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Os perigos da HIDROQUINONA
Laura Carmona
Guia completo dos efeitos adversos causados pelo seu uso tópico!
Os perigos da HIDROQUINONA
Laura Carmona
Guia completo dos efeitos adversos causados pelo seu uso tópico!
Cabo Frio - RJ, 2014
1ª Edição
LAURA CARMONA
OS PERIGOS DA HIDROQUINONA: guia completo dos efeitos
adversos caudados pelo seu uso tópico
1ª edição
Cabo Frio
Laura de Oliveira Carmona
2014
Copyright © 2014 Laura de Oliveira Carmona
Todos os direitos reservados e protegidos por lei.
É proibida a reprodução e distribuição desta obra por
qualquer pessoa.
Diagramação: Maycon Oliveira Gabry.
Capa: Maycon Oliveira Gabry.
Ilustração de Apresentação: Michele Dias Augusto.
Prefixo Editorial: 917675
Número ISBN: 978-85-917675-0-2
Título: Os perigos da hidroquinona: guia completo dos efeitos adversos
causados pelo seu uso tópico
Dedico este eBook à minha amada filha Isabella, pela compreensão nos
momentos de minha ausência, por seu amor incondicional, pelos beijos mais
doces e pelos abraços mais especiais. Mamãe te ama muito filha!
Agradeço aos meus amados pais Almir e Nailza e minha irmã Lana por todo
amor, apoio e incentivo durante toda minha vida. Aos meus queridos amigos
e parceiros Camilla Veras e Maycon Gabry pela paciência, carinho e
dedicação com a qualidade deste eBook. A todos os meus professores que me
ajudaram durante minha formação acadêmica, especialmente a Dra. Ludmila
Bonelli pela força, oportunidades e por todo conhecimento compartilhado.
Aos meus pacientes que confiam no meu trabalho e que são o principal
motivo de tanto estudo e dedicação para me tornar uma profissional cada
vez melhor.
Agradecimentos
QUEM SOU EU?• Graduada em Ciências – Habilitação em Biologia
pela Ferlagos/RJ (2003)
• Graduada em Fisioterapia pela UNESA/RJ (2008)
• Pós-graduada em Fisioterapia Dermato-Funcional
pela Escola Superior de Ensino Helena Antipoff –
Faculdades Pestalozzi/RJ (2011)
• Mestranda em Ciências da Reabilitação (Unisuam
- RJ)
• Proprietária e Responsável Técnica pelo
Consultório de Fisioterapia & Estética Laura
Carmona, em Cabo Frio/ RJ
• Palestrante do VII e VIII Encontro Internacional
de Fisioterapia Dermato-Funcional
(Belo Horizonte/MG)
• Professora da Belle Bonelli Cursos em Belo
Horizonte/MG
• Colunista do Portal Negócio Estética
A primeira vez que ouvi falar em Hidroquinona como agente clareador da pele foi em 2010, durante um
curso de Fisioterapia Dermato Funcional Facial. E esse primeiro contato já me deixou bastante preocupada
sobre seus efeitos adversos. Porém, ainda não havia tido nenhuma experiência clínica com ela.
Como que por obra do destino, logo após esse curso, começaram a surgir no meu consultório diversos
casos de pacientes com problemas advindos do uso da hidroquinona e me vi desesperada por mais
informações. Foi então que comecei a pesquisar a fundo tudo relativo a esta substância. No início de
minhas pesquisas eu jamais imaginei os caminhos pelos quais eu seria levada. Não foi e nem é, até hoje,
uma tarefa fácil. Tive muitas dificuldades, como escassez de material confiável disponível gratuitamente
sobre seus efeitos adversos, especialmente em português.
Minha pesquisa só alcançou níveis satisfatórios para mim quando decidi assinar uma plataforma de compra
de artigos científicos e pude ter acesso a inúmeras obras de qualidade. Pesquisas sérias de todo o mundo
pontuando e comprovando os vários perigos que a Hidroquinona representa para a nossa saúde. Foram
centenas de artigos lidos de lá para cá em diversas línguas.
A cada novo artigo que eu li, a cada novo paciente que recebi com problemas devido ao uso de produtos à
base de Hidroquinona e a cada novo relato de caso de outros profissionais da área da estética, crescia a
minha vontade de compartilhar minha pesquisa com o maior número de pessoas possível.
Prefácio
Minha primeira palestra sobre “Os efeitos adversos causados pelo uso tópico da Hidroquinona” aconteceu
no Simpósio de Reabilitação da Pele, evento que fazia parte do VII Encontro Internacional de Fisioterapia
Dermato Funcional (Belo Horizonte, 2013). E essa primeira palestra já me mostrou claramente a enorme
necessidade que os profissionais tem em obter mais informações confiáveis sobre o tema.
Então, de posse de mais essa motivação, continuei as minhas pesquisas e troca de experiências com
profissionais de todo o país. Meu artigo “Os efeitos adversos causados pelo uso tópico da Hidroquinona”
publicado na minha coluna no Portal Negócio Estética em abril de 2014, já alcançou centenas de “likes”,
foi compartilhado por centenas de pessoas e foi um dos artigos mais lidos na história do Portal.
No dia 26 de junho de 2014, realizei uma palestra gratuita, via internet (webinar), em parceria com o
Portal Negócio Estética para tirar as dúvidas de todas as pessoas interessadas sobre o tema. O evento foi
um sucesso de audiência, tendo a participação de pessoas inclusive de fora do país!
Logo após este webinar comecei a receber uma verdadeira avalanche de e-mails de profissionais e de
usuários da hidroquinona solicitando mais informações e inúmeros pedidos de ajuda. Foi então que decidi
criar este e-book. Nestas páginas vocês encontrarão a compilação de todo o conhecimento que adquiri
nestes quase cinco anos de pesquisas incansáveis sobre a Hidroquinona.
Att. Drª Laura Carmona.
ÍNDICE Introdução
Generalidades
Usos Diversos
Propriedades Físico-Químicas
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18
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Mecanismo de Ação no
Clareamento da Pele
Histórico
Efeitos Adversos Comprovados
em Seres Humanos
Efeitos Adversos Comprovados
em Animais33
ÍNDICEAlternativas ao Uso da
Hidroquinona 37
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Conclusão
Referências
39
45
PERIGO!!!
INTRODUÇÃO
Espaço vazios ajudam a dar um descanso na leitura
As hipercromias (manchas escuras)
são uma queixa recorrente nos
consultórios e clínicas de estética em
todo o mundo, especialmente dentre
as mulheres. Por isso, o clareamento
da pele, seus efeitos e ativos capazes
de promovê-lo estão sendo
amplamente investigados.
A cor da pele de cada indivíduo é
determinada pela quantidade de
melanina produzida por células
especializadas, chamadas de
melanócitos. Analisando os últimos
cinquenta anos da história da
humanidade, a cor da pele é tida como
um estereótipo de beleza e status.
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Existem diversas técnicas utilizadas com a
finalidade de clarear a pele, dentre elas
destaco os peelings químicos, peelings
mecânicos e lasers.
Neste e-book discutiremos a utilização de
produtos clareadores contendo uma
substância chamada
hidroquinona, que será
minunciosamente
detalhada ao longo dos
capítulos.
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Existem outros agentes clareadores muito
utilizados em formulações clareadoras, como:
mercúrio, ácido kójico, ácido azelaico,
vitamina C, ácido fítico e etc.
Desde 1936 já existem publicações relatando
os efeitos adversos causados pelo uso tópico
da hidroquinona. Atualmente ela ainda é
livremente prescrita em muitos países,
inclusive no Brasil.
Em seres humanos já existem diversos
efeitos adversos comprovados, como:
ocronose exógena, dermatites,
pigmentação da esclera e unhas,
catarata, degeneração das fibras de
colágeno e elastina, hipopigmentação,
acromias e etc.
Em animais, já foi comprovado o seu
potencial carcinogênico e nefrotóxico.
Teremos um capítulo abordando mais a
fundo cada um destes efeitos, para que
possamos refletir sobre os perigos que a
hidroquinona pode oferecer à nossa
saúde.
GENERALIDADESA hidroquinona encontra-se na natureza como hidroquinona
β-D-glicopiranosido (arbutina), nas folhas de várias plantas
como a uva-ursi e em algumas variedades de peras. É um
produto da biotransformação do benzeno.
O benzeno, por sua vez, é uma substância comprovadamente
tóxica para seres humanos e animais. Seus vapores, se
inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo
inconsciência. Se inalados em pequenas quantidades por
longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como
leucopenia (diminuição de leucócitos no sangue).
Também é conhecido por ser carcinogênico. É uma substância usada como solvente (de
iodo, enxofre, graxas, ceras, etc.) e matéria-prima básica na produção de muitos compostos
orgânicos importantes, como fenol, anilina, plásticos, gasolina e tintas.
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A hidroquinona é encontrada em vários alimentos, em madeiras, óleo cru e etc. Em
latim é chamada de hydrochinonum. Seu nome químico é 1,4-benzenediol e possui
como sinônimos: 1,4-dihidroxibenzeno, quinol, hidroquinol, benzequinol, p-
hidroxifenol.
Atualmente (nos países onde ela ainda não é
proibida como agente clareador da pele)
produtos de livre acesso à população podem
conter de 0,5% a 2% de concentração de
hidroquinona em suas formulações.
Concentrações maiores estão disponíveis (ou
pelo menos deveriam estar) somente através
da prescrição de dermatologistas.
Somente cerca de 0.05%
da hidroquinona produzida
no mundo é usada como
ingrediente em cremes de
clareamento.
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USOS DIVERSOSA hidroquinona é uma substância ativa, produto da biotransformação do benzeno. Também
usada na indústria química; seus derivados são usados em fotografias, resinas plásticas,
cosméticos, medicamentos e em próteses dentárias de acrílico.
Apesar de ter seu uso restrito, o benzeno é um solvente orgânico universal. Além da
utilização industrial, a presença de benzeno na fumaça de veículos automotivos e do cigarro
contribui para contaminação ambiental. O controle da exposição em países em
desenvolvimento nem sempre é satisfatório e, assim, relatos clínicos de intoxicação
ocupacional e ambiental pelo benzeno ainda são encontrados na literatura.
Tem-se demonstrado experimentalmente que os compostos fenólicos hidroquinona (HQ) e
fenol (FE), são os responsáveis pela neurotoxicidade, hematotoxicidade e imunossupressão
observada em casos de intoxicações.
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PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
A hidroquinona apresenta-se sob a forma de cristais brancos. É facilmente oxidada
pela exposição ao ar ou ainda em soluções neutras e o processo acelera-se em
soluções alcalinas.
É solúvel em água, álcool e
clorofórmio.
Ainda que em soluções aquosas não existam
elétrons livres, o estado de ionização da
hidroquinona é afetado pelo pH da solução.
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HISTÓRICO
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Desde 1950, cremes à base de hidroquinona têm sido empregados para o tratamento de
vitiligo, lentigens senis, melasma e outras hipercromias.
A primeira publicação relatando os efeitos adversos causados pelo uso tópico da
hidroquinona data de 1939.
Desde 1996 pesquisadores começaram a avaliar o risco que o uso tópico da hidroquinona
pode gerar para os seres humanos. As pesquisas, em sua maioria, revelam seu enorme
potencial carcinogênico e citotóxico. As poucas pesquisas que apontam a hidroquinona como
uma substância inofensiva são de caráter duvidoso, sem embasamento científico e quase
sempre estão ligadas a algum laboratório que fabrica produtos à base da mesma.
Diversos relatos de casos de hiperpigmentação
ligados ao uso tópico da hidroquinona surgiram
na década de setenta, especialmente na África.
HQ
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Esta substância vem sendo usada por décadas como agente clareador da pele. Seus
efeitos em curto e médio prazo como dermatites e hipopigmentação levaram ao seu
banimento como agente clareador de uso tópico em diversos países
europeus desde 2001. Neste mesmo ano, os Estados Unidos
proibiram uma porcentagem maior que 2% em cosméticos de
venda livre à população, somente podendo ser prescrito em
porcentagens maiores por médicos.
A Agência Internacional de Pesquisas em Câncer (IARC) inclui a
HQ no Grupo 3 (Não classificável quanto a sua carcinogenicidade
para seres humanos) desde 1999. Isso revela que ainda não há
como provar que esta substância causa câncer em seres humanos,
porém, também não há nenhuma evidência de que seja segura
nesse sentido.
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Até os dias atuais, ainda não existe uma grande atenção sobre os seus possíveis efeitos
em longo prazo, mesmo com os indicativos de que sérios problemas podem ocorrer
devido a seu acúmulo no organismo. Isto pode ser atribuído à grande necessidade de
obter resultados rápidos por parte de pessoas portadoras de hipercromias, quanto à
desinformação de profissionais.
É necessário que todos os profissionais que trabalham com estética,
seja qual for a sua formação, conheçam os perigos que o uso tópico da
hidroquinona pode causar, seja em curto, médio ou longo prazo. Uma
vez que antes de cuidarmos da beleza, temos por obrigação zelar pela
saúde e bem-estar de nossos clientes.
MECANISMO DE AÇÃO NO CLAREAMENTO DA PELE
Melanogênese
Os melanócitos produzem pequenas
vesículas chamadas de melanossomas, que
são encarregadas de produzir, armazenar e
secretar a melanina para os queratinócitos
(células da epiderme).
A melanogênese (síntese de melanina)
é realizada por células especializadas,
localizadas na camada basal da
epiderme que são chamadas de
melanócitos.
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Esquema da
Melanogênese
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Ao ser estimulado pela radiação solar ou por outros fatores intrínsecos e/ou extrínsecos, o
melanócito começa a cascata bioquímica da melanogênese no interior dos melanossomos.
Primeiro, ocorre a transformação de
tirosina em DOPA, mediada pela
enzima tirosinase. Esta mesma
enzima transforma a DOPA em
DOPAquinona. Então, duas vias
diferentes são iniciadas, a via de
formação das feomelaninas (melanina
amarela e vermelha) e das
eumelaninas (melanina marrom e
preta).
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Melanócitos e Melanina
A melanina desempenha um importante papel na
proteção do núcleo celular dos queratinócitos,
funcionando como um escudo contra os danos causados
pela radiação.
Os melanócitos são células dotadas de memória e são
muito sensíveis aos estímulos tanto internos, como
externos. Uma vez que se tornam hiper-reativos,
começam a sua produção exacerbada de melanina.
Estudos demonstram que os melanócitos de áreas
hiperpigmentadas são maiores, possuem dendritos mais
proeminentes e uma quantidade maior de
melanossomos.
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Mecanismo de Ação da Hidroquinona
Hidroquinona é a opção terapêutica mais utilizada no tratamento do melasma há mais de
cinquenta anos. E, apesar de possuir uma ação clareadora de caráter rápido, possui diversos
efeitos adversos já comprovados mesmo durante o uso em curto prazo. Vamos descobrir quais
são os seus mecanismos de ação e posteriormente, os riscos envolvidos neste processo.
O mecanismo de ação mais conhecido da hidroquinona é a sua ação de inibição da tirosinase.
Ela consegue competir com a tirosina pelo sítio ativo da tirosinase, bloqueando a ação desta
enzima que, como já visto anteriormente, possui papel fundamental na melanogênese. Porém,
ela também interfere na síntese de DNA e RNA dos melanócitos, podendo degradá-los,
adquirindo então um caráter citotóxico.
O grande problema deste caráter citotóxico é que nas áreas afetadas, pode ocorrer a morte
dos melanócitos e consequentemente, a acromia, ou, em casos menos extremos pode ocorrer
hipopigmentação. No capítulo oito, iremos conhecer seus riscos, como a acromia pode afetar o
equilíbrio da pele e consequentemente a nossa saúde.
ABSORÇÃO, EXCREÇÃO E
ACÚMULO NO ORGANISMO.
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Uma vez em contato com a pele, a hidroquinona é absorvida imediatamente pelos
capilares sanguíneos (principalmente se o seu uso for precedido de algum tipo de
esfoliação, seja de caráter físico ou químico) e leva em média setenta e duas horas para
ser totalmente excretada pelo organismo. Como sua utilização é geralmente uma vez ao
dia, leva-se a um acúmulo da mesma. Este acúmulo por tempo prolongado pode gerar
diversos danos ao organismo, uma vez que além de agir como inibidora da tirosinase, ela é
citotóxica.
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Rapidamente absorvida pela pele (35% da dose total em 1h) e rapidamente absorvida pelos
capilares sanguíneos, sua excreção (via urinária) por sua vez, é mais lenta do que a absorção
pelo organismo.
Se considerarmos que normalmente a aplicação de cremes contendo hidroquinona acontece
uma vez ao dia e a sua excreção demora aproximadamente 72 horas para acontecer, é fácil de
compreender como ocorre seu acúmulo no organismo.
Quando a hidroquinona é aplicada na pele (via
transdérmica) ela consegue driblar o fígado,
evitando assim o metabolismo de primeira
passagem, facilitando que altas concentrações
da droga possam atingir rapidamente outros
órgãos e tecidos.
Fígado
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A medula óssea é vista como o tecido que pode originar efeitos em longo prazo pelo uso da
droga. Quanto maior for a área de aplicação, maior quantidade de hidroquinona entrará
obviamente no corpo através da pele.
O tempo de uso também é importante. Normalmente, os efeitos clareadores do tratamento são
visíveis somente após seis semanas. Mesmo em curto prazo, a possibilidade da hidroquinona
gerar danos ao tecido é iminente.
Existem relatos em diversos artigos sobre o aparecimento de efeitos adversos menos graves,
como as dermatites, com poucas semanas de uso. Contudo, os efeitos em longo prazo são os
mais preocupantes.
Pesquisas antigas não recomendam a utilização de produtos que contenham hidroquinona na
formulação por mais de seis meses. Porém, atualmente, com todos os efeitos adversos já
comprovados em humanos e animais, o uso da hidroquinona como agente clareador da pele
deveria ser totalmente banido, a exemplo de diversos países Europeus.
No próximo capítulo, veremos quais são estes efeitos adversos e quais podem ser as suas
consequências para a nossa saúde.
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Resumindo
EFEITOS ADVERSOS COMPROVADOS
EM SERES HUMANOS
Os principais efeitos adversos causados pelo uso tópico da hidroquinona em seres humanos são:
1. Dermatite irritativa;
2. Hipopigmentação (diminuição de
pigmentação);
3. Diminuição da capacidade de
cicatrização da pele;
4. Pigmentação da esclera e unhas;
5. Ocronose exógena;
6. Degradação das fibras de
colágeno e elastina;
7. Catarata;
8. Despigmentação tipo confete;
9. Acromias(morte dos melanócitos
- irreversível).
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Acromias
Mesmo em curto prazo, a hidroquinona já pode causar riscos ao tecido, como as dermatites
irritativas, que são reações inflamatórias da pele, podendo gerar ardência, vermelhidão e
prurido.
Em médio prazo já pode acarretar em hipopigmentações, diminuição da capacidade de
cicatrização da pele, pigmentação da esclera e das unhas.
Em longo prazo os efeitos já comprovados em seres
humanos envolvem a catarata e a acromia, que além de
tornar-se um problema de ordem inestética, caracteriza-se
pela morte dos melanócitos e expõe a região afetada aos
danos da radiação, pois estas áreas ficam desprovidas da
proteção da melanina, podendo gerar graves danos ao DNA e
RNA celular. Este fenômeno é o grande responsável pelo risco
de câncer de pele.
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Ocronose Exógena
Outro efeito grave é a ocronose exógena, que é uma
dermatose caracterizada por hiperpigmentação negro-
azulada fuliginosa, frequente nos indivíduos de fototipos
altos que fazem uso tópico da hidroquinona.
Estudos atribuem a hiperpigmentação cutânea na ocronose exógena à inibição da enzima
oxidase ácido homogentísico pela hidroquinona, resultando no acúmulo do ácido
homogentísico que se polimeriza para formar o pigmento ocronótico. Nos estágios mais
avançados da doença, há uma degradação das fibras de colágeno e elastina, sendo as
mesmas substituídas por pigmentos ocronóticos. Tal processo leva ao envelhecimento
precoce da pele, desidratação (pois o colágeno é uma proteína altamente hidrofílica),
elastose e flacidez.
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Ainda não foi comprovado que a hidroquinona, quando aplicada
topicamente como um agente clareador da pele, pode levar a
efeitos de longa duração como o câncer em seres humanos. Mas
isso não significa que não possa acontecer. Tal efeito já foi
comprovado em animais, como veremos no próximo capítulo.
Se não metabolizados eficientemente por sistemas enzimáticos competentes, a
hidroquinona causa prejuízo na produção, maturação e função de células
hematológicas (sanguíneas) em humanos e em animais de experimentação.
PERIGO
EFEITOS ADVERSOS
COMPROVADOS EM ANIMAIS
A prescrição da hidroquinona como medicamento ainda é permitida no Brasil e é uma
substância largamente utilizada como visto nos capítulos anteriores, contrariando as inúmeras
evidências que demonstram seu potencial carcinogênico e nefrotóxico em animais, sem
mencionar os efeitos comprovados em seres humanos citados no capítulo anterior.
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A exposição a metabólitos do benzeno, incluindo a hidroquinona, compromete também a
resposta do organismo a infecções, pois na medula óssea, a hidroquinona causa um efeito
prejudicial na produção e mobilização de leucócitos (células do sistema imunológico
responsáveis pela defesa do organismo contra agentes patogênicos).
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A habilidade da hidroquinona em induzir uma diferenciação nos mieloblastos (célula
sanguínea imatura e que pode diferenciar-se em basófilos, neutrófilos ou eosinófilos),
pode dificultar também a apoptose de células proliferativas do sangue, mecanismo que
explica a possível indução à leucemia, pois a imortalidade de células é um pré-requisito
para a formação de células tumorais.
O mecanismo de desenvolvimento do câncer é complexo, mas estudos demonstram que
ele pode ser gerado até mesmo por pequenas mudanças no genoma.
É cientificamente comprovado que a hidroquinona é capaz de aumentar as chances de
enfraquecimento dos mecanismos de reparação do DNA e inibir a apoptose de células
mutantes. Estas células mutantes são potenciais células tumorais.
A exposição desprotegida à radiação pode agravar todos estes efeitos adversos, assim
como sua formulação combinada com veículos de alto poder de penetração na pele e
esfoliações prévias (uma vez que este procedimento tem a finalidade de reduzir a
espessura do estrato córneo).
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Estudos demonstram que a hidroquinona é capaz de causar sérios problemas ao rim de
roedores. Isso porque quando expostas à hidroquinona, as mitocôndrias das células renais,
podem sofrer sérios danos, este fenômeno é conhecido como toxicidade mitocondrial. Como
as mitocôndrias são as organelas celulares encarregadas de gerar energia para a célula
(ATP), estes danos podem levar à necrose destas células, que pode ocasionar uma
insuficiência renal. Ou seja, um envenenamento progressivo dos rins.
Os profissionais que ainda insistem em recomendar a hidroquinona como agente clareador
da pele e os produtores de cremes e pomadas à base de hidroquinona, continuam
utilizando-a e produzindo-a com o argumento de que até hoje ainda não foi comprovado que
seu uso em longo prazo possa gerar câncer ou outros danos mais graves em seres humanos.
Mas façamos uma reflexão: todas as células
eucarióticas (células de animais e vegetais) são
basicamente iguais, assim como seu funcionamento.
Além disso, roedores são mamíferos e provém da
mesma escala evolutiva que os seres humanos.Célula Eucariótica
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Quanto à classificação filogenética das
espécies, roedores e seres humanos
pertencem à mesma classe, a Classe
Mammalia e fazem parte da mesma
Superordem Euarchontoglires,
diferenciando-se apenas quanto à suas
ordens, Rodentia (roedores) e Primates
(seres humanos). Então, é evidente que as
mesmas anormalidades apresentadas em
roedores devido ao uso tópico da
hidroquinona, podem ser perfeitamente
apresentadas em seres humanos, seja pela
sua similaridade celular e fisiológica
indiscutível, seja pela sua mesma origem
evolutiva.
Classificação Filogenética dos Mamíferos
ALTERNATIVAS AO USO DA HIDROQUINONA
A diversidade de efeitos adversos
ocasionados pelo uso tópico da
hidroquinona incentivou a busca por novos
princípios clareadores que pudessem agir
sobre as diversas hipercromias, sobretudo
no melasma, sem causar os mesmos
efeitos deletérios para o organismo.
Atualmente contamos com uma gama considerável de
despigmentantes eficazes e não citotóxicos, como: ácido
fítico, ácido kójico, ácido azelaico, ácido ferúlico, vitamina C
e etc.
Também existem diversos recursos terapêuticos empregados
para o tratamento das hipercromias, como: lasers, LEDS,
peelings químicos e físicos e etc.
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Contudo, para tratar uma hipercromia de forma eficaz é necessária uma abordagem
terapêutica baseada na devolução do equilíbrio da pele. Somente “atacar” a hipercromia
com agentes agressores e esperar que a pele reaja de maneira mágica é menosprezar as
características fisiológicas envolvidas em sua gênese.
A alternativa mais eficaz à hidroquinona no combate às hipercromias é a avaliação
criteriosa, minuciosa e detalhada de cada caso, dessa forma é possível traçar uma
conduta individualizada e condizente com as particularidades de cada caso.
O principal objetivo no tratamento de qualquer tipo de hipercromia é agir em sua
origem, combinando as técnicas, recursos e ativos no intuito de promover um real e
duradouro clareamento da região afetada de forma segura para a saúde do cliente.
CONCLUSÃO
um estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não
somente ausência de afecções e
enfermidades
“ “Costumo dizer que se a pele não estiver
íntegra, nada mais estará íntegro no nosso
organismo, pois ela participa do processo
de homeostase, realiza a comunicação do
meio externo com o interno, tem a função
de primeira barreira contra agentes
patogênicos, dentre muitas outras funções
importantes.
Os profissionais que escolheram trabalhar
com a pele, este órgão tão incrível,
devem estar em constante atualização
e em busca de conhecimentos para
oferecer tratamentos e soluções eficazes
e principalmente seguras para seus
clientes/pacientes.
Definição de saúde:
Organização Mundial de Saúde (OMS)
Os perigos da HIDROQUINONA: Guia completo dos efeitos adversos causados pelo seu uso tópico!
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Então, podemos com certeza incluir os tratamentos estéticos como uma fonte capaz de
propiciar elementos fundamentais para que os indivíduos estejam plenamente saudáveis,
partindo do princípio que uma queixa estética pode ocasionar inclusive problemas
psicológicos.
Uma hipercromia, por exemplo, pode ocasionar grande problemática para o indivíduo que a
possui, levando até mesmo ao seu isolamento social, depressão e propensão a desenvolver
doenças psicossomáticas.
Um tecido hipercrômico possui características de desequilíbrio no funcionamento de suas
células. Para restaurá-lo de maneira efetiva e duradoura é primordial encontrar meios que
possam restabelecer esse equilíbrio, possibilitando que suas células voltem a funcionar em
harmonia. Usar somente um agente despigmentante, ainda que menos agressivo e tóxico que
a hidroquinona, não é a maneira mais inteligente de agir nesses casos.
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Vimos nos capítulos anteriores todas as problemáticas, tanto em curto quanto em longo
prazo, referentes ao uso da hidroquinona como agente clareador da pele.
Deixo então, as seguintes perguntas:
1. De posse destas informações, ainda assim estamos dispostos, clientes e profissionais, a
sujeitarmo-nos a esses efeitos altamente perigosos?
2. Qual é o “preço” que uma pessoa deve “pagar” para livrar-se de uma hipercromia?
3. A que riscos os profissionais de saúde e estética podem submeter seus clientes?
4. Por que continuar utilizando uma substância comprovadamente danosa para a pele e para
todo o organismo em diversos aspectos se existem outras alternativas infinitamente menos
nocivas?
5. Vamos insistir que pode existir uma porcentagem e um tempo seguro de uso sem levar em
conta o princípio da individualidade biológica?
6. Vamos ignorar seu potencial carcinogênico e nefrotóxico somente porque ainda não foram
comprovados em seres humanos?
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Para concluir, acredito que ignorar essas informações sobre os efeitos adversos
causados pelo uso tópico da hidroquinona, seria como negar a existência do ar só
porque não podemos vê-lo!
AGORA é você que decide:
Compartilhe!!!!
#NãoUseHidroquinona
Ainda não acabou!!!
Juntos vimos informações preciosas neste e-book, mas agora é preciso saber na
prática como tratar as discromias (acromias, hipocromias e hipercromias) sem
fazer o uso da HIDROQUINONA. Assim, você poderá oferecer soluções eficientes
sem prejudicar a saúde de seus clientes.
Por isso te convido a conhecer minha página de CURSOS, lá você irá encontrar
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CONTATO
Tem alguma dúvida ou comentário?
Continue em contato comigo.
Beijo e até a próxima!
Dra. Laura Carmona
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