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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Autor Beatriz Joana Rendoki
Disciplina Educação Especial
Escola de Implementação
do Pro je to e sua
localização
Colégio Estadual do Campo Colônia Malhada – Ensino
Fundamental e Médio
Estrada Principal da Malhada, s/nº Colônia Malhada - Paraná
Município da escola São José dos Pinhais
Núcleo Regional de
Educação
Área Metropolitana Sul
Professor Orientador Prof. Dr. Paulo Ricardo Ross
Instituição de Ensino
Superior
UFPR
Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa
Resumo Esta Unidade Didática tem como objetivo analisar a importância
do dizer em sala de aula e, também, sugerir algumas
estratégias para o professor praticar o dizer com os alunos da
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I – Anos Finais do Ensino
Fundamental, buscando assim, desenvolver a leitura fluente.
Palavras-chave Dizer, ouvir, leitura fluente, escrita, compreensão, expressão.
Formato do material Unidade Didática
Público Alvo Professores da Sala de Recursos Multifuncional Tipo I – Anos
Finais do Ensino Fundamental.
Título: A PRÁTICA DO DIZER COMO ESTRATÉGIA PARA DESENVOLVER A LEITURA
FLUENTE DOS ALUNOS DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I – ANOS
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Prezado(a) Professor(a)
“As pessoas não sabem o que custa em
tempo e esforços aprender a ler. Eu
necessitei para isso de oitenta anos e não
estou certo de o ter conseguido plenamente”.
(Goethe)
Nossa busca, enquanto Professor(a), é fazer com que nossos alunos
leiam fluentemente, mas como leitores sabemos que é uma atividade complexa
e que requer muitas habilidades as quais levamos trinta, quarenta ou até oitenta
anos para forjar e ainda não estamos certos de as ter adquirido.
Em sala de aula, deparamos com alunos que leem muito devagar e ao
chegarem ao final do texto não conseguem compreender o que está sendo dito.
Assim, muitas vezes, terminam os anos finais do Ensino Fundamental e até
mesmo do Ensino Médio sem conseguirem solucionar este problema.
Tendo em vista, que essas dificuldades em leitura, também estão
presentes, nos alunos que frequentam a Sala de Recursos Multifuncional Tipo I -
anos finais do Ensino Fundamental pretendemos aplicar a prática do “dizer”
como estratégia para desenvolver a leitura fluente.
Sabemos que o treino é a melhor forma para desenvolver a fluência, o
hábito e o gosto pela leitura. Pensando nesta questão preparamos uma unidade
didática com algumas estratégias para trabalhar a prática do dizer (leitura em
voz alta), pois esta poderá contribuir para o desenvolvimento das capacidades
leitoras do aluno e ampliar os horizontes linguísticos, culturais e pessoais.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com a INSTRUÇÃO N° 016/2011 – SEED/SUED que rege a
Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I na Educação Básica – anos finais do
Ensino Fundamental, o trabalho pedagógico a ser desenvolvido deverá partir
dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de
cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos, contribuindo para a
aprendizagem dos conteúdos na classe comum e, utilizando-se ainda, de
metodologias e estratégias diferenciadas, objetivando o desenvolvimento da
autonomia, independência e valorização do aluno.
Sendo assim, de acordo com a presente instrução o professor da Sala de
Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica – anos finais do Ensino
Fundamental, deverá trabalhar o desenvolvimento de processos educativos que
favoreçam a atividade cognitiva (áreas do desenvolvimento) e os conteúdos
defasados dos anos iniciais, principalmente de leitura, escrita e conceitos
matemáticos. (grifos meus)
Desta forma, é necessário uma proposta de intervenção pedagógica que
trabalhe a prática do DIZER (a oralização, a dicção do texto escrito, a leitura
expressiva ou ainda, o que chamamos de leitura em voz alta), visto que a leitura
e a escrita estão interligadas, pois não há uma linha que as separe, ao
desenvolvermos um trabalho pedagógico cujo objetivo é a leitura, também,
estamos desenvolvendo a escrita e vice versa.
Com esse projeto não se pretende igualar os alunos, mas sim, dar
condições para que ele leia com fluência e compreenda o que leu.
Segundo Sánches (2012, p. 64) “para chegar a ser um bom leitor é
preciso reunir um conjunto de habilidades e competências diferentes e isso leva
muitos anos para forjar”.
No decorrer da história as práticas de leitura passaram por muitas
mudanças, dos textos lidos em voz alta nas praças e salões para serem ouvidos
pelas pessoas que não sabiam ler, a leitura silenciosa. Devido essas
transformações, algumas práticas (modalidades) de leitura foram sendo deixada
de lado pelos educadores, entre elas a prática do “dizer” que Bajard (2001, p.
73) define como “uma atividade de comunicação instaurada a partir da tradução
de um texto escrito em texto oral”.
A leitura em voz alta foi sendo deixada de lado, mas estudos recentes
propõem novas terminologias para resgatar em sala aula algumas práticas que
ficaram esquecidas e que são importantes.
Conforme estudos realizados por Bajard, a terminologia leitura em voz
alta não é conveniente, pois provoca confusão com o ato de ler, além de
esconder a natureza comunicativa da voz alta. É preciso identificar duas
atividades distintas: a leitura silenciosa, individual e a sonora, social, que
chamamos dizer.
Devido a essa problemática de termos, Bajard (2001, p. 74) propõe novas
definições:
Oralizar, para a atividade de identificação das palavras através da voz;
Ler, para a atividade silenciosa de construção de sentido a partir do
significante gráfico; Dizer, para a atividade de comunicação vocal de
um texto preexistente.
O primeiro contato da criança com a língua escrita se dá, muitas vezes,
nos primeiros meses, no momento em que, por meio do dizer, a mãe conta ou
Lê histórias ao bebê. Em seguida, por meio do tato, olfato, olhar e até mesmo o
paladar. Logo a criança por si só vai folhear o livro, observar os desenhos e
fazer relações entre a escrita e as imagens, dando-se sua primeira interação
com a leitura. Na sequência, ela própria vai traçar seus primeiros rabiscos.
Desse modo, de acordo com Bajard (2001, p. 78), “as três vias serão então
abertas nessa ordem: dizer-ler-escrever”.
A criança é inserida ao mundo da escrita muito antes de entrar na escola,
seus familiares vão acompanhando sua evolução ao fazer contato com textos
impressos. Dai provém a diferença entre as crianças que chegam a escola
advindas de um universo não letrado, ou seja, que não tem o contato com o
material impresso. Nesse caso cabe a escola reduzir a diferença oferecendo a
essas crianças o contato diversificado com o texto escrito por meio das três
práticas.
O dizer, primeiro elo da criança com a escrita não pode desaparecer após
a aprendizagem da leitura, pois cabe lembrar que ele ocupa papel importante na
sociedade, mesmo esta sendo ou não de leitores. É hábito da população
brasileira assistir ao jornal televisivo e ainda, um público mais restrito e
intelectualizado frequentar os espetáculos teatrais, cuja base é o dizer, pois
fundamenta-se em um texto escrito.
É necessário fazer do dizer uma das grandes práticas da língua
escrita, como o são a leitura e a produção de texto. [...] Para se ter
acesso à escrita, existem três vias, ler/escrever/dizer, que convocam
não somente operações cognitivas idênticas, mas também operações
distintas. (BAJARD 2001, p. 81)
É indispensável que o professor saiba analisar sua competência de se
expressar e fazer uso do dizer, para que assim possa utilizá-lo em sala de aula,
pois o valor que os alunos farão desta atividade estará baseada nas ações do
professor, que deve ser um praticante assíduo do dizer.
Embora existam autores que criticam a prática do dizer por
momentaneamente expor as dificuldades do aluno, parte-se do pressuposto que
essa atividade permite ao educando a tomada de consciência de suas próprias
capacidades, pois de acordo com Bajard (2001, p. 81), “... não se pode aprender
a dizer sem transmitir textos”.
O dizer é uma atividade muito importante para a socialização da escrita,
pois possibilita ao indivíduo compartilhar a leitura. O dizer impõe ao texto a
presença efetiva do outro, além de ser uma prática essencial para dar vida na
sala de aula.
METODOLOGIA APLICADA
O professor da Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, da Educação
Básica – anos finais do Ensino Fundamental, trabalhará quatro oficinas, cujo,
foco é a prática do dizer.
Desta forma, serão propostas aos alunos, atividades que desenvolvam a
prática do dizer, como por exemplo: recitar poesias, apresentação de jornal
televisivo, leitura dramatizadas de histórias, entre outras.
Na primeira oficina o aluno terá a oportunidade de refletir sobre o uso da
leitura e da escrita em seu cotidiano.
Na segunda oficina o aluno terá oportunidade de fazer uso do dizer por
meio de poesias com rima, sem rima, poesias narrativas entre outras.
Na terceira oficina será praticado o dizer por meio de contos de
assombração estimulando o aluno a fazer a leitura dramatizada.
Na quarta oficina ocorreram práticas do dizer por meio de textos de jornal
televisivo e de rádio.
Em cada oficina, o professor deverá prereparar com antecedência os
materiais necessários. Também, deverá disponibilizar na sala de aula “o
cantinho da leitura”. Nesse espaço deve conter livros, fichas com a tipologia
textual trabalhada em cada oficina para que os alunos possam explorar.
OFICINA 1
SABER LER: É OU NÃO É IMPORTANTE?
Objetivo: Refletir sobre o uso e a importância da leitura e da escrita no
cotidiano.
Duração: 12 horas aula
Desenvolvimento:
1ª ETAPA
Nessa primeira etapa o professor deve se preparar para dizer aos seus alunos o
texto do livro O MENINO QUE APRENDEU A VER da autora Ruth Rocha.
Acomode os alunos em semicírculo; É fundamental que as crianças
estejam próximas do(a) professor(a) para ouvir a leitura;
O local deve ser apropriado, preferencialmente sem movimentos externos;
É necessário fazer propaganda do livro antes de dizer o texto.
Prepare-se com antecedência para dizer o texto, pois o treino permite um
bom dizer;
Prepare antecipadamente as figuras que contenham as placas que o
menino enxerga em seu trajeto;
Mostre a capa do livro e converse com os alunos e estimule-os a levantar
hipóteses sobre o título (o que será que o menino aprendeu a ver?) e a
imaginar do que fala história;
Expresse os sentimentos que aparecem no texto durante sua leitura, como
medo, espanto, alegria, tristeza, humor.
2ª ETAPA
Leve os alunos a refletirem:
Você lembra-se de quando aprendeu a ler?
Quem lhe ensinou essa habilidade?
Você já pensou quanto a leitura é importante na sua vida?
Que habilidades você acha que são necessárias para ler um texto e
compreendê-lo bem?
Se você apresenta alguma dificuldade na leitura, o que você faz para
superá-la?
Quando recebemos uma conta de luz, por exemplo, o que buscamos? E
quando lemos a receita de um bolo?
Quando vamos ao mercado para que usamos a leitura?
Quando recebemos uma carta ou um torpedo familiar de amizade ou de
amor, como fazemos esta leitura?
Em que momentos alguém de sua família (pai, mãe, irmãos e avós)
utilizam a leitura? E quando a escrita é utilizada?
É importante que o professor diariamente pratique o dizer em sala de aula,
pois de acordo com Silva (1988, p.79) “Ao ouvir os textos lidos em voz
alta, as crianças vão criando consciência dos aspectos da expressão escrita
[...]”.
É através do dizer que o professor demonstra ao aluno como é bom
desfrutar de uma história escrita, pois Meireles (1979, p. 42) afirma: “[...]
o gosto de ouvir é como o gosto de ler”.MEIRELES, C. Problemas da literatura infantil. 2ª edição. São Paulo: Summus, 1979.
SILVA, Ezequiel. Theodoro. Elementos de pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988
3ª ETAPAConvide os alunos para assistirem ao vídeo A MENINA QUE ODIAVA LIVROS,
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q.
Organize uma conversa com os alunos a respeito do ato de ler ou ouvir histórias.
Em sua casa há livros? De quem são?
Pergunte se eles gostam de ouvir histórias e qual o tipo. Deixe que todos
se expressem.
Peça que relatem experiências pessoais, que citem histórias conhecidas.
Montar um jogo de memória com a figura e os nomes dos animais que
aparecem na história (se o aluno apresentar muita dificuldade em leitura
fazer o jogo com a inicial do nome do animal ou figura com figura).
Professor, após a reflexão, poderá enfatizar que a leitura não é só
importante na escola, mas também no cotidiano, por exemplo: ler uma
carta ou um torpedo; um manual de instrução; informações na rua; operar
o computador ou o celular; ter acesso a informações pessoais – contas,
banco, etc.; ler para aprendermos coisas novas; para nos divertirmos, para
nos desenvolvermos.Ribeiro, M.F. A. Ler bem para aprender melhor: um estudo exploratório de intervenção no âmbito da descodificação
leitora. Braga, 2005.
A literatura “[...] serve para tornar o homem mais sensível, mais crítico,
mais consciente de seu papel social, mais humano – e, certamente, mais
feliz”. (Villardi 1997, p.110)
VILLARDI, R. l. Ensinar a gostar de ler: discutindo estratégias para a formação de leitores. Tecnologia Educacional, Rio
de Janeiro, v. 26, n. 142, 1998, p. 12-17.
4ª ETAPAPedir aos alunos que ouçam algumas cantigas tradicionais. Sugestão: FUI NO
TORORÓ, AI MEU PEZINHO, JACARÉ POIÔ do CD “Para Sempre Criança - O
Semeador de Sonhos” de Susi Monte Serrat e João Belo.
Apresentar a letra em um cartaz com letras bem visíveis ou no data show
e conversar com eles sobre a letra.
Após, marcar os versos e combinar para em cada trecho fazer algo
diferente (bater palmas, bater os pés, mímica, coreografia) conforme o
ritmo da música. Ouvir novamente as músicas e acompanhar cantando e
fazendo o que foi combinado.
Em seguida, dividir os versos e a turma, convidar os alunos cantarem
formando dois coros, cantarem murmurando, etc.
O brinquedo ou cantiga de roda é uma modalidade de jogo de grande valor
educativo que inclui: tradição, música e movimento, muito utilizado para
programas de recreação, como sendo um ótimo agente socializador.
(NOVAES, 1986, p. 7)
Crianças que tem dificuldade intelectual geralmente reagem à música,
quando tudo o mais falhou. A música é um veículo expressivo para o alívio
da tensão emocional, superando dificuldades de fala e de linguagem. A
terapia musical foi usada para melhorar a coordenação motora nos casos
de paralisia cerebral e distrofia muscular. Também é usada para ensinar
controle de respiração e da dicção nos casos em que existe distúrbio da
fala. (Bréscia, 2003)NOVAES, I. C. Brincando de roda. Rio de Janeiro: Agir, 1983.
5ª ETAPA
Nesta etapa o professor vai dizer um trava-língua para os alunos.
Convidar os alunos um a um para repetir o trava-língua.
Apresente aos alunos várias fichas com trava-línguas (preparadas em
papel cartaz com letra, de preferência arial, tamanho 20, no mínimo).
Estimule os alunos a treinarem e a dizerem o texto para os demais.
Pedir para os alunos escolherem um trava-língua e ilustrarem.
Pedir para eles conversarem com a família e trazerem um trava-língua,
para a classe.
6ª ETAPA
Nesta etapa o professor vai dizer uma parlenda para os alunos (a escolha do
professor).
Mostre a letra em um cartaz ou no data show e convide os alunos a
lerem juntos, após marque os versos com diferentes cores e peça para
que cada aluno leia um trecho.
Recortar a letra da parlenda em partes e pedir para os alunos
ordenarem o texto. (Se o aluno apresentar muita dificuldade na leitura
deixe que ele observe o texto do cartaz ou data show).
“Quanto mais se lê, mais se sabe, melhor se escreve e melhor se fala”.
Uma leitura eficaz, só se conquista com muito treino e prática.
(RIBEIRO, 2005)RIBEIRO, M. F. A. D. Ler bem para aprender melhor: um estudo exploratório de intervenção no âmbito da
descodificação leitora. Braga, 2005 .
Pergunte se eles conhecem alguma parlenda, se sim, estimule-os a
dizer.
Apresente aos alunos várias fichas com parlendas e peça para que
escolham uma para treinarem e dizerem aos colegas. (Grave a
apresentação)
Se tiver algum aluno com muita dificuldade em leitura, escolha uma
parlenda menor e o ajude a treinar.
7ª ETAPA
Para encerrar esta oficina o professor deverá se preparar para dizer o texto
do livro “A PRINCESA QUE NÃO QUERIA APRENDER A LER” de Heloisa
Prieto.
Conversar com os alunos:
Você já passou por uma situação semelhante (ficou em apuro) por não
saber ler?
Já ajudou alguém que não sabia ler a sair de alguma dificuldade?
Dar as figuras que compõem a história e pedir para que os alunos
organizem-as na sequência.
As escolhas sejam feitas tomando como critério básico a
possibilidade de que a leitura se revele prazerosa, sedutora, que
tenha o poder de levar a descoberta do prazer de ler. (SOARES,
2009, p. 27)SOARES, Magda. O jogo das escolhas. IN: MACHADO, M. Z. V. [et al.] (orgs.). Escolhas (literárias) em jogo. Belo
Horizonte: Ceale; Autêntica, 2009.
OFICINA 2
VAMOS BRINCAR DE POESIA?
Duração: 12 horas aula
Objetivo: Ouvir e dizer poesias, observando a pontuação, a entonação e o
ritmo adequados para desenvolver a leitura.
Desenvolvimento:
1ª ETAPANo início da etapa o professor diz para os alunos o poema “CONVITE” de José
Paulo Paes. Na sequência conversa com os alunos:
Vocês gostaram de ouvir o texto? Por quê?
Aprender a ler na sociedade de hoje é uma necessidade básica para nela
se viver, ser aceite e participar nos recursos que a mesma disponibiliza.
(Sousa, 1999)
(...) A leitura de mundo precede a leitura da palavra, (...) a leitura da
palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma
certa forma de “escrevê-lo” ou de “reescrevê-lo”, quer dizer, de
transformá-lo através de nossa prática consciente. (Freire, 1989, p. 11 e
20)SOUSA, C. A Língua escrita: um processo de apropriação. Braga: Universidade do Minho. 1999.
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados, 1989
Já ouviram um texto semelhante? Quem é que estava declamando na
ocasião em você ouviu?
O poeta faz o convite para fazer o quê?
Construir uma pipa (papagaio); disponibilizar a lista de material que precisa
e o modo de fazer, para eles perceberem a necessidade de saber ler.
2ª ETAPA
Ouvir a poesia “BURACO DO TATU” de Sérgio Caparelli do Cd Olimpíada da
Língua Portuguesa – Poetas da escola.
Após os alunos ouvirem, o professor oferece a letra e marca uma
estrofe para cada aluno dizer.
Em seguida, pede para eles produzirem uma estrofe colocando o nome
do bairro onde eles moram no final do ultimo verso.
Se o aluno apresentar dificuldade na escrita o professor poderá ajudá-
lo a encontrar palavras que rimam com o nome do bairro e montar no
alfabeto móvel para o aluno reproduzir.
A poesia é um suporte extraordinário para despertar na criança a
brincadeira. Permite o envolvimento com o imaginário, com o faz-de-
conta que, segundo Vygostsky é um dos grandes contributos para o
desenvolvimento da linguagem escrita. (OLIVEIRA, 1966, p.69 apud
QUADROS, 2006, p. 12)QUADROS, D. HANDA. M. B. Criança e poesia: uma brincadeira com as palavras. In. Educere – Congresso da Educação da PUCPR. Curitiba: 2006. Disponível em: HTTP://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2006/anaisEvento/doc/CI275.TC.pdf.
3ª ETAPAAssistir ao vídeo com a declamação da poesia “A PORTA” de Vinícius de
Moraes. (Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=UIsOUvU9R-U )
Dar a letra e marcar os versos para cada aluno treinar e após dizer o
texto para os colegas.
Pedir para produzir mais alguns versos semelhantes ao da segunda
estrofe mantendo o modelo original. (Eu
abro ...................................................... pra passar . ..........................).
Disponibilizar uma lista de sugestões de palavras para que os alunos
formem pares de rimas e assim consigam produzir mais alguns versos.
A escolha do tema é fundamental na hora de trabalhar com poesia, pois
este pode: “provocar encantamento, suspiros, concordância, gostosura,
vontade de querer mais, de precisar ler de novo para melhor se
inteirar...” (ABRAMOVICH, 1997, p.95)ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
O dizer (a leitura em voz alta) traduz-se num “prazer para o leitor e
para aqueles que o escutam; prazer subtil de dar a entender um texto de
que se gosta, e para os ouvintes, prazer de povoar de sonhos e de
conotações pessoais o texto compreendido”. (JEAN,2000, p. 20)
Jean, G. (2000). A leitura em voz alta. Lisboa: Instituto Piaget.
4ª ETAPAO professor diz (lê) a poesia “CAIXA MÁGICA DE SURPRESA” de Elias
José.
Fazer questionamentos:
Por que o título chama-se caixa mágica? Por que o livro é mudo?
Ler novamente em partes, cada parte dá uma pausa e pedir para eles
imaginarem como eles ilustrariam cada trecho do poema.
Construir uma caixa-mágica (deixar que os alunos decorem da maneira
que eles quiserem).
Pedir que guardem na caixa um elemento surpresa, o aluno dará dicas
sobre o objeto para os demais colegas adivinharem.
Passar o vídeo com a declamação e ilustração do poema. (Disponível
em https://www.youtube.com/watch?v=G-sD6V9JRaY)
Perguntar aos alunos se a forma como eles imaginaram a ilustração era
era mesma apresentada no vídeo, o que havia de semelhante ou
diferente.
A poesia é conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz
de transformar o mundo, a atividade poética é revolucionária por
natureza [...] Expressão histórica de raças, nações, classes. Nega a
história: em seu seio resolvem-se todos os conflitos objetivos e o homem
adquire, afinal, a consciência de ser algo mais que passagem [...] Filha
do acaso; fruto do cálculo. Arte de falar em forma superior; linguagem
primitiva [...] Analogia: o poema é um caracol onde ressoa a música do
mundo, e métricas e rimas são apenas correspondências, ecos, da
harmonia universal. (PAZ, 1982, p.15)PAZ, Octávio. O Arco e a Lira. Trad. de Olga Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
5ª ETAPAO professor deverá dizer aos alunos os poemas “ISTO OU AQUILO” de
Cecília Meireles e o poema “CASA” de Elias José.
Fornecer a letra para os alunos e instigar a fazerem uma comparação
entre eles observando a forma, as rimas, etc.
Explicar aos alunos que nem todos os poemas possuem rimas, mas
mesmo assim, apresentam melodia e ritmo.
6ª ETAPA
Assistir ao vídeo no qual Susi Monte Serrat declama o poema “PARAÍSO”
de José Paulo Paes disponível em (https://www.youtube.com/watch?v=3I_0FjK3lOs ).
Oferecer fichas com vários poemas para cada aluno escolher um e
treinar.
Organizar a apresentação, os alunos poderão declamar sozinho ou
em duplas dividindo as estrofes de um mesmo poema.
Cabe ao professor a responsabilidade de despertar em seus alunos uma
atitude positiva em relação à poesia, e como não se pode transmitir o
que não sente, o professor também deve transmitir ao aluno seu
sentimento verdadeiro pela poesia, sua capacidade de sentir e
compreender a intenção da poesia como um sentimento verdadeiro.
(FLECK, 2003, p. 56)FLECK, B. V. et al. Caderno pedagógico _ literatura infantile. Universidade do Estado de Santa Catarina. Núcleo de
Educação a Distância – NEAD. 1ª Ed. Florianópolis, jun, 2003.
7ª ETAPANesta etapa o professor organizará os alunos para dizerem o poema
“ENFERRUJADO, LÁ VAI O SOLDADO”, de Sylvia Orthof.
Numerar as estrofes do poema e dar uma para cada aluno treinar sua
parte para depois dizer o texto junto com os demais colegas em forma
de um jogral.
Explicar que se trata de um poema narrativo que conta a história de um
soldado, mas que somente na hora da apresentação é que todos
ficarão conhecendo todo o enredo. (Se o aluno apresentar muita
dificuldade em leitura o professor deve ajudá-lo na hora da
apresentação).
Após a apresentação dos alunos o professor fornece uma letra do
poema inteiro para cada aluno, e ele próprio diz o texto para que a
turma perceba a história de maneira mais contínua.
Nas fichas poderá conter poemas de autores como Henriqueta Lisboa,
Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Maria Dinorah, Sidônio Muralha,
Sérgio Capparelli, Mario Quintana, Elias José, Roseana Murray, Lalau,
José Paulo Paes, Bartolomeu Campos Queirós, Cora Coralina entre
outros.
A leitura em voz alta pelo professor desenvolve noções sobre a escrita e
habilidades mentais importantes. Por meio da leitura compartilhada (em
que o professor e os alunos lêem o mesmo texto), o professor serve de
modelo de leitor.
(PROGRAMA DE APOIO A LEITURA E ESCRITA PRALER - estratégias de leitura unidade 14, p. 31 - http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/praler/tp/tp5.pdf )
OFICINA 3
QUEM CONTA UM CONTO AUMENTA UM
PONTO...
Objetivo: Explorar o dizer por meio de contos de assombração.
Duração: 6 horas aula
Desenvolvimento:
1ª ETAPA
Leitura do conto de assombração O BAILE DO CAIXEIRO-VIAJANTE do
livro “Minha querida assombração”.
Conversar com os alunos sobre:
A diferença em ouvir esse texto e ouvir uma poesia.
Se eles já viram alguma assombração ou se conhecem alguém que já
viu?
Se eles acreditam em assombração? Se sim ou não, explicar por quê?
Perguntar se eles conhecem outros contos de assombração, pedir para
contarem a seus colegas.
Pedir para eles perguntarem aos pais se conhece algum conto de
assombração.
Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir
muitas, muitas histórias...escutá-las é o início da aprendizagem para ser
um bom leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de
descoberta e de compreensão do mundo. (ABRAMOVICH, 1993, p.24)ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1993.
2ª ETAPA
O professor vai dizer o conto “DA MARIMONDA, A MÃE-DA-MATA, NÃO
SE DEVE FALAR” disponível em: (http://portalsme.prefeitura.sp.gov.br/Projetos/BibliPed/
Documentos/publicacoes/PIC/PIC%204%C2%BA-%202011-%20ALUNO_LP.pdf )
Ler novamente os dez primeiros parágrafos e perguntar aos alunos o
porquê da mudança de tom na voz?
Dar a letra do conto para o aluno e pedir a ele para marcar as falas dos
personagens e do narrador com cores diferentes. (Para ajudar nesta
tarefa o professor poderá mostrar o texto no data show e ir colorindo
conforme as falas).
Organizar a leitura dramatizada do texto.
Apresentar aos alunos fichas que contenham contos de assombração,
pedir para os alunos levarem para casa e lerem com seus familiares.
(Solicitar aos alunos que relatem através da escrita ou oralmente como
foi a leitura em família).
Acreditamos no poder que a história tem de provocar emoções e
despertar o ouvinte para o fascínio da palavra escrita e da leitura.
Sabemos também que a história contada na sala de aula é o elo entre o
leitor e o livro, afinal é através das histórias narradas que podemos
fazer brotar no ouvinte o desejo de querer ouvir, ler e descobrir outras
histórias. Como no dito popular, ―uma história puxa a outra.
(MICARELLO e FREITAS, 2002, p. 107).MICARELLO, Hilda A. L. da S. e FREITAS, Luciléia R. de. Os sentidos produzidos por crianças e adolescentes para
suas experiências com Leitura e Escrita na escola. IN: FREITAS, Maria Tereza A. e COSTA, Sérgio Roberto. Leitura e
escrita na formação de professores. Juiz de Fora: UFJF, 2002.
3ª ETAPA
Nesta etapa o professor deve se preparar para dizer o conto peruano “O
TESOURO ENTERRADO” disponível em:
(http://www.recantodasletras.com.br/contosdesuspense/2369987)
Dizer o conto até a parte em que vai revelar qual é o tesouro, nesta
parte dá uma pausa...
Pedir para os alunos montarem com argila como é o tesouro que eles
imaginaram.
Terminar de dizer o conto revelando qual era o verdadeiro tesouro.
Quando lemos em voz alta, podemos — por assim dizer — dirigir as
reações dos ouvintes, fazendo, por exemplo, uma leitura mais dramática
ou mais irônica. E podemos também — infelizmente — matar o interesse
pela leitura se fizermos uma leitura monótona, gaguejada ou mecânica.
(LAJOLO, 2005, p.29)LAJOLO, Marisa. Linguagem e letramento em foco: meus alunos não gostam de ler, o que eu faço? Campinas:
Cefiel/IEL/Unicamp, 2005.
OFICINA 4
O JORNAL ESTÁ NO AR...
Duração: 6 horas aula
Objetivo: Propor situações reais de leitura e escrita, possibilitando a
observação e reflexão sobre o mundo a sua volta.
Desenvolvimento:
1ª ETAPAAssistir um trecho de um jornal televisivo gravado antecipadamente pelo
professor (sugere-se que seja a primeira parte onde o apresentador
(repórter-âncora) cumprimenta os telespectadores e apresenta as notícias).
Perguntar aos alunos se eles têm o hábito de assistirem ao jornal;
Explicar que para dizer as notícias o apresentador tem como base um
texto escrito preparado e treinado antecipadamente;
Lembrar que no jornal televisivo deve ter um repórter-âncora, cuja
função é amarrar as diferentes informações
Os textos das notícias para o telejornal devem ser curtos e objetivos.
O apresentador deve ter domínio da leitura e boa dicção.
Disponibilizar recortes de jornais impresso contendo (separadamente)
notícias e o corpo da reportagem e pedir que eles relacionem ambas.
(Se o aluno apresentar muita dificuldade em leitura poderá relacionar a
notícia com as imagens).
Conversar sobre a diferença do jornal falado e do jornal impresso. No
Jornal falado as notícias são mais resumidas, as informações
televisivas são complementadas por gestos, entonações de voz,
imagens ao vivo.
2ª ETAPA
Assistir a mais um trecho de um jornal televisivo gravado antecipadamente
pelo professor (sugere-se que seja um bloco onde o repórter-âncora
anuncia o assunto e em seguida entra em cena um repórter que amplia a
notícia; ou um entrevistador e o entrevistado).
Instigue os alunos a prestarem atenção aos temas, na forma do
apresentador dizer as notícias (palavras, entonação, comentários,
críticas, elogios entre outros).
Sugira aos alunos que eles assistam o jornal televisivo de alguma
emissora de TV durante uma semana e que anotem o assunto e as
informações que acharem relevante.
Disponibilizar jornais para o aluno explorarem;
Escolher uma notícia para treinar e dizer para os colegas;
O professor deve apresentar e trabalhar com os alunos os tipos e os
gêneros textuais que fazem parte do cotidiano. É fundamental que os
estudantes compreendam que texto não são somente aquelas
composições escritas tradicionais com a qual se trabalha na escola –
descrição, narração e dissertação – mas sim que o texto é produzido
diariamente em todos os momentos em que nos comunicamos, tanto na
forma escrita como na oral. (CALDAS, p.3)CALDAS, Lilian Kelly. Trabalhando tipos/gêneros textuais em sala de aula: uma estratégia didática na perspectiva da
mediação dialética. IBILCE/UNESP – São José do Rio Preto.
3ª ETAPAPreparar um jornal televisivo para apresentar e gravar a apresentação.
Pesquisar acontecimentos do bairro, da escola e montar manchetes;
Inventar um comercial (satirizando objetos);
Organizar uma reportagem especial com entrevista;
Montar um cenário e escolher um nome para o jornal;
Escolher e gravar as músicas que servirão de fundo musical;
Estimular os alunos a treinarem a apresentação;
Observar a postura e tom de voz.
Se possível, apresentar o jornal para as outras turmas.
[...] a preparação para um acto de leitura, especialmente quando
destinado a um grupo de crianças, é essencial: quanto mais exaustivo e
pormenorizado for este tempo de preparação – cuidando de cada detalhe
como se fosse da máxima importância -, maior hipótese de sucesso terá
a narração em si. (RIGOLET , 2009, p.96)
RIGOLET, Sylviane A. Ler livros e contar histórias com as crianças: como formar leitores activos e envolvidos. Porto
– Portugal: Porto Editora, 2009.
O dizer (leitura em voz alta) pode ser uma forma de reduzir a ansiedade
de comunicação. Se as crianças tiverem oportunidade de preparar o
texto e de participar em atividades de imitação, poder-se-ão sentir mais
seguras para participar, revelando-se a leitura em voz alta como um
primeiro passo para uma comunicação mais espontânea na sala de aula.
(FOSS E REITZEL, 1988)
FOSS, K., & REITZEL, A. (setembro de 1988). A Relational Model for Managing Second language Anxiety. TESOL Quarterly, 22, pp. 437-454.
AVALIAÇÃO DAS OFICINASAo avaliar as atividades sugerimos a avaliação formativa, pois esta visa a
verificação do ensino e da aprendizagem em todas suas amplitudes, ela parte
do princípio que o aluno deve ser observado em diversos momentos, seja na
sala de aula ou fora dela. A partir das informações colhidas sobre o aluno é que
o professor vai planejar sua intervenção, e após a aplicação o docente poderá
analisar os efeitos da metodologia utilizada.
Cardinet (1986, p. 14) conceitua a avaliação formativa como aquela que:
[...] visa orientar o aluno quanto ao trabalho escolar, procurando localizar as suas dificuldades para o ajudar a descobrir os processos que lhe permitirão progredir na sua aprendizagem. A avaliação formativa opõe-se à avaliação somativa que constitui um balanço parcial ou total de um conjunto de aprendizagens. A avaliação formativa se distingue ainda da avaliação de diagnóstico por uma conotação menos patológica, não considerando o aluno como um caso a tratar, considera os erros como normais e característicos de um determinado nível de desenvolvimento na aprendizagem.
Antes de iniciar as oficinas o professor deverá preparar um caderno na
forma de um diário para que o aluno registre suas impressões, após cada
atividade. O professor deverá disponibilizar um roteiro de escrita após cada
etapa para que o aluno se organize na hora do registro. Os alunos que
apresentarem muita dificuldade na escrita poderão fazê-lo por meio de
desenhos.
Para avaliar o dizer, o professor deverá gravar o aluno dizendo uma
parlenda na 6ª etapa da primeira oficina e a apresentação do jornal na 3ª etapa
da última oficina e também , outros momentos, se possível.
No final da aplicação o professor poderá analisar os avanços dos alunos
ao dizerem o texto. Se há segurança, entusiasmo, fluência, dicção, marcação
dos sinais de pontuação, entonação, pronúncia correta dos vocábulos, postura
e se há emoção, isto é, o aluno consegue expressar por meio da leitura medo,
tensão, graça, entre outros.
REFERÊNCIAS
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NOVAES, I. C. Brincando de roda. Rio de Janeiro: Agir, 1983.
PAES, J. P. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 2001.
PAWAGI, M. A Menina que odiava livros. O vídeo está disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q
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unidade 14, p. 31 - http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/praler/tp/tp5.pdf )
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