetro das figuras geométricas
planas, mesmo com a utilização das fórmulas. Estas dificuldades também são
detectadas nas avaliações de Matemática, no 9º ano do ensino fundamental da
prova Brasil – PDE/SAEB, (BRASIL, 2011), cujo objetivo é avaliar
competências construídas e habilidades desenvolvidas e detectam também as
dificuldades de aprendizagem dos alunos.
Motivados por estas preocupações, propomos, nesta unidade didática,
algumas atividades e situações-problema envolvendo cálculos de área e
perímetro de figuras geométricas planas com base nas etapas do procedimento
apresentadas por Polya (2006), são elas: compreensão do problema,
construção de uma estratégia de resolução, execução de estratégia e revisão
da resolução. Procedimentos fundamentais que facilitam a construção do
raciocínio lógico e dedutivo, colocando o aluno frente às situações-problemas
pelas quais terá que pensar, refletir, analisar e chegar a uma conclusão.
Este trabalho também busca proporcionar o desenvolvimento da
autonomia como possibilidade de favorecer o crescimento cognitivo. Segundo
Onuchic (1999, p. 215, apud Onuchic e Allevato, 2004), um problema “[...] é
tudo aquilo que não se sabe fazer mas que se está interessado em resolver.”
Dessa forma, qualquer questão que desafie o aluno à sua resolução mesmo
não conhecendo os métodos para fazê-los, pode ser considerado como um
problema, pois, certamente o aluno, movido pelo interesse e estímulo
necessários, o levará a busca de possiblidades que apontam para uma solução
adequada.
O professor deve evitar rotinas, fixação de respostas e propor-se a
orientar os seus alunos sem oferecer soluções prontas, cabendo aos alunos
encarar as situações-problema como atividades que deverão contribuir em
observar, relacionar, comparar, levantar hipóteses, argumentar. Não estamos
propondo nenhum modelo pedagógico a ser seguido, mas sim uma reflexão
sobre o ensino da Geometria.
A solução de um problema exige uma compreensão da tarefa, a
concepção de um plano que nos conduz à meta, a execução desse plano e,
finalmente, uma análise que nos leve a determinar se alcançamos ou não a
meta. O desenvolvimento dos problemas envolvendo área e perímetro de
figuras planas acontecerá da seguinte forma:
a) A classe será dividida em pequenos grupos para resolver as
atividades propostas.
b) O professor será um mediador, auxiliando e incentivando os alunos
no que for necessário.
c) A discussão entre os alunos de cada grupo será relatada pelos
mesmos, que irão reproduzir na lousa, explicando o procedimento
adotado.
d) O professor fará uma discussão sobre as estratégias utilizadas pelos
mesmos, mostrando-lhes que não existe uma única estratégia para
resolver os problemas envolvendo cálculos de área e perímetro de
figuras geométricas planas.
A avaliação será contínua e com uma prova escrita. Contínua porque
será observado atentamente todo processo do desenvolvimento das atividades
realizadas pelos alunos e considerado os relatos das dificuldades e progresso
encontrados pelos mesmos. Esse processo será concluído e finalizado com
uma prova escrita.
3. A UNIDADE DIDÁTICA
O desenvolvimento desta produção didática tem a finalidade de
apresentar as atividades envolvendo cálculos de área e perímetro de figuras
geométricas planas através de situações-problemas. Para tanto, contamos com
o auxílio de pesquisas e palestras ministradas durante o curso do PDE, as
quais nos levaram a refletir mais sobre a prática pedagógica da nossa escola
enquanto estávamos atuando. Estes foram os subsídios que nos
impulsionaram para encontrar um tema no qual tivéssemos mais afinidade e
prazer em trabalhar, por isso, a elaboração das atividades estão
fundamentadas em Polya (2006) e Dante (2005).
As atividades propostas foram elaboradas com a intenção de despertar a
curiosidade e propor um desafio para os alunos. Com auxílio da revisão
conceitual: conceitos, propriedades e fórmulas, esses recursos irão contribuir
para a construção do conhecimento geométrico, para que saibam utilizá-los
corretamente de acordo com a necessidade e do que se pede para fazer.
Este trabalho apresenta conceitos e algumas propriedades relacionadas
à geometria e figuras geométricas planas seguidas de atividades para
encontrar elementos e conceitos de área e perímetro de figuras geométricas
planas, e atividades envolvendo questionamento sobre o conteúdo e lista de
exercícios sobre situação-problema de área e perímetro de figuras geométricas
planas tais como: círculo e alguns polígonos regulares, como o quadrado,
retângulo, losango, paralelogramo e triângulo.
Esta proposta será implementada aos alunos do 9º ano do período
vespertino do Colégio Estadual Juracy Rachel Saldanha Rocha, no Município
de Marialva - Pr.
A aplicação do projeto terá uma duração de 32 horas/aula e a avaliação
será contínua durante todo processo de desenvolvimento das atividades e
concluído com uma prova escrita.
3.1 Os problemas e seus respectivos procedimentos metodológicos
1) Um tangram possui 144 cm² de área total, determine a área de cada figura
geométrica plana que compõe este tangram.
Procedimento: decompor o tangram e dividir as peças maiores em
triângulos retângulo menores, de acordo com o cálculo da área de um
desses triângulos menores e multiplicar pela quantidade do mesmo, é uma
das possibilidades para encontrar a solução.
Objetivo: Reconhecer que o tangram é um polígono, quadrado, composto
de 7 polígonos: 2 triângulos maiores, 1 quadrado, 1 paralelogramo, 1
triângulo médio e 2 menores, que através do mesmo podemos usar o
cálculo de área.
2) Uma pipa de forma de um losango cujas diagonais medem 24 cm e 18 cm,
de cor amarelo está inscrito em um retângulo de cor verde. Determine a
área do retângulo que está representada pela cor verde.
Procedimento: Desenhar e colorir de cor amarela um losango com as
medidas das diagonais propostas, inscrito em um retângulo de cor verde,
através do losango, calcular a área de um triângulo dos quatro que compõe
o mesmo, chegar a conclusão que tanto a área do losango e quanto a área
verde do retângulo possuem a mesma medida de área.
Objetivo: Analisar através da figura construída, que todo retângulo foi
divido em 8 triângulos retângulos iguais, então com o cálculo da área de
apenas um, multiplica-se pelo tanto que se pede.
3) Em um círculo de cor azul inscrito tangenciando o lado de um quadrado
cuja área de 100 cm². Determinar ¼ da área do círculo e o perímetro do
mesmo.
Procedimento: Desenhar um quadrado de lado 10 cm, encontrar o centro
do mesmo, traçar uma circunferência, cujo raio de 5 cm, tangenciando os
lados deste quadrado, colorir toda a região interna da mesma, com o uso da
fórmula encontrar a área desse círculo, dividindo-o em quatro partes iguais,
destacar apenas uma. Usar os elementos para calcular o perímetro deste
círculo azul.
Objetivo: Compreender que através da área do quadrado, encontra-se a
medida do lado do mesmo, conhecendo os elementos usados para cálculos
de área e perímetro do círculo e quadrado, estar atento na questão da área,
pede-se somente ¼ da área do círculo.
4) Com a construção dos círculos elaboradas por cada equipe, cada qual com
um dos seguintes diâmetros: 10 cm, 15 cm, 20 cm, 30 cm, 40 cm e 50 cm.
Em seguida com um barbante colorido, cada equipe medirá, com a régua, o
comprimento do círculo e do diâmetro construído, com isso, determinar a
diferença de área entre o maior e o menor círculo e encontrar o perímetro
cuja a medida dos diâmetros são múltiplos de 3 e 5 ao mesmo tempo.
Procedimento: Cada equipe ficará incumbida de construir um círculo, cada
qual com um diâmetro proposto, com um barbante irão medir o
comprimento do círculo e diâmetro do mesmo para calcular área e
perímetro de cada círculo construído, em seguida encontrar a diferença das
áreas entre o maior e o menor círculo e finalmente encontrar o perímetro
dos círculos que apresentar o diâmetro múltiplos de 3 e 5 ao mesmo tempo,
são eles: (15 cm e 30 cm).
Objetivos: reconhecer os elementos que envolvem cálculos de área e
perímetro do círculo e aplicá-los corretamente na construção dos conceitos
com o uso das fórmulas. Relembrar os múltiplos.
5) Um CD possui 12 cm de diâmetro, contendo um orifício no centro de 3 cm.
Calcular o perímetro e a área do CD?
Procedimento: Desenhar um círculo com 12 cm de diâmetro e outro no
centro do mesmo, com o diâmetro de 3 cm, colorindo apenas o maior,
deixando o menor com a aparência de um furo. Calcular a área do maior e
do menor, seguida da subtração entre eles, destacando somente a área e o
perímetro do maior.
Objetivo específico: Com as noções básicas de conceitos e uso das
fórmulas adquiridas através da atividade anterior, podendo com isso aplicar
corretamente, com clareza, para encontrar a solução desta questão.
6) Marcos, funcionário municipal, a serviço da prefeitura de Marialva, mediu a
praça do seu bairro, que possui a forma circular, encontrou um raio de 450
metros no total, no projeto consta para colocar grama no centro, com um
raio de 300 metros e o restante construir calçada. Nestas condições
responda:
a) Quantos metros quadrados de grama essa praça terá?
b) Quantos metros quadrados de calçada terá em toda volta da praça?
Procedimento: Através dos desenhos dos círculos circunscritos, que
conhecemos como circunferências concêntricas, calcular a área dos dois
círculos, destacando, em seguida, a quantidade em metros quadrados de
grama e calçada.
Objetivo: Identificar os elementos da fórmula e aplicá-los corretamente,
colocando em prática o conhecimento adquirido sobre a resolução de
cálculos de área e perímetro de acordo com a realidade do cotidiano do
funcionário Marcos.
7) Carlos deseja fazer uma horta no espaço que sobrou no fundo de sua casa.
Ele deseja fazer uma cerca de arame que fica mais em conta. O espaço
possui 5 m de comprimento por 4,5 m de largura com 0,60 m de porta.
Calcule quantos metros de arame terá que comprar para cercar com 3 fios
de arame?
Procedimento: Descobrir a área do terreno que possui forma retangular,
subtrair o valor da medida da porta, o resultado multiplicar por 3 fios de
arame.
Objetivo específico: Conscientizar que se trata do cálculo do perímetro de
um espaço retangular, não se esquecendo de subtrair pelo valor da porta,
com mais um detalhe: multiplicá-lo por 3, porque serão usados 3 voltas do
fio de arame para cercar esta horta.
8) Observe a figura ao lado e determine a diferença entre o sétuplo da área
com triplo do seu perímetro.
Procedimento: Observar os dados da figura ao lado e usar os elementos
para cálculo de área e perímetro da figura. Multiplicar a medida da área por
7 subtraindo com o triplo da medida do perímetro.
Objetivo: Além de aplicar suas habilidades para calcular área e perímetro,
encontrar a diferença entre esses cálculos.
9) Uma malha quadrada 8 cm de lado, com as diagonais coloridas, no entanto
determine a área das duas diagonais desta malha:
Procedimento: Desenhar um quadrado de 8 cm de lado, quadricular de 1
cm, colorir somente os quadradinhos menores que formam as diagonais,
em seguida contá-los.
Objetivo: Verificar que a malha é um quadrilátero constituída de quadrados
menores.
10) Em um quadrado de 12 cm de lado, encontramos quatro círculos com a
mesma medida do raio, inscrito neste quadrado tangenciando-se entre si
coloridos de amarelo e o quadrado de azul. Determine a área do quadrado
que está colorido de azul.
Procedimento: Construir um quadrado de 12 cm de lado, traçar
seguimentos deforma que reproduza mais quatro quadrados iguais, cada
quadrado com um círculo tangenciando seus lados, sendo coloridos de
amarelo e o restante do quadrado de azul. Calcular a área de um círculo
apenas e multiplicá-lo por 4 e subtrair pela área do quadrado.
Objetivo: Analisar que através de um polígono quadrado podemos extrair
outras figuras geométricas planas como círculos e para encontrar a área do
que se pede, temos que calcular a área de apenas um círculo, multiplicá-lo
por 4 e subtrair pela área toda do quadrado.
3.2 Uma revisão conceitual
É de grande importância e necessidade apresentar uma revisão
conceitual sobre a geometria e os elementos geométricos utilizados nesta
atividade, que envolvem cálculos de área e perímetro de figuras geométricas
planas, com objetivo de auxiliar no desenvolvimento das atividades propostas
nesta produção didática, tais como situações-problema, destinados aos alunos
do 9º ano do ensino fundamental.
Geometria
De acordo com Freitas e Bittar (2004), a origem da geometria conta com
as civilizações mais antigas tais como os babilônios que habitaram os vales
dos rios Eufrates e Tigres e os egípcios, que viveram ao longo do rio Nilo. Os
babilônios descobriram fórmulas para cálculos de áreas de figuras geométricas
simples e também determinaram volumes de vários sólidos. Os egípcios foram
obrigados a desenvolver a geometria como necessidade vital, pois dependia da
agricultura das margens do rio Nilo. Era uma geometria de natureza empírica,
pois se baseava em soluções de problemas postos pelas necessidades
práticas, em particular a divisão de terras para o plantio. No entanto, a
Geometria como ciência dedutiva só irá surgir na Grécia, a partir do século VI
a.C.
Por volta de 300 a.C., na grande obra “ Os Elementos”, Euclides faz um
tratamento do material acumulado e o apresenta como um todo organizado.
Essa obra clássica figura entre as mais importantes na história da humanidade,
só perdendo para a Bíblia em quantidade de publicações. Ela é composta de
13 volumes, contendo 465 proposições e constitui a primeira organização
axiomática dedutiva da Matemática.
Cálculo de Áreas
Segundo Bianchini (2011), desde tempos remotos, o ser humano teve
necessidade de medir superfícies. No antigo Egito, por exemplo, a cada ano,
os estiradores de cordas, homens incumbidos de demarcar as terras inundadas
pelo rio Nilo, determinavam a área de cada propriedade, não apenas para que
os proprietários pudessem preservar suas terras, mas também, e
principalmente, para que fosse garantido o pagamento dos impostos sobre
essas propriedades aos faraós.
Atualmente, por outros motivos, a necessidade de determinar áreas
permanece. Por exemplo, ao fazer a previsão de gastos para azulejar uma
cozinha, ou ao decidir a área que um escritório deve ter para acomodar certa
quantidade de funcionários.
Para determinar a área, ou seja, para medir uma superfície, é preciso
tomar outra superfície, considerada unidade de medida, e verificar quantas
vezes essa superfície cabe naquela que deseja medir.
Quando medimos superfícies tais como um terreno, ou o piso de uma
sala, ou ainda uma parede, obteremos um número, que é sua área.
Então: Área é um número real, maior ou igual a zero, que representa a
medida de uma superfície e a unidade de medida de comprimento usado é o
metro quadrado (m²).
Cálculo de perímetro
É a soma das medidas do contorno de um objeto bidimensional, ou seja,
é o total das medidas dos segmentos que formam um polígono.
Polígonos
Uma linha poligonal fechada simples é chamada de polígono.
Os polígonos dividem o plano em duas regiões sem pontos comuns: o
interior e exterior.
Polígonos são denominados convexos quando um segmento que une
quaisquer dois pontos de seu interior estiver contido nele. Caso contrário, são
chamados de polígonos não convexos.
Elementos de um polígono
Vértices: são os pontos de encontros de dois lados consecutivos de um
polígono;
Lados: são segmentos que formam a linha poligonal;
Ângulos internos: são os ângulos formados por dois lados
consecutivos do polígono.
Ângulos externos: são os ângulos formados por um polígono e pelo
prolongamento do lado a ele consecutivo;
Diagonais: são segmentos que unem dois vértices, não consecutivos do
polígono.
Polígonos Regulares
Um polígono é regular quando todos os seus lados e todos os seus ângulos são congruentes.
Propriedades dos polígonos regulares: Se uma circunferência é
dividida em três ou mais arcos congruentes, então as cordas
consecutivas formam um polígono regular inscrito na circunferência.
Se uma circunferência é dividida em três ou mais arcos congruentes,
então as tangentes aos pontos consecutivos de divisão formam um
polígono regular circunscrito à circunferência.
Triângulos
Triângulos são polígonos de três lados, cuja propriedade condiz que a
soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180º.
Condição de existência
Em todo triângulo, a medida de qualquer lado é menor que a soma das
medidas dos outros dois lados.
Para calcular a área do triângulo multiplica-se a base b pela altura h e
divide o resultado por 2 (metade da área do retângulo), ou seja:
A = base x altura A = b.h.
2 2
Classificação dos triângulos:
Quanto às medidas dos lados:
Triângulo Isósceles: são triângulos que possuem dois lados
congruentes;
Triângulo Equiláteros: são triângulos que possuem os três lados
congruentes;
Triângulo Escalenos: são triângulos que não possuem lados
congruentes.
Quanto às medidas dos ângulos
Triângulos acutângulos: são triângulos que possuem os três ângulos
internos agudos;
Triângulos obtusângulos: são triângulos que possuem um ângulo interno
obtuso;
Triângulos retângulos: são triângulos que possuem um ângulo interno
reto,
Os Quadriláteros
Os quadriláteros são polígonos de quatro lados e ângulos, são eles:
quadrado, retângulo, paralelogramo, losango e trapézios.
Quadrado:
São polígonos que possuem quatro lados e medidas de ângulos
congruentes iguais a 90º, cujas diagonais são congruentes, perpendiculares
entre si no ponto médio e estão contidas nas bissetrizes dos ângulos internos.
Para calcular a área do quadrado deve-se multiplicar lado vezes lado ou
lado ao quadrado, ou seja: A = l²
Retângulo:
São polígonos que possuem lados opostos paralelos, com quatro
ângulos iguais a 90º, cuja propriedade, as diagonais de um retângulo são
congruentes. Para calcular a área do retângulo deve-se multiplicar a base pela
altura ou seja: A= b. h
Paralelogramo:
São polígonos que possuem lados opostos paralelos e congruentes,
suas diagonais se cruzam nos respectivos pontos médios.
Para encontrar a área do paralelogramo, é o mesmo procedimento do
retângulo, ou seja, A = b.h
Losango:
São polígonos que possuem quatro lados congruentes cujas diagonais
são perpendiculares, entre si e estão contidas nas bissetrizes dos ângulos
internos. Para calcular a área do losango é preciso multiplicar a diagonal maior
pela diagonal menor e dividir por 2, ou seja, A= D.d
2
Trapézios:
São quadriláteros que têm apenas dois de seus lados paralelos.
Os lados de um trapézio são chamados de bases, e a distância entre as
duas bases chama-se altura. São três tipos de trapézios: Isósceles, retângulo e
escaleno.
Para calcular a área do trapézio é somar base maior com base menor,
multiplicar pela altura e dividir por dois, ou seja, A = (B +b). h
2
Circunferências e seus elementos
Circunferência é a linha formada por todos os pontos de um plano que
estão à mesma distância de um ponto fixo desse plano. O ponto fixo é
chamado de centro da circunferência.
Um segmento cujos extremos são centro e um ponto qualquer da
circunferência é chamado de raio da circunferência.
Um segmento cujos extremos são dois pontos de uma circunferência é
chamada de corda.
Toda corda que passa pelo centro de uma circunferência é chamada de
diâmetro. Obs: A medida do diâmetro é igual ao dobro da medida do raio.
Círculo
Uma circunferência de centro O contido em um plano α determina duas
regiões: interna e região externa.
A região do plano formada por uma circunferência e pela região interna a
ela é chamada círculo. Para calcular a área do círculo, eleva a medida do raio
ao quadrado e multiplica-se pelo valor do pi, ou seja, A = π.r²
Circunferências concêntricas
Um caso particular de circunferências internas é aquele em que as
circunferências têm o mesmo centro. Elas são chamadas de circunferências
concêntricas, e a parte do plano compreendida entre elas é chamada de coroa
circular.
Comprimento de uma circunferência
É a razão entre o comprimento (C) de uma circunferência e a medida de
seu diâmetro (d) é constante e aproximadamente é igual a 3,14. Essa
constante é representada pela letra grega π (lemos: “pi”). Ou seja, dada uma
circunferência de raio r: C/d = π ou C/2r = π ou C= 2πr.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, a geometria, parte integrante e fundamental da matemática,
está sendo pouco utilizada e minimamente articulada aos conteúdos dos livros
didáticos. Sabemos da sua importância, visto que, segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais (2002), a geometria permite viabilizar um trabalho
criativo em Matemática, desperta a curiosidade e favorece a construção do
pensamento e o raciocínio lógico, contribuindo para amenizar as dificuldades
na aprendizagem de grande aplicabilidade na vida cotidiana.
Ao considerar as dificuldades encontradas pelos alunos na compreensão
dos conceitos envolvidos no desenvolvimento dos cálculos de área e perímetro
de figuras planas, optamos pela prática da resolução de problemas, pois,
segundo Dante (2005, pg. 11), é uma didática que dinamiza o processo do
ensino aprendizagem, porque faz o aluno pensar produtivamente e, para isso,
nada melhor que apresentar-lhe situações-problemas que o envolvam, o
desafiem e o motivem a querer resolvê-las.
Esta é uma das razões pela qual a resolução de problemas tem sido
reconhecida no mundo todo como uma das metas fundamentais da
Matemática. George Polya (2006) foi um grande inovador em relação às ideias
de resolução de problemas, ao organizar as etapas do procedimento de
resolução, dividindo-as em quatro. São elas: compreensão do problema,
construção de uma estratégia de resolução, execução de estratégia e revisão
da solução. Essas etapas auxiliam o desenvolvimento de todo processo para
se chegar a solução.
Em razão desses fatos, e objetivando uma contribuição através da
elaboração das atividades envolvendo cálculos de área e perímetro de figuras
geométricas planas, através da resolução de problemas, é que propomos um
desafio ao nos defrontar com as situações pelas quais instigam a desenvolver
as etapas determinadas por Polya (2006), com interesse, reflexão e análise
para se chegar à solução.
5. CRONOGRAMA
Data Atividades
1º semestre de 2013 Elaboração do projeto de intervenção.
2º semestre de 2013 Desenvolvimento do projeto de intervenção.
1º semestre de 2014 Aplicação do projeto de intervenção na escola.
5.1 Registro das ações previstas
Data Carga horária
Etapas Ações e Atividades
Ano Mês/Dia
2013 Agosto
1ª e 2ª quinzena
8 horas 1ª Revisão bibliográfica de trabalhos em Educação Matemática envolvendo resolução de problemas em geometria.
2013 Setembro a
novembro
24 horas
2ª Elaboração de situações-problema envolvendo área e perímetro de figuras planas.
2014 Fevereiro 1ª
quinzena
4 horas 3ª Apresentação do Projeto de Implementação Pedagógica; para todos, na semana pedagógica; Apresentação do projeto para equipe pedagógica; Discussão sobre o projeto com a direção; Apresentação do projeto para os alunos.
2014 Março 1ª
quinzena
8 horas 4ª Preparação das aulas juntamente com os materiais a serem utilizados; Uma revisão quanto ao nível de conhecimentos geométricos dos alunos.
2014 Março 2ª
quinzena
4 horas
5ª Revisão de preparação para o desenvolvimento das resoluções de problemas sobre o tema.
2014 Abril 1ª e 2ª
quinzena
10 horas
6ª Desenvolvimento das atividades através da resolução de problemas.
2014 Maio 1ª
quinzena
6 horas 7ª Relatos orais sobre o desenvolvimento e a conclusão das atividades propostas: (dificuldades e avanços); Aplicação de uma avaliação escrita.
Total: 64 horas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIANCHINI, Edwaldo. Matemática Bianchini. Obra em 4 v. para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. 7 ed. São Paulo: Moderna, 2011. BRASIL. Ministério da Educação. PDE: Plano de Desenvolvimento da Educação. Prova Brasil: ensino fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores. Brasília: MEC, SEB, Inep, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/prova%20brasil_matriz2.pdf. Acesso em: 03 de dezembro 2013. DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. 12.ed. São Paulo: Ática, 2005. DANTE, Luiz Roberto- Ápis. Matemática- 5º ano, Editora Ática, São Paulo, SP. 2012, 1ª edição. FREITAS, José Luis de. BITTAR, Marilena. Fundamentos e metodologia de matemática para os ciclos iniciais do ensino fundamental. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2004. ONUCHIC, L. de la Rosa; ALLEVATO, N. S. Resolução de Problemas, software gráfico e detecção de lacunas no conhecimento da linguagem algébrica. In: VIII ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. 2004, Recife, Anais..., Recife, UFPE, 2004. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública na educação básica – matemática. Curitiba: SEED, 2008. POLYA, G. A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático. Rio de Janeiro: Inter ciência, 2006.