Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE

Produções Didático-Pedagógicas

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Ficha para identificação da Produção Didático-pedag ógica – Turma 2013

Título: A Leitura no Mundo Atual: Qual o papel da escola?

Autor: Regiane Nodari

Disciplina/Área:

Ensino e Aprendizagem de Leitura

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

CE Prof. Manoel Borges de Macedo

Município da escola: Rio Branco do Sul

Núcleo Regional de Educação: AM - Norte

Professor Orientador: Marcio Matiassi Cantarin

Instituição de Ensino Superior: UTFPR

Resumo:

A proposta deste trabalho será efetivada em sala, com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Professor Manoel Borges de Macedo e para isso, tanto o professor, quanto o aluno deve entender que a leitura, enquanto conceito ultrapassa diversas concepções, dessa forma, ler vai além da decodificação dos signos escritos – é um meio de interação entre o sujeito leitor e o texto. O que vai possibilitar que o aprendiz possa adentrar em um mundo mais letrado e com isso desenvolver o senso crítico.

Cabe então a necessidade de transformar a leitura em prazer que está associada ao significado que os estudantes dão para as novas significações, é preciso estimular neles a reflexão, e ainda capacitar para que eles possam se transformar em leitores críticos.

Então como o Material Didático pretende trabalhar a temática idoso com diversos gêneros textuais nos diversos veículos de

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comunicação – usando livro, jornal, revista, propagandas e ainda aproveitar a leitura digital (propondo alguns links para o acesso de textos), o referido material está organizado através da sequência didática de Dolz e Schneuwly, no tocante à leitura, interpretação e produção de texto, bem como a estética da recepção para a efetivação da competência leitora. Para finalizar esta proposta os alunos irão digitar todos os textos por eles produzidos, transformando-os em um e-book, assim compondo um trabalho final da aplicação do projeto.

Palavras-chave: ¨leitura; fruição; tecnologia¨

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público:

Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental,

período matutino do Colégio Estadual Prof.

Manoel Borges de Macedo.

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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Campus Curitiba

Departamento de Educação

Unidade DidáticaUnidade DidáticaUnidade DidáticaUnidade Didática

Língua PortuguesaLíngua PortuguesaLíngua PortuguesaLíngua Portuguesa

Professora PDE: Regiane NodariProfessora PDE: Regiane NodariProfessora PDE: Regiane NodariProfessora PDE: Regiane Nodari

Curitiba

2013

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SUMÁRIO

A LEITURA E O LEITOR ........................................................................................................... 6

UNIDADE 1 ............................................................................................................................... 10

GÊNERO: Propaganda ....................................................................................................... 10

UNIDADE 2 ............................................................................................................................... 13

GÊNERO: Carta ................................................................................................................... 13

UNIDADE 3 ............................................................................................................................... 17

GÊNERO: Crônica ............................................................................................................... 17

UNIDADE 4 ............................................................................................................................... 22

GÊNERO: Estatuto .......................................................................................................... 22

UNIDADE 5 ............................................................................................................................... 31

GÊNERO: Novela - autobiográfica ................................................................................ 31

TRABALHO FINAL ................................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 35

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UNIDADE DIDÁTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA

A Leitura no mundo atual: Qual é o papel da escola?

Professor PDE: Regiane Nodari

Área/Disciplina PDE: Língua Portuguesa

NRE: AM- Norte

Professor Orientador IES: Marcio Matiassi Cantarin

IES vinculada: UTFPR

Escola de Implementação: Colégio Estadual Prof. Manoel Borges de

Macedo

Público objeto da intervenção: Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental,

período matutino do Colégio Estadual Prof. Manoel B orges de Macedo

TEMA: Estudo e Aprendizagem de leitura – Aprender a gosta r de ler na

escola.

TÍTULO: A Leitura no mundo atual: Qual é o papel da escol a?

“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.”

Mario Quintana

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A LEITURA E O LEITOR

Ler e escrever é uma necessidade, visto que a leitura nos acompanha

desde o berço, já a família é uma das maiores incentivadoras na busca pelo

gosto do ato de ler, visto que quando a criança vive num meio, onde os pais

são leitores há uma grande chance de ela também aprender a gostar. Mas esta

não é a realidade da família atual, que muitas vezes não tem sequer tempo

para dar atenção aos filhos, que dirá ensinar a terem o hábito de ler.

Então cabe a escola esta missão, o que depende muito também da

vontade e da determinação do educador, pois antes de estimular a ler é preciso

gostar – visto que os alunos também buscam exemplos em seus professores.

E é no contexto escolar, que se desenvolve o verdadeiro entendimento do ato

de ler e ainda cabe a responsabilidade de ensinar que a leitura pode

proporcionar ao aluno grandes possibilidades para alcançar novos horizontes,

é através do desenvolvimento desta aptidão que o indivíduo pode se tornar

crítico socialmente. Para tanto será necessário que toda a escola possa estar

mobilizada para o trabalho de busca no prazer de ler, diante disto uma das

propostas desta unidade temática uma proposta de trabalho que realmente

seja efetivada em sala, com os alunos e para isso tanto o professor, quanto o

aluno deve entender que a leitura, enquanto conceito ultrapassa diversas

concepções, dessa forma, ler vai além da decodificação dos signos escritos – é

um meio de interação entre o sujeito leitor e o texto. O que vai possibilitar que o

aprendiz possa adentrar em um mundo mais letrado e com isso desenvolver o

senso crítico.

A necessidade de transformar a leitura em prazer está associada ao

significado que os estudantes dão para as novas significações, é preciso

estimular neles a reflexão, e ainda capacitar para que eles possam se

transformar em leitores críticos.

Então o que se pretende trabalhar nesta unidade temática a busca o

pelo gosto pela leitura de diversos gêneros textuais, os quais fazem parte da

temática – idoso. Estes gêneros estarão relacionados com fatos do cotidiano,

que possam levam a reflexões sobre o mundo contemporâneo. Nesta

perspectiva, pretende-se trabalhar os diversos gêneros textuais dos diversos

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suportes de comunicação, como: usando livro, jornal, revista, propagandas e

ainda aproveitar a leitura digital (propondo alguns links para o acesso de

textos), usando como ferramenta o computador, pois se acredita que ele

também pode contribuir para a apropriação do conhecimento, devido à grande

importância que se dá para a informática na atualidade.

Para Zilberman (1989), geralmente as atividades pedagógicas

relacionadas com a leitura provocam tédio e fazem o aluno vivenciá-las como

se tratasse de aprisionamento, controle ou obrigação, porque o professor não

incorpora a leitura no universo do ensino. A autora também comenta que a

“imaginação pertence ao mundo interior de todo individuo, mas não pode ser

acionada sem os estímulos provenientes do exterior”. (ZILBERMAN, 1989,

p.25).

Diante das reflexões da autora, a escola deve estar sempre buscando

inovações para uma proposta de leitura eficiente. Neste sentido a proposta é

trabalhar com uma metodologia centrada no leitor, fazendo uso do método

recepcional, que segundo Jauss amplia o horizonte de expectativas do leitor,

visto que o tema e a forma, podem aproximar ou distanciar o leitor do texto.

Para a busca da apropriação do gosto pela leitura, no 9º ano será

utilizada a estética da recepção apresentada por Jauss in Zappone (2005) “O

valor estético de um texto é medido pela recepção inicial do público que o

compara com outras obras já lidas, percebe-lhe as singularidades e adquire um

novo parâmetro para a avaliação de obras futuras”, onde expõe os conceitos

básicos da proposta da estética da recepção, são elas:

A primeira tese trata da historicidade do tema entre o leitor e o texto a

ser apresentado, o que irá fazer com que o professor possa investigar o

conhecimento prévio do educando em relação temática que será trabalhada.

Na segunda analisa a experiência do leitor frente à leitura, buscando um

“saber prévio”, que irá funcionar como um conjunto de saberes literários,

quanto da própria vida, nela abarca as diversas conversões literárias como as

marcas dos gêneros, os etilos, as formas, as técnicas narrativas e etc.,

oferecendo orientações a seu destinatário. Cada leitor pode reagir

individualmente a um texto, porém a recepção é um fato social (este é o

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horizonte que marca os limites dentro dos quais uma obra/texto é

compreendida em seu tempo).

Já a terceira tese considera a reconstituição do horizonte, Jauss entende

que o valor decorre da percepção estética que a obra/texto é capaz de suscitar

por uma nova obra. Nota-se aqui que o autor pretende afastar a concepção

linear e romper com o horizonte de expectativa, o que era então desconhecido

torna-se obvio.

Agora é o momento de o leitor reconstruir o horizonte de expectativa e é

na quarta tese que começa a examinar melhor as relações do texto com a

época de seu aparecimento. O texto responde a necessidades do público que

dialoga, sem o que sua presença não se justifica; significa descobrir como o

leitor da época pode perceber e compreender, recuperando o processo de

comunicação que se instalou nas teses anteriores. Seu estudo investiga a

leitura em três aspectos: diacrônico (recepção das obras literárias/texto ao

longo do tempo), sincrônico (mostra o sistema de relações da leitura numa

dada época e a sucessão desses sistemas) e a relação entre a literatura e a

vida prática.

Na quinta tese Jauss descreve o entendimento do caráter diacrônico -

uma obra não perde seu poder de ação ao transpor o período em que

apareceu, explicando que é necessário situar uma obra/um texto no contexto

histórico, levando em conta a experiência que ela propiciou, bem como a

especificidade de mediação.

Para o autor, a sexta tese discorre que as obras/textos devem ser lidas a

partir de sua história de recepção, provoca um efeito sincrônico, nela é feita

análise simultânea das mudanças, comparando e descobrindo os pontos de

intersecção, os quais definem seu caráter articulador e acionando o processo

da evolução textual, o que leva a momentos formadores e de rupturas, que

desencadeia o aspecto diacrônico, buscando a recepção inicial do texto.

Já na última tese Jauss propõe um exame das relações da leitura com a

sociedade, abarcando experiências cotidianas do leitor, aqui se pretende

romper com as relações comuns que o leitor tem com os próprios fatos da vida

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cotidiana, expandindo o espaço limitado que ele tem do comportamento social,

visando novos desejos e pretensões, abrindo caminhos para experiências

futuras, despertando assim o prazer de ler e novas possibilidades de leitura.

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UNIDADE 1

SEQUÊNCIA DIDÁTICA : A Publicidade na Sala de Aula

GÊNERO: Propaganda

TEXTO: http://www.youtube.com/results?search_query=vo+gert rudez&oq=vo+gertrudez&gs_l=youtube.3...115307.122580.0.123399.20.18 .0.0.0.0.490.490.4-1.1.0...0.0...1ac.1.11.youtube.MNEbXW4QbFw

Propaganda

Vó Gertrudes em trânsito Moderno: Blitz

Produzida pela Prefeitura Municipal de Curitiba – PR

TEMPO: 4 aulas

OBJETIVO

O gênero propaganda faz parte da vivência do aluno e constitui para o professor uma ferramenta, cuja a abordagem não se esgota, uma vez que se encontra no interior de um sistema de comunicação comum ao tipo de sociedade em que vivemos, sendo um documento autêntico.

O trabalho de análise das propagandas que será feito pelos alunos, buscando o reconhecimento do uso e aplicação de diferentes tipos de linguagem (textual, imagem – gestual, simbólica etc.), contribuindo uma percepção mais crítica desse tipo de veículo na elaboração de estratégias para desenvolvimento de sua aprendizagem.

Através desse recorte e usando a propaganda governamental, como suporte, pretende-se levar o aluno a questionar e refletir sobre alguns aspectos socioculturais, que marcam a sociedade e seu modo de pensar frente a temática abordada.

CONTEÚDO

Forma do Gênero

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Análise da linguagem poética

Interpretação

Oralidade

Paráfrase

Módulo 1

� Propor aos alunos a produção escrita de uma propaganda – usando

uma folha de papel A4, lápis de cor.

Módulo 2

Fazer as seguintes indagações:

� Vocês gostam de propagandas?

� Vocês lembram das propagandas governamental?

� Ao ver uma propaganda governamental, o que vocês podem analisar?

� Solicitar que os alunos apontem as propagandas governamentais que

estão sendo apresentadas na mídia.

� Apresentar o vídeo da propaganda feita pela prefeitura de Curitiba, que

é feita pela Vó Gertrudes, que é uma velhinha simpática e feliz, como

muitas por aí. Mas quando o assunto é trânsito, ela sabe ser muito

moderna.

Com personalidade, bom humor e carinho de vó, ela dá dicas infalíveis

sobre respeito e gentileza no trânsito.

� Situar os alunos no que diz respeito ao tema da propaganda e a

principal personagem que é uma pessoa idosa – a propaganda tem a

intenção de mostrar as infrações de transito traz, mas faz uma crítica da

falta de respeito que os mais novos tem com pessoas de mais idade;

� Perguntar aos alunos o porquê que a prefeitura de Curitiba fez esta

propaganda usando uma idosa como personagem principal.

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Módulo 3

� Análise: Desmontar o texto e verificar as partes que o compõe

(caracterização do personagem, tempo, espaço, tipo de discurso);

� Analisar o que está dito nas entrelinhas (relacionando com o

comportamento da sociedade atual)

Módulo 4

Paráfrase

� Baseando-se na propaganda da prefeitura de Curitiba, os alunos

deverão produzir uma propaganda com a temática idoso, apontando a

realidade atual da nossa comunidade.

� Os alunos, em duplas, escolhem uma das propagandas e depois em

grupo de 04 alunos, apresentam a propaganda para a turma.

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UNIDADE 2

SEQUÊNCIA DIDÁTICA : Carta

GÊNERO: Carta

TEXTO: Homenagem ao dia do Idoso

TEMPO: 4 aulas

OBJETIVO

O gênero carta leva o aluno a compreensão sobre a função, redação e estruturação deste gênero, buscando conhecimentos prévios sobre a organização da escrita alfabética, compreensão de produção de texto e uso social da carta A introdução da atividade bem como o desenvolvimento desta será baseada na carta de uma mãe para a sua filha, que foi compartilhada no facebook em comemoração ao dia do idoso, apesar deste tipo de gênero não fazer parte do cotidiano do aluno, visto que na atualidade este foi substituído pelo email e msg, este gênero constitui para o professor uma ferramenta, cuja a abordagem não se esgota, uma vez que se encontra no interior de um sistema de comunicação comum ao tipo de sociedade em que vivemos, sendo um documento autêntico.

CONTEÚDO

Forma do Gênero

Análise da linguagem

Interpretação

Oralidade

Escrita

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Módulo 1

� Solicita que os alunos produzam uma carta para alguém que faz muito

tempo que eles não encontram.

� O professor deverá ler os textos para investigar o conhecimento prévio

dos educandos do gênero carta.

Módulo 2

� Apresentar aos educandos a foto que acompanha a carta e solicitar que

eles façam uma leitura da imagem – apontando as diferenças, bem

como as relações que a foto tem com a realidade.

� Ler o texto Carta de uma mãe para sua filha – compartilhada no

facebook no dia 1 de Outubro de 2013 em comemoração ao dia do

idoso.

A imagem vinculada não pode ser exibida. Talvez o arquivo tenha sido movido, renomeado ou excluído. Verifique se o v ínculo aponta para o arquivo e o local corretos.

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Carta de uma MÃE para sua FILHA.

1 de Outubro de 2013 - dia do idoso.

“Minha querida menina

No dia que você perceber que estou envelhecendo, eu peço a você para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando. Se quando conversarmos, eu repetir a ...mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa dizendo: “Você disse a mesma coisa um minuto atrás”. Apenas ouça, por favor. Tente se lembrar das vezes quando você era uma criança e eu li a mesma história noite após noite até você dormir. Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra de quando você era criança eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocar você no banho? Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê tempo para aprender e não me olhe daquele jeito...lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas, como comer direito, vestir-se, arrumar seu cabelo e lidar com os problemas da vida todos os dias...o dia que você ver que estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando. Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa, impaciente ou arrogante. Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você. E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos. Quando este dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino minha vida com amor. Eu vou adorar e agradecer pelo tempo e alegria que compartilhamos. Com um sorriso e o imenso amor que sempre tive por você, eu apenas quero dizer, eu te amo minha querida filha.

Com carinho

Sua mãe

Após a leitura da carta trabalhar a forma do gênero – data, saudação – corpo do texto – linguagem – despedida e assinatura

Módulo 3

� Interpretar oralmente o conteúdo da carta – instigando os educando a perceber as diferenças que ocorrem quando o ser humano atinge uma idade mais avançada e a relação entre o idoso e a criança.

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Módulo 4

� Produção de uma carta endereçada para uma pessoa mais velha de seu convívio familiar ou de um conhecido.

� Correção da carta e reescrita � Elaboração de um envelope, apontando para os educandos a diferença

entre remetente e destinatário, bem como o preenchimento correto do endereço.

Módulo 5

� Avaliação � Antes de enviar a carta os alunos irão se reunir em grupos de 04 alunos

e irão apresentar oralmente a carta mais interessante do grupo.

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UNIDADE 3

SEQUÊNCIA DIDÁTICA : Crônica

GÊNERO: Crônica

TEXTO: A velha contrabandista

GÊNERO: Crônica

TEMPO: 7 aulas

OBJETIVO

A Crônica tem caráter leve e despretensioso, que retrata a vida cotidiana

que atrai e estimula a atenção do leitor, fala de coisas aparentemente banais,

mas retrata a vida cotidiana, porém carregadas de sensibilidade e

profundidade, este gênero atende a principal intenção deste projeto que é o de

incentivar a leitura, visto que o ser humano tem a necessidade de se satisfazer,

usando a fantasia, Produzir crônicas a partir de fatos cotidianos por meio do

estabelecimento das relações entre o lido e o vivido, a fim de desenvolver a

sensibilidade, a imaginação e o senso crítico.

Conteúdo

Forma literária do Gênero

Análise

Interpretação

Produção textual

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Módulo 1

� Propor aos alunos a produção escrita de uma crônica – lembrar que as

crônicas relatam os fatos cotidianos.

Módulo 2

� Passar o vídeo Vó Gertrudes em trânsito moderno: Moto http://www.youtube.com/watch?v=yNnNJcmBgQg

Módulo 3

� Fazer as seguintes indagações para a determinação do horizonte de

expectativas:

� Vocês já ouviram falar do cronista Stanislaw Ponte Preta?

� Conhecem algum texto deste autor?

� Já leram uma crônica?

� Em que suporte (meio) que vocês tiveram acesso a este gênero?

� Após as indagações a professora irá ler uma breve biografia do autor;

� Definir o gênero - crônica;

� Escrever o título no quadro: “A velha contrabandista” e solicitar que os

alunos tirem um significado deste título;

� Ler o texto na íntegra; - por se tratar de um texto fácil, curto e engraçado, que vem ao encontro? com as expectativas dos alunos, pois eles tendem a gostar mais dos textos mais leves e curtos.

� Situar os alunos no que diz respeito à alfândega e solicitar que eles

façam uma pesquisa sobre a alfândega.

A Velha contrabandista

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.

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Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:

- É areia!

Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.

Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.

Diz que foi aí que o fiscal se chateou:

- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.

- Juro - respondeu o fiscal.

- É lambreta.

http://www.youtube.com/watch?v=yNnNJcmBgQg

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Módulo 03

� Indagar aos alunos a relação existente entre a Velha Contrabandista e a Vó Gertudes em trânsito moderno: Moto

Módulo 04

� Interpretação textual

1. O gênero crônica é usado para: a) ( ) narrar b) ( ) relatar c) ( ) argumentar d) ( ) descrever 2. A Crônica lida transmite: a) ( ) momentos de tensão b) ( ) comentários policiais c) ( ) uma situação de humor d) ( ) uma situação triste 3. Que adjetivos (qualidades) você daria à velhinha : a) ( ) esperta b) ( ) ingênua c) ( ) caduca d) ( ) cansada e) ( ) otimista f ) ( ) pessimista g) ( ) oportunista h) ( ) inteligente 4. Que adjetivos (qualidades) você daria ao policia l: a) ( ) teimoso b) ( ) desconfiado c) ( ) educado d) ( ) ingênuo e) ( ) compreensivo f) ( ) honesto g) ( ) observador h) ( ) tolo 5. O final do texto é surpreendente? Por quê? 6. Se você fosse o fiscal, teria percebido qual o c ontrabando? De que forma? 7. Como se escreve “espaia” na norma culta da língu a: a) ( ) espalia b) ( ) espalha c) ( ) espalhia 8. Alfândega é o departamento onde: a) Cobram-se impostos e taxas de produtos. b) Compram-se produtos. c) Vendem-se mercadorias proibidas.

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9. No Brasil, muitas pessoas acham bonito burlar as leis. O que você acha dessa atitude ? 10. O que o autor quis dizer com a expressão “tudo malandro velho”? 11. Leia novamente o 4º parágrafo do texto e respon da: a) Quando o narrador citou os dentes que “ela adquirira no odontólogo”, que dentes ele se referia? b) Aponte expressões do texto que caracterizam a linguagem coloquial. 12. Quando a velhinha disse: é areia, o fiscal acre ditou? Justifique sua resposta com elementos do texto. 13. Quando a velhinha decidiu contar a verdade? 14. Qual é a grande surpresa da história? 15. Você concorda com a esperteza da velhinha? Just ifique sua resposta. 16. Embora, no texto, os personagens sejam ficcion ais, podemos dizer que é possível encontrar pessoas como o fiscal ou a velhinha?

Módulo 05

� Solicitar que os alunos escrevam uma crônica, usando como a temática - idoso, após a escrita da crônica, reúna-se em grupo de três alunos e façam a leitura de cada crônica e reescreva, baseando-se nos apontamentos dos colegas.

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UNIDADE 4

SEQUÊNCIA DIDÁTICA : Estatuto

GÊNERO: Estatuto

TEXTOS: Os Estatutos do Homem de Thiago Mello Definição do gênero estatuto (Wikipédia, a enciclopédia livre)

Estatuto do Idoso – Guia e orientação ao cidadão Vídeo: Cartilha dos Idosos para Crianças – Conselho Municipal

do Idoso

TEMPO: 12 aulas

OBJETIVO

O gênero estatuto leva o estudante à compreensão de que a sociedade deve estar estabelecida com normas e leis que protegem os diversos segmentos da sociedade. Neste contexto pretende-se trabalhar sobre a função, redação e estruturação deste gênero. Além de propor a elaboração de uma entrevista e a confecção de cartões para uma visita na Casa Lar Santiago.

CONTEÚDO

Forma do Gênero

Interpretação

Oralidade

Escrita

Estatuto do idoso

Módulo 1

� Definir o documento estatuto e mencionar a sua importância, lendo com os alunos a definição da Wikipédia.org sobre o texto estatuto.

� Fazer indagações sobre a importância de a sociedade ter normas que possam regulamentar a vivência em sociedade – investigar, por meio de

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perguntas orais se os alunos conhecem algum estatuto e conforme os alunos apontam, o professor escreve o nome dos estatutos no quadro – e em seguida – solicitar que eles comentem para que indivíduos os estatutos mencionados foram criados?

� Refletir com os alunos sobre a necessidade desse Estatuto, apesar de a constituição brasileira garantir a igualdade de todos perante a lei.

� Texto para ser lido com os alunos .

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto

Estatuto

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Estatuto para um bom governo" em Ripon, North Yorkshire.

A palavra estatuto é diferente de contrato social, pode referir-se a uma variedade de normas jurídicas cuja característica comum é a de regular as relações de certas pessoas que têm em comum pertencerem a um território ou sociedade. Normalmente, os estatutos são uma forma de Direito Privado.

Normas gerais

Existem normas com força de lei ou regulamentares, que recebem o nome de estatuto. Normalmente recebem esse nome por razões históricas, e, muitas vezes, apenas dão uma regulamentação para um coletivo concreto. São normas com efeitos erga omnes.

Um exemplo é do Estatuto dos Trabalhadores, que é o nome dado à lei que regulamenta as relações trabalhistas e os direitos sindicais.

Na Espanha, pode-se mencionar o Estatuto de autonomia regional, que são as normas que regulam as competências de cada Comunidade Autônoma (existe um estatuto para cada comunidade). Neste caso, o nome 'estatuto' implica que trata-se de uma norma especial, na qual existe um sistema de aprovação especial conjunta por parte do parlamento autônomo e o Estado.

Estatutos de uma sociedade

Em Direito Societário recebe o nome de estatutos aquela norma, acordada pelos sócios ou fundadores, que regulamenta o funcionamento de uma pessoa jurídica, quer seja uma

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sociedade, uma associação ou uma fundação. Em geral, é comum a todo o tipo de órgãos colegiados, incluindo entidades sem personalidade jurídica.

As suas funções básicas, entre outras, são as seguintes:

• Regular o funcionamento da entidade frente a terceiros (por exemplo, normas para a tomada de decisões, representantes, etc.).

• Regular os direitos e obrigações dos membros e das relações entre eles.

Módulo 1

� Ler com os alunos o Guia Serasa de orientação ao cidadão – Saiba como amadurecer mantendo a saúde, os direitos, o prazer e o bom humor:

http://www.youtube.com/watch?v=YTYxCDSKSAY

� Assistir o Vídeo: Cartilha dos Idosos para Crianças – Conselho Municipal do Idoso

Módulo 2

� Após assistir o vídeo comentar os direitos apresentados no vídeo e indagar os alunos se eles tem idosos em casa ou parentes idosos elencar todas os direitos mencionados no vídeo e a professora escreve no quadro.

� Como tarefa de casa entrevistar um idoso (os alunos irão propor outras perguntas para a entrevista):

Nome:

Idade :

Formação Escolar:

Atividade que exerceu na sua vida:

Solicitar que o idoso conte história de sua vida (profissional, pessoal, história de amor, formação da família):

Em sala os educandos irão apresentar as entrevistas.

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Módulo 3

� Ler o resumo do Estatuto do Idoso. � Após a leitura – os educandos irão responder as seguintes perguntas: a) Que idade o ser humano é considerado idoso? b) Na cidade de Rio Branco do Sul há muitos idosos? Sugerir que eles

façam uma pesquisa da população – no site do Paraná Cidade. c) Na cidade os direitos mencionados no guia de orientação ao cidadão

são respeitados, comente cada um deles. d) Você conhece idosos que são maltratados? e) Você já visitou um asilo? Se sim, relate esta experiência.

Módulo 4

� A professora irá levar para sala os dados do único asilo na cidade e irá solicitar que os alunos façam um cartão para ser entregue em uma visita ao Asilo Casa Lar Santiago na cidade de Rio Branco do Sul – na oportunidade a professora e os alunos levarão frutas para os idosos e farão uma alimentação com eles ( esta proposta já foi autorizada pela diretora geral do asilo)

http://www.serasaexperian.com.br/guiaidoso/20.htm

O Estatuto do Idoso

Após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo presidente da República no mês seguinte, ampliando os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da terceira idade. Veja os principais pontos do estatuto:

Saúde

O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS).

A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses.

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Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade.

O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende.

Transportes Coletivos

Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. A carteira de identidade é o comprovante exigido.

Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os idosos, com aviso legível.

Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o número de idosos exceder o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passagem, considerando-se sua renda.

Violência e Abandono

Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão.

Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.

Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas necessidades básicas, podem ser condenadas a penas de seis meses a três anos de detenção e multa.

Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão, além de multa. Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão.

Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa.

Entidades de Atendimento ao Idoso

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O dirigente de instituição de atendimento ao idoso responde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso.

A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público.

A punição em caso de mau atendimento aos idosos vai de advertência e multa até a interdição da unidade e a proibição do atendimento aos idosos.

Lazer, Cultura e Esporte

Todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer.

Trabalho

É proibida a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer.

O primeiro critério de desempate em concurso público é o da idade, com preferência para os concorrentes com idade mais avançada.

Habitação

É obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos

Direitos Reservados Não estão previamente autorizadas cópias ou transcrições, parciais ou totais, em qualquer meio, para fins comerciais ou de recebimentos de vantagens diretas e indiretas, exceto no caso de utilização em meios de projeção visual específicos para cursos e palestras que divulguem este material.

Para pesquisa: Estatuto do Idoso (na íntegra)

http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/763/estatuto_idoso_5ed.pdf

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Módulo 5

� Ler o texto Os estatutos do homem de Thiago Mello e escrever, em duplas um Estatuto do Idoso, baseando-se nos textos desta unidade. Após a produção do referido estatuto, as duplas irão apresentar para a sala e depois digitar para compor o ebook. Disponibilizado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre.

Os estatutos do homem

– Thiago de Mello

(Ato Institutional Permanente) A Carlos Heitor Cony Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira. Artigo II

Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo. Artigo III Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança. Artigo IV Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.

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Parágrafo único: O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino.

Artigo V Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa. Artigo VI Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora. Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo. Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor. Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura. Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, o uso do traje branco.

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Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã. Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor. Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou. Artigo Final. Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.

Thiago de Mello Santiago do Chile, abril de 1964

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UNIDADE 5

SEQUÊNCIA DIDÁTICA : O Olho de Vidro de Meu Avô

GÊNERO: Novela - autobiográfica

TEXTOS: “Olho de Vidro do Meu Avô”

Bartolomeu Campos de Queirós.

“O livro relata a história de uma família humilde que havia um avô que tinha um olho de vidro e o outro verdadeiro, seu neto sempre quis saber o que havia acontecido, porém a única coisa que era de seu conhecimento é que seu avô tinha viajado para São Paulo para colocar seu olho esquerdo, de vidro. Era um homem quieto, calado e sério, não era de demonstrar seus sentimentos. Toda tardezinha passava pelas ruas de sua pequena cidade. Seu neto caçula era o mais presente em todos os momentos e ele sempre quis entender, como seu avô via todas as coisas do mundo, o que ele realmente sentia. Porém em um dia, todos estranharam o seu sumiço, espalharam a notícia, porém, sem respostas, mandaram cartas para todos os familiares. Logo depois de alguns dias encontraram somente seu olho de vidro, e assim ele foi guardado e nunca ninguém soube dos mistérios escondidos no olho de vidro de seu avô.”

TEMPO: 10 aulas

OBJETIVO

O gênero novela o leva o estudante a ampliação do horizonte de expectativa, levando o educando a estar em contato com a Literatura Brasileira e estimulando os educandos a leitura e a escrita.

CONTEÚDO

Forma do Gênero

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Interpretação

Oralidade

Produção de uma história.

Módulo 1

� Antes da leitura, explorar com os alunos, a capa do livro que foi criada pela Pimenta Design, a imagem de um olho, que emana uma luz que atinge a figura masculina. Comentar com os alunos como a relação da imagem com o título o olho de vidro do avô.

� Contextualizar a biografia de Bartolomeu Campos de Queirós (site www.caleidoscopio.art.br)

Módulo 2

� No momento da leitura: Para ler Bartolomeu Campos de Queirós, é preciso mais do que procurar o fio da história: é preciso saborear o jeito como ele escreve. Levando o aluno perceber o estilo do autor nesse livro, como: • A enumeração: ¨Sei que morava entre um mar de montanhas, um mar de filhos, um mar de paixão, um mar de dúvidas.¨ • A oposição: “Eu sempre acreditei mais no olho da mentira do que no olho da verdade.” • A comparação: ¨Ele se recostava na cadeira de balanço e se balançava de mansinho como se o mundo morasse em seu colo.” Módulo 3

� Após a leitura do livro analisar os seguintes aspectos: O livro é dividido em pequenas partes separadas por vinhetas, então organizar com os alunos um sumário, apontando títulos para cada uma delas. Ressaltar a passagem em que o avo se refere aos seus filhos: ¨Com apenas meia vista meu avô vigiava seus sete filhos: Maria, Tereza, Júlia, Diva, Afonso, Jafé e Joaquim. Tinha uma mais pequenininha, que se chamava Santinha, mas vou deixar de lado. Quando minha mãe morreu, a Santa foi morar lá em casa e transformou tudo num inferno. Cismou de casar com meu pai que, nessas alturas, já amava outra” .

� Levar os alunos a perceberem que o narrador-personagem excluiu a tia Santinha, uma vez que o avô não teve sete filhos e sim oito, discutindo o porque deste deslize.

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Módulo 4

� Aproveitando os grupos, promover uma conversa entre os alunos e solicitar que eles possam contar uma história de um idoso, baseado nas entrevistas feitas na unidade 4 – fazer a apresentação para a turma e digitar para compor o ebook.

http://saladeleituralaudimia.blogspot.com.br/2012/0 6/resumo-do-livro-olho-de-vidro-do-meu.html

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TRABALHO FINAL

TEMPO: 4 aulas

ENCAMINHAMENTO

Socializar todo o projeto de trabalho para a comunidade escolar, bem

como todos os textos e entrevistas que serão colocados no ebook da turma e

no último dia de aplicação do projeto, a professora, juntamente com os alunos

irão convidar idosos para palestras sobre a saúde e bem estar e também

sugerir que um idoso da comunidade possa ministrar uma palestra ou uma

contação de histórias – a turma do 9º ano irá apresentar o ebook, vídeos e

fotos de toda elaboração do trabalho.

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REFERÊNCIAS

BELLUZZO, R. C. B. Tecnologias e a Formação De Leitores: Desafios na Sociedade Contemporânea, in Ebook:Educaçãoe Tecnologias: Reflexão, Inovaçãoe Práticas2011. DILZ,J.; SCHNEUWLY.B.; PIETRO,J. DE; ZAHND, G. A exposição oral. In: DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard E colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. [tradução de Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro]. Campinas: Mercado de Letras, 2004. KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria e prática.10 ed. Campinas, São Paulo: Pontes, 2004. KLEIMAN, A. Texto e leitor: Aspectos cognitivos da Leitura. 11. ed. Campinas, São Paulo: Pontes, 2008. PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. 2008. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov. br/arquivos/ File/ diretrizes/dce_ port.pdf > Acesso em 09.05.2013. ZAPPONE M.H.Y. Estética da Recepção. In BONNICI T.; ZOLIN, L.O. (orgs) Teoria Literária – abordagens históricas e tendências contemporâneas. 2 ed. ver e ampliar. Maringá, 2005.